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TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE | SAÚDE | 10º ANO MÓDULO 1 3. SISTEMAS OSTEOARTICULAR E MUSCULAR a. Noções gerais sobre estrutura e classificação dos ossos, articulações e músculos Ossos O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens. Os ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unidos uns aos outros, por intermédio de articulações constituem o esqueleto. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto à irrigação do osso, existem vasos sanguíneos maiores e outros menores, no entanto, o tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. Por outro lado, como falado anteriormente, existem umas partes do esqueleto denominadas de cartilagem que têm uma forma elástica de tecido conectivo semi-rígido que forma partes do esqueleto onde há movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo próprio e obtêm oxigénio e nutrientes através de difusão. Relativamente à classificação dos ossos:

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Curso Técnico Auxiliar de Saúde

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TÉCNICO AUXILIAR DE SAÚDE | SAÚDE | 10º ANO MÓDULO 1

3. SISTEMAS OSTEOARTICULAR E MUSCULAR

a. Noções gerais sobre estrutura e classificação dos ossos, articulações e músculos

Ossos

O sistema esquelético é composto por ossos e cartilagens. Os ossos são órgãos esbranquiçados,

muito duros, que unidos uns aos outros, por intermédio de articulações constituem o esqueleto.

O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso,

epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue.

Quanto à irrigação do osso, existem vasos sanguíneos maiores e outros menores, no entanto, o

tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática.

Por outro lado, como falado anteriormente, existem umas partes do esqueleto denominadas de

cartilagem que têm uma forma elástica de tecido conectivo semi-rígido que forma partes do esqueleto

onde há movimento. A cartilagem não possui suprimento sanguíneo próprio e obtêm oxigénio e nutrientes

através de difusão.

Relativamente à classificação dos ossos:

Ossos longos: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e

duas extremidades. Eles são um pouco encurvados, o que lhes garante maior resistência. O

osso um pouco encurvado absorve o stress mecânico do peso do corpo em vários pontos.

Os ossos longos têm as diáfises formadas por tecido ósseo compacto e apresentam grande

quantidade de tecido ósseo esponjoso nas epífises. Exemplo: Fémur.

Ossos curtos: são semelhantes a um cubo, tendo o comprimento praticamente iguais às

suas larguras. Eles são compostos por osso esponjoso, excepto na superfície, onde há uma

fina camada de ósseo compacto. Exemplo: osso do carpo

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Ossos laminares: São ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo

compacto, com uma camada de osso esponjoso entre elas. Os ossos planos garantem

proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Exemplo: osso parietal e

frontal.

Ossos alongados: são ossos longos, porém achatados e não apresentam canal central.

Exemplo: costelas.

Ossos pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar e revestidos por mucosa,

apresentando um pequeno peso em relação ao seu volume.

Ossos irregulares: apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em

nenhuma das categorias já referidas. Têm quantidades variáveis de osso esponjoso e osso

compacto. Exemplo: vértebras.

Ossos sesamóides: estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável

fricção, tensão e stress físico, como as palmas e plantas. Eles podem variar de tamanho,

número, de pessoa para pessoa e não são sempre completamente ossificados.

Ossos suturais: são pequenos ossos localizados dentro de articulações, chamadas de

suturas, entre alguns ossos do crânio. O seu número varia muito de pessoa para pessoa.

o Estrutura dos ossos longos:

o A disposição dos tecidos ósseos compactos e esponjoso num

osso longo é responsável pela sua resistência. Os ossos longos

contêm locais de crescimento e remodelação, e estruturas

associadas às articulações. As partes de um osso longo são as

seguintes:

Diáfise: é a haste longa do osso. Ele é constituído

principalmente de tecido ósseo compacto,

proporcionando resistência ao osso longo.

Epífise: as extremidades alargadas de um osso

longo. A Epífise de um osso articula ou une este

com um segundo osso com uma articulação. Cada

epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso.

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Metáfise: parte dilatada da diáfise mais próxima da epífise.

Músculos

Os músculos são estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e pela sua

contração são capazes de transmitir-lhe movimento. O movimento é efectuado por fibras, as fibras

musculares, controladas pelo sistema nervoso. Um músculo vivo apresenta cor vermelha e representam

cerca de 40-50% do peso corporal.

Relativamente à classificação, estes podem ser classificados segundo a situação, a forma e à

função.

Quanto à situação

o Superficiais ou cutâneos: estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma das

inserções na camada profunda da derme.

o Profundos: são músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, na

maioria das vezes inserem-se nos ossos.

Quanto à forma

o Longos: são encontrados maioritariamente nos membros. Os mais superficiais são mais

longos, passando por duas ou ais articulações.

o Curtos: encontram-se nas articulações cujos movimentos têm mais amplitude.

o Largos: caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes

cavidades.

Quanto à função

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o Agonistas: são os músculos principais que activam um movimento específico do corpo.

Contraem-se activamente para produzir um movimento desejado.

o Antagonistas: músculos que se opõem à acção dos agonistas. Quando um agonista

contrai, o antagonista descontrai.

o Sinergistas: participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos

indesejáveis.

o Fixadores: estabilizam a origem do agonista de modo a que ele possa agir mais

eficazmente.

Quanto à estrutura os músculos classificam-se da seguinte forma:

Músculos estriados esqueléticos: contraem-se por nossa vontade, isto é, são voluntários. O tecido

muscular esquelético é chamado de estriado porque ao microscópio verificam-se faixas estriadas

alternadas, de cor clara e escura.

Músculos lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade

abdomino-pélvica. A acção involuntária é controlada pelo sistema nervoso autónomo.

Músculo estriado cardíaco: representa a arquitectura cardíaca. É um músculo estriado,

involuntário – com auto ritmicidade.

b. Biofísica da locomoção e dos principais movimentos dos membros

Locomoção

o Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo

o Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo

Movimentos

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o Adução: movimento na direção do plano mediano num plano coronal

o Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal

o Rotação medial : traz a face anterior de um membro para mais perto do plano

mediano

o Rotação lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano

o Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno

do eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente no ombro

o Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno

do seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente no ombro

c. Função e estabilidade da coluna vertebral

A coluna vertebral é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido

conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras. A coluna vertebral é constituída por 24

vértebras

As funções da coluna vertebral são:

Protege a medula espinhal e os nervos espinhais

Suporta o peso do corpo

Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo

Exerce um papel importante na postura e locomoção

Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso

Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo flectir-se para a frente, para trás, para os

lados e ainda girar sobre o seu eixo

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d. Osteoporose, fracturas, luxações, principais doenças reumatismais, tumores ósseos - conceitos; noções básicas sobre manifestações clínicas; implicações para os cuidados de saúde

Osteoporose

A osteoporose é uma doença óssea sistémica, (i.e. generalizada a todo o esqueleto), que por si só

não causa sintomas, caracterizada por uma densidade mineral óssea (DMO) diminuída e alterações da

microarquitectura e da resistência ósseas que causam aumento da fragilidade óssea e, consequentemente,

aumento do risco de fracturas.

Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando

progressivamente, de forma assintomática, sem manifestações, até à ocorrência de uma fractura.

O que caracteriza as fracturas osteoporóticas é ocorrerem com um traumatismo mínimo, que não

provocaria fractura dum osso normal. Também se chamam, por isso, fracturas de fragilidade.

Habitualmente não ocorrem sintomas clínicos de osteoporose antes da ocorrência de uma fractura.

A osteoporose é considerada uma doença assintomática. De facto, durante a progressão da doença, os

ossos tornam-se progressivamente mais frágeis sem que os indivíduos afectados o percebam.

Fracturas e luxações

Ao nível osteoarticular, as fracturas são o principal problema e é fundamental que em caso de

suspeita o membro deve ser imediatamente imobilizado. Os sinais e sintomas mais frequentes são: dor

intensa no local, edema, diminuição da força no membro afectado, perda total ou parcial dos movimentos

e encurtamento ou deformação do membro lesionado.

As fracturas podem ser consideradas segundo o seu tipo em fracturas expostas e fracturas não

expostas.

Numa fractura exposta há fractura do osso sem que haja lesão (corte) da pele mas podem existir

tecidos lesionados debaixo da pele, ao contrário na fractura não exposta há fractura do osso com lesão

com corte da pele, sendo que o osso fracturado pode sair pela pele, provocando contaminação com

possibilidade de infeção.

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Uma luxação é outra lesão considerada entre as lesões articulares, musculares e ósseas e que

consiste na perda de contacto das superfícies articulares por deslocação dos ossos que formam a

articulação. Os sinais e sintomas mais frequentes são a dor violenta, incapacidade funcional, deformação

e edema.

Tumores ósseos

Os tumores ósseos são produzidos pelo crescimento de células anormais nos ossos.

Podem ser não cancerosos (benignos) ou cancerosos (malignos). Os tumores ósseos não

cancerosos são relativamente frequentes, enquanto os cancerosos são pouco frequentes. Além disso, os

tumores ósseos podem ser primários (tumores cancerosos ou não cancerosos que têm origem no próprio

osso) ou metastáticos, quer dizer, cancros originados noutro ponto do organismo (por exemplo, nas

mamas ou na próstata) e que depois se propagam ao osso.

Nas crianças, a maior parte dos tumores ósseos cancerosos são primários; nos adultos, a maioria

são metastáticos. A dor dos ossos é o sintoma mais frequente de tumores ósseos. Além disso, é possível

notar uma massa ou tumefacção. Por vezes, o tumor (especialmente se for canceroso) enfraquece o osso,

pelo que este se fractura com pouca ou nenhuma sobrecarga (fractura patológica). Devem-se fazer

radiografias das articulações ou de qualquer membro que cause dor persistente.

Contudo, os raios X só mostram uma zona anormal, mas não indicam de que tipo de tumor se

trata. A tomografia axial computadorizada (TAC) e a ressonância magnética (RM) são úteis para

determinar a localização exacta e o tamanho do tumor. Contudo, não costumam fornecer um diagnóstico

específico.

A extracção de uma amostra do tumor para exame microscópico (biopsia) é necessária para

estabelecer o diagnóstico na maioria dos casos. Em alguns tumores, pode obter-se a amostra extraindo

algumas células com uma agulha (biopsia por aspiração). Não obstante, pode ser necessário um

procedimento cirúrgico (biopsia aberta) para obter uma amostra adequada para o diagnóstico. O

tratamento imediato (que consiste numa combinação de medicamentos, cirurgia e radioterapia) é de

grande importância no caso de tumores cancerosos.

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e. Alterações osteoarticulares e musculares decorrentes do processo de

envelhecimento e da mobilidade - implicações para os cuidados ao utente

Quando determinadas alterações osteoarticulares e musculares resultam do processo de

envelhecimento e que levam a alterações da mobilidade é necessário um planeamento de cuidados

adequado ao caso em questão. Na alteração da mobilidade, existem duas situações que implicam cuidados

de saúde: transferências do utente e prevenção de úlceras de pressão.

Prevenção de úlceras de pressão

“As Úlceras de Pressão são áreas da superfície corporal localizadas que sofreram exposição

prolongada a pressões elevadas, fricção ou estiramento, de modo a impedir a circulação local, com

consequente destruição e/ou necrose tecidular.” (DGS, 2007).

a. Classificação das úlceras de pressão

i. Grau I

Presença de eritema cutâneo que não desaparece ao fim de 15 min de alívio da pressão. Apesar da

integridade cutânea, já não está presente resposta capilar.

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ii. Grau II

A derme, epiderme ou ambas estão destruídas. Podem observar-se flictenas e escoriações.

iii. Grau III

Ausência da pele, com lesão ou necrose do tecido subcutâneo, sem atingir a fáscia

muscular.

iv. Grau IV

Ausência total da pele com necrose do tecido

subcutâneo ou lesão do músculo, osso ou estruturas de

suporte (tendão, cápsula articular, etc.).

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b. Fatores de Risco de úlceras de pressão

i. Fatores intrínsecos

1. Vasculares: incluem alterações como arteriopatias obliterantes, insuficiência

venosa periférica e microarteriopatia diabética.

2. Neurológicos: alterações da sensibilidade, da motricidade e do estado de

consciência, podem induzir situações de imobilidade ou agitação, que favorecem as forças

de pressão e/ou de fricção.

3. Tópicos: a diminuição da elasticidade da pele, a perda de gordura sub-cutânea e a

atrofia muscular, levam ao aparecimento de proeminências ósseas mais salientes,

facilitadoras do aparecimento de úlceras de pressão, sobretudo em pessoas idosas

4. Gerais: neoplasias, febre, infecções, desnutrição, fármacos (córticosteroides,

analgésicos e sedativos) que possam diminuir a sensibilidade.

ii. Fatores extrínsecos

São as forças físicas que actuam a nível local, como compressão prolongada, fricção e

estiramento.

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c. Medidas de Alívio de Pressão

Medidas de alívio de pressão

Áreas de risco O A localização das úlceras está associada às proeminências ósseas

O São áreas preferenciais para o seu aparecimento O região sacro coccígea O região trocanteriana / crista ilíaca O região isquiática O região escapular O região occipital O cotovelos O calcâneos O região maleolar

Medidas de conforto, higiene e hidratação cutânea

O Observação da pele e cuidados específicos O Manter a pele seca (e limpa); O Lavar com água morna e sem esfregar/causar

fricção;O Secar a pele, sem friccionar e utilizar toalhas

ou outros tecidos suaves e lisos;O Não utilizar álcool; O Usar sabões não irritantes e hidratantes; O Massajar com cremes hidratantes; O Não massajar sobre as proeminências ósseas

ou zonas ruborizadas (os capilares já estão afectados);

O Quando presentes situações de incontinência, a zona afectada deve ser limpa e seca o mais rapidamente possível;

O Usar meios de protecção que não danifiquem ou irritem a pele

Medidas de alívio de pressão O Colchões: O Roupa: O lençóis moldáveis, sem bordas, lisos O roupa de tecidos naturais O têxteis de lã de carneiro (“meias”, resguardos) O Suportes O Almofadas O Almofadas e dispositivos especiais para suporte

dos pés e cotovelosO Almofadas em “donut”(com uso limitado)

Técnicas de alívio de pressão O Técnicas de posicionamento dos doentes: O evitar arrastar o doente –levantar! O distribuir o peso do doente no colchão,

evitando zonas de pressão.O colocar o doente em posições “naturais”.

(respeitando o alinhamento corporal).

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Reposicionar doentes em intervalos de 3-4 horas!!!

Alimentação O O aporte dos nutrientes necessários deverá ser, tanto quanto possível, garantido através de produtos naturais e uma alimentação com confecção e apresentação “normais”, devendo o recurso a produtos farmacêuticos (suplementos alimentares) ser restrito aos casos em que existe indicação estrita para tal.

d. Posicionamentos

i. Decúbito Dorsal

ii. Decúbito

lateral

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1. TAREFAS QUE EM RELAÇÃO A ESTA TEMÁTICA SE ENCONTRAM NO ÂMBITO DE INTERVENÇÃO DO/A TÉCNICO/A AUXILIAR DE SAÚDE

a. Tarefas que, sob orientação de um profissional de saúde, tem de executar sob sua supervisão directa

O Técnico Auxiliar de Saúde, sob supervisão directa de uma profissional de saúde pode executar

determinadas tarefas de transferências e posicionamentos de utentes em estado critico, auxiliando o enfermeiro.

b. Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde, pode executar sozinho/a

O Técnico Auxiliar de Saúde, sob supervisão e orientação de um profissional de saúde pode executar

tarefas como posicionamento e transferências de utentes com mobilidade reduzida, mas que não requerem cuidados

especializados.

Por outro lado, ainda podem vigiar a pele do utente, alertando o enfermeiro sempre que haja alterações da

integridade ou aspecto da mesma.

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