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AS VÁRIAS FACES DA ÉTICA DANIEL SOTELO 1

Livro de Ética

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AS VÁRIAS FACES DA ÉTICA

DANIEL SOTELO

Goiânia, Janeiro de 2007

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ÍNDICE

Introdução

1. Situação Atual dos Estudos da Ética

2. História da Ética

A. A Ética do Ser

1. Sócrates

2. Platão

3. Aristóteles

B. Ética Helenística

1. Epicurismo

2. Estoicismo

C. Ética do Período Medieval

1. Santo Agostinho

2. Santo Tomás de Aquino

D. Ética da Consciência

1. Hume e o Sentimento Moral

2. Emanuel Kant

E. Ética dos Valores

1. Utilitarismo

2. Ética Socialista

F. Ética da Linguagem

1. Emotivismo

2. Prescritivismo

3. A justiça como imparcialidade em John Rawls

G. Ética do Discurso

1. Ética como moral e moral como ética

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2. A ética como Norma

3. O conhecer prático

H. O termo moral

1. Moral como substantivo

2. Moral como adjetivo

3. Moralidade

4. Ética

5. Meta ética

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INTRODUÇÃO

A ética é uma ciência, é uma nova ciência. Ela varia de época e de conceitos

filosóficos. Cada filósofo teve uma abordagem conceitual em sua filosofia para

compor a sua ética. Ética é o ethos, é a moral. Ética é o estudo do comportamento

moral. Ética é uma palavra que vem do idioma grego e que significa todo conceito de

modo de vida. Ética é virtude, é o bem e o modo de escolha do bom.

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1. SITUAÇÃO ATUAL DOS ESTUDOS DA ÉTICA

Nos capítulos que se seguirão faremos a distinção entre as doutrinas morais e

as teorias éticas. Mostraremos que as doutrinas morais são conjuntos de valores,

princípios e normas concretas, como por exemplo: moral católica, moral protestante,

moral leiga. Estes sistemas morais ou doutrinas morais são apenas teorias ou

doutrinas filosóficas, apesar de que várias filosofias eram moralistas ou que fazem

uso das ferramentas da filosofia para adquirir coerência lógica e expositiva.

As teorias éticas diferentemente das teorias morais não estão preocupadas

com perguntas como: Que devemos fazer? Ou como devemos organizar tal

sociedade em sociedades mais justas? O que devemos perguntar? Porque existem

tais morais? Quais são as razões pelas quais usamos a moral para orientarmos

nossa vida? As doutrinas morais oferecem como modelos de orientação para a vida

das pessoas as virtudes, e que as teorias éticas dão conta do fenômeno da

moralidade em geral.

Como podemos supor a resposta dos filósofos às estas questões não são

unânimes. Cada teoria ética oferece uma determinada visão do fenômeno da moral

e analisa de forma diferente esta ou aquela moral cultural. Não se pode falar de

moral sem falar de valores, bens, deveres, consciência, felicidade, conduta,

liberdade, virtudes. As teorias éticas são diferentes não só nos conceitos que

mudam na moral. As éticas serão os modos como ordenam a vida e como sua

prioridade e os métodos filosóficos são empregados.

As diferentes teorias éticas são úteis para entender o fenômeno da

moralidade. Assim, no Ocidente, começa-se a elaborar desde o século V a. C. com

Sócrates, ou até antes, (com os pressocráticos) as questões de ética e da moral.

A primeira fase dos estudos da ética vai da Antiguidade à época Medieval. As

éticas tiveram como sustento a questão: do ser, das coisas, dos seres humanos,

como formas de moralidades.

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A segunda fase vai do período Medieval ao período da filosofia Moderna, ou

seja, de Descartes ao início do século XX d. C. Este tipo de ética tem como

preocupação central e filosófica a questão da consciência. Antes de qualquer coisa a

consciência é o novo ponto de partida da filosofia e da ética da moderna.

A terceira fase é a ética que passou por uma grande mudança, influenciada

pelas tecnologias e pelo capitalismo. Este tipo de ética passa a se preocupar com a

questão econômica, política e lingüística. A filosofia teve um giro de 360º e a ética

também. A questão da existência passa agora a ser a questão da essência da

linguagem e da argumentação como fenômenos que mostram uma exigência de

sentido.

Estes enfoques da ética são as várias visões expostas da história da ética.

Estas diferentes teorias podem ser mostradas numa breve história do contexto

cultural em que elas surgiram. A herança grega dos filósofos e a herança latina e

cristã dos filósofos latinos, as assimilações dos gregos e latinos foram

acrescentando nos seus aportes especiais. A expansão do cristianismo, os

componentes gregos e latinos de nossa cultura foram enriquecidos pela sabedoria

hebraica do Antigo Testamento e do Novo Testamento.

A cultura ocidental foi assim influenciada por uma cultura sincretisada e que

convivia em harmonia nestes aspectos distintos. Isto foi formulado pela filosofia e

pela ética. Esta mistura é fecunda de uma diversidade grande, as tensões nas

condições de desenvolvimento da própria filosofia.

Na história da ética as diversas teorias são contrapostas umas às outras e

depois de serem discutidas chega-se a uma conclusão que passam a serem válidas

para nós.

Os seres humanos nos primeiros anos dos séculos XX e até o início do século

XXI não conseguiram dar soluções para resolver estes problemas particulares. O

que mostra nesta história da ética é que as teorias têm grande possibilidade de

serem adaptadas, e de se elaborar novos conceitos e desenhar novas soluções. A

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questão principal é que a ética pode mudar em vários períodos e que poderão surgir

novas teorias éticas.

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2 – HISTÓRIAS DA ÉTICA

A – A ÉTICA DO SER

Os grandes filósofos da Grécia Antiga sempre fizeram a pergunta sobre a

questão do ser. Como era o ser, a sua origem, o seu destino, o mundo e o futuro. O

que entendiam da a sua natureza (do que todas as coisas eram compostas) e que

chegaram às seguintes conclusões: de que tudo que via na natureza eram apenas

aparências (apeíron em grego).

Depois perguntaram sobre a verdade (aretê em grego), a virtude (Agatós em

grego) do homem e o que significava o bom (kalós em grego). Na filosofia, os

gregos, pensavam as concepções do bom e do belo, da virtude que se mostram

grandemente nos poemas de Homero: o bom era toda ação que ajuda a própria

comunidade, à vontade era a forma de desenvolver algo e tornar tudo melhor. Esta

forma se completava na idéia de “ser o melhor” (aristos). O significado de ser melhor

para os outros ou para a comunidade a qual pertence.

A moral vivida pelos gregos dos tempos antes da filosofia que já tinha os

conceitos de: bem, virtudes e comunidade que são vitais para as primeiras formas

éticas.

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1. SÓCRATES

Este autor não escreveu nada. O que possuímos obras sobre ele. Existem

fragmentos e estes são de outros autores.

Os poucos fragmentos são de Heráclito e Demóstenes e não podemos tirar

destas reflexões de filosofia e de moral da mais alta qualidade. Estes filósofos estão

entre os sofistas e Sócrates está no século V a. C. Com respeito aos sofistas, sabe-

se que eles tinham a si mesmos como mestres da virtude moral, da política, da

virtude política e das gestões públicas. Em suas doutrinas morais e filosóficas

encontramos as questões individualistas e relativistas que conduzem ao ato do

ceticismo em relação à noção da virtude política. Anunciavam que eles educavam os

jovens para que chegassem a ser verdadeiros cidadãos e ao mesmo tempo

negavam a forma de se chegar a um lugar seguro para saber a verdadeira

cidadania.

Sócrates então na história da filosofia é o que forma os critérios básicos

racionais para se saber a verdadeira virtude do que é mera virtude. O que o

preocupa é a questão do qual é a forma mais nobre do ser humano e como

devemos levar a nossa vida adiante. E os sofistas identificavam que o ser existe

como ser humano e com o existir político. Tudo isto dependia da eloqüência, do

domínio da arte de convencer por meio da retórica. Sócrates mostra que é

importante à busca da verdade através da conversação, diálogo e a reflexão. Ele

não dá muita importância à retórica, mas que a ironia e as perguntas críticas

chegaram a uma abordagem correta.

A grandeza do homem está na atitude de busca do verdadeiro bem, posto

que só quem chegue a conhecer tal bem pode colocá-lo em prática. O primeiro ramo

para alcançar a moral é o abandono de atitude dogmáticas e céticas que produzam

a preguiça e a adoção de uma atitude crítica que só deixa convencer pelo melhor

argumento:

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“Não importa como eu penso ou não penso, posto que examino a coisa

mesma; e é igual que seremos examinados um ou outro; pergunto e tu me

respondes”.

Platão (Dialogo com Protágoras 333 c).

A verdade no sumo bem humano é uma meta que continuadamente temos de

seguir. E perguntamos se acaso não é ilusório crer que alcançamos em cada

momento. A resposta de Sócrates é que a verdade mora no fundo de nós mesmos e

que chegamos a ela mediante a introspecção e o diálogo. Protágoras foi o primeiro

filósofo a se preocupar com isto, e a partir daquilo que leu no templo de Delfos:

“Conhece-te a ti mesmo”. O autoconhecimento foi para ele a via idônea para

penetrar nos mistérios de todas as coisas, como que também as questões morais.

Esta semelhança pode encontrar naquilo que Sócrates chamava de maiêutica (a

arte de ajudar a dar a luz): o seu próprio método de diálogo que leva à busca da

verdade.

Assim, mediante a análise do método da maiêutica é provisório, revisável,

nunca fixado, dogmaticamente. Mas que é um achado que ultrapassa os limites da

própria comunidade na qual se vive. Desta forma as verdades encontradas por

poucos estudiosos, que valem universalmente, como orientações para todos os

homens, que no momento dado podem servir como instante crítica frente às normas

da própria comunidade. Aristóteles relata que Sócrates:

“Só tratava de questões morais e nelas buscava o universal e tinha posto o

seu pensamento diante de tudo na definição” (Aristóteles em: Metafísica I,6,987).

Conclusão

O objetivo último da busca da verdade do ser é amor. Satisfação da

curiosidade, senão a orientação dos conhecimentos necessários para trabalhar bem,

e assim realizar e alcançar a forma mais perfeita humana, ou até mesmo buscar: a

sabedoria, a felicidade ou a vida boa. Sócrates desta forma mostrava que estes

conceitos estão materializados, e que ninguém que conhece realmente a bem

verdadeira peça algo de ruim. Esta ética foi denominada de intelectualismo moral.

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Fazer o mal é ignorância, e conhecer o bem sempre se sente condicionado ao bem.

A educação é importante porque os cidadãos têm uma ética primordial e que assim

são verdadeiros bons cidadãos.

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2. PLATÃO

Platão em seus escritos: Diálogos, Platão reflete sobre conceitos morais, que

herda de seu mestre Sócrates: a verdadeira moral tem de ser um acontecimento que

tem de presidir ao mesmo tempo a vida do indivíduo e da comunidade, a vida do

cidadão e a da polis. Esta moral é um conhecimento que nos orienta para alcançar a

felicidade.

O bom, o justo é para o indivíduo o qual se descobre como bem e serve para

o bem como para alcançar, para lograr ou manter uma cidade feliz.

Para ter uma cidade feliz e para que cada um possa gozar da sua própria

felicidade, Platão propõe um modelo ideal, uma utopia, um desenho perfeito

elaborado pela razão e a imaginação, destinado a servir de referência a todos

aqueles que pretendem reformar os costumes e as intuições para que a vida seja

melhor em suas formas: social e individual. A forma utópica, que Platão descreve em

A República, é assim uma representação ampliada da alma humana. Quer expor a

visão da justiça na figura do estado, e para compreender melhor o que ocorre na

alma humana. A realidade nos mostra como a vida moral é para o grande filósofo

que fala sobre os gregos, Werner Jaeger:

“A mesma essência e a mesma estrutura” (Werner Jaeger. Paidéia, FCE,

México, 1970, p. 588 ss).

Platão nos mostra que a concepção do Estado é orgânica. Ele está entre os

que estão conformados por vários degraus e que cumpre a forma que tem função

dentro dos organismos social.

Tal como é as suas colocações:

- Os guardiões ou defensores cometem a missão de defender a cidade;

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- Os governos que tem a função de administrar, vigiar, e organizar a

cidade com o fim de que este alcance o bem que lhe é próprio;

- Os produtores: camponeses e artesãos, desenvolvem também as

atividades econômicas.

Tudo isto tudo pode ser entendido como a virtude específica, a aptidão e

disposição que lhes permitirá realizar a tarefa adequada:

- Os governadores pela prudência entendem como é a sabedoria que se

aplica ao ser humano e que este possa alcançar o bem geral da cidade;

- Os defensores da polis e do valor moral defendem a cidade e o

cumprimento da ordem dos governantes;

- Os produtores devem ter moderações ou a temperança com muito

controle e harmonia ao submeter voluntariamente à autoridade dos governantes

para que se realize uma ordem da produção e comunicação.

Desta forma Platão enumera justificas de espécie ou dimensões da alma

humana:

- A alma racional é o elemento superior e excelso, tem realidade

autônoma e da vida própria; é o componente inteligente, com o que o homem

conhece, e que se caracteriza, com uma capacidade de raciocinar.

- A alma irascível, a sede da decisão e da coragem fenômenos onde

predomina nossa vontade. Tem uma força interior que colocamos em ação ou

deixamos de fazer, quando se produz um conflito entre a razão e os desejos

instintos.

- O apetite é chamado como a parte corruptível. Com o que nos

referimos aos desejos, paixões e instintos.

A virtude própria da alma racional é a sabedoria ou prudência. Esta seria

entendida como o saber que se aplica para alcançar o ser geral do indivíduo e que,

portanto, permite a regulação de todas as ações do homem. A parte é irascível da

alma deve superar a dor e o sofrimento e sacrificar os prazeres quando vejo

necessário para uma punição como que assinala a razão. O correspondente, então,

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é a virtude da fortaleza ou do valor, que são entendidos como perseverança e

firmeza para seguir os mandatos da razão.

O apetite (concupiscência) tem com virtude a moderação ou temperança: a

capacidade de assegurar-se a ordem imposta pela razão.

A virtude da justiça não tem assinado um lugar determinado na cidade, como

não a têm tampouco suas partes ou espécies da alma. A virtude acolhe e

harmoniza a todo o conjunto da cidade e todos os elementos que conformam no

indivíduo: consiste em harmonia e perfeitas desordenarão com que cada parte da

alma cumpra e realiza a função especial que lhe corresponde, desenvolvendo-a

segundo a virtude específica. Pois a alma joga o prazer virtual, morais e essência e

a raiz da justiça temos de buscá-la nos mistérios do homem:

“Não nos será acaso necessário convir que em cada um de nós habitem os

mesmos gêneros e formas que o Estado? Pois estes não chegam aos Estados

procedentes de nenhum lado” (Platão em A República 435 d.C.).

“Com uma parte falamos que o homem aprende, com a outra se apaixona. A

outra acomoda suas formas várias, não se tem achado um homem diferente que lhe

possa aplicar senão que temos designado o que ele predomina a escolha com

maior força, em efeito, a parte do apetite, em razão da noite e da forma dos desejos

concernentes à comida, liberdade, sexo e os outros modos que o acompanham “

(Platão em A República, 580 e. d).

Alma Justiça

Prudência

+

Valor

+

Moderação

Cidade

Parte racional Os governantes

Parte irascível Os Guardiões

Parte concupiscível Os produtores

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O que nos mostra na teoria de Platão sobre a sua ética é a inexistência da

noção de um bem absoluto e objetivo. O bem é quase em sua qualidade a idéia

Suprema no mundo das idéias. O bem constitui a razão última de tudo o quanto

existe e de toda a possibilidade de conhecimento. Na obra A República, Platão fala

de várias maneiras diferentes (com sua analogia do sol como bem e no mito da

caverna) que o bem é uma realidade de si mesmo, algo diferente e separado das

coisas sociais: assim aquilo que são coisas boas deve-se a estas coisas boas e o

que obscurece a inteligência de toda a realidade permite que seja conhecido de

todos.

Platão sustenta que só os que têm capacidade e a constância se tornarão

cheio do bem e que a experiência os levará a um encontro místico com o

sobrenatural e terá ainda um conhecimento maior, uma ciência do bem que mostre

e que possui para governar com retidão e justiça todas as situações da polis. Estas

pessoas seriam os governantes - filósofos e a sua posição moral não podem ser

melhores, mas que o conhecimento do bem lhe impulsionará para trabalhar a este

bem: O intelecto assim como a moral socrática está sempre no pano de fundo na

ética da República de Platão. Outras pessoas que não tem a contemplação da Idéia

do bem encontram o tipo de felicidade que lhes corresponde com a forma de

capacidades que tenham, sempre e quando, por suposta, ter as virtudes próprias de

sua função social na mesma sociedade ou grupo moral.

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3. ARISTÓTELES

Aristóteles em sua obra: Ética a Nicômaco foi o primeiro filósofo a falar e

sistematizar a ética. A ética de Aristóteles não é como uma ética moderna, mas

uma filosofia moral. Ele afirma:

“Toda arte e toda investigação, toda ação e eleição tem que ir para algum

bem”. (Ética a Nicômaco I, 1, 1094 a).

A ética toda é a ética da eudaimonia: a boa vida ou felicidade do homem. O

conceito de ser feliz tem sido difícil de ser entendido. Uns pensam em: dinheiro,

sexo, fama, honra, poder, etc. Mas o filósofo Aristóteles mostra que conceber a vida

feliz terá que ser um bem perfeito. Feliz é a busca sem fim de algo e que preencha

o vazio da vida. A busca da riqueza e da honra não é a verdadeira felicidade, posto

que quem alcance a felicidade e a busca da própria felicidade é o fim último. O

verdadeiro fim da vida do homem é o ser autossuficiente, com o que se possui e

que não desejar ter mais nada. A busca de vários bens não pessoais, mais coletivos

este é o bem, é a felicidade em Aristóteles.

O bem supremo do homem deverá ser de uma forma e de outra que a

realização de sua própria vida. O bem é a busca de sua função, que desempenhe

sempre todas as coisas em benefício do outro e não em benefício próprio. A função

do ser humano é cumprir na própria comunidade, o dever moral em suas próprias

funções morais, as virtudes desenvolvidas em benefício da sociedade. O

trabalhador que trabalha em benefício dos outros, como ter uma função própria do

ser humano, a atividade desenvolvida para preencher nossas ânsias de felicidade.

Aristóteles então mostra que: a felicidade mais perfeita para todo o ser

humano está no exercício da inteligência teórica. Na contemplação ou compreensão

dos conhecimentos, está a felicidade. É uma atividade que não deseja a si mesmo

as realizações, mas a realização dos outros.

Aristóteles reconhece que o ideal de uma vida contemplativa continua só

possível para os deuses:

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“O homem contemplativo, por ser homem, terá necessidade do bem estar

extenso, já que nossa natureza não se basta a si mesma para a contemplação,

sem, que necessita da saúde do corpo, do alimento e dos demais cuidados”. (Ética

a Nicômaco X, 8, 11786).

Aristóteles mostra que existem outros meios de alcançar a felicidade, como o

exercício do entendimento prático, o dominar as paixões e ter um modo amável e

satisfatório com o mundo natural emocional no qual estamos integrados. As

virtudes, conforme estes autores podem ser da seguinte forma:

- A principal virtude ética é a prudência, a sabedoria prática: ela nos

ajuda a ser corretos, o que é e o que não é conveniente. A prudência nos facilita

o discernir a tomar decisões, nos guia a um grande equilíbrio entre o excesso e

o defeito, e outras virtudes: a fortaleza, coragem ao contrário é a covardia e a

temeridade. Ser generoso é estar entre o mesquinho e a doação. A perfeição, o

que não sobra e nem falta. A possessão da vida significa que nosso

comportamento tem que ser mais elevado.

- Uma pessoa virtuosa é aquela pessoa feliz, aquele que vive uma

sociedade regida por leis boas. A justiça é a capacidade que mostra os

indivíduos contemplativos a se tornarem homens justos e que estes faziam

tomar decisões prudentes e nos capacitar para uma vida social. A ética não está

dissociada da política: é o bem individual, a felicidade numa polis com leis justas

e com a prática da justiça.

- A ética de Aristóteles tem uma moral. Esta moral é para os seres

humanos buscar a felicidade e leva-los às orientações morais. Aquela moral que

nos ajuda a buscar as virtudes, o caráter moral. Ele entendeu a vida moral como

uma forma de auto-realização. Esta forma de ética é eudemonista e que se

diferencia das outras através da busca do prazer (hedonê). O prazer está na

satisfação do caracter invisível.

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Virtudes éticas ou

intelectuais

Inteligência (morais)

Ciência (epistemê)

Sabedoria (Sofia)

Teoria

Prudência (frênesis)

Arte em técnica

(tecnê), discrição (gnome)

Perspicácia (sínesis)

Som conselho

(eubolia)

Prática

Virtudes éticas ou

do caracter.

Fortaleza ou

coragem (andréia)

Temperança ou

moderação (sofisme)

Pudor (aidos)

Domínio

Justiça (dikaiosine)

Generosidade

(eleuteriotes)

Amabilidade (filia)

Veracidade (aletéia)

Bom humor

(eutrapelia)

Doçura (praotes)

Magnificência

(megalo prepeia)

Magnanimidade

(negado fixia).

Relações.

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B. ÉTICA HELENÍSTICA

Nesta época os gregos passam por problemas políticos e a situação moral

não é boa. A causa principal é o surgimento de grandes impérios (Alexandre Mágno

e depois o Império Romano). Estes impérios trazem consigo não valoração dos

indivíduos como modo da centralização do poder político.

Por outro lado, o estoicismo e o epicurismo, escolas filosóficas opostas uma à

outra retrabalham as questões éticas no sentido da busca da felicidade e da

perfeição. Estas escolas afirmam que a felicidade e a sabedoria andam juntas. A

polis já não é mais a mesma, e o sábio é aquele que “vive de acordo com a

natureza”. Os estóicos e os epicureus se diferenciam na forma como eles entendem

o conceito de natureza e como deve ser o ideal da sabedoria.

1. EPICURISMO

O epicurismo como tem uma ética hedonista. Hedone vem do grego que

significa a moral interligada à busca da felicidade como forma do prazer, da

satisfação e os desejos, a busca do caráter sensível. Os sofistas já eram hedonistas

antes que os epicuristas. Para os sofistas e os discípulos de Sócrates teve também

os “Cirenaios’ que defendem o bem do homem com o prazer. O prazer aqui é o

sensual, sexual e imediato. Essas formas de hedonismo foram depois criticadas por

Platão e Aristóteles. Mas Epicuro refaz e dá um caráter mais sério neste tipo

hedonismo”.

Epicuro viveu entre 341 – 270 a.C. Ele mostra em sua filosofia que o que

move o homem é a busca do prazer, este homem será sábio. O maior prazer e a dor

menor, só são conseguidos e que durante a existência do homem feliz é aquele que

calcular melhor as formas de prazeres. A verdadeira sabedoria e a real felicidade: o

prazer e o conhecer devem ser medidos na vida de um homem e que tem de ser

contrabalanceado. Desta forma isto nos permite separar as formas de prazeres e as

formas de desejo:

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“Parte de nossos desejos são naturais, e os outros são desejos vãos, uns são

necessários e outros não. Entre os não necessários, uns são para a felicidade,

outros para o bem estar do corpo e outros para a vida mesma. Conhecendo sem

estes modos de desejos é possíveis referir toda a eleição à saúde do corpo e a

serenidade da alma, porque nele consiste a vida feliz. Assim atuamos para não

sofrer dor nem prazer, e quando conseguirmos as coisas que não precisamos mais

delas. Por isso, falamos que o prazer é o objetivo final, não mais referimos aos

prazeres dos vícios a que acreditam os que esquecem, não estão de acordo ou que

entende mal a doutrina, senão que não sofrem a dor no corpo nem estar perturbado

do na alma. Porque nem banquetes nem jogos dão a felicidade, apenas o frio

calando que busca as causas de toda eleição ou recusa e abandona as falsas

opiniões das que procedem a grande perturbação que se apoderar da alma”. (Carta

a Meneceu).

Este longo trecho de Epicuro mostra que seu hedonismo difere do hedonismo

dos sofistas. Ele propõe um ideal de felicidade ao gozo moderado e tranqüilo dos

prazeres naturais. Este predomínio está relacionado com as necessidades reais do

corpo e da alma.

2. ESTOICISMO.

Esta forma de filosofia ocorre nos séculos III a.C. ao século II a.C. e que tem

como fundador Zenon de Cítio. Este autor é do período do século III a.C. Ele fundou

uma escola desta filosofia em Atenas na Grécia. Teve como sucessores e discípulos

Sêneca, Epíteto, Marco Aurélio e Posidônio. A sua escola dura 500 anos e tem

influenciado as éticas posteriores: medievais, modernas e contemporâneas. A sua

colocação filosófica esta relacionada com a moral da vida.

Ele acredita que é preciso perguntar sobre a ordem do universo para saber

qual deve ser o tipo de moral de vida mais correto para os homens. Heráclito de

Éfeso (VI a V a.C.) influiu nesta forma de pensar a moral. Para este autor todo ser e

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acontecer tem de ter seu fundamento na razão, e que a razão não é infinita, mas a

capacidade de aceitar a sucessão infinita das causas. Ou seja, tem que ter uma

Razão primeira, comum, e que deve ser sempre a Lei que rege o universo.

Os estóicos têm uma concepção da cosmologia e afirmam que a razão

cósmica é a lei universal, e que todas as coisas estão interligadas a ela: o destino

(moira) e a fatalidade, uma razão misteriosa que se impõe sobre a vontade dos

deuses e dos homens fazendo que tudo suceda fatalmente “tal como deveria

suceder realmente”. Esta razão cósmica, o Logos é o que cuida de toda forma de

existência. O homem acreditava no destino e que a fé é uma superstição não

conforme os estóicos, mas uma concepção cientifica.

Esta convicção é uma forma lógica, racional do homem e isto era descrito na

tragédia grega. Os personagens nestas tragédias trabalham como se fossem donos

de si mesmos e tinham a capacidade de evitar o que o destino tem fixado para eles,

e que são determinados pelos oráculos – a razão comum ou lei universal - e o os

que fogem ou tentam fugir desta ordem eterna pagarão o preço da culpa. A

liberdade é assim, o conhecer e o aceitar a necessidade de que rege o universo.

Assim entende os estóicos o conceito de fatalidade. Eles pensaram e

ensinaram as formas morais que pregam este paradoxo de questionar a vida e

instruíram os seus discípulos a fazerem desta maneira. Eles afirmavam certo modo

de liberdade do homem. A sua ética era então entendida da seguinte maneira: o

ideal de sabedoria é conhecer a felicidade e que isto depende do destino, que

assegura a paz interior, e que o torna capaz de enfrentar o sofrer e as criticas dos

outros.

Isto os torna não perturbados e desta forma este é o único caminho que nos

conduz à felicidade. Desta maneira começa a distinguir os mundos dos estóicos: a

liberdade interior e que este mundo depende de cada individuo e o mundo exterior

que deixa fora nossas possibilidades de ação e modificação.

O sábio estóico é aquele individuo que consegue os bens interiores e

despreza assim os exteriores. Conforme o filosofo Sêneca dizia que: “o homem é o

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fabricador (artífice) da própria vida”. Este modo de pensar mostra como o estoicismo

pensava a liberdade humana como forma de autonomia e que posteriormente vai ser

agregado à teologia e ao pensamento de Agostinho e modernamente com Emanuel

Kant.

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C. AS ÉTICAS MEDIEVAIS.

A ética Medieval está ligada ao cristianismo. Está ligado o seu

desenvolvimento na Europa que está relacionada com o fim do Império Romano e o

começo da Idade Média. Neste período o cristianismo incorporou pensamentos da

Bíblia e dos primeiros escritos cristãos na ética e na moral. A educação moral das

crianças não devia ser aquela dos modelos e heróis gregos e latinos, mas aquelas

apresentadas pela Bíblia, os Santos e Jesus. As narrações não foram esquecidas e

que as pessoas cultas conheceriam a nova era cristã como era a formação das

tradições e das conformações éticas.

A mistura da moral vivida com a moral pensada era agora a ênfase da Ética

Medieval. Os cristãos intelectuais elaboram as primeiras idéias, crenças e morais

deste período. O primeiro a sistematizar esta forma de pensar a moral e ética o

grande teólogo e filosofo Santo Agostinho. Este grande intelectual vem da África e é

o primeiro bispo negro em Roma. Escreveu muito e é a base para a teologia e

filosofia usando os conceitos do filósofo Aristóteles até os dias de hoje.

1. SANTO AGOSTINHO.

Santo Agostinho tem escrito muito e tem elaborado vários conceitos de

teologia e de filosofia que serão fundamentais para a Idade Média. A ética de

Agostinho não está sistematizada em suas obras. Os filósofos falam da moral como

um conjunto de normas cujas funções ajudam os seres humanos a encontrar a vida

feliz. Porém, os homens não souberam encontrar a chave da felicidade. Para

Agostinho a felicidade está no encontro amoroso com o Deus Pai que Cristo

anunciou nos Evangelhos. A felicidade não é uma questão principal desta ética

medieval, mas o fundamento é a liberdade.

A moral de Agostinho está registrada na sua grande obra: “A cidade de Deus”,

onde ele critica as tentações egoístas. Deus em sua infinita bondade, toma a

iniciativa de nos dar: a sabedoria feita carne em seu próprio filho e que sua graça

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Page 24: Livro de Ética

(dom) é para acabar com a nossa vontade débil. A moral aqui é o ensinamento da

palavra e a obra de Jesus, o ensinamento que está no mandamento: “Amar a Deus

sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. A moral é o único caminho

da felicidade verdadeira, mas o caminho para todo o ser humano e não para só os

inteligentes. “Ama e faz o que quiseres”, dizia Santo Agostinho.

A ética medieval introduz o conceito religioso e pergunta: as crenças

religiosas têm um sistema de filosofia moral? Esta ética é uma ética de máximas e

mínimas. As éticas são éticas religiosas e que tem uma explicação moral.

2. TOMÁS DE AQUINO.

Este teólogo é o introdutor da filosofia Aristotélica na teologia medieval.

Juntamente com Averrois, um filósofo e médico árabe; Maimonides, um médico e

filósofo judeu, Santo Tomás de Aquino é um teólogo cristão que utiliza a filosofia de

Aristóteles na teologia. Assim a ética de Aristóteles é adaptada com roupagem

cristã. Ele parte da ética eudemonista quando esta considera a felicidade como fim

da atividade humana: tem uma moral para que todos os homens sejam felizes. Ele

segue Santo Agostinho no sentido que a moral leva a pensar Deus como verdadeiro

rumo da moral:

“O objeto da vontade é o bem universal, como o objeto do entendimento é a

verdade universal. Do qual se segue que nada pode ser a vontade do homem e não

é o bem universal, que não se encontra em nenhum bem criado sendo sós em

Deus” (Suma Theologica. Tomo I, parte II q 2, art 8).

A perfeita felicidade para o homem não existe nesta vida, sim na vida futura e

definitiva. Porém a felicidade que para Santo Tomás é a felicidade que contempla a

verdadeira forma de vida, aí está o parentesco com Aristóteles. Pois se Deus não é

só a fonte na que o ser humano acabará com a sede, fome e desta forma virá o

governador do universo para julgar a todos. Assim que Deus tem dado a lei eterna e

que ela fixa a verdade moral como lei natural:

24

Page 25: Livro de Ética

“Todas as coisas estão submetidas à Providência Divina e são reguladas e

medidas pela lei eterna, é assim que todos participam pela lei eterna de alguma

forma, como pela impressão dessa lei até em seus próprios atos. A criatura racional

entre várias, está submetida à Providência, e que faz parte da Providência sendo

providente sobre si e os demais. Assim participa da razão eterna, esta lei inclina

naturalmente à ação de vida e ao fim da mesma, como se a luz da razão natural,

pelo qual discernimos o bom do mal, é o fim da lei natural não fosse outra coisa que

a lei divina. É, pois que, a lei natural não é a participação da lei eterna na criatura

racional” (S.T. I – II, q 91 art 2).

A lei natural conta o princípio imperativo que vem do conceito de bem: “tem

que fazer o bem e evitar o mal”. O que significa fazer o bem? É o que concebemos

de inclinações naturais e que a natureza coloca em nós a lei divina. A lei natural no

obriga a fazer tais coisas como conservar a vida, satisfazer as necessidades

corporais e atender as obrigações sociais e intelectuais. Tomás de Aquino crê que

todo homem entende os preceitos básicos, e que estes se acham nas nossas

mentes, então a intuição tem como “hábito que contém os preceitos da lei natural”

que está no homem. Isto significa a consciência (sinderesis) que é a chave da vida

moral: a nossa semelhança com Deus se manifesta na criatividade.

25

Page 26: Livro de Ética

D. ÉTICA DA CONSCIÊNCIA.

A partir dos séculos XVI e XVII d.C. a moral e a ética começam uma nova

fase com as descobertas científicas e o iluminismo. Toda mudança com o

surgimento da imprensa, as novas concepções de vida, os descobrimentos. Surgem

novos modos de vida e novas filosofias. A ética da consciência baseia-se apenas no

exame da própria consciência. O homem é capaz de se entender e se analisar e

chegar à conclusão se fez mal ou bem para outrem.

1. HUME E O SENTIMENTO MORAL.

David Hume recusa o pensar racional e que ele denunciava como falta de

sentimento moral, e que isto nada mais era do que a que a razão idealista e acusa

de ignorância as paixões humanas. Hume considera a razão ou entendimento como

faculdade cognoscitiva e que questiona a verdade ou falsidade dos juízos os quais

só são conhecidos na experiência do sensível. A forma da moral é alheia à

experiência sensível. Estas nos mostram os atos, as moralidades não são atos e sim

sentimentos subjetivos de agrado ou desagrado que no tempo experimentamos os

atos objetivos.

Hume considera a razão ou entendimento como modo de conhecimento de

onde deve questionar a verdade ou falsidade dos juízos e que se referem ao âmbito

da experiência sensível. A forma da moral, conforme Hume é alheio à experiência

sensível. Isto se nos mostra nos atos, pois a moralidade não são fatos, mas

sentimentos. Ele considera que o papel da razão é a sua forma moral e o

conhecimento dado e a possibilidade de julgar corretamente para se chegar a uma

meta. Mas a moral é insuficiente para ter efeitos prático e incapaz de julgar a

vontade ou maldade das ações:

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Page 27: Livro de Ética

“A razão significa o discernimento da verdade e da falsidade, nunca é em si

um motivo da vontade, não influencia nada sem que afete a paixão ou afeição”.

(Grifo e traduções minhas da sua obra: “Tratado da Natureza Humana”, 2 vols,

Madrid Editora Nacional, 1977, p 617).

As funções da moral para Hume não são menos importantes que a razão e as

paixões e o sentimento. A vontade, as paixões, os desejos são fontes diretas

imediatas das ações; o erro dos racionalistas e de todos os mortais é que a conduta

deve ser regida pela razão. As nossas paixões e ações não são sós questões de

fatos nem são relações de idéias. Estas idéias são assim que se dão, existem, são

levadas a serem sentidas e executadas. Na sua concepção da ética Hume está

criticando aos racionalistas, a teologia e a religião. Hume denuncia os juízos de

dever moral, que a forma incorreção está nos casos do dever e dever ser.

Para este autor as nossas ações produzem-se em formas de paixões, e que

não são não explicáveis. Estas ações se orientam para uma determinada meta na

proposta pela razão, mas pelo sentimento. A bondade ou maldade destas ações

dependem dos sentimentos de agrado ou desagrado que provocam em nós, e o

papel da razão que nos eleva a elas não passa de ser o de dar-nos conhecimento

de tudo, e sobre a forma ou não dos meios para se conseguir os fins dados pelo

desejo:

“A razão é e só deve ser escrava das paixões e esta não pode aspirar a

nenhuma outra função que a de servir e obedecer-lhas”. (Tratado do Entendimento

Humano Vol. II, 3,3).

“Ter consciência da virtude não é mais que sentir a satisfação da

contemplação de uma pessoa. O sentimento mesmo constitui nosso louvor ou

admiração”. (Tratado do Entendimento Humano vol. III,1,2).

Conforme Hume, a nossa moral e os nossos juízos de valor são as utilidades

e a simpatia. As normas morais são dadas, ao prazer ou não fazer isto ou aquilo os

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Page 28: Livro de Ética

maiores prejuízos que ocasionam a obediência das mesmas. Isto não leva à sua

utilidade. A simpatia está no sentimento, mas nas quais as ações de outros ressoam

em nós provocando a mesma aprovação ou censura que tem causado nos afetados

nelas, e que nos leva a reagir perante elas, por que elas nos afetam. Ela está na

origem de uma virtude que o autor considera artificial, a virtude da justiça.

KANT

Na sua obra “Crítica da Razão Prática”, Emanuel Kant afirma o seguinte:

“Duas coisas enchem o animo de admiração e respeito, sempre que é nosso

e que são crescentes, mas com freqüência e aplicação se ocupa delas a reflexão: o

céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim”.

A filosofia de Kant mostra qual é que a situação apresentada como estas

duas formas: a teoria que é a que ocorre de fato no universo conforme a sua própria

dinâmica e a prática que é que pode ocorrer por obra da vontade livre dos seres

humanos. Para Kant estes dois aspectos ocorrem em que a razão humana saia da

ignorância e a superstição que desde a filosofia se tornam medidas para disciplinar

a reflexão sem se deixar levar por arroubos ingênuos e irresponsáveis.

Na forma prática, o ponto de partida é um fator da razão: o fato de que todos

os homens têm consciência de certos mandatos que experimentamos como eles são

condicionados, como formas de imperativos categóricos. Todos nós somos

conscientes do dever de cumprir algumas regras, e que nem sempre nos

acompanhe a vontade de cumpri-las. As inclinações naturais, como todos sabem

pela experiência, para cumprir o que a razão nos apresenta como um dever.

Kant muda assim a moral e a filosofia, ele faz o “giro copernicano” da filosofia

na forma prática. O ponto de partida de toda ética não é o bem, mas o dever. Porque

o dever não é deduzido do bem (como fugir de Hume ao recusar a deduzir de um

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Page 29: Livro de Ética

dever, para um ser). Mas que o bem próprio e a forma da moral não é mais que o

cumprimento do dever.

Os imperativos categóricos são os que mandam fazer as coisas sem

condições: cumpre tuas promessas, pela verdade, ajude quem está a perigo. Estes

imperativos não são ordens dos quartéis, mas que são de preservação e promoção

daquilo que temos um valor absoluto: as pessoas e os mesmos indivíduos. A

diferença dos imperativos hipotéticos das categorias é: se quiser, faça de dever ou

não dever. As formas imperativas é imoral que possa nos conduzir ao prazer ou a

felicidade e que as condutas que eles recomendam ou proíbem são as que a razão

são próprias ou impróprias dos seres humanos.

Kant mostra que os imperativos morais se acham já presentes na vida

cotidiana, não são meramente invenções dos filósofos. A missão da Ética é

descobrir os traços formais que tais imperativos tem de possuir para que percebam

neles a forma da razão, que são normas morais. Para tais traços formais Kant

propõe um modo que expõe através do que denomina ”as formulações do imperativo

categórico”. Então para Kant as máximas morais são os pensamentos que guiam

nossa conduta.

A moral para Kant é:

a. Universal: “trabalhe só segundo a máxima tal que possas quere ao mesmo

tempo em que se torne uma lei universal”. Será lei moral aquela que

compreende que todos deveriam cumprir.

b. Particular: Os seres têm seus fins em si mesmos: “trabalhe de tal modo que

trate a unanimidade, tanto a sua pessoa como a de qualquer outro, sempre

como unificar ao mesmo tempo e nunca só como um meio”. Será a lei moral

a que obrigue a respeitar aos seres que tem valor absoluto e que fins em si

mesmos, não meios simples.

c. Geral: Vale como norma para uma legislação universal num reino dos fins:

“trabalhe por máximos de um membro legislador universal um possível reino

dos fins”. Para que uma máxima seja lei moral, prazer ser uma lei um reino

29

Page 30: Livro de Ética

intimo em que todos os seres racionais chegaram verem realmente tratados

como um fim e não como um meio.

Ao obedecer a imperativos morais não só mostra um respeito que merece os

demais, senão também o respeito e a estima por si mesmo. A chave dos mandatos

morais autênticos não é aquela que pode ser pensado como se fosse lei

universalmente cumprida sem que isso implique nenhuma incoerência. Ao obedecer

tais mandatos, estamos obedecendo a nós mesmos, posto que não se trate de

mandatos impostos de fora, senão como consciência por si mesmo.

Esta é a liberdade como autonomia, esta capacidade de que cada um possa

chegar a conduzir pelas normas que sua própria consciência reconhece como

universais, é a razão pela qual reconhecemos os seres humanos um valor absoluto,

por isso a pessoa não tem preço, senão dignidade. A liberdade como possibilidade

de decidir por si mesmo é para Kant, a qualidade humana mais surpreendente. Em

virtude disso, o ser humano já não pode ser considerado como uma coisa a mais,

como um objeto, senão que tem de ser considerado o protagonista de sua própria

vida, de modo que deve ser considerado o protagonista de sua própria vida. Deste

modo tem que ser considerado como alguém e não algo, como um fim e não um

meio, como uma pessoa e não objeto.

Para Kant como para Newton: no universo tudo funciona como uma forma

mecânica, com leis eternas que regem todos os fenômenos, inclusive os fenômenos

humanos. A resposta é que a afirmação da liberdade é um modo da razão, uma

suposição que não procede da ciência, pois é isto o que nos ensina. Nós somos

capazes de decidir por nós mesmos, seguindo a nossa própria razão, como funções

que exercem sobre nossa razão, as forças sociais e os condicionamentos de todo

tipo. Se tivermos condições e a capacidades de decidir algo, então é lógico que

precisamos guiar por normas e critérios de agir. A existência de formas morais que

nos conduz ao conhecer a liberdade é a razão de ser das próprias orientações

morais.

Kant questiona e afirma que o bem próprio da moral consiste em chegar a ter

uma boa vontade, aquilo que conduz a ter uma própria vida obedecendo a

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Page 31: Livro de Ética

imperativos categóricos, aquele tem dado uma verdadeira liberdade diante dos

próprios medos, aos instintos e outros fatores alheios à própria determinação da

razão.

A boa vontade é o dever de cumprir o seu próprio compromisso com a

dignidade das pessoas. Conforme o que foi dito por Kant: “o dever pelo dever”, e

que significa que “a moral é trabalhar de acordo com os de todos de minha própria

consciência, parte que se trata de reforçar minha decisão de proteger a própria

dignidade”. O bem moral, conforme Kant, na felicidade, como teoria afirmada na

maioria das éticas tradicionais, senão em conduzir com autonomia, em construir a

vida concreta da vida. Pois, o bem moral não é para Kant o bem supremo: este

último só pode entender como a união entre o bem moral e a felicidade da qual as

precisamos por natureza. Pois a razão humana não pode oferecer nenhuma garantia

de que alguma vez pode alcançar um bem supremo. O único que pode ter razão é

remetermos à fé religiosa.

Na sua obra: “Crítica da Razão Pura”: Kant trata da existência de Deus.

Ele afirma a necessidade de estarmos abertos à esperança de que Deus exista e a

afirmar a existência de Deus como outro postulado da razão, com a certeza

absoluta.

Se Deus existe, existe o bem supremo de que as pessoas boas alcançam

a felicidade que merecem, e que a razão leva à: mortalidade da alma. Porém chegar

a outra vida e nesta é possível ir transformando a vida individual e social em ordem

a que todos sejamos pessoas boas. Para Kant a necessidade de constituir na

história uma comunidade ética, o que é mesmo, uma sociedade mais justa. A ética

de Kant leva a uma reforma política para termos um mundo com a superação do

pior dos males – a guerra – com a justa sustentação da “paz perpetua” para todos os

povos da terra.

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Page 32: Livro de Ética

E. ÉTICA DOS VALORES.

A ética no início do século XX é uma ética dos valores que começa com

Max Scheler e depois de Kant. Max Scheler propõe superar a forma errônea da

questão de Kant como uma outra maneira de pensar sobre as virtudes do método

fenomenológico que Husserl começou. Kant erra como os filósofos empiristas que

para Scheler é a afirmação da existência de dois tipos de faculdade do ser humano:

a razão que nos dá a prévia universalidade e incondicionalidade e a sensibilidade,

que conhece as partes e as condições sempre à posteriori. Desta forma Kant vive a

razão prática e que a moral demanda a universalidade e a incondicionalidade é o

apriorismo.

M. Scheler afirma que a razão e a sensibilidade, o espírito humano tem

uma “intenção emocional” e que realiza atos que não são dependentes do

pensamento puro racional nem da sensibilidade subjetiva. O que é, o que não é,

mas que valem ou pretendem valer. O que não é e o que não pode ser entendidos

como coisas ou maneira de ser das coisas. O que é desejável e o desejado, pois o

desejo é um ato sentimental e afetivo, o que é valioso é reconhecido sempre, tem

valores úteis, e que tudo isto está no âmbito da ética dos valores. Esta teoria ética: o

bem e o dever. Esta ética em Scheler recebe a denominação de Axiomas

(afirmações):

- Todos os valores são negativos ou positivos;

- Valor e dever estão relacionados, pois a captação de um valor não

realizado se acompanha do dever de realizá-lo;

- O valor antes que este mesmo valor devem ser valores que são

captados por nossa situação emocional.

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Page 33: Livro de Ética

VALORES POSITIVOS E NEGATIVOS

Úteis Capaz – incapaz

Caro – barato

Abundante – escasso

Vitais Doente – são

Seleto – vulgar

Enérgico – inerte

Forte – de

Espirituais

Intelectuais Conhecimento – isso

Exato – aproximado

Evidente – provável

Morais Justo – injusto

Bom – mal

Bondoso – mau

Escrupuloso – relaxado

Leal – desleal

Estéticos Belo – feio

Gracioso – tono

Elegante – deselegante

Harmoniosos – desarmonioso

Religiosos Sagrado – profano

Divino – demoníaco

Supremo – derivado

Milagroso – mecânico

1. UTILITARISMO.

Esta moral é um setor que cobre o domínio da época moderna. É uma

forma da busca do prazer. O fim da moral é alcançar a máxima felicidade, o maior

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Page 34: Livro de Ética

prazer para o maior número de seres vivos. Em qualquer escolha, trabalham

corretamente desde o ponto de vista moral e quem opte pela ação que proporcione

a maior felicidade para o menor número. Este tipo de moralidade ao mesmo tempo é

o critério para qualquer decisão racional. Em sua aplicação à vida na sociedade,

este princípio tem estado e é a origem do desenvolvimento da economia do bem

estar e de grande melhoria social:

“A máxima felicidade possível para o maior número possível de pessoas”,

afirmava J. Bentham, J. S. Mill.

Jeremy Bentham fala de uma matemática de prazeres:

- O prazer pode ser medido, porque todos os prazeres são iguais.

Tendo os critérios de intensidade, duração, proximidade e seguridade

e calcular a maior quantia de prazer.

- As pessoas podem comparar seus prazeres entre si para lograr um

máximo de prazer.

A ética utilitária é idealista, pode convencer a uma pessoa da obrigação

moral de enunciar a sua felicidade individual em favor da felicidade comum:

- Utilitarismo do ato demanda a moral das ações como por caso;

- O utilitarismo da regra recomenda o ajuste de nossas ações para com

as regras habituais, consideradas morais pela utilidade geral.

2. ÉTICA SOCIALISTA.

É referente à justiça social, a qual se realiza em certos valores morais. A

ética socialista que tem maior influencia no século XX, mas teve um papel

importante também no século XIX, na época das revoluções sociais e industriais,

etc. Esta ética teve influencia nos movimentos operários e nos surgimentos das

utopias modernas. O socialismo utópico é base desta moral social. Esta ética se

relaciona muito com as questões sociais, econômicas e políticas.

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Page 35: Livro de Ética

Fala de uma sociedade próspera e justa que usa as técnicas modernas e

a que exige a eliminação das desigualdades econômicas que permitem que poucos

ricos vivam opulentamente e de uma maioria que vive miseravelmente.

No socialismo libertário e anarquista fala de uma moral que é uma

proposta da realização da justiça, pois fala de uma sociedade justa que tem que

acabar com todos os tipos de oposição (submissão ao governo e poderes que

impedem os homens de serem donos de suas próprias vidas) e de exploração

(apropriação injusta de capital produzida pelo trabalhador e que o benefício é do

capitalista).

A ética é justiça solidária e que será de uma sociedade mais justa. Esta

ética tem como base do iluminismo ou do renascimento e do utopismo francês:

liberdade, igualdade e solidariedade.

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Page 36: Livro de Ética

F. ÉTICA DA LINGUAGEM.

Esta ética está ligada a F. Nietzsche. E que sua moral é histórica e

psicológica como uma forma da crítica da linguagem moral, e que tem como base a

história dos conceitos morais. Nietzsche faz uma história natural da moral, a moral

está em sua obra: “Para além do bem e do mal”. Nesta obra ele analisa os atos

morais e as outras morais. Para ele existem muitos tipos e etapas da moral: pré -

moral, moral e extra-moral.

Isto mostra que o valor da moral deriva das conseqüências: das

procedências (atenção) e a da não intenção. Para os não moralistas - Nietzsche usa

esta expressão para si mesmo e para quem pensa como ele – e é isto que decide o

valor de uma ação, e que para ele as intenções são prejuízos que tem que ser

superados na auto superação da moral. (Ver a sua obra: “Genealogia da moral”; ou

ainda: “Para além do bem e do mal”).

Para Nietzsche, os problemas básicos são os valores e a

transvalorização. A genealogia é a tentativa de interpretar e desmascarar as ilusões,

os enganos, o que é verdade. O que é valor moral? A função da genealogia com a

etnologia nos ajuda a chegar às origens da moral, que vem de uma forma de ser, de

uma forma de vida, de um homem. A moral nasce do imoral, do extra moral: a

vontade de poder. A moral é um caso da imoralidade. Esta é a moral de Nietzsche.

1. EMOTIVISMO.

A reflexão filosófica do século XIX mudou com o giro lingüístico. G. Moore

esclarece as questões da ética da linguagem moral e que analisam a confusão de

termo bom. Para este autor o bom pode ser captado pela intuição – Se nega o

conceito de bom que foi denominado de intencionismo ético como o emotivismo.

Estes a mesma a dos morais e que o termo moral é uma proposição

como aprovação ou desaprovação, tem uma dupla função: alternações subjetivas ou

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Page 37: Livro de Ética

sentimentos e influem em nossas atitudes. Os juízos morais não intentam descrever

situações, sem provocar atitudes. O emotivismo está em várias que as do saber,

mas é incapaz de justificar o significado de alguns termos morais e o fato da

argumentação em ética, deficiência do interacionismo.

PRESCRITIVISMO.

R.M. Hare mostra que a linguagem, moral é uma linguagem de valor. Esta

aquela prescreve a conduta orienta aconselhando ou mandando, por razões o que

se julga ou se expressa as uma linguagem descritiva:

- Diz-se que o som, este predicado atribui aos que tem a mesma

característica e com lógica;

- A obrigação de que tem que fazer algo por ser bom, relevante.

A justiça como imparcialidade = John Rawls.

Esta ética trata do formalismo dialógico e de ética de procedimento. Tem

aspectos práticos e que coincide com Kant nas normas acerca do que é justo e não

do que é bom. Tem modelo ético da deontologia.

A justiça como sim parcialidade proposta por J. Rawls, fala sobre os

princípios morais mediante um raciocínio desenvolvido na situação ideal de

alegorização denominado de posição original. Para ele os princípios morais sem

produtos de pessoas iguais, racionais e livres. O princípio de justiça que leva a

condições de vida humana mais humana e moral. Recusa de todo tipo de

disseminação racional, sexual, ideológico. Todos são iguais perante a lei, contra

abusos e de violência não justificados. E que podem ver das em:

- Princípio de liberdades iguais;

- Princípio de justa igualdade de oportunidades;

- Princípios de diferenças.

A ética do discurso.

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Page 38: Livro de Ética

É uma ética que encarna na sociedade, os valores de liberdade, justiça e

solidariedade através do diálogo, como o único procedimento capaz de respeitar a

individualidade das pessoas e de forma solidária, e que no diálogo temos as

pessoas, as relações entre elas existe e que para ser mais humana deve ser justa.

O diálogo nos permitirá por em questão as normas vigentes na sociedade e distinta

das moralmente válidas, e as que em humanizam.

O princípio da ética do discurso:

“Só pode pretender validade as normas que encontram a certa por parte

de todos os afetados, como participantes de um discurso prático”. (J. Habermas.

Consciência Moral e ação comunicativa, p. 116 – 117).

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Page 39: Livro de Ética

CAPÍTULO I – FILOSOFIA PRÁTICA OU MORAL.

1- Ética como moral e moral como ética.

A ética é mais abrangente que a moral. Moral refere-se ao relativo e ética

refere-se ao absoluto. A ética é uma forma de saber que tenta construir

racionalmente, que usa o rigor conceitual e os métodos de análise e explicações

próprias da filosofia.

A ética é aquela reflexão sobre questões morais e aquela que pretende

ser os conceitos e os argumentos que permitem compreender a dimensão moral da

pessoa humana e que a auto moral é sem ver uma redução = psicológica,

sociológica, econômica, religiosa. A ética não ignora tais formas que sempre influem

o mundo moral.

Os conceitos e argumentos, a Ética, pode dizer que, a Filosofia Moral,

terá conseguido dar razão do fenômeno moral que dá conta racional da dimensão

moral humana, e assim, o homem terá alcançado um maior grau de liberdade. Desta

forma filosofamos para dar sentido ao que somos e o que fazemos, e o sentido é

para que encha as nossas ânsias de liberdade; e que por outro lado, a falta de

sentido à experiência com certo tipo de escravidão.

A - A ética como norma.

Na Antigüidade, os filósofos na Grécia, denominavam a Ética como um

tipo de saber por normas. Um tipo de saber que pretende orientar as ações dos

seres humanos. A moral por sua vez, é um outro tipo de saber que oferece como

agir, pois esta propõe ações concretas a casos bem concretos. A ética como a

filosofia moral – as formas de reflexão sobre as distinções morais e sobre os

emitindo modos de justificar racionalmente a vida moral, de modo que sua maneira

39

Page 40: Livro de Ética

de orientar a ação é indireta: em resumo pode assinalar que concepção moral é

mais razoável para que possamos orientar nossos comportamentos.

Tanto a filosofia Moral como a Ética não deve incidir sobre a vida de cada

um, como elas são formas de esclarecer reflexivamente o campo da moral. Assim

este esclarecimento serve como orientação moral para quem quer trabalhar

racionalmente no conjunto de toda a vida.

Se pudéssemos elaborar um juízo ético sobre a guerra ou aborto ou outra

questão de Ética ou moral, as que mais só discutíveis em nossa sociedade.

Começamos esclarecer que na realidade se mostra pedindo um juízo moral, uma

opinião sobre a maldade ou malícia das intenções, atos, e conseqüências que estão

implicados estes problemas. Para esclarecer um juízo moral se faz sempre a partir

de alguma concepção moral determinada. Podemos assimilar o juízo moral que nos

reclamavam, e este juízo moral coreto sobre assuntos morais da vida cotidiana não

é preciso ser um grande especialista em Filosofia Moral.

Ter certa especialidade da razão, conhecer os princípios básicos da

doutrina moral que é válida, e estão informados com estes assuntos em questão. O

juízo ético seria aquele que nos conduz a aceitar como valida aquela concepção

moral que nos serve de referência para nosso juízo moral anterior. Esse juízo ético

estará formulado corretamente se é a conclusão de uma série de argumentos

filosóficos, bem elaborados, e que tenham boas razões para preferir a doutrina moral

escolhida. O juízo ético está ao alcance de todos especialistas em Filosofia Moral,

pois pode realizar-se com certo grau de qualidade entre as pessoas que cultivam a

vontade de pensar, sempre que tenham feito o esforço de pensar os problemas até

o fim.

B - O conhecer prático.

Para entendermos melhor a forma que se apresenta à Ética temos de

lembrar da distinção que Aristóteles faz entre o conhecer teórico, prático e poético.

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Page 41: Livro de Ética

Os saberes teóricos (do original grego teorein – contemplar) se ocupar de

pesquisar como são as coisas, que ocorre com o mundo e quais são as causas

objetivas dos acontecimentos.

Os saberes descritivos que nos mostra o que tem, o que é, e o que

sucede. As diferentes ciências da natureza: física, química, biologia, astronomia, são

saberes teóricos na medida em que buscam é, então, mostram como é o mundo.

Aristóteles mostrava como os saberes teóricos são “o que não poderia ser de outra

maneira” ou seja, o que é assim porque assim o encontramos no mundo, no que

seja de nossa vontade: o sol quente, a respiração dos seres vivos, a água evapora,

as plantas crescem. Desta forma é assim e não podemos mudar. Podemos impedir

de alguma maneira ou de uma forma concreta vez a assim pelo sol utilizando para

isso meios que colocamos ao nosso alcance, o sol quente depende de nossa

vontade; desta forma, pertence a tipo de coisas que “não podem ser de outra

maneira”.

Os saberes poéticos e práticos tratam, conforme o filósofo Estagirita

Aristóteles, sobre “o que pode ser de outra forma”, isto é, sobre o que podemos

controlar a vontade.

Os saberes poéticos (poiein em grego), no original significam: fazer, ou

fabricar ou produzir algo são os modos que nos leva a elaborar alguma produção,

alguma obra, ou algum artefato útil (como a roda ou tecer uma rampa) o fazer um

belo objeto (escultura, pintura ou escrever um poema).

As técnicas e as artes, as formas do saber deste mundo. A qual

denominamos de tecnologia são iguais aos saberes que abrangem a técnica –

conhecer teórico – ou como produção das artes. Os poderes poéticos diferentes dos

saberes teóricos, não descrevem o que tem, senão como estabelece normas,

amores e orientações sobre como se deve atuar para conseguir o fim desejado (a

roda ou veste, escultura, pintura, poema).

41

Page 42: Livro de Ética

Os saberes poéticos são normas, pois não pretendem servir de referência

de vida, mas que são obtenções de vários resultados que se supõe o que

buscamos.

Os saberes práticos (práxis no grego = fazer, tarefa, negócio) são também

normas e que orientam sobre o que fazemos ou devemos fazer para conduzir nossa

vida de um modo bom e justo, como atuaremos, qual decisão é a mais correta em

cada caso concreto para que a própria vida seja boa em todo o seu conjunto. Trata

sobre o que deve ter, sobre o que deve ser (não ser), sobre o que seria bom como

se fosse.

Conforme Aristóteles, os saberes práticos são classificados dentro da

filosofia prática, onde também estava a Ética.

(Saber prático encaminhado a orientar a tomada de decisão com

prudência que nos conduz a ter uma boa vida), como na Economia (saber prático da

administração dos bens da casa – oikonomia – e da cidade) e a Política (saber

prático que tem o bom Governo da polis):

Saber conforme Aristóteles

Teórico

(descritivo):

Ciências da

Natureza

Poesia ou produção

(normas para um

objetivo): técnica, belas

artes.

Prática (normas para a

vida em seu conjunto):

Filosofia, prática, Ética,

Economia, Política.

A classificação de Aristóteles exposto atrás é completa com a Filosofia

Prática que pode ser a seguinte:

- A ética conforme Aristóteles é um saber orientado ao esclarecer a boa

vida, como trazer felicidade do homem e da comunidade, e que como

parte da filosofia prática, como temos visto, a questão da felicidade

deixa o ser humano no centro da reflexão para as teorias éticas

modernas, como é o do conceito de justiça. A pergunta ética para

Aristóteles era “quais são as virtudes morais temos de praticar para ter

uma vida melhor, como individual ou coletivo?” N época moderna, a

pergunta ética seria outra: “Quais são os deveres morais devem reger 42

Page 43: Livro de Ética

a vida dos homens para que seja possível uma convivência justa, com

paz e liberdade, dado que há formas plurais do modo de ser feliz?”

- A filosofia política é parte da filosofia prática e suas perguntas se

referem à legitimidade do poder político e aos critérios que nos

orientam para vários modelos políticos ou modelos de organização

política melhores (moralmente desejáveis e tecnicamente viáveis).

- A filosofia do direito só surge em tempo depois de Aristóteles, até o

ponto que podemos dizer que é como disciplina do modo prático,

separado da Ética e da filosofia política. Seu interesse é refletir sobre

as normas jurídicas: as condições válidas das mesmas, a

possibilidade de um código coerente.

- As disciplinas: ética e filosofia jurídica, filosofia política e hoje a

filosofia da religião. Esta filosofia da religião faz parte da filosofia

teórica ou especulativa, cremos que existem boas razões para o

fenômeno religioso seja analisado de modo prático. A existência de

Deus como investigação científica: a questão era ver a forma real do

“ser supremo”. Na época moderna, Kant, a questão dce Deus, tem

deixado de ver uma questão científica como forma de fé racional e que

se justifica com argumentos morais. A tomada de posição antes a

existência de Deus, ou para juízo sobre ela, então de negação ou

afirmação. A questão é vincular a moral ao problema da justiça e do

sofrimento humano, o problema da explicação da origem do mundo

(pessoas empenhadas em investigação).

Filosofia Prática Hoje

Ética ou filosofia

moral (Economia)

Filosofia política Filosofia do direito Filosofia de

religião (ética)

2. O TERMO MORAL.

43

Page 44: Livro de Ética

O termo moral nos dias atuais tem vários sentidos. Os vários usos trazem

interpretações errôneas. Isto o que queremos desfazer. Começando como próprio

sentido da palavra, termo. Sejam eles adjetivos ou substantivos.

a) Moral como substantivo.

Moral no substantivo (moral no minúsculo) refere-se a um conjunto de

principio, preceitos, mandatos, proibições, permissões, padrões de conduta, valores

e ideais de vida boa. No uso do termo, a moral, é um sistema de conteúdos que

reflete as formas de vida. O modo de vida coincide totalmente com as convicções e

hábitos de todos os membros da sociedade torna da isoladamente. Os Romanos no

período da república eram pessoas que trabalham, austeros e combativos, não

significa que não houve qualificativos morais, e que viviam como um modo de ser e

viver que os difere dos outros povos na época do império.

A moral é a aceitação do termo, um modelo ideal de boa conduta socialmente

estabelecido, e como tal, pode ser estudado pela sociologia, história, antropologia

social, e outras ciências sociais. Estas disciplinas então estabelecem o modo de

saber teórico, e que a Ética pretende orientar a ação do homem, e então também

está entre os saberes práticos.

Como substantivo pode ser modo em referencia no código da conduta

pessoal de um homem, como se pode dizer: “um homem possui uma moral estrita”,

ou que “o homem não tem moral”. Assim estamos falando de um código moral que

conduz a atos de uma pessoa concreta em toda a sua vida. Pode ser um conjunto

de convicções e pautas de conduta que tem um sistema mais ou menos coerente e

serve a si mesmo. Estes juízos, e que emite em ótimas condições de grandes

informações serenidade, liberdade. São chamados as vezes de juízos ponderados.

Estes conteúdos morais concretos, assumidos pessoalmente, são sínteses de dois

elementos:

- O patrimonial moral do grupo social a qual pertence;

- A elaboração pessoal de que um recebe por herança de um grupo. Esta

elaboração pessoal está condicionada por várias razões, tais como: idade,

44

Page 45: Livro de Ética

condições socioeconômicos, biografia familiar, o temperamento, a

habilidade para raciocinar.

A maior parte dos conteúdos morais do código moral pessoal é igual ao do

código moral social. Os grandes reformadores morais de humanidade foram:

Confúcio, Buda, Sócrates e Jesus. Estes de algumas formas fora revolucionários

quanto ao condigo moral na época. A moral social estabelecida como moral pessoal

são realidades da moral vivida com a moral pensada.

Moral como substantivo (na forma maiúscula) é aquela que fala de bem geral,

as ações humanas na ordem de uma bondade ou malicia. A crença do bem geral

trata da existência, o que existe é uma variedade de doutrinas morais (moral

católica, protestante, comunista, anarquista) e a disciplina filosófica, filosofia da

moral em ética, que te em si teoria de éticas diferentes e contrarias (ética socrática,

aristotélica, Kantiana).

As doutrinas morais como as teorias éticas são modos da moral pensada,

frente ao código moral pessoal ou social assumido pelas pessoas, como moral

vivida. Há uma diferença entre os níveis lógicos das doutrinas morais e as teorias

éticas: esta primeira sintetiza o conjunto dos princípios, normas, preceitos e valores,

as segundas são as que dão razão do ato: o ato que os seres humanos se orienta

por códigos morais, o fato de que ter moral, ato da moral. Desta forma não temos

uma doutrina da moral, teorias éticas. As doutrinas morais podem construir-se

mediante a conjunção das fontes as que são:

- As tradições dos ancestrais sobre o que é bem e mal, transmitida de

geração a geração.

- As confissões religiosas, as crenças, e as interpretações dadas pelos

chefes religiosos a tais crenças.

- As filosofias (antropologia filosófica, ética, filosofia social e política) demais

êxito entre os sábios e o povo.

As doutrinas morais podem ser entendidas ou confundidas com as teorias

éticas, mas uma não confundir na lógica e na forma acadêmica: as doutrinas morais

45

Page 46: Livro de Ética

permanecem no plano moral concreto. Porém, as teorias éticas pretendem remontar

a reflexão ato o plano filosófico.

- Existe atualmente uma complexidade da expressão moral que é para

entender a vida moral: ter moral, grande moral. Estas expressões são

sinônimas da não moral: ter bom ânimo tem forças e coragem. Esta forma

tem como profundidade maior com sentido filosófico. A moral não é só um

saber, nem deve; mas uma atitude e caráter, uma disposição da pessoa

que abrange a conquista emoção, as crenças e sentimentos, a razão e

paixão: uma disposição de animo (individual ou comunitária) que aparece

do caráter que tenha sido forçado.

O termo moral refere-se também à dimensão da vida humana: aa dimensão

moral é a que mostra como tomar decisões e fazer algo, agir, a buscar orientações

de valores, princípios e preceitos que constitui a moral no sentido que ate agora já

falamos.

USO DA MORAL COMO SUBSTANTIVO

A - modelo de

conduta social

estabelecida

numa

sociedade

(moral vigente).

B - conjunto

de

convicções

morais

pessoais (o

sujeito tal tem

uma moral

regida)

C - tratador sistemáticos

sobre questões morais

D -

disposição de

animo

produzido

pelo Carter

atitude moral

adquirido por

uma pessoa

ou grupo (ter,

moral alto)

E - dimensão da

vida humana

pela qual nos

vemos obrigado

a tomar

decisões e dar

razão delas (a

moral).

C1

Doutrinas

morais

concretas

(moral

católica)

C2 teorias

éticas

(moral de

Aristóteles).

46

Page 47: Livro de Ética

b) Moral como adjetivo.

Agora veremos o termo moral como adjetivo: filosofia moral, código moral,

princípios morais, doutrinas morais. Todos estes termos têm a ver com a ética.

Outras não têm relação nenhuma com a ética ou com termo moral: quando falamos

de certeza moral, falamos exatamente agindo que acreditamos, mesmo que não

haja prova para confirmar ou desmentir. O uso do adjetivo moral, alheio à

moralidade e se situa no âmbito meramente psicológico. Ou como podemos falar de:

virtude moral, valores morais temos a referencia constante a essa dimensão da vida

humana que denominamos de moralidade.

Moral no sentido do adjetivo pode ser entendido da seguinte maneira:

- Moral é oposto da imoral. O que é imoral pode ser contraposto ao moral.

Assim o termo usado como termino valorativo. Moral é a conduta aprovada

ou reprovada, ou como moral ou imoral como sinônimos de imoralmente

correto ou incorreto. Desta forma, este uso mostra a existência de algum

código moral que serve de referencia para emitir o correspondente o juízo

moral. Se falarmos de vingança é moral e compreende que semelhante

juízo pressupõe a adoção de algum código moral concreto para que a

afirma não seja valida, porém que outros códigos morais. A quem gosta da

lei de Talião não gosta da expressão anterior: a vingança é imoral.

Moral é opôs a amoral. A conduta dos animais é amoral. Os animais não têm

regeras morais, os animais não são responsáveis pelos seus atos. Tanto menos os

vegetais, minerais ou os astros. Porém os seres humanos têm uma certa moral, eles

são donos e responsáveis de seus atos. Eles têm uma conduta moral. Então moral

ou amoral são conceitos de certas situações: expressam os termos que uma

conduta é, ou não é, suscetível de qualificação moral por que reúne, ou não reúne,

os requisitos indispensáveis para ser posto em relação com as orientações morais

(normas, valores, conselhos). A ética tem que ser requisitos ou critérios que regula o

sentido do termo moralidade. O conceito de moral como adjetivo como conceito mais

importante do que imoral.

47

Page 48: Livro de Ética

Uso do termo moral

como adjetivo.

Usos alheios à Ética: certeza moral

Uso que interessam à Ética a) moral versus imoral

b) moral versus amoral

c) Moralidade.

O termo moralidade é definido como o código moral concreto (devido

detém atos morais, João é defensor da moralidade e dos bons costumes). Este

termo pode ser definido de outras formas:

- Moralidade diferencia-se de legalidade e religiosidade. Em vários

conteúdos o termo moralidade tem significado da dimensão do ser ou da

vida humana. As formas comuns dos diversos modos morais concretos.

Moralidade é sinônimo de vida moral.

- Morais têm vários sentidos através da história e ainda temos na atualidade

uma pluralidade das formas de vida e de códigos diferentes que

coexistem. As diferentes formas da moral ou a amoralidade em vários

traços comuns das propostas diferentes de morais:

- Todo tipo de moral se cumpre em juízos morais (essa moral é boa, essa

conduta é ótima, Maria é uma pessoa honrada, a dizer são de bens foi

justa, não deves agredir o próximo).

- Os juízos morais têm morais diferentes:

- O juízo moral em seus aspectos formal, os juízos morais fazem referencia

ou atos livres, responsáveis e empestáveis, e que nos seres humanos uma

estrutura da psicologia que faz possível e necessária a liberdade de

eleição e a conseguinte responsabilidade e responsabilidade: a moral

como estrutura.

- Quanto ao conteúdo, os juízos morais coincidem a referencias de que os

seres humanos anelam, quere, desejam, necessitam, consideram

importantes. Há uma distinção entre os vários tipos de juízo conforme seus

conteúdos: os que se referem ao justo e aos que tratam ao bom, que são:

exigível, obrigação e prescrições universais, porem mostra formas de

48

Page 49: Livro de Ética

conselhos no que se refere ao conjunto da vida humana. Estes tipos de

juízo não expõem as mesmas coisas em várias épocas a sociedades,

assim que a moral concreta é diferente dos demais quanto ao modo de

entender as formas das noções do justo e do bom. Pois a moralidade é um

fenômeno complexo e de varias interpretações. As várias concepções da

vida de uma forma comum de juízos em que se expressam. E é que a

estrutura moral está remetendo a um modo particular da vida humana, na

forma jurídica, religiosa ou social: o âmbito da moralidade.

- O termo moralidade tem um sentido filosófico (conforme Hegel) que

contrapões moralidade ética. Este termo ultimo refere-se as classificações

éticas.

Alguns usos do termo moralidade

a) o sinônimo de moral no sentido de uma concepção moral concreta.

b) como o sinônimo de moral: uma dimensão da vida humana (a vida

moral, juízos morais, tradições culturais).

c) a contra posição filosófica de raiz hegeliana entre moralidade e

eticidade.

d) Ética.

O termo ética é sinônimo de moral, ou do com junto de princípios, normas,

preceitos e valores que regem a vida dos povos e dos indivíduos. A palavra ética

vem do Grego ethos, que tem sentido morada, lugar onde vivemos, ou com sentido

de caráter/ou modo de ser de uma pessoa a um grupo no longo de sua vida. O

termo moral vem do latim mor, moris que significa costume, e com o sentido de

caráter ou modo de ser. Assim, ética e moral são idênticos da seguinte maneira:

49

Page 50: Livro de Ética

tudo aquilo que se refere ao modo de ser ou caráter de por em prática costumes ou

hábitos que podem ser bons.

Estas coincidências etimológicas, como estranho à moral e ética parecem

mudar nos contextos cotidianos: fala-se de atitude ética como atitude moralmente

correta conforme o código moral. Um comportamento ter sido pouco ético, como

ajuste a padrões habituais da moral vigente. Os termos ética e moral são sinônimos

e podem denotar na maioria de seus contextos, a que temos chamado de moral,

onde código moral concreto.

O termo ética refere à filosofia moral e continuar com o termo moral denota os

diferentes formas de códigos morais concretos. Esta diferenciação é útil e que se

refere a vários níveis de pensar, ou formar de pensamento e linguagem sobre a

ação moral. A moral é um conjunto de normas, regras, princípios, e valores, de que

cada geração passa para outra a confiança de que é um bom legado de orientações

de como se comportar para levar uma vida boa e justa. Por outro lado, Ética uma

disciplina filosófica que constitui uma reflexão sobre os problemas morais. A

pergunta é a moral: que devemos fazer; porem, a questão moral e central da Ética

seria: porque devemos; que forma de pergunta e sustenta o código moral aceita

como guia de conduta.

A ética não é neutra. A forma da ética como filosofia moral nos conduz a

mostrar que esta disciplina não é, nenhum código moral determinado. Isto não é

nem tão discutidos diferentes códigos morais que existem ou existiram. A

investigação ética pode levar a recomendar um único código moral. O fenômeno

moral e as formas de modelos de razão, métodos e formas filosóficos, o resultado

tem dever plural e aberto. A ética não a orienta para educação de pessoas.

As formas diferentes de teorias éticas são resultados de orientação morais. É

possível que os avanços da própria investigação ética chega a colocar de manifesto

que a forma da filosofia moral não é um modo de razão de um código moral, mas

uma forma de princípios morais. A moral tem como condição que todo código moral

é o cumprir uma coisa racional acertável, e tais condições podem ser cumpridas na

pluralidade de modelos de vida moral.

50

Page 51: Livro de Ética

A ética tem funções como: esclarecer que é moral; fundamentam a moral e

explicar as formas morais da vida social como funções e que nos âmbitos sociais

uma moral crítica, um lugar de um código moral como imposição ou da ausência de

referencia moral.

Na historia da filosofia oferece vários modelos éticos trata de cumprir as tuas

funções: são as teorias éticas. A ética de Aristóteles, a utilidade vista, Kantiana ou

discursiva, são exemplos destas várias teorias de éticas. São formas filosóficas,

tentam dar conta do fenômeno da moral na medida que se ajustam a formas

racionais que são modos filosóficos de que se trate. As formas éticas são relevantes

serão vistas depois.

O método da ética (caminho, os, em grego) é a forma aceitável em forma

melhor; o método diferente como verdade como modo de saber. A ética, a filosofia

geral é vital que o filosofo tem afirmação para que o método para estabelecer formas

razoáveis. Estas personagens podem acusar de dogmas se atem a um método

determinado. O dogma ensina a forma racional e que precisa do método: as regras

são necessárias.

e) A meta ética.

A prática moral é a meta ética. Dentro dos modos de saber na práxis moral: a

destruição entre a ética e a meta ótica. A meta ética é a analise da linguagem moral,

e que o termo moral é a concepção moral concreta que adota os grupos e indivíduos

que orientem seus comportamentos. A meta ética analisa as expressões verbais

morais. A meta ética é uma nota linguagem que elucida as questões lingüísticas

como epistemologia da ética. A meta ética é um modo de reflexão e de linguagem,

cuja ciência, suficiência, caráter formal, epistemologia ajuda a discernir a ética ou

moral.

51

Page 52: Livro de Ética

Filosofia analítica Termos Proposta

Filosofia moral como

analise da linguagem

moral.

Meta ética Filosofia moral.

Concepções morais de

vida humana.

Ética Conceitos morais de vida

humana. Moral

52

Page 53: Livro de Ética

CAPITULO II – O QUE É MORAL.

1. Definições.

Moral distingue-se de ética em vários aspectos. Primeiro, moral é tudo a que

denominamos de comportamento. A ética refere-se à filosofia do comportamento,

filosofia de vida.

A moral tratada: mandatos, proibições, mandamentos, permissões e formas

de conduta. Moral refere-se a coisas relativas: o que é para minha vida pode não ser

para outro. Moral está relacionada com costumes, refere-se no bem e ao mal. É uma

forma de reger a vida diária. O juízo do que é certo e errado.

A ética é absoluta. Na ética o que é para um individuo tem que ver para todos.

As regras, as proibições e permissões devem ser iguais para todos.

No moral depende das tradições e das culturas. As questões morais são

orientações pares a entendermos a vida humana. A orientação das pessoas para

melhor caminho, para a plenitude humana. A moral é um complemento da ética. A

ética é o todo moral; a moral pressupõe partes da éticas: existem meios de

construção da vida na moral que podem levar a uma verdadeira ética. Existem

critérios validos para a escolha de um melhor caminho de vida.

a) Como é a moral.

Moral e moralidade constituem formas de ética. Tanto a filosofia antiga como

as filosofias medievais distinguiram a noção de ser, a moralidade era entendida

como a dimensão do ser humano, a dimensão moral do homem. No período

moderno a filosofia deixou o ser para a se concentra em consciência como conceito

53

Page 54: Livro de Ética

vital, a moralidade passou a ser a forma central da consciência: a consciência moral

como consciência do dever.

Por ultimo, a filosofia contemporânea muda a forma de entender a moral. A

moral passa a ter um sentido de linguagem moral que tem como fundamento: o justo

e injusto; a mentira e a verdade; a lealdade e a infidelidade. Esta forma de

compreender a moral é agora o enfoque da ética.

Os diversos enfoques éticos tem levado a alguns pontos sobre as questões

da moral:

- A moralidade é o âmbito da realização da vida boa, da vida feliz, se a

felicidade é entendida como prazer (o hedonismo) como se entende como

auto realização (eudemonismo).

Hedonismo, o marxismo prazer da vida.

Eudemonismo – a ausência de prazer na vida.

- A moralidade é o ajustamento de normas realmente humanas.

- A moralidade é a aptidão para a solução pratica de conflitos, em grupos ou

individuais, bens coletivos ou onde vive um ou muitos.

- As moralidades são as formas especificas das virtudes de um grupo ou

individua ou a aptidão do solidário ou de uma comunidade especifica

(comunitarismo).

- As moralidades são os princípios universais que nos permitem avaliar

criticamente as concepções morais alheias onde uma comunidade.

- A moralidade como forma de a criação das virtudes que conduzem à

felicidade.

Na Grécia Antiga a moral se concebe como busca da felicidade ou vida boas.

Ser moral ora sinônimo de aplicar o intelecto a tarefa de descobrir e escolher em

cada momento os meios mais oportunos de alcançar a vida plena (pleroma), a vida

feliz e totalmente satisfatória. Neste aspecto, a moral é uma forma de deliberação,

de conduzir-se moralmente com prudência.

Esta característica nos leva a meios e estratégias que levam ao fim e meio

para alcançarmos o Maximo da felicidade, do prazer em toda a nossa vida.

Aristóteles Estagirita diferença moral racional que nos leva a felicidade de plena, da

54

Page 55: Livro de Ética

técnica (racional vida de técnica) que é o meio o e fim para chegarmos ao ponto final

(telos) da própria vida. Em ética a Nicomaco Aristóteles fez essa diferenciação entre

moral racional e técnica racional (ética a Nicomaco VI, 4-5).

“A distinção entre razão prudencial ou razão moral para Aristóteles e não

para Kant e a razão técnica tem um valor grande para entender algumas questões

morais. O que devo fazer para escolher a profissão ou oficio como o olhar para a

felicidade. A razão prudencial me leva a passar que um prudencial é aquela que

levou o individuo a pensar e fazer, escolher uma profissão, mas adequada à sua

personalidade. É aquela que leva o sujeito às possibilidades e desejos próprios

quantos às suas decisões”.

Por outro lado, em razão técnica é como ver o profissional correto situado

certeza do que quer. Estudo, pesquisa, alguns exames, passa no concurso, mas

algo à conclusão que a profissão escolhida não é exatamente o que gostaria de

exercer. As técnicas exercidas ou praticadas não exatamente da minha real

habilidade. Tenho que ser desta situação com honra, e fazer uma razão individual.

Esta é a ética técnica ou moral técnica.

Estas questões colocadas nos mostram como são as considerações morais.

Nos desenhos técnicos que os psicólogos fazem os testes com os pretendentes de

uma profissão. O ato de desenhar é a melhor solução técnica ou para identificar a

capacidade técnica e moral de um jovem na escolha de sua profissão. As morais

agitam o colorido aristotélico de prudência. O individuo sente-se satisfeito com a

solução para a sua vida.

Voltemos agora para as questões das morais. A felicidade é interpretada

como prazer. Os hedonistas vêm à felicidade só como prazer não no sentido de

comida, bebida, sexo. A felicidade para os hedonistas tem o sentido de ausência de

dor, satisfação dos sentidos. É preciso mudar este sentido o Eudemonismo, e

também em Aristóteles pensam a felicidade não como prazer, mas admitem o prazer

como felicidade como sentido, mas acrescentam um modo especial ao prazer e a

felicidade que é a atividade de se realizar de cada ser.

55

Page 56: Livro de Ética

Aristóteles pensava a atividade, a seu juízo, não se faz, mas feliz, mas

entender o mundo é extasiar-nos naquilo que ele conter. O pensar e o conhecer não

atividade própria do homem: estuda, ler, refletir, averiguar as respostas verdadeiras

satisfazer curiosidade, tirar as dúvidas.

Nas outras escolas filosóficas depois da expansão do cristianismo nos

primeiros séculos a.C. compreenderam uma outra faceta da felicidade como

exercício de outras atividades não necessariamente intelectual. Santo Agostinho

afirmou que o amor é uma atividade maior que o conhecer (Cidade de Deus livro XI)

Atualmente ainda encontramos escola hedonista em nossos meios

intelectuais. O utilitarismo, o capitalismo é uma faceta diferente do hedonismo. Os

filósofos utilitaristas mostram que a felicidade é igual ao prazer, e o prazer é a

sensação agradável, como satisfação sensível. As escolas filosóficas continuam

afirmando que o bem maior é a felicidade e é o que os homens mais buscam, e que

mais procuram experimentar prazeres.

Não renunciam o prazer, é que se move nos seres humanos é à busca da

felicidade ou a auto - realização. A auto - realização é entendida como não

hedonista, mas também traço como um de que quando diz que o fim da vida

humana não é a obtenção de prazer, mas alcançam outras metas nem sempre

proporcionam uma satisfação sensível, mas que é a própria felicidade.

Os hedonistas, a razão moral não é outra coisa que a razão calculadora, ou

que quando o homem soma ou diminui maior ou menor prazer, maior ou menor dor.

Os Eudemonistas concebem a razão moral como a razão prudencial. Porto que ma

tarefa é ponderar os vários elementos a ter em contra cada situação com o objetivo

de alcançar o maior bem possível no conjunto da vida, entendido esse bem como o

lograr a plena auto-realização.

Os hedonistas e como os eudemonistas têm contra um comum: eles

entendem a moral como busca da felicidade e concebem a razão moral como uma

faculdade que nos ajuda a encontrar os meios adequados para se chegar a um fim

determinado pela natureza.

56

Page 57: Livro de Ética

b) A desmoralização.

Quando falamos sobre a felicidade como auto-realização A ética que resiste

na formação do caráter, de tal modo que o desenvolvimento pessoal permite a cada

um enfrentar toda a vida com grande animo e muito poder: o moral alto,

desmoralizar. Aqui este termo tem o sentido não de ser sem moral, mas tirar a moral

da esfera do moralismo. O sentido real é não deixar a outra pessoa sem moral,

mostrar em forma: o individuo com grande moral segue a vida exercendo suas

capacidades de responder com coragem os desafios quer a vida nos apresenta a

cada momento.

Cada um quer alcançar ao longo da vida e possuir confiança na sua própria

capacidade para alcançar determinadas metas. Ter uma boa moral é importante

como a auto - realização e com boa dose de estima. A ética que só valoriza o

altruísmo como valor moral. Auto - estima é um valor moral quanto o de

encontramos os bens primários ou coisas que a pessoa necessita e deseja para

levar o projeto de vida proposta. Exemplo: Um estudante precisa potenciar sua auto

estima, não só por que é necessário para se adequar no desenvolvimento individual,

são também para fomentar o altruísmo e o mínimo de auto estima.

A explicação moral esta centrada na formação ou na construção caráter tem

em primeiro lugar o individuo. Este é o primeiro agente da moralidade. A alta moral

ou desmoralizada, pó deter lenta pra enfrentar com altura humana dos modos vitais

ou caráter praticamente deles, pode ter projetos de auto - realização em alta estima

coletiva e pode estar em baixa moral. O moral alto ou a desmoralização social não

se percebe em casos isolados, não de um modo geral que não dá para perceber ou

analisar.

Para termos uma idéia completa da moral, veja: A moral é um termo vago,

seu uso é vago, e a tradição intelectual acabou com o sentido do termo moral. A

concepção moral – imoral, não é de contra posição, mas o sentido real pode ser

visto como desmoralizar. A moral não é a performance que o homem acrescenta

para ter o próprio, bem o que o homem é realmente, a sua eficácia. O homem

57

Page 58: Livro de Ética

desmoralizado é aquele que não tem posse de si mesmo, que esta fora de ma raiz

antiética e aquele que não vive a sua vida, e ano cria, nem fecunda e não tem

destino.

c) O dever.

Através dos séculos podemos ver a compreensão da moralidade. A moral

muda e retorna como a moda do vestuário. Os sistemas éticos colocam agora a

noção de dever como o centro do discurso e assim, a questão da felicidade torna-se

relegada.

Na antiguidade, as estórias colocaram o conceito de lei natural como centro

da experiência moral. Compreendiam a moral como o ajustamento da intenção e da

conduta dita pela razão universal.

Na ética medieval tem o reforço da categoria da lei natural, maior relevância

da nova visão da moralidade – centrada no conceito de dever, e assim é a centrada

na moral Kantiana. Na moralidade do dever, os homens tendem por natureza a

felicidade, por esta dimensão a assemelharmos demais seres naturais: a felicidade é

um fim natural, não colocado pelo homem. Este fenômeno da moralidade, no juízo

de Kant, teria que superar este naturalismo é a nossa busca individual da felicidade

sempre está no limite a respeito da razão que nos obriga a praticar seus deveres

como todo se consigo mesmo.

Os preceitos de moral nos orientam nossas vidas não autorizam a classificar

os seres humanos quando estiverem seguros que tais danos nos leve a maior

felicidade. A resposta está em Kant de que a existência mesma da moral desde

permite supor que os seres humanos que somos e que estamos situados mais alem

da lei do preço. Se o homem é aquele ser que tem dignidade e não preço, ele deve

e é capaz de subtrair-se à ordem natural, é autolegislador, autônomo. O âmbito da

moral é aqui o da realização da autonomia humana, a realização da humanidade.

A grandeza do homem não consiste em ser capaz de ciência, como para

Aristóteles, senão em ser capaz da via moral, capaz de conduzir-se de tal modo que

58

Page 59: Livro de Ética

um setor mais digno de ser feliz nesta vida. O sentido da existência humana já não

seria o de alcançar a felicidade conforme a sua própria noção, senão o de

conservação e promoção do absolutamente valioso: a vida de todas e cada uma das

pessoas.

d) A paz.

A nova forma de entender a moral, nas democracias do Ocidente depois dos

escritos de G. H. Mead no inicio do século XX. Ao conceber esta nova moral tem

como primeira reflexão sobre o âmbito social, os enfoques que entram a moralidade

no individuo. A moralidade é um problema a que está relacionada à filosofia política

do que a uma filosofia qualquer.

Kant na sua obra Metafísica dos Costumes diz que a ação moral esta

relacionada com o reino dos fins. Cada pessoa tem um a relação com a sua meta,

seu fim. A organização econômica, política, social sempre está relacionada com o

ser humano. Mistério no fim se encontra harmoniosamente conjugados os fins que

todos e cada um propõe lógicas no longo de sua vida. As teorias do contrato social

oferecem uma solução através da idéia do ponto social, a vontade geral em J. J.

Rousseau. Cada um renuncia a parte da sua vontade individual para que à vontade

de qual prevalecer.

O motor da historia é o conflito, mas o homem deve buscar o bem geral, a

paz. G. H. Mead fala da categoria do reconhecimento recíproco Hegel já tinha

falado sobre este tema. Para ele é uma categoria para a compreensão do fenômeno

moral. Esta proposta esta no giro pragmático que configura uma nova concepção

de moral.

A novidade está em situar a moral na compreensão de conflitos da ação, no

nível individual ou coletivo. A solução está na realização dos homens com atuais, e

através de sua racionalidade. A racionalidade está no feito de que os homens se

dêem a si mesmas leis próprias, e na forma de dize-las, para justificar com o

dialogo.

59

Page 60: Livro de Ética

e) Solidariedade.

Nos anos finais do século XX a filosofia moral comunitária, mostra o

interiormente que leva o individuo com sua própria comunidade, aquela que nasce e

a que se educa e chega à maturidade. Esta forma de moral é uma reação contra o

individualismo moderno, individualismo não solidário, não comunitário e consumista

que ta convertido às sociedades modernas um gigantescos agregados de pessoas

isoladas e alienadas por uma cultura de modos e costumes superficialidade e

frivolidades.

A moral comum tria surge em reação contra tudo isto: o ser humano só chega

à maturidade como o que se identifica com a comunidade concreta (uma família, um

vizinho, um coletivo profissional, uma cidade, uma nação). O individuo pertence a

uma comunidade. A moralidade não se estende assim como uma questão de

deveres e direitos, senão mais bem como tarefa de toda comunidade esforçando-se

por desenvolver formas em que todos os seus membros pensam alcançar a

solidariedade de uma vida plena de sentido.

A moralidade contra elementos que são imprescindíveis para a descrição do

fenômeno moral. A forma comunitária de moral mostra que o individuo precisa

pertencer à comunidade concreta plena socializar-se e adquirir vários valores.

Pensar em comunidade é terá concepção de virtudes e de normas e instituições que

as configuram, assim que a cada comunidade é herdeira de um conjunto de

tradições que se cruzem constituem da sua própria identidade. Os indivíduos têm

suas raízes fortalecidas uma comunidade concreta, ao contrario, fica sem raízes de

personalizados e é um homem massa.

A solidariedade imposta neste aspecto, pois pode limitar-se à solidariedade

de um grupo com éticas comunitárias, e que leva a uma solidariedade universalista.

A moralidade da comunidade concreta e leva a uma comunidade universal e que os

problemas morais que só podem ser enfrentadas se as pessoas são capazes de se

por em outro lugar.

f) Moralidade Universal.

60

Page 61: Livro de Ética

A polemica continua. Os vários níveis de desenvolver a consciência moral nos

seres humanos são de três modos: J. Piaget desenvolveu este aspecto como níveis

morais. O nível convencional em que a moralidade é a tendência do individuo a se

identificar com a própria comunidade, compor, mas morar, corretas praticadas veste

grupo. O nível pós-convencional a pessoa é capaz de destinguir as normas

comunitárias, que pela convenção foram estabelecidas como princípios universais

da justiça, que passa do grau de moralidade para as normas da comunidade.

E a forma universal que trata dar a razão da existência deste nível pós-

convencional da consciência moral e negam reduzir a moralidade à mera

constatação do que a considera bom e correto nas distintas tradições das

comunidades concretas.

COMO ENTENDER A MORAL.

Formas principais Conceitos centrais Teorias éticas

A moral como busca da

vida

Felicidade como auto-

realização

Felicidade como prazer

(hedonismo)

Aristóteles, Tomás de

Aquino – personalismo.

Epicuro-utilitarismo

A moral como

cumprimento do dever.

Dever, justiça. Estoicismo e Kant

A moral como aptidão

para a solução da paz

nos conflitos.

Reconhecimento

recíproco, justiça, não

violência.

Éticas de lógicas: Apel,

Habermas, Rawls.

A moral como ajuste à

tradição da própria

comunidade.

Virtude, comunidade,

tradição.

Corrente ética

comunitária.

Já moral como

desenvolvimento que

chega à universalidade.

Desenvolvimento moral,

justiça e procedimentos.

Kohlberg, Rawls,

Habermas, Apel

61

Page 62: Livro de Ética

2. Moral e outras ciências.

A moralidade é um fenômeno importante e complexo, um dos traços

fundamentais que a ética reconhece, e que tem o mesmo valor, é a que chamamos

de normatividade: ou que as concepções morais mostram preceitos, não mais os

princípios como obrigatoriedade para um conjunto de sujeitos morais. A posição

moral é a intenção que orienta para uma moral concreta. A moral se manifesta como

um código de normas um conjunto de prescrições e que isto não significa que a

moral seja uma confusão entre normas morais e outras formas de morais: jurídica,

religiosa, social e técnica.

Não que todas tenham o mesmo conteúdo, mas tenham o mesmo

pressuposto ético.

a) Moral e direito.

Direito aqui não é o conjunto deles, mas o que é justo, o que é justiça. Não no

código de normas destinadas a orientar o cidadão acerca de certas ações. Aquelas

leis sociais. Políticas, econômicas e religiosas que tem como exigências, ação, força

física do estado para estabelece-las ou para fazer cumpri-las. As normas dos

direitos positivas estabelecem o âmbito da legalidade.

A moral em relação no direito é aquela que relaciona o comportamento

individual que regem os mandatos, as proibições ou permissões como forma de

justiça. A moral no direito é aquela que rege os atos de um cidadão numa cidade,

num estado, num país. O direito e a moral têm que ver separado das normas

jurídicas ou legais e as morais.

- A prescrição – é aquela que trata de enunciados que mostra aos

indivíduos que seus atos são ou não obrigatórios para as pessoas;

- Os atos não voluntários, o que isto implica na responsabilidade no

compromisso, na imputabilidade;

62

Page 63: Livro de Ética

- Não matar, não roubar, ajudar alguém no transito são conteúdos morais

como jurídicos com caráter moral.

- As normas morais têm um sentido de obrigação, uma auto-obrigação que

um reconhece na consciência, tem um conteúdo normativo que alguém

não se põem a si mesmo, como exemplo podemos citar a moral em

família, na escola, na rua, na igreja. O importante é que um aceita a

norma voluntária e o outro a sente como obrigação.

- As normas jurídicas impõem num tipo de obrigação externa não precisa

que o sujeito os acerte de bom grado para que se compra aquilo que se

lhe exige. A norma jurídica obriga todo membro da sociedade como do

cidadão, que esta na jurisdição dela governo, e assim está submetido a

sua ordem legal. Promulgada pelas instituições política de tal governo.

Alguns conteúdos morais e contrario a ordenação do estado em algum

momento.

- As normas morais se apresentam com o instancia ultima da obrigação,

como também são normas religiosas. Isto significa que o individuo

considera sua própria consciência como o ultimo tribunal de apelação

onde ele da conta do cumprimento ou não de uma norma moral. A própria

pessoa (ou sua consciência) é a que promulga o mandato moral, o

destinatário de tal mandado e o tribunal a que ele responde. Os mandatos

legais se manifestam como forma ultima de referencia para a consciência

do sujeito: o cidadão sobre que tais mandatos são só promulgados por

organismos legislativos do estado, que obrigam aos membros da

comunidade política e que o não cumprimento terá de responder diante

dos tribunais de justiça.

As posições morais são de caráter universal que não são como as prescrições

jurídicas. Esta ultima exige o cumprimento das prescrições no conjunto do cidadão,

porem a os preceitos morais contem uma pretensão de universalidade que se

estende a todas pessoas. As prescrições morais são universais e significa isto que

um contendo é exigível a todo ser humano que se encontra na situação na que a

norma é aplicável. A consciência moral deve prever um equilíbrio ecológico para

manter o meio ambiente são, diz este proposto que acreditamos que todos nos

chegamos reconhecer o dever moral este ligado ao direito e o direito da vida. O

63

Page 64: Livro de Ética

dever moral de prever como o meio ambiente, mesmo que o governo nem liga para

esta situação.

A economia não tem preocupação nenhuma com a ecologia nem com

preservação, nem com o homem.

Normas morais/normas jurídicas.

Semelhanças...............................Diferenças.............................................Direito.

Prescritividade...........................Auto-obrigação....................................................

........................................Obrigatoriedade interna...........Obrigatoriedade externa.

Atos livres..............Instancia última........Nenhuma instancia para orientar a ação.

Responsabilidade.................................. Incondicionalidade ................................

Muitos conteúdos.......................................Universalidade.............Coisas comuns.

Moral e religião.

Qualquer religião já implica num tipo de moral; as crenças: religiosas ou não,

ou apenas concepções do mundo e até as concepções do ateísmo, os valores da

vida nos princípios, normas ou preceitos que orientam as ações. As religiões de

tradições históricas mundiais: cristão, islã, budismo, são doutrinas morais bem

elaboradas, que possuem enfim, ideal, virtude ou normas.

O crente em alguma coisa tem uma concepção moral do grupo religioso a que

pertence. Eles possuem normas, códigos de leis, e uns códigos religiosos

(prescrições que procedem ter divindade e da revelação do magistério) e do código

64

Page 65: Livro de Ética

moral (prescrições para reger a ação que se podem considerar racionalmente

exigível a todas as pessoas).

Muitos crentes não estão conscientes da responsabilidade dupla: religiosa ou

moral, que forme o código que rege sua conduta, de fato tem uma diferença entre a

auto-obrigação que corresponde à aceitação de regras seja religiosas ou auto-

obrigação que se baseia na mera racionalidade da prescrição.

A religião não é só um código moral, senão que: uma interpretação da

transcendência a do relacionamento com ela própria. Assim as prescrições

pertencem ao código moral religioso, na realidade, um caráter estritamente religioso,

e não são prescrições morais, mesmo que o crente tem sentido obrigado do mesmo

modo que na religião. A religião ordena a seus seguidores que façam seus rituais,

que buscarem a divindade com orações, e que as prescrições religiosas são

exigências e que estas exigências não são racionais exigidas a toda pessoa desta

mesma forma.

A concepção moral não faz referencias as concepções religiosas e quem tem

que fazer. As questões morais sempre estiveram em sentidos dentro das religiões e

que seus chefes tem oficiado a realizar as formas moralistas para orientar as ações

de seus seguidores e tem transferir nos que não são. Os preceitos de uma moral

não são visuais a dos aos crentes na religião. Então uma moral comum exigível a

todos crentes ou não, não pode ser uma moral confessional, nem liga (oposto a livre

existência das morais de inspiração religiosa), senão que tem de ser leiga, ou

dependente das crenças religiosas, pois não contrapostas a elas.

As morais são distintas que estão presentes numa sociedade pluralista pode

sustentar cada uma na sua crença – a moral cívica de princípios comuns

compartilhadas (respeito igual à consideração para todos, garanti à de direitos e

liberdades básicas para todos) que tenha uma forma distinta de Carter geral nas

concepções morais e de forma compreensiva (religiosa, leiga, a vida plena) possam

chamar as pessoas a ter seus ideais com argumentos e testemunhos.

Moral e Sociedade.

65

Page 66: Livro de Ética

Os costumes (moris no latim, que vem a raiz de moral) são pontes integrantes

da identidade de um povo e que tem relevância moral em sentido pleno. Os usos e

regras que norteiam como se sentar, comer, beber são exemplos de uns costumes

da sociedade. A observância destas regras podem ver decisivas para quem

pretenda alcançar de quem pretenda alcançar o social, o romper com algumas

destas e regras que a intenção e contexto indica outra coisa. O mesmo podia-se

dizer com respeito aos modos de vestir, pentear-se, saudação, mesmo que estes

não sejam preceitos morais, podem ter uma cuja moral.

Os conteúdos morais (não agressão do irmão, não roubar bens alheios)

podem ser ao mesmo tempo regras da forma social, posto que as normas cumprem

em todas as formas sociais, como controle social e que permite uma ética de

convivência mais ou menos pacifica e estável. Podemos detectar algumas

diferenças entre normas morais e as que são formas sociais. As normas a penas

sociais são formas obrigatórias externas, com coação e de modo moral. Porém, as

normas morais propriamente ditam nos dão a obrigação na consciência (obrigação

interna) e funcionam como modo ultimo de juízo para a própria conduta.

Nos casos das normas morais é a própria consciência o tribunal final que

exige a prestação de contas de nossos atos, porem que as infrações às regras de

trato social são julgadas pela sociedade que pertencem o infrator (vizinho, amigo,

parentes, ou os que sabem do caso).

A sociedade que circunda o indivíduo reage de um modo mais violento

quando se infringem normas morais que quando se trata de normas sociais. Ou que

um ladrão fuja com o dinheiro roubado de seus pais para outro e que se

escandalizam de um barulho feito pelos vizinhos que chegaram tarde em casa.

A relevância moral no costume não é realmente tão importante como um

costume social.

66

Page 67: Livro de Ética

Normas Morais/Normas Sociais.

Semelhanças Diferenças

Prescritividade Regras morais Regras sociais

Obrigatoriedade interna Obrigatoriedade externa

(posição grupal/social)

Orientação para atos

livres, responsáveis e

imputáveis.

Instancia ultima

incondicional

Não são instancias para

o agente

Multidão de conteúdos

comuns

Responde a própria

consciência

Responde-se ao grupo

social

Sanção ao infrator é

imposta, sua consciência

é auto-reprovação.

A variação ao infrator é

imposta pelo grupo social

Moral e Tecnologia.

As normas técnicas têm também uma suma função de orientar nossas ações

para alcançar os fins. No saber técnico ou no saber prático. Conforme Aristóteles, a

moral e a técnica se diferenciam e em muito quanto os fins das respectivas ações, já

que o fim da moral é a ação boa por si mesma.

As normas técnicas têm como meta gerar um bem e que as regras morais

apontam para uma conseqüência do maior bem pratico que seja possível para um

ser humano. As posições técnicas de lugar a pessoas hábeis que conhecem os

meios para alcançar estes fins, mas que tais pessoas sejam ao mesmo tempo

coisas boas no sentido moral.

67

Page 68: Livro de Ética

As normas técnicas orientam a conduta das pessoas, pois num sentido diferente as

das normas morais: que a primeira orienta sobre os meios mais adequados para

realizar todo tipo de fim sem ocupar-se da bondade ou malicia dos mesmos, nem do

fim ultimo para adquirir os fins parciais; segundo vai direto para os lícitos e ilícitos da

moral dos diferentes fins, do bem supremo e o fim ultimo, não nos diz sobre as

habilidades para se chegar a tal fim.

Kant mostra em suas obras que as prescrições técnicas se expressam por

meio de imperativos hipotéticos: se quiser, entre dever fazer. As normas de tipo

técnico só obrigam de algum modo a quem pretenda conseguir um fim concreto:

norma só obriga ao usuário na medida em que tenha interesse em manter o modo

do bom estado do funcionamento. A norma técnica mostra que; se quiser que um

carro funciona bem, então muda a gasolina. Mude o óleo lubrificante a cada 5 mil

km.

Kant através destes imperativos hipotéticos, senão por meio de imperativos

categóricos diz que as normas morais não se expressam desta forma. “Deves e

cumpre tuas promessas” não é desta condição, senão que expressa um modo de

conduta que deveria seguir a um fim desejado pelo agente moral. A norma moral

expressa que os agentes deveriam fazer completar-se como ser humano, e o que

ele deve cumprir.

Kant nos imperativos morais expressam os limites da racionalidade humana

se contrapõe para não entrar em contradição que é diferente das normas técnicas

que só obrigam a todo ser racional com caráter categórico, a condição que cabe

pensar como forma explicita.

NORMAS MORAIS/NORMAS TÉCNICAS.

68

Page 69: Livro de Ética

Semelhanças Diferenças

Prescritividade Morais Técnicas

Atos livres, responsáveis

e imputáveis.

Apontam nos fins de

ação bondade

Fins imediatos da ação

eficácia

Não proporcionam

habilidades concretas

Proporcionam

habilidades concretas

Carter categórico

conforme Kant.

Caráter hipotético

conforme Kant

69

Page 70: Livro de Ética

TIPOS DE NORMAS

Tipos de

normas

Fonte das

normas

Caracteres da

obrigação

Destinatários

das normas

Tribunal último

antes à

respostas

Leis ou

jurídica

O estado do

(governo

juizes)

Externa

violência

coativa

Sistema legal

de como os

cidadãos são

levados a

jurisdição do

estado.

O estado

Social, trato

social,

cortesia,

urbano.

Tradições,

costumes,

hábitos

herdados.

Externa,

moderna

coação.

Os membros

da sociedade

em questão.

Sociedade

circundante,

vizinhos,

clientes,

companheiros.

Morais. Fontes,

códigos,

princípios,

normas,

valores.

Interna,

consciência,

não coação.

As questões

normas da

consciência.

A própria

consciência

pessoal.

Religiosas. A fé das

pessoas nos

ensinos de

origem divino.

Interna, em

consciência,

não coação.

Ultimo.

Os crentes. A divindade

correspondente.

70

Page 71: Livro de Ética

CAPÍTULO III – O QUE É ÉTICA?

A – Tipos de Ética.

A ética pode ser classificada através das teorias da ética. A grande

variedade de enfoques tem sua origem, as diversidades dos métodos filosóficos

empregados. As teorias éticas surgem através da forma de entender como é o

fenômeno da moralidade. Esta classificação foi feita por F. Kutshera. Fundamentos

das Éticas (Cátedra, Madrid, 1989). As classificações da ética são vista por diversos

modos lógicos baixo a possibilidade de reconstruir a ação moral.

As formas da ética são descritas pela ética descritiva e normativa. A

descritiva considera a moral como um fenômeno de descrever e explicar. A ética

normativa, que considera a moral como um conteúdo a recomendar. Na ética

descritiva distingue a psicologia moral que descreve e explica as situações morais, a

sociologia, a antropologia e a história da moral. A outra forma é a qual a que

descreve e explica os códigos morais e a sua evolução com os outros fenômenos

culturais e sociais.

A ética normativa era aquela a que era de competência do filósofo moral,

não do moralista, por que eles pensavam que a ética normativa era um código

moral. Reduziram a ética normativa à moral diária. A uma tarefa principal era

justificar a existência da moral: veja de forma psicológica (como em Aristóteles o

Estagirita), metafísica (como em Aristóteles) e a forma transcendental (como em

Kant). A ética normativa, como no utilitarismo fala de numa moral de normas ou

regras, como a que oferece um critério perante novas normas. A diferença da moral

diária que sempre é normativa e a descritiva é que uma é imediata e a outra como

forma de ética normativa.

Ética naturalista e não naturalista.

71

Page 72: Livro de Ética

Esta ética foi proposta por G. E. Moore e que propõe uma ética não é

identificada com nenhuma forma de fenômeno natural que afetam a vida humana.

Éticas cognitivas e não cognitivas.

É aquela que são reconhecidas pela lógica: verdadeira em falsa. E que a

moral é alheia no conhecer.

A ética de Kant, Apel e Habermas (cognitivas, que sempre está sendo

vistas pela sendo verdade ou falsidade). O cognitivo não é só falso ou verdadeiro,

mas que aquele a argumentar com as normas de modo correto. As normas não

dizem se são verdadeiras ou falsas, mas se são corretas ou incorretas.

A ética de Kant distingue entre a validade da norma e a vigência da

norma, e como podem ser conhecidos na prática.

Éticas Móveis e dos fins.

As duas formas de éticas tratam da natureza humana como forma de

conduta e são diferentes nos métodos. A ética móvel realiza uma bula empírica das

coisas das ações, pois trata da conduta humana e a conduta humana muda muito.

No empirismo, sofistas, hedonismo e do utilitarismo trata da conduta do homem.

Através dos fins querem superar as dificuldades da ética móvel ao buscar

no trabalho e não na conduta do homem tudo sem aperfeiçoamento e plenitude

humana. a verdadeira essência do homem está em que o homem seja plenamente

homem, que seu fim ou sem seja a proposta da plenitude humana.

Éticas de bens e fins.

A primeira triste do bem moral que é a realização de com fim seu objetivo,

no obter um bem desejado. A outra é aquela que está no cumprimento de um

objetivo como: perfeição do indivíduo ou na perfeição da sociedade.

72

Page 73: Livro de Ética

Ética material e formal.

Esta é uma proposta de Kant. Os éticos materiais têm um critério de

moralidade, supõe que existe um bem, um fim ou um valor e base moral. Rende este

que pode ser, Ontológico, teológico, psicológico ou sociológico: que mostra como

descobrir um fim, um bem ou um valor supremo.

As éticas materiais estão abrigadas num fundamento da moral e não na

moralidade. Por isso, a recusa de Kant a todo fundamento da vontade que não seja

a lei moral mesma, como expressa da moral no homem: esta é, assim, a causa da

revolução de Kant em forma de moral.

As éticas materiais são heterônomas e que Kant propõe a autonomia da

vontade e uma ética autonomia deixa de ser material para ser formal. As éticas

formais são as que dependem não do bem moral, mas das formas dos mandatos. As

normas são determinadas formas da razão, no como de Kant, a forma racional das

normas se descobre a igualdade (num mundo de desigualdades) e da

universalidade. A contraposição entre ética material e formal feitas por Piaget e

Kohlberg sobre o juízo moral.

Esta revive o formalismo de Kant, Piaget que se ocupa as estruturas

morais. Com Kohlberg as éticas materiais são formas de consciências morais.

Éticas substanciais e de procedimentos.

As éticas de procedimentos são como herdeiras do formalismo de Kant.

Neste modelo temos Kohlberg, Apel e Habermas. Estes autores falam de uma ética

de como proceder na vida em comunidade. Este tipo de ética mostra a vontade

racional como que todas poderiam querer, que cada pessoa deseja adotar a

perspectiva de igualdade e que o ponto de vista moral pode querer e defender

mistérios universais.

73

Page 74: Livro de Ética

A ética de Rawls, o diálogo leva a cabo um modo idealizado uma

hipotética posição original nas pessoas morais que concordam com os princípios de

justiça para a estrutura básica da sociedade.

Para Kohlberg, a maturidade moral se busca e alcança no momento em

que a pessoa é capaz de conhecer os interesses de cada um no diálogo.

Na ética discursiva o diálogo deve ser pelas normas e as condições de

simetria.

As éticas substancialistas falam da moral da tradição da religião. É aquela

que trabalha da liberdade, da esperança do sentido da vida.

Ética Teleológica e deontológica.

A primeira e a que tenta dá correção ou incorreção das ações que levam

a coisas boas ou más, e que uma ação será correta ou incorreta em circunstâncias.

Uma utilizaria e a outra é de intuição.

M. Scheler e D. Ross são os teóricos destas éticas. Esta ética é aquela

qualifica numa ação. É aquela que discerne o que é bem não moral e o dever, e que

a máxima do bem não moral. A ética deontológica é a do dever antes do bem e que

só considera bom o adequado ao dever.

Ética da intenção e da responsabilidade.

Foi M. Weber quem diferenciou a ética da intenção e de responsabilidade,

entre a vocação política e a vocação:

“Quando entramos na ética, é esta a que corresponde que tipo de homem

tem que ser pena ter direito a por a mão na roda da história”.

O político é aquele que tem três qualidades: paixão, responsabilidade e

senso comum. Pois quando ter uma atitude moral tem que ter em conta sua

obrigação de responsabilidade.

74

Page 75: Livro de Ética

A atitude do político deve ser: a ética absoluta, incondicionada e a de

responsabilidade. A primeira parte tem que ter a convicção interna, a pureza de

intenção, a correção da religião e a convicção da religião.

O ético da responsabilidade tem como ação os afetos das ações e que

assume a responsabilidade. A ética da convicção ou da intenção tem sua ação

sobre a convicção do racionalismo comum-ético, e o ético da responsabilidade é a

má aceitação meio pena um fim bom. Mal e bem se encontram em reciprocidade

dinâmica.

B - Argumento moral e fundamental Ético.

1- A linguagem Moral.

Em nossa vida cotidiana sempre falamos e fazemos coisas com juízo

moral: a vida é injusta, a sociedade é má, muito roubo e assassinato; estes são

exemplos de juízos morais. Estes juízos fazem parte de nossa linguagem emocional,

por meio do qual falamos de nossos sentimentos. Eles fazem parte de nossa

linguagem religiosa, mediante o qual expomos nossas crenças mais ou menos não

demonstráveis. As nossas expressões sempre tratam de atos, e que estes atos são

agrupados em torno da linguagem.

A questão: até que ponto as nossas expressões que chamamos morais

constituem um tipo específico de discurso, distinto de outros discursos humanos, e

para explicar teríamos que assinalar os traços que diferenciam ao discurso moral

com os demais discursos. Esta preocupação vem dos filósofos desde a Antigüidade

e que se manifesta mais claramente a partir do chamado signo lingüístico da filosofia

contemporânea.

No início do século XX se observa um modo progressivo sobre as

questões essenciais da reflexão filosófica: já não é o ser, nem a consciência, senão

75

Page 76: Livro de Ética

o fato lingüístico, isto é, o fato de que emitimos mensagens que formam parte da

linguagem.

Tanto o neopositivismo lógico de Popper como a filosofia analítica de

Wittgenstein tornaria possível esta mudança no ponto de partida ao insistir na

necessidade de esclarecer os significados das expressões que tradicionalmente

formam parte da filosofia que mostram incongruências e incoerências nos sistemas

filosóficos tradicionais. Os resultados das investigações empreendiam não tem

limpado as questões filosóficas, senão que, tem contribuído para enfocá-las de uma

forma diferente e que tem ajudado a questionar melhor a maioria das questões,

embora que não as resolvam.

As dimensões das expressões lingüísticas.

Há distinção da expressão lingüística: sintática, semântica e pragmática.

A primeira trata da relação de uma expressão em relação com a outra dentro do

mesmo sistema lingüístico. Existem regras sintáticas ou gramaticais. As regras

sintáticas declaram incorretas ou corretas a construção de uma expressão. A

construção sintática correta é uma condição indispensável para uma comunicação

fluída entre os falantes, de modo que qualquer expressão se pretenda ter sentido na

regra sintática e a do código lingüístico que esteja utilizando.

A dimensão semântica trata da linguagem natural se estabelecem certas

relações entre os sinais (palavras) e significados a que se referem tais signos. Os

significados previamente estabelecidos funcionam também o modo de regras para a

construção de frases com sentidos.

A dimensão pragmática trata da relação entre as expressões lingüísticas

e os usuários das mesmas. A mesma expressão pode ser utilizada de formas

diferentes conforme a entonação do falante, conforme o contexto ou situação em

que se emite, conforme o social de quem emitem. Nestas regras pragmáticas que

regem a significação das expressões lingüísticas. Nos idiomas vários tem

implicações pragmáticas das expressões utilizadas, supomos que estamos falando

76

Page 77: Livro de Ética

do futebol, da raça, estamos afirmando que existe um modo pragmático de

expressar.

O significado de qualquer expressão não se pode conhecer se não

tivermos as informações deste modo pragmático.

As expressões morais como prescrições.

A análise lógica da linguagem moral torna relevante a análise própria do

discurso moral (Wittgenstein em Investigações). Os juízos morais podem ser

considerados como prescrições, como expressões destinadas a servir de guia para

a conduta própria, como padrão ou medida de valor da conduta do outro. Os juízos

morais se referem a atos livres, responsáveis e imprestáveis e nisto coincidem com

as prescrições jurídicas, sociais e religiosas. Pois a moral aparece também como

uma forma de conduta ou de forma religiosa.

Por outro lado, em contraposição aos imperativos dogmáticos (tem que

fazer, dever cumprir), as prescrições morais apresentam um caráter de razão, se

expressam como contendo de modo implícito as razões que estão em seus

mandamentos (não deve mentir e na forma de prescrição que tem parentesco o

argumento de que sem ela não seria possível confiar na comunicação mútua).

- A auto-obrigação são as normas morais que não podem ser cumpridas

só externas, mas conscientemente. As normas religiosas são deste

modo, o que caracteriza a auto-obrigação moral ao modo religioso não

é tanto a admissão em consciência da prescrição, mas o fato de que

sejam do homem mesmo e a ele os brigues, sem emanar de uma

autoridade distinta da própria consciência.

- A universalidade dos juízos moral é os que são válidos a todos os

homens em todos os lugares do mundo. Que são prescrições

jurídicas, morais e sociais, aplicados aos grupos humanos, no sentido

religioso, são os que enxergam na consciência à comunidade dos

77

Page 78: Livro de Ética

crentes, os imperativos morais se apresentam como extensivos a todo

ser humano.

- Incondicionalidade é a forma das prescrições morais sem

condicionais, são imperativas morais que questionado em nosso

tempo por alguns filósofos. Afirmam que podem conduzir a uma ética

de existência, frente a uma ética de responsabilidade. Que esta última

que está ligada às conseqüências das ações e que é necessário

manter o caráter incondicionado dos imperativos morais, ao menos

como ideal regulativo. A redução de tudo imperativo não

condicionados poderia comportar à longa morte da moral. A análise

das exceções é sempre interessante e necessário, por eliminação do

caráter incondicionado nos parece desaconselhável.

2- Estratégias de Argumentação Moral.

Os traços do fenômeno morais estão no ato da argumentação para

justificar ou criticar as ações, atitudes ou juízos morais, como próprios ou alheios.

A argumentação põe de relevo a tais ações, atitudes ou juízos têm

sentido se realmente se apoiam em razões que consideramos adequadas carecem

de sentido por não ter uma base em tais razões. A argumentação moral consiste na

exposição das razões que se consideram certos para avaliar ou desqualificar alguma

ação, atitude ou juízo moral. Existem alguns tipos de estratégia de argumentos

morais:

- Referenciar a um ato ocorre quando a pergunta se termos ajudados a

alguém respondem que era nosso amigo. Existe alguma norma moral

de ajudar aos amigos ou pessoas que pedem ajuda

- Referenciar a sentimentos que não tenta justificar uma ação, atitude

ou juízo moral mediante a recursos dos sentimentos próprios ou aos

do interlocutor. O modo de argumentar é insuficiente desde o ponto de

vista moral.

78

Page 79: Livro de Ética

- Referenciar a possíveis conseqüências se dá quando uma pessoa

justifica uma determinada ação por referência a uma mesma que

indica que é obrigada a evitar possíveis danos às crianças. A teoria

ética utilitarista é a única e definitiva forma moral: se considerado a

toda ação que gera uma maior utilidade possível de gozo, prazer,

alegria, satisfação e um menor dano em sofrimento, dor, pena e

desfeita.

A pretensão do utilitarismo é a que dá atenção as conseqüências

positivas ou negativas da ação ou da norma que é único fator a ter em

conta na argumentação da moral. A ação moral pode ser moralmente

obrigada. O utilitarismo não é capaz de ar razão do fato de que

geralmente falamos da moral de valor os sacrifícios da própria vida.

- Referencia a um código moral que está ligado a um até ou a um

sentimento torna implícita a alusão a alguma norma concreta que se

supõe vigente por parte da pressa a que argumenta. É a que justifica

uma ação, atitude ou um juízo moral é acrescentar a existência de

uma norma que considera unida a uma pessoa e se dirige à

argumentação.

A argumentação moral deste tipo é racionalmente aceitável e que se

coloca duas questões: a norma invocada é na realidade parte do

código moral ao que pretende acolher, não que seja a interpretação

que se faz dela inadequada, e se o próprio código moral que se

aponta é assim o fundamento racional vinculante. A primeira questão é

que fez parte de um código moral. A outra é se a diversão ética é

realmente diferente dos códigos morais.

- Referenciar à competência moral de certa autoridade é a que justifica

suas opções morais recorrendo a certa autoridade competente. A

autoridade e matéria de moral podem ser uma pessoa ou instituição:

os pais, grupo de amigos, presidente do partido, o Papa, tribunal de

justiça alheio ao próprio indivíduo. A argumentação é que torna

confiável uma norma que não é dita, mas que tem validade racional. A

referência a uma autoridade moral não tem que ser aceita pelo

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Page 80: Livro de Ética

interlocutor, e que as questões morais não existem nem pode existir

uma autoridade semelhante à autoridade política ou religiosa.

- Referencia à consciência está na vida cotidiana tem muito que as

apelam á própria consciência para justificar as ações, atitudes de

consciência tem de ser submetidas a mesma revisão da que temos

falado nos parágrafos anteriores: é preciso averiguar até que ponto é

racional valida a norma que se tem aplicado. As teorias éticas têm

obrigado uma dessas justificando racionalmente nossa eleição e assim

encontramos de novo no terreno da argumentação ética.

3- Fundamentos a Moral deixamos longe do fundamentalismo.

A principal tarefa da ética é dar razão ao fenômeno moral, isto é,

fundamentá-la. As expressões fundamentais e fundamentação estão em relação

com fundamentalismo como adesão cega, irracional e facilita a como os princípios

de caráter religioso, político ou filosófico. Fundamentar é argumentar, oferecer

razões bem articuladas para aclamar os valores frente ao outro, umas teorias frente

às outras, critérios aos outros.

As distintas teorias éticas fundamentam a moralidade: mas partem do ser,

outras da consciência e outras ainda da lingüística. Cada teoria destas éticas tem

um mesmo fim: investigar sem uma fundamentação da moral é possível, se é

racional.

As teorias apontam os sentimentos, as relações sociais e econômicas,

revelações religiosas ou outros fatores como elementos que constituem o

fundamento do fenômeno moral.

Nem todas as filosofias têm um espaço para a reflexão ética: Não

compartilham a convicção de que a filosofia deve tratar de fundamentar a vida moral.

80

Page 81: Livro de Ética

Algumas correntes filosóficas declaram que este objetivo é impossível: o

cientificismo, o racionalismo crítico, ou como um bem os desnecessário:

pragmatismo radical e mesmo os pós-modernos.

As recusas às fundamentações.

O cientificismo.

É um tipo de reflexão de filosofia que abrange a racionalidade no âmbito

dos saberes técnico-científico e humano e o que se refere ao irracionalismo. É uma

doutrina criada por Comte, Mach e o neopositivismo lógico. A repulsa cientificista a

toda fundamentação do moral se baseia na forma de separação que estabelece

entre os atos e os valores, entre o que é e o que deve ser, como Max Weber, os

cientistas entendem que a centralidade científica e condição indispensável de

objetividade, deixando as decisões morais para o âmbito subjetivo das decisões e as

preferências irracionais.

O cientificismo abre um abismo entre a teoria e a prática, entre o

conhecimento e a decisão: o conhecimento científico representa o objetivo, o

racional, a ausência de todo compromisso valorativo, porém que as decisões será

consideradas subjetivas, irracionais, arbitrárias e estarão contaminadas pelo

compromisso do sujeito com determinados valores.

A situação na que fica na Ética é deplorável: ao não poder alcançar

intersubjetividade no âmbito moral, não pode aspirar ao estado de ciência, salvo que

adote uma forma psicológica, sociológica ou genética no estados dos conteúdos

morais caráter normativo. A forma cientificista: a ética reconhece que não existe uma

racionalidade de moral, e depois se desvanece como disciplina que aspira a orientar

racionalmente as condutas ou a certa sua dissolução no seio das disciplinas

empíricas.

Racionalismo Crítico

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Page 82: Livro de Ética

K. Popper e H. Albert são os fundadores desta forma filosófica. Na ética

passou, como modo de um recurso um dogma ao que se considera auto

evidente, auto fundamentado, ou baseado na experiência ou na intuição

imediata. O dogmatismo que encobre a decisão depois com princípio

arquimedico a salvo de toda revisão crítica. A argumentação de H. Albert

concite em que ele mesmo se encontra apossado pelo decisionismo

dogmático que denuncia.

Pergunta-se porque teríamos de optar pela racionalidade (entendida do modo

fatalista) frente outras possíveis opções, sua resposta seria que “é uma

decisão moral de ordem superior, que constitui a base de ciência e da ética”.

Os valores ficam mais alem do que pode manejar a razão, como concebe o

racionalíssimo crítico. Se existe ou não a possibilidade de utilizar um conceito

de racionalidade diferente, que permite argumentar também em torno das

opções que fazemos por uns e outros valores.

O pensamento pós-moderno (pós-moral).

A posição pós-moderna também recusa toda a possibilidade de fundamentar

o moral, porque considera que a tradição filosófica pós-moderna tem sido

vitima de um enganoso encantamento centrado na epistemologia. A renuncia

ao que os filósofos chamam de razão total, pretensão ilustrada de um

conhecimento sistemático que mostra as relações entre os diversos aspectos

do real tornando um todo coerente. Como nos sistemas filosóficos de Kant e

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Page 83: Livro de Ética

Hegel, Nietzsche e Heidegger nós temos aprendido que é vão pretender tal

sistematização do ser, que mais bem tem que lhe deixar ser, abandonando os

meta-relatos totais porque são encobridores suspeitosos de nossa própria

debilidade decante do mundo. Reconhecer essa debilidade significa instala-se

sempre na finitude de nossa condição. A razão moderna (total, unificadora,

sistemática, que reivindica a atitude pós-moderna, fragmentária, respeitosa da

diferença, e partidária descentramento).

A perda do sentido emancipado da história, desmistifica a idéia de progresso,

abandono de qualquer construto utópico global e substituição deste por

propostas alternativas parciais que respondem a necessidades ou interesses

parciais.

Cultivar os valores estéticos que - sempre mudam, alheios à pretensão

valores éticos, aos que retalha de totais.

Olham ironicamente o com humor sobre todos os temas, desmistificando e

relativizando qualquer articulação, incluídas as próprias declarações.

O Neo-individualismo, recuperação do próprio corpo e das relações mais

próximas cultivo do âmbito privado, abandono do publico nas mãos dos

especialistas.

Etnocentrismo ético.

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Page 84: Livro de Ética

O etnocentrismo ético sustenta que é impossível justificar a bondade de uma

opção tendo por interlocutor a qualquer pessoa, a qualquer ser racional. As

posições etnocêntricas só podem ser justificadas numa decisão moral perante

o que compartilham um mesmo modo de vida. Nesta forma encontramos

atualmente esta reflexão de R. Rorty sobre a fundamentação moral que o

etnocentrismo é uma realidade insuperável: a objetividade com a que

sonharam os filósofos ilustrados como uma verdade universal sobre o ser

humano, de forma históricas ou geográficas – uma vã ilusão, u, encantamento

que difere o consenso social de nossas sociedades democráticas liberais.

A tentativa de fundamentar de alguma forma a concepção moral concreta

são atos que reavivam o enfrentamento e faz que ressinta a solidariedade,

que é o valor a fomentar no interior da comunidade a que pertencemos.

A idéia que existe no terreno teórico a todos os seres racionais tem caído em

descrédito através das formas de pensamentos de Nietzsche, Heidegger,

Gadamer ou das contribuições de Davidson que mostram as diferenças entre

as verdades permanentes ou contingentes.

A contingência é apresentada como a categoria central de nossas vidas.

Numa comunidade e tradição na que nos socializamos, falamos de

contingência com um determinado vocabulário. A fundamentação moral

universal se verão obrigados a ater-se a um ponto de vista não espacial e não

temporal.

A posição de R Rorty é denominada de pragmatismo radical. Este

pragmatismo entende que a verdade é “ aquilo que é bom para nós crermos” (

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Page 85: Livro de Ética

William James), que não tem mais verdade que a herdamos da concreta de

nossa comunidade. R Rorty dizia que a tradição democrática retirada do

pensamento de Thomas Jefferson, o qual aconselhava privatizar as

convicções religiosas como condição necessária para uma convivência

estável e solidária. R Rorty afirmava que o democrata tem um dever moral de

colaborar com o desencantamento do mundo e tem de pregar aa frivolidade

em prol da solidariedade.

Porque tomar estas coisas a serio, buscar fundamentos para a democracia ou

para uma moral suposta universal supõe permitir que o mundo continue

encantado, que sigam batalhando entre si as convicções religiosas e

filosofam, em detrimento do principio de tolerância. A tarefa do pragmatismo é

um é uma tarefa social pratica: ampliar o marxismo o acordo intersubjetivo em

torno da tradição democrática liberal.

5 – Moral Universal.

Estamos atravessando graves problemas com difíceis soluções. As soluções

políticas e econômicas pioraram as situações e a nível ética moral também

mostram as dificuldades para tais soluções: a fome, a guerra, ecologia,

catástrofes, etc.

Somente com a solução de uma moral universal setorial possível. K. o que

mostra que nos encontramos numa situação de paradoxo: a urgência de uma

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Page 86: Livro de Ética

moral universal é cada vez mais solicitada. O ethos mundial se torna possível.

“Uma ética humanitária e planetária”. (Boff, Teologia da Libertação).

Apel descreve esta situação de paradoxo é que a mentalidade cientificista não

foi capaz de resolver, e que os filósofos tem trabalhado erroneamente para buscar

uma moral racional e que a única moral será da seguinte maneira capaz de

solucionar as questões deste tremendo paradoxo.

- Apel coloca evidente a questão do, ainda mente o que a solução não é

lógica, sintática ou semântica como H. Albert pretendia. Aristóteles já falava dos

paradigmas de argumentos: a racionalidade e os axiomas. As fundamentações

filosóficas elaboradas por Descartes, Leibniz e Kant que buscaram as evidências

últimas do gênero dos axiomas lógicos - formais e no âmbito epistemológico a

dimensão pragmática da linguagem.

- Apel situa o problema da fundamentação no âmbito da busca das

condições transcendentais da validade intersubjetiva da argumentação, que

podem adiar na lógica de Kant, no sistema da coerência de Hegel, e na

semântica de Peirce ou na pragmática de Apel e Habermas.

- Uma fundamentação filosófica tem de consistir uma argumentação

reflexiva acerca dos elementos que podem ser colocados na auto contradição,

nem podem provar-se uma petição de princípio, posto que constituem as

condições que fazem possível que tenha sentido a própria atividade de

argumentar.

- Para fundamentar a moral não no sentido fundamentalista, mas como

sincronismo da busca de um primeiro princípio indemonstrável, a partir do qual,

como de deduzir-se um conjunto de normas morais, no sentido holista, atento a

total de condições que fazem possível o fenômeno a fundamentar. Este tipo de

fundamentação é o que praticou Kant quando buscava as condições de

possibilidades do fato moral. Hegel preferia falar de condições coerentes:

condições que fazem de um conteúdo concreto método relacional coerente. A

noção Hegel do fundamento filosófico. Tenta-se explicar as condições e

assinalam as categorias que fazem do discurso moral um fato coerente.

- Hegel se dedica muito à noção de fundamento e que esta noção

expressa em geral que o que existe tem que ser considerado, não como um

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Page 87: Livro de Ética

imediato existente, não como algo posta. A noção de fundamento assinala a

necessidade de reflexão porque o imediato o dado, o puro se não é real e

verdadeiro, senão que necessita a mediação reflexiva para a ceder ao nível da

verdade. A formula expressa o recusar que é o que Leibniz dizia sobre o

“princípio de razão insuficiente”. Para compreender de que modo entenderam

Leibniz e Hegel sobre este princípio, o próprio Hegel fala que são formas de

intelecção da categoria de fundamentos e do principio da razão suficiente. Estes

fundamentos são: formal, real e a razão suficiente.

- O fundamento formal, a teoria ética como no hedonismo e o utilitarismo

se situam neste modelo de fundamentação da moralidade, posto que os

argumentos que acrescem para justificar a forma moral. Ela explica a origem do

conteúdo dos juízos morais. Faz referencia à natureza humana psicológica em

sociológica. na medida em que a referencia se situa no nível empirista, tais

teorias ignoram algumas das categorias necessárias para dar razão suficiente da

forma moral.

- O fundamento real expressa a eleição arbitraria de algumas das

determinações de fenômeno a fundamentar, alegando que tal determinação que

constitui este fundamento. Hegel propõe supor que alguém diz que o fundamento

da qualidade pedra é à força da gravidade, para fundamentação adequada da

moralidade não deveria relacionar de modo arbitrário nenhuma das

determinações contidas nela.

Fundamento moral.

Conforme a ética de Kant, tem moral em que o universo existe um tipo de

seres que tem um valor absoluto, e os purismos não devem ser tratados como

instrumentos, tem moral porque todo ser racional é fim em si mesmo e no meio pra

outra coisa. A moral em que as pessoas são seres absolutamente valiosos. Em Kant

o homem valioso, sem valor não esta nos instrumentos ou mercadorias, será que

seu valor reside neles mesmos.

Os objetos que podem ser mudados nas relações comerciais que são tipos de

mercadorias e que são coisas relativas valiosas e que vem satisfazer necessidades

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Page 88: Livro de Ética

e desejos humanos (valor de uso) e que mudam na medida em que podemos dar

equivalência entre elas e fixar-lhes um preço (valor de mudança). A autonomia da

pessoa se constitui no centro da fundamentação de Kant: tem moral porque os

humanos têm dignidade, e tem dignidade porque está dotado de autonomia. As

normas autenticamente morais serão aquelas que as pessoas possam considerar

como válidas para todas, as que representam o que toda pessoa queria para toda a

humanidade.

O discurso de Kant é para os direitos do homem e para os das obrigações

morais, e servem de orientações morais para a conduta, posto que dele se segue

que quem deseja comportar-se racionalmente tem de evitar a todo visto instrumento

para as pessoas, já que elas não são instrumentos. Estes levam a mandatos

negativos e positivos; os negativos em proibições são denominados de deveres

perfeitos ou imperfeitos. As proibições são consideradas como referia das as ações

mais, e os deveres perfeitos que em princípios não admitem graduação nem

exceção.

Nesse sentido, a moralidade apresentar uma dupla vertente: é algo normal na

medida em que todos os mandatos morais gerais retêm mais gerando na vida social

e tem sido assimilado pela pessoa através do processo de socialização, pois

também pessoal. Os mandatos morais apontam para a defesa de algum aspecto da

desigualdade da pessoa: a vida, a forma, diferente a dispor de certos bens em

propriedades, sem direito a ser informado com a verdade. Os deveres morais e os

valores que o sustentam não podem ser concebidos numa ordem hierárquica

absoluta e rígida não significa que estejamos afirmando a chamada a ética de

situação e menos amida o relativismo moral nem o ceticismo.

C - ÉTICA APLICADA.

A ética aplicada é aquela denominada em que a moralidade e a

fundamentação são aplicadas em vários âmbitos da vida social: a política, economia,

empresa, medicina, engenharia, genética, ecologia, meios de comunicação.

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Page 89: Livro de Ética

Existem alguns princípios éticos como no utilitarismo (ligar maior prazer de

um número maior), o de Kant (tentar as pessoas como fins em si mesmos e não

como meios), a ética diabólica (não tomar como uma norma concreta se não a

decidem todos os afetados, pois ela, após um dialogo celebrado em condições

dessimétrica).

A ética aplicada nos âmbitos sociais de uma sociedade pluralista moderna

tem que Ter em conta a moral cívica que rege neste tipo de sociedade, posto que se

trata de uma moral que conta com sólidos fundamentos de filosóficas e que já

reconhece determinados valores e direitos como patrimônio comum de todos os

seres humanos. Para esta forma de ética aplicada temos alguns modos:

característica, aplicação da ética do discurso em K. O. Apel.

Casuística dedutiva.

A ética aplicada é meio confusa, provocar uma sensação de que a ética conta

com um conjunto de princípios claros e que só se trata de aplicá-los começamos

concretos de uma maneira prudente. A ética aplicada funcionaria então de um modo

dedutivo, já que partiria de um dos axiomas desde os quais extrairia condições para

as situações concretas. A cosmética seria a ante de aplicar qualquer tipo de

princípio moral que se tenha em mãos os casos concretos. Esta ética casuística

primeira começa com Platão e Aristóteles e depois com Tomas de Aquário e

Espinoza, que se refere com no silogismo prático: O momento universal e

constituído por princípios universais e axiomáticos.

Recorre um modelo de aplicação semelhante seria necessário contar com

princípios materiais universais. J. Rawls fala dos princípios da justiça. O principio da

ética discursiva pretende valer de tornar universal e rumo procedimento.

A ética atual aplica em várias formas diferentes da vida social: medicina,

empresa, genética, meios de comunicação e ecologia.

Casuística Indutiva.

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Page 90: Livro de Ética

Estatística pressupõe a uma substituição dos princípios ou axiomas pelas

máximas, entendidas como critérios sábios e prudentes de atenção pratica no que

coincide todo o mundo no menor a maioria, ou ao menos os especialistas. As

máximas são o resultado da sabedoria praticados homens e em culturas, e resultam

num mesmo a ajuda mais valiosa para tomar decisões que os princípios de uma

suposta razão pura. O principal problema não é, pois o do comunismo (resolver

casos concretos), mas a dos princípios (descobrir princípios universais).

A cosmética segundo é um método de aplicação de caráter retórico e pratico,

entendendo por retórica a arte de relatar juízos prováveis sobre situações individuais

e concretas. Este tipo de juízos, que alcança a probabilidade e na certeza, as

soluções dos conflitos não se alcançam pela aplicação de axioma, formuladas a

priori, senão pelo critério convergente de todos os homens, ou no menor dos

maiores prudentes e sábios, expressados em formas de maiorias de atuação. Existe

um principio ético que constituem o transfundo de uma cultura social e política

democrática e pluralista se modula de distinta forma nos distintos modelos de vida

social.

Além da dedução e indução.

A ética do discurso em K. Apel e J. Habermas tratam de fundamento da moral

que se transforma no diálogo do principio formal de Kant da autonomia da vontade

no principio de procedimento da ética discursiva.

K.O. Apel fala da perspectiva dialógica dos conceitos de pessoa e

desigualdade. A pessoa se nos apresenta agora como um interlocutor válido, que

deve ver se conhecido pela comunidade dos falantes. A idéia de igualdade se torna

agora comunicativa, nos modelos em que nenhuma pessoa, nenhum interlocutor

válido pode ser excluído a priori da argumentação quando está implícita as normas

que a afetam.

A ética tem a missão fundamentar a dimensão normativa da moral coincide

em Apel e Habermas as quais deveu de ética comunicativa a ética de

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Page 91: Livro de Ética

responsabilidade: “trabalho com o se não como nos membros de uma comunidade

ideal de comunicação”, dizia Apel. Ou como diz Habermas: “trabalhar como se

fossem válidos daquelas normas de ações com as que poderiam estar de acordo

todos positiveis afetados como participantes num discurso pratico”.

O novo imperativo ético junta Apel com Habermas: “trabalha sempre de tal

modo com situação vai encaminhada a por os seres de uma comunidade ideal de

comunicação”.

Ética Hermenêutica.

A ética deontológica tem uma estrutura aplicada, mas que pode ser uma

hermenêutica critica, porque é nas formas referentes modelos de vida social onde

está o transferindo do princípio ético. Esta forma mostra como descobrimos

diferentes modos de vida a peculiar modulação dos principio comum. O princípio da

ética do discurso é uma orientação, o que significa que precisamos contar com

outras tradições éticas para compor o modelo de aplicação.

A ética social

Também chamada de ética de sob intenção, e pode ser entendida como ética

aplicada em que e mais importante a inteligência da boa vontade. Por isso é

necessário transitar da lógica da ação individual a da ação coletiva, moralizar as

instituições e as organizações, de sorte que as conseqüências sejam benéficas. A

ética pode ser dividida em: sanitária (medicina e enfermagem), investigação tal a

terminológica, a economia, empresa, ecologia, meios de comunicação às

organizações e instituições sociais e as atividades profissionais e ofícios:

- As metas sociais e seus sentidos;

- Os mecanismos adequados para ameaça-los uma sociedade moderna;

- O marco jurídico político corresponde à sociedade em questão,

expressado na constituição e na legislação urgente;

- As exigências da moral avaliam como alcançar a sociedade.

- As exigências de uma moral críticas colocadas pelo principio da Ética

discursiva.

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Page 92: Livro de Ética

1 – O Âmbito da Ética Aplicada.

Bioética e aquela que trabalha desde questões ecológicas a clínica,

investigação com humanos que até os direitos dos animais. A bioética seria uma

pratica, uma maneira de enfocar toda a ética desde a perspectiva da vida

ameaçada. O princípio de justiça que tenta responder a pergunta: quem deve

receber os benefícios da investigação e sofrer nas cargas.

O princípio de justiça é o mais recente na consciência medica e na

consciência social. Um mundo como o nosso, no que os recursos são escassos e as

necessidades são muito amplas e variadas, recontamos de critérios para administrar

tais recursos de tal maneira que o resultado seria considera justo.

Pertence ao caso da bioética: o anuncio, eutanásia, a sorte provocada.

Gen - ética é aquela que trabalha no terreno da engenharia genética ou

deporta algum receio nos setores sociais, um conjunto de conhecimento que coloca

as mãos das pessoas o poder de decidir o futuro da evolução biológica de muitos

seres vivos à espécie humana.

Ela trabalha com técnicos desenvolvidas no campo que permitem aplicações

e erradicações de certas enfermidades hereditárias ou a conseqüências de novas

espécies de animais e vegetais que possam ser úteis a humanidade por qualquer

motivo (econômico, ecológico, sanitário) e que permitem aplicações discutíveis como

a possibilidades de criar novos tipos de seres humanos a partir de modificações

genéticas: inseminação artificial, fertilização in-vitro, clonagem, desde do sexo dos

embriões.

Ética Econômica é aquela que considera as questões econômicas nas suas

relações com a ética. A questão essencial da ética econômica. É igual a equidade e

a justiça como valor típico de moral e a questão da eficiência como valor mesmo da

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Page 93: Livro de Ética

economia a atividade de economia. Emissão uma compreensão para produzir bens

e serviços junto com uma distribuição para o consumo de produto. A economia é

uma atividade social, uma forma de contribuir a manutenção e melhoria da própria

sociedade. A equidade não se opõe a busca da eficácia econômica, porque se

entendemos que o fim social da economia é a satisfação de necessidades humanas,

a equidade se converte numa das condições que fazem possível uma verdadeira

eficácia.

Ética empresarial é aquela que trata sobre a Ética cívica, se as empresas

que constituem o pular fundamental da atividade econômica moderna, podem adotar

uma razão moral em seus comportamentos. Se as empresas como se pensa em

geral tem a convicção de que o negócio é negociar em geral os negócios e as

gestões de uma empresa e precisa deixar uma ética comum de administração e

concentra na obtenção de benefícios com todos os meios a nosso alcance, tendo

como único limite os do comprimento da legalidade e a sujeição das leis do

mercado.

Esta trata da ética dos negócios, que restaura o valor da confiança; as

empresas que aditam certos valores éticos como guia de seus comportamentos,

tanto nos mistérios da empresa como de cara ao exterior, como se relaciona a forma

da empresa (provedores e consumidoras).

Ética Ecológica trata do desenvolvimento sustentável, e denominadas

classes de medidas eficazes para fazer frente aos problemas tão graves como a

desflorestação, chuva a vida, e atmosfera, a camada de ozônio, o tratamento de

produtos tóxicos, a contaminação das águas, a biodiversidade.

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Page 94: Livro de Ética

BIBLIOGRAFIA.

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