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Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 2008 | Ano IX | nº 379 | [email protected] | Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo DIÁRIO d o B R A S I L Indicadores do governo apontam nível mais alto de inflação em 2008 Página 3 Mostra latino-americana de movimentos sociais começa hoje segunda edição Gustavo Alberge/ LONA Páginas 4 e 5 Pesquisa do LONA mostra que jovens não têm interesse por museus Página 6 Cães de rua encontram novos lares em feira de animais Arquivo LONA Página 3 O consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preço O consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preço O consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preço O consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preço O consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preço de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor Am- Am- Am- Am- Am- plo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, com plo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, com plo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, com plo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, com plo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, com risco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical de risco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical de risco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical de risco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical de risco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve um Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve um Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve um Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve um Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve um aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado. aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado. aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado. aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado. aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado. Preços dos alimentos puxaram a alta da inflação nos primeiros meses de 2008

LONA 379- 14/05/2008

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JORNAL- LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

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Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 2008 1

Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 2008 | Ano IX | nº 379 | [email protected] |Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo

DIÁRIO

do

BRASIL

Indicadores do governo apontamnível mais alto de inflação em 2008

Página 3

Mostra latino-americanade movimentossociais começahoje segunda edição

Gustavo Alberge/ LONA

Páginas 4 e 5

Pesquisa do LONAmostra que jovensnão têm interessepor museus

Página 6

Cães de rua encontramnovos lares em feira deanimais

Arquivo LONA

Página 3

O consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preçoO consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preçoO consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preçoO consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preçoO consumidor já pôde, nos primeiros meses do ano, sentir no bolso o aumento do preçode diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor de diversos produtos. O Banco Central, por meio do Índice de Preços ao Consumidor Am-Am-Am-Am-Am-plo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, complo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, complo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, complo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, complo (IPCA), divulgou que a previsão de inflação de 2008 passou de 4,86% para 4,96%, comrisco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical derisco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical derisco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical derisco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical derisco de subir ainda mais ao longo do ano. Pelos dados do Departamento Intersindical deEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve umEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve umEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve umEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve umEstatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta básica vendida em abril teve umaumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado.aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado.aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado.aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado.aumento de 21,78% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Preços dos alimentos puxaram a alta da inflação nos primeiros meses de 2008

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Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 20082

O LONA é o jornal-laboratório diário do Curso de Jornalismo daUniversidade Positivo – UP

Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5.300 – Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR - CEP 81280-330. Fone (41) 3317-3000

“Formar jornalistas com abrangentes conhecimentos ge-rais e humanísticos, capacitação técnica, espírito criativo eempreendedor, sólidos princípios éticos e responsabilidade so-cial que contribuam com seu trabalho para o enriquecimentocultural, social, político e econômico da sociedade”.

Missão do curso de Jornalismo

Expediente

Reitor:Reitor:Reitor:Reitor:Reitor: Oriovisto Guima-rães. VVVVVice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor:ice-Reitor: José PioMartins. Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Pró-Reitor Admi-Admi-Admi-Admi-Admi-nistrativo:nistrativo:nistrativo:nistrativo:nistrativo: Arno AntônioGnoatto; Pró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor dePró-Reitor deGraduação:Graduação:Graduação:Graduação:Graduação: José Pio Mar-tins; Pró-Reitora de Ex-; Pró-Reitora de Ex-; Pró-Reitora de Ex-; Pró-Reitora de Ex-; Pró-Reitora de Ex-tensão:tensão:tensão:tensão:tensão: Fani Schiffer Du-rães; Pró-Reitor de Pós-Pró-Reitor de Pós-Pró-Reitor de Pós-Pró-Reitor de Pós-Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa:Graduação e Pesquisa:Graduação e Pesquisa:Graduação e Pesquisa:Graduação e Pesquisa:Luiz Hamilton Berton; Pró-Pró-Pró-Pró-Pró-

Reitor de Planejamento eReitor de Planejamento eReitor de Planejamento eReitor de Planejamento eReitor de Planejamento eAAAAAvaliação Institucional:valiação Institucional:valiação Institucional:valiação Institucional:valiação Institucional:Renato Casagrande; Coorde-Coorde-Coorde-Coorde-Coorde-nador do Curso de Jorna-nador do Curso de Jorna-nador do Curso de Jorna-nador do Curso de Jorna-nador do Curso de Jorna-lismo: lismo: lismo: lismo: lismo: Carlos Alexandre Gru-ber de Castro;Professores-orientadores:Professores-orientadores:Professores-orientadores:Professores-orientadores:Professores-orientadores:Elza Oliveira e Marcelo Lima;Editores-chefes:Editores-chefes:Editores-chefes:Editores-chefes:Editores-chefes:Erich Zolnier e KarollynaKrambeck

Elisa Cordeiro

Os números indicam que48% do público geral doMuseu Oscar Niemeyer é dejovens de 12 a 18 anos, umótimo dado. Se você ficardurante um período de duashoras, não menos, observandoo público de visitantes de ummuseu, verificará realmenteque há bastante jovens, maseles sempre estão acompanha-dos de colegas de escola ou atémesmo dos pais.

A vontade própria nãoexiste, não há incentivo porparte das instituições deeducação para que os alunosandem com as própriaspernas. Tudo que é dado jáestá mastigado e pronto paraser engolido.

Não há como gostar dealgo se não o conhece, não hácomo gostar de museu se nãose sabe a história envolvidaem uma determinada obra.

Segundo a professora deHistória da Arte Aura Mariade Paula Soares, a arte só temum grande valor se vinculadacom a história do período naqual foi produzida. Só conhe-cendo história é possível fazera devida apreciação estética.

A questão é de educação eincentivo. A Europa é umexemplo disso: todos os mu-seus sempre estão cheios de

crianças e adolescentes. Aspessoas fazem filas paraentrar. Os incentivos são dosmais variados.

O Museu do Prado, naEspanha, não cobra entradade jovens até 18 anos. Omuseu Anne Frank, naHolanda, é inteirinho interati-vo: cada ambiente contémuma televisão que conta o queaconteceu no local, já que acasa é onde a jovem se escon-deu na Segunda GuerraMundial. No mesmo museu, ojovem estudante paga menosda metade da entrada.

O mais interessante é quenão são somente os turistasvisitam os museus e galerias.Podem-se observar grupos demeninos e meninas que vãoaos museus sem a escola ousem os pais.

Muitas vezes o que aconte-ce no Brasil é apenas turismopor um museu ou uma gale-ria, o que é muito diferente depreparar o aluno para verobras já estudas, com análisesprévias.

Tanto escolas públicasquanto particulares deveriamcriar projetos para incentivaro interesse pela arte e pelosmuseus. Vale a pena: conhe-cendo a história conseguimoscompreender o que nós somoshoje; apreciando a arte comesse conhecimento tudo fazmais sentido.

Jovens e museusRosangela Gerber

Imagine sua rotina diária.Você acorda cedo, vai para otrabalho, suporta pressões,enfrenta problemas de diver-sas naturezas, tem metas eprazos para cumprir. Na mai-oria das vezes, suas conquis-tas não são lembradas, mas osseus fracassos...

Você agüenta, afinal, é dalique sai o seu ganha-pão, e esseé o preço para ter aquele “dinhei-rinho sagrado” no final do mês.Mas ainda não terminou. Ao fi-nal do dia, exausto, você recebeo valor correspondente ao seudia de trabalho e lembra o quan-to ele lhe custou. Então, com odinheiro em mãos, você é obri-gado entregá-lo a alguém, semque essa pessoa tenha que lheprestar contas, ficando apenasa promessa de que será usadoem seu favor.

O que você sente ao imagi-nar esta situação é o mesmoque milhões de brasileiros aoreceberem sua folha de paga-mento e constatarem o descon-to compulsório anual equiva-lente a um dia de trabalhocomo contribuição sindical.

Única no mundo, a fixaçãoda contribuição financeiraobrigatória de todos os traba-lhadores ou empregadores emfavor da entidade que os repre-

O país das maravilhassenta tem a função de bancaros custos das atividades sindi-cais nos diversos níveis de re-presentações de classe, comofederações e confederações, cen-trais sindicais e sindicatos.

O governo também tem suafatia nesse bolo, abocanhado20% do valor arrecadado, desti-nado a seus programas sociais(como se já não houvesse fun-dos específicos para essa finali-dade). Neste ano, estima-se queR$ 450 milhões serão arrecada-dos sem nenhuma fiscalizaçãopor parte do Tribunal de Con-tas da União (TCU). Ora, emqualquer país que se intitula“democrático”, que se gaba porter processos eleitorais abertos,com prestações de contas degastos públicos transparentes,esta situação é, no mínimo, in-coerente.

Mas o que tem revoltado os80% restantes de trabalhadoresnão sindicalizados não é a ne-cessidade da contribuição, mas,sim, sua obrigatoriedade. É cer-to que vivemos em um paísonde impostos e taxas são cria-dos regularmente sem que apopulação seja questionada,mas quando o assunto é o salá-rio conquistado pelo trabalha-dor a situação é outra. Se o fun-cionário dedica seu tempo e es-forço em prol da quantia que iráreceber no final do mês, não énatural que seja ele quem deci-

da o que vai fazer com seu di-nheiro? Assim como filiar-se ounão a um sindicato ou entida-de de classe é uma opção, con-tribuir ou não com um dia desalário anualmente para acausa sindical também deveser opcional.

Para os defensores da con-tribuição, não é justo que ape-nas os 20% dos sindicalizadosno país arquem com as despe-sas órgãos criados para o be-nefício e defesa dos trabalha-dores, já que, no caso de deci-sões em acordos como as con-venções coletivas, todos sãobeneficiados. Ora, o Brasil éconsiderado um dos países commaior carga tributária domundo, então, por que nãodestinar uma parcela dessaquantia para cobrir as despe-sas dos sindicatos?

Além do mais, a quantida-de de trabalhadores a autori-zar a contribuição tambémserviria como termômetropara medir a satisfação com aatuação dos sindicatos. Quemse negaria a contribuir, ao veras entidades lutando com em-penho em favor da causa tra-balhista? O desinteresse emfiliar-se e contribuir com ossindicatos apenas reflete amaneira como o trabalhadorvê a importância dessas enti-dades: para a maioria, não faza mínima diferença.

Sabrina Hayashi

Há um bom tempo vem sen-do discutida a possibilidade doterceiro mandato para o presi-dente Lula. Partidários afirmamque o povo deseja que o presiden-te fique mais tempo no poder,pois foi o único que fez reformasno sistema social e econômico dopaís e que, se tiver mais tempo,poderá realizar muito mais pelasociedade brasileira. O presiden-te, quando se manifesta sobreeste assunto, diz que não existea menor possibilidade para umnovo mandato, como ele mesmoafirmou várias vezes. Mas, comoele é uma metamorfose ambu-lante, diz algo agora e pode mu-dar depois.

Para os dirigentes do Parti-do dos Trabalhadores (PT), apermanência de Lula no cargo

traz benefícios, como a certezade emprego nos generosos minis-térios e departamentos do gover-no. Dificilmente informaçõessobre a possibilidade de um ter-ceiro mandato estariam sendodivulgadas na sociedade sem oconhecimento de Lula. Pode seruma estratégia para começar aganhar o apoio da população e,desta forma, possibilitar umajustificativa para a alteração daConstituição, ato necessário paraque fosse novamente reeleito.

Na realidade, o grande medodo PT é não ter sucessor com amesma popularidade do Lula,assim os integrantes do partidotentam continuar no poder domais alto cargo do país, não sen-do necessário entregar para aoposição o lugar de manda-chu-va do Brasil.

Ao manter o presidente pormais quatro anos, veremos uma

repetição de CPIs, corrupção in-terna do governo, escândalos,denúncias, demissões e que, nofinal, não chegam a resultadoalgum. Inclusive quando o nomedo presidente está envolvido, elesempre se manifesta afirmandonão saber de nada, mesmo quan-do seus assessores e políticosmais próximos encontram-seenvolvidos nas acusações.

A renovação é necessáriapara dar novos ares ao nosso jáviciado sistema político, com aintrodução de novas idéias e pen-samentos, uma verdadeira de-mocracia, em que todos têmacesso ao poder.

Segundo a filósofa MarilenaChaui, a democracia está na ro-tatividade do poder. E a perma-nência por mais um mandato,totalizando 12 anos, seria um atocontra a própria democracia bra-sileira.

Sem sucessor

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Economia

Gustavo Munhoz Alberge

Aos desesperados, queaguardam ansiosamente umaqueda na inflação, a péssimanotícia é que os preços tendema subir ainda mais em 2008do que no ano anterior.

O Banco Central divulgouque a expectativa para o Índi-ce de Preços ao ConsumidorAmplo (IPCA) – esse índice étido como base no estabeleci-mento da inflação oficial – su-biu de 4,86% para 4,96%.

No mercado atacadista aperspecitva do Índice Geral dePreços aumentou 0,91%, de6,28% para 7,19%. O ÍndiceGeral de Preços do Mercadopassou de 6,59% para 7,67%,o que acrescentou 1,08% noano. Em relação ao setor deserviços administrados porcontratos –água, energiaelétrica, linhast e l e f ô n i c a s ,transporte co-letivo – a ex-pectativa pas-sou de 3,70%para 3,65%.

A constanteevolução dosaumentos dainflação é refle-tida no bolso doconsumidor. Opreço da cestabásica, em Cu-ritiba, vendidaem abril, teveum aumentode 21,78% em relação ao mes-mo mês do ano passado, se-gundo Departamento Intersin-dical de Estatística e EstudosSocioeconômicos (Dieese).

A servidora pública Saletede Fátima Floriani comprovatodos os dias o avanço nos pre-ços e não acredita em uma pos-sível melhora.

“A tendência é aumentar.Antes eu comprava quatro pa-cotes de feijão, agora só com-pro dois com o mesmo dinhei-

“O pão tambémestá muito caro.Além do preço doquilo, ele agoraestá com muitomais massa parapesar mais nabalança e acaba,também, pesandono bolso”SALETE DE FÁTIMA FLORIANI,SERVIDORA PÚBLICA

Amanda Ribas / LONA

Karollyna Krambeck

O Movimento dos Trabalha-dores Rurais Sem-terra (MST)e a Via Campesia, em parceriacom o governo do Estado e oTeatro Guaíra, realizarão dehoje até o dia 18 de maio a Mos-tra Cultural de Integração dosPovos Latino-Americanos.

O evento contará com con-ferências, apresentações artís-ticas, culturais, espetáculosmusicais e uma feira de produ-tos da Reforma Agrária e pre-tende gerar reflexões sobrequestões relacionadas à preser-vação da diversidade étnico-cul-tural, fortalecendo os laços deintegração e solidariedade e va-lorizando a cultura latino-ame-ricana como instrumentos naconstrução de um projeto popu-lar e soberano dos povos daAmérica.

Segundo a assessoria de co-municação do MST, o objetivoda mostra é aumentar a visi-

bilidade dos movimentos popu-lares de esquerda e a constru-ção de uma nova imagem paraa população e para a mídia. Aspalestras e espetáculos contarãocom a participação de intelectu-ais do Brasil e da América Lati-na, além de cantores e bandasque apóiam a Reforma Agrária.Programação

A programação contará comconferências em todos os dias daMostra nos períodos da manhãe tarde. E com shows e apresen-tações à noite no Teatro Guaíra.As conferências são gratuitas eas apresentações custam R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia entrada).

A feira de produtos da Refor-ma Agrária estará instalada naPraça do Relógio das Flores atéo dia 17 de maio, diariamentedas 9h às 20h.

14 de maio (Abertura):14 de maio (Abertura):14 de maio (Abertura):14 de maio (Abertura):14 de maio (Abertura):Manhã e tarde: Centro de

Convenções de Curitiba - Rua Ba-rão do Rio Branco, 370 - Centro

MST e Via Campesia promovem mostra de 14 à 18 de maio

Cesta básica registra aumento de 21% em um ano na Capital, mostra Dieese

15 de maio:15 de maio:15 de maio:15 de maio:15 de maio:Manhã e tarde: Colégio

Estadual do Paraná - Av. JoãoGualberto, 250 – Alto da Gló-ria

Noite (20h30)Local: Teatro Guaíra -

Rua XV de Novembro, 971 –Centro16 Maio:16 Maio:16 Maio:16 Maio:16 Maio:

Noite (20h30)Local: Teatro Guaira“Show Chico César e ban-

da”17 de Maio:17 de Maio:17 de Maio:17 de Maio:17 de Maio:

Noite (20h30)Local: Teatro Guaíra

18 de maio (Encerramen-18 de maio (Encerramen-18 de maio (Encerramen-18 de maio (Encerramen-18 de maio (Encerramen-to)to)to)to)to)

Manhã (10e30h às 12h)Local: Teatro Guaíra.

Para obter mais iinforma-ções e programação comple-ta, o telefone da Assessoria deComunicação do MST é 3324-7000.

O “pãozinho”, que custava R$3,20 o quilo em janeiro,passou a custar R$4,80 o quilo em quatro meses

Projeções do governo apontamque inflação será maior em 2008

ro”, disse Salete.“O pão também está muito

caro. Além do preço do quilo,ele agora está com muito maismassa para pesar mais na ba-lança e acaba, também, pesan-do no bolso”, completa.

FarinhaProprietária de uma pani-

ficadora, Suzana Galvan deSouza se explica em relação asvariações de preço de um dosalimentos mais presentes navida dos brasileiros, o pão.

Segundo ela, o valor do sacode 25 quilos da farinha que éutilizada em seu estabeleci-mento passou a custar R$ 50nos últimos meses. Essa quan-tidade é suficiente para se fa-zer 600 pães. Por sua vez, apanificadora, que cobravaR$3,20 o quilo até o mês de ja-neiro, repassa ao consumidor

por R$4,80 oquilo do pão.

Levando emconsideraçãoque cada pãozi-nho pesa 50gramas, a uni-dade está porvolta deR$0,24, regis-trando um sal-to de 50%.“Esse aumentofaz cair todo om o v i m e n t o ,mas é até eles(clientes) seacostumaremcom o preço”,conta a empre-

sária.O economista José Gui-

lherme Vieira confirma as pro-jeções: “Os alimentos aindanão subiram tudo e o aumen-to no preço dos transportesainda está para vir”.

Vieira aponta a subida nademanda de matéria-prima daimportação chinesa, por exem-plo, a soja, como um dos po-tenciais fatores responsáveispela inflação. “Uma maneira

de parar o crescimento da in-flação é frear a produção in-terna do Brasil”, aponta o eco-nomista.

O problema é que essa me-dida resultaria em mais de-sempregados, restando ao go-verno soluções a longo e mé-dio prazo. “Estimular a produ-ção de alimentos é outra saí-da, só que aí teremos de espe-rar até a próxima safra”, ex-plica Vieira.

Luiz Werner também éeconomista e sugere outromodo de combater a inflação:diminuindo a exportação oucobrando maiores impostos nahora de exportar. “E se encon-trar produtos com preços fa-voráveis, importar esses pro-dutos para que não falte nomercado interno”.

Ao consumidor só resta es-perar os prováveis reajustes devalores de todos os setores daeconomia.

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Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 20084

Especial

Augusto Klein e Elisa Cordeiro

Qualquer visita a uma ex-posição, ou uma rápida olhadanas galerias, é capaz de diag-nosticar que os jovens raramen-te freqüentam museus. E se es-tão lá, há sempre uma compa-nhia: dos pais ou com os cole-gas da escola.

Carolina Machado, de 20anos, afirma: “Os museus hojesão muito arcaicos, tediosos. Amaioria das pessoas nem sabeo que está vendo. Acho que éuma perda de tempo para nós,jovens.”

Carolina defende que o con-ceito de arte é muito amplo ehoje, num mundo tão moder-no e interativo, ela ainda sepergunta por que a maioriados museus apenas tem pla-cas explicativas “que não che-gam a lugar nenhum. E vocêlê e fica sem entender do mes-mo jeito”.

Para Carolina, a arte podeser muito bem representadanuma peça de teatro, pois valemuito mais a pena ver algo quetenha uma troca de informa-ções, não apenas o olhar paraobras. A jovem espera que nofuturo os museus sejam maisestimulantes e excitantes.

Pesquisa feita pelo LONAcom 170 jovens, de 14 a 18 anos,indicou que60 foram aomuseu pori n i c i a t i v aprópria. E senão houvesseo apoio dospais ou da es-cola, 110 nun-ca teriam en-trado emuma galeria de arte. A pesqui-sa foi realizada no dia 28 demarço, na rua XV, sem identi-ficação dos nomes dos partici-pantes. Apenas a idade foi men-cionada.

Para a professora MariaLuiza Xavier, formada em his-tória e diretora representante

O Dia Internacional dos Museus é comemorado em 18 de maio

Público jovem freqüenta poucomuseus e galerias de arte

do Paraná na Federação Nacio-nal das Escolas Particulares(Fenep), todos os jovens têm in-teresse pela arte, mas o incenti-vo dado pelos pais e professoresé pequeno ou nulo.

A professora ainda afirmaque são poucas as escolas quevalorizam a arte. Muitas vezes

o que aconte-ce é apenasuma visitapor um mu-seu ou umagaleria, o queé muito dife-rente de pre-parar o alunopara verobras já estu-

dadas, com análises prévias.Para ela, tanto escolas públicasquanto particulares deveriamimplementar um processo de in-teresse pela arte.

Um incentivo artísticoCom um muro de cinco me-

tros de altura por dez de largu-

“Podem passarpôsteres e cartazes,mas eu não vou aomuseu, não gosto.”CAROLINA MACHADO

ra, a arte de Cláudio Pastro estáestampada em azulejos na en-trada do Colégio Nossa Senho-ra de Sion. São desenhos querepresentam a religiosidade,com muitos símbolos: a estrelade David, a Bíblia e a pombada paz.

Os desenhos e pinturas nãoparam por aí. No primeiro cor-redor do colégio há uma espé-cie de outdoor com uma men-sagem reflexiva e um desenhochamativo: um boneco com bra-ços e pernas abertas, em pé e àsua volta existe uma molduraem forma de casa.

A obra se chama “A Casa” ea mensagem: “Façamos o ho-mem à nossa imagem e seme-lhança”, vinda do Gênesis. Logono primeiro andar, a sala quechama atenção é a da diretoraMarta Marques: grande, comquadros, uma estante cheia delivros e um relógio que tocabadaladas de um sino de meiaem meia-hora.

Marta é diretora do colégio

há mais de 40 anos e mora naescola. Seus alunos a respeitame têm certo receio de falar comela, talvez pela sua posturaimponente e expressão fechada.É uma freira que dedica seutrabalho não apenas a Deus,mas à educação e a seus alu-nos.

Soeur Cristina, como é cha-mada pelos estudantes, defen-de que a educação pela arte des-perta a sensibilidade das crian-ças, não só para o belo ou paraa arte em si, mas também paraque elas se relacionem melhorcom os outros. “A arte é umadas coisas essenciais e primor-diais na educação do nosso co-légio”, afirma.

Aura Maria de Paula Soa-res Valente é professora do co-légio e leciona a disciplina dehistória da arte, além de daraula da mesma matéria parafaculdade de pedagogia que fun-ciona no mesmo local, durantea noite.

Sua sala é coberta por tra-

balhos dos alunos, que vão des-de desenhos simples a ilustra-ções coloridas e bem trabalha-das. Com o sorriso no rosto, res-ponde perguntas sobre a arte esobre os jovens.

Diz que uma das maioressatisfações dela foi receber umalembrança de suas alunas queforam a um museu da Europa,que hoje em dia estão cursandoa faculdade.

Para ela, a arte tem umgrande valor se vinculada à his-tória. Se os alunos apenas tra-balharem com técnicas artísti-cas, a professora acredita quenão haverá sentido, pois nãoconseguirão fazer uma apreci-ação estética, não tomarão ogosto por este estudo.

Tudo acabará em uma meraatividade, resultando no desin-teresse por parte dos jovens emrelação a visitas a museus.

Assim como a diretora, paraela a principal função da arte étrabalhar a sensibilidade parao outro, para o que está aconte-cendo no mundo.

“O jovem que é educadocom a disciplina de arte vai setornar uma pessoa mais sen-sível para outro, mais huma-nizado. Eu tenho a impressãoque os meus alunos saem docolégio com arte dentro deles”,diz Aura.

A professora ainda destacamais um ponto de vista do porquê o jovem deve se interessarpela arte: “É preciso saber leras imagens, hoje em dia o mun-do é basicamente visual, e setodas as pessoas tivessem umcontexto de história da arte,conseguiriam decodificar me-lhor as mensagens do universoglobal”.

Aura cita como importanteo trabalho educativo de algunsmuseus de Curitiba: eles ofere-cem oficinas para os jovens que,logo depois de visitar uma ex-posição, fazem um trabalho ar-tístico sobre o que viram.

Ela afirma que o Brasil estánum caminho certo: “É a edu-cação pela arte e para a arte”.

Augusto Klein/LONA

O Museu Oscar Niemeyer possui programas para visitas escolares gratuitas

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Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 2008 5

“A arte é para todos”. Ape-sar de a máxima representaralgo que deveria ser onipresen-te, ela infelizmente não con-diz com a realidade. Não noque diz respeito à arte concei-tual, pelo menos, àquela ob-servada em museus ou cen-tros artísticos.

Nem todas as pessoas têmacesso a ela, e poucos dos quetêm lhe dão o devido valor. Ven-cer o desinteresse da popula-ção pela arte pode se mostrarum grande desafio, e é na bus-ca dessa conquista que diver-sos museus estão inovando naforma de atrair o público.

As alternativas são diver-sas: desdepasseios in-t e r a t i v o scom os visi-tantes, atée n t r a d a sgratuitas.

O Mu-seu do Pra-do, na Espa-nha, é umexemplo disso. Como forma dedesenvolver o contato dos jo-vens com a arte, a instituiçãonão cobra a entrada de estu-dantes que tenham até 18anos.

Já o Museu Anne Frank,na Holanda, optou por umarelação de interatividade en-tre os visitantes e o estabele-cimento.

AberturaO centro artístico funciona

na casa onde a jovem viveudurante a Segunda GurraMundial, e as pessoas conhe-cem mais sobre sua vida pormeio de vídeos apresentadosdo local.

Mais conhecido, mas nãomenos inovador, é o MuseuMadame Tussauds, com sedena Inglaterra. No que diz res-peito a forma de atrair visitan-tes, o estabelecimento é úni-co: recria, com perfeição, o cor-po e as feições de grandes ce-lebridades.

Entretanto, o verdadeirodestaque das obras está no ma-terial com o qual elas são pro-duzidas: a cera. A iniciativaestá sendo tão bem sucedida,que o museu já conta com fili-

ais em diversas cidades, comoParis e Nova Iorque.

Quem lucra com essa vari-edade de opções oferecidas é aprópria população. Pena queisso não ocorre no mundo todo.

No Brasil, por exemplo, aspessoas não possuem uma for-te ligação com a arte apresen-tada nos museus, pois não hápreocupação com a inclusãodos jovens.

Poucos estabelecimentosutilizam novos recursos comoos áudio- visuais no museuAnne Frank, que acaba sendomais estimulante. E com re-lação ao incentivo dado ao con-tato com a cultura, a diferen-

ça entre os pa-íses sul-ameri-canos e algu-mas nações eu-ropéias é evi-dente.

“Na Bélgi-ca, em época deférias escolares,encontrei umgrupo de trinta

crianças alemãs que foram vi-sitar o museu mesmo não es-tando no período letivo”.

A frase da professora de edu-cação artística Aura Maria dePaula Soares Valente dificil-mente se encaixaria no contex-to brasileiro. “Aqui, infelizmen-te, os alunos só vão ao museucom a escola. São poucos os querealmente têm interesse em fa-zer as visitas”, lamenta.

Felizmente, a falta de von-tade dos jovens em relação àarte está levando algumas ins-tituições a repensar sua for-ma de ensinar o conteúdo.

O Colégio Nossa Senhorade Sion criou uma “escola deartes”, onde os alunos desen-volvem obras de artes plásti-cas, cerâmica, pintura emtela, teatro, ballet e sapatea-do.

Segundo Aura, o contatodas pessoas com a arte tendea melhorar, pois as institui-ções culturais estão começan-do a se conscientizar, desen-volvendo projetos atrativospara a população.

Mas essa mudança deve le-var tempo para acontecer. “Ain-da falta muito incentivo das es-colas e do governo”, diz.

A arte que está por todos os cantos

Curitiba oferece uma am-pla variedade de museus, queexpõem atrativos para todas asidades. O primeiro museu doEstado do Paraná foi fundadoem 1876, na Praça Zacarias,e foi intitulado Museu Para-naense. O estabelecimento,que foi o terceiro inauguradono país e hoje está localizadono Alto do São Francisco, con-ta com 300 mil peças e docu-mentos da época do Brasil Co-lônia, incluindo mapas e arte-fatos indígenas.

Os museus de arte são osmais numerosos em Curitiba.Além do conceituado Museu Os-car Niemeyer, a capital aindaconta com o Museu Alfredo An-dersen, o Museu de Arte Sacrae o Museu de Arte Contemporâ-nea.

Abrangendo um tema dife-rente dos outros, o Museu deHistória Natural é uma das ins-tituições mais interessantes dacidade. Localizado junto ao Bos-que do Capão da Imbuia, o es-

Nem todas aspessoas têm acessoà arte, e poucos dosque têm lhe dão odevido valor

tabelecimento está integrado auma área verde de 39 mil me-tros quadrados e conta com umacervo que atrai especialmentecrianças. Um dos destaques é odo Caminho das Araucárias,uma trilha ao ar livre onde osvisitantes podem observar diver-sos elementos da fauna e florabrasileiras. Outro exemplo quefoge à regra é a Ordem Rosa-cruz, uma organização regradapor misticismos, que possui ummuseu egípcio em suas depen-dências.

Curitiba também possuimuseus que fazem um resgatehistórico do desenvolvimentomaquinário do país. No Museudo Automóvel, por exemplo, po-dem ser encontrados dezenas demodelos de veículos antigos, in-clusive um Ford T do início doséculo XX. O local ainda contacom uma biblioteca especializa-da em automóveis.

Outro exemplo desse tipo decentro histórico é o Museu Fer-roviário de Curitiba, que, por

meio da decoração do estabe-lecimento, busca recriar o am-biente da antiga estação detrem da capital.Comemorções

A 6º Semana Ncional dosMuseus está sendo comemora-da em Curitiba em diferentesespaços e com programação va-riada. Confira algumas opções:

- Museu do Expedicionário:exposição sobre religiosidadebrasileira na Segunda Guer-ra Mundial;

- Museu de Arte Contem-porânea: de 13 a 18 de maioàs 20 horas, palestra “ArteCotemporânea como Agentede Mudança Social e Desenvol-vimento”;

- Museu Alfredo Ander-sesn: dias 14 e 15, exposiçãode alunos do Centro Juvenilde Artes Plásticas;

- MuseuParanaense: dia15(18h) Seminário “Vadios, he-réticos e bruxas: degradadosinquisitoriais na América Por-tuguesa”, com Geraldo Pieroni.

As opções em Curitiba

Diversas instituições têm programação especial nesta semana, com entrada livreEspecial

Museu do Prado, na Espanha, com sua vasta gama de turistas

Elisa Cordeiro/LONA

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Curitiba, quarta-feira, 14 de maio de 20086

Geral

Gustavo Alberge e Paula S.

Werner

A 5ª edição da Feira de CãesUsados aconteceu no últimosábado, dia 10, na clínica vete-rinária e pet shop “Estheticão”,no bairro Ahú, em Curitiba.Durante as edições anterioresjá foram adotados cerca de 150animais no total, sendo que emcada feira estão expostos 60 ca-chorros e uma média de 35 sãoadotados ao final do dia.

FeiraMaeve Winkler é a organi-

zadora da feira desde a primei-ra edição, realizada em julho de2007. Ela se emociona ao falardo trabalho para ajudar os ani-mais. “É cansativo, desgastan-te, mas é satisfatório você veraquele cãozinho que era couroe osso e agora já está bem”, diza organizadora.

Maeve conta que tem cercade 30 animais em sua residên-cia – todos eles são retirados dasruas. Os adultos são castradose vacinados e os filhotes, devido

Vira-latas ganham novos laresApaixonados por animais organizam feira para adoção de cachorros de rua

ao elevado número e falta de di-nheiro, recebem apenas o remé-dio contra vermes.

Yunes critica a falta de apoiodos órgãos públicos: “O apoiodevia ser de cima para baixo”.Ele ainda comenta que é impor-tante as pessoas não pensaremapenas em buscar filhotes: “Ocão adulto não rói tudo. Quemadota já sabe que tamanho elevai ficar. É muito legal o ato deadotar um cão adulto”.

A feira ainda conta com acontribuição de empresas doramo alimentício e de medica-mentos para caninos. Ambasdão informações para quem aca-bou de adotar um cão sobrecomo tratar de forma adequa-da o seu novo bicho de estima- A jornalista Rosiane Freitas, que adotou um cão na feira

ção. Brindes contendo ração, to-alhas e brinquedos são sortea-dos ao longo do dia.

A jornalista Rosiane Freitaspassou para dar apenas umaolhada nos cachorros e acabouadotando um deles para dar depresente ao seu pai. “Ter umcachorro em casa é tudo de bom,eu já tenho o meu”, conta Rosi-ane. “Os vira-latas são os me-lhores”, completa.

ResponsabilidadeTodos que adotaram tive-

ram que preencher um cadas-tro com informações pessoais.O cão que não se adaptar aonovo lar pode ser devolvido aoantigo responsável.

Esse último, por sua vez,poderá ligar pedindo informa-ções sobre o canino para saberse ele está sendo cuidado.

Aqueles que não foram à fei-ra e tem interesse podem ado-tar cães ou gatos por meio dedois blogs administrados pelaorganizadora do evento, MaeveWinkler – www.adocao.nafoto.net ou www.adogato.nafoto.net.

“É satisfatório vocêver que aquelecãozinho que eracouro e osso agorajá está bem”MAEVE WINKLER, ORGANIZA-DORA

Ana Letícia Pie

Aplicar seu dinheiro e tor-nar-se um pequeno investidorrequer cuidado e conhecimen-to na área. Existem algumasmaneiras de investir dinhei-ro em negócios rentáveis, nodo mercado financeiro, comoa bolsa de valores, bancos eoutras.

Mas antes é preciso enten-der o perfil de um pequeno in-vestidor, que, inicialmenteprecisa ter uma vida finan-ceira estável. Segundo o ge-rente financeiro e aplicador dabolsa Edenílson Dalbosco,existem tipos diferentes de in-vestidor: o conservador, o mo-derado e o arrojado.

O conservador possui aver-são a riscos; prefere usar seudinheiro da maneira mais se-gura possível, por meio dosbancos. Ele investe em pou-

Entre elas, encontram-se aschamadas blueships, empresassólidas e grandes como a Petro-bras e a Vale do Rio Doce. Umareferência é o rendimento quealcançaram no ano passado, emtorno de 82%.

A BM&F proporciona mai-or retorno financeiro, emboratraga muitos riscos para o in-vestidor. No entanto, é a prefe-rência de empresas de agrone-gócio, que a usam para captarrecursos e obter garantia depreço para sua mercadoria nofuturo.

O pequeno investidor, paraaplicar na BM&F, deve teruma situação financeira contro-lada, pois os valores investidossão altos. Já na Bovespa, com-pra-se uma ação a partir de R$100, o que a torna mais acessí-vel do que a BM&F.

Para efetivar aplicações nabolsa de valores, a pessoa ne-cessita associar-se a uma cor-

retora. Ali obtém suporte paraaprender a lidar com ações.Também pode ocorrer por meioda utilização de um softwarechamado home broker.

Esse sistema permite ao in-vestidor fazer aplicações no seucomputador pessoal. Além dis-so, é fundamental entendercomo funciona a bolsa, no casoa Bovespa. Devem-se fazer doistipos de análise.

A fundamentalista: escolhero tipo de mercado no qual o in-vestimento será feito. E a aná-lise técnica: através de gráficos,que opta pelo melhor momentode compra e venda das ações.De acordo com Dalbosco, nãoentender de análise técnica “éapostar no escuro”.

Dalbosco também diz que omercado de ações é muito volá-til, quando se trata de riscos ebenefícios.

Um dos motivos pelo qual omercado de ações é inconstante

é a interconexão entre as bol-sas de valores do mundo. Sena China a bolsa cai, no restodo mundo as bolsas sofrem in-fluência direta.

RiscosOutro mecanismo orien-

tador dos investimentos é orisco-país, indicador que de-termina a instabilidade eco-nômica do país. No caso doBrasil, hoje, está baixo, o queé relativamente bom. Soma-se a isto a elevada taxa dejuros que rege a economia,uma das mais altas do mun-do, ocorre um intenso fluxode dólar no país, e derrubasua cotação.

Evidência de que é bom in-vestir aqui. O problema équando a economia está ins-tável, então os investidores es-trangeiros retiram o dólar doBrasil, fato que proporciona oaumento da moeda no país.

As opções do investidor no mercado financeiropança bancária, que rende apro-ximadamente 6% ao ano. Tam-bém utiliza o CDB (Certificadode Depósito Bancário) e os fun-dos de renda fixa.

O investidor moderado cos-tuma aplicar em fundos de ren-da fixa e em fundos de investi-mentos formados por títulos decrédito imobiliário e, até mes-mo, ações de risco baixo ou mo-derado.

Já o investidor arrojado, dis-posto a correr riscos mais altose, conseqüentemente, a obtermaior rentabilidade e lucro emsuas aplicações, tem outras op-ções.

As opções de investimentomais rentáveis são normalmen-te as menos seguras. No Bra-sil, elas estão na Bovespa (Bol-sa de Valores do Estado de SãoPaulo) e na BM&F (Bolsa deMercadorias e Futuro).

A Bovespa possui mais de400 empresas em seu portfólio.

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Cultura Exposição de obras reflete o desperdício e o acúmulo de lixo da sociedade atual

Limpar o lixo paraas obras de arte

Bárbara Pombo/ LONA

As peças são feitas de material reciclado

Bárbara Pombo

Reciclar a arte, a partir damatéria-prima utilizada. Não eraa meta, mas acabou sendo a con-seqüência do trabalho de oitoanos do Grupo Reciclarte. É nacomunidade de Maracanã, emColombo, que os artistas RogérioAquino, Lóris Guto e OrlandoSouza saem de bicicleta para des-bravar matas e latas de lixo aprocura de material 100% reci-clável.

Esculturas e outros objetos,expostos na Sala do Artista Po-pular (SAP) até o dia 23, obtêmforma a partir das garrafas Petencontradas, móveis velhos, ja-nelas e lençóis. Materiais inusi-tados também aparecem. As es-culturas de dinossauro de Guto,por exemplo, nasceram de ossosde cachorros mortos.

“Em um ano e meio após amorte, os cachorros já estão de-compostos e a carcaça seca. As-sim, fica fácil pegar os ossos, quepassam por um processo de higi-enização antes de serem pinta-dos com tinta acrílica”, explicaGuto.

Abaixo ao desperdícioRogério Aquino conta que, por

falta de dinheiro, teve que subs-tituir a tinta a óleo por reciclá-veis. “Hoje encontro 80% do meumaterial na rua. Andar de bici-cleta pela cidade rende muita ma-téria-prima”, brinca.

Outra forma de conseguirmaterial, segundo Orlando Sou-za, é a partir da ajuda dos vizi-nhos.

“Muitas pessoas da comuni-dade me entregam objetos e pe-ças que jogariam fora. Os carro-ceiros são também importantesnesse processo, pois sabem quepodem vender para nós o que en-contram”.

Segundo Guto, a colaboraçãoda comunidade mostra como aidéia da reciclagem se espalha fá-cil.

“O intuito do grupo é passara mensagem de conservação do

meio-ambiente e do desperdício deforma lúdica. E nós temos tidosucesso, pois quando as pessoasvêem que fazemos arte com o lixo,acabam nos trazendo o que nãoquerem mais, ao invés de jogarna rua ou nos rios”.

Para os artistas, o consumis-mo atual é claramente observa-do nas obras, a partir do materi-al novo e ainda útil usado na cri-ação. “Quem tem contato diretocom o lixo, depois de jogado fora,percebe o quanto o consumo é in-tenso, pois achamos objetos quesem motivo viram lixo”, afirma

Guto.A falta de informação é apon-

tada pelos artistas como causa-doras dos problemas ambientais.“Na nossa comunidade, há mui-tos rios que transbordam com for-tes chuvas, há lixo nas ruas ematas. Então se pegamos o lixoe fazemos arte, estamos dizendoaos mal informados que aqueleentulho está no lugar errado,”,diz Souza.

As crianças, para ele, são asprincipais portas para a consci-entização efetiva. “Percebemosque para educar ambientalmen-te, devemos atingir as crianças,talvez por estarem sem vícios eabertas ao mundo. E em casa,ela vai ensinar os mais velhos areciclarem certas idéias.”

ServiçoExposição Reciclarte. Per-

mance até 23/05. Endereço: Salado Artista Popular (R. SaldanhaMarinho, s/nº), em Colombo.Horário de visitação: de segundaa sexta-feira, das 9h às 18h.

Para os artistas, oconsumismo atual éclaramenteobservado nasobras, a partir domaterial novo eainda útil usado nacriação

Silvia Henz

O programa “Arte por ondevocê anda” leva à população aarte nas suas mais diversas for-mas, com exposições, teatro,música, cinema e mostras es-palhadas nos 75 bairros da ci-dade. O objetivo é “democrati-zar a cultura”, segundo afir-mou o prefeito Beto Richa nodiscurso de lançamento do pro-grama.

A prefeitura tem investidotambém na reestruturação deantigos espaços culturais,como a reforma do teatro Pai-ol, do espaço Novelas Curiti-banas e recentemente da Ci-nemateca de Curitiba. Em 29meses, a prefeitura investiucerca de R$ 10 milhões pararecuperar os principais espa-ços culturais da cidade.

Programa leva atividades para os bairros de CuritibaCom o apoio da Lei de Incen-

tivo à Cultura, o “Arte por ondevocê anda” tem transformado ocenário cultural da cidade. Todasemana, leva apresentações gra-tuitas, ou a preços populares,aos bairros da cidade, além dasapresentações de peças teatraispara escolas públicas.

As expectativas dos artistasem relação ao retorno do projetosão boas. O diretor artístico da“Armadilha Cia. de teatro”, Di-ego Fortes, participou do proje-to da prefeitura e aprova a inici-ativa: “Não que eu ache que ha-verá uma grande mudança nasociedade. É só um começo, masum começo bem direcionado. Éuma semente, que faz começara brotar na cabeça das pessoasa vontade de ter contato com aarte”.

A atriz Sol Faganello, queatuou na peça “Café Andaluz”,

espera que o projeto contribuapara a formação de público: “Nósvamos até o bairro, apresenta-mos para as pessoas, com o ob-jetivo de levá-las ao teatro e cri-ar uma consciência de que exis-te teatro na cidade. Queremosincentivar as pessoas além de irao teatro, a fazer teatro tam-bém.”.

A sugestão de Sol para me-lhorar o retorno do projeto é quehaja uma preparação com pro-fessores e alunos sobre a temá-tica tratada pela peça ou concer-to, para que haja uma discus-são prévia.

A professora Leni Silva as-sistiu a peças de teatro inclusasno programa, e diz que ele ne-cessita de um método de abor-dagem mais eficiente. Ela acre-dita que não se pode tentar im-por a cultura sem que se desen-volva antes uma curiosidade,

uma expectativa positiva.“Doze anos atrás, existia

um programa parecido comeste. O programa tinha umaagenda cultural grande a pre-ços populares. Certa vez, a pre-feitura encaminhou um grupoenorme de jovens para a Ópe-ra de Arame, mas houve umengano: eles acreditavam queiriam assistir a um show derock, e era na verdade umshow de bossa nova. Leila Pi-nheiro e Rafael Rabelo foramvaiados no palco”, lembra Leni.Para Fortes, o mais difícil doprojeto é lidar com um públicodiferente: “É fácil apresentarem um auditório fechado, paraum público que já tem idéia doque vai ver. O difícil é fazercom que esse público (não acos-tumado a freqüentar teatro)entenda o que a peça está di-zendo, se aproxime de você.”

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Batalha de alviverdesFotos: Cibele Lara e Bruna Chrispim

Texto: Cibele Lara

O duelo de campeões estaduais, valido pela 1ª rodada docampeonato brasileiro, foi marcado por muitas iniciativas, trocade faixas de campeões, faltas, quero-quero atacado pela bola, epoucas finalizações. O Verdão do PR, jogando em casa, conse-guiu voltar bem à elite do campeonato e mostrou futebol deprimeira divisão. O Coritiba venceu o Porco por 2x0, que foisaudado anteriormente como um dos “favoritos” ao título. Duascarimbadas na faixa de campeão do Palmeiras de Michael aos9 e Hugo aos 38 do 2º tempo. Michael na sua primeira partidapelo Coxa já ganhou a confiança da torcida.

A torcida do Coritiba mostrou de novo quem é o 12º jogadordo time, deu um show nas arquibancadas e empurrou o timepara cima do Porco. Apesar de Keirrison sair aos 42 do 1º tem-po por sentir uma forte distensão muscular e de CarlinhosParaíba ter sido expulso aos 24 do 2º tempo, o time ficou maisdeterminado do que nunca.

Antes da partida, o clima festivo das duas diretorias permi-tiu que houvesse troca de faixas dos campeões estaduais. Alémde faixas, o Coritiba entrou em campo com uma camisa prataem comemoração à conquista da Segundona do ano de 2007.

Na próxima rodada, o Coxa enfrenta o Figueirense em Flo-rianópolis. Já o Palmeiras tenta a recuperação em casa, dian-te do Internacional.