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1 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
- Tenha acesso rea exclusiva do site com todo o contedo previsto para o concurso INSS Acesse nosso site: www.preparatoriopopular.com.br
Leia antes de comear os estudos...
Ol, fico feliz que voc tenha acesso a este material que eu elaborei com bastante carinho
pensando na aprovao do leitor. Para passar em um concurso pblico ou vestibular, o segredo no
s estudar, sim conhecer a banca, pensar como pensam os elaboradores da prova, ler o que realmente
essencial e, principalmente, treinar. Este manual foi criado especificamente para que voc tenha
uma ferramenta para a aprovao, pois o contedo foi elaborado com base nas principais bancas e
possveis promotoras do Concurso INSS 2014/2015.
Meu nome Ricardo Gomes, sou Psiclogo graduado pela Universidade Federal da Bahia e
graduando em Direito pela Universidade do Estado da Bahia. Tenho experincia com concurso por
duas vias, pelas aprovaes que possuo e pelo trabalho como Master Coach de Concurseiros, neste
momento, trabalhando exclusivamente com o concurso INSS.
Criei o PREPARATRIO POPULAR com o intuito de proporcionar aos candidatos acesso ao
conhecimento de forma prtica e econmica. Este manual distribudo gratuitamente, pois apenas
parte do contedo exclusivo do site. A aprovao em um concurso no depende exclusivamente da
leitura de determinado livro, mas da estratgia que montada. E a rea exclusiva do site garante ao
candidato a melhor estratgia de estudos para a aprovao. Acesse o site, cadastre-se na rea
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O Preparatrio Popular vai passar por todo o pas com o curso presencial, podemos passar por
sua cidade, acesse o site e veja nosso roteiro. Procuraremos seguir sempre as seguintes diretrizes:
1. Horrios flexveis; 2. Material didtico gratuito; 3. Custo popular e parcelvel; 4. Foco no contedo especfico dos concursos; 5. Curso itinerante e de curta durao; 6. Contedo atualizado.
A ideia fundamental garantir aos candidatos conhecimentos suficientes para a aprovao,
observando estritamente o previsto no edital. Espero que faamos juntos uma tima Prova. Qualquer
coisa, envie-me um e-mail comentando, criticando ou tirando dvidas. Adorarei ter contato com voc.
Por fim, lembre-se sempre Daquele que Superior a todas as coisas e necessidades. Ele nos
protege, nos abenoa e cuida para que nada falte. Ele a fonte de todo o conhecimento... Jesus Cristo,
a quem eu agradeo todos os dias. Sem a ajuda dele, nada disso seria possvel.
Ricardo Gomes de Souza e Silva
www.preparatoriopopular.com.br
3 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
SUMRIO Captulo 1 Seguridade Social
1.1 Origem e Evoluo Legislativa no Brasil
1.2 Conceituao
1.3 Organizao e princpios constitucionais,
Captulo 2 Legislao Previdenciria
2.1 Contedo, fontes, autonomia
2.2 Aplicao das normas previdencirias
2.2.1 Vigncia, hierarquia, interpretao e integrao
Captulo 3 Regime Geral da Previdncia Social
3. 1 Conceito
3.2 Dependentes
3.3 Segurados Obrigatrios: conceito, caractersticas e abrangncia: empregado,
empregado domstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.
3.4 Segurado facultativo: conceito, caractersticas, filiao e inscrio.
3.5 Manuteno e Perda da qualidade de Segurado
3.6 Empresa e Empregador Domestico: conceito previdencirio
Captulo 4 - Financiamento da Seguridade Social
4.1 Salrio-de-contribuio.
4.1.1 Conceito.
4.1.2 Parcelas integrantes e parcelas no-integrantes.
4.2 Receitas da Unio.
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4.3 Receitas das contribuies sociais: dos segurados, das empresas, do empregador
domstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional.
4.4 Arrecadao e recolhimento das contribuies destinadas seguridade social.
4.4.1 Competncia do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Captulo 5 Prestaes da Previdncia Social
5.1 Salrio-de-benefcio
5.2 Fato gerador do benefcio e Perodo de Carncia;
5.3 Plano de Benefcios da Previdncia Social: espcies de prestaes, benefcios, renda
mensal do benefcio, reajustamento do valor dos benefcios.
5 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
SEGURIDADE SOCIAL
Captulo 1
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1 .1 ORIGEM E EVOLUO LEGISLATIVA NO BRASIL
FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - O INSS, autarquia federal, resultou da fuso das seguintes autarquias:
a) INAMPS e SINPAS.
b) IAPAS e INPS.
c) FUNABEM e CEME.
d) DATAPREV e LBA.
e) IAPAS e INAMPS.
Objetivamente, considera-se que o tema Seguridade Social evoluiu com o tempo,
tendo como marco inicial a Lei Eloy Chaves (n 4682, de 24 01 1923). Embora poca
existissem leis que previam o seguro de trabalho e a aposentadoria de ferrovirios, que so
assuntos previdencirios, foi APENAS a partir da Lei Eloy Chaves que o Sistema de Previdncia
Social passou a existir no Brasil.
A Lei Eloy Chaves instituiu as Caixas de Aposentadoria e Penses aos funcionrios das
empresas ferrovirios CAPs. Estas CAPs eram criadas e organizadas pelas empresas, que
arrecadavam os recursos e concediam os benefcios
apenas aos funcionrios da rede ferroviria. A
partir de 1923 comeam a surgirem leis que
estendiam o benefcio das CAPs aos trabalhadores
porturios e martimos (DN n 5109/1928).
No referido perodo, a seguridade social
ainda no contemplava a maioria dos
trabalhadores, ento em 1933 foram criados os
Institutos de Aposentadorias e Penses IAPs,
desta vez organizado por categorias profissionais, no mais pelas empresas. Os IAPs so
produto da unificao das CAPs, passando a assumir a funo de autarquia do Governo
Federal, a nvel nacional, distribuda entre vrios institutos, com a finalidade de assegurar o
gozo dos benefcios previstos em lei.
A criao do FUNRURAL (Lei n 4214/63), em 1963, foi um marco importante e pode
ser um tema questionado em concursos. Esta lei institui a assistncia previdenciria aos
A Lei Eloy Chaves,
marco inicial da
Previdncia Social,
institua as Caixas de
Aposentadoria e Penses
dos Ferrovirios CAPs
7 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
trabalhadores rurais, na prestao de benefcios como: aposentadoria por velhice;
aposentadoria por invalidez; penso; auxlio-funeral; servio de sade; e servio de social.
Com a necessidade de unificar as vrias IAPs FUNRURAL e s demais prestaes
previdencirias, em 1963, a partir do Decreto Lei n
73/63, foi criado o Instituto Nacional de Previdncia
Social - INPS, como um rgo de administrao Indireta
da Unio, com personalidade jurdica de natureza
autrquica. O INPS exercia a funo executiva e
representativa do sistema geral de previdncia social,
integrando o Ministrio do Trabalho e Previdncia Social,
sob a superviso do Ministro de Estado.
Em 1977, a criao do Sistema Nacional de Previdncia e Assistncia Social - SINPAS
(Lei n 6439/77) assinalou a nova e importante etapa na evoluo da previdncia social
brasileira, bem como da Assistncia Social. O SINPAS introduziu medidas de reorganizao
administrativa, sem alterao de direitos, deveres, natureza e contedo dos diferentes
programas e condies das prestaes atribudas s autarquias coligadas.
O SINPAS era composto pelas seguintes autarquias:
1. INPS - Instituto Nacional de Previdncia Social com a competncia de conceder e
manter os benefcios e outras prestaes em dinheiro, inclusive a cargo do IPASE e do
FUNRURAL;
2. IAPAS - Instituto de Administrao Financeira da Previdncia e Assistncia Social que
promovia a arrecadao, fiscalizao e cobrana das contribuies e demais recursos
destinados previdncia e assistncia social;
3. INAMPS - Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social composto
por programas de assistncia mdica aos trabalhadores urbanos, abrangendo os
servios de natureza clnica, cirrgica, farmacutica e odontolgica, e assistncia
complementar, devidos os segurados do atual INPS e respectivos dependentes;
4. LBA - Fundao Legio Brasileira de Assistncia com a competncia de prestar
assistncia social populao carente, mediante programas de desenvolvimento social
e de atendimento s pessoas, independentemente da vinculao destas a outra
entidade do SINPAS;
5. FUNABEM - Fundao Nacional do Bem-Estar do Menor a quem competia promover
a execuo da poltica nacional do bem-estar do menor em situao de vulnerabilidade
socioeconmica;
O INPS surge 1963 a
partir da fuso de todos os
IAPs existentes na poca
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6. DATAPREV Empresa de Processamento de
Dados da Previdncia Social com a
competncia de analisar os sistemas, a
programao e execuo de servios de
tratamento da informao, o processamento
de dados atravs de computao eletrnica
e o desempenho de outras atividades
correlatas de interesse da previdncia e
assistncia social;
7. CEME - Central de Medicamentos a quem competia a distribuio de medicamentos
aos segurados do INPS;
Das referidas autarquias, atualmente apenas a DATAPREV permanece ativa. As demais
unidades foram extintas com o advento da Lei 8029/90, sancionada pelo presidente
Fernando Collor de Melo, que instituiu, no Art. 17, a criao da autarquia federal denominada
Instituto Nacional do Seguro Social INSS, mediante a fuso do INPS com o IAPAS.
A linha do tempo a seguir mostra a evoluo cronolgica da seguridade social
culminando na criao do Ministrio da Previdncia Social em 2003 no formato que
conhecemos hoje.
DATAPREV - Empresa
pblica instituda pela Lei
n. 6.125/74,
vinculada ao Ministrio
da Previdncia Social
(MPS).
9 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
1923 Lei Eloy Chaves Criao das CAPs;
1933 Criao das IAPs Instituto de Aposentadorias e Penses;
1961 Lei n 3782/60
A seguridade social adquire status de ministrio, passando a ser
representada pelo Ministrio do Trabalho e Previdncia Social;
1963
Decreto Lei n
72/63 Criao do INPS mediante a juno de todas as IAPs;
1974 Lei n 6036/74
Ministrio da Previdncia e do Trabalho se desvinculam, surge o
Ministrio da Previdncia e Assistncia Social;
1977 Lei n 6439/77 Criao do SINPAS;
1990 Lei 8028/90
Novamente Previdncia e Trabalho so vinculados, voltando a ser
chamado Ministrio do Trabalho e Previdncia Social;
1990 Lei n 8029/90 Institui o INSS mediante a fuso do INPS com o IAPES;
1992 Lei n 8490/92 Totalmente desvinculada, Ministrio da Previdncia Social;
1995 MP n 813/95
Novamente vinculam Previdncia Assistncia Social,
permanecendo o Ministrio da Previdncia e Assistncia Social;
2003 Lei n 10.683/03
Cria o Ministrio da Assistncia Social, destacando esta atividade
do Ministrio da Previdncia Social.
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SIMULADO
1. A Previdncia Social no Brasil teve como marco inicial a criao de Caixas de Aposentadoria e Penses pera os trabalhadores ferrovirios, as chamadas CAPs. A lei que as instituiu conhecida como:
a. Lei Eusbio de Queirz
b. Lei Vicente da Costa
c. Lei Eloy Chaves
d. Lei Getlio Vargas
e. Lei Artur Gomes
2. O INPS, criado pelo Decreto-lei n
72/63, constitua-se um rgo
executivo do sistema geral de
previdncia social, sendo integrante do:
a. Ministrio da Previdncia Social
b. Ministrio da Previdncia e Assistncia Social
c. Ministrio da Previdncia e Desenvolvimento Social
d. Ministrio do Trabalho e Previdncia Social
e. Ministrio do Trabalho, Industria e Comrcio
3. No era uma autarquia integrante
do SINPAS
a. DATAPREV
b. FUNRURAL
c. CEME
d. FUNABEM
e. LBA
4. A fuso das autarquias INPS e IAPAS
deu origem autarquia federal INSS.
Sobre a IAPAS, correto afirmar:
a. promovia a arrecadao, fiscalizao e
cobrana das contribuies e demais recursos
destinados previdncia e assistncia social;
b. promovia a execuo da poltica nacional do
bem-estar do menor em situao de
vulnerabilidade socioeconmica;
c. era composta por programas de assistncia
mdica aos trabalhadores urbanos;
d. possua a competncia de conceder e manter
os benefcios e outras prestaes em dinheiro;
e. possua a competncia de prestar assistncia
social populao carente, mediante
programas de desenvolvimento social e de
atendimento s pessoas;
5. Com a criao do INSS, o SINPAS foi
extinto, junto com suas autarquias
integrantes, exceto uma:
a. LOAS
b. FUNRURAL
c. CEME
d. FUNABEM
e. DATAPREV
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11 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
1.2 CONCEITUAO
FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - correto afirmar que a Seguridade Social compreende
a) a Assistncia Social, a Sade e a Previdncia Social.
b) a Assistncia Social, o Trabalho e a Sade.
c) o Sistema Tributrio, o Lazer e a Previdncia Social.
d) a Educao, a Previdncia Social e a Assistncia Social.
e) a Cultura, a Previdncia Social e a Sade. FCC - 2014 - TRT - 18 Regio (GO) - Juiz do Trabalho - Sinfrnio, jovem com 13 anos de idade, em situao de hipossuficincia econmica, Georgino com 35 anos, empresrio bem sucedido no ramo imobilirio. De acordo com os destinatrios da proteo social dentro do sistema pblico de seguridade social brasileiro, correto afirmar que
a) Sinfrnio e Georgino podem participar como segurados do subsistema de previdncia social.
b) Georgino e Sinfrnio esto atualmente alcanados pelo subsistema de assistncia social.
c) Sinfrnio e Georgino podem participar do subsistema de sade.
d) Georgino pode ser hoje destinatrio dos programas de sade e assistncia social.
e) Georgino pode participar apenas do subsistema de sade.
A Constituio Federal de 1988 foi o primeiro ordenamento jurdico brasileiro a
abordar o tema seguridade social - as Constituies anteriores tratavam de temas como
previdncia social e sade, porm isoladamente -. O termo Seguridade foi alvo de discusso
entre os estudiosos do Direito, por entenderem que o termo mais apropriado seria
Segurana. Entretanto, a escolha foi realizada na busca por uma nomenclatura que
abrangesse mais caractersticas de ordem social.
As questes apresentadas pela banca requerem que o candidato interprete o
conceito de Seguridade Social principalmente luz dos Arts. 194 a 204 da CF/88.
Conforme previsto, Seguridade Social compreende um conjunto integrado de aes
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa
dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos
sade, previdncia e assistncia social.
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que podem partir do tanto de iniciativa do Poder
Pblico quanto da sociedade. E que aes so
essas? Aes destinadas a assegurar os direitos
relativos Sade, Previdncia e Assistncia
Social, tais como auxilio moradia, aposentadoria,
auxilio-recluso etc.. E tem como beneficirios os
segurados, os dependentes e os mais necessitados
(economicamente vulnerveis - art. 203).
As prestaes da Seguridade Social podem
ser de dois tipos: benefcios que so prestaes
pecunirias, em forma de dinheiro e servios
prestaes imateriais -. Estas prestaes s podem ser criadas, estendidas ou ter seu valor
aumentado mediante a existncia de uma fonte de custeio previamente estabelecida (Art.
195, 5).
PRESTAES DA SEGURIDADE SOCIAL
Benefcios Servios
Apresentado em forma de
pecnia; forma de pagamento
apresentado atravs de
dinheiro; pecnia significa
dinheiro. Ex: Aposentadoria.
Atividade destinada
satisfao de necessidades
humanas, mas que no
apresenta o aspecto de um
bem material; no
disponibilizado em dinheiro.
Ex: Reabilitao Profissional.
A seguridade Social ser organizada pelo Poder Pblico tendo como base os seguintes
objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios;
IV - irredutibilidade do valor dos benefcios;
V - equidade na forma de participao no custeio;
Algumas bancas tentam
confundir o candidato
acrescentando os Direitos
Sociais previstos no Art. 7
da Constituio Federal
(alimentao, educao,
moradia, proteo
maternidade etc.) ao tema
Seguridade Social.
13 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto
quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e
do Governo nos rgos colegiados.
Quanto ao financiamento da seguridade social, o ordenamento jurdico atribui
competncia a toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos
provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.
Tambm ter como fonte de custeio algumas contribuies sociais que sero detalhadas em
captulo especfico.
Sade
A garantia Sade dever do Estado, que adotar polticas sociais e econmicas que
visem a reduo do risco de doena e outros agravos. Tambm se constitui um direito de
todos, tendo como princpio bsico o acesso universal e igualitrio, independente da
condio socioeconmica do destinatrio (resposta segunda questo). Antes da
Constituio Federal de 88, era necessria a prvia contribuio para que o indivduo tivesse
acesso sade, portanto, no era um direito universal. Quem no contribua deveria buscar
ajuda nas Santas Casas de Misericria.
Aps a extino do Instituto Nacional de Assistncia Mdica da Previdncia Social
INAMPS, a Sade passou a ser segmento autnomo da Seguridade Social e suas aes e
servios consideradas de responsabilidade direta do Ministrio da Sade, por meio do
Sistema nico de Sade - SUS. Cabe ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua
regulamentao, fiscalizao e controle.
As aes relacionada Sade integraro uma rede regionalizada e hierarquizada e
constituindo um sistema nico (SUS), organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
Art. 196. A sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais
e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao.
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I - descentralizao, com direo nica em cada
esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas, sem prejuzo dos servios
assistenciais;
III - participao da comunidade.
A assistncia sade ser livre iniciativa privada, podendo, portanto, as instituies
privadas participar de forma complementar do SUS, mediante contrato de direito pblico
ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos, sendo
VEDADA a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies
privadas com fins lucrativos.
Por fim, sobre a competncia do SUS, alm de outras atribuies, deve:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substncias de interesse para a
sade e participar da produo de medicamentos, equipamentos, imunobiolgicos,
hemoderivados e outros insumos;
II - executar as aes de vigilncia sanitria e epidemiolgica, bem como as de sade
do trabalhador;
III - ordenar a formao de recursos humanos na rea de sade;
IV - participar da formulao da poltica e da execuo das aes de saneamento
bsico;
V - incrementar em sua rea de atuao o desenvolvimento cientfico e tecnolgico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e guas para consumo humano;
Art. 199. A assistncia
sade livre
iniciativa privada.
15 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
VII - participar do controle e fiscalizao da produo, transporte, guarda e utilizao
de substncias e produtos psicoativos, txicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Assistncia Social
A Assistncia Social regida pela Lei n 8.742/93 (LOAS, estudada em captulo
especfico), sendo definida como direito do cidado e dever do Estado. Tambm uma
poltica de Seguridade Social no contributiva, que prov os mnimos sociais, realizada
atravs de um conjunto integrado de aes de iniciativa pblica e da sociedade, para
garantir o atendimento s necessidades bsicas.
A CF88 apresenta-a no artigo 203,
FCC - 2013 - TRT - 6 Regio (PE) - Juiz do Trabalho - As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
a) descentralizao, com direo nica no governo federal; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao dos Poderes Pblicos Municipal, Estadual e Federal.
b) descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao da comunidade.
c) centralizao, com direo nica em cada esfera de governo; atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao dos Poderes Pblicos Municipal, Estadual e Federal.
d) descentralizao, com direo pulverizada em cada esfera de governo; atendimento restrito, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios previdencirios; e participao da comunidade.
e) centralizao, com direo nica em cada esfera de governo; atendimento restrito, com prioridade para as atividades combativas, sem prejuzo dos servios assistenciais; e participao da comunidade.
Comentrio: Art. 198 da Constituio Federal de 1988
Art. 203. A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuio seguridade social
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Observe que a Assistncia Social ser prestada a quem dela necessitar. Neste ponto
importante que o candidato compreenda que necessidade assume um significado mais
amplo. Nas prestaes pecunirias, em forma de beneficio, a assistncia s ser prestada a
pessoas em vulnerabilidade econmica. Outras prestaes, em forma de servio, como
habilitao e reabilitao, integrao no mercado de trabalho e outras, sero prestadas
tambm s pessoas providas de recursos financeiros. Sendo, portanto, falsa a afirmao de
que a Assistncia Social apenas para pessoas desfavorecidas economicamente.
Os objetivos da Assistncia Social so:
I - a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;
II - o amparo s crianas e adolescentes carentes;
III - a promoo da integrao ao mercado de trabalho;
IV - a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a promoo
de sua integrao vida comunitria;
V - a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de
deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno
ou de t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a lei.
Quanto ao financiamento, as aes governamentais na rea da assistncia social sero
financiadas por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municpios, e das seguintes contribuies sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo
contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia
social de que trata o art. 201;
17 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
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III - sobre a receita de concursos de prognsticos.
IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
A Assistncia Social ser organizada com base nas seguintes diretrizes:
I - descentralizao poltico-administrativa, cabendo a coordenao e as normas gerais
esfera federal e a coordenao e a execuo dos respectivos programas s esferas
estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistncia social;
II - participao da populao, por meio de organizaes representativas, na
formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis.
A banca pode indagar a quem facultado vincular ao Programa de Apoio Incluso e
Promoo Social PAIPS at cinco dcimos por cento de sua receita tributria lquida. O
PAIPS um programa de incentivo fiscal, que viabiliza a parceria entre governo, entidades
sociais e empresas para realizao de projetos sociais, institudo pela Lei 11.853 em 29 de
novembro de 2002 e regulamentado pelo Decreto 42.338 de 11 de junho de 2003, tambm
conhecido como Lei da Solidariedade. Lembre-se que facultado APENAS aos ESTADOS e ao
DISTRITO FEDERAL, mas vedada a aplicao desses recursos no pagamento de:
I - despesas com pessoal e encargos sociais;
FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurdica - De acordo com a Lei n 8.212/91, a organizao da Assistncia Social obedecer duas diretrizes, sendo uma delas,
a) a participao da populao na formulao e no controle das aes em todos os nveis.
b) a universalidade de participao nos planos previdencirios, mediante contribuio.
c) o valor da renda mensal dos benefcios, substitutos do salrio-de-contribuio ou do rendimento do trabalho do segurado, no inferior ao do salrio mnimo.
d) a preservao do valor real dos benefcios, com aplicao de metas preestabelecidas pelos rgos de direo competente.
e) o funcionamento da previdncia complementar facultativa, custeada por contribuio adicional.
Comentrio: Resposta o item "a", est na lei 8.212, art.4, pu, b. Veja que a questo pede as diretrizes da Assistncia Social.
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II - servio da dvida;
III - qualquer outra despesa corrente no vinculada diretamente aos investimentos ou
aes apoiados.
Previdncia Social
A Previdncia Social um seguro social com a finalidade de prover subsistncia ao
trabalhador, em caso de perda de sua capacidade laborativa. A primeira caracterstica a ser
apontada o seu carter contributivo, pois este atributo EXCLUSIVO. Em outras palavras, o
sistema previdencirio deve ser autossustentvel, financiada a partir da contribuio dos
seus beneficirios, evitando-se a dependncia indevida dos recursos estatais. O candidato
deve estar atento: a Assistncia Social e a Sade no possuem carter contributivo.
No confunda, entretanto, contribuio com custeio. Contribuio devida
diretamente aos beneficirios antes que esses tenham acesso s prestaes previdencirias;
j custeio, est previsto no art. 195, referindo-se ao financiamento da Seguridade Social. O
mesmo artigo prev no 5 a necessidade de fonte de custeio anterior criao, majorao
ou alterao das prestaes.
Outra caracterstica importante a FILIAO OBRIGATRIA. Todo brasileiro maior de
16 anos, que exerce uma atividade remunerada lcita, est compulsoriamente filiado
Carter Contributivo: depende da prvia contribuio do beneficirio
Sade Direito de todos e o cidado no depende de contribuio
prvia para ter acesso aos servios;
Assistncia Social Direito dos economicamente vulnerveis apenas e no
depende de contribuio prvia para ter acesso aos servios;
Previdncia Social Direito dos segurados e seus dependentes e depende da
contribuio prvia por parte do segurado
Art. 201. A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de carter
contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que preservem o equilbrio
financeiro e atuarial [...].
19 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
Previdncia Social. A condio de filiado no deve ser confundida com a condio de inscrito
em algum dos regimes previdencirios.
Veja:
FILIAO: vinculo jurdico que existe entre o trabalhador maior de 16 anos e a
Previdncia Social a partir da realizao de qualquer atividade lcita e
remunerada;
INSCRIO: cadastramento do trabalhador junto ao INSS em alguma das
categorias de segurados, ex: Segurado Facultativo, Segurado Obrigatrio etc.;
Assim, fique atento: a prtica de uma atividade lcita remunerada inclui
automaticamente o trabalhador na condio de filiado, mesmo que este no esteja inscrito
regularmente em alguma das categorias de segurados da Previdncia Social. Esta mesma
caracterstica faz com que sua natureza jurdica seja no contratual, pois excluda por
completo a vontade do segurado, sendo este filiado compulsoriamente.
A Previdncia Social tem como finalidade assegurar aos seus segurados e pendentes,
quando couber, meios indispensveis de manuteno, por motivo de incapacidade, idade
avanada, tempo de servio, desemprego involuntrio, encargos de famlia e recluso ou
morte. Atender aos seguintes princpios e diretrizes:
a) universalidade de participao nos planos previdencirios, mediante contribuio;
b) valor da renda mensal dos benefcios, substitutos do salrio-de-contribuio ou do
rendimento do trabalho do segurado, no inferior ao do salrio mnimo;
c) clculo dos benefcios considerando-se os salrios-de-contribuio, corrigidos
monetariamente;
d) preservao do valor real dos benefcios;
e) previdncia complementar facultativa, custeada por contribuio adicional.
Como previsto na CF88, Art. 195, 5, nenhum benefcio ou servio da seguridade
social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio
total. Atualmente, atendendo a redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998, a
Previdncia Social atender a:
I - cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada;
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II - proteo maternidade, especialmente gestante;
III - proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio;
IV - salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados de baixa
renda;
V - penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou companheiro e
dependentes.
Existem dois regimes bsicos de previdncia, o Regime Geral da Previdncia Social
(RGPS), o Regime Prprio da Previdncia Social (RPPS) e dois Regimes Complementares, o
Privado aberto ou fechado no RGPS e o pblico fechado no RPPS.
O Regime Geral responsvel pela proteo da grande massa de trabalhadores
brasileiros e organizado pelo INSS. Os Regimes Prprios so mantidos pela Unio, Estados e
ALGUNS Municpios em favor de alguns servidores. O Regime complementar tem carter
facultativo, sendo que, no RGPS, tem natureza privada, enquanto no RPPS tem natureza
pblica e natureza fechada, exclusivo aos ingressos neste regime.
Mas, afinal, o que o candidato precisa saber? Que tipo de trabalhador faz parte de
cada Regime. Ento, para simplificar, todos os que desenvolvem alguma atividade laboral
legal e remunerada, que no fazem parte de algum Regime Prprio, so integrantes do
Regime Geral. Existem algumas excees a essa regra, mas sero expostas a seguir. J o
Regime Complementar, como dito, tem carter FACULTATIVO, portanto cabe ao interessado
buscar sua filiao, contanto que se este for inscrito no RGPS, deve buscar a Previdncia
Complementar Privada, caso seja inscrito no RPPS, pode procurar a Previdncia
Complementar Pblica, fechada, prevista no Art. 40 da CF88.
Regime Prprio da Previdncia Social
Trata-se de um Regime previdencirio bsico, destinado aos servidores titulares de
cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e de ALGUNS Municpios, includas
suas AUTARQUIAS e FUNDAES. O candidato deve estar atento pois a UNIO, Distrito
Federam e TODOS os Estados possuem regime prprio, entretanto, nem todos os
Municpios possuem, pois no atendem os critrios de equilbrio financeiro e atuarial
estabelecidos pela CF88. Portanto, os servidores titulares de cargos efetivo dos Municpios
que no possuem regime prprio so amparados pelo RGPS.
21 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
Outros Servidores Pblicos tambm no so amparados pelo Regime Prprio: os que
ocupam exclusivamente cargo de comisso, ou seja, pessoas que no eram amparados pelo
regime prprio e que so indicadas a assumir um cargo comissionado participaro do
regime geral; os funcionrios de empresa pblica, tipo Banco do Brasil, Petrobrs; e os
ocupantes de cargo temporrio.
Portanto, fazem parte do Regime Prprio:
Servidor Pblico ocupante de Cargo Efetivo, salvo excees;
Servidor Pblico ocupante de Cargo Vitalcio;
a) Magistrados;
b) Membros do Ministrio Publico;
c) Ministro e Conselheiros dos Tribunais de Contas
Militares das Foras Armadas;
O Regime Prprio tambm tem carter contributivo e solidrio, mediante
contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial.
Um Regime Prprio pode abranger as mesmas prestaes do Regime Geral, mas, para
que seja considerado vlido, ele deve atender, NO MNIMO os seguintes benefcios:
Aposentadoria por Invalidez;
Aposentadoria por tempo de servio;
Aposentadoria por idade;
Aposentadoria Compulsria;
Penso por morte;
As aposentadorias previstas nos Regimes Prprios so:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de
contribuio, exceto se decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena
grave, contagiosa ou incurvel, na forma da lei;
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de contribuio;
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III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo
exerccio no servio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria,
observadas as seguintes condies:
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta
e cinco anos de idade e trinta de contribuio, se mulher; (Redao dada pela
Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. (Redao dada
pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)
Observe que, conforme previsto na CF88, fica vedada a adoo de requisitos e
critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime
prprio, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores:
I portadores de deficincia;
II que exeram atividades de risco;
III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade
ou a integridade fsica.
IV com relao aos requisitos de idade e de tempo de contribuio, haver a reduo
de 5 (cinco) anos, para o professor que comprove EXCLUSIVAMENTE tempo de efetivo
exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.
Regime Complementar
O regime de previdncia privada, de carter complementar e organizado de forma
autnoma em relao ao regime geral de previdncia social, tem carter FACULTATIVO,
podendo ser privado (aberto ou fechado) ou pblico (exclusivamente fechado).
A Previdncia Complementar Privada pode ser aberta, podendo qualquer pessoa
participar, independente da idade ou se exerce alguma atividade remunerada, desde que
contribua nos termos contratuais estabelecidos; tambm pode ser fechada, geralmente
atendendo a um grupo especfico de determinada empresa, portanto, apenas as pessoas
vinculadas tal empresa podem participar. J a Previdncia Complementar Pblica
exclusivamente fechada, dessa forma, apenas podero fazer parte os servidores includos no
Regime prprio ao qual se refere.
23 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
A NICA Previdncia Complementar Pblica existente at ento a FUMPRESP -
Fundao de Previdncia Complementar do Servidor Pblico Federal, criada pelo Decreto
n 7.808/2012, com a finalidade de administrar e executar planos de benefcios de carter
previdencirio complementar para os servidores pblicos titulares de cargo efetivo da
Unio, suas autarquias e fundaes.
SIMULADO
6. No um objetivo da Seguridade
Social:
a) universalidade da cobertura e do
atendimento;
b) uniformidade e equivalncia dos benefcios e
servios s populaes urbanas e rurais;
c) seletividade e equidade na prestao dos
benefcios e servios;
d) irredutibilidade do valor dos benefcios;
e) equidade na forma de participao no
custeio;
7. As aes relacionadas Sade sero
organizadas:
a) De forma descentralizada, com direo
mltipla em cada esfera de governo;
b) Com atendimento integral, com
prioridade para as atividades de
urgncia, sem prejuzo dos servios
assistenciais;
c) De forma centralizada, com direo
nica em cada esfera de governo;
d) De forma descentralizada, com direo
nica em cada esfera de governo;
e) Com atendimento parcial, com
prioridade para as atividades de
urgncia, sem prejuzo dos servios
assistenciais;
8. No corresponde a uma competncia
do SUS prevista da Lei de Seguridade
Social:
a) ordenar a formao de recursos
humanos na rea de sade;
b) a habilitao e reabilitao das pessoas
portadoras de deficincia;
c) participar da formulao da poltica e
da execuo das aes de saneamento
bsico;
d) incrementar em sua rea de atuao o
desenvolvimento cientfico e tecnolgico;
e) fiscalizar e inspecionar alimentos,
compreendido o controle de seu teor
nutricional, bem como bebidas e guas
para consumo humano;
9. Exceto um item, a Assistncia Social
tem como objetivo:
a) proteo famlia;
b) proteo maternidade
c) proteo infncia;
d) proteo e velhice;
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e) proteo pessoas portadoras de
deficincia;
10. Corresponde a uma prestao
pecuniria da Assistncia Social:
a) salrio mnimo de benefcio mensal pessoa
portadora de deficincia e ao idoso;
b) a promoo da integrao ao mercado de
trabalho;
c) o amparo s crianas e adolescentes
carentes;
d) a habilitao e reabilitao das pessoas
portadoras de deficincia e a promoo de
sua integrao vida comunitria;
e) auxilio-recluso;
11. facultado vincular at cinco
dcimos por cento de sua receita
tributria lquida ao Programa de
Apoio Incluso e Promoo Social:
a) Unio e Estados
b) Estados e Municpios
c) Distrito Federal e Territrios
d) Estados e Distrito Federal
e) Distrito Federal e Municpios
12. A Previdncia Social atender aos
seguintes princpios e diretrizes:
a) seletividade na participao nos
planos previdencirios, mediante
contribuio;
b) valor da renda mensal dos
benefcios, substitutos do salrio-de-
contribuio ou do rendimento do
trabalho do segurado, no inferior
ao do salrio mnimo;
c) clculo dos benefcios considerando-
se os salrios-de-contribuio,
corrigidos monetariamente;
d) preservao do valor real dos
benefcios;
e) previdncia complementar
facultativa, custeada por
contribuio adicional.
13. A Previdncia Social no atender a:
a) cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada;
b) proteo maternidade, especialmente gestante;
c) proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrio;
d) salrio-famlia e auxlio-recluso para os segurados de baixa renda;
e) penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou companheiro e dependentes.
14. Refere-se a uma prestao da Previdncia Social destinada aos dependentes
a) aposentadoria por tempo de contribuio; b) aposentadoria por invalidez; c) aposentadoria por idade; d) auxilio-doena; e) penso por morte.
15. Sobre o Regime Prprio de Previdncia Social, est incorreta afirmao:
a) Todos os Servidores Pblicos ocupantes de cargo efetivo possuem regime prprio;
b) Todos os Servidores Pblicos ocupantes de Cargo Vitalcio possuem regime prprio;
c) Todos os Ministros do Supremo Tribunal Federal possuem regime prprio;
d) Todos os Conselheiros dos Tribunais de Contas possuem regime prprio;
e) Todos os Servidores Pblicos Federais ocupantes de cargo efetivo possuem regime prprio;
16. Pode contribuir para o RGPS e para o RPPS concomitantemente:
25 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
a) O ocupante de cargo efetivo que eleito prefeito;
b) O professor que trabalha como policial militar;
c) O professor universitrio que d aulas em cursos privados;
d) O Juiz que deseja ser segurado facultativo;
e) O mdico do SUS que eleito prefeito;
17. Para que um RPPS seja considerado vlido, deve, no mnimo, atender a algumas prestaes. Qual das seguintes prestaes tem carter facultativo ao Regime Prprio:
a) Aposentadoria por Invalidez; b) Auxilio-doena; c) Aposentadoria por idade; d) Penso por Morte; e) Aposentadoria Compulsria;
18. uma Previdncia Complementar Pblica:
a) PREVI b) INFRAPREVI c) FUMPRESP d) CAPREVI e) SUSEP
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1 .3 ORGANIZAO E PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS
FCC - 2010 - TRF - 4 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa O princpio constitucional que consiste na concesso dos benefcios a quem deles efetivamente necessite, devendo a Seguridade Social apontar os requisitos para a concesso de benefcios e servios , especificamente, o princpio da
a) diversidade da base de financiamento. b) uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais. c) universalidade da cobertura e do atendimento. d) equidade na forma de participao no custeio. e) seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios.
FCC - 2014 - TRF - 3 REGIO - Tcnico Judicirio - rea Administrativa Considere os seguintes princpios:
I. Seletividade e Distributividade na Prestao dos Benefcios. II. Universalidade de Participao nos Planos Previdencirios. III. Previdncia Complementar Facultativa custeada por contribuio adicional. IV. Irredutibilidade do valor dos benefcios de forma a preserv-lhes o poder aquisitivo. A Previdncia Social, rege-se, dentre outros, pelos princpios indicados em a) I, III e IV, apenas. b) I, II e III, apenas. c) II, III e IV, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II, III e IV.
A Seguridade Social organizada conforme alguns princpios gerais merecedores de
destaque: os da igualdade, da legalidade e do direito adquirido.
Igualdade, no ramo do Direito Previdencirio, no se refere apenas isonomia
formal, mas tambm material e geomtrica. A isonomia formal aquela que define que
o tratamento deve ser igual aos iguais e desigual aos desiguais conforme suas
desigualdades, ou seja, Tratar a todos de acordo com as suas diferenas e particularidades,
de modo a dar vantagens aos mais fracos para que os mesmos possam competir em igual
condies com os mais fortes. Igualar os diferentes tratando-os de maneira diferente. A
Isonomia Material justifica, por exemplo, a existncia de alquotas diferenciadas entre tipos
de segurados e entre instituies. E a Isonomia Geomtrica, que possibilita a restrio de
determinadas prestaes em detrimento do status econmico do beneficirio.
Quanto ao Direito Adquirido, uma espcie de direito subjetivo definitivamente
incorporado ao patrimnio jurdico do titular (sujeito de direito), j consumado ou no,
porm exigvel na via jurisdicional. Diz-se que o titular do direito adquirido est, em
princpio, protegido de futuras mudanas legislativas que regulem o ato pelo qual fez surgir
seu direito, precisamente porque tal direito j se encontra incorporado ao
27 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
seu patrimnio jurdico plano/mundo do dever-ser ou das normas jurdicas ainda que
no fora exercitado, gozado plano/mundo do ser, ontolgico.
No ramo previdencirio, o direito adquirido existe quando o indivduo enquadra-se
perfeitamente na regra legal. Por exemplo, s tem direito aposentadoria por tempo de
contribuio o indivduo que cumpriu os requisitos legais, portanto, adquiriu as
prerrogativas para gozar de tal benefcio.
Por fim, o Principio da Legalidade, que est presente em todo o ordenamento
jurdico, o qual diz respeito obedincia s leis. Por meio dele, ningum ser obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa, seno em virtude de lei. No ramo previdencirio,
qualquer nova obrigao, como um aumento de contribuio, somente poder ser feito por
meio de lei em sentido formal, isto , aprovada pelo Congresso Nacional ou,
excepcionalmente, por medida provisria.
Estes foram os princpios gerais, mas existem outros especficos relacionados
diretamente seguridade social que merecem ateno do candidato. So eles:
Solidariedade; Universalidade de Cobertura e Atendimento; Uniformidade e Equivalncia de Prestaes entre populaes urbanas e
rurais;
Seletividade e Distributividade na Prestao de Benefcios e Servios; Irredutibilidade do Valor dos benefcios; Equidade na forma de Participao e Custeio; Diversidade na Base de Financiamento; Carter Democrtico e Descentralizado da Administrao; Preexistncia de Custeio em relao aos Benefcios e Servios.
Solidariedade;
Embora no esteja explicitamente relacionado entre os princpios citados pela CF88,
este talvez seja um dos mais importantes para que se compreenda a estrutura de
financiamento previdencirio. Consiste no fato de toda a sociedade contribuir de forma
direta ou indireta para a Seguridade Social, independentemente de se beneficiar de suas
prestaes. Na Previdncia Social, por seu carter contributivo, a solidariedade se
manifestar de forma diferente, atravs do financiamento de geraes. Uma Gerao Ativa
ao contribuir para a previdncia social est custeando as Geraes Passadas, que esto em
inatividade (aposentados, pensionista etc.). Futuramente, esta gerao ter os seus
benefcios garantidos pelas novas geraes que viro, e assim, sucessivamente.
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Universalidade de Cobertura e Atendimento;
Consiste em promover indistintamente o acesso ao maior nmero possvel de
benefcios, na tentativa de proteger a populao de TODOS OS RISCOS SOCIAIS PREVISVEIS
E POSSVEIS. As aes devem contemplar necessidades individuais e coletivas, bem como
aes reparadoras e preventivas.
ATENO!
As bancas costumeiramente apresentam questes exigindo que o candidato decore
os princpios, elaborando questes que priorizam a substituio de termos, no a
conceituao desses. Para este concurso, procure identificar o conceito bsico, mas,
principalmente, memorize os termos utilizados para nomear os princpios.
Uniformidade e Equivalncia de Prestaes entre populaes urbanas e rurais;
Este princpio tem como o objetivo equiparar os direitos dos trabalhadores rurais aos
trabalhadores urbanos. Tornando proibidas quaisquer distines entre os trabalhadores
urbanos e rurais, que por incrvel que parea, eram muito presentes no Brasil antes da
Constituio de 88.
Seletividade e Distributividade na Prestao de Benefcios e Servios;
Este princpio tem por finalidade orientar a ampla distribuio de benefcios sociais
ao maior nmero de necessitados. APENAS os servios da Sade, que so direito de todos os
cidados, as demais prestaes da Seguridade Social estaro disponveis a parcela da
populao identificada pelo legislador atravs de critrios legais adquiridos e de carncias
sociais estabelecidas em lei. Por exemplo, algumas prestaes da Assistncia Social sero
distribudas apenas s pessoas em situao de vulnerabilidade econmica, no sendo,
portanto, extensiva a todos, aplicando-se o princpio da seletividade. Quanto s prestaes
da Previdncia Social, tambm no sero distribudas indiscriminadamente, considerando a
necessidade de custeio prvio.
Mas, fique atento, geralmente o examinador da banca substitui os termos
empregados para dar nome aos princpios.
29 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
Irredutibilidade do Valor dos benefcios;
Irredutvel aquilo que no pode ser reduzido, diminudo, porm pode ser
aumentado. Neste sentido, este princpio tem por finalidade preservar o valor de compra
dos benefcios financeiros concedidos pela seguridade social, proibindo-se a reduo do seu
valor nominal. A legislao infraconstitucional
materializou este dispositivo ao determinar que
anualmente os valores dos benefcios sero corrigidos
por um ndice de preo, o ndice Nacional de Preos
ao Consumidor - INPC. O INPC foi criado inicialmente
com o objetivo de orientar os reajustes de salrios dos
trabalhadores, tendo como populao-objetivo as
famlias com rendimentos mensais compreendidos
entre 1 (hum) e 5 (cinco) salrios-mnimos
(aproximadamente 50% das famlias brasileiras), cujo
chefe assalariado em sua ocupao principal e
residente nas reas urbanas das regies, qualquer que seja a fonte de rendimentos, e
demais residentes nas reas urbanas das regies metropolitanas abrangidas. O INPC o
ndice utilizado para reajustar o valor dos benefcios da Previdncia social.
Equidade na forma de Participao e Custeio;
Equidade em poucas palavras: quem recebe mais, contribui mais; quem recebe
menos, contribui menos. Este princpio, resumidamente, expressa que cada um contribuir
para a seguridade social na proporo de sua capacidade contributiva. Observe que
EXCLUSIVO Previdncia Social, pois a nica que possui carter contributivo. As
contribuies para a previdncia social so vertidas conforme a renda do segurado.
Embora este assunto em um captulo especfico, veja, a nvel exemplificativo como se
aplica:
Art. 20, Lei 8212/91 (atualizado pela Portaria MPS N 19 DE 10.01.2014, em vigor
desde 01/01/2014):
A contribuio do empregado, inclusive o domstico, e a do
trabalhador avulso calculada mediante a aplicao da correspondente
O ndice Nacional de
Preos ao Consumidor -
INPC o ndice utilizado
para reajustar o valor
dos benefcios da
Previdncia social.
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alquota sobre o seu salrio-de-contribuio mensal, de forma no
cumulativa, observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte
tabela:
SALRIO-DE-CONTRIBUIO (R$) ALQUOTA PARA FINS DE
RECOLHIMENTO AO INSS
at 1.317,07 8%
de 1.317,08 at 2.195,12 9%
de 2.195,13 at 4.390,24 11%
Diversidade na Base de Financiamento;
O financiamento da seguridade social se d atualmente atravs da contribuio dos
trabalhadores, das empresas e dos oramentos dos entes estatais. Mesmo as pessoas no
enumeradas acima contribuem para a seguridade social, seja atravs do pagamento da
CPMF, seja atravs dos impostos inseridos nos custos dos preos dos produtos consumidos.
O candidato deve estar atento, antes da CF88, o financiamento era organizado de
forma Tripartite, sendo custeado pelas empresas, pelos trabalhadores e pelo Estado. A
reforma constitucional props outras formas de financiamento, retirando, portanto, a
limitao outrora imposta.
Conforme o Art. 195, CF88, a seguridade social ser financiada por toda a sociedade,
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes
contribuies sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
31 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo
contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia
social de que trata o art. 201;
III - sobre a receita de concursos de prognsticos.
IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.
Qualquer forma de contribuio elaborada dentro destes preceitos constitucionais
poder ser criada atravs de Lei Ordinria. Porm, alm destas formas de contribuio, o
4 deste artigo informa que a lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a
manuteno ou expanso da seguridade social, EXCLUSIVAMENTE atravs de Lei
Complementar. O termo outras fontes indica, portanto, a existncia de mais formas de
financiamento, excluindo, portanto, o limite tripartite outrora proposto, o que justifica a
adoo do termo Diversidade.
Carter Democrtico e Descentralizado da Administrao, mediante gesto
QUADRIPARTITE, com participao dos Trabalhadores, dos Empregadores, dos
Aposentados e do Governo nos rgos Colegiados;
Primeiramente chamo a ateno pois a banca geralmente elabora questes sobre
este tpico, com a tentativa de confundir o candidato substituindo o termo QUADRIPARTITE
por TRIPARTITE, anteriormente explicado. Mas fique atento, no estamos falando, aqui, de
custei, mas sim de participao na Administrao da Seguridade Social.
Compreenda, a sociedade participa dessa administrao atravs dos diversos
Conselhos existentes (Conselho Nacional de Previdncia Social, Conselho Nacional de
Assistncia Social etc.). Neste princpio, o legislador tentou democratizar a gesto da
seguridade social, uma vez que contempla a participao de todos os segmentos
representativos da sociedade na administrao dos recursos, inclusive os aposentados e
pensionistas.
O Conselho Nacional de Previdncia Social CNPS, rgo superior de deliberao
colegiada, tem como principal objetivo estabelecer o carter democrtico e descentralizado
da administrao, em cumprimento ao disposto no art. 194 da Constituio, com a redao
dada pela Emenda Constitucional n 20, que preconiza uma gesto quadripartite, com a
participao do Governo, dos trabalhadores em atividade, dos empregadores e dos
aposentados. Criado pela Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991, o Conselho de Previdncia,
ao longo do tempo vem aperfeioando sua atuao no acompanhamento e na avaliao dos
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planos e programas que so realizados pela administrao, na busca de melhor
desempenho dos servios prestados clientela previdenciria. O CNPS, por exemplo,
composto por 15 integrantes, sendo que destes 6 representam o Governo Federal e 9
representam os diversos integrantes da Sociedade, sendo: 3 representando os
trabalhadores; 3 representando os empregadores; e 3 representando os aposentados e
pensionistas.
Em 2003, por fora do Decreto n 4.874, de 11 de novembro, foram criados os
Conselhos de Previdncia Social CPS, unidades descentralizadas do Conselho Nacional de
Previdncia Social CNPS. So canais de dilogo social que funcionam no mbito das
Gerncias Executivas do Instituto Nacional do Seguro Social INSS. Tm por objetivo, assim
como o CNPS, apresentar propostas para melhorar a gesto e a poltica previdencirias. So
instncias colegiadas e tm carter consultivo e de assessoramento, podendo encaminhar
propostas para serem deliberadas no mbito do CNPS.
Os conselhos buscam ampliar o dilogo entre a gerncia-executiva do INSS e a
sociedade, permitindo que as necessidades especficas de cada localidade no que diz
respeito ao debate de polticas pblicas e de legislao previdencirias sejam atendidas de
modo mais eficiente. Os CPS so compostos por 10 conselheiros, sendo 2 representantes
dos trabalhadores, 2 dos empregadores, 2 dos aposentados e pensionistas e 4 do Governo,
os quais se renem ao menos uma vez por bimestre. Cada representante tem como
principal atribuio identificar caractersticas da Previdncia que possam ser aperfeioadas;
fazer propostas para melhorar a gesto do sistema previdencirio; facilitar o
desenvolvimento e solidificao da gesto democrtica e prxima dos cidados, alm de
exercer o controle social sobre a administrao pblica.
Preexistncia de Custeio em relao aos Benefcios e Servios.
Outro princpio no previsto de forma explicita no ordenamento jurdico, porm
presente diretamente na Seguridade Social atravs do art. 195, 5, da CF/88, definindo que
nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido
sem a correspondente fonte de custeio total. Este princpio visa o equilbrio atuarial e
financeiro do sistema securitrio.
33 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
SIMULADO
19. Qual dos seguintes princpios justifica a
existncia de alquotas diferenciadas entre
tipos distintos de segurados?
a) Irredutibilidade do Valor dos benefcios;
b) Equidade na forma de Participao e Custeio;
c) Universalidade de Cobertura e Atendimento;
d) Uniformidade e Equivalncia de Prestaes
entre populaes urbanas e rurais;
e) Seletividade e Distributividade na Prestao
de Benefcios e Servios;
20. O conceito de Isonomia Geomtrica possibilita
a restrio de determinadas prestaes em
detrimento do status econmico do
beneficirio. Tal conceito alinha-se
perfeitamente ao princpio da:
a) Universalidade de Cobertura e Atendimento;
b) Uniformidade e Equivalncia de Prestaes
entre populaes urbanas e rurais;
c) Seletividade e Distributividade na Prestao
de Benefcios e Servios;
d) Irredutibilidade do Valor dos benefcios;
e) Equidade na forma de Participao e Custeio;
21. Corresponde a um dos princpios
constitucionais da Seguridade Social:
a) Uniformidade de Cobertura e Atendimento;
b) Universidade e Equivalncia de Prestaes
entre populaes urbanas e rurais;
c) Seletividade e Distributividade na Prestao
de Benefcios e Servios;
d) Irredutibilidade do Valor dos Servios e
Benefcios;
e) Equivalncia na forma de Participao e
Custeio;
22. Sobre o Princpio da Solidariedade correto
afirmar;
a) Consiste no fato de toda a sociedade
contribuir de forma direta ou indireta para a
Seguridade Social, independentemente de se
beneficiar de suas prestaes;
b) Consiste em promover indistintamente o
acesso ao maior nmero possvel de benefcios,
na tentativa de proteger a populao de
todos os riscos sociais previsveis e possveis;
c) Tem como o objetivo equiparar os direitos dos
trabalhadores rurais aos trabalhadores
urbanos;
d) Tem por finalidade orientar a ampla
distribuio de benefcios sociais ao maior
nmero de necessitados;
e) Expressa que cada um contribuir para a
seguridade social na proporo de sua
capacidade contributiva.
23. Sobre o Princpio da Uniformidade e
Equivalncia de Prestaes entre populaes
urbanas e rurais correto afirmar
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a) Consiste no fato de toda a sociedade
contribuir de forma direta ou indireta para a
Seguridade Social, independentemente de se
beneficiar de suas prestaes;
b) Consiste em promover indistintamente o
acesso ao maior nmero possvel de benefcios,
na tentativa de proteger a populao de
todos os riscos sociais previsveis e possveis;
c) Tem como o objetivo equiparar os direitos dos
trabalhadores rurais aos trabalhadores
urbanos;
d) Tem por finalidade orientar a ampla
distribuio de benefcios sociais ao maior
nmero de necessitados;
e) Expressa que cada um contribuir para a
seguridade social na proporo de sua
capacidade contributiva.
24. Sobre o Princpio da Seletividade e
Distributividade na Prestao de Benefcios e
Servios correto afirmar
a) Consiste no fato de toda a sociedade
contribuir de forma direta ou indireta para a
Seguridade Social, independentemente de se
beneficiar de suas prestaes;
b) Consiste em promover indistintamente o
acesso ao maior nmero possvel de benefcios,
na tentativa de proteger a populao de
todos os riscos sociais previsveis e possveis;
c) Tem como o objetivo equiparar os direitos dos
trabalhadores rurais aos trabalhadores
urbanos;
d) Tem por finalidade orientar a ampla
distribuio de benefcios sociais ao maior
nmero de necessitados;
e) Expressa que cada um contribuir para a
seguridade social na proporo de sua
capacidade contributiva.
25. ndice utilizado para reajustar o valor dos
benefcios da Previdncia social.
a) INPC;
b) ISS;
c) ICMS;
d) IDH;
e) INS.
26. Marque o item correto com relao ao
Princpio do Carter Democrtico e
Descentralizado da Administrao:
a) Carter Democrtico e Descentralizado da
Administrao, mediante gesto Tripartite,
com participao dos Trabalhadores, dos
Empregadores e do Governo nos rgos
Colegiados;
b) Carter Democrtico e Descentralizado da
Administrao, mediante gesto
Quadripartite, com participao dos
Trabalhadores, dos Empregadores, dos
Aposentados e do Governo nos rgos
Colegiados;
c) Carter Democrtico e Descentralizado da
Administrao, mediante gesto
Quadripartite, com participao dos
Trabalhadores, dos Segurados Facultativos,
dos Aposentados e do Governo nos rgos
Colegiados;
d) Carter Democrtico e Descentralizado da
Administrao, mediante gesto Tripartite,
com participao dos Trabalhadores, dos
Aposentados e do Governo nos rgos
Colegiados;
e) Carter Democrtico e Descentralizado da
Administrao, mediante gesto Tripartite,
com participao dos Trabalhadores, dos
Empregadores, dos Aposentados e do Governo
nos rgos Colegiados;
35 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
27. Os Conselhos de Previdncia Social CPS, so
instncias colegiadas e tm carter consultivo
e de assessoramento, podendo encaminhar
propostas para serem deliberadas no mbito
do CNPS. So compostos por:
a) 10 conselheiros, sendo 2 representantes dos
trabalhadores, 2 dos empregadores, 2 dos
aposentados e pensionistas e 4 do Governo;
b) 15 conselheiros, sendo 3 representantes dos
trabalhadores, 3 dos empregadores, 3 dos
aposentados e pensionistas e 6 do Governo;
c) 10 conselheiros, sendo 3 representantes dos
trabalhadores, 3 dos empregadores e 4 do
Governo;
d) 15 conselheiros, sendo 5 representantes dos
trabalhadores, 5 dos empregadores e 5 do
Governo;
e) 10 conselheiros, sendo 1 representante dos
trabalhadores, 1 dos empregadores, 1 dos
aposentados e 7 do Governo;
Gabarito
1. c
2. d
3. b
4. a
5. e.
6. c
7. d;
8. b
9. x
10. a;
11. d;
12. a;
13. d;
14. e;
15. a;
16. c;
17. b;
18. C
19. b;
20. e;
21. c;
22. a;
23. c;
24. d;
25. a;
26. b;
27. a
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CAPITULO 2
LEGISLAO PREVIDENCIRIA
37 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
2. 1 CONCEITOS, FONTES E AUTONOMIA
FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - Em relao s fontes do direito previdencirio:
a) o memorando fonte primria. b) a orientao normativa fonte primria. c) a instruo normativa fonte secundria. d) a lei delegada fonte secundria. e) a medida provisria fonte secundria.
A questo apresentada exemplifica o mtodo adotado pela FCC quanto ao tema
Legislao Previdenciria, requerendo do candidato conhecimento bsico no ramo do Direito.
Inicialmente, importante saber que o termo fontes do direito permite a enunciao de
definies distintas. A palavra Fonte provm do significado do vocbulo fons em latim,
apontando para a origem de algo, sendo o ponto de partida no caso do direito.
As fontes do direito podem ser materiais e formais. As Fontes Materiais so os fatores
que criam o direito, dando origem aos dispositivos vlidos, sendo assim, todas as
autoridades, pessoas, grupos e situaes que influenciam a criao do direito em
determinada sociedade. Em outras palavras, so todos os fatores que condicionam a
formao das normas jurdicas. As Fontes Formais servem para identificar o modo como o
direito se articula com os seus destinatrios.
De forma prtica, cabe ao candidato identificar quais as fontes do Direito
Previdencirio, que podem ser Primrias ou Secundrias. Primrias, tambm denominadas
fonte direta ou imediata, esta corresponde s que de per si tm fora suficiente para gerar a
regra jurdica. As Secundrias, tambm denominadas fontes mediatas, correspondem s que
no tm a fora das primeiras, mas esclarecem os espritos dos aplicadores da lei e servem de
precioso substrato para a compreenso e aplicao global do Direito.
Fontes Primrias do Direito Previdencirio
Constituio Federal de 1988;
Emendas Constitucionais;
Leis Complementares;
Leis Ordinrias;
Leis Delegadas;
Medidas Provisrias;
Decreto Legislativo;
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Resolues do Senado;
Tratados Internacionais
*Sumulas Vinculantes.
Fontes Secundrias do Direito Previdencirio
Decretos;
Regulamentos;
Portarias;
Ordens de Servio;
Instrues Normativas;
Orientaes Normativas,
Circulares, Resolues etc..
Exemplificao das Fontes Primrias do Direito Previdencirio
CONSTITUIO FEDERAL DE 1988;
A Constituio o conjunto de leis, normas e regras de um elaborada com o objetivo
de regular e organizar o funcionamento do Estado. a lei mxima e nenhuma outra lei
no pas pode entrar em conflito com ela. A Constituio brasileira de 1988 foi a
primeira a tratar do tema Seguridade Social atravs de Captulo especifico nos Arts.
194 a 204.
EMENDAS CONSTITUCIONAIS;
Uma emenda constitucional uma modificao proposta constituio de um Estado,
que, quando aprovada, resulta em mudanas no texto constitucional. Elas so restritas
a determinadas matrias, no podendo ter como objeto a abolio de clusulas
ptreas. uma fonte primria no Direito Previdencirio, tendo como exemplo as
Emendas Constitucionais 20, 41, 47 e 70.
Ex:
EMENDA CONSTITUCIONAL N 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998 - Modifica o
sistema de previdncia social, estabelece normas de transio e d outras
providncias.
LEIS COMPLEMENTARES;
39 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
Leis complementares so adotadas para regulamentar assuntos especficos, quando
expressamente determinado na Constituio da Repblica. Exigem o voto da maioria
dos parlamentares que compe a Cmara dos Deputados e o Senado Federal para
serem aprovadas. uma fonte primria no Direito Previdencirio, tendo como
exemplo as Leis Complementares 51, 108, 109, 142 e 144.
Ex:
LEI COMPLEMENTAR N 108, DE 29 DE MAIO DE 2001 Dispe sobre a relao
entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, suas autarquias,
fundaes, sociedades de economia mista e outras entidades pblicas e suas
respectivas entidades fechadas de previdncia complementar, e d outras
providncias.
LEIS ORDINRIAS;
So as leis tpicas, ou as mais comuns, aprovadas pela maioria dos parlamentares da
Cmara dos Deputados e do Senado Federal presentes durante a votao. uma fonte
primria no Direito Previdencirio, tendo como exemplo as Leis Ordinrias n 8212/91
e 8213/91.
LEIS DELEGADAS;
Editadas pelo Presidente da Repblica, nos limites da autorizao conferida pelo
Congresso Nacional por Resoluo. uma fonte primria no Direito Previdencirio,
embora no existam exemplos na legislao.
MEDIDAS PROVISRIAS;
So editadas pelo Presidente da Repblica em casos de relevncia e urgncia, tm
fora de lei e vigncia imediata. Possuem fora de Lei Ordinria. Perdem a eficcia se
no convertidas em lei pelo Congresso Nacional em at sessenta dias, prorrogveis por
igual perodo. uma fonte primria no Direito Previdencirio.
DECRETO LEGISLATIVO;
Decreto legislativo (DLG) um ato normativo de competncia exclusiva do poder
legislativo com eficcia anloga a de uma lei. Regula matrias de competncia
exclusiva do Congresso, tais como: ratificar atos internacionais, sustar atos normativos
do presidente da Repblica, julgar anualmente as contas prestadas pelo chefe do
governo, autorizar o presidente da Repblica e o vice-presidente a se ausentarem do
pas por mais de 15 dias, apreciar a concesso de emissoras de rdio e televiso,
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autorizar em terras indgenas a explorao e o aproveitamento de recursos hdricos e a
pesquisa e lavra de recursos minerais. uma fonte primria do Direito Previdencirio,
tendo como mais importantes as que aprovam tratados internacionais.
RESOLUES DO SENADO;
A Resoluo do Senado um instrumento do Processo Legislativo destinado ao
exerccio das competncias privativas constitucionais do Senado Federal. Ateno
quelas que suspendem a execuo de leis declaradas inconstitucionais por deciso
definitiva do STF
Ex:
RESOLUO SENADO FEDERAL N 26 DE 21.06.2005 Suspende a execuo da
alnea "h" do inciso I do art. 12 da Lei Federal n 8.212, de 24 de julho de 1991,
que dispe sobre a organizao da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e
d outras providncias.
TRATADOS INTERNACIONAIS
Um tratado internacional um acordo resultante da convergncia das vontades de
dois ou mais sujeitos de direito internacional com o objetivo de produzir efeitos
jurdicos1 no plano internacional, estipulando direitos e obrigaes entre os
respectivos Estados. So, portanto, ajustes bilaterais. uma fonte primria do Direito
Previdencirio e, pode ser usado, por exemplo, quando um trabalhador passa a
trabalhar em mbito internacional.
*SUMULAS VINCULANTES.
A Smula Vinculante um mecanismo que
obriga juzes de todos os tribunais a seguirem
o entendimento adotado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre determinado
assunto com jurisprudncia consolidada.
Deve ser considerada como fonte primria do
Direito Previdencirio.
Exemplificao das Fontes Secundrias do Direito
Previdencirio mais importantes
DECRETOS;
Ateno!
JURISPRUDNCIA e
DOUTRINA no so fontes do
Direito. A primeira refere-se
de uma deciso reiterada do
Tribunal sobre determinada
matria; a segunda a
interpretao dada lei pelos
estudiosos do direito.
41 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
Editados pelo Presidente da Repblica, regulamentam as leis e dispem sobre a
organizao da administrao pblica. uma fonte secundria do Direito
Previdencirio, tendo como exemplo o DEC 3.048/99.
Ex:
DECRETO N 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999 - Aprova o Regulamento da
Previdncia Social, e d outras providncias.
REGULAMENTOS;
Regulamentos so atos normativos do Poder Executivo cuja finalidade desdobrar ou
detalhar um ato normativo superior. uma fonte secundria do Direito Previdencirio.
PORTARIAS;
Portaria um documento de ato administrativo de qualquer autoridade pblica, que
contm ordens, instrues acerca da aplicao de leis ou regulamentos,
recomendaes de carter geral e normas sobre a execuo de servios, a fim de
esclarecer ou informar sobre atos ou eventos realizados internamente em rgo
pblico, tal como nomeaes, demisses, medidas de ordem disciplinar ou qualquer
outra determinao da sua competncia. uma fonte secundria do Direito
Previdencirio, tomando como exemplo a Portaria n 19 de 10/01/2014.
Ex:
PORTARIA MF N 19, DE 10 DE JANEIRO DE 2014 - Dispe sobre o reajuste dos
benefcios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais
valores constantes do Regulamento da Previdncia Social - RPS.
ORDENS DE SERVIO; INSTRUES NORMATIVAS; ORIENTAES NORMATIVAS,
CIRCULARES, RESOLUES ETC..
Autonomia
Tratando de forma bastante sucinta, do ponto de vista cientifico, autonomia existe
apenas para fins didticos, pois nenhum ramo do Direito UNO, ou seja, nenhum
pode ser tratado individualmente. Didaticamente, para fins de concurso, o Direito
Previdencirio um ramo autnomo do Direito. Tal afirmativa tranquilamente
justificada pela existncia, na Constituio Federal, de um Captulo exclusivo para
tratar sobre o tema. Captulo II, Ttulo VIII Seguridade Social.
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SIMULADO
1. uma fonte imediata do Direito Previdencirio:
a) Decretos; b) Regulamentos; c) Leis Delegadas; d) Ordens de Servio; e) Instrues Normativas; 2. uma fonte primria do Direito
Previdencirio: a) Instrues Normativas; b) Orientaes Normativas, c) Decretos; d) Portarias; e) Resolues do Senado; 3. uma fonte mediata do Direito
Previdencirio: a) Decretos; b) Leis Delegadas; c) Medidas Provisrias; d) Decreto Legislativo; e) Regulamentos; 4. uma fonte secundria do Direito
Previdencirio: a) Art. 194 da CF/88; b) Emenda Constitucional 41; c) Decreto 3.048/99 d) Lei Complementare 142; e) Lei n 8212/91; 5. A Lei n 8.212/91, que dispe sobre a
organizao da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e d outras providncias, uma:
a) Emenda Constitucional; b) Lei Complementar; c) Instruo Normativa; d) Lei Ordinria; e) Medida Provisria.
6. So adotadas para regulamentar assuntos
especficos, quando expressamente determinado na Constituio da Repblica e exigem o voto da maioria dos parlamentares
que compe a Cmara dos Deputados e o Senado Federal para serem aprovadas:
a) Medida Provisria; b) Leis Complementares; c) Emenda Constitucional; d) Leis Ordinrias; e) Decretos Legislativos. 7. No uma fonte do Direito Previdencirio: a) Tratados Internacionais; b) Portarias; c) Jurisprudncia; d) Circulares e) Constituio Federal; 8. Considere certo ou errado: I A Constituio Federal uma fonte mediata
do Direito Previdencirio; II A Emenda Constitucional 47 uma fonte
imediata do Direto Previdencirio; III O direito Previdencirio um ramo
autnomo do Direito a) I e III esto corretos b) II e III esto errados c) I e II esto corretos d) II e III esto corretos e) I, II e III esto corretos
43 Manual de Direito Previdencirio para o Concurso do INSS
Elaborado por Ricardo Gomes de Souza e Silva, Psiclogo e Master Coach de Concurseiros
2. 2 APLICAO DA NORMA PREVIDENCIRIA
Dentro de um espao territorial existe um nico ordenamento jurdico que um
conjunto ordenado de normas, que se dividem em funo de princpios coerentes e
harmnicos. Entretanto, pode ocorrer a ANTINMIA, que o choque entre essas
normas. Este um problema relacionado aplicao da norma jurdica, e pode ser
resolvido a partir de trs critrios: o hierrquico, o de especialidade e o cronolgico.
Entende-se por Critrio Hierrquico o fato de que, entre normas jurdicas
inconciliveis deve prevalecer a norma superior. No ramo do Direito Previdencirio, a
hierarquia deve ser obedecida conforme a seguinte ordem de prioridade:
1 - Constituio Federal de 1988; Emendas
Constitucionais.
2 - Leis Complementares; Leis Ordinrias; Leis
Delegadas; Medidas Provisrias; Decreto Legislativo;
Resolues do Senado; Tratados Internacionais.
3 - Decretos;
4 - Regulamentos; Portarias; Ordens de Servio;
Instrues Normativas; Orientaes Normativas,
Circulares, Resolues etc..
Fique atento, conforme o Art. 5, 3, da CF88,
os Tratados e Convenes Internacionais sobre
Direitos Humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s
emendas constitucionais, portanto pertencem primeira ordem de prioridade.
Outro critrio que deve ser adotado na aplicao da Legislao Previdenciria o
da Especialidade, tambm denominado de lex specialis. De acordo com esse critrio,
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se dentre as normas incompatveis uma for geral e a outra especial prevalece a
segunda.
Por fim, o Critrio Cronolgico, que se valida pelo preceito de lex posterior derogat
priori, ou seja, entre duas normas incompatveis deve prevalecer a posterior.
SIMULADO
9. Hierarquicamente, no ramo do Direito Previdencirio, a norma superior prevalece sobre a inferior. Desta forma:
a) O Decreto 3.048/99 prevalecer sobre a Emenda Constitucional 41;
b) A Lei 8212/91 prevalecer sobre a Lei n 8171/90;
c) A Emenda Constitucional 41 prevalecer sobre a Instruo Normativa 45/2010;
d) A Instruo Normativa 45/2010 prevalecer sobre a Emenda Constitucional 41;
e) A Lei 8212/91 prevalecer sobre o Decreto 3.048/99.
10. No ramo do Direito Previdencirio,
hierarquicamente as Leis Delegadas so: a) Superiores s emendas constitucionais; b) Inferiores aos Decretos; c) Superiores aos Tratados Internacionais que
tratam sobre Direitos Humanos; d) Inferiores ao Decretos Legislativos; e) Superiores Constituio Federal. 11. No ramo do Direito Previdencirio,
hierarquicamente uma Instruo Normativa :
a) Inferior a uma Lei Delegada; b) Equivalente uma Resoluo do Senado;
c) Superior a um Decreto; d) Inferior a uma Resoluo; e) Equivalente a uma Lei Ordinria. 12. Os Tratados e Convenes Internacionais
sobre Direitos Humanos aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s
a) Portarias; b) Emendas Constitucionais; c) Leis Ordinrias; d) Leis Complementares; e) Instrues Normativas.
13. Considere certo ou errado:
I pelo critrio da Especificidade prevalece a lei mais antiga;
II pelo critrio hierrquico prevalece a norma mais recente;
III pelo critrio cronolgico prevalece a norma especfica sobre a comum.
a) Todas esto corretas b) Apenas a II est errada c) I e II esto erradas d) I e III esto corretas e) Todas esto erradas
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2. 3 VIGNCIA, INTERPRETAO E INTEGRAO
FCC - 2012 - INSS - Tcnico do Seguro Social - A integrao da legislao previdenciria deve observar (grifo nosso) a) o costume, quando mais favorvel ao segurado. b) a Jurisprudncia do Juizado Especial Federal. c) a analogia, quando mais favorvel ao segurado. d) os princpios gerais de direito, na omisso legislativa. e) o princpio do in dbio pro societate em qualquer situao.
A questo apresentada foi textualmente modificada, pois o examinador da banca perguntou
sobre a Interpretao, entretanto atribuiu como