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CONTRIBUIÇÕES, A UM DIRETOR DE ESCOLA DE 2° GRAU, PARA O PLANEJAMENTO CURRICULAR EM NIVEL DE
UNIDADE ESCOLAR
2a. EdiçãoBrasília - 1979
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL João Baptista de Oliveira Figueiredo
MINISTRO DA EDUCAÇÃO E CULTURA Eduardo Mattos Portella
SECRETARIO GERAL João Guilherme de Aragão
SECRETARIA DE ENSINO DE 1o E 2o GRAUS Zilma Gomes Parente de Barros
COORDENADORA DA ASSESSORIA TÉCNICA Julcelina Friaça Teixeira — DAS 102.2
CHEFE DA AREA DE ASSUNTOS PEDAGÓGICOS Ilma Passos Alencastro Veiga - DAS 102.1
ELABORAÇÃO Clarilza Prado de Sousa — Mestre em Educação Dirce Gomes - Diretora de 2o grau
SUPERVISÃO Maria Amélia Azevedo Goldberg — Pesquisador Senior da Fundação Carlos Chagas
Por meio dele, torna-se evidente a função mestra do diretor escolar como peça fundamental no planejamento do currículo. Fornecendo subsídios concretos e reais a uma programação de atividades, o docu-mento aponta elementos valiosos para um projeto objetivo dentro da escola renovada.
A SESP entrega, portanto, aos interessados esta republicação, consciente de que terá dado um passo seguro na busca dos novos hori-zontes, abertos pela reformulação do ensino nacional.
Prof? Zilma Gomes Parente de Barros
SECRETÁRIA DE ENSINO DE 19E29GRAUS
APRESENTAÇAO DA 1a EDIÇÃO A escola, concebida como organização social com atribuições institucionalmente definidas, para atingir seus objetivos específicos, passa a depender do trabalho cooperativo de professores, diretores, supervisores, orientadores educacionais, inspetores e da comunidade.
Este primeiro documento, dirigido a diretores de escolas, destaca seu papel integrador no processo de planejamento curricular.
As contribuições apresentadas são enriquecidas com exempli-ficações, com fatos reais da vida da escola, obedecendo os seguintes passos:
1) diagnóstico do sistema escolar, compreendendo as fases de levantamento legal e o delineamento de informações úteis para o diagnóstico;
2) reflexão sobre o planejamento curricular, enfatizando o pro-blema da garantia de que os dados obtidos e as análises realizadas venham, de fato, interferir no processo;
3) tomada de decisões, ressaltando a importância dos dois con-ceitos básicos que norteiam esse processo, ou seja, quais as formas mais eficientes de alcançar mudanças e quais seriam as mudanças mais eficazes a serem pretendidas;
4) elaboração e divulgação do plano curricular, conceituado como um documento básico, um roteiro de ação, contendo informações referentes a todas as atividades da escola: peda-gógicas, administrativas e técnicas.
O documento tem a preocupação de demonstrar que o planeja-ento curricular de uma escola é responsabilidade de todos e que a participação de cada um só se torna eficaz na medida em que conheça e execute a sua função, destacando-se especialmente a do diretor.
É desejo do DEM que esta contribuição possa alcançar os objeti-vos a que se propõe e, portanto, propiciar a melhoria qualitativa do ensino de 2o grau.
J. Torquato C. Jardim
INDICE
CAPITULO I Introdução ...................................................................................... 13
CAPITULOU Diagnóstico da situação escolar ................................................. 17
CAPITULO III Preparação do Planejamento Curricular (Pré-planejamento) ........................................................................ 37
CAPITULO IV Tomada de decisões...................................................................... 47
CAPITULO V
Elaboração e divulgação do Plano Curricular ............................. 59
GLOSSARIO .......................................................................................... 73
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA .............................................................. 79
ANEXOS................................................................................................. 83
I - INTRODUÇÃO
I - INTRODUÇÃO
Somente quando se compreende o planejamento curricular1 como uma tarefa contínua que comporta progressos cumulativos é que, real-mente, ele se torna viável e fator de integração. Desta forma, nao estamos apresentando aqui, um Modelo de Planejamento Curricular acabado, mas um roteiro para o desenvolvimento do Planejamento Curricular em nível de escola de 2ograu. Um roteiro de atividades, independente do nível de progressos ou estágios atingidos por uma Unidade Escolar São contribuições sobretudo práticas, que têm como objetivo, organizar e suavizar as tarefas atribuídas a uma equipe de direção2 de escola oficial, durante o ano letivo.
Esta preocupação com a prática orientou de tal forma nosso trabalho, que embora reconhecendo que todo planejamento curricular deva começar por uma tarefa de reflexão sobre elementos filosóficos, biopsi-cológicos, sociológicos e econômicos, propomos uma reflexão baseada em elementos informativos fatuais, que permitam a elaboração do diagnóstico escolar.
0 que propomos é uma contribuição para refletir, não teoricamente, mas com base em resultados práticos e à medida que eles possam se tornar signicativos para a equipe escolar .
Entendemos também que a equipe de direção de uma escola (dire-ção, assistente de direção, orientador educacional, supervisor) ou somente o diretor tem um papel fundamental no desenvolvimento do Planejamento Curricular. Contudo, não é uma tarefa para ser desenvolvida de forma solitária, ela exige a participação de todos os elementos da escoia. Para isso, é preciso que se definam os papéis dos diferentes grupos nas fases do trabalho. A participação indiscriminada de todos, em qualquer fase, poderá comprometer a qualidade do trabalho e a integração do grupo.
As contribuições apresentadas estão sintetizadas no roteiro que se-gue, a fim de que antes de iniciar a tarefa, se tenha uma visão global do que é proposto.
Todas as atividades apresentadas são exemplificadas com fatos ou dados de nossa experiência escolar e, no final de cada atividade, apre-sentamos folhas-tarefas Dará que se possa elaborar o Planejamento Cur-ricular.
Portanto, o que se espera no final da leitura deste documento é que se tenha compreendido praticamente o que é Planejamento Curricular e se possa realizá-lo sem dificuldades.
Il - DIAGNÓSTICO4 DA SITUAÇÃO ESCOLAR
ROTEIRO PARA O PLANEJAMENTO CURRICULAR EM NIVEL DE
•UNIDADES assunto)
OBJETIVOS (para que?)
FASES ATIVIDADES (o que?) PERIODO DE
REALIZAÇÃO (quando?)
(como?) (quem executa? I
1 Preparo do embasamento legal
1.1 Compilação e análise da legis-lação de 2o grau. Federal e Esta-dua l.1.2 Compatibilização do Regimento interno da Escola com a legislação analisada.
outubro a dezembro Agrupamento dos Diretor e Assist
textos legais Direção Sessões de estudo Equipe de Dire-ção Comunicados es- Diretor e Assist critos Direção
Diagnótsico da Situação Escolar
Caracterizar do modo mais preciso possivel, os aspectos da escola, economia e sociedade local, que afetam o processo ensino-apren-dizagem, de modo a permitir tomadas de decisões realistas e exeqüíveis no planjamento curricular.
2 Manipulação de dados
2.1 Delineamento das informações a serem coletadas, procedimentos de coleta, organização e análise dos dad os.2.2 Col ta dos dados e2.3 Organização e análise dos dados coletados.
julho e agosto outubro a dezembro dezembro
Sessões de estudo Equipe de Dire-' ção Equipe de Direção e Professores Sessões de estudo Equipe de Directo
1 — Apresentaçao e discussão do relatório do diagnóstico da situação escolar e mercado de trabalho
dezembro (período desti-nado s avaliação do Plano Curri-cular)
Reunião Equipe de Dire-ção Professores e Pessoal Admi-nistrativo
2 — Seleção das matérias para a elaboração da grade curricular
dezembro (período desti-nado è avaliação do Plano Curri-cular)
Grupo de trabalho e reunião
E uipe Direção qe Professores
3 Elaboração da grade curricular e calendário escolar
janeiro Sessão de estudo Equipe de Dire-cto
4 Composição do corpo docente e técnico
fevereiro Diretor
Preparação do Planejamento Curricular
Apresentar, a todos os elementos responsáveis pelas experiencias de aprendizagem oferecidas aos alunos, o diagnóstico da situação escolar e mercado de trabalho local para envolve los e prepará-los ou para a tomada de decisões ou para o desenvolvimento do currículo.
5 Apresentaçao e discussão da grade curricular, calendário elaborado com base no diagnostico da situação escolar, mercado de tra-balho e legislação pertinente.
fevereiro (início do período de planejamento)
Reunião Equipe de Dire-ção Professores Pes. Administra-tivo
Tomada de Decisões
Decidir sobre planejamento, exe-cução a avaliação de currículo com base nas informações obtidas anteriormente.
1 Decisões gerais
1.1 Sel ção dos objetivos da escola. e1.2 Definição da metodologia básica a ser utilizada pela escola, no processo ensino-aprendizagem. 1.3 Definição da sistemática de ava-liação, promoção e recuperação dos alunos. 1.4 Definição da sistemática de ava-
fevereiro (período de planejamento)
Ia.
2 Decisões especí-ficas
2.1 Seleção dos objetivos específicos das habilidades adotadas pela es-cola. 22 Seleção dos objetivos específicos das disciplinas, com base nas "PROPOSTAS CURRICULA-RES" e objetivos da escola. 23 Seleção e ordenação do conteúdo pro ramático das disciplinas. g2.4 Definição dos procedimentos de ensino e avaliação des disciplinas, coerente com a metodologia e sistemática de avaliação adotada pela escola.
fevereiro Equipe de Direção e Professores Professores, Co-ordenadores de Area e Supervisor Escolar (ou Coordenador Ped.) Professores. Co-ord. Area e Sup. Escolar (ou Co-ordenador Ped.) Professores, Coord. Area e Sup. Escolar (ou Co-ordenador Ped.)
1.1 Elaborar o documento síntese das decisões tomadas-Planeja-mento Curricular que sirva de guia das ações a serem desen-volvidas na escola. Divulgação do documento, aos elementos que participam do desenvolvimento do currículo e aos alunos.
Elaboração do Plano Curricular, extraindo dele documentos que permitam sua divulgação em dife-rentes níveis. Proceder à divulgação e comentário dos mesmos.
fevereiro e março Equipe de Direção
e Professores
Elaboração e Divulgação do Documento
PLANO CURRICULAR conjunto r as decisões, procedimentos e avaliação
das experiencias que
serão realizadas na escola.
H- DIAGNÓSTICO4 DA SITUAÇÃO ESCOLAR
Como vimos no capítulo anterior, o planejamento curricular é uma tarefa contínua em uma Unidade Escolar. Documentos como piano Curricular5 (Plano da Escola — PE — ou Plano Global de Ensino — PGE), Programas6, Projetos7, Planos de Ensino8, podem ser escritos em determinados momentos, em datas determinadas, mas sua execução, revisão, avaliação, deve ser uma preocupação constante da equipe escolar. O processo contínuo do planejamento curricular deve ¡niciar-se pela etapa de Diagnóstico da Situação Escolar.
A realização do Diagnóstico compreende basicamente duas fases: Preparação do embasamento legal Delineamento das informações9 úteis para o Diagnóstico.
Preparação do embasamento legal
Na fase de Preparação do embasamento legal, as atividades principais a serem desenvolvidas são a compilação e análise da legislação de 2o grau. Federal e Estadual e a compatibilização do Regimento Interno da ola com a legislação analisada.
Como a compilação da legislação deverá abranger Leis, Decretos, areceres e Resoluções Federais e ainda Portarias e Comunicados, que digam respeito ao aluno em geral, ao ensino de 2o grau em especial e ao pessoal técnico, docente e administrativo da escola, é bastante difícil que o diretor ou a equipe de direção de uma escola consiga organizar estes dados sozinha.
No entanto se diretores procurarem desenvolver esta tarefa coope-tivamente entre suas escolas, o trabalho ficará bem simplificado. Cada equipe de direção de uma escola poderá ficar responsável por compilar ma parte da legislação.
Quantas escolas existem próximas da sua? Quais os diretores que /ocê conhece, que dominam bem alguns aspectos da legislação, melhor io que você?
Esta tarefa deveria iniciar-se ou ser retomada por volta de outubro, para se ter a conclusão e divulgação por volta de janeiro, período de pla-nejamento para o ano seguinte.
Tem sido bastante útil, para o funcionamento geral da escola, a divulgação de uma síntese que temos feito daquilo que interessa ao aluno, professor, pessoal técnico e administrativo.
Geralmente fazemos a divulgação sob a forma de comunicados, contendo quadros-síntese como os que se seguem.
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B) - Delineamento das informações úteis para o Diagnóstico
Após o domínio da fundamentação legal, é que a equipe de direção tem condições de definir O QUE QUER CONHECER para melhor descrever a problemática geral da escola e poder escolher alternativas viáveis para a solução dessa mesma problemática. Feita esta definição, está também estabelecida a abrangência do diagnóstico para o próximo ano.
Quanto ao diagnóstico, todos nós concordamos que ele deve infor-mar O QUE e COMO acontecem as coisas na escola (DESCREVER), QUAL A SUA IMPORTÂNCIA na ordem dos acontecimentos (AVA LIAR), POR QUE acontecem (EXPLICAR) e O QUE DEVERÁ OCORRER NO FUTURO se nao interferirmos para dirigir os acontecimentos (PREVER), mas . . . por onde começar?
Como o planejamento curricular é um processo contínuo, costu-mamos partir da síntese dos resultados obtidos no ano anterior, (reunião das opiniões daqueles que trabalham na escola, após o confronto dos resultados esperados, com os obtidos).
Na Escola de 2o grau, onde trabalhamos (pequena, situada num municipio também pequeno, próximo a uma grande capital) tivemos um sério problema com o rendimento escolar dos alunos. Tínhamos, como um objetivo importante da escola, que atingir 75% de promoção e atingimos apenas 55,7%. Este dado1 ° foi considerado, pela "equipe", como alarmante e passamos a concentrar esforços no seu estudo.
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QUADRO GERAL DE AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO - 1977
Evidentemente, um tal resultado foi produzido pela interação de inúmeros fatores externos e internos à escola. Procuramos agrupar O QUE JA SABEMOS sobre tais fatores, com base na avaliação final e diagnóstico do ano anterior: opinião dos professores, equipe técnica e de direção e chegamos ao seguinte quadro:
As 44 informações que temos apresentam diferentes graus de preci-são. Já havíamos notado anteriormente, a necessidade de obter informa-ções mais precisas, que pudessem ser utilizadas para a análise da proble-mática. O que estamos também chamando de "dado alarmante", uma baixa porcentagem de promoção, 55,7%, caracteriza uma situação pro-blemática bastante complexa. Ficou bastante claro, para a nossa equipe, a necessidade de melhorar as informações no próximo diagnóstico, pa- a definir mais exatamente os problemas que compõem a situação de 'baixa porcentagem de promoção."
Você já lavantou o número de informações com que conta sua es-cola? Já verificou se a qualidade das informações permite a realização de uma boa análise da situação? Seus problemas são definidos aglome-adamente, ou você já conseguiu defini-los "analiticamente" (subdivididos em unidades mais simples)? Se você não realizou esta etapa, sugerimos que faça as folhas-tarefas nos 1 e 2.
1. Análise das informações obtidas
Nossa equipe, estudando os fatores externos, considerou que deve-ríamos melhorar as informações sobre mercado de trabalho, com o objeti-vo de rever as habilitações oferecidas pela escola. Como a escola pouco ou nada pode interferir nos fatores externos, passamos a dar mais atenção aos fatores internos e mais particularmente aos pedagógicos. Percebemos que algumas das informações são verdadeiros problemas a ser solucionados e que necessitamos de outros dados para estudá-los. Fizemos uma primeira triagem e excluímos os itens no 17, 18, 21, 22, 24, 28, 2o, 31 por julgarmos que, de imediato, nada poderíamos fazer a respeito. As informações de no 38 a 44 serão analisadas pelo pessoal administrativo, num momento posterior.
Prosseguimos reescrevendo os itens selecionados para estudo e verificando se eram simples informações a serem utilizadas no esclare-cimento de algum problema ou se eram problemas em si. Consideramos como problema a diferença (desvio) entre o que deveria ser (objetivo) e o que realmente é (produto obtido).
NP inf. (1)
0 QUE JA SABEMOS (o que é) (2)
OQUE DEVERIA SER (ob etivo) j(3)
DESVIO OU PR BLEMA O(4) OBSERVAÇÃO (5)
20 A minoria busca informação. Na escola de 2o grau a maioria dos alunos deveria estar interessada em informação profissional.
Não sabemos ao certo, por falta de dados concretos.
Por meio de instrumentos adequados, saber o que os alunos buscam na escola
23 Não possuem hábitos de lazer. As pessoas devem alternar trabalho com lazer, para ter boa saúde.
Nao alternam lazer com trabalho, por falta de hábito.
Por meio de instrumentos adequa dos, verificar se é caso de falta de hábito ou de tempo (oportunidade)
25 Freqüência irregular as aulas. Todos os alunos deveriam freqüentar regularmente as aulas de todas as disciplinas.
Não se sabe ao certo o tipo de irregularidade, quantos alunos e quais as disciplinas.
Por meio de instrumentos adequados, verificar tipo de irregularidade na freqüência, n
o de alunos que apresenta tal
irregularidade, em que disciplinas, etc.
26 Não possuem hábitos de estudos e desconhecem técnicas que facilitem o aprendizado.
Alunos de 2o grau já deveriam dominar as técnicas elementares que facilitam o processo ensino-aprendizagem.
N3o se sabe ao certo quais as técnicas que faltam e em quantos alunos.
Por meio de instrumentos adequados, verificar qual o tempo destinado ao estudo, pelos alunos, como é feito o estudo e identificar as falhas ou ausência de técnicas.
27 Professores com formação adequada, inexperiência e com tempo disponível para aperfeiçoamento (15%)
Todos os professores deveriam ter formação adequada à experiencia.
15% dos professores são inex-perientes, mas tem formação adequada.
Verificar quais os professores inex-perientes, campo específico da inexperiência, horários disponíveis, disponibilidade da instituição e do sistema para oferecer treinamentos (se for o caso).
30 Professores com formação adequada, bom desempenho, tempo disponível e colaboradores constantes (5%)
Todos os professores tendo formação adequada, bom desempenho e espírito de colaboração.
5% apenas, dos professores, apresentam tais características.
Verificar quais são os professores e o horário disponível dos mesmos. Cuidar para que não sejam sobrecarregados (ou "explorados")
32 Faltas constantes dos professores. Assiduidade dos professores para garantir a continuidade do processo.
Nao se sabe ao certo quantos, quais e como é o trabalho dos substitutos.
Verificar, por meio de instrumentos adequados, tipo de freqüência de faltas por professor, disciplina, período, existência de substituto, providências tomadas durante as ausências em relação aos alunos etc
Se você, ao executar a Folha-tarefa n9 2, obteve algumas dezenas de informações para examinar, sugerimos que faça uma segunda triagem, antes de prosseguir o trabalho. Os critérios para esta segunda triagem devem ser estabelecidos pela sua equipe de direção. Em nossa escola, por exemplo, o grupo optou por examinar as informações em 3 momentos. No 1Q momento foram selecionadas as informações mais diretamente relacionadas com aspectos pedagógicos, e que, num consenso geral, sentimos que poderíamos interferir para melhorá-las, ou encaminhar a solução dos problemas. 0 grupo que trabalhou neste momento era formado também pelo corpo docente. No 2o momento foram selecionadas as informações de ordem administrativa, com a participação do pessoal administrativo. No 3o momento foram selecionadas as informações referentes a aspectos financeiros, com a participação de representantes do pessoal docente, administrativo e APM.
Os critérios escolhidos pela sua escola, provavelmente serão outros, mas quaisquer que sejam eles, a montagem de um quadro-síntese como o da Folha-tarefa n° 3 facilitará a continuação dos trabalhos. Sugerimos que você a execute.
F0LHA-TAREFA No 3
Releia, com os membros de sua equipe de direção, as informações registradas na Folha-Tarefa n° 2 e selecione aquelas que o grupo, por meio de um consenso, sente mais condições de:
— melhorar sua qualidade num próximo diagnóstico; — interferir nos acontecimentos e encaminhar uma solução dos pro-
blemas já definidos.
Registre o número das informações selecionadas na coluna (1) do quadro apresentado a seguir. Na coluna (2) descreva a informação sele-cionada, ela define o que está acontecendo, como vocês a estão perce-bendo: O que é. Na coluna (3) defina O que deveria ser, quais os objetivos esperados, como vocês acham que deveria ser. Na coluna (4) você terá o desvio do que é com o que deveria ser: os seus problemas. Na coluna (5), as observações a serem registradas devem ser decisões a serem tomadas para tornar mais precisas as informações obtidas.
Deste quadro, partiremos para a elaboração do próximo diagnóstico da escola, com vistas ao planejamento curricular no próximo ano letivo de 1978 (ou períodos maiores se assim o desejarmos).
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2. Esquema da avaliação diagnóstica
A comparação do O QUE É, que se obteve como resultado e O QUE DEVERIA SER obtido, nos definiu uma série de desvios que chamamos de problema.
O objetivo da avaliação diagnóstica é investigar os problemas e por-tanto, definir causas e propor sugestões para diminuir as discrepâncias do O QUE É com O QUE DEVERIA SER. Diminuir os desvios.
Contudo, considerando nosso prazo de tempo (outubro a dezem-oro), nosso tempo disponível na Unidade Escolar e, sobretudo acreditando que o diagnóstico escolar é uma tarefa contínua, a ser desenvolvida cooperativamente pela escola, resolvemos: a) Investigar somente os problemas mais relevantes, que tivéssemos
condições, no momento, de buscar indicadores mais precisos. b) Definir que, no próximo ano, o Planejamento Curricular teria também,
como um dos objetivos, a investigação dos problemas levantados, mas não analisados.
c) Não tomar decisões no Planejamento Curricular, que não fossem baseadas no diagnóstico realizado. Conseqüentemente, algumas decisões teriam que ser adiadas para o próximo ano. Acreditamos que o efeito negativo de uma decisão adiada é menor do que uma decisão errada, tomada apressadamente, sem fundamentação ou evidências empíricas.
Assim, passamos a programar o diagnóstico, procurando definir os dados que deveríamos obter, com o objetivo de conhecer as informações úteis para a identificação e solução dos problemas selecionados.
Foram selecionados, por nossa equipe, 5 problemas, sendo que os demais foram indicados para estudo no próximo ano.
Procuramos montar um esquema de nossa avaliação diagnóstica:
a) primeiro discriminamos o problema que ¡ríamos investigar e defi-nimos a que aspecto correspondia;
b) definimos os indicadores 4 , isto é, o que aceitaríamos como evi-dência da informação;
c) descrevemos onde iríamos obter os dados-fonte15 ; d) que instrumentos16 iríamos usar;
e) quais seriam os procedimentos17 de coleta, organização e análise de dados;
f) como os dados analisados deveriam ser apresentados.
No quadro a seguir, apresentamos duas das informações que inves-tigamos, a título de exemplificação.
Ill - PREPARAÇÃO DO PLANEJAMENTO CURRICULAR
IM- PREPARAÇÃO DO PLANEJAMENTO CURRICULAR (Pré-planejamento) 18
Realizado o diagnóstico escolar, o primeiro problema que se defronta é como garantir que os resultados obtidos, as análises realizadas, venham, de fato, interferir no processo de planejamento curricular.
E preciso que o diagnóstico seja realmente compreendido pelas equipes da Escola, para que as sugestões ou alternativas de solução, a serem levantadas, sejam condizentes com os problemas investigados e possíveis de serem realizadas.
Significa dizer que somente quando o diagnóstico é analisado e estudado por todos, é que se assegurará que o planejamento curricular seja de fato um processo de intervenção educacional na Unidade Escolar.
Em nossa Escola, conforme aecisão da equipe, foi feito um relatório oral do diagnóstico da situação escolar para todos os elementos que nela trabalham. Como não houve alteração do corpo docente até aquele momento, suprimimos as informações de identificação da escola e passamos para a descrição da situação problemática.
Julgamos oportuno esta reunião com todos os elementos da escola, por entendermos que todos contribuem para o desenvolvimento do currículo, embora somente alguns participem das decisões.
Juntamente com a exposiçção do diagnóstico, apresentamos, a nossa equipe, uma descrição das informações levantadas (problemas definidos) que decidimos não investigar no momento, mas. deixar para serem retomadas, no próximo ano letivo, dada a sua grande importância para o ajustamento do currículo da escola e a impossibilidade de estudá-los bem, até dezembro. Assim sendo, apresentamos à equipe, quais as informações que persistem como problemas a serem estudados no planejamento curricular do próximo ano.
Ao final da reunião geral, listamos as alternativas de solução para os problemas investigados durante o diagnóstico e as alternativas de como investigar os problemas não analisados no diagnóstico, no próximo ano.
Portanto, com a reunião, pudemos definir alternativas para a decisão de planejamento, baseadas no diagnóstico e estabelecer alternativas para a decisão de estratégias de avaliação diagnóstica, baseadas em critérios de viabilidade.
A título de ilustração, apresentamos o que fizemos em relação a dois problemas.
O primeiro problema, de nosso exemplo, não foi investigado por meio da avaliação diagnóstica.
Portanto, em relação a este problema, tínhamos as mesmas iníor-mações que já dispúnhamos em outrubro, antes de realizar o diagnóstico. Isto é, nosso problema é que a escola oferece duas habilitações básicas (Administração e Química), que diferem entre si nas disciplinas da parte de formação especial (como podemos ver nas grades curriculares do anexo 3) e que, acreditamos, não satisfazem às necessidades da comunidade. Mais precisamente, este problema pode ser descrito como "inexistência de informações precisas sobre a necessidade da comunidade quanto à mão-de-obra formada em nível de 2° grau".
O segundo problema, de nosso exemplo, foi investigado pela avali-ação diagnóstica e se refere "às faltas dos professores e sua relação com a descontinuidade dos trabalhos e rendimento escolar".
Em relação a este segundo problema, pudemos oferecer, à equipe, uma análise interpretativa dos dados levantados pelo diagnóstico escolar.
O diagnóstico mostrou, que apesar de haver reposição de aulas não dadas, ou substituição de professores durante licenças, a falta em si, do professor responsável pela disciplina provoca disinteresse por parte do aluno (especialmente quando nenhuma tarefa substitutiva lhe é oferecida). Indicou entre as muitas alternativas de solução, que se estude uma forma sistemática de garantir a continuidade dos trabalhos durante as faltas ocasionais, ou períodos de licença dos professores e que, por parte da administração, seja estudada alguma forma de diminuir o número de faltas (relacionada com alterações no ambiente de trabalho).
A interpretação dos histogramas 1 e 2 a seguir, deixou claro, à equipe, que existe uma descontinuidade dos trabalhos, provocada por faltas dos professores e elevada porcentagem de reprovação, evidente no 2o e 3° anos. A título de ilustração, anexamos os resultados obtidos
nas segundas séries e representados no histograma n9 2. Observou-se que, de Matemática a Contabilidade Geral, há alta porcentagem de falta de professores, aplicação de tarefas durante as faltas e baixa porcentagem de reprovação e que, de FÍsica Aplicada a Biologia, há alta porcentagem de falta de professores (semelhante ao grupo anterior), falta de tarefas durante as faltas e alta porcentagem de reprovação. No 1o ano entretanto, a análise do histograma no 1 não permite concluir o mesmo pois temos disciplinas como Português com porcentagem de reprovação (40%) próxima a Química (50%) entretanto, o professor de Português quase não falta (10%) e o de Química falta muito (30%). Os alunos dos 1o anos procedem de diferentes escolas e devem se adaptar à nova escola e ao novo curso. São muitas as variáveis que interferem nos resultados do 1o ano e o gráfico obtido nao conseguiu separá-las.
O quadro seguinte reúne as conclusões a que chegamos, após a re-união, com relação aos dois problemas apresentados aqui como exemplo.
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QUADRO-SlNTESE DA REUNIÃO COM A EQUIPE DA ESCOLA
0 QUE SABEMOS PROGNOSTICO PROBLEMA ALTERNATIVAS PARA A DECISÃO DE ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO
(D (2) (3) (4) Informações gerais e, assis-tematicamente coletadas, apontam as habilitações e disciplinas não adaptadas ás necessidades da comunidade
Se não precisarmos as informações a respeito das necessidades da comunidade, não poderemos definir, com exatidão, as discrepâncias entre estas necessidades e o "cidadão para o trabalho" que a escola de 2o grau deve formar.
Inexistência de informações precisas sobre as ne-cessidades da comunidade quanto a mao-de-obra formada em nível de 2o grau
A) Devemos também obter informa ções sobre a expectativa dos alunos em relação ao trabalho. B) Obter informação sôbre mercado de trabalho, no ámbito do município. C) Obter informação sobre o merca do de trabalho do centro metropolita no próximo (capital do estado). D) Avaliar os recursos da escola para o atendimento das necessidades identi ficadas. E) A área de estudos sociais poderá desenvolver um projeto durante o ano, com o objetivo de levantar as necessi dades de mão-de-obra no âmbito do município (tomando por base o plano geral de desenvolvimento do municí pio)
PARA A DECISÃO DE PLANEJAMENTO
Nas 2a e 3a séries, parece existir uma correlação entre faltas de professores, ausência de tarefas substitutivas e reprovação na disciplina. Supomos que também no 1o ano isto ocorra, mas os dados não evidenciaram esta correlação.
Se não interferirmos, para garantir a con-tinuidade dos trabalhos nas diferentes disciplinas, ou diretamente na incidência de faltas, estes fatores negativos per-manecerão contribuindo para a reprovação dos alunos.
Inexistência de um esquema da escola, que garanta a continuidade dos trabalhos escolares durante faltas ocasionais, ou licenças dos professores. Inexistência de um esquema eficiente para diminuir o número de faltas dos professores.
A) Montar, com o auxílio do corpo docente, um esquema de tarefas auto- aplicáveis (de reforço, pesquisa, etc.), renováveis periodicamente (quinzenal ou mensalmente) e que sejam execu tadas pelos alunos no dia da falta. Executar o esquema em seguida. B) Montar, com o auxílio do corpo docente, uma sistemática de registro de planejamento, que permita a um substituto continuar o trabalho na mesma linha de ação. C) Caso a alternativa A) não possa ser aplicada a todas as séries, que o seja para os 19S anos. D) Estudar os motivos das faltas que não dependem de saúde e procurar eli minar aquelas que digam respeito às condiçdes de trabalho na escola. •
F0LHA-TAREFAN°5 Do relatório apresentado sôbre o diagnóstico, registre: - na coluna (1 ) o que voce sabe sobre a situação problemática de sua escola - na coluna (2) o prognóstico relativo a cada uma das informações registradas - na coluna (3) o que foi definido, por sua equipe de directo, como problema (lembramos que é urna discrepancia ou desvio entre o que é e o qua deveria ser que,
por um consenso, o grupo julgar relevante e que deve ser corrigido) - na coluna (4) as alternativas oferecidas pelos presentes, durante a apresentação do relatório, para a solução de cada um dos problemas apresentados.
DIAGNOSTICO ALTERNATIVAS
0 QUE SABEMOS PROGNOSTICO
(2)
PROBLEMA
(3) PARA A DECISÃO DE ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO OU DE PLANEJAMENTO (4)
Acreditamos que as atividades previstas, para esta fase de prepara-ção do planejamento curricular, dependem das condições reveladas pelo diagnóstico, das aberturas oferecidas pela legislação e do bom senso da equipe de direção.
Lembre-se que, no nosso caso as atividades referente à fase de ela-boração da grade curricular e composição do corpo docente-técnico, nao foram realizadas; melhor dizendo, mantiveram-se inalteradas para o ano posterior, em decorrência, primeiro, de nossa decisão de nao modificar a grade curricular, enquanto não tivéssemos informações mais precisas a respeito das necessidades da comunidade e segundo, devido à composição do corpo docente e técnico permanecer a mesma do ano anterior.
Contudo, se o diagnóstico de sua escola indicou necessidade de modificações nas habilitações e disciplinas, você terá ainda, durante a preparação do Planejamento Curricular, que elaborar, com sua equipe, a grande curricular e o calendário escolar, para depois compor o corpo docente e técnico.
Evidentemente, a composição do corpo docente e técnico, não é só função das indicações do diagnóstico mas, também, das flutuações de pessoal existente em sua escola.
IV - TOMADA DE DECISÕES
IV- TOMADA DE DECISÕES
O processo de tomada de decisões envolve sempre a escolha entre alternativas. Os critérios que definem esta seleção devem estar baseados em um referencial teórico, bem como em uma análise dos dados da realidade.
O diagnóstico escolar tem a função de esclarecer os dados da reali-dade mas, a reflexão crítica, os pressupostos educacionais, devem orientar a análise destes dados e a seleção de alternativas.
Portanto, a tomada de decisão sobre fins e meios de uma Unidade Escolar, deve ser norteada por dois conceitos básicos: 1o) considerando quais seriam as formas mais eficientes19 de alcançar
a mudança pretendida; 2o) considerando quais seriam as mudanças mais eficazes20 a serem
pretendidas.
Em nossa escola, após refletirmos sobre estes dois aspectos, senti-mo-nos encorajados a tomar decisões sobre objetivos, conteúdo, meto-dologia e avaliação de currículo.
Quanto ao primeiro conceito, estamos preocupados em tomar de-cisões que sejam eficientes, isto é, que produzam os efeitos esperados.
Quanto ao segundo conceito, estamos preocupados em tomar decisões condizentes com os princípios educacionais.
Ao iniciar esta fase de tomada de decisão, estes dois conceitos de-vem ser compreendidos, para se ter segurança sobre a competência educacional das medidas a serem adotadas.
Nesta fase, procuramos continuar na seqüência de passos do méto-do de resolução de problemas e passamos a estabelecer os objetivos em nível de escola, habilitações básicas e disciplinas. Já havíamos seguido os passos: 1o ) Definimos e delimitamos os problemas em nível de escola, orientados
pelo quadro-síntese da reunião com a equipe da escola (diagnóstico - pág. IM -33)
2o) Listamos e definimos as alternativas para cada um dos problemas definidos. Aqui, mais uma vez, nos orientamos pelo Quadro da pág. 111 — 33, coluna das alternativas.
Portanto, faltavam ainda os passos seguintes a serem desenvolvidos: 3o) Formularmos os objetivos e em seguida estabelecermos uma ordem
de prioridade para a sua obtenção. 4o) Estabelecermos critérios para a seleção das alternativas (baseados no consenso do grupo). 5o ) Selecionarmos as alternativas mais viáveis, de acordo com os critérios estabelecidos. 6o) Elaborarmos o esquema de execução das alternativas (plano de
ação). 7o ) Planejarmos o sistema de avaliação.
Embora estes passos correspondam a um esquema mental, que já incorporamos, achamos muito difícil lidar com muitos problemas, sem registrar todos os passos.
Para estabelecer os objetivos da escola, tomamos por base os pro-blemas definidos e analisados, a partir do diagnóstico. Entendemos que, os que forem comuns a todos as disciplinas, devam ter uma solução em nível de escola. Solucioná-los, então, serão os objetivos da escola. Pro-pusemos ao pessoal docente e administrativo, a inclusão de outros ob-jetivos que julgassem relevantes, mesmo que não tivessem sido detecta-dos pelo diagnóstico, mas não surgiram novas propostas de objetivos.
Para exemplificação da avaliação diagnostica, selecionamos 5 pro-blemas para investigar e chegamos aos resultados registrados no quadro da pág. Ill -- 23. Dos problemas aí registrados, selecionamos aqueles comuns a todas as disciplinas; colocamos em ordem decrescente de im-portância, de acordo com o consenso da equipe e, em seguida, listamos os objetivos. Decidimos trabalhar em todos no próximo ano.
FOLHA-TAREFAN96
A presente folha-tarefa tem como objetivo auxiliá-lo a formular os objetivos da escola, com base nos problemas identificados.
Observe o quadro que você elaborou na Folha-Tarefa n° 5. A partir do diagnóstico, você especificou seu problema e definiu alternativas de solução. Agora você vai precisar tomar dois tipos de decisões: 1o) referente ao problema — Que modificações serão propostas para solucionar o problema? Que reduções serão impostas aos desvios (problemas)? Quais são, em última análise, os objetivos a serem propostos? 2o ) referente às alternativas de solução — Como as modificações deverão ser planejadas, para solucionar o problema? Como devem ser previstas as alternativas de redução? Que metodologias usar? Finalmente, quais as atividades, procedimentos, estratégias a serem previstos para atender os objetivos?
O quadro a seguir se refere às decisões quanto à seleção dos objeti-vos.
Na coluna (1) registre os critérios adotados pela equipe, para esta belecer uma ordem de importância nestes problemas (conseqüências para alunos, professores, pessoal técnico, pessoal administrativo, comunidade; urgência ou não da solução; possibilidade ou não de adotar medidas provisórias; quantas e quais pessoas atinge; há quanto tempo vem ocorrendo, etc.)
Selecione os problemas comuns a todos que trabalham na escola ou a todas as disciplinas e registre na coluna (2) do quadro a seguir, em ordem decrescente de importância.
N coluna (3) registre os objetivos formulados e relacionados com os problemas identificados.
Em seguida, decida se irá adotar todos, ou apenas alguns, para trabalhar no próximo ano.
Quando você realizou a Folha-Tarefa no 5 levantou elementos também para tomar decisões referentes a alternativas de solução — 2o tipo de decisões.
Muitas das alternativas levantadas, provavelmente poderão ser resolvidas pela administração ou por uma área em particular. Por exemplo, a inexistência de informações precisas sobre as necessidades da comunidade quanto à mão-de-obra poderá ser resolvida pela equipe de direção, com a cooperação da área de Estudos Sociais. No planejamento específico de tais setores, serão formulados os objetivos relacionados com a resolução do citado problema.
Este é um dos aspectos que voce deve verificar agora, ao julgar a viabilidade de execução das alternativas.
Para analisar estas alternativas em nossa escola utilizamos os se-guintes critérios:
— Grau de dificuldade (qual a alternativa mais simples) — Restrições determinadas pelo recursos humanos, materiais e finan-
ceiros (qual a alternativa com melhores condições de execução) — Realismo (qual a alternativa mais compatível com a realidade) — Exequibilidade (qual a alternativa com maior possibilidade de su-
cesso) — Validade educativa (qual a alternativa de maior valor pedagógico ou
social).
Atribuímos pontos as diversas alternativas, referentes a cada critérios usado e escolhemos a que obteve maior soma de pontos.
Houve bastante discussão entre os elementos da equipe, para a atribuição dos pontos, mas conseguimos selecionar uma alterativa para cada problema.
A título de ilustração, indicaremos o processo de seleção da alter-nativa de solução de um dos problemas. O problema é o 5o para nós em importância, mas já possui alguns dados registrados no quadro-síntese da página III.
Sugerimos que você execute a Folha-Tarefa n°7, para selecionar a alternativa de solução dos seus problemas e consecução dos objetivos da escola.
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Até aqui temos descrito o que fizemos na tomada de decisões, quanto aos objetivos da escola e a forma de atingi-los.
Procuramos detalhar as decisões sôbre os objetivos, por entendermos que eles constituem o ponto central do currículo. Nossos objetivos foram extraídos da situação problemática da escola e embora possam paracer muito particularizados, eles são decorrentes: — das expectativas da filosofia educacional adotada; — das necessidades educacionais do meio social; — do desempenho pessoal ou profissional esperado.
As decisões referentes aos objetivos e alternativas condicionaram uma série de outras decisões com relação a cada setor ou disciplina, à metodologia básica a ser utilizada na escola, no processo ensino-apren-dizagem, à metodologia de avaliação, promoção e recuperação dos alunos.
Em nossa escola, propusemo-nos a rever O QUE É, COMO SE DEVE ENSINAR, começando por providências como a de melhorar o diagnóstico durante o ano próximo e decidir, se for possível, no ano .seguinte.
Assim, continuamos com a nossa organização curricular centrada na matéria ainda e, não na experiência do aluno, enfatizando o conteúdo em si, de cada disciplina. Cada disciplina atua separadamente, numa se-qüência informativa correspondente à sua estrutura. Cada disciplina possui sua própria lógica determinada pelo especialista de conteúdo.
Nossa equipe encara a revisão curricular, como tarefa muito dificil, porque envolve mudança e exige recursos técnicos que ainda não pos-suímos em nossa Unidade Escolar. Contudo, com o objetivo de se preparar para a mudança, decidiu-se, para o próximo ano, criar o envolvimento dos professores. Para tal, nossa equipe irá, em relação aos professores: — identificar e analisar suas preocupações e problemas; — criar identificação com a tarefa, para que adotem o problema como
próprio e não como o de "alguém", para solucionar; — estabelecer bases para uma abordagem científica e sistemática do
trabalho; — oferecer problemas para estudo, dentro da sua competência e pos
sibilidade de ação, para que possam pensar criativamente.
V- ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PLANO CURRICULAR
V- ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PLANO CURRICULAR
Tomadas as decisões quanto a objetivos, conteúdo, metodologia e avaliação em nível de escola, habilitação, disciplina, unidade de ensino e aula, chegamos à fase de escrever o Plano Curricular (ou Plano Global de Ensino ou simplesmente Plano da Escola).
Refletimos bastante sobre o que esperamos de um documento dessa natureza e concordamos em que deva ser um documento básico para a escola, preciso, sucinto e operacional, que sirva de ponte para outros documentos como roteiro de ação, divulgação para alunos, professores, administração e comunidade.
As informações contidas no Plano Curricular referem-se a todas as atividades da escola, agrupadas conforme o esquema abaixo.
Embora tenhamos explorado e exemplificado, no presente docu mento, atividades de cunho predominantemente pedagógico, em nossa escola estudamos todas as outras e montamos o Plano Curricular, de acordo com a seguinte estrutura:
a) Diagnóstico da situação escolar b) Objetivos c) Programação de todas as atividades d) Cronograma de execução das atividades e) Sistema de avaliação
a) Diagnóstico da situação escolar
No diagnóstico incluímos dados referentes à realidade da escola e da comunidade a que serve, agrupados sob os títulos de: — identificação da unidade escolar; — situação problemática da escola.
Na identificação da unidade escolar reunimos dados que pouco ou nada variam com o passar dos anos, sendo atualizados sempre que ne-cessários. Uma listagem do tipo de dado que aí figura encontra-se na pág. 11-26, Quadro de Identificação da Unidade Escolar.
Na situação problemática da escola, incluímos dados que variam bastante, de ano para ano e caracterizam os problemas a serem estudados e solucionados pela escola, na medida do possível. Os passos para o estudo da situação problemática encontram-se nas Folhas-Tarefas nos 1 a 4 e a síntese na Folha-Tarefa no 5.
b) Objetivos
Os objetivos, formulados com base na situação problemática da es-cola, foram obtidos com a realização da Folha-Tarefa no 5, que é aplicável a todos os níveis.
Reunimos todos os objetivos em 2 quadros, onde foram discriminados dentro dos aspectos pedagógicos, administrativas, técnicos e das instituições escolares.
Sugerimos que você elabore um quadro semelhante, ao executar a Folha-Tarefa no9.
FOLHA-TAREFA No 9
Preencha o$ 2 quadrai seguintes, com os objetivos formulados nos diferentes niveis de sua escoia, tomando o cuidado de identificá-los por meio de um código. No quadro (A) registre os objetivos relacionados com as atividades pedagógicas, distribuídos pelas diferentes matérias a séries. No quadro (B) registre os objetivos relacionados com as atividades administrativas, técnicas e das instituições escolares.
QUADRO (A) PARA REGISTRO DOS OBJETIVOS (relacionados com as atividades pedagógicas).
c) Programação de todas as atividades
Sob este título, reunimos o conjunto das atividades dos setores pe-dagógicos, administrativos, técnicos e institucionais a serem desenvolvidas dentro e fora da escola, sob a responsabilidade da mesma, pelo aluno, professor, técnicos, administração, comunidade e família, visando ao alcance dos objetivos propostos. As atividades foram devidamente codificadas, para a sua representação no cronograma. Confessamos que foi a tarefa mais trabalhosa , concluída quase ao final de março.
Para a execução desta tarefa orientamo-nos pelo roteiros apresen-tados nas Folhas-Tarefas nos 10 e 11. Sugerimos que você as execute.
d) Cronograma de execução das atividades
Neste cronograma, reunir todas as atividades devidamente identifi-cadas por um código e agrupadas nos respectivos setores. Aproveitamos ainda o cronograma, para realizar um controle da execução e para montar, a partir dele, o calendário da escola.
Sugerimos que você monte o cronograma previsto na Folha-Tarefa n?12.
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e) Sistema de Avaliação
Reunimos sob este título, as informações referentes à avaliação de todas as atividades, agrupadas por setores, e que possam subsidiar novas decisões, ao final do ano letivo.
Elaboramos quadros como os representados na Folha-Tarefa no 13 que, sugerimos, seja realizado por você.
Uma vez concluído nosso Plano Curricular, passamos a extrair dele, outros documentos destinados a comunicar as decisões, nele contidas, a alunos, pessoal da escola, comunidade e família.
FOLHA-TAREFA No 13
Registre no quadro (A) seguinte, as informações referentes ao pro-cesso de avaliação pedagógica, com base nos documentos elaborados pelos diferentes professores, contendo suas decisões a respeito do assun-to.
Esta é uma tarefa bastante difícil, pois muitos professores são ex-celentes redatores de documentos e maus executores, enquanto outros sao bons profissionais, apesar de redigirem seus documentos de forma inaproveitável, É provável que ao realizar esta Folha-Tarefa você (ou o coordenador pedagógico) necessite entrevistar alguns professores (ou usar alguma outra estratégia), para esclarecer diferenças entre documento e ação.
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GLOSSARIO
GLOSSARIO
AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA - é aquela que antecede a elaboração do plano curricular, É a forma que a equipe de direção tem, para controlar a eficácia de suas decisões relativas a objetivos educacionais. pela avaliação diagnóstica, a equipe de direção se informa do que é a realidade em que vai atuar (sistema de dados), das linhas de tendência, de sua evolução (sistema de previsão) e do que ser (sistema de valores), para então formular critérios capazes de orientar sua ação, no sentido de corrigir os desvios (problemas) ou de estimular as "excelências"diagnosticadas.
DADO — registro de uma observação feita. Os dados do diagnóstico re-ferem-se a observações feitas após decisões tomadas sobre o que, quando, onde, como e porque observar.
EFICÁCIA — diz respeito ao valor e viabilidade dos objetivos educacionais, de um plano educacional. O valor de um objetivo educacional será em função de sua utilidade social. A viabilidade será estimada, considerando-se os recursos disponíveis e os obstáculos previsíveis.
EFICIÊNCIA - dis respeito à produtividade e rendimento de um plano educacional, frente aos objetivos educacionais propostos.
EQUIPE DE DIREÇÃO - formada pelos elementos da direção (Diretor e Vice-Diretor) e do Conselho Técnico-Administrativo (Diretor, Vice-Diretor, Secretário, Orientador Educacional e Supervisor Escolar ou Coordenador Pedagógico). Na hipótese da inexistência de outros elementos, além do diretor, a "equipe de direção" poderá ser composta por elementos do corpo docente, designados pelo diretor.
EQUIPE ESCOLAR - formada por todos os responsáveis pelas situações de aprendizagem, promovidas pela escola (elementos componentes da Direção, Conselho Técnico Administrativo, Secretaria Serviço de Orientação Educacional, Serviço de Supervisão Escolar e Coor-
denação Pedagógica, Biblioteca, Serviço de Apoio Administrativo, Conselho Comunitário, Centro Cívico, Associação de Pais e Mestres e Corpo Docente).
INDICADORES - evidências aceitáveis (qualitativas ou quantitativas), quanto à ocorrência de determinada variável.
INFORMAÇÃO — dados descritivos ou interpretativos, a respeito de entidades e suas relações.
INSTRUMENTO - qualquer objeto, conceito, idéia ou imagem que possa ser adotado, de maneira eficiente, na perseguição de um objetivo.
INVESTIGAR — executar os passos previstos na investigação científica, entendida como processo de solução de problemas, asssociada a uma processo comunicativo. Trata-se de obter um conhecimento rigoroso, objetivo e comunicável, da situação de que se trata, dos elementos que as compõem, da evolução sofrida, do estado em que se encontra, dos fatores que conduziram a ela e dos que estão obstruindo seu desenvolvimento ou bom funcionamento. Este conhecimento conduzirá a uma previsão de sua evolução futura, dentro do condicionamento existente.
PLANEJAMENTO CURRICULAR - processo de tomada de decisões, com o objetivo de organizar, de forma integrada, a ação a ser desenvolvida pela escola, com vistas à elaboração, efetivação e ava-liação do currículo. (Currículo entendido aqui como conjunto de experiências vivenciadas pelo aluno, sob a responsabilidade da es-cola).
PLANO CURRICULAR - documento que especifica, de maneira precisa, sucinta e operacional (favorecendo os processos de comunicação, acompanhamento, avaliação e ativação), para um determinado período: — o diagnóstico da realidade da escola e da comunidade a que
serve; — os objetivos: — a programação do conjunto de todas as atividades (as direta-
mente relacionadas com o processo ensino aprendizagem e as auxiliares), desenvolvidas, dentro e fora da escola, sob a res-
ponsabilidade da mesma, pelo aluno, professor, pessoal técnico, da administração, comunidade e família, visando ao alcance dos objetivos propostos;
— o cronograma de execução das atividades; — o sistema de avaliação, especificando critérios, mercanismos e
instrumentos. 4
PLANOS DE ENSINO — ou projeto da disciplina, é um documento que traduz, em termos mais próximos e concretos, a ação que ficou configurada em nível de escola. Indica a atividade direcional, me-tódica e sistematizada do professor, junto a seus alunos, em busca de objetivos definidos. Deve conter a previsão de resultados de-sejáveis, os meios necessários para alcançá-los e os padrões aceitá-veis de desempenho.
PRÉ-PLANEJAMENTO — fase de sensibilização e envolvimento de todo o pessoal da escola, com o objetivo de obter, deles, atitudes favoráveis à mudança. Esta fase envolve técnicas de relações humanas e pode resumir-se em: — fornecer informações aos atingidos e interessados (professores,
pessoal técnico-administrativo, pais de alunos e alunos); — criar condições para a adoção de atitudes favoráveis à mudança; — motivar, para que todos colaborem nas tarefas de planejamento; — motivar, para que se aceitem os resultados da investigação e da
programação e se disponham todos a executar os projetos for-mulados.
PROBLEMA - uma situação em que, ou os objetivos não estão claros, ou embora claros, não se sabe como atingi-los.
PROGRAMA — um componente do plano, ou seja, uma subdivisão equivaliente à maior unidade de ação. Permite agrupar as decisões, por áreas de ação semelhantes, sob o mesmo título.
PROJETO — é a unidade menor de ação e contém decisões relativas ao que se conseguir (objetivos gerais e específicos, requisitos e especi-ficações ); como conseguir (fases e grupos de trabalho, diagrama de fluxo de trabalho ou simplesmente os meios para conseguir os ob-jetivos da disciplina) e quando conseguir(quando os resultados são necessários, duração das tarefas, desenvolvimento dos cronogramas).
TARFFA — conceito teórico, no estudo de liderança, onde há grande interesse na realização de tarefa ou produção.
RELACIONAMENTO — conceito teórico, no estudo de liderança, onde há grande interesse no desenvolvimento das relações pessoais.
INDICAÇÃO BIBLIOGRAFICA
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
Acompanhamento, Avaliação e Controle - Il Encontro Para Apresen tação da Sistemática Operacional, DF, DSU/MEC, 1976
BRIGGS, Leslie J. Manual de Planejamento de Ensino, SP. Cultrix/ MEC, 1976
CARVALHO, Horácio M. Introdução à teoria do Planejamento, SP, Edit. Brasiliense, 1976
CARVALHO, Irene M. O Processo Didático, RJ, Edit. da Fundação Getúlio Vargas, 1976
GOLDBERG, Maria Amélia Azevedo. Avaliação e planejamento educa-cional: problemas conceituais e metodológicos. Cadernos de Pes-quisa, 7, 61-72, jun. 1973. SP, Fundação Carlos Chagas
Laboratório do Ensino Superior, Faculdade de Educação, R.S. Plane-jamento e Organização do Ensino, RS, Edit. Globo, 1975
MARTINEZ, Maria Josefina e LAHORE, Carlos E. Oliveira. Planejamento Escolar, SP, Saraiva/MEC, 1977
Organização e Administração de Escolas de 2o Grau, DF, MEC/DEM, 1977 (mimeog.)
Planejamento de Currículo, Caderno I, SP, Publicação GEGE "Doutor Edmundo de Carvalho", 1971
Planejamento de Ensino, Caderno II, SP, Publicação GEGE "Doutor Edmundo de Carvalho", 1971
Preparação de equipes de base: Planejador, Administrador e Supervisor. Projeto 9.4, Meta 02, DF, MEC/DSU-CETEB, 1976
ANEXOS
ANEXO 1
Escola ________________________ Municipio _______________Estado._________________
Controle de freqüência de alunos
1o) Faça um círculo em volta do n? do aluno ausente em sua aula.
2o) Assine no final da coluna referente à sua aula (ou se você foi aplicador de atividade para outro professor)
3o) Indique a disciplina ministrada no espaço a isso destinado.
4o) Coloque um (A) se houve atividade de avaliação na sua aula de hoje ou um (T) se foi executada tarefa, na ausência do professor da disciplina e sob sua orientação. Neste caso, anexe roteiro deixado pelo professor faltante.
5?) Registre o total de alunos ausentes.
ANEXO 2
EESG ____________________ Municipio _____________ Estado_______
4 Controle de freqüência de professores e da aplicação de tarefas substi-tutivas
Instrução: Preencha as colunas do quadro (B) abaixo, consultando as fontes ou efetuando as operações indicadas entre parênteses. Se você ministrar mais de uma disciplina, preencha tantas fichas quantas forem as disciplinas lecionadas, mas repita os dados do quadro (A).
Disciplina_________________ Mês__________________Ano
Professor -----------------------------------------------------------------------
QUADRO (A)
HABILITAÇÃO BASICA EM ADMINISTRAÇÃO GRADE CURRICULAR
HABILITAÇÃO BASICA EM GR
ADE CURRICULAR
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