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ÍNDICE

I. Índice…………………………………………………………………………..

…….3

II. Dedicatória……………………………………………………………………....

…..4

III. Resumo………………………………………………………….………………..

….5

IV. Introdução………………………………………………………….…………...

……6

1- Conceito de Macroeconomia…………………………………………….........…..…7

1.1- Condições históricas da sua aparição………………………………….………….…7

1.2- Objeto e objetivo do estudo da Macroeconomia………………………..………..... 8

1.3- Agregados Macroeconómicos, Diferença de Macro e Microeconomia………….…8

2- Oferta agregada: A Inflação, Desemprego ………………………………………...10

2.1- Modelos macroeconomics……………..………………………………………..…12

2.2- Economia aberta com preços fixos e flexiveis.…………………………………… 13

2.3- Regime Cambial, Taxa de cambio……………………………………………...….15

3- Regra de Politica Monetaria: P.I.B, O.G.E, Saldo Orçamental…………………….15

3.1- Restriçao Orçamental, Défices orçamentais e divida Publica e Externa ……….…16

3.2- O papel do Estado na Macroeconomia Angolana....................................................17

3.3- Importancia do estudo Macroeconomico…………………………………………. 20

3.4- Conclusão……………………………………………………………………….…21

V. Bibliografia……………………………………………………………..……….…22

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DEDICATÓRIAS

Dedicamos este trabalho aos nossos familiares. E especialmente ao nosso Professor de Economia por nos ter dado a oportunidade de aprofundarmos os nossos conhecimentos relativamente a temática a analisar nas páginas subsequentes e pela forma suscita objectiva e subjectiva como inculcou- nos o seu magno , luzente e superior raciocinio para a projecção, estruturação e construração deste trabalho.

Dedicamos ainda o presente trabalho, a todos que de um modo amplo ou humilde intervieram na elaboração desta dissertação.

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A todas essas pessoas…………

……..O nosso muito obrigado

RESUMO

Neste estudo, pretende-se estabelecer os principais fundamentos da Macroeconomia, bem como seus objetivos e os recursos utilizados para alcançá-los.

Subsequentemente este trabalho foi resumido em três (3) partes de análise.

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A primeira aborda o conceito da Macroeconomia faz ainda análise Condições históricas da sua aparição, Objeto e objetivo do estudo da Macroeconomia, Principios e factores da Macroeconomia.

A segunda parte abarca a questão da Oferta agregada: A Inflação, Desemprego, analisamos também os Modelos macroeconomicos, Economia aberta com preços fixos e flexiveis e os subtemas o Regime Cambial e Taxa de cambio.

A terceira parte analisa Regra de Politica Monetaria: P.I.B, O.G.E, Saldo Orçamental, Restriçao Orçamental, Défices orçamentais e divida Publica e Externa, O papel do Estado na Macroeconomia Angolana e a Importancia do estudo Macroeconomico

Palavras chave: Politica monetaria, Macroeconomia, Economia, O.G.E.

INTRODUÇÃO

O pesente trabalho visa o estudo dos principais fundamentos da política macroeconômica, bem como seus objetivos e os recursos utilizados para alcançá-los.

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Este estudo esclarece as principais questoes a respeito da macroeconomia, através de uma análise logica de sua estrutura, dando ênfase a questões objectivas.

Chegando a termo de que isoladas, as políticas econômicas são suficientes para o alcance dos objetivos macroeconômicos. Elas necessitam da intervenção do Governo no sentido de regular a atividade econômica e elevar a economia de uma Naçao e o subsequente indice de desenvolvimento humano.

1- CONCEITO DE MACROECONOMIA

A Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e

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produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio”. 1

Assim sendo, a Macroeconomia faz uma abordagem global das unidades econômicas individuais e de mercados específicos. Por exemplo, essa teoria considera apenas o nível geral de preços, e não atende as mudanças dos preços dos bens das diferentes indústrias.

As análises da situação macroeconómica dos diversos países que são periodicamente feitas pelos bancos centrais e por instituições internacionais como o FMI e contemplam sempre a análise do valor que assumem, da sua evolução no tempo, da relação com outros indicadores destas e de outras variáveis.

1.1- CONDIÇÕES HISTÓRICAS DA SUA APARIÇÃO

Etimologicamente Macroeconomia provem do do grego: μακρύ-ς /ma΄kri-s/ grande, amplo, largo e οικονομία /ikono΄mia/ lei ou administração do lar é uma das divisões da ciência economica dedicada ao estudo, medida e observação de uma economia regional ou nacional como um todo. A macroeconomia é um dos dois pilares do estudo da economia, sendo o outro a microeconomia. Os estudos macroeconômicos tiveram seu início a partir da quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929. O livro Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda do economista britânico John Maynard Keynes.

1.2- OBJETO E OBJETIVO DO ESTUDO DA MACROECONOMIA

O objecto da macroeconomia centra-se no estudo do comportamento agregado de uma economia, ou seja, das principais tendências (a partir de processos

1 segundo Garcia e Vasconcellos (2002, p. 83), “[...]

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microeconômicos) da economia no que concerne principalmente à produção, à geração de renda, ao uso de recursos, ao comportamento dos preços, e ao comércio exterior.

Os objetivos da macroeconomia são principalmente: o crescimento da produção e consumo, o pleno emprego, a estabilidade de preços, o controle inflacionário e uma balança comercial favorável.

Um conceito fundamental à macroeconomia é o de sistema econômico, ou seja, uma organização que envolva recursos produtivos. A estrutura macroeconômica se compõe de cinco (5) mercados:

Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços.

Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego.

Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros.

Mercado de Títulos: analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e dificitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda.

Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.

1.4- AGREGADOS MACROECONÓMICOS, DIFERENÇA DE MACRO E MICROECONOMIA

Os principais agregados macroeconómicos são:

Produto - é a produção total de bens e servicos finais que são produzidos por uma sociedade num determinado período.

Renda - renda pessoal ou consumo das famílias - somatório das remunerações recebidas pelos proprietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus serviços na atividade produtiva. Ex: salário, aluguéis, juros, lucros.

Renda pessoal disponível (RPD) é a renda com que as famílias contam para poderem consumir.

Poupança (S) é a parte da RPD que não foi consumida.

Renda (D) = C + S

W - salários - remuneração do fator de produção trabalho (comissões, honorários de profissionais liberais, ordenados dos executivos, mesmo que não assalariados)

J - juros - remuneração do fator de produção capital

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A - aluguéis - remuneração dos proprietários dos recursos naturais

L - lucros - remuneração do fator de produção capital

Renda (D) = w + j + a + l

Despesas - são o total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aquisição de bens e serviços produzidos pela sociedade.

Investimento - refere-se às despesas voltadas para a ampliação da capacidade produtiva da economia. Ex. Construção de uma hidroelétrica, a construção ou ampliação de uma fábrica, a aquisição de novas máquinas e equipamentos por uma firma, etc.

Investimento Bruto = Formação bruto de Capital fixa + Variação de Estoque

Ib = Fbkf + VarEst

Investimento bruto é compra de bens de capital - somente produtos novos. Representam um acréscimo ao estoque de capital da economia. (Bens de investimento é sinônimo de bens de capital.) Variações positivas de estoque são bens produzidos e não vendidos no período, para serem vendidos no futuro. Por significarem um acréscimo ao patrimônio da sociedade tais variações são computadas como investimentos.

Investimento bruto:

(-) Depreciação

(=) Investimento Líquido

Iliq = Ib - Dep

Depreciação - uma parte dos bens de capital em uso na economia poder sofrer desgastes físicos ou obsolescência. Isso configurará um decréscimo no estoque de capital denominado depreciação.

Renda = consumo + poupança ou R = C + S

Despesa = Consumo + Investimento ou D = C + I

Como PRODUTO = RENDA = DESPESA ou C + I = C + S e I = S

DIFERENÇA DE MACRO E MICROECONOMIA

Assim, enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e

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investimentos globais, a análise microeconômica preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (por exemplo, soja, automóveis) e de fatores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos.

A teoria microeconômica não deve ser confundida com a economia de empresas, pois tem enfoque distinto. A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.

2- OFERTA AGREGADA: A INFLAÇÃO, DESEMPREGO

OFERTA AGREGADA

A Oferta Agregada representa o que as empresas, no seu conjunto, estão dispostas a produzir e a vender para cada nível geral de preços, assumindo como constantes todas as restantes variáveis determinantes da oferta agregada tais com as tecnologias disponíveis e as quantidades e preços dos factores produtivos.

Conjugada com a procura agregada, a oferta agregada permite encontrar o equilíbrio macroeconómico, ou seja, uma situação em que quer o PIB real, quer o nível geral de preços satisfazem quer os compradores, quer os vendedores.A Oferta Agregada (AS) pode ser representada num gráfico em que num dos eixos é representado o nível geral de preços (P) e no outro o produto (ou PIB) real (Q). Neste gráfico, a Oferta Agregada surgirá como uma curva com inclinação positiva, o que significa que a quantidade que as empresas desejam produzir e vender aumenta quando aumenta o nível geral de preços.

INFLAÇÃO

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É a subida continua do nivel geral dos preços. Estamos diante de uma inflação quando o custo de uma dada quantidade de bens e serviços aumenta, ou quando estamos diante de uma redução do poder de compra de determinada unidade monetaria. Podemos encontrar dois tipos de inflaçao:

a) Inflação pelo Custo;

b) Inflação pela Procura.

DESEMPREGO

Desemprego é a medida da parcela da força de trabalho disponível que se encontra sem emprego. Esse fenômeno social é observado principalmente em países subdesenvolvidos cujas economias não conseguem suprir o crescimento populacional. Um agravante é a crescente mecanização e informatização dos processos de trabalho, acabando com cargos que antes eram desempenhados por pessoas sem instrução/qualificação e, agora, por exigirem conhecimento e formação, acabam excluindo muitos trabalhadores do mercado. Podemos encontrar os seguints tipos de desemprego:

a) Desemprego Fraccinonal;

b) Desemprego Ciclico.

Duração do Desemprego – É o periodo médio de tempo que um individuo fica desempregado.

Frequência de Desemprego – É a quantidade média de vezes por periodo que os trabalhadores ficam desempregados.

Periodo de Desemprego – É um periodo na qual o individuo permanece continuamente no desemprego.

Custo de Desemprego – Os desempregados sofrem a perda do seu rendimento, quando sem trabalho e com problemas sociais provocados por longos periodos de desemprego.

Existe uma relação entre o volume de produção e o desemprego2. A conhecida Lei de OKUN, diz que um ponto percentual (1%) a mais de desemprego implica uma perda de dois pontos percentuais (2%) no PIB.

2.1- MODELOS MACROECONOMICOS

2 Segundo ARTHUR OKUN

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É preciso entendermos alguns conceitos básicos, para uma compreensão plena dos modelos macroeconomicos que regem o sitema econômicos. São eles:

Oferta Agregada (OA): É a quantidade total de produção que o setor produtivo fornece, por período de tempo, dado certo nível de preços.

Demanda Agregada (DA): É a quantidade total de produtos e serviços demandados em uma economia a certo nível de preços.

No modelo clássico, parte do principio que a economia, quando em equilibrio, apresenta pleno emprego dos recursos, não existindo desemprego voluntário; para que seja garantido o pleno emprego, tudo que é produzido gera uma demanda correspondente e por último, a poupança da sociedade é toda direcionada para investimentos (S = I).

Modelo keynesiano simples

O Modelo Keynesiano Simples, ou Básico, é um dos chamados regimes mistos da Macroeconomia. Este modelo veio substituir os modelos clássicos, e está calcado na rigidez de preços e salários no curto prazo e flexibilidade no longo prazo. Segundo os keynesianos, a Oferta Agregada é o que determina a Produção. A Oferta Agregada, função determinada pelo capital, trabalho e tecnologia, permaneceria então fixa no curto prazo.

Para Keynes, poupança e consumo competem por recursos. Assim, quando um aumenta, o outro, necessariamente, tem de diminuir. No Modelo Keynesiano Simples o nivel de Poupança é expressão da Renda menos Consumo. Matematicamente temos:

S = Y - C

Aonde:

S: Poupança Y: Renda

C: Consumo

O nível de Consumo é dependente da propensão marginal a consumir. Este, por sua vez, é dado como complementar da propensão marginal a poupar:

c + s = 1

Aonde:

C: Propensão Marginal a Consumir S: Propensão Marginal a Poupar

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Modelo keynesiano generalizado ou modelo IS-LM

A análise IS-LM procura sintetizar, em um só esquema gráfico, muitas situações da política econômica, por meio de duas curvas: As curvas IS e LM. O Modelo IS/LM resume os pontos de equilíbrio conjunto do lado monetário e do lado real da economia, entre a taxa de juros e o nível de renda nacional.

Gráfico do modelo IS/LM

Curva IS:

A curva IS é o conjunto de combinações de i (taxa de juros) e y (renda) que equilibram o mercado de bens e serviços.

Curva LM:

A curva LM é o conjunto de combinações de i (taxa de juros) e y (renda) que equilibram o mercado monetário (oferta por moeda igual a demanda por moeda) e o mercado de títulos, ou seja, as combinações de taxas de juros e níveis de renda que tornam iguais a demanda por moeda e a oferta de moeda.

2.2- ECONOMIAS ABERTA COM PREÇOS FIXOS E FLEXÍVEIS

ECONOMIAS ABERTA

Entende-se genericamente como uma economia aberta aquela que mantém contactos de carácter comercial e financeiro com o seu exterior, seja no sentido da aquisição de bens ou entrada de capital, seja no sentido da venda de bens ou saída de capital. Assim, uma economia aberta realiza operações de comércio e investimento

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internacional, ao contrário de uma economia fechada, que não mantém relações comerciais e financeiras com outros países.

PREÇO OU TAXA DE CÂMBIOS FIXA

O aspecto central dos Países com taxas de câmbios fixas e grande mobilidade de capitais é o facto de as taxas de juros tem de ser estreitamente alinhadas.

Por exemplo, se a França e Alemanha tiverem taxas de câmbios fixas e os investidores podem facilmente fazer circular fundos entre Francos e Franceses e marco Alemães, taxa de juros de dois Países tem de variar em conjunto. Qualquer divergência da taxa de juro atraira os especuladores que venderam uma moeda e comprarao outra até que as taxas de juro estejam ao mesmo nível.

Considere um pequeno País que cole a sua taxa de cambio a um País maior pode ser a Holanda que se associe a Alemanha ou a Hong Kong ao E.U. A dado que as taxas de juros do pais pequeno são determinado pela politica monetária do pais maior, o País pequeno deixa de ter uma politica monetária independente. A politica monetria do pais pequeno deve ser destinada a assegurar que as suas taxas de juros estejam alianhadas com as do parceiro.

Do ponto de vista do pais pequeno o investimento é exógeno, porque determinado pelas taxas de juros mundiais a politica orçamental será muito eficaz dado que não haverá reação monetária a variações.

PREÇO OU TAXA DE CÂMBIOS FLEXÍVEIS

Surpreendentemente a politica macroecoeconomica com taxas de cambio flexivel funciona de modo substancialmente diferente a taxa de cambio com preços fixo. A politica monetária torna-se altamente eficaz com a taxa de cambio flexível.

Consideramos o exemplo dos E.U. A: O mecanismo de transmissão monetária nos E.U.A evoluiu nas duas ultimas décadas, a medida que economia se tornava mais aberta e que ocorriam mudança no sistema de taxas de cambios.

Apos a introduçao das taxas de cambio flexiveis, em 1973 e da presença de mercados financeiros cada vez mais estreitamente interligados, o comercio e as finaças internacionais pasaram a ter um papel novo e central na politica macropeconomica dos EUA.

2.3- REGIME CAMBIAL, TAXA DE CAMBIO.

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REGIMES CAMBIAIS

Flexíveis ou Flutuantes : quando seu valor é determinado no mercado de divisas através de interação das forças de oferta e demanda.

Flutuação o valor da taxa de câmbio no mercado se alterará à medida que haja mudança em outras variáves que influenciam a demanda e a oferta de divisas. A demanda por divisas é afetada, além da taxa de câmbio, pelas seguintes variáveis.

(1) Nível do Produto Interno (Y) - é de se esperar que, quanto maior Y, maior será a demanda por importações do País e, portanto, a demanda por moeda estrangeira;

(2) Nível geral de Preços Interno (Pi) e Externo (Pe) - coeteris paribus, caso Pi aumente, o preço real das importações em moeda nacional diminuirá e, portanto as importações e a demanda por divisas serão incentivadas; caso Pe aumente, o preço real das das importações em moeda nacional se elevará e, portanto as importações e a demanda por divisas serão desestimuladas;

(3) Taxas de Juros Interna (Ii) e Externa (Ie) - coeteris paribus, caso Ii, se eleve, haverá um incentivo à entrada líquida de capitais no País, pois ela se tornou mais atrativa que a externa, logo a oferta de divisas no país aumenta, com uma demanda constante; caso contrário, se Ie aumentar, ocorrerá um estímulo á saída líquida de capitais para o exterior, já que ela está mais alta que a interna logo a oferta de divisas diminui, com uma demanda constante.

TAXA DE CAMBIO

Taxa de Câmbio é o preço da moeda estrangeira medido em unidades da moeda nacional. É de compra é o preço que o banco aceita pagar pela moeda estrangeira. Em um regime de câmbio flexível (flutuante) ela se forma pela interação entre a oferta e a demanda de moeda. Em um regime de câmbio fixo, ela é definida pelo Banco Central.

Portanto, o câmbio é uma das variáveis mais importantes da macroenomia, sobretudo no que se refere ao comércio internacional.

3. REGRA DE POLITICA MONETARIA: P.I.B, O.G.E, SALDO ORÇAMENTAL

PRODUTO INTERNO BRUTO (P.I. B)

É a soma dos valores monetários de todos os bens e serviços finais produzidos na economia doméstica, durante um determinado período de tempo, normalmente de um ano, pelos factores de produção residentes nessa economia. Ou seja, é a quantificação do valor agregado de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território económico de um País, independentemente da nacionalidade dos proprietários das

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unidades produtoras desses bens e serviços – funciona como medida do desempenho global de determinada economia.

4. ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO (O.G. E)

O Orçamento Geral do Estado é uma previsão das receitas e despesas anuais do Estado. Engloba o montante e a discriminação das despesas a efectuar, bem como a forma de cobri-las. Inclui ainda a autorização concedida à Administração Financeira para cobrar receitas e realizar despesas.

SALDO ORÇAMENTAL

Saldo orçamental é a diferença entre o total das receitas correntes e o total das despesas correntes.

Significado do saldo orçamental:

Através das receitas o Estado intervém nas esferas eco e social quando:

Aumenta ou diminui os impostos directos ou indirectos

Através das despesas o Estado intervém nas esferas eco e social quando:

Aumenta os salários dos funcionários públicos ou contrata mais,

Aumenta a despesa do Estado em bens de consumo;

Aumenta as transferências para as famílias;

Aumenta as despesas de capital.

3.1- RESTRIÇAO ORÇAMENTAL, DÉFICES ORÇAMENTAIS, DIVIDA PUBLICA E EXTERNA.

RESTRIÇAO ORÇAMENTAL

A chamada restrição orçamental tem a ver com a necessidade de o Estado conter as Despesas Públicas, face á insuficiência das suas receitas ou à necessidade de reduzir um déficit orçamental. Assim, são impostas regras no sentir de proibir ou limitar o valor de certas despesas, de forma a não exceder ovalor da receita global e gerar um equilíbrio nas finanças públicas.

DÉFICES ORÇAMENTAIS

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O Défice Orçamental corresponde ao saldo negativo das Contas Públicas, ou seja, à diferença entre as despesas do Estado e as suas receitas durante um determinado período de tempo (geralmente considera-se o período um ano).

Geralmente, o défice público é apresentado em função do PIB de forma a poder efectuar comparações entre países de diferentes dimensões e de forma a avaliar o excesso de despesa do Estado em relação ao total da riqueza produzida no país.

DIVIDA PUBLICA E EXTERNA

Dívida pública é o termo usado para descrever o endividamento de qualquer divisão administrativa, desde uma vila até um país. A dívida de um governo de um dado País também é chamada por vezes de dívida nacional. Pode ser categorizada como sendo uma dívida interna - quando o governo deve dinheiro a entidades do próprio país - ou externa – se se deve dinheiro para entidades de outros países que não o devedor.

3.2- O PAPEL DO ESTADO NA MACROECONOMIA ANGOLANA

O papel do Estado na macro economia é de regulador e fiscalizador da economia, criando desta forma politicas para o desenvolvimento e estabilidade da economia do Pais, e para que seja implementado é dever do Estado criar:

Leis sobre os incentivos fiscais e aduaneiros ao investimento privado;

A legislação do investimento privado;

Estratégia para o investimento estrangeiro.

LEI SOBRE OS INCENTIVOS FISCAIS E ADUANEIROS AO INVESTIMENTO PRIVADO

No âmbito da política do Governo Angolano para a promoção, atracção e captação de investimento privado nacional e estrangeiro foi aprovada em 25 de Julho, pela Assembleia Nacional, a Lei 17/03.

Portanto, a atribuição dos incentivos e facilidades só deve ser concedida desde que os respectivos investimentos permitam atingir os seguintes objectivos económicos e sociais: incentivar o crescimento da macroeconomia nacional; promover o bem-estar económico, social e cultural das populações.

Neste sentido, a lei definiu os seguintes sectores prioritários:

Produção agropecuária; Indústria transformadora;

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Indústria de pesca e derivados; Construção civil; Saúde e educação; Infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias,

telecomunicações, energia e àguas, Equipamentos de grande porte de cargas e passageiros.

Com vista a permitir a concessão dos incentivos fiscais e aduaneiros, o País ficou organizado em três Zonas de Desenvolvimento, nomeadamente:

Zona “A”, que compreende as Províncias de Luanda, os Municípios Sede das Províncias de Benguela, Huila, Cabinda e o Município do Lobito.

Zona “B” compreende os restantes Municípios das Províncias de Benguela, Huila e Cabinda e as Províncias do Cuanza-Sul, Bengo, Uíge, Cuanza-Norte, Lunda-Norte e Lunda-Sul.

Zona “C” compreende as Províncias do Huambo, Bié, Moxico, Cuando-Cubango; Cunene, Namibe, Malange e Zaire.

Assim, para os projectos localizados na Zona “A” beneficiam de até três anos de isenção do pagamento de direitos aduaneiros e demais imposições aduaneiras em caso de equipamentos novos, e redução de 50% em caso de equipamentos usados. Quanto à Zona “B”, é por um prazo de até quatro anos, e para a Zona “C” este prazo é de até seis anos.

SOBRE A LEGISLAÇÃO DO INVESTIMENTO PRIVADO

Como se pode observar, se os diplomas legais que anteriormente vigoravam no País se direccionavam exclusivamente para o investimento estrangeiro, a partir de 2003 a visão estratégica do Governo alterou-se, passando a abranger também os investidores nacionais. Assim, foi criado um quadro jurídico-legal favorável e incentivador a todos os operadores económicos privados, nacionais ou estrangeiros. Sendo a ANIP (Agencia Nacional de Investimento Privado), o orgão regulador deste diploma.

ESTRATÉGIA PARA O INVESTIMENTO ESTRANGEIRO.

Relativamente a estratégia para com o investimento estrangeiro, podem ser resumidos no seguinte:

a)– O Estado deve assumir o papel crucial de agente regulador e coordenador, exercendo uma função de liderança com base numa visão estratégica concertada com a sociedade civil e o sector empresarial.

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b)- Opção por um modelo de desenvolvimento sustentável, do ponto de vista territorial, económico e social, por ser aquele que garante mais equilíbrio no desenvolvimento macro económico do pais.

c)- A diversificação progressiva do sector macro económica do país, bem como a sua especialização produtiva não deve ser feito de modo espontâneo e difuso, mas sim na base de uma coordenação perfeita entre os investimentos públicos e os investimentos privados, com os primeiros a criarem as condições necessárias para um aumento da eficiência dos segundos.

d)– Na base do planeamento estratégico, o país deve crescer em rede, através de clusters que criarão as vantagens comparativas dinâmicas capazes de sustentar o posicionamento de Angola nos segmentos das cadeias produtivas de maior valor acrescentado do ponto de vista macro-economico.

e)– Com a expansão da actividade macro-económica, o Estado tem a oportunidade de promover o desenvolvimento equilibrado das diversas regiões do país, privilegiando, tanto quanto necessário, no que se refere aos incentivos e investimentos públicos.

Ainda no âmbito dos objectivos de desenvolvimento macro-economico do Pais, o Governo Angolano estabelece as metas a alcançar a curto prazo, a saber:

a)- Inflação moderada de um dígito;

b)- Taxa de câmbio estável, ao nível do equilíbrio, tendo em conta os fundamentos macro económicos;

c)- Taxa média anual do crescimento do PIB (a preços constantes) de 2 dígitos;

d)- Taxas médias de crescimento do produto não petrolífero não inferiores a 7% ao ano;

e)- Défice orçamental em torno dos 3% do PIB;

f)- Endividamento público (interno e externo) não superior a 50% do PIB

h)- Taxa de desemprego de 15%.

As políticas econômicas liberais, especialmente de abertura da economia para o comercio internacional, tem estrangulado o mercado interno de muitos países africanos e da America Latina impedindo que eles se industrializem, porque os produtos de fora especialmente os da China ficam mais baratos do que se produzidos internamente.

Assim é necessário que esses países, planifiquem as suas economias para um desenvolvimento sustentável. Cabe ao Estado, através de um planeamento integrado, coordenar as políticas econômicas necessárias para garantir a industrialização. Eo consequente desenvolvimento micro e macroeconomico da Nação.

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3.3- IMPORTÁNCIA DO ESTUDO MACROECONOMICO

Pretende-se referir que as políticas econômicas, abordaddas ao longo deste trabalho, são de suma importância para o entendimento dos cenários macroeconômicos. As ações de política monetária, fiscal e cambial têm como finalidade maior alcançar objetivos que tragam benefícios para a população.

Porém é importantissimo o estudo da macroeconomia, pois ajuda-nos, a saber, que o Governo, antes da adoção das medidas de política econômica, procura fazer uma leitura do cenário macroeconômico nacional, buscando verificar qual a situação em que se encontra a economia, para traçar um Planeamento anual. Para isto ele utiliza-se de mecanismos de observação da atividade econômica, que são conhecidos como indicadores econômicos isto é grandezas de carácter económico, expressas em valor numérico, cuja principal utilidade consiste na aferição dos níveis de desenvolvimento de Países, regiões, empresas, etc. (permitindo, também, como é evidente, efectuar comparações).

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3.4 CONCLUSÃO

É mais do que claro que chegou a hora de agir através de politicas sociais e econômicas efetivas que estimulem o crescimento sustentável do País.

Como argumentamos ao longo do trabalho, o nível da taxa de câmbio pode afetar trajetórias de acumulação de capital via definição de níveis de poupança e investimento, com óbvias consequências para o processo de desenvolvimento econômico.

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BIBLIOGRAFIA:Site do Banco Nacional de AngolaEconomia aplicada para gestores, cadernos IESF, de Álvaro AlmeidaMankiw, N. Gregory, 2002, “Principles of Economics”, Harcourt College Publishers,2nd Edition.BONILHA, Dr. Paulo B, e BIANCO, Dr. João Francisco. Mesa de Debates, 23/10/2003

FONTES:www.google.com.br www.wikipedia.org www.Ecosocial.com.br Enciclopédia Microsoft® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados