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MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO. NEM TODA ONDA VALE A PENA SURFAR Preserve-se para o que for importante Velas rasgadas A fé é mais que um sentimento Criando espaços Como não ser atropelado pela vida

Maio de 2013: Longanimidade

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Acontece, às vezes, de seu dia ser arruinado por parentes ou vizinhos mal-humorados, inconvenientes ou simplesmente chatos? Você tem dificuldade para aceitar quando sua bondade não é retribuída ou seus esforços passam despercebidos? Esta edição da Contato lida com esses e outros tópicos.

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  • MUDE SUA V I DA . MUDE O MUNDO .

    NEM TODA ONDA VALE A PENA SURFARPreserve-se para o que for importante

    Velas rasgadasA f mais que um sentimento

    Criando espaosComo no ser atropelado pela vida

  • Volume 14, Nmero 5

    C O N TATO P E S S OA L

    Em um dos mais poderosos e poticos captulos da Bblia, 1 Corntios 13, o apstolo Paulo descreve o tipo de amor que os cristos devem manifestar: O amor paciente, benigno. O amor no inveja, no se vangloria, no se ensoberbece. No se porta inconvenientemente, no busca os seus prprios

    interesses, no se irrita, no suspeita mal. O amor no se alegra com a injus-tia, mas se regozija com a verdade. Tudo sofre, tudo cr, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.1

    A pacincia longanimidade em algumas verses vem no topo da lista, o que me parece significativo, porque para manifestar franca e continuamente o amor que Paulo descreve nessa passagem preciso estar determinado a no desistir. No podemos reservar nosso amor para certas situaes ou pessoas especiais, no podemos ret-lo quando somos decepcionados. A longanimi-dade um pr-requisito. Sem ela, o verdadeiro amor no existe.

    Seu significado mais profundo que o de pacincia: virtude de suportar com firmeza contrariedades em benefcio de outrem; magnanimidade, generosidade; resignao com que se suportam contrariedades, malogros, dificuldades; disposio, constncia de nimo; coragem, obstinao.2

    Como ser capaz de continuar demonstrando amor a algum que magoa os outros ou a ns? Conceder o benefcio da dvida pode ajudar, ou seja, se houver espao para a dvida, julgue a favor da pessoa. bom lembrar que tambm magoamos os outros com nossas escolhas impensadas, desastradas e at egostas.

    Mas a melhor maneira de ser longnime citada na mesma passagem: no suspeita mal, que em outras tradues lemos alternativas interessantes: o amor no se ressente do mal, no guarda mgoas, no guarda rancor. As mgoas so reais e a cura, s vezes, demora.

    Contudo, quando resistimos ao impulso tipicamente humano de reprisar as cenas que nos marcaram negativamente no tribunal de nossas mentes, mas escolhemos perdoar e esquecer de verdade, Deus nos concede o amor e a graa para continuar amando. E todo mundo sai ganhando.

    Mrio SantAnaPela Contato

    1. 1 Corntios 13:48

    2. Grande Dicionrio Houaiss da lngua portuguesa

    2013 Aurora Production AG.

    www.auroraproduction.com

    Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil.

    Traduo: Mrio Sant'Ana e Tiago Sant'Ana

    A menos que esteja indicado o contrrio, todas as referncias

    s Escrituras na Contato foram extradas da Bblia

    Sagrada Traduo de Joo Ferreira de Almeida Edio

    Contempornea, Copyright 1990, por Editora Vida.

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    Editor Mrio Sant'AnadEsign Gentian Suidiagramao Angela HernandezProduo Samuel Keating

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  • Na fazenda em Pleasant Hill, Nova Iorque, onde passei a infncia, sempre tivemos abundncia de galinhas andando livremente a procura de minhocas, insetos ou ciscando para encontrar sementes para comer. Tinham uma vida feliz e tranquila. por isso que, mesmo com meu modesto oramento para alimentao, ainda compro ovos de galinhas caipiras. Acredito que galinhas felizes produzam ovos melhores.

    Uma coisa que notei quando criana que h um sistema hie-rrquico bem definido entre esses animais. De um modo geral, so criaturas sociais, humildes e que no se metem na vida dos outros. Mas algumas correm pelo terreno de peito estufado, subjugando seus pares ... e arrancando-lhes as penas da cauda.

    A um primeiro olhar pode at parecer engraado. Lembro-me de observar algumas galinceas depenando as colegas com tremenda arrogncia. Provavelmente achavam

    que tinham algum tipo de supre-macia no quintal. possvel que a agresso fosse um recado para a vtima de que esta estaria muito emplumadinha e devia ser menos exi-bida. Talvez as galinhas sejam menos propensas a pecar com a lngua e mais inclinadas aos pecados do bico.

    Era estranho, contudo, que a depenao da cauda alheia se tornava um desafio ferrenho. Era a Regra de Ouro pelo avesso: o que faziam aos outros era feito a elas. Quanto mais depenavam as companheiras, mais as agressoras tambm eram depenadas. No final, algumas das nossas belas galinhas caipiras ficavam com uma aparncia simplesmente ridcula.

    Essa uma questo muitas vezes debatida pelos criadores desses bpedes. O problema conhecido e parece que no h muitas alternativas a isolar as agressoras antes de a agressividade se generalizar. H quem atribua esse comportamento hostil carncia vitamnica, pois as aves bem alimen-tadas apresentam menor propenso

    a arrancar as penas das outras. L em casa, as mais agressivas costumavam se fazer presentes no almoo de domingo, em vez de no galinheiro.

    Observando as moradoras plumadas do nosso quintal, eu, uma criana acanhada, aprendi que a melhor defesa era no se defender. Em qualquer situao social, aprendi a evitar a depenao das caudas alheias. No sou como os animais mais competitivos da cadeia alimentar que acreditam que comer ou ser comido, pois entendi que depenar era, essencialmente, um hbito de autodestruio. melhor estar no galinheiro, cercada por outras galinhas, do que na panela de ensopado.

    Foi o que Jesus ensinou com muita beleza no Sermo do Monte: Bem-aventurados os mansos, porque eles herdaro a terra."1 Ou, como os granjeiros parafraseariam, herdaro o galinheiro!

    Joyce Suttin professora e escritora. Mora em Santo Antnio, Texas, EUA.

    0 DEST IN0

    1. Mateus 5:5

    DAS DEPENADAS

    Joyce Suttin

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  • Eu tinha definies prprias para longanimi-dade e pacincia. A primeira era tolerar algo; a segunda, nada. Entendia que ser longnime seria desejar que algo no tivesse aconte-cido, e que exercitar a pacincia seria esperar que algo acontecesse.

    Quando procurei o significado da palavra grega (translitera-se makrothumia), traduzida em algumas verses como longanimidade, des-cobri outro sentido. Makro quer dizer longo (at a nenhuma novidade), e thumia significa temperamento ou tmpera, o que me fez parar para pensar. Chamamos de pavio curto, um sujeito que se irrita ou perde a tmpera com facilidade. Da podemos inferir que um longnimo algum de pavio longo.

    Faz algum tempo, meu cunhado voltou de uma conferncia e me contou que o palestrante disse que o sujeito que costuma perder a cabea

    sem mais nem menos sofre de trans-torno explosivo intermitente (TEI). Se o comportamento explosivo agora considerado um transtorno psiqui-trico, ento faz sentido entender que a longanimidade seja um sinal de bem--estar mental. O palestrante relatou que o TEI est atingindo propores alarmantes e, no faz muito tempo, tive uma experincia com o problema.

    Minha esposa e eu caminhvamos pela rua quando uma senhora bem ves-tida atrs de ns liberou uma sequncia de improprios que faria qualquer funkeiro corar. Aparentemente estava zangada com um idoso que trafegava de bicicleta pela calada. Fiquei surpreso com a ira na calada daquela mulher na meia idade que, exceto por aquele incidente, parecia ser uma pessoa elegante.

    Vivemos em uma cidade de praia e comum a populao crescer nos meses de vero. bom para a economia local, mas um desastre para o trnsito, para o preo dos alimentos

    e em outros aspectos do dia-a-dia da nossa cidade que, na baixa-estao, muito tranquila. comum ento os nimos esquentarem junto com o clima e o exerccio da longanimidade se torna uma necessidade.

    Na Carta aos Colossenses, So Paulo relaciona algumas qualidades que os cristos devem cultivar e voc acertou longanimidade est na lista. Revesti-vos de compaixo, de benig-nidade, de humildade, de mansido, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos uns aos outros Assim como o Senhor vos perdoou, assim tambm perdoai vs. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que o vnculo da perfeio o que une o resto E a paz de Deus domine em vossos coraes.1

    A mensagem clara, no acha?

    Phillip Lynch romancista e comentarista de assuntos espirituais e escatolgicos. Vive em Atlantic, no Canad.

    Phillip Lynch

    PAVIO LONGO

    1. Colossenses 3:1215

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  • s vezes, quando menos se espera, temos pequenas revelaes que esclarecem a perspectiva, aumen-tam a percepo e recarregam nossa f. Foi o que me aconteceu outro dia.

    Do ponto de vista financeiro, os ltimos meses haviam sido... digamos... longos. E para completar, nosso carro estava na oficina para reparos. Enquanto esperava meu marido ligar para me informar o oramento, perguntei a Deus por que aquilo estava acontecendo conosco, justamente quando passvamos por dificuldades. J est complicado. argumentei Como vamos pagar uma conta alta de oficina?

    A resposta foi simplesmente s vezes, na vida, essas coisas acontecem.

    No foi l muito reconfortador. Eu esperava algo do tipo Eu porei fim s suas dificuldades, ou alguma outra palavra de conforto. Contudo, no achei que a resposta de Deus tenha sido spera ou que Ele estivesse se divertindo s nossas custas. Estava muito simplesmente afirmando que a

    vida cheia de desafios, infortnios inesperados e decepes. Acontecem para ser superados.

    Sempre prefiro o jeito mais fcil. No me importo de ser resgatada na hora da dificuldade. Seria o ideal, mas no sempre assim que Deus v as coisas. Ele estava me dizendo que no vai haver sempre um milagre, alguma panaceia ou salvo-conduto que nos permita evitar os conflitos. No que Ele seja incapaz de realizar prodgios, se essa for a necessidade, mas no rota de fuga para os dias difceis. s vezes, prefere dotar a pessoa com a capacidade de superao a graa, a fora e a estamina para lidar com decepes, revezes e situaes aqum do que entendemos ser o ideal.

    Sem dvida, no se pode aceitar tudo que acontece como sendo a vontade de Deus sem resistir nem vou simplesmente permitir que minha famlia ou mesmo eu nos tornemos vtimas das circunstncias da vida. Mas quando a mensagem de Deus for Querida, essa a voc

    vai ter de encarar, devo parar de esperar um resgate para comear a confiar que alcanarei a vitria.

    Francamente, sei que preciso disso de vez em quando. No gosto, mas preciso. So momentos assim que tiram minha f da prateleira e a pem para funcionar. No to mstico, mas muito mais real.

    P.S.: O conserto do nosso carro ficou caro e prolongou nossas dificuldades financeiras. No foi o ideal nem o que queramos, mas ainda me impressiono como uma pequena palavra do Senhor mudou minha perspectiva da situao. Simplesmente entender que essas coisas acontecem e que as pessoas as superam ajudou a pr fim ao temor.

    Maria Doehler foi missionria no Extremo Oriente e na fri-ca Oriental. Vive atualmente no Texas, com seu marido e filhos, onde comanda uma pequena empresa familiar

    A VIDA ACONTECEMaria Doehler

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  • Decidi (antes tarde que nunca) me aventurar e fazer algo que j deveria ter feito havia tempo: aos cinquenta e tal, me matriculei numa autoescola.

    Para meu desespero, na minha segunda aula, fui levada para dirigir no catico trnsito de Nairobi.

    Tente criar espao ao redor do seu veculo, foi uma das primeiras instrues que recebi.

    Falar fcil, resmunguei enquanto, uma pilha de nervos, tentava serpentear para avanar em plena hora do rush. Apesar dos meus esforos, logo me vi entalada entre vans superlotadas das quais emanavam ensurdecedores raps, motocicletas que ziguezagueavam entre as faixas e um caminho de entulho que se erguia como uma torre ao lado do meu pequeno e tmido sed.

    Se no for possvel ter espao em todos os lados, tente ter espao em

    dois lados e se nem isso for possvel, mantenha pelo menos em um: na dianteira ou na traseira.

    Ta uma lio que poderia ser aplicada para a vida em geral, quando me visse sitiada por problemas.

    Me de sete e h muitos anos missionria na frica, colecionei uma grande variedade de experincias, dentre as quais algumas que ameaa-vam me testar alm dos meus limites. Quando eu sentia que no ia dar conta, porm, visitava-me a memria a seguinte promessa: Fiel Deus, que no vos deixar tentar acima do que podeis resistir, antes com a tentao dar tambm o escape, para que a possais suportar.1

    Estas estratgias me ajudaram: Criar espao. Para lidar com

    situaes difceis, comecei a fazer intervalos curtos no decorrer do dia. Esses momentos criam uma folga ao meu redor, para as horas em que preciso de mais graa e energia.

    Ser sincera. Aprendi a ser sin-cera comigo mesma e com os outros

    com respeito s minhas limitaes. Meu neto de trs anos para dar um exemplo sabe que no gosto de barulho e respeita isso, mantendo o prprio volume baixo, o que torna as horas que passamos juntos muito mais agradveis e proveitosas.

    Criar tempo. Nossa famlia sempre tenta encontrar tempo para conversar sobre as coisas e levar situaes difceis para Deus em orao juntos.

    Aceitar ajuda. Permitir que os outros ajudem com situaes estressan-tes pode ser uma salvao. De quebra, as vitrias compartilhadas tendem a fortalecer os laos de amizade.

    Tempo ao tempo. Um dia aps o outro tende a acalmar os nimos em questes controvertidas, alm de dar a Deus tempo para resolver as coisas.

    Iris Richard conselheira no Qunia, onde tem sido membro ativo na comunidade em que vive e voluntria desde 1994. 1. 1 Corntios 10:13

    CRIAN

    DO ESP

    ACOS

    Iris Ric

    hard

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  • "Se meu irmo me ofender, quan-tas vezes devo perdo-lo?" algum perguntou a Jesus, e depois tentou adivinhar. "Sete vezes?"

    "No... setenta vezes sete!" foi a resposta.2 Em outras palavras, devemos sempre perdoar.

    Isso que amor! Jesus no estava falando s de ter pacincia e amor para perdoar seu irmo, cnjuge ou amigos ntimos, mas tambm chefes autorit-rios, colegas de trabalho, subordinados teimosos e vizinhos rabugentos. Na verdade, todos, sem exceo. E algo de tal forma contrrio natureza humana que s pode vir do prprio Deus.

    P E R D O

    Muita gente tem medo de perdoar por achar que tem de lembrar o erro sofrido, como uma lio a ser guardada. A verdade justamente o oposto. pelo perdo que o mal sofrido perde a fora emocional, o que torna possvel aprender-mos com ele. Pelo poder e pela inteligncia do corao, a liberao que o perdo gera expande a inteligncia para resolver situaes mais efetivamente. David and Bruce McArthur, O Corao Inteligente, 1997

    Quando perdoo, devo parar de carregar balas na minha viagem. Devo me livrar de todos os meus explosivos e toda minha munio de ira e revanche. No devo guardar rancor.5

    No sou capaz disso. Est muito longe de mim. Posso dizer palavras de perdo, mas no consigo revelar um cu lmpido, brilhante e azul sem um toque da tempestade que fermenta no meu interior.

    Mas o Senhor da graa pode fazer isso por mim. Pode mudar o meu clima. Pode criar um clima bom. Pode renovar em mim um esprito reto6 e nessa nova atmosfera, nada far mal nem destruir. Os rancores vo morrer e a vingana dar lugar boa von-tade, a forte presena da vida que passa a morar no novo corao. John Henry Jowett (18641923)

    Deus no perdoou voc "setenta vezes sete"? Isso no o faz querer estender esse mesmo amor e miseri-crdia aos outros, para que possam tambm vir a conhec-lO e ao Seu perdo?

    O amor paciente, o amor bondoso.3 Ao servo do Senhor no convm brigar mas, sim, ser amvel para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansi-do os que se lhe opem.4

    R afael Holding escritor na Austrlia. Longanimidadeo fruto conciliador uma adaptao de trecho do livro da srie Faa Contato, intitulado Os Dons de Deus. Para adquiri-lo, escreva para [email protected]).

    LONGANIMIDADE O FRUTO CONCILIADORRafael Holding

    O fruto do Esprito : amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansido, domnio prprio. Contra estas coisas no h lei.1

    1. Glatas 5:2223

    2. Mateus 18:2122

    3. 1 Corntios 13:4 NVI

    4. 2 Timteo 2:2425

    5. Levtico 19:1718

    6. Salmo 51:10

    CRIAN

    DO ESP

    ACOS

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  • Gostamos mais de algumas pessoas do que de outras e h aqueles que gostam mais de ns do que os outros.

    Quando era enfermeira na emer-gncia em um hospital em Reykjavik, na Islndia, eu dominava bem meu trabalho e era capaz de lidar com praticamente qualquer situao. Gostava da ao, da adrenalina e sempre me dispunha a atender aos casos mais difceis.

    Alguns pacientes eram frequen-tes ali alcolicos, dependentes qumicos e moradores de rua. Eu era jovem e eles no me incomodavam. Alguns eram pessoas muito legais, engraadas, sujeitos solitrios que s queriam uma cama quente, e que estavam muito arrependidos por terem arruinado as prprias vidas. Normalmente, se comportavam muito bem se fossem tratados bem.

    Durante um planto, os para-mdicos trouxeram um bbado que estava muito resistente e no queria ser atendido. O problema que ele estava muito doente, com gua nos pulmes. No vinha tomando os diurticos prescritos para seu problema cardaco e seu percentual de saturao de oxignio estava baixo. Ele estava gritando, enquanto os paramdicos tentavam conversar com ele e lhe diziam para se acalmar.

    ALM DA TOLERNCIA!Ingibjrg Torfadttir

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  • Deixe comigo disse para a outra enfermeira de planto.

    Peguei a bandeja com todo o equipamento padro e me dirigi sala onde o homem estava com os dois socorristas. To logo entrei, o paciente me olhou de uma forma horrvel e comeou a xingar. Fiquei sem ao. Disse que havia esquecido algo e sa. Meu corao batia forte e fechei a porta da sala. Ele parecia que estava louco e poderia me machucar! Era um homem forte e mais jovem que a maioria dos pacientes que che-gava emergncia em suas condies. O que fazer?

    Depois de alguns segundos na sala de medicao, fingindo estar procurando algo, pedi a Deus que me mostrasse qual era o problema daquele homem que Ele amava. Foi a primeira vez que orei daquela forma.

    Quando eu era mais jovem, treinava cavalos e aprendi que quanto mais cedo voc tornar a montar um cavalo que o derrubou, mais ele vai acreditar que voc no tem medo dele. Respirei fundo e voltei para a sala de emergncia.

    Assim que entrei, estendi a mo para cumpriment-lo, me apresentei, sorri e passei a explicar o que ia fazer. Preciso ministrar soro intravenoso agora. Dei uns tapinhas nas veias das costas da sua mo, dizendo o habitual: Voc vai sentir uma

    picadinha e tudo mais, como se ele nunca tivesse passado por aquilo antes. O paciente permaneceu calmo e, depois de um tempo, falei aos paramdicos que eu ficaria bem com ele, e eles se foram.

    Enquanto eu segurava seu pulso para verificar a frequncia cardaca, perguntou: Por que voc no tem medo de mim?

    Apenas sorri e perguntei: Ora, por que eu teria?

    No h motivo, claro, respon-deu rapidamente. que bem, as enfermeiras costumam ter.

    Passou a noite na sala de trauma, onde lhe ministrei todos os medi-camentos, fluidos e sais que ele precisava segundo os resultados do seu exame de sangue. Seu caso era, na verdade, bastante simples.

    Quando veio a equipe do turno da manh, vi a chefe do depar-tamento muito zangada com os guardas de segurana, querendo saber por que no haviam ficado com aquele paciente. Quando me viu, perguntou: Voc estava l dentro, com a porta fechada e sem um segurana?

    Havia um alerta sobre aquele homem, considerado perigoso aps atacar com uma faca as enfermeiras da cardiologia. Ningum sabe como, mas o relatrio no foi inserido no sistema. Disse-lhes que ele estava

    bem e, obviamente, no apresentava nenhum tipo de comportamento perigoso naquele momento.

    Na noite seguinte me contaram que duas horas depois do fim do meu turno, o homem havia voltado ao seu estado irado e ameaador, infelizmente. Todos pareciam felizes que ele havia ido.

    Desde que tive essa experincia, tenho usado aquela orao sempre que me sinto incapaz de esconder o que sinto com relao s pessoas. Parece que isso traz tona o que h de melhor tanto nelas quanto em mim. Antes eu orava para tolerar as pessoas, mas isso s as deixava tolerveis. Hoje, quando me sinto tentada a pensar que no aguento algum, peo a Deus: Mostre-me o que Voc ama nele ou nela. muito mais eficaz.

    Hoje sou chefe de departamento em um lar de repouso onde preciso tratar tanto a equipe quanto os pacientes com o mesmo respeito e amor. Naturalmente, existem pessoas com quem me dou melhor, mas Jesus ama todos e sabe o que h de especial em cada um. Quando peo Sua ajuda para ver esse algo especial, Ele o torna evidente.

    Ingibjrg Torfadttir membro AFI em Reykjavk, Islndia.

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  • P: Estou procurando um emprego, mas no tenho tido sucesso. Se j orei e estou fazendo minha parte, por que Deus no est me ajudando?

    R: Como Deus opera em nossas vidas e como escolhe fazer as coisas muitas vezes alm da nossa compre-enso. misterioso, humilhante e, de um modo geral, requer f e pacincia. Seus propsitos e seu cronograma muitas vezes diferem dos nossos.

    Quando as coisas ficarem difceis, voc sentir que no esto aconte-cendo como voc esperava, achar que suas oraes no esto sendo atendi-das, as provaes parecerem difceis demais, as batalhas excessivamente longas, sua f est sob ataque, voc est se sentindo cansado, desanimado e no tiver certeza se vai aguentar mais muito tempo, pode se firmar na

    fundao que Deus proveu para sua f: as muitas promessas e as palavras animadoras contidas na Sua Palavra e descansar nesse ninho seguro.

    Uma dessas promessas diz: quando vocs orarem e pedirem alguma coisa, creiam que j a receberam, e assim tudo lhes ser dado1 mas Deus no promete que tudo ser seu instantaneamente. Seu cronograma nem sempre fecha com o nosso. H situaes em que Ele traz respostas instantneas orao, mas h tambm muitas outras nas quais d tempo para nossa f amadurecer e desenvolver, como um bom vinho. A pacincia a marca de uma f amadurecida, uma f profunda rica e plena.

    Ao longo da histria, Deus testou e provou a f das pessoas ao no aten-der suas oraes imediatamente. Os israelitas esperaram milhares de anos pela vinda do Messias e, sem dvida oraram e imploraram a Deus que O

    enviasse, mas Deus esperou pelo Seu tempo, pela hora certa.

    A pacincia no uma virtude fcil de cultivar. Na verdade, est na con-tramo do mundo de hoje, interessado nos resultados mais rpidos. Podem acontecer milagres sbitos e respostas orao instantneas quando Deus entender o melhor, mas, h ocasies em que Ele preferir que passemos pelos testes, provaes e desafios da vida, que surgem quando Suas respostas no so imediatas.

    A f no se manifesta somente na nossa habilidade de obter de Deus reaes imediatas e milagrosas aos pedidos que Lhe fazemos, mas tambm na perseverana, na longanimidade e na pacincia para permanecermos firmes, mesmo quando os resultados no se fizerem prontamente visveis. Tenha, porm, a pacincia a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.2

    1. Marcos 11:24 NTLH

    2. Tiago 1:4

    Respostas s suas perguntas

    Por que Deus est demorando tanto?

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  • Mari-i-i-i-ie! ressoou por toda a casa a voz estressada de meu marido. Onde voc disse mesmo que estava minha camisa verde?

    Est no closet, no lado esquerdo, entre suas camisas brancas e sua jaqueta.

    No encontrei! Sigo a voz escada acima e entro no

    quarto. Estou atrasado e no est onde

    voc disse! Nada de pnico. Eu pego.Coloco a cabea no interior do

    closet por um momento e tiro de l o cabide com sua camisa verde.

    Onde estava?Exatamente onde eu disse que

    estava. Voc no viu!No sei quantas vezes passei

    por isso em mais de 30 anos de casamento. Antes de me casar, sabia

    que meu futuro marido funcionava diferente de mim, mas achei que poderia mud-lo. E quando isso no aconteceu, fiquei decepcionada.

    Ainda acredito na mgica do amor e no seu poder para nos mudar e transformar, mas vejo que Deus em Seu projeto fez provises para garantir que no sejamos criaturas idnticas, mas complementares umas das outras.

    A habilidade de complementao mtua tem suas razes na aceitao, no respeito e na valorizao das nossas diferenas. No surpreende que os estudos sobre relacionamentos terminados concluam que a prin-cipal causa do fracasso a falta de comunicao.

    Estas so cinco dicas que me ajudaram a fazer a minha parte para nosso casamento dar certo:

    1. Lembrar-me de todas as suas maravilhosas qualidades que me fizeram me apaixonar por ele.

    2. Reconhecer nossas limitaes me ajuda a no transformar copos dgua em tempestades. Quem de

    vocs estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra!1

    3. Perdoe to logo quanto pos-svel. Sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando--vos uns aos outros, como tambm Deus vos perdoou em Cristo.2

    4. Mantenha o senso de humor. O conselheiro matrimonial Mark Gungor comenta: J passou na frente de um espelho e se assustou com o que viu? O casamento um espelho. Viver to perto de outro ser humano faz com que voc comece a ver exatamente como voc e onde precisa fazer ajustes e mudar.

    5. Pea a Jesus mais do Seu amor, quando as coisas ficarem difceis. O amor tudo sofre, tudo cr, tudo espera, tudo suporta.3 O amor cobre uma multido de pecados.4

    Marie Boisjoly terapeuta do riso e diretora de Coloreando el Mundo (Colorindo o Mundo), uma companhia de espetculos de palhao e marionetes no Mxico.

    1. Joo 8:7 NLTH

    2. Efsios 4:32

    3. 1 Corntios 13:7

    4. 1 Pedro 4:8

    O espelho do casamento Marie Boisjoly

    11

  • Faz alguns meses, depois de um intenso perodo de tra-balho, o que eu queria mesmo era uma folga. Eu sabia que precisava pensar no meu futuro e fazer planos, levando em conta as mudanas ao me redor que afetariam minha carreira e situao em geral, mas tambm pensava em investir firme em um projeto pessoal que, fazia meses, eu estava louca para comear, mas no tinha tempo. Era algo pelo que tenho verdadeira paixo e seria o incio da concretizao de alguns sonhos e metas pessoais.

    No sei o que provocou o que aconteceu a seguir. Talvez eu tenha me excedido fisicamente e abusado do meu j frgil estado de sade, mas, de repente, fiquei muito doente. Exausto era o problema dominante. A fadiga que me acometeu era to

    profunda que havia dias em que as decises que eu tinha de tomar eram do nvel Lavo roupa ou o cabelo? Faltava energia para realizar as duas tarefas. Fazer mais que isso era uma impossibilidade.

    Mas a exausto no era o nico sintoma estranho: dores, espasmos musculares, problemas digestivos, incapacidade de me concentrar e trabalhar por mais de alguns minutos por vez. Semanas assim se transfor-maram em um ms, dois, at que cheguei a um estado de praticamente incapacidade total.

    Eu no parava de me preocupar. E se eu nunca ficar melhor? E se eu continuar fraca e doente o resto da minha vida? Como vou fazer para me sustentar e a minha filha me solteira, se continuar doente? Acho que me sentia como Madre Teresa deve ter se sentido quando disse: Sei que Deus no me dar algo que eu

    no d conta. Eu s gostaria que Ele no confiasse tanto em mim. Minha orao diria passou a ser: Por favor, ajude-me a superar isso. Faa isso parar. Ajude-me a sobreviver!

    As coisas chegaram ao pice durante uma discusso acalorada com minha filha de 14 anos. Voc acreditou em Deus todos esses anos disse ela, mas no parece que Ele est cuidando de voc. Voc tem orado e pedido a Deus para cur--la, mas no curou. Voc ainda est doente e sem foras!

    Por mais difcil que fosse ouvir suas palavras, percebi que eram a vocalizao dos meus prprios questionamentos. Por que Deus no estava me ajudando quando eu pedia?

    Sempre entendi a f como a capacidade de lidar calmamente com circunstncias adversas. O problema comigo era que eu no costumava

    VEL AS RASGADASBethany Kelly

    1. Jeremias 29:11

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  • N O D U V I D A R E I Ella Wheeler Wilcox

    No duvidarei,Ainda que do barco mais fraco ao mais potenteTodos voltem quebrados, e suas velas nada

    valham;Hei de crer que as Mos que nunca falham,Usaro para o meu benefcio o mal aparente;E ainda que pranteie pelas velas rasgadas,Bradarei apesar da esperana estilhaada:"Confio em Ti." No duvidarei, Ainda que sem respostaRetorne do majestoso trono minha orao, Confiarei na sabedoria do amor que minha

    devooQue negou a prece aos Seus ps postaE mesmo que, s vezes, me tome a tristezaNo vacilarei no meu amor ou na certezaNo poder da orao No duvidarei,Ainda que o sofrimento me encha de dissaborE os problemas se agigantem como as ondas do

    mar,Acreditarei que as alturas que almejo conquistarSo apenas alcanadas pela angstia e pela dor.Ainda que sofra e trema sob a minha cruz,Hei de ver, com as mais severas perdas, luzDo maior ganho. No duvidarei. Ancorada est esta fComo os ousados navios desafiam os ventosCom a coragem dos homens que leva aos centosA enfrentar vagalhes ou a morte atE quando esta no meu dia chegarNo duvidarei, h minha boca de falarCom meu ltimo alento.

    VEL AS RASGADASBethany Kelly

    reagir bem quando as coisas no iam bem. Esse problema no era discreto e me levava concluso de que no tinha muita f.

    Foi quando li o poema No Duvidarei e entendi que a f no um sentimento. Posso ter f mesmo quando estou chorando porque minhas velas esto rasgadas, de luto pelas minhas perdas ou apertando as mos sob minhas cruzes. Na verdade, quando mais preciso de f e no posso me dar ao luxo de deix-la escapar. uma crena e confiana interna que tenho, apesar de no dominar a situao. saber e me apegar ao fato de que Deus me ama e cuidar de mim, independente-mente das circunstncias, das decepes, das velas destrudas, das perdas e das cruzes; independentemente de como me sinta.

    Minha sade est melhorando e sou grata por isso, mas ainda no entendo tudo que est acontecendo. Todos os dias, tenho de tomar a deciso de desviar meu foco e processos de pensamento do temor para a confiana em Deus, da dvida para a crena no Seu amor e cuidado infindveis, firmar-me na Sua promessa, que diz: Sei os planos que tenho para vs, diz o Senhor, planos de paz, e no de mal, para vos dar uma esperana e um futuro.

    Bethany Kelly gerente de produo e fundadora da Kelly Communications Inc. Vive nos Estados Unidos.

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  • Sem alternativas de emprego, minha situao no era das melhores. Meu chefe estava fazendo um inferno da minha vida. Egocntrico, mal-educado e tosco, lembra o incompetente gerente do seriado The Office e se acha o melhor amigo de todos. Toda vez em que tentei lhe explicar as coisas que me incomodam, escutou com ateno e agradeceu, mas nada mudou nem se viu o menor sinal de melhora no seu comportamento. Formalizei uma queixa para o gestor superior a ele, mas no deu em nada.

    Parecia que eu estava condenado a trabalhar indefinidamente naquela atmosfera estressante, sem nenhum controle sobre incidentes que

    variavam de levemente irritantes a absolutamente insuportveis. E foi um destes que finalmente me levou ao desespero. Eu estava impotente diante da situao, mas minha raiva ia me destruir se eu no aprendesse a administr-la.

    Felizmente, quando busquei a ajuda de Deus, Ele me ensinou um truque que me ajudou a sobreviver quela situao desgastante, assim como outras similares. Usando como ilustrao um dos meus esportes favoritos, o surfe de peito, ou bodysurfing, ajudou-me a me visualizar boiando, espera de uma onda para surfar. Os surfistas no tentam pegar todas as ondas, mas esperam as que justifiquem o gasto

    NEM TODA ONDA VALE A PENADavid Bolick

    de tempo e energia. Quando vm as ondas menores, em vez de remar furiosamente para peg-las, deixam--nas passar e continuam esperando a que vale a pena. Vi que incidentes desagradveis como o que me dei-xara to irritado so como as ondas menores. melhor deixar passar.

    Mero truque mental? Talvez. Mas funciona. Com um pouco de prtica, aprendi a deixar passar essas situaes incmodas em vez de desperdiar energia com elas.

    David Bolick facilitador de turismo medico e cofundador da MediTravel Solutions. Vive em Guadalajara, Mxico.

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  • Alguns eram pescadores por profisso antes de serem chamados por Jesus,6 de forma que voltar para a antiga ocupao parecia ser a escolha lgica alm disso, era algo que podiam fazer.

    Mas, s vezes, s fazer algo no resolve muito.

    Foi o que aconteceu a Simo e parceiros naquela ocasio, pois naquela noite nada apanharam.

    No difcil se identificar com a histria. Mantemo-nos ocupados, fazendo coisas, mas no sempre avanamos ou realizamos muito.

    Imagine os discpulos, na manh seguinte, cansados, desanimados e com fome. Trabalharam a noite inteira sem nada conseguirem. E para completar, algum no sabiam quem, grita da praia: Vocs tm algo para comer? A resposta foi negativa. Somente depois que obe-deceram as instrues do estranho para lanar a rede do lado direito do

    barco deduziram que aquele poderia ser Jesus.

    Fizeram como o Mestre lhes man-dara e pegaram alguns peixes 153, para ser exato. Contudo, quando desembarcaram, j havia um peixinho assando e po fresco que os esperavam. No precisavam ter passado a noite pecando. O Senhor era mais que capaz de atender s suas necessidades.

    Na prxima vez que sentir que seus esforos no esto produzindo resultados, lembre-se que Deus no espera nem quer que estejamos sem-pre em atividade. s vezes, quer que simplesmente esperemos. Alguns momentos de reflexo na quietude, antes de comear um dia atarefado podem fazer toda a diferena. Esteja com Deus no incio do dia e Ele estar com voc no seu decorrer.

    Abi F. May educadora e es-critora na Gr-Bretanha, e articulista da Contato.

    1. Ver Joo 15:12; Mateus 19:21.

    2. Ver Marcos 16:15.

    3. Ver 1 Tessalonicenses 4:11.

    4. Leia a histria e Joo 21:313.

    5. Ver Joo 21:14.

    6. Ver Mateus 4:18, 21.

    Um Exerccio Espiritual Abi F. May

    A Bblia contm muitas orientaes sobre como gastar tempo e energia: Devemos amar e ajudar os outros,1 disseminar as boas novas do amor de Deus,2 e levar nosso trabalho a srio,3 para citar alguns. Mas o antigo livro tambm ensina que, s vezes, melhor ficar quieto e deixar Deus trabalhar a nosso favor.

    Vou pescar disse Simo Pedro ao outros discpulos.4

    Vamos com voc decidiram.Isso foi nas semanas que sucede-

    ram a morte de Jesus. Os discpulos O haviam visto duas vezes desde a Sua ressurreio,5 mas pareciam ainda sem saber o que deveriam fazer.

    CALMA MATINAL

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  • Com amor, Jesus

    ENCARANDO A REALIDADESe voc for como a maioria, est acostumado a um ritmo de vida intenso e a esperar resultados rpidos. O problema com isso ou pelo menos parte do problema que o que foi suficiente ontem raramente basta para hoje, e a escalada das expectativas se estende ao que se espera das outras pessoas e da vida em geral.

    Voc luta para acompanhar a velocidade do mundo, mas, ao mesmo tempo, no consegue impedir que algumas coisas simplesmente demorem. A maioria dos problemas no ambiente de trabalho, ou de sade ou de relacionamento no pode ser resolvida com os cliques de um mouse ou pressio-nando botes.

    A vida pode ser difcil e, s vezes, fica difcil por um tempo. Sempre h uma sada para a dificuldade, quando voc busca a minha orientao e auxlio, mas, muitas vezes, preciso de tempo para trabalhar na sua mente, no seu cora-o e no dos outros. Mesmo quando os problemas persistem e voc se sente mentalmente exausto ou emocionalmente desagastado, estou ao seu lado, pronto para renovar seu esprito e lhe dar a pacincia e perseverana para voc ficar firme enquanto, juntos, resolvemos os problemas.

    No prometo uma vida livre de dificuldades. No uso varas de condo para pr fim aos seus problemas e lutas, mas, posso lhe dar recursos sobre-humanos que lhe possibi-litaro suportar a adversidade, manter o curso na tempestade e, no final, sair mais forte, mais capaz e mais bem equipado para enfrentar o prximo desafio.