642

Manual Eleitoral 2016

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  • MANUAL ELEITORAL

    ELEIES 2016

  • Rio Grande do Sul. Ministrio Pblico. Gabinete de Assessoramento

    Eleitoral.

    Manual eleitoral 2016. Porto Alegre: Associao do Ministrio

    Pblico do Rio Grande do Sul / Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande

    do Sul, 2016.

    640p.

    1. Direito eleitoral Brasil legislao. 2. Legislao eleitoral Brasil.

    l. Ttulo.

    CDU 342.8(81)(094)

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justia

  • Rio Grande do Sul. Ministrio Pblico. Gabinete de Assessoramento

    Eleitoral.

    Manual eleitoral 2016. Porto Alegre: Associao do Ministrio

    Pblico do Rio Grande do Sul / Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande

    do Sul, 2016.

    640p.

    1. Direito eleitoral Brasil legislao. 2. Legislao eleitoral Brasil.

    l. Ttulo.

    CDU 342.8(81)(094)

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca da Procuradoria-Geral de Justia

    NOTA DE EDIO

    A presente obra composta a partir de estudos e pesquisas do Gabinete de

    Assessoramento Eleitoral do MP/RS sobre a legislao vigente, tendo como base principal as

    decises e publicaes mais recentes do STF, STJ, TSE e tribunais regionais eleitorais.

    O objetivo desta ferramenta fornecer uma viso sistemtica e panormica sobre os

    temas mais importantes do Direito Eleitoral, de forma a propiciar ao leitor uma singela contribuio

    compreenso dos principais institutos eleitorais do ordenamento jurdico brasileiro.

  • MANUAL ELEITORAL

    ELEIES 2016

    Organizao:

    Subprocuradoria-Geral de Justia para Assuntos Institucionais

    Gabinete de Assessoramento Eleitoral

    Apoio:

    Associao do Ministrio Pblico do Rio Grande do Sul

    Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul

    Porto Alegre, 2016

  • MANUAL ELEITORAL

    ELEIES 2016

    Organizao:

    Subprocuradoria-Geral de Justia para Assuntos Institucionais

    Gabinete de Assessoramento Eleitoral

    Apoio:

    Associao do Ministrio Pblico do Rio Grande do Sul

    Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul

    Porto Alegre, 2016

    PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIA DO RIO GRANDE DO SUL

    Marcelo Lemos Dornelles

    Procurador-Geral de Justia

    Ana Cristina Cusin Petrucci

    Subprocurador-Geral de Justia para Assuntos Administrativos

    Fabiano Dallazen

    Subprocurador-Geral de Justia para Assuntos Institucionais

    Paulo Emilio Jenisch Barbosa

    Subprocurador-Geral de Justia para Assuntos Jurdicos

    Ruben Giugno Abruzzi

    Corregedor-Geral do Ministrio Pblico

    Noara Bernardy Lisboa

    Subcorregedora-Geral do Ministrio Pblico

    GABINETE DE ASSESSORAMENTO ELEITORAL

    Rodrigo Lpez Zilio

    Coordenao

    Jonio Braz Pereira

    Assessoria

    Projeto editorial: Assessoria de Imagem Institucional MP/RS

  • SUMRIO ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................................................... 9

    APRESENTAO .................................................................................................................... 12

    SISTEMA DE NOTAS ................................................................................................................. 13

    NOTA EXPLICATIVA ................................................................................................................ 14

    CAPTULO I .............................................................................................................................. 15

    Legislao Eleitoral e Correlata ............................................................................................... 151. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 ......................................................... 152. Lei Complementar n 64, de 18 de maio de 1990 ..................................................................... 483. Lei Complementar n 75, de 20 de maio de 1993 ..................................................................... 734. Lei n 4.737, de 15 de julho de 1965 ........................................................................................ 805. Lei n 6.091, de 15 de agosto de 1974 ................................................................................... 2056. Lei n 9.096, de 19 de setembro de 1995 ............................................................................... 2107. Lei n 9.265, de 12 de fevereiro de 1996 ................................................................................ 2408. Lei n 9.504, de 30 de setembro de 1997 ............................................................................... 2419. Lei n 13.165, de 29 de setembro de 2015 ............................................................................. 33010. Emenda Constitucional n 91, de 18 de fevereiro de 2016 ................................................... 332

    CAPTULO II ........................................................................................................................... 333

    Smulas do Tribunal Superior Eleitoral ..................................................................................... 333Smula-TSE n 1 ....................................................................................................................... 333Smula-TSE n 2 ....................................................................................................................... 333Smula-TSE n 3 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 4 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 5 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 6 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 7 ....................................................................................................................... 335Smula-TSE n 8 ....................................................................................................................... 335Smula-TSE n 9 ....................................................................................................................... 335Smula-TSE n 10 ..................................................................................................................... 335Smula-TSE n 11 ..................................................................................................................... 335Smula-TSE n 12 ..................................................................................................................... 336Smula-TSE n 13 ..................................................................................................................... 336Smula-TSE n 14 ..................................................................................................................... 336Smula-TSE n 15 ..................................................................................................................... 336

  • SUMRIO ABREVIATURAS E SIGLAS .......................................................................................................... 9

    APRESENTAO .................................................................................................................... 12

    SISTEMA DE NOTAS ................................................................................................................. 13

    NOTA EXPLICATIVA ................................................................................................................ 14

    CAPTULO I .............................................................................................................................. 15

    Legislao Eleitoral e Correlata ............................................................................................... 151. Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 ......................................................... 152. Lei Complementar n 64, de 18 de maio de 1990 ..................................................................... 483. Lei Complementar n 75, de 20 de maio de 1993 ..................................................................... 734. Lei n 4.737, de 15 de julho de 1965 ........................................................................................ 805. Lei n 6.091, de 15 de agosto de 1974 ................................................................................... 2056. Lei n 9.096, de 19 de setembro de 1995 ............................................................................... 2107. Lei n 9.265, de 12 de fevereiro de 1996 ................................................................................ 2408. Lei n 9.504, de 30 de setembro de 1997 ............................................................................... 2419. Lei n 13.165, de 29 de setembro de 2015 ............................................................................. 33010. Emenda Constitucional n 91, de 18 de fevereiro de 2016 ................................................... 332

    CAPTULO II ........................................................................................................................... 333

    Smulas do Tribunal Superior Eleitoral ..................................................................................... 333Smula-TSE n 1 ....................................................................................................................... 333Smula-TSE n 2 ....................................................................................................................... 333Smula-TSE n 3 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 4 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 5 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 6 ....................................................................................................................... 334Smula-TSE n 7 ....................................................................................................................... 335Smula-TSE n 8 ....................................................................................................................... 335Smula-TSE n 9 ....................................................................................................................... 335Smula-TSE n 10 ..................................................................................................................... 335Smula-TSE n 11 ..................................................................................................................... 335Smula-TSE n 12 ..................................................................................................................... 336Smula-TSE n 13 ..................................................................................................................... 336Smula-TSE n 14 ..................................................................................................................... 336Smula-TSE n 15 ..................................................................................................................... 336

    Smula-TSE n 16 ..................................................................................................................... 337Smula-TSE n 17 ..................................................................................................................... 337Smula-TSE n 18 ..................................................................................................................... 337Smula-TSE n 19 ..................................................................................................................... 337Smula-TSE n 20 ..................................................................................................................... 338Smula-TSE n 21 ..................................................................................................................... 338

    CAPTULO III ........................................................................................................................... 339

    Smulas do Supremo Tribunal Federal ..................................................................................... 339Smula-STF n 72 ..................................................................................................................... 339Smula-STF n 728 ................................................................................................................... 339Smula Vinculante-STF n 18 .................................................................................................... 339

    CAPTULO IV ......................................................................................................................... 340

    Smulas do Superior Tribunal de Justia ................................................................................... 340Smula-STJ n 192 ................................................................................................................... 340Smula-STJ n 368 ................................................................................................................... 340Smula-STJ n 374 ................................................................................................................... 340

    CAPTULO V .......................................................................................................................... 341

    Resolues do Tribunal Superior Eleitoral ................................................................................. 3411. Resoluo n 21.538/03 Alistamento e servios eleitorais, entre outros ............................... 3412. Resoluo n 22.610/07 Processo de perda de cargo eletivo e de justificao de desfiliao partidria ................................................................................................................................... 3733. Resoluo n 23.453/15 Pesquisas eleitorais ...................................................................... 3774. Resoluo n 23.455/15 Registro de candidatos .................................................................. 3845. Resoluo n 23.456/15 Atos preparatrios para as eleies de 2016 ................................. 4086. Resoluo n 23.457/15 Propaganda eleitoral e gerao do horrio gratuito e condutas ilcitas em campanha eleitoral .............................................................................................................. 4657. Resoluo n 23.459/15 Limite de gastos de campanha ...................................................... 5048. Resoluo n 23.461/15 Votao em estabelecimentos prisionais e em unidades de internao de adolescentes ....................................................................................................... 5069. Resoluo n 23.462/15 Representaes, reclamaes e pedidos de resposta ................... 51210. Resoluo n 23.463/15 Arrecadao e gastos de recursos por partidos polticos e candidatos e prestao de contas ............................................................................................. 53111. Resoluo n 23.464/15 Finanas e contabilidade dos partidos ......................................... 57512. Resoluo n 23.465/15 Criao, organizao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos ..................................................................................................................................... 613

  • CAPTULO VI ......................................................................................................................... 632

    Instrues Normativas Complementares ................................................................................. 6321. Resoluo n 30, de 19 de maio de 2008 Conselho Nacional do Ministrio Pblico ............. 6322. Portaria n 1, de 8 de abril de 2016 Procuradoria Regional Eleitoral/RS .............................. 6353. Resoluo n 3, de 22 de abril de 2016 Procuradoria-Geral de Justia/RS .......................... 639

    CAPTULO VII ......................................................................................................................... 640

    Contatos Importantes ............................................................................................................ 6401. Gabinete de Assessoramento Eleitoral .................................................................................. 6402. Procuradoria Regional Eleitoral ............................................................................................. 6403. Procuradoria Geral Eleitoral ................................................................................................... 6404. Tribunal Regional Eleitoral ..................................................................................................... 6405. Tribunal Superior Eleitoral ..................................................................................................... 640

  • ABREVIATURAS E SIGLAS

    AC Ao Cautelar

    Ac. Acrdo

    ADC Ao Declaratria de Constitucionalidade

    ADCT Ato das Disposies Constitucionais Transitrias

    ADI Ao Direta de Inconstitucionalidade

    ADI-MC Ao Direta de Inconstitucionalidade Medida Cautelar

    ADPF Arguio de Descumprimento de Preceito Fundamental

    Ag Agravo

    AI Agravo de Instrumento

    AIJE Ao de investigao judicial eleitoral

    AIME Ao de Impugnao de mandato eletivo

    AIRC Ao de impugnao de registro de candidatura

    BE Boletim Eleitoral

    BI Boletim Interno

    BTN Bnus do Tesouro Nacional

    c.c. Combinado com

    CC Conflito de Competncia

    CC/02 Cdigo Civil Lei n 10.406/02

    CF/46 Constituio dos Estados Unidos do Brasil de 1946

    CF/88 Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988

    CGE Corregedoria-Geral Eleitoral

    CLT Consolidao das Leis do Trabalho Decreto-Lei n 5.452/43

    CNH Carteira Nacional de Habilitao

    CNJ Conselho Nacional de Justia

    CNMP Conselho Nacional do Ministrio Pblico

    CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica

    CP Cdigo Penal Decreto-Lei n 2.848/40

    CPC Cdigo de Processo Civil Lei n 5.869/73

    CPP Cdigo de Processo Penal Decreto-Lei n 3.689/41

    Cta Consulta

    Dec. Decreto ou Deciso

    9

    CAPTULO VI ......................................................................................................................... 632

    Instrues Normativas Complementares ................................................................................. 6321. Resoluo n 30, de 19 de maio de 2008 Conselho Nacional do Ministrio Pblico ............. 6322. Portaria n 1, de 8 de abril de 2016 Procuradoria Regional Eleitoral/RS .............................. 6353. Resoluo n 3, de 22 de abril de 2016 Procuradoria-Geral de Justia/RS .......................... 639

    CAPTULO VII ......................................................................................................................... 640

    Contatos Importantes ............................................................................................................ 6401. Gabinete de Assessoramento Eleitoral .................................................................................. 6402. Procuradoria Regional Eleitoral ............................................................................................. 6403. Procuradoria Geral Eleitoral ................................................................................................... 6404. Tribunal Regional Eleitoral ..................................................................................................... 6405. Tribunal Superior Eleitoral ..................................................................................................... 640

    Abreviaturas e Siglas

    AB

    RE

    VIA

    TUR

    AS

    E S

    IGLA

    S

  • DJ Dirio da Justia

    DJE Dirio da Justia Eleitoral

    DL Decreto-Lei

    DLG Decreto Legislativo

    DOU Dirio Oficial da Unio

    EC Emenda Constitucional

    ECR Emenda Constitucional de Reviso

    ELT Encaminhamento de Lista Trplice

    EOAB Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Lei n 8.906/94

    Fundef Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao

    dos Profissionais da Educao

    GRU Guia de Recolhimento da Unio

    HC Habeas Corpus

    HD Habeas Data

    IN Instruo Normativa

    INC-RFB/TSE Instruo Normativa Conjunta Secretaria da Receita Federal do Brasil/Tribunal

    Superior Eleitoral

    IN-RFB Instruo Normativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil

    Inst. Instruo

    LC Lei Complementar

    Loman Lei Orgnica da Magistratura Lei Complementar n 35/79

    LOTCU Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio Lei n 8.443/92

    LT Lista Trplice

    MC Medida Cautelar

    MI Mandado de Injuno

    MP Medida Provisria

    MS Mandado de Segurana

    MSCOL Mandado de Segurana Coletivo

    OAB Ordem dos Advogados do Brasil

    PA Processo Administrativo

    Pet Petio

    Port. Portaria

    PP Propaganda Partidria

    Prov. Provimento

    QO Questo de Ordem

    RCED Recurso Contra Expedio de Diploma

    Rcl Reclamao

    10Abreviaturas e Siglas

    AB

    RE

    VIA

    TUR

    AS

    E S

    IGLA

    S

  • Res. Resoluo

    REsp Recurso Especial

    REspe Recurso Especial Eleitoral

    RFB Receita Federal do Brasil

    RHC Recurso em Habeas Corpus

    RISTF Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal

    RITCU Regimento Interno do Tribunal de Contas da Unio Res.-TCU n 155/02

    RITSE Regimento Interno do Tribunal Superior Eleitoral Res.-TSE n 4.510/52

    RMS Recurso em Mandado de Segurana

    RO Recurso Ordinrio

    Rp Representao

    s/n Sem nmero

    SECOM Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica

    SRF Secretaria da Receita Federal

    STF Supremo Tribunal Federal

    STJ Superior Tribunal de Justia

    STN Secretaria do Tesouro Nacional

    Sm. Smula

    Sv. Smula vinculante

    TCE Tribunal de Contas Estadual

    TCU Tribunal de Contas da Unio

    TRE Tribunal Regional Eleitoral

    TSE Tribunal Superior Eleitoral

    Ufir Unidade Fiscal de Referncia

    V. Ver

    11

    DJ Dirio da Justia

    DJE Dirio da Justia Eleitoral

    DL Decreto-Lei

    DLG Decreto Legislativo

    DOU Dirio Oficial da Unio

    EC Emenda Constitucional

    ECR Emenda Constitucional de Reviso

    ELT Encaminhamento de Lista Trplice

    EOAB Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil Lei n 8.906/94

    Fundef Fundo de Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica e de Valorizao

    dos Profissionais da Educao

    GRU Guia de Recolhimento da Unio

    HC Habeas Corpus

    HD Habeas Data

    IN Instruo Normativa

    INC-RFB/TSE Instruo Normativa Conjunta Secretaria da Receita Federal do Brasil/Tribunal

    Superior Eleitoral

    IN-RFB Instruo Normativa da Secretaria da Receita Federal do Brasil

    Inst. Instruo

    LC Lei Complementar

    Loman Lei Orgnica da Magistratura Lei Complementar n 35/79

    LOTCU Lei Orgnica do Tribunal de Contas da Unio Lei n 8.443/92

    LT Lista Trplice

    MC Medida Cautelar

    MI Mandado de Injuno

    MP Medida Provisria

    MS Mandado de Segurana

    MSCOL Mandado de Segurana Coletivo

    OAB Ordem dos Advogados do Brasil

    PA Processo Administrativo

    Pet Petio

    Port. Portaria

    PP Propaganda Partidria

    Prov. Provimento

    QO Questo de Ordem

    RCED Recurso Contra Expedio de Diploma

    Rcl Reclamao

    Abreviaturas e Siglas

    AB

    RE

    VIA

    TUR

    AS

    E S

    IGLA

    S

  • APRESENTAO

    No prximo ms de outubro, o povo gacho ir s urnas para eleger os seus

    representantes em mbito municipal. Em uma democracia como a nossa, que se consolida a cada

    eleio, a populao conclamada a participar do processo decisrio e escolher seus futuros

    dirigentes. Neste contexto, a Constituio Federal de 1988 atribuiu ao Ministrio Pblico a relevante

    tarefa de exercer a defesa do Estado democrtico de direito, legitimando a instituio a fiscalizar o

    processo eleitoral em todas as suas fases.

    Os promotores eleitorais do Rio Grande do Sul esto cientes da sua responsabilidade e

    misso nesse processo eleitoral, certos de que cumpriro - mais uma vez - papel imprescindvel

    preservao da democracia no Brasil.

    Seguindo praxe j consolidada em pleitos anteriores, o Ministrio Pblico do Rio Grande

    do Sul coloca disposio da comunidade jurdica o MANUAL ELEITORAL 2016 elaborado pelo

    Gabinete de Assessoramento Eleitoral, com o objetivo de facilitar a prestao dos servios

    relacionados ao processo eleitoral e servindo como uma gil ferramenta para todos aqueles que

    militam perante essa Justia Especializada.

    Alm de conter a atualizao da orientao jurisprudencial, com as mais recentes

    instrues do Tribunal Superior Eleitoral, a publicao apresenta tambm as novas regras

    implementadas pela Lei n 13.165, de 29 de setembro de 2015, que introduziu alteraes na Lei n

    4.737/65 - Cdigo Eleitoral, na Lei n 9.096/95 - Lei dos Partidos Polticos e na Lei n 9.504/97 - Lei

    das Eleies. Trata-se, portanto, de oferecer o suporte necessrio aos rgos de execuo para

    coibir o abuso de poder e garantir a isonomia de condies entre os participantes do pleito.

    Em sntese, ao oferecer essa obra para a comunidade jurdica especializada, o Ministrio

    Pblico Eleitoral, no Estado do Rio Grande do Sul, reafirma o seu compromisso em assegurar uma

    eleio justa, na qual o voto sufragado pelo eleitor seja fruto de uma opo livre e consciente

    servindo como um instrumento consolidador do regime democrtico assegurado pela Constituio

    Federal de 1988.

    Marcelo Lemos Dornelles

    Procurador-Geral de Justia.

    12Apresentao

    AP

    RE

    SE

    NTA

    O

  • SISTEMA DE NOTAS

    O critrio das notas baseia-se em dois tipos de sinais, indicados pelos seguintes

    marcadores:

    (PONTO) A nota que se segue a este marcador refere-se ao sentido geral do artigo, pargrafo, alnea ou inciso antecedente.

    Exemplo:

    Art. 10. Cada partido poder registrar candidatos para a Cmara dos Deputados, Cmara

    Legislativa, Assembleias Legislativas e Cmaras Municipais, at cento e cinquenta por cento do

    nmero de lugares a preencher.

    LC n 78/93: Disciplina a fixao do nmero de deputados, nos termos do art. 45, 1, da Constituio Federal.

    CF/88, art. 29, IV e alneas, na redao dada pela EC n 58/09: critrios para fixao do nmero de vereadores. Ac.-STF, de 24.3.2004, no RE n 197.917: aplicao de critrio aritmtico rgido no clculo do nmero de vereadores. Res.-TSE ns 21.702/04 e 21.803/04: fixao do nmero de vereadores por municpio tendo em vista as eleies municipais de 2004, com base nos critrios estabelecidos pelo STF no recurso extraordinrio referido. Ac.-STF, de 25.8.2005, nas ADI ns 3.345 e 3.365: julgada improcedente a arguio de inconstitucionalidade das resolues retro mencionadas.

    (SETA) A nota que se segue a este marcador refere-se ao sentido especfico do termo ou da expresso grifada no artigo, pargrafo, alnea ou inciso antecedente.

    Exemplo:

    Art. 2 Todo poder emana do povo e ser exercido, em seu nome, por mandatrios

    escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos polticos nacionais,

    ressalvada a eleio indireta nos casos previstos na Constituio e leis especficas. CF/88, art. 1, pargrafo nico: poder exercido pelo povo, por meio de representantes eleitos ou diretamente.

    CF/88, art. 14: voto direto e secreto; e art. 81, 1: caso de eleio pelo Congresso Nacional.

    13

    APRESENTAO

    No prximo ms de outubro, o povo gacho ir s urnas para eleger os seus

    representantes em mbito municipal. Em uma democracia como a nossa, que se consolida a cada

    eleio, a populao conclamada a participar do processo decisrio e escolher seus futuros

    dirigentes. Neste contexto, a Constituio Federal de 1988 atribuiu ao Ministrio Pblico a relevante

    tarefa de exercer a defesa do Estado democrtico de direito, legitimando a instituio a fiscalizar o

    processo eleitoral em todas as suas fases.

    Os promotores eleitorais do Rio Grande do Sul esto cientes da sua responsabilidade e

    misso nesse processo eleitoral, certos de que cumpriro - mais uma vez - papel imprescindvel

    preservao da democracia no Brasil.

    Seguindo praxe j consolidada em pleitos anteriores, o Ministrio Pblico do Rio Grande

    do Sul coloca disposio da comunidade jurdica o MANUAL ELEITORAL 2016 elaborado pelo

    Gabinete de Assessoramento Eleitoral, com o objetivo de facilitar a prestao dos servios

    relacionados ao processo eleitoral e servindo como uma gil ferramenta para todos aqueles que

    militam perante essa Justia Especializada.

    Alm de conter a atualizao da orientao jurisprudencial, com as mais recentes

    instrues do Tribunal Superior Eleitoral, a publicao apresenta tambm as novas regras

    implementadas pela Lei n 13.165, de 29 de setembro de 2015, que introduziu alteraes na Lei n

    4.737/65 - Cdigo Eleitoral, na Lei n 9.096/95 - Lei dos Partidos Polticos e na Lei n 9.504/97 - Lei

    das Eleies. Trata-se, portanto, de oferecer o suporte necessrio aos rgos de execuo para

    coibir o abuso de poder e garantir a isonomia de condies entre os participantes do pleito.

    Em sntese, ao oferecer essa obra para a comunidade jurdica especializada, o Ministrio

    Pblico Eleitoral, no Estado do Rio Grande do Sul, reafirma o seu compromisso em assegurar uma

    eleio justa, na qual o voto sufragado pelo eleitor seja fruto de uma opo livre e consciente

    servindo como um instrumento consolidador do regime democrtico assegurado pela Constituio

    Federal de 1988.

    Marcelo Lemos Dornelles

    Procurador-Geral de Justia.

    Sistema de Notas

    SIS

    TEM

    A D

    E N

    OTA

    S

  • NOTA EXPLICATIVA

    As eleies de 2016 sero realizadas com mais uma reforma legislativa, levada a efeito

    pela Lei n 13.165/15 (que alterou substancialmente a Lei das Eleies, a Lei dos Partidos Polticos

    e o Cdigo Eleitoral).

    Todas essas as modificaes legislativas foram devidamente acrescentadas no Manual

    Eleitoral 2016.

    Tambm foram acrescidos enunciados de smulas do Supremo Tribunal Federal e do

    Superior Tribunal de Justia que guardam vinculao com a matria eleitoral.

    Na presente edio, optou-se por suprimir toda a parte destinada a referncias

    doutrinrias, mantendo-se o foco dessa obra como uma compilao normativa abrangendo tanto

    as leis eleitorais e partidrias como as resolues emanadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

    Objetivando tornar o Manual Eleitoral 2016 uma ferramenta mais resumida, tambm

    foram excludas as resolues do Tribunal Superior Eleitoral que embora aplicveis ao prximo

    pleito municipal possuem pouca incidncia prtica (a Res.-TSE n 23.458/15, que trata do

    processo eletrnico de votao; e a Res.-TSE n 23.460/15, que dispe sobre o calendrio da

    transparncia) e cuja matria, de certo modo, j se encontra disciplinada em outros diplomas

    normativos (Res.-TSE n 23.450/15, que trata do calendrio eleitoral).

    Todas as instrues excludas desta obra, bem como o Anexo I da Res.-TSE n

    23.459/15 que contm a tabela de limite de gastos de todos os municpios do Pas para as

    eleies de 2016 , encontram-se disponveis para consulta na pgina do Gabinete de

    Assessoramento Eleitoral na Intranet e tambm no site do Tribunal Superior Eleitoral.

    14Nota Explicativa

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    NOTA EXPLICATIVA

    As eleies de 2016 sero realizadas com mais uma reforma legislativa, levada a efeito

    pela Lei n 13.165/15 (que alterou substancialmente a Lei das Eleies, a Lei dos Partidos Polticos

    e o Cdigo Eleitoral).

    Todas essas as modificaes legislativas foram devidamente acrescentadas no Manual

    Eleitoral 2016.

    Tambm foram acrescidos enunciados de smulas do Supremo Tribunal Federal e do

    Superior Tribunal de Justia que guardam vinculao com a matria eleitoral.

    Na presente edio, optou-se por suprimir toda a parte destinada a referncias

    doutrinrias, mantendo-se o foco dessa obra como uma compilao normativa abrangendo tanto

    as leis eleitorais e partidrias como as resolues emanadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

    Objetivando tornar o Manual Eleitoral 2016 uma ferramenta mais resumida, tambm

    foram excludas as resolues do Tribunal Superior Eleitoral que embora aplicveis ao prximo

    pleito municipal possuem pouca incidncia prtica (a Res.-TSE n 23.458/15, que trata do

    processo eletrnico de votao; e a Res.-TSE n 23.460/15, que dispe sobre o calendrio da

    transparncia) e cuja matria, de certo modo, j se encontra disciplinada em outros diplomas

    normativos (Res.-TSE n 23.450/15, que trata do calendrio eleitoral).

    Todas as instrues excludas desta obra, bem como o Anexo I da Res.-TSE n

    23.459/15 que contm a tabela de limite de gastos de todos os municpios do Pas para as

    eleies de 2016 , encontram-se disponveis para consulta na pgina do Gabinete de

    Assessoramento Eleitoral na Intranet e tambm no site do Tribunal Superior Eleitoral.

    CAPTULO I Legislao Eleitoral e Correlata

    1. CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

    Ns, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assemblia Nacional Constituinte

    para instituir um Estado Democrtico, destinado a assegurar o exerccio dos direitos sociais e

    individuais, a liberdade, a segurana, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justia como

    valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia

    social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a soluo pacfica das controvrsias,

    promulgamos, sob a proteo de Deus, a seguinte CONSTITUIO DA REPBLICA FEDERATIVA

    DO BRASIL.

    [...]

    CAPTULO IV DOS DIREITOS POLTICOS

    Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e

    secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

    Ac.-TSE, de 2.9.2010, no PA n 108906: cmputo, na urna eletrnica, de um nico voto, ainda que isso implique, em tese, o afastamento do sigilo.

    Res.-TSE n 23.385/12: Estabelece diretrizes gerais para a realizao de consultas populares concomitante com eleies ordinrias.

    I plebiscito;

    II referendo;

    III iniciativa popular.

    Lei n 9.709/98: Regulamenta a execuo do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituio Federal.

    1 O alistamento eleitoral e o voto so:

    Ac.-TSE, de 10.2.2015, no PA n 191930 e, de 6.12.2011, no PA n 180681: alistamento facultativo dos indgenas, independentemente da categorizao prevista em legislao infraconstitucional, observadas as exigncias de natureza constitucional e eleitoral pertinentes matria.

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    I obrigatrios para os maiores de dezoito anos;

    Res.-TSE n 21.920/04: Dispe sobre o alistamento eleitoral e o voto dos cidados portadores de deficincia, cuja natureza e situao impossibilitem ou tornem extremamente oneroso o exerccio de suas obrigaes eleitorais.

    II facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    2 No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perodo do servio

    militar obrigatrio, os conscritos. Res.-TSE n 15.850/89: a palavra conscritos constante deste dispositivo alcana tambm aqueles matriculados nos rgos de formao de reserva e os mdicos, dentistas, farmacuticos e veterinrios que prestam servio militar inicial obrigatrio.

    3 So condies de elegibilidade, na forma da lei:

    V. art. 11, 7 ao 9, da Lei n 9.504/97.

    Ac.-TSE, de 15.9.2010, no REspe n 190323: as condies de elegibilidade no esto previstas somente neste pargrafo, mas tambm na Lei n 9.504/97, a qual, no art. 11, 1, estabelece, entre outras condies, que o candidato tenha quitao eleitoral (inciso VI).

    Ac.-TSE, de 28.9.2010, no REspe n 442363: a apresentao das contas de campanha suficiente para se obter quitao eleitoral, sendo desnecessria sua aprovao.

    I a nacionalidade brasileira;

    II o pleno exerccio dos direitos polticos;

    III o alistamento eleitoral;

    IV o domiclio eleitoral na circunscrio;

    Ac.-TSE, de 13.9.2012, no REspe n 22378: domiclio eleitoral um ano antes do pleito, na respectiva circunscrio, para os servidores pblicos militares.

    V a filiao partidria;

    Lei n 9.096/95: Dispe sobre partidos polticos, regulamenta os arts. 17 e 14, 3, inciso V, da Constituio Federal.

    Ac.-TSE, de 29.9.2010, no AgR-REspe n 224358: ausncia de previso de candidaturas avulsas, desvinculadas de partido, no sistema eleitoral vigente, sendo possvel concorrer aos cargos eletivos somente os filiados que tiverem sido escolhidos em conveno partidria.

    Ac.-TSE, de 18.9.2014, no AgR-REspe n 49368: no se admite, como prova de vnculo de filiao partidria, documento unilateral produzido pela parte interessada, a exemplo da ficha de filiao partidria.

    VI a idade mnima de:

    Lei n 9.504/97, art. 11, 2: a idade mnima constitucionalmente estabelecida como condio de elegibilidade verificada tendo por referncia a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos, hiptese em que ser aferida na data-limite para o pedido de registro.

    a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador;

    b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

    c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-

    Prefeito e Juiz de Paz;

    d) dezoito anos para Vereador.

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    I obrigatrios para os maiores de dezoito anos;

    Res.-TSE n 21.920/04: Dispe sobre o alistamento eleitoral e o voto dos cidados portadores de deficincia, cuja natureza e situao impossibilitem ou tornem extremamente oneroso o exerccio de suas obrigaes eleitorais.

    II facultativos para:

    a) os analfabetos;

    b) os maiores de setenta anos;

    c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

    2 No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perodo do servio

    militar obrigatrio, os conscritos. Res.-TSE n 15.850/89: a palavra conscritos constante deste dispositivo alcana tambm aqueles matriculados nos rgos de formao de reserva e os mdicos, dentistas, farmacuticos e veterinrios que prestam servio militar inicial obrigatrio.

    3 So condies de elegibilidade, na forma da lei:

    V. art. 11, 7 ao 9, da Lei n 9.504/97.

    Ac.-TSE, de 15.9.2010, no REspe n 190323: as condies de elegibilidade no esto previstas somente neste pargrafo, mas tambm na Lei n 9.504/97, a qual, no art. 11, 1, estabelece, entre outras condies, que o candidato tenha quitao eleitoral (inciso VI).

    Ac.-TSE, de 28.9.2010, no REspe n 442363: a apresentao das contas de campanha suficiente para se obter quitao eleitoral, sendo desnecessria sua aprovao.

    I a nacionalidade brasileira;

    II o pleno exerccio dos direitos polticos;

    III o alistamento eleitoral;

    IV o domiclio eleitoral na circunscrio;

    Ac.-TSE, de 13.9.2012, no REspe n 22378: domiclio eleitoral um ano antes do pleito, na respectiva circunscrio, para os servidores pblicos militares.

    V a filiao partidria;

    Lei n 9.096/95: Dispe sobre partidos polticos, regulamenta os arts. 17 e 14, 3, inciso V, da Constituio Federal.

    Ac.-TSE, de 29.9.2010, no AgR-REspe n 224358: ausncia de previso de candidaturas avulsas, desvinculadas de partido, no sistema eleitoral vigente, sendo possvel concorrer aos cargos eletivos somente os filiados que tiverem sido escolhidos em conveno partidria.

    Ac.-TSE, de 18.9.2014, no AgR-REspe n 49368: no se admite, como prova de vnculo de filiao partidria, documento unilateral produzido pela parte interessada, a exemplo da ficha de filiao partidria.

    VI a idade mnima de:

    Lei n 9.504/97, art. 11, 2: a idade mnima constitucionalmente estabelecida como condio de elegibilidade verificada tendo por referncia a data da posse, salvo quando fixada em 18 anos, hiptese em que ser aferida na data-limite para o pedido de registro.

    a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador;

    b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

    c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-

    Prefeito e Juiz de Paz;

    d) dezoito anos para Vereador.

    4 So inelegveis os inalistveis e os analfabetos.

    V. pargrafo anterior sobre condies de elegibilidade.

    Ac.-TSE, de 21.8.2012, no AgR-REspe n 424839: a inelegibilidade dos analfabetos de legalidade estrita, vedada a interpretao extensiva, devendo ser exigido apenas que o candidato saiba ler e escrever, minimamente, de modo que se possa evidenciar eventual incapacidade absoluta de incompreenso e expresso da lngua.

    5 O Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os

    Prefeitos e quem os houver sucedido ou substitudo no curso dos mandatos podero ser reeleitos

    para um nico perodo subsequente.

    Pargrafo com redao dada pela EC n 16/97.

    Ac.-TSE, de 28.4.2011, no AgR-REspe n 35.880; Ac.-TSE, de 27.5.2010, no AgR-REspe n 4198006 e Ac.-TSE, de 17.12.2008, nos REspe ns 32.507 e 32.539: a inelegibilidade de chefe do Poder Executivo para exerccio de terceiro mandato consecutivo para esse mesmo cargo estende-se a todos os nveis da Federao.

    Ac.-TSE, de 7.10.2010, no REspe n 62796: o exerccio do cargo de forma interina e, sucessivamente, em razo de mandato tampo no constitui dois mandatos sucessivos, mas sim fraes de um mesmo perodo de mandato.

    Res.-TSE n 19.952/97: reelegibilidade, para um nico perodo subsequente, tambm do vice-presidente da Repblica, dos vice-governadores e dos vice-prefeitos; inexigibilidade de desincompatibilizao dos titulares para disputarem a reeleio, soluo que se estende ao vice-presidente da Repblica, aos vice-governadores e aos vice-prefeitos.

    Res.-TSE n 21.993/05: a renovao da eleio preconizada no art. 224 do Cdigo Eleitoral no afasta a inelegibilidade daquele que exerceu a chefia do Poder Executivo por dois perodos consecutivos.

    Ac.-TSE, de 30.10.2012, no REspe n 13759; e Res.-TSE n 22.757/08: o vice-prefeito que substituir o titular nos seis meses anteriores ao pleito e for eleito prefeito no perodo subsequente inelegvel para novo perodo consecutivo; Ac.-TSE, de 18.12.2012, no AgR-REspe n 12907; e, de 6.9.2012, no AgR-REspe n 6743: vice-prefeito que assumir a chefia do Poder Executivo Municipal por fora de afastamento do titular do cargo, por qualquer motivo e ainda que provisrio, somente poder candidatar-se ao cargo de prefeito para um nico perodo subsequente. V., em sentido contrrio, os Ac.-TSE, de 18.12.2008, no REspe n 34560; e, de 2.10.2008, no REspe n 31043: vice que, por fora de liminar, assumir a chefia do Poder Executivo em carter substitutivo por exguo perodo de tempo e, na eleio imediatamente seguinte, ascender titularidade, pode candidatar-se reeleio, no havendo que se falar em terceiro mandato consecutivo.

    Res.-TSE n 23.053/09: impossibilidade de chefe do Poder Executivo, candidato reeleio, afastar-se temporariamente do cargo para disputa do pleito mediante licena para atividade poltica prevista no art. 86 da Lei n 8.112/90, em razo da inaplicabilidade desse regime jurdico aos agentes polticos.

    Ac.-TSE, de 16.8.2011, no REspe n 36038: caracteriza violao a este pargrafo e ao 7 deste artigo o mesmo grupo familiar permanecer por quatro mandatos consecutivos frente do Executivo Municipal.

    Ac.-TSE, de 22.3.2012, no REspe n 935627566; Res.-TSE ns 21.661/04 e 21.406/04, Ac.-TSE ns 3.043/01 e 19.442/01, e Ac.-STF, de 7.4.2003, no RE n 344.882, entre outros: elegibilidade de cnjuge e parentes do chefe do Executivo para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegvel e tiver se afastado definitivamente do cargo ou a ele renunciado ou falecido at seis meses antes da eleio.

    Ac.-TSE, de 27.11.2012, no REspe n 20680: inelegibilidade do cnjuge suprstite quando o falecimento do titular se der no segundo mandato.

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    Ac.-STF, de 1.8.2012, no RE n 637.485: a proibio da segunda reeleio absoluta e torna inelegvel para determinado cargo de chefe do Poder Executivo o cidado que j tenha exercido dois mandatos consecutivos e sido reeleito uma nica vez em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da Federao diverso.

    Ac.-STF, de 1.8.2012, no RE n 637485: as decises do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo aps o seu encerramento), implicarem mudana de jurisprudncia no tm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente tero eficcia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior.

    6 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de

    Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at seis

    meses antes do pleito.

    LC n 64/90, art. 1, 1.

    LC n 64/90, art. 1, 2: O vice-presidente, o vice-governador e o vice-prefeito podero candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos ltimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, no tenham sucedido ou substitudo o titular.

    7 So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular o cnjuge e os parentes

    consanguneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Repblica, de

    Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitudo

    dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo e candidato

    reeleio. CC/02, arts. 1.591 a 1.595 (relaes de parentesco), 1.723 a 1.727 (unio estvel e concubinato).

    Ac.-TSE, de 15.2.2011, no REspe n 5410103: o vnculo de relaes socioafetivas, em razo de sua influncia na realidade social, gera direitos e deveres inerentes ao parentesco, inclusive para fins da inelegibilidade prevista neste pargrafo.

    Ac.-TSE, de 18.9.2008, no REspe n 29730: o vocbulo jurisdio deve ser interpretado no sentido de circunscrio, nos termos do art. 86 do Cdigo Eleitoral, de forma a corresponder rea de atuao do titular do Poder Executivo.

    Ac.-TSE, de 1.10.2004, no REspe n 24564: os sujeitos de uma relao estvel homossexual, semelhana do que ocorre com os de relao estvel, de concubinato e de casamento, submetem-se regra de inelegibilidade prevista neste pargrafo.

    Res.-TSE n 22775/08; Ac.-TSE, de 23.8.2001, no REspe n 19422; e Ac.-STF, de 20.4.2004, no RE n 409.459: a ressalva tem aplicao apenas aos titulares de cargo eletivo e candidatos reeleio, no se estendendo aos respectivos suplentes.

    Ac.-TSE, de 25.6.2014, no AgR-REspe n 5676 e, de 11.11.2010, no REspe n 303157: incidncia deste pargrafo, sem mitigao, sobre a condio de todos os postulantes aos cargos postos em disputa, mesmo em se tratando de eleio suplementar.

    Ac.-TSE, de 22.3.2012, no REspe n 935627566; Res.-TSE ns 21661/04 e 21406/04; Ac.-TSE ns 3043/01 e 19442/01; e Ac.-STF, de 7.4.2003, no RE n 344.882, entre outros: elegibilidade de cnjuge e parentes do chefe do Executivo para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegvel e tiver se afastado definitivamente do cargo ou a ele renunciado ou falecido at seis meses antes da eleio. Res.-TSE ns 22599/07 e 21508/03 e Ac.-TSE n 193/98, entre outros: elegibilidade de cnjuge e parentes de chefe do Executivo para cargo diverso, desde que este se afaste definitivamente at seis meses antes da eleio. Res.-TSE n 23087/09: possibilidade de cnjuges no detentores de mandato eletivo candidatarem-se aos cargos de prefeito e vice-prefeito, sem que tal situao configure a inelegibilidade prevista neste dispositivo, que diz respeito hiptese em que um dos cnjuges ocupa cargo eletivo.

  • 19I - Legislao Eleitoral e Correlata

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    Ac.-STF, de 1.8.2012, no RE n 637.485: a proibio da segunda reeleio absoluta e torna inelegvel para determinado cargo de chefe do Poder Executivo o cidado que j tenha exercido dois mandatos consecutivos e sido reeleito uma nica vez em cargo da mesma natureza, ainda que em ente da Federao diverso.

    Ac.-STF, de 1.8.2012, no RE n 637485: as decises do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo aps o seu encerramento), implicarem mudana de jurisprudncia no tm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente tero eficcia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior.

    6 Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de

    Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at seis

    meses antes do pleito.

    LC n 64/90, art. 1, 1.

    LC n 64/90, art. 1, 2: O vice-presidente, o vice-governador e o vice-prefeito podero candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos ltimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, no tenham sucedido ou substitudo o titular.

    7 So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular o cnjuge e os parentes

    consanguneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Repblica, de

    Governador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substitudo

    dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo e candidato

    reeleio. CC/02, arts. 1.591 a 1.595 (relaes de parentesco), 1.723 a 1.727 (unio estvel e concubinato).

    Ac.-TSE, de 15.2.2011, no REspe n 5410103: o vnculo de relaes socioafetivas, em razo de sua influncia na realidade social, gera direitos e deveres inerentes ao parentesco, inclusive para fins da inelegibilidade prevista neste pargrafo.

    Ac.-TSE, de 18.9.2008, no REspe n 29730: o vocbulo jurisdio deve ser interpretado no sentido de circunscrio, nos termos do art. 86 do Cdigo Eleitoral, de forma a corresponder rea de atuao do titular do Poder Executivo.

    Ac.-TSE, de 1.10.2004, no REspe n 24564: os sujeitos de uma relao estvel homossexual, semelhana do que ocorre com os de relao estvel, de concubinato e de casamento, submetem-se regra de inelegibilidade prevista neste pargrafo.

    Res.-TSE n 22775/08; Ac.-TSE, de 23.8.2001, no REspe n 19422; e Ac.-STF, de 20.4.2004, no RE n 409.459: a ressalva tem aplicao apenas aos titulares de cargo eletivo e candidatos reeleio, no se estendendo aos respectivos suplentes.

    Ac.-TSE, de 25.6.2014, no AgR-REspe n 5676 e, de 11.11.2010, no REspe n 303157: incidncia deste pargrafo, sem mitigao, sobre a condio de todos os postulantes aos cargos postos em disputa, mesmo em se tratando de eleio suplementar.

    Ac.-TSE, de 22.3.2012, no REspe n 935627566; Res.-TSE ns 21661/04 e 21406/04; Ac.-TSE ns 3043/01 e 19442/01; e Ac.-STF, de 7.4.2003, no RE n 344.882, entre outros: elegibilidade de cnjuge e parentes do chefe do Executivo para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegvel e tiver se afastado definitivamente do cargo ou a ele renunciado ou falecido at seis meses antes da eleio. Res.-TSE ns 22599/07 e 21508/03 e Ac.-TSE n 193/98, entre outros: elegibilidade de cnjuge e parentes de chefe do Executivo para cargo diverso, desde que este se afaste definitivamente at seis meses antes da eleio. Res.-TSE n 23087/09: possibilidade de cnjuges no detentores de mandato eletivo candidatarem-se aos cargos de prefeito e vice-prefeito, sem que tal situao configure a inelegibilidade prevista neste dispositivo, que diz respeito hiptese em que um dos cnjuges ocupa cargo eletivo.

    Sv.-STF n 18/09: A dissoluo da sociedade ou do vnculo conjugal, no curso do mandato, no afasta a inelegibilidade prevista no 7 do art. 14 da Constituio Federal.

    Ac.-TSE, de 11.12.2012, no AgR-REspe n 83291; de 5.6.2012, na Cta n 181106; e, de 24.4.2012, no REspe n 5433805: Cnjuge e parentes de prefeito reeleito no so inelegveis para o mesmo cargo em municpio vizinho, salvo se este resultar de desmembramento, de incorporao ou de fuso.

    Ac.-TSE, de 16.8.2011, no REspe n 36038: caracteriza violao a este pargrafo e ao 5 deste artigo o mesmo grupo familiar permanecer, por quatro mandatos consecutivos, frente do Executivo Municipal.

    Ac.-TSE, de 27.11.2012, no REspe n 20680: inelegibilidade do cnjuge suprstite quando o falecimento do titular se der no segundo mandato.

    Ac.-TSE, de 25.10.2012, no REspe n 8439: no reelegvel prefeito que mantenha unio estvel com ex-prefeita eleita no mesmo municpio no mandato imediatamente anterior.

    Ac.-TSE, de 26.4.2012, na Cta n 181980: inelegibilidade de parente de chefe do Executivo em eleio que vise completar o mandato, independentemente da renncia do titular; elegibilidade, quando se tratar de perodo subsequente ao mandato alvo da renncia.

    8 O militar alistvel elegvel, atendidas as seguintes condies:

    Cdigo Eleitoral, arts. 5, pargrafo nico, e 98.

    V. art. 142, 3, V, desta Constituio.

    I se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade;

    II se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade superior e, se

    eleito, passar automaticamente, no ato da diplomao, para a inatividade.

    9 Lei complementar estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua

    cessao, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exerccio do mandato,

    considerada a vida pregressa do candidato e a normalidade e legitimidade das eleies contra a

    influncia do poder econmico ou o abuso do exerccio de funo, cargo ou emprego na

    administrao direta ou indireta.

    Pargrafo com redao dada pela ECR n 4/94.

    LC n 64/90, com as alteraes dadas pela LC n 135/10: Estabelece, de acordo com o art. 14, 9, da Constituio Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessao e determina outras providncias.

    10. O mandato eletivo poder ser impugnado ante Justia Eleitoral no prazo de

    quinze dias contados da diplomao, instruda a ao com provas de abuso do poder econmico,

    corrupo ou fraude. Lei n 9.265/96, art. 1, IV: gratuidade das aes de impugnao de mandato eletivo.

    Conceito de fraude para os fins deste pargrafo: Ac.-TSE, de 4.8.2015, no REspe n 149: aberto e pode englobar todas as situaes em que a normalidade das eleies e a legitimidade do mandato eletivo so afetadas por aes fraudulentas, inclusive nos casos de fraude lei; Ac.-TSE, de 12.5.2011, no REspe n 36643: a fraude objeto de AIME diz respeito a ardil, manobra ou ato praticado de m-f por candidato, de modo a lesar ou ludibriar o eleitorado, viciando potencialmente a eleio; Ac.-TSE, de 18.10.2005, no ARO n 888: aquele relativo votao, tendente a comprometer a legitimidade do pleito; Ac.-TSE, de 15.6.2004, no Ag n 4661: no se restringe quela sucedida no exato momento da votao ou da apurao dos votos, podendo-se configurar, tambm, por qualquer artifcio ou ardil que induza o eleitor a erro, com possibilidade de influenciar sua vontade no momento do voto, favorecendo candidato ou prejudicando seu adversrio; Ac.-TSE, de 9.10.2001, no Ag n 3009: aquela que tem reflexos na votao ou na apurao de votos.

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    Ac.-TSE, de 3.6.2014, no AgR-AI n 70015 e, de 4.8.2011, no REspe n 191868: o exame das contas de campanha no vincula a procedncia da AIME por abuso de poder econmico.

    Ac.-TSE, de 17.5.2011, no AgR-AI n 254928: existncia de litisconsrcio passivo necessrio entre o titular e o vice nas aes eleitorais em que prevista a pena de cassao de registro, diploma ou mandato (AIJE, representao, RCED e AIME); impossibilidade de emenda inicial e consequente extino do feito sem resoluo de mrito se o prazo para a propositura de AIME tiver decorrido sem incluso do vice no polo passivo da demanda.

    Ac.-TSE, de 29.4.2014, no AgR-REspe n 43040 e, de 28.10.2010, no AgR-REspe n 39974: necessidade de verificar a potencialidade lesiva do ato ilcito, no caso de apurao da captao ilcita de sufrgio, em sede de AIME.

    Ac.-TSE, de 31.3.2010, nos ED-AI n 265320: afastamento de alegao de fraude se o ltimo ato de propaganda eleitoral realizado pelo candidato originrio tiver ocorrido antes do pedido de substituio de sua candidatura.

    Ac.-TSE, de 11.3.2010, no REspe n 36737: configurao de abuso do poder econmico, apto a viciar a vontade do eleitorado, quando h coao de eleitores a fim de que votem em candidato reeleio, sob pena de serem excludos sumariamente de programa social, bem como quando h contratao de cabos eleitorais para obrigar eleitores a retirar a propaganda de adversrio e a realizar propaganda do candidato impugnado.

    Cabimento da ao: Ac.-TSE, de 10.3.2015, no REspe n 138 e, de 22.11.2011, nos ED-REspe n 73493 (abuso do poder econmico entrelaado com abuso do poder poltico); Ac.-TSE, de 13.4.2010, no AgR-REspe n 35725 e Ac.-TSE, de 22.4.2008, no REspe n 28040 (abuso do poder poltico que consista em conduta configuradora de abuso de poder econmico ou corrupo, esta considerada no sentido coloquial); Ac.-TSE, de 6.9.2005, no RO n 893 (boca de urna e captao ilcita de sufrgio); Ac.-TSE, de 13.3.2007, no REspe n 27697; e Ac.-TSE, de 17.6.2003, no AMC n 1276 (captao ilcita de sufrgio).

    Descabimento da ao: Ac.-TSE, de 13.12.2011, no AgR-REspe n 160421 (para arguir questes relativas a inelegibilidade); Ac.-TSE, de 12.5.2011, no REspe n 36643 (inelegibilidade de prefeito itinerante); Ac.-TSE, de 8.2.2011, no AgR-AI n 12221: nulidade na constituio de comisso provisria de diretrio municipal; Ac.-TSE, de 12.2.2009, no REspe n 28420; Ac.-TSE, de 9.8.2007, no Ag n 6522 (condutas vedadas a agentes pblicos); Ac.-TSE, de 23.4.2009, no REspe n 35378 (duplicidade de filiao partidria); Ac.-TSE, de 7.4.2009, no REspe n 28226; Ac.-TSE, de 31.10.2006, no AgR-Ag n 6869 (utilizao indevida dos meios de comunicao social); Ac.-TSE, de 25.3.2008, no REspe n 28208 (abuso do poder poltico ou de autoridade stricto sensu); Ac.-TSE, de 24.5.2005, no AgR-REspe n 24806 (condio de elegibilidade); Ac.-TSE, de 19.8.2003, no REspe n 21291 (pesquisa eleitoral); Ac.-TSE, de 5.10.1999, no REspe n 16085 (corrupo administrativa).

    Ac.-TSE, de 17.2.2011, no REspe n 462673364: desnecessidade de o vice ingressar na lide na condio de litisconsorte passivo necessrio, no caso de chapa majoritria una (nova orientao jurisprudencial vlida para as aes que pudessem importar em cassao de mandato propostas aps a publicao do Ac.-TSE no ERCEd n 703, ocorrida no DJ de 3.6.2008).

    Legitimidade ativa: Ac.-TSE ns 11835/94, 1863/99 e 21218/03 (pessoas elencadas no art. 22 da LC n 64/90). Ilegitimidade ativa: Ac.-TSE n 498/01 (eleitor).

    Rito: Res.-TSE n 21634/04 e Ac.-TSE, de 14.2.2006, no REspe n 25443: aplica-se o rito ordinrio previsto na LC n 64/90 para o registro de candidaturas, at a sentena, observando-se subsidiariamente o CPC. Ac.-TSE, de 29.9.2009, no REspe n 35916 e, de 10.4.2008, no Ag n 8839: incidncia do art. 184, 1, do CPC (Lei n 5.869/73), no tocante ao prazo para propositura de AIME, prorrogando-se o termo final para o primeiro dia til seguinte caso recaia em feriado ou dia em que no haja expediente normal no Tribunal, inclusive plantes para atendimento de casos urgentes.

    Ac.-TSE, de 8.2.2011, no REspe n 1627288: indispensabilidade da instruo do processo, se tanto os autores como os rus, em AIME, formularam pedido de provas e indicaram testemunhas a serem ouvidas.

    Ac.-TSE, de 26.6.2008, no REspe n 26276: Estando a diplomao suspensa de fato e de direito, por determinao judicial, suspende-se a fluncia do prazo para o ajuizamento da AIME at que sejam restabelecidos os efeitos daquela.

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    Ac.-TSE, de 3.6.2014, no AgR-AI n 70015 e, de 4.8.2011, no REspe n 191868: o exame das contas de campanha no vincula a procedncia da AIME por abuso de poder econmico.

    Ac.-TSE, de 17.5.2011, no AgR-AI n 254928: existncia de litisconsrcio passivo necessrio entre o titular e o vice nas aes eleitorais em que prevista a pena de cassao de registro, diploma ou mandato (AIJE, representao, RCED e AIME); impossibilidade de emenda inicial e consequente extino do feito sem resoluo de mrito se o prazo para a propositura de AIME tiver decorrido sem incluso do vice no polo passivo da demanda.

    Ac.-TSE, de 29.4.2014, no AgR-REspe n 43040 e, de 28.10.2010, no AgR-REspe n 39974: necessidade de verificar a potencialidade lesiva do ato ilcito, no caso de apurao da captao ilcita de sufrgio, em sede de AIME.

    Ac.-TSE, de 31.3.2010, nos ED-AI n 265320: afastamento de alegao de fraude se o ltimo ato de propaganda eleitoral realizado pelo candidato originrio tiver ocorrido antes do pedido de substituio de sua candidatura.

    Ac.-TSE, de 11.3.2010, no REspe n 36737: configurao de abuso do poder econmico, apto a viciar a vontade do eleitorado, quando h coao de eleitores a fim de que votem em candidato reeleio, sob pena de serem excludos sumariamente de programa social, bem como quando h contratao de cabos eleitorais para obrigar eleitores a retirar a propaganda de adversrio e a realizar propaganda do candidato impugnado.

    Cabimento da ao: Ac.-TSE, de 10.3.2015, no REspe n 138 e, de 22.11.2011, nos ED-REspe n 73493 (abuso do poder econmico entrelaado com abuso do poder poltico); Ac.-TSE, de 13.4.2010, no AgR-REspe n 35725 e Ac.-TSE, de 22.4.2008, no REspe n 28040 (abuso do poder poltico que consista em conduta configuradora de abuso de poder econmico ou corrupo, esta considerada no sentido coloquial); Ac.-TSE, de 6.9.2005, no RO n 893 (boca de urna e captao ilcita de sufrgio); Ac.-TSE, de 13.3.2007, no REspe n 27697; e Ac.-TSE, de 17.6.2003, no AMC n 1276 (captao ilcita de sufrgio).

    Descabimento da ao: Ac.-TSE, de 13.12.2011, no AgR-REspe n 160421 (para arguir questes relativas a inelegibilidade); Ac.-TSE, de 12.5.2011, no REspe n 36643 (inelegibilidade de prefeito itinerante); Ac.-TSE, de 8.2.2011, no AgR-AI n 12221: nulidade na constituio de comisso provisria de diretrio municipal; Ac.-TSE, de 12.2.2009, no REspe n 28420; Ac.-TSE, de 9.8.2007, no Ag n 6522 (condutas vedadas a agentes pblicos); Ac.-TSE, de 23.4.2009, no REspe n 35378 (duplicidade de filiao partidria); Ac.-TSE, de 7.4.2009, no REspe n 28226; Ac.-TSE, de 31.10.2006, no AgR-Ag n 6869 (utilizao indevida dos meios de comunicao social); Ac.-TSE, de 25.3.2008, no REspe n 28208 (abuso do poder poltico ou de autoridade stricto sensu); Ac.-TSE, de 24.5.2005, no AgR-REspe n 24806 (condio de elegibilidade); Ac.-TSE, de 19.8.2003, no REspe n 21291 (pesquisa eleitoral); Ac.-TSE, de 5.10.1999, no REspe n 16085 (corrupo administrativa).

    Ac.-TSE, de 17.2.2011, no REspe n 462673364: desnecessidade de o vice ingressar na lide na condio de litisconsorte passivo necessrio, no caso de chapa majoritria una (nova orientao jurisprudencial vlida para as aes que pudessem importar em cassao de mandato propostas aps a publicao do Ac.-TSE no ERCEd n 703, ocorrida no DJ de 3.6.2008).

    Legitimidade ativa: Ac.-TSE ns 11835/94, 1863/99 e 21218/03 (pessoas elencadas no art. 22 da LC n 64/90). Ilegitimidade ativa: Ac.-TSE n 498/01 (eleitor).

    Rito: Res.-TSE n 21634/04 e Ac.-TSE, de 14.2.2006, no REspe n 25443: aplica-se o rito ordinrio previsto na LC n 64/90 para o registro de candidaturas, at a sentena, observando-se subsidiariamente o CPC. Ac.-TSE, de 29.9.2009, no REspe n 35916 e, de 10.4.2008, no Ag n 8839: incidncia do art. 184, 1, do CPC (Lei n 5.869/73), no tocante ao prazo para propositura de AIME, prorrogando-se o termo final para o primeiro dia til seguinte caso recaia em feriado ou dia em que no haja expediente normal no Tribunal, inclusive plantes para atendimento de casos urgentes.

    Ac.-TSE, de 8.2.2011, no REspe n 1627288: indispensabilidade da instruo do processo, se tanto os autores como os rus, em AIME, formularam pedido de provas e indicaram testemunhas a serem ouvidas.

    Ac.-TSE, de 26.6.2008, no REspe n 26276: Estando a diplomao suspensa de fato e de direito, por determinao judicial, suspende-se a fluncia do prazo para o ajuizamento da AIME at que sejam restabelecidos os efeitos daquela.

    Ac.-TSE, de 26.6.2008, no REspe n 28121: segundo colocado em pleito majoritrio possui interesse jurdico para recorrer em ao de impugnao de mandato eletivo proposta pelo Ministrio Pblico Eleitoral, seja pela possibilidade de ascenso chefia do Poder Executivo, seja pela legitimao conferida a candidato pelo art. 22 da LC n 64/90 para ajuizamento da ao.

    Ac.-TSE, de 6.12.2007, no REspe n 28186: impossibilidade de aplicao da multa prevista no art. 41-A da Lei n 9.504/97 na hiptese de procedncia de ao de impugnao de mandato eletivo, mngua de previso neste dispositivo.

    Ac.-TSE, de 2.9.2008, no Ag n 8.055 e, de 18.12.2007, no MS n 3649: incidncia do art. 224 do Cdigo Eleitoral em sede de ao de impugnao de mandato eletivo.

    Ac.-TSE, de 21.6.2011, no REspe n 778438: o retorno aos cargos do Executivo, devido nulidade de sentena que tenha cassado os mandatos dos seus titulares, prepondera sobre a convenincia de se evitar o revezamento na ocupao dos mesmos.

    Lei n 12.891/13, art. 1 que revoga o art. 262, IV, do CE. Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta n 100075: inaplicabilidade da Lei n 12.891/13 s eleies de 2014.

    11. A ao de impugnao de mandato tramitar em segredo de justia, respondendo o

    autor, na forma da lei, se temerria ou de manifesta m-f.

    Ac.-TSE n 31/98 e Res.-TSE n 21.283/02: deve ser processada em segredo de justia, mas seu julgamento pblico.

    Ac.-TSE, de 24.3.2011, no AgR-REspe n 872384929: a mera divulgao da propositura de AIME e de sua pea inicial em stios de notcias, por si s, no acarreta nulidade processual e nem ofensa a este dispositivo, se no houver demonstrao de prejuzo.

    Art. 15. vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se dar

    nos casos de:

    DL n 201/67, art. 6, I, e art. 8, I: extino do mandato de prefeito e vereador declarado pelo presidente da Cmara, quando ocorrer cassao dos direitos polticos ou condenao por crime funcional ou eleitoral.

    I cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado;

    II incapacidade civil absoluta;

    III condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

    Ac.-TSE, de 15.10.2009, no REspe n 35803; e Res.-TSE n 23241/10: a suspenso dos direitos polticos prevista neste dispositivo constitucional efeito automtico da condenao criminal transitada em julgado, independentemente de declarao expressa ou de qualquer outro procedimento.

    Ac.-TSE, de 12.5.2011, no AgR-AC n 19326: A deciso da Justia Eleitoral de comunicao de perda de direitos polticos ao Poder Legislativo tem eficcia imediata.

    V. Sm.-TSE n 9/92; Ac.-TSE ns 13027/96, 15338/99 e Ac.-TSE, de 13.10.2010, no AgR-REspe n 409850: para incidncia deste dispositivo, irrelevante a espcie de crime, a natureza da pena, bem como a suspenso condicional dela; Ac.-TSE, de 23.4.2015, no PA n 93631: pendncia de pagamento de pena de multa em sentena criminal transitada em julgado mantm a suspenso dos direitos polticos prevista nesse dispositivo.

    Res.-TSE n 22193/06: aplicao deste dispositivo quando imposta medida de segurana. Ac.-TSE n 13293/96: incidncia, ainda, sobre condenao por prtica de contraveno penal.

    Res.-TSE n 23241/10: impossibilidade de expedio de certido de quitao eleitoral para que os sentenciados cumprindo penas nos regimes semiaberto e aberto obtenham emprego; possibilidade de fornecimento, pela Justia Eleitoral, de certides que reflitam a suspenso de direitos polticos, das quais constem a natureza da restrio e o impedimento, durante a sua vigncia, do exerccio do voto e da regularizao da situao eleitoral.

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    LC n 64/90, art. 1, I, e, com a redao dada pelo art. 2 da LC n 135/10: inelegibilidade desde a condenao at o transcurso do prazo de oito anos aps o cumprimento da pena, pelos crimes nela elencados. Ac.-TSE, de 3.4.2008, no REspe n 28390: a suspenso dos direitos polticos decorrente de condenao criminal no se confunde com o disposto no art. 1, I, e, da LC n 64/90.

    Ac.-TSE, de 15.12.2011, no HC n 28574: configurada a suspenso dos direitos polticos, cumprida a pena, impossvel pretender o retorno ao exerccio do mandato.

    IV recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do

    art. 5, VIII;

    V improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.

    Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrar em vigor na data de sua publicao,

    no se aplicando eleio que ocorra at um ano da data de sua vigncia. Artigo com redao dada pela EC n 4/93.

    Ac.-STF, de 22.3.2006, na ADI n 3.685: aplicao deste dispositivo tambm a emenda constitucional.

    Inaplicabilidade do princpio da anualidade: Res.-TSE n 22556/07 (alterao do nmero de vereadores); Ac.-TSE, de 6.3.2007, no MS n 3548 (decises judiciais).

    Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta n 100075: o processo eleitoral comea com a filiao dos candidatos e encerra-se com a diplomao dos eleitos.

    Ac.-STF, de 1.8.2012, no RE n 637485: as decises do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo aps o seu encerramento), implicarem mudana de jurisprudncia no tm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente tero eficcia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior.

    Ac.-TSE, de 16.9.2014, no RO n 56635: implicitamente previsto neste artigo o princpio da segurana jurdica, o qual impede alteraes nas consequncias jurdicas de um processo eleitoral findo.

    CAPTULO V DOS PARTIDOS POLTICOS

    Art. 17. livre a criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos,

    resguardados a soberania nacional, o regime democrtico, o pluripartidarismo, os direitos

    fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

    Lei n 9.096/95: Dispe sobre partidos polticos, regulamenta os arts. 17 e 14, 3, inciso V, da Constituio Federal.

    CC/02: arts. 44, V, e 3 e art. 2.031, pargrafo nico.

    Ac.-TSE, de 29.4.2014, na Cta n 18226: a fuso no abre a parlamentares de partidos que no a integraram a oportunidade de migrarem.

    I carter nacional;

    II proibio de recebimento de recursos financeiros de entidades ou governo

    estrangeiros ou de subordinao a estes;

    III prestao de contas Justia Eleitoral;

    IV funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

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    LC n 64/90, art. 1, I, e, com a redao dada pelo art. 2 da LC n 135/10: inelegibilidade desde a condenao at o transcurso do prazo de oito anos aps o cumprimento da pena, pelos crimes nela elencados. Ac.-TSE, de 3.4.2008, no REspe n 28390: a suspenso dos direitos polticos decorrente de condenao criminal no se confunde com o disposto no art. 1, I, e, da LC n 64/90.

    Ac.-TSE, de 15.12.2011, no HC n 28574: configurada a suspenso dos direitos polticos, cumprida a pena, impossvel pretender o retorno ao exerccio do mandato.

    IV recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do

    art. 5, VIII;

    V improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.

    Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrar em vigor na data de sua publicao,

    no se aplicando eleio que ocorra at um ano da data de sua vigncia. Artigo com redao dada pela EC n 4/93.

    Ac.-STF, de 22.3.2006, na ADI n 3.685: aplicao deste dispositivo tambm a emenda constitucional.

    Inaplicabilidade do princpio da anualidade: Res.-TSE n 22556/07 (alterao do nmero de vereadores); Ac.-TSE, de 6.3.2007, no MS n 3548 (decises judiciais).

    Ac.-TSE, de 24.6.2014, na Cta n 100075: o processo eleitoral comea com a filiao dos candidatos e encerra-se com a diplomao dos eleitos.

    Ac.-STF, de 1.8.2012, no RE n 637485: as decises do TSE que, no curso do pleito eleitoral (ou logo aps o seu encerramento), implicarem mudana de jurisprudncia no tm aplicabilidade imediata ao caso concreto e somente tero eficcia sobre outros casos no pleito eleitoral posterior.

    Ac.-TSE, de 16.9.2014, no RO n 56635: implicitamente previsto neste artigo o princpio da segurana jurdica, o qual impede alteraes nas consequncias jurdicas de um processo eleitoral findo.

    CAPTULO V DOS PARTIDOS POLTICOS

    Art. 17. livre a criao, fuso, incorporao e extino de partidos polticos,

    resguardados a soberania nacional, o regime democrtico, o pluripartidarismo, os direitos

    fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

    Lei n 9.096/95: Dispe sobre partidos polticos, regulamenta os arts. 17 e 14, 3, inciso V, da Constituio Federal.

    CC/02: arts. 44, V, e 3 e art. 2.031, pargrafo nico.

    Ac.-TSE, de 29.4.2014, na Cta n 18226: a fuso no abre a parlamentares de partidos que no a integraram a oportunidade de migrarem.

    I carter nacional;

    II proibio de recebimento de recursos financeiros de entidades ou governo

    estrangeiros ou de subordinao a estes;

    III prestao de contas Justia Eleitoral;

    IV funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

    1 assegurada aos partidos polticos autonomia para definir sua estrutura interna,

    organizao e funcionamento e para adotar os critrios de escolha e o regime de suas coligaes

    eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculao entre as candidaturas em mbito nacional, estadual,

    distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade

    partidria.

    Pargrafo com redao dada pelo art. 1 da EC n 52/06.

    Res.-TSE n 22866/08: A fidelidade partidria a que se refere o 1 do art. 17 da Constituio Federal a fidelidade encarada nas [...] relaes entre o partido e o afiliado, somente. A relao institucional com o parlamento, com a conseqncia jurdica da perda do mandato por efeito de infidelidade partidria, no pode ser objeto da disciplina estatutria de partido poltico, at porque cada um deles poderia disciplinar de forma diversa.

    Ac.-TSE, de 12.11.2008, no REspe n 31913: possibilidade de a Justia Eleitoral examinar ilegalidades e nulidades na hiptese de conflito de interesses, com reflexos no pleito, entre os diretrios regional e municipal de partido poltico.

    V. Lei n 9.504/97, art. 6: formao de coligaes em eleies majoritrias e proporcionais.

    Ac.-TSE, de 3.10.2014, no AgR-REspe n 70280: a autonomia partidria para a definio de sua estrutura interna abrange a possibilidade de criao de comisso provisria.

    Res.-TSE n 23200, de 17.12.2009: com o fim da obrigatoriedade de verticalizao partidria assegura-se aos partidos polticos autonomia para "adotar os critrios de escolha e o regime de suas coligaes eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculao entre as candidaturas em mbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidria".

    V. Ac.-STF, de 22.3.2006, na ADI n 3.685-8.

    2 Os partidos polticos, aps adquirirem personalidade jurdica, na forma da lei civil,

    registraro seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

    3 Os partidos polticos tm direito a recursos do Fundo Partidrio e acesso gratuito ao

    rdio e televiso, na forma da lei.

    4 vedada a utilizao pelos partidos polticos de organizao paramilitar.

    TTULO III DA ORGANIZAO DO ESTADO

    CAPTULO I DA ORGANIZAO POLTICO-ADMINISTRATIVA

    Art. 18. [...]

    [...]

    3 Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se

    anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territrios Federais, mediante aprovao da

    populao diretamente interessada, atravs de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei

    complementar.

    4 A criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios, far-se-o por

    lei estadual, dentro do perodo determinado por lei complementar federal, e dependero de consulta

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    prvia, mediante plebiscito, s populaes dos Municpios envolvidos, aps divulgao dos Estudos

    de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    Pargrafo com redao dada pela EC n 15/96.

    Lei n 9.709/98: Regulamenta a execuo do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituio Federal.

    Lei n 10.521/02: Assegura a instalao de municpios criados por lei estadual.

    Ac.-TSE, de 10.4.2012, no PA n 14533: os requisitos para criao, incorporao, fuso e desmembramento de municpios devem ser preenchidos concomitantemente.

    Ac.-TSE, de 22.10.2013, no PA n 2830: impropriedade de realizao de plebiscito para definir criao, incorporao, fuso ou desmembramento de municpio, enquanto no editada lei complementar federal.

    [...]

    CAPTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS

    [...]

    Art. 27. O nmero de Deputados Assembleia Legislativa corresponder ao triplo da

    representao do Estado na Cmara dos Deputados e, atingido o nmero de trinta e seis, ser

    acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

    1 Ser de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as

    regras desta Constituio sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remunerao, perda

    de mandato, licena, impedimentos e incorporao s Foras Armadas.

    [...]

    4 A lei dispor sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

    Art. 28. A eleio do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de

    quatro anos, realizar-se- no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no ltimo domingo

    de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do trmino do mandato de seus

    antecessores, e a posse ocorrer em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto

    ao mais, o disposto no art. 77.

    Caput com redao dada pelo art. 1 da EC n 16/97.

    1 Perder o mandato o Governador que assumir outro cargo ou funo na

    administrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e

    observado o disposto no art. 38, I, IV e V.

    Primitivo pargrafo nico renumerado como 1 pelo art. 2 da EC n 19/98.

    [...]

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    prvia, mediante plebiscito, s populaes dos Municpios envolvidos, aps divulgao dos Estudos

    de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

    Pargrafo com redao dada pela EC n 15/96.

    Lei n 9.709/98: Regulamenta a execuo do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituio Federal.

    Lei n 10.521/02: Assegura a instalao de municpios criados por lei estadual.

    Ac.-TSE, de 10.4.2012, no PA n 14533: os requisitos para criao, incorporao, fuso e desmembramento de municpios devem ser preenchidos concomitantemente.

    Ac.-TSE, de 22.10.2013, no PA n 2830: impropriedade de realizao de plebiscito para definir criao, incorporao, fuso ou desmembramento de municpio, enquanto no editada lei complementar federal.

    [...]

    CAPTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS

    [...]

    Art. 27. O nmero de Deputados Assembleia Legislativa corresponder ao triplo da

    representao do Estado na Cmara dos Deputados e, atingido o nmero de trinta e seis, ser

    acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

    1 Ser de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as

    regras desta Constituio sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remunerao, perda

    de mandato, licena, impedimentos e incorporao s Foras Armadas.

    [...]

    4 A lei dispor sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

    Art. 28. A eleio do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de

    quatro anos, realizar-se- no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no ltimo domingo

    de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do trmino do mandato de seus

    antecessores, e a posse ocorrer em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto

    ao mais, o disposto no art. 77.

    Caput com redao dada pelo art. 1 da EC n 16/97.

    1 Perder o mandato o Governador que assumir outro cargo ou funo na

    administrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e

    observado o disposto no art. 38, I, IV e V.

    Primitivo pargrafo nico renumerado como 1 pelo art. 2 da EC n 19/98.

    [...]

    CAPTULO IV DOS MUNICPIOS

    Art. 29. O Municpio reger-se- por Lei Orgnica, votada em dois turnos, com o interstcio

    mnimo de dez dias, e aprovada por dois teros dos membros da Cmara Municipal, que a

    promulgar, atendidos os princpios estabelecidos nesta Constituio, na Constituio do

    respectivo Estado e os seguintes preceitos:

    I eleio do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos,

    mediante pleito direto e simultneo realizado em todo o pas; Ac.-TSE de 11.10.2011 no MS n 162058: ausente disposio especfica na lei orgnica municipal sobre a modalidade da eleio suplementar, eleies diretas devem ser realizadas, ainda que a dupla vacncia dos cargos de prefeito e vice-prefeito se d no segundo binio da legislatura.

    Ac.-TSE, de 1.3.2011, no MS n 3969103: inexistncia de distino entre municpio criado e municpio instalado, pelo que descabe a realizao de pleito especfico para instituir vigncia de mandato mais curto.

    II eleio do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do

    ano anterior ao trmino do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77 no caso

    de Municpios com mais de duzentos mil eleitores;

    Inciso com redao dada pelo art. 1 da EC n 16/97.

    III posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1 de janeiro do ano subsequente ao da

    eleio;

    IV para a composio das Cmaras Municipais, ser observado o limite mximo de:

    Inciso IV com redao dada pelo art. 1 da EC n 58/09.

    a) 9 (nove) Vereadores, nos Municpios de at 15.000 (quinze mil) habitantes;

    b) 11 (onze) Vereadores, nos Municpios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de

    at 30.000 (trinta mil) habitantes;

    c) 13 (treze) Vereadores, nos Municpios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de

    at 50.000 (cinquenta mil) habitantes;

    Alneas a a c com redao dada pelo art. 1 da EC n 58/09.

    d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municpios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e

    de at 80.000 (oitenta mil) habitantes;

    e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municpios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes

    e de at 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;

    f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municpios de mais de 120.000 (cento e vinte mil)

    habitantes e de at 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;

    g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municpios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil)

    habitantes e de at 300.000 (trezentos mil) habitantes;

    h) 23 (vinte e trs) Vereadores, nos Municpios de mais de 300.000 (trezentos mil)

    habitantes e de at 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;

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    i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municpios de mais de 450.000 (quatrocentos e

    cinquenta mil) habitantes e de at 600.000 (seiscentos mil) habitantes;

    j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municpios de mais de 600.000 (seiscentos mil)

    habitantes e de at 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;

    k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municpios de mais de 750.000 (setecentos e

    cinquenta mil) habitantes e de at 900.000 (novecentos mil) habitantes;

    l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municpios de mais de 900.000 (novecentos mil)

    habitantes e de at 1.050.000 (um milho e cinquenta mil) habitantes;

    m) 33 (trinta e trs) Vereadores, nos Municpios de mais de 1.050.000 (um milho e

    cinquenta mil) habitantes e de at 1.200.000 (um milho e duzentos mil) habitantes;

    n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municpios de mais de 1.200.000 (um milho e

    duzentos mil) habitantes e de at 1.350.000 (um milho e trezentos e cinquenta mil) habitantes;

    o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municpios de 1.350.000 (um milho e trezentos e

    cinquenta mil) habitantes e de at 1.500.000 (um milho e quinhentos mil) habitantes;

    p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municpios de mais de 1.500.000 (um milho e

    quinhentos mil) habitantes e de at 1.800.000 (um milho e oitocentos mil) habitantes;

    q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municpios de mais de 1.800.000 (um milho e

    oitocentos mil) habitantes e de at 2.400.000 (dois milhes e quatrocentos mil) habitantes;

    r) 43 (quarenta e trs) Vereadores, nos M