Livro 'Como Conquistar e Manter Seu Emprego'_PDF (1)

Copyright © 2015 by Luiz Scistowski

EDIÇÃO GERALMaurizzio Canali

REVISÃOJanaina Vieira

DIAGRAMAÇÃOIsabelle Martins

PROJETO DE CAPAMaurizzio Canali

Texto de acordo com as normas do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Introdução

Parte 1Princípios da empregabilidade

Capítulo 1 Administre a sua carreira

Capítulo 2 Invista na sua formação profissional

Capítulo 3Elabore uma estratégia de marketing pessoal eficiente

Capítulo 4Cuide da sua apresentação

Capítulo 5Desenvolva um slogan profissional

Capítulo 6Seja um bom networker

Capítulo 7Crie as suas próprias oportunidades. Divulgue-se!

Capítulo 8Saiba como proceder durante um processo de seleção

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Sumário

Capítulo 9Elabore uma boa carta de apresentação

Capítulo 10Prepare um currículo eficiente

Parte 2Os dez mandamentos do sucesso

Capítulo 11O perfil que leva à vitória

Conclusão

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Como conquistar e manter o seu lugar no mercado de trabalho? Bem, talvez este seja um dos maiores desafios que grande parte dos profissionais brasileiros vem enfrentando em nossa socie-dade. Obter uma colocação satisfatória tornou-se tarefa árdua, principalmente em épocas nas quais o mercado de trabalho en-contra-se extremamente recessivo e competitivo.

De um lado estão os empregadores que, cada vez mais se-letivos, procuram encontrar os talentos capazes de agregar va-lor às suas organizações e que se encontram espalhados em um mercado extremamente generoso em relação à oferta de mão de obra. De outro, estão os profissionais que, em muitos casos, já não possuem mais as qualificações necessárias para atender às atuais demandas das empresas. Alguns, inclusive, detêm habi-lidades realmente louváveis, mas que se tornaram pouco úteis para o mercado. Outros não estão devidamente preparados para enfrentar a acirrada disputa na maratona do emprego. E para aqueles que estão totalmente desqualificados, simplesmen-te já não existe mais espaço.

Como contratar uma secretária que digita quinhentas pala-vras por minuto, mas que não tem pleno domínio de microinfor-mática? Como recolocar em áreas estratégicas um executivo que não possui nível superior e fluência em inglês?

Introdução

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Como conquistar e manter seu emprego

Primeiramente, devemos lembrar que para vencer a luta pelo sucesso na conquista do emprego não basta apenas ter um bom currículo e um longo histórico profissional. Nos dias de hoje, para fazer parte de uma organização moderna, é preciso ser bem mais do que meramente qualificado. Durante os concorri-dos processos de seleção que as empresas desenvolvem visando a identificar o “candidato ideal”, levam vantagens os profissio-nais que possuem mais habilidades para desenvolver suas pró-prias estratégias de marketing pessoal, para trabalhar em equi-pe, solucionar problemas, liderar, empreender; enfim, aqueles que têm perfil técnico e psicológico tido como mais adequado.

Para nós, trabalhadores, isso representa a necessidade de uma reeducação profissional. Com certeza, essa é a nossa saída porque apenas revendo os nossos conceitos e estando abertos a outros horizontes é que poderemos acompanhar um mundo cuja força mais constante é a mudança.

Este livro não tem nenhuma pretensão de oferecer lavores li-terários, e muito menos uma série de fórmulas mágicas, mas sim de apresentar-se tão somente como um guia de autoaperfeiçoa-mento. Aqui, procuramos descrever de forma clara e objetiva os principais recursos que são decisivos para obter empregabilida-de na era da informação. Por meio de uma linguagem simples e direta, esta leitura permite o entendimento de pontos-chave, que certamente lhe ajudarão a alcançar aquilo que todos busca-mos nos dias de hoje: o sucesso.

Luiz Scistowski

Parte 1Princípios da

empregabilidade

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Capítulo 1Administre

a sua carreira

Bem-vindo ao terceiro milênio! O século das mudanças, da evo-lução e do conhecimento. Uma época confusa e ilógica, cercada por grandes desafios e profundas transformações. Um mundo vertiginoso, repleto de adventos de ordem científico-tecnológi-cas, que nos lançam frente a uma nova era cheia de perspectivas e também de interrogações.

O conhecimento humano teve que evoluir por mais de um milhão de anos para chegar à fase agrícola; depois, foram neces-sários mais alguns milhares até a era industrial, e só então, após alguns séculos, atingimos a era eletrônica. Agora, o mundo revê os seus conceitos em um curto período de tempo e esse processo vem se acelerando surpreendentemente, de forma nunca antes vista na história da humanidade.

As últimas décadas foram marcadas por uma série de mu-danças extraordinárias, que atingiram a maior parte dos campos de nossas vidas e que reformularam significativamente as nos-sas relações sociais e também o nosso cotidiano. Uma infinidade de pesquisas e de grandes descobertas cientificas acabou por se traduzir em um movimento incessante de desenvolvimentos tecnológicos, que desencadearam uma alteração profunda e de alcance global nas configurações socioeconômicas.

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Em meio a tudo isso, emergiu uma nova fase na história da humanidade: a era da informação. Uma época em que o planeta encontra-se totalmente conectado a partir de sofisticados siste-mas de comunicação, interagindo em um movimento crescente e ininterrupto de produção de conhecimento.

Mas, e quanto ao mercado de trabalho? Como ele vem se comportando frente a esse novo momento social?

Bem, é certo que o mercado de trabalho nunca foi muito cons-tante. Ao contrário, a única coisa que se pode considerar como constante em relação a ele é o fato de estar sempre em processo de transformação. Porém, isso vem se intensificando ainda mais por estarmos atravessando um período de significativas altera-ções sociais e econômicas. O mercado está extremamente turbu-lento e inseguro, muitos segmentos experimentam uma forte e impiedosa crise, enquanto outros apenas prosperam.

As empresas precisam acompanhar, ou melhor, se adaptar às novas tendências para manterem-se competitivas e garantir sua continuidade. Grande parte delas vem redefinindo suas estru-turas internas, seus conceitos de gestão, suas formas de empre-gar recursos, seus sistemas de produção, suas relações com os clientes, com fornecedores e com os próprios profissionais. Em consequência disso temos as famosas fusões, os elaborados pro-cessos de reengenharia, os temidos movimentos de downsizing, os fenômenos denominados dejobbing (eliminação dos cargos) etc, etc, etc.

Paralelamente, profissões e áreas de trabalho de todos os tipos vêm passando por uma profunda reformulação. Inúmeros car-gos e funções de diversos níveis estão ganhando novos forma-

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tos e, muitas vezes, até mesmo sendo criados, enquanto outros simplesmente tornam-se obsoletos e acabam desaparecendo em um curto espaço de tempo. Tornou-se difícil apontar um setor que não tenha sido afetado por essas transformações. A todo instante, milhares de profissionais são postos à disposição no mercado de trabalho, o qual não vem produzindo número sufi-ciente de vagas disponíveis para absorvê-los. E o duro resultado disso tudo não poderia ser outro: desemprego em larga escala.

Porém, o que não podemos fazer é justificar todos os casos de não colocação no mercado como sendo causados exclusivamen-te por toda essa instabilidade econômica. Há uma considerável quantidade de pessoas que não são aproveitadas pelas empre-sas, mas que também estariam desempregadas, mesmo não ha-vendo a tão terrível crise.

Os profissionais que disputam uma participação em qualquer que seja a organização, devem ter o máximo possível de pre-paro no que diz respeito ao indispensável e ao desejável, para que tenham a possibilidade de obter uma futura contratação. Da mesma forma, aqueles que já estão colocados têm obrigação de investir em aprimoramento visando a manterem-se indispensá-veis, tendo assim seus cargos sob menor ameaça.

Contudo, isso não é observado na prática. O despreparo dos trabalhadores que lutam por uma colocação no mercado, bem como o daqueles que já ocupam algum espaço em empresas é al-tamente significativo e o resultado, em ambos os casos, só pode ser o fracasso em longo, ou mesmo, em curto prazo.

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Segundo importante pesquisa elaborada pelo grupo Catho, 72% dos casos de demissão ocorrem por insuficiência de desem-penho, ou seja, por pura falta de competência dos profissionais frente às exigências dos cargos. Em outro estudo desenvolvido pela mesma instituição, ficou também evidente o despreparo por parte dos profissionais desempregados segundo as deman-das atuais. Foram entrevistados 520 profissionais de nível técni-co no Rio de Janeiro e em São Paulo. O surpreendente resultado desta pesquisa foi o seguinte:

Nos dias atuais, com as empresas cortando gastos desneces-sários e a concorrência profissional sendo uma constante amea-ça, é imprescindível que se tenha a preocupação de ser relevante às organizações, mostrando sempre que o seu custo é bem me-nor do que o seu benefício.

O segredo está, basicamente, em destacar-se em suas qualifi-cações, tornando-se assim um diferencial para o mercado. O im-portante é descobrir as suas principais aptidões, aquilo que você faz de melhor e de modo distinto; criar um perfil diferenciado que se sobressaia à multidão e oferecer inovação a um mercado

contentaram-se com o grau superior em suas formações.

dos desempregados não haviam lido nenhum livro na área em que atuam, no mesmo período.

dos desempregados não tinham cursos de atualização no último semestre.

dos desempregados não apresentavamfluência em inglês.

eram desempregados.

23% 54.1%30.6%

28.6% 40%

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exigente, que precisa de novos talentos. Um bom começo é estar constantemente em processo de autoavaliação visando identi-ficar como anda o seu nível de empregabilidade, ou seja, se as suas qualificações e atribuições continuam úteis para o mercado de trabalho.

Parece simples demais? É simples, mas não é nada fácil. Po-rém, qualquer pessoa é capaz de gerir a própria carreira. Para isso, é preciso repensar alguns valores que todos nós herdamos de uma antiga geração formada por um modelo de trabalho pa-ternalista e adotar uma nova postura, assumindo um compor-tamento voltado à autoiniciativa. Afinal, para se manter vivo e competitivo no mercado de trabalho é preciso entender que, mais que nunca, a sua trajetória depende do seu comprometi-mento com você mesmo.

Vamos, então, fazer um rápido teste: pense um pouco sobre o que você tem feito pela sua carreira nestes últimos anos: que tipos de investimentos foram por você efetuados que poderiam agregar valor direto a ela? Em que projeto de vida você está implicado no momento? Você vem sentindo necessidade de aprender mais? O que, exatamente, você faria se fosse demitido amanhã? Por que uma empresa deveria contratá-lo? Você real-mente faria diferença para alguma instituição? Você poderia ser facilmente substituído em sua área de atuação? Você tem feito cursos de reciclagem visando ao o seu aprimoramento profissio-nal? Tem fluência em algum idioma que não seja o português? Domina plenamente a sua área de atuação?

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Bem, as respostas para esses questionamentos podem lhe dar indícios precisos do quanto você vem se aplicando para a ma-nutenção da sua carreira. Ou, ainda, se o seu futuro como pro-fissional está entregue à própria sorte. Se você tem problemas para responder às perguntas acima, é porque está na hora de entrar em ação. E exatamente para isso fizemos este livro. Para que você aprenda, de forma simples, a se desenvolver no campo pessoal e profissional seguindo alguns conhecimentos, voltados à empregabilidade, em seu dia a dia e em todas as demais áreas da sua vida.

Você aprenderá a importância de investir em um plano de desenvolvimento para a sua carreira, em uma estratégia de mar-keting pessoal eficiente (elaborando uma apresentação eficaz, desenvolvendo seu slogan profissional, criando, ampliando e cultivando sua rede de relacionamentos — network —, gerando suas próprias oportunidades e sabendo como proceder durante os delicados processos seletivos). O know-how que será ofere-cido nos próximos capítulos deve ser aplicado na prática por todos os profissionais que desejam administrar as suas próprias carreiras com maior sucesso.

Vamos, então, a ele!


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Capítulo 2Invista na sua

formação profissional

Precisa-se de office-boy com experiência de dois anos na função,

comprovada em carteira. É imprescindível que o candidato tenha

segundo grau completo.

Esse tipo de anúncio é bastante comum nos dias de hoje e pode ser facilmente encontrado em qualquer site de emprego. O curioso é que, atualmente, para se preencher qualquer função de nível básico, uma considerável parcela dos contratantes está exigindo que os candidatos tenham formação escolar completa.

Bem, se levarmos em consideração um estudo realizado no ano de 1998, a partir do qual se concluiu que mais da metade dos brasileiros desempregados não contavam com oito anos de estudo (55,75%), podemos deduzir, então, que toda essa enorme parcela da nossa população simplesmente não estaria qualifica-da para preencher a vaga do anúncio acima descrito. São dados desse tipo que nos mostram claramente que não pode existir outra fórmula que solucione o problema do desemprego e da miséria que tanto nos afronta, que não seja oferecendo educação de qualidade à nossa população.

Mas, se até para os empregos mais simples alguns contratan-tes estão exigindo tal grau de qualificação, imagine, então, para se preencher os cargos e as funções mais elaboradas?


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Na era dos MBAs (Master in Business Administration), tor-nou-se indispensável o investimento em uma sólida formação acadêmica. Com a grande valorização do capital intelectual, a educação ganhou lugar de destaque para os profissionais que desejam competir no mercado de trabalho, pois além dos cargos exigirem qualificações para lidar com informações e com tecno-logias de ponta, um novo perfil voltado para uma amplitude de conhecimentos formatou uma nova identidade aos profissionais do terceiro milênio. E se a essa altura alguém ainda duvida da importância das informações ante ao mundo globalizado, pode-se dizer que é o melhor exemplo de um caso perdido.

O “conhecimento” vem sendo apontado por muitos autores como o principal ativo responsável pela produção da maior par-cela de riqueza da atualidade. Isto quer dizer, na prática, que, para as organizações, o capital intelectual tornou-se mais impor-tante do que qualquer ativo físico como, por exemplo, o patri-mônio material ou os recursos financeiros.

O grande problema disso tudo é que, atualmente, o saber pode tornar-se obsoleto em curto espaço de tempo. Diferentemente do passado, onde os princípios e os conceitos duravam por quase uma vida inteira, hoje o que se aprende em um dia pode não ser-vir para muita coisa em pouco tempo. Muitas teorias de adminis-tração, por exemplo, surgem, ganham fama, tornam-se obsoletas e simplesmente acabam desaparecendo em questões até de me-ses, bem como as inúmeras e elaboradas inovações tecnológicas que muitas vezes se tornam jurássicas em um simples piscar de olhos. Essa é, talvez, a mais forte característica da atualidade: a surpreendente velocidade com que tudo se transforma, a evolu-ção do mercado global, das culturas organizacionais e do mundo.

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É esta realidade de mudanças que precisamos acompanhar a todo custo. Se o segredo-chave da atualidade está no “conhe-cimento”, então precisamos buscá-lo constantemente, a fim de que não nos tornemos repentinamente inúteis.

Em uma época em que o saber torna-se renovável em pequenos espaços de tempo, aprender deve ser encara-

do como um processo para a vida toda.

Neste sentido, tornou-se imprescindível adotar uma postura voltada ao eterno aprimoramento. Independentemente da ida-de, do nível ou do cargo hierárquico que se ocupa, é indispen-sável estar sempre se atualizando. Afinal, ante a um mercado extremamente seletivo, existe cada vez menos espaço para os profissionais menos qualificados, ou seja, aqueles que não pos-suem os pré-requisitos básicos necessários. Vejamos, então, os principais pontos aos quais devemos estar atentos para obter uma formação profissional adequada:

• Formação acadêmica/Cursos de aperfeiçoamento: além da formação acadêmica tradicional (ensino fundamental e en-sino médio), graduação universitária, pós-graduação lato sen-su, MBA, pós-graduação stricto sensu, mestrado, doutorado e pós-doutorado preferencialmente devem ser cursados em insti-tuições de primeira linha. Diversos cursos técnicos, de especia-lização e de extensão, em diversas áreas, podem possibilitar a abertura de uma infinidade de novos horizontes. Contudo, tais conhecimentos não se encontram apenas nas instituições de en-sino. A participação em eventos sociais, seminários, conferên-cias e palestras são também indispensáveis para quem quer es-


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tar bem instruído. É importante ressaltar que a interação social é um precioso meio para se colher informações gerais.

Assim, procure encontrar novos cursos que possam servir como complemento para a sua carreira. Participe de processos de treinamento, encontros e convenções em diversas áreas. Fre-quente eventos ligados a temas referentes à sua área de atuação e também sobre as novas tendências da tecnologia e do mundo da administração. Lembre-se de que os novos profissionais devem ter um perfil multidisciplinar. Por isso, aprenda de tudo um pou-co e nunca deixe de investir em um dos principais instrumentos capazes de garantir a sua empregabilidade: o conhecimento.

• Visão/Conhecimento global: as empresas valorizam os profissionais que estão “antenados” com o que acontece ao seu redor e, exatamente por isso, recorrer à leitura se faz indispensá-vel. Em qualquer que seja a área de atuação, certamente existirá vasta obra literária que deve ser obrigatoriamente consultada, visando à atualização bem como ao desenvolvimento intelec-tual dos profissionais. Sem contar com o indispensável hábito de ler jornais e revistas, bem como o acesso à internet, que deve obrigatoriamente fazer parte do perfil daqueles que não querem estar alienados em relação aos acontecimentos no Brasil e no mundo. Afinal, na era da informação, é imprescindível não ficar alheio às novidades e aos importantes assuntos da atualidade, tendo uma ampla visão do mercado em nível global. A cultura geral, além de ampliar o horizonte do profissional, melhora as relações com clientes e com a própria empresa.

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Por isso, fique ligado! Se possível, procure ler livros especia-lizados em negócios, leia os principais jornais do país, princi-palmente os cadernos de economia, acompanhe as novidades e as tendências do mercado por meio de revistas conceituadas (Exame, Você S/A, Isto é, Veja etc), navegue na internet e nunca deixe de se atualizar.

• Idiomas/Informática: outro aspecto de total relevância é que, em um mercado globalizado, a familiaridade com o com-putador — pelo menos como usuário — o acesso à internet e o domínio de idiomas como inglês, espanhol e francês torna-ram-se quesitos básicos. Alguns estudos chegam a demonstrar a existência de uma significativa diferença entre os salários dos profissionais que dominam mais de um idioma e os que apenas falam português.

Tudo isso não poderia ser diferente em uma época em que o mundo inteiro encontra-se interligado e que os executivos de di-ferentes culturas interagem com mais frequência. Portanto, não se esqueça também de sempre se atualizar nessas áreas. Aprenda tudo o que puder na área de informática (computadores) e invis-ta em, no mínimo, mais de um idioma, de preferência o inglês.

• Habilidade de comunicação: um dos maiores poderes pessoais que podemos conquistar é saber nos comunicar com eficiência. O próprio poder profissional, para ser atingido, não depende apenas de talento e competência, mas também da for-ma como nos relacionamos com os demais para atingir nossos objetivos. É essa habilidade pessoal que está diretamente rela-cionada à capacidade de comunicação, que garante credibili-dade, prestígio e, como consequência, a tão sonhada ascensão profissional.


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Na verdade, de algum modo, em todos os momentos da vida é preciso “vender o próprio peixe”, ou seja, fazer o seu marke-ting pessoal. Para isso, é imprescindível saber se comunicar com eficiência, expressando-se bem, oralmente e por escrito. Tal ca-pacitação é requisito fundamental para se efetuar uma apresen-tação de qualidade, transmitir boas ideias, convencer pessoas, liderar equipes, preparar relatórios, enviar mensagens, desen-volver uma vasta rede de relações, criar novas oportunidades; enfim, sustentar quase todos os princípios que garantem uma boa atuação social. Assim, faça uma autoanálise frente à sua ca-pacidade de expressão. Participe de cursos de oratória, que vão melhorar muito a sua capacidade de expressão e apresentação; leia sempre e nunca deixe de investir no aprimoramento do seu poder de comunicação.

• QE (coeficiente emocional): um alto QI (coeficiente de in-teligência) pode até garantir a conquista de um bom emprego, mas são as habilidades relacionadas ao QE que vão determinar se a trajetória de um profissional será repleta de glórias ou de verdadeiras decepções. Quem afirma isso é o famoso psicólogo norte americano Daniel Goleman em seu best-seller Inteligência Emocional. Segundo o autor, “um alto QI contribui apenas com 20% para o sucesso de uma pessoa”. É nos 80% restantes, atri-buídos a características de fundo emocional, que estaria a chave para a fama, ou para a ruína.

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As habilidades emocionais de um indivíduo lhe permitem ou não desenvolver uma boa gestão da sua dinâmica psíquica e, como consequência, da própria vida. Estão entre elas: capaci-dade de persistir, tomar decisões precisas, motivar-se diante as frustrações, controlar impulsos, sentimentos, cultivar relaciona-mentos; enfim, ter o “comando” das próprias emoções.

Assim, pense mais no seu QE. Reflita sobre os seus sentimen-tos e o modo como eles vêm atuando em suas decisões. Pergunte às pessoas mais próximas como elas o veem. Faça um balanço da sua postura como profissional e, caso perceba algum tipo de dificuldade maior, não se intimide em buscar auxílio com algum terapeuta qualificado. Lembre-se sempre de que as suas emoções têm papel fundamental na construção do seu futuro como pro-fissional e, exatamente por isso, merecem atenção especial.

• Habilidade no relacionamento interpessoal: existe uma forte tendência por parte das organizações modernas de deixar de lado o antigo formato piramidal, repleto de níveis hierár-quicos burocratizados, e assumir um modelo de administração mais horizontalizado, a partir da formação de equipes autoge-renciadas, que contam com menos postos de supervisão e con-trole. Isso tudo significa, na prática, que as empresas estão pou-co a pouco aproximando mais as relações e a convivência entre seus profissionais.

Nos dias atuais, é cada vez menor a distância entre supervi-sores e presidentes de empresas. E é mais provável que o seu diretor trabalhe na mesa ao lado do que em uma sala isolada dos demais colaboradores. Com isso, mais que nunca, quem quiser sobreviver ao mundo do downsizing precisa dominar a arte de


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se relacionar com os outros, ou seja, ter habilidade para interagir em grupo — trabalhar em equipe.

Segundo um estudo desenvolvido pela Universidade de Harvard, a habilidade de relacionamento interpessoal de um profissional é a principal responsável pelo êxito de sua carreira e de sua vida pessoal como um todo — algo em torno de 85% a 99%. Para quem sempre acreditou no domínio técnico, na inte-ligência racional e na aptidão de trabalho como motivos deter-minantes da carreira profissional bem-sucedida, este levanta-mento provoca, além de muita surpresa, uma brusca mudança nos velhos conceitos.

Bem, assumir este tipo de espírito de relacionamento e de tra-balho voltado à cooperação é, certamente, um grande desafio para todos nós. Afinal, não é nada fácil lidar com pessoas. Cada um tem as suas particularidades, enxergando e se posicionan-do ante ao mundo de modo específico. É preciso ter muito tato, aprender a respeitar e a tolerar os outros para receber ou, pelo menos, poder exigir o mesmo como retorno. É importante co-nhecer nosso espaço e nossas limitações, bem como os das pes-soas que nos cercam. É mais que fundamental saber se relacio-nar, uma vez que, independentemente da colocação social que se conquistou, de alguma forma todos estarão sempre ligados uns aos outros.

Assim, pense mais sobre o seu próprio comportamento em seu cotidiano profissional. Participe de palestras sobre relacio-namento em grupo, programas de treinamentos coaching, wor-kshops. Enfim, busque aprimoramento na sua capacidade de inter-relacionamento e com isso você certamente estará inves-tindo no seu desenvolvimento pessoal e profissional.

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• Vivência internacional: a experiência multicultural é ou-tro ponto que vem se tornando requisito fundamental ante as novas demandas do mercado de trabalho. Com a globalização da economia rompendo todos os tipos de fronteiras comerciais, a necessidade de interagir com profissionais de outras culturas e de atuar em diferentes ambientes mercadológicos e organiza-cionais é, atualmente, uma realidade incontestável. Segundo um recente estudo efetuado com conceituados empresários, ficou constatado que adquirir boa experiência no exterior pode ser mais significativo no que diz respeito a uma contratação do que uma pós-graduação ou, até mesmo, um MBA cursado no país de origem. Tal revelação, de ordem surpreendente, nos remete a dedicar mais atenção a esse tipo de vivência; afinal, atualmen-te uma bela formação internacional pode garantir até mesmo a empregabilidade de um profissional.

Assim, se você tem condições de investir nesse tipo de aper-feiçoamento — é importante deixar claro que qualquer tipo de experiência, seja um curso de inglês ou uma mera temporada em contato com uma diferente cultura, desde que conte com al-guma atividade de curta duração (intercâmbio, trabalho etc), é extremamente válida como um diferencial competitivo.

Melhor ainda se houver a chance de cursar uma faculdade, um curso de especialização, ou ainda um MBA em um dos cha-mados países do norte. Muitas dessas instituições são caracteri-zadas como os mais conceituados centros de excelência de ensi-no do mundo, e são constantemente consultadas pelas melhores empresas brasileiras e pelos headhunters que estão à procura de talentos especiais, o que só reforça a importância de se apostar nesse tipo de formação. É importante ressaltar que tal experiên-


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cia pode resultar em uma ampliação significativa das futuras possibilidades de determinado profissional, agregando valores bem mais significativos do que os diplomas que retornam em suas bagagens.

• Experiência profissional: um belo histórico profissional não é traduzido apenas por uma vasta coleção de diplomas, mas sim por sólida formação acadêmica, somada a uma série de tra-balhos desenvolvidos e, se possível, com resultados alcançados, mensuráveis ou não. Para isso, é preciso ter uma longa vivência em sua área de atuação e afins.

Vale lembrar que, atualmente, estão em alta os profissionais multifuncionais, ou seja, aqueles que possuem um perfil genera-lista, sendo ao mesmo tempo especializados em uma determina-da área. Assim, busque adquirir uma visão global, dentro e fora de sua área de atuação. Procure ampliar os seus conhecimentos envolvendo-se em novos projetos que possam lhe render expe-riências diversificadas e, acima de tudo, nunca pare de investir em si mesmo.

Um ponto importante deve ser destacado: a especialização deve servir como um instrumento que agregue valor ao tra-balhador. Isso significa que não adianta cursar qualquer pós-graduação, por exemplo, se ela não vai trazer nenhum tipo de benefício direto às suas atribuições como profissional. Tal pen-samento pode parecer paradoxal, uma vez que estamos falando da era de informações e de conhecimento. Porém, isso quer di-zer, na prática, buscar formação sólida e objetiva e não o sim-ples status que um determinado diploma pode oferecer. Muitas vezes, um título que não agrega valor à sua experiência profis-sional e à sua área de atuação pode não significar muita coisa.

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Por isso, procure sempre investir em complementos para sua carreira por intermédio de cursos de formação que atendam às suas reais necessidades frente à sua área de atuação, e não apenas em “rótulos” que podem acabar guardados na sua gave-ta, ou apenas servir como objeto de decoração, fixado à parede como um quadro.

Para encerrar este capítulo, conheça uma pequena história que retrata de forma clara o perfil e o valor de um profissional que faz diferença durante o exercício de sua profissão. Leia, cal-mamente, e reflita:

Uma indústria está tendo problemas com um de seus complexos equipamentos, que é responsável por uma gran-de parcela da produtividade. O prejuízo diário é de ordem incalculável e nenhum técnico consegue identificar a razão da falha na produção.

Por fim, um último técnico é chamado e, após um curto período de tempo analisando o equipamento, faz um sim-ples ajuste e, pronto! A máquina volta a funcionar perfei-tamente. Os executivos da indústria, radiantes de felicida-de, parabenizam o técnico e perguntam o custo da visita. O profissional responde de prontidão:

— Quinze mil dólares.

Espantados com a quantia ante à aparente “simplicida-de” para encontrar a solução do problema, os executivos questionam a cobrança, posto que não foram necessários nem mesmo vinte minutos para resolver a questão e não


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houve necessidade de se utilizar peças de alto valor de re-posição.

O técnico, altamente qualificado, retruca sem piedade:

— E os meus anos de estudo para obter a qualificação necessária e para me capacitar à identificação deste pro-blema, quanto valem?

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Capítulo 3 Elabore uma estratégia de marketing pessoal eficiente

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Capítulo 3Elabore uma estratégia de

marketing pessoal eficiente

Imagine uma empresa conceituada no mercado; pode ser uma indústria ou uma prestadora de serviços qualquer. Agora, pen-se em um produto que seja sucesso de vendas. Um modelo de carro, uma roupa da moda ou, quem sabe, uma marca de refri-gerante. Em todos os casos, uma característica em comum cer-tamente poderá ser observada: além da qualidade e de outros aspectos fundamentais que sustentam um bom produto, uma forte campanha publicitária estará vinculada a esta marca.

A propaganda é ponto de extrema importância durante a vida útil de um produto ou de uma empresa. Todos os anos, empresários investem significativamente na imagem e no mar-keting de suas marcas, visando garantir a sobrevivência em um mercado altamente competitivo.

Em outra escala, algumas ações diretas de marketing e com investimento em imagem, podemos, por exemplo, transformar uma simples cafeteria e multiplicar seu faturamento, elaboran-do uma decoração que proporcione um ambiente mais agradá-vel, ou melhor, que transmita uma imagem mais apropriada e sugestiva ao consumidor.

O mesmo ocorre com alguns produtos que todos nós já esta-mos cansados de saber que não fazem bem à saúde tendo, em certos casos, sabores extremamente desagradáveis nas primei-

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ras tentativas. Muitos deles, utilizando essas estratégias, conse-guem resultados surpreendentes no que diz respeito ao desejo de consumo e ao aumento nas vendas.

Vejamos, então, alguns exemplos simples e esclarecedores: por que será que os empresários investem tanto no desenvol-vimento de embalagens e rótulos altamente sugestivos se, na verdade, o produto é que será consumido? Você compraria a mercadoria do tipo “A” (sabão que limpa) ou optaria pela do tipo “B” (sabão que limpa e ainda deixa um suave aroma de flores do campo em suas roupas)?

Na verdade, no caso das elaboradas embalagens, sabemos que além do produto em si as pessoas também “consomem” a embalagem, ou melhor, a aparência que ilude, forma opinião e vende. Já no caso dos sabões, podemos entender que comprar o do tipo “B”, aquele promete um aroma acompanhado de uma sensação especial, é nada mais que levar um produto que tem um slogan fixado à sua marca. Um valor a mais que está sendo agregado.

Seja qual for o caso, artifícios são utilizados para valorizar o produto, com o objetivo de agregar valor para instigar o desejo de consumo por parte do consumidor. Afinal, produtos também podem ser consumidos por razões intangíveis, ou seja, por gera-rem estados de espírito. E assim é com a goma de mascar que traz sensação de liberdade, com a roupa de grife que é sinônimo de status, com o acessório que deixa você mais jovem, entre outros inúmeros exemplos que nos bombardeiam diariamente por in-termédio da tão poderosa mídia e seus veículos de comunicação.


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Não temos a intenção de afirmar que uma campanha publici-tária deve necessariamente estar vinculada a uma mentira, até porque esta é exatamente a antítese dos princípios de marketing. Porém, não podemos esquecer: ter uma ideia vinculada a uma marca, agregando valor, pode significar a glória ou o fracasso de determinado produto no mercado de consumo. Isto porque, na verdade, um slogan é bem mais do que um mero conceito. Ele representa, também, tudo aquilo que pode ser agregado de va-lor à vida das pessoas, e é essa identificação que vai influenciar na construção de uma marca sólida.

A marca não é apenas o nome de umproduto. Ela é puro marketing.

É ela que vai pesar na hora do consumidorescolher entre um artigo e outro

praticamente iguais, em um universode múltiplas opções.

Sabendo disso, publicitários e marqueteiros estudam meticu-losamente o assunto e investem alto em pesquisas de desenvol-vimento estratégico, buscando maior assertividade nesse “jogo de conquistas”.

Mas, e no mercado de trabalho, como funciona essa dinâmi-ca? Bem, não podemos comparar um profissional com um sim-ples produto, visão que pertence a ultrapassados modelos de gestão, mas a verdade é que a relação entre as empresas e os profissionais funciona seguindo os mesmos princípios lógicos de marketing e de seus mecanismos de sedução e conquista.

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Durante os elaborados e concorridos processos de recruta-mento e seleção, os empregadores têm a oportunidade de ava-liar a melhor “oferta” em disposição no mercado, cabendo aos candidatos uma autovalorização estratégica. Com a grande de-manda de mão de obra em contraposição a pouca oportunidade de trabalho, os profissionais devem utilizar verdadeiras campa-nhas de marketing pessoal, com o objetivo de atrair o curioso olhar por parte das instituições. E, para isso, é imprescindível conhecer as principais características e qualidades do seu “pro-duto”, desenvolver as ferramentas (peças de comunicação) mais adequadas para divulgá-lo no mercado de trabalho, elaborar uma estratégia de abordagem direcionada e eficiente e, ainda, estudar e entender as necessidades do seu público-alvo, nesse caso, as empresas para as quais você deseja trabalhar.

Existem empresas especializadas em prestar suporte e ampa-ro visando a potencializar a recolocação de executivos no mer-cado de trabalho (outplacement). Essas consultorias, especiali-zadas em programas de gestão de carreira, têm como principal objetivo preparar os profissionais para o mercado, administran-do suas carreiras com o objetivo de alcançar a excelência do de-sempenho profissional.

Esses serviços são conhecidos no meio executivo por coa-ching, que significa treinamento e envolve: criação e prepara-ção do marketing pessoal, orientação profissional, avaliação e direcionamento de carreira, técnicas de abordagem de mercado, negociação salarial, divulgação do perfil profissional junto ao mercado, jobhunting e aplicação de entrevistas simuladas.


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Porém, se você não tem interesse, ou mesmo condição de con-tratar uma consultoria de outplacement, alguns princípios bási-cos de marketing pessoal, descritos nos próximos capítulos, po-dem ser seguidos para que você consiga administrar com maior eficiência a sua própria carreira, obter acesso a novas e melhores oportunidades e garantir a condição de se manter empregável em qualquer tempo.

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Capítulo 4 Cuide da sua apresentação

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Capítulo 4Cuide da sua

apresentação pessoal

Um bom começo para desenvolver uma estratégia de marketing pessoal com eficiência é estar atento à sua autoimagem. Porém, ser dotado de boa aparência vai muito além de um aspecto sau-dável somado a um banho de lojas da moda. Na verdade, causar boa impressão pode ser considerado algo bem mais complicado.

O homem comunica-se com o mundo sem necessariamente estar falando. Essa linguagem não verbalizada manifesta-se a partir da aparência pessoal (vestimentas, acessórios, higiene) e, ainda, pela linguagem corporal (atitudes, expressividade, pos-tura, persuasão, senso de humor, comportamento, hábitos), ou seja, de tudo aquilo que é percebido e interpretado pelo interlo-cutor durante um contato e que fazem parte dos aspectos pes-soais de um indivíduo.

Segundo alguns estudos no campo da neurolinguística, a co-municação não verbal (aparência e linguagem corporal) é res-ponsável por mais de 80% do poder de influência de um interlo-cutor durante uma relação. A palavra representaria apenas 7% dessa capacidade.

Mas, por que somos tão diferentes em relação a essas carac-terísticas? Bem, na verdade, somos singulares em relação a tais aspectos porque encaramos o mundo de diferentes formas e, como consequência, interagimos com a realidade utilizando di-

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ferentes tipos de mecanismos de defesa. A apresentação de um indivíduo está diretamente relacionada à sua educação e forma-ção, seus valores, crenças, cultura geral; enfim, a todos os aspec-tos subjetivos que estruturam uma determinada personalidade. E é este complexo conjunto que vai determinar o modo como o indivíduo percebe e processa o mundo exterior, a forma como se relaciona com as coisas e o que deseja sugerir às pessoas ante à sua autoimagem.

O grande problema é que, em muitos casos, essa relação se dá por meio de uma sintonia pouco adequada com o mundo exte-rior, o que pode vir a causar um efeito extremamente negativo. Contudo, é importante ressaltar que ninguém precisa se deses-perar se não estiver satisfeito com a sua apresentação. Apesar dessas características estarem diretamente relacionadas às es-truturas psicológicas das pessoas, são totalmente passíveis de mudanças, podendo ser aprimoradas por quem assim o desejar. Mas, para isso, é preciso que se invista em algo nesse sentido.

Analisar o comportamento dos profissionais frente às res-pectivas ambições de vida é, em muitos casos, colocar-se diante de uma situação paradoxal. Muitos indivíduos demonstram o desejo de ocupar determinada posição, mas estão claramente desajustados em uma diversidade de aspectos básicos que aca-bam por representar um impedimento a priori no sentido da conquista desses ideais. Afinal, não são poucos os profissionais que chegam a perder boas oportunidades por passarem uma imagem desagradável ou, até mesmo, não compatível com o suposto “adequado” em relação ao perfil ideal para a ativida-de, posição ou função em questão. E isso não se aplica apenas às relações de trabalho. Por ter um comportamento grosseiro e


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desagradável, por exemplo, um indivíduo pode ser lentamente rejeitado pelo seu grupo de relações, o que acaba por repercutir negativamente em quase todos os campos de sua vida.

Vejamos um exemplo: você contrataria para advogar em fa-vor de sua empresa um candidato que se apresenta em uma en-trevista de calça jeans, barba por fazer e ainda comportando-se de forma extremamente grosseira? Com certeza, cabe a um ad-vogado uma postura bem diferenciada.

Porém, alguns teóricos dizem que a aparência e o comporta-mento não revelam o conteúdo ou o potencial de um determina-do indivíduo; opinião que respeitamos e com a qual até concor-damos, em parte. Só que um advogado que se apresenta em um processo de seleção em tais condições estaria, no mínimo, de-monstrando uma extrema falta de bom senso e de respeito com o entrevistador, o que colocaria grande parte dos contratantes em sérias dúvidas em relação ao seu perfil como profissional.

É claro que existem as “velhas” historinhas sobre as aparên-cias que enganam como, por exemplo, a do fazendeiro milioná-rio, grosseiro e mal-trajado que foi destratado pelo funcionário da concessionária de veículos que, tomando como referência apenas a aparência do cliente, demonstrou total descaso em seu atendimento. O vendedor de pouca sorte não só perdeu a co-missão sobre a volumosa venda de caminhões como também o emprego que lhe garantia o sustento.

Mas o fato é que não podemos negar: a aparência é funda-mental e funciona como um “cartão de visita”. E por mais que alguns autores neguem a importância da apresentação e da

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postura de um determinado indivíduo frente à possibilidade de conquista e criação de novas e melhores oportunidades, não podemos fechar os olhos para esta realidade.

A apresentação de um profissional refletea sua autoestima e, como consequência, influencia

na sua capacidade de inter-relacionamento.

Tal dinâmica pode ser entendida, na prática, a partir de uma simples experiência: procure visitar uma loja ou empresa tra-jado de formas distintas. Certamente, você poderá observar os diferentes tipos de tratamento que irá receber em um primeiro momento. É lógico que isso não deveria ocorrer. Contudo, o que não podemos fazer é desconsiderar o que acontece na prá-tica da vida. A aparência e a postura de um determinado indi-víduo podem vir a ser decisivas em um processo de conquista, seja ele qual for.

Algumas pesquisas comprovaram o grau de importância da apresentação de um candidato como fator de forte influência durante um processo seletivo. Segundo esses estudos, o este-reótipo do candidato preferido pelos executivos apresenta-se em terno de cor escura, sóbria (azul-marinho, cinza-escuro ou grafite), camisa branca ou azul em tom claro, colarinho fechado e nó de gravata bem feito, gravata com estampa discreta, con-trastando com o terno; sapato preto engraxado e meias pretas, sem barba ou bigode e com um bom corte de cabelo.

Quanto às candidatas, o estereótipo ideal se apresenta de tail-leur (blazer e saia do mesmo tecido) optando pelas cores escuras e sóbrias, meias cor da pele; sapatos fechados com saltos mé-


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dios. Em último caso, podem optar por calça social ou vestido de linho de cor clara com blazer de cor escura (azul-marinho, cinza-escuro, grafite ou preto). Os cabelos podem ser curtos ou presos, utilizando maquiagem leve.

Porém, devemos lembrar que o resultado desse estudo não é uma regra aplicável a todos. Afinal, não pega nada bem a um of-fice-boy, por exemplo, vestir-se de terno e gravata apenas para participar de uma entrevista de seleção. Sem contar que, para muitas empresas modernas, principalmente as do tipo ponto.com, roupas formais já caíram em desuso há muito tempo. Do mesmo modo ocorre com as agências de publicidade que, em geral, dispensam o uso de roupas formais. É preciso, então, ter discernimento para saber adequar o visual ao tipo de empresa e atividade profissional em que se pretende atuar.

Você, provavelmente, não terá uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão e dificilmente

conseguirá desfazer uma primeiraimpressão malsucedida

Assim, um bom candidato deve apresentar-se do melhor modo possível, mas sempre de acordo com o seu cargo, fun-ção, área de atuação e cultura da empresa. Seja qual for o cargo pleiteado, deve-se buscar aparência, vestuário, comportamento e postura compatíveis com o perfil da empresa e da futura posi-ção. É importante que o entrevistador tenha a percepção do can-didato como que já ocupando o cargo. Vale lembrar que a boa aparência nunca foi um sinônimo de beleza e pode ser ponto de-cisivo no momento da escolha de um determinado profissional.

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Alguns cuidados fundamentais, que podem ser aplicados a todos os casos, devem ser tomados visando causar boa impres-são durante os encontros de seleção. A higiene pessoal deve ocupar posição de destaque. Os pontos principais são, simples-mente, todos. Vejamos, então, alguns, separadamente:

• Quanto aos homens:

Cabelos devem estar limpos, penteados e com um bom corte. Evite o uso de cabelos longos. A barba feita e dentes bem esco-vados, evitando mau hálito. Unhas devem estar limpas e corta-das. Evite adereços como brinquinhos, pulseiras extravagantes, óculos de sol etc. As roupas devem estar impecáveis, passadas e sem manchas. Sapatos devem estar engraxados e combinando adequadamente. Esteja atento ao caimento de suas roupas; afi-nal, não existe nada pior que uma camisa extremamente aper-tada ou uma calça pescando siri. Evite sempre perfumes fortes. O aspecto mais agradável é aquele que passa uma sensação de banho recém-tomado.

• Quanto às mulheres:

Devem se apresentar com cabelos limpos, penteados e com um bom corte. Quem preferir pode também prendê-los. Dentes bem escovados, evitando mau hálito. Unhas devem estar limpas e, se feitas, pintadas com cor discreta. As roupas devem estar im-pecáveis, passadas e sem manchas. As combinações de peças de-vem ser adequadas, evitando saias curtas, calças extremamente apertadas, blusas decotadas, transparentes e que deixam a barri-ga de fora, bem como cores berrantes e modelos extravagantes. As vestimentas devem ser apropriadas para um ambiente de tra-


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balho, atentando para os exageros e, por outro lado, o desleixo. Perfumes fortes e excesso de maquiagem são de extremo mau gosto e também devem ser evitados. O aspecto mais agradável é aquele que passa uma sensação de banho recém-tomado. Em todos os aspectos, o bom senso deve sempre prevalecer.

A apresentação de um profissional é assunto polêmico frente aos novos paradigmas empresariais. De um lado estão os em-pregadores, que consideram a aparência fator decisivo na hora da escolha de um candidato. Seguindo outra abordagem, estão aqueles que avaliam apenas as qualificações pessoais e profissio-nais, colocando a aparência em último plano, ou mesmo chegan-do a desconsiderá-la. Entre estes, estão algumas empresas dos países mais desenvolvidos, que alegam ter apenas a preocupação de contratar potenciais intelectuais e não modelos profissionais.

Porém, o que não podemos esquecer é que alguns conceitos, mesmo que pareçam ultrapassados, ainda fazem parte da rea-lidade social brasileira e, de qualquer forma, a questão básica sempre será: sejam quais forem os princípios dos empregado-res, a boa apresentação só poderá trazer benefícios aos candida-tos. Por isso, invista em sua imagem, pois ela, certamente, só irá favorecê-lo em sua vida pessoal e profissional.

Bem, sabemos que fazer uma autoavaliação não é tarefa das mais simples. Com certeza, fica bem mais fácil para todos nós observar e despejar críticas a um terceiro. Porém, essa árdua missão não pode ser ignorada por aqueles que querem inves-tir na criação de uma estratégia de marketing pessoal eficiente. Vejamos, então, alguns procedimentos simples e básicos que devem ser utilizados por todos os profissionais que visam ao autoaprimoramento frente à imagem pessoal:

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• Reavalie sua apresentação ante o mundo: dedique um pouco mais de tempo para cuidar deste assunto. Muitas vezes, apesar de sabermos da importância da apresentação de um in-divíduo frente à conquista e manutenção de novas e melhores oportunidades, investimos muito pouco em nossa autoimagem. Em certos casos, somos até capazes de criticar duramente outras pessoas que se apresentam de modo pouco ajustado, enquanto nos esquecemos de atentar para nós mesmos. Assim, antes de nos preocuparmos com a aparência de um terceiro, não pode-mos deixar de avaliar a nossa própria imagem.

• Reflita sempre sobre o seu comportamento: faça uma au-toanálise sobre seu comportamento, pergunte aos seus amigos como eles o percebem, quais são os seus pontos fortes e fracos e também o que você poderia fazer para melhorá-los. Muitas vezes, modificar um hábito de conduta ou um determinado as-pecto qualquer pode ser bem mais simples do que parece e pode trazer resultados bem mais significativos do que se imagina. Lembre-se sempre de que a vida funciona em via de mão dupla, o que nos faz avaliar o que estamos emitindo, para entendermos o que recebemos como retorno.

• Avalie a sua aparência em geral: esteja certo de que a sua apresentação está compatível frente aos seus objetivos. Muitos candidatos almejam alguns ideais em suas vidas profissionais, mas demonstram claros desajustes em relação a seus aspectos pessoais. Assim, procure manter uma apresentação que esteja de acordo com o que é considerado adequado frente ao cargo ou função que você pretende pleitear. Avalie a sua aparência física — corte de cabelo, higiene pessoal e não deixe de analisar também o seu vestuário, a combinação de peças, estilo de rou-pas, aspecto das mesmas etc, etc.

Capítulo 5 Desenvolva um slogan profissional

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Capítulo 5Desenvolva um

slogan profissional

Outro importante passo para desenvolver uma boa estratégia de marketing pessoal é investir em um processo de autoconheci-mento visando, com isso, a obter melhor desempenho, seja qual for a sua área de atuação. Muitas pessoas, na ânsia de ganhar muito dinheiro, dedicam-se a tarefas que, em certos casos, não estão compatíveis com seus respectivos perfis de qualificações. E o resultado disso tudo acaba sendo o fracasso em longo ou, até mesmo, em curto prazo.

Bem, na verdade, este é exatamente o caminho oposto ao su-cesso. Dificilmente um profissional vai se destacar como sendo um diferencial se estiver trabalhando em algo com que pouco se identifica. Alguns estudos demonstram que, em sua maioria, os executivos que se sobressaem em suas atividades estão implica-dos também por uma satisfação pessoal, e não apenas pela única motivação relacionada a uma recompensa salarial.

Só é possível ser bem-sucedido naquiloque se faz quando se tem a alma

investida em seu trabalho.


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Se você deseja conquistar novas e melhores oportunidades, é importante preocupar-se em descobrir quais são as suas apti-dões, os seus maiores interesses e as suas principais habilidades a fim de conseguir resultados positivos durante o exercício de sua profissão. Lembre-se de que todo mundo tem pelo menos um talento em especial. O grande “segredo”, então, é identificar aquilo em que somos singulares.

Esta árdua tarefa, que é um grande desafio para todos nós, deve ser buscada a todo custo. Tornou-se imprescindível fazer um diagnóstico pessoal para conhecer profundamente o “pro-duto” que você tem para ofertar às empresas e, como consequên-cia, obter êxito em seu caminho e em suas escolhas profissionais. Para quem está iniciando e tem poucos anos de experiência ou, ainda, aqueles que possuem plena condição de mudar de área de atuação, é de bom tom começarem a fazer a si mesmos as seguintes perguntas:

• O que eu mais gosto de fazer?• Que assuntos mais me motivam?• Em que situações eu desempenho melhor as minhas habili-

dades? Eu prefiro as tarefas práticas ou as conceituais? • Dos trabalhos que eu já realizei, quais deles me trouxeram

mais satisfação? E quais significaram mais em termos de cresci-mento pessoal e profissional?

• Quais são as habilidades, competências e experiências que foram desenvolvidas em minha carreira que eu posso oferecer ao mercado de trabalho?

• Qual(is) é(são) a(s) minha(s) maior(es) vantagem(ns) com-petitiva(s)?

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• Eu tenho mais facilidade para lidar com números ou com pessoas?

• Quais são as qualidades que fazem parte do meu perfil e com as quais posso aplicar plenamente em meu dia a dia e no trabalho?

• Qual é o campo de atuação que mais se encaixa à minha personalidade?

Para quem tem tempo disponível e está interessado em obter uma avaliação mais profunda, pode ser indicado submeter-se a um processo de orientação vocacional; ou, ainda, pedir auxílio a um consultor de carreira. A partir de toda uma metodologia de ponta, orientadores, em geral psicólogos e headhunters, estão habilitados a traçar o perfil de um determinado candidato, in-dicando sua(s) vocação(ções) e propondo o direcionamento de carreira mais adequado com excelente precisão e confiabilidade. Somente dessa forma você terá melhores condições de identifi-car as suas aptidões e atividades pelas quais suas habilidades serão essenciais.

Após o momento em que você possuir um bom nível de autoconhecimento, identificando-se totalmente com o cargo ou função que irá pleitear, será o momento de investigar suas principais qualificações que possam ganhar destaque durante o seu desempenho como profissional. Tais atribuições devem representar um “diferencial” competitivo para o mercado e vão funcionar como sendo a sua “marca registrada”. Podem ser ca-racterísticas do tipo: habilidade para desenvolver atividades em equipe, perfil criativo e inovador, forte habilidade para negocia-ção etc. Bem como no caso dos produtos, uma ideia vinculada a


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um profissional valoriza a sua imagem e ainda representa a pos-sibilidade de oferecer algo a mais que a concorrência — agre-gando valor ao profissional.

O slogan de um profissional significa bem maisdo que um mero conceito. Ele representa tudo aquilo que pode ser agregado de valor a uma organização

e que o diferencia dos demais.

Mas, não se esqueça: um slogan vai muito além de uma sim-ples frase pronunciada durante uma entrevista de seleção. Ele deve verdadeiramente fazer parte do seu perfil, transparecendo não apenas durante um processo seletivo, mas sim em todos os momentos da sua vida. É essencial que a sua “marca” repercuta boca a boca para que todos conheçam a sua fama e credibilida-de, sua característica profissional.

Vamos fazer agora uma pequena experiência: pense um pouco sobre o que as pessoas falam a seu respeito. São aquelas características sempre descritas, principalmente pelas pessoas mais próximas, como sendo parte de suas descrições psicológi-cas mais marcantes. Se preferir, pare de ler por alguns instantes e reflita sobre isso.

Bem, as características que todos nós transparecemos duran-te o cotidiano e que são percebidas pelas pessoas que nos cer-cam, provavelmente estão funcionando como slogans. Assim, se você não está satisfeito com a impressão que vem causan-do, trate de mudá-la, mesmo que isso demande algum tempo. Muitas pessoas ingenuamente acreditam que algumas de suas atitudes, por menores que sejam, não são percebidas pelo meio

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em que interagem. Com isso, são capazes de cometer pequenos delitos, desvios de comportamento ou manifestações de caráter duvidoso, pensando não estarem sob a observação de todo um contexto social. Ledo engano.

Na dinâmica social em que vivemos, o caráter de determi-nado indivíduo dificilmente não será percebido, comentado e repercutido pelo seu grupo de relações. Cedo ou tarde, todos conhecerão o seu perfil e tal comportamento pode ser prejudi-cial à construção de um slogan positivo. Em uma época em que a ética profissional é extremamente valorizada, uma imagem degradada definitivamente trará um alto custo para qualquer tipo de trabalhador.

Assim, procure investir na construção da sua identidade pro-fissional de forma positiva. O fundamento lógico consiste inicial-mente em treinar-se na observação do seu próprio comportamen-to. É preciso transformar cada atitude negativa em seu contrário positivo. É importante identificar suas falhas e seus piores defei-tos para, só então, modificá-los por meio de autosugestão.

Paralelamente, é também imprescindível criar uma imagem “adequada” em relação ao seu perfil pessoal como um todo. Para isso, habitue-se a expor naturalmente as suas qualificações, bem como os seus pontos positivos. Valorize suas ideias, ações e projetos sem arrogância e egocentrismo. Esteja certo de que todos conheçam as suas principais atribuições, mas sempre com certa dose de humildade, para que isso não seja interpretado como pura pretensão. Não se esqueça de que a arrogância é a inimiga número um do marketing pessoal. Assim, cuidado com os excessos de autopromoção. O importante é ressaltar as suas


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ações ante aos resultados alcançados e não apenas supervalori-zar-se como profissional sem apresentar projetos e realizações que os justifiquem.

Persevere por um ou dois meses, mesmo que nada aconteça em um primeiro momento, e verá o surpreendente resultado. O efeito é cumulativo e, depois de algum tempo, torna-se automá-tico como um hábito. À medida que seu ciclo de relações perce-bê-lo de modo positivo, sua fama repercutirá, novas e melhores oportunidades surgirão e, como consequência de todo esse pro-cesso, em pouco tempo nascerá um novo profissional.

Porém, lembre-se sempre de que a criação de um slogan po-sitivo exige paciência acima de tudo. É preciso investir na cons-trução de uma imagem de sucesso, e isso não é feito do dia para a noite. Do mesmo modo, de nada adianta colocar-se verdadei-ramente envolvido com esse objetivo por apenas um curto pe-ríodo de tempo e não cuidar da devida manutenção. É preciso também estar em processo contínuo de investimentos e de de-dicação. É mais que fundamental criar um verdadeiro hábito de autopromoção, pois ele será essencial ao seu êxito.

Um ponto importante deve ser ressaltado: desfazer um slogan negativo pode ser bem mais complicado do que pode parecer. Assim, invista em uma imagem sólida e nunca deixe que uma “propaganda” inadequada prejudique a sua marca. Cuide bem desse importante e precioso patrimônio, pois um dia ele será de-cisivo na hora de dar um passo adiante ou muitos atrás. Vejamos, então, alguns princípios básicos que podem ajudar a transformar o nome de um profissional em uma marca de sucesso:

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• Mantenha-se atualizado frente às necessidades do mercado: de nada adianta trabalhar um produto estrategicamente se ele não atende às necessidades do consumidor. Assim, tenha a cer-teza de que as suas prestações de serviço estão em evidência no mercado. É fundamental que a marca de um profissional esteja atualizada e em eterno processo de reciclagem. Afinal, de que vale ser bom em algo que já caiu em desuso? Por isso, lembre-se sempre que o slogan de um trabalhador deve ser algo que vai além da mera divulgação em si; é preciso que o “produto” em questão seja, de fato, fundamental ante as demandas das empre-sas, genericamente falando, do mercado.

• Invista na propaganda boca a boca: muitos estudos na área de marketing já provaram que a tal propaganda boca a boca é um dos principais meios de divulgação de um determinado produto. É principalmente por meio dela que se pode criar uma imagem sólida ou degradada no mercado. No caso dos profis-sionais, essa dinâmica não funciona diferente. Investir para que seu nome se torne conhecido e comentado de forma positiva em sua área de atuação é imprescindível frente à construção de uma marca consolidada. Assim, esteja atento a seu ciclo de rela-cionamentos. Procure ser bem quisto por todos que lhe cercam. Nunca alimente relações de intrigas ou de inimizades. Cuide da sua autoimagem e procure divulgar, amplamente e com total sucesso, os seus pontos positivos. Priorize sempre a satisfação dos seus clientes e, acima de tudo, nunca cometa pequenos des-lizes que possam repercutir negativamente, prejudicando o seu slogan como profissional.


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• Apareça para as oportunidades: é exatamente durante encontros com amigos, reuniões de trabalho, palestras, conven-ções e, fundamentalmente no dia a dia que um profissional tem a oportunidade de construir e solidificar lentamente a sua mar-ca. Assim, procure desenvolver esse patrimônio gradativamen-te, a partir de uma atitude mais participativa em seu meio de relações. Aproxime-se ao máximo das pessoas e não apenas das que aparentemente possam ajudá-lo a conseguir ascensão pro-fissional. Lembre-se: o pior tipo de profissional é aquele que se humilha perante os mais poderosos e, por outro lado, desconsi-dera os mais fracos. Assim, procure sempre divulgar a sua mar-ca para todo o seu universo de relações. De preferência, esteja certo de que todos o conhecem como um “profissional modelo” e cuide dessa preciosa reputação.

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Capítulo 6 Seja um bom networker

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Capítulo 6Seja um bom

networker

Por mais incrível pareça, o mundo contemporâneo é marcado por grandes desencontros. Muitas vezes, moradores de um mesmo condomínio se cruzam diariamente e nem chegam a se cumpri-mentar, e se conhecer. Pode-se dizer que esse é um dos paradoxos da vida moderna. Quanto mais pessoas aglomeradas nos tumul-tuados centros urbanos, mais isoladas e solitárias elas ficam.

O maior problema disso tudo é que os relacionamentos inter-pessoais são extremamente importantes e chegam a ser, em mui-tos casos, decisivos ante ao desenvolvimento de uma carreira profissional de sucesso. O ciclo de relações de um determinado profissional pode ser considerado um de seus mais importantes instrumentos de marketing pessoal. Vamos, então, pensar um pouco mais sobre o papel fundamental das relações sociais na vida de todos nós:

Em primeiro lugar, é importante entender que a humanida-de vive em processo de total dinâmica de grupo. Isso significa que, embora não seja óbvio, o dia a dia de todos nós depende do entrosamento com outros seres. Esteja você aonde estiver, com certeza, existirá outro que, de alguma forma, estará esta-belecendo uma relação de troca, seja ela direta ou indireta. A nossa sociedade exige um funcionamento harmônico entre seus membros e, neste complexo sistema, cada indivíduo participa e

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contribui de algum modo, em uma ordem de total interligação entre as partes. Neste sentido, podemos compreender que não existe participação social sem que haja algum tipo de cumplici-dade, ou pelo menos ligação, por parte de um terceiro. É o que chamamos de “o grande jogo da interdependência”.

“O universo pode ser compreendido entãocomo um organismo em que cada

célula coopera com as outraspara manter o todo.”

(Dalai Lama)

Podemos citar como exemplo um time de futebol. Todos nós sabemos que o que leva uma seleção ao sucesso é o entrosamen-to entre seus jogadores e não o destaque de apenas um craque em particular. Muitas vezes, mesmo montando-se uma equipe só de craques, se não houver harmonia no grupo o time prova-velmente nem chegará às fases finais de um campeonato.

O mesmo princípio é adotado nas empresas modernas. Equi-pes trabalhando em rede desenvolvem seus produtos a partir da participação harmônica entre todos os colaboradores, que operam com um só objetivo. É o conjunto que vai determinar o resultado. Um gerente que acredita que, apenas fazendo o seu trabalho do melhor modo possível, garante o sucesso in-dividual está muito enganado. Seu desempenho está direta-mente ligado à atuação de seus subordinados. É como em uma orquestra, por exemplo, onde nenhum instrumento pode estar desafinado, o que comprometeria a qualidade do produto final; neste caso, a melodia.


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A humanidade, que por milhares de anos acreditou que o mundo fosse uma máquina perfeita, hoje entende que existe uma ordem maior na natureza do que a simples engrenagem mecânica da causa e da consequência. Isso significa dizer que tudo aquilo que o homem faz ou produz repercute em uma es-cala bem maior do que apenas o resultado imediato obtido com o ato em si.

Seguindo esses princípios lógicos, pode-se entender porque a simples utilização de um determinado spray que contribui para a destruição da tão frágil, porém protetora, camada de ozônio que envolve a Terra, repercute como alteração de todo um equi-líbrio natural do nosso planeta. Afinal, esta ordem maior do uni-verso nada mais é que uma dinâmica de total interdependência entre todas as coisas.

Bem, se o segredo-chave da vida é o relacionamento em gru-po, então é preciso aprender como melhor viver nele. Afinal, as relações estabelecidas por um indivíduo durante a sua vida são de total importância e reflexo ante ao desenvolvimento de um percurso positivo, ou negativo. Em uma sociedade onde nada acontece isoladamente, o caminho do qual se faz uso para gal-gar os passos de uma carreira vai, certamente, ser um dos fato-res determinantes de sucesso ou de fracasso profissional.

Desenvolver um bom ciclo de amizades é, também, sinônimo de abrir um leque infinitamente

maior de oportunidades.

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Podemos imaginar um inventor que elabora um determina-do projeto. A ideia é bem original, apenas precisaria de pessoas qualificadas para aprimorá-la e desenvolvê-la. Contudo, o cria-dor encontra-se afastado do mundo produtivo e seu ciclo de relacionamentos é tão estreito e empobrecido que a invenção provavelmente não chegará aos olhos da humanidade.

Tal situação está acontecendo em todas as áreas e em todos os instantes. Talentos perdidos na multidão, muitas vezes pas-sam por toda uma vida inteira sem o devido reconhecimento, apenas por não terem acesso às pessoas certas, na hora certa. Analisar tais aspectos nos remete ao entendimento do grau de importância da participação em grupos sociais que estejam dire-tamente ligados às nossas expectativas de vida e ambições pes-soais. Afinal, já dizia Sócrates, famoso filósofo grego que viveu quatrocentos anos antes de cristo: “Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”. Em relação à vida profissional, podemos dizer: Dize-me com quem andas, e dir-te-ei aonde chegarás.

Aprender a desenvolver bons relacionamentos sociais é fator de fundamental relevância para se alcançar o sucesso. É a partir dos ciclos de relações que podemos obter os subsídios necessários para atingir as metas de-sejadas. Lembrando sempre que, quanto mais pessoas sentirem afeto por você, mais portas serão abertas du-rante a sua vida, o que só pode repercutir em forma de um universo significativamente maior de possibi-lidades. Neste mundo articulado por relações de total interdependência, é muito importante ser benquisto.


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De acordo com pesquisa desenvolvida pela DBM, uma das maiores empresas do mundo especializada em outplacement — recolocação de executivos no mercado de trabalho —, 75% das contratações são feitas por intermédio de networking, isto é, pela rede de relacionamentos do próprio profissional. Dessa for-ma, devemos alimentar boa impressão, se possível na totalidade dos nossos relacionamentos. É importante ressaltar que a rede de contatos pode ser considerada um dos veículos de marketing pessoal mais precioso com que um profissional pode contar.

Mas, lembre-se: isso não significa dizer, então, que devemos sair pedindo emprego a todo tipo de amigos e conhecidos. Na verdade, esses estudos demonstram que as indicações ocorrem, porém pelas qualificações dos profissionais indicados e não por uma simples questão de amizade. Afinal, quem se arriscaria a indicar alguém desqualificado e, com isso, comprometer a pró-pria posição que ocupa na empresa? Assim, não se esqueça de que as relações são de fato um bom meio para se obter oportu-nidades valiosas, mas isso só ocorre quando se está preparado para aproveitá-las.

Cuide bem de sua rede de relações pessoais e profis-sionais, pois elas são um dos seus mais importantes pa-

trimônios.

Se entendermos o grau de importância das nossas relações durante a vida, podemos concluir a necessidade de cultivar e ampliar esse importante patrimônio, para podermos colher os seus respectivos frutos em um futuro breve. Saber formar e ge-renciar uma boa rede de relacionamentos passou a ser indis-

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pensável frente ao desenvolvimento pessoal e profissional de qualquer pessoa.

Mas, afinal, como ser um bom networker? Bem, em um pri-meiro momento é preciso avaliar o seu poder de networking. Afinal, não basta apenas querer ser um bom trabalhador em rede. É preciso ter ou, pelo menos, desenvolver tal dom. O rela-cionamento interpessoal está diretamente ligado à capacidade de desenvolver laços afetivos com facilidade. Um bom networ-ker é hábil nas relações interpessoais devido a algumas mar-cantes características que facilitam a sua penetração nos grupos sociais e na formação de novas amizades. Possui empatia, bom humor, capacidade de comunicação, agradável apresentação, flexibilidade e perfil expansivo. Sem essas importantes qualifi-cações, torna-se difícil relacionar-se com sucesso em um univer-so tão distinto de pessoas e suas características e particularida-des individuais.

Assim, antes de sair por aí distribuindo sorrisos, convites e te-lefonemas, reavalie o seu perfil para que você possa obter bons resultados durante o desenvolvimento de novas e construtivas relações. Só então será hora de se implicar em seu networking seguindo alguns princípios básicos deste importante instrumen-to voltado ao autodesenvolvimento:

• Invista em relações do tipo mão dupla: é importante res-saltar que networking é algo que vai muito além das relações estabelecidas em um mero ciclo de amizades. Isso quer dizer que não basta apenas estar engajado em uma ampla rede de re-lações, se ela não representa uma possibilidade de retorno signi-ficativo em sua carreira. É preciso, então, também construir sóli-


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das uniões de puro profissionalismo. Para isso, é imprescindível estabelecer relações do tipo mão dupla, ou seja, disponibilizar os recursos pessoais visando receber como retorno novos conhe-cimentos e a criação de outras oportunidades. Diferentemente do passado, onde o segredo era tido como a alma do negócio, atualmente, tornou-se imprescindível, frente à conquista de no-vas oportunidades, divulgar os interesses profissionais diante da maior quantidade possível de pessoas. Lembre-se de que de nada adianta guardar segredos em relação aos seus projetos de vida e ambições pessoais se as suas devidas realizações estão, de certa forma, diretamente ligadas à sua rede de relacionamentos. Assim, invista em suas relações oferecendo todo o seu conteúdo como troca, pois esta é, certamente, a melhor estratégia ante a construção de uma rede rica em preciosas oportunidades.

• Estabeleça contato com a sua rede: valorize ao máximo a sua rede de relações profissionais em todas as circunstâncias e não somente nos momentos em que você mais precisa. Afinal, o pior tipo de trabalhador é aquele que vive pedindo conselhos e favores quando mais precisa, mas se esquece propositadamen-te dos “amigos” quando não mais necessita. Entre em contato com pessoas do seu convívio (médicos, dentistas, advogados, gerentes de bancos, corretores de seguros etc), antigas amiza-des, clientes, ex-chefes ou subordinados, ex-empregadores, ex-professores, ex-colegas de trabalho, de escola, de graduação, ex-professores, palestrantes, fornecedores, líderes religiosos, membros da comunidade, concorrentes de sua empresa anterior etc. Lembre-se que aquele amigo que você não encontra há mui-to tempo pode, hoje, estar ocupando um belo cargo em alguma multinacional. Assim, procure sempre rever os seus contatos pessoais.

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• Não desperdice preciosas oportunidades: procure apro-ximar-se de outros profissionais, principalmente daqueles que estejam relacionados à área alvo de seu interesse, e que possam trazer benefício direto à sua carreira. Pode ser um headhunter, um gerente, um diretor de outro departamento ou até mesmo aquele seu concorrente que vive conquistando novas realiza-ções. Nunca desperdice preciosas oportunidades de investir em novas conexões visando desenvolver outras parcerias, por meio de participação em processos de treinamentos, congressos, seminários, palestras, convenções, eventos, coquetéis, reuniões etc. É exatamente durante esses encontros que se tem a chance de estabelecer contatos mais proveitosos.

• Cultive a sua network: troque idéias com a maior diversi-dade de pessoas. Muitas vezes, um bom papo com algum pro-fissional que não possui ligação com a sua área de atuação pode render oportunidades que, aparentemente, eram tidas como impossíveis. Assim, esteja sempre disponível e nunca dificul-te o acesso a você. Veja e seja visto. Coloque-se em circulação buscando a formação de novos aliados e não deixe de alimentar seus relacionamentos a partir de pequenos, porém significativos gestos como telefonemas, e-mails, almoços; enfim, comunique-se e apareça para o mundo. Participe dos ambientes frequen-tados por pessoas de seu interesse como, por exemplo: clubes, academias, associações, templos, grupos de ações filantrópicas, restaurantes e bares diferenciados etc. E nunca se esqueça de que a formação de uma bela rede de relações, bem como a sua devida manutenção, não é tarefa para um determinado período, mas para a vida inteira.


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Para encerrar este capítulo, acompanhe e reflita sobre esta simpática e profunda historia que relata a importância dos rela-cionamentos sociais e em grupo:

Durante a era glacial, muitos animais morriam em razão do frio severo. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos para se agasalhar. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais pró-ximos, justamente os que forneciam mais calor. Por isso, voltaram a se afastar uns dos outros.

Tornando a morrer congelados, precisavam fazer uma escolha: ou desapareciam da face da Terra, ou aceitavam os espinhos dos semelhantes.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Apren-deram a conviver com as pequenas feridas que uma rela-ção muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E conseguiram sobreviver.

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Capítulo 7 Crie as suas próprias oportunidades. Divulgue-se!

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Capítulo 7Crie as suas próprias

oportunidades – Divulgue-se!

Qual é exatamente a sua postura ante ao mercado de trabalho? Você é do tipo que luta bravamente para que as portas se abram, ou prefere ficar sentado culpando a recessão pelas suas dificul-dades? Bem, provavelmente, a sua postura diante da busca de novas e melhores oportunidades reflete também o seu compor-tamento frente às diversas situações da vida. Algo do tipo: o modo como você reage às decepções, se você persevera e acre-dita no seu potencial ou se você se deprime e desiste facilmente, se tem iniciativa ou não; enfim, o seu perfil psicológico e a forma como você interage com o mundo.

Diante disso, podemos concluir que, pessoas que assumem uma postura proativa, positiva e determinada ante ao mercado são, também, as mesmas que se aplicam com maior energia no trabalho e nas dificuldades normais do dia a dia. E é exatamente por isso que este tipo de profissional não fica desempregado por muito tempo. Além do fato de aparecer para um universo muito maior de possibilidades, os empregadores tendem a identificar com maior facilidade os trabalhadores que possuem esse perfil, o que só pode resultar em um surgimento significativo de mais oportunidades. Afinal, quem contrataria para fazer parte de sua equipe um profissional que tem baixa autoestima, é pessimista e pouco ativo; enfim, desajustado em todos estes aspectos? As-sim, reflita sobre a sua postura e, com isso, certamente estará também avaliando o seu perfil diante da vida como um todo.

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Voltando à questão inicial, os indivíduos que estão sempre colocando a culpa dos seus fracassos em terceiros e que assu-mem um comportamento passivo e pessimista em relação à vida e à carreira, estão seriamente em apuros e devem buscar supor-te. Seguramente, nossos princípios de pensamentos acabam por se traduzir em ações que dia após dia escrevem o conteúdo da nossa história. Assim, quem não estiver satisfeito com os resul-tados que vem obtendo na vida, deve rever seus conceitos e bus-car um novo sentido para ela; caso contrário, será péssimo para o seu futuro como profissional.

Contudo, se você aceita o peso da responsabilidade de seu destino em suas próprias costas, é hora de investir na busca de novas oportunidades e assumir uma postura vencedora, hipera-tiva, para colher em um futuro breve os frutos do seu empenho.

As oportunidades estão espalhadas pelomercado, porém elas, provavelmente,

não irão procurar por você.

É bem provável que neste exato momento alguma organiza-ção esteja à procura de um profissional com o seu perfil e com as suas qualificações pessoais e profissionais. Porém, por não terem o devido conhecimento da sua disponibilidade e interesse, po-derão contratar outro candidato para ocupar a vaga em aberto.

Pensar assim nos leva a entender a importância de aparecer ao máximo para as oportunidades, fazendo com que elas che-guem até você ou, ainda, com que elas saibam de sua existência de forma diferenciada, que chame atenção. Afinal, nos dias de hoje, não basta ficar em casa pesquisando em sites e anúncios


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as ofertas de vagas. Tal atitude está longe de ser um modelo de comportamento para quem busca uma colocação em um merca-do altamente competitivo. É preciso arregaçar as mangas e as-sumir um comportamento voltado à autoiniciativa, criar as suas próprias oportunidades, pois a maior parte delas nem chega a ser publicada nos classificados dos jornais.

Existem várias formas de entrar em contato com empresas vi-sando a apresentar um bom currículo. O grande problema é que os empregadores possuem opiniões diferentes acerca de qual modalidade pode ser considerada como mais eficiente para se estabelecer um primeiro contato.

Para os candidatos, não resta alternativa senão descobrir, dentre as possíveis modalidades de apresentação, qual delas melhor se encaixa em seu perfil e no da empresa alvo. Isso pode ser feito por meio de um telefonema, do Google, da coleta de informações com profissionais que trabalham na própria orga-nização etc. Enfim, é importante ter ciência dessas informações para, só então, decidir entrar em contato. Vejamos as possíveis formas de apresentação:

Os quatro métodos MENOS eficazes para procurar um em-prego são:

• Abordar pessoalmente as empresas e as consultorias de recursos humanos, mesmo não havendo uma vaga específica, apresentar um bom currículo e solicitar uma entrevista sem compromisso.

Esse tipo de estratégia de abordagem de mercado, muito uti-lizada no passado, deixou de ser um meio eficaz de criação de

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novas e melhores oportunidades. Nos dias de hoje, desenvolver esse tipo de abordagem direta, ou seja, bater na porta do empre-gador, pode se tornar tarefa impossível, além de ser extrema-mente malvista, principalmente nos casos em que o profissio-nal busca uma colocação em uma empresa de médio ou grande porte. Assim, não resta melhor alternativa senão descobrir uma forma de contato com seu futuro chefe, através de e-mail, inter-net, redes sociais (Linkedin) etc, apresentar suas qualificações e conquistar uma entrevista, até mesmo por telefone, mesmo que sem compromisso.

Além do fato de a maior parte das grandes empresas terceiri-zarem os processos seletivos, os executivos e selecionadores não costumam atender profissionais que comparecem às empresas sem hora marcada. Nesses casos, geralmente os candidatos cos-tumam deixar seus currículos na recepção. Para os profissionais interessados em abordar o mercado das grandes corporações, tal prática deve ser totalmente ignorada, tornando-se extrema-mente delicada e pouco aconselhável. Procure sempre o cami-nho correto para se apresentar, ou use sua rede de relaciona-mentos para obter as indicações de mercado.

• Por intermédio de um processo de mala direta, enviar currículos às empresas pelos correios.

A utilização dos correios ainda é feita por muitos profissio-nais em busca de emprego. Contudo, para muitos empregado-res, essa alternativa de apresentação é considerada jurássica. Além da agilidade atual na comunicação oferecida pela internet, não existe sequer um recrutador que aprecie sua mesa lotada de correspondências.


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Muitos profissionais ainda possuem uma visão distorcida sobre procura de emprego. Ainda acreditam que isso pode ser feito apenas elaborando um bom currículo e enviando ao maior número possível de empresas, por meio dos correios, para en-tão aguardar um futuro contato. Ledo engano! Na verdade, a consequência dessa postura é ter muita frustração e a clara sen-sação de inutilidade e incompetência devido à falta de retorno. Afinal, segundo alguns estudos, esse método funciona como uma espécie de loteria do emprego e apresenta um índice de aproveitamento inferior a 5%. Na prática, isso quer dizer que, para cada 100 candidatos que utilizam apenas essa modalidade de divulgação, mais de 95% não terá êxito algum de retorno e chamado às entrevistas.

De qualquer forma, se optar pelo envio do currículo via cor-reios ou deixando na portaria do prédio de alguma empresa, procure não dobrá-lo e nem colocá-lo em envelope pequeno. O ideal é usar o envelope tamanho A4, procurando não amassar o documento. Quanto às informações do destinatário, utilize le-tras normais, nem grandes e nem pequenas. Atentar, também, para o excesso de cola no envelope. Use o bom senso!

• Utilizar os classificados dos jornais locais, de outras re-giões e estados, como fonte de pesquisa, enviando currículos em resposta aos anúncios.

Apesar do número de candidatos que ainda utiliza esse mé-todo como forma de prospecção, seu aproveitamento não chega a ser relevante. Tal fato ocorre devido à quantidade reduzida de anúncios disponibilizados nesses veículos, que se mostra em crescente queda a cada ano, principalmente em virtude da inter-

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net ter se tornado o canal preferido para a divulgação de vagas de emprego e captura de currículos por parte dos empregado-res. É importante ressaltar que a grande maioria das oportuni-dades não chega a ser publicada nos classificados dos jornais, o que limita significativamente as chances daqueles que usam apenas esse método como fonte de pesquisa.

• Submeter-se às provas de concursos públicos visando conquistar uma vaga.

Frente ao cenário de alto desemprego que caracteriza a nossa sociedade e, ainda, com a possibilidade de colocação relativa-mente segura e com boa remuneração, os concursos públicos vêm sendo alvo de muita disputa entre profissionais de todos os níveis hierárquicos e funções. O grande problema é que, na maior parte dos casos, podemos observar milhares de candida-tos lutando por pouquíssimas vagas que, em geral, requerem alto preparo. Tudo isso faz com que uma significativa parcela dos candidatos acabe ficando limitada a uma mínima chance de conquista às vagas disponíveis.

Assim, submeter-se à acirrada concorrência desses processos só é considerada uma boa opção para os que estão devidamente preparados para a acirrada disputa, com real chance de êxito. Ou, ainda, para quem faz as provas com a intenção de somente testar sua qualificação e conhecimento para uma tentativa futura.

Os quatro métodos MAIS eficazes para procurar um trabalho são:

• Utilizar a internet como meio de contato com pessoas estratégicas de empresas e consultorias de recursos humanos, mesmo não havendo a vaga, e solicitando uma entrevista sem compromisso.


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Mesmo que tal iniciativa possa aparentar, em um primeiro momento, certa dose de ousadia, é por meio dela que se tem boa chance de se apresentar com êxito nas organizações. Estudos comprovam que os candidatos que lutam pelas próprias oportu-nidades, entrando em contato com as organizações mesmo não havendo a vaga e solicitando uma oportunidade de apresenta-ção pessoal, conseguem um aproveitamento significativamente superior em relação aos que apenas enviam currículos em res-postas aos anúncios.

Porém, vale ressaltar a importância de buscar as organizações com as quais o candidato se identifica, bem como aquelas que estejam de fato necessitando de suas qualificações e atribuições profissionais, o que aumenta ainda mais as chances de se criar uma boa oportunidade. Lembre-se de que a iniciativa de apre-sentação pode, além de resultar em uma ampliação de sua rede de relacionamentos, oferecer uma boa chance para ressaltar algumas características que são extremamente valorizadas no mundo corporativo como, por exemplo: a iniciativa, a autocon-fiança, a maturidade e a determinação.

No caso de entrar em contato diretamente com empre-sas, vale lembrar a importância de buscar contato com o profissional responsável pela sua possível contrata-ção como, por exemplo, o chefe do departamento, o gerente, o diretor, ou mesmo o presidente da empresa, dependendo do nível e do cargo que será pleiteado. Lembre-se sempre de que as melhores oportunidades são criadas fora de processos seletivos normais e, além

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disso, um contato pessoal com o seu futuro chefe irá ampliar a sua network.

Um ponto importante deve ser ressaltado: com o cres-cente número de empresas que terceirizam parte da função de seus departamentos de recursos humanos, principalmente os processos seletivos, atualmente as consultorias de recrutamento e seleção acabam por de-ter uma grande fatia das vagas em aberto no mercado de trabalho, algo em torno de 75%. Tal fato nos remete a investir com mais empenho e seriedade nesse tipo de abordagem de mercado, visando a fazer parte dos bancos de dados do maior número possível de consul-torias. Esse contato deve ser feito diretamente através de sites, por e-mail ou telefone, enviando um excelente marketing pessoal e procurando gerar entrevistas.

• Utilizar sua rede de relacionamentos (amigos, familiares, clientes, ex-chefes, ex-colegas de trabalho etc) como fonte de pesquisa e conquista de novas oportunidades – networking.

A rede de relacionamentos de um profissional é a sua princi-pal fonte de conquista de novas e melhores oportunidades. Se-gundo alguns estudos, as indicações entre os profissionais che-gam a ocorrer em mais de 70% dos casos de contratação. Vale lembrar que, além do preenchimento de vagas e de cargos já existentes, em muitos casos, uma boa indicação pode até render a criação de uma nova vaga na empresa.


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O currículo pode ser enviado diretamente por e-mail, ou es-tabeleça contato prévio por telefone, principalmente se o desti-natário fizer parte de sua rede de contatos pessoais. Utilize sua network para se divulgar, mas procure não ser inconveniente. Use o bom senso!

É imprescindível estar cadastrado em sites de relacionamen-tos profissionais, como o Linkedin. Além de ser um ótimo veí-culo para divulgação, também contribuirá para a formação e a expansão de uma sólida rede de contatos profissionais.

• Buscar auxílio em uma consultoria de Gestão de Carreira – outplacement.

As consultorias de outplacement têm demonstrado excelente aproveitamento no que diz respeito ao êxito no desenvolvimen-to de carreiras bem-sucedidas. Segundo importantes pesquisas realizadas na área, o índice de executivos que conquistam re-colocação satisfatória por intermédio dessas consultorias é alta-mente significativo, o que faz com que esse tipo de prestação de serviço seja cada vez mais procurado por profissionais dos mais variados níveis hierárquicos e funções.

Porém, vale lembrar a importância de fazer uma avaliação prévia da consultoria que será contratada. Por mais incrível que possa parecer, algumas empresas de recolocação não desenvol-vem o trabalho com dedicação e empenho suficientes. Assim, antes de contratar uma empresa de outplacement para lhe dar suporte em uma fase de transição de carreira, procure obter in-formações fidedignas acerca de sua idoneidade, de preferência consultando profissionais da área de recursos humanos que co-nheçam esse segmento.

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Cumpre ainda esclarecer que esse tipo de serviço visa a pres-tar suporte e amparo no delicado momento de desemprego de um profissional, mas não pode comportar garantia de emprego em qualquer tempo. Os programas de gestão de carreira auxi-liam os profissionais por meio da utilização de diversas ferra-mentas, inclusive na divulgação e na busca efetiva de vagas e de um novo emprego jobhunting, mas não garante a recolocação. Qualquer consultoria que venha a prometer emprego fácil ou garantido, fuja!

• Utilizar a internet como fonte de pesquisa e divulgação (visitando os sites das empresas e principais consultorias de recursos humanos, sites de relacionamento, bancos de currí-culos etc).

A internet vem se mostrando uma forte aliada para profissio-nais que procuram uma recolocação no mercado de trabalho. É considerada pela maioria dos selecionadores como o melhor instrumento de pesquisa de currículos. As empresas e as con-sultorias de recursos humanos investem na web por meio da criação de sites especializados, buscando melhor atender aos profissionais que vêm respondendo com crescente procura dos serviços virtuais. Muitas destas homepages contam com diver-sos produtos voltados tanto a empregados quanto a emprega-dores e que devem ser obrigatoriamente visitadas por todos aqueles que estão em busca de novas e melhores oportunidades.

Para a grande maioria das empresas, a utilização da internet é adequada e bem-vista, pois, além do baixo custo, a velocidade das informações trocadas é consideravelmente superior a qual-quer outra modalidade de pesquisa. E é exatamente por isso que


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cerca de 90% dos recrutadores pesquisam candidatos em bancos de currículos, sites de empregos e de relacionamento profissio-nal, como o Linkedin. Além disso, essa modalidade de pesquisa possibilita aos profissionais entrarem em contato com inúmeras organizações, simultaneamente, de forma rápida, segura, efi-ciente e econômica.

Porém, é preciso estar atento a um dado importante: nem todas as empresas recebem currículos por e-mail. Algumas possuem em suas homepages espaços especiais destinados ao cadastro de currículos. Outras terceirizam a função de seus de-partamentos de recursos humanos e este procedimento passa a ser realizado por uma consultoria de recrutamento e seleção, e/ou headhunter.

Além disso, é importante estar atento na hora de enviar um currículo por e-mail. Muitas empresas e consultorias não abrem os anexos das mensagens com receio de carregar arquivos con-taminados com algum tipo de vírus. Assim, é bom lembrar que, mesmo sendo uma excelente forma de comunicação com as empresas, é importante estudar a organização que você dese-ja atingir. Busque as informações para só então direcionar com precisão seu currículo. Caso contrário, você correrá o risco de não ter êxito na abordagem.

Cumpre ressaltar o importante papel dos sites especializados em empregos e das consultorias de recrutamento e seleção que trabalham para as empresas contratantes. Atualmente, calcu-la-se que mais de 70% dos processos seletivos são conduzidos pelas consultorias, visando atender as empresas de porte. Por isso, procure divulgar seu currículo para essas consultorias, de

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preferência todas de sua região. Busque informações fidedignas sobre a forma como a empresa recebe currículos para investir em uma divulgação com mais eficiência e chance de êxito.

Por fim, é indicado que utilize mais de um método de busca de emprego. Sejam eles classificados como mais ou como menos eficientes, é sempre válido lembrar que as melhores oportunida-des podem surgir de onde menos se espera. Assim, nunca limite suas fontes de pesquisa. Ao contrário, divulgue-se com o máxi-mo de eficiência para o mercado.

Cinco importantes passos para procurar um bom emprego utilizando a internet

1. Realize uma pesquisa e descubra nome e contato de TO-DAS as consultorias de recrutamento e seleção da sua cidade e estado. De posse desses dados, procure estabelecer contato por telefone e não deixe de encaminhar seu currículo por e-mail para apresentação.

2. Algumas empresas permitem o cadastramento de currícu-los diretamente em suas homepages. Descubra se a empresa em que você deseja trabalhar recebe currículos diretamente em seu site. Em caso positivo, faça o cadastro na página da empresa.

3. Pesquise o nome e a forma de contato dos principais hea-dhunters de sua cidade e procure estabelecer contato através de um e-mail ou telefonema amistoso.


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4. Cadastre seu currículo nos sites especializados de emprego, alguns são gratuitos, outros pagos. Faça o cadastro naqueles que julgar mais atraentes e compatíveis com seu perfil de qualifica-ções. Exponha-se ao máximo e busque ter acesso às vagas dispos-tas nesses veículos. Envie seu currículo para as oportunidades.

5. Faça seu cadastro nas redes sociais especializadas, como o Linkedin. Encontre amigos e estabeleça novos contatos pro-fissionais através dessa rede. Esse tipo de ação é extremamente bem-vista e traz excelentes resultados. Amplie seu network pro-fissional através das redes sociais.

Nove dicas que irão potencializar a criação das suas próprias oportunidades

1. Faça uma autoavaliação antes de se apresentar às empre-sas. Procure descobrir se as suas escolhas profissionais são real-mente compatíveis com o seu perfil pessoal. Lembre-se sempre da importância de estar implicado por completo em suas ativi-dades para, só então, identificar com maior precisão as oportu-nidades mais compatíveis com as suas qualificações e capacita-ções pessoais. De preferência, não saia em campo à procura de um simples emprego. Invista na busca de organizações que este-jam de fato necessitando de suas atribuições como profissional.

2. Não fique apenas aguardando as oportunidades surgirem. Crie as suas! Pesquise as empresas de seu interesse na internet e nas demais fontes de pesquisa de sua cidade ou de outras re-

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giões, em revistas especializadas, na sua rede de relações etc. Em seguida, então, visite ou entre em contato com as organizações mais compatíveis com o seu perfil, mesmo não havendo ofertas de emprego no momento. De preferência, procure encontrar o caminho em direção à pessoa que detém o poder de contratação. Desse modo, você certamente terá uma chance maior de conse-guir uma real oportunidade de entrevista e, ainda, evita que o seu currículo seja apenas arquivado sem nenhuma apreciação.

3. Não deixe a sua carreira estagnar. Nunca se acomode dian-te de empregos que possam, aparentemente, oferecer certa dose de segurança. Procure reciclar-se sempre e participar de diversas atividades que lhe possibilitem abrir um leque maior de oportu-nidades. Assuma uma postura proativa em relação ao mercado. Busque ser o melhor naquilo que se propõe a fazer e nunca pou-pe esforços ante um possível investimento em sua carreira.

4. Se você estiver empregado, não se dê por satisfeito se for promovido, mesmo que essa nova posição seja de alto nível. Lembre-se de que, nos dias de hoje, qualquer cargo está sob constante ameaça, podendo tornar-se obsoleto e até mesmo de-saparecer em médio ou longo prazo. Sem falar na possibilidade de uma fusão ou de algum processo repentino de reengenharia, que possa consumir sua posição do dia para a noite. Atualmen-te, o que mais conta são as realizações profissionais, ou seja, a capacidade de executar, criar, inovar, solucionar; enfim, de fa-zer acontecer e não mais o simples status proporcionado pela posição hierárquica ocupada em uma determinada empresa.

5. Esteja aberto a diferentes tipos de trabalho e não apenas aos cargos e às funções que já tenha ocupado. Muitas vezes, uma


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tarefa aparentemente não compatível com as suas qualificações, ou mesmo um contrato do tipo temporário, podem acabar ren-dendo bons frutos na própria organização ou fora dela, por meio da criação de novos contatos e da ampliação de seu network. É importante interagir ao máximo com o mercado, criando assim uma vasta lista de realizações. Nunca restrinja seus horizontes a apenas um determinado tipo de função específica e procure, sempre que possível, ampliar o seu universo de possibilidades em todos os sentidos.

6. Não limite as suas opções de busca de novas e melhores oportunidades apenas às organizações de médio e grande por-te, desde que sejam evitadas empresas que não proporcionem perspectivas de ascensão de carreira. Lembre-se sempre do gi-gantesco volume de pequenas e microempresas que são respon-sáveis pela contratação de um percentual significativo de traba-lhadores em nossa sociedade. Segundo dados da Relação Anual de Informações – RAIS, de 2000 a 2010 foi registrado um cresci-mento acelerado na criação de novas oportunidades de trabalho em empresas de pequeno porte (até 100 funcionários), algo em torno de 2 milhões de empregos formais.

7. Considere, também, a possibilidade de trabalhar em outras cidades, estados e até mesmo em diferentes países. É bom res-saltar que, atualmente, os executivos globais, ou seja, aqueles que interagem com diferentes tipos de culturas, estão em alta e são apontados pelos especialistas como sendo os profissionais mais cobiçados para atuarem ante uma realidade empresarial que não tem fronteiras. Virtudes como adaptabilidade, versati-lidade e mobilidade têm sido extremamente valorizadas como um diferencial competitivo para o mercado.

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8. Procure causar a melhor impressão possível em todos os contatos estabelecidos, mesmo nos casos em que obtiver respos-tas negativas. Encare as decepções que possam ocorrer durante os processos seletivos como um grande aprendizado, e sempre tire o máximo de proveito possível dessas experiências. Não vá em busca de novas oportunidades nos dias em que seu estado de espírito estiver comprometido por alguma razão. Nunca per-mita “queimar alguns dos seus cartuchos” causando uma péssi-ma primeira impressão.

9. Se você não estiver conseguindo uma colocação, não entre em pânico, apenas busque rever os seus princípios. Pense so-bre o seu perfil de qualificações diante do mercado e das suas opções de trabalho. Busque sempre encontrar o caminho mais adequado para você. Não se intimide ante a possibilidade de procurar ajuda com um terceiro, seja um amigo, um consultor de carreira, um orientador vocacional etc. Nunca assuma uma postura de derrota. Você tem, sim, a árdua tarefa de encontrar trabalho em um mercado altamente recessivo e competitivo e, exatamente como você, muitos profissionais estão vivenciando essa mesma realidade. Por isso, lute bravamente por esse desa-fio, que vem sendo considerado um dos maiores da atualidade.

Para encerrar este capítulo, acompanhe essa pequena passa-gem na vida de um homem que verdadeiramente se aplica na criação de suas próprias oportunidades:

Um vendedor de sapatos, em busca de novas e melhores oportunidades, decide fazer uma longa viajem a uma re-


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gião remota conhecida pela fama de que seus habitantes não possuem o costume de usar calçados.

Os amigos do tal vendedor, inconformados com a sua atitude, tentam convencê-lo a abandonar a insensata ideia, posto que a total ausência de mercado na localidade o leva-ria a uma rápida e cruel falência pessoal. Alguns minutos antes do embarque, o vendedor visionário faz a seguinte declaração aos mais próximos:

— Se lá as pessoas ainda andam descalças, então terei o mercado inteiro só para mim.

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Capítulo 8 Saiba como proceder durante um processo de seleção

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Capítulo 8Saiba como proceder

durante um processo seletivo

O cenário atual no mercado de trabalho é bem diferencia-do daquele de algumas décadas atrás. As empresas vêm ga-nhando uma nova configuração e os profissionais modernos devem ter um novo perfil quanto a qualificações pessoais e atribuições funcionais para conquistarem uma colocação e manterem-se empregáveis.

Diferentemente do passado, quando se contratava tendo como base apenas a formação acadêmica e os cursos extracur-riculares, atualmente tornou-se necessário identificar um con-junto de competências que irão diferenciar um candidato dos demais, e isso vai muito além da análise de um currículo bem elaborado. Na verdade, os selecionadores estão à “caça” de ta-lentos com uma boa formação, mas que também possuam qua-lificações profissionais e virtudes de caráter subjetivo que se tornaram imprescindíveis ante a nova realidade social e econô-mica. Algo como:

• Se o candidato se identifica com a função em disposição.• Se o candidato possui as qualificações exigidas pelo cargo.• Se o candidato está constantemente investindo na melhoria

de seus conhecimentos.• Se o candidato tem um perfil compatível com a política e

com as atividades da empresa.

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• Se o candidato é capaz de inovar e de desenvolver soluções práticas para problemas, contribuindo para o desenvolvimento da empresa.

• Se o candidato é do tipo proativo, ou seja, se está verdadeira-mente implicado na gestão de sua carreira.

• Se o candidato tem flexibilidade para atuar em diferentes áreas da empresa.

• Se o candidato tem um perfil de liderança e de cooperação.• Se o candidato é do tipo capaz de solucionar problemas e de

tomar decisões.• Se o candidato está preparado para assumir responsabilidades.• Se o candidato tem um comprometimento social adequado.• Se o candidato é ousado ou se é do tipo que apenas cumpre

tarefas.• Se o candidato possui ambições práticas ou se está apenas inte-

ressado em assumir cargos e posições hierárquicas.• Se o candidato possui um perfil emocional adequado.• Se o candidato é ético em suas relações pessoais e profissionais.• Se o candidato é determinado, motivado e criativo ou se é do

tipo apático e pouco confiante.

Enfim, além das qualificações técnicas, atualmente tornou-se necessária a avaliação dos aspectos pessoais ligados à estrutura da personalidade e ao perfil psicológico e comportamental como um todo.

Essa nova realidade vem fazendo com que as empresas refor-mulem radicalmente os processos de recrutamento e seleção, uma vez que o custo de um erro na hora da contratação é bem maior do que o investimento em um processo seletivo mais elaborado. E para


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identificar esses profissionais no mercado de trabalho vale tudo. Além das famosas e temidas entrevistas, muitas organizações de-senvolvem verdadeiras maratonas de testes e dinâmicas que vi-sam a identificar o suposto “candidato ideal”. Estão entre eles:

• Provas de conhecimento: por meio da aplicação de provas orais e escritas ou da realização de tarefas, os selecionadores têm condições de avaliar os conhecimentos gerais (cultura, línguas e informações genéricas), os conhecimentos técnicos (contabili-dade, informática, vendas, etc) e, ainda, o nível de habilidades específicas dos candidatos.

• Testes psicométricos (aptidão): essas avaliações têm como função analisar e qualificar o comportamento dos candidatos, efetuando um levantamento preciso acerca de suas aptidões ge-rais e específicas, bem como sua capacidade de aprendizado e assimilação. Em geral, são testes compostos por uma ou mais baterias de questões que resultam em um prognóstico do poten-cial de ação futura do profissional ante as necessidades do cargo.

• Testes de personalidade: são testes que visam a efetuar uma síntese geral acerca do perfil do candidato no que diz res-peito a traços de personalidade, caráter, temperamento, equilí-brio emocional, interesses, motivações etc. Como no caso dos testes psicométricos, essas avaliações são adaptáveis às necessi-dades dos selecionadores frente às funções específicas.

• Avaliações grafológicas: muitas empresas utilizam essa técnica de avaliação nos primeiros contatos que são estabeleci-dos com os profissionais. Ela tem como objetivo principal efe-tuar um levantamento, a partir da análise de um texto manus-crito, do perfil e das principais características ligadas a aspectos

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subjetivos e de personalidade do candidato. As redações têm também como objetivo avaliar a capacidade de comunicação, observando o domínio do idioma, a lógica das idéias e o nível cultural por intermédio da escrita.

• Dinâmicas de grupo: esses processos consistem na elabora-ção de atividades lúdicas em diversos níveis, sejam debates, ta-refas e jogos que visam à interação de um determinado grupo. A partir da participação nessas situações-problema, os candidatos podem se relacionar com o restante da equipe, exibir os seus pon-tos de vista e explicitar os seus perfis psicológicos, demonstran-do na prática o modo como agem no cotidiano (comportamento pessoal e interpessoal). O número de candidatos que interagem nas dinâmicas pode variar de acordo com a vaga, e as atividades costumam consumir, em média, de duas a quatro horas.

Frente a toda essa complexa bateria de testes e avaliações psicológicas, não resta alternativa aos candidatos senão esta-rem preparados para participar dos rigorosos processos de re-crutamento e seleção e disputar as concorridas oportunidades que surgem no mercado de trabalho. Afinal, mais que nunca, é preciso ter habilidade para “saber se vender”, uma vez que tal iniciativa pode ser fator determinante de sucesso ou fracasso durante a acirrada disputa por um lugar ao sol.

Vejamos, então, algumas das principais regras que devem ser seguidas por aqueles que desejam destacar-se em um processo de seleção:


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Antes das entrevistas

• Pesquise as organizações:

Procure estudar previamente as organizações às quais você irá apresentar seu perfil profissional. Investigue sobre sua his-tória e origem, seu porte, suas principais atividades (produtos e serviços), sua política interna, sua cultura, seus principais con-correntes, sua atual posição no mercado (market share) e tudo o mais que for possível para, só então, submeter-se a uma en-trevista. Lembre-se de que apresentar conhecimentos no que diz respeito à cultura e às atividades da organização causa boa impressão ao entrevistador. Além disso, vale lembrar que toda apresentação bem-sucedida começa com a identificação das ne-cessidades da empresa. Assim, estude a organização e as de-mandas do cargo. Essas informações podem ser adquiridas na internet por intermédio dos respectivos sites das empresas, do Google, entre outras fontes.

De preferência, tente sempre entrar em contato com empresas com as quais você se identifica. Estar implicado em trabalhar especificamente para determinada organização é fator funda-mental para potencializar os resultados futuros. É muito impor-tante, ainda, demonstrar interesse na posição em aberto e em ser aproveitado de forma compatível com o potencial que possui. Assim, elabore perguntas sobre suas futuras tarefas, responsa-bilidades e futuras obrigações. A ambição de crescimento pro-fissional é outro ponto que deve ser destacado.

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• Faça uma autoanálise

Procure fazer uma retrospectiva de sua vida pessoal e pro-fissional, ou seja, um resumo de sua carreira, buscando identi-ficar as suas principais realizações, os seus objetivos pessoais e profissionais em curto, médio e longo prazo. É importante ter em mente um discurso que siga uma linha de raciocínio lógica e objetiva, que não faça rodeios e que não entre em detalhes desnecessários para que não tome tempo excessivo durante a entrevista. Pessoas prolixas dificilmente conseguem conquistar sucesso nos processos seletivos.

Porém muito cuidado: durante as entrevistas não existe um script a ser seguido. Com isso, a programação em excesso, ou as famosas “decorebas” de discursos podem deixá-lo extrema-mente nervoso nas questões inesperadas. Assim, procure ser espontâneo em suas respostas. Para evitar o famoso “branco” e aumentar a sua confiança e segurança pessoal, o ideal é fazer anotações referentes às suas principais realizações, habilidades e resultados alcançados, e apenas ler a lista pouco tempo antes das entrevistas.

• Cuide de suas referências pessoais

O principal objetivo das referências pessoais é checar se tudo que você relatou em seu currículo, acerca de suas qualificações, experiências adquiridas e características pessoais, é realmente verdadeiro. No Brasil, pesquisas indicam que a maioria dos se-lecionadores (em torno de 60%) consulta uma ou duas referên-cias. A minoria restante (em torno de 40%) não faz nenhuma verificação. Uma coisa é certa: quanto maior e mais importante


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for o cargo a ser preenchido, a sindicância será muito mais seve-ra (referências pessoais e profissionais, SERASA, SPC, cartórios de protestos etc).

Se você está sendo considerado para uma posição executiva de alta administração, tenha a certeza de que todas as informa-ções profissionais e pessoais serão cuidadosamente checadas. Portanto, se for o caso, peça permissão a seus ex-chefes ime-diatos, diretores e presidentes para usar seus nomes durante os processos seletivos.

Procure, também, identificar e avaliar os executivos da alta administração que possam fornecer boas informações sobre seu desempenho e outras qualidades, e tenha a certeza de que o fa-rão sempre. Lembre-se de que você poderá participar de vários processos seletivos e essas pessoas poderão ser consultadas a todo e qualquer momento. Assim, entre em contato com esses profissionais, deixe-os de sobreaviso e, principalmente, tente saber se são confiáveis e qualificados para falar sobre você. É surpreendente a quantidade de pessoas que não são aprovadas para um novo emprego porque não tiveram quem lhes dessem boas referências. Uma frase ouvida com frequência entre os se-lecionadores, no momento da sindicância, é: “Você tem certeza de que ele deu meu nome como referência?”

No momento em que uma proposta de trabalho surgir, in-forme às pessoas que compõem sua lista de referências sobre o nome da empresa que o está contratando e que elas podem ser contactadas pelo possível empregador. Conhecendo a situação, o depoimento sobre suas referências será muito mais eficiente.

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É bom, ainda, obter uma carta de referência das últimas duas empresas onde trabalhou, relatando sobre suas habilidades, res-ponsabilidades, conduta e capacitação técnica. Muitas empresas valorizam o candidato que possui uma carta de referência em mãos, e isso poderá ser um grande diferencial, evitando a ne-cessidade de realização de sindicância por parte do contratante.

• Prepare-se com antecedência para o dia da entrevista

Pontualidade durante os encontros é um importante dado a ser avaliado. Atraso pode ser encarado como falta de interesse, ou mesmo como baixo nível de responsabilidade. Assim, nun-ca chegue atrasado a uma entrevista ou dinâmica de grupo. O ideal é estar no local marcado com uma média de cinco ou dez minutos de antecedência, para se aclimatar e quebrar ao máxi-mo qualquer tipo de ansiedade. No caso de haver algum tipo de problema que possa resultar em atraso, procure ligar imediata-mente para o entrevistador e dê uma explicação breve acompa-nhada de um pedido de desculpas. Se o profissional não puder mais aguardá-lo, marque um novo encontro.

É muito importante, também, dormir bem durante a noite que antecede a entrevista visando não demonstrar ar de cansa-ço, irritação ou sonolência. Jamais se esqueça de levar uma cópia do seu currículo impresso ou, ao menos, o arquivo em um drive.


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Princípios iniciais

A entrevista é um dos momentos mais importantes e decisi-vos durante um processo seletivo e, nos dias de hoje, para ser contratado por qualquer organização deste planeta, dificilmen-te um candidato não passará por pelo menos uma. Exatamente por isso, um bom profissional deve se preparar ao máximo para esses encontros, cuidando de todos os aspectos que possam va-lorizá-lo e destacá-lo dos demais candidatos. Vale lembrar que, durante um processo seletivo, os profissionais estão sendo ava-liados desde o momento em que pisam na empresa. Assim, é muito importante estar atento às suas atitudes, ao trato com os demais profissionais, recepcionistas, secretárias etc. Demonstrar educação é imprescindível para causar boa impressão. Vejamos, então, os princípios iniciais:

Primeiramente é preciso estar ciente de que a empresa busca resolver um problema dela, e não o seu. Dessa forma, dispense as demonstrações de carência e necessidades particulares, mui-tas vezes com um toque de chantagem emocional e assuma uma postura que valorize as suas qualificações profissionais sobre as necessidades da empresa. Um bom candidato demonstra ao empregador o quão útil ele pode ser, deixando claro que tem potencial para trazer os resultados e as soluções esperadas. E para isso, possui as virtudes (capacitação técnica e qualificações pessoais) necessárias. Assim, não vá em busca de um simples emprego, mas sim de uma empresa que esteja de fato necessi-tando do seu trabalho.

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Desenvolva um bom rapport, ou seja, uma relação inicial de sintonia com o interlocutor. A empatia facilita na hora de con-quistar sua confiança. Procure criar um clima amistoso demons-trando estar de bem com a vida, entusiasmado, com “brilho nos olhos”, alto astral e pensamento positivo. Nunca estabeleça rela-ções do tipo queda de braço. Discuta um verdadeiro projeto de vida e encare as entrevistas como o seu primeiro dia de trabalho. Lembre-se que você está tentando “vender” suas qualificações e por isso a melhor estratégia sempre será a de atender as ne-cessidades do seu cliente, neste caso a empresa para a qual você deseja trabalhar.

Procure sempre fitar o entrevistador nos olhos, demonstran-do não evitar a troca de olhares. Mas, atenção: isso não significa encarar firmemente o entrevistador aparentando certo tom de ameaça. O ideal é manter um contato visual em torno de 85% do tempo. Muito cuidado, também, com os famosos “tapinhas nas costas”, com os apertos de mão do tipo “molengão ou extrema-mente suados”, com os gestos desajeitados e com qualquer tipo de atitude que possa aparentar bajulação. Jamais masque chicle-te e desligue o seu celular antes da entrevista. Palavrões, gírias e piadas de mau gosto, nem pensar! Use sempre o bom senso.

• Autoconfiança

É imprescindível estar seguro durante as entrevistas de em-prego, pois dificilmente alguém admitirá um profissional que se apresenta com ar de derrota na disputa por uma vaga. Assim, mantenha um bom nível de autocontrole, demonstrando com


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isso a sua capacidade de realização. Ser confiante quanto às ha-bilidades particulares possibilita um bom desempenho durante o exercício da profissão — seja ela qual for.

Porém muito cuidado: segurança pessoal não pode ser con-fundida com arrogância. O pior tipo de candidato é aquele que se considera portador de supremo saber e se comporta de for-ma prepotente.

Procure, também, manter a tranquilidade em entrevistas do tipo “sob pressão” e com as atividades de dinâmicas de grupo. O mais importante é manter o controle emocional em tais si-tuações mostrando sempre que você tem potencial para superar situações dessa natureza em seu cotidiano. O equilíbrio emocio-nal é fator de extrema importância, portanto, nada de nervosis-mo, ansiedade e insegurança.

• Postura

Mantenha uma postura adequada durante as entrevistas. Procure manter as costas eretas, andar correto, voz pausada e em tom moderado, estando sempre atento à sua forma de sen-tar. Tenha cuidado para não demonstrar desleixo ou, por outro lado, muita rigidez. Alguns candidatos assumem uma postura do tipo “presidente da companhia” e isso pode ser interpretado como pura arrogância. Outros tentam se mostrar extremamente relaxados e familiarizados com a organização, e acabam quase colocando os pés sobre a mesa do selecionador.

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Assim, busque sempre encontrar equilíbrio em suas atitudes. Assuma uma postura descontraída, porém mantendo a serieda-de. Por mais simpático que seja o entrevistador, você está diante de um processo de seleção e não de um mero bate-papo entre amigos.

Se possível, tente se controlar quanto a alguns tipos de cacoe-tes ou tiques nervosos tais como: expressões faciais, estalar os dedos, ficar pigarreando, não parar quieto na cadeira, balançar os pés sob a mesa, remexer objetos como caneta, óculos etc. Tais manifestações podem ser interpretadas como sinais de alto nível de ansiedade. Seja calmo e espontâneo.

Fluência verbal

É importante responder ao indagado de forma direta, sem desviar-se da essência da questão. Nunca demonstre uma tenta-tiva de enrolar o entrevistador. Seja objetivo, coerente e consis-tente em suas respostas, expressando-se por meio de idéias cla-ras e precisas. Para isso, organize seus pensamentos e exponha seu raciocínio com calma, segurança e eficiência.

Tente não falar muito, falar para dentro ou falar muito alto, e não responda às questões de forma monossilábica. Longas pau-sas durante as respostas podem, também, ser mal interpretadas. É importante falar sem atropelar nas palavras, evitando gírias e vícios de linguagem. Não use coloquialismos do tipo: “sabe como é, né?” E jamais tente dominar a conversa. Faça da entrevista um diálogo, seja bom ouvinte e nunca atropele o entrevistador.


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Um ponto extremamente valorizado é a amplitude de vocabu-lário. Porém, atenção: isso não quer dizer elaborar um discurso cheio de palavras mirabolantes, que fará o entrevistador perce-ber claramente não fazer parte do seu repertório cotidiano. Lem-bre-se da importância da naturalidade durante todo o processo.

Capacidade de argumentação

Demonstre a sua capacidade de argumentação. Ela é caracte-rizada pelo seu potencial de expor idéias e pensamentos a partir de embasamentos lógicos, bem fundamentados e convictos.

Procure sempre deixar que o entrevistador conclua o seu ra-ciocínio para, apenas então responder, fazer alguma observação ou elaborar algum tipo de pergunta. Não se intimide em levan-tar questionamentos, observações ou comentários, desde que sejam oportunos e coerentes. Porém, evite discordar de tudo ra-dicalmente, ou sufocar o interlocutor com opiniões e conceitos categóricos. De preferência, utilize indagações do tipo:

Consigo compreender seu ponto de vista, mas acredito também que...

Concordo com o seu raciocínio, mas gostaria de concluir que...

Tenho algumas dúvidas quanto a esta questão, pois percebo que...

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Ética durante as entrevistas

Nunca minta durante uma entrevista. Ética é uma qualidade supervalorizada no mundo corporativo. Uma simples mentira, em um processo seletivo, pode comprometer gravemente não só a conquista da vaga como também a sua imagem ante futuras oportunidades.

Seja legítimo em relação a seu perfil. Os candidatos que ten-tam dissimular informações a seu respeito com respostas pré-elaboradas, ou mesmo demonstrando serem o que não são, acabam perdendo pontos preciosos. Vale lembrar que testes e avaliações psicológicas não possuem gabarito de respostas ou de conduta consideradas como certas ou erradas. Na verdade, seus objetivos se resumem a efetuar um levantamento acerca das características essenciais dos profissionais para, a partir de então, compará-las com as necessidades exigidas pelo cargo.

Assim, nunca tente reproduzir um comportamento, discurso ou atitude de algum outro candidato, mesmo que ele tenha ob-tido sucesso em outros processos de seleção. Afinal, o que pode ser considerado como “perfil ideal” para determinada vaga ou empresa, provavelmente, não será o desejável por outras. Além disso, dificilmente um candidato conseguirá se passar por ou-tra pessoa sem demonstrar em algum momento indícios de que tudo não passa de uma grande farsa. Com isso, seja você mesmo e comporte-se sempre como se estivesse participando de um dia normal de trabalho. Naturalidade, transparência e honestidade sempre serão pontos de extremo valor.


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Evitar críticas a empresas e a chefes anteriores é também sinal de ética profissional e de maturidade. Um bom candidato não alonga discussões sobre tais aspectos, pois podem ser interpre-tados de modo extremamente desfavorável.

Espírito de trabalho em equipe

No caso de interagir em uma dinâmica de grupo, é importante transparecer garra, dinamismo e espírito de liderança. Descon-tração e naturalidade, sem ultrapassar os limites da educação, bem como entusiasmo e confiança são posturas valorizadas. Vale lembrar que muitos candidatos acabam sendo desclassifi-cados por serem omissos, apáticos, tímidos, pouco expressivos, arrogantes ou mesmo intolerantes. Assim, procure transmitir uma atitude positiva com um alto grau de motivação e energia, atentando aos exageros que possam ser mal interpretados.

Durante uma dinâmica de grupo, nunca tente menosprezar outro candidato por meio de algum comentário, insinuação ou qualquer atitude que venha a ser considerada antiprofissional. Valorize sempre o espírito de união e o trabalho em grupo. Co-loque em primeiro lugar o respeito pelo profissional, seja ele quem for. Demonstre a sua capacidade para trabalhar em equi-pe, seja sob pressão e em situações de conflito. Com isso, es-tará mostrando que tem competência, segurança e maturidade profissional. Nas dinâmicas de grupo, ganham pontos preciosos aqueles candidatos que ouvem e respeitam o restante da equi-pe, não desconsideram as opiniões dos outros, expressam-se de modo claro e objetivo e sem atropelar os demais candidatos,

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planejam as tarefas antes de executá-las, dividem os papéis na execução das mesmas e priorizam a contribuição para o resulta-do final do projeto e do grupo.

Negociação salarial

Dependendo do porte da empresa, o valor da sua pretensão salarial pode variar. Porém, vale lembrar que algumas organi-zações, geralmente as de grande porte, que têm suas políticas, plano de carreira e cargos e salários bem definidos, não acei-tam negociações. Sem contar que o salário não é tudo, é preciso também analisar a remuneração variável como, por exemplo: bônus, comissões sobre vendas, participação nos lucros, cursos patrocinados pela empresa, 14º salário, opções de ações, premia-ções por desempenho, assessoria de outplacement em caso de demissão e benefícios de praxe (plano de saúde extensivo aos dependentes, assistência médica e odontológica, vale-refeição, creche, seguro de vida em grupo etc). Assim, é importante não se precipitar em negociar de imediato a questão salarial. De pre-ferência, esse assunto deve ser abordado em um momento mais oportuno, ou seja, ao final das entrevistas e com a pessoa encar-regada da sua possível contratação.

Neste momento, é muito importante estar ciente da faixa sala-rial compatível com o seu cargo e/ou função. Afinal, não vale a pena desvalorizar-se visando conseguir a vaga ou, tampouco, su-pervalorizar-se como sendo um talento único e especial, tentan-do com isso impressionar o contratante. Leve sempre em conta o porte da empresa e o seu segmento/ramo de atividade. Essas in-


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formações poderão ser obtidas por meio de executivos de outras empresas, sindicatos, câmaras de comércio, pesquisas realizadas por diversas instituições e consultorias de recursos humanos.

No caso em que o candidato já é informado pela consultoria de recursos humanos sobre a faixa salarial que a empresa está disposta a oferecer, o que torna muito fácil a negociação, basta informar algo em torno do valor que foi pré-estabelecido, quan-do for o caso de aceitar a remuneração. Dependendo da política de cargos e salários, não se deve elevar o valor oferecido pela empresa, a menos que o profissional já esteja trabalhando e, nes-te caso, deverão ser avaliados: o salário inicial, as perspectivas de crescimento, as políticas da empresa, o ambiente de traba-lho etc, para só então concluir se a troca vale a pena. Às vezes, pode ser vantajoso ganhar um pouco menos e trabalhar em um excelente ambiente profissional — com maior perspectiva de crescimento em uma empresa com políticas bem definidas de investimento na equipe de colaboradores — do que ganhar um pouco mais, viver estressado e com um futuro incerto.

Quando o salário está em aberto é mais complicado. Nesse caso, devem ser analisados diversos fatores como faixa salarial de mercado, de acordo com o porte da empresa; o segmento de mercado e grau de responsabilidade da vaga etc. Ainda assim, é arriscado chegar ao valor real com que a empresa deseja remune-rar, salvo quando o cargo é muito específico e quase não tem can-didatos concorrendo à vaga. Nesse caso, o melhor profissional tem tudo para conseguir o que deseja, ou chegar bem próximo.

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Se o candidato está empregado, fica mais fácil a negociação pelo alto poder de barganha. Por isso, o ideal é pedir algo na faixa de 20% a 40% sobre o salário atual.

Após os processos seletivos

Após as entrevistas, não basta apenas aguardar um contato por parte da organização. Mostrar interesse alguns dias após o pro-cesso, procurando não ser inconveniente, pode ser de muito bom gosto. Entrar em contato com a pessoa responsável pela futura contratação é sinal de interesse na vaga, podendo tal atitude re-forçar as qualificações do profissional. Não se esqueça, também, de agradecer pela oportunidade de apresentação enviando um simples e-mail em até 48 horas. Se não houver retorno da entre-vista em aproximadamente quinze dias, ligue para a empresa e pergunte sobre o processo seletivo e se o empregador precisa de mais alguma informação sobre seu perfil profissional. Seja cortês!

Um ponto importante deve ser destacado: mesmo que a orga-nização decida por outro candidato, é fundamental deixar mar-cada uma boa impressão durante todo o processo seletivo. Em geral, os currículos ficam arquivados por pelo menos seis meses no banco de dados das empresas, podendo, ainda, um bom can-didato ser lembrado em uma segunda oportunidade.

Um dado relevante é que as empresas fazem intercâmbio de currículos, e muitas vezes um profissional que não se enqua-drou no perfil de uma determinada vaga, pode ser interessante para um novo processo seletivo. Assim, procure marcar a sua presença em todos os lugares como sendo “um bom candidato”.


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Lembre-se sempre das estratégias de marketing pessoal.

Aspectos negativos avaliados em entrevistas

• Má apresentação.• Arrogância, complexo de superioridade e presunção.• Incapacidade de se expressar com clareza: voz ruim, má

dicção, mau português.• Falta de perspectivas para a carreira.• Falta de objetivos e de determinação.• Falta de interesse e de entusiasmo.• Falta de segurança e de equilíbrio emocional.• Supervalorização do dinheiro, interesse apenas pelo me-

lhor salário.• Falta de disposição ou entusiasmo para ingressar no novo

emprego.• Falta de tato, discernimento, feeling.• Falta de cortesia e maus modos.• Dar más referências dos empregos anteriores.• Acentuado desinteresse pelos estudos.• Falta de vitalidade.• Aperto de mão fraco, sem vida.• Indecisão.• Querer trabalhar só por pouco tempo.• Falta de consistência nos argumentos.• Falta de interesse pela empresa e pelo cargo.• Demonstrar má vontade para ir aonde é mandado.• Falta de ética.• Intolerância. fortes preconceitos.

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• Incapacidade para receber críticas.• Ideias radicais.• Atraso injustificado para a entrevista.• Dizer que nunca ouviu falar da empresa contratante.• Não saber expressar apreço pelo tempo do entrevistador.• Não fazer perguntas sobre o cargo.

Algumas perguntas corriqueiras são utilizadas pelos recruta-dores com o objetivo de melhor avaliar seus candidatos durante as entrevistas de emprego. Assim, é importante estar preparado para respondê-las com calma, eficiência e segurança. Procure ig-norar informações irrelevantes que não agreguem nenhum va-lor ao cargo que está sendo pleiteado. Concentre-se em realizar um discurso objetivo e que esteja voltado plenamente para o cargo em aberto e suas respectivas funções.

Alguns questionamentos são feitos visando provocar algum tipo de tensão no candidato e têm como objetivo avaliar sua ca-pacidade para lidar com o inesperado, para superar situações sob pressão. Assim, jamais perca a calma e o equilíbrio emo-cional. Mantenha-se tranquilo e procure sempre responder com serenidade, segurança e firmeza.

Não seja prolixo em seu discurso, evitando divagar ou se exce-der nos detalhes. Estudos na área demonstraram que as melho-res respostas não devem ser muito extensas e tampouco monos-silábicas. Segundo essas pesquisas, o ideal é quando o candidato consegue responder de forma clara concisa e objetiva, utilizando um tempo aproximado de dois minutos. Procure, também, evitar o uso de termos negativos como, por exemplo: “não possuo tais


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habilidades”. Opte sempre pelas expressões positivas, tais como: “sei que posso desenvolvê-las com facilidade”.

Vamos analisar as principais perguntas que são frequente-mente utilizadas nas entrevistas de seleção:

1 – Fale um pouco sobre sua experiência profissional: como você se avalia? Que habilidades e conhecimentos você possui? O entrevistador está tentando saber o candidato tem um bom nível de autoconhecimento e, ainda, deseja ouvir um breve resumo de suas qualificações, conhecimentos e habilidades como profissional.

Procure relatar de modo breve as suas principais qualifica-ções, experiências adquiridas, resultados alcançados, ambições; enfim, elabore um discurso sucinto sobre o tema. É importante, ainda, valorizar algumas de suas características essenciais, re-velando as atribuições que o destacam dos demais candidatos à vaga. Vale lembrar a importância de evitar os exageros durante a fala, não passando com isso uma imagem de arrogância, su-perdotação, ou até mesmo um ar de superioridade que podem ser extremamente mal interpretados.

2 - Quais são os seus principais pontos fortes (virtudes)? E os fracos (defeitos)? O objetivo deste tipo de questionamento não foge muito ao anterior. Porém, neste caso, o entrevistador pode querer saber como o candidato interage ante suas próprias dificuldades e se está comprometido com autoaperfeiçoamento e com resultados.

Neste momento, busque revelar apenas três ou quatro pon-tos fortes. Dê preferência àqueles que estejam compatíveis com

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as atividades necessárias ao cargo em disposição, não deixan-do também de citar alguma característica pessoal considerada como sendo um “ponto fraco”. É bom lembrar que, frente a esse tipo de pergunta, os candidatos estão tendo a oportunidade de demonstrar aos empregadores não somente suas qualidades, como também a capacidade de autoaprimoramento diante da elaboração e do desenvolvimento de seus pontos fracos. Assim, procure demonstrar que você é capaz de aprender com os erros que cometeu. De preferência, tente não se alongar ou demons-trar certa dose de conflito em tais situações.

3 - Descreva seu último emprego e atribuições funcionais do cargo. Na sua função, o que você fazia? Quais eram suas ro-tinas? Que aptidões você possui? O entrevistador deseja saber se o candidato possui uma experiência compatível com o cargo que está pleiteando, bem como algumas de suas realizações du-rante o seu percurso como profissional.

Este é um bom momento para descrever as suas principais realizações, demonstrando o quanto você tem potencial para ocupar a vaga. Exponha as suas atribuições de cargo seguindo uma linha de raciocínio coerente, não deixando de mencionar os principais resultados alcançados durante seu percurso como profissional e o seu domínio das principais ferramentas de tra-balho relacionadas com a sua área de atuação. Porém, evite sempre divagar ou fazer rodeios desnecessários durante o seu discurso; não seja prolixo.

4 – Por que você deveria ser contratado pela nossa empresa? Como você poderá contribuir para a nossa organização? Neste caso, o contratante deseja saber se o candidato será capaz de agregar valor à corporação e como isso irá ocorrer.


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Neste momento é importante demonstrar que você não ape-nas possui um perfil compatível com a empresa, como também as qualificações técnicas que atenderão de imediato a deman-da do cargo que está sendo pleiteado. Procure associar as suas principais realizações aos supostos problemas do empregador. Deixe claro que você possui as competências esperadas para so-lucionar os problemas da empresa. Porém, muito cuidado: às vezes, mostrar-se otimista demais pode acabar sendo extrema-mente mal interpretado. Assim, procure ser bem realista e men-cione a necessidade de um determinado período de tempo para converter seu trabalho em resultados práticos.

5 - Quais são os seus objetivos em curto e em longo prazo? Como você se vê em cinco anos? O que você espera da nossa empresa? Existe um interesse por parte dos contratantes em sa-ber se o candidato possui ambição de crescimento profissional, se está implicado no desenvolvimento de projetos e realizações durante a sua participação na empresa, ou se está interessado somente em conquistar um novo emprego.

É imprescindível demonstrar desejo de crescimento profissio-nal, porém não por meio de promoções que o levem a posições executivas, mas pelo acúmulo de experiências e desenvolvimen-to de projetos relevantes que resultem em ascensão profissional. Assim, mostre que você possui um plano de carreira consistente, tem desejo de crescer e se desenvolver profissionalmente, se in-teressa por novos desafios e quer dar continuidade à sua carreira visando sempre aos melhores resultados. Muito cuidado, apenas, para não representar uma ameaça aos seus futuros chefes que, em muitos casos, estarão conduzindo o processo seletivo. Evite mencionar pretensões referentes à remuneração, benefícios e am-

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biente de trabalho nas etapas iniciais dos processos seletivos. Esse tipo de assunto deve ser abordado nas fases finais, de preferência somente com a pessoa responsável pela sua contratação.

6 - Se você pudesse mudar algo em nossa organização, o que você faria? Neste momento, o contratante está interessado em saber se o candidato tem um bom potencial estratégico, sendo assim capaz de agregar valor à empresa como um todo.

Elabore algum tipo de discurso direcionado a alguma ativi-dade da empresa, desde que possa resultar em melhoria teórica de desempenho para a organização. Contudo, muito cuidado: é importante que as suas sugestões revelem um bom potencial estratégico, bem como senso critico apurado e não apenas ideias delirantes de um ingênuo sonhador. Assim, muita cautela ao falar de grandes modificações. O mais indicado é limitar a sua resposta à necessidade de estudar a fundo os problemas atuais da empresa, para só então recomendar quaisquer mudanças. Na dúvida, é melhor não se antecipar com sugestões que possam acabar sendo mal interpretadas.

7 - Como você gasta o seu tempo de folga? Fale-me sobre a sua vida pessoal. Quais são os seus hobbies? Você pratica algum esporte, desenvolve amizades com facilidade? O entrevistador está buscando saber se o candidato possui um nível de envolvi-mento social satisfatório, bem como seu potencial de interação em grupo, relação com a família, com filhos, com amigos e com atividades saudáveis do cotidiano.

Se você é um candidato do tipo sedentário e totalmente ex-cluído de seu ciclo de relações, não adianta nem tentar represen-tar um perfil quase que de super-herói. Nesses casos, o mais in-


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dicado é repensar a sua condição de vida, pois elas acabam por refletir nas suas características profissionais. Nos dias de hoje, tornou-se imprescindível ser dotado de uma boa capacidade de interação social. Na verdade, o candidato considerado ideal é aquele que consegue distribuir o seu tempo equilibradamente, reservando espaço para o lazer, relações com amigos, prática de atividades físicas, estudo, trabalho; enfim, que mantém uma relação social saudável.

8 - Que livro você está lendo? Você pretende continuar estu-dando, fazendo outros cursos? Você leu os jornais de hoje? O que você achou dos últimos acontecimentos econômicos? Neste caso, o contratante está interessado em saber se o candidato está comprometido com o seu desenvolvimento profissional, se tem um bom nível cultural, de conhecimentos gerais e ainda se pos-sui o fundamental hábito da leitura.

É bom que você esteja se atualizando por meio da mídia (jor-nais, revistas especializadas, internet etc), tendo sempre a preo-cupação de se manter informado, inclusive a partir da leitura de livros ligados à sua área de atuação. Ante a inesgotável pro-dução de informações que são despejadas no mercado a todos os instantes, não estar envolvido em algum tipo de leitura é um péssimo sinal. Leitura geral também demonstra um bom nível cultural e interesse nos acontecimentos como um todo. Assim, procure estar atualizado em sua área de atuação, o mercado de trabalho e o mundo. Porém, muita atenção: cuidado caso o entrevistador pergunte sobre algum livro famoso que você não tenha lido, ou algum tipo de assunto que você desconheça, principalmente se estiver diretamente relacionado à sua área de atuação. Mentir nessas circunstâncias pode ser fatal. É preferível

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assumir o desconhecimento das informações por alguma razão específica do que se expor a questionamentos que possam colo-cá-lo em uma situação embaraçosa.

9 - O que você sabe a respeito da nossa empresa, produtos ou serviços? É fundamental que o candidato procure trabalhar em empresas com as quais possua algum tipo de identificação dire-ta. Assim, esta pergunta é muito comum e serve para revelar se o profissional está de fato interessado em trabalhar especifica-mente para a organização em questão, se conhece o seu mercado e seu ramo de atividade ou se apenas busca um emprego em uma empresa qualquer.

Se você estiver implicado na busca de oportunidades compa-tíveis com o seu perfil e com as suas qualificações, é certo que, antes de se apresentar às organizações, terá o devido cuidado de pesquisar tudo o que puder sobre a empresa que será abordada, como: principais concorrentes, produtos ou serviços, ranking no mercado, políticas da empresa, entre outras informações rele-vantes. Demonstrar conhecimento sobre o mercado ou ramo de atividade em que a empresa atua é fundamental para obter êxito durante um processo seletivo, e é interpretado como um grande diferencial sobre os demais candidatos.

Assim, este é o momento mais indicado para revelar ao em-pregador o desejo de participar da sua organização especifica-mente. Porém, evite relatar as informações e o conhecimento re-ferentes à companhia de modo que possa aparentar um simples “decoreba” efetuado para participar de uma prova discursiva. Se possível, evite decorar um script, faça um resumo das prin-cipais atividades da empresa e o que de fato existe de identifi-cação pessoal.


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10 - Por que você quer deixar (ou deixou) seu último empre-go? Quais foram os principais motivos responsáveis pelo seu desligamento da empresa? Neste caso, o contratante busca saber as razões que possam ter gerado conflitos em seus empregos anteriores e que possam prejudicar a sua trajetória na empresa.

Bem, se você estiver empregado, o ideal é demonstrar inte-resse em perspectivas de crescimento. Deixe clara a ideia de que você está buscando desafios que estejam de acordo com o seu potencial. Evite criticar sua atual empresa e suas políticas, jus-tificando-as como o principal motivo do seu interesse em uma nova oportunidade.

Porém, se você não estiver atuante no mercado de trabalho há algum tempo, ou seja, se estiver desempregado, o ideal é ter um argumento convincente que não caracterize a perda do emprego por falta de capacidade ou competência. Você pode mencionar um corte de custos ou uma reestruturação, em que o seu desli-gamento não pôde ser evitado, a terceirização do seu departa-mento, enxugamento, eliminação do seu nível hierárquico etc. Muito cuidado neste momento: as informações que são obtidas durante um processo seletivo podem ser checadas e uma “sim-ples” mentira certamente terá um alto custo para o profissional. Assim, busque uma saída que não o desvalorize, mas que tam-bém não o comprometa com a verdade.

12 - Quantos litros de água passam diariamente pelo rio Amazonas? Este tipo de pergunta estranha pode ser feita por um selecionador durante um processo seletivo. O propósito dela é analisar se o candidato tem velocidade de raciocínio, a forma como se posiciona em situações de embaraço, sua noção

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lógica e capacidade para apontar caminhos e soluções aplican-do o bom senso a partir de hipóteses razoáveis. Por isso, não se assuste se durante um processo seletivo se defrontar com uma pergunta aparentemente absurda como essa. As respostas de-vem apenas demonstrar seu raciocínio diante de um obstáculo. Perguntas dessa natureza são realizadas para medir raciocínio lógico e são muito utilizadas em processos seletivos que exigem alto grau de flexibilidade para ocupar o cargo. Também são co-muns em empresas de tecnologia, em bancos de investimento e em consultorias, especialmente na contratação de trainees ou de profissionais em início de carreira.

13 - Você tem alguma pergunta ou comentário a fazer? Você gostaria de esclarecer ou mencionar alguma coisa? Os contra-tantes utilizam esse tipo de questionamento principalmente ao término das entrevistas, visando a avaliar o interesse dos candi-datos, não só no que diz respeito ao processo de seleção, como também em relação ao cargo em questão.

Neste momento, procure obter algumas informações neces-sárias sobre a posição em aberto, atribuições da função, futuras responsabilidades etc. Lembre-se de que você não está na entre-vista apenas para responder. Assim, mostre-se ativo e interes-sado pela empresa realizando uma pergunta oportuna e perti-nente ao cargo, como por exemplo: como é formada a equipe em que vou trabalhar? O que a empresa espera do profissional que vai ocupar o cargo e quais serão os principais desafios que esta posição vai me propiciar?

Capítulo 9 Elabore uma boa carta de apresentação

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Capítulo 9Elabore uma boa

carta de apresentação

Apesar da não obrigatoriedade, a carta de apresentação, ou co-ver letter, pode ser um importante documento a ser anexo a um currículo no caso de se receber um convite para uma entrevista de emprego ou em resposta a uma vaga anunciada. A carta tem como função gerar maior aproximação com o contratante e insti-gá-lo a buscar conhecimento mais aprofundado acerca das qua-lificações do profissional. É por meio de um documento de apre-sentação bem formulado que o profissional poderá demonstrar a sua capacidade de comunicação por escrito.

Para isso, ela deve ser elaborada de forma extremamente sin-tética, com parágrafos concisos e objetivos, expondo de forma clara as principais atribuições do cargo e os resultados alcança-dos. Um bom documento deve ser escrito em uma única folha de modo a estimular a sua leitura, tendo no máximo 20 linhas. Textos longos e cansativos provavelmente nem serão lidos. É de grande importância, também, que a carta seja personalizada, não passando com isso a ideia de que o candidato responde a anúncios em série. Assim, dispense formatos padronizados que demonstrem algo mecânico. Jamais envie carta manuscrita se a empresa não solicitar.

Diferentemente do currículo, a carta de apresentação deve ser assinada, ou pelo menos rubricada. Caso contrário, poderá cau-sar a sensação de que é algo muito impessoal. A data pode estar


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localizada sobre a margem esquerda, direita ou ser colocada ao pé da página, contudo nunca deve ser omitida.

Nos casos de estabelecer contato com o recrutador por e-mail, a carta de apresentação pode ser o próprio conteúdo da mensagem, ressaltando que o currículo com informações mais detalhadas se-gue anexo. Mas, tenha cuidado: muitas empresas optam por não abrir os anexos das mensagens em virtude do risco de vírus. Nes-se caso, o ideal é dispensar a utilização da carta de apresentação e encaminhar o currículo diretamente no corpo do e-mail.

De qualquer forma, opte, preferencialmente, por enviar seus documentos destinados às pessoas responsáveis pela sua pos-sível contratação. E quando não for possível, procure endereçá-las às respectivas funções como, por exemplo: “Prezado Dire-tor de Marketing:” “Prezado Gerente de Vendas:” Nunca utilize saudações do tipo: “Caro Senhor:” “Prezado Contratante:” “Ao Departamento de Recrutamento & Seleção.”

Quanto à estrutura do texto

Para criar uma carta de apresentação dentro do padrão de redação empresarial moderno, deve-se iniciar com o porquê do envio do currículo, evitando redundân-cias e situações óbvias. Procure não optar por um tex-to redigido de modo informal. Este tipo de linguagem deve ser utilizado apenas quando se conhece o contra-tante ou, ainda, no caso de se receber a orientação de um profissional especializado na área. Um bom docu-mento pode conter o seguinte formato:

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Modelo de Carta de Apresentação:

Rio de Janeiro, mês e ano.

Nome da empresaAt.: Sr. Fulano de Tal – Diretor de RHEndereço, BairroCep, Cidade - UF

Prezado Senhor ,

Introdução: em um primeiro parágrafo, deve-se expor de modo breve os seus objetivos e interesses gerais na em-presa, bem como a área de atuação pretendida. Aproveite, também, para informar sobre as razões que o levaram a enviar o currículo, pleiteando a suposta vaga.

Desenvolvimento do corpo – formação e experiência adquirida: no segundo e terceiro parágrafos, deve-se fazer uma síntese sobre sua formação, experiência adquirida, habilidade em idiomas e principais qualificações e reali-zações. Cite apenas os pontos que mereçam destaque. É de bom gosto constar alguma característica essencial como um curso no exterior, alguma experiência fundamental ou, ainda, qualquer outro tipo de vivência que possa diferen-ciá-lo dos demais candidatos.

Finalização – solicitação de uma entrevista: por fim, de-monstre seu desejo de obter uma entrevista, mesmo que


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sem compromisso, e deixe uma mensagem de agradeci-mento. Seja cordial! Não esqueça, também, de mencionar um telefone ou e-mail para contato. Se preferir, podem ser incluídos outros dados, desde que sirvam para facilitar sua localização.

Atenciosamente.

Nome do Profissional

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Capítulo 10 Faça um currículo eficiente

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Capítulo 10Prepare um currículo eficiente

Você pertence ao time dos que elaboram um currículo colocando em letras garrafais o título “CURRICULUM VITAE” e esconde o que de fato interessa como, por exemplo, as suas aptidões pes-soais e os seus principais objetivos? Bem, se a resposta for sim, está na hora de esquecer tudo aquilo que você sabe em relação ao assunto e conhecer a nova estrutura utilizada na elaboração do primeiro instrumento de marketing pessoal que irá vender suas qualificações às empresas — seu currículo. Vamos, então, saber um pouco mais sobre ele:

Quanto ao modelo:

A concepção de um bom currículo mudou muito em relação a épocas passadas. Atualmente, os selecionadores estão buscando ganhar tempo durante os processos de recrutamento e seleção, identificando com maior precisão e velocidade os profissionais que atendam às suas reais necessidades. Com a grande quanti-dade de currículos a serem analisados, tornou-se quase impos-sível dedicar total atenção a cada documento em particular. Na verdade, este primeiro processo de triagem é feito segundo o fee-ling dos profissionais que atuam na área de recursos humanos.

Só para ter uma pequena noção disso, algumas consultorias de recrutamento e seleção recebem semanalmente mais de 1.000 currículos via internet. São dados desse tipo que nos mostram a

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importância de se investir na elaboração de um documento de qualidade. É preciso criar um marketing pessoal impresso que chame a atenção dos empregadores, sendo objetivo, claro e de fácil leitura, e que se destaque dos demais.

Apesar de existirem vários modelos de currículos, não existe um padrão que possa servir a todos. Assim, elabore um con-teúdo personalizado, que esteja de acordo com o seu perfil de qualificações e área de atuação.

Diferentemente do passado, quando um bom currículo era considerado aquele que de tão extenso tinha até sumário, o mo-delo atual deve ser objetivo, em até duas folhas, dispensando as informações irrelevantes. Apenas os casos em que o profissional detém uma experiência extremamente complexa e deseja revelá-la por completo, justificaria a inclusão de uma terceira página. O texto considerado ideal deve ser convidativo à leitura.

Na era da informática, é indispensável que o currículo seja preparado em computador. As letras mais indicadas são as do tipo padrão como, por exemplo, Times New Roman, Arial, Ta-homa, Verdana, Garamond, Optima, Bookman Old Style, Anti-qua, Courier, em tamanho variando entre 9 e 14. O ideal é optar por um tamanho de fonte equivalente a Times New Roman (12) ou Arial (11), visando a facilitar a leitura. Quando impresso, deve ser feito em papel de tonalidade discreta, optando sempre pelas cores mais claras, tais como o cinza ou branco, em formato A4. Se possível, utilize uma impressora de qualidade. Nunca apresente cópias, apenas originais, evitando manchas e borrões.


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A aparência também deve ser impecável. Porém, muito cui-dado com alguns exageros de efeitos e maquiagem como, por exemplo, excesso de palavras em itálico e negrito, cores berran-tes e marcadores mirabolantes. Os destaques especiais devem ficar reservados apenas aos títulos principais.

Quanto às famosas “pastas e capas de apresentação”, que só dificultam a visualização do que de fato interessa, devem ser totalmente dispensadas. Do mesmo modo as fotografias devem apenas constar caso a organização solicite. Nesse caso, deve-se colocar a melhor foto, em traje social. Dependendo do cargo, o traje esporte fino será bem-vindo, desde que esteja bem apresentável.

Os selecionadores consideram um currículo eficiente quando

• Demonstram com clareza o objetivo do candidato, ou seja, a área de atuação e a função que o profissional almeja.

• Estão compatíveis com a função e com a área de atuação que o candidato está pleiteando, ou seja, quando os profissio-nais possuem as qualificações exigidas pelos cargos e isso fica claro na disposição do documento.

• Quando descrevem não somente longos históricos profis-sionais, mas também habilidades pessoais e aspectos subjetivos do candidato.

• Demonstram ao selecionador suas mais importantes reali-zações e resultados alcançados durante toda sua trajetória pro-fissional.

• Destacam com clareza os itens mais relevantes como, por

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exemplo: objetivo, dados pessoais, histórico profissional e prin-cipais resultados alcançados.

• Possui boa apresentação, formato claro, objetivo e bem de-finido e que sejam de fácil leitura, possibilitando aos seleciona-dores a formação de uma opinião fidedigna acerca do perfil do profissional com uma rápida leitura.

Os selecionadores NÃO toleram os currículos que:

• Possuem apresentação comprometida como, por exemplo: erros de português, ortografia, pontuação etc. Que sejam caren-tes de informações pessoais essenciais como: e-mail para conta-to, objetivo de trabalho etc.

• Alongam-se ao extremo no relato de dados irrelevantes e se esquecem do que de fato interessa como, por exemplo, as prin-cipais qualificações e realizações do profissional ao longo de sua carreira.

• São maquiados em excesso com uso de cores, negritos, se-tas e todos os tipos de adereços que, em geral, funcionam como uma tentativa de camuflar uma suposta falta de conteúdo.

• Demonstram que o candidato não dedicou ao currículo atenção especial na hora da criação.

Vejamos, então, como confeccionar um modelo de currículo objetivo e eficiente.


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Quanto à estrutura do texto:

Um currículo bem elaborado abre portas, ou seja, gera entre-vistas. Muitas vezes, profissionais com larga experiência têm di-ficuldade de se recolocar no mercado de trabalho por não sabe-rem divulgar a si próprios. Não conseguem despertar interesse no recrutador de modo que este o chame para uma entrevista. Logo, é extremamente importante criar um currículo objetivo, focado e que possua informações claras e ordenadas. Vale res-saltar que, muitas vezes, é por meio dele que o candidato terá a primeira oportunidade de se apresentar às empresas. Assim, é bom estar atento aos erros de português, à estrutura e à organi-zação geral do texto.

Outro lembrete que é importante ressaltar refere-se à legiti-midade do documento. Esteja certo de que todas as informações declaradas são, de fato, verdadeiras. Descrever experiências que não foram vivenciadas pode render sérios prejuízos ao futuro de um profissional.

Um bom currículo deve possuir um conteúdo que descreva não apenas o histórico profissional, mas também as principais realizações e resultados alcançados. O modelo considerado eficiente é aquele que consegue despertar interesse no interlo-cutor. Para isso, devem ser considerados os seguintes fatores: objetividade, clareza nas informações prestadas, ferramentas e metodologias utilizadas e resultados alcançados. Um currículo dentro do padrão empresarial moderno deve seguir o seguinte formato:

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Quanto aos tópicos:

A ordem em relação aos tópicos citados deve estar de acordo com o perfil do candidato, ou seja, não existe uma regra que determine que a “Formação profissional”, por exemplo, deva constar no início, no meio, ou mesmo ao final do documento. Assim, procure elaborar o seu modelo particular, usando sem-pre o bom senso. O mais importante é investir na criação de um modelo personalizado e eficiente antes de enviá-lo às orga-nizações. Lembre-se que ele vai ser o seu “cartão de visita” e, exatamente por isso, merece atenção especial. Vejamos, então, os principais itens que devem constar:

Dados pessoais: em relação aos dados pessoais, devem ser citados: nome, data de nascimento, estado civil, número de fi-lhos, nacionalidade, endereço, bairro, cidade, CEP, telefone e e-mail. Dispense informações desnecessárias como números de documentos, filiação, pretensão salarial e, principalmente, as fa-mosas assinaturas ao final.

Flavia D´avilla Cabral

Brasileira, solteira, sem filhos - 35 anosRua Professor Felúpio, 110 apto. 405 – BotafogoRio de Janeiro - CEP: 21.157-247(21) 2222-5555; Cel.: (21) 99111-1111e-mail: flaviacabral@domínio.com.br


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Objetivo: um dos principais elementos de um currículo é a objetividade; em outras palavras, deve ter um objetivo profis-sional bem definido. Assim, descreva de modo direto a sua área de interesse, cargo pretendido, bem como o seu principal alvo no mercado, de preferência em no máximo duas linhas. Cuida-do com os conteúdos muito longos, com informações truncadas ou sem relevância.

O texto não deve ser muito genérico e abrangente, passando a impressão de que você não possui um direcionamento deter-minado em relação à área em que deseja atuar. Não mencione diversas áreas de atuação em seu objetivo, como se estivesse atirando para todos os lados. É preferível elaborar dois ou três currículos direcionados para cada área específica e utilizá-los de acordo com a demanda. Evite, também, especificações relativas a tipo de empresa e local de trabalho, o que pode acabar limitan-do suas oportunidades no mercado.

Atuar como engenheiro de telecomunicações, envolvendo a participação em pesquisas de melhoria e no desenvolvi-mento de novos projetos.

Perfil profissional: é exatamente neste item que você terá a oportunidade de transmitir ao empregador algumas caracte-rísticas essenciais, que possam ser aplicadas no seu dia a dia. Assim, faça uma lista sintetizada das principais habilidades e competências que foram desenvolvidas ao longo de sua carrei-ra, descrevendo as atribuições de cargo mais relevantes, ferra-

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mentas e metodologias utilizadas, desenvolvidas e executadas, enfatizando as aptidões que caracterizam seu perfil pessoal e que o torna um diferencial para o mercado.

Pode ser algo como conhecimento especializado, facilidade para desenvolver trabalhos específicos ou mesmo experiência significativa, desde que possa justificar um perfil de habilidades mais elaboradas.

- Experiência nas áreas comercial e de marketing, com forte vivência em finanças e administração, adquirida em empre-sas de grande e médio porte. - Responsável pelo planejamento estratégico, gerenciamen-to, coordenação e treinamento de equipes de vendas, pro-moção de vendas, entre outras atividades inerentes à área.

Principais resultados: este é um dos itens mais importantes do seu currículo e fará com que o interlocutor sinta desejo em conhecê-lo, ou seja, chamá-lo para uma entrevista de emprego. Nele, você deve relacionar brevemente as atribuições e respon-sabilidades referentes a cada cargo ocupado durante o exercício da sua profissão, buscando não se tornar repetitivo. É de bom gosto mencionar as suas realizações relevantes, a capacidade de desenvolvimento de projetos que estejam relacionados à sua área de interesse, bem como todas as ferramentas e/ou metodo-logias utilizadas em seu cotidiano. Tais vivências serão o grande diferencial e soarão como “palavras-mágicas”, fazendo com que o recrutador o chame para uma entrevista. Afinal, é neste item

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que você poderá demonstrar o seu potencial para trazer as solu-ções que atenderão às demandas das empresas.

Assim, elabore um texto que exprima os seus principais resul-tados, quantitativos ou qualitativos, mensuráveis ou não, e que demonstre o valor que foi agregado às organizações por onde passou e o modo como você converteu as suas aptidões em resul-tados. Atualmente, as empresas só se interessam por talentos que fazem acontecer, que têm ambição de crescimento profissional e que geram resultados. Para enfatizar suas realizações, utilize verbos de ação que transmitam a ideia de que você é do tipo que agrega valor às organizações. Um profissional que faz acontecer.

Verbos de ação utilizados para afirmações de realizações:

AdministrarAmpliarAnalisarApresentarAtingir AumentarAvaliar Chefiar Comprar Concluir ConduzirConsolidarConstruirControlarConverterCoordenar

FortalecerFundarGanharGerarGerenciarIdealizarImplementarIniciar InovarInstalarInstituirLançarLiderarLocalizarMotivarNegociar

CortarCriarDefinir DemonstrarDesempenharDesenvolverDinamizarDirigirElaborarEliminarEscreverEstabelecerEstruturarExpandirFormularFornecer

Obter êxito Operar OrçarOrganizarPesquisarPlanejarPreverProcessarProduzirProgramarProjetarPromoverRealizarRecrutarRedigirReduzir

ResumirRevisarSimplificarSistematizarSolucionarSubstituirSupervisionarTrabalharTraduzirTransferirTransformarTreinarTriplicarUnirUtilizar

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- Êxito na elaboração do planejamento financeiro, obtendo redução de custos em torno de 35% a.a. com a renegociação de contratos, redução da folha e otimização de processos.

Empresas/Histórico profissional: o histórico profissional deve ser apresentado de forma sintetizada, ou seja, dele devem constar o nome da empresa, ramo de atividade, cargo e respec-tivos períodos (mm/aa à mm/aa) e, ainda, as respectivas locali-zações das empresas (países e cidades), quando necessário.

Inicie sempre a descrição do seu histórico profissional pelas empresas mais recentes. Caso tenha um longo histórico, não há necessidade de descrevê-lo por completo. Apenas descreva os cinco últimos empregos. Ou, se preferir, os mais recentes e aqueles em especial, que você acredita que devam constar.

10/2000 até o presente Banco Bramerco de Investimentos – Rio de JaneiroAnalista de Crédito

9/95 - 10/9 Casas Fernandes (Lojas de departamentos)Gerente Geral

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Formação acadêmica: destaque apenas a formação supe-rior ou os últimos níveis de escolaridade. Em geral, costuma-se omitir o nível secundário quando se tem formação superior. É importante constar o nome da instituição de ensino, o curso rea-lizado e a data de conclusão. Caso queira relacionar cursos que foram abandonados ou que não foram concluídos, mas que pos-suam alguma relevância para sua formação, deve-se ressaltar “em curso” ou “incompleto” ao lado dos mesmos.

- Graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, em dezembro de 1998, com curso de pós-graduação em negócios – IAG Master_ PUC, concluído em 2000.

- Bacharel em ciências contábeis – Faculdades Integradas Simonsen.

Cursos de aperfeiçoamento: os cursos de aperfeiçoamento, palestras, convenções, seminários e workshops devem ser cita-dos, estando bem localizados para facilitar a visualização. Nesse caso, informe o título do curso e a instituição de ensino que mi-nistrou as aulas e/ou os treinamentos.

Quanto aos cursos de idiomas e informática, é importante ter a preocupação de indicar exatamente o seu nível de domínio. Na verdade, nesses casos não importa muito citar os nomes das escolas onde estudou, pois o que de fato vale é a capacitação na área. Porém, muito cuidado: nunca se arrisque em revelar fluência em um determinado idioma, por exemplo, se você não a possuir. Seja legítimo!

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- Pleno domínio de microinformática - IBPI.- Inglês fluente e domínio do espanhol.- Marketing Direto - Fundação Getúlio Vargas - FGV.

Experiência internacional: citar algum tipo de experiência adquirida no exterior, ou mesmo cursos, é de extremo bom gos-to. Pode ser algo como um programa de intercâmbio cultural, mesmo que ocorrido muitos anos atrás, uma experiência de tra-balho no exterior etc. Tais vivências, além de reforçarem o do-mínio do idioma, demonstram outras virtudes do profissional, vivência em outras culturas, maior visão do mercado em nível global, adaptabilidade etc.

- Experiência internacional adquirida em programa de in-tercâmbio cultural, onde tive a oportunidade de, durante o ano de 1994, viver e estudar nos EUA (San Diego).- Realização de diversas viagens para aprimoramento da língua e curso de extensão na U.C.L.A. Universidade da Califórnia Los Angeles - CA.

Informações adicionais: algumas informações pessoais como, por exemplo, a participação em trabalhos voluntários, projetos comunitários, ações filantrópicas, entre outras devem ser relacionadas e podem destacá-lo como um diferencial para o

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mercado. Esses tipos de experiências são bem-vistas nos dias de hoje, pois além do fato de as empresas estarem a cada dia mais engajadas em projetos sociais, dão alguns indícios do perfil e dos valores do profissional em questão.

- Participação como voluntário do grupo de combate à fome na Comunidade da Gruta (Rio de Janeiro), trabalho que me rendeu uma nova visão acerca dos problemas do Brasil e ain-da me trouxe muita satisfação pessoal.

- Membro do Instituto Brasileiro de Economia e Finanças – IBEF.

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Modelo de currículo (básico):

Nome completo do profissionalNacionalidade, estado civil, idade – nº de filhos

Endereço completo, número, apartamento/casa etc.bairro – CEP.: 22222-000 - Cidade; UFTels.: (21) 2222-2222; Cel.: (21) 99999-9999E-mail: [email protected]

OBJETIVO

Neste campo deve ser mencionado o objetivo profissio-nal, área de atuação ou nível hierárquico em que se deseja atuar.

FORMAÇÃO ACADÊMICA

• Descrever a formação em ordem cronológica decrescente, ressaltando os cursos de pós-graduação e graduação. Nos casos em que se tem cursos de mestrado, MBAs e pós-gra-duações, podem estar em negrito para ganhar destaque.

PERFIL PROFISSIONAL

Neste campo descreva todas as experiências adquiridas, colocando as informações mais importantes na frente, em parágrafos. É importante explorar as principais atribuições e atividades desenvolvidas no dia a dia. Cite as principais ferramentas técnicas utilizadas em sua área de atuação.


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É de extremo bom gosto citar os seus principais resultados alcançados, mensuráveis ou não, e em que projetos você obteve êxito. Descreva os principais resultados alcançados ao longo de sua trajetória profissional.

IDIOMAS

Descreva os idiomas e, principalmente, o nível de conheci-mento que possui (fluente, avançado, intermediário, bási-co, bons conhecimentos ou técnico). Você poderá, também, informar a instituição de ensino que cursou.

HISTÓRICO PROFISSIONAL

Descrever as empresas em ordem cronológica decrescente, informando o nome, período inicial e final e cargos.

CURSOS DE APERFEIÇOAMENTO

Descreva todos os cursos, principalmente ligados à sua área de atuação, por ordem de maior relevância.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS/EXPERIÊNCIA INTER-NACIONAL

Item opcional, utilizado para ressaltar alguma qualificação específica, experiência fora do país, seja de trabalho ou de intercambio, trabalho voluntário etc.

Parte 2Os dez mandamentos do sucesso

Capítulo 11 O perfil que leva à vitória

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Capítulo 11O perfil que leva à vitória

Muitas pessoas se referem à vida utilizando uma expressão me-tafórica muito comum: “A vida é um jogo”. De fato, podemos até pensar a vida como sendo um grande jogo de estratégias. Como o jogo de xadrez, por exemplo. Afinal, todos nós possuí-mos as nossas posições e funções específicas e interagimos em um meio instituído por normas e padrões pré-definidos, que chamamos de “sociedade”.

Porém, entender a vida dessa forma seria sinônimo de con-cluir que alcançar metas é apenas uma questão esquemática, algo como trabalhar em um mecanismo que funciona na ordem da causa e da consequência. De acordo com as regras do jogo, seria preciso desenvolver condições e suporte para se alcançar os objetivos desejados, trilhando, assim, o caminho do sucesso.

Embora possamos, em parte, concordar com esses princípios lógicos, temos de admitir que, na prática, essas coisas não são assim tão simples. Estar bem colocado socialmente envolve inú-meras variáveis que, em certos casos, estão muito além do con-trole, da vontade ou mesmo das possibilidades individuais.

Assim, é bom que fique claro desde já que não existe uma fórmula mágica que possa representar o sucesso profissional. Contudo, o importante é destacar que muitos indivíduos ambi-cionam determinadas situações, mas têm atitudes que não vão


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ao encontro das mesmas. Constantemente, podemos observá--los traindo seus próprios desejos. São aqueles indivíduos que alimentam sonhos e ideais, mas que não se mobilizam no senti-do da respectiva conquista.

O sucesso não é uma questão de mero desejo.Ele é, principalmente, fruto de um

estado de espírito.

De fato, idealizar é muito importante; afinal, todas as criações do homem foram, um dia, simples desejos. Porém, um sonho não tem muito valor se for considerado de forma isolada. É pre-ciso alçá-lo ao posto de realidade, de conquista. Caso contrário, é melhor abrir mão dele.

No sentido do crescimento profissional, nada é diferente. Ninguém chega a algum lugar sem desejar. Mas não se alcan-çam objetivos somente por meio de lindos sonhos. É preciso tra-çar as metas certas para se atingir determinado alvo e trilhá-las com garra e perseverança.

Um piloto de Fórmula 1, por exemplo, não chegou a tal patamar comendo e dormindo compulsivamente, do mesmo modo que o diretor executivo de uma grande corporação não passa seus dias na praia. Com certeza, para toda carreira de sucesso há um árduo período de tempo dispensado a sacrifícios e a investimentos.

Avaliando o perfil de pessoas que conquistaram a realização de seus objetivos, algumas virtudes em comum, ligadas a prin-cípios de vida e a aspectos subjetivos, são igualmente encontra-das em todos os casos. São elas:

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1- Trabalho árduo

É somente no dicionário que encontramos o sucesso an-tes do trabalho.

Existe uma forte tendência, principalmente em nossa cultu-ra, de acreditar que as pessoas mais bem-sucedidas são também as que menos trabalham. Alguns pensamentos populares che-gam a reforçar ainda mais este tipo de ideia como, por exemplo: “Quem trabalha, não tem tempo para ganhar dinheiro”.

Isso ocorre porque temos o costume de aplaudir e reveren-ciar os vencedores, desconsiderando seus respectivos históricos como se eles, simplesmente, não tivessem um passado. Nasce-ram, cresceram e, do dia para a noite, por alguma razão celestial, tornaram-se bem-sucedidos. Foram convidados para ocupar po-sições de destaque por mera coincidência, apadrinhamentos, ou mesmo devido a predestinações espirituais. Ledo engano!

Se não considerarmos os casos em que se recebe uma herança volumosa ou que se é portador de um bilhete de loteria premia-do, podemos concluir que não existe outro caminho para a as-censão pessoal e profissional que não seja pelas vias do trabalho árduo. E para quebrar definitivamente com aqueles princípios ilógicos de pensamento, basta analisarmos os históricos de vida das pessoas mais bem-sucedidas. Muitas delas aprenderam a dividir seu escasso tempo disponível para algum tipo de lazer, família, amigos etc, posto que o trabalho simplesmente conso-me a maior parte dele. Profissionais que alcançam sucesso têm a devida consciência de que para materializar qualquer tipo de projeto de vida é preciso muito comprometimento e dedicação.


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Assim, se você pretende caminhar na direção do sucesso, es-teja preparado para ofertar o seu sacrifício para que e a recom-pensa venha como consequência. Torne-se um guru, qualquer que seja a sua área de atuação e nunca aceite a opção da derrota. Trabalhe duramente no sentido de conquistar seus objetivos, pois somente dessa forma que você terá a chance de atingir a sua realização pessoal e profissional.

Um ponto importante deve ser ressaltado: vivemos em uma cultura que vincula a ideia do trabalho como um sacrifício ne-cessário para mantermos o nosso próprio sustento. De fato, mui-tas pessoas, infelizmente, percebem suas respectivas atividades como verdadeiros fardos que devem ser carregados dia após dia e acabam, com isso, pagando um alto preço frente à saúde. Po-rém, precisamos lembrar que a triste realidade de muitos não é uma verdade aplicada a todos.

Antes de iniciar este capítulo, realizei uma pequena pesquisa com diversos profissionais de todos os níveis. A pergunta efetua-da foi simples e objetiva: o que você faria se ganhasse 30 milhões na loteria? Bem, confesso que o resultado pouco me surpreendeu. A maior parte daqueles que pertencem ao grupo dos que não se identificam com suas funções, e exatamente por isso pouco se de-senvolveram profissionalmente, respondeu que a palavra “traba-lho” definitivamente não mais faria parte de seu vocabulário.

Por outro lado, aqueles que estão de fato envolvidos com pai-xão em suas atividades, também desejaram um período de fé-rias viajando pelo mundo, apenas com a diferença de que, após longo descanso, investiriam em algo que esteja diretamente re-lacionado a suas respectivas profissões, alegando não saberem

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como viver afastados delas. Dentre todas as respostas que obti-ve, uma em particular, a de um psicólogo clínico, me chamou muito a atenção: “Seria muito gratificante poder montar um lu-xuoso consultório para atender aos mais necessitados, até mes-mo de graça, sem me preocupar com as contas no final do mês.”

Bem, talvez este seja um dos motivos que nos passa a distor-cida impressão de que a maioria dos profissionais bem-sucedi-dos pouco trabalha. Na verdade, o que ocorre com eles é a total identificação com as suas atribuições, o que acaba transforman-do suas tarefas em algo mais leve e gratificante. Assim, saiba que para alcançar o sucesso é imprescindível que haja dedicação incondicional. Porém, é também de importância fundamental estar envolvido com atividades que de fato sejam compatíveis com as suas identificações pessoais. Caso contrário, seu cami-nho, provavelmente, estará muito comprometido.

2- Perseverança

“Querer escolher um objetivo, determinar uma linha de ação que o levará a este objetivo e, em seguida, man-ter-se firme nessa ação até o objetivo ser alcançado. O

segredo está na ação.”

(Michael Hanson)

Imagine como seria o mundo se todos desistissem de seus ideais. Um lugar onde as pessoas não lutassem pela realização


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de seus sonhos, abandonando seus empreendimentos ao sinal de qualquer dificuldade maior.

Bem, certamente ainda estaríamos vivendo como nos tempos das cavernas. Isto porque não existe sequer uma única realiza-ção humana que não tenha advindo de um longo período de luta e dedicação. E isso se aplica a qualquer tipo de transfor-mação que possamos almejar em nossas vidas. Afinal, para se atingir metas, sejam elas quais forem, é imprescindível que haja dedicação incondicional, não fraquejando diante dos obstáculos que possam surgir durante o caminho.

Quem nos dá um bom exemplo disso são os atletas olímpicos, que sabem exatamente o significado e a importância desse prin-cípio durante o doloroso percurso de suas carreiras. De quatro em quatro anos, somos presenteados com um maravilhoso es-petáculo esportivo conhecido como Olimpíadas. Durante esse evento, profissionais de todo o mundo se esforçam em seus li-mites visando retornar aos seus países de origem carregando uma medalha como recompensa em suas bagagens. Para nós, meros expectadores, as olimpíadas representam um tipo de en-tretenimento que dura apenas poucas semanas.

Porém, o que em geral desconsideramos é que, para os com-petidores, esse evento é algo que faz parte de suas vidas quase que por completo. São horas ininterruptas de treino diário, que atravessam os longos anos que antecedem o tão esperado tor-neio olímpico. Normalmente, um simples movimento é repeti-do milhares de vezes até que se chegue próximo à perfeição. E não são poucos os tombos, as dores, as falhas, os erros e todo o sofrimento necessário para se alcançar o objetivo maior. Tanto

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esforço e sacrifício, muitas vezes, por apenas alguns minutos de apresentação.

E quantos desistem no meio do caminho? Bem, não sabemos ao certo, pois a grande maioria deles se mantêm no mais abso-luto anonimato. Porém, somos os melhores críticos para as pe-quenas falhas humanas que ocorrem durante o show, chegando a desconsiderar com certa facilidade todo esforço e dedicação que foram investidos pelos atletas durante todo seu doloroso percurso. E é exatamente este um dos princípios mais louváveis de um profissional: a determinação diante da realização de seus sonhos. Afinal, independente da atividade em questão, é mais provável que um indivíduo de médio talento, mas que perseve-ra, conquiste significativas realizações, do que outro, extrema-mente capacitado, mas que não se mobiliza de forma determina-da diante de seus objetivos.

Assim, se você deseja alcançar sucesso pessoal e profissional, é de fundamental importância entender que será humanamente impossível caso não tenha muita dedicação. Na verdade, não importa o tempo que vai ser preciso para atingir as metas de-sejadas; deve-se tentar obstinadamente. As pedras no caminho serão apenas obstáculos a serem ultrapassados e vão somar para o aprendizado. Lembre-se sempre de que a perseverança é a maior expressão da confiança e, exatamente por isso, é o único caminho que pode levar ao êxito. Se você deseja vencer, persista incondicionalmente.


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3- Disciplina

“Não dá para mudar seu destino da noite para o dia, mas a direção dá.”

(Jim Rohn)

Quem pratica esporte sabe: a disciplina é quesito funda-mental para conquistar resultados positivos. Afinal, de nada adianta dedicar-se a um treinamento exaustivo por poucos dias consecutivos e passar o restante do ano no mais absoluto ócio. É preferível caminhar lentamente, porém respeitando uma fre-quência ordenada.

O grande problema deste importante princípio é que muitas pessoas o confundem com rigidez, mas estão enganadas. Na verdade, ter disciplina significa comprometer-se com um méto-do regrado que gere condições de atingir um objetivo maior, um propósito, e isso pode ser aplicado a tudo na vida.

Se analisarmos profundamente as pessoas que atingem o sucesso pessoal e profissional, poderemos observar que elas seguem uma rotina extremamente disciplinada. Em geral, ali-mentam-se de forma equilibrada, descansam o suficiente visan-do reenergizar-se e trabalham respeitando suas características e capacitações pessoais. Elas sabem que é somente por meio da disciplina entre corpo e mente que elas podem se organizar para produzir com maior eficiência as grandes obras de suas vidas.

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Assim, para os que desejam construir uma carreira de suces-so, é importante que seja ressaltada a importância da disciplina durante todo o percurso. Descubra qual é exatamente a metodo-logia que pode ser utilizada por você visando maior aproxima-ção de seus objetivos e ideais e não deixe de aplicá-la, na prática.

4- Visão em longo prazo

Quem anda a pé olha passos adiante. Quem usa um car-ro, está atento a metros à frente. Já no caso de estar pi-lotando um avião, deve-se cuidar dos quilômetros que

se seguem.

Existe uma considerável quantidade de pessoas que está sem-pre implicada em projetos de curta duração. Quando pensam em juntar algum dinheiro, é sempre com o objetivo de adquirir algum bem material como, por exemplo, um relógio, um carro etc. Quando entram na universidade, enxergam o final da ba-talha acontecendo no dia da formatura. Não pensam suas vi-das em longo prazo e com isso restringem seus campos visuais, como se o futuro só existisse até poucos anos à frente. Nunca projetam seus sonhos em uma escala maior e acabam por limitar suas vidas a pequenas ambições.

Na verdade, o sucesso não é uma linha de chegada. Nesse ca-minho, não se encontra um fim. O que verdadeiramente impor-ta é a trajetória. Trilhar o caminho do sucesso significa investir em eterna busca. Os profissionais que degustam o sabor da vitó-ria sabem que, independente da área de atuação, é preciso estar


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se reciclando constantemente, o que significa dizer, na prática, estar inserido em um processo ininterrupto de investimentos, não permitindo com isso que a carreira tome o doloroso rumo descendente.

Assim, se você tem o desejo de alçar longos voos, é preciso estar pronto para dedicar-se eternamente à sua trajetória, pro-jetando seus objetivos e ideais a partir de uma visão em longo prazo. O tempo deve ser sempre um aliado; afinal, de qualquer modo, ele vai passar. Assim, aproveite-o da melhor forma pos-sível investindo em você.

5- Aproveitar as oportunidades

“Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir.”

(Roo Evelt) Muitas pessoas vivem com a sensação de que nunca são

abençoadas pela sorte. Por mais que orem e, em muitos casos, até participem de cultos e seitas religiosas, parece que as tão poderosas forças do além nunca as atendem. Elas esperam por verdadeiros milagres acontecerem em suas vidas. Sonham com um novo carro, emprego ou negócio e, simplesmente, aguardam ansiosamente por isso. Em geral, estão constantemente se quei-xando da falta de oportunidades, o que é sempre usado para justificar seus fracassos pessoais e profissionais. É pouco co-mum não ouvirmos comentários do tipo: “Ele deu muita sorte

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em conhecer a esposa que tem... Não tive a sorte de conseguir um emprego como o dele...”

Bem, temos aqui uma boa notícia: a sorte sempre sorri para todos. A diferença se dá quando o sujeito está ou não preparado para aproveitá-la, ou seja, para agir sobre ela. Algo como: de que vale receber um belo convite de trabalho se você não tem as qualificações suficientes para ocupar a suposta vaga?

Assim, é preciso alertar aos mais “azarados” que a sorte está tentando a todo custo fazer o seu trabalho. Mas, para isso, é pre-ciso que você a ajude fazendo apenas a sua parte. Só assim você poderá agarrá-la quando ela lhe estender a mão.

Os profissionais mais bem-sucedidos conhecem a impor-tância de não somente procurar pelas próprias oportunidades como também investir eternamente em uma autopreparação, visando aproveitá-las na devida ocasião. Essa é, sem sombra de dúvida, uma das diferenças fundamentais entre os indivíduos que apenas desejam que suas vidas mudem e os que acreditam e se mobilizam no sentido de realmente modificá-las, tendo a percepção da sorte como sendo nada mais do que uma oportu-nidade bem aproveitada.

6- Acreditar no próprio potencial

“Você pode falhar muitas vezes, mas só realmente será um fracasso quando começar a culpar os outros.”

(Knox Manning)


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É impressionante o número de pessoas que vivem fadadas ao fracasso apenas por não acreditarem no próprio potencial. Em geral, possuem um sentimento de menor valia e estão constan-temente limitando seu desenvolvimento por não apostarem em sua capacitação. Quando se veem diante de algum obstáculo, logo se intimidam por acreditar que nunca poderão superá-lo. Quando ambicionam qualquer tipo de realização, rapidamente abandonam o sonho pensando que nunca serão capazes de ma-terializar o objetivo. E, em certos casos, estando entre amigos e profissionais, se sentem inferiorizadas e acabam por assumir uma postura compatível com tal percepção.

Bem, para os que se identificam com esse tipo de perfil, te-mos uma péssima notícia: nossos pensamentos tendem a se transformar nas atitudes que nos movimentam perante a vida. Assim, as pessoas que se percebem impotentes, incapazes, dimi-nuídas, pouco úteis etc, acabam por se tornar exatamente tudo isso. Seus sonhos e ambições de vida passam a valer tão pouco quanto seus sentimentos, o que vai representar um significativo impedimento para a ascensão desses indivíduos.

Os profissionais que mais se destacam em suas funções sabem que autoestima e autoconfiança são fundamentais para se alcan-çar metas. Seja qual for a área de atuação, é preciso acreditar mui-to naquilo que se faz. Afinal, só existe uma coisa que pode tornar um sonho impossível de ser realizado: o medo de fracassar.

Confie em suas aptidões. Certamente, você será o primei-ro a dar crédito aos seus sonhos e desejos. Depois convencerá um, dois, quatro, oito e enfim, o mundo. Nunca se deixe aba-ter por críticas destrutivas. Lembre-se dos grandes sucessos e

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das importantes ideias que revolucionaram o mundo e que um dia foram desacreditados e rejeitados. Muitas ideias chegaram a ser ridicularizadas. Com isso, alimente pensamento e compor-tamento positivo e siga em frente com seus ideais. O reconheci-mento deve vir como consequência.

7- Pensamento positivo

“Um otimista vê uma oportunidade em cada calamida-de. Um pessimista vê uma calamidade em cada opor-

tunidade.”

(Winston Churchill)

Existe um grande número de pessoas que acaba por desen-volver alguns mecanismos psicológicos de defesa, que resultam em uma visão extremamente pessimista perante o mundo. Em alguns casos, elas procuram se desculpar, ou melhor, justificar sua forma distorcida de enxergar a vida afirmando estarem ape-nas sendo realistas. Com isso, passam a exibir com orgulho o dom de avaliar as coisas a partir de uma perspectiva claramente negativa. Quando surge qualquer tipo de projeto ou de plane-jamento para o futuro, são os maiores especialistas em apontar com velocidade e precisão todas as dificuldades e obstáculos que poderão levar ao fracasso. Em geral, estão sempre utilizan-do algumas expressões do tipo: “Não vai dar certo... Acho que será impossível...”


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Bem, para aqueles que se percebem dessa forma, é hora de se preocupar seriamente. As empresas estão investindo alto na identificação desses profissionais com o objetivo de bani-los dos meios atuantes. Isto porque as organizações entendem que por trás de um perfil pessimista reside, na verdade, um grande per-dedor. São aqueles indivíduos que têm medo de se expor para a vida, de investir e não colher, de arriscar e perder e, como consequência se paralisam, deixando de ganhar. Em geral, são mestres em apontar falhas e defeitos, porém, em nada contri-buem para superá-los. São os maiores responsáveis pelo desen-corajamento de uma equipe e essa percepção destrutiva acaba por contaminar a todos.

Diferentemente deles, os profissionais que alcançam o suces-so possuem um perfil extremamente otimista e positivo em re-lação ao mundo. São capazes de apontar e de reconhecer com precisão as dificuldades que possam surgir durante o caminho, porém, são também mestres em superar obstáculos. Não se dei-xam abater por meras dificuldades e estão sempre buscando no-vas saídas por meio de alternativas lógicas e fundamentadas. Em geral, fazem uso das expressões: “Podemos superar esses desafios. Vai dar certo; com certeza vamos vencer...”

Esses são profissionais que acabam por assumir importantes postos de liderança nas organizações e colecionam inúmeras rea-lizações durante o percurso de suas carreiras. Afinal, ser otimista em relação ao futuro e aos empreendimentos em geral, sem dis-torcer a percepção da realidade, é fundamental para se encarar e vencer desafios. Vale a pena lembrar que para tudo sempre ha-verá dificuldades e pontos negativos. Isso faz parte da vida, po-rém devemos aprender como superá-los e não supervalorizá-los.

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Um dado importante para se refletir: nas escrituras sagradas da religião judaica, o Talmude, há um pensamento muito pro-fundo acerca da forma como enxergamos a vida. Leia esta rápi-da passagem e reflita sobre você mesmo: “Não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como nós somos...”

8- Humildade

“O mundo é um espelho e devolve a cada homem o reflexo de seu próprio rosto.”

(William Thackeray)

É muito comum observarmos pessoas assumindo um com-portamento arrogante e pretensioso perante a vida, acreditando com isso se colocarem acima dos demais indivíduos. Em ge-ral, se posicionam de forma prepotente quando se dirigem aos profissionais menos qualificados ou abaixo de suas funções, e seus ciclos de relações são estabelecidos apenas priorizando o interesse – status e posição social. Na verdade, essas pessoas alimentam uma ideia distorcida de que podem ter ascensão pro-fissional usufruindo o poder a partir daqueles que de fato inte-ressam, simplesmente desconsiderando intensamente os menos privilegiados. Pura ilusão!

Neste mundo estruturado por complexas relações de inter-dependência, todos de certa forma estão ligados uns aos outros. Independentemente do patamar que se atingiu na vida, a hu-mildade continua sendo quesito principal para cultivar relações,


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ser bem quisto, criar novas oportunidades ou mesmo para sus-tentar as conquistas realizadas.

Outro ponto que podemos ressaltar é que, em geral, as pes-soas que fazem questão de se relacionar com o mundo de forma pouco tolerante, com profunda necessidade de demonstrar su-perioridade e arrogância, são, na verdade, apenas os mais inse-guros e insatisfeitos. E é exatamente por isso que desenvolvem esses desagradáveis mecanismos de defesa que visam a uma constante autoafirmação. Precisam exibir total poder e controle, principalmente sobre os mais fracos, buscando um destaque a todo custo por meio de sua extrema arrogância.

Bem, definitivamente este não é o perfil de um verdadeiro vencedor. Afinal, as pessoas que alcançam o sucesso sabem que humildade é sinônimo de inteligência. O poder de um profis-sional de sucesso reside em seus conhecimentos e em sua con-duta flexível e tolerante com o próximo. Isso reforça ainda mais suas qualificações e contribuem para mantê-lo em real posição de destaque.

De qualquer forma, vale a pena lembrar: as pessoas que tra-tam os demais com rispidez e arrogância constroem, na verda-de, uma vasta rede de inimizades.

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9- Flexibilidade

Em uma floresta existem galhos rígidos e os flexíveis. Os galhos mais rígidos são os que tendem a se quebrar durante os vendavais, enquanto os flexíveis apenas se curvam aguardando a tempestade passar, para, então

retornarem à posição original sem maiores danos.

Não é pequeno o número de pessoas que se relaciona com a realidade de forma extremamente rígida. Em geral, elas se en-contram solidificadas em alguns princípios básicos que foram adquiridos durante suas vidas e apresentam sério comprome-timento diante da necessidade de qualquer tipo de transfor-mação. Tal posicionamento gera significativa dificuldade para desenvolver vínculos sociais saudáveis, perceber o mundo por diferentes ângulos, antecipar ou se adaptar às novas tendências; enfim, interagir com o mundo de modo mais proveitoso.

Tudo isso tende a prejudicar significativamente o desenvol-vimento pessoal e profissional desses indivíduos. Afinal, ser fle-xível é requisito de extrema importância para se trilhar o longo caminho de fortes turbulências que nos leva ao sucesso, princi-palmente em épocas onde as transformações sociais e profissio-nais ocorrem com maior velocidade. Nos dias atuais, tornou-se imprescindível ser dotado de boa capacidade de adaptação para sobreviver em um mundo repleto de bruscas mudanças.

Os profissionais que alcançam o sucesso têm um perfil que possibilita melhor interação com tal realidade. Em geral, apre-sentam boa capacidade para se adaptar às mudanças e a situa-ções inovadoras e conseguem conceber a percepção do mundo


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a partir de novas premissas, o que acaba por abrir um horizonte infinitamente maior de oportunidades.

10- Perfil empreendedor

“A melhor maneira de predizer o futuro é criá-lo.”

(Peter Drucker)

Do ponto de vista organizacional, existem basicamente três tipos de pessoas que se destacam pelas suas características. São elas: os acomodados, os desagregadores e os agregadores.

Os acomodados podem ser descritos como aqueles indiví-duos que se engajam em um exército, seguindo as suas leis. Muitas dessas pessoas, porém, carecem de algumas importantes qualificações como iniciativa e criatividade. Nunca questionam os princípios da organização e procuram sempre se adaptar às diversas condições que a vida pode lhes oferecer. Buscam se acomodar no cenário que lhes é apresentado, e assim sobrevi-vem. Em nível executivo, esse perfil terá espaço limitado no atual cenário.

Os desagregadores, por outro lado, são aqueles indivíduos que não se identificam com qualquer tipo de bandeira ergui-da e ficam às margens. atuando como rebeldes, questionando e sabotando os princípios da organização. Nesse caso, temos as pessoas que apresentam clara dificuldade de ajustamento social. Além de não participarem de forma saudável dos grupos de re-

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lações, não conseguem elaborar alternativas que possam gerar algum tipo de ganho para todos. Em geral, passam a se integrar àqueles que apenas pregam a destruição e a total desordem, o que acaba por criar um rótulo definitivo de desajuste e rebeldia.

Os agregadores, por fim, são indivíduos que caminham à frente, sempre ditando as diretrizes. Diferentemente das pes-soas que se adequam ao mundo ou das que apenas o questio-nam, procuram adaptá-lo às suas necessidades, e é exatamente isso que gera a maior parcela de inovação que nos leva ao de-senvolvimento.

Ter espírito empreendedor significa possuir visão estratégica acima dos padrões ditados pela norma e comandar inovações. Um verdadeiro empreendedor acredita no que faz, tem deter-minação e busca sempre alavancar resultados, saindo do campo da passividade e colocando-se ativamente ante aos desafios e à gestão da própria vida. Em geral, são indivíduos ousados, auto-motivados, líderes e autoconfiantes. Que criam realidade.

Para pensar: segundo um antigo provérbio chinês, é fácil montar um exército de mil homens. Difícil é achar um general.

* * *

Bem, é fato que a maioria das pessoas acredita ter um perfil de qualificações bem próximo aos que foram descritos neste ca-pítulo. Mas as questões básicas são: até que ponto você é capaz de sustentar esses princípios? Qual é exatamente o seu nível de perseverança? O quanto você pode resistir às pressões do dia a dia visando a atingir seus objetivos e ideais? Até onde você pode planejar, criar ou mesmo projetar o seu futuro?


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Ainda não foi inventada uma máquina capaz de gravar es-sas características nos seres humanos. Porém, existem alguns exemplos de vida que nos dão alguma noção do perfil de um verdadeiro vencedor e que podem servir como referencial para todos nós. Não queremos, com isso, afirmar que devemos ten-tar nos igualar a esses casos específicos, mas apenas sugerirmos que eles sirvam como fonte de inspiração durante o nosso árduo percurso de vida.

Vamos agora, então, fazer um rápido teste: suponhamos que você esteja vivendo por volta de 1890 e seja um jovem de 16 anos de idade, filho de um camponês. Seu pai, muito preocu-pado com o seu futuro, demonstra o desejo de que você siga a carreira de agricultor e torne-se, algum dia, um poderoso fa-zendeiro. Contudo, e como em geral acontece, você tem outros planos para a sua vida e se identifica com um diferente tipo de profissão: a mecânica.

Para piorar as coisas, seu pai, utilizando toda sua autoridade, o obriga a abrir mão de seus sonhos, uma vez que, segundo ele, você ainda não teria condições de saber o que é melhor para o seu futuro. E então, o que você faria? Desistiria dos seus planos a fim de atender a vontade do seu pai? Digamos que você resol-va lutar pelos seus ideais e acabe tendo que fugir de casa para trabalhar como aprendiz de mecânico em alguma oficina. Você passa por duros momentos no início e, após alguns anos, conse-gue juntar dinheiro suficiente para montar uma fábrica de ara-dos a vapor, que vai à falência pouco tempo após a inauguração.

E agora, qual seria a sua atitude diante disso? Voltaria para a segurança do seu lar dando total razão aos conselhos do seu pai?

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Ou, quem sabe, nem teria saído de casa, pois não teria sido capaz de abrir mão de todo o seu conforto em nome dos seus sonhos?

Para Henry Ford, a resposta foi simplesmente: desistir, jamais! E assim ele, de industrial, voltou a trabalhar como mecânico em outra oficina para, apenas após alguns anos enxergar uma nova oportunidade que surgia na época: a “carruagem sem cavalos”. Só a partir de então, Henry Ford demitiu-se do emprego, mon-tou uma oficina precária em um subúrbio de Detroit e passou a fabricar automóveis. O final da história todos nós conhecemos. Henry Ford tornou-se dono de um verdadeiro império e dei-xou de ser um ilustre desconhecido, não somente por acumular um volumoso patrimônio, mas também por ter revolucionado radicalmente muitos conceitos de organização do trabalho por causa do seu perfil visionário, inovador e empreendedor.

Bem, acho que não preciso dizer que este é um clássico exem-plo de alguém que seguiu durante toda a sua vida, na prática, os dez princípios que levam ao sucesso.

Mas, afinal, que espécie de indivíduo é esse que se implica de tal modo na vida em função de um ideal?

Esse tipo de indivíduo é exatamente aquele que se destaca em uma multidão. São esses os grandes líderes e empreendedores, que marcam os principais capítulos da história da humanidade e que estão espalhados pelos quatro cantos do mundo, empe-nhados em algum tipo de projeto maior. São os dirigentes dos grandes negócios, das importantes e revolucionárias ideias; en-fim, são as personalidades que se sobressaem à multidão. E o mais absurdo é que, em muitos casos, essas pessoas são tidas,


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por uma injusta e petulante parcela da população, como sendo os maiores sortudos da história da humanidade!

“Se pensa que pode ou se pensa que não pode, dequalquer forma, você está certo.”

(Henry Ford)

No caso de Henry Ford, por exemplo, a determinação de realizar-se naquilo em que acreditava acabou lhe rendendo um percurso de sucesso. E é exatamente esse o espírito de vida de um verdadeiro vencedor. Quando se trata de materializar um sonho, o tempo e as consequências realmente não importam. Na verdade, seu sonho deve ser o ar que você respira e a energia que lhe impulsiona a viver. Abrir mão de um ideal é que deve, realmente, representar sua ruína.

É lógico que existem aqueles que creem que tais casos são raríssimas exceções e acabam por se confortar com isso. De fato, não são muitos os exemplos de vida, como o dado por Henry Ford, se comparados ao grande volume de pessoas que passam pela história da humanidade. Só que isso apenas reforça ainda mais a ideia de que nem todos têm um perfil que proporcione condições para prosperar de tal modo. Afinal, para os que gos-tam de se espelhar em dados estatísticos, “existem muito mais pessoas que pensam como peixinhos do que grandes homens raciocinando e se comportando como verdadeiros tubarões”. E é exatamente por isso que o comando do mundo pertence a uma minoria. Foi sempre assim, e sempre será.

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Então, procure descobrir exatamente quais são suas ambições pessoais e o quanto tem se dedicado à conquista. Pense calma-mente sobre isso e lembre-se: se você tem um sonho e o trans-formou em uma meta para sua vida, provavelmente você estará envolvido de corpo e alma em sua realização, e exatamente por isso tem grandes chances de atingir o seu objetivo. Mas se você acredita que seus ideais de vida não passam de sonhos utópicos, então, lamento muito dizer: você está fadado ao insucesso; ou, pior ainda, já está derrotado.

Conclusão

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Conclusão

Bem, você chegou ao final deste livro e deve agora estar se per-guntando: será que sou capaz de aplicar todos esses conheci-mentos na prática? É lógico que não há uma receita de bolo para o sucesso pessoal e profissional. Ninguém se torna profissional modelo em virtude de treinamentos especializados ou de uma fórmula padronizada.

Porém, a pretensão deste livro nunca foi a de fabricar um per-fil ideal de trabalhador e de comportamento que atenda a todo e qualquer tipo de demanda do mercado e das empresas. O que temos, então, são pontos que estão sendo extremamente valo-rizados em nossa sociedade e que devem ser ponderados por aqueles que estão investindo em melhor qualificação ante a um mercado recessivo e de concorrência acirrada.

Nos dias de hoje, mais que nunca é preciso estar verdadei-ramente ligado a um plano de desenvolvimento estratégico de carreira, utilizando o maior número possível de instrumentos de marketing e de gestão pessoal que o tornem um diferencial competitivo, e que garantam com isso a sua empregabilidade.

Portanto, cabe a você questionar-se quanto aos seus princí-pios e à postura adotada nos últimos tempos, refletindo sobre tudo aquilo que de fato pode ser feito no sentido de um au-toaprimoramento. Tal iniciativa irá, certamente, retornar na for-

Conclusão

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ma de novas e melhores oportunidades no mercado de trabalho e no campo prático da vida como um todo.

Não se deixe levar pela própria sorte. Arregace as mangas e invista em seus ideais, neste novo mundo onde as oportunida-des só existem para os que lutam bravamente por elas.

Boa sorte…

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