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Manual de Redação do Ministério Público

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MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS ESCOLA SUPERIOR DO MINISTRIO PBLICO

MANUAL DE REDAO DO MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS- Redao Oficial - Redao Profissional - Gramtica

Elaborao: PAULO RICARDO GONTIJO LOYOLAManual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Conselho Editorial: Altamir Rodrigues Vieira Jnior Edison Miguel da Silva Jnior Eduardo Abdon Moura rico de Pina Cabral Estela de Freitas Rezende Ivana Farina Navarrete Pena Elaborao: Milene Coutinho Mozart Brum Silva Paulo Ricardo Gontijo Loyola Ricardo Papa Spiridon Nicofotis Anifantis

Paulo Ricardo Gontijo Loyola Ivana Farina Navarrete Pena Liana Antunes Vieira Tormin Denis Augusto Bimbati Marques

Colaboradores: Estela de Freitas Rezende Eduardo Abdon Moura Fausto Campos Faquineli Digitao: Paulo Ricardo Gontijo Loyola Christiano Martins de Freitas

Agradecimento Especial: Marta Moriya Loyola

Loyola, Paulo Ricardo Gontijo. Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois: redao oficial, redao profissional, gramtica / Paulo Ricardo Gontijo Loyola. - Goinia : ESMP/GO, 2006. 170 p. I. Ttulo CDU 808 Ficha catalogrfica: Tnia Gonzaga Gouveia CRB 1842 Ministrio Pblico do Estado de Gois Tiragem: 600 exemplares Capa: Humberto de Vasconcelos Andrade Fotografias: Rogrio Csar Silva e Agetur Divulgao Procuradoria-Geral de Justia Procurador-Geral : Dr. Saulo de Castro Bezerra Rua 23, esquina c/ Av. Fued Jos Sebba, Qd. 06, Lts 15/24. Jardim Gois Goinia GO CEP 74.805-100 Fone: (62) 3243-8000 e-mail: [email protected] Http:// www.mp.go.gov.br

SUMRIO

APRESENTAO ........................................................................... Parte I Redao Oficial CAPTULO I Aspectos Gerais da Redao Oficial ..................... 1 O que redao oficial ............................................................... 1.1 Impessoalidade .................................................................... 1.2 A linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais ................ 1.3 Formalidade e padronizao ................................................ 1.4 Conciso, coerncia e clareza ............................................... Pronomes de Tratamento.. ......................................................... 2.1 Emprego dos pronomes de tratamento.. ............................

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9 9 9 10 11 11 12 12 15 15 15 15 16 16 17 18 20 23 24 24 25 25 26 26

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3 Normas gerais de preparao de documentos oficiais ................ 3.1 Sinais de pontuao ............................................................. 3.2 Remisso a texto legal ......................................................... 3.3 Fechos e identificao do signatrio .................................... 3.4 Siglas .................................................................................... 2.5 Artigos, incisos, pargrafos, letras e nmeros ..................... 3.6 Numerais e valores monetrios ........................................... CAPTULO II Atos Oficiais ......................................................... O Padro Ofcio ......................................................................... Aviso e Ofcio ............................................................................. Memorando ................................................................................ Circular ....................................................................................... Portaria ....................................................................................... Regimento .................................................................................. Resoluo.................................................................................... Ato (normativo)..........................................................................

Edital .......................................................................................... Exposio de Motivos ................................................................ Mensagem .................................................................................. Requerimento ............................................................................. Parecer ......................................................................................... Despacho .................................................................................... Termo ......................................................................................... Comunicao .............................................................................. Relatrio ..................................................................................... Certido ...................................................................................... Ata .............................................................................................. Convnio .................................................................................... Instruo Normativa e Instruo de Servio ............................. Ordem de Servio ...................................................................... Comunicao eletrnica ............................................................. Fax ............................................................................................... Telegrama ................................................................................... CAPTULO III Modelos .............................................................. Ofcio .......................................................................................... Aviso ............................................................................................ Memorando ................................................................................ Ofcio Circular ........................................................................... Portaria ....................................................................................... Autuao de Portaria .................................................................. Regimento .................................................................................. Resoluo.................................................................................... Ato .............................................................................................. Edital .......................................................................................... Exposio de Motivos ................................................................ Mensagem .................................................................................. Termos Concluso............................................................................ Declaraes ......................................................................... Constatao ......................................................................... Notificao ................................................................................. Certido ...................................................................................... Fax ...............................................................................................

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Parte II Redao Profissional CAPTULO I Aporte Terico ....................................................... 1 2 Elementos da comunicao ....................................................... Funes da linguagem ............................................................... 2.1 Funo referencial ............................................................... 2.2 Funo conotativa................................................................ 2.3 Funo emotiva ................................................................... 2.4 Funo metalingstica ....................................................... 2.5 Funo potica..................................................................... O sentido das palavras: denotao e conotao......................... Alguns conceitos teis................................................................ Quadros de exemplos Exemplos de Parnimos ............................................................. Exemplos de Homnimos Homfonos ..................................... Coeso e coerncia textual ......................................................... Elementos de coeso encontradios no discurso jurdico ......... Expresses de transio ..............................................................57 58 58 58 58 59 59 59 60 61 62 63 64 66 68

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CAPTULO II Parte Prtica 1 Peas processuais ........................................................................ 1.1 Denncia ............................................................................. 1.2 Ao Civil Pblica. .............................................................. 1.3 Manifestao. ....................................................................... 1.4 O nome das partes no Processo Civil.................................. Parte III Gramtica CAPTULO I O Conceito de Erro em Portugus ....................... 1 2 Introduo .................................................................................. O Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa ....................91 91 93 69 69 77 85 89

CAPTULO II Temas Complexos ................................................ 1 2 3 O uso do infinitivo pessoal ........................................................ O uso da partcula SE ................................................................ Colocao dos pronomes tonos ................................................

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CAPTULO III Quadros Gramaticais .........................................

CAPTULO IV Pequeno Dicionrio de Dificuldades do Portugus 120 ANEXOS Anexo I Breves noes sobre a pronncia do Latim .............. Anexo II Termos em Latim mais utilizados no Direito ......... BIBLIOGRAFIA ..............................................................................155 157 169

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Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

APRESENTAO

Manual de redao voltado para o Ministrio Pblico. Eis o que esta obra se prope a ser. Eis o que ela . Se no se arroga ares de guia de atuao e de conduta do Ministrio Pblico, tambm no se acomoda no perfunctrio. Definidos esses lindes, vrias so as virtudes deste Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois. A primeira delas, com certeza, a forma escolhida para apresentao dos temas. Subdividido em trs blocos principais redao oficial, redao profissional e gramtica o Manual, sem resvalar na superficialidade, mostra-se ideal para consultas rpidas. Longe das corriqueiras, e nem sempre profcuas, coletneas de modelos, a compilao oferece significativo aporte terico, utilizadas as peas prticas como ilustrao para as consideraes. A maneira com que desenvolvidos os tpicos, outrossim, elogivel: conciso e objetividade so as palavras de ordem. O autor aborda uma grande diversidade de assuntos e, sem pretenso de esgot-los, enfrentalhes as nuanas mais problemticas, objeto de dvidas e dissenses mais freqentes. A disposio dos tpicos tambm merecedora de registro, porquanto, somados, formam eles um todo lgico e harmnico, que agiliza e facilita a pesquisa. Dessa profuso de boas escolhas emerge uma obra robusta, sem ser pretensiosa; prtica, sem que se circunscreva a um enfeixado de formulrios, e til, muito til.

Goinia, outubro de 2006. Estela de Freitas Rezende Conselho EditorialManual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

PARTE I - REDAO OFICIAL

CAPTULO I ASPECTOS GERAIS DA REDAO OFICIAL 1 O que Redao Oficial A redao oficial a maneira pela qual o Poder Pblico redige atos normativos e comunicaes. Suas caractersticas bsicas so impessoalidade, uso do padro culto de linguagem, clareza, conciso, formalidade e uniformidade. Porquanto a publicidade e a impessoalidade so princpios fundamentais de toda a Administrao Pblica (art. 37, caput, CR), devem tambm nortear a elaborao dos atos e comunicaes oficiais. No se mostra aceitvel que um ato normativo seja redigido de forma obscura, dificultando sua compreenso. A transparncia do sentido dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, so requisitos do prprio Estado de Direito. A publicidade implica, pois, clareza e conciso. O mesmo ocorre com as comunicaes oficiais, que devem sempre permitir uma interpretao unvoca e ser estritamente impessoais e uniformes, o que exige o uso de certo nvel de linguagem. O delineamento das especificidades da redao oficial, todavia, no deve levar a que se lhe veja como uma linguagem prpria, parte da linguagem comum. Isso significaria, em verdade, a violao da publicidade e transparncia que devem caracteriz-la, porquanto o abuso de expresses e clichs do jargo burocrtico dificultaria a compreenso do contedo exarado. A redao oficial no pode ser indiferente evoluo da lngua. Sua peculiaridade est, simplesmente, em que sua evoluo obedece a parmetros mais rgidos no uso do vernculo, de maneira diversa do uso literrio, jornalstico e informal. 1.1 Impessoalidade O agente ou servidor pblico, ao redigir seus atos normativos e comunicaes, no age em nome prprio, mas sim em nome do rgo ao qual pertence. De igual modo, em razo da publicidade, dirige-se sempre, ao menos em ltima instncia, a um pblico indeterminado. O tratamentoManual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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impessoal presente nas comunicaes oficiais decorre de tais peculiaridades, que podem ser melhor desdobradas na forma que se segue: a) Ausncia de impresses individuais de quem comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente assinado pelo chefe de determinada seo, sempre em nome do Servio Pblico que feita a comunicao. Busca-se, assim, uma desejvel padronizao, que permite que comunicaes elaboradas em diferentes setores da Administrao guardem entre si certa uniformidade; b) Impessoalidade de quem recebe a comunicao: ela pode ser dirigida a um cidado, sempre concebido como pblico, ou a outro rgo pblico. Em ambos os casos, temos um destinatrio concebido de forma homognea e impessoal; c) Carter impessoal do prprio assunto tratado: o universo temtico das comunicaes oficiais restringe-se a questes de interesse pblico, sendo natural a ausncia de um tom particular ou pessoal. 1.2 A Linguagem dos Atos e Comunicaes Oficiais A necessidade de empregar determinado nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre do prprio carter pblico desses atos e comunicaes, bem como de sua finalidade. A lngua escrita, como a falada, compreende diferentes nveis, de acordo com o uso que dela se faa. Por exemplo, em uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado padro de linguagem que incorpore expresses extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer jurdico, no se h de estranhar a presena do vocabulrio tcnico correspondente. Nos dois casos, h um padro de linguagem que atende ao uso que se faz da lngua, finalidade com que a empregamos. Os textos oficiais, por seu carter impessoal e por sua finalidade de informar com o mximo de clareza e conciso, requerem o uso do padro culto da lngua, que se caracteriza como aquele em que se observam as regras da gramtica formal e se emprega um vocabulrio comum ao conjunto dos usurios do idioma. A obrigatoriedade do padro culto na redao oficial no mero capricho ou pedantismo. Decorre, simplesmente, de que esta deve estar acima das diferenas lexicais, morfolgicas ou sintticas regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias lingsticas, permitindo, por essa razo, que se atinja a pretendida compreenso por todos os cidados. Ressalte-se, porm, que o padro culto em nada se ope simplicidade de expresso, no implicando o emprego de linguagem rebuscada.10Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

Pode-se dizer que no h propriamente um padro oficial de linguagem, mas apenas o uso do padro culto nos atos e comunicaes oficiais, marcado pela preferncia por determinadas formas e expresses, decorrentes da obedincia a certa tradio vernacular. 1.3 Formalidade e padronizao As comunicaes oficiais devem obedecer a certas regras de forma, unindo impessoalidade e ao padro culto de linguagem um tratamento marcado pela formalidade, a qual consiste no apenas no emprego de pronomes de tratamento adequados, mas tambm na polidez, civilidade e uniformidade dos textos. A esttica e clareza da apresentao do documento, o uso de papis uniformes para o texto definitivo e a sua correta diagramao so indispensveis padronizao, cujas especificaes sero adiante expostas. 1.4 Conciso, coerncia e clareza A conciso o uso de poucas palavras para expressar uma idia, sendo antes uma qualidade a ser buscada do que uma caracterstica do texto oficial. Para que se redija com conciso, fundamental que se tenha, alm de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessrio tempo para revisar o texto depois de pronto, eliminando-se eventuais redundncias ou repeties desnecessrias. O esforo de conciso, que obedece a um princpio de economia lingstica, no deve ser confundido com economia de pensamento. Conquanto concisa, a exposio de idias deve ser suficiente para abordar eficazmente a matria. um equvoco eliminar passagens substanciais do texto em busca de conciso, pois esta nada tem a ver com pobreza de contedo. A coerncia consiste na ligao harmnica entre as idias expostas no texto. a existncia de vnculos lgicos e a ausncia de contradies no pensamento exposto, fornecendo a este a caracterstica da unidade. A clareza a perfeita inteligibilidade do texto, consistindo na qualidade bsica de todo texto oficial. Depende estritamente das demais caracterstica da redao oficial. Para ela concorrem: a) a impessoalidade, que evita a ambigidade decorrente de um tratamento personalista dado ao texto; b) o uso do padro culto de linguagem, de entendimento geral e por definio avesso a vocbulos de circulao restrita, como a gria e o jargo;Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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c) a formalidade e a padronizao, que possibilitam a imprescindvel uniformidade dos textos; d) a conciso, que faz desaparecer do texto os excessos lingsticos que nada lhe acrescentam. 2. Pronomes de tratamento Segundo lio de Said Ali,1 aps serem incorporados ao portugus os pronomes latinos tu e vs, como tratamento direto da pessoa ou pessoas a quem se dirigia a palavra, passou-se a empregar, como expediente lingstico de distino e de respeito, a segunda pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia superior, recurso consistente em fingir que se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente da pessoa de categoria superior, e no a ela prpria2. O uso de pronomes e locues pronominais de tratamento tem larga tradio na lngua portuguesa. A partir do final do sculo XVI, esse modo de tratamento indireto j estava em voga tambm para os ocupantes de certos cargos pblicos. Conquanto se refiram segunda pessoa gramatical, os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) levam a concordncia para a terceira pessoa. O verbo concorda com o substantivo que integra a locuo como seu ncleo sinttico: Vossa Senhoria decidir quanto guarda; Vossa Excelncia julgou acertadamente. Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento, pelo mesmo motivo acima exposto, so sempre os da terceira pessoa: Vossa Senhoria conhecer seus direitos (e no Vossa vossos). O gnero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e no com o substantivo que compe a locuo. Para um interlocutor masculino, o correto Vossa Excelncia est equivocado; para o interlocutor feminino, Vossa Excelncia est equivocada. Por fim, usa-se Sua para se referir autoridade sem dirigir-se diretamente a ela; usa-se Vossa para se dirigir diretamente autoridade. 2.1 Emprego dos pronomes de tratamento O vocativo e o endereamento das comunicaes dirigidas s autoridades tratadas por Vossa Excelncia tero a seguinte forma:1

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Said Ali, Manoel. Gramtica secundria histrica da lngua portuguesa. 3. ed. Braslia: Ed. Universidade de Braslia, 1964. p. 93-94. Id. Ibid.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Vocativo: Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica, Excelentssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Excelentssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. Senhor Senador, Senhor Ministro, Senhor Governador, Senhor Desembargador, Senhor Procurador, Senhor Juiz, Senhor Promotor, Endereamento: A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Juiz de Direito da 10a Vara Criminal Rua Beltrano, no 123 74000-000 Goinia - GO No apropriado o uso do tratamento dignssimo (DD) para autoridades, pois a dignidade pressuposto para que se ocupe qualquer cargo pblico, sendo redundante a sua repetio. Relativamente s autoridades tratadas por Vossa Senhoria, o vocativo e o endereamento das comunicaes tero a seguinte forma: Senhor Fulano de Tal, [...] Ao Senhor Fulano de Tal Rua Beltrano, no 123 74000-000 Goinia - GO desnecessrio o emprego do superlativo ilustrssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. Como regra geral, doutor deve ser empregado apenas em comunicaes dirigidas a pessoas que tenham concludo doutorado, pois no constitui forma de tratamento, mas, sim ttulo acadmico. No obstante isso, costume designar por doutor os bacharis, especialmente os bacharis em Direito e em Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor o mais adequado.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Veja-se abaixo quadro geral para o tratamento de autoridades, com o pronome pertinente.Almirante Arcebispo Bispo Brigadeiro Cardeal Cnego Conselheiro de Tribunal de Contas Cnsul Coronel Deputado Embaixador Frade Freira General Governador de Estado Irm (madre, sror) Magistrado e membro do MP Major Marechal Ministro Monsenhor Padre Papa Patriarca Prefeito e vice Presidente e vice Reitor (de Universidade) Secretrio de Estado e Secretrio Executivo de Ministrio Senador Tenente-Coronel Vereador Demais autoridades, Oficiais e particulares14

Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Excelncia Reverendssima Sua/Vossa Excelncia Reverendssima Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Eminncia Reverendssima (ou Eminncia) Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Senhoria Sua/Vossa Senhoria Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Senhoria Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Reverendssima Sua/Vossa Excelncia Reverendssima (ou Beatitude) Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Magnificncia Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Senhoria Sua/Vossa Excelncia Sua/Vossa Senhoria

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

3 Normas gerais de preparao de documentos oficiais 3.1 Sinais de pontuao Aps vrgula (,) e ponto-e-vrgula (;), utilizar um espao, e apenas um, antes de digitar a prxima palavra. Ex.: Enviamos a Vossa Excelncia o inqurito, acompanhado dos autos em apenso. (Espaamento entre a vrgula e a palavra acompanhado) No se usa espaamento entre a ltima palavra digitada e os sinais de interrogao (?) e exclamao (!). Deve-se, porm, utilizar um espao entre esses sinais e a prxima palavra. Ex.: Em que consiste o direito do requerente? o que at o momento no se explicou. Os colchetes [ ], aspas e parnteses () devem vir imediatamente antes e depois do texto por eles destacado. Ex.: Nascido na cidade de Gois (antiga Vila Boa), em meados de... 3.2 Remisso a texto legal Na remisso a um texto legal, a primeira referncia deve indicar o nmero, seguido da data, sem abreviao do ms e ano. Ex.: Lei 5.765, de 18 de dezembro de 1971. Em referncias subseqentes, basta indicar o nmero e o ano. Ex.: Lei 5.765, de 1971 (ou Lei 5.765/71). 3.3 Fechos e identificao do signatrio O fecho das comunicaes oficiais cumpre duas finalidades: arrematar o texto e saudar o destinatrio. H duas regras bastante simples: a) para autoridades superiores, usa-se Respeitosamente; b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior, usa-se Atenciosamente. Nas comunicaes internas do Ministrio Pblico goiano, tradicional o fecho Sem mais para o momento, reitero (ou apresento) protestos de considerao e apreo.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Todas as comunicaes oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura, na forma que se segue: (espao para assinatura) Nome Promotor de Justia de Aurilndia Por questo de esttica e segurana, no recomendvel deixar a assinatura em pgina isolada do expediente, devendo-se transferir para essa pgina ao menos a ltima frase anterior ao fecho. 3.4 Siglas3 Deve-se, na primeira referncia, fazer constar o nome completo do rgo, entidade, imposto ou locuo prpria, assinalando a seguir a sigla, entre travesses ou parnteses. Ex.: A Constituio da Repblica, em seu art. 102, estatui a competncia do Supremo Tribunal Federal (STF). possvel pluralizar uma sigla, apondo-se um s minsculo aps a sua ltima letra. Ex.: TRTs, TJs. As siglas com at trs letras devem ser escritas inteiramente em maisculas. As com mais de trs letras podem ser escritas inteiramente em maisculas se no formarem uma palavra. Se forem pronunciadas como slabas, apenas a primeira letra vir em maiscula. Ex.: ECT, MEC, IPVA, IPTU, Petrobrs, Emater. 3.5 Artigos, incisos, pargrafos, letras e nmeros Os artigos que compem textos normativos devem ser designados pela forma abreviada art., seguida de algarismo arbico e do smbolo de nmero ordinal () at o de nmero 9, inclusive. Do artigo de nmero 10 em diante, deve-se usar apenas o algarismo arbico pertinente. Nos diplomas normativos, usa-se um ponto para separar do texto o nmero cardinal, o que dispensado no caso dos nmeros ordinais, que exigem apenas um espaamento simples. Ex.: Art. 1, Art. 9, Art. 10, Art. 99;3

Ver Parte III, Pequeno Dicionrio de dificuldades do Portugus, verbete Abreviaturas.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela (Constituio da Repblica); Art. 10. assegurada a participao de trabalhadores e empregadores (Constituio da Repblica). Devem-se designar os incisos dos artigos por meio de algarismos romanos, seguidos de travesso. Seu texto inicia-se com letra minscula, salvo quando comeado por nome prprio. Os incisos terminam com ponto-evrgula, excetuado o que encerra o rol, seguido de ponto, e aqueles que se desdobrarem em letras, terminados em dois pontos. As alneas ou letras de um inciso ou pargrafo so grafadas com a letra minscula correspondente, seguida de parntese: a), b), c), etc. As letras iniciam-se com minscula e terminam em ponto-e-vrgula, excetuada a que encerra o rol, seguida do sinal adequado ao inciso ou pargrafo, e aquelas que se desdobrarem em nmeros, terminadas em dois pontos. Ex.: Art. 5 [...] I homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio; XLVI a lei regular a individulizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes: a) privao ou restrio da liberdade; [...] e) suspenso ou interdio de direitos; [...] LXXVIII a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao. (A letra e do inciso XLVI termina em ponto-e-vrgula porque aquele assim terminaria, j que no o ltimo da relao constante no art. 5.) Os nmeros so desdobramentos das letras e seguem regras semelhantes. So grafados em algarismos arbicos, seguidos de ponto. Os nmeros se iniciam com minscula e terminam em ponto-e-vrgula, excetuado o que encerra o rol, seguido do sinal adequado letra. 3.6 Numerais e valores monetrios Quando constiturem uma s palavra, os numerais devem ser grafados por extenso. Se constiturem mais de uma, devem ser grafados em algarismos arbicos, salvo quando no incio da frase. Ex.: Os envolvidos no golpe eram doze. Levava consigo uma arma calibre 45. Vinte e cinco anos j se passaram desde o cometimento do crime. Os numerais indicadores de porcentagem seguem as mesmas regras acima. Quando grafados por extenso, so seguidos da expresso por cento.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Quando em algarismos arbicos, no necessrio transcrev-los por extenso entre parnteses. Ex.: 32%, 64%, quinze por cento, vinte por cento. A parte inteira separada por vrgula da parte decimal. Dividem-se os nmeros em grupos de trs algarismos a contar da vrgula para a esquerda ou para a direita, separando os grupos com um ponto ou com um espaamento simples. Observe-se, todavia, que os numerais indicadores de anos no so separados por ponto. Ex.: 3.456.987 ou 3 456 987, 2.578.367 ou 2 578 367, ano de 1910, 2006. Os valores monetrios so expressos em algarismos, seguidos da forma por extenso, entre parnteses. Ex.: O prejuzo da parte foi calculado em R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). Quando o valor for muito elevado, pode-se fazer uma aproximao com uma parte em numeral e o restante por extenso. Se o numeral vem separado por vrgula, o valor por extenso refere-se ao primeiro nmero; se por ponto, aos nmeros colocados aps o ponto. Ex.: Um valor total de 1,48 milho (um milho, quatrocentos e oitenta mil reais); um valor total de 1.48 milhes (um bilho, quatrocentos e oitenta milhes de reais). CAPTULO II ATOS OFICIAIS Os atos oficiais so originrios dos poderes Executivo, Legislativo e Judicirio e do Ministrio Pblico. Sua veiculao se d por meio da linguagem escrita, que deve obedecer s regras fixadas na Ortografia Oficial e codificadas na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB)4. Classificam-se os atos oficiais nas seguintes categorias: a) Atos Deliberativo-Normativos; b) Atos de Correspondncia; c) Atos Enunciativo-Esclarecedores;4

Trabalho realizado por uma comisso de notveis (Antenor Nascentes, Rocha Lima, Celso Cunha e outros) com o fim de estabelecer uma diviso esquemtica dos contedos gramaticais, unificando e fixando, para uso escolar, a nomenclatura a ser usada pelos professores. Em 1959, uma portaria do Ministrio da Educao e Cultura recomendou sua adoo em todo o territrio nacional.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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d) Atos de Assentamento; e) Atos Comprovativo-Declaratrios; f ) Atos de Pacto ou Ajuste (bilaterais). Tais categorias compreendem todos os documentos de redao oficial de que se utiliza o servio pblico na exteriorizao dos atos administrativos. Os atos deliberativo-normativos so as decises de rgos colegiados, bem como as regras, resolues e normas imperativas promulgadas por autoridade administrativa. Compreendem as seguintes espcies: ATO DECLARATRIO, MEDIDA PROVISRIA, CARTA DE RATIFICAO, NORMA DE EXECUO, DECISO, ORDEM-DESERVIO, DECRETO, PORTARIA, ESTATUTO, REGULAMENTO, INSTRUO NORMATIVA, RESOLUO, LEI e VETO. Os atos de correspondncia so atos de comunicao com um destinatrio declarado, podendo ter natureza individual ou pblica. Compreendem as seguintes espcies: ALVAR, MENSAGEM, AVISO, NOTA DIPLOMTICA, CARTA, NOTA MINISTERIAL, CARTA CREDENCIAL, NOTIFICAO, CARTA DIPLOMTICA, OFCIO, CARTA MEMORIAL, OFCIO-CIRCULAR, CARTA DE PLENOS PODERES, PAPELETA, CARTA REVOGATRIA, RELATRIO, CIRCULAR, REPRESENTAO, EDITAL, REQUERIMENTO, EXPOSIO DE MOTIVOS, TELEGRAMA, INTIMAO, TELEX, MANIFESTO, FAC-SMILE, (FAX, XROX), MEMORANDO, CPIA HELIOGRFICA e CPIA FOTOSTTICA. Os atos enunciativo-esclarecedores so esclarecimentos ou manifestaes opinativas acerca de assuntos administrativos ou processuais, com o fito de subsidiar uma deciso futura. Compreendem as seguintes espcies: INFORMAO, PARECER e VOTO. Os atos de assentamento destinam-se ao registro de atos administrativos. Compreendem as seguintes espcies: APOSTILA, ATA, AUTO DE INFRAO e TERMO.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Os atos comprovativo-declaratrios so usados para declaraes de fim comprobatrio. Compreendem as seguintes espcies: ATESTADO, CERTIDO, CERTIFICADO, TRASLADO OFICIAL, CPIA AUTENTICA e CPIA IDNTICA. Os atos de pacto ou ajuste so usados na exteriorizao de um acordo mtuo. Compreendem as seguintes espcies: TRATADO, CONVNIO, CONTRATO e TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. No presente trabalho, tratar-se- apenas dos atos oficiais de maior relevncia. O PADRO OFCIO O padro ofcio aplica-se a trs tipos de expediente que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma o ofcio, o aviso e o memorando , para os quais se adota uma diagramao nica. No Ministrio Pblico goiano, o ofcio o meio de comunicao oficial mais largamente utilizado, razo pela qual merecer uma exposio mais detalhada. Partes do documento no Padro Ofcio Os expedientes que observam o padro ofcio aviso, ofcio e memorando , devem conter as seguintes partes: a) tipo e nmero do expediente, seguido da sigla do rgo que o expede: Exemplos: Mem. 123/2006-PGJ Aviso 123/2006-PGJ Of. 123/2006-PGJ b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento direita, uma linha abaixo do tipo e nmero do expediente: Exemplo: Goinia, 15 de junho de 2006. c) assunto: resumo do teor do documento Exemplo: Assunto: Curso preparatrio dos Promotores Substitutos recmempossados.20Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

d) destinatrio: o nome e o cargo da pessoa a quem dirigida a comunicao. No caso do ofcio deve ser includo tambm o endereo. e) texto: nos casos em que no for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura: Introduo (pargrafo de abertura), na qual apresentado o assunto que motiva a comunicao. Prefira o emprego da forma direta. Desenvolvimento, no qual o assunto detalhado. Cada idia ou assunto deve ser tratado em pargrafo prprio, para conferir maior clareza exposio. Concluso, na qual se reafirma a posio recomendada sobre o assunto. Os pargrafos do texto devem ser numerados ou organizados em itens, ttulos e subttulos. Quando se tratar de mero encaminhamento de documentos, a estrutura, mais simplificada, pode ser a seguinte: Introduo: inicia-se com referncia ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se no for o caso, deve iniciar-se com a informao do motivo da comunicao, que encaminhar documento, indicando a seguir os dados completos do que est sendo encaminhado (tipo, data, origem ou signatrio e assunto de que trata) e a razo pela qual est sendo encaminhado, segundo a seguinte frmula: Em resposta ao Ofcio n 21, de 1 de junho de 2006, encaminho, anexa, cpia do Ofcio n 24, de 5 de maio de 2006, da Diretoria Geral do Ministrio Pblico do Estado de Gois. ou Encaminho, para exame e providncias, a anexa cpia do Ofcio no 23, de 1o de junho de 2006, do Presidente da Confederao Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de desenvolvimento e modernizao de tcnicas agrcolas no-poluentes. Desenvolvimento: se o autor da comunicao desejar fazer algum comentrio a respeito do documento que encaminha, poder acrescentar um pargrafo de desenvolvimento. f ) fecho5; g) assinatura do autor da comunicao; h) identificao do signatrio6.5 6

Ver 3.3 Fechos e Identificao do Signatrio. Ver 3.3 Fechos e Identificao do Signatrio. 21

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

Forma de diagramao Adota-se aqui, para o Padro Ofcio 7, a forma de apresentao estabelecida no Manual de Redao Oficial da Presidncia da Repblica8: a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citaes, e 10 nas notas de rodap; b) para smbolos no existentes na fonte Times New Roman, podemse utilizar as fontes Symbol e Wingdings; c) obrigatrio constar a partir da segunda pgina o nmero da pgina; d) os ofcios, avisos e memorandos e os seus anexos podero ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda e direita tero as distncias invertidas nas pginas pares (margem espelho); e) a logomarca deve estar dentro dos 5,0cm do limite superior da pgina, devidamente alinhada e colocada somente na primeira pgina do documento; f ) o incio de cada pargrafo do texto deve ter 2,5cm de distncia da margem esquerda; g) o campo destinado margem lateral esquerda ter, no mnimo, 3,0cm de largura; h) o campo destinado margem lateral direita ter 1,5cm; i) deve ser utilizado espaamento simples entre as linhas e de 6 pontos aps cada pargrafo, ou, se o editor de texto utilizado no comportar tal recurso, de uma linha em branco; j) no deve haver abuso no uso de negrito, itlico, sublinhado, letras maisculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatao que afete a elegncia e a sobriedade do documento; k) a impresso dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impresso colorida deve ser usada apenas para grficos e ilustraes;7 8

O constante neste item aplica-se tambm exposio de motivos e mensagem, adiante tratadas. A forma de apresentao determinada no Manual de Redao Oficial de Gois difere um pouco do aqui adotado, consistindo no seguinte: a) Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citaes e 10 nas linhas de rodap. b) obrigatrio constar a numerao de pgina desde a primeira folha. Deve ser usada no canto direito da pgina com fonte tamanho 12. c) O incio de cada pargrafo do texto dever ter 2,5cm de distncia da margem esquerda. O campo destinado margem esquerda ter no mnimo 3,0cm de largura. O campo destinado margem direita ter 2,0cm. d) Deve ser utilizado espaamento 1 ou 1e 1/2 entre as linhas de 6 pontos aps cada pargrafo. Dependendo da quantidade de pargrafos do documento pode-se usar espao duplo ou simples entre cada pargrafo. e) No se recomenda o uso de negritos, itlicos, sublinhados, letras maisculas, sombreamentos, relevos, bordas ou qualquer outra forma de formatao que afete a elegncia e a sobriedade do documento, salvo extrema importncia. deselegante o negrito do nome do signatrio. f ) A impresso dever ser feita em cor preta e o papel branco. Cores podem ser usadas somente para grficos e ilustraes. O papel dever ser usado no tamanho A-4 (297x210mm).Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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l) todos os tipos de documentos do Padro Ofcio devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0cm; m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto; n) dentro do possvel, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos anlogos; o) para facilitar a localizao, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + nmero do documento + palavras-chaves do contedo Ex.: Of. 123/06 - Curso preparatrio dos Promotores Substitutos recm-empossados. apresentao acima, podem-se acrescentar as seguintes especificaes, selecionadas do Manual de Redao Oficial de Gois: a) entre a data e a indicao do destinatrio pode haver variao de espaos, visto que no h definio rgida; b) entre o destinatrio e o assunto deve ter apenas um espao duplo; c) o assunto deve ser sucinto, usando-se, no mximo, cinco palavras para indicar ao receptor o tema principal do documento; d) entre o assunto e o vocativo h somente um espao duplo; e) entre o vocativo e o texto deve ser utilizado um espao duplo; f ) entre os pargrafos deve ser utilizado espao duplo; g) a margem inferior ser de 2,0cm; h) entre a ltima linha do texto e o desfecho Atenciosamente ou Respeitosamente deve haver um espao duplo; i) entre o desfecho e o signatrio poder haver variao de espaos; j) o signatrio ser o nome do emitente, letra tamanho 12, sem negrito, itlico ou outra forma de destaque e, logo abaixo, o cargo ocupado. AVISO E OFCIO Aviso e ofcio so modalidades de comunicao oficial muito parecidas. Ambos tm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos rgos da Administrao Pblica entre si e, no caso do ofcio, tambm com particulares. Como o aviso expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ser dada prioridade ao expediente denominado ofcio, expedido para e pelas demais autoridades, incluindo membros e servidores do Ministrio Pblico.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Quanto sua forma, o aviso e o ofcio seguem o modelo do padro ofcio, com acrscimo do vocativo, que invoca o destinatrio9, seguido de vrgula. Ex.: Senhor Procurador-Geral de Justia, Senhor Diretor Geral, Senhor Promotor, Devem constar do cabealho ou do rodap do documento as seguintes informaes do remetente: nome do rgo ou setor; endereo postal (se comunicao externa); telefone e endereo de correio eletrnico (se comunicao externa). MEMORANDO O memorando a modalidade de comunicao entre unidades administrativas de um mesmo rgo, de igual hierarquia ou no. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicao eminentemente interna. A tramitao do memorando em qualquer rgo deve ser rpida, por meio de procedimentos burocrticos simples. Para evitar o desnecessrio aumento do nmero de comunicaes, os despachos ao memorando devem ser dados no prprio documento e, no caso de falta de espao, em folha de continuao. Comunicao, papeleta e nota so documentos que tm as mesmas caractersticas do memorando, usadas conforme a tradio do rgo. Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padro ofcio, com a diferena de que o seu destinatrio deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex.: Ao Sr. Chefe do Departamento de Informtica Ao Sr. Chefe do Departamento de Patrimnio CIRCULAR um documento interno de cunho coletivo. Enviado simultaneamente a diversos destinatrios, com texto idntico, transmite informaes,9

Ver 2.1 Emprego dos Pronomes de Tratamento.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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instrues, ordens ou recomendaes, determinando a execuo de servios ou esclarecendo o contedo de leis e regulamentos. Admite vrias apresentaes ofcio, memorando, carta ou fax , mas sempre multidirecional. No mbito do Ministrio Pblico do Estado de Gois, comum as circulares adotarem a forma de ofcio circular. PORTARIA ato expedido por Ministro de Estado, Secretrio de Estado ou dirigentes de rgos e entidades da Administrao Pblica, podendo ter, dentre outros, os seguintes objetivos: a) dar instrues concernentes administrao, com referncia a pessoal ou a organizao e funcionamento de servios; b) orientar a aplicao de textos legais; c) disciplinar matria no regulada. No mbito de atuao do membro do Ministrio Pblico, merece destaque a sua utilizao para a instaurao de Inqurito Civil Pblico. Deve conter, na parte inicial, a epgrafe, a ementa, o prembulo, o enunciado do objeto e a indicao do seu mbito de aplicao. A parte normativa compreende o texto das normas de contedo substantivo relacionado com a matria regulada. A parte final compreende as medidas necessrias implementao, a clusula de vigncia e a clusula de revogao, quando couber. REGIMENTO o ato normativo da situao interna de um rgo, designando-lhe a categoria e a finalidade, delineando sua estrutura, especificando as unidades que o compem e definindo atribuies. obrigatria a sua publicao na imprensa oficial. A estrutura do Regimento contm as seguintes partes: a) o timbre do rgo que o expede; b) a denominao do ato (REGIMENTO INTERNO do(a), seguido do nome do rgo pertinente); c) a fundamentao legal do ato; d) o texto, dividido em ttulos, captulos, artigos, pargrafos, incisos e letras; e) o local e a data, por extenso; f ) a assinatura (o nome da autoridade e o cargo ocupado).Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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RESOLUO Trata-se de ato de autoridade emanado de rgo superior, consistente em determinao ou deliberao relativa a assuntos administrativos. Ser denominada Resoluo Conjunta quando regular rea de competncia de mais de um rgo. A estrutura da Resoluo contm as seguintes partes: a) o timbre do rgo que o expede; b) no centro do texto, a denominao do ato, sua numerao, o ano e a sigla do rgo: Resoluo n / 2006 (+ sigla); c) a ementa, direita da pgina; d) o prembulo, com a denominao completa da autoridade, em maisculas e negrito, o fundamento legal do ato, a palavra RESOLVE, em maisculas, esquerda da pgina, duas linhas abaixo; e) o texto, opcionalmente dividido em artigos, pargrafos, incisos e letras; f ) o local e a data, por extenso; g) a assinatura (o nome da autoridade e o cargo ocupado). ATO (NORMATIVO) Trata-se de ato oficial emanado de autoridade superior, com o fim de normatizar matria administrativa. A estrutura do Ato (Normativo) contm as seguintes partes: a) o timbre do rgo que o expede; b) no centro do texto, a sua denominao, com a numerao, o ano e a sigla do rgo: Resoluo n / 2006 (+ sigla); c) a ementa, direita da pgina; d) o prembulo, com a denominao completa da autoridade, em maisculas e negrito, o fundamento legal do ato e a palavra RESOLVE; e) o texto, opcionalmente dividido em artigos, pargrafos, incisos e letras; f ) o local e a data, por extenso; g) a assinatura (o nome da autoridade e o cargo ocupado). EDITAL o ato escrito oficial em que h determinao, aviso, postura, citao, etc., o qual afixado em lugares pblicos, acessveis aos interessados, ou publicado na imprensa oficial ou particular.26Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

A estrutura do Edital contm as seguintes partes: a) o timbre do rgo que o expede; b) a denominao do ato, sua numerao e data: Edital n dedede 2006; c) a ementa (facultativa); d) o desenvolvimento do assunto tratado, com numerao arbica a partir do segundo pargrafo; e) o local e a data; f ) a assinatura (o nome da autoridade e o cargo ocupado); g) visto de autoridade superior, quando necessrio para a validade do ato (a palavra visto, seguida do nome e do cargo ocupado). EXPOSIO DE MOTIVOS forma de correspondncia oficial dirigida ou assinada por Ministro de Estado ou por dirigentes de rgos da Presidncia da Repblica, com o intuito de justificar medidas propostas em anexo ou submeter deliberao presidencial assuntos administrativos. O Chefe do Poder Executivo, conforme o caso, soluciona-os por despacho, decreto ou mensagem ao Congresso Nacional. Por extenso, recebe tambm essa denominao a correspondncia usada para os mesmos fins, dirigida a outras autoridades por seus auxiliares. Os pargrafos devem ser numerados, com exceo do primeiro e do fecho. O Manual de Redao da Presidncia da Repblica recomenda que, a partir da pgina dois de seu texto e em todas as pginas de seus anexos, no alto da folha, a pelo menos um centmetro de sua borda, a Exposio de Motivos traga o seguinte cabealho: Fl. n ___________da E.M. n ______de__________________de______ Fl. n.____________do Anexo E.M. n.______de_________________ de____________ O anexo exposio de motivos deve ter todas as pginas rubricadas. MENSAGEM Num sentido mais estrito, o ato escrito e solene com que o chefe de Estado se dirige ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administrao Pblica, expor o plano de governo por ocasio da abertura de sesso legislativa, submeter matrias que dependem de deliberao, apresentar veto, etc.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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As mensagens mais usuais do Presidente da Repblica ao Congresso Nacional tm as seguintes finalidades: a) encaminhamento de projeto de lei ordinria, complementar ou financeira; b) encaminhamento de medida provisria; c) indicao de pessoas para a ocupao de cargos; d) pedido de autorizao para o Presidente ou o Vice-Presidente da Repblica ausentarem-se do Pas por mais de 15 dias; e) encaminhamento de atos de concesso e renovao de concesso de emissoras de rdio e TV; f ) encaminhamento das contas referentes ao exerccio anterior; g) mensagem de abertura da sesso legislativa; h) comunicao de sano (com restituio de autgrafos); i) comunicao de veto. A estrutura da mensagem contm as seguintes partes: a) a indicao do tipo de expediente e de seu nmero, no incio da margem esquerda: Mensagem n b) vocativo, com o pronome de tratamento adequado e o cargo do destinatrio, no incio da margem esquerda; Ex.: Excelentssimo Senhor Presidente do Senado Federal, c) o texto, iniciando a 2cm do vocativo; d) o local e a data, 2cm abaixo do final do texto, fazendo coincidir seu final com a margem direita. A mensagem assinada pelo Presidente da Repblica, como os demais atos dessa autoridade, no traz identificao de seu signatrio. por meio de mensagem que o Procurador-Geral de Justia submete projetos de lei apreciao da Assemblia Legislativa. REQUERIMENTO o documento pelo qual se dirige a uma autoridade pblica para solicitar o reconhecimento de um direito ou a concesso de algo amparado pela lei. Caso indeferido, pode-se reiterar a solicitao em um documento denominado pedido de reconsiderao cuja denegao, desta feita, poder ensejar um outro requerimento, denominado recurso, dirigido instncia superior. O requerimento, redigido sempre na terceira pessoa, poder conter apenas dois pargrafos. O primeiro trar, num s perodo, a identidade completa do peticionrio, inclusive a profisso, residncia e domiclio, bem como a explicitao do direito ou da concesso pedida. No segundo, vir a forma terminal, em uma ou duas linhas. A frmula terminal mais usada : Nestes termos, pede deferimento.28Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

PARECER Consiste no exame apurado que se faz acerca de determinado assunto, com a apresentao fundamentada de soluo, favorvel ou contrria, com o fito de oferecer subsdios a uma deciso a ser proferida por outrem. Em geral, vazado no corpo de um procedimento e serve de base para despachos e decises, devendo conter, no mnimo, o seguinte: a) assunto ou ementa; b) relatrio das peas processuais e resumo do pedido; c) legislao aplicvel; d) fundamentao e argumentao do autor do parecer; e) proposta de soluo. Ressalte-se que no se trata aqui de parecer exarado pelo membro do Ministrio Pblico em processos judiciais melhor denominado manifestao , mas de parecer em procedimento administrativo. DESPACHO a deciso proferida por autoridade pblica sobre documentos submetidos pelas partes a seu conhecimento e soluo. tambm o ato que d encaminhamento a procedimentos, devendo ser numerado e fazer referncia ao nmero dos autos. Pode ser conciso, com uma s palavra ou expresso (registre-se, autue-se, defiro, aprovo, de acordo, etc.), ou consistir em um texto mais longo. Pode ser: Decisrio, quando profere, em carter conclusivo, a deciso da questo suscitada, em resposta ao pedido formulado. Interlocutrio, quando trata de encaminhamento da matria para anlise ou para outras providncias que o caso concreto requeira. s vezes exarado no prprio rosto da petio ou representao. Em geral, deve conter: a) o nome do rgo de onde provm (facultativo); b) a palavra DESPACHO, seguida de numerao, se pertinente; c) o texto, com meno da base legal; d) o fecho: cumpra-se, publique-se, encaminhe-se, etc.; e) o nome do signatrio e o cargo ocupado.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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TERMO a pea escrita em que se formaliza determinado ato processual, tornando-o apto a produzir efeitos jurdicos. Dentre as vrias espcies de termo, citam-se os seguintes exemplos: termo de assentada, termo de protesto, termo de declaraes, termo de constatao e termo de concluso. Recebe o mesmo nome a meno escrita nos autos pela qual o servidor responsvel (escrivo, secretrio, etc.) promove e regulariza o processo ou procedimento. COMUNICAO o meio pelo qual se d a outrem cincia ou conhecimento a respeito de fato ocorrido ou ato praticado. Em nosso ordenamento jurdico, a comunicao recebe vrias denominaes, dependendo do contedo que se busca comunicar (citao, intimao ou notificao). A comunicao expedida por rgo ministerial em inqurito civil denominada notificao. No se confunda comunicao com comunicado, que o aviso ou informao transmitidos oficialmente por uma instituio pblica, seja oralmente ou por escrito. RELATRIO Narrao ou descrio de um ou mais fatos, verbal ou escrita, onde se discriminam seus aspectos e elementos. em geral dirigido autoridade hierarquicamente superior, circunstanciando atividade realizada em razo da funo pblica exercida. A estrutura do Relatrio contm as seguintes partes: a) o ttulo: RELATRIO; b) a invocao, contendo a frmula de tratamento e o cargo ou a funo da autoridade a quem dirigido; c) o desenvolvimento do assunto tratado; e) o local e a data; f ) a assinatura (o nome da autoridade ou do servidor e o cargo ocupado); CERTIDO o documento lavrado por funcionrio que tem f pblica (escrivo, tabelio, secretrio, etc.), com a finalidade de comprovar ato ou assenta30Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

mento constante de processo, livro ou documento pertencentes repartio. As mais comuns so a de inteiro teor, que transcreve integralmente o registro, e a resumida, que deve preservar o contedo original. Sua estrutura simples: a) a palavra CERTIDO, em maisculas, centralizada e numerada; b) o texto, normalmente em um s pargrafo; c) local e data, por extenso; d) assinatura do digitador, com o visto do servidor hierarquicamente superior. A certido autenticada possui o mesmo valor legal do documento original. ATA o registro sucinto, em forma eminentemente narrativa, de ocorrncias, fatos, resolues e decises de uma assemblia, sesso ou reunio. Geralmente lavrada em livro prprio, o qual deve ser autenticado, tendo suas pginas rubricadas pela autoridade que redigiu os termos de abertura e de encerramento. Quando pertinente, deve ser assinada pelos presentes. O texto encimado pelo termo ATA, seguido do nmero de ordem da reunio ou sesso e do nome da entidade. Devem-se evitar rasuras, emendas ou entrelinhas. A linguagem simples, clara e concisa, sem abreviaturas e com eventuais nmeros escritos por extenso. Em caso de erro, a retificao se dar pelo emprego da palavra digo, seguida da palavra ou frase correta. Se algum erro ou omisso for identificado aps o trmino da lavratura, poder-se- fazer uma ressalva com a expresso: em tempo: na linha________________ , onde se l ____________________ leia-se _________________________. CONVNIO acordo bilateral ou multilateral celebrado entre entidades pblicas, por meio do qual assumem o compromisso de cumprir clusulas regulamentares. Com estrutura semelhante do Contrato, pode ser complementado, modificado ou prorrogado mediante a celebrao de Termo Aditivo, desde que isso se d dentro de sua vigncia. Deve sempre se iniciar com data, local, nome e qualificao dos convenentes, seguidos da legislao pertinente. No h limite para o nmero de clusulas.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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A assinatura das partes deve ser centralizada, enquanto a das testemunhas ser alinhada esquerda. INSTRUO NORMATIVA E INSTRUO DE SERVIO A instruo normativa destina-se a complementar, integrar ou interpretar lei ou regulamento. Pode ter efeito externo ou interno. A instruo de servio, de efeito meramente interno, destina-se a complementar, integrar ou interpretar lei, regulamento ou instrues normativas, orientando a conduta funcional dos agentes da administrao, para assegurar a homogeneidade de sua ao. A instruo normativa e a instruo de servio devem conter as trs partes j presentes na Portaria. Na parte inicial, constam a epgrafe, a ementa, o prembulo, o enunciado do objeto e a indicao do seu mbito de aplicao. A parte normativa compreende o texto das normas de contedo substantivo relacionado com a matria regulada. A parte final compreende as medidas necessrias implementao, a clusula de vigncia e a clusula de revogao, quando couber. ORDEM DE SERVIO Destina-se a definir atribuies ou disciplinar trabalhos no mbito de cada unidade administrativa, possuindo efeito meramente interno. Compem a sua estrutura: a) identificao da comunicao, com numerao seqencial iniciada a cada ano civil e sigla do rgo emissor; b) local e data de comunicao; c) identificao do destinatrio; d) vocativo seguido de vrgula; e) texto, utilizando um pargrafo por assunto; f ) expresso de encerramento; g) identificao do emissor. COMUNICAO ELETRNICA O correio eletrnico (e-mail), por seu baixo custo e celeridade, tornou-se a principal forma de comunicao para a transmisso de documentos. No h forma rgida para a sua estrutura, mas no se deve fazer uso de linguagem incompatvel com uma comunicao oficial. O preenchimento do campo assunto do formulrio da mensagem eletrnica deve levar em conta a necessidade de facilitar a organizao documental de quem a envia e de quem a recebe. Quando houver arquivos anexos, a mensagem que os encaminha deve informar em poucas palavras o seu contedo.32Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

Para dar validade documental mensagem eletrnica, indispensvel que exista certificao digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. FAX O fax uma forma de comunicao utilizada para a transmisso de mensagens urgentes, quando no h condies de envio do documento por meio eletrnico. A comunicao chega ao destinatrio por via telefnica. O original fica com o expedidor, podendo, se necessrio, seguir posteriormente pela via e na forma habituais. Por sua velocidade e por ser menos oneroso que o telegrama ou telex, passou a ser adotado pelo Servio Pblico e vem substituindo outras formas de correspondncia. Pela rpida deteriorao do papel de fax, o arquivamento, se necessrio, deve ser feito com fotocpia. Juntamente com o documento principal, convm o envio de folha de rosto, consistente em um pequeno formulrio com os dados de identificao da mensagem. TELEGRAMA Essa forma de comunicao deve pautar-se pela conciso do texto, o que diminui seu custo. Hoje, s se justifica o seu uso quando no houver correio eletrnico ou fax disponveis.

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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CAPTULO III MODELOS

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Modelo de Ofcio

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE ____________________

Ofcio n ____________ Goinia,____de________________de________ A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Prefeito Municipal de (endereo) Assunto: Inqurito Civil n3cm 2,5cm

Senhor Prefeito, O MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS, por intermdio do Promotor de Justia em exerccio na Promotoria de Justia desta Comarca (endereo), vem, nos termos do art. 129, inciso VI, da Constituio da Repblica e do art. 26, inciso I, letra b, da Lei n 8.625/93, requisitar, no prazo de dez dias teis, a contar do recebimento deste, com o intuito de instruir o inqurito civil em epgrafe, informaes quanto [...] Atenciosamente,

1,5 cm

(Nome do signatrio) Promotor de Justia

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Modelo de Aviso(Modelo do Manual de Redao Oficial da Presidncia da Repblica)

5cm

Aviso n 45/SCT-PR Braslia, 27 de fevereiro de 1991.

A Sua Excelncia o Senhor [Nome e cargo] 3cm Assunto: Seminrio sobre uso de energia no setor pblico. 2,5cm Senhor Ministro, 1,5 cm

Convido Vossa Excelncia a participar da sesso de abertura do Primeiro Seminrio Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Pblico, a ser realizado em 5 de maro prximo, s 9 horas, no auditrio da Escola Nacional de Administrao Pblica - ENAP, localizada no Setor de reas Isoladas Sul, nesta capital. O Seminrio mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comisses Internas de Conservao de Energia em rgo Pblicos, institudo pelo Decreto n 99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

[nome do signatrio] [cargo do signatrio]

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Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

Modelo de Memorando (Manual de Redao Oficial da Presidncia)

5cm

Mem. 118/DJ Em 12 de abril de 1991.

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administrao Assunto: Administrao. Instalao de microcomputadores 1 Nos termos do Plano Geral de informatizao, solicito a Vossa Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados trs microcomputadores neste Departamento. 2 Sem descer a maiores detalhes tcnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o equipamento fosse dotado de disco rgido e de monitor padro EGA. Quanto a 1,5 programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro cm gerenciador de banco de dados. 3 O treinamento de pessoal para operao dos micros poderia ficar a cargo da Seo de Treinamento do Departamento de Modernizao, cuja chefia j manifestou seu acordo a respeito. 4 Devo mencionar, por fim, que a informatizao dos trabalhos deste Departamento ensejar racional distribuio de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade dos servios prestados.

3cm

Atenciosamente,

[nome do signatrio] [cargo do signatrio]

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Modelo de Ofcio Circular

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIA

Ofcio Circular n ____________ Goinia,____de________________de________ A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Promotor Eleitoral (endereo)3cm

Assunto: convocao para encontro estadual.2,5cm

Senhor Promotor Eleitoral,

1,5 cm

Em atendimento solicitao da procuradoria Regional Eleitoral, fao uso do presente para CONVOCAR Vossa Excelncia, nos termos do art. 91, inciso XXXI, da Lei Complementar Estadual n 025/98, para o Encontro Estadual dos Promotores e Juzes Eleitorais do Estado de Gois, a realizar-se no dia ____de____________do corrente ano, s 09h, no auditrio da Sede do Ministrio Pblico do Estado de Gois. Para viabilizar sua presena, anoto que dever ser providenciado o adiamento dos atos judiciais para os quais tenha sido devidamente notificado (a).

Atenciosamente,

(Nome do signatrio) Procurador-Geral de Justia

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Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

Modelo de Portaria

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE___________________

Portaria n ____________ Goinia,____de________________de________ O MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS, pelo promotor infra-assinado, com fundamento no art. 129, inciso III, da Constituio da Repblica e no art. 25, inciso IV, letra "b", da Lei n 8.625/93 (Lei Orgnica Nacional do Ministrio Pblico),3cm

Considerando que a administrao pblica dos municpios deve obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, nos termos do artigo 37, caput, da Constituio Federal; Considerando que o Tribunal de Contas dos Municpios, aps apurar irregularidades nas prestaes de contas, referentes ao perodo compreendido entre janeiro de 2005 a agosto de 2005, do Hospital Municipal ___________________________, localizado no municpio de ____________________ , imputou um dbito total de 50.244 UFIR ao ex-Prefeito ________________ , por meio das Resolues de Imputao de Dbito de n________________; Considerando que, segundo o art. 10, inciso XI, da lei n 8.429/ 92, liberar verba pblica sem a estrita observncia das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicao irregular constitui ato de improbidade administrativa que causa prejuzo ao errio; RESOLVE: INSTAURAR Inqurito Civil para averiguar eventuais danos causados ao patrimnio pblico municipal, DETERMINANDO: 1. Seja a presente PORTARIA autuada com o ato de nomeao da Srta.________________ para atuar como secretria do feito, bem como o devido termo de compromisso;1,5 cm

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

41

2. Seja o presente INQURITO CIVIL registrado em livro prprio; 3. Sejam juntadas aos autos do Inqurito Civil as Resolues de Imputao de Dbito de n _______, bem como os documentos que as acompanham, encaminhados pelo Tribunal de Contas dos Municpios ao Ministrio Pblico do Estado de Gois; 4. Sejam requisitadas maiores informaes a respeito dos fatos, bem como os respectivos documentos, Prefeitura Municipal e Cmara Municipal de ____________________.

3cm

5. Seja remetida cpia desta PORTARIA ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimnio Pblico e Social, nos termos do art. 27 da Resoluo n 09/95 da Procuradoria-Geral de Justia do Estado de Gois.

1,5 cm

________________ , ____ de ____________ de ____

(Nome)

42

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Modelo de Autuao de Portaria para a Instaurao de Inqurito Civil - Capa dos autos INQURITO CIVIL N________/________

REPRESENTANTE: REPRESENTADO: NATUREZA: (ambiental, consumidor, infncia, patrimnio pblico, etc) ASSUNTO: (resumir o fato objeto da investigao) AUTUAO: Aos ______dias do ms de __________________ do ano de_________ , na Promotoria de Justia de __________________, cumprindo a determinao do Doutor________________________, AUTUO a portaria n ______/______ , que determinou a instaurao do inqurito civil, a representao e os documentos que a instruram. REGISTRO: Registro no Livro de Registro de Inqurito Civil, sob o n ______ folhas ______

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Modelo de Regimento

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE___________________

REGIMENTO INTERNO DA CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS (Arts. 26, 7, e 28, IV, da Lei Complementar n 25, de 06/07/1998.)3cm

TTULO I DA ORGANIZAO DE ATRIBUIES CAPTULO I DA ORGANIZAO2,5cm

Art. 1. A Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico do Estado de Gois o rgo da administrao superior encarregado de orientar e fiscalizar as atividades funcionais e a conduta dos membros da instituio, bem como avaliar os resultados das atividades dos demais rgos da administrao e dos rgos auxiliares da atividade funcional. Art. 2. Este Regimento regula a organizao dos servios da Corregedoria-Geral e do estgio probatrio e define a estrutura de sua Secretaria. [...] Art. 82. Este Regimento entrar em vigor na data de sua publicao, revogadas as disposies em contrrio, o ATO CGMP n 001/99 e as Resolues n 001/99/CPJ, 007/2001/CSMP e 005/2000/ PGJ. Goinia, ___de ____________ de ______

1,5 cm

NOME DO SIGNATRIO Corregedor-Geral do Ministrio Pblico

44

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Modelo de Resoluo

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA

RESOLUO N ______/______ - CPJ

Aprova o Plano Geral de Atuao do Ministrio Pblico do Estado de Gois para o ano de _________.3cm

O Egrgio Colgio de Procuradores de Justia, no exerccio de suas atribuies e na forma do artigo 18, inciso III, da Lei Complementar Estadual n 25, de 6 de julho de 1998, acolhendo proposta apresentada pelo insigne Procurador-Geral de Justia,1,5 cm

RESOLVE:

Art. 1. Fica aprovado o Plano Geral de Atuao do Ministrio Pblico do Estado de Gois para o ano de _________, na forma do Anexo nico da presente Resoluo. Art. 2. Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao. Goinia, ___de ____________ de ______

NOME DO SIGNATRIO Procurador-Geral de Justia PRESIDENTE DO COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA

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Modelo de Ato

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA

ATO N ______/______3cm

Altera a escala de substituies automticas e eventuais das Promotorias de Justia do Ministrio Pblico do Estado de Gois. O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DE GOIS, no uso das atribuies que lhe so conferidas pelos arts. 15, inciso LII, letra "b", 176 e seguintes da Lei Complementar Estadual n 25, de 06 de julho de 1988, visando assegurar a continuidade dos servios prestados pelo Ministrio Pblico do Estado de Gois, RESOLVE alterar a escala de substituies automticas e eventuais das Promotorias de Justia do Ministrio Pblico do Estado de Gois. Art. 1. As substituies entre as Promotorias de Justia do Ministrio Pblico do Estado de Gois dar-se-o segundo o anexo nico e artigo segundo deste Ato Normativo. Art. 2. Na Comarca de Goinia - GO, quando numa rea de atuao o substituto automtico no puder realizar as audincias do substitudo, em razo de j ter audincias designadas regularmente em um determinado turno, e na mesma rea houver outra promotoria que no esteja nessa situao, a esta caber a realizao das referidas audincias, e no ao substituto eventual, se este for de outra rea. Art. 3. Ficam revogadas as disposies em contrrio, especialmente o Ato n __________, de____de__________ de____. Art. 4. Este ato entrar em vigor na data de sua publicao. GABINETE DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DE GOIS, em Goinia, ____de ____________ de ____.2,5cm

1,5 cm

NOME DO SIGNATRIO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIA PROCURADORES DE JUSTIA

46

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Modelo de Edital

5cm ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO COLGIO DE PROCURADORES DE JUSTIA

3cm 2,5cm

EDITAL DE LICITAO N _____/______ Modalidade: Concurso

A PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIA DO ESTADO DE GOIS, por sua Comisso Permanente de Licitao (Portaria n ____, de __/__/____), TORNA PBLICO, para conhecimento dos interessados, que estaro abertas as inscries para o Concurso destinado a selecionar o logotipo do Ministrio Pblico do Estado de Gois, mediante normas e condies contidas neste Edital, na forma da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, com as alteraes posteriores, em atendimento ao processo administrativo n _______, de ____ de __________ de______. NORMAS DO CONCURSO PARA A SELEO DO LOGOTIPO DO MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS - MP - GO. 1 OBJETIVO 1.1 O objetivo do concurso a seleo de um logotipo para o Ministrio Pblico do Estado de Gois, o qual ir represent-lo em sua pgina eletrnica, cartazes, cartes, adesivos, pastas, publicaes e outros. 1.2 O logotipo dever enfocar a importncia das funes institucionais do Ministrio Pblico na defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis, assim como seu papel no contexto de Estado de Gois. [...] 8.4 Em caso de dvida, o interessado dever contatar a Comisso Permanente de Licitao da Procuradoria-Geral de Justia do Estado de Gois, na sala 241, 2 andar, Edifcio-sede, situado na Rua 23, esquina

1,5 cm

Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

47

com a Av. Fued Jos Sebba, Qd. A6, lotes 1/24, Setor Jardim Gois, CEP 74.805-100, Goinia - GO, ou pelos telefones (062) 32438328 e 3243-8329 (fax), no horrio das 08 s 18h, para a obteno dos esclarecimentos que julgar necessrios. Para o conhecimento de todos, lavrou-se o presente Edital, que ser afixado na Procuradoria-Geral de Justia, no lugar de costume.

3cm

1,5 cm

COMISSO PERMANENTE DE LICITAO DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIA, em Goinia,___ de ____________de ___.

NOME DO SIGNATRIO Presidente

NOME DO SIGNATRIO Procurador-Geral de Justia

48

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Modelo de Exposio de Motivos (de carter informativo) (Manual de Redao Oficial da Presidncia)

5cm

EM n 00146/1991-MRE3cm

Braslia, 24 de maio de 1991.

Excelentssimo Senhor Presidente da Repblica.

O Presidente George Bush anunciou, no ltimo dia 13, significativa mudana da posio norte-americana nas negociaes que se realizam na Conferncia do Desarmamento, em Genebra de uma conveno multilateral de proscrio total das armas qumicas. Ao renunciar manuteno de cerca de dois por cento de seu arsenal qumico at a adeso conveno de todos os pases em condies de produzir armas qumicas, os Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta pases participantes do processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado venha a ser concludo e assinado em prazo de cerca de um ano. [...]

1,5 cm

Respeitosamente,

[Nome] [cargo]

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Modelo de Mensagem (Manual de Redao Oficial da Presidncia)

5cm

Mensagem n 1183cm

Excelentssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

Comunico a Vossa Excelncia o recebimento das Mensagens SM n 106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgao dos Decretos Legislativos nos 93 a 97, de 1991, relativos explorao de servios de radiodifuso.

1,5 cm

Braslia, 28 de maro de 1991

Respeitosamente,

[Nome] [cargo]

50

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Modelo de Termo de Concluso

TERMO DE CONCLUSOAos ____dias do ms de ____________de 2006, fao estes autos conclusos ao Doutor ______________, Promotor de Justia.

_______________________________ Secretrio (a)

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Modelo de Termo de Declaraes

5cm

ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE_____________________________

TERMO DE DECLARAES3cm

NOME: NACIONALIDADE: NATURALIDADE: DATA DE NASCIMENTO: ESTADO CIVIL: PROFISSO: FILIAO: ENDEREO: REGISTRO GERAL (C.I): CADASTRO DE PESSOA FSICA (CPF): TELEFONE RESIDENCIAL: Aos ____ dias do ms de _______ de ___________ , compareceu a esta Promotoria de Justia de___________, (endereo), o Sr.___________, e, aps devidamente compromissado na forma da lei, prestou, perante o Promotor de Justia, Dr____________, as seguintes declaraes: Nada mais havendo a declarar, vai, depois de lido e achado conforme, devidamente assinado por mim, ______________ , que o digitei e pelo declarante.

1,5 cm

__________________________________Declarante

__________________________________Promotor de Justia

52

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Modelo de Termo de Constatao

5cm

ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE.______________________________

TERMO DE CONSTATAOAos ____dias do ms de ____________ de ________, s margens do Rio ___________ , prximo rodovia estadual GO n_____, KM_____, no municpio de _______________, onde se encontrava em diligncia decorrente do Inqurito Civil (ou PA) n__________, compareceu o Oficial de Promotoria,__________ , a quem foi determinado lavrar este termo para que, na presena de (policial militar, agente civil, fiscal de postura, etc), que tambm o subscreve, nele fique consignado este comparecimento e o resultado da diligncia a que se reporta. Esta decorre de determinao do titular da Promotoria de Justia de _______________, Doutor _______________ , para o fim especfico de ser perfeitamente consignada a situao em que se encontra o mencionado trecho do Rio __________, em relao ao despejo de lixo domstico e hospitalar nas suas margens. Realizadas as diligncias preliminares no dia _____do corrente ms, s __________horas, e finalmente concludas nesta data, foi mandado lavrar este termo. Assim, foi constatado que realmente est sendo depositada, s margens do Rio__________, grande quantidade de lixo pela empresa__________, contratada do municpio __________para realizar a limpeza urbana e a coleta de lixo; verificou-se, tambm, que parte do lixo j est em contato com o curso d'gua. Nas buscas empreendidas no local, no foi constatada a existncia de nenhuma unidade de tratamento ou reciclagem. Do que, para constar, foi lavrado este termo, que vai assinado por _____ _______________ , e por mim, ____________ , Oficial de Promotoria.2,5cm

3cm

1,5 cm

NOME DO SIGNATRIO Cargo

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Modelo de Notificao

5cm

ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE______________________________

NOTIFICAOO MINISTRIO PBLICO DO ESTADO DE GOIS, nos termos do art. 129, VI, da Constituio da Repblica e das Leis n 7.347/85 e 8.625/93, notifica-o para comparecer na Promotoria de Justia ________________________, (endereo), no dia ________ do ms____________ de 2005, s ________ horas, a fim de prestar depoimento nos autos de inqurito civil n________________.2,5cm

3cm

Adverte que o seu no-comparecimento importar na tomada das medidas legais cabveis, inclusive conduo coercitiva pela fora policial, sem prejuzo de eventual processo por crime de desobedincia. Goinia, ___de ________________________ de ______

1,5 cm

____________________________________________________ Promotor de Justia

NOTIFICADO: ENDEREO:

54

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Modelo de Certido

5cm

ESTADO DE GOIS MINISTRIO PBLICO PROMOTORIA DE JUSTIA DE_____________________________

CERTIDOCertifico que, dando cumprimento presente notificao, dirigi-me ao endereo indicado, no dia_____ /_____/_____, s _____:_____ horas, e, l estando, procedi competente notificao do Sr. __________________________________________________ , o qual lanou sua assinatura, tendo ficado ciente do seu contedo. O referido verdade e dou f.2,5cm

3cm

Goinia, ___de ________________________ de ______1,5 cm ____________________________________________________ Oficial de Promotoria

NOTIFICADO: ENDEREO:

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Modelo de Fax[rgo Expedidor] [setor do rgo expedidor] [endereo do rgo expedidor] Destinatrio: ____________________________________________________________________________ N do fax de destino:____________________________________________________________________ Data:______ / ____________ Remetente: _____________________________________________________________________________ Tel. p/ contato:_______________________________________________________________________ Fax/correio eletrnico:________________________________________N de pginas: esta +_________ N do documento:___________________ Observaes:_________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________________

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PARTE II - REDAO PROFISSIONAL

CAPTULO I APORTE TERICO

1 Elementos da comunicao Comunicar-se o ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio de mtodos ou processos convencionados, sejam palavras ou outros sinais, signos ou smbolos. A mensagem emitida a partir de cdigos de comunicao os mais diversos (palavras, sons, gestos, desenhos, sinais de trnsito, etc.). Toda mensagem depende de um meio transmissor denominado canal de comunicao e refere-se a um contexto. Interessanos aqui, particularmente, a comunicao por meio da linguagem falada e escrita. Os elementos da comunicao so os seguintes: Emissor: o que emite a mensagem; Receptor: o que recebe a mensagem; Mensagem: o conjunto de informaes transmitidas; Cdigo: a combinao de signos utilizados na transmisso de uma mensagem, os quais devem ser compartilhados pelo emissor e receptor, podendo, assim, ser decodificados por este; Canal de Comunicao: o meio pelo qual a mensagem transmitida: livro, jornal, revista, TV, rdio, cordas vocais, ar, etc.; Contexto: a situao contextual a que a mensagem remete (denominada referente). O texto jurdico, evidentemente, uma forma de comunicao. H nele, portanto, um objeto de comunicao (mensagem), inserido num contexto e transmitido ao receptor por um emissor, por meio de um canal, com seu prprio cdigo. A efetiva comunicao depende do bom funcionamento de todos os seus componentes, devendo resultar na perfeita captao da mensagem.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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Falhas provocadas pelo emissor, pelo receptor ou pelo canal resultam no que se denomina rudo, uma interferncia no ato comunicativo. Veja-se, como exemplo, a seguinte manifestao do Ministrio Pblico: Meritssimo Juiz, Conforme certido a fls. 35, o ru no pde ser citado, porquanto no mais reside no endereo constante da petio inicial, estando em lugar desconhecido. Dessarte, manifesta-se o Ministrio Pblico pela sua citao por edital. Nesse texto, identificamos os seguintes elementos da comunicao: Emissor: o autor da manifestao, a fonte da mensagem, ou seja, o Ministrio Pblico, por um de seus rgos. Receptor: o destinatrio da mensagem, ou seja, o Juiz de Direito. Mensagem: deve ser feita citao por edital. Cdigo: a linguagem verbal, escrita em lngua portuguesa. Canal: a folha, o papel em que se faz a manifestao. Contexto: processo judicial em que se discute a citao do ru. 2 Funes da linguagem Tendo como critrio o objetivo da transmisso de uma mensagem, so seis as denominadas funes da linguagem: 2.1 Funo referencial, cujo objetivo informar (linguagem tcnica, cientfica, jornalstica, etc.). Ex.: O presidente reuniu-se com seus Ministros na manh de hoje para discutir a crise poltica. 2.2 Funo conativa (do verbo latino conari suscitar, provocar estmulos), cujo objetivo atuar sobre o destinatrio (linguagem publicitria, ordens, etc.). Ex.: Compre no Bazar Pereira, o melhor para o seu bolso! Faa isso j!58Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

2.3 Funo emotiva (ou expressiva), cujo objetivo demonstrar sentimentos e sensaes ou opinar a respeito de algum tema. Ex.: Acho formidvel esse filme! 2.4 Funo metalingstica, cujo objetivo falar do prprio cdigo utilizado (v.g., um escritor dissertando sobre o ofcio de escrever). Ex.: Eu no escrevo por vocao, mas por dever de ofcio. 2.5 Funo ftica, cujo objetivo testar o canal de comunicao para certificar-se da perfeita ocorrncia desta. Ex.: No mesmo? Compreendeu? N? 2.6 Funo potica, cujo objetivo de carter esttico (literatura em prosa ou verso). Ex.: Sonhar acordar-se para dentro. (Mario Quintana.) O texto jurdico deve primar pela preciso, clareza e objetividade, sendo eminentemente denotativo. A funo referencial, portanto, ganha importncia, pois ho de predominar as mensagens centradas no referente ou contexto, de carter cognitivo. Ressalte-se, porm, que, em um mesmo contexto, duas ou mais funes podem ocorrer simultaneamente. A funo emotiva, de sua parte, ajusta-se melhor funo do advogado, do qual razovel esperar parcialidade, no se coadunando com contextos que exijam objetividade e impessoalidade. bastante comum, todavia, nos debates do tribunal do jri. A funo potica, que enfatiza a sonoridade, o ritmo e a singularidade da expresso, secundria no discurso jurdico, podendo, todavia, estar presente, desde que no interfira na adequada transmisso da mensagem. Est presente a funo metalingstica, por exemplo, quando nos dicionrios ou em textos jurdicos um conceito definido. A funo conativa aparece de dois modos: imperativo ou persuasrio. Imperativa a linguagem dos cdigos, que ordenam a conduta humana, bem como das decises judiciais. Ex.: A petio inicial indicar: [...]. (Art. 282, CPC) Intime-se a parte autora para que se manifeste em dez dias. A funo persuasria transparece, sobretudo, nos debates do Tribunal do Jri e em peties dirigidas ao juiz, situaes em que se mostra acentuada a inteno persuasria. Ex.: Senhores Jurados, imperiosa a absolvio do ru. Faa-se Justia. Observando-se o ato comunicativo jurdico por um prisma mais amplo, nota-se que, em ltima instncia, o aspecto conativo (imperativo e persuasrio) dominante, porquanto, em geral, a funo mediata da linguagem ordenar condutas ou convencer algum a orden-las de determinado modo.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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3 O sentido das palavras: denotao e conotao A efetividade da comunicao depende de as palavras terem um significado, representando um conceito. Esse encontro do conceito e da palavra d-se no signo, unidade lingstica que tem um significante e um significado. O signo lingstico une um elemento concreto (som ou letras impressas), chamado significante, a um elemento inteligvel ou imagem mental (o conceito), chamado significado. A palavra co, por exemplo, o significante. Quando ouvida ou lida, forma-se na mente a imagem ou noo do animal que assim chamado embora tal palavra possa ter outros significados. Reunidos, o aspecto objetivo e o subjetivo (palavra e imagem / noo) formam o signo. As palavras podem ser usadas num sentido denotativo ou conotativo. Denotao consiste no ato de denotar (revelar por meio de notas ou sinais; fazer notar; fazer ver; manifestar, significar, exprimir, simbolizar), o uso do smbolo em seu sentido convencional. Conotao (relao que se nota entre duas ou mais coisas) o sentido translato, metafrico, figurado ou subjacente, de teor amide subjetivo, que uma palavra ou expresso pode apresentar. Pode-se dizer: o ru deixou sem vigilncia seu co feroz, no atentando para os riscos dessa omisso. Nesse caso, co feroz possui sentido denotativo, convencional. Pode-se, tambm, dizer: o ru agiu como um co feroz. Nesse exemplo, usa-se co feroz em sentido conotativo, metafrico (metfora, alis, de gosto duvidoso), para aproximar a conduta do ru daquela tpica de um animal bravio. 4 Alguns conceitos teis Homonmia - identidade fontica entre formas de significado e origem completamente distintos. Exemplos de termos homnimos: jogo (substantivo) e jogo (verbo); para (preposio) e pra (verbo); falcia (qualidade de falaz) e falcia (falatrio). Sinonmia - existncia de palavras ou locues com significado semelhante. Exemplos de termos sinnimos: retificar e consertar; perigoso e periclitante; brancura e palidez.60Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

Antonmia existncia de palavras ou locues de significao oposta. Exemplos de termos antnimos: soberba e humildade; patente e latente; fenecer e vicejar. Paronmia existncia de palavras com o som parecido. Exemplos de termos parnimos: vultoso (de vulto) e vultuoso (ruboroso); descrio (ato de descrever) e discrio (qualidade de discreto); conjuntura (situao) e conjetura (suposio). Homografia caracterstica de vocbulos que tm a mesma grafia, mas significao diferente. Exemplos de termos homgrafos: colher (substantivo) e colher (verbo); providncia (substantivo) e providencia (verbo); canto (ato de cantar) e canto (esquina). Homofonia caracterstica de palavras que tm o mesmo som, mas grafia e sentido diferentes. Exemplos de termos homfonos: pao (palcio) e passo (verbo); censo (recenseamento) e senso (juzo); esperto (sagaz) e experto (perito). Arcasmo - Palavra ou construo que sai de circulao, caindo em desuso quer na fala, quer na escrita padro, ainda que possa continuar a existir em usos especializados. Neologismo - Palavra ou expresso nova numa lngua, resultante de emprstimo de lngua estrangeira ou de transformao do material preexistente pelo processo de derivao e composio. Ex.: dolarizar (introduzir a utilizao do dlar). H tambm o chamado neologismo semntico, consistente na aquisio de um novo sentido por um termo j existente. Ex.: Formidvel (de terrvel para excelente), insolente (de fora do comum para grosseiro), contumaz (de animal cabeudo para pessoas arrogantes e teimosas). Estrangeirismo - Emprego de palavra, frase ou construo sinttica estrangeira; peregrinismo. Ex.: deport, qurable, portable e draw back. Latinismo - Construo gramatical prpria do latim. Ex.: dficit, supervit, libi (do latim alibi outro lugar), grtis.Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

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QUADROS DE EXEMPLOS EXEMPLOS DE PARNIMOSabsorver (assimilar) apreciar (dar apreo) comprimento (extenso) conjuntura (situao) deferimento (concesso) descrio (ato de descrever) descriminar (isentar de crime) despensa (cmodo para mantimentos) despercebido (desatento) destratar (ofender) delatar (denunciar) dessecar (enxugar) devisar (planejar) elidir (suprimir) emenda (correo) emergir (vir tona) emigrar (sair do pas) eminente (destacado) emrito (insigne) emitir (mandar para fora) entender (compreender) espavorido (apavorado) flagrante (evidente) incontinenti (sem demora) infligir (aplicar pena) intemerato (ntegro) invicto (sem derrota) lide (demanda) mandato (procurao) preeminente (distinto) preito (homenagem) prescrever (ordenar) ratificar (confirmar) reincidir (incidir novamente) senculo (lugar de sesses) suar (transpirar) sucesso (seqncia) torvo (que causa terror) trfico (comrcio ilegal) treplicar (fazer trplica) vultoso (volumoso)62

absolver (perdoar) aprear (dar preo) cumprimento (saudao, execuo) conjetura (suposio) diferimento (adiamento) discrio (reserva,modstia) discriminar (diferenciar) dispensa (desobrigao) desapercebido (desprevenido) distratar (romper o trato) dilatar (alargar) dissecar (analisar em detalhes) divisar (avistar) ilidir (refutar, anular) ementa (resumo) imergir (mergulhar) imigrar (entrar no pas) iminente (prestes a ocorrer) imrito (imerecido) imitir (investir em) intender (superintender) esbaforido (ofegante) fragrante (perfumado) incontinente (falto de moderao) infringir (desobedecer) intimorato (destemido) invito (involuntrio) lida (trabalho) mandado (ordem, determinao) proeminente (saliente) pleito (eleio) proscrever (banir) retificar (corrigir) rescindir (desfazer) cenculo (lugar de ceia) soar (tilintar) secesso (separao) turvo (escuro) trfego (trnsito) triplicar (tornar trs vezes maior) vultuoso (vermelhido da face)Manual de Redao do Ministrio Pblico do Estado de Gois

EXEMPLOS DE HOMNIMOS HOMFONOSacender (alumiar) acento (sinal grfico) acerto (ato de acertar) acessrio (que no fundamental) apressar (dar pressa a) caar (apanhar animais) cdula (bilhete) cegar (privar da vista) cerrar (fechar) cesso (ato de ceder) cela (priso) cesta (caixa de vime) cheque (ordem de pagamento) concelho (circunscrio administrativa) conserto (reparo) coser (costurar) espectador (aquele que v) esperto (astuto) esttico (imvel) incipiente (principiante) lao (n) pao (palcio) remisso (perdo) russo (da Rssia) sede (lugar) silha (assento) tacha (pequeno prego) teno (propsito) vs (verbo ver) viagem (substantivo) ascender (subir) assento (lu