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INFOMAIL facebook.com/mangualdecompalavra JORNAL DE CAMPANHA | Nº 1 ‘’DAQUI, QUE NINGUÉM ESPERE OUVIR PROMESSAS VÃS.’’ P.02 Mangualde Com Palavra Mangualde Com Palavra Mangualde Com Palavra Mangualde Com Palavra

Mangualde Com Palavra | 01

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Jornal da Candidatura Autárquica Mangualde Com Palavra, liderada pelo Dr. Aníbal Maltez

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‘’DAQUI,QUE NINGUÉM ESPERE OUVIRPROMESSAS VÃS.’’P.02

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“MANGUALDE COM PALAVRA” É O LEMA DA CANDIDATURA DE ANÍBAL MALTEZ À CÂMARA MUNICIPAL DE MANGUALDE, APOIADA PELA COLIGAÇÃO PSD/CDS-PP, A PENSAR NAS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 29 DE SETEMBRO PRÓXIMO.

A apresentação da candidatura aconteceu no dia 13 de julho, pelas 18 horas, no auditório da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde, e teve Fernando Ruas como convidado de honra.Perante uma audiência bem acima da lotação da sala, discursaram João Gonçalves e Rui Vaz, em representação dos partidos que suportam a coligação, Sobral Abrantes, candidato à Assembleia Municipal, Fernando Ruas e Aníbal Maltez.Sublinhado o empenhamento e o comprometimento com Mangualde por parte dos representantes dos dois partidos da coligação, Sobral Abrantes começou por destacar que “ninguém nas nossas listas, nenhum dos nossos candidatos vive da política”. Fazendo um resumo do que foram os últimos 4 anos do atual executivo, que considerou um redondo falhanço, desafiando a audiência para a consulta das promessas eleitorais feitas por João Azevedo há 4 anos. Sublinhando ainda a “falta de transparência deste executivo” relativamente à apresentação de documentos solicitados pelos vereadores da oposição e na aquisição de bens e serviços, onde a política do “ajuste direto, sem consultar mais do que um fornecedor” é o caminho seguido, acrescentou que “todos os fornecedores de Mangualde devem ser consultados e os fornecimentos entregues a quem apresenta o melhor preço”. “95% dos procedimentos de aquisição deste executivo são ajustes diretos”, afirmou Sobral Abrantes.Fernando Ruas, numa intervenção breve, afirmou que “para se ser autarca é preciso gostar das pessoas” e que os portugueses estão cada vez mais conscientes, já não sendo fácil irem em cantigas e que os portugueses sabem perfeitamente quem e

APRESENTAÇÃO PÚBLICA DA CANDIDATURA DE ANÍBAL MALTEZ À CÂMARA MUNICIPAL DE MANGUALDE

que tipo de pessoas nos trouxeram à situação em que nos encontramos. Citando John F. Kennedy, “não é possível enganar toda a gente durante todo o tempo”.No seu primeiro discurso público da candidatura, Aníbal Maltez apresentou-se como “Um homem com os defeitos e as falhas de um homem, mas com a honestidade e a coragem de vos dizer que não é perfeito, nem tão pouco vender-se como tal”. “Hoje apresenta-se-vos um homem que pensa como vós, que sente e sofre e luta contra as adversidades da vida tal como vós! Eu e vós falamos a mesma língua, partilhamos as mesmas motivações e temos todos o mesmo objetivo. E ainda bem! Porque assim, podemos olhar-nos cara a cara, olhos nos olhos, e falar verdade!”, acrescentou.Destacando a enorme moldura humana afirmou sentir-se especialmente orgulhoso e satisfeito, porque “todos os que aqui estão hoje, ou estão aqui porque acreditam em nós ou estão aqui porque querem acreditar em nós”, acrescentando não ter prometido ou oferecido nada a ninguém para estar presente e que ninguém estava ali por causa de qualquer ameaça ou coação.Referindo-se ao receio que a candidatura tem notado da parte de muita gente em dar a cara nas diferentes listas da coligação e em estarem presentes em momentos públicos da candidatura, Aníbal Maltez afirmou sentir em Mangualde “uma enorme massa silenciosa”, mas alertou: “que ninguém tenha dúvidas! Ela pode estar silenciosa, mas não está morta! Está bem decidida e bem determinada e no dia certo todos a verão!”Assumindo não fazer promessas vãs, Aníbal Maltez destaca a necessidade imperiosa de investir no tratamento dos esgotos que correm a céu aberto ou que desembocam “em lugar nenhum” em muitos pontos do concelho e acabar com a vergonha das fossas da Lavandeira. “Uma política ambiental séria e inteligente resulta também em crescimento económico”, afirmou.

“Se há poucos recursos, a câmara municipal tem de investir em áreas que tenham retorno e não andar a gastar dinheiro à toa e sem uma estratégia claramente definida!”, afirmou Aníbal Maltez, assumindo o crescimento económico através da instalação de empresas, que esperam e desesperam por se instalar em Mangualde como uma prioridade. “Quantas (empresas) já desistiram de Mangualde e foram para outros concelhos?”, perguntou Aníbal Maltez.A criação de emprego e mais empresas, segundo o cabeça de lista da candidatura Mangualde Com Palavra, é fundamental para o crescimento económico do concelho e por isso considera necessário resolver a falta de espaço e de condições para a instalação dos muitos empresários que escolhem e hão-de continuar a escolher Mangualde.Perante a crise económica que o país atravessa, as políticas sociais são também uma prioridade para a candidatura da coligação, de forma a existir uma maior proximidade entre o município e quem mais precisa, passando por uma maior e melhor ligação às instituições de solidariedade social existentes no concelho.A solidariedade e a coesão social, o crescimento económico, o ambiente e juventude, são as principais prioridades da candidatura “Mangualde com Palavra”.Na opinião do candidato Aníbal Maltez, o concelho de Mangualde precisa uma política séria e inteligente em domínios como o ambiente, a agricultura, o turismo e o comércio local e não de medidas avulsas. “Se nos colocarmos em cima de uma passadeira rolante, podemos correr 2 quilómetros, ou 5, ou 10, até 20 ou 30, não interessa. Uma coisa é certa: corramos muito ou pouco, não vamos sair do mesmo sítio”, ilustrou Aníbal Maltez, afirmando ainda que “este executivo não sabe o que anda a fazer, não tem um rumo definido, nem tem uma estratégia séria”.Esta sessão de apresentação da candidatura Mangualde Com Palavra terminou com a apresentação dos candidatos às juntas de freguesia, e Aníbal Maltez aproveitou o ensejo para assumir o compromisso de tudo fazer para que as transferências para as juntas de freguesia se voltem a aproximar dos valores de 2010, depois dos cortes de quase 50% sofridos nos últimos anos. “Nós não queremos mangualdenses de primeira e mangualdenses de segunda. Nós não queremos centralizar em nós aquilo que as juntas de freguesia vinham fazendo bem há muitos anos”, acrescentou ainda.

Mangualde Com PalavraMangualde Com Palavra

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NA CONTINUAÇÃO DE UM DOS PRINCIPAIS DESÍGNIOS DA CANDIDATURA, QUE PASSA PELA ELABORAÇÃO DE UM PROGRAMA EXEQUÍVEL, QUE RESPONDA ÀS NECESSIDADES E DESEJOS EFETIVOS DE TODA A NOSSA COMUNIDADE, A CANDIDATURA AUTÁRQUICA “MANGUALDE COM PALAVRA” REUNIU COM A DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE MANGUALDE.

TENDO EM VISTA A CONSTRUÇÃO DE UM PROGRAMA ELEITORAL ABRANGENTE QUE RESPONDA ÀS REAIS NECESSIDADES DOS MANGUALDENSES E DAS SUAS INSTITUIÇÕES, A

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Esta reunião, com a presença do candidato Dr. Aníbal Maltez, teve como principal objetivo ouvir na primeira pessoa, as principais dificuldades e desafios diariamente vividos pelo tecido empresarial do concelho de Mangualde. Foram afloradas questões diretamente relacionadas com as áreas do turismo, serviços, comércio e indústria. A situação e as precárias condições do Parque Industrial do Salgueiro, em especial a seu novo loteamento, também foram alvo de uma incisiva análise.Neste particular, foram posteriormente debatidas possíveis soluções e futuras formas de atuação, sendo que a elevada importância do eixo da

CANDIDATURA AUTÁRQUICA “MANGUALDE COM PALAVRA”, NAS PESSOAS DO SEU CANDIDATO, DR. ANÍBAL MALTEZ, E DO DR. JOAQUIM MESSIAS, REUNIU COM O DIRETOR DISTRITAL DA SEGURANÇA SOCIAL, DR. JOAQUIM SEIXAS.

Debruçando-se sobre as respostas sociais existentes e sobre os acordos com as diferentes instituições de solidariedade social do concelho de Mangualde, tal como sobre os mecanismos de resposta às necessidades de apoio social mais prementes, esta reunião não podia terminar sem abordar ainda as perspetivas que se abrem no âmbito dos próximos fundos comunitários. Neste particular, discutiram-se os novos desafios e as novas oportunidades que se colocam aos

ANÍBAL MALTEZ REUNE COM ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE MANGUALDE

REUNIÃO COM DIRETOR DISTRITAL DA SEGURANÇA SOCIAL

A concluir, Aníbal Maltez afirmou que nesta candidatura “ninguém vai prometer obras para todos os gostos e de todos os feitios, só para angariar os vossos votos e ganhar uma cadeira e uma secretária nos paços do concelho ou nas sedes de junta de freguesia”.Pugnando por uma política com palavra, o candidato assumiu o compromisso de “trabalhar muito e trabalhar honestamente em prol de um concelho mais rico, mais justo e mais solidário. Trabalhar muito e honestamente em prol de todos vós. É essa a ambição dos mangualdenses e é esse o respeito que os mangualdenses esperam e exigem de nós”.

empregabilidade e do desenvolvimento económico é algo que a candidatura não irá, de forma alguma, abdicar.Aníbal Maltez salientou a forma bastante positiva como decorreu esta reunião, bem como a receção e a total disponibilidade com que a candidatura ‘‘Mangualde com Palavra’’ foi recebida por toda a direção da Associação Empresarial de Mangualde. ‘‘Iempenho, demonstraram ser uma associação com elevado sentido de responsabilidade e de total conhecimento de todos os aspetos da vida empresarial do nosso concelho’’.

mbuídos num espírito de pró-atividade e

municípios e às instituições de solidariedade social. Uma aposta clara na formação dos recursos humanos, na consolidação do trabalho em rede e na criação de sinergias, visando uma maior cobertura e eficiência das respostas sociais e uma maior otimização dos recursos, são algumas das características mais marcantes do próximo quadro comunitário no domínio da Solidariedade Social.Sendo a Solidariedade Social, o apoio aos mais idosos, às crianças e aos mais desfavorecidos, bem como a resposta às situações de emergência social, uma aposta clara desta candidatura e um eixo fundamental do programa que está a construir para o concelho de Mangualde, este encontro foi apenas um primeiro passo de um processo que se quer contínuo, inclusivo e abrangente.

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Como é que foi o processo, dentro do PSD, que conduziu à sua candidatura?Eu estava bem longe destas andanças! O que lhe posso dizer é que foi um convite que me sensibilizou bastante e que muito me honra. Especialmente pelo facto de ter percebido um amplo consenso interno relativamente à minha candidatura.Sabe, tento ser uma pessoa discreta e humilde. Nunca procurei protagonismos. Até hoje, até esta candidatura, o meu papel na política sempre foi o de ajudar os outros, opinando, aconselhando, mediando conflitos quando eles existiam e criando consensos quando as divisões surgiam. De maneira que entendo este convite também como o reconhecimento desse trabalho. Da mesma forma que, no passado, sempre tentei unir, vejo, agora, união em torno de mim.Relativamente ao CDS-PP, parceiro da coligação, fiquei também muito sensibilizado com a recetividade e a satisfação demonstradas pela minha candidatura.

O que o levou à política?A política fascinou-me desde muito cedo. A política pura! Isto é, a política entendida como a discussão de ideias e de princípios de ação e a tomada de decisões tendo em vista o bem comum, o progresso, a melhoria das condições de vida das pessoas, a evolução e o crescimento coletivo.Quem é que não quer fazer a sua parte e dar o seu contributo para a melhoria da sua comunidade?Durante 20 anos exerci cargos de responsabilidade e de liderança nas estruturas partidárias locais e distritais. Foram 20 anos de grande envolvimento, sem interrupções, durante os quais conheci muita gente e fiz muitos amigos um pouco por todo o lado. Em Mangualde, por todo o distrito de Viseu e por esse País fora.Mas foram também 20 anos de muita entrega. E quem se envolve nestas coisas de alma e coração, quando dá conta, vê a vida completamente absorvida. Quase tudo o resto se torna secundário… Sou casado, tenho uma filha com 5 anos, tenho uma família que amo…

Por outro lado, a política ao longo dos últimos 10 anos foi-se tornando cada vez mais um espetáculo e eu entendo que a política é uma coisa demasiado séria para ser tratada como um espetáculo! Nunca vi tanta falsidade, tanta fantochada na política como nos últimos 10 anos! Foi o advento da “política do teleponto”, da política da imagem e das aparências, dos anúncios públicos que não passam do anúncio. A política da mentira e da manipulação da informação e da manipulação das pessoas! A política das vitórias eleitorais e não a política do governo responsável e das decisões sérias. Isto deixava-me doente!Para mim era evidente que iríamos sofrer uma catástrofe. E custava-me, doía-me mesmo ver a ilusão em que este País vivia…E foi assim que há 4 ou 5 anos atrás decidi abandonar a política ativa. Lentamente, fui-me desligando de tudo onde tinha responsabilidades. Até agora…

E porquê este regresso à política agora? Olhe, regresso pelos mesmos motivos que me levaram à política inicialmente!Regresso porque acredito que posso fazer a diferença e porque quero fazer uma política diferente.Regresso porque sinto que as pessoas se cansaram de ser manipuladas e hoje estão muito mais conscientes da realidade. Já ninguém vai em cantigas!Regresso porque sei que posso mudar a política que se faz em Mangualde e porque sei que posso dar a Mangualde o que esta terra e as suas gentes necessitam e anseiam.Os Mangualdenses querem uma política séria, uma política verdadeira, com pessoas de palavra.Os Mangualdenses não querem promessas. Querem o nosso compromisso honesto. Os Mangualdenses querem que este concelho cresça e seja mais rico. Com crescimento temos mais e melhores empresas e temos emprego. Os Mangualdenses viverão melhor e o Município terá mais meios para melhorar a qualidade de vida das populações e para continuar a crescer.Os Mangualdenses querem justiça e igualdade na forma como são tratados. Não pode haver Mangualdenses de primeira e Mangualdenses de

segunda. Não podem uns ser filhos e os outros enteados, quer vivam numa ponta do concelho, quer vivam na cidade ou algures entre as duas! Quer sejam rosas, laranjas, azuis ou vermelhos!Os Mangualdenses querem ser livres. Não querem ser condicionados em tudo e mais alguma coisa por serem desta ou daquela cor ou por nem sequer terem cor.Os Mangualdenses querem que o seu dinheiro seja gasto de forma eficaz e transparente. Sem fachadas, sem ajustes diretos para tudo e mais alguma coisa, sem pedir preços a vários fornecedores. São estas as razões da sua candidatura?Sim. Candidato-me porque acredito nestes princípios e tenho a certeza que é também isto que os Mangualdenses desejam e anseiam.Sou uma pessoa de convicções fortes. Apesar de normalmente me considerarem uma pessoa muito racional, a verdade é que as grandes decisões da minha vida são tomadas com o coração.Eu nasci em Mangualde. Mesmo em Mangualde. Nasci na mesma casa onde vivi até aos meus 20 anos. Desde miúdo, percorri este concelho a trabalhar com os meus pais vezes sem conta. Só vivi fora de Mangualde durante os meus anos na universidade, em Coimbra. Quando concluí a minha licenciatura, tive a possibilidade de ir trabalhar para Aveiro ou para Leiria. Mas era aqui que eu queria trabalhar e viver… E vim! Estive um ano sem trabalho, mas vim!Amo, genuinamente, esta terra. E não consigo vê-la como vejo hoje, não consigo ver algumas das coisas que vejo, e ficar de braços cruzados.É superior a mim!

Quais serão as linhas mestras da candidatura?Para nós, há dois eixos fundamentais: as pessoas e as empresas.As pessoas porque são elas o centro da atividade política. O fim da política são as pessoas. Hoje vivemos duas realidades com grande impacto na sociedade e naquelas que são as suas necessidades. Por um lado, a grave crise económica e financeira que vivemos, apresenta-nos grandes desafios de natureza social. É absolutamente prioritário fazer face a estes desafios, chegando mais e melhor a quem mais precisa, das crianças, às famílias e aos idosos. Por outro lado, o envelhecimento da população e o isolamento cada vez maior dos nossos idosos exigem uma estratégia de futuro e uma estratégia de proximidade. Uma

ANÍBAL MALTEZ EM ENTREVISTA AO ‘’RENASCIMENTO’’

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importantes, como a satisfação das necessidades mais básicas das populações ao nível do abastecimento de água e do saneamento básico.Isto de ter esgotos a correr a céu aberto, de ter redes de saneamento que desaguam num sítio qualquer, no meio de um terreno ou num ribeiro, é uma coisa que não pode continuar.Entre várias outras situações, a construção de uma ETAR que acabe de uma vez por todas com a vergonha das fossas a céu aberto na Lavandeira é um compromisso desta candidatura. Custará milhões de euros, mas tem que ser feita.Há 4 anos estava a decorrer um concurso público para a construção desta ETAR em Tabosa, de modo a servir a maior parte da freguesia de Fornos de Maceira Dão e por aí acima até Mangualde, incluindo a Zona Industrial do Salgueiro. Foi cancelado o concurso e nada de novo foi feito…Portanto, resumindo, não vamos prometer mundos e fundos. Nós temos palavra.Assumimos o compromisso de trabalhar muito e de

maior proximidade não só para uma melhor assistência, mas também, e isto é muito importante, para uma maior segurança. As instituições de solidariedade social do nosso concelho têm feito um excelente trabalho nesta área e merecem ser louvadas. Mas a escassez de recursos financeiros e as necessidades cada vez maiores das populações servidas por estas instituições exigem uma verdadeira política social por parte da câmara municipal. É imperiosa uma maior e melhor ligação a estas instituições, que precisam de ser acarinhadas e apoiadas, especialmente quando o próximo quadro de apoios comunitários vai exigir uma maior articulação entre os interventores neste domínio.Entendo também que o papel que o município pode ter no futuro das nossas crianças e dos nossos jovens não se esgota naquilo que se faz atualmente. Penso que temos de perspetivar o futuro e ter uma política de longo prazo para as nossas crianças e os nossos jovens, para que possam ser mais bem sucedidos e para que vivam e cresçam mais felizes. O nosso futuro serão eles!

E quanto às empresas?As empresas e a atividade económica são o coração de qualquer comunidade. Sem empresas não há atividade económica e sem atividade económica as comunidades morrem.Mangualde precisa de crescer! Nós precisamos de mais empresas. Precisamos de crescimento económico. Precisamos de emprego. A própria autarquia só poderá ter mais receitas para o desenvolvimento do concelho se houver mais empresas e crescimento económico. Essa tem que ser a prioridade das prioridades.Repare, há 3 anos foi anunciada, com pompa e circunstância, a venda de todos os lotes da Zona Industrial do Salgueiro e foram anunciados apoios de algumas dezenas de milhões de euros para essas empresas. Houve cerimónia pública, fotografias, notícias nos jornais… Até deu na televisão!Passaram 3 anos… As empresas adiantaram uma parte do valor dos terrenos à câmara municipal. Passaram 3 anos! Onde é que essas empresas estão? Porque é que não estão ainda lá instaladas? Quantas já desistiram de Mangualde e foram para outros concelhos?Isto não cabe na cabeça de ninguém.Ainda neste âmbito há um aspeto que para mim é fundamental. Mangualde, pela sua localização geográfica, pelo caminho de ferro, pelas vias de comunicação importantes que aqui passam ou das quais estamos próximos, até por algumas das empresas que aqui existem, é um concelho muito apetecível para algumas empresas, especialmente empresas estrangeiras que se queiram instalar em Portugal. Eu pergunto: se amanhã uma empresa destas de maior dimensão se quiser instalar em Mangualde, o que é que a câmara municipal tem para lhe oferecer? Aonde se pode instalar? A área chega? De quem são os terrenos? Os terrenos têm acessos e infraestruturas como água, saneamento e eletricidade ou pelo menos estão preparados para isso? Quantas oportunidades já perdemos por não estarmos preparados? Será que uma empresa dessas também vai esperar 3 anos para se poder instalar e abrir portas?Em tempo de escassos recursos, temos de ser mais objetivos do que nunca e temos de estabelecer prioridades!

Temos de investir fortemente neste domínio. É um investimento com retorno a todos os níveis. Com retorno para as famílias, com retorno para as empresas que já estão em Mangualde e com retorno para a câmara municipal, que assim pode ver as suas receitas crescerem e ter mais dinheiro para investir no concelho.

Quer com isso dizer que não vai prometer obras?Olhe, promessa fiz uma à minha mulher quando me casei. (risos)Há uma coisa que para mim é básica. Não vou prometer tudo e mais alguma coisa, como outros, só para ganhar eleições e depois não cumprir coisa nenhuma. Toda a gente sabe que vivemos tempos difíceis. Eu diria que há 2 tipos de investimento: com retorno e sem retorno.Se há poucos recursos a câmara municipal tem de investir em áreas que tenham retorno e não andar a gastar dinheiro quase à toa ou indiscriminadamente.Para além disto, no entanto, há outras questões

trabalhar bem para resolver os principais problemas dos Mangualdenses.

O vosso programa já está elaborado?O nosso programa está em elaboração. Contamos com pessoas das mais diversas áreas e estamos a fazer contactos com pessoas e instituições no sentido de o tornar um programa honesto, eficaz e participado.O programa assentará em 4 eixos fundamentais.O desenvolvimento económico e social e a criação de emprego, a solidariedade social, o ambiente e a juventude.Quanto ao desenvolvimento económico, nós assumimos a indústria, o turismo e o comércio local e a agricultura como eixos prioritários. Sobre a indústria já falámos há pouco alguma coisa. Acrescentaria apenas que não podemos ficar sentados à espera que as empresas nos venham bater à porta. Temos de ser dinâmicos, temos de ir ao encontro delas e mostrar-lhes que somos bons e que temos condições para elas.Quanto ao turismo, tal como o comércio local, penso que é evidente a necessidade de uma política concreta nestes domínios. Uma política séria e a médio prazo e não medidas avulsas aqui e ali como se tem visto. O comércio local e o turismo, na minha opinião, têm de andar de braço dado. Não é fazendo uma festa ou uma feira de vez em quando que se resolve o problema do comércio local ou que se estimula o turismo. Quanto à agricultura, penso que temos um potencial enorme para fazer deste setor um setor economicamente muito importante no nosso concelho. Para além do vinho e do queijo, e de outros produtos agrícolas, há um potencial enorme na floresta, cada vez mais abandonada, e em novos domínios da agricultura. Temos alguns bons exemplos no nosso concelho, no domínio da floresta e da agricultura biológica, que tem cada vez mais adeptos entre os consumidores portugueses. Mas é preciso termos ideias, termos uma política e termos estímulo para que este setor se desenvolva. Nada vai aparecer por artes mágicas.Sobre a solidariedade social, também já falámos há pouco. Tem de ser, de facto, uma prioridade e é absolutamente necessária uma visão e uma ação integrada e dinâmica por parte de todos os envolvidos neste domínio.O ambiente é, definitivamente, mais do que uma necessidade, uma urgência. Há problemas gravíssimos para resolver, mas, para além disso, uma política ambiental séria resultará igualmente em crescimento económico. A agricultura, o turismo e o comércio local só têm a ganhar com uma política ambiental inteligente.A juventude… É óbvio que tudo isto que aqui acabei de dizer tem um impacto muito significativo também na nossa juventude. A vários níveis. E já aqui falei de algumas situações concretas. Mas a ausência total de uma política de juventude em Mangualde é uma coisa gritante. Há quem confunda políticas com medidas avulsas ou com eventos ou festas. Mas a verdade é que não há uma ideia, não há uma linha de rumo, não há um objetivo ou uma meta a atingir, em Mangualde, para os nossos jovens. É inadmissível.Repare, nós podemos dar milhares de passos num dia, mas se andarmos em círculos vamos estar sempre no mesmo sítio!

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Claro que o nosso programa ultrapassará estes domínios que aqui expus, mas estes são os fundamentais. Porque trazem crescimento e porque trazem justiça social e qualidade de vida aos Mangualdenses e porque são e trazem o nosso futuro.

Quer isto dizer que se acabou o tempo do betão?O betão há-de ser sempre necessário e nunca acabará o seu tempo, mas penso que hoje em dia, os desafios que se colocam aos autarcas, quer nas câmaras municipais, quer nas juntas de freguesia, são muito mais exigentes e complexos do que erguer betão ou pintar uma estrada de preto.Ninguém conhece os concelhos e as freguesias como os autarcas. Os autarcas conhecem as pessoas,

as empresas, conhecem o que de bom se faz, conhecem o potencial que existe em cada sítio e que não está a ser aproveitado.Há aqui uma mudança de paradigma. A maioria das infraestruturas está criada. Nalguns sítios muito está por fazer, mas noutros está quase tudo feito. Mais do que pensar em infraestruturas, temos de pensar em crescimento, económico e social.

E quanto às juntas de freguesia? Quais são as suas ideias?Ainda bem que me coloca essa questão.As juntas de freguesia são fundamentais pelo trabalho de proximidade que desenvolvem. São quem melhor conhece as pessoas, as empresas e as suas terras. São também quem mais prontamente pode acudir às necessidades das suas populações.

Desde 2010, inclusive, as juntas de freguesia sofreram cortes brutais nas verbas transferidas pela câmara municipal. De 2010 para cá perderam quase 50% destas verbas, cerca de 200 mil euros anuais. Foi um corte fácil. Mas um corte errado. Corre-se o concelho de uma ponta à outra e percebe-se bem o resultado.Há muito sítio onde a câmara municipal pode poupar dinheiro sem ser a sacrificar e a prejudicar as juntas de freguesia e as populações de todo o concelho. Para além disto, como disse há pouco, se temos a ambição de trazer crescimento ao nosso concelho de uma forma geral, isto não é possível sem o empenho das juntas de freguesia e dos seus autarcas. Eles terão de ser parceiros ativos neste processo.

Mangualde Com PalavraMangualde Com Palavra

In ‘‘Renascimento’’ - Ed. 01/07/2013

As freguesias do concelho de Mangualde, pela sua proximidade com os cidadãos, pela sua capacidade de gestão, e porque os seus representantes são aqueles que melhor conhecem a realidade local e sabem quais as necessidades das populações, devem dispor dos meios financeiros imprescindíveis à realização das suas funções.A atual gestão socialista da Câmara Municipal de Mangualde, desfasada dos bons critérios de gestão do erário público seguido pela esmagadora maioria dos municípios, elegeu as freguesias como os “parentes pobres do concelho”, efetuando sucessivos cortes nas delegações das competências e verbas transferidas.Quando iniciou funções esta gestão socialista, as verbas transferidas para as freguesias eram no montante anual de €449.278,87, valor reduzido para €300.000,00 nos anos de 2010, 2011 e 2012 e para €250.000,00 em 2013.

Um corte de 45%!Quando, por um lado, as verbas das freguesias são as que mais reduções sofrem, aumentam as verbas despendidas com agências de publicidade para promover a imagem da Câmara e do seu presidente, e aumentam as verbas despendidas com os quadros políticos, sendo o atual executivo e seus assessores o mais dispendioso da história do poder autárquico Mangualdense. Os vereadores do PPD/PSD, discordando do corte das verbas transferidas para as freguesias, apresentaram na reunião de Câmara de 03.06.2013 proposta de reposição parcial das verbas cortadas. Esta proposta foi chumbada pela maioria socialista, sem sequer a ter discutido.Nunca na história do poder autárquico existiu um Presidente e uma maioria que tão mal tratasse as freguesias, asfixiando-as financeiramente.Cabe aos Mangualdenses decidir se concordam com estas opções ou se, pelo contrário, entendem que o poder autárquico deve ser descentralizado e as freguesias devem ter meios financeiros para exercer as suas funções.

José Francisco Sobral Abrantes

FREGUESIAS DE MANGUALDE“Parentes pobres do concelho”

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Os gastos da Câmara Municipal com a Praia Artificial de Mangualde parecem envoltos no mais misterioso dos secretismos.Durante mais de 18 meses e após muitos pedidos de informação dos vereadores eleitos pelo PSD, a Câmara Municipal de Mangualde e o seu presidente João Azevedo foram adiando sistematicamente a resposta à pergunta, simples, dos nossos vereadores: “Quanto gastou a Câmara Municipal de Mangualde com a Praia Artificial no ano de 2011?”Por fim, perante a ameaça de apresentação de uma queixa formal, entendeu por bem o Sr. Presidente da Câmara prestar finalmente contas deste negócio.Recorde-se que, aquando da apresentação desta parceria, as palavras do Dr. João Azevedo foram: “Este é um investimento totalmente privado, que não trará encargos aos cofres municipais.”Contudo, como deste presidente tudo é de esperar, as contas tinham um resultado bem diferente daquele que inicialmente estava previsto.Assim, segundo João Azevedo, a Câmara Municipal tinha gasto cerca de 73 mil euros só no primeiro ano de funcionamento da Praia de Mangualde, dos quais 50 mil de investimento e 23 mil de despesas de manutenção.Mas como diz o povo sabiamente, “a cada cavadela, sua minhoca”!!!Se 73 mil euros de gastos municipais, só no primeiro ano, num investimento “totalmente privado”, já era um número chocante, mais chocados e mais apreensivos ficamos quando viemos a constatar que as contas apresentadas pelo Presidente da Câmara, não só estavam erradas, como também bastante incompletas.Ao número apresentado, faltava ainda somar parcelas como a publicidade, a instalação de quadros elétricos, a vedação metálica e o

consumo de água anual. No caso do consumo de água anual, a Câmara Municipal apenas nos deu um valor estimado, na casa dos 1.500 metros cúbicos, pois inacreditavelmente a Praia de Mangualde nem contador de água tem!Deste modo, depois dos vereadores do PSD apurarem todas as parcelas que lhes foi possível apurar, verificou-se que o gasto total da Câmara Municipal com a Praia de Mangualde foi, só em 2011, de 110 mil euros!Uma Câmara Municipal e um Presidente de Câmara que demoram 18 meses a apresentar um simples relatório de despesas e que ao fim desses 18 meses apresentam despesas de 73 mil euros e afinal as contas estão erradas! E têm de ser feitas pelos vereadores da oposição!De 73 mil euros para 110 mil euros, vai uma grande diferença! Uma diferença de 50%!Depois disto, o Dr. João Azevedo ainda se admira e ainda se ofende com a desconfiança dos vereadores do PSD relativamente a este e a outros assuntos!Isto não só revela quais as reais prioridades deste executivo camarário, como revela também a sua falta de transparência. Das

duas uma: ou não sabem fazer contas ou a verdade é uma coisa estranha...Nada nos move contra a Praia Artificial de Mangualde, muito menos contra os seus promotores, mas não podemos de maneira nenhuma aceitar que a Câmara Municipal e o seu Presidente faltem à verdade relativamente a este assunto.Nem podemos admitir que a Câmara Municipal e o seu Presidente tomem uns por filhos e outros por enteados!

Afinal de contas:1 - Quantas empresas, sejam elas indústrias, comércio, serviços, restaurantes, cafés e outras unidades hoteleiras, que pagam honestamente os seus impostos e que contribuem para o desenvolvimento do nosso concelho, beneficiam de um “bónus” destes?2 - Quantos empresários têm a Câmara Municipal a oferecer-lhes, entre outras coisas, a água, a luz, a limpeza diária, a segurança, as licenças, a publicidade, as vedações, as casas de banho e a jardinagem?3 – Qual a empresa que gasta 1.500 metros cúbicos de água em 3 meses, ou até num ano inteiro, e não paga 1 cêntimo por ela?É neste tipo de opções que se vê a real orientação e as prioridades do Sr. Presidente da Câmara.

Perguntamos:

1 - Se em 2011, e apenas do que nos foi possível apurar, os gastos foram estes 110 mil euros, o que será de esperar dos gastos de 2012 e de 2013? 2 - E as contas? Acreditamos nelas desta vez ou voltamos a desconfiar?

“PRAIA ARTIFICIAL DE MANGUALDE” CUSTOU AOS MANGUALDENSES, SÓ EM 2011, CERCA DE 110 000€

In ‘‘Mangualde Livre’’ - Ed. 06/2013

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Há 4 anos os Mangualdenses ‘’mereciam’’ uma ETAR...

Passaram 4 anos... Já não merecem?!

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