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MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS NA CULTURA DO MILHO
Náyra C. S. CrubelatiNáyra C. S. CrubelatiEng. AgrônomaEng. Agrônoma
Mestranda em AgronomiaMestranda em Agronomia
Os sete principais pecados cometidos no MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS( BIANCO, 2008)
1.1. Adotar o monocultivo em grande escala (efeito de diluição)Adotar o monocultivo em grande escala (efeito de diluição)
2.2. Eleger cultivares pelo potencial produtivo, apesar da maior Eleger cultivares pelo potencial produtivo, apesar da maior suscetibilidadesuscetibilidade
3.3. Planejar o controle das pragas com antecedência / Planejar o controle das pragas com antecedência / calendáriocalendário
4.4. Adicionar inseticidas na dessecação / redução de custosAdicionar inseticidas na dessecação / redução de custos
5.5. Utilizar produtos de amplo espectro (mata-tudo); geralmente Utilizar produtos de amplo espectro (mata-tudo); geralmente de menor custode menor custo
6.6. Aplicar em área total. Prevenir é sempre melhor que Aplicar em área total. Prevenir é sempre melhor que remediarremediar
7.7. Buscar eficiência máxima / praga zeroBuscar eficiência máxima / praga zero
Manejo integrado de Manejo integrado de pragas pragas ““Manejo integrado de pragas é um sistema Manejo integrado de pragas é um sistema
operacional ecológico agrícola cujas práticas, operacional ecológico agrícola cujas práticas, economicamente compatíveis, visam a regulação economicamente compatíveis, visam a regulação de populações de pragas através da preservação de populações de pragas através da preservação e aumento dos inimigos naturais, auxiliados pelos e aumento dos inimigos naturais, auxiliados pelos princípios da tolerância parcial das plantas a princípios da tolerância parcial das plantas a danos e da seletividade (suavidade) dessas danos e da seletividade (suavidade) dessas práticas aos inimigos naturais.” (FANCELLI & práticas aos inimigos naturais.” (FANCELLI & NETO, 2004)NETO, 2004)
M I P-MANEJO INTEGRADO DE M I P-MANEJO INTEGRADO DE PRAGASPRAGAS
BIODIVERSIDADEBIODIVERSIDADE
RESISTÊNCIA DE PLANTASRESISTÊNCIA DE PLANTAS
CONTROLE BIOLÓGICOCONTROLE BIOLÓGICO
MONITORAMENTO DE PRAGAS (vistoriador)MONITORAMENTO DE PRAGAS (vistoriador)
ÁREAS COM NÍVEL DE DANOÁREAS COM NÍVEL DE DANO
SELETIVIDADE DO PRODUTO / LOCAL DA SELETIVIDADE DO PRODUTO / LOCAL DA APLICAÇÃO APLICAÇÃO
Manejo integradoManejo integrado
Ação importante: saber identificar as Ação importante: saber identificar as pragas na culturapragas na cultura conhecê-las para conhecê-las para reconhecê-lasreconhecê-las
LivroLivro
Guia ilustrado de pragas e insetos Guia ilustrado de pragas e insetos benéficos do milho e sorgo(PINTO, benéficos do milho e sorgo(PINTO, PARRA & OLIVEIRA, 2004)PARRA & OLIVEIRA, 2004)
MIPMIP
O monitoramento é a chave para o sucesso do O monitoramento é a chave para o sucesso do Manejo Integrado de PragasManejo Integrado de Pragas
Importância de um levantamento e histórico da Importância de um levantamento e histórico da área: Cultura anterior, principais problemas área: Cultura anterior, principais problemas com as pragas.com as pragas.
Coberturas vegetais que favorecem Coberturas vegetais que favorecem algumas pragas na cultura do milhoalgumas pragas na cultura do milho
Biologia, importância e Biologia, importância e controle de pragas na controle de pragas na cultura do milhocultura do milho
Pragas das raízesPragas das raízes
1-1-Astylus variegatus Astylus variegatus (Larva angorá)(Larva angorá)
Os adultos alimentam-se de pólen, e podem acarretar danos mecânicos aos órgãos florais.
As larvas são de vida subterrânea e alimentam-se principalmente de sementes de milho.
Astylus variegatus Astylus variegatus
Ciclo: +- 360 diasCiclo: +- 360 dias
Prejuízos: Larvas atacam sementes antes e após Prejuízos: Larvas atacam sementes antes e após a germinação, e também alimentam-se de raízes.a germinação, e também alimentam-se de raízes.
Ocorrem de janeiro a julho (principalmente nos Ocorrem de janeiro a julho (principalmente nos anos mais secos)anos mais secos)
Controle: Tratamento de sementesControle: Tratamento de sementes
2-Corós: 2-Corós: Diloboderus abderus; Diloboderus abderus; Phyllophaga triticophagaPhyllophaga triticophaga
As larvas são identificadas pelo tamanho e cor.As larvas são identificadas pelo tamanho e cor.
As plantas de milho podem ser severamente As plantas de milho podem ser severamente danificadas ou até morrer pela alimentação das larvas danificadas ou até morrer pela alimentação das larvas nas raízes. Danos nas raízes. Danos reboleiras. reboleiras.
Plantios diretos favorecem a praga.Plantios diretos favorecem a praga.
Ciclo: bianual (larvas permanecem no solo por Ciclo: bianual (larvas permanecem no solo por 2 anos)2 anos)
Controle: Controle: Tratamento de sementes; Inseticidas à Tratamento de sementes; Inseticidas à
base de Carbossulfan, Imidacloprid e base de Carbossulfan, Imidacloprid e Tiodicarb.Tiodicarb.
Aração do solo, rotação de culturas.Aração do solo, rotação de culturas.
Corós
Fotos: Ivan Cruz-Embrapa Milho e SorgoFotos: Ivan Cruz-Embrapa Milho e Sorgo
Corós
3-Cupins - 3-Cupins - Cornitermes, Cornitermes, Procornitermes e Syntermes Procornitermes e Syntermes (Isoptera,(Isoptera,Termitidae)Termitidae)
Insetos sociais, cujas operarias de coloração Insetos sociais, cujas operarias de coloração branca, atacam as sementes na época do plantio; branca, atacam as sementes na época do plantio;
Alimentam-se também das raízes de plantas Alimentam-se também das raízes de plantas novas, deixando intacta a parte lenhosa.novas, deixando intacta a parte lenhosa.
Controle: tratamento de sementes; inseticidas à Controle: tratamento de sementes; inseticidas à base de fipronil ou endosulfan.base de fipronil ou endosulfan.
CupinsCupins
Fotos: Ivan Cruz-Embrapa Milho e Sorgo
4-Percevejo 4-Percevejo castanho- castanho- Scaptocoris Scaptocoris castaneacastanea
Inseto adulto: 7-9 cm de comprimento.Inseto adulto: 7-9 cm de comprimento.
Pernas anteriores apropriadas para Pernas anteriores apropriadas para escavação;escavação;
Facilmente identificáveis pelo odor Facilmente identificáveis pelo odor característico de percevejo que exalam;característico de percevejo que exalam;
Scaptocoris castaneaScaptocoris castanea
Adultos e ninfas sugam a seiva das raízes: Adultos e ninfas sugam a seiva das raízes: amarelecimento e posterior secamento das amarelecimento e posterior secamento das plantas;plantas;
Problema maior: Pastagens Problema maior: Pastagens culturas anuais culturas anuais
Controle: o mesmo que para cupinsControle: o mesmo que para cupins
Scaptocoris castaneaScaptocoris castanea
Fotos: Ivan Cruz-Embrapa Milho e Sorgo
5-Larva alfinete- Diabrotica speciosa
Ciclo: 22 a 68 dias.Ciclo: 22 a 68 dias.
O adulto é de coloração verde, com três manchas O adulto é de coloração verde, com três manchas amarelas em cada élitro e cabeça avermelhada. amarelas em cada élitro e cabeça avermelhada.
Atacam raízes, folhas e estilos-estigmas.Atacam raízes, folhas e estilos-estigmas.
Ocorrem o ano todo.Ocorrem o ano todo.
Diabrotica speciosa
As larvas atacam a região de crescimento , As larvas atacam a região de crescimento , causando morte de plantas recém germinadas.causando morte de plantas recém germinadas.
Ao atacarem as raízes adventícias: pescoço de Ao atacarem as raízes adventícias: pescoço de ganso ou milho ajoelhado.ganso ou milho ajoelhado.
Controle: Tratamento de sementes; Pulverização Controle: Tratamento de sementes; Pulverização de inseticidas a base de clorpirofós. de inseticidas a base de clorpirofós.
Larva alfineteLarva alfinete
Fotos: Ivan Cruz-Embrapa Milho e Sorgo
Pragas dos colmosPragas dos colmos
1-Elasmo- 1-Elasmo- Elasmopalpus lignosellus Elasmopalpus lignosellus (Zeller, 1848)(Zeller, 1848)
A lagarta tem coloração verde azulada com estrias A lagarta tem coloração verde azulada com estrias transversais marrons, e mede cerca de 1,5 cm. transversais marrons, e mede cerca de 1,5 cm.
Alimenta-se internamente do colmo e caminha em Alimenta-se internamente do colmo e caminha em sentido ascendente, e direção á gema apical, sentido ascendente, e direção á gema apical, destruindo-a e causando o sintoma conhecido destruindo-a e causando o sintoma conhecido como “coração morto”como “coração morto”..
Elasmopalpus lignosellusElasmopalpus lignosellus
Solo descoberto: Favorece Lag elasmo
Solo coberto: Desfavorece Lag elasmo
Ciclo: de 43 a 125 dias.Ciclo: de 43 a 125 dias.
Ocorre mais intensamente em períodos secos e Ocorre mais intensamente em períodos secos e em solos arenosos.em solos arenosos.
Controle: tratamento de sementes com inseticidas; Controle: tratamento de sementes com inseticidas; Pulverização com clorpirofós ou piretróides. Pulverização com clorpirofós ou piretróides.
A irrigação também pode diminuir sua infestação. A irrigação também pode diminuir sua infestação.
Elasmopalpus lignosellus
Foto: Embrapa arroz e feijão
Foto: Dow AgroSciences Foto: Jim Vargo
Foto: Ivan Cruz-Embrapa milho e Sorgo
Elasmopalpus lignosellus
2-Lagarta rosca- 2-Lagarta rosca- Agrotis ipisilonAgrotis ipisilon
Os adultos são mariposas com 35 mm.Os adultos são mariposas com 35 mm.
As lagartas são de coloração pardo-acinzentada As lagartas são de coloração pardo-acinzentada escura, e podem atingir 45mm .escura, e podem atingir 45mm .
Tem hábitos noturnos, e durante o dia ficam Tem hábitos noturnos, e durante o dia ficam enroladas, abrigadas no solo.enroladas, abrigadas no solo.
Ciclo:45 dias.Ciclo:45 dias.
Agrotis ipisilonAgrotis ipisilon
Lagartas novasLagartas novasRaspa folhas próximas ao soloRaspa folhas próximas ao solo
Quando mais ágeisQuando mais ágeis dia: enterra-se no solo; A noite: dia: enterra-se no solo; A noite: alimentaçãoalimentação
Quando as plantas de milho são pequenas, as Quando as plantas de milho são pequenas, as lagartas seccionam as plantas rente ao solo.lagartas seccionam as plantas rente ao solo.
Quando a planta está com 40 cm, a morte sucessiva Quando a planta está com 40 cm, a morte sucessiva das plantas devido a ação da praga das plantas devido a ação da praga touceira de touceira de plantasplantas
Agrotis ipisilon
3-Percevejo barriga verde- 3-Percevejo barriga verde- Dichelops spp.Dichelops spp.
Ciclo: 30 diasCiclo: 30 dias
O adulto tem como característica a presença de O adulto tem como característica a presença de espinhos laterais e possui região ventral de espinhos laterais e possui região ventral de coloração verdecoloração verde
Prejuízos: Deixa pontos escuros nas folhas do Prejuízos: Deixa pontos escuros nas folhas do cartucho onde se alimentou e aquelas centrais cartucho onde se alimentou e aquelas centrais podem ficar enroladas umas nas outras, sintoma podem ficar enroladas umas nas outras, sintoma chamado “encharutamento”chamado “encharutamento”
PERCEVEJO BARRIGA VERDE(Dichelops melacanthus)
Percevejo “Barriga Verde” (Dichelops melacanthus)
Período ninfal = 19 dias
CICLO TOTAL = 29 dias (21 – 40)
Incubação dos ovos = 4 dias
Pré oviposição = 6 dias
Nº de ovos por fêmea = 90Nº de ovos/postura = 13,5 (9 –
15)(42 - 126)
Controle: Controle: Quimico:Pulverização com endosulfan; Quimico:Pulverização com endosulfan; neonicotinóides; neonicotinóides;
Dichelops spp.Dichelops spp.AMOSTRAGEM PARA TOMADA DE DECISÃO
DE CONTROLE
Histórico da ocorrência da praga em anos Histórico da ocorrência da praga em anos anterioresanteriores
Monitoramento Monitoramento
a) diretoa) direto quadrados de 50 x 50 cm (10 pts) quadrados de 50 x 50 cm (10 pts)..
b) Indiretab) Indireta IscasIscas (grão de soja umedecido). (grão de soja umedecido).
Dichelops spp.Dichelops spp. MONITORAMENTO DO PERCEVEJO BARRIGA MONITORAMENTO DO PERCEVEJO BARRIGA
VERDEVERDE Monitoramento:Monitoramento: colocar 10 amostras (Iscas) / colocar 10 amostras (Iscas) /
talhãotalhão
Decisão:Decisão: 3 amostras ou mais com insetos, 3 amostras ou mais com insetos,
área considerada infestadaárea considerada infestada
Monitoramento do percevejo com Monitoramento do percevejo com iscas(10un) iscas(10un)
Dichelops spp.Dichelops spp.Dano
Spodoptera frugiperdaDano
Dichelops spp.
Fotos: BIANCO, 2008
4-Broca da Cana de açúcar-4-Broca da Cana de açúcar-Diatrea Diatrea saccharalis saccharalis (Fabr., 1794)(Fabr., 1794)
A mariposa mede cerca de 25 mmA mariposa mede cerca de 25 mm
A fêmea faz a postura nas folhas. OvosA fêmea faz a postura nas folhas. Ovos Assemelham-se a escamas de peixesAssemelham-se a escamas de peixes
As lagartas recém eclodidas alimentam-se do As lagartas recém eclodidas alimentam-se do parênquima das folhas, penetram pela parte mais parênquima das folhas, penetram pela parte mais mole do colmo e, abrem galerias de baixo para mole do colmo e, abrem galerias de baixo para cima.cima.
os prejuízos diretos são decorrentes da os prejuízos diretos são decorrentes da penetração das lagartas nos colmos com penetração das lagartas nos colmos com abertura de galerias longitudinais.abertura de galerias longitudinais.
VentoVentoQueda das plantasQueda das plantas
Diatrea saccharalisDiatrea saccharalis Controle: Químico: No caso de o ataque iniciar cedo, pulverizar com
clorpirofos ou piretróides. A irrigação também pode diminuir sua infestação.
Biológico: -Parasitóide de ovos: Trichogramma galloi Zucchi, 1988(forma adulta: liberada 25 pontos/há200 mil parasitóides/ha em 3 liberações sucessivas)-Parasitóide de lagartas: Cotesia flavipes(liberar 6.000 parasitóides/ha.-Cotesia flavipes + Trichogramma galloi : Alta eficiência de controle
Pragas nas folhasPragas nas folhas
Spodoptera frugiperdaSpodoptera frugiperda
1-Lagarta do cartucho-1-Lagarta do cartucho-Spodoptera Spodoptera frugiperda frugiperda (J.E Smith, 1797)(J.E Smith, 1797)
As mariposas põem de 1500 a 2000 ovos.As mariposas põem de 1500 a 2000 ovos.
Ao eclodirem as lagartasAo eclodirem as lagartasalimentam-se das folhas alimentam-se das folhas mais novas do milho, raspando-as. mais novas do milho, raspando-as.
Depois, atacam as folhas centrais,Depois, atacam as folhas centrais,rasgando e destruindo-as completamente.rasgando e destruindo-as completamente.
Spodoptera frugiperdaSpodoptera frugiperda
CanibalismoCanibalismo
A mariposa mede cerca de 35 mm.A mariposa mede cerca de 35 mm.
Essa lagarta ataca o cartucho do milho, chegando a Essa lagarta ataca o cartucho do milho, chegando a destruí-lo completamentedestruí-lo completamente excreções. excreções.
Seca e milho safrinha: Favorece à praga.Seca e milho safrinha: Favorece à praga.
Comportamento semelhante: Lagarta da espiga e Comportamento semelhante: Lagarta da espiga e lagarta roscalagarta rosca
Spodoptera frugiperdaSpodoptera frugiperda Monitoramento:Monitoramento:
Condições básicas para obter sucesso no controle Condições básicas para obter sucesso no controle de pragas (Bianco, 2008) de pragas (Bianco, 2008)
• Treinamento pessoalTreinamento pessoal
• Produto, dose e volume de calda apropriadosProduto, dose e volume de calda apropriados
• EquipamentosEquipamentos
• • manutençãomanutenção
• • regulagemregulagem
• • bicos / desgaste (trocar)bicos / desgaste (trocar)
Condições atmosféricas Condições atmosféricas
• • evitar horários de baixa umidade relativaevitar horários de baixa umidade relativa
Local de aplicação
Comparação da disposição dos bicos “tradicional” e barra modificada (Bianco, 1996 – não publicado)
S S
S
S S
S
S
SS
S
S
S
S SS
S
S
SS
S
S
SS
S
S
SS
S
S S
S
S S
SS
S
S
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S
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SS
S
S
S
S
S
S
S R R
RR
R
RR
R
RR
R
R
R
R R
R RR
RR R
R
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Produto do Grupo A
Após aApós a
PulverizaçãoPulverização
Após aApós a
PulverizaçãoPulverização
Após aApós a
PulverizaçãoPulverização
S = Indivíduo SusceptívelR = Indivíduo Resistente a Produtos do Grupo A
RBCARI -C OMITÊ B RASILEIRO DE A ÇÃO A R ESISTÊNCIA A I NSETICIDAS
Baixa Freq.
Não se cria indivíduos resistentes - Característica Hereditária
Falhas no Controle!
Fonte: IRAC-BR
Processo de desenvolvimento da resistência
•MANEJO DA RESISTÊNCIA DA Spodoptera frugiperdaRotatividade dos Produtos
•MANUTENÇÃO DE INIMIGOS NATURAIS Seletividade dos Produtos
•MANUTENÇÃO DE INIMIGOS NATURAIS NA ÁREA Manter diversidade florística próximo à cultura
Curva de pragas e inimigos naturais em função da utilização de produtos químicos não seletivos e seletivos.(Bianco, 2008)
T E M P O
P O
P U
L A
Ç Ã
O
PRAGAINIMIGO NATURAL
NÍVEL DE AÇÃO
DESEQUILIBRIO
INSETICIDA NÃO SELETIVO APLICAÇÕES
T E M P O
P O
P U
L A
Ç Ã
O
PRAGAINIMIGO NATURAL
APLICAÇÃO
NÍVEL DE CONTROLE
INSETICIDA SELETIVO
EQUILIBRIO
Atrativos de plantas que atraem artrópodes benéficos
Benéfico Pragas Plantas atrativas e outros
Tesourinhas Ovos de lepidopteros e peq. Lagartas
Sorgo granífero, arroz, gramíneas em geral
Orius Ovos e larvas de lepidopteros, ácaros, tripes, etc. Girassol, milho com espiga, cenoura,
trevo, etc
Geocoris Ovos e larvas de lepidopteros, ácaros, pulgões, cigarrinhas, etc. Trevos, caruru, feijões, soja, etc.
Nabis Pulgoes, tripes, cigarrinhas, pequenas lagartas, etc. Plantas da família do girassol,
brassicaceas, etc.
Carabídeos
Pequenas lagartas, caramujos, insetos do solo Plantas permanentes, trevo branco,
caruru (Amaranthus), mulchings, etc.
Trichogramma, braconídeos e iquineumonídeos
Ovos de lepidopteros, lagartas de lepidopteros em geral.
Nectar de plantas: Trevo branco, nabiça, nabo forrageiro, feijões, hortelã, girassol, etc.
Modificado de: http://attra.meat.org/attra.pub/PDF/intercrop.pdf
Predador: Doru luteipes
Joaninha predando massa de ovos da S. frugiperda
ControleControle BiológicoBiológico-Predadores: -Predadores: Doru luteipes Doru luteipes (tesourinha),(tesourinha),Joaninhas.Joaninhas.
-Parasitóides: -Parasitóides: Trichogramma Trichogramma spp. ;spp. ;Telenomus Telenomus sp.; sp.; Chelonus Chelonus
insularisinsularis; ; Campoletis flavicinctaCampoletis flavicincta
Químico: Aplicação de inseticidas fosforados, Químico: Aplicação de inseticidas fosforados, clorofosforados, carbamatos, piretróides ou clorofosforados, carbamatos, piretróides ou reguladores de crescimento .(OBS: Melhor controle reguladores de crescimento .(OBS: Melhor controle com produtos fisiológicos)com produtos fisiológicos)
Spodoptera frugiperdaSpodoptera frugiperda
Danos da lagarta do “cartucho” na espiga(Engenheiro Beltrão – 2005)
Fotos: Rodolfo Bianco
2-Curuquerê dos capinzais-2-Curuquerê dos capinzais-Mocis Mocis latipes latipes (Guennée, 1852)(Guennée, 1852)
A mariposa dessa espécie é deA mariposa dessa espécie é de coloração pardo-acinzentada.coloração pardo-acinzentada.
As lagartinhas recém nascidas alimentam-se da As lagartinhas recém nascidas alimentam-se da parte tenra da planta.parte tenra da planta.
A ocorrência dessa lagarta é esporádica.A ocorrência dessa lagarta é esporádica.
Controle: Inseticida a base de BtControle: Inseticida a base de Bt..
Atacam as folhas destruindo o limbo foliar a partir Atacam as folhas destruindo o limbo foliar a partir dos bordos, deixando apenas as nervuras dos bordos, deixando apenas as nervuras centrais e prejudicando o desenvolvimento da centrais e prejudicando o desenvolvimento da planta.planta.
3-Pulgão3-PulgãoRhapalosiphum maidis Rhapalosiphum maidis (Fitch, (Fitch, 1856)1856) Insetos sugadores de seivaInsetos sugadores de seivaintrodução de seu introdução de seu
aparelho bucal nas folhas novas das plantas.aparelho bucal nas folhas novas das plantas.
É de coloração verde-azulada; ± 1,5 mm É de coloração verde-azulada; ± 1,5 mm de comprimento.de comprimento.
É limitante para outras culturas como transmissor É limitante para outras culturas como transmissor de virosesde viroses
Rhapalosiphum maidisRhapalosiphum maidisMONITORAMENTO E CONTROLE
Controle Químico: Quando 50 % das plantas atingirem Controle Químico: Quando 50 % das plantas atingirem classe 2classe 2.Fonte: folheto EMBRAPA CNPT( Dr. PauloPereira e Roberto Salvadori)
Rhapalosiphum maidisRhapalosiphum maidis
Controle biológico: Controle biológico: Diaeretiella rapaeDiaeretiella rapae
Diaeretiella rapae
BIANCO, 2008
Rhapalosiphum maidisRhapalosiphum maidis
Controle biológico: PredadoresControle biológico: Predadores
Chysopa sp
Doru luteipes (tesourinha)
Joaninhas
Fotos: BIANCO, 2008
4-Cigarrinha-das-pastagens: 4-Cigarrinha-das-pastagens: Deois Deois flavopicta flavopicta (Stal., 1854)(Stal., 1854)
Insetos sugadores de seiva.Insetos sugadores de seiva.
Durante a sucção, injetam toxinas nas folhas, que Durante a sucção, injetam toxinas nas folhas, que provocam o amarelecimento em forma de estrias, provocam o amarelecimento em forma de estrias, e posterior secamento. e posterior secamento.
Controle: Normalmente não é executado. O Controle: Normalmente não é executado. O tratamento de sementes com inseticidas controla tratamento de sementes com inseticidas controla essa praga no início da cultura. essa praga no início da cultura.
5- Cigarrinha-do-milho5- Cigarrinha-do-milhoDalbulus maidis Dalbulus maidis (DeLong & Wolcott, 1923)(DeLong & Wolcott, 1923) Ciclo: 25 – 30 diasCiclo: 25 – 30 dias
Longevidade: 7 –8 semanasLongevidade: 7 –8 semanas
Nº de ovos / femea: 400 – 600Nº de ovos / femea: 400 – 600
Nº de gerações / ciclo do milho: 2 (2ª alta Nº de gerações / ciclo do milho: 2 (2ª alta população)população)
Aquisição da doença: planta infectada (milho)Aquisição da doença: planta infectada (milho)
Transmissão: persistente (várias semanas)Transmissão: persistente (várias semanas)
Dalbulus maidisDalbulus maidis Condições de risco / danos severos(BIANCO,2008)Condições de risco / danos severos(BIANCO,2008)
Presença do inseto na lavouraPresença do inseto na lavoura
Cultivares suscetíveisCultivares suscetíveis
Áreas com milho de diversas idades(período elástico da Áreas com milho de diversas idades(período elástico da semeadura)semeadura)
Milho recém germinado ao lado de cultivo infectadoMilho recém germinado ao lado de cultivo infectado
Dalbulus maidisDalbulus maidis CONTROLECONTROLE
Cultivares resistentes / tolerantes à doençaCultivares resistentes / tolerantes à doença
Tratamento das sementesTratamento das sementes
Semeadura antecipada (setembro / meados de Semeadura antecipada (setembro / meados de
outubro)outubro)
Evitar cultivos sucessivosEvitar cultivos sucessivos
Pragas das espigasPragas das espigas
1-Lagarta-da-espiga1-Lagarta-da-espigaHelicoverpa zea Helicoverpa zea (Bod., 1850)(Bod., 1850)
A mariposa, põe os ovos nos A mariposa, põe os ovos nos estilos estigmas das espigasestilos estigmas das espigas
Após 3 a 5 dias de postura, dá-se a eclosão, Após 3 a 5 dias de postura, dá-se a eclosão, surgindo as lagartas de coloração branca, com surgindo as lagartas de coloração branca, com cabeça marrom. cabeça marrom.
Helicoverpa zeaHelicoverpa zea Inicialmente alimentam-se dos estilos Inicialmente alimentam-se dos estilos estigmas novos; em seguida, quando estes estigmas novos; em seguida, quando estes
começam a murchar ou secar, atacam os grãos começam a murchar ou secar, atacam os grãos novos.novos.
Controle: Controle: Químico: Quando necessário, fazer aplicação Químico: Quando necessário, fazer aplicação manualmente.manualmente.
Biológico: Biológico: Trichogramma pretiosum Trichogramma pretiosum é eficiente é eficiente parasitóide de ovos em milho comercial e doce. parasitóide de ovos em milho comercial e doce.
Helicoverpa zeaHelicoverpa zea
Foto: McLlveen Jr.
Foto: INTA EEA-Cordoba Argentina
2- Percevejo do milho2- Percevejo do milhoLeptoglossus zonatusLeptoglossus zonatus(Dallas, 1852)(Dallas, 1852) Percevejos de 20 mm, de coloração marrom com Percevejos de 20 mm, de coloração marrom com
duas manchas circulares no protórax.duas manchas circulares no protórax.
Adultos e ninfas sugam grãosAdultos e ninfas sugam grãosmurchamento e murchamento e apodrecimento apodrecimento
Controle: Controle: -Biológico:-Biológico:Ooencyrtus Ooencyrtus spsp-Químico: Pulverização com inseticidas fosforados+ sal de -Químico: Pulverização com inseticidas fosforados+ sal de cozinha ou uréia para reduzir a dosecozinha ou uréia para reduzir a dose
3-Mosca-da-espiga: 3-Mosca-da-espiga: Euxesta spEuxesta sp..
O adulto mede 5 mm de comprimento, é de O adulto mede 5 mm de comprimento, é de coloração escura e asas incolores com manchas coloração escura e asas incolores com manchas escuras.escuras.
A oviposição é feita sobre os estilos-estigma ;A oviposição é feita sobre os estilos-estigma ;
Apesar de ser considerada uma praga secundária, Apesar de ser considerada uma praga secundária, atualmente tem-se verificado um aumento na atualmente tem-se verificado um aumento na incidência da larva nas espigas.incidência da larva nas espigas.
Euxesta spEuxesta sp
Fotos: Ivan Cruz-Embrapa Milho e sorgo
Controle: Quando se controla a H. zea com Trichogramma pretiosum leva uma redução da mosca
MILHO TRANSGÊNICOMILHO TRANSGÊNICO
Milho transgênicoMilho transgênico
Importante para complementar o MIP de milho.
Por meio da transferência de genes de uma espécie para outra, uma planta pode adquirir resistência a uma praga.
A maior parte dos trabalhos com milho GM atualmente está ligada ao controle de insetos.
Aprovações CTNBio-2009Aprovações CTNBio-2009
Milho Bt- O que é o milho Milho Bt- O que é o milho BtBt e e como foi desenvolvido?como foi desenvolvido?
É o milho geneticamente modificado, no qual foram introduzidos genes específicos de Bacillus thuringiensis que levam à produção de proteínas tóxicas a determinadas ordens de insetos considerados pragas (insetos que causam danos econômicos) para a cultura.
Fonte: Pionner
Bacillus thuringiensis- Bacillus thuringiensis- BtBt Fase de esporulaçãoFase de esporulaçãoformação de esporos formação de esporos
bacterianos e cristais proteicos(bacterianos e cristais proteicos(δδ-endotoxinas).-endotoxinas).
Alta especificidade em relação às pragas alvo: Alta especificidade em relação às pragas alvo: cristais são ingeridos e em ambiente alcalino há cristais são ingeridos e em ambiente alcalino há liberação do inseticida.liberação do inseticida.
Receptores do mesântero ligam-se de forma Receptores do mesântero ligam-se de forma específica: vazamento de íons e dano osmótico nas específica: vazamento de íons e dano osmótico nas célulascélulasdesintegração do mesântero e morte do desintegração do mesântero e morte do inseto. inseto.
Milho Bt- esquema do Bt nas lagartasMilho Bt- esquema do Bt nas lagartas
Fonte: http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio24/milhobt.pdf
Distâncias MínimasDistâncias Mínimasde Isolamento- Normas de Isolamento- Normas para o plantiopara o plantio
A Resolução Normativa Nº4 da CTNBio, de A Resolução Normativa Nº4 da CTNBio, de 16 de agosto de 2007, estabelece 16 de agosto de 2007, estabelece distâncias mínimas obrigatórias para distâncias mínimas obrigatórias para coexistência entre a lavoura transgênica e a coexistência entre a lavoura transgênica e a convencional do vizinho.convencional do vizinho.
Distâncias mínimasDistâncias mínimas
A distância entre uma lavoura comercial de A distância entre uma lavoura comercial de milho GM e outra de milho convencional, milho GM e outra de milho convencional, localizada em área vizinha, deve ser igual ou localizada em área vizinha, deve ser igual ou superior a superior a 100 m100 m, com a alternativa de uma , com a alternativa de uma distância de distância de 20 m 20 m (quando acrescida de uma (quando acrescida de uma bordadura com pelo menos bordadura com pelo menos 10 linhas 10 linhas de de plantas de milho convencional, de porte e plantas de milho convencional, de porte e ciclo vegetativo similar ao milho ciclo vegetativo similar ao milho geneticamente modificado).geneticamente modificado).
Plantio de refúgioPlantio de refúgio No Brasil é recomendada a adoção da No Brasil é recomendada a adoção da
área de refúgio de, no mínimo, 10% da área de refúgio de, no mínimo, 10% da área plantada, a qual deverá estar área plantada, a qual deverá estar presente, no máximo, a distância de presente, no máximo, a distância de 1.500 m de lavoura 1.500 m de lavoura Bt.Bt.
Milho Bt- Plantio de refugioMilho Bt- Plantio de refugio
Não controlado
Controlado
Controlado
O plantio de refugio funciona como uma fonte de insetos suscetíveis. Com a preservação da característica de suscetibilidade, a proporção inicial de indivíduos suscetíveis e resistentes dentro da população é mantida e se previne o desenvolvimento de resistência, preservando-se assim, a tecnologia Bt.
Fonte: Pionner
““Existem insetos que são naturalmente Existem insetos que são naturalmente pragas das culturas, que precisam ser pragas das culturas, que precisam ser controlados. Mas, existem insetos que se controlados. Mas, existem insetos que se tornam praga devido ao desconhecimento tornam praga devido ao desconhecimento das interações e, principalmente, ao das interações e, principalmente, ao desrespeito da atividade humana às desrespeito da atividade humana às limitações ecológicas, contra os quais é limitações ecológicas, contra os quais é necessário apenas mudar de atitude.”necessário apenas mudar de atitude.”
DR.DR.W. B. CROCOMO W. B. CROCOMO
Referências bibliográficasReferências bibliográficas BIANCO, R. Pragas do milho e seu controle. In: IAPAR. A cultura do
milho no Paraná.Londrina: IAPAR, 1991. p.187-221. Circular 68.
www.cib.org.br
http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/publica/2008/comunicado/Com_157.pdf
www.planterefugio.com.br
http://www.pioneersementes.com.br/extras/pdf/Palestra_Programa_Plante_Refugio_Milho_Bt.pdf
http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio24/milhobt.pdf
http://www.pioneersementes.com.br/ProdutosBiotecnologiaMilhoBTDesenvolvimento.aspx
OBRIGADA!!!OBRIGADA!!!
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