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MANUAL DAS INDULGÊNCIAS. Normas e Concessões INTRODUÇÃO GERAL 1. Quando pela primeira vez foi editado este manual, pôs-se em prática a norma 13 da Constituição Apostólica: "O Manual das Indulgências seja revisto com o critério de se enriquecerem de indulgências somente as principais orações e as principais obras de piedade, caridade e penitência". 2. A respeito disso, as principais orações e as principais obras se consideram aquelas que, tendo em conta a tradição e a mudança dos tempos, parecem aptas, de modo especial, não só para ajudarem os fiéis na satisfação das penas merecidas por seus pecados, mas ainda, e excelentemente, para impulsionarem a um maior fervor de caridade. Neste princípio se apoiou o modo de composição do manual com nova ordem. 1 3. Segundo a tradição, a participação no sacrifício da missa e nos sacramentos não é enriquecida de indulgências, por causa de sua superior eficácia "para a santificação e purificação”. 2 Contudo, dão-se acontecimentos especiais, como a primeira comunhão, a primeira missa do neo-sacerdote, a missa no encerramento de congresso eucarístico. Nestes casos, concede- se a indulgência; mas ela não se atribui à participação da missa ou dos sacramentos, mas a essas circunstâncias extraordinárias. Deste modo, com o auxílio da indulgência se promove e se premia, por assim dizer, o desejo de consagração, que é próprio dessas celebrações, o bom exemplo que se dá aos outros, a honra que se presta à santa eucaristia e ao sacerdócio. Contudo, segundo a tradição, pode conceder-se a indulgência a várias obras de piedade particular ou pública; além disto, podem enriquecer-se com indulgências aquelas obras de caridade e penitência a que o nosso tempo atribui maior importância. Todas estas obras dotadas de indulgências, como qualquer outra boa ação e qualquer outro sofrimento suportado com paciência, não se separam, de modo algum, da missa e dos sacramentos, como fontes principais de santificação e purificação;3 pois as boas obras e sofrimentos tornam-se oblação dos próprios fiéis que se ajunta à oblação de Cristo no sacrifício eucarístico;4 e também, porque a missa e os sacramentos levam os fiéis ao cumprimento de seus deveres, de modo a "cumprirem na vida o que acolheram na fé";5 e a disporem, com os deveres cumpridos, os corações para mais frutuosa participação dos sacramentos. 6 4. Porque os tempos são outros, atribui-se agora maior importância à ação do cristão (operi operantis), e por esta razão não se enumeram, em longa lista, obras de piedade (opus operatum) como se fossem distintas de sua vida; apresenta-se apenas um número moderado de concessões7 que levem, com maior eficácia, o fiel a tornar sua vida mais útil e mais santa. Desta forma se tira "aquele desequilíbrio entre a fé que muitos professam e a vida cotidiana que vivem... e assim todos os esforços humanos, familiares, profissionais,

Manual Das Indulgencias

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Pequeno Manual em que consta as condições necessárias para se receber as indulgencias que a Igreja Católica concede aos seus fiéis.

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  • MANUAL DAS INDULGNCIAS. Normas e Concesses

    INTRODUO GERAL 1. Quando pela primeira vez foi editado este manual, ps-se em prtica a norma 13 da Constituio Apostlica: "O Manual das Indulgncias seja revisto com o critrio de se enriquecerem de indulgncias somente as principais oraes e as principais obras de piedade, caridade e penitncia".

    2. A respeito disso, as principais oraes e as principais obras se consideram aquelas que, tendo em conta a tradio e a mudana dos tempos, parecem aptas, de modo especial, no s para ajudarem os fiis na satisfao das penas merecidas por seus pecados, mas ainda, e excelentemente, para impulsionarem a um maior fervor de caridade. Neste princpio se apoiou o modo de composio do manual com nova ordem. 1

    3. Segundo a tradio, a participao no sacrifcio da missa e nos sacramentos no enriquecida de indulgncias, por causa de sua superior eficcia "para a santificao e purificao. 2

    Contudo, do-se acontecimentos especiais, como a primeira comunho, a primeira missa do neo-sacerdote, a missa no encerramento de congresso eucarstico. Nestes casos, concede-se a indulgncia; mas ela no se atribui participao da missa ou dos sacramentos, mas a essas circunstncias extraordinrias. Deste modo, com o auxlio da indulgncia se promove e se premia, por assim dizer, o desejo de consagrao, que prprio dessas celebraes, o bom exemplo que se d aos outros, a honra que se presta santa eucaristia e ao sacerdcio.

    Contudo, segundo a tradio, pode conceder-se a indulgncia a vrias obras de piedade particular ou pblica; alm disto, podem enriquecer-se com indulgncias aquelas obras de caridade e penitncia a que o nosso tempo atribui maior importncia.

    Todas estas obras dotadas de indulgncias, como qualquer outra boa ao e qualquer outro sofrimento suportado com pacincia, no se separam, de modo algum, da missa e dos sacramentos, como fontes principais de santificao e purificao;3 pois as boas obras e sofrimentos tornam-se oblao dos prprios fiis que se ajunta oblao de Cristo no sacrifcio eucarstico;4 e tambm, porque a missa e os sacramentos levam os fiis ao cumprimento de seus deveres, de modo a "cumprirem na vida o que acolheram na f";5 e a disporem, com os deveres cumpridos, os coraes para mais frutuosa participao dos sacramentos. 6

    4. Porque os tempos so outros, atribui-se agora maior importncia ao do cristo (operi operantis), e por esta razo no se enumeram, em longa lista, obras de piedade (opus operatum) como se fossem distintas de sua vida; apresenta-se apenas um nmero moderado de concesses7 que levem, com maior eficcia, o fiel a tornar sua vida mais til e mais santa. Desta forma se tira "aquele desequilbrio entre a f que muitos professam e a vida cotidiana que vivem... e assim todos os esforos humanos, familiares, profissionais,

  • cientficos ou tcnicos, numa sntese vital, se ajuntam com os bens religiosos, e com esta altssima coordenao tudo coopera para a glria de Deus. 8

    Foi preocupao principal abrir amplo espao vida e informar os coraes no esprito e exerccio da orao, penitncia e virtudes teologais, mais do que propor repeties de frmulas e atos.

    5. No manual, antes de se agruparem as vrias concesses, expem-se as normas, tiradas da Constituio Apostlica e do Cdigo de Direito Cannico. Pois pareceu til, para precaver possveis dvidas sobre o assunto, apresentar num s conjunto bem ordenado todas as disposies sobre as indulgncias em vigor atualmente.

    6. No manual se apresentam, em primeiro lugar, trs concesses que so como luzeiros para a vida cotidiana do cristo. A cada uma dessas trs mais gerais, para a utilidade e conhecimento dos fiis, se acrescentam notas para declarar que cada concesso se ajusta ao esprito do Evangelho e renovao proposta pelo Conclio Ecumnico Vaticano II.

    7. Segue-se a isto a lista das concesses que se referem a cada obra de piedade. So poucas, porque algumas obras esto includas nas trs concesses mencionadas. No que diz respeito s oraes, pareceu bom lembrar expressamente s de algumas de ndole universal. Sobre outras oraes, empregadas em vrios ritos e lugares, pode determinar a competente autoridade eclesistica.

    8. Ao manual acrescenta-se um apndice que contm uma srie de invocaes e apresenta o texto da Constituio Apostlica Indulgentiarum Doctrina.

    1 Cf. Aloc. de Paulo VI ao Colgio dos Cardeais e Cria, a 23 de dezembro de 1966 (AAS 59 [1967] p. 57). 2 Cf. const. apost. Indulgentiarum Doctrina, 1o de jan. de 1967, n. 11. 3 Cf. ib.

    4 Cf. Conc. Vat. II, const. dogm. sobre a Igreja,Lumen Gentium 34. 5 Missal Romano: orao da 2a. - feira da Pscoa.

    6 Cf. Conc. Vat. II, const. sobre a sagrada liturgia, Sacrosanctum Concilium 9-13.

    7 Cf. abaixo, principalmente, nn. I-III.

    8 Cf. Conc. Vat. II, const, past. sobre a Igreja no mundo de hoje, Gaudium et Spes 43.

    NORMAS SOBRE AS INDULGNCIAS 1. Indulgncia a remisso, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados j perdoados quanto culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condies, alcana por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redeno, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfaes de Cristo e dos Santos. 1

  • 2. A indulgncia parcial ou plenria, conforme liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida pelos pecados.2

    3. Ningum pode lucrar indulgncias a favor de outras pessoas vivas. 3

    4. Qualquer fiel pode lucrar indulgncias parciais ou plenrias para si mesmo ou aplic-las aos defuntos como sufrgio. 4

    5. O fiel que, ao menos com o corao contrito, faz uma obra enriquecida de indulgncia parcial, com o auxlio da Igreja, alcana o perdo da pena temporal, em valor correspondente ao que ele prprio j ganha com sua ao. 5 6. A diviso das indulgncias em pessoais, reais e locais j no se usa, para mais claramente constar que se enriquecem as aes dos fiis, embora sejam atribudas s vezes a coisas e lugares. 6

    7. Alm da autoridade suprema da Igreja, s podem conceder indulgncias aqueles a quem esse poder reconhecido pelo direito ou concedido pelo Romano Pontfice. 7

    8. Na Cria Romana, s Sagrada Penitenciaria se confia tudo o que se refere concesso e uso de indulgncias; excetua-se o direito da Congregao para a Doutrina da F de examinar o que toca doutrina dogmtica sobre as mesmas indulgncias. 8

    9. Nenhuma autoridade inferior ao Romano Pontfice pode conferir a outros o poder de conceder indulgncias, a no ser que isso lhe tenha sido expressamente concedido pela S Apostlica. 9

    10. Os Bispos e os equiparados a eles pelo direito, desde o princpio de seu mnus pastoral, tm os seguintes direitos:

    1 Conceder indulgncia parcial aos fiis confiados ao seu cuidado.

    2 Dar a bno papal com indulgncia plenria, segundo a frmula prescrita, cada qual em sua diocese, trs vezes ao ano, no fim da missa celebrada com especial esplendor litrgico, ainda que eles prprios no a celebrem, mas apenas assistam, e isso em solenidade ou festas por eles designadas.

    11. Os Metropolitas podem conceder a indulgncia parcial nas dioceses sufragneas, como o fazem na sua prpria diocese.

    12. Os patriarcas podem conceder a indulgncia parcial em cada um dos lugares do seu patriarcado, mesmo isentos, nas igrejas de seu rito fora dos confins do patriarcado e, em qualquer parte, para os fiis do seu rito. O mesmo podem os Arcebispos Maiores.

    13. O Cardeal goza do direito de conceder a indulgncia parcial em qualquer parte, mas s aos presentes em cada vez.

    14. Pargrafo 1. Todos os livros, opsculos, folhetos etc., em que se contm concesses de indulgncias, no se editem sem licena do ordinrio ou jerarca local.

  • Pargrafo 2. Requer-se licena expressa da S Apostlica para imprimir em qualquer lngua. A coleo autntica das oraes ou das obras pias a que a s Apostlica anexou indulgncias. 10

    15. Os que impetraram do Sumo Pontfice concesses de indulgncias para todos os fiis so obrigados, sob pena de nulidade da graa recebida, a mandar exemplares autnticos das mesmas Sagrada Penitenciaria.

    16. A indulgncia, anexa a alguma festa, entende-se como transferida para o dia em que tal festa ou sua solenidade externa legitimamente se transfere.

    17. Para ganhar a indulgncia anexa a algum dia, se exigida visita igreja ou oratrio, esta pode fazer-se desde o meio-dia precedente at a meia-noite do dia determinado.

    18. O fiel cristo que usa objetos de piedade (crucifixo ou cruz, rosrio, escapulrio, medalha) devidamente abenoados por qualquer sacerdote ou dicono, ganha indulgncia parcial. Se os mesmos objetos forem bentos pelo Sumo Pontfice ou por qualquer Bispo, o fiel ao us-los com piedade pode alcanar at a indulgncia plenria na solenidade dos Santos Apstolos Pedro e Paulo, se acrescentar alguma frmula legtima de profisso de f.11

    19. Pargrafo 1. A indulgncia anexa visita igreja no cessa, se o edifcio se arrune completamente e seja reconstrudo dentro de cinqenta anos no mesmo ou quase no mesmo lugar e sob o mesmo ttulo.

    Pargrafo 2. A indulgncia anexa ao uso de objeto de piedade s cessa quando o mesmo objeto acabe inteiramente ou seja vendido. 20. Pargrafo 1. Para que algum seja capaz de lucrar indulgncias, deve ser batizado, no estar excomungado e encontrar-se em estado de graa, pelo menos no fim das obras prescritas.

    Pargrafo 2. O fiel deve tambm ter inteno, ao menos geral, de ganhar a indulgncia e cumprir as aes prescritas, no tempo determinado e no modo devido, segundo o teor da concesso. 12

    21. Pargrafo 1. A indulgncia plenria s se pode ganhar uma vez ao dia.

    Pargrafo 2. Contudo, o fiel em artigo de morte pode ganh-la, mesmo que j a tenha conseguido nesse dia.

    Pargrafo 3. A indulgncia parcial pode ganhar-se mais vezes ao dia, se expressamente no se determinar o contrrio. 13

    22. A obra prescrita para alcanar a indulgncia plenria, anexa igreja ou oratrio, a visita aos mesmos: neles se recitam a orao dominical e o smbolo aos apstolos (Pai-nosso e Creio), a no ser caso especial em que se marque outra coisa. 14 23. Pargrafo 1. Para lucrar a indulgncia plenria, alm da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado at venial, requerem-se a execuo da obra enriquecida da indulgncia e o

  • cumprimento das trs condies seguintes: confisso sacramental, comunho eucarstica e orao nas intenes do Sumo Pontfice.15

    Pargrafo 2. Com uma s confisso podem ganhar-se vrias indulgncias, mas com uma s comunho e uma s orao alcana-se uma s indulgncia plenria.

    Pargrafo 3. As trs condies podem cumprir-se em vrios dias, antes ou depois da execuo da obra prescrita; convm, contudo, que tal comunho e tal orao se pratiquem no prprio dia da obra prescrita.

    Pargrafo 4. Se falta a devida disposio ou se a obra prescrita e as trs condies no se cumprem, a indulgncia ser s parcial, salvo o que se prescreve nos nn. 27 e 28 em favor dos "impedidos".

    Pargrafo 5. A condio de rezar nas intenes do Sumo Pontfice se cumpre ao se recitar nessas intenes um Pai-nosso e uma Ave-Maria, mas podem os fiis acrescentar outras oraes conforme sua piedade e devoo.

    24. Com a obra, a cuja execuo se est obrigado por lei ou preceito, no se podem ganhar indulgncias, a no ser que em sua concesso se diga expressamente o contrrio. Contudo, quem executa obra que penitncia sacramental e por acaso indulgenciada, pode ao mesmo tempo satisfazer a penitncia e ganhar a indulgncia.16

    25. A indulgncia anexa a alguma orao pode ganhar-se em qualquer lngua em que se recite, desde que a traduo seja fiel, por declarao da Sagrada Penitenciaria ou de um dos ordinrios ou jerarcas locais. 26. Para aquisio de indulgncias suficiente rezar a orao alternadamente com um companheiro ou segui-la com a mente, enquanto outro a recita.

    27. Os confessores podem comutar a obra prescrita ou as condies, em favor dos que esto legitimamente Impedidos ou impossibilitados de as cumprir por si prprios.

    28. Os ordinrios ou jerarcas locais podem alm disso conceder aos fiis que so seus sditos segundo a norma do direito, e que se encontrem em lugares onde de nenhum modo ou dificilmente possam se confessar e comungar, para que tambm eles possam ganhar a indulgncia plenria sem a atual confisso e comunho, contanto que estejam de corao contrito e se proponham aproximar-se destes sacramentos logo que puderem.

    29. Tanto os surdos como os mudos podem ganhar as indulgncias anexas s oraes pblicas, se, rezando junto com outros fiis no mesmo lugar, elevarem a Deus a mente com sentimentos piedosos; e tratando-se de oraes em particular, suficiente que as lembrem com a mente ou as percorram somente com os olhos.

    1 Indulg. Doctr., norma 1: const. apost. Indulgentiarum Doctrina, cf. infra,

    2 Ib., norma 2.

    3 Ib., norma 3.

    4 Ib., norma 5.

  • 5 Cf. cn. 994, CDC.

    6 Ib., norma 12.

    7 Cf. cn. 995, 1, CDC.

    8 Cf. const. apost. Regimini Ecclesiae Universae, 15 de ag. de 1967, n. 113: AAs 59, p. 113.

    9 Cf. cn. 995, 2, CDC.

    10 Cf. cn. 826, 3, CDC.

    11 Indulg. Doctr. , norma 17.

    12 Cf. cn. 996, CDC.

    13 Indulg. Doctr. , norma s 6 e 18.

    14 Ib., norma 16.

    15 Cf. ib., normas 7,8,9,10.

    16 Cf. ib., norma 11.

    TRS CONCESSES MAIS GERAIS INTRODUO 1. Propem-se em primeiro lugar trs concesses de indulgncias, com as quais se aconselha o fiel a informar de esprito cristo1 as aes de sua existncia cotidiana e a tender em seu estado de vida perfeio da caridade.2

    2. A primeira e segunda concesso equivalem a muitas concesses que existiam outrora de maneira diferente. A terceira convm especialmente aos nossos tempos em que os fiis devem ser movidos penitncia, alm da obrigao da abstinncia e do jejum, alis bastante mitigada.3

    3. As trs concesses so de fato mais gerais e cada uma delas abraa vrias obras do mesmo gnero. Contudo, nem todas essas obras so enriquecidas de indulgncias, mas s as que so feitas de maneira e inteno particulares.

    Considere-se, por exemplo, a primeira concesso, cujos termos so os seguintes: "Concede-se indulgncia parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerncia das aflies da vida, ergue o esprito a Deus com humilde confiana, acrescentando alguma piedosa invocao, mesmo s em pensamento".

    Por esta concesso so enriquecidos de indulgncias somente os atos em que o fiel, ao cumprir seus deveres e ao suportar as aflies da vida, eleva o esprito a Deus, como se prope. Estes atos especiais, pela fraqueza humana, no so to freqentes.

  • Mas se algum to diligente e fervoroso que estende tais atos a vrios momentos do dia, ento com justia merece, alm de copioso aumento de graa, mais amplo perdo da pena temporal e pode ajudar com mais abundncia de mritos s almas do purgatrio. Quase o mesmo se deve dizer das outras duas concesses.

    4. As trs concesses, como claro, de modo especial, concordam com o Evangelho e com a doutrina da Igreja, lucidamente proposta pelo Conclio Vaticano 11. Para comodidade dos fiis, os textos tirados da Sagrada Escritura e das Atas do Conclio, que se referem a cada uma das concesses, se aduzem a seguir.

    CONCESSES Concede-se indulgncia parcial ao fiel que, no cumprimento de seus deveres e na tolerncia das aflies da vida, ergue o esprito a Deus com humilde confiana, acrescentando alguma piedosa invocao, mesmo s em pensamento.

    Por esta primeira concesso os fiis, executando o mandato de Cristo: " preciso orar sempre e no desistir",4 so como que conduzidos pela mo e ao mesmo tempo aconselhados ao cumprimento de seus deveres, de modo a conservar e aumentar sua unio com Cristo.

    Mt 7,7-8: Pedi e ser dado, buscai e achareis, batei e ser aberto. Pois todo aquele que pede recebe, quem procura acha, e a quem bate se abre.

    Mt 26,41: Vigiai e rezai para no cairdes em tentao.

    Lc 21,34-36: Estai atentos, para que o vosso corao no fique insensvel por causa... das preocupaes da vida... Vigiai sempre e orai.

    At 2,42: Freqentavam com assiduidade a doutrina dos apstolos, as reunies em comum, o partir o po e as oraes.

    Rm 12,12: Sede alegres na esperana, pacientes na tribulao e perseverantes na orao.

    1Cor 10,31: Quer carnais, quer bebais, quer faais qualquer outra coisa, fazei tudo para glria de Deus.

    Ef 6,18: Vivei em orao e splicas. Rezai em todo tempo no Esprito. Guardai vigilncia contnua na orao e intercedei por todos os santos.

    CI 3,17: E tudo quanto fizerdes por palavras ou obras, fazei em nome do Senhor Jesus, dando graas a Deus Pai, por ele.

    CI 4,2: Aplicai-vos com assiduidade e vigilncia orao, acompanhada de ao de graas.

    1Ts 5,17-18: Orai sem cessar: em todas as circunstncias dai graas.

    Conclio Vaticano II, const. dogm. sobre a Igreja, Lumen Gentium 41: "Portanto todos os fiis cristos nas condies, ofcios ou circunstncias de sua vida, e atravs disto tudo, dia a dia, mais se santificaro, se com f tudo aceitam da mo do Pai celeste e cooperam com a

  • vontade divina, manifestando a todos, no prprio servio temporal, a caridade com que Deus amou o mundo".

    Conclio Vaticano II, decr. sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam Actuositatem 4: "Esta vida ntima de unio com Cristo na Igreja alimenta-se por meios espirituais que ... devem ser de tal sorte utilizados pelos leigos que estes, enquanto cumprem corretamente as funes mesmas do mundo nas condies ordinrias da vida, no separem a unio com Cristo de sua vida, mas cresam nela, enquanto realizam o prprio trabalho segundo a vontade de Deus... Nem os cuidados pela famlia, nem os demais assuntos seculares devem ser estranhos espiritualidade da sua vida, segundo a expresso do Apstolo: 'O que quer que faais por palavra ou por ao, fazei-o em nome do Senhor Jesus Cristo, dando graas a Deus Pai por ele'''.5

    Conclio Vaticano II, const. past. sobre a Igreja no mundo de hoje, Gaudium et Spes 43: "Este divrcio entre a f professada e a vida cotidiana de muitos deve ser enumerado entre os erros mais graves do nosso tempo... Portanto no se crie oposio artificial entre as atividades profissionais e sociais de uma parte, e de outra, a vida religiosa... Alegrem-se antes os cristos porque podem desempenhar todas as atividades terrestres, unindo os esforos humanos, domsticos, profissionais, cientficos ou tcnicos em sntese vital com os valores religiosos, sob cuja soberana direo todas as coisas so coordenadas para a glria de Deus".

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que, levado pelo esprito de f, com o corao misericordioso, dispe de si prprio e de seus bens no servio dos irmos que sofrem falta do necessrio.

    O fiel atrado por esta concesso de indulgncia para que, seguindo o exemplo e preceito do Cristo Jesus,6 execute mais freqentemente obras de caridade ou de misericrdia.

    Contudo, nem todas as obras de caridade so enriquecidas de indulgncia, mas s as que so feitas "para servio dos irmos que sofrem falta do necessrio" como comida ou roupa para o corpo, ou consolao para alma.

    Mt 25,35-36 e 40: Tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes estive nu e me vestistes, enfermo e me visitastes, estava preso e viestes me ver... em verdade vos digo, todas as vezes que a fizestes a um destes meus irmos menores, a mim o fizestes.

    Jo 13,34-35: Um novo preceito eu vos dou: que vos ameis uns aos outros. Assim como eu vos amei, amai-vos tambm uns aos outros. Todos ho de conhecer que sois meus discpulos, se vos amardes uns aos outros.

    Rm 12,8.10-11 e 13: Se distribuir esmolas, faa-o com simplicidade... quem exerce a misericrdia, que o faa com afabilidade... Sede cordiais no amor fraterno entre vs. Rivalizai em honrar-vos reciprocamente. No relaxeis no zelo. Sede fervorosos de esprito. Servi ao Senhor... Socorrei as necessidades dos fiis. Esmerai-vos na prtica da hospitalidade.7

    1Cor 13,3: E se repartir toda a minha fortuna... mas no tiver a caridade, nada disso me aproveita.

  • GI 6,10: Por conseguinte, enquanto dispomos de tempo, faamos bem a todos, especialmente aos irmos na f.

    Ef 5,2: Progredi na caridade segundo o exemplo de Cristo que nos amou.

    1Ts 4,9: Vs mesmos a prendestes de Deus a vos amar uns aos outros.

    Hb 13,1: Perseverai no amor fraterno.

    Tg 1,27: A religio pura e imaculada diante de Deus Pai visitar os rfos e as vivas em suas tribulaes e conservar-se sem mancha neste mundo.8

    1Pd 1,22: Em obedincia verdade, vos purificastes para praticardes um amor fraterno sincero. Amai-vos, pois, uns aos outros ardentemente do fundo do corao.

    1Pd 3,8-9: Finalmente, tende todos um mesmo sentir, sede compassivos, fraternais, misericordiosos, humildes. No pagueis mal com mal, nem injria com injria. Ao contrrio, abenoai, pois fostes chamados para serdes herdeiros da bno.

    2Pd 1,5-7: Por estes motivos esforai-vos quanto possvel... para unir piedade a estima fraterna, e estima fraterna o amor.

    1Jo 3,17-18: Quem possuir bens deste mundo e vir o irmo passando necessidade, mas lhe fechar o corao, como poder estar nele o amor de Deus? Meus filhinhos, no amemos com palavra nem de boca, mas com obras e verdade.

    Conclio Vaticano II, decr. sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam Actuositatem 8: "Onde quer que haja algum que carece de comida e bebida, de roupa, casa, medicamentos, trabalho, instruo, de condies necessrias para uma vida realmente humana, que esteja atormentado pelas tribulaes ou doena, que sofra exlio ou priso a a caridade crist deve procur-lo e descobri-lo, alivi-lo com carinhosa assistncia e ajud-lo com auxlios oportunos... Para que o exerccio desta caridade esteja acima de qualquer crtica e se apresente como tal; olhe-se no prximo a imagem de Deus, segundo a qual foi criado, e o Cristo Senhor, a quem na realidade se oferece o que dado ao indigente".

    Conclio Vaticano II, decr. sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam Actuositatem 31c: "Uma vez que as obras de caridade e misericrdia apresentam testemunho luminoso de vida crist, a formao apostlica deve levar tambm prtica das mesmas, para que aprendam os fiis, desde a infncia, a sofrer com os irmos e a auxiliar de corao generoso os que sofrem".

    Conclio Vaticano II, const. past. sobre a Igreja no mundo de hoje, Gaudium et Spes 93: "Lembrados da palavra do Senhor: 'Nisto todos conhecero que sois meus discpulos, se vos amardes uns aos outros',9 os cristos nada podem desejar mais ardentemente do que prestar servio aos homens de hoje, com generosidade sempre maior e mais eficaz... Pois o Pai quer que reconheamos Cristo como irmo em todos os homens e amemos eficazmente tanto em palavras como em atos".

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que se abstm de coisa lcita e agradvel, em esprito espontneo de penitncia.

  • Por esta terceira concesso impelido o fiel a refrear suas ms inclinaes, a aprender a sujeitar o corpo e a se conformar com Cristo pobre e paciente. 10 Pois a penitncia tanto mais vale quanto mais se une caridade, conforme as palavras de So Leo Magno: "Demos virtude o que subtrairmos ao prazer. Torne-se refeio dos pobres a abstinncia do que jejua".11 Lc 9,23: Se algum quiser seguir-me, negue-se a si mesmo, tome a cruz cada dia e me siga.12

    Lc 13,5: Digo-vos que, se no vos converterdes, todos vs perecereis do mesmo modo (cf. tambm o v. 3). Rm 8,13: Se pelo Esprito mortificardes as obras da carne, vivereis.

    Rm 8,17: Soframos com ele, para sermos tambm com ele glorificados.

    lCor 9,25-27: Quem se prepara para a luta abstm-se de tudo, e isto para alcanar uma coroa corruptvel; porm ns, para alcanar uma incorruptvel. E eu corro, mas no vou sem direo; eu luto, mas no como quem d socos no ar. Porm castigo meu corpo e o domino.

    2Cor 4,10: Trazemos sempre no corpo a morte de Jesus, para que tambm a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo.

    2Tm 2,11-12: Verdadeira a palavra. Pois se padecemos, com ele, tambm com ele viveremos. Se com ele sofremos; com ele reinaremos.

    Tt 2,12: Veio para nos ensinar a renncia... aos desejos mundanos, para vivermos sbria, justa e piedosamente neste sculo. lPd 4,13: Deveis alegrar-vos na medida em que participais dos sofrimentos de Cristo, para que, na revelao de sua glria, possais exultar e alegrar-vos.

    Conclio Vaticano II, decr. sobre a formao sacerdotal, Optatam Totius 9: "Com particular solicitude sejam de tal modo formados na obedincia sacerdotal, na vida de pobreza e no esprito de abnegao, que estejam prontos a renunciar at as coisas lcitas... para se conformarem a Cristo crucificado".

    Conclio Vaticano II, const. dogm. sobre a Igreja, Lumen Gentium 10: "Os fiis, no entanto, em virtude de seu sacerdcio rgio, concorrem na oblao da eucaristia e o exercem na recepo dos sacramentos, na orao e ao de graas, pelo testemunho de uma vida santa, pela abnegao e caridade ativa".

    Conclio Vaticano II, const. dogm. sobre a Igreja, Lumen Gentium 41: "Todos os que, movidos pelo Esprito de Deus, obedecem voz do Pai e adoram a Deus Pai em esprito e verdade, cultivamos vrios gneros de vida e ofcios mas uma nica santidade. Eles seguem a Cristo pobre, humilde e carregado com a cruz, para que meream ter parte na sua glria".

    Const. apost. Paenitemini, III, c: "A Igreja convida a todos os fiis a corresponderem ao preceito divino da penitncia que, alm das renncias impostas pelo peso da vida cotidiana, pede alguns atos de mortificao tambm de corpo... A Igreja quer indicar na trade tradicional 'orao, jejum, caridade' os modos fundamentais para obedecer ao preceito

  • divino da penitncia. Ela defendeu a orao e as obras de caridade, mas tambm, e com insistncia, a abstinncia de carne e o jejum. Tais modos foram comuns a todos os sculos; todavia, no nosso tempo, motivos particulares existem pelos quais, segundo as exigncias dos diversos lugares, necessrio inculcar, de preferncia a outras, alguma forma especial de penitncia. Por isso, onde quer que seja maior o bem-estar econmico, dever-se-, de preferncia, dar um testemunho de abnegao, a fim de que os filhos da Igreja no sejam envolvidos pelo esprito do mundo; e ao mesmo tempo dever-se- dar um testemunho de caridade para com os irmos, tambm de regies longnquas, que sofrem de pobreza e de fome".13

    1 Cf. 1Cor 10,31 e Cl 3,17; Conc. Vat. II, decr. sobre o apostolado dos leigos, Apostolicam Actuositatem 2, 3, 4 e 13.

    2 Cf. Conc. Vat. II, const. dogm. sobre a Igreja, Lumen Gentium 39 e 40-42. 3 Cf. const. apost. Paenitemini, 17 de fev. de 1966, II e: AAS 58 (1966), pp. 182-183. Lc 18,1.

    5 C1 3,17.

    6 Cf. Jo 13,15 e At 10,38.

    7 Cf. tambm Tb 4,7-8 e Is 58,7.

    8 Cf. tambm Tg 2,15-16.

    9 Jo 13,35.

    10 Cf. Mt 8,20 e 16,24.

    11 Sermo 13 (ou 12) sobre o jejum do dcimo ms, 2: PL 54, 172. 12 Cf. Lc 14,27

    13 AAS 58 (1966), pp. 182-183.

    OUTRAS CONCESSES INTRODUO 1. s trs concesses dos nn. I-III acrescentam-se poucas outras que, por ateno s tradies do tempo passado ou s necessidades atuais, apresentam significado especial.

    Todas estas concesses se completam mutuamente e, ao passo que atraem os fiis s obras de piedade, caridade e penitncia, com o dom da indulgncia, os levam a uma unio de mais estreito amor com o corpo da Igreja e com sua cabea, Cristo.1 2. Assinalam-se algumas oraes dignas de venerao por sua inspirao divina ou antiguidade e de uso mais universal, por exemplo: Creio (n. 16), Das profundezas (n. 19),

  • Magnificat (n. 30), vossa proteo (n. 57), Salve Rainha (n. 51), Inspirai Deus (n. 1), Ns vos damos graas (n. 7). Estas oraes, se bem se consideram, j esto includas na concesso mais geral n. 1, quando o cristo as recita em seu contexto de vida, com esprito humilde e confiante erguido para Deus. Assim, por exemplo, as oraes "Actiones nostras" e "Agimus tibi gratias" se incluem na primeira concesso ao se recitarem no cumprimento dos deveres.

    Aprouve, entretanto, assinalar cada uma delas como enriquecidas de indulgncia, tanto para tirar qualquer dvida, como para mostrar seu valor.

    3. Cada uma das obras abaixo descritas so indulgenciadas. A concesso de indulgncia parcial s vezes se expressa claramente; as mais das vezes se significa com as simples palavras: indulgncia parcial.

    Se alguma obra, em circunstncias particulares, enriquecida com indulgncia plenria, a concesso desta indulgncia e as circunstncias particulares que mais a definem se notam cada vez expressamente. As outras, porm, que pertencem aquisio da indulgncia, em favor da brevidade, se subentendem.

    Com efeito, para ganhar a indulgncia plenria, como se determina na norma 23, se requerem a execuo da obra, o cumprimento das trs condies e a plena disposio da alma que exclui toda afeio ao pecado.

    4. Se a obra, enriquecida com a indulgncia plenria, se pode dividir ajustadamente em partes (como o Rosrio de Nossa Senhora em dezenas), quem por motivo razovel no terminou a obra por inteiro, pode ganhar a indulgncia parcial pela parte que fez.

    5. So dignas de especial meno as concesses que se referem a obras, pelas quais o fiel, executando alguma delas, pode ganhar a indulgncia plenria em cada dia do ano, valendo sempre a norma 21, pargrafo 1, segundo a qual s se pode ganhar uma indulgncia por dia:

    - adorao ao Santssimo Sacramento pelo menos por meia hora (concesso n. 3); - leitura espiritual da Sagrada Escritura ao menos por meia hora (concesso n. 50); - piedoso exerccio da Via Sacra (concesso n. 63); - recitao do Rosrio de Nossa Senhora na igreja, no oratrio ou na famlia ou na comunidade religiosa ou em piedosa associao (concesso n. 48). As concesses esto em ordem alfabtica. Se se trata de oraes, levam-se em considerao as primeiras palavras de cada uma delas, por exemplo: Adoro te devote, Angelus Domini; se se trata de outras obras, tm-se em conta as primeiras palavras do ttulo, por exemplo: Via Sacra, Renovao das promessas do batismo. *

    1 Cf. const. apost. InduJgentiarum Doctrina, 11.

    * Na traduo foi mantida a ordem original, sem a ordem alfabtica.

  • CONCESSES (Oraes com indulgncias.) 1. Inspirai, Deus

    Inspirai, Deus as nossas aes e ajudai-nos a realiz-las, para que em vs comece e para vs termine tudo aquilo que fizermos. Por Cristo nosso Senhor. Amm. (Miss. Rom., 5a.-feira aps as Cinzas, coleta; Lit. Hor., I sem. 2a.-feira, laudes.) Indulgncia parcial.

    2. Atos de virtudes teologais e de contrio

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar atos de virtudes teologais e de contrio, nestas ou em outras frmulas vlidas. Cada ato recebe a indulgncia.

    Por exemplo:

    Ato de f

    Eu creio firmemente que h um s Deus, em trs pessoas realmente distintas, Pai, Filho e Esprito Santo. Creio que o Filho de Deus se fez homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar e ao terceiro dia ressuscitou. Creio em tudo o mais que cr e ensina a Santa Igreja Catlica, porque Deus, Verdade infalvel, o revelou. Nesta crena quero viver e morrer.

    Ato de esperana

    Eu espero, meu Deus, com firme confiana, que, pelos merecimentos de nosso Senhor Jesus Cristo, me dareis a salvao eterna e as graas necessrias para consegui-la, porque vs, sumamente bom e poderoso, o haveis prometido a quem observar o evangelho de Jesus, como eu proponho fazer com o vosso auxlio.

    Ato de caridade

    Eu vos amo, meu Deus, de todo o meu corao e sobre todas as coisas, porque sais infinitamente bom e amvel, e antes quero perder tudo do que vos ofender. Por amor de vs amo ao meu prximo como a mim mesmo.

    Ato de contrio

    Senhor meu Jesus Cristo, Deus e homem verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes vs quem sois, sumamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, e porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu corao de vos ter ofendido; pesa-me tambm de ter perdido o cu e merecido o inferno; e proponho firmemente, ajudado com os auxlios de vossa divina graa, emendar-me e nunca mais vos tomar a ofender. Espero alcanar o perdo de minhas culpas pela vossa infinita misericrdia. Amm.

    3. Adorao ao Santssimo Sacramento

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que visitar o Santssimo Sacramento para ador-lo; se o fizer por meia hora ao menos, a indulgncia ser plenria.

  • 4. Deus verdadeiro Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar piedosamente o hino Deus verdadeiro. Deus verdadeiro, sob o vinho e o po, a teus ps depomos nosso corao. Vista, gosto e tato dizem-nos que no, mas o ouvido acolhe tua afirmao. Cremos que verdade, Filho de Deus, tudo o que ensinaste, porque vens dos cus. Na cruz escondias o esplendor de Deus; mas aqui se ocultam corpo e sangue teus. Pois s Deus e homem como na Paixo; d-nos o que deste ao teu bom ladro. No vemos as chagas como viu Tom, mas Deus proclamamos com a mesma f. D-nos cada dia crer que s Senhor, nica esperana, todo o nosso amor. Lembras tua morte numa refeio, e ds vida ao homem, consagrando o po. D-nos nesta terra s de ti viver e outros alimentos no apetecer. bom pelicano, nosso Salvador, limpa no teu sangue todo pecador! Dele uma s gota leva todo mal, faz do mundo inteiro lcido cristal. Jesus, que encoberto temos sobre o altar, quando te veremos ante o nosso olhar? Quando face a face nos trar assim a alegria eterna da viso sem fim? Amm.

    5. Aqui estamos

    Aqui estamos, Divino Esprito Santo, aqui estamos detidos pela crueldade do pecado, mas especialmente reunidos em vosso nome.

    Vinde a ns, ficai conosco e dignai-vos entrar em nossos coraes.

    Ensinai-nos o que devemos fazer e por onde caminhar; mostrai-nos o que devemos executar, a fim de podermos, com vosso auxlio, agradar-vos em tudo.

    S vs inspirais e levais a realizar nossos propsitos, s vs, que possus com Deus Pai e seu Filho um nome glorioso.

    No permitais sejamos perturbadores da justia, vs que amais a eqidade em tudo. Que a ignorncia no nos arraste para o mal, no nos dobre a adulao, no nos corrompa a acepo de pessoas ou de cargos.

    Mas associai-nos a vs eficazmente pelo dom de vossa graa, para que sejamos um em vs e por nada nos desviemos da verdade. Unidos em vosso nome, conservemos em tudo a justia com bondade. E assim nossas resolues em nada se apartem de vs e consigamos no futuro o prmio eterno por todo o bem que fizermos.

    Esta orao, que se costuma rezar antes de sesses para tratar ele assuntos em comum, enriquecida de indulgncia parcial.

    6. A vs, So Jos

    A vs, So Jos, recorremos em nossa tribulao e, depois de ter implorado o auxlio ele vossa santssima esposa, cheios de confiana solicitamos tambm o vosso patrocnio. Por esse lao sagrado de caridade que vos uniu Virgem, Imaculada Me de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre a herana que Jesus Cristo conquistou com seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxlio e poder. Protegei, guarda providente da divina famlia, o povo eleito de Jesus Cristo. Afastai para longe de ns, pai amantssimo, a peste do erro e do vcio. Assisti-nos do alto do cu, nosso fortssimo sustentculo, na luta contra

  • o poder das trevas, e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaada do Menino Jesus, assim tambm defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda a adversidade.

    Amparai a cada um de ns com o vosso constante patrocnio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxlio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no cu a eterna bem-aventurana. Amm.

    Indulgncia parcial.

    7. Ao de graas pelos benefcios

    Ns vos damos graas, Senhor, por todos os vossos benefcios. Vs que viveis e reinais pelos sculos dos sculos. Amm.

    Indulgncia parcial.

    8. Santo Anjo Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarde, governe e ilumine. Amm.

    Indulgncia parcial.

    9. Anjo do Senhor e Rainha do Cu a) Durante o ano V/. O anjo do Senhor anunciou a Maria. R/. E ela concebeu do Esprito Santo.

    Ave, Maria...

    V/. Eis aqui a serva do Senhor.

    R/. Faa-se em mim segundo a vossa palavra.

    Ave, Maria...

    V/. E o Verbo se fez homem.

    R/. E habitou entre ns.

    Ave, Maria...

    V/. Rogai por ns, santa Me de Deus,

    R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos: Derramai, Deus, a vossa graa em nossos coraes, para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnao do vosso Filho, cheguemos, por sua paixo e cruz, glria da ressurreio. Por Cristo, nosso Senhor. Amm. (Miss. Rom., dom IV do Adv., coleta.)

  • b) No tempo pascal Rainha do cu, alegrai-vos, aleluia!

    Pois o Senhor que merecestes trazer em vosso seio, aleluia.

    Ressuscitou, como disse, aleluia.

    Rogai a Deus por ns, aleluia.

    V/. Alegrai-vos e exultai, Virgem Maria, aleluia!

    R/. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia!

    (Cf. Lit. Hor., ord. Temp. pasc., aps compl.) Oremos: Deus, que vos dignastes alegrar o mundo com a ressurreio do vosso Filho, concedei-nos por sua Me, a Virgem Maria, o jbilo da vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor. Amm. (Miss. Rom., comum da B.V. Maria 6, temp. pasc., coleta.) Concede-se indulgncia parcial ao fiel que piedosamente recitar estas oraes, de acordo com o Tempo.

    Conforme louvvel costume, estas oraes se recitam de manh, ao meio-dia e tarde.

    10. Alma de Cristo

    Alma de Cristo, santificai-me.

    Corpo de Cristo, salvai-me.

    Sangue de Cristo, inebriai-me.

    gua do lado de Cristo, lavai-me. Paixo de Cristo, confortai-me.

    bom Jesus, ouvi-me. Dentro de vossa chagas, escondei-me.

    No permitais que me separe de vs.

    Do esprito maligno defendei-me.

    Na hora da morte chamai-me e mandai-me ir para vs,

    para que com vossos Santos vos louve por todos os sculos dos sculos.

    Amm. (Miss. Rom., ao de graas depois da missa.)

    Indulgncia parcial.

    11. Visita s baslicas patriarcais de Roma

  • Concede-se indulgncia plenria ao fiel que visitar com devoo uma das quatro baslicas patriarcais de Roma e a recitar o Pai-nosso e o Creio:

    1) no dia da festa do titular; 2) em qualquer festa de preceito;2 3) uma vez no ano, em dia escolha do fiel. 2 Cf. cn. 1246, 1, CDC

    12. Bno papal

    Ganha indulgncia plenria o fiel que recebe com piedade e devoo a bno dada pelo Sumo Pontfice a Roma e ao mundo, ou dada pelo Bispo aos fiis confiados ao seu cuidado, conforme a norma 10, pargrafo 2 deste manual, ainda que a bno se receba por rdio ou televiso.

    13. Visita ao cemitrio

    Ao fiel que visitar devotamente um cemitrio e rezar, mesmo em esprito, pelos defuntos, concede-se indulgncia aplicvel somente s almas do purgatrio. Esta indulgncia ser plenria, cada dia, de 1 a 8 de novembro; nos outros dias do ano ser parcial. ( Observar a Norma 23.) 14. Visita a cemitrio de antigos cristos ou "catacumba"

    Ao fiel que visitar devotamente um cemitrio de antigos cristos ou "catacumba", concede-se indulgncia parcial.

    15. Comunho espiritual

    A comunho espiritual, feita em qualquer frmula piedosa, enriquecida com indulgncia parcial.

    Comunho espiritual (Santo Afonso de Ligrio) Meu Jesus, eu creio que estais presente no Santssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e minha alma suspira por vs. Mas como no posso receber-vos agora no Santssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, ao meu corao. Abrao-me convosco como se j estivsseis comigo: uno-me convosco inteiramente. Ah! no permitais que torne a separar-me de vs! Jesus, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e inflamai o meu corao, a fim de que esteja abrasado em vosso amor para sempre. Amm. 16. Creio

    Creio em Deus Pai todo-poderoso, criador do cu e da terra; e em Jesus Cristo, seu nico filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Esprito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu manso dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos cus, est sentado direita de Deus Pai todo-poderoso, donde h de vir a julgar os vivos e os mortos; creio no Esprito Santo, na santa

  • Igreja Catlica, na comunho dos Santos, na remisso dos pecados, na ressurreio da carne, na vida eterna. Amm.

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar piedosamente este smbolo apostlico ou smbolo niceno-constantinopolitano.

    17. Adorao da Cruz

    Concede-se indulgncia plenria ao fiel que, na sexta-feira da Paixo e Morte do Senhor, toma parte piedosamente na adorao da Cruz da solene ao litrgica.

    18. Oficio dos defuntos

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que devotamente recitar laudes ou vsperas do ofcio dos defuntos.

    19. Das profundezas

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar piedosamente o salmo Das profundezas (SI 129 [130]). (Traduo oficial) Das profundezas eu clamo

    - Das profundezas eu clamo a vs, Senhor,*

    escutai a minha voz!

    - Vossos ouvidos estejam bem atentos, * ao clamor da minha prece.

    - Se levardes em conta nossas faltas, *

    quem haver de subsistir?

    - Mas em vs se encontra o perdo, *

    eu vos temo e em vs espero.

    - No Senhor ponho a minha esperana, * 21

    espero em sua palavra,

    - A minhalma espera no Senhor*

    mais que o vigia pela aurora.

    - Espere Israel pelo Senhor *

    mais que o vigia pela aurora!

    - Pois no Senhor se encontra toda graa *

    e copiosa redeno.

  • - Ele vem libertar a Israel *

    de toda a sua culpa.

    - Glria ao Pai e ao Filho e ao Esprito Santo. *

    Como era no princpio, agora e sempre. Amm.

    20. Doutrina crist

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que se dedica a ensinar ou aprender a doutrina crist.

    N.B.: Quem, levado pelo esprito de f e caridade, ensina a doutrina crist, pode ganhar indulgncia parcial, conforme a concesso mais geral n. 1 (veja acima, p. 22). Por esta nova concesso confirma-se a indulgncia parcial para o mestre e se estende ao discpulo.

    21. Senhor Deus todo-poderoso

    Senhor Deus todo-poderoso, que nos fizestes chegar ao princpio deste dia, salvai-nos hoje por vosso poder, de sorte que no nos deixemos arrastar a pecado algum neste dia, mas nossas palavras, nossos pensamentos e obras tendam sempre s ao cumprimento da vossa justia. Por Cristo, nosso Senhor. Amm. Indulgncia parcial.

    22. Eis-me aqui, bom e dulcssimo Jesus

    Eis-me aqui, bom e dulcssimo Jesus! De joelhos me prostro em vossa presena e vos suplico com todo o fervor de minha alma que vos digneis gravar no meu corao os mais vivos sentimentos de f, esperana e caridade, verdadeiro arrependimento de meus pecados e firme propsito ele emenda, enquanto vou considerando com vivo afeto e dor as vossas cinco chagas, tendo diante dos olhos aquilo que o profeta Davi j nos fazia dizer, bom Jesus: "Transpassaram minhas mos e meus ps e contaram todos os meus ossos" (SI 21,17; cf. Miss. Rom., ao de graas depois da missa). Concede-se indulgncia plenria, nas sextas-feiras da Quaresma, ao fiel que recitar piedosamente esta orao, diante de uma imagem de Jesus crucificado, depois da comunho; e indulgncia parcial nos outros dias do ano.

    23. Congresso eucarstico

    Concede-se indulgncia plenria ao fiel que participar com devoo do solene rito que costuma encerrar o congresso.

    24. Ouvi-nos

    Ouvi-nos, Senhor santo, Pai todo-poderoso, Deus eterno, e digna i-vos mandar do cu o vosso santo anjo, para que ele guarde, assista, proteja, visite e defenda todos os que moram nesta casa. Por Cristo, nosso Senhor. Amm.

    Indulgncia parcial. 22

  • 25. Exerccios espirituais

    Concede-se indulgncia plenria ao fiel que faz os exerccios espirituais ao menos por trs dias.

    26. Dulcssimo Jesus

    (Ato de reparao) Dulcssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens por eles to ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na vossa presena, para vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade to insensata e das nefandas injrias com que , de toda a parte, alvejado o vosso amorosssimo Corao.

    Reconhecendo, porm, com a mais profunda dor, que tambm ns, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para ns, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericrdia, prontos a expiar no s as prprias culpas, seno tambm as daqueles que, errando longe do caminho da salvao, ou se obstinam na sua infidelidade, no vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavssimo jugo da vossa santa lei. De todos estes to deplorveis crimes, Senhor, queremos ns hoje desagravar-vos, mas, particularmente, da licena elos costumes e imodstias do vestido, de tantos laos de corrupo armados inocncia, da violao dos dias santificados, das execrandas blasfmias contra vs e vossos Santos, dos insultos ao vosso Vigrio e a todo o vosso Clero, do desprezo e das horrendas e sacrlegas profanaes do Sacramento do divino amor, e, enfim, dos atentados e rebeldias das naes contra os direitos e o magistrio da vossa Igreja. Oh! se pudssemos lavar, com o prprio sangue, tantas iniqidades!

    Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Me, de todos os Santos e almas. piedosas, aquela infinita satisfao, que vs oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que no cessais de renovar, todos os dias, sobre nossos altares.

    Ajudai-nos, Senhor, com o auxlio da vossa graa, para que possamos, como nosso firme propsito, com a viveza da f, com a pureza dos costumes, com a fiel observncia da lei e caridade evanglicas, reparar todos os pecados cometidos por ns e por nosso prximo, impedir, por todos os meios, novas injrias de vossa divina Majestade e atrair ao vosso servio o maior nmero de almas possveis.

    Recebei, benignssimo Jesus, pelas mos de Maria santssima reparadora, a espontnea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graa de perseverarmos constantes, at morte, no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo servio, para que possamos chegar todos ptria bem-aventurada, onde vs com o Pai e o Esprito Santo viveis e reinais ,Deus, por todos os sculos dos sculos. Amm.

  • Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar este ato de reparao piedosamente, e indulgncia plenria se o ato se recitar publicamente na solenidade do Sagrado Corao de Jesus.

    27. Dulcssimo Jesus, Redentor

    (Ato de consagrao do gnero humano a Jesus Cristo Rei) Dulcssimo Jesus, Redentor do gnero humano, lanai sobre ns que humildemente estamos prostrados na vossa presena, os vossos olhares. Ns somos e queremos ser vossos; e a fim de podermos viver mais intimamente unidos a vs, cada um de ns se consagra, espontaneamente, neste dia, ao vosso sacratssimo Corao.

    Muitos h que nunca vos conheceram; muitos, desprezando os vossos mandamentos, vos renegaram. Benignssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros e trazei-os todos ao vosso Sagrado Corao.

    Senhor, sede rei no somente dos fiis, que nunca de vs se afastaram, mas tambm dos filhos prdigos, que vos abandonaram; fazei que estes tornem, quanto antes, casa paterna, para no perecerem de misria e de fome.

    Sede rei dos que vivem iludidos no erro, ou separados de vs pela discrdia; trazei-os ao porto da verdade e unidade da f, a fim de que, em breve, haja um s rebanho e um s pastor.

    Senhor, conservai inclume a vossa Igreja, e dai-lhe uma liberdade segura e sem peias; concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que, de um plo a outro do mundo ressoe uma s voz: louvado seja o corao divino, que nos trouxe a salvao; honra e glria a ele, por todos os sculos. Amm.

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar piedosamente este ato, e plenria quando se recitar publicamente na solenidade de Jesus Cristo Rei.

    28. Indulgncia na hora da morte

    O sacerdote que administra os sacramentos ao fiel em perigo de vida no deixe de lhe comunicar a bno apostlica com a indulgncia plenria. Se no houver sacerdote, a Igreja, me compassiva, concede benignamente a mesma indulgncia ao cristo bem disposto para ganh-la na hora da morte, se durante a vida habitualmente tiver recitado para isso algumas oraes. Para alcanar esta indulgncia plenria louvavelmente se rezam tais oraes fazendo uso de um crucifixo ou de uma simples cruz.

    A condio de ele habitualmente ter recitado algumas oraes supre as trs condies requeridas para ganhar a indulgncia plenria.

    A mesma indulgncia plenria em artigo de morte, pode ganh-la o fiel que no mesmo dia j tenha ganho outra indulgncia plenria.

    Esta concesso vem assinalada na const.apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 18.

    29. Ladainhas

  • Com indulgncia parcial so enriquecidas as ladainhas aprovadas pela autoridade competente. Sobressaem-se entre elas as seguintes: do santssimo Nome de Jesus, do Sagrado Corao de Jesus, do preciosssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Santssima Virgem Maria, de So Jos e de Todos os Santos.

    30. Magnificat

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar piedosamente o Magnificat.

    Magnificat: A alegria da alma no Senhor

    - A minh'alma engrandece o Senhor e exulta meu esprito em Deus, meu Salvador;

    - Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as geraes ho de chamar-me de bendita.

    - O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo o seu nome!

    - Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que o temem;

    - Manifesta o poder de seu brao, dispersa os soberbos;

    - Derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes;

    - Sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada.

    - Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor,

    - Como havia prometido a nossos pais, em favor de Abrao e de seus filhos para sempre.

    - Glria ao Pai e ao Filho e ao Esprito Santo.

    Como era no princpio, agora e sempre. Amm.

    31. Maria, Me da graa

    Maria, Me da graa, Me da misericrdia,

    do inimigo defendei-me,

    na hora da morte acolhei-me!

    Indulgncia parcial.

    32. Lembrai-vos

    Lembrai-vos, pissima Virgem Maria, que nunca se ouviu dizer que algum daqueles que recorreram vossa proteo, imploraram vossa assistncia, reclamaram vosso socorro, fosse por vs desamparado. Animado eu, pois, com igual confiana, a vs, Virgem entre todas singular, como a Me recorro; de vs me valho e, gemendo sob o peso de meus pecados, me prostro aos vossos ps. No desprezeis as minhas splicas, Me do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propcia e de me alcanar o que vos rogo. Amm.

    Indulgncia parcial.

  • 33. Miserere (Tende piedade) Concede-se indulgncia parcial ao fiel que em esprito de penitncia recitar o salmo Miserere (51 50 [51]). Tende piedade, meu Deus!

    - Tende piedade, meu Deus, misericrdia! Na imensido de vosso amor, purificai-me!

    - Do meu pecado, todo inteiro, me lavai, e apagai completamente a minha culpa!

    - Eu reconheo toda a minha iniqidade, o meu pecado est sempre minha frente.

    - Foi contra vs, s contra vs, que eu pequei, e pratiquei o que mau aos vossos olhos

    - Mostrais assim quanto sois justo na sentena, e quanto reto o julgamento que fazeis. - Vede, Senhor, que eu nasci na iniqidade e em pecado minha me me concebeu.

    - Mas vs amais os coraes que so sinceros, na intimidade me ensinais a sabedoria.

    - Aspergi-me e serei puro do pecado, e mais branco do que a neve ficarei.

    - Fazei-me ouvir cantos de festa e de alegria, e exultaro estes meus ossos que esmagastes.

    - Desviai o vosso olhar dos meus pecados e apagai todas as minhas transgresses!

    - Criai em mim um corao que seja puro, dai-me de novo um esprito decidido. - Senhor, no me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Esprito! - Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com esprito generoso!

    - Ensinarei vosso caminho aos pecadores, e para vs se voltaro os transviados.

    - Da morte como pena, libertai-me, e minha lngua exaltar vossa justia! - Abri meus lbios, Senhor, para cantar, e minha boca anunciar vosso louvor!

    - Pois no so de vosso agrado os sacrifcios, e, se oferta um holocausto, o rejeitais. - Meu sacrifcio minha alma penitente, no desprezeis um corao arrependido!

    - Sede benigno com Sio, por vossa graa, reconstru Jerusalm e os seus muros!

    - E aceitareis o verdadeiro sacrifcio, os holocaustos e oblaes em vosso altar!

    - Glria ao Pai, ao Filho e ao Esprito Santo.

    Como era no princpio, agora e sempre. Amm.

    34. Novenas

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que assistir devotamente s novenas pblicas que se fazem antes das solenidades do Natal, de Pentecostes e da Imaculada Conceio.

  • 35. Uso de objetos de piedade Concede-se indulgncia parcial ao fiel que usa devotamente objetos de piedade, como crucifixo ou cruz, tero, escapulrio, medalha, bentos ritualmente3 por qualquer sacerdote ou dicono. Se o objeto de piedade for bento pelo Sumo Pontfice ou por um Bispo, o fiel que usa com devoo esse objeto pode ganhar a indulgncia plenria na solenidade dos Apstolos So Pedro e So Paulo, acrescentando a profisso de f com qualquer frmula aprovada.

    3 Para benzer ritualmente objetos de piedade, o sacerdote ou dicono, conforme uso do Ritual Romano sobre Bnos, observe as frmulas litrgicas prescritas: notar que basta o sinal da cruz e que conveniente acrescentar as palavras: em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo (cf. Rit. Rom., Bnos nn. 1165 e 1182). Esta concesso vem assinalada na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 16; cf. abaixo, p. 105; cf. tambm acima, norma 18, p. 16.

    36. Ofcios breves

    Com indulgncia parcial so enriquecidos os ofcios breves da Paixo de Nosso Senhor Jesus Cristo, do Sagrado Corao de Jesus, da Santssima Virgem Maria, da Imaculada Conceio e de So Jos.

    37. Orao pelas vocaes sacerdotais e religiosas

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar alguma orao aprovada pela autoridade eclesistica para isso.

    38. Orao mental

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que se entrega orao mental com piedade.

    39. Oremos pelo Pontfice

    V/. Oremos pelo nosso Pontfice N.

    R/. O Senhor o conserve, o anime, e o torne feliz na terra, e no o entregue ao poder dos seus inimigos.

    Indulgncia parcial.

    40. sagrado banquete sagrado banquete de que somos os convivas, no qual recebemos o Cristo em comunho! Nele se recorda a sua paixo, o nosso corao se enche de graa e nos dado o penhor da glria que h de vir. (Rit. Rom., Sagrada Com., n. 65.) Indulgncia parcial.

    41. Participao na sagrada pregao

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que assistir atenta e devotamente sagrada pregao da palavra de Deus.

  • Concede-se indulgncia plenria ao fiel que, no tempo das santas misses, ouvir algumas pregaes e participar, alm disso, do solene encerramento das mesmas misses.

    42. Primeira comunho

    Concede-se indulgncia plenria aos fiis que se aproximarem pela primeira vez da sagrada comunho ou que assistem a outros que se aproximam.

    43. Primeira missa do neo-sacerdote

    Concede-se indulgncia plenria ao sacerdote que, em dia marcado, celebra sua primeira missa, diante do povo, e aos fiis que devotamente a ela assistem.

    44. Prece pela unidade dos cristos

    Deus todo-poderoso e cheio de misericrdia, que por vosso Filho quisestes reunir a diversidade das naes num s povo, concedei aos que se gloriam do nome de cristos rejeitarem toda a diviso e se unirem na verdade e na caridade, e assim todos os homens, iluminados pela luz da verdadeira f, se renam em comunho fraterna numa s Igreja. Por Cristo, nosso Senhor. Amm.

    Indulgncia parcial.

    45. Recolhimento mensal

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que participar do recolhimento mensal.

    46. Dai-lhes, Senhor

    Dai-lhes, Senhor, o repouso eterno, e brilhe para eles a vossa luz. Descansem em paz! Amm (cf. Rito das exquias). Indulgncia parcial aplicvel somente s almas do purgatrio.

    47. Retribu, Senhor

    Retribu, Senhor, a vida eterna a todos os que nos fazem o bem, por causa do vosso nome.

    Indulgncia parcial.

    48. Reza do Rosrio de Nossa Senhora

    Indulgncia plenria, se o Rosrio se recitar na igreja ou oratrio ou em famlia, na comunidade religiosa ou em piedosa associao; parcial, em outras circunstncias.

    (O Rosrio uma frmula de orao em que distinguimos quinze dezenas de saudaes anglicas [Ave-Marias], separadas pela orao dominical [Pai-nosso] e em cada uma recordamos em piedosa meditao os mistrios da nossa redeno.) Chama-se tambm a tera parte dessa orao o Tero. Para a indulgncia plenria determina-se o seguinte:

    1. Basta a reza da tera parte do Rosrio, mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas.

  • 2. Piedosa meditao deve acompanhar a orao vocal.

    3. Na recitao pblica, devem-se anunciar os mistrios, conforme o costume aprovado do lugar; na recitao privada, basta que o fiel ajunte a meditao dos mistrios orao vocal. 4. Entre os orientais, onde no existe a prtica desta devoo, os Patriarcas podero determinar outras oraes em honra da santssima Virgem Maria (por exemplo, entre os bizantinos o hino "Akathistos" ou o ofcio "Paraclisis"), que gozaro das mesmas indulgncias.

    49. Jubileus de ordenao sacerdotal

    Concede-se indulgncia plenria ao sacerdote que, aos 25, 50, 60 anos de sua ordenao sacerdotal, renova diante de Deus o propsito de fidelidade aos deveres de sua vocao.

    Os fiis que assistirem missa jubilar do sacerdote, tambm eles podem ganhar a indulgncia plenria.

    50. Leitura espiritual da Sagrada Escritura

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que ler a Sagrada Escritura, com a venerao devida palavra divina, e a modo de leitura espiritual. A indulgncia ser plenria, se o fizer pelo espao de meia hora pelo menos.

    51. Salve, Rainha

    Salve, Rainha, me de misericrdia, vida, doura e esperana nossa, salve! A vs bradamos os degredados filhos de Eva; a vs suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lgrimas! Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a ns volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre! clemente, piedosa, doce sempre Virgem Maria. (Lit. Hor., no final das completas.) Indulgncia parcial.

    52. Santa Maria, socorrei os pobres

    Santa Maria, socorrei os pobres, ajudai os fracos, consolai os tristes, rogai pelo povo, auxiliai o clero, intercedei por todas as mulheres: sintam todos a vossa ajuda, todos os que celebram a vossa memria.

    Indulgncia parcial.

    53. Santos Apstolos Pedro e Paulo

    Santos Apstolos Pedro e Paulo, intercedei por ns. Protegei, Senhor, o vosso povo, que confia na proteo dos vossos Apstolos Pedro e Paulo, e conservai-o com a vossa contnua defesa. Por Cristo, nosso Senhor. Amm.

    Indulgncia parcial.

  • 54. O culto aos Santos

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que, no dia da celebrao litrgica de qualquer Santo, recitar em sua honra a orao tomada do Missal ou outra aprovada pela autoridade eclesistica.

    55. Sinal da cruz

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que faa devotamente o sinal da cruz, proferindo as palavras costumeiras: Em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo. Amm.

    56. Visita s igrejas estacionais Concede-se indulgncia parcial ao fiel que visitar com devoo a igreja estacional em seu prprio dia; e se, alm disso, assistir s sagradas funes que pela manh ou tarde se celebram, ganhar indulgncia plenria (cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 260-261), 57. vossa proteo vossa proteo recorremos, santa Me de Deus; no desprezeis as nossas splicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Virgem gloriosa e bendita. (Lit. Hor., no final das completas.) Indulgncia parcial.

    58. Snodo diocesano

    Concede-se indulgncia plenria uma s vez ao fiel que, no tempo do snodo diocesano, visitar piedosamente a igreja em que o snodo se rene e a recitar o Pai-nosso e o Creio. 59. To sublime sacramento

    To sublime sacramento vamos todos adorar,

    pois um Novo testamento vem o antigo suplantar!

    Seja a f nosso argumento e o sentido nos faltar. Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador,

    igual honra tributemos, ao Esprito de amor.

    Nossos hinos cantaremos, chegue ao cus nosso louvor.

    Amm.

    V/. Do cu lhes deste o po,

    R/. Que contm todo o sabor.

    Oremos: Senhor Jesus Cristo, neste admirvel Sacramento, nos deixastes o memorial da vossa Paixo. Dai-nos venerar com to grande amor o mistrio do vosso corpo e do vosso sangue, que possamos colher continuamente os frutos da vossa redeno. Vs que viveis e reinais para sempre.

  • R/. Amm. (Rit. Rom., da Sagr. Com., n. 102.) Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar com piedade estas oraes. A indulgncia ser plenria na quinta-feira da semana santa depois da missa da Ceia do Senhor, e na ao litrgica da solenidade do Santssimo Corpo e Sangue de Cristo.

    60. Te Deum

    (A vs, Deus) Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar o hino Te Deum (A vs, Deus) em ao de graas, e ser plenria, quando recitado em pblico no ltimo dia do ano.

    A vs, Deus, louvamos, a vs, Senhor, cantamos.

    A vs, eterno Pai, adora toda a terra.

    A vs cantam os anjos, os cus e seus poderes: Sois Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo!

    Proclamam cus e terra a vossa imensa glria.

    A vs celebra o coro glorioso dos Apstolos.

    Vos louva dos Profetas a nobre multido

    e o luminoso exrcito dos vossos santos mrtires.

    A vs por toda a terra proclama a Santa Igreja, Pai onipotente, de imensa majestade. E adora juntamente o vosso Filho nico, Deus vivo e verdadeiro, e ao vosso Santo Esprito.

    Cristo, Rei da glria, do Pai eterno Filho, nascestes duma Virgem, a fim de nos salvar.

    Sofrendo vs a morte, da morte triunfastes,

    abrindo aos que tm f dos cus o reino eterno.

    Sentastes direita de Deus, do Pai na glria.

    Ns cremos que de novo vireis como juiz. Portanto, vos pedimos: salvai os vossos servos,

    que vs, Senhor, remistes com sangue precioso.

    Fazei-nos ser contados, Senhor, vos suplicamos,

    em meio a vossos santos na vossa eterna glria.

  • (A parte que segue pode ser omitida, se for oportuno.) Salvai o vosso povo. Senhor, abenoai-o.

    Regei-nos e guardai-nos at a vida eterna.

    Senhor, em cada dia, fiis, vos bendizemos,

    louvamos vosso nome agora e pelos sculos.

    Dignai-vos, neste dia, guardar-nos do pecado.

    Senhor, tende piedade de ns, que a vs clamamos.

    Que desa sobre ns, Senhor, a vossa graa,

    porque em vs pusemos a nossa confiana.

    Fazei que eu, para sempre, no seja envergonhado: Em vs, Senhor, confio, sois vs minha esperana!

    61. Veni Creator ( vinde, Espirlto Criador) Concede-se indulgncia parcial ao fiel que recitar devotamente o hino Veni Creator ( vinde, Esprito Criador). A indulgncia ser plenria no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente.

    (Traduo oficial:) , vinde Esprito Criador, as nossas almas visitai e enchei os nossos coraes com vossos dons celestiais.

    Vs sois chamado o Intercessor do Deus excelso o dom sem par,

    a fonte viva, o fogo, o amor, a uno divina e salutar.

    Sois doador dos sete dons, e sais poder na mo do Pai,

    por ele prometido a ns, por ns seus feitos proclamai.

    A nossa mente iluminai, os coraes enchei de amor,

    nossa fraqueza encorajai, qual fora eterna e protetor. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos vossa paz;

    se pela graa nos guiais, o mal deixamos para trs.

    Ao Pai e ao Filho Salvador por vs possamos conhecer.

    Que procedeis do seu amor fazei-nos sempre firmes crer.

    62. Vinde, Esprito Santo

  • Vinde, Esprito Santo, enchei os coraes dos vossos fiis e acendei neles o fogo do vosso amor.

    Indulgncia parcial.

    63. Via-sacra

    Concede-se indulgncia plenria ao fiel que fizer o exerccio da via-sacra, piedosamente.

    Com o piedoso exerccio da via-sacra renova-se a memria das dores que sofreu o divino Redentor no caminho do pretrio de Pilatos, onde foi condenado morte, at ao monte Calvrio, onde morreu na cruz para a nossa salvao.

    Para ganhar a indulgncia plenria, determina-se o seguinte:

    1. O piedoso exerccio deve-se realizar diante elas estaes da via-sacra, legitimamente eretas.

    2. Requerem-se catorze cruzes para erigir a via-sacra; junto com as cruzes, costuma-se colocar outras tantas imagens ou quadros que representam as estaes de Jerusalm.

    3. Conforme o costume mais comum, o piedoso exerccio consta de catorze leituras devotas, a que se acrescentam algumas oraes vocais. Requer-se piedosa meditao s da Paixo e Morte do Senhor, sem ser necessria a considerao do mistrio de cada estao.

    4. Exige-se o movimento de uma para a outra estao. Mas se a via-sacra se faz publicamente e no se pode fazer o movimento de todos os presentes ordenadamente, basta que o dirigente se mova para cada uma das estaes, enquanto os outros ficam em seus lugares.

    5. Os legitimamente impedidos podero ganhar a indulgncia com uma piedosa leitura e meditao da Paixo e Morte do Senhor ao menos por algum tempo, por exemplo, um quarto de hora.

    6. Assemelham-se ao piedoso exerccio da via-sacra, tambm quanto aquisio da indulgncia, outros piedosos exerccios, aprovados pela competente autoridade: neles se far memria da Paixo e Morte do Senhor, determinando tambm catorze estaes.

    7. Entre os orientais, onde no houver uso deste exerccio, os Patriarcas podero determinar, para lucrar esta indulgncia, outro piedoso exerccio em lembrana da Paixo e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. 31

    64. Visitai, Senhor

    Visitai, Senhor, esta casa, e afastai as ciladas do inimigo; nela habitem vossos santos Anjos, para nos guardar na paz, e a vossa bno fique sempre conosco. Por Cristo, nosso Senhor. Amm. (Lit. Hor., compl. aps vesp. de dom,) Indulgncia parcial.

    65. Visita igreja paroquial Concede-se indulgncia plenria ao fiel que com devoo visitar a igreja paroquial:

  • - na festa do titular;

    - a 2 de agosto, em que ocorre a indulgncia da "Porcincula"

    Uma e outra indulgncia podero alcanar-se no dia acima marcado ou noutro dia determinado pelo ordinrio para utilidade dos fiis.

    Gozam das mesmas indulgncias a igreja catedral e, se houver, a concatedral, ainda que no sejam paroquiais, e tambm as igrejas quase-paroquiais.4 Tais indulgncias j esto includas na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 15; aqui se satisfaz aos desejos que neste intervalo se apresentaram Sagrada Penitenciaria. Na piedosa visita, conforme a norma 16 da mesma const. apost., "recitam-se a orao dominical e o smbolo dos apstolos" (Pai-nosso e Creio). 4 Cf. cn. 516, 1, CDC

    66. . Visita igreja ou altar no dia da dedicao Concede-se indulgncia plenria ao fiel que visitar a igreja ou o altar no prprio dia da dedicao e a piedosamente rezar o Pai-nosso e o Creio.

    67. Visita igreja ou oratrio na comemorao de todos os fiis defuntos Concede-se indulgncia plenria, aplicvel somente s almas do purgatrio, aos fiis que no dia da comemorao de todos os fiis defuntos visitarem piedosamente uma igreja ou oratrio.

    Esta indulgncia poder alcanar-se no dia marcado ou, com consentimento do ordinrio, no domingo antecedente ou subseqente ou na solenidade de Todos os Santos.

    Esta indulgncia j est includa na const. apost. Indulgentiarum Doctrina, norma 15; aqui se satisfaz aos desejos que neste intervalo se apresentaram Sagrada Penitenciaria. Na piedosa visita, conforme a norma 16 da mesma const. apost.,5 "se recitam a orao dominical e o smbolo dos apstolos: Pai-nosso e Creio".

    5 Cf. tambm acima, norma 22, p. 17

    68. Visita igreja ou oratrio de religiosos na festa do fundador Concede-se indulgncia plenria ao fiel que visitar piedosamente urna igreja ou oratrio de religiosos na festa de seu fundador e a rezar o Pai-nosso e o Creio.

    69. Visita pastoral

    Concede-se indulgncia parcial ao fiel que visitar piedosamente uma igreja ou oratrio, quando a se faz a visita pastoral; e indulgncia plenria, se nesse mesmo tempo assistir a uma funo sagrada e presidida pelo visitador.

    70. Renovao das promessas do batismo

  • Concede-se indulgncia parcial ao fiel que renovar as promessas do batismo em qualquer frmula de uso; e ganhar indulgncia plenria, se o fizer na celebrao da Viglia Pascal ou no aniversrio de seu batismo.

    APNDICE PIEDOSAS INVOCAES Sobre cada piedosa invocao note-se o seguinte:

    1. A invocao, quanto indulgncia, no se considera mais como obra distinta ou completa, mas como complemento da obra, com a qual o fiel eleva o esprito a Deus com humilde confiana no cumprimento de seus deveres e na tolerncia das aflies da vida. A piedosa invocao completa essa elevao do esprito: ambas so como uma prola que se insere nas atividades humanas e as adorna, ou como o sal que tempera e d gosto.

    2. Deve-se preferir a invocao que melhor concorda com as circunstncias das aes e da pessoa: ela espontaneamente brota do corao e escolhem-se as que o uso antigo mais aprovou; delas se acrescenta uma lista, abaixo.

    3. A invocao pode ser brevssima, expressa em uma ou poucas palavras ou s concebida na mente.

    Apraz dar alguns exemplos: Deus meu. Pai. Jesus. Louvado seja Jesus Cristo (ou outra saudao em uso). Creio em vs, Senhor. Espero em vs. Eu vos amo. Tudo por vs. Eu vos agradeo ou Graas a Deus. Bendito seja Deus ou Bendigamos ao Senhor. Venha a ns o vosso reino. Seja feita a vossa vontade. Seja como Deus quiser. Ajudai-me, Senhor. Confortai-me. Ouvi-me ou Atendei minha orao. Salvai-me. Tende piedade de mim. Perdoai-me, Senhor. No permitais separar-me de vs. No me abandoneis. Ave, Maria. Glria a Deus nos cus. Senhor, vs sois grande.

    INVOCAES EM USO (que se do como exemplo) 1. Abenoe-nos com seu dileto Filho a bem-aventurada Virgem Maria.

    2. Amado, Senhor Jesus, dai-lhes o descanso eterno.

    3. Bendita seja a Santssima Trindade. 4. Corao de Jesus que tanto me amais, fazei que eu vos ame cada vez mais.

    5. Corao de Jesus, confio em vs.

    6. Corao de Jesus, tudo por vs.

    7. Corao sacratssimo de Jesus, tende piedade de ns.

    8. Cristo vence! Cristo reina! Cristo impera!

  • 9. Dignai-vos que eu vos louve, Virgem santa, dai-me fora contra vossos inimigos.

    10. Doce Corao de Maria, sede a minha salvao.

    11. Ensinai-me a fazer a vossa vontade, porque sois o meu Deus.

    12. Enviai, Senhor, operrios vossa messe.

    13. Ficai conosco, Senhor.

    14. Glria ao Pai e ao Filho e ao Esprito Santo.

    15. Graas e louvores sejam dados a todo momento ao santssimo e divinssimo Sacramento.

    16. Jesus, Maria, Jos.

    17. Jesus, Maria, Jos, eu vos dou meu corao e minha alma!

    18. Jesus manso e humilde de corao, fazei nosso corao semelhante ao vosso.

    19. Me dolorosa, rogai por ns.

    20. Meu Deus e meu tudo.1. Meu Senhor e meu Deus!

    22. Ns vos adoramos, Cristo, e vos bendizemos, porque pela vossa santa cruz remistes o mundo.

    23. Deus, compadecei-vos de mim, pecador. 24. Pai, em vossas mos entrego o meu esprito.

    25. Rainha, concebida sem pecado original, rogai por ns.

    26. Rogai por ns, santa Me de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. 27. Salve, Cruz, nica esperana.

    28. Santa Me de Deus, sempre Virgem Maria, intercedei por ns.

    29. Santa Maria, Me de Deus, rogai por ns.

    30. Senhor, aumentai a nossa f.

    31. Senhor, faa-se a unidade das mentes na verdade, e a unidade dos coraes na caridade.

    32. Senhor, salvai-nos, pois perecemos.

    33. Sois minha me e minha confiana.

    34. Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por ns.

    35. Vs sois o Cristo, Filho de Deus vivo.