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Fundação Banco do Brasil 1 Estações de Metarreciclagem

Manual das Estações de Metarreciclagem

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Manual com a sistematização operacional e funcional para gestão das Estações de Metarreciclagem

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Estações de Metarreciclagem

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil

PresidenteJorge Alfredo Streit

Diretores ExecutivosÉder Marcelo de MeloPaulo César Machado

Gerência de Educação e Tecnologia InclusivaClaiton Mello

Assessoria TécnicaCláudio Alves Brennand

Lino Garcia GorguesPaulo Noburo Nishi

CréditosSandra Fernandes

Grupo de Trabalho Programando o FuturoAdalberto do Vale

Albertino de Almeida BrandãoDaniel Monteiro Coelho

Fábio Oliveira PaivaLuiz Carlos SimionRefael Luiz Aguilar

Vagner Simion NascimentoVilmar Simion Nascimento

Wesley Dias do Nascimento

Projeto GráficoEloisa de Moura Alves

Fundação Banco do BrasilPrograma Inclusão Digital

SCN Quadra 1, Bloco A, Edifício Number One, 10º andarBrasília – DF. CEP: 70711-900

Telefones: 61-3104-4600 / 3104-4850

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Fundação Banco do Brasil 3

Estações de Metarreciclagem

iÍNDICE

APRESENTAÇÃO .......................................................................... 51 - INTRODUÇÃO E UM POUCO DE HISTÓRIA ............................ 72 - PROCESSO DE INSTALAÇÃO – 1ª parte ................................ 93 PROCESSO DE INSTALAÇÃO 2ª parte ...................................... 214- PROCESSO DE GESTÃO DE PESSOAS ..................................... 335 - PROCESSO LOGÍSTICO ......................................................... 436 - PROCESSO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO ........................ 537 - PROCESSO PEDAGÓGICO ...................................................... 758 - PROCESSO COMUNITÁRIO ................................................... 95

ANEXO ........................................................................................ 97

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DICA ANOTENO SEU CADERNO LEMBRE-SE

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

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Estações de Metarreciclagem

AA Fundação Banco do Brasil completou 25 anos de atuação em 2010. Ao longo desse período, a Instituição tem promovido, em todo o país, o desenvolvimento social em con-junto com as comunidades participantes de seus programas.

Suas atividades institucionais são fundamentadas em tecnologias sociais, com foco em educação e em geração de trabalho e renda, principalmente nas regiões Norte e Nordes-te e nas periferias dos grandes centros urbanos. A intervenção social é aprimorada continuamente e incorpora abordagens que valorizam as dimensões humana, cultural, econômica e ambiental.

O propósito é promover o desenvolvimento social de forma solidária e sustentável, por intermédio da mobilização das pessoas, articulação de parcerias e multiplicação de solu-ções sociais.

O Programa Inclusão Digital nasceu para fortalecer experiências e ações que busquem a melhoria das condições econômicas, sociais, culturais e políticas das comunidades por meio do acesso às tecnologias da informação e comunicação.

Por meio das estações digitais, são disponibilizados equipamentos e pessoal capacitado para mediar a relação das pessoas com a informação e a tecnologia.

A mobilização e articulação sociais geradas pelas esta-ções digitais objetivam dar condições para que as próprias co-munidades sejam protagonistas de sua transformação social.

Boa leitura.

Jorge StreitPresidente

APRESENTAÇÃO

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I“A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” Paulo Freire

1.1 O QUE SIGNIFICA O MANUAL?

É o conjunto de normas, instruções e documentos sobre po-líticas, diretrizes e sistemáticas operacionais, dentre outros. Por ser veículo fundamental para esclarecimento de dúvidas, o manual deve ser acessível, claro e atualizado.

1.2 OBJETIVO

Resumir em um único documento, de maneira sistemática e criteriosa, as informações que possibilitem a assimilação do todo organizacional de maneira compreensiva e integrada, de forma que padronize a implantação das Estações de Metarreciclagem no Brasil.

1.3 O QUE É A ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM?

As Estações de Metarreciclagem são tecnologias sociais que têm como objetivo capacitar jovens de comunidades carentes, por meio de oficinas temáticas de formação técnica, e recondicionar equipamentos de informática, que serão doados para iniciativas de inclusão digital, bibliotecas, telecentros, laboratórios em escolas públicas, creches, entre outros locais.

Foram implementadas em todo o Brasil, quatro Estações de Metarreciclagem: em Samambaia, Distrito Federal; em Teresina, no Piauí; em São Paulo e na cidade de Contagem, em Minas Gerais. Na unidade de Samambaia unidade é uma iniciativa da ONG Progra-mando o Futuro

1 - INTRODUÇÃO E UM POUCO DE HISTÓRIA

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Nas Estações de Metarreciclagem os equipamentos de infor-mática em desuso são recondicionados, por meio de limpeza, acrés-cimo e/ou substituição de componentes, e posteriormente doados a iniciativas de inclusão digital.

Além do recondicionamento dos computadores, as Estações de Metarreciclagem proporcionam a capacitação gratuita de jovens da comunidade, por meio de oficinas de manutenção de computadores e eletrônica de reparos.

Geralmente as Estações de Metarreciclagem tem capacidade operacional de recondicionamento de 3 mil computadores por ano, capacitação profissional de 1 mil alunos e de ofertar estágio para até 100 alunos anualmente. Essa produção anual é capaz de garantir a implementação e/ou atualização de 300 laboratórios de informática e telecentros.

Mais informações: www.fbb.org.br/estacoesdigitais

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PEstações de Metarreciclagem

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Nesta jornada, trabalharemos o início da Estação de Metarreci-clagem, ou seja, é neste momento que iremos registrar todas as etapas necessárias para atingirmos o plano estratégico do empreendimento.

Neste caso, afirma-se que o projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo1.

2.1 COMO MONTAR A FASE INICIAL?

Um projeto é a organização de ações para se realizar determi-nados objetivos. Pensando por esse lado, só podemos transformar sonhos em realidade se houver um planejamento.

2.1.1 O QUE SIGNIFICA PLANEJAR?

Ato ou efeito de prever, antecipar ou vislumbrar algo que ainda não aconteceu; preparar; e projetar2.

Pensemos! Pode-se dizer que planejar é fazer previsões e imaginar o que precisa ser feito para chegar ao objetivo que se quer alcançar?

Para que possamos escrever o nosso planejamento, precisamos utilizar ferramentas para materializar a ideia. Por isso, o projeto é um instrumento de planejamento importante, pois é por meio dele que comunicamos ideias para outras pessoas e instituições. Ao transmitir nossas ideias, pode-se estar em busca de apoio, financiamento ou outro tipo de colaboração. 1 PMI, 2004.2 Disponível em: <www.dicionarioinformal.com.br>.

2 - PROCESSO DE PLANEJAMENTO E IMPLANTAÇÃO

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2.2 COMO ELABORAR O PROJETO?

Agora mãos a obra, vamos começar a escrever o nosso projeto de implantação da Estação de Metarreciclagem.

• Escopo: é a construção de um conjunto de requesitos ou características que demonstre os produtos e/ou objetos a serem constituídos por meio do projeto.

• Tempo: é o período de execução do projeto, ou seja, sua temporalidade que pode ser expressa em horas, dias ou meses.

• Custo: todo e qualquer valor, seja financeiro e econômico, necessário à execução das ações do projeto.

Quando conseguimos balancear estes três fatores, ou seja, preencher todas as informações necessárias e executar a tarefa no cronograma e o custo estimado, a gestão do projeto está no caminho certo.

Os projetos a serem encaminhados a instituições apoiadoras/financiadoras devem obedecer a uma cronologia, uma ordem.

Lembramos que a descrição completa e objetiva de cada item auxiliará a análise do projeto e evitará o indeferimento dele.

Cada instituição apoiadora/financiadora possui escopo (modelo) próprio para apresentação de projeto. Devendo a entidade proponente fazer a adequação e o detalhamento necessários.

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Neste manual, busca-se listar os itens básicos para um escopo genérico que permita a transposição de dados, quando necessário.

O projeto deverá ser escrito em papel timbrado da entidade proponente, com logomarca no canto esquerdo superior e endereço completo no rodapé.

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O PROJETO DEVERÁ CONTER:

CAPA

• Títulodoprojeto,localidade(cidade/estado)eano.

SUMÁRIO

• Enumeraçãodasdivisões,contendonúmerodepági-na,correspondenteaoassunto,respeitandoamesmaordemegrafia.

DADOS DA ENTIDADE PROPONENTE

• Nomedaentidade, endereço completo,CNPJ, ins-criçãoestadual, formajurídica, telefonefixo, fax(sehouver),e-mail,sítio,portaletc.

DADOS DO REPRESENTANTE LEGAL DA ENTIDADE

• Nomecompleto,cargo,profissão,estadocivil,númerodocpf,númerodarg,e-maile telefonesdecontato(fixoecelular).

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Estações de Metarreciclagem

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DADOS DO GERENTE DO PROJETO (RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PROJETO)

• Nome, cargo, e-mail e telefones de contato (fixo ecelular).

HISTÓRICO DA ENTIDADE PROPONENTE

• Apresentaçãodaentidade,descriçãobrevedasativi-dadesdesenvolvidaspelaentidade.

(no mínimo 50 linhas e no máximo 2 páginas).

JUSTIFICATIVA

• Porquedeveserimplantadoaestaçãodemetarreci-clagemproposta?

• (Por queexecutar o projeto?Por queele deve seraprovado?).

• Descriçãoclaraeobjetivadosmotivosquelevaramaentidadeaapresentaroprojeto.Éimportantecitaroestudodeviabilidadeeconômicadaestaçãodeme-tarreciclagem,bemcomoocenáriodalocalidade,seuentornoeasperspectivasdeprospecçãodemercadovisandoàsustentabilidadedoempreendimento.

(Máximo de 3 páginas).

OBJETIVO GERAL

• Descrever,deformaclara,oprodutofinalqueoprojetoqueratingir.Porexemplo:implantar1(uma)estaçãonomunicípiodealagoinha(pe),visandoàreconstruçãode300computadorespormês.

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Estações de Metarreciclagem

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Éoqueseesperadecadaetapadoprojeto.Articulam--sedeformaprecisacomasaçõesprevistas, de forma que garanta o cumprimento do objetivo geral.

PÚBLICO ATENDIDO

• Perfildaspessoasqueserãoassistidaspeloprojeto(númerodeatendidos,faixaetária,rendafamiliar).

PLANO DE AÇÃO FÍSICO-FINANCEIRO

• Nestemomento,serãodescritastodasasatividadesdoprojetodeformadetalhada,contemplando:atividade,responsávelpelaexecução,equipamentos/materiaisnecessários,custo,prazo(tempo).

METAS

• Apalavrametasignifica:objetivodesejávelquepodesermensuradoeclaramentedefinido.Porexemplo:nos três primeirosmesesde funcionamentodaes-tação, ameta é implantar 1 (um) laboratório paratreinamentode20aprendizes.

• Comovocêpodever,ametaéumelementoquantitati-voquenospermiteavaliarosavançoseosresultadosintermediáriosdoprojeto.Comosugestão,aoelencarasmetas,vejaseelasrefletemoqueesperamosal-cançarcomosobjetivosespecíficos.

RESULTADOS ESPERADOS

• Descrever,deformasintética,oqueseesperacomaconstruçãoeaimplantaçãodaestação,aocontráriodasmetas,osresultadosretratamoladoqualitativodo

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Estações de Metarreciclagem

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projeto.Porexemplo:potencializarainclusãodigitaldosmoradoresdealagoinhaedoentorno.

• Os resultados esperados podem ser divididos emduasetapas:

1. Resultados intermediários:sãomensuradosospro-cessos,ouseja,ganhosqueconseguimosobternodecorrer das atividades.Dessamaneira, pode-sedizerqueosresultadosintermediáriosnosajudamadeterminarseoprojetoalcançaráseuobjetoprincipal.

2. Resultadosfinalísticos:representamodesdobramentodoobjetivogeraledimensionamastransformaçõesaseremproduzidasnarealidadedopúblicoatendido,nohorizontedetempodoprojeto.

INDICADORES

• Os indicadoressãoutilizadosparamedirourevelaraspectosrelacionadosadiversosplanosdavidaso-cialdosparticipantesdoprojeto:individualefamiliar,coletivoeassociativo,dasrelaçõessociais,políticas,econômicaseculturaisdacomunidadeetc.Podem,porexemplo,mediradisponibilidadedebens,serviçoseconhecimentoseoacessoquedeterminadosgrupostêmaeles; a relevância quepossuemna vidadaspessoasedasinstituições;aqualidadeeograudeutilizaçãodealgo.Alémdisso,podemtambémcaptarprocessos, em termosde intensidadee sentido demudanças.

• Osindicadorespodemserquantitativosouqualitativos.Osquantitativosprocuramfocarprocessossatisfato-riamentetraduzíveisemtermosnuméricos,taiscomo:valoresabsolutos,médias,porcentagens,proporçõesetc.Osqualitativossãorelacionadosaprocessosemqueépreferívelutilizarreferênciasdegrandeza, in-tensidadeouestado,comoforte/fraco,amplo/restrito,frágil/estruturado,ágil/lento,satisfatório/insatisfatórioeassimpordiante.

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Estações de Metarreciclagem

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EQUIPE DO PROJETO

• Composiçãoda equipe de profissionais envolvidosnoprojeto:

• Nome.

• Formaçãoprofissional.

• Áreadeatuação.

• Funçãoqueexerceránoprojeto.

PARCEIROS ENVOLVIDOS

• Citartodososparceirosenvolvidos,quandohouver,descrevendosuasatribuiçõeseresponsabilidades.Asparceriasessenciaisparaconcretizaçãoeêxitodoprojetodevemserenvolvidaseconvidadasaparticiparespontaneamente,emnomedasolidarie-dade,dacooperaçãoedaresponsabilidadesocial.

ASSINATURA DO RESPONSÁVEL LEGAL PELA INSTI-TUIÇÃO

• Onomedo responsáveldeveconstardaatadeeleiçãodadiretoriadainstituição.

ANEXOS DO PROJETO

• Certificadoderegularidadedofgts(crf).

• Certidãonegativajuntoàreceitafederal.

• Certidãonegativajuntoàreceitaestadual(adicio-nado).

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Estações de Metarreciclagem

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2.3 COMO ESTRUTURAR O PLANO DE TRABALHO DA

ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM?

Vamos então aos elementos básicos que compõem a estru-turação da Estação de Metarreciclagem:

• O empreendimento social.

• A equipe (pessoas com experiências profissionais e suas atribuições).

• Dados do empreendimento (descrição de todas as ativida-des e como serão implementadas).

• Certidãonegativa juntoà receitamunicipal (adi-cionado).

• Certidão negativa junto à receita previdenciária(adicionado).

• Estatutodainstituiçãooucontratosocial.

• Atadaeleiçãodadiretoriaatual.

• Títulosdeutilidadepública(sehouver).

• Documentodo responsável legal (cópiado rg edocpf).

• Plantabaixadaestaçãodemetarreciclagem,devi-damenteassinadapeloarquitetoepeloengenheiro(opcional).

• Memorialdescritivodaobra.

• Descritivodosequipamentosnecessários.

• Tomadadepreçoscomnomínimo3(três)orça-

mentos.

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 17

• Missão do empreendimento (definição clara dos objetivos gerais e específicos).

• Forma jurídica.

• Enquadramento tributário.

• Capital social.

• Fonte de recursos.

2.4 COMO CONSTRUIR O PLANO DE TRABALHO?

Quando desejamos construir, criar, organizar alguma coisa, tem que fazer um planejamento. Como, o que, quando, por que, onde, para quem e quanto custa, são perguntas que devem estar nas nossas cabeças para iniciarmos qualquer atividade. Elas sempre nos direcio-narão para o rumo certo.

Esse manual tem por objetivo orientá-los e auxiliá-los, deta-lhadamente, na criação de uma Estação de Metarreciclagem.

A ideia é trabalharmos a Estação de Metarreciclagem no conceito de Empreendimento Social.

Qual o seu significado?

Empreendimento3 – (empreender+mento2): 1) Ato de em-preender. 2) Cometimento, empresa.

Social – Valadj m+f (lat sociale): 1) Pertencente ou relativo à sociedade. 2) Que diz respeito a uma sociedade. 3) Relativo, pertencente, devotado ou apropriado ao intercurso ou às relações amigáveis ou por elas caracterizado: Função social.

Em resumo, o empreendimento social é atuação de um grupo de pessoas junto ao segmento do Terceiro Setor. Em outras palavras, dar existência um empreendimento voltado para constituir ações que visam gerar oportunidades às pessoas, que está a quem da inclusão social4.

3 Fonte: disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues>.

4Fonte: disponível em: < http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues>.

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Estações de Metarreciclagem

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Vale lembrar que assim como a empresa privada, o em-preendimento social tem um ciclo de vida próprio, portanto, deve respeitar todas as etapas de constituição e formalização.

Como vimos no capítulo anterior, o primeiro passo foi o diagnóstico e a elaboração do projeto que dará “vida” ao empreen-dimento social.

Por isso, agora é preciso construir um plano de trabalho detalhado, onde você possa vislumbrar todas as ações necessárias para a implantação da Estação.

Como orientação segue modelo de planilha chamada 5W2H que contém informações básicas para a construção do plano de trabalho.

2.5 O QUE É 5W2H?

5W2H é um formulário que deve ser preenchido para cada atividade a ser executada permitindo o controle de tarefas, bem como o responsável pela execução, o prazo a ser realizado e os custos envolvidos.

Esta sigla/nome foi criada devido às iniciais das palavras em inglês:

1. What (o que será feito).

2. Who (quem fará).

3. When (quando será feito).

4. Where (onde será feito).

5. Why (por que será feito).

6. How (como será feito).

7. How Much (quanto custará).

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Estações de Metarreciclagem

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Em determinadas situações o plano de ação/trabalho pode ser simples, mas em outros casos se faz necessário a elaboração de um documento complexo, que sirva como ferramenta bási-ca para análise e posterior avaliação dos processos, além de comunicação eficiente e visual com outras pessoas envolvi-das. Dessa maneira, a construção coletiva do plano de ação/trabalho permitirá o envolvimento de todos os colaboradores, criando uma espécie de “compromisso moral” para o alcance dos objetivos do empreendimento social.

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METARRECICLAGEM E S T A Ç Ã O

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V

Vamos ao exemplo: Você quer otimizar em 25% a doação dos computadores nas comunidades de entorno da Estação. Isso quer dizer, que você precisa aumentar o recondicionamento de computa-dores, com o mesmo número de colaboradores e espaço físico. Assim como em qualquer trabalho, o primeiro passo é o levantamento de dados, que deve começar por:

• Pesquisar novas fontes de doadores (pessoa física e jurídica).

• Criar um plano de comunicação para campanha de doação.

• ntensificar o trabalho de campo para busca de novas doações. Mas só isso não parece ser suficiente, então solicitamos a ajuda de nossa usina de ideias. Nossos sócios, parceiros, funcionários, colegas importantes e nos reunimos.

Durante a reunião com os Coordenadores da Estação de Metarreciclagem foram levantados alguns pontos como:

• Revisar os processos internos desde a recepção do equi-pamento até a doação final.

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Estações de Metarreciclagem

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• Reduzir os custos fixos.

• Reordenar a área de logística e de estocagem.

Com os pontos levantados, vamos agora construir o plano de ação para que possamos atingir as metas e minimizar os proble-mas listados.

Veja abaixo um exemplo de Plano de Ação/Trabalho:

Plano de Ação/Trabalho

O que: você quer otimizar a doação dos computadores em 25% nas comunidades de entorno da Estação.

Onde: todas as áreas do empreendimento social.

Por que: o empreendimento possui uma capacidade ins-talada acima do que vem sendo realizado, ou seja, está recondicio-nando um número inferior de computadores do que realmente tem condições.

Como: 1) Revisar os processos internos desde a recepção do equipamento até a doação final. 2) Ajustar todos os procedimentos (se necessário). 3) Reduzir os custos fixos. 4) Treinar os colaboradores.

Quem: gerente de logística e o coordenador-geral.

Quando: primeira quinzena de maio.

Quanto: R$ 3.700,00.

De forma rápida e simples conseguimos definir os pontos principais para a execução desta atividade. O Plano de Ação para o levantamento de soluções frente aos gargalos do empreendimento social.

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Estações de Metarreciclagem

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2.6 O QUE É EMPREENDIMENTO SOCIAL?

A Estação de Metarreciclagem é uma iniciativa da Fundação Banco do Brasil, baseada em experiências de projetos do Canadá (com-puter for school), Colômbia e Governo Federal do Brasil (Centro de Recondicinamento de Computadores). A Estação de Metarreciclagem coleta, repara e recondiciona computadores doados pelo governo, setor privado e pessoas físicas e os distribui para as escolas públicas, biblio-tecas, telecentros, Estações Digitais, centros comunitários e entidades do terceiro setor.

O princípio da Estação de Metarreciclagem é treinar e educar jovens de áreas de risco para capacitá-los para um emprego dando-lhes assim, uma valiosa experiência e prática com informações tecnológicas e acesso aos computadores e softwares.

A estação está focada nas seguintes áreas: aprendizado, trei-namento, envolvimento da comunidade, ambiente físico, voluntariado e parceria.

Os equipamentos doados são usados não somente como uma ferramenta de aprendizado para os estudantes, mas também permitem que os professores, diretores, bibliotecários e cidadãos venham desen-volver uma grande familiaridade com softwares e hardwares, permitindo a inclusão digital nas comunidades com alto índice de vulnerabilidade.

Os computadores tornam-se ferramentas preciosas a serem utilizadas pelos professores como um recurso para o planejamento de aulas e pelos estudantes como um aprendizado extracurricular, onde po-dem desenvolver habilidades de montar, desmontar e reparar os compu-tadores e seus acessórios. Deve-se ressaltar que as conscientizações sobre os impactos dos refugos eletrônicos no ambiente e suas conseqüências são de suma importância para um ambiente melhor e para a natureza.

O benefício deste programa é colocar mais computadores den-tro das salas de aula gerando melhores oportunidades para os estudantes tanto no aprendizado quanto a fazer melhor uso dos recursos da Internet.

A estação recondiciona os equipamentos doados, repondo peças, formatando os discos rígidos, instalando sistemas operacionais e softwares básicos, e limpando-os cuidadosamente e empacotando cada unidade para a distribuição às escolas, bibliotecas, centros comunitários, ONGs, telecentros.

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PEstações de Metarreciclagem

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3.1 COMO INICIAR A IMPLANTAÇÃO DA ES-

TRUTURA FÍSICA?

Uma vez definido o local do empreendimento, alguns pontos devem ser levados em consideração, tais como:

• Fácil acesso para caminhão-baú.

• Espaço de no mínimo 500 m².

• Terreno plano.

• Área protegida por muros altos, com capacidade para instalação de cerca elétrica e/ou sistema de segurança.

• Espaço para construção de galpão (opcional).

Após a validação do espaço, a próxima tarefa é a elaboração do layout para visualizar como serão os diversos setores da estação. Precisamos ficar atentos, pois um espaço bem estruturado trará bene-fícios, como: aumento da produtividade, diminuição do desperdício e do retrabalho, melhoria na comunicação entre as pessoas e os setores, entre outros.

3 - Processo de Instalação Física

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Estações de Metarreciclagem

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Contrate profissional qualificado para elaborar a planta e, também, fazer um levantamento dos custos da obra, seja para uma reforma ou construção. Peça a ela o memorial descritivo da obra. Nele estarão detalhados todos os materiais neces-sários e suas respectivas especificações.

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

Como exemplo e baseado no organograma já descrito, colo-camos a seguir um modelo de layout para a implantação da Estação de Metarreciclagem.

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Estações de Metarreciclagem

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Com a planta baixa (layout) em mãos, iniciamos a estrutu-ração de acordo com as orientações do memorial descritivo da obra. Com o material em mãos, faça uma cotação junto a, no mínimo, três empresas (empreiteiras) para tomada de preços. Nesse momento, ne-gocie, estipule prazos e fique atento, pois nem sempre o menor preço

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Estações de Metarreciclagem

garante o melhor serviço. Portanto, a decisão deve estar pautada na segurança em que a empresa transmite. Em caso de dúvidas, visite obras já realizadas pela empreiteira, peça referências. E, por fim, não se preocupe se esse processo demorar um pouco, pois a decisão de quem deverá executar a obra deve ser segura e transparente.

Chamamos atenção para alguns pontos no layout:

• Estoque - é um ponto morto e a riqueza da estação. Essa entrada deverá ser restrita ao pessoal da logística.

• Rampa - imprescindível para entrada e saída dos ca-minhões que dará direto no estoque.

• Espaço multiuso - verificar a possibilidade de ade-quar um espaço, como sala de reunião/auditório.

• Segurança - de suma importância, pois os equipa-mentos são alvos de furtos.

• Sinalização - para todos os ambientes.

• Espaço lúdico - para relaxamento e intervalos.

• Sala de manutenção - verificar a rede elétrica. De preferência, não usar ar-condicionado, mas sim venti-ladores e janelas para renovação do ar.

• Área de limpeza - as bancadas não podem ser de me-tal e o piso deverá ser emborrachado. As cubas deverão ser industriais com 50 cm x 40 cm e profundidade 20 para caber a tampa de um monitor.

• Oficina- devem ter bancadas adaptadas e sem gave-teiros.

• Ventilação e iluminação - importantíssimas.

• Tamanho físico - o espaço de uma Estação de Metar-reciclagem deve ter, no mínimo, entre 500 m2 a 650 m2.

• Armário com tela moeda e chave - para guardar HD, pente de memória etc.

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Estações de Metarreciclagem

3.2 COMO ESTRUTURAR A PARTE FÍSICA?

Durante a construção ou a reforma da estação, outras providências devem ser tomadas, como por exemplo a compra ou a confecção dos móveis, a tomada de preços das máquinas e dos equipamentos ou a arregimentação das doações. Seguindo o layout já inserido neste manual, sugerimos o mobiliário e o equipamento mínimo necessário para o funcionamento do empreendimento que aqui iremos dividir por setores para facilitar a visualização.

3.2.1 ENTRADA PRINCIPAL DA ESTAÇÃO

• Placa de sinalização.

• Porta de ferro, contendo dois trincos com chave tetra e grades internas.

• Detector de metais.

• Escada de acesso com no máximo três degraus e rampa de acesso lateral com corrimão.

3.2.2 HALL DA ESTAÇÃO – MEDIDA 16,30 M²

• Bebedouro.

• Armário chaveado para acondicionar bolsas e mochi-las – lembre-se nenhum colaborador deve circular com bolsas, sacolas no ambiente interno da Estação de Metarreciclagem.

• Mesa para recepção.

• Um computador com acesso à internet.

3.2.3 ÁREA DO RECEPTIVO/TRIAGEM – CERCA

DE 100 M²

• Paletes.

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Estações de Metarreciclagem

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• Mesa (1,40 m x 60 m) sem gaveteiro.

• Telefone.

• Porta com divisória.

• Bancada para recepção – tampo em MDF 10 mm re-vestido com material emborrachado.

• Rampa de acesso para caminhões.

• Portão de ferro, contendo dois trincos com cadeados e grades internas.

3.2.4 ÁREA DESMONTAGEM – ÁREA DE 170 M²

• Bancadas de triagem – tampo em MDF 10 mm revestido com material emborrachado e estrutura em metalon.

• Box para acondicionamento das peças.

• Espaço demarcado para o descarte – cerca de 22 m², este local deve estar próximo à rampa de acesso dos caminhões para facilitar a logística de despacho.

• Janelas revestidas com grades, de preferência amplas para facilitar a circulação de ar no espaço.

• Espaço para acondicionar as ferramentas.

• Cadeiras.

• Cubas para limpeza – 50 cm x 40 cm e profundidade 20 cm.

• Torneiras.

3.2.5 SALA DE LOGÍSTICA – ÁREA DE 12 M²

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Estações de Metarreciclagem

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• Duas mesas (1,40 m x 60 m) com gaveteiro chaveado.

• Cadeiras.

• Porta com visor.

• Fax e telefone.

• Dois computadores com impressora.

• Janela com grade para facilitar a circulação de ar.

3.2.6 COPA E COZINHA – MEDIDA 15 M²

• Pia.

• Armário para guardar mantimentos.

• Micro-ondas.

• Cafeteira.

• Geladeira.

• Copos, talheres, pratos e xícaras.

• Bancada com quatro banquetas.

• Telefone de ramal para comunicação interna.

3.2.7 ÁREA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA –

MEDIDA 22 M²

• Quatro mesas (1,40 m x 60 m) com gaveteiro chaveado.

• Cadeiras.

Page 30: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

30

• Porta com visor.

• Fax e central telefônica.

• Quatro computadores e duas impressoras.

• Mesa redonda para reunião.

• Ar-condicionado.

• Janela com grade para facilitar a circulação de ar.

• Armário para pasta suspensa com três gavetas.

• Armário para acomodar material de papelaria.

• Armário para arquivo geral.

3.2.8 SALA DE AULA – CERCA DE 28 M²

• Bancadas para salas de aula em formato U com 20 lugares.

• Quadro branco.

• Cadeiras.

• Mesa para o instrutor – com gavetas chaveadas.

• Retroprojetor.

• Telão.

• Ar-condicionado.

• Janelas com grades.

• Porta com visor.

Page 31: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 31

3.2.9 SALA DE RECONDICIONAMENTO – MEDI-

DA 123 M²

• Móveis com rodízio.

• 5 bancadas com prateleiras – tampo em MDF revestido com material emborrachado, estrutura em metalon. Tomadas específicas para teste em pelo menos quatro pontos por bancada.

• Armário chaveado para guardar as ferramentas para uso dos alunos.

• Armário chaveado com grade moeda para acondicio-namento de peças como: HD, pente de memória etc.

• Telefone.

• Cadeira.

• Servidor.

• Ar-condicionado.

• Janelas com grade.

• Porta com visor.

3.2.10 ESTOQUE/DEPÓSITO – MEDIDA 250 M²

Obs.: deve estar localizado ao lado da área de recepção/triagem com acesso à sala de logística

• Janelas com grades.

• Estantes (1,40 m x 1,60 m) com prateleiras na seguinte

Page 32: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

32

proporção: 42 cm, 43 cm e 42 cm.

• Paletes.

• Escadas com rodízio.

• Porta em ferro com duas fechaduras e grade.

Faça uma pesquisa de preço junto a fornecedores da sua região, negocie o prazo de entrega. Outro ponto importante; não se esqueça dos equipamentos de segurança, conhecidos como EPI: luva, óculos de proteção etc.Para que você possa controlar todas as etapas de implantação, mantenha seu plano de ação atualizado, inserindo novas datas de entrega, metas já cumpridas e, principalmente, os pontos críticos..

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4.1 COMO SELECIONAR OS

COLABORADORES?

Com o processo de estruturação física iniciado, vamos tra-balhar a seleção dos colaboradores. O primeiro passo é a divulgação das vagas com o perfil já definido. Você pode criar um cronograma com etapas pré-estipuladas e seletivas, por exemplo:

• Etapa 1: envio de currículo – grupo de pessoas fará a análise curricular. Os selecionados passarão automa-ticamente para a Etapa 2.

• Etapa 2: prova de conhecimentos específicos e redação.

• Etapa 3: entrevista.

• Etapa 4: contratação.

A Estação de Metarreciclagem precisará de profissionais detentores de conhecimento das áreas a que forem destina-das. Por isso, faça a seleção com calma e, se possível, em várias etapas.

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4- PROCESSO DE GESTÃO DE PESSOAS

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Estações de Metarreciclagem

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4.2 COMO ORGANIZAR A EQUIPE GESTORA

DA ESTAÇÃO?

Após a contratação dos colaboradores, a coordenação-geral do empreendimento social deve iniciar a elaboração do conjunto do plano de trabalho para cada área, sempre levando em consideração o plano de ação da estação.

Nesse momento, serão pontuadas as expectativas e as metas de desempenho designadas a cada departamento.

A área de gestão de pessoas, em parceria com a área técnica, deve estruturar o manual para seleção e recrutamento dos alunos da Estação.

Este passo é muito importante para que possamos começar a desenhar os macros processos que serão realizados na próxima jornada.

4.3 COMO IDENTIFICAR A EQUIPE TÉCNICA E

O PERFIL DOS COLABORADORES?

Para a Estação de Metarreciclagem sugerimos um organo-grama já prevendo as necessidades para a implantação do empreendi-mento social bem como seu funcionamento. Anexamos, também, uma descrição das principais atividades e suas atribuições para auxiliar o administrador na montagem do quadro de colaboradores e definição dos campos de atuação de cada uma das pessoas envolvidas.

Page 35: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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Organograma 1: Estação de Metarreciclagem

Fonte: elaboração da autora: ONG Programando o Futuro

Cada instituição deverá fazer os ajustes necessários, sempre respeitando os processos de execução de cada etapa e suas respectivas atribuições.

Para que você possa identificar e selecionar os colaborado-res, colocam-se algumas características versus atribuições principais relacionadas ao cargo.

Page 36: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

36

CARGO ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS

Coordenador-geral

Responsávelpelaformulaçãode políticas e estratégias deação,peloplanejamento,co-ordenação, regulamentaçãoecontroledosprocessossobsuasupervisão.

• Planejar,acompanhareava-liaroresultadodosprocessossobsuaresponsabilidade;

• Projetar cenário na buscade inovações que possamalavancarresultados;

• Garantir os resultados daconformidadedosprocessoscomas diretrizes e orienta-ções traçadas no planeja-mento;

• Acompanhareavaliar,cons-tantemente, a evolução decenáriospolítico,econômicosocial,tecnológicoecultural,identificandoasdemandaseoportunidadesdemercado;

• Capacidade e disposiçãopara liderar, desenvolverpessoaseidentificartalentos,medianteaanálisesistemá-ticadoníveldecompetênciaemotivaçãodesuaequipe;

• Promover o entendimentodamissão,dosobjetivoses-tratégicos e dasprioridadesdo negócio junto à equipe,mediantearealizaçãodereu-niõessistemáticasououtrasformasdedisseminação.

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 37

Secretaria de Articulação

Responsável pela divulgaçãodaimagemdaEstaçãodeMe-tarreciclagem, seus serviços,comvistas a favorecer a rela-çãoEstação/Parcerias.

• Participar do planejamento,organizaçãoerealizaçãodeeventos, solenidades, festi-vidades e reuniões internaseexternas.

• Elaborar correspondências,cartões,convitesdeinteressesocialediscursoparaatenderàsnecessidadesdaAdminis-tração.

• Elaborar “releases” para aimprensa emateriais paraórgãosdedivulgação.

Secretária

Responsável pela otimizaçãodo tempo da Administração,através da realização de ser-viços de apoio administrativo,pelo registro e acesso rápidoàs informações, comunica-ção eficiente e eficaz com osparceiros externos e internos,orientando-osarespeitodaEs-tação.

• Receber,classificar,registraredistribuircorrespondênciasemgeral;

• Redigirexpedientes,elaborarplanilhaseoutrosdocumen-tos;

• Organizarecontrolaraagen-dadaAdministração;

• Atenderaequipeeosclien-tesexternos,prestando-lhesinformaçõeseencaminhandoàsáreascompetentes;

• Organizaremanterosarqui-vos atualizados e localizardocumento;

• Providenciar requisição depassagensehospedagem.

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Estações de Metarreciclagem

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Secretaria de Administra-ção e Finanças

Responsável pela coordena-çãoadministrativaefinancei-radosserviçosdesenvolvidossobsuagestão,respondendopela qualidade, custos e re-sultados das atividades emsua área, buscando, assim,manter padrõesdeeficiênciaeeficácia.

• Garantir a conformidadeeobservânciaaospadrõesenormasdasatividadessobsuagestão;

• Realizar o planejamentooperacional, financeiro eorçamentário;

• Gerenciar recursos huma-nos de forma a evitar aautuação em fiscalizaçõestrabalhista/previdenciárias;

• Gerenciarmateriaisvisandoamelhoria dos serviços esistemas;

• Acompanhar a execuçãofinanceira, garantindo ocumprimentodoorçamentodefinido;

• Gerenciar as rotinas re-lacionadas à admissão/contratação, seleçãoede-senvolvimento de pessoal,entre outras pertinentes asuaáreadeatuação;

• Controlar a execução dosserviçoscontratados,otér-mino e a prorrogação doprazocontratual.

• Elaborarrelatóriodepresta-çãodecontasaosparceiros;

• Elaborar relatório anual deatividades.

Page 39: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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Secretaria de Administra-ção e Finanças

Responsável pela coordena-çãoadministrativaefinancei-radosserviçosdesenvolvidossobsuagestão,respondendopela qualidade, custos e re-sultados das atividades emsua área, buscando, assim,manter padrõesdeeficiênciaeeficácia.

• Garantir a conformidadeeobservânciaaospadrõesenormasdasatividadessobsuagestão;

• Realizar o planejamentooperacional, financeiro eorçamentário;

• Gerenciar recursos huma-nos de forma a evitar aautuação em fiscalizaçõestrabalhista/previdenciárias;

• Gerenciarmateriaisvisandoamelhoria dos serviços esistemas;

• Acompanhar a execuçãofinanceira, garantindo ocumprimentodoorçamentodefinido;

• Gerenciar as rotinas re-lacionadas à admissão/contratação, seleçãoede-senvolvimento de pessoal,entre outras pertinentes asuaáreadeatuação;

• Controlar a execução dosserviçoscontratados,otér-mino e a prorrogação doprazocontratual.

• Elaborarrelatóriodepresta-çãodecontasaosparceiros;

• Elaborar relatório anual deatividades.

Secretaria Técnica

Responsável pela manuten-çãodossistemasdemicroin-formática, atendimento dasnecessidadesdosestudanteseorientações técnicasvisan-do à otimização/automatiza-ção das rotinas da Estação.EstaSecretariaéaresponsá-vel pela formatação dos cur-sos,implementaçãoemonito-ramento do processo de for-mação desempenhado pelaEstaçãodeMetarreciclagem.

• Criar, formatareaplicaroscursosaseremdesenvolvi-dospelaEstação;

• Monitorar e avaliar todo oprocessopedagógico,bemcomo o desenvolvimentointelectualdosalunos;

• Darsubsídiostécnicosparaoaprimoramentodosmoni-tores/instrutores;

• Efetuar amanutençãodossistemas internosdaEsta-ção,promovendoasaltera-çõesnecessárias;

• Auxiliarnaespecificaçãodeequipamentoseacessórios;

• Promover a manutençãocorretiva e preventiva dosequipamentos demicroin-formática;

• Sugerir a implantação denovossistemas,alteraçõesouotimizações,definindoosrecursosnecessários;

• Elaborarmapas, planilhaseletrônicas e relatórios di-versos;

• Orientar os estudantes nautilizaçãoemanutençãodossistemas e equipamentossobagestãodaEMR.

Page 40: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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Secretaria de Logística

Responsável pela coordenação

administrativa, acompanhamen-

to e controle das atividades da

área, objetivando a interação

com as demais unidades, visan-

do o alcance dos resultados e

qualidade dos serviços.

• Atuar no planejamento,acompanhamento,controlee avaliaçãodasatividadesdaárea;

• Realizar o mapeamentodesuaequipediretamentesubordinada;

• Monitorar o cumprimentodasdisposiçõeslegais;

• Facilitaraidentificaçãoede-finiçãodosriscosinerentesàáreadeatuação.

4.4 COMO TREINAR CAPACITAR E ATUALIZAR

OS COLABORADORES?

Trabalhar com tecnologia da informação exige atualização

constante. O objetivo é estar sempre detectando o que há de novo no mercado tanto em software quanto hardware.

Com esse foco em mente, deve-se, também, readequar todo o processo pedagógico quanto tecnológico, sempre que for necessário.

Como primeiro passo, sugere-se que, de três em três meses, seja feito um workshop para atualização tanto do que há de novo no mercado quanto da absorção pelos bolsistas do que está sendo ensinado. Cursos de atualização externos e internos, contatos com fornecedores, colaboradores e universidades para troca de ideias e procedimentos também devem ser pleiteados.

Deve-se levar em consideração que pode haver uma rotati-vidade dos colaboradores e, nesse momento, a estação deverá estar atenta com a sintonia e o conhecimento deles para não prejudicar a produtividade.

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 41

4.5 Como avaliar a equipe?

Avaliações periódicas e encontros para integração são ne-cessários e permitem que possíveis contratempos sejam evitados pela experiência e conhecimento dos colaboradores. Novas idéias podem surgir dessas reuniões e permitirão aos diretores visualizar novos cenários e conhecer melhor a equipe. Armando Pelli, superinten-dente de uma multinacional, uma vez citou: “Infeliz do chefe que põe um degrau entre ele e o funcionário, jamais terá um colaborador”.

A interação de uma equipe de trabalho é o que fará o pro-jeto funcionar. O comprometimento com as diretrizes e objetivos da Estação é de suma importância.

Como exemplo, no anexo inserimos o formulário de ava-liação do colaborador, apenas para ilustrar os principais pontos que devem ser abordados durante a avaliação de desempenho.

Page 42: Manual das Estações de Metarreciclagem
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5 - PROCESSO LOGÍSTICO

PEstações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 43

5.1 COMO DEFINIR OS MACROPROCESSOS?

Esse é o momento de registrar como tudo irá funcionar. Pensem, passo a passo, como serão desenvolvidas as atividades, como os computadores serão recondicionados e até mesmo as rotinas admi-nistrativas. Identifiquem quem serão os responsáveis pelos trabalhos realizados e todo o material e equipamento que serão necessários.

Elaboramos como exemplo, organograma descrevendo as atividades de recondicionamento de computadores.

Organograma 2: Prod

ução (linhas macros)

Limpeza interna Teste de POST Lubri�cação Instalação e Teste de HD

Teste de memória

Conferência pelo técnico

Pallete LimpezaGeral

Controle de Qualidade

Embalagem Logística Entrega e Doação

Fonte: elaboração da autora.

Em linhas gerais, o macroprocesso funciona da seguinte forma:

• O início do processo começa com o doador. É ele que manda a relação de equipamentos para serem analisa-dos e doados.

• O analista de logística confere e retira a doação

• Emissão do Termo de Doação (modelo no anexo)

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Estações de Metarreciclagem

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• O computador doado é encaminhado para a Estação de Metarreciclagem onde se faz a triagem e armazenagem. O que não servir para os trabalhos é encaminhado para o descarte.

Descarte: O processo de descarte de equipamentos acon-tece pela equipe técnica com a participação da equipe de logística. Cada equipamento descartado é lançado em uma planilha informando quais e quantos componentes foram reaproveitados.

Manejo de resíduos: O manejo de resíduos envolve complexa questão logística, devido às exigências ambientais, inclusive legislação, relativas a certos tipos de materiais utilizados na fabricação dos componentes. A qualidade do equipamento recebido para doação determina o volume de dejetos que é gerado, sendo esse volume entre duas a nove vezes superior ao de computadores recondicionáveis. É necessário planejar a retirada periódica dos dejetos a fim de evitar o congestionamento das áreas de armazenamento, aumentando os riscos para os empregados.

Os insumos poderão ser vendidos às cooperativas de cata-dores de recicláveis devidamente cadastradas à Estação de Metarre-ciclagem e sob critério de rodízio entre essas entidades.

• Quando da conferência do computador verifica-se se há peças quebradas ou irrecuperáveis. Nesse caso, vão para o descarte e outras para o banco de peças.

• Recondicionamento ou desmanche é um banco de peças onde se faz um controle quantitativo.

Banco de peças: Os equipamentos não aproveitados são desmontados e seus componentes destinados ao recondicionamento de outros equipamentos e alimenta um repositório de peças e com-ponentes para recondicionamento.

• Limpar o equipamento.

• Instalação dos softwares.

• Elaborar o teste de estresse.

Page 45: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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Teste de estresse: Teste realizado para submeter o sof-tware a situações extremas. Basicamente, o teste de estresse baseia-se em testar os limites do software e avaliar seu comportamento. Assim, avalia-se até quando o software pode ser exigido e quais as falhas (se existirem) decorrentes do teste;

• Etiquetar, embalar e despachar para a doação.

5.2 COMO RECEBER AS PRIMEIRAS MÁQUI-

NAS?

Este momento pode ser considerado como marco zero da Estação de Metarreciclagem, uma vez que após a chegada das primei-ras máquinas é que se poderá dar início à produção.

Será um período de ajustes na produção e de validação do processo desenhado para as áreas afins, por isso, fique atento ao fluxo de trabalho e aos pequenos gargalos que possam aparecer ao longo do processo.

Verifique com a área de logística se os parceiros foram avi-sados com relação à configuração mínima dos equipamentos e, em caso, positivo, encaminhe a lista para análise e conferência.

Você deve estar perguntando, porque devemos instituir padrões nas configurações dos equipamentos? Resposta: A fixação de padrões para aceitação dos equipamentos em doação visa a assegurar condições tecnológicas econômicas mínimas para fins de recondicionamento ou desmanche com aproveitamento quase total de componentes. Isso envolve custos compatíveis para aquisição de componentes reque-ridos ao recondicionamento e à viabilidade técnica de seu reaproveitamento, no caso de desmanche.

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Page 46: Manual das Estações de Metarreciclagem

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O padrão mínimo para recebimento de doações deve ser:

• Microcomputador 486 DX/2 66 Mhz.

• Monitor colorido padrão SVGA, 14 polegadas.

• Memória e disco rígido de qualquer tamanho.

• CD-room e fax modem opcional.

• Gabinete de qualquer formato.

• Acessórios como mouses, impressoras, scanners, tam-bém serão aceitos.

ConfiguraçãomínimaparaDoação:

Tabela 01 - Configuração mínima para DoaçãoComputador Pentium ou similar

Processador 1.0 GHzMemória 256 MBDiscos externos Unidade USB para pen-drivesDisco Rígido 20 GB ou superiorCD – ROM A partir de 24 vezes (opcional)Placa de Vídeo 4mb ou superiorPlaca de Rede Interface Ethernet padrão 10/100 (opcional)Gabinete Desktop ATX ou similarFonte de Alimentação 127/240 v - 50/60hzTeclado Padrão ABNT2Mouse Serial/ps2Monitor de vídeo Color 15”

Tabela 02 - Configuração para doaçãoComputador Pentium ou similar

Processador 2 GHzMemória 512 MBDiscos externos Unidade USB para pen-drivesDisco Rígido 40 GB ou superiorCD – ROM Gravadora de DVD Placa de Vídeo Superior a 4 mb

Page 47: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 47

Tabela 02 - Configuração para doaçãoComputador Pentium ou similar

Placa de Rede Interface Ethernet padrão 10/100 (opcional)Gabinete Desktop ATX Fonte de Alimentação 127/240 v - 50/60hzTeclado Padrão ABNT2Mouse Serial/ ps2

Monitor de vídeo Color 17”

5.3 COMO AFINAR O RITMO DA PRODUÇÃO?

Com o início das atividades tanto em sala de aula, como no recondicionamento das primeiras máquinas, é importante que o responsável técnico fique atento nos detalhes aos procedimentos de cada área.

Sabemos que, em média, uma pessoa consegue recondicio-nar no mínimo um equipamento por dia. Mas este número varia de acordo com a distribuição das tarefas dentro da oficina.

Caso esse ponto de equilíbrio não esteja sendo alcançado, é primordial revisar todo o processo.

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Page 48: Manual das Estações de Metarreciclagem

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5.4 COMO FAZER O CHECK LIST PARA

INICIAR A OPERACIONALIZAÇÃO?

O check list resume-se em uma lista de pontos que devem ser observados. Você pode fazer em forma de planilha desta maneira, fica mais fácil a anotação em alguns itens de atenção.

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Ao elaborar o check list ,você evitará prejuízos, esquecimen-tos e acima de tudo otimizará seu tempo.

Para facilitar a checagem dos itens monte o check list por área da Estação de Metarreciclagem. Veja o exemplo:

• Área de desmontagem.

• Obra finalizada.

• Toda a rede elétrica está funcionando.

• As bancadas estão acondicionadas no local certo.

• Janelas com grade.

• Área sinalizada.

• Equipamentos de EPI (luvas, óculos, jalecos etc.) com-prados.

• Material e ferramentas comprados.

• Iluminação em funcionamento.

• Ramal telefônico instalado.

Page 49: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 49

Faça este detalhamento por departamento, ou se preferir, por serviço contratado, neste caso o check list deve ser realizado ao longo da prestação de serviço, para que você acompanhe todas as etapas do trabalho.

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Veja o exemplo:

Quais os serviços prestados pela empreiteira – OBRA S./A. Parte elétrica e hidráulica:

• Serviços iniciais:

• limpeza do terreno;

• remoção do reboco;

• demolição de piso (se houver);

• demolição de alvenaria (se houver);

• desativação das instalações antigas (em caso de refor-ma);

• apicoamento do piso cimentado;

• remoção de entulho da obra;

• fundação e estrutura;

• fundação direta;

• escavação;

• alicerce em concreto ciclopico; e

• viga de baldrame e cintas de concreto armado.

Page 50: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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Como falamos anteriormente, o plano de ação deve ser acompanhado e ajustado à medida que desenvolvemos cada etapa.

É necessário que, daqui para frente, toda a parte estrutural esteja pronta para darmos início aos treinamentos específicos dos colaboradores. Entende-se como treinamento específico situar os colaboradores de suas tarefas e obrigações e também qual é o obje-tivo da Estação, sua finalidade, público alvo e público interno. Essa capacitação os deixará aptos e afinados com os trabalhos a serem desenvolvidos. É o que chamamos de semana de integração.

5.5 COMO INICIAR OS CONTATOS COM OS

PARCEIROS?

A equipe de articulação tem papel super importante nesta fase, já que irão a campo para efetivar os primeiros contatos com os potenciais parceiros.

Mas como identificar os potenciais parceiros?

Você lembra que nas jornadas iniciais uma das primeiras tarefas foi identificar o público-alvo? Então nossos parceiros são um tipo de público-alvo para o empreendimento social, por meio deles podemos receber doações e até mesmo aporte financeiro para desen-volvimento do projeto da Estação de Metarreciclagem.

Agora que possuímos as informações e sabemos onde encontrar os parceiros, vamos iniciar o processo de comunicação, para tanto é preciso que você organize um portfólio, contendo as informações gerais do empreendimento social.

Contato efetivado e parceria firmada. É hora de iniciar a rede de parceiros. Por isso, elabore um mailing e inclua os dados do parceiro em seu cadastro. Não se esqueça de informá-lo das atividades e resultados alcançados pela estação.

Page 51: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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5.6 COMO CONDUZIR O PROCESSO NOS TRÊS

PRIMEIROS MESES DE PRODUÇÃO?

Com as informações inseridas no Diário de Bordo da Es-tação, é prudente que você faça a primeira reunião com os colabora-dores para avaliar não só a produção, mas também todas as áreas do empreendimento social.

Não se esqueça que os processos são organismos “vivos”, isso mesmo, “vivos”, pois devem ser ajustados a todo momento, com o propósito de facilitar e agilizar o desenvolvimento do seu plano de ação/trabalho.

Antes da reunião é interessante que a Coordenação elabore a pauta da reunião e distribua a todas as áreas do empreendimento. Desta forma, os responsáveis poderão providenciar as informações e levantamento dos dados necessários para a primeira avaliação.

Avalie também o retorno da comunidade, a produção e o fluxo de entrada das máquinas e sua saída.

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Durante a reunião escolha algum dos presentes para se-cretariar e ao final discuta a ata com os presentes. É importante que você crie a rotina de documentar todas as decisões tomadas junto ao colegiado da Estação, pois isso traz transparência à gestão e, por con-seqüência, gera confiabilidade por parte dos parceiros investidores.

Ao final elabore um documento síntese dos pontos discuti-dos e apresente aos parceiros do projeto.

Page 52: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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5.7 COMO PRODUZIR E DESEMPENHAR?

Como citado anteriormente, o ponto de equilíbrio deve ser mantido ou até superado. Caso isso não esteja acontecendo, todo o processo deverá ser revisto, passo a passo.

Tenha como aliado o processo de melhoria contínua, não só dos conteúdos pedagógicos, mas também dos processos definidos para cada área.

Page 53: Manual das Estações de Metarreciclagem

P6 - PROCESSO ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO

Estações de Metarreciclagem

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6.1 QUAL O PROPÓSITO DO

EMPREENDIMENTO SOCIAL?

Hoje o empreendedorismo social, se mostra como um conceito em desenvolvimento, porém, com características próprias, sinalizando diferenças entre uma gestão social tradicional e uma empreendedora.

Com base nisso, podemos dizer que o propósito do em-preendimento social é de empreender novas ideias, incentivando o “fazer de forma criativa”, possibilitando que estas novas atividades tenham um impacto direto no processo de gestão social, já não mais assistencialista, mas empreendedora e transformadora.

Para você entender a diferença, veja o quadro abaixo:

Empreendedorismo Empresarial Empreendedorismo SocialÉindividual Écoletivo

ProduzbenseserviçosProduzbenseserviçosacomunidade

TemfoconomercadoTemofoconasbuscasdesoluçõesparaosproblemassociais

Suamedidadedesempenhoéolucro

Suamedidadedesempenhoéoimpactosocial

Visasatisfazerasnecessidadesdosclienteseampliarassuaspotencialidadesdenegócios

Visarespeitaraspessoasdasituaçãoderiscosocialepromovê-las

FONTE: Elaborado a partir de NETO e FROES (2002)

Page 54: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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6.2 O QUE É A FORMA JURÍDICA?

Entidades do Terceiro Setor, organizações que, embora prestem serviços públicos, produzem e comercializam bens e serviços, não são estatais, nem visam lucro financeiro com os empreendimentos efetivados, estando incluídas aqui, portanto, as associações, socieda-des sem fins lucrativos e fundações.

6.3 O QUE É A FONTE DE RECURSOS

(CAPTAÇÃO)?

Você pode ter uma fonte de recursos próprios ou de terceiros ou ambos. É de suma importância definir de que forma esses recursos serão alocados. Para o empreendimento social a sugestão é mapear os possíveis parceiros que compõem o parque tecnológico da sua cidade/estado. Um estudo feito mostrou que as empresas tendem a renovar o seu equipamento de processamento de dados, em média, de dois em dois anos. O papel da Secretaria de Articulação é fundamental nesse processo.

Para um empreendimento social como a estação, ter uma visão abrangente dos possíveis parceiros e doadores de equipamentos é fundamental. O Secretário de Articulação deverá planejar como irá buscar informações sobre os possíveis fornecedores, pois essa é uma das tarefas mais importantes para a elaboração do seu plano de negócio.

Uma vez identificados, deve-se visitá-los e mostrar a missão da Estação, o trabalho social e os benefícios para a população.

A Fundação Banco do Brasil articula o empreendimento social via financiamento de projetos para implantação da Estação de Metarreci-clagem, contemplando reforma do espaço (se necessário), gestão técnica e capacitação dos jovens, etc. Por meio da Estação de Meta reciclagem ela desenvolve um sistema de gestão nacional do Projeto que organiza a captação de equipamentos usados, a distribuição dos equipamentos, inscrição de pedidos e avaliação de projetos beneficiários.

Um bom aliado local é o setor privado, portanto faça um levan-tamento das empresas e indústria existentes, bem como a periodicidade com que elas trocam os equipamentos de informática e com isso inicie a construção de sua rede social.

Page 55: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

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6.4 O QUE É A COMUNICAÇÃO NO EMPREEN-

DIMENTO SOCIAL?

Você já deve ter ouvido falar em Plano de Marketing, Plano de Comunicação, Comunicação Social. Mas para que serve tudo isso?

Todos nós sabemos que Comunicação permite dar visibilidade a algum fato, acontecimento, empreendimento, entre outros. Além disso, é a principal ferramenta de marketing. Desta maneira, a Comunicação Social permite viabilizar o processo de comunicação, seja ele interno ou externo das Instituições.

Sendo assim, o empreendimento social pode utilizar as ferra-mentas de comunicação para diversos fins, como por exemplo: captação de recursos, informações para a sociedade em geral, captura de novos parceiros/financiadores, prestação de contas (relatório anual de ativida-des), estreitamento da distância entre os atendidos pelo empreendimento e seus respectivos familiares etc.

Como podemos observar, são inúmeras as possibilidades de utilização da comunicação dentro do empreendimento social. Mas para iniciarmos o plano de comunicação é preciso que haja a definição de alguns pontos chaves, como: o perfil do público-alvo, que em comuni-cação é chamado de “receptor” e o tipo de mensagem e o meio pelo qual iremos nos comunicar.

Anote no caderno: Escrever um Plano de Comunicação exige muita pesquisa, testes e ajustes, até que tenhamos dados suficientes que demonstrem a efetividade da ação. Portanto não é um processo fácil, já que dependemos do feedback dos nossos receptores. Isso requer um jogo de cintura extremo na busca dessas informações/respostas.

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Pode parecer confuso, por isso, utilizaremos um exemplo prático para facilitar o entendimento de todos vocês.

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Exemplo: Divulgação da campanha para recepção de equi-pamentos para Estação de Metarreciclagem de Teresina (PI).

Ponto 1 – Identificar o público-alvo – A comunicação será destinada a que tipo de pessoas? Como é o seu perfil (classe social, faixa etária, escolaridade, sexo).

Resp.: Moradores do Bairro que Nova Lapa, residentes em imóveis de 3 dormitórios ou mais, chefes de família, nível superior completo, entre 40 e 65 anos, casados e com filhos.

Ponto 2 – Definir o objetivo da comunicação – O que será divulgado para cada o público-alvo?

Resp.: Campanha de recepção de equipamentos para a Estação de Metarreciclagem de Alagoinha (PE).

Ponto 3 – Descrever a mensagem – Definição da estrutura, formato e conteúdo da mensagem

Resp.: A mensagem deverá ter um título (chamada), de preferência frase curta e atrativa. Será escrita em formato de e-mail marketing, para que possamos atingir um número maior de pessoas, além do baixo custo para envio e com no máximo 300 caracteres.

Ponto 4 – Meios de comunicação – Identificar os meios de comunicação que serão utilizados para disseminação da informação.

Resp.: E-mail Marketing – mailling da Estação de Me-tarreciclagem, mailling de Empresas Parceiras/Apoiadoras, Rede Social: Facebook, Orkut, Twitter e o sítio do empreendimento social (Estação).

Ponto 5 – Avaliação da ação – Quais foram os impactos gerados junto ao seu público-alvo? Houve retorno? Qual a relação do custo-benefício? Existem alguns pontos de atenção que precisam ser revistos? De modo geral a ação foi satisfatória?

Resp.: Após o envio de aproximadamente 25.800 e-mails, tivemos retorno de apenas 345 pessoas. Durante o período da cam-panha o nosso sítio registrou 21 acessos por hora. E como resultado final obteve a doação de 156 computadores.

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Reforço a atenção de vocês para o ponto 05, será que a ação foi realmente satisfatória? Só poderemos avaliar se ao longo das ati-vidades do empreendimento social houver registro de dados, como: freqüência de acessos no sítio, e-mails, ligações telefônicas, por fim, um mapeamento simples da comunicação entre emissor (Estação) e o receptor (Público-alvo).

Agora que você conhece as etapas para uma comunicação eficaz, vamos falar um pouco sobre a identidade visual do empreen-dimento.

6.5 O QUE É A IDENTIDADE VISUAL?

Trata-se da sinalização, padronização e comunicação visual do empreendimento. O ser humano é visual, ou seja, em sua memória seletiva, ele grava e registra fatos e dados tendo como referência al-guma imagem. Veja os exemplos: A fonte que é escrita a palavra Coca Cola, a imagem da maçã para divulgar produtos Apple, a logomarca do Banco do Brasil (são duas letras B invertidas), e muito mais. Algumas destas imagens globalizadas, pois servem de referência nacional e internacional e são reconhecidas nas mais diversas etnias e idiomas.

Para que possamos dar “visibilidade” ao nosso empreendi-mento, e por conseqüência “gravar” a imagem na memória do nosso público-alvo, você terá que criar a identidade visual da Estação de Metarreciclagem.

A seguir, listam-se algumas peças básicas para a identidade visual:

• Logomarca.

• Artigo de papelaria (papel A4 timbrado, envelopes, pasta timbrada, cartão de visita).

• Peças gráficas promocionais (banner, folder, folhetim em geral).

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• Vídeo institucional.

• Uniforme dos colaboradores (camiseta, jaleco).

• Sítio institucional.

Mas lembrem-se: tudo deve seguir um padrão, com a mesma fonte, tipologia, paleta de cores, local para aplicação da logomarca etc.

Outro ponto importante é a identidade visual composta, onde além da logomarca do empreendimento é preciso aplicar a lo-gomarca do parceiro. Para tanto, você deve ficar atento à orientação do patrocinador com relação ao tipo de exposição da logo, citação e composição nas peças gráficas em mídia impressa ou visual a serem produzidas.

Por fim, a identidade visual em conjunto com um plano de comunicação pode ser a principal ferramenta na captação de recursos/parcerias do empreendimento, permitindo ao mesmo a conquista de bons resultados.

Invista em reuniões periódicas junto aos coordenadores do empreendimento para a construção de uma identidade visual coesa, desta maneira, não será apenas a visão de uma de-terminada pessoa, mas sim, do grupo de colaboradores da Estação, será a marca da equipe.

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6.6 PARA QUE FAZER CHECK LIST?

Pode até parecer repetitivo, mas o check list às vésperas de iniciar as atividades é fundamental, além de checar se toso os móveis e equipamentos, bem como material de escritório, telefonia, luz, água

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Estações de Metarreciclagem

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etc. estão em perfeito funcionamento. Temos que ter a certeza de que tudo está em ordem, desde a estrutura física, até a cerimônia de inauguração, bom como o processo para a recepção dos primeiros equipamentos.

6.7 COMO APRESENTAR A ESTAÇÃO DE ME-

TARRECICLAGEM, A COMUNIDADE DO EN-

TORNO E OS PARCEIROS?

A apresentação do empreendimento à comunidade e aos parceiros deve ser em clima de comemoração e alegria.

Pensando assim, realize uma cerimônia de inauguração, com direito à acirramento da bandeira e alegria.

Caso você já tenha iniciado a formação da rede, organize neste dia um lanche solidário, em que todos os parceiros e membros da comunidade possam participar com a contribuição de um prato. Tenho certeza de que não faltarão voluntários. Acredite este é o ca-minho ideal.

É de suma importância que a comunidade esteja a par dos trabalhos que serão realizados. Essa ciência dará um aporte à Estação de Metarreciclagem.

Um empreendimento social só garante sua legitimidade se for acolhido pela comunidade, desta maneira, ele estará inserido e será reconhecido como parte integrante do local.

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Neste dia, o empreendimento estará em festa, apresente aos convidados a proposta de atuação da Estação de Metarreciclagem, suas instalações e alguns dos benefícios que terão impacto direto na comunidade Ah! Superimportante, fale também sobre o impacto

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ambiental, pois a estação está contribuindo e muito para amenizar este problema.

Se houver tempo, realize oficinas com os presentes e mostre de forma lúdica como funcionará cada área da estação.

Tanto no discurso, quanto em todas as peças de sinalização e divulgação não se esqueça de citar os parceiros. Este é um item que não pode faltar no seu check list. Afinal, o nascimento da estação só é possível graças aos investimentos financeiros dos parceiros que acreditam na sua ideia.

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6.8 COMO ESTRUTURAR AS ÁREAS

AFINS (ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO,

RECEPTIVO/TRIAGEM, DESMONTAGEM,

RECONDICIONAMENTO/LIMPEZA,

CONFIGURAÇÃO E LOGÍSTICA)?

Para que possamos entender melhor o funcionamento das áreas iremos apresentar alguns modelos de processos respectivos à atividade fim de cada departamento.

Áreaadministrativa/financeira

Modelo de processo para contratação de funcionário:

DESCRIÇÃO DOS PASSOS

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Passo 1 - A Coordenação-Geral em conjunto com a área de RH define o perfil da vaga.

Passo 2 -Divulgação do processo seletivo em mídia impressa e virtual (Sítio da Estação).

Passo 3 - A área de RH recebe os currículos.Passo 4 - Análise dos currículos pelo grupo de

colaboradores (coordenação-geral e RH).Passo 5 - A secretaria recebe. Passo 6 - Arquiva na pasta "Currículos".Passo 7 - Seleciona o(s) currículo(s). Passo 8 - Solicita à secretaria que comunique aos

selecionados a data e horário da Etapa 2.Passo 9 - Informa a data e horário da Etapa 02 ao

selecionador. Passo 10 - Etapa 02 é realizada e em seguida a Eta-

pa 3.Passo 11 - A área de RH agenda o exame admissio-

nal do candidato, no caso de aprovação.Passo 12 - A Secretaria entra em contato com o can-

didato para informá-lo da data, horário e local do exame ad-missional.

Passo 13 - A área de RH recebe do candidato o re-sultado do exame admissional, a carteira profissional, uma foto 3x4, cópia do CPF, RG, dados bancários e, nos casos em que o funcionário tenha filho(s) menores de 14 anos, certi-dão de nascimento e cartão de vacinação para requerimento do salário-família.

Passo 14 -Efetua o registro do empregado no livro de registro de empregados e o preenchimento da carteira profissional do admitido.

Passo 15 - Repassa a carteira profissional ao Res-ponsável Legal da Estação de Metarreciclagem.

Passo 16 - O responsável legal recebe.Passo 17 - Confere e assina.Passo 18 - Devolve a carteira profissional ao RH.

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Estações de Metarreciclagem

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Passo 1 9 - Coordenador de RH recebe.Passo 20 - Devolve a carteira profissional ao admi-

tido.Passo 21 - A área de RH providencia o vale trans-

porte do funcionário. Passo 22 - A coordenação de RH repassa ao conta-

dor a certidão de nascimento do filho do admitido para que seja requerido o salário família (quando houver).

Passo 23 - Contador recebe e providencia o reque-rimento, efetua o registro do admitido nas relações do FGTS e INSS e informa ao Caged (Cadastro Geral de Empregados e Demitidos – Ministério do Trabalho) o registro do empre-gado.

6.9 PROCESSO DE MONITORAMENTO DAS ATIVIDADES DO PROJETO – ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM

DESCRIÇÃO DOS PASSOS

Passo 1 - O responsável pelo monitoramento das atividades do projeto da Estação de Metarreciclagem recebe os relatórios.

Passo 2 -Envia mensagem de retorno, acusando o recebimento.

Passo 3 - Acessa no sistema o Controle de Relatório.Passo 4 - Arquiva os formulários na pasta física e

virtual do projeto.Passo 5 - Analisa o conteúdo dos formulários.Passo 6 - Registra no Controle de Relatório que o

projeto foi monitorado.Passo 7 - Copia o cronograma.Passo 8 - Junta a cópia do cronograma aos

formulários.

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Estações de Metarreciclagem

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Passo 9 - Passa a cópia do cronograma e os formu-lários a Passo 10 - Coordenação-Geral da Estação.

Passo 11 - O coordenador analisa.Passo 12 - Devolve a área Administrativa com seu

despacho para integrar a prestação de contas.

Antes de iniciar a construção definitiva dos processos, faça antes uma lista de atividades de cada setor.

Para que você possa visualizar melhor todas as ações listadas, lance as informações em planilhas, assim, ficará melhor para inserção dos dados complementares para a formatação do processo.

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6.10 COMO CAPTAR RECURSOS?

O processo de captação de recursos é longo e ás vezes des-motivador, pois nem sempre temos uma resposta positiva.

Por isso, o perfil do responsável pela articulação institucio-nal da Estação de Metarreciclagem, deve ser o de um entusiasta, um vendedor de sonhos, idéias e ideais. Alguém que traduza a necessi-dade do empreendimento e apresente de forma leve e envolvente aos potenciais parceiros.

Nesta fase é preciso avaliar os contatos já realizados, os convênios já firmados e iniciar uma etapa de elaboração do plano de captação de longo prazo.

Não tenha medo, estipule metas alcançáveis. Exemplo: Não adianta você citar que irá captar 30 (trinta) novos parceiros para doação, se no levantamento você identificou que na região de Santos (SP) e entorno possuem apenas 12 (doze) empresas habilitadas e aptas para a parceria.

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6.11 PARCERIAS INICIADAS, COMO MANTÊ-

LAS?

A palavra-chave nesta etapa é COMUNICAÇÃO. Ela será a mola mestra para a consolidação das parcerias.

Portanto não hesite em mandar e-mails, relatórios, fotos, atas de reunião, etc. Faça com que o parceiro sinta-se parte integrante ao processo.

Agende visitas técnicas e neste dia apresente os dados do empreendimento social e como cada centavo do investidor está sendo aplicado.

Peça feedback aos parceiros e discuta nas reuniões de avaliação os pontos comentados junto aos colaboradores da Estação.

O mais importante é você criar um canal direto de comuni-cação com os parceiros, e esta tarefa é atribuída ao responsável pela articulação institucional.

6.12 COMO REVISAR E ATUALIZAR OS

PROCESSOS?

Revisar e atualizar os processos definidos são um instru-mento primordial de análise e deve ser uma constante O planejamento deve sempre ser feito a lápis ou guarde os arquivos elaborados, pois ele freqüentemente estará sendo modificado ou ajustado e com isso você consegue visualizar o processo de melhoria contínua aplicado em cada um.

O mundo e o mercado estão sujeitos a mudanças, e isso está diretamente ligado ao processo de captação de recursos. Todos os dias surgem novas oportunidades e ameaças, portanto o planejamento é um valioso instrumento para adequação das novas realidades. Não é uma garantia de sucesso, mas, com certeza, o auxiliará a tomar as decisões mais acertadas, e o impedirá de se desviar dos seus objetivos.

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Procure ser o mais honesto e objetivo ao elaborar sua aná-lise. Não seja pessimista ou otimista em excesso. Enfoque a realidade e não como você gostaria que as coisas fossem ou acontecessem. O ideal é que você registre uma idéia por linha. Isso torna a avaliação mais fácil.

6.13 QUAIS SÃO OS PLANO DE METAS?

Após revisar e atualizar o seu planejamento e detectar os pontos fortes e fracos elabore uma matriz para que você visualize os aspectos favoráveis e desfavoráveis do empreendimento como exemplificamos a seguir:

• Faça uso das forças: as características internas da Esta-ção ou dos colaboradores que representam vantagens competitivas perante outros projetos sociais similares e que criem facilidades para atingir os objetivos pro-postos.

Exemplos: Equipe treinada e motivada;

- Local de trabalho; e

- Atendimento e treinamento com excelência.

• Explore as oportunidades: veja as situações positivas do ambiente externo que permitem alcançar os objetivos ou melhorar a posição da Estação.

Exemplos: Aumento crescente da demanda:

- Fluxo contínuo na doação de computadores; e

- Parcerias sólidas.

• Elimine as fraquezas: são aqueles fatores internos que colocam o empreendimento social em situação de des-vantagem frente ao objetivo proposto ou que prejudicam sua atuação.

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Exemplo: Pouca qualificação dos colaboradores:

- Indisponibilidade de recursos financeiros; e

- Falta de experiência ou conhecimento do processo.

• Evite as ameaças: são situações externas nas quais se tem pouco controle e que nos colocam diante de difi-culdades, ocasionando a perda ou redução de capital de giro.

Exemplo: Insegurança e violência na região:

- Fluxo descontínuo de doadores de computadores;

- Exigências legais rigorosas.

6.14 QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS GARGALOS DA ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM?

Você vai observar ao longo das atividades do empreendi-mento social que dois pontos devem estar em atenção permanente, são eles:

• Atualização do projeto pedagógico

Como primeiro passo, sugerimos que revise temas como: conteúdos, atividades e infraestrutura. Para tanto deve ser realizada a cada três meses reunião técnica de avaliação visando à atualização do projeto pedagógico.

Em um segundo momento, as apostilas didáticas direcio-nadas aos alunos devem ser revistas e também se os planos de aula estão sendo seguidos e absorvidos pelos bolsistas.

• Busca contínua por soluções do descarte dos equipa-mentos:

- Quando da estruturação do organograma da Estação

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de Metarreciclagem, um colaborador (Técnico de Logís-tica) terá como tarefa, em tempo integral, solucionar os problemas com o descarte de equipamentos inservíveis. Essa pessoa deverá estar atenta à legislação que rege esses materiais bem como viabilizar um fluxo de saída constan-te, sem prejuízo para a Estação, mantendo-se atualizado e informado.

6.15 COMO AVALIAR SEMESTRALMENTE?

Passados seis meses da implantação da Estação de Me-tarreciclagem, uma nova análise do planejamento deve ser refeita. Visualize os cenários pessimistas e otimistas e pense em ações para evitar e prevenir-se frente às adversidades ou então para potencializar situações favoráveis.

Quais pontos devem ser observados:

• Se a produção mantém o seu ponto de equilíbrio.

• Se as atividades desenvolvidas estão um pouco mais demoradas que o programado.

• Se as estratégias de marketing estão surtindo os efeitos esperados.

• Se há necessidade de obter mais recursos financeiros que o previamente planejado.

• Se as parcerias ainda são uma constante.

6.16 DOZE MESES DE REALIZAÇÕES

Nesta etapa você iniciará o processo de formatação do re-latório de atividade anual.

Momento específico para analisar todos os acontecimentos durante os dozes meses de execução, mensurar os resultados obtidos e principalmente ajustar o que se faz necessário e olhar para o futuro.

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Um bom relatório de atividades deve contemplar informa-ções, como:

• Missão do empreendimento.

• Valores.

• Plano Anual de Atividade e os resultados alcançados.

• Parcerias firmadas.

• Depoimento dos atendidos.

• Finalizar com a visão de futuro, que significa os próxi-mos passos da Estação de Metarreciclagem.

Como vimos na etapa de comunicação, a apresentação visual é super importante, portanto, faça uma diagramação com profissionais da área, invista na contratação de um jornalista na área de comunicação social e torne o seu relatório de atividades, o cartão de visita na busca de novos parceiros.

6.17 O QUE É UMA VISÃO DE FUTURO?

Reúna todos os colaboradores e faça um exercício com o grupo, apenas uma pergunta:

“Como você vê a Estação de Metarreciclagem daqui a três anos?”

Os presentes devem responder, para tanto, peça a alguém que figure como mediador do debate, anotando todas as idéias no quadro.

Após o consenso, está criada a visão de futuro do empre-endimento.

Segue um exemplo:

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Visão de Futuro em 2013

“A Estação de Metarreciclagem de Santos (SP) figura entre as melhores entidades do Terceiro Setor e é referência no processo de recondicionamento de computadores na região Norte e Nordeste do Brasil”.

Próximo passo:

Elabore um plano de ação que permita não só atingir este objetivo em 02 anos, mas que possibilite a mensuração dos resultados intermediários ao longo do processo.

6.18 COMO CONSTRUIR A REDE DE PARCEIROS?

A rede de parceiros é o elemento chave para a continuidade dos trabalhos ofertados pelo empreendimento social, que uma vez sem o aporte financeiro por parte do parceiro investidor, o risco de fechar o empreendimento é muito alto.

Você deve estar ciente desta ameaça, que na verdade é um risco externo a Estação. E ao longo da sua gestão traçar ações que estimulem a construção da rede.

Faça campanhas para atrair associados sejam eles pessoas físicas e/ou jurídicas. Com pequenas contribuições estes aportes podem amenizar os custos fixos como, por exemplo: água, telefone, luz, etc.

Crie um folhetim informativo e envie a todos os potenciais parceiros inscritos na sua rede social. Estimule os encontros periódi-cos para discussão de temas relacionados à atividade do seu empre-endimento. Investir na realização de Fóruns, Debates aproximando os parceiros do público beneficiado.

Estas são algumas ações que proporcionarão o fortaleci-mento de sua rede social de parceiros.

Por fim, COMUNIQUE-SE SEMPRE!

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6.19 O QUE É A ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM EM NÚMEROS?Quando falamos em números, vem logo em mente gráficos

em forma de pizza, ou com trajetória comparativa, e todas as ferra-mentas utilizadas em estatística básica, como moda, mediana, etc.

Aqui a ideia é traduzir a trajetória dos doze meses de exe-cução em números, e com isso inovar na maneira de como ela será apresentada à sociedade.

Utilize informações como:

• Número de computadores doados para o recondicio-namento.

• Número de computadores recondicionados.

• Unidades de Estação Digital implantadas.

• Números de jovens capacitados pela estação.

• Número de jovens inseridos no mercado de trabalho.

• Número de pessoas incluídas digitalmente.

Sugestão de texto para apresentação dos resultados.

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“É com orgulho e satisfação que a Estação de Metarre-cicalgem de Teresina (PI), compartilha e apresenta os resultados obtidos nesses 12 meses iniciais de trabalho, números tangíveis e principalmente intangíveis que não seriam possíveis de alcançar sem o apoio incondicional desta comunidade, dos nossos parceiros e colaboradores e de todas as pessoas que acreditaram em nós.

Capacitamos XXXX adolescentes e os preparamos para o

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mercado de trabalho, muitos deles já contratados por empresas da nossa cidade. Esses adolescentes puderam vislumbrar com a bolsa recebida certa independência financeira e passaram a acreditar no seu próprio potencial.

Com a doação de XXX computadores pelas empresas Soft TI, ProjectX e Inovare Soluções em TI nos permitiram o recondicio-namento de XXXX equipamentos que foram doados e hoje é a prin-cipal ferramenta para inclusão digital junto a escolas/biblioteca/ONG/comunidade desta cidade e das cidades vizinhas e, esperamos, muitas mais.

Além disso, iniciamos o trabalho de educação ambiental visando à conscientização ecológica nos descartes de materiais inservíveis, direcionando-os para a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, e com isso colaborando na geração de tra-balho e renda junto à comunidade local e de entorno.

E, nosso especial agradecimento às famílias que nos de-ram suporte e apoio para que a Estação de Metarreciclagem de Teresina(PI) pudesse existir.”

Faça comparação dos dados com depoimentos dos atendi-dos e parceiros.

Seja criativo e inove sempre.

6.20 COMO REVISAR E ATUALIZAR OS

PROCESSOS?

Revisar e atualizar os processos definidos é um instrumento primordial de análise e deve ser uma constante O planejamento deve sempre ser feito a lápis pois ele freqüentemente estará sendo modificado ou ajustado

O mundo e o mercado estão sujeitos a mudanças. Todos os dias surgem novas oportunidades e ameaças, portanto o planejamento é um valioso instrumento para adequação das novas realidades. Não é uma garantia de sucesso, mas, com certeza, o auxiliará a tomar as

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decisões mais acertadas, e o impedirá de se desviar dos seus objetivos.

Procure ser o mais honesto e objetivo ao elaborar sua análise. Não seja pessimista ou otimista em excesso. Enfoque a realidade e não como você gostaria que as coisas fossem ou acontecessem. O ideal é que você registre uma idéia por linha. Isso torna a avaliação mais fácil.

Tenha em mente o público-alvo, o comportamento dos clientes, a área de abrangência, os custos com insumos e matérias--primas, mercadorias, materiais e gastos. Você conseguirá visualizar os principais obstáculos e elaborar meios de contorná-los ou saná-los.

6.21 O QUE É O PLANO DE METAS?

Após revisar e atualizar o seu planejamento e detectar os pontos forte e fracos, elabore uma matriz para que você visualize os aspectos favoráveis e desfavoráveis do empreendimento como exemplificamos abaixo:

• Faça uso das forças: as características internas da Esta-ção ou dos colaboradores que representam vantagens competitivas e que criem facilidades para atingir os objetivos propostos.

Exemplos: Equipe treinada e motivada;

- Local de trabalho;

- Atendimento e treinamento com excelência.

• Explore as oportunidades: veja as situações positivas do ambiente externo que permitem alcançar os objetivos ou melhorar a posição da Estação.

Exemplos: Aumento crescente da demanda;

- Fluxo contínuo na doação de computadores;

- Parcerias sólidas.

• Elimine as fraquezas: são aqueles fatores internos que

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colocam a Estação em situação de desvantagem frente ao objetivo proposto ou que prejudicam sua atuação.

Exemplo: Pouca qualificação dos colaboradores;

- Indisponibilidade de recursos financeiros;

- Falta de experiência ou conhecimento do processo;

- Custos de manutenção elevados.

• Evite as ameaças: são situações externas nas quais se tem pouco controle e que nos colocam diante de difi-culdades, ocasionando a perda ou redução de capital de giro.

Exemplo: Insegurança e violência na região;

- Escassez de mão de obra qualificada ou com conhe-cimento adequado;

- Fluxo descontínuo de doadores de computadores;

- Exigências legais rigorosas.

6.22 COMO AVALIAR SEMESTRALMENTE?

Passados seis meses da implantação da EMR, uma nova análise do planejamento deve ser refeita. Visualize os cenários pes-simistas e otimistas e pense em ações para evitar e prevenir-se frente às adversidades ou então para potencializar situações favoráveis.

Quais pontos devem ser observados:

• Se a produção mantém o seu ponto de equilíbrio.

• Se as atividades desenvolvidas estão um pouco mais demoradas que o programado.

• Se as estratégias de marketing estão surtindo os efeitos esperados.

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• Se há necessidade de obter mais recursos financeiros que o previamente planejado.

• Se as parcerias ainda são uma constante.

Prezados Senhores:

É com orgulho e satisfação que o Projeto Estação ........ vem, por meio desta, compartilhar e apresentar os resul-tados obtidos nesses ....... meses de trabalho, resultados esses, que não seriam possíveis sem o apoio incondicional desta comunidade, dos nossos parceiros e colaboradores e de todas as pessoas que acreditaram em nós.

Capacitamos ...... adolescentes e os preparamos para o mercado de trabalho, muitos deles já contratados por empresas da nossa cidade. Esses adolescentes puderam vislumbrar, com a bolsa recebida certa independência fi-nanceira e passaram a acreditar no seu próprio potencial.

Com a doação de ....... computadores pelas empre-sas Soft TI, ProjectX e Inovare Soluções em TI, pudemos recondicioná-los e ajudar as escolas/biblioteca/ONG/co-munidade desta cidade e das cidades vizinhas e, esperamos, muitas mais.

Incutimos, também, a conscientização ecológica nos descartes de materiais inservíveis, direcionando-os para locais onde não poderiam prejudicar a comunidade.

Empregamos ....... colaboradores, gerando empregos, desenvolvendo e incremetando seus conhecimentos, graças à Fundação ........ que nos deu suporte financeiro para rea-lizar esta empreitada.

E, nosso especial agradecimento às famílias que nos de-ram suporte e apoio para que a Estação ...... pudesse existir.

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Estações de Metarreciclagem

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7.1 COMO INICIAR O PROCESSO DE CADASTRO DOS JOVENS E A INTRODUÇÃO AO PROCESSO PEDAGÓGICO DA ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM?

Como já falamos anteriormente, a Estação de Metarrecicla-gem possui duas atividades bem definidas, a primeira é o recondicio-namento dos computadores e a segunda é o processo de formação de jovens residentes no bairro e entorno.

Você também deve ter observado até o momento que dedi-camos a nossa atenção para a atividade fim do empreendimento, que é o recondicionamento do computador, portanto, este capítulo será exclusivo para falarmos um pouco sobre a formatação da capacitação e o processo pedagógico.

Para que você possa vislumbrar os atores desta etapa, vamos classificar o público da seguinte forma:

Monitores – profissionais que ministraram os cursos de informática voltados para as áreas de operador, manutenção e confi-guração de microcomputadores, além de recondicionamento, lógica de programação (básico) e eletrônica básica.

Alunos – jovens da comunidade próxima ao empreendi-mento social que de tenham vontade de fazer cursos de informática oferecidos pela Estação de Metarreciclagem.

Bolsistas – são alunos (já pré-selecionados) que após concluírem o curso de manutenção em microcomputadores iniciarão o processo de estágio na Estação de Metarreciclagem.

P7 - PROCESSO PEDAGÓGICO

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Apresentados os atores e suas respectivas funções, inicia-remos o processo de formatação da capacitação.

O ponto de partida é a definição não só dos cursos que serão ofertados, bem como sua grade horária e conteúdo programático res-pectivo a cada curso. Você deverá também estipular o perfil mínimo do aluno para cada curso.

Passo 1 é a divulgação do curso junto à comunidade e o entorno, para tanto recomendamos mapear as escolas públicas, e agendar visita para apresentação não só do empreendimento social, bem com

o, dos cursos ofertados por ele.Veja um modelo sintético de como divulgar os cursos na comunidade, que pode ser criado em formato de folheto e/ou cartaz.

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

E S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

Page 77: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 77

ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM DE TERESINA (PI)

CURSO DE INFORMÁTICA BÁSICAE S T A Ç Ã O

METARRECICLAGEM

ObjetivosO participante aprenderá como usar os recursos básicos de informática para editar e formatar textos, Excel para fazer planilhas e PowerPoint para criar apresentações, além de navegar na Internet.

MetodologiaAulas teóricas e práticas em laboratório de informática, onde os alunos realizam exercícios simultâneos às explicações do educador.

Conteúdo programático• Conceitos básicos de Informática. • Ambiente de trabalho do Windows:• Janelas• Área de Transferência• Gerenciar arquivos e pastas• Word 2007 – básico: Criação, formatação e impressão de textos• Excel – básico: Fórmulas, funções básicas e elabo-ração de gráficos• PowerPoint – básicoCriação de apresentação eletrônicaFormatação dos slides• Navegação na Internet

Duração e HorárioCarga horária: 40 h/aTurmas: Segunda e Quarta / Terça e QuintaHorário: 14h00min às 17h00min

Valor da inscrição: R$ 10,00 (dez reais), incluindo o material didático e certificado.

Requisitos NecessáriosCópia da carteira de identidade e CPF;Comprovante de residência;1 foto 3x4;Preenchimento da ficha de cadastro (questionário sócio-econômico)

ATENÇÃO: As vagas serão preenchidas após entrevista com a psicóloga e assistente social.

Qualquer dúvida favor entrar em contato com a Estação de Metarreciclagem por meio do telefone (XX) XXXX-XXXX ou [email protected]

Page 78: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

78

INFORMAÇÕES CONTIDAS NO CARTAZ

eletrônica

Formatação dos slides

Navegação na Internet

Duração e Horário

Carga horária: 40 h/a

Turmas: Segunda e Quarta / Terça e Quinta

Horário: 14h00min às 17h00min

Valor da inscrição: R$ 10,00 (dez reais), incluindo o materialdidáticoecertificado.

Requisitos Necessários

Cópia da carteira de identidade e CPF;

Comprovante de residência;

1 foto 3x4;

Preenchimentodafichadecadastro (questionário sócio-econômico)

ATENÇÃO: As vagas serão preenchidas após entrevista com a psicóloga e assistente social.

Qualquer dúvida favor entrar em contato com a Estação de Metarreciclagem por meio do telefone (XX) XXXX-XXXX ou [email protected]

ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM DE TERESINA (PI)

CURSO DE INFORMÁTICA BÁSICA

Objetivos

O participante aprenderá como usar os recursos básicos de informática para editar e formatar textos, Excel para fazer planilhas e PowerPoint para criar apresentações, além de navegar na Internet.

Metodologia

Aulas teóricas e práticas em laboratório de informática, onde os alunos realizam exercícios simultâneos às explicações do educador.

Conteúdo programático

Conceitos básicos de Informática. Ambiente de trabalho do Windows:

Janelas

Área de Transferência

Gerenciar arquivos e pastas

Word 2007 – básico: Criação, formatação e impressão de textos

Excel – básico: Fórmulas, funções básicas e elaboração degráficos

PowerPoint – básico

Criação de apresentação

Page 79: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 79

Passo 2 – feita a divulgação e iniciado o processo de ins-crição, os colaboradores responsáveis pelo processo seletivo devem estipular prazos para análise dos questionários (em anexo apresenta-remos modelo), bem como premissas que determinarão se o candidato está apto a vaga ou não.

Não se esqueça de revisar sempre os conteúdos programá-ticos e avaliações periódicas dos alunos inscritos, desta forma, você estará iniciando o processo de melhoria contínua e por conseqüência o aumento na qualidade e efetividade dos cursos ofertados pela Estação de Metarreciclagem.

Com o início dos cursos, vamos em frente rumo à construção de oportunidades para incentivar a cada dia o protagonismo juvenil e a inclusão digital.

7.2 COMO ATUALIZAR O PROJETO PEDAGÓGICO?

Como primeiro passo, sugerimos que, de três em três meses, seja feito um workshop para atualização tanto do que há de novo no mercado quanto da absorção pelos bolsistas do que está sendo ensi-nado. Cursos de atualização externos e externos, contatos com os fornecedores, colaboradores e universidades para troca de idéias e procedimentos, também devem ser pleiteados.

Num segundo momento, as apostilas didáticas direcionadas aos alunos devem ser revistas e também se os planos de aula estão sendo seguidos e absorvidos pelos bolsistas.

Além disso, é preciso estar sempre em busca por soluções do descarte dos equipamentos, para tanto, um colaborador terá como tarefa, em tempo integral, de solucionar os problemas com os descartes de equipamentos inservíveis. Essa pessoa deverá estar atenta a legislação que rege sobre esses materiais bem como viabilizar um fluxo de saída constante, sem prejuízo para a Estação ou para a Ecologia, mantendo-se atualizado e informado.

Page 80: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

80

7.3 PLANO DO CURSO DE MANUTENÇÃO DE MICROCOMPUTADORES?

Hardware

Tópico Objetivo Atividade Preparar antes

Tem-po

Aula inaugural (parte 1/2)

Conhecer os edu-candos, promo-ver a integração inicial entre eles

Rever aula inaugural anterior2 hs

Componentes internos do gabinete

Reconhecer e conceituar com-ponentes dos microcomputa-dores

Apresentação dos componentesApresentar e conceituar os componentes do microcomputador como: Placa mãe, Fonte, SLOT’s, Barramentos, CHIPSET, Jampeamento, Processador, Memória, DRIVE’s, CDROM, Floppy, Midias de ar-mazenamento explicando as suas fun-ções.

ComparaçãoUtilizar o método de comparar os compo-nentes encontrados no computador com os encontrados em outras “máquinas” como relógios, máquinas de lavar rou-pas, etc.

Exercício de Criatividade e ExpressãoDesenhar/descrever alguma tecnologia que não exista.Objetivo: Avaliar o “nível” de “criativida-de tecnológica” e a expressão pessoal de cada um/a.

Dinâmica de identificação dos compo-nentes A partir de peças reais utilizarem o méto-do de passar de mão a mão.

4 hs

Principais componentes

Conceituar com-ponentes

Componentes de armazena-mento

Conceituar com-ponentes

HD, disquetes, gravador de CD/DVD e Pen Drive Criatividade e Expressão

Aula inaugural (parte 2/2)

Que os educan-dos definam as regras que vão seguir para o aproveitamento do curso

Contrato de convivência

1 h

Entrada e saída de dados

Conceituar com-ponentes

Placas periféricas1 h

Reunião da equipe de trabalho

Analisar o que passou, planejar o que virá, fazer registros e par-ticipar da forma-ção continuada.

Fazer pauta antes

ver

Page 81: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 81

Revisão

Revisão do que foi falado semana passada para os novos educandos que iniciam hoje

1 hs

Montagem (parte 1/2)

Demonstrar cuidados na montagem de computadores observando cri-térios

SensibilizaçãoOrientar a turma sobre os cuidados para montagem de um computador, observando critérios como compatibilidade e usabilidade do equipamento. Sensibilizar sobre os cuidados dos encaixes de cada componente, internos e externos.

ExercícioOrientar a turma para montagem individual de um computador.

VídeoLevantar uma reflexão sobre a presença do computador na vida das pessoas. (História das coisas)

6 hs

CidadaniaFechar o tema da semana e ampliar as visões de mundo

1 hora de fechamento do tema da semana + 1 hora para os novos cursos 2 hs

Reunião da equipe de trabalho

Analisar o que passou planejar o que virá, fazer registros e participar da formação continuada.

Fazer pauta antes

ver

Montagem (parte 2/2)

Montar individu-almente o compu-tador

Continuação2 hs

Revisão e Avaliação

REVISÃO GERALRevisão de tudo que foi visto até agora

AVALIAÇÃO escrita individualSerá feita com a presença do coordena-dor da estação.

1 h

ENCERRAMENTO DO 1º MÓDULOCONFRATERNIZAÇÃO ENTRE PAIS E ALUNOS

Page 82: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

82

Software

Tópico Objetivo Atividade Preparar antes

Tem-po

Configura-ção básica

Definir Bios,Post e sua funcionalidade

Realizar configurações básicas

Configuração inicial Exibir a definição e a funcionalidade da BIOS e do POST.Fazer as configurações de detecção de discos, seqüência de boot, data e horário e demais configurações do SETUP.BOOTApresentar as telas de inicialização do sistema e orientar o aluno para reconhecer a configuração da máquina.Inicializar a máquina a partir de disquete ou Cdrom para instalar o sistema operacional no computador.

ExercícioOs alunos deverão fazer as configurações básicas no SETUP, observar os trabalhos do POST e anotar as suas observações.

2 hs

Cidadania Fechar o tema da semana e ampliar as visões de mundo

1 hora de fechamento do tema da semana + 1 hora para os novos cursos 2 hs

ParticionamentoApresentar a forma de Particionamento de disco e a definição de diferentes sistemas de arquivo.

2 hs

FormataçãoApresentar o conceito de formatação de disco e o cuidado com os dados antes de formatar.

2 hs

Instalação do Sistema Operacional (windows e linux)Apresentar o processo de instalação do sistema operacional e suas etapas. Apresentar o conceito de serial para softwares proprietários

2 hs

Cidadania Fechar o tema da semana e ampliar as visões de mundo

1 hora de fechamento do tema da semana + 1 hora para os novos cursos 2 hs

Reunião da equipe de trabalho

Analisar o que passou, planejar o que virá, fazer registros e participar da formação continuada.

Fazer pauta antes

ver

Page 83: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 83

Console do sistema

Analisar o que passou, planejar o que virá, fazer registros e participar da formação continuada.

Apresentar o consoleDemonstrar ao grupo o console do sistema e sua utilidade para a manutenção do sistema operacional.

Comandos básicosApresentar ao grupo comandos básicos do sistema como “ls”, “mkdir”, “cd” e “clear”.

2 hs

Cidadania Fechar o tema da semana e ampliar as visões de mundo

1 hora de fechamento do tema da semana + 1 hora para os novos cursos ver

qe Instalar drivers e aplicativos no sistema operacional

Configuração do SistemaSensibilizar o aluno quanto a necessidade de instalação dos drivers para cada periférico. Ensinar os alunos a pesquisarem os drivers e manuais de placas na internet.

Instalação de AplicativosEnsinar os alunos a instalarem os aplicativos no sistema operacional.

- Acrobat; BrOffice; Firefox e outros softwares no Tucunaré

ver

RedesRede local

Compreender a necessidade em se ter maquinas em rede

Identificar materiais que constituem uma rede

Especificar recursos necessários para montagem de uma rede de dados

Por que ligar micros em redes?Sensibilizar os alunos para necessidades em se ter máquinas em rede.

Planejamento de uma rede localApresentar aos alunos os recursos materiais que constituem uma rede de dados, como switch, cabeamento, estações e servidores.

O que é necessário?Juntamente com a turma especificar os recursos necessários para montagem de uma rede de dados

- cabo de rede- conector RJ-45;- test cable;- alicate de crimpar; - cartazes;- pinceis;- fita crepe.

2 h

Exercicio1Divididos em dois grupos, os alunos irão apresentar na prática – switch, a estrutura física da rede de dados da sala a qual está sendo ministrado o curso.

Exercicio2Apresentar aos alunos como é feito a crimpagem de cabos e suas aplicabilidades. Cada aluno deverá crimpar um cabo de rede.

1 h

Page 84: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

84

Proto-colos e serviços

Compreender protocolo e estrutura lógica para criação de redes

ProtocoloConceituar o protocolo TCP/IP para redes de dados.

EndereçamentoApresentar a estrutura lógica para criação de endereçamento de redes e sub-redes, com ou sem internet.

- Mapa da estrutura lógica do CRC;

1 h

Cidada-nia

Fechar o tema da semana e ampliar as visões de mundo

1 hora de fechamento do tema da semana + 1 hora para os novos cursos

2 hs

Reunião da equi-pe de trabalho

Analisaroquepassou,planejaroquevirá,fazerregistroseparticipardaformaçãocontinuada.

Fazerpautaantes ver

ServidoresSensibilizarparaousodeservidoresemredeslocais,suasnecessidadesespecificasesuascarênciasematualizaçãoebackup.Firewall,Compartilhamento.

Exercicio1Osalunosirãoconfigurartodasasestaçõesdetrabalhoparaumaredeinternadasaladecapacitação,emrangeaserdefinidopeloeducador.Otrabalhodeveráserfeitoemambosossistemasoperacionais.

2hs

Feriado dia do trabalhador

LINUX UBUNTU BASICOOs menus do Ubuntu:

Compreender os menus e conceitos básicos do GNU/linux Ubuntu 10,4

Apresentar aos alunos os conceitos básicos dos menus ubuntu 10.4 Aplicativos, Locais e sistemas.

Computador individual

2 hs

Navegador de arquivos

Compreender os menus e conceitos básicos do GNU/linux Ubuntu 10,4

Apresentar o navegador de arquivos e seus componentes: área de trabalho, documentos, downloads, imagens, modelo, músicas, público, vídeo e exemplos.

Computador individual

2 hs

Encerramento do curso

TODAS AS TURMAS

Page 85: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 85

7.4 PLANO DE CURSO DE OPERADOR DE MICROCOMPUTADORES?

Introdução a InformáticaTópico Objetivo Atividade Recurso Tempo

Hardware Identificar o computador como a máquina e reconhecer a sua evolução.

Reconhecer as etapas do processamento de dados

Identificar os principais componentes internos do computador, sua nomenclatura e funcionalidade

PeriféricosApresentar ao grupo os prin-cipais periféricos, de entra-da, saída e processamento de dados.

Componentes ComputadorApresentar todos os compo-nentes de um computador utilizando uma CPU quei-mada;

Exibir o vídeo IOS

DinâmicaEm uma apresentação, os alunos deverão identificar os equipamentos e componen-tes que aparecerão na tela.

1. - data-show;

2. - computador;3. - slide de

apresentação;4. - caixas de

som;5. - CPU

queimada;6. -

equipamentos queimados (CD-ROM, impressora, mouse, teclado)

1h e 30 min

Software Definição de softwareAtravés de exposição concei-tuar software e sua utilidade para o funcionamento do computador.

Sistema operacional e apli-cativosConceituar sistema opera-cional e aplicativos, dando exemplos de ambos, levando em consideração os modelos mais conhecidos.Ex.: SO: Windows, Linux, Of-fice, Corel Draw e MSN Mes-senger

Software livre X Software proprietárioAtravés de exposição apre-sentar a turma as etapas de desenvolvimento de um sof-tware e explicar por que ele pode ser livre ou proprietá-rio. Depois, citar exemplos de softwares conhecidos em ambos os casos.

- lista de exercício. 1h 30min

Page 86: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

86

DebateDividir a turma em dois gru-pos onde um grupo deverá defender o “Software Livre” e o outro o “Software Pro-prietário”.

Exercicio1Aplicar uma lista de exercí-cios para os alunos respon-derem referente ao primeiro módulo.

2. SISTEMA OPERACIONALSistema Operacional

Reconhecer a utili-dade de um siste-ma Operacional

Identificar o Sis-tema Operacional Linux, suas telas e todos o seus re-cursos

O que é um Sistema Opera-cional? Expor ao grupo a utilidade de um sistema operacional para o funcionamento do compu-tador.

Iniciando o Sistema Opera-cional Apresentar o sistema opera-cional Linux e suas telas de inicialização.

Apresentado o Sistema Ope-racionalApresentar ao grupo o am-biente de trabalho do siste-ma operacional e seus com-ponentes.

Recursos de um Sistema OperacionalApresentar a barra de tare-fas, o papel de parede, íco-nes, proteção de tela e jane-las do sistema

1 h

Aplicat ivos básicos

Reconhecer todos aplicativos bási-cos e sua aplicabi-lidade

Conhecendo os aplicativos do sistemaApresentar aos alunos apli-cativos tais como, editor de imagens, gravador de cd (braseiro), Navegador de In-ternet e aplicativos de aces-sibilidade.

ExercícioPedir aos alunos que abram o navegador para internet e outros programas. Pedir para que os alunos redimensio-nem as janelas de forma que fiquem todas alinhadas na tela do monitor. Depois pedir que o aluno feche as janelas abertas.

1 h

Page 87: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 87

Editor de Desenhos

Identificar o editor de textos e suas ferramentas

Apresentar o KolourPaintApresentar a equipe o editor de desenhos e suas ferra-mentas.

ExercícioDesenhar a bandeira do Bra-sil. Depois, debater com a turma sobre o significado de cada símbolo da bandeira e, também, sobre “patriotis-mo”.

Desenho da ban-deira brasileira ex-plicando os seus significados.

Painel de Controle

Reconhecer a uti-lidade e funciona-mento dos perifé-ricos do painel de controle

Aumentar velocidade do mouseMostrar aos alunos como alterar a velocidade do ponteiro do mouse na tela do sistema e como alterar a velocidade de duplo clique do mouse.

Idioma do tecladoMostrar aos alunos como alterar o idioma do teclado e apresentar a diferenças entre os idiomas e incompatibilidades de acentuações.

Data e horaMostrar aos alunos como corrigir a data e a hora do computador.

Exercício 1 Pedir que cada aluno altere a data do sistema para o dia do seu aniversário. Depois, mude o idioma para Inglês Internacional.

Exercício 2 Pedir que cada aluno corrija a data, hora e o idioma do teclado no sistema.

1 h 30 min

Page 88: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

88

Sistema de arquivos

Identificar todo o sistema de arqui-vos e sua funcio-nalidade.

Reconhecer cultu-ra e tradições do Brasil através da criação de uma pasta de cada es-tado brasileiro

Gerenciador de arquivoDemonstrar o gerenciador de arquivos e a maneira como ele visualiza as pastas do sistema operacional.

Estrutura de pastasApresentar a estrutura de pastas e arquivos utilizada pelo sistema operacional.

Copiando arquivosApresentar ao grupo sobre os procedimentos para a cópia e transferência de objetos no sistema operacional. Depois, apresentar as teclas de atalho.

Criando pastasApresentar ao grupo os procedimentos para a criação de pastas. Apresentar ao grupo sobre os critérios do sistema para criação de pastas.

Exercício1Criar uma pasta para uso do aluno.

Exercício2Cada aluno deverá criar uma pasta chamada Brasil. Dentro dessa pasta, criar uma pasta para cada estado brasileiro. Depois, cada aluno poderia fazer um comentário sobre cultura e tradições de determinado estado.

2 hs

ExercícioPedir aos alunos que naveguem nas pastas criadas, anteriormente, para cada estado brasileiro.

Lista de exercícios

3. InternetConceitos Compreender a

grande rede e sua estrutura.

Conceituar a in-ternet e a utiliza-ção de seus diver-sos recursos

A InternetExibir aos alunos o que e in-ternet e a utilização de seus diversos serviços.

Compreendendo a grande redeExpor aos alunos a estrutura da rede a partir da ilustração de uma teia de aranha, con-ceituando o “WWW”.

Barbante 30 min

Page 89: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 89

Navegação Identificar todos os recursos para navegar na inter-net e como utilizá--los.

Apresentando o NavegadorApresentar aos alunos o na-vegador, sua utilidade e seus recursos.

Utilizando os links FavoritosApresentar aos alunos o con-ceito de favoritos e sua utili-zação.

Fazendo pesquisas na webApresentar os sites de pes-quisas e suas técnicas.

WebmailApresentar aos alunos o con-ceito de correio eletrônico.Criar uma conta de e-mail para cada aluno.Utilizar a conta de e-mail para troca de mensagem.

Redes Sociais Conceituar redes sociais e apresentar aos alunos as ferramentas mais utilizadas. Orientar os cuidados sobre a utilização dessas ferramen-tas.

Lista de sites de pesquisas, internet liberada, netqueta

3hs 30 min

TecnologiasUtilizarcomputadorparacomunicação

Utilização de ferramentas on line (Google docs)Conceituar para os alunos autilizaçãodainternetparautili-zação e gerenciamento de ar-quivosonline.

30min

Criação e pub l icação de página na Internet

Sensibilizar os alunos para publicação de conteúdos na WEB

Selecionar e organizar os conteúdos para sitesDefinir (filtrar) quais os con-teúdos que serão publicadosDefinir a periodicidade da pu-blicação de conteúdos.

Design de páginasUtilização e aplicação de co-resTemplates e padrão de ima-gens

Como montar um blogEntender como funciona o mundo dos blogsEscolher o nomeEscolher as ferramentas que vai usar para blogar e local de hospedagem

Data showMicrocomputador

4 h

Page 90: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

90

4. EDITOR DE TEXTOSEditor de textos

Identificar a utilidade de um editor de texto e seus principais componentes

Apresentando o Editor de TextosExpor ao grupo a utilidade de um editor de texto.

Tela TrabalhoDemonstrar aos alunos os principais componentes da tela do editor de texto.

Data show, micro-computador,

30 min

Teclado Identificar a funcionalidade do teclado

Apresentação do tecladoMostrar à equipe as funcio-nalidades das teclas através de uma imagem mapeada do teclado.

Teclas de duas funçõesExplicar a equipe como fazer acentuações gráficas e dife-renciar maiúsculas e minús-culas.

Data show, micro-computador

30 min

Criação de um texto

Digitar e utilizar ferramentas do editor de texto

Digitando um textoPropor à equipe a criação de um texto sobre um tema apontado pelo educador utili-zando o máximo de recursos do teclado. E a utilização do texto on line

Recortar e colar textosMostrar a utilização das fer-ramentas, recortar e colar textos, blocos de textos e palavras.

Excluindo textosMostrar a utilização da ferra-menta, excluir textos, blocos de textos e palavras.

ExercícioApos a exibição de um filme, debater com a equipe sobre o mesmo e posteriormente desenvolver um texto sobre as suas conclusões.

Datashow, micro-computador, caixas acústicas, filme

3 hs

Trabalhando com docu-mentos

Reconhecer a ne-cessidade e a utili-dade de manusear documentos

Localizar, abrir e salvar documen-tos

Salvando um documentoMostrar à equipe a necessi-dade de guardar os arquivos criados e a utilização do re-curso “salvar como”.

Abrindo um documentoDemonstrar como localizar e abrir um documento salvo no computador, disquete e CDROM.

1 h

Page 91: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 91

Formatação de um texto

Identificar todos os recursos utilizados para formatar um texto

Formatar texto utilizando todos recursos

Reconhecer documentos oficiais

Formatação de textos Mostrar aos alunos os recursos de fonte, cor, tamanhos e destacamento de texto para melhorar a aparência do mesmo.

Formatar parágrafoDemonstrar à equipe as formas e a utilização de parágrafo e tabulação.

Recuos e espaçamentosDemonstrar a equipe como redimensionar o recuo e espaçamento do texto através da régua ou do menu.

AlinhamentosExpor à equipe a utilização dos alinhamentos dentro do texto.

Cabeçalhos e rodapés

Quebras de páginas

Exercicio1Formatar uma musica

Modelos e/ou manuais de redações oficiais, Letra de musica

5 hs

Modo de exibição

UtilizarorecursoZoom

ZoomDemonstraraosalunosoopa-co de zoom do documento.Distinguirzoomdotamanhodetexto.

30min

Enriquecer o texto

Enriquecer o texto utilizando figuras, fotos

Conceituar e utilizar tabelas e colunas

Confeccionar cartão visual

Inserindo figuras no texto Demonstrar aos alunos a possibilidade de ilustrar o texto utilizando figurar ou fo-tos via internet.

ColunasApresentar aos alunos o con-ceito de coluna e sua utiliza-ção em um editor de texto. Ilustrar utilizando jornais e revistar.

Tabelas Apresentar aos alunos o con-ceito de tabela e sua utiliza-ção em um editor de texto.

Jornais e revistas 2 hs

Exercicio1Confecção de um cartão vir-tual. Utilizar tema festivo da época.

Page 92: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

92

Finalização do documento

Reconhecer e uti-lizar ferramentas de revisão visuali-zação e impressão de um documento

Identificar modelo de currículo e criar um pessoal

Revisão ortográfica Apresentar aos alunos a fer-ramenta de revisão ortográfi-ca e sua metodologia.

Visualização e impressão de textoMostrar aos alunos como visualizar um documento. Apresentar também as téc-nicas de impressão de texto.

Modelo de currícu-lo, Texto com erros ortográficos, im-pressora configu-rada nas máquinas, lista de exercício

3hs

Utilização de ferramentas on line

Conceituar aos alunos e apresen-tar as ferramentas disponíveis on line para edição de textos

Utilização do editor de texto on lineApresentar aos alunos o edi-tor de texto do Google Docs e as principais ferramentas do editor.Up load de arquivosCompartilhamento de arqui-vos

5. PLANILHA ELETRÔNICAConce i tua -ção

Reconhecer a utilidade de uma planilha e seus componentes

Apresentando o Editor de TextosExpor ao grupo a utilidade de uma planilha eletrônica e a sua utilização on line.

Tela TrabalhoDemonstrar aos alunos os principais componentes da tela da planilha eletrônica.

Datashow, microcomputador

30 min

O p e r a ç õ e s básicas com planilha

Identificar a estrutura de uma planilha e seus recursos.

O arquivo de trabalhoExpor aos alunos a estrutura de uma planilha eletrônica.

Salvando uma planilhaMostrar à equipe a necessi-dade de guardar os arquivos criados e a utilização do re-curso “salvar como”.

Fechando uma planilha Demonstrar aos alunos como fechar o arquivo e o progra-ma.

Inserindo dados em uma pla-nilha Orientar aos alunos sobre a inserção de dados na pla-nilha e a movimentação do cursor.

Selecionando célulasDemonstrar aos alunos como selecionar um coluna, linha, células, bloco de células e a planilha.

1 h

Page 93: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 93

Formatação de planilha

Reconhecer eutilizar recursospara formatarplanilha.

Formatando os dados Mostraraosalunososrecursosde fonte, cor, tamanhos edestacamento de dados paramelhoraraaparênciadele.

Colocando bordas nas célulasExplicar aos alunos queas grades visíveis não sãoimpressasesensibilizarparaanecessidadeemaplicarbordasasplanilhas.

1he30min

Formatação de númerosConceituar sobre o padrãonuméricobrasileiro.Diferenciar as opções deformataçãonumérica.Apresentar separador de milhar, moeda, casas decimais, data, hora.

6. EDITOR DE APRESENTAÇÕESEditor de Apresenta-ções

Utilizar o editor de apresentação e os principais compo-nentes

Apresentando o Editor de apresentaçõesExpor ao grupo a utilidade de um Editor de Apresentações.

Tela TrabalhoDemonstrar aos alunos os principais componentes da tela do Editor de Apresentações.

Operações básicas com um Editor de apresentaçõesApresentar as principais operações do programa e as características herdadas do pacote Office.

Datashow, micro-computador

3 0 min

Criação de apresenta-ções

Criar um primeiro trabalho baseado em slides.

Inserindo e formatando textos na telaApresentar aos alunos a estrutura do programa para inserção de textos.

Visualizando a apresentaçãoApresentar aos alunos como o pro-grama exibe o trabalho criado

Inserindo e redimensionando ima-gens à apresentaçãoApresentar aos alunos a possibilida-de de inserção de imagens para ilus-tração do trabalho on line.

Inserindo mais telas na apresentaçãoDemonstrar como o programa permite a inserção de novas telas ao trabalho.

Letra da música, internet

3 hs

Page 94: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

94

Formatação de apresen-tações

Criar uma apre-sentação utilizan-do todos recursos

Inserindo animaçõesApresentar aos alunos como melho-rar a apresentação do trabalho utili-zando animações.

Formatando o fundo da apresentaçãoApresentar aos alunos a possibili-dade de alterar o fundo do trabalho como forma de melhorar a apresen-tação.

Definindo efeitos de transiçãoApresentar aos alunos como melho-rar a apresentação do trabalho utili-zando animações entre telas

Internet no labo-ratório

3 h

Utilizando o slide mestreExpor ao aluno a possibilidade de pa-dronizar o trabalho dinamicamente a partir de uma tela principal.

7.USO DE IMPRESSORA E TRATAMENTO DE IMAGENSTratamento de imagens

Apresentar os conceitos de trata-mento de imagens e as principais fer-ramentas

Principais padrões de imagensResolução de imagem digitalConhecendo e utilizando Gimp

Máquina fotográ-ficaFilmadoraInternetData show

6h

Impressora Ensinar os alunos a instalar e utilizar a impressora

Instalação e configuração de impres-soraCompartilhamento de impressora e utilização de scanner

MicrocomputadorImpressoraData show

Page 95: Manual das Estações de Metarreciclagem

PEstações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 95

8.1 COMO TER RECEPTIVIDADE NA

COMUNIDADE?

Como estamos falando de avaliação. Faça sempre que possí-vel visita às principais lideranças da comunidade, pergunte como está sendo a receptividade das pessoas junto ao empreendimento social.

Outro ponto importante é a elaboração de um cronograma de visitas, veja alguns lugares que você não pode esquecer:

• Escolas públicas do bairro e próximas ao empreendi-mento.

• Associação de bairro.

• Estabelecimento religioso, dependendo da crença da comunidade.

• Clube desportivo público.

• Poder público municipal (Prefeitura e Câmara de Ve-readores).

• Secretaria Municipal de Educação.

Há lugares que você deve evitar:

• festejos políticos – afinal estamos em ano eleitoral; e

• eventos de cunho religioso, tipo: retiros de jovens, missa ao ar livre etc.

8 - PROCESSO COMUNITÁRIO

Page 96: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

96

8.1.1 O QUE FAZER DURANTE ESTAS

VISITAS?

Apresente o seu empreendimento social, e fale sobre as principais atividades, pergunte se os presentes conhece alguém atendido pelo projeto.

SUGESTÃO

Elabore um formulário com perguntas simples e distribua aos presentes, no futuro as respostas serão valiosas para o processo de avaliação contínua. Leve folder e tire fotos para registrar o momento.

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AEstações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 97

CONSTITUIÇÃO CIVIL

1- INTRODUÇÃO

Neste artigo serão abordados os pontos principais da cons-tituição de uma entidade sem fins lucrativos, conforme definido no Código Civil e leis específicas, além de explorar os aspectos ligados as formas de tributação desse tipo de entidade e suas obrigações aces-sórias com as fazendas federal, estadual e municipal. Para ilustrar melhor todos os pontos abordados será utilizado como exemplo um modelo de constituição de uma ONG – Organização não governa-mental.

2 - CONSTITUIÇÃO – ONG

Conforme o Conselho Federal de Contabilidade – CFC, as ONGs são pessoas jurídicas formadas pela união de pessoas que se organizam para a realização de atividades não-econômicas, ou seja, sem finalidades lucrativas.

ANEXO

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Estações de Metarreciclagem

98

2.1 PROCEDIMENTOS PARA CONSTITUIÇÃO DE

UMA ONG

O art. 53 do Código Civil traz a definição legal de associação dizendo: “constituem as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”.

2.1.1 ATA DE CRIAÇÃO DA ONG

Feita a assembléia, deverá se elaborada a ata de criação da associação, na qual constará:

a) explicitamente, a informação de se tratar de uma ata de criação com a denominação da associação; b) nome e CPF de cada associado fundador; c) a pauta da reunião (criação da associação, aprovação do estatuto, definição da sede e eleição dos membros dos órgãos internos da associação). A ata deverá ser assinada por todos os associados fundadores ou acompanhada por uma lista de presença que contenha a identificação dos presentes.

2.1.2 ESTATUTO DE UMA ONG

O estatuto deverá conter, no mínimo, os seguintes requisitos legais, conforme arts. 46 e 54 do Código Civil, combinados com o art. 120 da Lei nº 6015/73:

a) a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver; b) o nome e a individua-lização dos instituidores e dos diretores (é preferível que esse item seja contemplado na ata de criação e não no estatuto, como já foi comentado); c) o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; d) se o estatuto é reformável no tocante à administração, e de que modo;

e) se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; f) as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso;

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 99

g) os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; h) os direitos e deveres dos associados; i) as fontes de recursos para a sua manutenção; j) o modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos; k) as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução.”

Se o estatuto não contemplar os itens a, g, h, i, j e k, será considerado nulo, para todos efeitos legais, conforme dispõe o art. 54 do Código Civil.

De acordo com o CFC, o estatuto elaborado para ser levado a registro precisa estar assinado pelo presidente da associação e por um advogado, que fará constar o número de seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.

2.1.3 REGISTRO CIVIL DA ATA DE CRIA-

ÇÃO E DO ESTATUTO DA ONG

Elaborados a ata e o estatuto nos moldes descritos anterior-mente, deverão ser levados a registro no cartório de registro de pessoas jurídicas. O registro no cartório far-se-á mediante apresentação de, no mínimo, duas vias da ata de criação e duas do estatuto, acompanhadas de petição do representante legal da associação.

3 - ASPECTOS TRIBUTÁRIOS DE ENTIDADES

SEM FINS LUCRATIVOS

Em virtude de o sistema tributário brasileiro ser classifi-cado como um sistema rígido, em que na constituição brasileira são relacionados um a um os impostos que a união, estados e municípios, podem nas suas competências instituir ou cobrar dos contribuintes, vamos utilizar a legislação de Minas Gerais para lidar com os tributos relativos ao âmbito estadual e da legislação do município de Belo Ho-rizonte em relação ao âmbito municipal para facilitar o entendimento e servir de base de outras pesquisas.

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Estações de Metarreciclagem

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3.1 - IMUNIDADE

Segundo Carrazza (2004), a imunidade tributária é um fe-nômeno de natureza constitucional. A doutrina tradicional classifica as imunidades em subjetivas e objetivas. Segundo Higuchi (2006), a imunidade subjetiva é própria da pessoa jurídica que goza de imunidade. Assim, a União, os Estados e os Municípios não podem instituir impostos, sendo que as pessoas jurídicas que exploraram atividades econômicas regida pelas normas aplicáveis a empreendi-mentos privados, não podem gozar da imunidade. Já a imunidade objetiva da operação que é imune, por exemplo, venda de livros, jornais e periódicos. Neste caso a pessoa jurídica não tem imunidade. Conforme artigo 150 da Constituição Federal de 1988, dispõe que:

“Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao con-tribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: (…) VI – instituir impostos sobre: (…) c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei”

3.2 - ÂMBITO FEDERAL

3.2.1- IR

Tomando-se como base o art. 150 da CF, em que a imuni-dade tributária é explicita para as entidades sem fins lucrativos desde que cumpram os requisitos de lei complementar, não há que se falar de recolhimento de Imposto de Renda sobre suas receitas, visto que a CF lhe garante tal tratamento diferenciado.

3.2.2 - INSS

A contribuição da cota patronal do INSS também é passível de imunidade. Apesar de a norma Constitucional, no § 7º do art. 195, falar em isenção. Conforme CFC, a juris-prudência do Supremo Tribunal Federal entende que, por ser

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 101

tratada na Constituição Federal, é imunidade e não isenção. O decreto 3.048 de 06 de maio de 1.999 que aprova o regulamento da Previdência Social, no seu art. 206 trata da isenção de contribuições relacionadas nos arts. 201, 202 e 204 referente ao item IV que diz, “promova, gratuitamente e em caráter exclusivo, a assistência social beneficente a pessoas carentes, em especial a crianças, adolescentes, idosos e portadores de deficiência;”

3.2.3 - PIS/COFINS

A ONG se enquadra conforme o disposto na MP nº. 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, atualmente em vigor, em seu art. 13, relaciona as entidades sem fins lucrativos, sujeitas ao pagamento da contribuição PIS/PASEP calculada sobre a s folha de salários à alíquo-ta de 1%, dentre elas no item III estão as instituições de educação e de assistência social. Na COFINS segundo art. 14 da mesma lei dispõe que em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01 de fev. de 1.999, são isentas da COFINS as receitas relativas às atividades próprias das entidades.

3.2.4 - CSLL

A L e i n º 7 . 6 8 9 d e 1 5 d e d e z e m b r o d e 1 .988 inst i tuiu a contribuição social sobre os lucros. Em 10 de dezembro de 1997, a Lei nº 9.532 veio dispor que as ins-tituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e cientifico e as associações civis sem fins lucrativos estão isentas da CSLL.

3.2.5 - TÍTULO DE UTILIDADE PÚBLICA

FEDERAL

Título conferido pelo Ministro da Justiça, por meio de decreto, desde que a fundação ou associação atenda aos seguintes requisitos, de acordo com o Decreto nº 50.517/61, modificado pelo Decreto nº 60.931/67:

a) que se constitua no país; b) que tenha personalidade jurídica; c) que tenha estado em normal funcionamento, nos últimos

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Estações de Metarreciclagem

102

3 (três) anos, em respeito aos estatutos; d) não-remuneração nem recebimento de vantagens pelos diretores e associados; e) que com-prove, por meio de relatórios trianuais, a promoção de educação, de atividades científicas, culturais, artísticas ou filantrópicas; f) que os diretores possuam folha corrida e moralidade comprovada; g) que se obriga a publicar, anualmente, a demonstração de superávit ou déficit do período anterior, desde que contemplada consubvenção da União.”

Esta mesma lei trata de alguns benefícios conseguidos a partir da obtenção do Titulo de Utilidade Pública Federal tais como, receber subvenções, auxílios e doações da União, realizar sorteios (Lei nº 5.768/71, art. 4º), requerer a isenção da cota patronal para o INSS, observados os demais requisitos do art. 55 da Lei n° 8.212/91, receber doações de em-presas, dedutíveis em até dois por cento do lucro operacional da pessoa jurídica doadora, antes de computada a sua dedução, conforme inciso III do parágrafo 2º do art. 13 da Lei n° 9.249/95 e receber o Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos, concedido pelo Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS, atendidos os demais requisitos. O incentivo para empresas privadas efetuarem doações a ONGs baseia-se na Lei supracitada, objetivando em sua maioria a redução dos impostos e me-lhorando sua imagem no âmbito social.

3.3 - ÂMBITO ESTADUAL

Conforme o art.155 da CF. compete aos Estados e ao Dis-trito Federal instituir imposto sobre: “I – Transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos; II – Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação…; III – Propriedade de veículos automotivos.”

3.3.1 ITCD

De acordo com a lei 12.426 de 27 de dezembro de 1.996, que dispõe sobre o Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD). Conforme o inciso V do art.2 não será cobrado ITCD de quem quer que seja o doador se destinadas as referidas doações a instituições de assistência social, as educacionais, culturais e esportivas, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, dentre outras.

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 103

3.3.2 ICMS

Conforme RICMS no capitulo IX, seção I, subseção I, art. 55, a definição do contribuinte do ICMS (Imposto sobre Opera-ções relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-nicação), é dada conforme sua condição de pessoa constituída ou registrada que pratique com habitualidade ou volume atividades no intuito comercial a operação ou prestação referentes a transportes, e de telecomunicações. A ONG não será contribuinte de ICMS, pois não realiza operações de comercialização, industrialização ou transporte de mercadorias.

3.3.3 IPVA

São isentos do IPVA (Imposto Sobre Propriedade de Ve-ículos Automotores), conforme Lei Estadual 14.937/ 2003, art. 3º itens I e III, veículos adquiridos por deficientes físicos e veículos utilizados por entidades filantrópicas declaradas pelo estado como de utilidade pública.

3.4 - ÂMBITO MUNICIPAL

Conforme o art. 156, da CF, compete aos Municípios instituir impostos sobre:

“I – propriedade predial e territorial urbana; II – transmis-são “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.”

3.4.1 - ISSQN

O art. 1° do decreto 4.195 de 06 de abril de 1.982 considera entida-de educacional e sócio-assistencial a sociedade que tenha personalidade jurídica própria e que possua caráter permanente e sem fins lucrativos.

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Estações de Metarreciclagem

104

As entidades referidas no conceito apresentado pelo art. 1º, serão reconhecidas imunes tributariamente pelo município, fica abrigado à observância do cumprimento dos requisitos do art. 14 da Lei 5.172/66.

O disposto na alínea c do inciso IV do artigo. 9 diz: é su-bordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:

“I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; II – aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institu-cionais; III – manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. § 1.º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1 do artigo 9, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício. § 2.º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo. 9 são exclusivamente os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previsto nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.”

3.5.2 IPTUPela Constituição de 1988 no seu art. 150, inciso VI, c,

tem direito à Imunidade do IP-TU - (Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana), devido à vedação de instituir impostos e contri-buições que tenham por base de calculo o valor do patrimônio das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos. Para tal beneficio é também exigido o reconhecimento da imunidade concedido pela prefeitura.

3.5.3 ITBIPor ser um tributo apurado a partir do valor do patrimônio

será levado em conta o disposto no art. 150 da CF, para não cobrança do mesmo quando ocorrer aquisições de bens imóveis por parte da entidade sem fins lucrativos.

Page 105: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 105

4 - DECLARAÇÕES

4.1 DIPJ – DECLARAÇÃO DE INFORMAÇÕES

ECONÔMICO-FISCAIS DA PESSOA JURÍDICA

Em relação a DIPJ de 2.009 ano base 2.008, ainda não há legislação tratando sobre essa matéria, mas no entanto tomando por base a última instrução normativa da SRF, observa-se a obrigatorieda-de da entrega por parte das entidades sem fins lucrativas amparadas pela imunidade ou/e isenção.

4.2 - DCTF – DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES

E CRÉDITOS FEDERAIS

De acordo com a Instrução Normativa SRF nº 583, de 20 de Dezembro de 2005 em seu art. 2º as pessoas jurídicas em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e isentas, deverão apresentar, de forma centralizada mensalmente ou semestralmente a DCTF. Estão obrigadas à apresentação da DCTF mensal a pessoa jurídica cuja receita bruta auferida no período anterior correspondente à DCTF for superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais); ou cujo somatório dos débitos declarados nas DCTF correspondentes ao pe-ríodo anterior tenha sido superior a R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais). As pessoas jurídicas enquadradas no Sistema Integrado de Pagamento de Imposto e Contribuição (Simples); as imunes e as isen-tas, cujo valor mensal de imposto e contribuição a declarar na DCTF seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) e as que se mantiveram inativa desde o inicio do ano-calendário a que se refere as DCTF estão dispensadas da apresentação da DCTF.

Page 106: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

106

4.3 DACON – DEMONSTRATIVO DE APURAÇÃO

DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

De acordo com o art. 4º, inciso II da Instrução Normativa RFB nº 940, de 19 de maio de 2009, estão dispensadas da apresentação do DACON; as pessoas jurídicas imunes e isentas do imposto de renda, cujo valor mensal das contribuições a serem informadas no DACON seja inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais). No caso de apresentação semestral da DACON o art. 8º dessa mesma instrução define que até o quinto dia útil do mês de outubro de cada ano, no caso de demonstrativo relativo ao 1º semestre-calendário; e do mês de abril de cada ano, no caso de demonstrativo relativo ao 2º semestre-calendário do ano anterior.

4.4 DIRF – DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE

RENDA RETIDO NA FONTE

De acordo com o art. 1º da Instrução Normativa FRB nº 888, de 19 de novembro de 2008, fica obrigado a apresentar a Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF), quem tiver pagado ou creditado rendimentos que tenham sofrido retenção do imposto de renda na fonte, ainda que em um único mês do ano-calendário.

“Inciso I – estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive as imunes ou isentas;”

Ficam também obrigadas à apresentação da DIRF as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda que em único mês do ano-calendário a que se referir a DIRF, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o PIS/PASEP sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas.

Page 107: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 107

4.5 DES – Declaração Eletrônica de Serviços

Segundo o Decreto n. 11.467 de outubro de 2003, em seu art. 4º, estabelece a obrigação de apresentar a DES, onde consta a demonstração de serviços prestados e tomados, é de todas as pessoas jurídicas estabelecidas no Município, contribuintes ou não do ISSQN, mesmo as que gozem de isenção ou imunidade.

CONCLUSÃO

Conclui-se que as normas que regulamentam constituição de entidades sem fins lucrativos estão previstas na constituição federal e demais regulamentações, para disciplinar as entidades de cunho social, cultural, religioso, sindical e educacional. Dessa forma nota-se a distribuição de funções dos entes da união relacionado aos projetos sociais, educação, cultura e direito dos trabalhadores por outro lado grupos de pessoas que queiram fortalecer seu segmento através de sindicatos e associações, podem fazer uso dessa norma constitucional para ter força em situações que exijam a presença de representantes de segmento organizados afim de demandar propostas e soluções as suas necessidades.1

1 BRASIL, CFC. Manual de procedimentos contábeis e prestação de contas das entidades de interesse social / Conselho Federal de Contabilidade. – Brasília : CFC, 2003. 128 p.

Page 108: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Formulários Administrativo/Financeiro

QUESTIONÁRIO SÓCIO-ECONÔMICO

ESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM DE SANTOS (SP)

PREZADOS(AS)JOVENSMORADORESDESANTOSEENTORNO,ESTEQUESTIONÁRIOVISACONHECERMELHOROPERFILDOSCANDIDATOSQUEESTÃOEMBUSCADEVAGASPARAOSCUR-SOSOFERTADOSPELAESTAÇÃODEMETARRECICLAGEMDESANTOS(SP).

TODOS OS DADOS OBTIDOS DESTE QUESTIONÁRIO SERÃO CONFIDENCIAIS!

TODASASQUESTÕESVISAMAPENASÀCOLETADEINFORMA-ÇÕESOUDEOPNIÕES.NÃOHÁRESPOSTASCERTASOUERRA-DAS.PORTANTO,PORFAVOR,NÃODEIXENENHUMAQUESTÃOSEMRESPOSTA!

QUESTIONÁRIONome:Endereço completo:

Em que ano você nasceu?

Qual o seu sexo?

(A)Feminino.

(B)Masculino.

Como você se considera:

(A)Branco(a).

(B)Pardo(a).

(C)Preto(a).

(D)Amarelo(a).

(E)Indígena.

108

Estações de Metarreciclagem

Page 109: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Qual seu estado civil?

(A)Solteiro(a).

(B)Casado(a)/moracomum(a)companheiro(a).

(C)Separado(a)/divorciado(a)/desquitado(a).

(D)Viúvo(a).

Onde e como você mora atualmente?

(A)Emcasaouapartamento,comminhafamília.

(B)Emcasaouapartamento,sozinho(a).

(C)Emquartooucômodoalugado,sozinho(a).

(D)Emhabitaçãocoletiva:hotel,hospedaria,quartel,

pensionato,repúblicaetc.

(E)Outrasituação.

Quem mora com você? Sim Não

Morosozinho(a)(A)(B)

Pai(A)(B)

Mãe(A)(B)

Esposa/marido/companheiro(a)(A)(B)

Filhos(A)(B)

Irmãos(A)(B)

Outrosparentes(A)(B)

Amigosoucolegas(A)(B)

Fundação Banco do Brasil 109

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 110: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Quantas pessoas moram em sua casa?

(Contando com seus pais, irmãos ou outros

parentes que moram em uma mesma casa).

(A)Duaspessoas.

(B)Trêspessoas.

(C)Quatropessoas.

(D)Cincopessoas.

(E)Seispessoas.

(F)Maisdeseispessoas.

(G)Morosozinho(a).

Quantos filhos você tem?

(A)Umfilho.

(B)Doisfilhos.

(C)Trêsfilhos.

(D)Quatrooumaisfilhos.

(E)Nãotenhofilhos.

Até quando seu pai estudou?

(A)Nãoestudou.

(B)Da1ªà4ªsériedoensinofundamental(antigoprimário).

(C)Da5ªà8ªsériedoensinofundamental(antigoginásio).

(D)Ensinomédio(2ºgrau)incompleto.

A(E)Ensinomédio(2ºgrau)completo.

110

Estações de Metarreciclagem

Page 111: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

(F)Ensinosuperiorincompleto.

(G)Ensinosuperiorcompleto.

(H)Pós-graduação.

(I)Nãosei.

Até quando sua mãe estudou?

(A)Nãoestudou.

(B)Da1ªà4ªsériedoensinofundamental(antigoprimário).

(C)Da5ªà8ªsériedoensinofundamental(antigoginásio).

(D)Ensinomédio(2ºgrau)incompleto.

(E)Ensinomédio(2ºgrau)completo.

(F)Ensinosuperiorincompleto.

(G)Ensinosuperiorcompleto.

(H)Pós-graduação.

(I)Nãosei.

Em que seu pai trabalha ou trabalhou, na maior parte da

vida?

(A)Naagricultura,nocampo,emfazendaounapesca.

(B)Naindústria.

C)Nocomércio,banco,transporteououtrosserviços.

(D)Funcionáriopúblicodogovernofederal,estadualou

municipal.

Fundação Banco do Brasil 111

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 112: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

((E)Profissionalliberal,professoroutécnicodenível

superior.

(F)Trabalhadordosetorinformal(semcarteiraassinada).

(G)Trabalhaemcasaemserviços(costura,cozinha,aulas

particularesetc.).

(H)Nolar.

(I)Nãotrabalha.

(J)Nãosei.

Em que sua mãe trabalha ou trabalhou, na maior parte da

vida?

(A)Naagricultura,nocampo,nafazendaounapesca.

(B)Naindústria.

(C)Nocomércio,banco,transporteououtrosserviços.

(D)Comotrabalhadoradoméstica.

(E)Comofuncionáriadogovernofederal,estadualou

municipal.

(F)Comoprofissionalliberal,professoraoutécnicadenível

superior.

(G)Nolar.

(H)Trabalhaemcasaemserviços(comida,costura,aulas

particularesetc.).

(I)Nãotrabalha.

(J)Nãosei.

112

Estações de Metarreciclagem

Page 113: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Somando a sua renda com a renda das pessoas que

moram com você, quanto é, aproximadamente, a renda

familiar?

(Considere a renda de todos que moram na sua casa.)

(A)Até1saláriomínimo(atéR$415,00inclusive).

(B)De1a2saláriosmínimos(deR$415,00atéR$830,00

inclusive).

(C)De2a5saláriosmínimos(deR$830,00até

R$2.075,00inclusive).

(D)De5a10saláriosmínimos(deR$2.075,00até

R$4.150,00inclusive).

(E)De10a30saláriosmínimos(deR$4.150,00até

R$12.450,00inclusive).

(F)De30a50saláriosmínimos(deR$12.450,00até

R$20.750,00inclusive).

(G)Maisde50saláriosmínimos(maisdeR$20.750,00).

(H)Nenhumarenda.Quais e quantos dos itens abaixo há em sua casa?

1 2 3 ou mais Não tem

TV(A)(B)(C)(D)

Videocassetee/ouDVD(A)(B)(C)(D)

Rádio(A)(B)(C)(D)

Microcomputador(A)(B)(C)(D)

Automóvel(A)(B)(C)(D)

Fundação Banco do Brasil 113

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 114: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Máquinadelavarroupa(A)(B)(C)(D)

Geladeira(A)(B)(C)(D)

Telefonefixo(A)(B)(C)(D)

Telefonecelular(A)(B)(C)(D)

AcessoàInternet(A)(B)(C)(D)

TVporassinatura(A)(B)(C)(D)

Como é sua casa? Sim Não

Própria.(A)(B)

Éemruacalçadaouasfaltada.(A)(B)

Temáguacorrentenatorneira.(A)(B)

Temeletricidade.(A)(B)

Ésituadaemcomunidadeindígena.(A)(B)

Se você está trabalhando atualmente, qual a sua renda ou

seu salário mensal?

(A)Até1saláriomínimo(atéR$415,00inclusive).

(B)De1a2saláriosmínimos(deR$415,00aR$830,00

inclusive).

(C)De2a5saláriosmínimos(deR$830,00até

R$2.075,00inclusive).

(D)De5a10saláriosmínimos(deR$2.075,00até

R$4.150,00inclusive).

(E)De10a30saláriosmínimos(deR$4.150,00até

R$12.450,00inclusive).

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Estações de Metarreciclagem

Page 115: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

(F)De30a50saláriosmínimos(deR$12.450,00até

R$20.750,00inclusive).

(G)Maisde50saláriosmínimos(maisdeR$20.750,00).

(H)Nãoestoutrabalhando.

Você está trabalhando em alguma atividade para a qual

você se preparou?

(A)Sim.

(B)Não.

Em que você trabalha atualmente?

(A)Naagricultura(campo,fazenda,pesca).

(B)Naindústria.

(C)Nocomércio,banco,transporteououtrosserviços.

(D)Comotrabalhador(a)doméstico(a).

(E)Comofuncionário(a)dogovernofederal,estadualou

municipal.

(F)Comoprofissionalliberal,professor(a)outécnico(a)de

nívelsuperior.

(G)Nolar.

(H)Trabalhoemcasaemserviços(costura,comida,aulas

particularesetc.).

(I)Nãotrabalho.

Fundação Banco do Brasil 115

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 116: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Há quanto tempo você está trabalhando nessa atividade?

(A)Menosde1ano.

(B)Entre1e2anos.

(C)Entre2e4anos.

(D)Maisde4anos.Quantos anos você levou para concluir o

ensino fundamental (1º grau)?

(A)Menosde8anos.

(B)8anos.

(C)9anos.

(D)10anos.

(E)11anos.

(F)Maisde11anos.Em que ano você concluiu ou concluirá o

ensino médio (2º grau)?

(A)Vouconcluí-loapós2008

(B)Vouconcluí-lonosegundosemestre

de2008.

(C)Noprimeirosemestrede2008.

(D)Em2007.

(E)Em2006.

(F)Em2005.

(G)Em2004.

(H)Em2003.

116

Estações de Metarreciclagem

Page 117: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

(I)Entre2002e2001.

(J)Antesde2001..Em que tipo de escola você cursou ou

está cursando o ensino médio (2º grau)?

(A)Somenteemescolapública.

(B)Maiorparteemescolapública.

(C)Somenteemescolaparticular.

(D)Maiorparteemescolaparticular.

(E)Somenteemescolaindígena.

(F)Maiorparteemescolanão-indígena.

Em que modalidade de ensino você

concluiu ou vai concluir o ensino médio

(2º grau)?

(A)Ensinoregular.

(B)Educaçãoparajovenseadultos(antigo

supletivo).O que motivou você a procurar os Cursos da Estação de Metarre-ciclagem?

Você acredita que após a capacitação terá facilidade para ingressar no mercado de trabalho? Por quê?

Fundação Banco do Brasil 117

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 118: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Questionário aplicado por:Data da aplicação:Horário:

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Estações de Metarreciclagem

Page 119: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Termo de DoaçãoESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM DE ......................(...)

DOADOR E DONATÁRIONomedoDoador: nacionalidadeProfissão/Atividade: CNPJ/CPFn.ºresidenteedomiciliadoàRua/Av.n.º apto./salan.º cidade estadoDoravante denominado DOADOR (A) e aESTAÇÃO DE METARRECICLAGEM DE... ,comsedenaquadra...,iniciativadaONG...,inscritanoCNPJsobnúmero...,representadanesteATOpeloTécnicoemLogística,...adiantedenominadadeDONATÁRIAcelebramopresenteTERMODEDOAÇÃO,semencargoseemcaráterdefinitivonostermosabaixodiscriminados.

OBJETOOobjetodopresenteTERMOéaDOAÇÃO,semnenhumencargo,àDONATÁRIAdo(s)seguinte(s)equipamento(s):

Equipamento(nome,marcaemodelo) Valor

FINALIDADE

O(s)equipamento(s),recebido(s),destinam-seaorecondicionamentoqueseráfeitoporbolsistasdaEstaçãodeMetarreciclagemeposteriordoação,aorganizaçõessemfinslucrativosparapromoçãodainclusãodigitalnascomunidadesaquaisestãoinseridas.

ACORDOE, por estarem justos e acordados, assinam as partes o presente TERMO DE

DOAÇÃOem04(quatro)viasdeigualteor.

XXXXXXX,dede.

Donatária Doador(a)

1ªTestemunha 2ªTestemunha

Fundação Banco do Brasil 119

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 120: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

MODELODEFICHADEREGISTRODECOLABORADORESTAÇÃODEMETARRECICLAGEMDETERESINA(PI)

NOME:____________________________________________________________________

1) Relação de documentos para registro de funcionários (colaboradores):

•ExameMédicoAdmissional(Obrigatório)•CarteiradeTrabalho(CTPS)•01(uma)fotos3x4•CópiadecomprovantederesidênciaatualcomCEP•CópiadoRG•CópiadoCPF•CópiadaCarteiraNacionaldeHabilitação(CNH)•CópiadoTítulodeEleitor•CópiadaCertidãodeReservista•CópiadaCertidãodeCasamento•CópiadoRegistrodeNascimentodefilhosaté14anos•CópiaAUTENTICADAdaCarteiradeVacinaçãodefilhosaté6anos

ATENÇÃO: A Caixa Econômica Federal demora 10 dias para fornecer o número do PIS para o funcionário que não o possui. Portanto, encaminhar os documentos até o dia 20 para registro dentro do mês.

2) Informações do funcionário:

Endereço:_______________________________________________Nº.:__________

Complemento:___________________Bairro:________________________________

CEP:____________________Cidade:________________________________UF:________

Fone:(____)______________________Celular:(____)_________________________

E-Mail:_____________________________________________________________________

Graudeinstrução:____________________()Completo()Incompleto

EstadoCivil:_______________________________________________

3) Informação da Empresa (Questionário OBRIGATORIO)

Datadeadmissão:________/________/________

RemuneraçãoR$:___________Projeto:________________________________________

Função:________________________Departamento:_______________________________

Cargahorária:___________________Chefiaimediata:_____________________

Horáriodetrabalho:________________________ValeTransporte:()Sim()Não

ATENÇÃO: O REGISTRO DO FUNCIONARIO SÓ SERÁ EFETUADO MEDIANTE A APRESENTAÇÃO DESTA FICHA CADASTRO DEVIDAMENTE PREENCHIDA E CÓPIA DOS DOCUMENTOS LISTADOS

NO ITEM 1.

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Estações de Metarreciclagem

Page 121: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

FORMULÁRIODEENTRADAESAÍDADEMATERIAL

FORMULÁRIO DE ENTRADA E SAÍDA DE EQUIPAMENTOEstaçãodeMetarreciclagemdeTeresina(PI)

EsteformuláriodeveráserobrigatoriamentepreenchidoeapresentadonoSetordeLogísticadaEstaçãodeMetarreciclagem,juntamentecomosequipamentoseobjetosoralistados.

QTDE. DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTO DATA HORÁRIOENTRADA

HORÁRIOSAÍDA

Entrada de material:

DOADOR Responsávelpelaentrada RG

_________________________________________________AssinaturadoTécnicodeLogística(conferente)

Saída de material:

EmpresaTRANSPORTADORA Responsávelpelasaída RG

_________________________________________________AssinaturadoTécnicodeLogística(conferente)

Fundação Banco do Brasil 121

Estações de Metarreciclagem Estações de Metarreciclagem

Page 122: Manual das Estações de Metarreciclagem

EXEM

PLO

Avaliação de Desempenho Nome: _____________________________________________________________ Admissão: _____________________________________________________________ Cargo: _____________________________________________________________ Tempo na Função: _____________________________________________________________

Comentários Desempenho 1. Trabalho em time/ interpessoal (contribui ativamente para o esforço do time, ______________________________ divide seu conhecimento e experiência com ______________________________ os outros. Desenvolve relacionamento profissional ______________________________ e exibe conhecimentos organizacionais) 2. Comunicação (Eficaz em comunicação escrita e verbal; ouve e ______________________________ encoraja outros a expressar sua idéias e opiniões ______________________________ de modo objetivo) ______________________________ 3. Liderança (Encoraja o trabalho em time, tem influência sobre os ______________________________ demais, direciona e conduz projetos, estudos, etc) ______________________________ ______________________________ 4. Técnica/Funcional (Tem profundo conhecimento e capacidade em sua ______________________________ especialidade; usa dados quantitativos e financeiros de ______________________________ maneira hábil em suas argumentações) ______________________________ 5. Melhoria contínua (Age rapidamente para executar objetivos; tira vantagens das ______________________________ oportunidades e reage às mudanças; promove inovações, ______________________________ conhece o foco do cliente, divide as melhores práticas) ______________________________ 6. Gerenciamento Pessoal (Conhece projetos/objetivos das tarefas e datas limite; ______________________________ age com integridade, demonstra adaptabilidade, planejamento ______________________________ controle e organização) ______________________________ 7. Ponderação/Solução de Problemas ______________________________ (Toma decisões e faz julgamentos informais sobre como executar ______________________________ o trabalho; pensa estrategicamente, inovador e criativo nas ______________________________ propostas alternativas para solução de problemas) 8. Outros: Segurança, Produtividade, Zelo, Qualidade. _______________________________________________________________________________________ Assinatura do Colaborador Data Assinatura do Supervisor ou Coordenador Data Assinatura do Dirigente da Entidade Data

EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE AE PM I

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EE=Excedeu Expectativas AE=Atingiu Expectativas PM=Precisa Melhorar I=Insatisfatório

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Estações de Metarreciclagem

Page 123: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 123

Fotos

Neste módulo iremos apresentar os ferramentais básicos que deverão compor a sua Estação de Metarreciclagem, desde peças simples até sugestão de sinalização do espaço físico entre outros.

Ferramentas

Alicate de bico

Estações de Metarreciclagem

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Estações de Metarreciclagem

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Alicate de bico

Alicate de corte

Alicate comum

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 125

Tesoura escolar

Estilete

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Estações de Metarreciclagem

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Ferro de solda

Pincéis para limpeza

Page 127: Manual das Estações de Metarreciclagem

Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 127

Alicate de crimpagem

Multímetros analógico e digital

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Estações de Metarreciclagem

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Chaves de fenda e philips

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 129

Teste de rede

Estantes para estocagem

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Estações de Metarreciclagem

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Estantes para estocagem

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 131

Modelo de sinalização interna

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Estações de Metarreciclagem

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Modelo de etiqueta – equipamento pronto para doação

Modelo de fachada – entrada principal

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Estações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 133

Modelo: entrada principal - acessibilidade

Modelo de envelopamento do caminhão – estratégia de marketing

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Estações de Metarreciclagem

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AEstações de Metarreciclagem

Fundação Banco do Brasil 135

Anotações

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