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MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS Brasília DF 2020 MANUAL DO FACILITADOR - Pais

MANUAL DO FACILITADOR - Pais · Encontro 1 – Pais AMOR E LIMITES Objetivos pais irão: Identificar motivos de estresse e alguns problemas comuns entre adolescentes. Refletir sobre

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MINISTÉRIO DA MULHER,

DA FAMÍLIA E DOS

DIREITOS HUMANOS

Brasília – DF 2020

MANUAL DO FACILITADOR - Pais

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2020 Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0

Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. O conteúdo desta obra pode ser acessado na página: <https://bibliotecadigital.mdh.gov.br/jspui/handle/192/652>. Versão brasileira adaptada do “Strengthening Families Programme for Parents and Youth10-14 – DVD Based Curriculum – Leader Guide 2006” –

SFP 10-14 UK. Copyright da obra original ©2006 Oxford Brookes University. SFP foi desenvolvido pelo Departamento de Serviço Social da Oxford Brookes University, Reino Unido. O programa foi traduzido e adaptado pelo Ministério da Saúde do Brasil, em parceria com o UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas

e Crime). Em 2019 a gestão no Brasil foi transferida para o Ministério da Mulher, da Família de dos Direitos Humanos. O Departamento de Serviço Social da Oxford Brookes University detém os direitos autorais da versão em língua inglesa. Para informações sobre permissão, entre em contato com a Escola de Saúde e Assistência Social, Oxford Brookes University, Oxford, Reino Unido, ou consulte: <www.mys-trongfamily.co.uk>.

1ª edição – 2017 – versão eletrônica Luiz Felipe Zago

Colaboração: Naiara Moreira Campos

Camila Morais Raquel Turci Pedroso

Greici Cristhina Justino Roberto Tykanori

Juliana Seidl Samia Abreu Oliveira Karen Oliva Ilustrações: Felipe dos Reis Chaves

Elaboração de texto:

David R. Foxcroft Revisão ortográfica e projeto gráfico:

Debby Allen AGCOM Lindsey Coombes Tradução:

Revisão técnica: José de Arimatéa Maciel Ferreira

Clarisse Moreira Aló Joamara Mota Borges Colaboração técnica:

Marina de Souza Pedralho Secretaria Nacional de Políticas sobre drogas/ Viviane Paula Santos Rocha Ministério da Justiça

Normalização e diagramação:

Editora MS/CGDI 2ª edição – 2.2 - 2020 – versão eletrônica Revisão técnica: Jorge Luís Barreto Pereira Mayara Josevina de Oliveira dos Santos

P964 Programa Famílias Fortes : Manual do Facilitador - Pais / Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. - 2. ed. - Brasília: Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 2020.

186 p. : il. color. - (Série Programa Famílias Fortes)

1. Família. 2. Relação familiar. 3. Pais e filhos. 4. Fortalecimento dos vínculos familiares. 5. Adolescentes. 6. Habilidades parentais. 7. Consumo de drogas. I. Brasil. Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

CDD 362.1

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PROGRAMA

FAMÍLIAS FORTES

BRASÍLIA MMFDH

2020

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Jair Messias Bolsonaro

VICE- PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Antônio Hamilton Martins Mourão

MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS Damares Regina Alves

SECRETARIA NACIONAL DA FAMÍLIA Ângela Vidal Gandra Martins

DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO

ILUSTRAÇÃO E FORTALECIMENTO DA FAMÍLIA

Felipe dos Reis Chaves

Marcelo Couto Dias COORDENAÇÃO-GERAL DE FORTALECIMENTO DOS VÍNCULOS FAMILIARES E SOLIDARIEDADE

INTERGERACIONAL

Jorge Luís Barreto Pereira

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Programa Famílias Fortes - PFF

Olá!

Você tem em suas mãos o Manual do Facilitador - Pais.

Este material não é perecível e pode ser usado indefinidamente pelos facilitadores que irão conduzir os grupos de pais ou responsáveis.

Cada unidade de serviço que realiza grupos deve receber ao menos um conjunto completo de manuais do Famílias Fortes. O conjunto é composto de quatro manuais: Manual do Facilitador - Introdução, Manual do Facilitador - Pais, Manual do Facilitador – Filhos e Manual do Facilitador - Família. É importante que este material permaneça no serviço para futuro uso.

Além dos manuais há dois cadernos: O Caderno de Atividades dos Pais e Responsáveis e o Caderno de Atividades dos Filhos. Esses são entregues aos participantes. Apenas pessoas que passaram por uma formação completa e específica do PFF estão aptas a aplicar o programa e conduzir os encontros. O Famílias Fortes é uma ferramenta de fortalecimento de vínculos como caminho para a prevenção de comportamentos que possam gerar prejuízo social, físico e/ou emocional a crianças, adolescentes e suas famílias. O Manual do Facilitador - Introdução permite que você conheça melhor o que é o Famílias Fortes, seu histórico, objetivos, estrutura, o processo de aplicação no Brasil, as funções e o perfil dos facilitadores, dentre outras informações.

Seja bem-vinda ou bem-vindo ao grupo de facilitadores do PFF! Desejamos boa leitura e muito sucesso nos grupos!

Unidade: ________________________________

Município: _______________________________

Data da formação: ___ /___ /_____

Facilitador que recebeu o material: _________________________________________________

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SUMÁRIO

Encontro 1 – Amor e limites ............................................................................................07

Encontro 2 – As regras da nossa casa ..............................................................................31

Encontro 3 – Incentivar boas atitudes .............................................................................49

Encontro 4 – Usar consequências ....................................................................................71

Encontro 5 – Construir pontes .........................................................................................87

Encontro 6 – Proteger contra o abuso de sustâncias .....................................................111

Encontro 7 – Ajudar e ser ajudado .................................................................................133

Acompanhamento 1 – Lidar com o estresse ..................................................................143

Acompanhamento 2 – Comunicar quando não concordar ............................................155

Acompanhamento 3 – Revisar as habilidades de amor e limites ...................................167

Acompanhamento 4 – Rever como ajudar com a pressão dos amigos ..........................175

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Encontro 1

Pais

AMOR E LIMITES

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Encontro 1 dos Filhos: TER METAS E SONHOS

Encontro 1 das Famílias: APOIAR AS METAS E OS SONHOS

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Boas-vindas e apresentação ......................... 10 Vamos nos conhecer? ................................... 11 Preocupações e problemas comuns entre adolescentes........................................ 12 Amor e limites ............................................... 15 Apoiando os sonhos e objetivos dos filhos… 25 Os sentimentos dos filhos ............................. 26 Prática em casa ............................................. 27 Preparação para o encontro de família ........ 28 Conclusão ...................................................... 29

Materiais Necessários:

Crachás (1 para cada participante)

Lista de presença dos pais

Televisão ou projetor

Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD e entrada USB

Caixa de som

DVD 1 (Encontro 1 - Pais)

Cartolinas (3) e pincéis atômicos

Canetas para os participantes (1 para cada)

Desenho do contorno do jovem (desenhar em uma cartolina ou papel pardo ou lousa)

Caderno de atividades dos pais

Cartaz “Lema das Mães, Pais e Responsáveis” (kit)

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso da cartolina, o facilitador pode utilizar: papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar. Poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem utilizar nenhum destes materiais, ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

Encontro 1 – Pais

AMOR E LIMITES

Objetivos

Os pais irão: Identificar motivos de estresse e alguns problemas comuns entre adolescentes. Refletir sobre as qualidades que desejam ver em seus filhos. Aprender a importância de amor e limites para o desenvolvimento saudável de seus filhos e de suas potencialidades. Aprender como apoiar os objetivos e sonhos dos filhos.

Nota ao facilitador: é importante combinar entre os facilitadores quem será o responsável por captar as imagens durante os encontros. Os facilitadores tiram fotos dos encontros dos pais, dos filhos, e em especial das atividades em família. Essas imagens ou filmagens serão utilizadas no Encontro 7, momento em que os pais e filhos reveem o que aprenderam durante as semanas anteriores.

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Quando os participantes chegarem

1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é importante.

2. Oriente o preenchimento dos crachás.

3. Oriente o preenchimento da lista de presença.

Boas-vindas e apresentação

.......................... 1 minuto

Você pode dizer algo como:

“Bem-vindos ao Programa Famílias Fortes. Estamos muito felizes por estarem aqui e sabemos que vão descobrir muitas formas de ajudar seus filhos a se prepararem para a adolescência. Os filhos estarão em outro grupo, com duração de uma hora, enquanto nós estamos aqui, no grupo dos pais, mães e responsáveis. Depois eles irão se juntar a nós para as atividades em família. Vocês irão se divertir com seus filhos, ensinar algumas coisas que serão muito úteis na criação de proximidade na família, ajudar seus filhos a se saírem melhor nas amizades (na escola e fora dela) sem entrarem em problemas. É importante que vocês não faltem. Mas, se precisarem faltar, podem me avisar, e não se esqueçam de voltar na próxima semana. ”

Opcional: se no seu grupo houver itens a serem sorteados ao longo do programa, aproveite esse momento para esclarecer as regras e os critérios do sorteio, por exemplo: será semanal para aqueles que forem pontuais, ou será ao final do programa para todos que participarem de todos

os encontros.

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LEMBRE-SE

O encontro é organizado em torno do tempo. Cuidado para não ultrapassar o prazo de cada atividade, caso contrário o grupo de filhos terminará antes e o encontro de famílias ficará prejudicado. Neste caso, as atividades de introdução devem durar ao todo 10 minutos. (“Boas vindas”, “Vamos nos conhecer? ” E “Regras do grupo” - total 10 minutos)

10 MINUTOS

Observação: Para os casos que não há brindes disponíveis, incentivamos que os facilitadores promovam um momento de troca de talentos entre os participantes, que pode ser desde uma receita culinária a serviços mais complexos, como um conserto de roupa, manicure e outras habilidades

de que o grupo disponha.

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Vamos nos conhecer?

.......................... 4 minutos

1. Você, facilitador, se apresenta e diz algo que você gostaria de fazer em família.

2. Peça que cada responsável se apresente e diga algo que gosta de fazer em família. Oriente aos pais que sejam breves.

Regras do grupo

.......................... 5 minutos

1. Regras do grupo: conduza o grupo na escolha de regras básicas de convivência e anote na cartolina. Exemplo: respeitar a opinião de todos, sigilo no grupo, pontualidade e desligar os celulares, etc. 2. Informe aos participantes que serão usados DVDs em todos os encontros, e que haverá tempo para debates durante as atividades. Porém, terão um tempo para se expressarem, caso contrário não terminarão o encontro no horário combinado. Se sentirem necessidade de falarem mais sobre um assunto, que eles podem conversar no intervalo. Logo após, inicie o DVD.

Inicie o DVD

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Preocupações e problemas comuns entre adolescentes

Fala do DVD ............. 3 minutos

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Narrador 1 Como a maioria dos pais ou responsáveis, você quer o melhor para seus filhos. Quer que eles passem pela adolescência sem problemas com cigarro, álcool e outras drogas, sem riscos sexuais e nem conflitos com a polícia. Você quer que eles sejam bons filhos, que cresçam para serem adultos responsáveis e cuidadosos. Você pode fazer a diferença. Sabemos que as crianças e os jovens vão melhor na escola e fora dela quando sabem que os seus pais ou responsáveis os amam, e, ao mesmo tempo, têm regras para seguir. Narrador 2 Por isso que este programa é sobre O AMOR E OS LIMITES. Você provavelmente já faz um monte de coisas com seus filhos que são certas, e vamos ajudá-lo a fazer mudanças nas áreas onde eles têm problemas. Lembre-se de que você é a influência mais importante sobre seus filhos. O que você faz com eles em casa, o modo como você mostra que se importa e as regras e consequências que você usa quando eles se comportam mal os ajudam a ir melhor na escola, escolher melhor os amigos e torna a vida mais fácil para a família. Kleber Sabe, Pedro, eu realmente invejo você agora com dois filhos nesta difícil fase de adolescente. Achava difícil quando eles eram pequenos, era difícil ficar sempre disponível e se preocupar com eles o tempo todo. Mas agora, meu Deus, essa foi a parte fácil. Os jornais só mostram gente dirigindo bêbada e drogada. Mês passado aquele rapaz quase morreu naquele acidente na estrada. Não sei como Lia e eu vamos passar pelos próximos 10 anos. Pedro É verdade. Achava difícil quando Joana e Antônio eram adolescentes, mas acho que tivemos sorte de eles não terem se metido com coisa errada. Tem tanta coisa ruim por aí agora, deve ser muito difícil para eles também. Esperamos que dê tudo certo para o Daniel e a Maria como deu com nossos dois filhos mais velhos.

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Problemas na adolescência

Atividade 1.1 ............. 5 minutos

1. Leia as questões que aparecem na tela e peça ao grupo para falar das preocupações diárias típicas da adolescência na opinião de cada um. Anote na cartolina os itens identificados.

2. Em seguida, peça que eles tentem pensar e dizer alguns dos problemas realmente graves que podem acontecer na adolescência.

Caso os pais não falem dos itens a seguir, é importante que você comente:

Preocupações diárias e corriqueiras da adolescência:

Pressão dos amigos

Preocupação com a aparência

Fazer parte de um grupo

Problemas físicos Problemas de namoro

Problemas com trabalhos escolares ou professores

Dificuldade em se relacionar com os amigos

Revolta contra as regras

Falta de dinheiro

Problemas graves na adolescência: Vandalismo na escola ou comunidade

Uso de álcool ou drogas

Fumo

Furtos em lojas

Comportamento sexual irresponsável Largar/abandonar a escola

Imprudência ao volante

Se sobrar tempo no cronômetro do DVD, você pode fazer a seguinte pergunta:

Quando você era adolescente as preocupações eram as mesmas ou mudaram?

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 2 minutos

Quais são as preocupações diárias

dos adolescentes?

Quais são os problemas mais

graves na adolescência?

5 min.

Cena 2

Narrador Com todos os problemas da adolescência, muitos pais ou responsáveis se perguntam o que eles podem fazer para manter os filhos longe dos problemas. Bem, a boa notícia que existem muitas coisas que os pais ou responsáveis podem fazer para ajudar os seus filhos.

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Qualidades que você deseja no seu filho

Atividade 1.2 ............. 7 minutos

1. Tenha próximo a você o desenho que fez do contorno de um jovem.

2. Peça a cada pai para pensar em uma qualidade ou característica que gostariam de ver nos filhos quando eles crescerem. Dê um exemplo, como “honestidade”.

3. Em seguida peça para comentarem as qualidades que escolheram com o colega que esteja próximo. Em duplas. Dê 2 minutos para que comentem uns com os outros.

4. Peça aos participantes que digam para todo o grupo as qualidades que escolheram e vá anotando no desenho do adolescente (dê 5 minutos para essa parte, discutindo por que cada qualidade é importante enquanto escreve na figura).

Caso os participantes não mencionem os itens a seguir, você deve mencionar:

• honestidade • ter um bom trabalho

• responsabilidade • confiável • cuidar dos outros • respeitoso

Fim da atividade

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Kleber Sabe, às vezes, me pergunto o que posso fazer para que tudo dê certo com meus filhos. Lia e eu estávamos conversando sobre nossa frustração com o Roberto, o José e a Rosa. Só queremos que eles sejam responsáveis, façam o que dizem que vão fazer e nos respeitem. Fico tão aborrecido com o Roberto quando ele começa a me responder mal. Preciso orientá-lo porque ele é muito jovem! Imagine o que eu vou fazer quando ele for um adolescente?

Pedro

Ter um pouco mais de experiência com certeza ajuda. Eu me preocupo muito menos com o Daniel e a Maria do que me preocupava com os outros dois. Acho também que a gente viu que existem algumas coisas que você deve fazer para que não aconteça nenhum problema grave. Primeiro, eles sabem do que a gente é capaz e que a gente fala sério. Outra coisa que eu acho muito importante é eles saberem que a gente gosta e se interessa por eles. E essas são as duas coisas que queremos tentar e lembrar com o Daniel – AMOR E LIMITES. Kleber Amor e limites? (Ainda indeciso.) Eu acho que isso faz sentido. Todos os pais ou responsáveis querem que seus filhos sejam como eles sonharam. Investimos muito tempo e energia neles, cuidando deles quando ficavam doentes, os altos e baixos, o primeiro dia na escola. Só o que você realmente quer é que eles sejam boas pessoas. Ter um emprego decente e sua própria família.

Quais qualidades você deseja

para seu filho?

7 min.

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Amor e limites

Fala do DVD ............. 3 minutos

Criação severa, horários, notas escolares, aparência física.

Narrador 1 Um dos pais disse que os adolescentes necessitam de duas coisas: do amor e dos limites. No programa Famílias Fortes você vai ter algumas ideias de formas eficazes de definição de limites, regras, consequências, formas de se comunicar para que as crianças ou adolescentes escutem você. Ajudaremos também com algumas novas formas para fortalecer os laços familiares. Como um dos pais disse, quando os nossos filhos têm certeza que os amamos de verdade, eles querem nos agradar e fazer o que é certo.

Narrador 2 É difícil para a maioria dos pais impor de modo firme os limites e ao mesmo tempo ser amável. Em vez disso, muitos familiares acabam passando dos limites, especialmente quando estamos lidando com nosso próprio estresse. Alguns pais ou responsáveis querem impor as regras à sua maneira e nunca cedem. Suas exigências sempre vêm em primeiro lugar. Esse pai é controlador e diz “não” sem sequer pensar se a resposta deve ser “sim”, “talvez” ou “não”. Esse pai tem muitas regras, ou talvez ele não tenha regras específicas, mas espera que seu filho seja perfeito e nunca cometa um erro.

JEITO DO PAI JEITO DO FILHO

• As exigências • Os desejos dos

dos pais em filhos em primeiro

primeiro lugar. lugar. • Pais no controle • Pais abrem mão. • Sempre diz não • Difícil dizer não. • Regras demais • Regras de menos.

Narrador 1 Mas, também, fazer o contrário não é a melhor forma. Há pais ou responsáveis que acabam achando que tudo deve ser do jeito do filho. Eles pensam nos desejos de seus filhos sem considerar o que realmente é melhor para a criança ou a família. O pai muitas vezes desiste, tem dificuldade em dizer “não” e não tem regras suficientes. Eles não impõe limites básicos aos filhos. Narrador 2 Este programa irá ajudá-lo a encontrar um meio termo em que você será capaz de demonstrar amor e limites, estabelecerá regras e consequências, onde você terá certeza do que seu filho faz, o que se espera dele e onde você também dirá e fará coisas para construir um relacionamento amoroso e positivo para que ele perceba que você se preocupa com ele. Vejamos alguns exemplos de pais ou responsáveis que não sabem como dizer não e, por fim, acabam sendo muito duros.

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Luísa (adolescente chega em casa à noite) – Rita! Venha aqui agora! Você passou dos limites! Você não tem responsabilidade, né? Você sabe que horas são? Você tinha que estar em casa há meia hora!

Mateus

– Agora você conseguiu, Rita! Pra mim, já chega. Você não vai poder sair depois da escola por um mês!

Luísa

– O que vamos fazer com ela?

Mateus

– Eu não sei.

Kleber (Abrindo o boletim, falando com a Rosa) – Tá bom, vamos ver como você se saiu. Mesma coisa em inglês; você melhorou em ciências. Mas o que é isso?! (Falando alto e zangado). Suas notas em matemática são as mesmas da última vez. O que eu te disse, Rosa? Eu não te avisei? Você não tá nem aí, não é? Você deveria estudar mais e conseguir melhores resultados! Acho melhor seu próximo boletim melhorar ou você vai me pagar!

Carol (Maria com maquiagem) – Maria, venha aqui para eu te ver. Você deve estar brincando! Quantas vezes tenho que dizer que você não pode se maquiar desse jeito? Você não tem idade para isso. Sobe e tira essa sujeira da cara. Você parece uma palhaça!

Maria

– A quem você acha que eu puxei?

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Resultados de uma criação severa

Atividade 1.3 ............. 2 minutos

Discussão:

1. Leia as perguntas da tela e estimule o debate, lembrando que devem dizer o que os filhos aprendem sobre si e sobre os pais numa situação como a que foi mostrada.

2. Mantenha o foco no debate sem discutir o que os participantes teriam feito nas situações.

Nota ao facilitador: se você preferir use apenas a pergunta opcional: “Que tipo de comportamento

pode resultar da criação severa? ”

Pergunta opcional, se tiver tempo:

Que tipo de comportamento pode resultar da criação severa?

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 2 minutos

Criação flexível, dormir na casa de amigos

Criação flexível, fazer a tarefa de casa

AMOR E LIMITES

O que um jovem pode aprender

sobre si mesmo?

O que um jovem pode aprender

sobre os pais/responsáveis?

2 min.

Narrador Você provavelmente concorda que os pais ou responsáveis que acabamos de ver foram muito rigorosos, controladores e bravos. Esses mesmos pais ou responsáveis poderiam ter definido os limites com calma e as atitudes poderiam ser diferentes de gritar e culpar seus filhos. Agora, vamos observar alguns exemplos de pais ou responsáveis que estão no outro extremo: extremamente compreensivos, mas na verdade gostariam de estabelecer o que seus filhos fazem ou deveriam fazer. Daniel – Pai, eu poderia passar a noite na casa do Jorge no sábado? Ele tem um novo videogame que eu quero jogar. Pedro (calmo) – Mas os pais do Jorge não viajarão neste fim de semana? Daniel – Sim, mas o irmão dele vai estar lá e ele tem 17 anos. Você não precisa se preocupar, não vamos ter problemas. Pedro pensa – Não sei, não. O irmão do Jorge não é muito confiável. Acho melhor não... mas sei que o Daniel vai encrencar. Ele tem um temperamento muito forte!

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Pedro – Tá tudo bem. Mas prometa que vão se comportar.

Daniel – Sim, vamos.

Pedro – De verdade.

Daniel – Sim, vamos ficar bem.

Lia – Rosa, é hora de fazer a tarefa de casa.

Rosa – Mas mamãe, este é o meu programa favorito. Eu vou fazer quando acabar.

Lia – Ok. (O tempo passa)

Lia – Rosa, seu programa acabou. É hora de fazer a tarefa de casa.

Rosa – Tá, vou lá pegar. Vou fazer durante os comerciais.

Lia pensa (parecendo “fraca”) – Eu deveria fazê-la desligar a TV, ir pro quarto e fazer a tarefa. Mas eu sei o quanto ela espera pela noite de quinta-feira para ver televisão.

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Resultados da criação flexível

Atividade 1.4 ............. 2 minutos

Discussão:

1. Comente sobre as perguntas na tela e estimule o debate.

2. Mantenha o foco no debate sem discutir o que os participantes teriam feito nas situações.

Nota ao facilitador: o facilitador pode escolher fazer apenas a pergunta opcional.

Pergunta opcional, se tiver tempo:

Que tipo de comportamento pode resultar da criação flexível?

Nota ao facilitador: Após a atividade 1.4, terá no DVD uma tela AMOR e LIMITES, que ficará 1min30s. Ler a tela para o grupo.

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 11 / 2 minutos

Criação com amor e limites, dormindo fora

Criação com amor e limites, lição de casa

AMOR E LIMITES

O que um jovem pode aprender sobre si mesmo?

O que um jovem pode aprender sobre os pais/responsáveis?

2 min.

AMOR E LIMITES

Crie e mantenha regras. Pense nos sentimentos e nas necessidades

dos seus filhos. Pense nos seus próprios sentimentos e

necessidades. Mostre amor e respeito.

1 1/2 min.

Narrador

Vimos exemplos de pais ou responsáveis excessivamente controladores e pais muito flexíveis, com dificuldades em impor regras e limites.

Estudos de família mostram que os filhos se saem melhor quando os pais ficam no meio-termo, nem rígido e nem solto.

É importante ter regras claras e elas serem seguidas, mas também é preciso considerar os sentimentos do filho e mostrar amor e respeito. Como consequência, observa-se que as crianças se saem melhor na escola, escolhem melhor os amigos e aprendem a ter responsabilidade quando os pais ou responsáveis mostram amor e limites.

Agora, vamos observar alguns pais ou responsáveis que têm regras firmes e expectativas, e tratam seus filhos com imparcialidade e respeito.

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Luísa (adolescente chega em casa à noite) – Rita, você pode vir aqui, por favor? Você disse que ia estar em casa às 5 horas e você está uma hora atrasada. Eu estou muito zangada para falar com você sobre isso agora. Vamos discutir isso mais tarde, quando eu estiver me sentindo mais calma.

Mateus – Que bom, querida? Você estava calma.

Daniel – Pai, eu poderia passar a noite na casa do Jorge no sábado? Ele tem um novo videogame que eu quero muito jogar.

Pedro (calmo) – Os pais ou responsáveis do Jorge não viajarão neste fim de semana?

Daniel – Sim, mas o irmão dele vai estar lá e ele tem 17 anos, então você não precisa se preocupar.

Pedro (gentil, mas firme) – Nossa regra é que um dos pais ou responsáveis tem que estar em casa para que você possa dormir lá.

Daniel – Sim, mas o irmão dele vai estar lá.

Pedro – Olha, eu sei que você não vai gostar, Daniel, mas a resposta é “não”. (Daniel sai triste.)

Lia – Rosa, é hora de fazer a tarefa de casa.

Rosa – Mas mamãe, este é o meu programa favorito. Eu vou fazer quando acabar.

Lia (firme, mas gentil) – Rosa, o programa acabou de começar, e a regra é fazer a tarefa antes da TV.

Rosa (levantando-se para fazer a tarefa) – Não é justo!

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Resultados da criação equilibrada com amor e limites

Atividade 1.5 ............. 5 minutos

Discussão:

1. Comente sobre as perguntas na tela e estimule o debate.

2. Mantenha o foco no debate sem discutir o que os participantes teriam feito nas situações.

Nota ao facilitador: o facilitador pode escolher fazer apenas a pergunta opcional.

Pergunta opcional, se tiver tempo:

Qual é a maior dificuldade em mostrar amor e limites ao mesmo tempo?

Fim da atividade

Nota: No DVD - Assim que acaba o tempo da tela: “O que um jovem pode aprender sobre si mesmo? O que um jovem pode aprender sobre os pais/responsáveis? O que um jovem pode aprender sobre o mundo? ” da Atividade 1.5, na sequência já inicia a tela: “Coisas que faço bem como pai” com a contagem do tempo 8 min.

O que um jovem pode aprender sobre si mesmo?

O que um jovem pode aprender sobre os pais ou responsáveis?

O que um jovem pode aprender sobre o mundo?

5 min.

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Checklist: coisas que faço bem como pai/responsável

Atividade 1.6 ............. 8 minutos

1. Peça aos pais para abrirem o Caderno de atividades na página do “Checklist: Coisas que faço bem como pai/responsável – Atividade 1.6”. 2. Siga o roteiro abaixo. Lendo cada item em voz alta. OBS.: cuide para não ultrapassar o tempo da atividade. 3. Os itens ímpares são de “limites” e os pares de expressão de “amor”, mas não há itens bons ou ruins. Todos são importantes para uma criação saudável. Peça aos pais/responsáveis que marquem: “sempre, às vezes ou nunca” fazendo um “x” na coluna correspondente. 4. Lembre-os de que todos nós fazemos bem algumas coisas e que podemos melhorar em outras.

Roteiro:

Coisas que faço bem como pai/responsável

(A seguir apresentamos uma sugestão de explicação dos itens)

Atividade ............. Checklist

1. Esperar me acalmar para depois lidar com o problema; Você deixa a raiva passar antes de resolver o problema?

2. Dizer “eu amo você”;

Você diz que ama seu filho/filha “raramente”, “às

vezes” ou “sempre”?

3. Ajudo meu filho/filha a entender as regras:

Você explica as regras?

4. Divertir-se em família;

Quantas vezes vocês se divertem juntos em família?

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Coisas que faço bem como pai

8 min.

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5. Digo ao meu filho/filha as consequências de desobedecer às regras;

Com que frequência você diz ao seu filho/filha o que vai acontecer se ele/ela fizer algo errado?

6. Elogio e dou recompensas especiais quando meu filho/filha segue as regras;

Você “raramente”, “às vezes” ou “sempre” elogia seu filho /filha quando ele/ela faz o que deve fazer?

7. Aplicar as consequências quando ele/ela desobedece a uma regra;

Com que frequência você aplica uma consequência se ele/ela faz algo errado?

8. Abraçar;

Você abraça seu filho/filha “raramente”, “às

vezes” ou “sempre”?

9. Participar das reuniões de pais da escola; Quando há reuniões na escola você costuma ir?

10. Vejo as apresentações de datas comemorativas na escola do meu filho/filha; Você costuma ir às atividades e apresentações comemorativas da escola onde seu filho/filha estuda?

11. Explicar como fazer as tarefas domésticas e quando terminar; Quando você quer que seu filho/filha faça uma tarefa doméstica, quantas vezes você mostra como e quando fazer?

12. Passar tempo com meu filho/filha; Você “raramente”, “às vezes” ou “sempre” fica a sós com seu filho/filha conversando ou se divertindo?

13. Digo ao meu filho/filha o motivo das regras;

Você explica o porquê das regras?

14. Apoiar meu filho/filha quando ele/a está

chateado; Quando seu filho/filha tem um problema ou está triste, quantas vezes você ouve e ajuda ele/a se

sentir melhor?

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15. Ter horário para fazer a lição de casa; Você costuma dar a seu filho/filha um horário para fazer a lição de casa?

16. Digo ao meu filho/filha que tenho orgulho quando ele/a faz algo difícil; Você elogia seu filho/filha quando ele/a se esforça para fazer algo?

17. Ajudo meu filho/filha a resolver os problemas que surgem em casa; Quando existe um problema em casa você o ajuda a resolvê-lo?

18. Tento ver as coisas a partir do ponto de vista do meu filho/filha; Você pensa como seu filho/filha pode estar se sentindo e como ele/a vê a situação?

19. Digo ao meu filho/filha o que penso sobre álcool, tabaco e outras drogas; Você diz ao seu filho/filha quais são as suas regras sobre álcool, tabaco e outras drogas?

20. Ajudo meu filho/filha a lidar com uma situação difícil com os amigos/amigas ou na escola; Se seu filho/filha está irritado com algo ou um amigo/amiga ou na escola, com que frequência você conversa com ele/ela sobre como lidar com isso?

Por último, peça para os pais/responsáveis pensarem em uma coisa da lista que eles gostariam de fazer mais. Diga que nas próximas semanas eles terão novas ideias de como fazer cada item da lista.

Se tiver tempo, pergunta opcional: Diga uma coisa que você faz bem.

Fim da atividade

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Apoiando os sonhos e objetivos dos filhos

O que você queria ser?

Atividade 1.7 ............. 4 minutos

1. Diga ao grupo que no encontro de família vão falar com os filhos sobre os sonhos e objetivos deles para o futuro. Explique que um fator de proteção o jovem ter metas e objetivos.

2. Dê ao grupo 1 ou 2 minutos para lembrar os sonhos e objetivos de seus filhos. Dê o exemplo de algo que você queria fazer ou ser quando tinha entre 10 e 14 anos. Depois passe pelos grupos e peça aos pais para falarem dos seus próprios sonhos quando tinham a mesma idade.

Fim da atividade

Fala do DVD

............. 1 1/2 minuto

Rosa quer ser cantora

Daniel quer ser jogador de basquete

O que você queria ser quando tinha 10-14 anos?

4 min.

Narrador 1 No início da adolescência, os jovens começam a pensar mais e mais sobre o que gostariam de ser quando crescerem. Os sonhos começam a ficar mais reais quando são jovens, mas eles ainda não conseguem ser realistas. Rosa

– Oh, pai, eu decidi o que eu quero ser quando eu crescer! Kleber – Foi? Rosa – Cantora! Kleber – Oh, meu amor, eu sei que você gosta de cantar e que canta bem no coral da escola e com os amigos, mas eu não acho que você conseguiria ser uma cantora profissional. Eu acho melhor você continuar cantando por hobby. (Filha abaixa a cabeça) Pedro – Tá na hora de fazer a tarefa. Vamos, filho. Daniel – Pra que tarefa? Eu vou ser um jogador de basquete profissional quando eu crescer. Eu não vou precisar de matemática. Pedro

– O quê? Claro que vai. Que chance você tem de realmente virar um jogador de basquete profissional? Uma em um milhão.

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Os sentimentos dos filhos

Atividade 1.8 ............. 1 minuto

Discussão:

1. Comente sobre as perguntas na tela e estimule o debate.

Fim da atividade.

Fala do DVD ............. 11/2 minuto

O pai apoia um objetivo.

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O que a Rosa pode ter sentido?

O que o Daniel pode ter sentido?

Quais poderiam se os resultados?

1 min.

Narrador 1 Às vezes, quando ouvimos nossos filhos falarem algo irreal, queremos protegê-los para que não ponham suas esperanças em algo que não vai acontecer. Mas dói quando os pais o deixam para baixo ou zombam dele. Sabemos que, quando os jovens têm objetivos e sonhos para o futuro, se saem melhor na escola e ficam mais propensos a permanecer longe dos problemas. Nós queremos que os filhos acreditem que podem vencer na vida. Devemos dizer “Você tem um futuro maravilhoso pela frente, com todos os tipos de possibilidades. Trabalhe para conseguir uma coisa que valha a pena. Busque seus sonhos”. Narrador 2 Tente ajudar seus filhos a ver o que eles precisam fazer para atingir seus objetivos em vez de zombar quando falam sobre as metas que você acha que podem ser bastante irrealistas. José

– Eu estou cansado de nunca ter dinheiro suficiente para as coisas que eu preciso. Pelo menos, quando eu for mais velho isso não vai ser um problema. Eu vou ser um famoso e rico cirurgião. Kleber – Sim, é frustrante ter pouco dinheiro. E os médicos ganham um bom salário. O que você acha que vai precisar para ser um cirurgião? José

– Bem, acho que boas notas, especialmente em ciências. E eu sou muito bom em ciências. O Sr. Jorge disse que meu projeto foi um dos melhores da sala.

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Prática em casa

.......................... 2 minutos

1. Observe um momento durante a semana que você estabelece limites. 2. Observe um momento durante a semana que você mostra amor.

Caderno de atividades

3. Peça para abrirem na página do Caderno dos Pais, onde tem o cartão: “Amor e limites” e “Lema das Mães Pais e Responsáveis”.

Nota ao facilitador:

Incentive os pais/responsáveis a colocarem o cartão em um lugar visível, por ex. na geladeira, na parede. OBS.: eles podem recortar o cartão AMOR e LIMITE e o Lema do caderno para pregar em algum lugar da casa.

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Preparação para o encontro das família

.......................... 2 minutos

1. Se você for utilizar as fotos tiradas fora do

grupo, peça aos pais para assinarem um “Formulário de Autorização de Imagem”, que está no Caderno de atividades dos Pais. 2. Diga aos participantes que, no encontro de família, eles tentarão adivinhar qual é o cartaz (Mapa dos Sonhos) do seu filho/filha. E quando acharem, para ficarem em frente ao cartaz e conversarem com o filho/filha sobre as figuras que estarão no cartaz.

Caderno de atividades

3. Abra o Caderno de atividades dos Responsáveis, na parte “Os pais procuram e debatem o Mapa dos Sonhos dos filhos – Atividade 1.1”, leia em voz alta as “Questões para o Mapa dos Sonhos” e explique que as perguntas do caderno os ajudarão a descobrir os sonhos e objetivos dos filhos/filhas e a criar um diálogo com eles.

Nota ao facilitador: Se o tempo para terminar o encontro dos pais tiver acabado, vá direto para a leitura do lema, e explique a atividade acima, no encontro de família.

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Conclusão

.......................... 1 minuto

1. Fixe o cartaz do “Lema das mães, pais e

responsáveis”. 2. Falem o lema em grupo.

Nota ao facilitador: Explique que eles irão repetir o Lema dos pais para o grupo todo no encontro de família. O Lema dos pais pode ser ajustado de acordo com a composição do grupo. Por exemplo, se o grupo for composto apenas por mães, ou elas forem maioria, podem adaptar o lema para “Somos mães fortes e amorosas, que mostram amor e estabelecem limites. Estamos ajudando nossos filhos e filhas a se tornarem adultos responsáveis”. Caso o grupo seja composto por avós, tios, irmãos mais velhos ou outros, também é possível adaptar o lema para “Lema dos Pais”, ou um que satisfaça a preferência de todos.

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Encontro 2

Pais

AS REGRAS DA NOSSA CASA

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Encontro 2 dos Filhos: ADMIRAR AS MÃES, PAIS E RESPONSÁVEIS

Encontro 2 das Famílias: ADMIRAR OS MEMBROS DA FAMÍLIA

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa............................... 34 Como são os filhos nesta idade ........................ 35 Regras em casa? Por quê? ................................ 37 Decidindo sobre regras e responsabilidades .... 38 Usando frases que começam com “Eu”: “Eu fico…” .........................................................40 Usando frases que começam com “Eu”: “Quando…” .......................................................41 Usando frases que começam com “Eu”: “Porque…” ........................................................42 Usando frases que começam com “Eu”: “Eu quero que você” ........................................43 Prática em casa .................................................46 Preparação para o encontro das famílias .........46 Conclusão ..........................................................47

Materiais necessários:

Lista de presença dos pais

Crachás (um para cada participante) Televisão ou projetor Caixa de som

Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD/entrada de USB

DVD 1 (Encontro 2 – Pais)

Cartolina Pincéis atômicos (1 por pai/responsável); Papel cortado e fita adesiva (5-6 por

pai/responsável) Caderno de atividades dos pais

Cartaz “Frases que começam com Eu” (kit) Cartaz “Árvore da Família” (kit)

Cartaz “Tipos de Árvores” (kit)

Cartaz “Lema das Mães, Pais e Responsáveis” (kit)

Encontro 2 – Pais

AS REGRAS DA NOSSA CASA

Objetivos

Os pais irão: Compreender as mudanças que os filhos passam no período da adolescência. Entender por que as regras são necessárias e importantes. Aprender como lembrar seus filhos e filhas sobre as regras de forma positiva sem criticá-los.

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso de cartolina, o facilitador pode usar papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar, poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem usar nenhum destes materiais ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

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Os participantes estão chegando

.......................... 1 minuto

1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida.

2. Peça para cada pai/responsável colocar o seu

crachá. 3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão da prática em casa

.......................... 9 minutos

1. Faça as seguintes perguntas e discuta com o grupo:

Que limite você definiu para seu filho durante a semana?

Como você demonstrou amor em casa para o seu filho?

O que está funcionando bem em casa?

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AVISO

Tenha cuidado para não gastar mais de

10 minutos com a introdução. Do contrário, o encontro se atrasará, os filhos terminarão primeiro e o encontro da família ficará prejudicado.

10 min.

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Inicie o DVD

Como são os filhos nesta idade

Fala do DVD

.............3 minutos

Narrador 1 Nesta sessão, vamos conversar sobre como os jovens dessa idade são e o que você deve esperar deles. Alguns pais ou responsáveis sentem que seus filhos, na fase da adolescência, esqueceram tudo o que foi ensinado para eles. É bom ouvir o que outros pais ou responsáveis estão percebendo em seus filhos, saber o que é normal para essa idade e descobrir que tipo de regras outras famílias estabelecem. Narrador 2 Os filhos precisam de AMOR E LIMITES. Eles precisam saber que nós os amamos e eles precisam de limites, regras e consequências quando não fazem o que deveriam fazer. Vamos começar pensando como os filhos nessa idade são e que tipos de regras funcionam. Vamos assistir a um casal de pais ou responsáveis falando sobre seus filhos. Lia

– Sabe, Júlia, eu não tenho certeza se estou pronta para essa fase da adolescência. Mal posso acreditar o quanto o Roberto mudou no último ano. Ele era um garoto descontraído. Ele seguia as regras na maioria do tempo. Mas, agora ele questiona quase tudo que eu digo, como se eu estivesse maltratando ele. Júlia

– Fico feliz em saber que a Ana não é a única. Ela nunca fazia cara feia pra mim. Mas, outro dia, fomos ao centro fazer algumas compras e encontramos alguns amigos dela. E ela agiu como se não quisesse ser vista comigo, e isso me deixou muito mal. E as roupas! Só quer de marca. Bem, eu não tenho condições. Sinto muito por ela, mas não dá. Lia – Acho que estão crescendo, né? Não vão ser criancinhas para sempre. Não dá pra acreditar! Roberto sempre precisa de novas calças jeans e os seus pés parecem coisa de outro mundo! (As mães riem.) Oh! Eu não sei, mas não é apenas o tamanho que está mudando, a sua atitude também. Outro dia ele parecia tão crescido. Ele me disse: ‘Olha, mãe, vamos ter que começar a reciclar, senão vamos acabar vivendo em cima de um aterro sanitário’. Aí o humor dele muda. Uma hora ele está no topo do mundo e depois age como se ele não tivesse nenhum amigo. Júlia

– Ah, meu Deus. É realmente bom poder falar com você sobre isso… porque eu não sei o que está acontecendo! Na verdade, talvez os adolescentes tenham que mudar, não sei. Mas isso me faz lembrar de quando Ana tinha 2 anos, ela era linda, doce e agradável, e depois virou uma monstra! É gritar “não! “E sair correndo. Narrador Como os pais dizem, existem muitas mudanças em seus filhos nessa idade. Os corpos mudam, e também seu estado de espírito e a forma como se relacionam com a família e amigos. Eles são mais independentes, e suas atividades mudam também. Eles ficam mais tempo sozinhos. Pense um pouco nas mudanças que você percebeu em seu próprio filho ou filha.

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Como são os filhos

Atividade 2.1 ............. 10 minutos

1. Peça ao grupo que pense que tipos de mudanças podemos perceber nessa fase. 2. Escreva você mesmo três categorias numa cartolina, deixando espaço para acrescentar as respostas. Dê exemplos de cada tipo de mudança. Por exemplo: Física (pés maiores); Relacionamento com a família (mais independentes); Atividades (mais envolvido com os amigos).

3. Divida os pais em 3 grupos: Grupo 1: alterações físicas; Grupo 2: mudanças na forma como os filhos se relacionam com a família; Grupo 3: mudanças nas atividades.

4. Oriente que cada grupo deve dizer entre si as alterações que acontecem naquela categoria. Peça que tentem encontrar pelo menos 5 mudanças naquela categoria. 5. Depois de 5-6 minutos peça que os grupos comentem as mudanças que pensaram enquanto você as escreve na cartolina. Certifique-se de que esses itens foram mencionados:

Físico: Tamanho, mais alto, problemas de pele, suor, características sexuais;

Atividades: Mais tempo sozinho, mais tempo com os amigos, querem usar o telefone, fazer o que os outros fazem;

Relacionamento em casa: Instabilidade emocional, mais adulto em seu modo de pensar, questiona mais as regras e passa menos tempo com os pais.

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Que mudanças você

vê no seu filho?

10 min.

Dicas: Se o grupo for pequeno, faça as perguntas a todo grupo, sem dividi-lo.

Se todos os participantes do encontro souberem ler e escrever, você pode distribuir papel cortado e fita adesiva para os grupos e pedir que colem na cartolina depois.

ATENÇÃO! Este exercício concentra-se no desenvolvimento saudável. Se os pais colocaram no desenho coisas que não são saudáveis (como problemas com a lei, roubar, mentir, fazer sexo muito cedo), chame a atenção aos itens listados que são saudáveis. Diga a eles que vão aprender formas de ajudar a mudar o comportamento que eles não gostam e mais à frente teremos tempo para conversar sobre os problemas.

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Regras em casa?

Por quê?

Fala do DVD

............. 2 minutos

Necessidade de regras da casa

Narrador 1 Você provavelmente já viu que os outros pais ou responsáveis estão percebendo algumas das mesmas alterações em seus filhos que você também vê nos seus filhos. É normal que eles questionem suas regras, se aborreçam e até mesmo respondam. Não é de estranhar que ser pai possa ser tão frustrante! Mas saber o que é normal ajuda. Se você ainda não notou muitas dessas coisas, você vai saber o que esperar quando seus filhos ficarem mais velhos. Os jovens precisarão crescer muito para se tornarem adultos responsáveis. Narrador 2 Só porque é normal não significa que você deva sentar-se e deixar que as coisas aconteçam. Agora que ele está ficando mais velho, mais do que nunca é importante que o seu filho aprenda a ouvir e tratá-lo com respeito. Se você deixar para lá quando seu filho o ignora, responde, ou se recusa a fazer o que você pede, as coisas podem ficar realmente fora de controle. Júlia

– Eu preciso de alguém para conversar. Eu realmente não sei o que fazer com a Ana. Ela está se tornando tão mal-educada. Ela até bateu boca com a avó outro dia. E quando ela não é mal-educada, ela me ignora eu realmente não sei o que fazer. Carol – Parece que a Ana precisa de algumas regras em casa. Júlia

– Ela sabe das regras muito bem! Eu digo as regras até ficar roxa. Mas não faz diferença. Carol – Aposto que ela sabe que não deveria falar assim. Na nossa casa ajudou quando fizemos uma lista de regras. De alguma forma, quando escrevemos entra melhor na cabeça. A meu ver, é como um jogo de futebol. Se ela está jogando futebol e não sabe muito bem as regras, ela vai pegar um cartão amarelo ou vermelho. Há muita confusão em nossa casa, mas quando se trata das regras não há desculpa. Júlia – Por onde eu começo? Tem hora pra ir dormir, não deverá chegar tarde, tem que fazer as tarefas, não poderá ser mal-educado, não brigar com o irmão. Por onde eu começo? Carol – Oh! Você só precisa começar com alguma coisa. Se você colocar tudo de uma vez fica muito difícil. Júlia – Certo.

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Como estabelecer regras e responsabilidades

Fala do DVD

............. 1 minuto

Regra do jantar

Regra da lição de casa

Regras e responsabilidades para meu filho

Atividade 2.2 ............. 4 1/2 minutos

1. Auxilie o grupo a localizar a atividade no caderno dos pais onde se encontra a lista de tarefas.

2. Circule entre os pais para ajudá-los durante a próxima narração, se necessário.

Narrador Começar com apenas algumas regras é uma boa ideia. E, para as regras funcionarem, você tem que dizer aos seus filhos exatamente quais são.

Júlia (para João) – João, você veio jantar tarde nas últimas noites. De agora em diante a regra é: “Chegue em casa às 6 h da tarde, a menos que você me ligue”. Pedro – Maria, você ficou chateada ontem à noite porque era hora de dormir e você não tinha terminado a tarefa? Agora vamos ter uma nova regra: “Sem televisão ou jogos de computador antes do jantar, e só os terá quando terminar sua tarefa”. E nós vamos colocar isso na sua nova lista de regras e colar na geladeira. Combinado?

Maria – OK.

“Fazer regras específicas

para seu filho”

30 seg.

Narrador 1

Fazendo uma lista de regras da casa, das quais seus filhos precisam lembrar, ajuda a acompanhar o que eles devem fazer. Como o pai disse, “Assim eles não podem dizer que não sabiam”. O que você espera que o seu filho faça, ou não faça, dentro e fora de casa? Pense nas regras para fazer os afazeres domésticos, a tarefa, as refeições e dormir. Narrador 2 Que pequenos afazeres você espera que seu filho faça em casa? Escreva um ou dois afazeres–como arrumar a cama, a mesa, tirar o lixo, ou ajudar com a louça.

“Que tarefas domésticas

seu filho faz?”

50 seg.

Narrador 1

Em seguida, pense que horas você quer que seu filho faça a tarefa todos os dias. Depois da escola? Após comer? Antes da TV? Anote as suas respostas.

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“Quando seu filho deve

fazer a lição de casa?”

15 seg.

Narrador 1

Agora pense que horas seu filho deve estar em casa para a janta, ou, se vocês não comem juntos, que horas devem chegar em casa à noite?

“Que horas seu filho deve

estar em casa para jantar?”

15 seg.

Narrador 1

Por último, que horas você acha que seu filho deve estar na cama se tiver escola no outro dia? Eles devem ir dormir 20h30, 21h ou que horas? Anote suas respostas.

“Que horas seu filho deve ir

dormir?”

15 seg.

Narrador 2 Nesta atividade só vimos quatro coisas que poderiam ser responsabilidades ou regras. Provavelmente, há coisas que você pode querer como regras, como não mentir, ou roubar, não responder, não brigar com os irmãos e irmãs. O que é importante é que você pense sobre o que você realmente deseja que o seu filho faça ou não faça sobre cada uma dessas coisas e, em seguida, diga para eles.

Narrador 1

Se concentre nas coisas que seu filho tem problemas. Não adianta fazer uma regra que já é seguida. Mas não comece com os problemas graves que o preocupam muito. É melhor começar com as regras que você pode aplicar facilmente. Naturalmente, algumas crianças têm mais problemas com regras que outras. Se o seu filho segue as regras facilmente agora, é bom lembrar que mais regras podem ser necessárias depois, se surgirem problemas diferentes.

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Frases que começam com “Eu”

ETAPA 1 – “EU FICO”

Fala do DVD

............. 1 1/2 minutos

Narrador 2 Temos ouvido sobre regras para definir limites – para que os filhos saibam o que devem fazer. Mas também sabemos que precisamos do amor, bem como dos limites. Em outras palavras, temos que ajudar os filhos a seguirem as regras sem gritar, criticar ou culpá-los. Porque, quando se grita ou crítica, eles podem sentir-se mal sobre si próprios ou tornarem-se ainda mais rebeldes. Vamos começar com a frase com “Eu” para que vocês tenham a oportunidade de lembrá-los sobre uma regra sem deixá-los tristes. A frase que começa com ‘Eu’ tem quatro partes. Na primeira parte você descreve como você está se sentindo, usando palavras que expressam sentimentos reais – como frustrado, decepcionado, magoado ou irritado. A frase que começa com ‘Eu’ pode ser usada para expressar sentimentos positivos e elogios, mas, por hora, vamos nos concentrar em usá-la para quando você está chateado, ou quando você vir seu filho fazendo algo errado. Vejamos como alguns pais permitem que seus filhos saibam como estão se sentindo sobre o problema.

Kleber (para a Rosa, calmo, mas firme) – Rosa, eu estou triste.

Luísa (mãe na cozinha para Rita, calma, mas firme) – Rita, eu estou muito chateada.

Pedro (para Daniel, no parque, calmo, mas firme) – Estou decepcionado. Narrador 1 Às vezes as pessoas fazem mau uso dizendo algo como “Eu acho que você deve estar trabalhando demais”. O “eu acho” deve ser seguido do seu real sentimento. Agora você terá a chance de ensaiar o que o pai pode estar sentindo em algumas situações típicas.

“Eu fico…”

Atividade 2.3 ............. 2 minutos

1. Ajude os pais a localizarem a atividade no caderno para que possam continuar a lição. Use o cartaz “Frases que começam com Eu” para fixar o exercício.

2. Leia as situações sugeridas e pergunte aos participantes o que sentiriam em cada uma delas. Pode facilitar se usar a expressão “Eu fico” ou “Eu me sinto”. Reforce que se trata de um sentimento. Diga ao grupo para não apresentar soluções agora, apenas para expressar seus sentimentos nessas situações:

“Responda as situações

dizendo:

Eu fico…”

2 min.

Se você perceber que o grupo tem dificuldade de identificar o que são sentimentos, faça uma lista rápida no quadro, cartolina ou mesmo falada, dando alguns exemplos de sentimentos.

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a. sua filha continua ao telefone, e já passou da hora de dormir; b. apesar de pedir, seu filho não realizou sua tarefa doméstica de levar o lixo para fora;

c. sua filha respondeu mal quando você disse que não podia ir ao cinema.

Fim da atividade

Usando frases que começam com “Eu”:

ETAPA 2 – “QUANDO …”

Fala do DVD

............. 1 minuto

“Eu fico … quando você ...”

Atividade 2.4 ............. 3 minutos

1. Leia as mesmas situações do cartaz (da atividade anterior), peça que os participantes repitam o que sentiriam e descreva a ação do filho.

2. Diga ao grupo que ainda não vão apresentar soluções, apenas expressar seus sentimentos e a situação que os causaram:

a. Sua filha continua conversando ao telefone, e já passou da hora de dormir. Por exemplo, “Fico frustrado (decepcionado, irritado) quando você continua falando ao telefone após a hora de dormir” b. apesar de pedir, seu filho não terminou sua tarefa doméstica de levar o lixo para fora; Por exemplo, “Fico irritado (aborrecido,

frustrado) quando vejo que o lixo ainda está na

pia”; c. sua filha respondeu quando você disse que não podia ir ao cinema. Por exemplo, “Fico magoado (decepcionado,

com raiva) quando você me responde mal”.

Fim da atividade

Narrador 1 A próxima parte de uma frase que começa com “Eu” é para descrever a situação, sendo o mais específico possível. Vamos ver como os pais ou responsáveis descrevem o seu sentimento em relação à ação dos seus filhos. Kleber (para Rosa) – Rosa, eu me sinto triste quando vejo você assistindo televisão antes de terminar sua tarefa. Luísa (para Rita) – Rita, eu fico chateada quando a pia ainda está cheia de louça suja. Pedro (para Daniel) – Daniel… fiquei decepcionado quando descobri que você mentiu para mim sobre onde você estava depois da escola. Narrador 2 É importante que você descreva o comportamento indesejado evitando culpar, dar sermões ou broncas. Apenas descreva o comportamento específico ou situação. Agora, o facilitador irá ler as mesmas situações que você praticou antes e você reformulará o seu sentimento e descreverá o comportamento ou situação.

“Responda as situações

dizendo: Eu fico... quando

você…”

3 min.

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Usando frases que começam com “EU”

ETAPA 3 – “POR QUE …”

Fala do DVD

............. 1 1 / 2 minutos

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Narrador 2 Assim como na frase começando com “Eu acho” é importante não culpar ou criticar quando você estiver descrevendo uma situação. Detenha-se aos fatos específicos. Isso evita que a discussão se torne uma luta pelo poder, e faz com que seja menos provável que o seu filho se irrite ou fique na defensiva.

Narrador 1 Na próxima parte você diz por que você se sente assim. Depois você diz como se sente e que determinada coisa é um problema, você dá uma razão por que é importante que eles satisfaçam suas expectativas. Os filhos desta idade são mais suscetíveis a fazer o que pede se você lhes der um bom motivo. Quando eles são pequenos, não tem problema em dizer “porque é a regra”, mas na idade de 10 ou 11, eles precisam saber a razão. Kleber (para Rosa) – Rosa, eu fico triste quando vejo você assistindo televisão antes de terminar sua tarefa, porque a tarefa é importante. Luísa (para Rita) – Rita, eu fico muito chateada quando a pia está cheia de louça suja, porque é muito difícil fazer comida quando ela ainda está cheia. Pedro (para Daniel) – Daniel, fiquei decepcionado quando descobri que você mentiu para mim sobre onde foi depois da escola, porque eu quero poder confiar em você.

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Eu fico ... quando ...

porque ...

Atividade 2.5 ............. 4 minutos

1. Leia as mesmas situações do cartaz e peça que os participantes repitam o que sentiriam descrevendo a situação e dizendo por quê.

2. Diga ao grupo que ainda não é para encontrar soluções:

a. Sua filha está conversando ao telefone meia hora depois da hora de dormir; Por exemplo, “Fico frustrado (decepcionado, com raiva) quando vejo você falando ao telefone depois das 21h, porque amanhã terá dificuldade para acordar. ”

b. Seu filho também não tem feito sua tarefa doméstica de levar o lixo para fora; Por exemplo, “Fico irritado (aborrecido, frustrado) quando vejo que o lixo ainda está na pia, porque fica com mau cheiro. ”

c. Sua filha respondeu mal quando você disse que não podia ir ao cinema. Por exemplo, “Fico magoado (decepcionado, com raiva) quando você me responde mal, porque eu mereço respeito. ”

Fim da atividade

Usando frases que começam com “EU”

ETAPA 4 – “EU QUERO QUE VOCÊ ...”

Fala do DVD

............. 2 minutos

Narrador 1: Agora pratique suas situações dizendo “Eu fico... quando... porque...”

Responda às situações

dizendo: “Eu fico... quando... porque...”

4 min.

Narrador 2 A última parte é afirmar aquilo que você gostaria que seu filho fizesse agora ou no futuro. Nessa parte é importante ser específico. Por exemplo, dizer: “No futuro eu quero que você seja mais responsável” não é específico o suficiente. Você precisa dar um nome especificamente ao que você quer que o filho faça. Os pais de nossos exemplos agora vão dar toda a mensagem aos seus filhos: “Eu fico, quando, porque, e, da próxima vez, por favor... ou eu quero que você...”. Kleber (para Rosa) – Rosa, eu fico triste quando vejo você assistindo televisão antes de terminar sua tarefa, porque a tarefa é importante. Eu quero que você desligue a TV e vá fazer o exercício.

43

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“Eu fico ... quando ... porque ...

quero que você ...”

Atividade 2.6 ............. 5 minutos

1. Leia as mesmas situações e peça aos participantes que façam as 4 etapas das frases que começam com “Eu”.

2. Oriente o grupo para não apresentar soluções ainda, apenas acrescentar o que o filho deve fazer:

a. Sua filha está conversando ao telefone, e já passou da hora de dormir.

Por exemplo, “Fico frustrado (decepcionado, com raiva) quando vejo você falando ao telefone depois das 21h, porque amanhã terá dificuldade para acordar. Quero que você desligue e vá dormir. ”

b. Seu filho também não tem feito sua tarefa

doméstica de levar o lixo para fora;

Por exemplo, “Fico irritado (aborrecido, frustrado) quando vejo o lixo ainda na pia, porque fica com mau cheiro. Eu quero que você leve para fora agora. ”

c. Sua filha respondeu mal quando você disse que não podia ir ao cinema.

Por exemplo, “Fico magoado (decepcionado, com raiva) quando você me responde mal, porque eu mereço respeito. Eu quero que você fale agora sem responder mal”.

Pergunta opcional, se tiver tempo: Quais situações em casa você poderia usar frases começando com “Eu”?

Fim da atividade

44

Luísa (para Rita) – Rita, eu fico muito chateada quando a pia está cheia de louça suja, porque é muito difícil fazer comida aqui desse jeito. Eu quero que você lave a louça agora mesmo. Pedro (para Daniel) – Daniel, fiquei decepcionado de você ter mentido para mim sobre onde você estava depois da escola, porque eu quero poder confiar em você. Eu quero que você me diga o que aconteceu.

Narrador 1 Lembre-se de que as frases que começam com “Eu” permitem que você diga ao seu filho como se sente quando eles fazem uma coisa errada. E o que você deseja que eles façam e por quê. A parte mais importante é que você possa se comunicar sem culpar ou criticar. Você pode mostrar amor e respeito ao mesmo tempo em que estiver dando limites. Narrador 2

Agora, a frase que começa com “Eu” está completa. Você pode estar pensando que os pais ou responsáveis em nossos exemplos devem dar consequências ao mau comportamento, como um castigo ou mais afazeres. As consequências são importantes e depois vamos falar dos castigos do mau comportamento. Mas, agora, vamos terminar com a aprendizagem para deixar claro as frases que começam com “Eu”.

“Eu fico... quando... porque... eu quero que

você...”

5 min.

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Praticando frases que começam com “EU”

Atividade 2.7 ............. 6 minutos

1. Auxilie o grupo a localizar a atividade “Praticando frases que começam com “Eu” no Caderno de Atividades dos pais.

2. Leia cada situação e peça aos pais para praticarem cada etapa:

a. Você ouve seu filho dizer um palavrão no telefone com um amigo. Depois que ele desligar, você diz...

b. Seu filho ou filha pegou uma roupa sua

emprestada e deixou caída no chão do quarto. Você diz ...

c. Já passou meia hora do seu filho/filha ir

dormir e ele/ela ainda está assistindo TV. Você diz ...

3. Peça aos pais para voltar para atividade anterior, “Regras e Responsabilidades para Meu Filho”.

Discussão:

4. Peça que escrevam ou digam uma frase que começa com “Eu” que poderiam usar com o filho (se eles desobedecerem a uma dessas regras). 5. Em seguida, diga para compartilharem suas frases que começam com “Eu” com o grupo. 6. Circule para oferecer ajuda no que for necessário.

Pergunta opcional, se tiver tempo: Peça a vários pais para lerem a frase que escreveram ou comentarem a que pensaram. Peça para um pai/responsável dizer um problema em casa para o qual podem usar uma frase que começa com “Eu”.

Fim da atividade

“Praticando frases que

começam com “Eu”

6 min.

45

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Prática em casa

.......................... 1 minuto

1. Use uma frase que começa com “Eu” em casa com seu filho se ele se comportar mal. 2. Veja como seu filho segue uma regra que você escreveu no caderno de atividades durante a próxima semana. Observe quando seu filho segue a regra ou não. 3. Lembre aos participantes do grupo que eles têm as etapas das frases no Caderno de Atividades e que podem consultar quando quiserem.

Preparação para o encontro das famílias – Fazendo a árvore da família

.......................... 3 minutos

1. Diga aos pais que no encontro das famílias eles vão construir a árvore da família. Mostre o cartaz da árvore da família e as “Diferentes árvores da família” (kit).

2. Informe que cada galho é um membro da família, com os galhos dos adultos sendo maiores. Os pais irão escrever qualidades ou elogios nas folhas para os filhos e os filhos vão escrever qualidades do responsável nas folhas.

3. Se der tempo, eles vão escrever coisas boas sobre os avós nas raízes e coisas boas sobre toda a sua família no tronco.

4. Eles podem adicionar galhos para outros membros da família se der tempo.

5. Explique as diferenças de formato das árvores para estruturas familiares diferentes. Mostre o cartaz com os diferentes tipos de árvores familiares.

6. Diga aos pais para incluir um galho principal para o pai, um menor para o filho e uma raiz para cada avô. As famílias monoparentais podem decidir incluir ou não um galho para o pai ou mãe.

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Prática em casa

1 min.

Preparação para o encontro das famílias

Fazendo a árvore da família

3 min.

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Sugestão Talvez seja melhor fazer duas árvores, uma em cada lado do quadro. As famílias mistas podem incluir mais raízes para os avós de ambos os lados. As crianças podem fazer uma segunda árvore com o outro pai.

Nota ao facilitador: a atividade da árvore destina-se a desenvolver autoestima e identidade familiar; no entanto, isso pode causar alguma confusão, embaraço ou constrangimento se o simbolismo não for explicado. O formato da árvore reflete o tipo de família, primeiro casamento, pai solteiro e misto. O galho do filho deve ser menor que o dos pais, em especial em uma família monoparental, para que a criança não pense que está assumindo o papel de pai.

Conclusão

.......................... 30 segundos

1. Leiam o “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” em grupo.

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Encontro 3

Pais INCENTIVAR BOAS ATITUDES

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Encontro 3 dos Filhos: LIDAR COM O ESTRESSE

Encontro 3 das Famílias: MOMENTOS DE FAMÍLIA

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa............................. 52 O valor de elogio ............................................. 55 Elogiando ........................................................ 58 Sistema de pontos para incentivar boas atitudes............................................................59 Construindo um relacionamento positivo ...... 66 Prática em casa ............................................... 69 Preparação para o encontro das famílias ....... 69 Conclusão ........................................................ 69

Materiais necessários:

Crachás (1 para cada participante) Lista de presença dos pais

Televisão ou projetor, caixa de som

Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD/ entrada USB

DVD 1 (Encontro 3 – Pais) Papel para anotações do facilitador (1) Caneta (1 para o facilitador e 1 para cada

participante) Pedaços de papel (papel A4 dividido em 4

pedaços) (2 para cada responsável) Pincel atômico (1) Fita adesiva

Cartolina (1) Caderno de atividades dos pais

Cartaz “Sistema de Pontos” (1 KIT) Cartaz “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” (KIT)

Encontro 3 – Pais

INCENTIVAR BOAS ATITUDES

Objetivos

Os pais irão:

Reconhecer bons comportamentos e fazer elogios. Usar recompensas para ensinar novas atitudes. Usar um sistema de pontos para incentivar boas atitudes. Construir um relacionamento positivo.

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso da cartolina, o facilitador pode utilizar: papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar. Poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem utilizar nenhum destes materiais ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

51

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Quando os pais e responsáveis começarem a chegar...

1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida.

2. Peça para cada pai/responsável colocar o seu crachá.

3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão da prática em casa

.......................... 10 minutos

Faça aos pais as seguintes perguntas e discuta com o grupo:

Qual regra seu filho obedeceu essa semana? Teve alguma regra que ele não obedeceu?

Alguém usou uma frase que começa com “Eu” com o filho em casa? Se usou, o que você falou? Como seu filho reagiu?

O que está indo bem com seu filho em casa?

Inicie o DVD

52

AVISO

Se a introdução levar mais de 10 minutos, os pais não terão terminado quando os filhos se juntarem ao grupo no final do encontro.

10 min.

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Elogiando os acertos

Fala do DVD ..........2 minutos

Elogio; grama; quadro; louça; filhos ajudando.

Narrador 1 Os filhos se saem melhor em casa, na escola e com os amigos quando os pais usam tanto amor quanto limites. Os filhos precisam ter limites e se saem melhor quando sabem exatamente o que você espera deles. Narrador 2 Existem muitas formas de ensinar os seus filhos a fazerem o que eles devem fazer – seguirem as regras, se tornarem mais responsáveis e tratarem os pais com respeito. Você precisa dar consequências e castigos quando os filhos não seguem as regras. Falaremos sobre isso mais tarde, mas outra boa maneira dos seus filhos fazerem o que deve ser feito é encorajá-los e elogiá-los. Elogios não são só para mostrar a eles que você se importa, mas também para que façam o que devem fazer. Narrador 1 Pessoas de todas as idades aprendem melhor quando os outros dizem que eles estão fazendo o certo. Imagine que você está tendo problemas para chegar ao trabalho no horário. Que tipo de comentário do seu chefe o encorajaria a ser pontual? (Chefe, rabugento) – “Você tem se atrasando muito ultimamente. Tenho que cortar o seu salário para que você chegue na hora? ” OU (Chefe, agradável) – “Eu reparei que você chegou pontualmente às 8h esta manhã. Eu gosto quando você chega no horário”. Se você é como a maioria das pessoas, quando o chefe comentar sobre o que você fez direito vai ajudá-lo a se esforçar para chegar no horário. Isso significa que ele o elogiou por ter chegado no horário. Vejamos alguns pais fazendo observações boas e específicas de incentivo.

Kleber (para Roberto) – Ei, a grama tá ótima, Roberto. Gostei do jeito que você aparou ao redor das árvores, fantástico. Parabéns, cara! Vanessa (para Ester) – Ficou ótimo, Ester. Sua cama está toda arrumada, as roupas todas guardadas e seus CDs arrumados. Estou impressionada. Lia (para José–feliz) – Ei, obrigada por lavar a louça esta manhã. E você o fez na hora certa. Assim vou poder começar a fazer o jantar na hora que chegarmos em casa. Pedro (Daniel e Maria vendo o guia da TV) – É bom ver vocês se dando bem. Vocês ficam muito mais agradáveis quando não estão brigando. Não acham?

53

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Debate dos elogios

Atividade 3.1.............2 minutos

Discussão:

1. Comente sobre a pergunta na tela e estimule o debate.

2. Ajude os pais a verem que os elogios foram específicos e que os pais no vídeo comentaram sobre o que gostaram no comportamento dos filhos. Além disso, os pais não usaram o elogio como o início de um sermão, por exemplo, “Obrigado por lavar a louça. Você deveria fazer isso sempre. ”

Fim da atividade

Nota: não há narrativas nem falas do DVD entre a atividade acima e as seguintes.

Quando sou deixado de lado, eu...

Atividade 3.2.............4 minutos

Discussão:

1. Divida o grupo em duplas (se houver dois responsáveis pelo mesmo jovem, separe-os).

2. Peça a cada pessoa para dar um exemplo de uma situação em que ela se sente ignorada ou desvalorizada (em dupla).

3. Ainda em duplas, pergunte aos pais o que eles fazem quando as pessoas os ignoram e peça que descrevam como se sentem.

4. Pergunta opcional, se tiver tempo:

O que você gostaria de ouvir da pessoa que

ignora você?

Há algo que seu filho faz bem que você ignora?

Fim da atividade 54

O que você percebeu sobre os elogios?

2 min.

Você já foi ignorado?

4 min.

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Fala do DVD............. 2 1/2 minutos.

Ninguém repara

O valor do elogio

Narrador 1 – Não é bom ser ignorado. Nos sentimos melhor quando fazemos coisas que são notadas e apreciadas. Os nossos filhos também se saem melhor quando elogiamos o que estão fazendo direito. Por outro lado, é desencorajador para eles quando tentam fazer o que pedimos e nem percebemos. José (lembrando dos pais dando ordens) Lia: – “Rápido ou você vai perder o café. ” Kleber: – “Não se esqueça de escovar os dentes. ” Lia: – “Lembre- se da sua tarefa. ” Kleber: – “Pare de brigar com a sua irmã. ” José (pensando): – “Ninguém nem notou que eu me levantei no horário hoje”. Narrador 1 Provavelmente o José não vai se levantar no horário amanhã. Você se lembra de como notava e incentivava seu bebê a dar os primeiros passos? Você o elogiou percebendo, sorrindo, segurando seus braços. Isso o incentivou a continuar tentando mesmo que fosse difícil. Narrador 2 Pense em algo que realmente gosta de fazer e no qual é bom. Você gosta de cozinhar ou de jardinagem? Algumas coisas são naturalmente elogiadas, ou seja, nos sentimos bem só em fazê-las ou ver os resultados. Se você fizer uma comida realmente boa, você é elogiado porque sua família gostou, e você também vai gostar. O elogio pela jardinagem é de que você tem deliciosos legumes ou flores maravilhosas. Narrador 1 Mas, se você não é bom no boliche, ou se ninguém repara na comida que você fez, ou se suas plantas não produzem muitos legumes ou flores, você não recebe o elogio para continuar tentando. Narrador 2 Muitas das coisas que queremos que nossos filhos façam não são naturalmente ou imediatamente elogiadas. Pode não importar ao jovem José se seu quarto parece arrumado. E a jovem Joana talvez não se interesse se sua tarefa é feita ou não. Que menino de 12 anos é elogiado por colocar o lixo pra fora? Narrador 1 É por isso que precisamos elogiar as coisas que estamos tentando ensinar aos nossos filhos. Quando seus filhos ouvem elogios, “Obrigado por ajudar com a louça”, ou “Obrigado por levar o lixo”, ou “Eu gosto quando você faz a tarefa antes da TV”, eles ficam mais propensos a fazê-lo na próxima vez.

55

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Transformando coisas negativas em positivas

Atividade 3.3 .............6 minutos

1. (1 minuto). Peça para os pais dizerem, com uma palavra, coisas que gostam de fazer em casa ou no trabalho, que são elogiadas (por exemplo, uma habilidade, um hobby, uma tarefa).

2. (5 minutos). Peça para cada responsável dizer uma coisa que o filho tem feito de errado (atitude ruim).

3. Em seguida, peça para dizer o que ele espera que o filho faça no lugar desta atitude ruim (comportamento esperado). Por exemplo, “Meu filho deixa o quarto todo bagunçado. Eu quero que ele arrume a cama e guarde suas coisas no armário”; “Meu filho me responde. Eu quero que ele me ouça até o final e fale baixo ao responder”; “Meu filho passa o dia com a roupa do colégio. Eu quero que ele troque de roupa assim que chegar da escola”. Anote os comportamentos esperados em um papel para lembrá-los na atividade 3.5.

Pergunta opcional, se tiver tempo:

Por que é bom falar aquilo que você espera, ao invés de falar o comportamento ruim? Possíveis respostas: porque fica mais claro o que os pais estão esperando que ele faça; porque o filho se sente menos criticado e tem mais disposição para fazer o que foi pedido; porque o filho vai memorizar o que ele precisa fazer.

Fim da atividade

56

Como você é elogiado?

6 min.

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Fala do DVD ............. 2 minutos

Quando é difícil elogiar

Narrador 1 O objetivo é que nossos filhos se sintam bem por fazer as coisas certas: em terminar a tarefa, em fazer atividades domésticas ou em aprender a controlar suas emoções. Fazer agrados e elogios é uma forma de incentivo para que eles se sintam bem em fazer o que devem fazer. Narrador 2

Agora, você deve estar pensando: “Vai ser difícil para eu encontrar o que elogiar no meu filho”. A gente se acostuma tanto a perceber o que nossos filhos fazem de ruim que é difícil lembrar as coisas que fazem bem. Mas o fato é que os estudos mostram que mesmo as crianças com muitos problemas ainda fazem o que devem fazer cerca de um terço das vezes. Assim, os pais podem encontrar coisas para elogiar, até mesmo na criança mais difícil. Carol: Eu tô tentando encontrar algo de bom para dizer do Daniel, mas é realmente difícil. Desde o momento que ele se levanta de manhã até o momento em que ele vai para a cama, ele está zangado comigo e me evita. Eu sei que seria bom para ele se eu o elogiasse, mas eu simplesmente não consigo pensar em algo bom para dizer. Lia: – É realmente difícil às vezes, não é? Nós também passamos por isso com o José. Foi muito complicado. Bem, talvez eu possa ajudar a pensar em algo que ele faz direito que você possa comentar. Vejamos. Ele se levanta no horário de manhã? Carol (indignada): – Nunca. Eu tenho que gritar e berrar só pra ele sair da cama. Lia: – Ele não se arruma nem lembra de suas coisas para a escola sozinho? (Carol balança a cabeça). Tá bem, e de tarde, depois da escola? O que ele faz quando ele chega em casa depois da escola? Carol: – Bem, geralmente fica fora com seus amigos até o jantar. Hummm...(ponderando). Bem, na verdade, nas últimas noites ele tem chegado em casa no horário. Eu não pensei nisso, mas é algo que ele deve fazer e que talvez seria bom se eu dissesse pra ele: “Eu gosto quando você chega em casa no horário”. Lia: – Ah, Carol, que ótimo! Quer dizer, às vezes com alguns filhos é difícil encontrar algo que eles estejam fazendo direito.

57

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Elogiando

Atividade 3.4.............6 minutos

1. Peça que os pais digam coisas que seu filho faz e merecem elogio. Pode ser difícil responder, então dê exemplos.

2. Pergunte como eles poderiam elogiar seu filho por estes comportamentos. Por exemplo, o filho acorda no horário quase todos os dias e a mãe diz “Que bom que você acorda no horário! Isto nos ajuda a sair sem atrasar”.

3. Pegue pedaços de papel e escreva os elogios falados por eles (um em cada papel). Cuide para que cada responsável tenha, no mínimo, um elogio.

“Parabéns por ter feito a lição de casa”;

“Obrigado por organizar a sala. Muito bem! ”

“Gosto quando você chega no horário. ”

4. Diga aos pais que segurem o cartão para usá-lo na próxima atividade e que, ao final, levem os cartões de elogio para casa e escondam em algum lugar onde os filhos possam encontrar.

Fim da atividade

58

Elogiando

6 min.

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Sistema de pontos para incentivar boas atitudes

Fala do DVD.............3 1/2 minutos

Os pais falam sobre ganhar pontos

Narrador 1 É bom para os filhos receber elogios. Isso os ajuda a se sentirem bem e permite que saibam que você os observa quando eles fazem a coisa certa e que você se preocupa com eles. Mas elogiar geralmente não é suficiente. Alguns pais acham que podem melhorar os problemas com os filhos ajudando-os a ganhar pontos para privilégios ou recompensas. Narrador 2 A forma como somos elogiados diz muito sobre o que nós aprendemos a gostar de fazer. Fazemos coisas que são elogiadas, recompensadas ou reconhecidas. Não fazemos coisas que recebem comentários negativos–com gritos, punições ou que são ignoradas. Falaremos mais adiante sobre comentários negativos, mas para agora vamos falar sobre como usar os elogios. Narrador 1 Se você estiver tentando ajudar seu filho a ser mais responsável nos afazeres domésticos, nos deveres de casa ou chegar em casa no horário, ele provavelmente irá se esforçar mais se você o elogiar. Uma boa maneira de elogiar é dar pontos que eles podem usar para privilégios ou recompensas. Não precisa ser dinheiro. Pode ser um privilégio. Ganhar 10 pontos pelo dever de casa pode valer uma ida ao cinema ou uma pizza. Dar pontos para privilégios ou recompensas incentiva o jovem a fazer o que deve. Narrador 2 Ganhar pontos por bom comportamento funciona para todos os filhos. Não é para ser complicado. Talvez você queira ajudar seu filho a aumentar a nota de matemática para 8 ou 9; ou talvez você queira incentivá-lo a praticar suas lições de música sem ser lembrado. Até mesmo os pais ou responsáveis que têm filhos muito difíceis descobriram que eles se esforçam mais quando estão trabalhando por pontos. Pedro – Quer dizer que dá certo? Kleber – Sim, é incrível, não é? Muitas coisas estão melhores desde que começamos este sistema de pontos para as coisas que eles querem. Pedro – Pontos? Como funciona?

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Kleber – O Roberto até se ofereceu para limpar a garagem. Pedro – Tá brincando! Qual é o seu segredo? Kleber – Bem, Lia descobriu esta coisa de ponto, que acabamos experimentando. As crianças ganham pontos para as coisas que querem, mas têm que trabalhar para ganhar os pontos. Como fazer as tarefas domésticas, fazer o dever de casa no horário e ir para a escola sem problemas, esse tipo de coisa. Bem, Lia e eu pensamos em que tipo de comportamento nos aborrecia e o que queríamos que eles fizessem e se responsabilizassem. Aí eles ganham pontos para ter as coisas que querem. Por exemplo, o José quer um tênis, o Roberto que ir para o acampamento e a Rosa quer trocar seus pontos por CDs. Pedro – Nossa, parece que isso vai sair caro. Kleber – Não mesmo. Você só os deixa acumularem pontos para coisas que você provavelmente já ia comprar mesmo. Pedro – Ah tá! Gostei. Ok! Kleber – Há limites. Não deixe eles acumularem pontos por coisas que você não pode comprar. Mas outro dia todos nós decidimos que se todos ajudassem a arrumar a casa depois íamos comer pizza. As crianças adoraram. Pedro

– Gostei, muito bom. Será que esse sistema de pontos faria o Daniel manter suas tralhas fora da sala?

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Sistema de pontos

Atividade 3.5 .............3 1/2 minutos

1. Auxilie os pais a encontrarem a tabela de pontos no Caderno de Atividades, e coloque o cartaz “Tabela de Pontos” (kit) na parede. Explique brevemente que esta tabela irá ajudá-los a estimular seus filhos a contribuírem com as tarefas domésticas e a seguirem as regras da casa. Diga que deve ser feita uma tabela para cada filho. Circule para oferecer ajuda durante a próxima narrativa.

2. Pegue as anotações feitas na atividade 3.3. Aponte os quadros 1 e 2, onde devem escrever os “Comportamentos Positivos”. Diga que ali eles escreverão os comportamentos que eles esperam que o filho tenha. Escreva “Terminar a tarefa da escola às 7h30” no cartaz. Peça a cada responsável para escrever o comportamento

positivo que falaram na atividade 3.3 em seu caderno. Ajude-os a lembrar, a partir de suas anotações. Auxilie os pais iletrados.

Usando a tabela de pontos

30 seg.

Narrador 1

Vamos falar sobre como usar a tabela de pontos. Para começar, escreva o nome do seu filho na parte superior. Em seguida, pense nas regras da sua família e alguns comportamentos específicos que você gostaria de mudar no seu filho ou filha. Talvez o problema seja fazer a tarefa, ou chegar em casa tarde para o jantar. Em seguida, você vai transformar o problema em um elogio, “Terminar a tarefa 7h30” ou “Chegar em casa para a janta 6h”. Seja específico sobre o que você quer que seu filho faça de forma diferente. No seu grupo, pratique transformando o comportamento em uma frase do que você deseja que seu filho faça.

Transforme o problema em uma frase de bom

comportamento.

1 min.

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3. Escreva “1” no quadro “Valor dos pontos” e

peça que os pais também escrevam.

4. Escreva “4” no quadro “Número de pontos necessários para a recompensa” e peça que os pais também escrevam.

Fim da atividade

Nota: Não há narrativas nem falas do DVD entre a atividade acima e as seguintes:

62

Narrador 1 Agora, digamos que o seu filho recebe um ponto todo dia por fazer o que deve fazer. Em nosso exemplo, vamos colocar um “1” no espaço em branco e escrever um número no espaço em branco no seu gráfico. Durante a semana, você irá anotar um 1 para cada dia que eles fazem o que devem fazer. No nosso exemplo, João receberá um ponto cada dia em que ele terminar a tarefa às 7h30.

Nome do filho Data ___/___/___

Comportamento Valor dos

m i n g o S e g u n d a T e r ç a Q u a r t a

Q u i n t a S e x t a

S á b a d o T o t a l

positivo pontos

1.

2.

Número de pontos necessários Total de pontos ganhos:

para a recompensa:

Privilégio ou recompensa a ganhar:

10 seg.

Narrador 1 Agora temos de ver quantos pontos os filhos precisam durante a semana para ganhar a recompensa ou o privilégio. Você não deve fazê-los ganhar cada ponto possível para obter a recompensa porque estão aprendendo a fazer algo que não faziam bem antes. No nosso exemplo, vamos dizer que João tem de ganhar quatro pontos por fazer a tarefa no horário pelo menos 4 dias durante a semana para obter a sua recompensa .

Nome do filho Data ___/___/___

Comportamento Valor dos

o m i n g o

S e g u n d a T e r ç a Q u a r t a

Q u i n t a S e x t a

S á b a d o T o t a l

positivo pontos

1.

2.

Número de pontos necessários Total de pontos ganhos:

para a recompensa:

Privilégio ou recompensa a ganhar:

10 seg.

Narrador 1 Por último, você precisa decidir que privilégio ou recompensa o jovem gostaria de ganhar. Algo que você pode pagar ou um privilégio que você pode facilmente dar, algo que ele irá realmente se esforçar para ganhar. Você precisa falar com seu filho para decidir que recompensa ou privilégio adotar.

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Privilégios e recompensas

Atividade 3.6.............3 minutos

1. Peça para o grupo pensar em recompensas e privilégios e escreva suas ideias na cartolina. 2. Diga aos pais que você irá deixar um espaço na parte inferior da cartolina para que os filhos possam ajudar a decidir sobre o privilégio ou a recompensa que querem receber, durante o encontro das famílias; Nota: guarde essa cartolina para o encontro das famílias.

3. Diga-lhes que eles podem escrever outros comportamentos positivos que quiserem depois. Pergunta opcional, se tiver tempo: Qual das recompensas e privilégios que você listou você pode dar?

Fim da atividade

Privilégios e recompensas

3 min.

63

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Fala do DVD ............. 4 1/2 minutos

Mãe fala sobre pontos – Arrumar para escola Mantê-los “com fome”

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Narrador 1 Muitos pais viram que seus filhos realmente se esforçam para ganhar pontos e conseguir o privilégio ou recompensa. Mas faz toda a diferença a forma como você aborda a questão dos pontos. Vamos ver como uma mãe fala com o filho sobre os pontos.

Lia – Roberto! Roberto, venha, sente-se aqui, meu amor. Olha, eu sei que é difícil para você se arrumar para a escola de manhã, se lembrar de todas as suas coisas e do dever de casa e fazer tudo no horário. E eu fico um pouco frustrada quando você se atrasa, por isso eu estive pensando, vou tentar ajudá-lo a ser mais organizado para que você chegue no horário. Então, pensei em fazer uma lista de todas as coisas que você precisa fazer para chegar no horário. Sim? Roberto – Tá bom. Lia – Que tal se toda vez que você chegar no horário você ganhar um ponto. Roberto – Pra que isso? Lia – Bem, vamos acompanhar os pontos e você pode ganhar uma recompensa no final de semana. Vamos dizer que você chegue na escola no horário quatro manhãs da semana. Roberto – Tudo bem. Que tipo de recompensa? Lia – Que tipo de recompensa? Bem, tem que ser algo que você queira e que eu possa pagar. Vamos pensar nisso? Ok? Roberto – Ok. Narrador 2 Quando seus filhos escolherem o que querem ganhar com pontos, lembre-se que não pode ser algo que você não pode dar – ou porque é muito caro, ou leva muito tempo para ganhar. As crianças aprendem quando são elogiadas por coisas logo depois de fazerem o que devem. Narrador 1 E existem muitas coisas que eles podem ganhar, que não custam nada extra, como escolher o jantar, ou que alguém faça sua tarefa doméstica, ou escolher o programa que quer assistir na TV, ou chamar um amigo para dormir. Mas tem que ser algo que eles querem que ainda não recebem. Narrador 2 Por isso não é bom dar muitos privilégios de graça. Como pais, devemos aos nossos filhos suas necessidades básicas – alimentação, vestuário e um lugar para viver. Mas ainda há muitas coisas para ganhar – alimentos, doces, roupas especiais, lazer, até mesmo tempo especial com o pai ou mãe.

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Júlia

– Não dá pra acreditar em como alguns pais mimam seus filhos tenham. Uma das amigas de Ana gasta dinheiro, tem roupas caras, e a mãe e o pai dela acabaram de comprar um clarinete novinho para ela. Bem, eu não consigo competir com isso, eu não posso dar essas coisas para a Ana. Sinto muito por ela, mas não dá.

Lia

– Bem, não damos para os nossos filhos também. Não é só pelo dinheiro. Se dermos tudo que eles querem, não terão nada pelo que se esforçar. No caso da Rosa, estamos tentando ajudá-la com seu dever de casa. Cada vez que ela termina o dever, ela ganha um ponto. E, no final da semana, se ela tiver pontos suficientes, compramos pizza e ela pode escolher o canal da TV. Assim, ela precisa se esforçar. Por isso, vamos começar a fazer isso com os meninos também.

Júlia

– Sim, eu acho que é uma boa ideia fazê-los se esforçar. Olha a Ana, ela começou a falar muito no telefone ultimamente, aí fizemos um acordo para limitar a 15 minutos. Dessa forma, ela pode ganhar mais tempo para falar no telefone. Bem, acho que vou usar o mesmo sistema quando ela ficar mais velha, quando ela quiser sair sozinha com as amigas, porque se ela acha que tem a liberdade de ir para onde quer, quando ela quer, então não posso usar isso como um privilégio para ela ganhar.

Lia

– É verdade. Talvez o que devemos fazer é pensar nas coisas que eles querem que podem ganhar como privilégios, porque se eu deixar o Roberto ficar fora mais tarde do que é habitual com os amigos, então não consigo usar esse tempo como um privilégio, não é? Por isso, talvez eu deva pensar sobre os privilégios que eles podem ganhar quando forem mais velhos.

Júlia – Sim, é uma boa ideia, vai funcionar.

Narrador 1

Alguns pais acham que usar pontos e recompensas é como

subornar os filhos para que eles façam o que têm que fazer de qualquer jeito. Mas um sistema de pontos é uma forma

de ajudar nossos filhos a se tornarem mais responsáveis. Isso os faz se esforçarem por metas positivas.

Narrador 2

Afinal, as pessoas que trabalham para um empregador têm uma recompensa por fazerem o que devem. Trata-se de uma remuneração. As remunerações não são as únicas coisas que são gratificantes no trabalho – há amizades com colegas, reconhecimento, e sentir-se bem apenas por fazer um bom trabalho.

Narrador 1

E ganhar pontos não é a única forma de as crianças aprenderem a fazer o que devem. Mas tudo o que fazemos para ajudá-las a se comportarem e construírem, um relacionamento positivo as ajuda a se saírem melhor na escola, com os amigos e, no futuro, como jovens adultos.

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Construindo um relacionamento positivo

Fala do DVD .............4 minutos

Melhor relacionamento (pais) Começar com o pé direito

Vamos ficar um tempo juntos

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Narrador 2 Ter um bom relacionamento com os seus filhos e permitir que saibam que você está preocupado com eles o ajuda a se sair melhor. Não é fácil, porém, ter uma relação positiva com os filhos quando eles estão ocupados tentando ser mais independentes e querendo mais e mais tempo com os amigos. Kleber – Tenho tido momentos muito difíceis com o Roberto ultimamente. Ele está sempre irritado e eu fico muito frustrado com ele. Não conseguimos ficar na mesma sala sem discutir. Ele adorava fazer as coisas comigo, como jogar jogos de tabuleiro, jogar bola ou assistir a um vídeo juntos. Queria que as coisas voltassem a ser como antes. Pedro – Olha, eu odeio toda essa zona de guerra em casa, porque quanto mais zangado o Daniel fica, pior eu fico e ele só vai de mal a pior. Mas, na verdade, eu acho que estamos um pouco melhor agora. Ele ainda gosta de passar a maior parte do seu tempo com os amigos, mas está um pouco mais calmo com a gente. Kleber – Como você fez isso? Pedro – Bem, eu acho que eu comecei a ver as coisas a partir do ponto de vista dele, em vez de dar sermão o tempo todo, em vez de dizer como ele deve se comportar e agir. Ele chegava da escola em casa, reclamando do professor ou dos amigos, e eu: Bem, você deve fazer isso ou você deveria ter sido assim, e, essas coisas. Chegou a um ponto que ele não estava mais falando comigo, sabe? Kleber – Bem, faz sentido. Então, você parou com os sermões? Pedro: – Eu acho que sim. Mas também, na verdade, passamos um tempo juntos, tempo para nós, sem a sua irmã mais velha ao redor. Alugo um vídeo e deixo que ele escolha, ou jogamos um jogo, mas só nós, sabe? Essas coisas de homem. Só eu e ele mesmo. Kleber – É uma boa ideia. Eu acho que o Roberto gostaria de passar um tempo comigo sem o irmão e a irmã. Eles ficam brigando o tempo todo e eu fico irritado e isso é ruim para todos. Acho que você tem que revezar com seus filhos. Pedro – Sim, e tentar dar-lhes a mesma atenção, o que é difícil, mas pelo mesmo período. Kleber – Talvez se eu deixar o Roberto dar algumas ideias sobre o que podemos fazer juntos ele ficaria mais feliz em passar um tempo comigo. Pedro – Sim, tenta isso.

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Narrador Um dos pais disse que quando ele e seu filho não estão se dando bem, as coisas vão de mal a pior. Mas a situação pode seguir por outro caminho. Quanto mais tempo positivo você tiver com seu filho, é mais provável que ele concorde com as coisas e se sinta melhor. Perceber quando as crianças fazem o que devem fazer e dar pontos e recompensas são duas coisas que você pode fazer para construir um bom relacionamento.

Kleber – Sabe, Roberto, eu sei que as coisas têm sido difíceis ultimamente. Eu odeio quando eu grito com você o tempo todo. Que tal começarmos com o pé direito e melhorarmos um pouco este fim de semana? Para começar, poderíamos fazer pipocas e assistir ao jogo juntos esta tarde.

Roberto – Tá bem.

Júlia – Eu gostaria de fazer mais coisas com a Ester. Ela costumava passar mais tempo comigo, mas agora ela só quer ficar no quarto, ouvindo CDs e conversando com os amigos. Eu não sei se a forço a passar mais tempo comigo ou se a deixo sozinha.

Carol – Os filhos dessa idade preferem ficar sozinhos ou com os amigos. Acho que só piora quando mandamos eles fazerem as coisas. Bem, especialmente lá em casa.

Júlia – Sim, eu deixo a Ester sozinha quando ela precisa e quando estamos juntas passamos muito tempo tentando nos entender. E temos ótimas conversas, como no carro quando estou dirigindo. Mesmo quando estamos vendo televisão, durante os comerciais, nos divertimos muito, brincando uma com a outra, sabe?

Carol – Sim, eu sei que as crianças adoram quando as levamos para comer pizza ou ao cinema. Fazemos de tudo para ficar com eles sem reclamar ou dar sermões.

Narrador 2 Agora, pense em outras coisas que você pode fazer para mostrar ao jovem que você realmente se importa. Liste todas as coisas que você faz com o seu filho e pense em como a mensagem de amor é demonstrada.

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Construindo uma relação positiva

Atividade 3.7 ............. 5 minutos

1. Peça para o grupo dizer o que pode fazer para mostrar o amor e o carinho que tem pelos filhos, além de elogiar e dar pontos e recompensas. 2. Pergunte quais dessas coisas passarão, sem dúvida, uma mensagem de amor.

Certifique-se de que esses itens foram mencionados: Abraçar.

Dizer “Eu amo você”. Deixar um bilhete carinhoso.

Fim da atividade

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Construindo um

relacionamento positivo

5 min.

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Prática em casa

.......................... 1 minuto

1. Peça aos pais que usem a tabela de pontos em casa e diga-lhes que vocês irão conversar sobre como foi a experiência, no próximo encontro.

2. Lembre-os de esconder os cartões de elogio e de fazer elogios em casa.

3. Lembre aos pais de que no Caderno de Atividades tem um quadro que resume as formas de mostrar amor.

Preparação para o encontro das famílias

.......................... 1 minuto

1. Diga aos pais que o encontro das famílias começa com um curto vídeo, que mostra pais e filhos conversando. Após o vídeo, eles irão conversar sobre a tabela de pontos com os filhos e, juntos, poderão decidir qual será o privilégio ou recompensa desta semana. Além disso, irão se divertir em algumas brincadeiras.

Conclusão

.......................... 30 segundos

1. Mostre o cartaz “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” (kit) e digam o lema juntos. Estimule os participantes a decorarem o lema.

Prática de casa

1 min.

Preparação para a

sessão familiar

1 min.

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Encontro 4

Pais

USAR CONSEQUÊNCIAS

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Encontro 4 dos Filhos: SEGUIR REGRAS

Encontro 4 das Famílias: COMPREENDER OS VALORES FAMILIARES

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Programa

Famílias Fortes

Encontro 4 – Pais

USAR CONSEQUÊNCIAS

Sumário

Revisão da prática em casa.................................. 74 Dando pequenas consequências e ficando calmo ...................................................... 75 Grandes consequências para grandes problemas............................................................82 Prática em casa .................................................... 85 Preparação para o encontro das famílias ............86 Conclusão .............................................................86

Materiais necessários:

Crachás

Lista de presença dos pais

Televisão ou projetor

Leitor de DVD ou computador

Caixa de som

Cartolinas

Pincéis atômicos

1 caneta azul e 1 caneta vermelha (pode ser caneta ou canetinha, e podem ser outras duas opções de cores, como também pode ser 1 caneta azul e 1 lápis) – 2 por responsável

Caderno de atividades dos pais

DVD 2 (Encontro 4 – Pais)

Cartaz “Lema das Mães, Pais e Responsáveis” (KIT)

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso de cartolina, o facilitador pode usar papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar, poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem usar nenhum destes materiais ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

Objetivos

Os pais irão: Entender a importância de manter a calma e o respeito. Aprender a usar pequenas consequências para pequenos maus comportamentos. Aprender a dar grandes consequências para comportamentos graves.

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Quando os pais chegarem

1. Entregue os crachás aos participantes. Dê-lhes as boas-vindas.

2. Preencha a lista de presença.

Revisão da prática em casa

.......................... 10 minutos

Faça aos pais as seguintes perguntas e discuta com o grupo: Como está indo o uso do sistema de pontos para incentivar o bom comportamento?

O que deu certo? O que deu errado?

Inicie o DVD.

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AVISO

Se a introdução levar mais de 10 minutos, os pais/responsáveis não terão terminado quando os filhos se juntarem ao grupo no final do encontro.

10 min.

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Dando pequenas consequências e ficando calmo

Fala do DVD............. 8 1/2 minutos

Raiva no final do dia

Dando pequenas tarefas domésticas

Narrador 1

Sabemos que os filhos se saem melhor em casa e na escola quando os pais ou responsáveis usam tanto amor quanto limites. O elogio os ajuda a fazer o que é necessário e permite que eles saibam que você se importa com eles. Mas, às vezes, quando seus filhos não seguem as regras, esquecem de fazer os afazeres domésticos, não terminam as tarefas da escola, respondem ou não voltam para casa quando deveriam, os pais ou responsáveis precisam colocar limites. Narrador 2

Quando seus filhos eram pequenos, seu sorriso e incentivo os ajudaram a aprender a falar. Mas quando eles tentaram colocar um brinquedo ou um dedo na tomada elétrica, o seu “não” firme e a condução a um lugar seguro os protegeram de um risco. Temos que mostrar aos filhos quais são os limites e esclarecer as consequências ou castigos que damos a eles. Narrador 1

É como no futebol. O jogo não vai dar certo a menos que existam regras e os jogadores não vão seguir as regras a não ser que existam consequências quando eles desobedecerem, como pênalti ou faltas. Narrador 2 Mas o truque é dar consequências sem perder o humor, sem criticar ou culpar. Os filhos precisam de amor e limites, e quando perdemos nosso humor, podemos acabar entrando em uma luta de poder. Os filhos pensam que estamos sendo maus e tentando nos vingar. Do contrário, eles seguem as regras somente quando eles pensam que estamos vendo. Agora vamos ver o que acontece quando uma mãe fica chateada porque a filha não lavou a louça. Lia (zangada perdeu o humor) – Rosa, estou farta de toda vez ter que falar para fazer suas tarefas domésticas, tá me ouvindo? Ontem à noite você prometeu lavar a louça e tem uma pia cheia de pratos porque você ainda não lavou. Eu quero que você saia do sofá, vá pra cozinha e lave. Agora! Rosa (gritos) – Não sei por que tenho de fazer tudo aqui. Lia – Olha aqui mocinha! Vai! Vai! Rosa

– Eu já tive um dia ruim na escola e tenho um monte de tarefas e agora você quer que eu lave essa porcaria de louça. Lia (quase histérica) – Não sou obrigada a aguentar isso de você, e não faça cara feia pra mim! Rosa (interrompe) – Por que você não me deixa em paz? Lia

– Olha aqui mocinha eu não vou aceitar que você me trate assim! Só pensa em você: o seu dia, seus planos, seus amigos. Sempre só pensando em você. Não acredito. Onde você aprendeu a ser assim? Onde você aprendeu a responder desse jeito? Onde você aprendeu a ser tão irresponsável?

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Narrador Onde você acha que a situação vai parar? Que tipo de noite a mãe vai ter–ou a Rosa? Essa é uma grande luta de poder. A mãe deu um reforço negativo, gritando com a filha, mas a Rosa provavelmente não sabia o que sua mãe queria dela. Vamos ouvir um casal de pais/responsáveis falando sobre o que fazer para que os filhos terminem seus afazeres e mostrem um pouco mais de respeito.

Lia (desesperada) – Honestamente, eu não sei o que fazer com a Rosa. Ela nunca foi tão atrevida e agora ela está ficando cada vez pior para fazer as coisas em casa. Está me deixando louca. Sinceramente, às vezes eu quero bater nela.

Carol (calma e paciente) – Entendo. Bem, o Daniel é um pesadelo fazê-lo cortar a grama ou levar o lixo para fora é como arrancar os dentes dele. Mas eu não perco a paciência nem grito, só peço e lembro bem calma, embora nem sempre funcione.

Lia – Hum, mas mesmo quando eu consigo não perder a paciência, ela ainda acaba fazendo exatamente o que ela quer.

Carol – Acho que temos de dar aos filhos uma espécie de consequência e castigo para que eles saibam que a coisa é séria. Comecei dando alguns afazeres domésticos - só coisas de cinco minutos que ele pode fazer, se ele não concordar com o que digo. Aí, ando pela casa com um bloco de papel anotando tarefas fáceis que podem ser feitas em poucos minutos. Assim, se ele fizer cara feia ou me ignorar, eu só falo: “Se eu não vir você na cozinha em cinco minutos varrendo, depois… hummm... deixe-me ver.

Lia (interessada) – Quando você lhe dá uma tarefa para fazer, ele geralmente faz?

Carol – Não de cara, porque acha que eu não estou falando sério. Tivemos que mostrar que a coisa era séria. Falamos para ele: “Agora, se você nos ignorar ou não seguir as regras, você vai ter que fazer alguma coisa.” Aí, se ele não fizer, tiramos um privilégio, como sair depois que terminar de varrer. Se ele não varrer não pode sair com seus amigos. No início ele não acreditava. Mas depois ele viu que era sério. E ele percebeu que as tarefas domésticas não eram tão ruins assim. Outro dia, ele estava sentado assistindo TV sabendo que tinha lição de casa. E falei só uma vez: “Se você não estiver fazendo sua tarefa em cinco minutos, vai ter que fazer o dever e limpar todo o banheiro”. Ele se levantou, resmungando, e rapidamente pegou a lição e ouvi ele dizer: “Eu não vou limpar o banheiro!”.

Lia – Bem, eu não consigo sequer imaginar a Rosa fazendo algo só porque eu ia dar uma tarefa doméstica para ela fazer. Ela ia só dizer não.

Carol – Você tem que esperar isso. Ela é uma criança. Mas ela vai fazer o que você pedir no final, quando perceber que você tá falando sério, e que vai ser punida. Então, não se preocupe com isso.

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Lia (pensativa). – Na próxima vez que ela se recusar a fazer algo como lavar a louça, humm... ela odeia ser castigada. Carol – Não tire um privilégio se você não conseguir levar adiante. Bem, você não vai querer ficar de olho em cada passo dela. Apenas dê pequenas tarefas domésticas para mostrar a ela que você está falando sério. Lia – Ok, então da próxima vez que ela se recusar a fazer qualquer coisa eu vou mandar ela limpar a garagem. Carol – Ahhh! Limpeza da garagem parece um grande trabalho. Bem, grandes trabalhos são para grandes problemas. Se ela faltar aula ou for para algum lugar que não deve. Os pequenos trabalhos são para problemas do dia a dia. Lia – Vou ter que fazer uma lista de pequenas tarefas que ela possa fazer. Não deve ser muito difícil, é impossível manter tudo em ordem! Carol – Verdade. Narrador 1 Veja que a mãe do Daniel disse que ela encontrou poucas tarefas domésticas para ele. É importante que sejam bastante fáceis e curtas para que você possa fiscalizar se seu filho fez mesmo. E você realmente precisa ter uma tarefa em mente para que você saiba o que dizer quando seu filho não ouviu seu lembrete ou quando ele responde. Reforço, negativo ou positivo, funciona melhor quando é dado imediatamente. Se você tiver dado um aviso e esperou alguns minutos, não mais do que três ou quatro minutos, então é hora dele cumprir a tarefa. E após a tarefa, claro, eles precisam fazer o que você pediu a eles primeiro.

Narrador 2 Quando os filhos fazem algo errado, eles precisam ter uma consequência negativa, logo que possível. Pense em um jogador de futebol que recebe uma falta. O árbitro chama o agressor e dá cartão imediatamente. O árbitro não espera que um jogador faça várias faltas para dar cartão. Ou pense em um bebê que começa a tocar em uma tomada. Não esperamos para afastá-lo porque queremos que saiba imediatamente que ele não pode tocar. Ela aprende a associar a tomada com um alto “não” ou ser afastado do perigo. Narrador 1 O mesmo é verdadeiro para os nossos adolescentes. Eles aprendem melhor quando recebem um castigo imediatamente depois de só um lembrete ou aviso. Quanto mais esperarmos para dar a consequência, ou reforço negativo, menos eficaz é o aprendizado da criança. Por isso, uma tarefa de cinco minutos é uma maneira de fazer seu filho saber imediatamente que você está falando sério. As crianças aprendem a ser mais responsáveis quando descobrem que suas ações têm consequências. Isso ajuda a manter seus filhos longe de problemas durante os anos da adolescência.

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Listando pequenas tarefas domésticas

Atividade 4.1 ............. 6 minutos

1. Peça aos pais para pensarem em tarefas domésticas rápidas e fáceis que possam ser usadas como consequências e anote na cartolina. Certifique-se de que esses itens sejam mencionados: • varrer a cozinha; • retirar o lixo; • limpar a cozinha; • dobrar uma trouxa de roupa; • tirar poeira dos móveis; • limpar o banheiro; • cuidar dos animais domésticos, ex.: gato, cachorro. 2. Quais tipos de pequenos maus comportamentos seriam apropriados para pequenas tarefas domésticas? Nota: se mencionarem problemas mais graves, peça que deixem para mais tarde no debate e diga que agora vão focar nos pequenos maus comportamentos.

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 30 segundos

Narrador 2 Você pode estar pensando que seu filho não se comporta muito mal. Se ele seguir suas regras e não causar problemas, você não precisa dar tarefas domésticas. Mas pode haver um momento, quando eles ficarem mais velhos, que pode haver mais problemas. Se esse momento chegar, a pequena tarefa pode ajudar.

Lista de tarefas domésticas de 5 minutos

6 min.

Narrador 1 Como a mãe disse para seu amigo, às vezes você tem que reforçar a pequena tarefa, tirando um privilégio. Assim, em primeiro lugar, dê um lembrete ou alerta, talvez com uma frase começando com “Eu” – Eu me sinto frustrado quando vejo você assistindo TV e sua tarefa não é feita. Por favor, comece logo a fazer sua tarefa”. Se a criança não fizer o que você pede em alguns minutos, dê uma tarefa curta e fácil, e se recusar, tire um pequeno privilégio.

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Listando pequenos privilégios a serem tirados

Atividade 4.2 ............. 4 minutos

1. Faça uma lista de pequenos privilégios para serem tirados. Lembre aos participantes do grupo que, quando começarem a usar pequenas tarefas domésticas como consequências, os filhos provavelmente não vão acreditar que é sério, e não vão mudar de comportamento. A princípio, os pais/responsáveis precisam aplicar a pequena consequência, retirando um privilégio.

Diga-lhes que os melhores privilégios para retirar são os PEQUENOS e o pai não têm que ser um policial para fazer cumprir (exemplos: sem música, sem bicicleta por um dia, sem falar ao telefone, sem assistir televisão por uma hora, não vai sair para brincar depois do jantar). 2. O que aconteceria se você desse uma consequência muito grande para um pequeno mau comportamento?

Certifique-se de que esses itens sejam mencionados:

Eles poderiam ficar ressentidos

Eles poderiam fazer pelas suas costas; Eles poderiam tentar se vingar

Nota: mantenha a discussão focada em pequenos privilégios para tirar.

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 4 minutos

Usando pequenas tarefas domésticas e removendo privilégios, lavanderia

Tarefas domésticas, como faltas de jogo

Avisando rapidamente, bicicleta, retirando privilégios, TV

Retirando privilégios, tarde

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Lista de pequenos privilégios

para serem tirados

4 min.

Narrador 1 O importante é dar um castigo pequeno quando o problema é pequeno, deixando os castigos grandes para problemas maiores. Em um jogo de futebol, o jogador não é expulso por uma falta leve. Em vez disso, ele recebe um cartão amarelo de advertência. É a mesma ideia para usar com os filhos em casa. Não fazer uma tarefa de casa, a lição ou dar uma pequena resposta significa receber um castigo pequeno.

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Narrador 2 Você pode imaginar que as crianças não vão gostar das tarefas domésticas ou de ficar sem privilégios, mesmo que pequenos. Podem ficar irritadas ou responderem e seria muito fácil perder a calma. Vamos ver uma mãe que permanece calma enquanto ela está dando uma consequência, embora sua filha responda.

Lia (calmamente) – Rosa, Rosa, é meio-dia e você ainda não dobrou a roupa.

Rosa (reage, grita) – Oh, eu odeio dobrar a roupa! É a coisa mais ridícula do mundo. Cada um dobra a sua.

Lia – Bem, se você não dobrar a roupa, você vai ter que limpar a mesa da cozinha.

Rosa (sarcástica, gritando) – Ótimo! Vou passar o meu dia inteiro escravizada por você!

Lia (calmamente) – Rosa, e agora que você está respondendo. Vou ter que tirar um privilégio também?

Rosa (gritando, furiosa) – Não acredito! Você nunca fica feliz a menos que me irrite, né?

Lia (ainda calma) – Pedi para você fazer uma tarefa e ainda não está fazendo. Por isso, não vai pra casa da Julie até dobrar a roupa e limpar a mesa da cozinha. Tá? (a mãe sai da sala).

Narrador 1 A mãe não entrou numa luta de poder nem levantou a voz. Ela apenas disse pra Rosa quais eram as consequências. Observe que a mãe da Rosa saiu da sala depois de ter tirado um privilégio. Ficar lá só levaria a mais discussão. E ninguém nunca ganha uma discussão! Apenas lembre-se que quando você tira um privilégio tem de ser algo que você pode controlar muito facilmente. E não diga se não for sério. Se você não vai adiante com o castigo, é melhor não dizer nada.

Kleber – Ah! Eu não tô entendendo nada sobre esse negócio de tarefa. Uma tarefa para isso uma tarefa pra aquilo. Eu me sinto um tirano se mandar os meus filhos fazerem tudo o que disse.

Pedro – Bem, eu sei o que você está dizendo. Você não quer ficar no pé deles a cada cinco minutos. Mas, se eles não fizerem o que devem fazer aos 10, 12 ou 14, como vão ser quando forem adultos? Para mim, é como um jogo de futebol. O jogador faz falta, vai ser punido, ele sabe disso. O técnico discute com o árbitro, vai ser punido por isso. Não tem de ser uma tarefa de cinco minutos, você apenas tira um privilégio deles, por exemplo.

Narrador 2 Mas alguns pais ou responsáveis não usam tarefas domésticas. Eles só tiram um privilégio quando a criança se comporta mal ou não faz o que deve. Se você der o castigo rapidamente e, em seguida, aplicá-lo, ele pode funcionar muito bem.

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Usando pequenas tarefas domésticas e tirando privilégios

Atividade 4.3 ............. 8 minutos

1. Diga aos pais que eles irão na próxima semana se concentrar em usar uma pequena tarefa doméstica quando o jovem tiver um pequeno mau comportamento. Se preferirem poderão retirar um pequeno privilégio ao invés de darem a tarefa doméstica.

2. Peça aos pais/responsáveis para abrirem no Caderno de Atividades na parte que há o item “Pequenas consequências para pequenos problemas”. Diga aos pais/responsáveis que estas tabelas são para eles escolherem qual pequenos problemas irão se concentrar na próxima semana, e qual pequena tarefa doméstica ou pequeno privilégio irão tirar.

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Pedro – Daniel, você deixou sua bicicleta na garagem e eu preciso sair. Tira ela pra mim, por favor? Daniel – Tá, só acabar aqui. Pedro – Não, agora, ou vai ter que levar o lixo para fora também. Daniel (rabugento) – Tá, já tô indo (bufando). Pedro – Olha, e sem responder ou eu tiro um privilégio seu também, entendeu? (Duas crianças brigando sobre que programa de TV vão assistir) Daniel – Me dá o controle remoto! É minha vez. Maria – Não. Você já teve sua vez. Deixa de ser criança. (Provoca Daniel tentando pegar o controle remoto). Carol – Como vocês dois não conseguem ver TV juntos, vou desligar por meia hora. Me dê o controle. Kleber (para Roberto) – Roberto, você se atrasou para o jantar de novo, mesmo depois de conversamos sobre as regras da casa. Você sabe a consequência que decidimos, não vai sair com os amigos depois do jantar. Narrador 1 Nas últimas cenas, os pais ou responsáveis não deram tarefas domésticas, mas deram um castigo, e ficaram calmos. E deram castigos pequenos para pequenos problemas. Narrador 2 – Não tente mudar tudo. Se concentrar em uma ou duas coisas que seu filho faz que realmente incomodam e planejar com antecedência o que vai fazer como consequência. É bom fazer uma lista de tarefas.

Pequenas consequências para

pequenos problemas

8 min.

Nota ao facilitador: eles podem usar o quadrado em branco para escreverem quando não tiver uma opção do que eles querem nas figuras.

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3. Diga aos pais/responsáveis para pensarem em um mau comportamento do seu filho (pequeno problema). Dê um exemplo de um pequeno mau comportamento (como não fazer uma tarefa doméstica ou acordar tarde). Peça para olharem na folha, qual desenho representa este pequeno mau comportamento, que chamamos de pequeno problema, e circular de azul. OBS.: Eles podem usar o quadrado em branco para escrever o pequeno problema (fique atento se o responsável precisa de ajuda para escrever). 4. Agora irão pensar em pequenas tarefas domésticas que usarão como consequência, quando o filho tiver o mau comportamento (pequeno problema) e circular de azul. Depois pensarão qual pequeno privilégio que podem tirar, e circular da mesma cor, por ex: azul 5. Agora, peça que façam mais uma vez: circular outro pequeno problema, mas agora de outra cor, por exemplo, vermelho. Depois circule de vermelho uma pequena tarefa doméstica para ser usado quando o jovem tiver este pequeno mau comportamento (pequeno problema). Depois circule de vermelho o pequeno privilégio que irá retirar. 6. Explique que as cores são para que saibam qual tarefa doméstica ou qual pequeno privilégio correspondente ao pequeno problema. 7. Auxilie-os.

Se tiver tempo, faça a pergunta ao grupo:

Você teve uma situação há uma ou duas semanas em que uma pequena tarefa doméstica poderia ter ajudado?

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 30 segundos

Tarefas domésticas com raiva, lixo

Tarefas domésticas com raiva, limpar a sala

Narrador 2 Agora, é muito importante manter a calma quando você der um aviso e uma tarefa. Mesmo se você pensar em uma tarefa bem pequena, mas gritar ou perder a calma, ela não funcionará. O seu filho irá provavelmente irritar-se e as coisas só vão piorar. Nas próximas cenas os pais ou responsáveis dão pequenas tarefas domésticas sem paciência. Vanessa (irritada) – Vem aqui um minuto, Esther! Você não levou esse saco de lixo para fora e se você não fizer isso agora você vai ter de limpar a pia também. Luiza (irritada) – Rita, eu estou avisando! Pedi para limpar a sala de estar e ainda está uma bagunça! E saia desse telefone! Narrador 1 Esses pais/responsáveis criaram limites, mas de uma forma que não mostra amor. Essa é a parte difícil. Manter a calma e o respeito, mostrar amor ao mesmo tempo em que está estabelecendo limites.

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Ficando calmo

Atividade 4.4 ............. 5 minutos

1. Pergunte aos pais quando é mais difícil manter a calma; Certifique-se de que esses itens sejam mencionados:

Quando estou ocupado

Ao final de um longo dia

Quando estou aborrecido com alguém

Quando não estou me sentindo bem

2. Peça ao grupo que pense no que cada um poderia fazer para acalmar-se para que as consequências que desse funcionasse melhor:

Você lembra de um momento que

“perdeu a calma” porque estava chateado?

Qual era a situação?

Você lembra de um momento que ficou

calmo embora estivesse com raiva?

Fim da atividade

Grandes consequências para grandes problemas

Fala do DVD............. 5 1/2 minutos

Descrevendo a regra da tarefa doméstica, grande problema, ficando calmo.

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Quando é difícil manter a calma?

5 min.

Narrador 1 Na sessão de filhos seus filhos estão aprendendo sobre os pais ou responsáveis dando consequências em casa, tarefas domésticas e tirando privilégios. Haverá uma atividade na sessão da família para ajudar seu filho ou filha a compreender por que os castigos são necessários. Lembre-se de que poderá levar um tempo para ele aprender a lhe ouvir. Por isso é importante não ceder diante da situação.

Júlia (calma) João, posso falar com você um minuto? (a mãe espera até ter a atenção do João.) Acho que gritei muito com você ultimamente. Fico tão irritada que toda vez que peço pra você fazer algo, você discute comigo. Estou cansada de brigar com você. Eu decidi que quando eu der uma tarefa e você não fizer, eu vou adicionar outra – que leve apenas cinco minutos como varrer o quintal ou arrumar a sala. É importante que você aprenda a terminar o que te mandei fazer. João (ressentido) – Não é justo! Você quer que eu faça tudo na hora que você pede?

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Júlia (calma) – Não, eu não falei na hora que eu peço, mas quero evitar estas brigas. Eu não quero ficar te fiscalizando o tempo todo, é por isso que vamos fazer isso. E se eu te der um aviso e você discutir comigo e eu te der uma tarefa e você discutir comigo, então vou tirar um privilégio, como assistir TV ou andar de bicicleta. É importante que você siga as regras e aprenda a respeitar.

João (rabugento) – Eu não sei por que você está se importando tanto com essas pequenas coisas.

Júlia – Eu sei que você não se importa, mas é importante para eu ajudá-lo a aprender a viver dentro dos limites.

Narrador 1

Algumas vezes parece para os pais ou responsáveis, e para

as crianças, que as pequenas coisas da casa não são tão

importantes. Mas sabemos de estudos sobre filhos que se

saem melhor na escola e com os amigos se aprenderem a

viver com limites em casa.

Narrador 2

Até agora falamos sobre como lidar com pequenos

problemas de comportamento, como, por exemplo, “esquecer” de fazer uma tarefa, ignorar o que foi pedido ou responder. Mas, e os grandes problemas, mentir, roubar, chegar muito tarde em casa, ir para outro lugar que não é

permitido? Essa é a hora de dar-lhes uma grande tarefa e

tirar um privilégio que vai realmente chamar sua atenção.

Carol (falando ao telefone com uma amiga - furiosa) Honestamente, Janete, não sei para onde ele foi. Ele deveria estar de volta às 6h e agora são quase 9h, ele nunca chega tão tarde. Bem, você acha que eu deveria ligar para a polícia? Carol escuta a amiga ao telefone, dizendo: hmm, hmm.

Carol – Oh, um minuto, eu acho que ele chegou na porta agora (olha pela janela, suspiro). Sim, é ele. Eu não sei se fico aliviada ou aborrecida (Daniel entra) (gritos). Daniel, onde você esteve? Fiquei preocupada! (No telefone) Espera um minuto, tenho que resolver isso agora, desculpe, te ligo depois (desliga o telefone). Com raiva: Daniel, você está três horas atrasado. Onde você esteve?

Daniel (zangado) – Eu estava no Tiago, esqueci da hora, nada demais.

Carol (tentando se acalmar) – Nada demais? É sim. Agora sobe enquanto eu me acalmo e, em seguida, vou te dar um castigo. Sobe agora! (Daniel sai e depois a mãe entra no quarto dele).

Carol (calma, séria) – Daniel, vamos falar sobre seu atraso. Que isso não aconteça novamente. Então você vai ter que limpar o galpão como consequência antes de poder ver seus amigos.

Daniel – Ah, mamãe, essa tarefa é terrível. Vou levar horas! Não é justo!

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Grandes consequências para comportamentos graves

Atividade 4.5.............6 minutos

1. Peça que localizem no Caderno de atividades o item “Grandes consequências para grandes problemas.”. 2. Peça para os pais/responsáveis pensarem o que seu filho pode fazer (ou tem feito) de um comportamento grave, que estamos chamando de grandes problemas. Oriente-os a preencherem o item 1 (como na atividade 4.3, circulando de uma cor o grande problema). 3. Depois, circular da mesma cor, a grande tarefa doméstica e o grande privilégio que será retirado se o jovem tiver este comportamento grave (grande problema). Depois, os responsáveis escolhem outro grande problema, outra grande tarefa doméstica e outro grande privilégio que será retirado, e circulam de outra cor. Lembre-se que eles podem usar o quadrado branco para escreverem outras opções de respostas. 4. Vá passando pela sala e ajude-os a completar os itens 1,2 e 3. Certifique-se que as consequências sejam razoáveis. 5. Pergunte ao grupo: que consequência seria muito grande mesmo para um grande problema? (Nota: Ficar de castigo por 3 meses é provavelmente demais para praticamente qualquer problema).

Se tiver tempo, faça estas perguntas:

Sabendo que cada jovem é diferente, que consequência talvez não funcione para seu filho? Por quê?

O que pode acontecer se você ignorar comportamentos graves e não der consequências?

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Grandes consequências

para grandes problemas

6 min.

Carol (firme, mas calma) – Se você discutir comigo eu vou ter que tirar um privilégio. É uma tarefa grande para um grande problema! Agora vou dar-lhe uma lista do que eu quero que você faça. E você vai fazer amanhã, não hoje à noite. Você vai fazer amanhã quando eu chegar em casa. Até lá, sem telefone e sem TV. Entendeu? Você precisa saber que existem consequências. Toda vez que você chegar em casa tarde, sem me telefonar, haverá uma consequência.

Narrador 1

Quase todos os filhos cometem erros e às vezes não fazem o que deveriam fazer todo dia. Mas, às vezes eles cometem um erro mais grave, afinal eles enfrentam muita pressão dos amigos, não têm bom senso e experiência. Não estamos falando de filhos que têm problemas com álcool ou drogas, que muitas vezes faltam aula ou se metem em problemas. Estes é preciso acompanhar de perto para que andem na linha.

Narrador 2

Para os que se metem em apuros, você precisa ensinar que haverá consequências graves. Você precisa ter certeza que não farão de novo. Por exemplo, qualquer companhia de seguros de carro irá dizer-lhe que o percentual de adolescentes é mais elevado porque não dirigem bem e se arriscam de uma forma que a maioria dos adultos não se arriscaria. Depois que dão uma batidinha ficam mais cuidadosos. Esse é um reforço negativo. Se você lembrar que é normal para adolescentes cometerem erros e se você der consequências e castigos, você pode impedir que as coisas tomem maiores proporções.

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Prática em casa

.......................... 1 minuto

Diga aos pais/responsáveis que na próxima semana irão se concentrar em usar uma pequena tarefa doméstica quando o jovem tiver um pequeno mau comportamento, para isso, seguirão a tabela “Pequenas consequências para pequenos problemas” que fizeram na atividade 4.3 (a tabela está no caderno de atividades). Lembre-os que se preferirem poderão retirar o pequeno privilégio ao invés de darem a tarefa doméstica.

Peça para os pais/responsáveis abrirem o caderno de atividades no quadrinho “lembre-se”.

Prática em casa

1 min.

LEMBRE-SE

Pequenas consequências para pequenos problemas.

Grandes consequências para grandes problemas.

Os filhos, às vezes, se comportam mal. Fique calmo

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Preparação para o encontro das famílias

.......................... 1 minuto

1. Diga aos pais que eles vão falar sobre os valores que as famílias têm – valores como honestidade, dedicação ao trabalho, cuidar de outras pessoas. Eles vão descobrir seus próprios valores familiares e, em seguida, fazer uma bandeira com o filho para mostrar no que acreditam.

Conclusão

.......................... 1 minuto

1. Pratiquem o “Lema dos Mães, Pais e

Responsáveis”.

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Encontro 5

Pais

CONSTRUIR PONTES

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Encontro 5 dos Filhos: LIDAR COM A PRESSÃO DOS AMIGOS Encontro 5 das Famílias: FORTELECER A COMUNICAÇÃO FAMILIAR

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa .................................... 90 Aprendendo a ouvir os problemas ...................... 91

Ouvindo os sentimentos ......................................... 96

Como era a vida quando você era criança? ....100

Satisfazendo necessidades básicas ....................102

Prática em casa ........................................................108

Preparação para o encontro das famílias ........109

Conclusão ..................................................................109

Materiais necessários:

Crachás (1 para cada participante)

Lista de presença dos pais

Cartolina e pincéis atômicos

Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD / entrada USB

DVD 2 (Encontro 5 – Pais)

Caixa de som

Caderno de atividade dos pais

Cartaz “Lema das Mães, Pais e Responsáveis” (KIT)

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso de cartolina, o facilitador pode usar papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar, poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem usar nenhum destes materiais ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

Encontro 5 – Pais

CONSTRUIR PONTES

Objetivos

Os pais irão: Entender o valor de ouvir bem

Aprender a escutar os sentimentos

Compreender o mau comportamento

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Quando os pais chegarem

.......................... 1 minuto

1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida. 2. Peça para cada pai/responsável colocar o seu crachá.

3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão da prática em casa

.......................... 5 – 10 minutos

1. Conduza a prática de casa com as seguintes perguntas e, em seguida, abra o debate para o grupo:

Vocês utilizaram pequenas tarefas domésticas?

Contém um pouco como tem funcionado em casa?

Inicie o DVD.

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Aprendendo a ouvir os

problemas

Fala do DVD

............. 1 1/2 minutos

Problemas no trabalho, ouvir mal.

Narrador 1 Um bom diálogo é uma das coisas mais importantes em uma comunicação familiar, ajuda a definir os limites usando frases que começam com “Eu” e dando consequências e mostrando amor, escutando e vendo as coisas do ponto de vista do filho. Vimos como falar com os filhos quando eles estão fazendo algo errado, e como fazer com que eles saibam o que você deseja que eles façam sem gritar ou criticar. Mas há outras vezes em que é muito importante a forma como você se comunica com seus filhos e com outros membros da família. Narrador 2 Aprender a escutar quando alguém da família vem até você com um problema é uma das melhores maneiras de permitir que ele ou ela saiba que você se importa. Mas o problema que a maioria de nós nunca aprendeu a realmente escutar. Vamos ver um casal conversando. Quando uma pessoa começa a falar sobre algo que realmente incomoda o outro, veja se ele realmente escuta. (Pedro e Carol sentados à mesa da cozinha após a janta) Carol – Qual é o problema, amor? Você teve um dia ruim no trabalho? Pedro – Não, hoje foi OK. Estou preocupado com amanhã. Carol – Oh, é mesmo. Seu teste. Não se preocupe. Vai dar tudo certo. Pedro – Não sei. Eu posso perder meu emprego. Carol – Não tem como eles ficarem sem você. Não se preocupe. Pedro – Eu não sei. O que vai acontecer com a gente se eu for demitido? Carol (ficando zangada) – Argh! Lá vem você de novo – você está sempre pensando o pior. Uma vez na sua vida, você não pode ver o lado bom? Você é o seu próprio pior inimigo.

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Problemas no trabalho, ouvir mal

Atividade 5.1.............1 minuto

Discussão:

Comente estas perguntas e estimule o debate.

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 1 1 / 2 minutos

A visita, ouvir mal.

A visita, ouvir mal

Atividade 5.2.............1 minuto

Discussão:

1. Comente estas perguntas e estimule o debate. Pergunta opcional, se o tempo permitir:

Como isso pode afetar o relacionamento e sua comunicação futura?

Fim da atividade

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Como a esposa respondeu ao marido?

Como o marido se sentiu?

1 min.

(Lia limpando a casa e Kleber escovando os dentes) Lia – Não sei como vou me preparar para a visita dos seus pais este fim de semana. Kleber – Não é nada demais, basta passar o aspirador de pó e pronto. Lia – Eu acho que é um pouco mais do que isso, não é? Você sabe como sua mãe é, ela sempre quer ajudar na cozinha e vai olhar cada gaveta e armários. E o seu pai, você se lembra o que ele disse da última vez sobre o lixo? Kleber – Você sempre acha que eles vão criticar. Eles virão apenas nos visitar. Eles não se importam como a casa está. Lia – Eu sabia que você não iria entender. Kleber – Você sempre teve uma coisa contra meu pai e minha mãe. Relaxa! (Lia olha.)

Como o esposo respondeu à esposa?

Como a esposa se sentiu?

1 min.

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Fala do DVD............. 2 minutos

Furtos em lojas, ouvir mal

Falando sobre sexo, aconselhamento

Narrador 1 Nós realmente queremos que nossos filhos nos procurem com seus problemas e perguntas. Queremos que falem conosco para que possamos saber o que está acontecendo e dessa forma, ajudá-los. Mas às vezes ficamos tão preocupados com o que eles estão nos dizendo que acabamos exagerando. Vamos ver alguns pais que não sabem ouvir. José – O Edson quase foi pego furtando. Lia (chocada) – Furtando! Como assim furtando? Você já se meteu em encrenca de novo? Kleber (irritado) – Eu sabia que o Edson não era boa companhia. Chega! Você não vai mais sair com ele. Lia – Sobrou pra você também? O que você pegou? José – Não adianta falar com você, você não vai ouvir mesmo (Sai irritado.) Lia – Ei! Volte aqui! Narrador 1 Às vezes, os pais ou responsáveis não criticam quando os filhos mostram um problema, mas os sufocam eles com conselhos em vez de escutar. (Mãe e filha sentadas à mesa no jantar) Júlia – Ana, tem alguma coisa incomodando você? Você está tão calada desde o jantar. Ana – Ah, não é nada, me deixa em paz. Júlia – Não, eu não vou deixar porque tem sim algo de errado. Ana – Não, não tem não. Júlia – Tem sim, me fale. O que que é? Ana – É essa coisa com o Zeca. Eu gosto dele, mas ele está me pressionando. Júlia – “Te pressionando? ” Como assim? Ana – Mas ele não tá fazendo nada ainda, mãe ... Júlia (agradável, mas moralista) – Você está tentando me dizer que ele está interessado em sexo? Você não sabe como é perigoso? Ana – Mas mãe...

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Furtos em lojas, falando sobre sexo, ouvir mal

Atividade 5.3 ............. 1 1/2 minutos

Discussão:

1. Comente estas perguntas e estimule o debate:

2. Se tiver tempo sobrando inclua essa pergunta: Como isso afeta o relacionamento com os pais ou responsáveis?

Fim da atividade

Fala do DVD........... 3 1/2 minutos

Furtos em lojas, ouvir bem

Falando sobre sexo, ouvir bem

94

Júlia

– Mas mãe? Mas mãe nada! Você pode ficar grávida? Você não percebe? Você não sabe o que pode pegar? Quando eu tinha a sua idade eu nem podia chegar perto dos meninos, tá? Eu só ia para eventos na escola acompanhada. Ana, se ele te forçar a fazer sexo, você vai terminar com ele, ouviu?

O que esses filhos podem estar sentindo?

Eles vão falar com os pais novamente quando tiverem problemas?

1 1/2 min.

Narrador 1 Queremos que os adolescentes falem sobre as coisas que os preocupam e suas dúvidas: sexo, drogas, problemas de seus amigos, questões na escola ou qualquer coisa que os preocupem. Vamos ver como os mesmos pais ouvem seus filhos. José – O Edson quase foi pego furtando. Lia (interessada, mas não chocada) – Furtando? O que aconteceu? José – Saímos da escola com fome. O Edson disse pra eu distrair o cara, para ele pegar um chocolate. Kleber – Então, o que você fez? José – Bem, eu não sabia o que fazer. Nós já estávamos na loja, eu só peguei um jornal e comecei a ler. Kleber – Então você estava na frente da loja. O que aconteceu? José – Um cara veio vindo por trás e o Edson viu, mas ele já tinha pego o chocolate. Então, quando ele ia devolver, o chocolate caiu. Roberto – Bem, o que você fez? José – Meu coração bateu forte mesmo sem eu ter feito nada. Eu saí. E o Edson achou engraçado. Kleber – Parece uma situação difícil. Eu estou feliz de você não ter pegado nada.

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Lia – Ainda bem que o Edson saiu sem pegar nada também. Fico feliz que tenha contado pra gente!

Kleber – Eu também. Queremos que você conte seus problemas pra gente qualquer coisa a qualquer momento. O que faria se caísse na mesma situação de novo? (Os pais e o menino continuam falando)

Júlia – Ana, tem alguma coisa incomodando você? Você está tão calada desde o jantar.

Ana – Oh… não, não é nada.

Júlia – Você tem alguma coisa pra me dizer?

Ana Não. Nada mesmo.

Júlia – Ana, eu sei que tem, eu posso te ajudar.

Ana – Tá, é uma coisa com o Zeca. Eu gosto dele, mas ele tá me pressionando.

Júlia – Como assim pressionando?

Ana – Bem, ele ainda não tá fazendo nada, mas...

Júlia – Na sua idade é muito difícil. Você está se interessando por ele e não sabe como lidar com isso.

Ana – Eu gosto do Zeca, mas, às vezes, eu tenho medo dele não gostar mais de mim se eu não fizer o que ele quer...

Júlia (pausa) – Entendo, filha. Quando eu estava no ensino médio tinha um menino muito especial e a gente ia ao cinema de mãos dadas, mas você sabe… eu sabia que meus amigos faziam mais do que dar as mãos.

Ana – Então, o que você fez?

Júlia – Eu não sabia o que fazer. Um dia saímos de um filme, ele tentou me convencer a ir para um beco estranho atrás de uns prédios. Eu fiquei assustada... porque eu não queria me meter em confusão, então eu disse que tinha de ir pra casa ou meus pais iam me matar.

Ana (interessada) – Ele te largou?

Júlia – Não, ele não me largou. Mas paramos de sair depois de um tempo. Mas… acho que ele ficou feliz de eu não ter entrado naquele beco estranho naquela noite.

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Furtos em lojas, falando sobre sexo, ouvir bem

Atividade 5.4 ............. 1 1/2 minutos

Discussão:

1. Comente estas perguntas e estimule o debate.

2. Se tiver tempo, inclua essa pergunta:

Como isso afeta o relacionamento com os pais?

Ouvindo os sentimentos

Fala do DVD............ 1 1/2 minutos

Filhos irritados, o pai escuta

Filhos decepcionados, a mãe escuta

E depois eu aprendi, quando fiquei um pouco mais velha e estava namorando, que se eles quisessem que eu fizesse sexo eu simplesmente dizia “Não, eu não quero fazer isso”. Ana – Eu achava que as meninas eram largadas se dissessem “não”. Júlia

– Algumas são. Mas, às vezes, os meninos acham que têm que pedir… mas, se você disser “não” pra valer eles vão respeitar sua vontade. Por que não pensamos em algumas coisas que você pode dizer pro Zeca? Para que ele saiba que você gosta dele, mas não quer ir tão longe. E que não quer fazer besteira por aí. Ana (balança a cabeça) – Tá bom.

O que esses filhos podem estar sentindo?

Eles vão falar com os pais novamente quando tiverem problemas?

1 1/2 min. Narrador Às vezes é difícil saber o que dizer aos filhos quando eles vêm até nós com um problema ou quando estão chateados com alguma coisa. Uma das melhores maneiras de fazê-los se abrir é tentar descobrir o que eles estão sentindo. Observe como os pais ou responsáveis nas cenas seguintes mantêm a discussão aberta para que seus filhos continuem falando. Pedro

– O que foi? Daniel – É o técnico… ele zombou de mim na frente de todo mundo no treino de futebol. Mas ninguém gosta dele mesmo. Pedro – Parece que você está bastante chateado com o seu técnico. É uma vergonha quando criticam você na frente do resto da turma, não é? Daniel (diminuindo o volume) – É. Que idiota! Eu não queria que ninguém ouvisse o que ele estava dizendo.

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Ouvindo os sentimentos

Atividade 5.5.............5 minutos

1. Diga aos pais que nesse momento serão lidas algumas declarações típicas de filhos e que, ao final, eles devem responder dizendo:

“Parece que você está se sentindo...” ou “Você

deve estar se sentindo...”.

2. Oriente os pais a fazerem referências as dicas da tela. Peça uma resposta de cada um. Se o pai/ responsável não der uma resposta, peça ajuda dos outros. Use quantas situações o tempo permitir.

Situação 1: a Karen começa a falar enquanto você está levando-a para a escola. Ela diz: “A Júlia vai dar uma festa sábado à noite e não acho que vá me convidar. Ela convidou a Jennifer e a Elisa e eu quero muito ir, mas acho que ela não gosta de mim”. O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 2: Cris está prestes a ir para o seu primeiro dia em uma nova escola. Ele diz: “Como será que vai ser? É muito maior que a minha antiga escola. Espero ficar na mesma sala que o João”.

Narrador 2 O pai poderia ter ficado do lado do técnico e dito pro Daniel prestar atenção a seus conselhos. Mas aí o rapaz ia se sentir ainda pior. Em vez disso, o pai disse: “Parece que você está muito chateado com o técnico”. Isso abriu o diálogo para incentivar o Daniel a conversar com o seu pai. (sala de estar, a filha chega em casa das compras frustrada) Luíza

– Ah que dia! Estou tão cansada.

Rita – Eu odeio shopping. Nada fica legal em mim. Por isso que nenhum menino gosta de mim na escola. Sou tão estranha! Luíza – Olha, é muito chato quando as coisas não saem do jeito que a gente quer. Não é? Rita (voz cada vez menos frustrada) – Ai, é verdade. Eu estava tão ansiosa para ir ao shopping e gastar meu dinheiro de babá, mas eu não quero comprar nada que me faça ficar feia.

Narrador 2 Nesta cena, a mãe poderia ter discutido com a sua filha sobre sua aparência. Em vez disso, ela disse que é frustrante não gostar da aparência. Esta observação abriu a conversa e a filha continuou falando com a mãe. E agora é mais provável que ela fale com a mãe de novo na próxima vez que estiver frustrada.

“Parece que você está sentindo...”

Raiva, vergonha, medo, frustração, felicidade, preocupação, solidão,

tristeza, animação.

5 min.

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O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 3: Elisa chega em casa depois da escola e bate a porta. Ela entra com tudo no quarto e

quando você pergunta o que há de errado, ela diz: “A professora gritou comigo na frente de

todos. Eu estava só conversando com a Joana sobre sexta-feira à noite. Nada demais, mas ela me fez sair por último! ”. O pai/responsável responde: “Você deve estar se sentindo “

Situação 4: Marina entra eufórica na cozinha

depois da escola. Ela diz: “Mamãe, você nem sabe o que aconteceu. Entrei para o grupo de

dança da escola... eu nem acredito! ”

O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 5: Caio está brincando com a comida

na mesa de jantar. Ele diz: “Agora que o João se

mudou eu não tenho ninguém para conversar. Eu

não posso ir para o jogo de futebol sexta-feira à noite sozinho”. O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 6: A Susana acabou de voltar das

compras de roupas para a escola. Ela diz: “Não dá. Estou tão gorda que nada fica legal em mim.

Por isso que ninguém gosta de mim”.

O pai/responsável responde, “Você deve estar se

sentindo”

Situação 7: Após a janta, o Lucas começa a falar

sobre um incidente no parquinho hoje. Ele diz: “O

João se envolveu em uma briga hoje e apanhou. Foi o Márcio que começou, mas o professor não

viu essa parte e agora os dois estão em apuros na

escola”.

O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 8: João chega em casa de skate com

os amigos e diz: “Uau! Skate é outra coisa! Caí

98

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algumas vezes, mas fui melhor do que a maioria

dos meninos”.

O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 9: Paula desliga o telefone e diz: “Você

não imagina quem ligou! Era a dona Andreia e ela quer que eu cuide dos gêmeos todos os sábados

tarde. Eles são tão fofos e eu mal posso esperar para começar!”.

O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 10: Ane chega em casa depois de sair com sua amiga Alice. Ela diz: “Não é justo! A Alice

já vai ter lentes de contato e eu tenho que esperar até o ano que vem. Eu não suporto esses óculos. Me deixam feia!”.

O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Situação 11: Marcos entra na sala depois da janta queixando-se de seu irmão. Ele diz: “O Fábio foi no meu quarto de novo e bagunçou tudo. Mexeu nos meus CDs e eu não consigo encontrar minhas

figurinhas de futebol”.

O pai/responsável responde: “Você deve estar se

sentindo”

Debate opcional, caso o tempo permita:

Peça aos pais para trazerem situações com seus filhos em que eles podem ter raiva, frustração, dor, medo, ou algum outro sentimento. 99

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Como era a vida quando você era criança?

Fala do DVD ............. 3 minutos

O que meus pais faziam quando eu era adolescente

100

Narrador 1 É muito mais fácil ouvir os filhos quando tentamos ver as coisas a partir de seu ponto de vista. Mas quantos de nós tivemos pais que ouviam nosso ponto de vista? Pense quando tinha a idade deles. Você tentava falar com seus pais sobre algo importante, ou um problema que você estava tendo? Narrador 2 O que seus pais ou responsáveis faziam quando você tinha problemas? Davam sermão, gritavam, ameaçavam ou castigavam? Como você se sentia? Você está satisfeito sendo o mesmo tipo de pai que eles eram – ou você gostaria de poder lidar com as coisas de forma diferente com seus filhos? Carol – Sabe, quando éramos crianças, penso nas coisas que fazíamos. Simplesmente como meus pais conseguiam?! Minha mãe aguentava várias situações do meu irmão, que sempre se metia em uma encrenca atrás da outra e eu era a linguaruda. Minha mãe tinha essa tendência de ver as coisas a partir de nosso ponto de vista, ela tinha um jeito de nos mostrar que a coisa era realmente séria. Eu espero conseguir ser tão boa com meus filhos como ela foi pra gente. Júlia

– Queria poder dizer o mesmo. Meu pai bebia, ele sempre chegava em casa bêbado. Ele batia demais na gente. Eu me lembro que ficava tão assustada que só queria tentar encontrar um lugar para me esconder e correr. E minha mãe, ela não fazia nada. Ela não o enfrentava, nem nós. Sei que ela ficava chateada quando ele batia na gente, mas ela não fazia nada. Não quero que meus filhos cresçam assim. Mas não sei como tratá-los. Eu não quero que passem por cima de mim, mas não quero bater neles.

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Como seus pais tratavam você?

Atividade 5.6.............6 minutos

Nota: esta atividade pode provocar o acesso de alguns conteúdos de vivências difíceis. É provável que alguns participantes fiquem emocionados. O facilitador precisa ter um bom manejo, no sentido de acolher os relatos e continuar a condução da atividade.

Discussão:

1. A partir das perguntas abaixo, oriente os participantes a pensarem em situações e\ou momentos em que tiveram problemas com a mesma idade que os filhos têm;

Como seus pais reagiram? Deu certo ou não?

Que efeitos as ações de seus pais tiveram sobre os seus comportamentos?

2. Pergunte ao grupo se há coisas que eles gostariam de fazer diferente de seus pais.

3. Diga que sabe como é difícil para algumas pessoas superarem algumas coisas e que eles podem fazer diferente em suas famílias.

Fim da atividade

Carol

– Sabe… quando eu olho para trás… sei que há tempo para amor e limites, como estávamos falando outro dia. Sei que os meus pais me amavam – passamos muito tempo juntos, fizemos muitas coisas boas. Eu tenho a esperança de ter a mesma sorte com meus filhos… eu posso tratá-los igual, se não melhor, do que meus pais me tratavam. Meus pais sempre me apoiavam. Acredite ou não, eles me ouviam. Eu tive sorte.

Júlia

– Você realmente teve sorte. Eu definitivamente não quero ser como meus pais eram. Acho que meus irmãos e eu sofremos como adultos depois do que passamos quando éramos crianças.

Como seus pais tratavam você?

O que você pode fazer diferente?

6 min.

Narrador 1 As pessoas precisam das mesmas coisas, não importa a idade. Queremos alguém para cuidar de nós, nos sentirmos queridos, amados, ter amigos… e fazer o que gostamos. E dizer o que acontece com a gente, em vez de apenas recebemos ordens.

Narrador 2 Na idade de 11 ou 12 anos a maioria dos jovens começa a pensar por si, sendo mais independentes, tomando suas próprias decisões. Quando os filhos querem mais poder e independência, isso não significa que os pais não são mais importantes. Significa apenas que os filhos estão crescendo. Só o que fazem é tentar satisfazer essas necessidades cada vez mais importantes. Todos nós achamos maneiras de satisfazer essas necessidades importantes de forma positiva ou negativa.

101

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Satisfazendo necessidades básicas

Fala do DVD ............. 1 minuto

Filhos satisfazendo necessidades negativamente

Atividade 5.7.............7 minutos

Discussão:

1. Diga aos pais que tudo que seus filhos fazem é na tentativa de satisfazer algumas necessidades que muitas vezes não são aparentes.

2. Leia as seguintes situações relacionadas a essas necessidades. Após ler cada situação, peça aos pais para identificarem que necessidades eles podem estar tentando satisfazer. Diga que não existe uma resposta certa. Oriente a seguirem os exemplos da tela.

Situação 1: alguns meninos da pesada na escola têm prestado atenção no Jadson e querem que ele se torne um membro da gangue. O pai/responsável responde: “As necessidades que eles querem satisfazer são:”

Situação 2: a mãe pede à Elisa para ajudar com os

pratos e a menina diz: “Lave você. Estou

ocupada”. O pai/responsável responde: “As

necessidades que eles querem satisfazer são:”

Situação 3: o Kleber está na casa de um amigo, que sugere beber uma das cervejas do pai. O pai/responsável responde: “As necessidades que eles querem satisfazer são: “

Situação 4: Jennifer odeia todas as roupas que a mãe escolhe quando elas estão comprando juntas. O pai/responsável responde: “As necessidades

que eles querem satisfazer são:”

102

Narrador 1 Os jovens muitas vezes fazem coisas para satisfazer suas necessidades de modo negativo, e os pais não devem aceitar porque podem colocá-los em sérios problemas.

Necessidades que todos têm:

Pertencimento

Diversão

Confiança

Independência

7 min.

Exemplos: Todas as pessoas precisam sentir que fazem parte, que não estão sozinhas no mundo

Todos necessitam de prazer ou diversão, inclusive os pais

Às vezes, pensamos no poder como uma coisa negativa, mas o poder dá a sensação de que você faz a diferença no mundo e que é importante

A independência é uma das necessidades mais difíceis dos pais aceitarem. Sabemos que, se os filhos vão crescer para serem adultos saudáveis, eles precisam aprender a pensar por si próprios e tomar suas próprias decisões

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Situação 5: o Samuel quer gastar todo se dinheiro em jogos com os amigos. O pai/responsável responde: “As necessidades

que eles querem satisfazer são:”

Situação 6: o Daniel discute com a mãe sobre praticamente tudo. Se ela diz “sobe”, ele diz “desce”. Se ela gosta de um programa, ele diz que é idiota. O pai/responsável responde: “As necessidades

que eles querem satisfazer são:”

3. Referindo-se às palavras na tela, peça aos pais para mencionarem outras formas dos filhos tentarem satisfazer suas necessidades de fazer parte, prazer, poder e independência de modo negativo. Peça exemplos nas quatro categorias, um de cada vez. Anote-os na cartolina. Certifique-se de que estes itens sejam mencionados.

Formas negativas de satisfazer necessidades: Ser mal-educado

Beber Sexo

Furtos em lojas

Recusar-se a fazer tarefas domésticas

Drogas

Gangues

Fim da atividade

103

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Satisfazendo as necessidades positivamente

Fala do DVD ............. 5 minutos

Carro, satisfazendo as necessidades

Entediado, satisfazendo as necessidades

Vídeo, satisfazendo as necessidades

Sobremesa, satisfazendo as necessidades

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Narrador 1 Você pode pensar que seu filho está fazendo uma coisa só para perturbá-lo, mas, em vez disso, ele pode estar tentando satisfazer uma de suas necessidades. Por exemplo, se seu filho quiser furar a orelha você pode pensar que ele está provocando você, indo contra o que você quer que ele faça. Mas ele pode estar fazendo isso para pertencer ao grupo, ser como os outros, ou para se divertir. Ou você pode achar que sua filha está tentando fazer valer sua independência quando ela chega em casa tarde... quando na verdade ela pode ter ficado fora até tarde porque estava se divertindo com os amigos. Narrador 2

Lembre-se, compreender que necessidades seu filho está tentando satisfazer não significa que vale tudo. Ainda existem regras e consequências. Mas entender suas necessidades pode ajudá-los a compreender as atitudes dos seus filhos.

Narrador 1 Conversamos sobre elogiar, como as pessoas fazem coisas pelas quais são recompensadas ou se sentem bem. Dissemos que os pais podem dar reforços positivos por bom comportamento, como elogios, encorajamentos, recompensas e privilégios. Infelizmente as crianças também recebem elogios por coisas negativas. Quando as necessidades das pessoas são satisfeitas, elas são reforçadas pelo comportamento, porque é bom pertencer a um grupo, ter poder, prazer e independência.

Narrador 2 Por isso é importante que os pais ou responsáveis ajudem os jovens a encontrar maneiras de realizar seus desejos de formas positivas. Lembre-se de que os filhos vão tentar realizá-los de uma forma ou de outra. Agora, vamos ver alguns pais ou responsáveis tentando elogiar seus filhos de forma positiva para ajudá-los a atender suas necessidades.

Pedro – Ei, Daniel. Vou verificar o óleo e fazer alguns consertos no carro e eu achei que talvez você gostasse de me ajudar. Vamos fazer juntos?

Que necessidades o pai está tentando satisfazer?

Pertencer ao grupo

Diversão

Ter poder Ter independência

30 seg. Rosa – Vai ser um tédio esse final de semana. Agora que a Jaque foi embora eu não tenho ninguém para sair. Lia

– Por que você não convida outra amiga para passar a noite? Talvez poderíamos fazer uma pizza. Não tem outra amiga que gostaria de convidar?

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Rosa

– Não sei. Talvez a Elisa. Eu vou ligar pra ela.

Lia – Ok

Que necessidades a mãe está tentando satisfazer?

Pertencer ao grupo

Diversão

Ter poder Ter independência

30 seg.

Pedro (Pedro com a Maria) – Ei, Maria... que tal alugar um filme? Você quer ajudar a escolher?

Maria

– Sim, eu quero sim.

Pedro

– Ótimo! O que assistimos na última vez?

Que necessidades o pai está

tentando satisfazer?

Pertencer ao grupo

Diversão

Ter poder Ter independência

30 seg.

Vanessa (Vanessa e Ester) – Carol e Pedro e as crianças virão comer com a gente amanhã. Você pode fazer a sobremesa, se quiser. À sua escolha... você pode fazer o que quiser. Ester – Tá!

Que necessidades a mãe está tentando satisfazer?

Pertencer ao grupo

Diversão

Ter poder Ter independência

30 seg.

105

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Discutindo: como satisfazer as necessidades positivamente

Atividade 5.8.............3 minutos

Discussão:

1. Comente estas perguntas e estimule o debate.

Certifique-se de que estes itens sejam mencionados:

Escolher as próprias roupas e penteados

Ajudar a solucionar problemas; Ter algumas regras e consequências

Escolher que tarefas domésticas fazer Dar responsabilidade para algumas reais necessidades da família

Incentivar as habilidades

Fala do DVD............. 1 minuto

Forçando a comunicação I e II

106

De que outras maneiras você pode ajudar seus filhos a satisfazer as necessidades de independência e poder?

3 min.

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Narrador 1

Quanto mais ajudarmos nossos filhos em suas necessidades de forma positiva, mais podemos ver seu lado das coisas… quanto mais ouvirmos e apoiarmos é mais provável que eles nos deixem entrar em suas vidas. Mas também é verdade que os adolescentes gostam cada vez mais de ficar a sós… e a maioria dos jovens fala menos com seus pais ou responsáveis à medida que crescem.

Narrador 2

Não funciona tentar fazê-los falar com você ou ficar com você quando eles não querem. Por isso você vai ter de satisfazer suas próprias necessidades saindo com outros adultos quando seus filhos forem mais independentes. Tentar fazer nossos filhos falar quando não querem os afasta ainda mais.

Kleber (Kleber com José, que parece deprimido) – Ei, José, pode falar.

José

(Silêncio)

Kleber – Eu te ajudo filho… pode falar.

José

(Silêncio e abaixa a cabeça)

José

– Vai ser muito bom pra você desabafar. Desabafa!

Carol (frustrada) – Como posso te ajudar se você não fala comigo?

Maria

– Mãe, você tá dando muita importância pra isso.

Carol – Lá vem você de novo, se afastando. Até parece que eu sou da polícia.

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Conversando com os filhos

Atividade 5.9.............2 minutos

Discussão:

1. Leia as perguntas da tela e fale que eles (pais) não precisam forçar os filhos a falar.

O mais importante é demonstrar estar sempre aberto para escutá-lo.

Diga a seu filho que vocês podem conversar depois se ele quiser. Pare de pressionar depois que ele disser ou demonstrar que não quer falar. Tente abrir o debate depois.

Pergunta opcional, caso o tempo permita: Pensem em um bom momento para falar sobre o que está acontecendo.

Certifique-se de que estes itens sejam mencionados:

Conversando com os filhos:

Fazendo uma tarefa doméstica juntos; Indo a algum lugar Durante os comerciais

Na hora de dormir

Na hora da janta

Depois da escola

Fim da atividade

Prática em casa

.......................... 1 minuto

1. Oriente os pais a acharem um tempo durante a semana para ouvir o filho e tentar identificar o que ele está sentindo, tentado ver as situações do ponto de vista dele.

108

O que os filhos podem estar

sentindo? Como os pais podem lidar com as situações? Pense em

um bom momento para conversar.

2 min.

Prática em casa

1 min.

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2. Sinalize que eles encontrarão no caderno de atividades o resumo das necessidades básicas que os filhos têm: “Todos precisam de: ”.

Preparação para o encontro das famílias

.......................... 1 minuto

1. Diga aos pais que no encontro das famílias eles vão começar com um jogo de ouvir, onde terão a oportunidade de ouvir os sentimentos do filho.

2. Em seguida, os núcleos familiares terão um momento em família para resolver um pequeno problema de casa com os filhos.

Reforce aos participantes do grupo a importância de lembrarem das necessidades dos filhos nessa fase da vida, como independência e poder. Estimule a participarem e observarem quais as necessidades os filhos têm tido.

Conclusão............ 30 segundos

1. Pratiquem o “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” em grupo.

Preparação para o

encontro das famílias

1 min.

109

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Encontro 6

Pais

PROTEGER CONTRA O ABUSO

DE SUBSTÂNCIAS

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Encontro 6 dos Filhos: PRESSÃO DOS AMIGOS E BONS AMIGOS

Encontro 6 das Famílias: FAMÍLIAS E PRESSÃO DOS AMIGOS

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa ...........................114 Protegendo contra o álcool, o tabaco e outras drogas na adolescência ...................115 Fatores de risco e proteção ...........................117 Acompanhando seu filho na escola ...............118 Prática em casa ..............................................131 Preparação para o encontro das famílias ......132 Conclusão ......................................................132

Materiais necessários:

Crachás (um para cada participante) Lista de presença dos pais

Televisão ou projetor Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD / entrada USB

Caixa de som

DVD 2 (Encontro 6 – Pais); Caderno de Atividades

Lápis e borracha (um par para cada família) Cartaz “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” (KIT)

Encontro 6 – Pais PROTEGER CONTRA O ABUSO DE

SUBSTÂNCIAS

Objetivos

Os pais irão: Ajudar a proteger os filhos do abuso de álcool, tabaco e outras drogas

Aprender a participar de forma eficaz da vida escolar dos filhos

Aprender a acompanhar seu filho

Nota ao facilitador: este encontro contém a atividade “Carta para seu filho”. Alguns participantes podem ter dificuldade em completar a carta, seja pelo iletramento ou pela dificuldade de expressar sentimentos e expectativas em relação aos filhos. Ofereça auxílio e acompanhe de perto os que precisarem, forneça ideias e encoraje os pais/responsáveis a escreverem belas cartas.

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso da cartolina, o facilitador pode utilizar: papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar. Poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem utilizar nenhum destes materiais ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

113

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Quando os pais chegarem

...................................1 minuto

Entregue os crachás para os participantes;

preencha a lista de presença.

Revisão da prática em casa

...............................10 minutos

1. Peça aos pais para falarem sobre um momento em que ouviram seu filho e seus sentimentos. 2. Pergunte se eles viram o ponto de vista do filho.

3. Pergunte o que está indo bem com o filho em casa.

4. Comente que cada pessoa tem um ritmo de aprendizado e um jeito de fazer as coisas. Pode ser que esteja difícil colocar alguns conhecimentos em prática, mas é importante continuarem tentando.

Inicie o DVD.

114

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Protegendo contra o álcool, o tabaco e outras drogas na adolescência

Fala do DVD.............3 minutos

Opiniões sobre o consumo de álcool e outras drogas

Narrador 1 Uma das coisas que realmente nos preocupa é que nossos filhos usem álcool, cigarro ou outras drogas. Mas os pais podem fazer uma grande diferença no que seus filhos fazem. Todas as formas de dar limites (ter regras específicas; recompensar ou castigar; usar frases que começam com “Eu”) e demonstrar amor (como ouvir o ponto de vista do filho; encorajar o bom comportamento e se divertir com eles) ajudam os jovens a ficar longe de problemas e fazer o bem. Narrador 2 Quanto melhor você for em dar limites claros e, ao mesmo tempo, demonstrar amor e carinho, mais provável será que seu filho passe pela adolescência sem se meter em problemas. Mas, para ajudar seu filho ou filha a evitar o abuso de substâncias químicas é importante que decida exatamente o que é aceitável para eles. Os pais ou responsáveis têm ideias diferentes sobre o que seus adolescentes devem beber ou fumar, em que idade, quando e onde. Ouça esses pais falando sobre o que eles pensam e tente ver quantas ideias diferentes eles têm. Veja se você concorda com algumas delas ou se tem valores diferentes. Mateus – Você sabia, Pedro, que muitos jovens na turma da Rita têm problemas com álcool. Pedro (preocupado, mas calmo) – Você sabe o Caio, do trabalho? Ele teve um problema com o filho e tiveram que interná-lo em uma clínica de recuperação ou algo assim. Eu não sei se foi drogas ou álcool, mas realmente não faz diferença, não é? Lia – Não, a pior preocupação é beber e dirigir. Eu sei que não podemos controlar o que acontece fora de nossa casa, mas pelo menos podemos controlar o que acontece dentro dela. Ano passado, o José fez 13 descobrimos que ele e seu amigo estavam pegando bebidas do nosso armário. Eu sei! Nós nos sentamos e conversamos com ele. E dissemos: “Olha, se formos dar uma festa, sabemos quantas cervejas tem no armário, então, se estiver faltando, você vai ter de se explicar.” Júlia – É simples, em nossa casa, eu não permito bebida. Depois do que já passei com o meu pai bebendo quando eu era criança e o tanto de abuso que sofri, não, eu não posso permitir. Eu sei que os pais deixam os filhos beberem em casa – eu não. Minha irmã deixa, mas não, não dá, não dá. Lia – Bem, deixamos as meninas experimentar um pouco de vinho de vez em quando e sei que o Kleber deixa os meninos experimentarem chope, mas eu não gosto de eles beberem tão jovens. Sei que quando os adolescentes mais velhos saem eles experimentam álcool, mas eu não gosto que jovens da idade do José façam tudo isso. Eu não quero que ele experimente. Mateus – Bem, você sabe que não é só na sua casa, né? Não é só o que acontece na sua casa, você precisa saber o que acontece na casa dos amigos também. Alguns pais acham que não tem problema os filhos adolescentes beberem, ou experimentar a bebida, mas não é o nosso caso. Queremos saber com quem passam a noite e onde estão.

115

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Valores diferentes sobre o álcool, o tabaco e outras drogas

Atividade 6.1 ............. 3 minutos

1. Pergunte aos pais/responsáveis quais as opiniões dos pais, no DVD, sobre o consumo de álcool.

Certifique-se de que estes itens sejam mencionados:

Os filhos nunca devem beber, mesmo com os pais ou no fim de semana

Os filhos podem experimentar cerveja ou vinho em casa com os pais, mas não devem beber fora de casa

Filhos mais velhos podem experimentar, mas os menores não devem beber Os pais podem precisar tirar o álcool da casa; você precisa saber os valores dos pais dos amigos dos seus filhos

Pergunta opcional, se o tempo permitir: Pergunte aos pais se seus pontos de vista sobre

as drogas são semelhantes ou diferentes aos dos pais do DVD.

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 3 1/2 minutos

116

Pedro – Sim, mas não podemos protegê-los para sempre. Luísa

– Mas pelo menos podemos controlar o que acontece em casa. E mesmo sabendo que os filhos irão escolher seus próprios amigos, nós queremos sim, saber um pouco mais sobre os pais deles. Talvez poderíamos colocar limites com relação às pessoas que eles passam tempo.

Que diferentes valores os pais expressam?

3 min.

Nota ao facilitador: o facilitador pode optar por fazer a pergunta opcional antes da principal.

Narrador 1 Você pode sentir-se diferente desses pais. Só você sabe dos seus valores. Alguns dos pais dos amigos do seu filho podem ter ideias diferentes sobre o que é bom para os filhos deles.

Forte Sem

Controle Controle

0 1 2 3 4

Sem bebidas ou Qualquer bebida

outras drogas ou outras drogas

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Fatores de risco e proteção

Fala do DVD......2 1/2 minutos

Podemos fazer algo para ajudar a proteger nossos filhos?

Narrador 2 Você tem o direito de dar sua opinião, mas você deve saber que os adolescentes são muito mais propensos a se meterem em apuros com as drogas e o álcool se os pais ou responsáveis acharem que beber ou usar droga é normal. Veja o gráfico na tela e pense: “Onde eu fico?”. De um lado tem os pais que têm um forte controle e acreditam que os filhos não deveriam nem mesmo experimentar álcool. Temos os pais que permitem experimentar um vinho ou cerveja numa ocasião especial. E pais que não se importam dos filhos beberem em casa. Alguns pais se dão por satisfeitos por seus filhos beberem ocasionalmente em festas, e outros que se fazem de cegos e dizem: “Filhos são filhos”. De outro lado estão os pais que não querem ter controle algum e pensam que bebidas ou drogas não são um problema. Narrador 1 Mas, como pai, você precisa saber que deixar seu filho beber antes dos 18 o coloca em risco de entrar em sérios problemas. Sem falar nas drogas. Drogas nunca. Os estudos sobre jovens que abusam de álcool e drogas mostraram, mais uma vez, que quanto mais cedo começam a experimentar bebidas ou drogas, mais provável será que eles abusem de substâncias quando ficarem mais velhos. Esses estudos também mostram que os jovens que bebem demais ou usam drogas são mais suscetíveis a engravidar na adolescência, se envolver com a polícia e cometer crimes. Narrador 2 Por isso é importante que você saiba o que coloca seus filhos em risco de abuso de substâncias, e o que você pode fazer para reduzir esses riscos. Adolescentes cujas famílias não têm histórico de alcoolismo correm menos riscos. Ao mesmo tempo em que você não pode fazer nada para mudar o passado de sua família, ajuda se seu filho souber que você desaprova as drogas e que não bebe nem usa drogas ilícitas. Os adolescentes que têm uma boa atitude na escola e têm amigos que não usam drogas ou álcool são menos propensos a entrar em apuros. Adolescentes que conversam com pelo menos um membro da família tem definitivamente menos riscos.

Os adolescentes têm menos risco de usar drogas quando:

1. Não há histórico de alcoolismo na família 2. Os membros da família desaprovam as drogas 3. Os membros da família não bebem muito nem usam

drogas ilícitas 4. O adolescente tem uma atitude positiva sobre a escola; 5. Os amigos do adolescente não usam álcool, tabaco ou

outras drogas 6. O adolescente conversa com pelo menos um

membro da família

2 min.

Pedro – Mas então, Kleber, como está indo as coisas com o Roberto? Kleber – Fizemos a tabela… o Roberto gosta de ficar acordado até tarde e de passar o fim de semana com os amigos. Bem, tudo bem, desde que ele deixe o quarto limpo e suas tralhas longe da sala. Fim de semana passado, seu amigo Bruno veio dormir e acho que eles tomaram algumas cervejas. Eu tenho certeza que tinha mais na geladeira. Eu odeio a ideia deles bebendo tão jovens.

117

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Acompanhando seu filho na escola

Fala do DVD ............. 1 1/2 minutos

Envolva seu filho na escola

118

Pedro – Eu sei. Meu pai bebia e ouvi dizer que, se tiver alcoolismo na família, os filhos são mais suscetíveis de serem afetados por esse tipo de coisa. Kleber – Bem, não dá para mudar o que seu pai fazia. Não é sua culpa. Pedro

– Não, eu sei, não posso mudar o passado, mas posso fazer algumas coisas para que meus filhos não se envolvam com drogas e álcool. Na verdade, basicamente, é voltar para o amor e os limites, entende? E meus filhos conhecem as regras e eles sabem que os amamos. Kleber – Sim... mantê-los envolvidos na escola pode ajudar muito. Quero dizer, na nossa classe, os que nunca iam para a escola, os que desistiram dela, eram os que mais tinham problemas com bebida.

Narrador 1 A maioria de nós quer que nossos filhos se saiam bem na escola, concluam o ensino médio, e que sigam adiante, porque permanecer na escola e se sair bem faz uma grande diferença. Narrador 2 Quando mostramos amor e damos limites para nossos filhos, eles provavelmente vão se sair melhor na escola. Eles saberão que os apoiamos e esperamos que vençam na vida. Dessa forma, os jovens terão uma maior chance de se dar bem. Júlia

– Ai Lia, estou tendo dificuldades com o João ultimamente. Ele odeia a escola. Eu nem consigo que ele faça a sua lição de casa. Do jeito que vai eu não acho que ele vá terminar o ensino médio. Lia

– Ele me faz lembrar do Roberto, quando era mais jovem. A única coisa que o interessava na escola era o recreio. Aí ele foi pro sétimo ano e começou a jogar futebol e as coisas ficaram um pouco melhor. Passou a gostar um pouco mais das coisas. Eles têm que manter uma boa atitude para ficar no time. Júlia

– O João gosta de esporte. Ele só fala em jogar futebol nas férias. Acho que esse é o problema. Ele quer ser um jogador profissional. É por isso que a escola não é importante – só os esportes. Lia – Bem, talvez ajudasse entrar no time da escola isso ajudaria. Ele pode se sentir um pouco melhor sobre as tarefas escolares.

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Acompanhando seu filho na escola

Atividade 6.2............5 minutos

Discussão:

1. O que a mãe do João percebeu que poderia fazer para ajudá-lo a se interessar pela escola?

2. Que outras coisas os pais podem fazer para ajudar seus filhos a irem melhor na escola?

Certifique-se de que estes itens sejam mencionados: Conversar com pais ou amigos para obter

ideias

Ver se a lição de casa foi feita

Participar das atividades escolares, como esportes

Conversar com o professor

Ter uma hora e um local específicos para as lições de casa

Concordar com e apoiar as orientações do professor

Elogiar seu filho quando ele terminar a lição de casa

Pergunta opcional, se o tempo permitir:

Havia algo na escola que mantinha você interessado e envolvido?

Fim da atividade

Fala do DVD ............. 30 segundos

Eles sabem que precisam tirar boas notas. E seu jogo melhoraria… e ele pode se sentir um pouco mais motivado com as tarefas escolares. O técnico também pode ajudar, ele o incentivaria o tempo todo, e também seria um bom exemplo para ele. E, além disso, deve haver mais alguém com uma atitude positiva sobre a escola. Luísa

– Sim, isso pode lhe ajudar. Se ele se envolvesse em outra atividade isso poderia ajudá-lo a melhorar sua atitude.

O que pode ajudar na atitude

do João sobre a escola?

Que outras coisas os pais

podem fazer?

5 min.

Narrador Falamos sobre como você pode ajudar seu filho a se sair bem na escola, mas os professores precisam ajudá-lo também. Seu filho deve ir para uma escola onde esteja seguro e possa aprender. O colégio deve informar sobre o que oferece aos alunos, como turmas especiais, ou aconselhamento se seu filho precisar. Eles devem informar se seu filho ou filha está tendo um problema. E o colégio deve saber onde seu filho está, se você precisar, e você deve poder ligar para saber se eles estão lá. A escola também deve conhecer e entender os costumes da sua família.

119

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Acompanhando seu filho

Fala do DVD .................4 minutos

Acompanhando seu filho

Ligando para os amigos dos seus filhos

120

Seus direitos como pai:

Uma escola segura onde seu filho possa aprender Ser informado sobre os serviços da escola

Ser informado sobre problemas graves

Poder ligar para a escola para saber se seu filho está lá

Que a escola seja sensível com os costumes da sua família

30 seg.

Narrador 1 Ajudar seu filho a se dar bem na escola é uma forma importante de mantê-lo longe de problemas com o álcool, o cigarro e as drogas. Mas há outra coisa importante que você pode fazer para evitar o abuso de substâncias e outros problemas graves durante a adolescência. Pesquisadores que estudaram famílias com jovens que não cometeram contravenções descobriram que é importante quando os pais ou responsáveis sabem onde eles estão, o que estão fazendo e quem são seus amigos. Vamos ver os pais ou responsáveis falar sobre como eles fazem isso. Kleber – Uma das coisas que eu realmente odeio quando os filhos crescem é não saber onde estão. José chegou tarde outro dia e eu não tinha ideia de onde ele estava ou o que estava fazendo. Pedro – É muito difícil saber o que está acontecendo quando não estão em casa. Por isso que era mais fácil quando eram mais jovens, porque pelo menos a gente sabia onde estavam, né? Agora comecei com essa coisa de “quem”, “o quê”, “onde” e “quando”. Isso de descobrir com quem vão estar, o que vão fazer, que horas vão voltar e onde vão estar. Kleber – Bem, isso abrange praticamente tudo: é ótimo! Mas como descobrir tudo? Pedro – Adquira o hábito de perguntar. Eles têm que dizer quem, o quê, onde e quando e têm que se acostumar com isso. Há tanto que pode dar errado e a gente precisa saber. Assim, na verdade, se eles não falassem, aí, eu ficaria com muito medo de deixar. Kleber – Quando eles crescem, passam mais tempo com os amigos. Acho que é mais fácil acostumá-los quando são jovens e não têm tanta liberdade. Pedro – Sim, embora o Daniel saia sem pedir… agora ele vai ter que se acostumar com isso. Kleber – Como saber se estão onde dizem estar e fazendo o que dizem que vão fazer? Pedro – Quero saber o que estão fazendo de vez em quando. Contanto que estejam onde dizem que vão estar na próxima terão um pouco de liberdade. Mas eles têm que saber que nós vamos descobrir.

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Kleber – E, se não estiverem, suponho que aplique um castigo. Pedro – Com certeza. Lia (ao telefone) – Alô, oi, tudo bom? Aqui é Lia Oliveira. É a mãe do José. Mãe do Jair – Oi, tá boa? Lia – Ah, oi, então. É só uma ligada rápida. Acho que seu filho e o meu são muito amigos, então resolvi ligar pra dar um alô. Mãe do Jair – Ah sim, os dois parecem se dar muito bem, não é? Lia – É acho que eles conversam muito. Mãe do Jair – Sim, o Jair está sempre dizendo: José isso, José aquilo. Lia – É, ele sempre fala: “A mãe dele o deixa fazer isso e aquilo”. Por isso resolvi ligar pra você. O que eu realmente quero saber é se o José tá dando algum problema na sua casa. Quero dizer com o Jair. Mãe do Jair – Ah, compreendo, mas não ele nunca deu problema. Os meninos ficam por aqui jogando e não me incomodam. Mas qualquer coisa eu te ligo. Qual o seu número? Lia – Obrigada mesmo. É 292 4472. Mãe do Jair – Ok, já anotei e qualquer coisa me liga também. Lia – É, com certeza. Mãe do Jair – Obrigada por ligar. Lia – Obrigada, vamos manter contato. Até logo... tchau. Narrador 1 Essa mãe nos deu bons conselhos. E se você não sabe quem são os amigos dos seus filhos, seu filho precisa falar os nomes dos pais e os números de telefone. Não adianta saber que seu filho está com o Kleber se você não souber onde o Kleber mora e quem são seus pais. Narrador 2 Ligar para os pais do amigo vai facilitar depois quando seu filho disser que vai a uma festa na casa de um amigo. Você pode ligar pra ver se os pais vão estar em casa e se concordam com a festa. Agora, pratique as perguntas, quem, o quê, onde e quando. Lembre-se que perguntar “quando” seu filho vai voltar não significa que ele ou ela tem escolha. Você deve ter regras sobre horário, mas ainda assim é bom verificar se seu filho vai chegar no horário.

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Debate sobre quem, o quê, onde e quando

Atividade 6.3............4 minutos

1. Ajude os pais a localizarem a atividade “Quem, O Quê, Onde e Quando”, no caderno de atividades, e faça uma encenação com eles.

2. Leia as cenas a seguir e peça aos pais, um de cada vez, para perguntarem quem, o quê, onde e quando. Faça o papel do filho e dê respostas. Tente usar o termo filho e filha de acordo com o sexo do jovem de cada responsável.

Cena 1 – Seu filho vem até você e pergunta: (facilitador encena) “Terminei minha tarefa da escola. Posso sair agora? ” O responsável deve dizer: “Com quem você vai? ” (Facilitador responde

inventando algo); “O que vai fazer? ” (Facilitador responde algo

comum em sua região); “Onde vai estar? ” (Facilitador responde); “Quando vai voltar? ” (Facilitador responde).

Cena 2 – Seu filho diz: “Você disse que eu poderia ir ao shopping este fim de semana. A mãe da Bia vem me pegar. Tchau”. E vai saindo... O responsável deve dizer: “Com quem você vai? O que vai fazer? Quando vai

voltar? ”

(Embora ela diga que a mãe da Bia vem pegá-la, ainda assim você deve perguntar com quem ela vai).

Cena 3 – Seu filho vai saindo e diz: “Até mais

tarde”. O responsável deve dizer: “Com quem você vai? O que vai fazer? Onde vai

estar? Quando vai voltar? ”

Nota ao facilitador: faça o número de cenas que o tempo permitir. Mas certifique-se que ao menos uma cena foi bem feita e que os pais entenderam a importância de fazer as 4 perguntas.

Fim da atividade

122

Com quem você vai?

O que fazer?

Onde vai estar?

Quando vai voltar?

4 min.

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Fala do DVD............ 2 1/2 minutos

Perguntando quem, o que, onde, quando – Parte I e II

Narrador 1 A ideia é descobrir quem, o quê, onde e quando sem parecer que está interrogando seu filho. Veja como estes pais ou responsáveis pegam as informações que precisam sem parecer detetives. Ester – Mãe, lembra que eu podia ir para a casa da Sílvia hoje? Vanessa – Sim, o que vocês vão fazer? Ester – Ela recebeu a mesada e quer comprar uma blusa nova. Ela vai provar algumas roupas e quer que eu ajude a escolher. Vanessa – Tá, parece divertido. O que vão fazer depois? Ester – A mãe dela deixou a gente ver um filme. Vanessa (olhando para o relógio) – Deixa eu ver.... experimentar roupa e assistir a um filme. Acho que dá pra você voltar às quatro horas. Tudo bem? Ester – Tá. Vanessa – Tudo bem. Divirta-se. Até mais tarde. Kleber (para José que está saindo) – Espera, José. Com quem você vai? José – O Miguel e o Zeca. Kleber – Ok. E vocês vão comer depois do filme? José – Sim, vamos comer uma pizza. Kleber – Bem… gostaria que voltasse às dez e meia, tá bom? José – Sim, mas… e se a pizza demorar a chegar. Kleber – Mesmo assim… isso te dá 1 hora para comer depois do filme. José – Então tá. Dez e meia. Kleber – E que filme vocês vão ver? José – Ah, um de ficção científica. Kleber – Ok. Divirta-se.

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Carta para seu filho

Atividade 6.4............9 minutos

1. Peça aos pais para virarem a página do caderno de atividades, encontrando a atividade “Carta: Eu Amo você!”. Se houver participantes iletrados, organize-se para ajudá-los na escrita. Eles podem falar e você escrever.

2. Circule durante a próxima narrativa para ajudar e pedir que outros responsáveis ajudem aqueles com dificuldade de escrita.

3. Caso tenha 2 responsáveis para o mesmo jovem, peça que discutam o que irão escrever nas lacunas da carta.

4. Caso um responsável esteja com mais de um jovem, ele deve escrever uma carta para cada jovem. Se no seu grupo isto acontece, tire cópias da carta com antecedência, de acordo com o número de filhos.

Nota ao facilitador: lembre-se que esta atividade pode ser emocionante. Você pode dizer a um pai que esteja resistente que esta carta pode ser a porta de entrada para uma relação mais agradável com o filho. Caso alguém chore, ofereça apoio e o incentive a falar sobre isto mais vezes com seu filho.

Nota ao facilitador:

A próxima narração é parte dessa mesma atividade.

Fim da atividade

124

Narrador 1 Esses pais ou responsáveis conseguiram descobrir quem, o quê, onde e quando... sem que os filhos achem que não confiam neles. Mas saber as respostas não significa que seu filho vai estar onde deve estar. Mostre que você vai verificar de vez em quando. Se achar que eles estão onde deveriam estar, você gradualmente vai confiar cada vez mais. Mas se descobrir que não estão lá, dê um castigo e menos liberdade no futuro. Narrador 2 Saber com quem nossos filhos estão, o que vão fazer, onde estarão e que horas vão voltar ajuda a protegê-los de todos os tipos de problemas. Mas é preciso falar também sobre drogas e álcool, dizer a eles o que esperamos. Às vezes achamos que nossos filhos já sabem o que devem fazer. Mas talvez eles não. Talvez eles achem que beber é errado, mas acham que cerveja ou vinho pode. Antes de falarmos com eles, temos de ser claros sobre nossos próprios valores. Como dissemos antes, todos os pais ou responsáveis têm ideias diferentes sobre o que é certo.

Carta para seu filho

30 seg. Narrador 1 Eis uma atividade que vai chamar a atenção do seu filho. Vamos ajudá-lo a preencher as lacunas de uma carta que você vai ler na reunião de família. Você poderá dizer ao seu filho um pouco sobre suas esperanças e sonhos para eles… e também vai dizer o que espera. Se seus filhos forem como a maioria que ouviu seus pais lerem essas cartas, eles vão ouvir atentamente. Narrador 2

A carta começa falando sobre as esperanças e os sonhos que você tinha para seu filho quando ele era pequeno. Ela diz: “Quando você entrou em minha vida, eu fiquei tão feliz e eu sonhava com você com 5, 12 anos e já adulto. Alguns dos sonhos que tive para você” e aqui você preenche as lacunas. Narrador 1 Pare e pense nas qualidades que você falou no nosso primeiro encontro. Você esperava que seu filho fosse mais forte e saudável, ou cuidadoso e responsável, ou se divertisse e tivesse um bom emprego? Pense no que você esperava para seu filho e escreva nos espaços em branco nas linhas 3 e 4 .

Sonhos para o seu filho

Forte e saudável, capaz de conseguir trabalho,

cuidadoso e responsável, capaz de se divertir direito

1 min.

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Narrador 1

Nas próximas duas linhas, diga a seu filho as coisas que fazem você se sentir orgulhoso. Saber que você tem orgulho dele irá ajudar seu filho a prestar atenção e respeitar o que você diz no resto da carta. Primeiro, coloque a idade dele e, depois, uma lista de coisas como ser bom na escola, amoroso, inteligente, cheio de energia, bom em esportes ou música e arte.

Do que você se orgulha:

Bem na escola

Amável

Cheio de energia

Bom em esportes ou música

1 min.

Narrador 1

Nas linhas 7 e 8, você escreverá algumas coisas que espera para o seu filho na adolescência. Nessa parte é bom colocar o que eles querem para si próprios, como, por exemplo, divertir-se com os amigos, ficar longe de problemas, se envolver em esportes ou fazer parte de um grupo de jovens.

Coisas que você espera durante a adolescência:

Se divertir com os amigos

Ficar longe de problemas

Ser bom em esportes (música, outros interesses)

Ter um bom emprego

1 min.

Narrador 1

A próxima parte da carta diz “porque te amo e quero essas coisas boas para você, eu me preocupo com o uso de álcool, cigarro e outras drogas na sua adolescência. Eu tenho medo de que, se você beber e/ou usar drogas, o que espero para você e o que você espera para si mesmo possam não se realizar. Essas são algumas das formas que o álcool e a droga podem afastá-lo dos seus sonhos e esperanças”. Agora liste algumas formas em que as drogas e o álcool possam prejudicar seus filhos, como ficar com a mente confusa, e não se sair bem na escola, ficar fora de forma, passar tempo com jovens que podem colocar seu filho em perigo, ser expulso do time de futebol, sofrer um acidente de carro, etc.

Formas como o álcool, o tabaco e

outras drogas podem lhe prejudicar:

Atrapalhar sua mente

Ficar fora de forma

Entrar em apuros

Ser expulso do time

Sofrer acidente de carro

1 min.

125

15

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Narrador 2

Por último, temos os detalhes da carta. Diga ao seu filho exatamente o que você pensa sobre álcool, tabaco e outras drogas e drogas agora e no futuro. Escreva seus valores. Você pode escrever o que está na tela, ou qualquer outra coisa, como não beber ou usar drogas em casa ou com os amigos. Seja cerveja, vinho, batidas ou qualquer outra, não beber em festas, não fumar e nunca usar drogas.

O que você espera do seu filho?

1. Não beber em casa ou com os amigos. 2. Nada de cerveja ou vinho. 3. Nunca usar drogas ilícitas

4. Não beber em festas

5. Não fumar

1 min.

Agora sua carta está completa. Você vai ler esta carta para seu filho ou filha na próxima reunião de família.

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Coisas que você pode fazer para evitar abuso de substâncias

Fala do DVD..............30 segundos

Atividade 6.5............4 minutos

Discussão:

Narrador 2 Tudo que falamos, todas as ideias sobre amor e limites, podem ajudar seu filho a ficar longe de problemas com álcool, cigarro e outras drogas. Agora vamos ver uma lista de ferramentas e habilidades que os pais podem usar. Veja qual você acha que pode ajudar seu filho a ficar longe do abuso de substâncias.

Quais ferramentas você pode usar para evitar o abuso de

uma substância?

4 min.

1. Pegue o cartaz “Ferramentas e habilidades para

cuidar dos filhos” (kit) e oriente os participantes a

encontrarem as “Ferramentas e habilidades para

cuidar dos filhos”, no Caderno de Atividades. 2. Diga aos participantes que os itens listados falam de formas de demonstrar amor e definir limites.

3. Ajude-os a ver de que forma cada item da lista pode ajudar a prevenir o abuso de álcool e outras drogas.

Fim da atividade

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Fala do DVD ............. 30 segundos

Possíveis soluções para situações

Atividade 6.6............6 minutos

1. Nesta atividade, os pais assistirão a cenas no DVD e terão que escolher quais ferramentas e habilidades para cuidar de filhos eles acham mais adequadas para cada situação apresentada. Haverá cerca de meio minuto entre uma cena e outra para eles sugerirem possíveis ferramentas. Não há respostas certas ou erradas.

2. Peça que mantenham o Caderno de Atividades aberto para acompanharem.

3. Caso estejam demorando para responder, o facilitador pode ler as sugestões a seguir e pedir que os pais/responsáveis digam qual ou quais delas escolheria (m) em cada situação. Permita que citem outras, além das citadas a seguir.

1. Sobre sair

Opções: Defina tarefas domésticas de 5 minutos Descubra quem, o quê, onde e quando Tenha regras em casa

Escolhas corretas

Descubra quem, o quê, onde e quando Tenha regras em casa

128

Narrador 1

Agora você pode usar suas ideias para lidar com os problemas da vida cotidiana que falamos neste programa. A lista de coisas que você aprendeu é como uma caixa de ferramentas. Você escolhe o que você acha que irá funcionar melhor para você e seu filho. Não há respostas certas.

Narrador 2 Você irá ver breves cenas com pais ou responsáveis e filhos, e depois de cada cena você vai escolher uma das ferramentas da lista que você aprendeu.

João (para Júlia) - Estou saindo, até mais tarde.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

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2. Sobre se sentir sozinho.

Opções: Compreenda o ponto de vista do filho

Saia da sala para se acalmar

Escute os sentimentos

Escolhas corretas: Escute os sentimentos Compreenda o ponto de vista do filho

3. Sobre consumo de álcool Opções: Fale sobre seus valores e expectativas Tire um privilégio Use uma frase que começa com “Eu” Escolhas corretas: Use uma frase que começa com “Eu” Fale sobre seus valores e expectativas Tire um privilégio

4. Quando está de mau humor Opções: • Lembre-se da idade do filho • Use consequências • Compreenda o ponto de vista do filho • Escute os sentimentos

Escolhas corretas: • Lembre-se da idade do filho • Compreenda o ponto de vista do filho • Escute os sentimentos 5. Sobre deixar roupas no chão Opções: • Use uma frase que começa com “Eu” • Tarefas domésticas de 5 minutos • Compreenda o ponto de vista do filho

Escolhas corretas: • Use uma frase que começa com “Eu” • Defina tarefas domésticas de 5 minutos

Roberto (para a mãe, meio triste) – Eu não tenho nada para fazer. Agora que o Aldo se mudou, não tem ninguém para brincar.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

Kleber (segurando uma garrafa, falando com a Lia) – Eu tenho certeza que tinha mais vodca. E da última vez que eu bebi estava com gosto de diluída. Eu até marquei pra saber se o José ou o Roberto tinham mexido.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

Pedro (preocupado, para a mãe) – Sabe, a Maria está tão mal-humorada ultimamente. Ela fica alegre e depois triste de uma hora para outra. Ela explode por nada! Eu não entendo!

Escolha a ferramenta para

lidar com a situação

30 seg.

Luísa (para a Rita, segurando um cachecol, calma, mas firme) – Rita, encontrei meu novo cachecol dentro do seu quarto, estava em uma pilha de roupas sujas.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

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6. Sobre boas atitudes

Opções:

• Fale com seu filho sobre seus valores e expectativas • Elogie a boa atitude • Diversão para toda a família

Escolha correta: • Elogie a boa atitude

7. Sobre valores

Possíveis soluções:

• Fale sobre seus valores • Compreenda o ponto de vista do filho

8. Sobre tarefas domésticas

Possíveis soluções:

• Tenha regras em casa; • Tire um privilégio.

130

Kleber (para Lia) – Lia! Eu discuti semana passada com a Rosa sobre o pincel, lembra? Bem, eu a vi usando de novo no outro dia, mas adivinha? Acabei de encontrar, pendurado e limpo!

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg. Ester (para a mãe, frustrada) – Oh, eu odeio ir pra igreja. É chato!

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg. Pedro (para Carol, irritado): Acredita que a Maria está no jardim com uma amiga. Ela não tirou o lixo. O mesmo lixo que ela disse que ia tirar depois do jantar.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

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8. Sobre chegar tarde em casa Possíveis soluções: • Diga “não” com firmeza e gentileza • Saia da sala para se acalmar

Júlia (calma) – Ana, você se atrasou uma hora noite passada. Você nem sequer me ligou. Você não vai andar de skate na sexta que vem. Ana (furiosa) – Não é justo! Nem sabia que era tarde. Eu já tinha prometido pros meus amigos que iria na próxima semana.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

Sobre chegar tarde no treino Possíveis soluções: • Momento familiar • Use uma frase que começa com “Eu”

Roberto – Pai, eu preciso de uma carona para o futebol. Estou atrasado. Kleber (pensamento do pai) – Sei que o treino é importante para ele, mas não posso parar o que estou fazendo agora. Ele deveria ter pedido mais cedo.

Prática em Casa

...................................1 minuto

1. Treine perguntar para o filho: “quem, o quê, onde e quando”, se tiver a oportunidade.

2. Procure situações para usar as ferramentas do programa. 3. Mostre a eles onde está a atividade “Quem, o quê, onde, quando” em seus Cadernos de Atividades.

Escolha a ferramenta para lidar com a situação

30 seg.

Prática de casa

131

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Preparação para o encontro das famílias

......................... ..........1 minuto

1. Depois de um pequeno jogo, o encontro das famílias começará com um vídeo curto sobre ajudar os filhos com a pressão de amigos.

2. Ajude-os a encontrar a atividade “Lidando com a pressão de amigos”, no tópico “Encontro das famílias” do Caderno de Atividades. Diga que usarão este cartão no encontro das famílias e também em casa.

3. Depois, eles irão compartilhar a carta que acabaram de escrever.

4. A atividade final é jogar um jogo sobre como atingir os objetivos com seu filho.

Conclusão

............................30 segundos

132

Preparação para o

encontro das famílias

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Encontro 7

Pais

AJUDAR E SER AJUDADO

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Encontro 7 dos Filhos: ATINGIR NOSSAS METAS

Encontro 7 das Famílias: JUNTANDO TUDO

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Quando os pais chegarem ..............................136 Revisão do que está dando certo em casa......136 Estresse e necessidades da família..................136 Dando às famílias a ajuda que precisam.........137 Usando listas de recursos comunitários..........139 Olhando bem a comunidade...........................140 Carta ao filho...................................................140 Prática em casa................................................141 Preparação para o Encontro das Famílias…..…141 Conclusão........................................................141

Materiais necessários:

Crachás (um para cada participante) Lista de presença dos pais

Lista de recursos comunitários (uma para cada família) (feita pelos facilitadores)

Lápis e borracha ou caneta (1 por família). Caderno de Atividades

Cartaz “Lema das Mães, Pais e Responsáveis” (KIT)

Encontro 7 – Pais

AJUDAR E SER AJUDADO

Objetivos

Os pais irão aprender:

A compreender as necessidades especiais da família

A ajudar outras famílias

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Quando os pais chegarem

.......................... 1 minuto

1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida.

2. Peça para cada pai/responsável colocar o seu crachá.

3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão do que está dando certo em casa

.......................... 10 minutos

1. Ajude os pais a localizarem no Caderno de Atividades as ferramentas e habilidades para lidar com os filhos.

2. Conduza o debate sobre o que está dando certo em casa, concentrando-se no modo como os pais e filhos estão usando as ferramentas e habilidades.

Estresse e necessidades da família

Atividade 7.1............. 8 minutos

1. Diga ao grupo que como participaram do

Programa Famílias Fortes, eles aprenderam novas habilidades e estão em uma posição especial para ajudar e apoiar outras famílias e jovens de sua comunidade. Pergunte se eles lembram da atividade “Atingindo Nossas Metas”, em que as pessoas sentadas tinham o cartão “Vou te salvar” e ajudavam as famílias que estavam com dificuldade. Eles podem fazer o mesmo.

2. Diga-lhes que, durante este encontro, irão se concentrar em necessidades especiais das famílias durante os períodos de estresse. Diga-lhes que há dois tipos de estresse que as famílias enfrentam:

• Estresse por mudanças naturais na família, como o nascimento de uma criança ou mudar de escola. Estresse por circunstâncias especiais, como doença ou perda de emprego.

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Tipos de Estresses Familiares

Estresses por mudanças normais Estresses por circunstâncias especiais

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3. Peça aos pais/responsáveis para citarem os diversos tipos de tensões que as famílias podem ter que enfrentar.

Certifique-se de que esses itens sejam mencionados: O nascimento de uma criança Uma criança ingressando na escola Pais e filhos muito ocupados

Mudança de escola

Mudança para a faculdade ou primeiro emprego

Casamento de um filho

Um novo trabalho

Precisar cuidar de idosos da família

Perda de emprego

Perda financeira da família

Doença grave de um membro da família

Morte de um membro da família ou amigo

Um filho com necessidades especiais

Graves problemas conjugais Divórcio

Outro casamento

Novo cônjuge

4. Pergunte aos participantes em quais dessas situações a família pode precisar de ajuda especial ou de amigos, familiares, igreja, ou serviços comunitários. 5. Pergunte aos pais quais dessas situações estressantes poderiam afetar um pré-adolescente ou adolescente. Pergunte aos pais como os filhos podem ser afetados. 6. Diga que TODOS os estresses familiares afetam os filhos.

Fim da atividade

Dando às famílias a ajuda que precisam

Atividade 7.2.............12 minutos

1. Diga que todas as famílias podem precisar de ajuda e apoio extra em momentos de necessidade especial.

2. Diga ao grupo que é difícil para a maioria das pessoas pedir ajudar quando estão passando por um momento difícil.

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É preciso ser uma família forte para estar disposta a pedir ajuda; 3. Ajude os pais a abrirem o Caderno de Atividades no gráfico “Recursos pessoais e comunitários para famílias”. Diga que você lerá sobre duas famílias com algumas necessidades especiais, mas que estão dispostas a pedir a ajuda que necessitam.

Situação 1 – Lúcio e Marta Souza têm três filhos, com as idades de 9, 13 e 16. Eles estão

preocupados há vários meses com o mais velho, Júnior, de 16 anos, que está no ensino médio. Até ano passado ele estava praticando esportes com ótimos resultados. Durante este ano letivo, no entanto, Lúcio e Marta perceberam várias alterações no comportamento do Júnior, que preocupam. Ele saiu do futebol e tirou 2, 4 e 0 nos últimos testes. Ele está ignorando as regras da casa e chegou em casa bêbado várias vezes. Eles tentaram botá-lo de castigo, mas ele fugiu. Ele se recusa a falar sobre as mudanças. Marta e Lúcio sempre trataram dos problemas sozinhos, mas estão tão preocupados com o Júnior que estão dispostos a pedir ajudar. Quais recursos pessoais, familiares e comunitários podem ajudá-los?

Certifique-se de que esses itens sejam mencionados:

Falar com amigos, cujos filhos tiveram

problemas com drogas, inclusive álcool Falar com os professores da escola para saber

seu ponto de vista Conversar com um líder religioso para receber

aconselhamento

Falar com um conselheiro tutelar Falar com o médico da família

Ter paciência com o filho

Pedir que um parente próximo ao jovem converse com ele

Situação 2 – David e Juliana Magalhães estão enfrentando tempos difíceis. A fábrica onde

David trabalhava teve de cortar gastos e ele foi despedido cerca de seis meses atrás. Juliana

voltou a trabalhar, embora sem formação para ter um trabalho com boa remuneração. Eles têm quatro filhos, três na escola e a pequena Michele, de três. Até agora, a família mal consegue sobreviver com o seguro desemprego do David e o novo trabalho da Juliana.

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Todas as famílias podem usar ajudar e apoio extra em

momentos de necessidade especial.

É sinal de força quando as famílias pedem ajuda.

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Mas o dinheiro está apertado e David ainda não tem perspectivas de emprego estável. Eles sabem

que não conseguem sobreviver só com o salário da Juliana. O filho de nove anos foi escolhido para

a equipe de ginástica da escola, mas eles não podem comprar o material. Além disso, a bicicleta do David precisa de reparos

e não pode ser usada. Ele toma conta da Michele, por isso não tem tempo para procurar outro trabalho. Os pais de David moram a mais de 100 km de distância e os pais de Juliana trabalham, assim não podem ficar com a Michele. A

passagem de ônibus aumentou e mal conseguem

comprar comida. As coisas vão piorar se eles não conseguirem uma ajuda temporária. As duas coisas que têm a seu favor são uma atitude

positiva e coragem de pedir ajudar. Quais recursos a família da situação 2 poderia usar.

Fim da atividade

Usando listas de recursos comunitários

Atividade 7.3.............8 minutos

Nota: Crie uma lista com endereços e telefones das instituições e unidades de atendimento público antes do encontro para passar aos participantes. Nesta lista deve conter CRAS, UBS, CAPS, CAPS AD, CAPS I, CREAS, escolas, etc.

1. Diga ao grupo que vocês criaram uma lista de recursos da comunidade local. Entregue uma lista para cada família e peça que deem uma olhada. 2. Peça aos pais para citarem quais daqueles recursos eles já ouviram falar e quais já fizeram uso. 3. Faça uma explanação clara e simples sobre quando podem procurar cada tipo de serviço. 4. Pergunte se eles conhecem algum outro recurso, que não esteja listado, e peça que anotem na lista.

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5. Mesmo que os pais não sejam letrados é importante que eles tenham esta lista em casa. Estimule-os a usá-la com a ajuda de outros familiares letrados.

Fim da atividade

Olhando bem a comunidade

Atividade 7.4.............5 minutos

1. Peça aos participantes que pensem em um amigo, parente ou membro da comunidade que possa estar passando por algum estresse ou preocupação. Diga-lhes que não revelem nomes ou detalhes pessoais sobre estas famílias. Eles precisam apenas pensar em alguém.

2. Peça aos participantes para dizerem algo de positivo que eles poderiam oferecer como ajuda ou assistência.

3. Em seguida, peça que os participantes pensem nos estresses e preocupações que eles têm tido em suas próprias famílias. Diga-lhes que NÃO é necessário compartilhar com o grupo.

4. Diga ao grupo que você lerá a lista de recursos comunitários e peça que cada um pense em quais recursos da lista pode usar para ajudar a resolver esses problemas. Leia a lista.

Fim da atividade

Carta ao filho

Atividade 7.5..........10 minutos

A carta está no Caderno de Atividades. Oriente os

pais a localizarem: Explique que a carta vai falar sobre coisas que o responsável gosta no jovem e sobre conversar e passar tempo juntos. Diga que o jovem irá gostar de receber a carta depois que o programa terminar e que isto o ajudará a lembrar dos conteúdos aprendidos no programa;

140

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Auxilie as pessoas com dificuldade de escrita.

Fim da atividade

Prática em casa

.......................... 2 minutos

1. Agradeça aos pais por participarem do Programa Famílias Fortes e incentive-os a continuarem a praticar as ferramentas aprendidas.

2. Informe às famílias que dentro de alguns meses elas serão convidadas a participar de mais quatro encontros de acompanhamento.

3. Diga aos pais que no Caderno de Atividades tem um lembrete para eles (“Famílias Fortes”). Se a sua unidade preparou algo que marque a conclusão dos encontros de pais, entregue neste momento.

Preparação para o encontro de famílias

.......................... 2 minutos

1. Informe aos pais que haverá uma revisão do programa (apresentação de slides ou vídeo) na qual eles e os filhos podem lembrar de algumas atividades do Programa Famílias Fortes; 2. Por último, o encontro das famílias terminará com uma pequena formatura.

Conclusão

.......................... 30 segundos

• Recitem o Lema das Mães, Pais e Responsáveis.

141

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Acompanhamento 1

Pais

LIDAR COM O ESTRESSE

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Acompanhamento 1 dos Filhos: FAZER BONS AMIGOS

Acompanhamento 1 das Famílias: LIDANDO COM O ESTRESSE JUNTOS

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Boas-vindas ...................................................146 Revisão do que está dando certo em casa ....147 Soluções para os problemas diários ..............147 Estresse dos pais ...........................................149 Evitando brigas ..............................................151 Em vez de brigar ............................................151 Prática em casa ..............................................154 Preparação para o encontro das famílias ......154 Conclusão ......................................................154

Materiais necessários:

Crachás (1 para cada participante) Lista de presença dos pais

Cartolinas (2) e pincel atômico

Cronômetro

Televisão ou projetor

Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD/ entrada USB

Caixa de som

DVD 3 (Acompanhamento Pais) Folha A4 dividida em 4 partes (1 por

responsável) Recipiente para cartões

Caderno de Atividade dos Pais

Cartaz “Ferramentas e habilidades para cuidar dos filhos e filhas” (KIT)

Cartaz “Lema das Mães, Pais e Responsáveis” (KIT)

Acompanhamento 1 – Pais LIDAR COM O ESTRESSE

Objetivos

Os pais irão: Usar ferramentas para encontrar soluções aos problemas Identificar estresses e formas de lidar Encontrar formas de evitar brigar com os filhos

Nota ao facilitador: nas atividades que tiverem uso da cartolina, o facilitador pode utilizar: papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar. Poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem utilizar nenhum destes materiais, ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

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Quando os pais/responsáveis chegarem

..........................1 minuto

1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida. 2. Peça para cada responsável colocar o seu crachá. 3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Boas-vindas

O Facilitador diz algo do tipo: “Bem-vindos ao Programa Famílias Fortes!

Estamos muito felizes por estarem aqui

novamente! ” Seguiremos o mesmo modelo dos Encontros Regulares: os filhos reúnem-se no grupo dos filhos, com duração de uma hora enquanto nós

estamos aqui, no grupo dos pais. Depois eles irão se juntar a nós para o encontro da família. Iremos nos divertir juntos e rever conceitos

aprendidos, ver o que está funcionando bem e o que não está, e continuar com informações para que possam descobrir muitas formas de ajudar seus filhos a se prepararem para a

adolescência sem se meter em problemas. E

auxiliar no fortalecimento dos vínculos familiares. Muito importante participar dos 4 encontros de acompanhamento, eles os auxiliarão a continuar com as ferramentas/habilidades que aprenderam. É importante que vocês não faltem. Mas, se precisarem faltar, avisem o facilitador e

não se esqueçam de voltar no próximo encontro. ”

Opcional: Se você estiver usando benefícios

como presentes e sorteios, mencione que usarão estes benefícios por chegarem “na hora” nos encontros, por aplicarem o que aprenderam em casa e pela frequência.

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Revisão do que está dando certo em casa

..........................5 minutos

1. Dê boas-vindas ao grupo. Diga aos participantes que terão cerca de 30 minutos para discutir como estão indo as coisas em casa e oferecer sugestões.

2. Fixe o cartaz “Ferramentas e Habilidades para cuidar dos filhos e filhas” (Encontro 6 –Pais) (kit) e peça aos pais para descreverem uma coisa que eles continuam fazendo em casa desde os primeiros encontros.

Soluções para os problemas diários

Atividade 1.1.............25 minutos

Cartolina

1. Faça uma lista numerada de problemas do cotidiano e anote na cartolina. A lista pode incluir os itens a seguir listados:

1. Lição de casa

2. Tarefas domésticas

3. Responder com desaforo

4. Chegar em casa tarde

5. Brigas com irmãos

6. Não fazer as tarefas domésticas

7. Não se arrumar para a escola a tempo

8. Não ir dormir na hora

2. Entregue um pedaço de papel para cada pessoa e peça para cada uma escolher um problema da lista que está tendo com o filho. Peça para escrever o número no papel sem colocar o nome. Coloque os papeis na caixa. Diga-lhes que ninguém vai saber o que eles escolheram. 3. Peça a um participante para tirar uma questão por vez e peça ao grupo para discutir opções para lidar com o problema. Mantenha o grupo focado nas ferramentas aprendidas. Use o cartaz “Ferramentas e Habilidades para cuidar dos filhos e filhas” (Encontro 6 – Pais) (kit). 4. Para cada sugestão dada, o facilitador pergunta ao grupo o que o jovem pode estar aprendendo se o responsável usou essa ferramenta.

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5. O facilitador pode usar um cronômetro para limitar o tempo de debate de 3 a 5 minutos por pergunta. Se passar de 25 minutos, diga ao grupo que a solução do problema será continuada no Encontro de Acompanhamento 2 – Pais.

Fim da atividade

Inicie o DVD

Fala do DVD

.............3 1/2 minutos

• Estresse dos pais

148

Narrador 1

Quando os pais ou responsáveis mostram amor e limites, isso ajuda os jovens a ficarem longe de problemas e virarem adultos responsáveis e cuidadosos. Quando os filhos sabem que você os amam e que você vai seguir as regras, eles ficam muito mais propensos a dar o melhor de si e a vencer na vida. Narrador 2

Mas, para a maioria de nós, é realmente difícil ser amoroso e firme ao mesmo tempo. Alguns pais ou responsáveis veem facilmente as coisas a partir do ponto de vista dos filhos, mas eles têm dificuldade em dizer “não”. Narrador 1

E outros são bons em dizer não, mas têm dificuldade em dizer aos filhos que seus pensamentos e ideias também são importantes, ou em dizer que os amam. Narrador 2

Mas onde quer que você esteja, ser pai é difícil! Criar os filhos é a tarefa mais importante do mundo, mas maioria das pessoas não consegue muita ajuda. Os pais ou responsáveis têm muito mais a fazer nestes dias do que apenas cuidar dos filhos. Existem pressões no trabalho ou preocupações por não ter trabalho, por exemplo, ou em perder o que você tem. Para algumas pessoas que têm emprego seguro, há estresse, pois nunca há tempo suficiente para fazer o trabalho. Narrador 1

E há preocupações pessoais também–como o casamento, os problemas dos pais ou responsáveis solteiros ou em serem pais de família. E aí existem todas as coisas do dia a dia que os pais ou responsáveis têm de fazer, como compras, cozinhar, limpar ou levar os filhos a lugares. E muitos pais ou responsáveis têm responsabilidades, além do trabalho e da casa, como ajudar os pais ou responsáveis já idosos e outros parentes, vizinhos, ou o trabalho com a comunidade. Narrador 2

Não é de admirar que os pais ou responsáveis fiquem estressados! Lia

– Eu estou sob tanta pressão no trabalho no momento que quando chego em casa à noite acabo descontando nas crianças. Estou tão estressada à noite que a menor coisa me deixa louca! Eu perdi a cabeça ontem à noite. Júlia

– Mas não é isso que é ser pai? Você tem que ficar totalmente calmo e controlado, independentemente do que esteja acontecendo. É muito difícil. Você lembra ano passado quando o Zeca perdeu o emprego? Ele gritava comigo constantemente, eu não dormia, as crianças estavam piores. Foi quando nossa família começou a desmoronar.

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Estresse dos pais

Atividade 1.2.............9 minutos

1. Divida os pais em pequenos grupos e peça que digam fontes comuns de estresse com as quais têm de lidar.

Cartolina

2. Após 3 minutos, anote as respostas na cartolina.

3. Peça ao grupo para discutir maneiras de lidar com o estresse e anote as respostas na cartolina. Certifique-se de que esses itens sejam mencionados: Exercitar-se

Desabafar

Manter o bom humor

Respirar fundo

Ter um lazer (fazer uma atividade que gosta)

Meditação

Diversão

Ouvir música

Ver/ler jornal Ler livros, revistas

Fim da atividade

Lia – Bem, isso é o que está acontecendo com a minha irmã no momento. Ela tá passando por um divórcio e uma hora ela chora e depois fica com raiva. Agora as crianças começaram a reagir. Não sei como se pode ser bons pais quando o seu mundo está desmoronando. Júlia – E mesmo quando não há uma crise, as coisas do dia a dia te desgastam. Outro dia, por exemplo, eram 11 horas quando consegui me sentar. Depois de lavar a louça, limpar a cozinha e pagar algumas contas. No dia seguinte eu estava absolutamente esgotada! Lia

– Não estou surpresa! Narrador Talvez por isso seja tão difícil ser pai. Não são só filhos que você tem que enfrentar. É muito mais.

O que estressa os pais?

Como os pais podem lidar

com o estresse?

9 min.

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Fala do DVD

............. 3 1/2 minutos

• Mudando as percepções

• Mas…

150

Pedro – Sabe, quase perdi a cabeça com a Maria no fim de semana. Ela parece saber exatamente quando eu estou estressado e aí ela... hum… sabe, né? Mas eu acho que está ficando cada vez mais difícil lidar com ela. Kleber – Entendo. O José não é muito ruim. Se ele achar que estou pra explodir, ele para, mas o Roberto, se ele achar que estou estressado, ele coloca mais pressão sobre mim. Pedro – Como você mantém a calma? Porque eu não quero bater nela, mas ela fica me provocando. Kleber – Bem, depende. Às vezes, eu conto até 10, ou 100, ou saio da sala. Ou digo: “Agora não, pra mim já chega!”. Nem sempre funciona. Às vezes o Roberto me segue e incomoda até conseguir o que quer. Pedro

– Então, o que você fez?

Kleber – Bem, eu só saio de casa. Eu já me tranquei no banheiro, em qualquer lugar onde ele não me ache. Ou eu lembro que se ele continuar ele vai perder um privilégio. Pedro – Sabe, é muito difícil ser pai, não é, às vezes? Lamento por nossos pais ou responsáveis e os problemas que demos a eles, mas acho que é mais difícil hoje. Porque as crianças só ligam a televisão e já prendem a arrumar confusão a falar novos palavrões, é muito simples, me entende?

Kleber – Ajuda lembrar que um dia eles vão crescer, como nós. Principalmente se você seguir as regras e impor todos os limites. Eu acho que isso ajuda a pensar que é natural que é mesmo difícil nessa idade. Pedro – E para não perder a paciência. Esse é o desafio – manter a calma. Narrador 1 Quando você está sob muito estresse, torna-se mais difícil manter a calma com os filhos, especialmente quando eles ficam discutindo ou sendo sarcásticos. Às vezes parece a gota d’água quando as crianças começam a incomodar. Narrador 2 Pode ajudar se aprendermos maneiras de evitar discutir com os filhos. Porque discutir nunca ajuda. Enfraquece os limites que você está usando e acaba com o amor que você está construindo. Se há uma coisa que os pais ou responsáveis precisam saber é NUNCA brigar. Se entrar em discussões banais com eles, você nunca será o pai forte que eles tanto precisam! Narrador 1 – Mas, para muitos pais ou responsáveis, evitar discussões é a coisa mais difícil de aprender. Quando você tem muito estresse em sua vida, é muito difícil manter a calma e o controle. Procure formas como os pais ou responsáveis nas cenas seguintes evitam entrar em discussões. Maria – Isso não é justo! Todos os outros vão. Você não quer que eu me divirta. Carol – Mas você já sabe a regra. Se tiver escola de manhã, não pode sair.

Maria – Mas para a igreja você me deixa ir. Eu não vejo qual a diferença. Eu tenho que ir. Carol – Não importa se você quer ir, a resposta continua sendo “não”.

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Evitando brigas

Atividade 1.3.............1 1/2 minutos

1. Faça a pergunta da tela: Certifique-se de que esses itens foram mencionados: Dizendo: “No entanto” e “Mas”.

Reafirmando a regra, dizendo: “A resposta é não!”.

Concordando em ajudar o filho a resolver o problema quando o filho estiver calmo;

Saindo.

Fim da atividade

Em vez de brigar

Atividade 1.4.............6 minutos

1. Peça para abrirem o caderno de atividades e leia os itens de “Em Vez de Brigar”.

2. Leia os cenários (situações) abaixo e peça aos pais para responderem de uma forma que evite brigas. O facilitador pode pedir para um responsável responder, ou fazer com o grupo todo.

3. Incentive os outros a ajudarem a responder.

Kleber – Desculpe, José, não temos dinheiro para o skate no momento. José

– Eu sei, mas eu quero. O Dan e o John já tem um. Porque não posso também. Kleber – Eu não vou discutir com você sobre isso. Eu disse “não” e

é assim que vai ser. José

– Sim, mas você disse que iria me ajudar a comprar tudo que eu ganhar com meu próprio dinheiro. Kleber – Olha, José, isso não vai dar em nada. Quando você se acalmar podemos discutir como você pode ganhar dinheiro. Mas agora não. (o pai sai).

Como os pais evitaram brigar?

1 1/2 min.

Em vez de discutir:

“No entanto ...” “Independentemente...”

“A regra é ...” “Eu não vou discutir”. “Vá embora”.

6 min.

151

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Situação 1

Elisa, de 11 anos, quer começar a namorar. Ela diz: “Mas, mamãe, todas as minhas amigas namoram. Sou quase adolescente”.

Possíveis respostas: “A regra é: não namorar até os 14”;

“Independentemente do que os outros

façam, você é muito jovem para namorar”;

“Já falamos sobre isso e não vou discutir

com você”.

Situação 2 Tiago quer que um amigo durma em casa, mas você não. Ele diz: “Ah, vai, mãe. Vamos nos

comportar. Por favor, mãe. Eu prometi pra ele”.

Possíveis respostas: “Desculpe, Tiago. A resposta é ‘não’”;

“A regra é: nada de amigos dormindo se eu não deixar”;

“Não vou discutir com você”. Situação 3

Diego não lavou a louça, mas quer ver televisão. Ele diz “Mas é minha noite favorita para ver TV. Depois eu lavo. Prometo”.

Possíveis respostas: “Mas, a regra é: TV depois da louça”;

“Independentemente do programa, a louça primeiro”;

“Não vou discutir com você, e lave a louça”.

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Situação 4 A filha está na casa de uma amiga e liga pedindo

para ficar até mais tarde. Ela já passou meia hora do horário. Ela diz: “Deixa disso, pai. Só um

pouquinho. Estamos no meio do jogo e não dá para parar agora. ” Possíveis respostas: “Mas já passou do seu horário”;

“A regra é: estar em casa às 8h30”;

A resposta é “não”. Situação 5 Seu filho quer as chuteiras mais caras da loja. Ele diz: “Mas, pai. Todo mundo tem essa. Não são tão

caras e as outras não prestam. Eu quero. ” Possíveis respostas: “Mas não vou comprar”;

“Independentemente de você querer, não dá”;

“A resposta é não”. Situação 6 É sábado e sua filha quer sair com as amigas, mas não limpou o quarto. Ela diz: “Por favor, mãe. Só essa vez. Eu prometi para elas. Eu limpo o quarto quando chegar. ” Possíveis respostas: “Mas a regra é não sair antes de limpar o quarto. ”

“A resposta é não”. Pergunta opcional:

Em que situação seu filho discute com você?

Fim da atividade

153

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Prática em casa

..........................1 minuto

1. Perceba pelo menos uma vez durante a semana quando você teria discutido com seu filho.

2. Use uma das sugestões de que falamos.

Preparação para o encontro das famílias

..........................1 minuto

1. Diga aos pais que vai fazer um jogo de adivinhação com os filhos sobre as formas de aliviar o estresse; 2. Eles também vão jogar um jogo sobre diferentes pontos de vista sobre o que é estressante para os pais e filhos.

Conclusão

..........................30 segundos

Digam o “Lema das Mães, Pais e Responsáveis”

em grupo.

Prática em casa

1 min.

Preparação para o

encontro das famílias

1 min.

154

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Acompanhamento 2

Pais COMUNICAR QUANDO

NÃO CONCORDA

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Acompanhamento 2 Filhos: FAZER BONS AMIGOS

Acompanhamento 2 Famílias: OUVIR UM AO OUTRO

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa .............................. 158 Usando ferramentas para resolver problemas.158 Identificando discussões típicas. ...................... 162 Praticando a técnica do ouvinte-falante. ......... 165 Preparação para o encontro das famílias ........ 166 Conclusão ......................................................... 166

Materiais necessários:

Crachás (1 para cada participante)

Lista de presença dos pais

Televisão ou projetor

Caixa de som

Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD/ entrada USB

DVD 3 (Encontro de Acompanhamento 2 – Pais)

Papel cortado e fita adesiva

Lápis e borracha (um para cada participante)

Pincel atômico (diversas cores)

Fita adesiva

Cartolinas (2)

Papéis com os problemas (feito no Encontro de Acompanhamento 1 – Pais Atividade 1.1)

Lista de problemas do cotidiano (feita no Encontro de Acompanhamento 1 – Pais Atividade 1.1)

Cartaz “Ferramentas e habilidades para cuidar dos filhos e filhas” (KIT)

Cartaz “Lemas das Mães, Pais e Responsáveis” (KIT)

Acompanhamento 2 – Pais

COMUNICAR QUANDO NÃO

CONCORDA

Objetivos

Os pais irão: Aprender a se comunicar Aprender a evitar discutir quando não se concorda

Nota ao facilitador: nas atividades que houver uso

da cartolina, o facilitador pode utilizar: papel pardo, quadro branco ou qualquer material similar. Poderá ainda optar por fazer a atividade de modo oral, sem utilizar nenhum destes materiais ou tomando notas em um papel, caso seja necessário lembrar depois.

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Quando os pais e responsáveis começarem a chegar...

...............................1 minuto 1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida. 2. Peça para cada responsável colocar o seu crachá. 3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão da prática em casa

...............................5 minutos

4. Peça para abrirem no Caderno de Atividades, na parte que tem o quadrinho: “Em vez de brigar” (Encontro de Acompanhamento 1). 5. Peça aos pais para descreverem um momento na semana anterior em que eles evitaram uma discussão usando as ferramentas que aprenderam no Encontro de Acompanhamento 1.

Usando ferramentas para resolver problemas

Atividade 2.1...........20 minutos

1. Mostre a lista de “problemas diários”, com os comportamentos problemáticos feita no Encontro de Acompanhamento 1 (Atividade 1.1) e também utilize os papéis que ficaram na caixa e que não foram discutidos: Mostre a lista “Ferramentas e Habilidades

para cuidar dos filhos e filhas” (Encontro 6 – Pais)

(kit).

Caso tenha sobrado poucos papéis do

encontro anterior, peça aos participantes para

escreverem outros problemas e colocarem na

caixa. Ou você mesmo pode pôr papéis. Obs.: se

tiver um grupo com dificuldade de escrita, o

facilitador escreve nos cartões (sugestões:

mentir, roubar, pegar algo do irmão/irmã em

casa).

Em vez de brigar

“No entanto...”

“Independentemente...”

“A regra é....”

“Eu não vou discutir com”. Vá embora.

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2. Chame um voluntário para tirar um papel da

caixa e peça ideias do grupo para lidar com o problema usando os cartazes “Ferramentas e Habilidades para cuidar dos filhos e filhas” (kit).

3. Após cada sugestão ser dada, pergunte ao grupo o que o jovem pode estar aprendendo, de positivo ou negativo, com o responsável usando essa ferramenta.

4. Limite o tempo de 3 minutos para solução de cada problema.

Fim da atividade

Inicie o DVD

Fala do DVD..............6 minutos

Conflito em dar permissão.

Conflito em gritar.

Lidando com o conflito em dar permissão.

Lidando com o conflito em gritar. Narrador 1 Não há dois pais ou responsáveis com as mesmas ideias sobre como educar os filhos. Na verdade, discussões sobre como lidar com os filhos são uma das principais razões para a existência de conflito entre cônjuges. Mas, se você é casado ou é pai solteiro, você provavelmente fala com alguém sobre seus filhos.

Narrador 2 Isso significa que você provavelmente não concordará pelo menos alguma vez com essa pessoa quando você tem um problema com os filhos. E isso pode provocar sentimentos negativos porque sempre que houver conflitos ou discussões em casa, todos sentem.

Narrador 1 Vamos assistir algumas cenas normais quando os cônjuges e um pai e seu melhor amigo discordam sobre os filhos.

Lia

– Eu já disse que ele não poderia ir e agora você passou por cima de mim de novo

159

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Kleber – Bem, eu não sabia que você tinha dito não. Como é que eu ia saber?

Lia

– Bem, você pode perguntar. Você tem que me apoiar, sabia? Como vamos saber por onde ele anda se você sempre o deixa fazer o que quer?

Kleber – Você é muito dura com ele. Você tem que dar um pouco mais de espaço, ele é só um garoto.

Lia – É! E logo vai se meter em apuros. Esse é o seu problema. Sempre quer ser amigo dele em vez de um verdadeiro pai. Bem, por isso ele sempre reclama de mim. Eu sou a única que faz ele respeitar as regras por aqui.

Kleber – Não adianta falar com você, né? Você tem todas as respostas.

Carol – Não deveria gritar com ela assim, coitada. Por isso ela só sai com os amigos o tempo todo.

Vanessa

– Você não conhece ela. Toda vez que peço para ela fazer algo ela fica com raiva e responde: “Eu não vou aceitar isso!”

Carol – Então, o que você quer? Do jeito que grita com ela! E onde você aprendeu a falar tanto palavrão assim? Nossas pais nunca falaram assim com a gente.

Vanessa

– Você deve ter memória curta, Carol. Os meus pais sempre falavam palavrão comigo. É muito difícil criá-los sozinhos e ainda tenho que tentar fazer dar certo. Você deveria ser a minha melhor amiga, e agora tudo o que você faz é me dizer o que fazer.

Narrador 1

Essas cenas não vão dar em nada. Depois dessas trocas de insultos, todos ficam irritados ou magoados e nada é feito. E, pior ainda, quando os filhos ouvem discussões como essas, aprendem coisas que você não quer que eles aprendam.

Narrador 2

Na primeira cena em que o marido e a esposa estavam discutindo, o filho vai aprender que pode conseguir o que quiser jogando um pai contra o outro. Ele está aprendendo que se a mãe disser não, ele vai passar por cima dela e vai falar com o pai. Na segunda cena, a menina pode aprender a ter ainda menos respeito por sua mãe. E ela com certeza não vai querer perder tempo com os dois quando estão zangados e magoados.

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Narrador 1 Os pais ou responsáveis podem aprender maneiras de se comunicar e resolver problemas juntos, o que será melhor para todos. O primeiro passo é reconhecer o que é uma discussão e a partir daí saber o momento de parar. Narrador 2 Quando uma pessoa percebe que a conversa está se transformando em uma discussão, ela pode dizer, “Vamos parar. Isso não vai dar em nada. Podemos falar sobre isso quando nos acalmarmos?” Porque, quando uma ou duas pessoas estão irritadas ou magoadas as coisas vão de mal a pior. Narrador 1 Outra forma de saber quando você precisa de um tempo é quando uma ou ambas as partes estão culpando a outra pela situação. É natural tentar descobrir de quem é a culpa ou culpar quando você está chateado com alguma coisa, mas culpar nunca ajuda. Narrador 2 E é natural discordar. Você acha que sua maneira de lidar com a situação é a melhor. Mas ajuda a perceber que as divergências são naturais. É raro um marido e uma esposa que sempre concordam com a forma de criar os filhos. Vamos ver os mesmos pais ou responsáveis, mas desta vez pelo menos uma pessoa percebe quando as coisas estão saindo do controle e decide dar um tempo. Lia – Eu já disse que ele não poderia ir e agora você passou por cima de mim de novo. Kleber – Bem, eu não sabia que você tinha dito não. Como é que eu ia saber? Lia – Bem, você pode perguntar. Você tem que me apoiar, sabia? Como vamos saber por onde ele anda se você não controla o horário dele? Kleber (Pensando: isto vai virar uma dessas brigas de novo. Eu não vou convencê-la e ela não vai me convencer. Melhor dar um tempo) – Olhe, Lia, vamos acabar brigando de novo. Melhor nos acalmarmos e falarmos sobre como lidar com essa situação após a janta.

Lia – Tá, mas não vamos esquecer, tudo bem? Kleber – Tá. Você disse que já tinha dito que ele não poderia ir. Lia – Certo. Ele me pediu antes de eu sair para o trabalho e eu disse não, porque tinha escola no outro dia. Kleber – Aí ele achou que eu ia dizer que sim e veio falar comigo. Lia – Acho que sim. Ele achou que você ia deixar. Essa é a diferença entre mim e você e ele se aproveitou. Mas como vamos fazer para ele não passar por cima de mim? Kleber – Pois bem, vamos dizer que ele tem sempre que pedir dos dois. Lia – E se a gente não concordar, conversamos até tomarmos uma decisão e dizemos para ele. Narrador 1 Desta vez, o marido reconheceu que estavam entrando na mesma velha discussão que tinham sempre. Depois que eles se acalmaram e pararam de discutir, eles encontraram uma solução. Narrador 1 Naturalmente, o filho vai continuar tentando jogar um dos pais ou responsáveis um contra o outro por um tempo, mas vai acabar percebendo que seus pais ou responsáveis estão trabalhando em equipe. Carol – Não deveria gritar com ela assim, coitada. Por isso ela só sai com os amigos o tempo todo. Vanessa – Calma, Carol. Estou cansada, não quero discutir. Seria ótimo conversar com você sobre como lidar com o comportamento dela, mas agora não tem como. Outra hora, quando meu humor melhorar, tá?

...Depois...

Sobre que situações os adultos geralmente discordam?

2 min.

2 min.

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Identificando discussões típicas

Atividade 2.2..............2 minutos

Cartolina

1. Peça ao grupo para falar situações em que dois adultos geralmente discordam sobre os filhos. Anote na cartolina, deixando espaço embaixo de cada item. Exemplo: hora do filho voltar para casa. 2. Escreva dois pontos de vista para uma situação da lista. Por exemplo, hora de voltar para casa: “Deixa eles se divertirem” versus “É perigoso ficar fora depois do horário combinado”. 3. Diga que desacordos são normais e esperados. Nota: o tempo para esta atividade é de 2 minutos, o que dará tempo para falar de uma situação. Mas deixe o grupo dizer algumas situações, e pegue uma para fazer a atividade.

Fim da atividade

Fala do DVD .............. 7 minutos

Exemplo de Falante-Ouvinte, Tarefas Domésticas

Exemplo de Falante-Ouvinte, gritar

162

Narrador 1 Quando você decidir dar um tempo é muito importante voltar ao problema o mais rápido possível. Na cena que acabamos de ver, o amigo pode ter tido algumas boas ideias sobre como o pai poderia lidar melhor com a situação. Mas ambas as partes têm de concordar em falar sem culpar a outra.

Em que situações adultos concordam?

2 min.

Narrador 1 Depois de ambas as partes se acalmarem, e concordarem em analisar juntas o problema, a técnica do falante-ouvinte pode ser muito útil. Na técnica do falante-ouvinte, vocês revezam para falar sobre seus pontos de vista. Depois de um ou dois minutos, pare de falar e deixe a outra pessoa resumir o que você disse. Vocês não devem comentar sobre o que acham da situação.

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Narrador 2 Vamos ver um casal experimentando a técnica do falante-ouvinte. O falante tem a palavra e é breve. O ouvinte irá prestar atenção e tentar entender o ponto de vista do cônjuge. Depois que o falante parar de falar, o ouvinte irá verificar se entendeu o que o falante estava tentando passar. Kleber – OK. Eu vou ser o falante. Meu ponto é: nós queremos que as crianças façam seus afazeres domésticos sem reclamar. Outro dia era pro José passar o aspirador na sala, mas ele te convenceu e não fez. E ele acabou não fazendo. Toda vez que você abre mão... Narrador 2 (interrompendo) Espera um pouco. Vamos ver se ela entendeu a primeira parte antes de você continuar. Lia – Então você quer que as crianças façam suas tarefas e você não gostou outro dia quando eu deixei o José sair e jogar tênis. Kleber – Certo. Quando você abre mão e os deixa fazerem o que querem; da próxima vez eles vão pensar que não precisam fazer nada. Lia – E você acha que as coisas só vão piorar se eu ficar abrindo mão. O José esperou a semana toda para poder... Narrador 2 (interrompendo) Espera aí. Você vai poder falar o seu ponto de vista assim que ele terminar. Kleber – Só mais uma coisa. Acho que devemos tentar manter as regras da casa que criamos. Que eles têm de limpar seus quartos e fazer seus afazeres domésticos no sábado antes de sair. E isso vale para a Rosa também. Lia – É, eles devem respeitar as regras, como, por exemplo, que eles façam seus afazeres domésticos e limpem os quartos antes de irem a qualquer lugar? Kleber – Tá bem. Narrador 2 (para a esposa) – OK. Agora é sua vez de falar.

Lia – Bem, eu acho que as regras são boas. Mas acho que existem algumas exceções. Por exemplo, quando meus pais vêm passar o dia ou se decidirmos ir para outro lugar. Ou até mesmo se alguma das crianças tiver algo importante. Kleber – Sim, mas você acha que isso era mesmo importante... Narrador 2 (interrompendo) Lembre-se, não dê opiniões ainda. Primeiro compreenda o que ela estava dizendo. Kleber – Você acha que existem exceções, como se nós tivermos visitas ou sairmos. Lia – Sim, ou se um deles tiver algo importante. Kleber – Ok, então você acha que podemos ser flexíveis com as regras de vez em quando. Lia – Certo. Narrador 2 (para os dois) Como você pode ver, vocês ficam indo e vindo revezando em falar e ouvir, vendo o ponto de vista da outra pessoa, aí você pode dizer o que acha. Narrador 1 Como você pode imaginar, não é fácil. Quando estamos falando com outra pessoa, especialmente quando estamos em desacordo, geralmente estamos à espera de uma oportunidade para parar e conversar sobre nosso modo de ver as coisas. Ou às vezes tentamos fazer a outra pessoa concordar conosco. Narrador 2 Mas o que provoca discussões e brigas é que cada um dá sua opinião e não ouve o outro. Depois de alguns minutos, cada um está mais convicto de que está certo e a outra pessoa está errada. Narrador 1 Vamos rever como usar a técnica do falante-ouvinte. O falante fala brevemente e diz seu ponto de vista. Ele ou ela divide em pequenas partes para que o ouvinte possa entender, um ponto por vez. O ouvinte presta atenção e não interrompe. Aí o ouvinte resume o que foi dito. Se o ouvinte perder um ponto, o falante repete e o ouvinte tenta de novo.

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Narrador 2 Quando o ouvinte entende o ponto de vista do falante, ambos têm uma chance de contar seu lado das coisas. A pessoa que falou agora ouve e tenta entender o ponto de vista do cônjuge. Desta forma, ambas as pessoas podem ser ouvidas e saber que a outra pessoa pelo menos compreende seu ponto de vista, mesmo que não concorde. Narrador 1 No nosso exemplo, mostramos os cônjuges experimentando a técnica falante-ouvinte, mas funciona da mesma forma para duas pessoas conversando quando não concordarem com alguma coisa. Um pai solteiro que está conversando com sua irmã, mãe ou um amigo sobre um problema pode fazer a mesma coisa para obter ajuda na resolução de um problema, ou apenas para sentir que a outra pessoa entende. Narrador 2 Vamos ver algumas pessoas usando a técnica falante-ouvinte quando têm diferentes pontos de vista. Observe como a mulher que está escutando presta atenção ao que a outra pessoa está dizendo e guarda suas opiniões até que compreenda o ponto de vista da outra pessoa. Vanessa – Desculpa pelo outro dia quando eu discuti com você. Carol – Aquele dia que você estava gritando com a Ester? Vanessa – É. Eu não acho que os filhos tenham o direito de falar com os pais daquele jeito, não importa o motivo. Carol – Então você acha que qualquer que seja a situação, o filho não deve responder? Vanessa – Pois é. Fazemos tudo por eles e acho que merecemos respeito. Quando ela age assim, eu só penso em bater nela.

Carol – Então você acha que os filhos devem nos tratar melhor depois de tudo e quando eles respondem, você quer explodir? Vanessa – Sim, é exatamente assim que eu me sinto. Carol – Eu entendo o que você diz; eu só tenho uma opinião diferente. Eu acho que, como adultos, devemos manter a calma e não explodir. Vanessa – Você acha que devemos ser frios o tempo todo? Carol – Sim, a coisa só piora se gritarmos com eles. Como pais, temos que dar o exemplo. Nós somos o modelo. Vanessa – Então você acha que é pior quando a gente explode? Carol – Eu sei que você se aborrece, mas eu só acho que é mais difícil para Ester se dar bem com você quando vocês ficam furiosas uma com a outra. Vanessa – É isso que prejudica nosso relacionamento, quando gritamos uma com a outra o tempo todo, não é? Carol – É. É o que estou tentando dizer. Vanessa – É, eu sei. Tô entendo. Narrador Provavelmente vai ser estranho quando você começar a usar a técnica do falante-ouvinte porque a maioria de nós não está acostumada a ouvir. Queremos interromper com nosso próprio ponto de vista. Mas se aprendermos a ouvir e tentarmos entender o ponto de vista do outro isso nos ajudará a trabalhar em conjunto para resolver os problemas com os nossos filhos.

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Praticando a Técnica do Ouvinte-Falante

Atividade 2.3..............16 minutos

1. Chame um voluntário para ajudar a demonstrar a técnica do falante-ouvinte. O facilitador é o ouvinte e o voluntário o falante. Peça ao voluntário para descrever seus sentimentos sobre alguns aspectos de ser pai/mãe ou sobre o filho. Pode falar sobre o sentimento sobre situações como: Situações: problemas em casa com tarefas domésticas, conflitos entre irmãos, namoro na adolescência, rendimento dos filhos na escola, sonhos e metas para os filhos no futuro. Peça que sejam breves, e o ouvinte (neste caso o facilitador) resume o que foi dito. 2. Divida o grupo em duplas com os cônjuges juntos, se os dois estiverem presentes. 3. Fale que há possíveis situações de desacordo, como: hora para chegar em casa, locais que frequentam para se divertir, quantidade de tarefas domésticas, horário de dormir, tipo de roupa.

Caderno

4. Peça a cada dupla para falar um tópico que discorda e abrir o caderno para ver o item “Lidando com Discórdia”. 5. Peça a cada dupla para usar a técnica falante-ouvinte, usando uma situação da qual discorda.

6. Lembre o grupo das regras da técnica e circule para oferecer ajuda. Pode ser que as duplas tenham tempo para mais de um tópico.

Nota: você pode deixar 10 minutos para a prática da técnica falante-ouvinte e 6 minutos para as perguntas finais (item 7).

7. Faça os participantes voltarem ao grupo e introduza as seguintes perguntas:

Qual foi a parte mais difícil da atividade?

Quais seriam as vantagens de usar a técnica?

Como você se sentiu quando a outra pessoa

entendeu seu ponto de vista?

Para quais situações você pode usar essa técnica em casa?

Fim da atividade

O falante fala rápido.

O ouvinte não interrompe. O ouvinte resume.

16 min.

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Preparação para o encontro das famílias

..................................2 minutos

1. Incentive os pais a colocarem o cartão “Lidando com Discórdias” junto com o cartão “Amor e Limites” (do encontro 1, quando fizeram a primeira vez o programa). 2. Diga aos pais que o encontro das famílias começará com um curto jogo e eles junto com os filhos expressarão diferentes pontos de vista sobre assuntos comuns.

Conclusão

................................1 minuto

1. Pratiquem o “Lemas das Mães, Pais e Responsáveis” em grupo.

Preparação para a

encontro das famílias

2 min.

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Acompanhamento 3

Pais REVISAR AS HABILIDADES DE AMOR E LIMITES

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Acompanhamento 3 Filhos: DAR O RECADO

Acompanhamento 3 Famílias: COMPREENDER OS PAPÉIS FAMILIARES

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa ............................170 Soluções para os problemas diários ..............170 Elogios para os filhos .....................................171 Bingo ..............................................................172 Praticando as habilidades ..............................173 Prática em casa ..............................................175 Preparação para o encontro das famílias ......175 Conclusão ......................................................175

Materiais necessários:

Lista de presença dos pais

Crachás (1 para cada participante) Ficha de bingo (sementes, moedas, tampinha) Dados de 6 lados

Balões

Televisão ou projetor Leitor de DVD ou computador com leitor de

DVD/ entrada USB

Caixa de som

Cartolina e pincel atômico Folha A4 dividida em 4 partes (1 por

responsável) Cartões “Bingo” (25 KIT) Cartões “Habilidades a praticar” (36 KIT) Cartaz “Habilidades a praticar” (KIT) Cartaz “Ferramentas e habilidades dos

responsáveis” (KIT) Cartaz “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” (KIT)

Acompanhamento 3 – Pais

REVISAR AS HABILIDADES DE

AMOR E LIMITES

Objetivos

Os pais irão:

Revisar os conceitos e praticar as habilidades Fazer elogios para os filhos

Aprender a evitar discussões

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Quando os pais começarem a chegar...

...............................1 minuto 1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida. 2. Peça para cada pai/responsável colocar o seu crachá. 3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão da prática em casa

...............................13 minutos

1. Coloque o cartaz “Ferramentas e habilidades

dos responsáveis” (kit).

2. Conduza o debate sobre o que está dando certo em casa, concentrando-se no modo como os pais e filhos estão usando as ferramentas e habilidades. Pergunte especificamente sobre a atividade de pressão dos amigos (Tentaram? Como funcionou?).

Soluções para os problemas diários

Atividade 3.1...........10 minutos

1. Divida aos pais em grupos de três ou quatro sem os cônjuges. Peça a cada pessoa para pensar em um problema de comportamento que gostaria de dividir com o grupo. Peça aos grupos

que pensem em sugestões, usando ideias do cartaz “Ferramentas e Habilidades dos Responsáveis”, bem como outras sugestões. Ofereça ajuda aos grupos, se necessário. 2. Faça os grupos compartilharem ideias como possíveis soluções para problemas em casa.

AVISO

Se a introdução levar mais de 10 minutos, os pais ou responsáveis não terão terminado quando os filhos se juntarem ao grupo no

final do encontro

10 minutos

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Elogios para os filhos

Atividade 3.2...........10 minutos

1. Diga aos pais que eles vão jogar com os filhos no encontro das famílias. 2. Peça aos pais para lembrarem-se de características de um bom elogio, incluindo o seguinte:

Elogios sobre algo específico que o filho fez

Não terminar criticando

Cartolina

3. Incentive os pais a darem exemplos de elogios e escreva-os na cartolina incluindo coisas como:

“Gostei de você ter se arrumado rápido para a escola. ”

“Obrigado por lavar a louça sem ninguém pedir. ”

“Legal: você chegou em casa na hora combinada. ”

“Nosso sábado foi ótimo (pescando, comprando, andando de bicicleta, etc.) ”

4. Dê pedaços de papel e peça aos pais para escreverem elogios. E em seguida para colocarem cada um dos elogios nos balões.

Fim da atividade

Ótimo, você fez sua

lição de casa.

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Bingo

B

Atividade 3.3.................15 minutos

1. Diga aos pais para pensarem em momentos recentes que usaram as ferramentas do jogo de bingo. 2. Auxilie os pais para abrirem o caderno de atividades. 3. Dê os cartões e as fichas do bingo e explique que quando uma ferramenta for sorteada eles colocam a ficha no quadrado correspondente.

Lembre-se: É importante que a ferramenta tenha sido usada no último mês em casa com os filhos.

4. Leia os itens na ordem abaixo:

Ter regras em casa

Lembrar da idade do jovem

Usar uma frase que começa com “Eu” Compreender o ponto de vista do filho Dar privilégios extras Usar “quem? O quê? Onde? Quando? ” Dizer “não” com firmeza e gentileza Divertir-se com a família Usar uma tarefa doméstica de cinco minutos Elogiar as boas atitudes Falar sobre metas e sonhos fazer momentos de família Escutar os sentimentos Controlar o estresse Tirar um privilégio Apoiar os objetivos do filho Usar consequências Usar um sistema de pontos Pedir um tempo para evitar discussões Sair da sala para se acalmar Evitar brigas Falar um de cada vez Resolver problemas juntos Pedir ajuda de outro adulto

N G O

172

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5. Depois que cada item for lido, todos os que colocaram uma ficha naquele quadrado devem descrever um momento quando usaram a ferramenta.

6. Continue até que vários responsáveis completem o bingo.

Incentive os responsáveis a darem exemplos de outras habilidades do bingo.

Fim da atividade

Praticando habilidades

Atividade 3.4...........10 minutos

1. Mostre o cartaz “Habilidades a Praticar” e diga que eles vão jogar um dado para ver que habilidade vão praticar.

2. Depois que cada pessoa jogar o dado, incentive que todos pratiquem as habilidades com o número correspondente ao número do

dado (por exemplo, se der 1, eles vão tirar o cartão com o nome “Frase que começa com Eu” e responderão à situação do cartão usando uma frase que comece com “Eu”).

Fim da atividade

HABILIDADES A PRATICAR

1. Frases que começam com “Eu” (Eu fico... quando você... porque... quero que você...)

2. Quem? O quê? Onde? Quando? 3. “Você de estar se sentindo...” 4. Dê ou tire um privilégio 5. Dê uma tarefa doméstica de cinco minutos

6. Dê algo para divertirem-se juntos

173

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Prática em casa

.................................1 minuto

1. Escolha uma habilidade com a qual você se sente menos confortável e use em casa.

2. Ajude os participantes a encontrarem o cartão “Os responsáveis fazem a diferença”, no caderno de atividades.

Preparação para o encontro de famílias

....................................1 minuto

1. O encontro das famílias vai começar com balões. Cada balão terá um elogio para o responsável fazer para o filho. Depois que o balão for estourado, os pais e filhos vão adivinhar para quem é o elogio.

2. Em seguida uma família (a que se dispuser) jogará o “Jogo do Milhão”, enquanto as demais vão resolver um problema de forma divertida, usando diferentes papéis.

Conclusão

................................ 30 segundos

1. Pratiquem o “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” em grupo.

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Acompanhamento 4

Pais

REVER COMO AJUDAR COM

A PRESSÃO DOS AMIGOS

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Acompanhamento 4 Filhos: PRATICAR NOSSAS HABILIDADES

Acompanhamento 4 Famílias: A FORÇA DA FAMÍLIA

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Programa

Famílias Fortes

Sumário

Revisão da prática em casa...............................178 Usando a Técnica do Ouvinte-Falante com seu filho ....................................................178 Ajudando seu filho a resistir à pressão dos amigos ........................................................182 Resistindo à pressão dos amigos ......................184 Obtendo apoio na criação dos filhos ................185 Prática em casa .................................................186 Preparação para o encontro das famílias .........186 Conclusão ..........................................................186

Materiais necessários:

Crachás

Lista de presença dos pais (Encontro de Acompanhamento 1 – Pais) Várias moedas de 1 e 10 centavos

Televisão ou projetor Leitor de DVD ou computador com leitor de DVD/ entrada USB

Caixa de som

DVD 2 (Encontro 6 – Pais) DVD 3 (Encontro de Acompanhamento 2 – Pais) Cartaz “Técnica do Falante-Ouvinte” (KIT) Cartaz “Passos para resistir à pressão dos amigos” (KIT) Cartaz “Lemas das Mães, Pais e Responsáveis” (KIT)

Acompanhamento 4 – Pais

REVER COMO AJUDAR COM A

PRESSÃO DOS AMIGOS

Objetivos

Os pais irão: Rever apoio para a pressão dos amigos

Saber como conseguir ajuda na criação

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Quando os pais começarem a chegar

...............................1 minuto 1. Receba a todos com respeito e demonstre que a presença de cada um é percebida. 2. Peça para cada responsável colocar o seu crachá. 3. Organize o preenchimento da lista de presença.

Revisão da prática em casa

...............................8 minutos

4. Peça aos pais para descreverem uma ferramenta de criação dos filhos que usaram com sucesso em casa durante a semana.

5. Peça aos pais para dizerem uma ferramenta que ainda usam.

Usando a Técnica do Falante-Ouvinte com seu filho

Fala do DVD................7 minutos

Exemplo de falante-ouvinte, tarefas domésticas.

Exemplo de falante-ouvinte, gritar.

Mostre a cena a seguir do DVD do Encontro de

Acompanhamento 2 – Pais, “Comunicar quando não concorda”, que começa aos 8 minutos no DVD.

Inicie o DVD

Narrador 1 Depois de ambas as partes se acalmarem, e concordarem em analisar juntas o problema, a técnica do falante-ouvinte pode ser muito útil. Na técnica do falante-ouvinte, vocês revezam para falar sobre seus pontos de vista. Depois de um ou dois minutos, pare de falar e deixe a outra pessoa resumir o que você disse. Vocês não devem comentar sobre o que acham da situação. Narrador 2 Vamos ver um casal experimentando a técnica do falante-ouvinte. O falante tem a palavra e é breve. O ouvinte irá prestar atenção e tentar entender o ponto de vista do cônjuge. Depois que o falante parar de falar, o ouvinte irá verificar se entendeu o que o falante estava tentando passar. Kleber – OK. Eu vou ser o falante. Meu ponto é: nós queremos que as crianças façam seus afazeres domésticos sem reclamar. Outro dia era pro José passar o aspirador na sala, mas ele te convenceu e não fez. E ele acabou não fazendo. Toda vez que você abre mão... Narrador 2 (interrompendo) Espera um pouco. Vamos ver se ela entendeu a primeira parte antes de você continuar.

Lia – Então você quer que as crianças façam suas tarefas e você não gostou outro dia quando eu deixei o José sair e jogar tênis.

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Kleber – Certo. Quando você abre mão e os deixa fazerem o que querem; da próxima vez eles vão pensar que não precisam fazer nada. Lia

– E você acha que as coisas só vão piorar se eu ficar abrindo mão. O José esperou a semana toda para poder... Narrador 2 (interrompendo) Espera aí. Você vai poder falar o seu ponto de vista assim que ele terminar. Kleber – Só mais uma coisa. Acho que devemos tentar manter as regras da casa que criamos. Que eles têm de limpar seus quartos e fazer seus afazeres domésticos no sábado antes de sair. E isso vale para a Rosa também. Lia

– É, eles devem respeitar as regras, como, por exemplo, que eles façam seus afazeres domésticos e limpem os quartos antes de irem a qualquer lugar? Kleber – Tá bem. Narrador 2 (para a esposa) – OK. Agora é sua vez de falar. Lia

– Bem, eu acho que as regras são boas. Mas acho que existem algumas exceções. Por exemplo, quando meus pais vêm passar o dia ou se decidirmos ir para outro lugar. Ou até mesmo se alguma das crianças tiver algo importante. Kleber – Sim, mas você acha que isso era mesmo importante... Narrador 2 (interrompendo) Lembre-se, não dê opiniões ainda. Primeiro compreenda o que ela estava dizendo. Kleber – Você acha que existem exceções, como se nós tivermos visitas ou sairmos. Lia

– Sim, ou se um deles tiver algo importante. Kleber – Ok, então você acha que podemos ser flexíveis com as regras de vez em quando. Lia

– Certo.

Narrador 2 (para os dois) Como você pode ver, vocês ficam indo e vindo revezando em falar e ouvir, vendo o ponto de vista da outra pessoa, aí você pode dizer o que acha. Narrador 1 Como você pode imaginar, não é fácil. Quando estamos falando com outra pessoa, especialmente quando estamos em desacordo, geralmente estamos à espera de uma oportunidade para parar e conversar sobre nosso modo de ver as coisas. Ou às vezes tentamos fazer a outra pessoa concordar conosco. Narrador 2 Mas o que provoca discussões e brigas é que cada um dá sua opinião e não ouve o outro. Depois de alguns minutos, cada um está mais convicto de que está certo e a outra pessoa está errada. Narrador 1 Vamos rever como usar a técnica do falante-ouvinte. O falante fala brevemente e diz seu ponto de vista. Ele ou ela divide em pequenas partes para que o ouvinte possa entender, um ponto por vez. O ouvinte presta atenção e não interrompe. Aí o ouvinte resume o que foi dito. Se o ouvinte perder um ponto, o falante repete e o ouvinte tenta de novo.

O falante fala rápido

O ouvinte não interrompe

O ouvinte resumo

Narrador 2 Quando o ouvinte entende o ponto de vista do falante, ambos têm uma chance de contar seu lado das coisas. A pessoa que falou agora ouve e tenta entender o ponto de vista do cônjuge. Desta forma, ambas as pessoas podem ser ouvidas e saber que a outra pessoa pelo menos compreende seu ponto de vista, mesmo que não concorde. Narrador 1 No nosso exemplo, mostramos os cônjuges experimentando a técnica falante-ouvinte, mas funciona da mesma forma para duas pessoas conversando quando não concordarem com alguma coisa. Um pai solteiro que está conversando com sua irmã, mãe ou um amigo sobre um problema pode fazer a mesma coisa para obter ajuda na resolução de um problema, ou apenas para sentir que a outra pessoa entende.

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Narrador 2 Vamos ver algumas pessoas usando a técnica falante-ouvinte quando têm diferentes pontos de vista. Observe como a mulher que está escutando presta atenção ao que a outra pessoa está dizendo e guarda suas opiniões até que compreenda o ponto de vista da outra pessoa.

Vanessa – Desculpa pelo outro dia quando eu discuti com você.

Carol – Aquele dia que você estava gritando com a Ester?

Vanessa – É. Eu não acho que os filhos tenham o direito de falar com os pais daquele jeito, não importa o motivo.

Carol – Então você acha que qualquer que seja a situação, o filho não deve responder?

Vanessa – Pois é. Fazemos tudo por eles e acho que merecemos respeito. Quando ela age assim, eu só penso em bater nela.

Carol – Então você acha que os filhos devem nos tratar melhor depois de tudo e quando eles respondem, você quer explodir? Vanessa – Sim, é exatamente assim que eu me sinto. Carol – Eu entendo o que você diz; eu só tenho uma opinião diferente. Eu acho que, como adultos, devemos manter a calma e não explodir. Vanessa – Você acha que devemos ser frios o tempo todo? Carol – Sim, a coisa só piora se gritarmos com eles. Como pais, temos que dar o exemplo. Nós somos o modelo. Vanessa – Então você acha que é pior quando a gente explode? Carol – Eu sei que você se aborrece, mas eu só acho que é mais difícil para Ester se dar bem com você quando vocês ficam furiosas uma com a outra. Vanessa – É isso que prejudica nosso relacionamento, quando gritamos uma com a outra o tempo todo, não é? Carol – É. É o que estou tentando dizer. Vanessa – É, eu sei. Tô entendo. Vanessa

- Ok. Entendo

Pare o DVD aqui

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Usando a Técnica do Falante-Ouvinte com seu filho

Atividade 4.1..........15 minutos

1. Fixe o cartaz “Técnica Falante-Ouvinte” e pergunte aos responsáveis se a mulher da última cena se saiu bem. Mencione o seguinte:

O falante disse pouco.

O ouvinte prestou atenção e não interrompeu;

O ouvinte resumiu antes de dar seu ponto de vista;

Eles se revezaram.

2. Diga ao grupo que eles vão praticar essa técnica como se estivessem falando com o filho.

Pergunte aos responsáveis por que seria difícil usar a técnica com o filho;

3. O facilitador faz o papel de um jovem na seguinte situação e pede aos responsáveis para usarem a técnica. Se um responsável parar de usar a técnica, peça que outros responsáveis interrompam (como o narrador fez) e volte às regras do cartaz. Diga que eles não devem resolver a questão, só usar a técnica:

Um filho diz ao responsável por que deveria ficar acordado até tarde

Uma jovem diz por que ela quer uma roupa cara

Um jovem diz por que deveria assistir a certo programa

4. Diga que ouvir o filho não significa que o responsável deve ceder ao pedido. Em vez disso, o responsável ouve o ponto de vista do filho antes de dizer qual é a regra ou negociar como resolver o problema.

Fim da atividade

Técnica Falante-Ouvinte

1. O falante tem a palavra e é breve.

2. O ouvinte presta atenção e não interrompe.

3. O ouvinte resume o que o falante disse.

4. Falante e ouvinte se revezam.

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Ajudando seu filho a resistir à pressão dos amigos

Atividade 4.2............6 minutos

1. Lembre os responsáveis que é difícil para os filhos resistirem à pressão dos amigos e que é útil os responsáveis ajudarem a lembrar dos passos que aprenderam. Diga que os filhos participantes desse programa conseguem resistir muito melhor à pressão dos amigos e ficar longe de problemas. 2. Fixe o cartaz “Passos para resistir à pressão dos amigos” e revise como eles funcionam:

Pergunte: para que seu (sua) filho (a) saiba com certeza o que o amigo está tentando fazer com ele.

Dê nome ao problema: ajuda o outro jovem a ver a seriedade do que está sugerindo.

Diga o que pode acontecer: é importante para convencer o outro jovem a desistir.

Dê outra ideia e chame para ir com você: significa dizer outra coisa que poderiam fazer e convidar o jovem para fazer outra coisa.

Fique tranquilo e diga: “Fulana, me escuta! ”: significa não ficar com raiva e aborrecido com a outra pessoa, fazê-la prestar atenção ao ser chamada pelo nome e fazer a outra pessoa parar de discutir.

Repita os passos de 1 a 4: serve para deixar clara a opinião de seu (sua) filho (a).

Saia para fazer o que você sugeriu: significa que seu (sua) filho (a) sabe o que quer e está tomando boas decisões, se afastando do problema.

3. Mostre os primeiros três minutos do DVD do Encontro 6 – Famílias, “Responsáveis ajudando com a pressão dos amigos”.

Fim da atividade

Inicie o DVD

Fala do DVD................3 minutos

Ajuda dos pais, roubo em lojas

Narrador 1

É difícil ser adolescente hoje em dia. Tem o estresse na escola e em casa, a pressão dos amigos. Às vezes, parece que todos querem que você faça alguma coisa ou tente fazer algo que você não quer.

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E é por isso que é difícil ser pai também. Os pais ou responsáveis querem que seus filhos cresçam saudáveis e vençam na vida. Mas os pais ou responsáveis sabem que as pressões que os filhos enfrentam tornam tudo muito difícil. Eles se preocupam com o fato de os filhos se meterem em apuros ou se envolverem em coisas que realmente poderiam prejudicá-los. Quando os jovens falam com os pais ou responsáveis sobre os problemas, e quando os pais ou responsáveis ouvem, isso os ajuda a descobrir como lidar com situações difíceis, e assim todos ganham. Agora, vamos ouvir uma jovem que tem um problema difícil. Carol – Tudo bem? Você parece chateada. Maria – Oh, estou bem. Carol – Sabe, é bom falar, faz bem. Você está chateada desde que voltou do shopping com os amigos. Maria – Bem, se eu lhe disser, promete não dizer nada a ninguém? Carol – Você pode confiar em mim, meu amor. Eu não vou contar a alguém a menos que seja preciso. Maria – Bem, foi a Samantha. Estávamos no trocador e ela viu uma blusa que ela gostou, mas não tinha dinheiro. Ela estava pensando em colocar na mochila. Carol (calmamente) – Mas ela levou a blusa sem pagar? Maria – Não, a vendedora voltou e ela colocou de volta. Mas e se ela não fosse pega de verdade? Carol – Bem, é uma situação difícil. O que você vai fazer se isso acontecer de novo? Maria – Eu acho que eu não vou mais ao shopping com ela. Carol – Mas e se outro dos seus amigos quisesse fazer a mesma coisa? Maria – Bem. Não sei o que eu faria. Eu não quero ter problemas, mas não quero que meus amigos pensem que sou idiota. Eu sei que tem gente na escola que pega as coisas sem pagar.

Carol – Eu sei que é importante para você manter seus amigos. O que você acha que poderia fazer para se safar da situação? Maria – Bem, eu poderia perguntar tipo “o que nós vamos fazer?” Carol – Pode ajudar, mas aposto que alguns furtam sem planejar. O que você aprendeu sobre como lidar com a pressão dos amigos? Maria – Bem, primeiro posso “fazer perguntas”. Depois “dar nome ao problema” e aí dizer “Olha, isso é ilegal. Você pode ser preso por isso”. Carol – Humm, muito bem! É verdade. Tem uma mulher que o filho… bem, ele não aguentava a pressão dos amigos e acabou sendo preso por furto. Maria – E aí eu poderia sugerir algo como “Vamos comer alguma coisa”. Carol – Mas e se eles não forem com você? Maria – Bem, aí eu tento ir embora e digo que eles podem vir depois se mudarem de ideia. Carol – Humm, você lida muito bem com essa coisa de pressão. Quer ver como funciona? Bem, eu vou ser seu amigo, e vamos estar juntos no trocador. E tem essa camisa de seda realmente cara que eu não posso comprar. E eu vou simplesmente por debaixo da minha camisa e sair sem pagar. Maria – Mas isso é ilegal. Você vai ser presa, e ir para a delegacia e eles vão ter que chamar os seus pais. Carol – Mas eles nem sabem que eu peguei. Eles acham que temos três itens. Maria – Eu estou com fome. Coloca de volta, vamos comer alguma coisa. Carol – Você é tão covarde! Sempre pensa que vamos ser presas. Maria – Bem, vou pra lanchonete. Se você mudar de ideia, venha comigo.

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Carol – Parabéns, Maria. Você se saiu muito bem, estou orgulhosa de você. Você pode não conseguir evitar que seus amigos se metam em problemas, mas você pode cuidar de você. Muito bem!

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Resistindo à pressão dos amigos

Atividade 4.3............6 minutos

1. O facilitador faz um jovem preocupado sobre como lidar com a pressão de um amigo. Um voluntário do grupo ajuda a lembrar os passos para lidar com a pressão dos amigos. Você pode usar uma ou mais das seguintes situações:

Uma jovem diz que a amiga quer que ela fume no banheiro da escola Um jovem diz que o amigo quer que ele fume maconha Um jovem diz que um colega de aula quer que ele piche o carro do professor

2. Lembre os pais que eles não devem dar bronca ou resolver o problema, mas sim ajudar o jovem a lembrar e usar os passos para lidar com a pressão dos amigos.

3. Diga que eles ajudarão o jovem a praticar os passos no encontro das famílias.

Fim da atividade

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Obtendo apoio na criação dos filhos

Atividade 4.4..........12 minutos

1. Lembre como é difícil ser pai. Diga que o apoio

deles ajuda muito. Diga também quais das seguintes coisas são de ajuda para os pais:

Cônjuge/parceiro

Tios

Avós

Amigos

Religião

Vizinhos Instituições comunitárias de apoio familiar (casas de recuperação, serviços sociais, grupos voluntários, casa da criança, etc.) Médico

Conselheiro tutelar

Livros, artigos

2. Diga aos pais que cada um provavelmente tem diferentes tipos de apoio. Ajude-os a abrirem o caderno na atividade “Apoio na criação dos filhos” e peça a eles para tirarem uma moeda de um e 10 centavos. Leve moedas para todos;

3. Ajude o grupo a localizar a atividade “Minhas Ajudas” no Caderno dos Responsáveis e organize moedas para que eles possam tirar.

4. Explique que o círculo mais ao centro

representa o apoio que são as pessoas e grupos aos quais os pais poderiam consultar para qualquer tipo de ajuda, com quem podem conversar facilmente.

5. Oriente os pais a desenharem e marcarem círculos ao redor dos anéis centrais:

• use a moeda de um centavo mais ao centro para representar as pessoas ou grupos que lhe dão mais apoio; Use a moeda de 10 centavos para desenhar círculos mais afastados, representando as pessoas ou os grupos que lhes dão bom apoio, mas que não são tão próximas.

Discussão:

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EU

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6. Faça um debate sobre que tipos de pessoas e grupos podem dar mais apoio aos pais.

7. Peça ideias aos pais sobre como aumentar o apoio que recebem na criação dos filhos.

Certifique-se de que esses itens sejam mencionados: Pedir ajuda específica; Compartilhar os problemas; Sair juntos; Convidar algum amigo ou familiar para sair

com você e seus filhos; Frequentar algum grupo espiritual.

Nota: pergunte ao grupo se eles gostariam de se encontrar novamente informalmente para receber apoio de grupo. Caso manifestem interesse, ajude-os a planejar uma data, a pessoa que ficará responsável e onde será o encontro.

Fim da atividade

Prática em casa

...............................1 minuto

1. Oriente que os pais pratiquem a Técnica do Falante-Ouvinte” com seu filho.

2. Peça para abrirem o caderno no cartão “Todos os responsáveis precisam de apoio”.

Preparação para o encontro das famílias

...............................1 minuto

1. O encontro das famílias começará com um jogo no qual filhos e pais verão o que gostam e não gostam.

2. Após a brincadeira os pais ajudarão os filhos a usarem os passos da pressão dos amigos e a identificarem qualidades que a família tem.

Conclusão

...............................30 segundos

3. Pratiquem o “Lema das Mães, Pais e

Responsáveis” em grupo.

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SECRETARIA NACIONAL MINISTÉRIO DA MULHER,

DA FAMÍLIA DA FAMÍLIA E DOS

DIREITOS HUMANOS