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MANUAL DE AUTOAVALIAÇÃO PARA CURSOS DE GRADUAÇÃO SETEMBRO 2014

Manual para Autoavaliação de Cursos de Graduação

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Manual com orientações a respeito da Autoavaliação de Cursos de Graduação

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MANUAL DE AUTOAVALIAÇÃOPARA CURSOS DE GRADUAÇÃO

SETEMBRO2014

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ElaboraçãoMARIA ELBA DANTAS DE MOURA PEREIRA

Capa e DiagramaçãoEMANUELLE CABRAL VIEIRA DA COSTA

Ilustração e RevisãoJOÃO CRISÓSTOMO DE MORAIS

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Manual de AutoAvaliaçãoCurso de Graduação

UFPBSINAES

CPAENADE

PDIINEP

MECIESSERES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBASISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIORCOMISSÃO PRÓPRIA DE AVALAIAÇÃOEXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTESPLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONALINSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRAMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIORSECRETARIA DE REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

SIGLAS

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Manual de AutoAvaliaçãoCurso de Graduação

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

MARGARETH DE FÁTIMA FORMIGA MELO DINIZReitora

EDUARDO RAMALHO RABENHORSTVice-Reitor

ALINE NADEGE DE SÁ MONTEChefe de Gabinete

Pró-Reitoria de AdministraçãoZELMA GLEBYA MACIEL QUIRINO

Pró-ReitoraPró-Reitoria de Assistência Estudantil

THOMPSON LOPES DE OLIVEIRAPró-Reitor

Pró-Reitoria de Gestão de PessoasFRANCISCO RAMALHO DE ALBUQUERQUE

Pró-ReitorPró-Reitoria de PlanejamentoMARCELO SOBRAL DA SILVA

Pró-ReitorPró-Reitoria de Graduação

ARIANE NORMA MENEZES DE SÁPró-Reitora

Pró-Reitoria de Pós-Graduação e PesquisaISAAC ALMEIDA DE MEDEIROS

Pró-ReitorPró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários

ORLANDO DE CAVALCANTI VILLARPró-Reitor

SERGIO FERNANDES ALONSO Prefeito Universitário

Núcleo de Tecnologia da InformaçãoPEDRO JÁCOME DE MOURA JUNIOR

Diretor

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Manual de AutoAvaliaçãoCurso de Graduação

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 091. INTRODUÇÃO 102. INTRODUÇÃO À AUTOAVALIAÇÃO DE CURSOS 113. PERGUNTAS FREQUENTES 123.1. Por que AUTOAVALIAR os cursos de graduação? 123.2. Quem participa da autoavaliação dos cursosde graduação? 123.3. Como sensibilizar o aluno a responder asquestões de autoavaliação do curso? 123.4. Qual é o melhor método de coleta de dados? 133.5. A autoavaliação deve fazer parte docalendário escolar da instituição ou docalendário de atividades do curso? 133.6. A autoavaliação de cursos de graduação éum procedimento institucionalizado na UFPB? 143.7. Qual o obejtivo da autoavaliação de curso? 143.8. Quais as finalidades da autoavaliação? 143.9. Qual a natureza da autoavaliação? 143.10. Como realizar uma autoavaliaçãoparticipativa? 153.11. Por que dizemos que a autoavaliação é umprocesso pedagógico? 153.12. Qual a relação entre autoavaliação eplanejamento? 153.13. Quais são as atribuições do coordenadordo curso na autoavaliação? 153.14. Quais são as atibuições do Núcleo DocenteEstruturante e/ou da comissão de avaliaçãode curso? 163.15. A avaliação dos docentes pelos discentes seconstitui em autoavaliação do curso? 163.16. O que são Dimensões de Avaliação? 177.17. O que são indicadores de qualidade? 173.18. Por que deve haver similaridade entre osinstrumentos ou questionários de autoavaliação de

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cursos e o Instrumento de Avaliação de Cursosde Graduação? 173.19. Os relatórios do Enade podem integrar aautoavaliação do curso? 183.20. Existe um modelo padrão para a avaliaçãode cursos? 183.21. A avaliação de egressos deve fazer parteda autoavaliação do curso? 183.22. É necessário que os cursos tenham umacomissão permanente para realizar aautoavaliação do curso? 193.23. Os coordenadores de curso estão “obrigados”a fazer a autoavaliação dos seus cursos? E osalunos? 193.24. Em termos práticos, de que forma são usadosos resultados da autoavaliação? 203.25. Em que intervalos as autoavaliações devemser realizadas para que seus resultados sejamsignificativos? 203.26. Os membros da comunidade universitáriaque não queiram participar das autoavaliaçõesestão sujeitos a algum tipo de sanção? 203.27. De que forma os chefes de departamentopodem colaborar com os coordenadores narealização das avaliações de curso? 213.28. Onde encontro os resultados dasautoavaliações anteriormente realizadaspelo meu curso? 213.29. Quais os principais objetivos da avaliaçãodos docentes pelos discentes? 213.30. É possível utilizar dados e resultados do (s)relatório (s) de autoavaliação institucional naautoavaliação de cursos? 224.Links de interesse das comissões deAutoavaliação de Curso 235.Sugestão de Indicadores para Autoavaliaçãode Cursos de graduaçãoComposição CPA 26Composição CEAI 27

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O Manual de Autoavaliação de Cursos de Graduação se insere no cômputo da política de incentivo à avaliação institucional adotada pela nossa gestão, que compreende a indissocialidade entre avaliação e planejamento.

Nessa perspectiva, temos apoiado todas as ações que visem estabelecer uma forte cultura de avaliação na Universidade Federal da Paraíba nos moldes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - SINAES, que completou dez anos em março do corrente ano.

Neste manual, a Professora Maria Elba Moura, presidente da CPA UFPB, nos oferece respostas simples e objetivas para as questões mais frequentes postas pelos coordenadores de curso de graduação ao se depararem com a necessidade de implantar, em conjunto com o corpo acadêmico, o processo de autoavaliação.

Esperamos que esse compêndio, que não pretende esgotar o assunto mas que, na fala da autora, é um ponto de partida para o mister da autoavaliação de cursos, seja útil a todos os atores desse processo.

João Pessoa, agosto de 2014.

MARGARETH DINIZReitora da UFPB

APRESENTAÇÃO

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Por que escrever um manual de autoavaliação de cursos? Segundo a maioria dos dicionários de língua portuguesa, Manual, substantivo masculino, é um compêndio, livro pequeno que encerra os conhecimentos básicos de uma ciência, uma técnica, um ofício.

Nos constantes atendimentos que tenho realizado, pude perceber que as questões postas e as dúvidas trazidas pelos coordenadores de cursos tinham muito em comum.

Por outro lado, a preocupação desses gestores acadêmicos com a efetivação da autoavaliação de seus cursos me proporcionou uma agenda diária constantemente pontuada de atendimentos para responder sempre às mesmas questões.

Assim, sem que me furte às orientações presenciais - que me comprazem, sem dúvida - e que devem continuar a ser feitas para atender às especificidades de cada curso, este manual responde, no atacado, às perguntas comuns.

Nessa perspectiva, o objetivo principal deste pequeno livro é fornecer orientações e subsídios aos coordenadores de curso e aos integrantes dos colegiados de curso e dos Núcleos Docentes Estruturantes - NDEs que facilitem o processo avaliativo dos cursos de graduação, discorrendo sobre princípios, normas e atores da avaliação.

Não há respostas prontas para todas as questões da autoavaliação. Por isso, esse pequeno compêndio deve ser lido como um exercício de aquecimento para a caminhada a realizar. E, como tal, diversa em seus percursos, deverá ser constantemente aperfeiçoado, a partir das contribuições dos seus usuários.

Profa. Maria Elba Dantas de Moura PereiraCoordenadora da CPA UFPB

1. INTRODUÇÃO

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A autoavaliação de cursos de graduação é um dos indicadores de qualidade do Instrumento de Avaliação dos Cursos de Graduação, documento elaborado pela CONAES e chancelado pelo Ministério de Educação.

A autoavaliação apresenta importantes características que a distinguem do ENADE e da avaliação externa dos cursos: é construída pela comunidade acadêmica do curso, demanda metodologia própria, resulta de um projeto aprovado pelos diversos atores da avaliação e demanda tempo de execução que permite aprofundar as pesquisas, ampliar as análises e compreender melhor os resultados.

A autoavaliação de cursos é, portanto, um processo dinâmico, reflexivo e aberto que enseja a gestores, professores e alunos realizarem diagnósticos periódicos - do projeto pedagógico e da gestão acadêmica, do desempenho do corpo docente e das instalações físicas de seus cursos - em um clima de confiança e respeito. Por tudo isso, a autoavialação é um instrumento que propicia expressar com maior fidedignidade as potencialidades e as fragilidades dos cursos e, mediante a elaboração de relatório preciso, pode e deve contribuir para o planejamento dos mesmos, além de fomentar ações consequentes por parte da gestão da instituição, em seus diversos níveis.

2. INTRODUÇÃO À AUTOAVALIAÇÃO DE CURSOS

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3.1. Por que AUTOAVALIAR os cursos de graduação?A autoavaliação dos cursos deve ser realizada não apenas para atender ao disposto no Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação conforme a Lei 10.861/ 2004 - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES. Importa, mais do que cumprir os ditames da legislação vigente, implantar um processo avaliativo eficaz e efetivo que contribua para a melhoria dos cursos e que seja indissociável do seu planejamento acadêmico.

3.2. Quem participa da autoavaliação dos cursos de graduação?Gestores, docentes, discentes, servidores técnico-administrativos e a comunidade externa (ex-alunos, por exemplo) - todos – devem participar, desde o momento de elaboração do projeto de autoavaliação do curso até a sua execução e análise do relatório de autoavaliação. Portanto, a autoavaliação de curso é um processo contínuo de aprender e ensinar, perguntar e responder, de idas e vindas: é dialógica e formativa.

3.3. Como sensibilizar o aluno a responder as questões de autoavaliação do curso?Não há uma “receita” para realizar a sensibilização dos alunos ou a dos outros atores da autoavaliação. A experiência demonstra, contudo, que a informação pode ser eficaz nesse processo. Assim, tanto alunos como professores, gestores, etc, devem possuir informações detalhadas sobre os atos regulatórios do seu curso (autorização, reconhecimento, renovação de reconhecimento, etc.) e conhecer a legislação específica sobre avaliação dos cursos de graduação (Lei 10.861/2004). Somente a partir do conhecimento adquirido pela comunidade acadêmica sobre as fina-

3. PERGUNTAS FREQUENTES

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lidades, os objetivos e as consequências dos processos avaliativos internos e das avaliações externas ela poderá vislumbrar a sua importância e a sua eficácia para a melhoria da qualidade do curso. Dessa forma, todos participarão plena, responsável e conscientemente da autoavaliação do curso. Não se trata, portanto de “convencer” as pessoas, mas de reuni-las em torno de um processo que receba a chancela de todos.

3.4. Qual é o melhor método de coleta de dados?Não existe o melhor método. Existem o método ou os métodos que se ajustem a um determinado processo e que sejam pactuados pelo grupo que está realizando a autoavaliação. A esse respeito, citamos NEVO, 1986: “conforme a doutrina, as avaliações podem ser classificadas em três grupos distintos, embora se admita combinações entre eles. No primeiro, a avaliação se relaciona com os objetivos e, neste caso, avaliar é determinar a consecução de certos objetivos. No segundo, estão as avaliações que recolhem, descrevem e analisam as informações, sem emitir juízos. O terceiro grupo é judicativo, ou seja, defende que avaliar é determinar o mérito (valor intrínseco e inerente) ou o valor (extrínseco e relacionado ao uso)”.

3.5. A autoavaliação deve fazer parte do calendário escolar da instituição ou do calendário de atividades do curso?Em algumas Instituições de Ensino Superior – IES, as autoavaliações institucionais e de curso fazem parte do calendário escolar. Inicialmente, para dar cumprimento à legislação vigente e, depois, porque nessas IES as autoavaliações se constituem, efetivamente, uma atividade subsidiária ao planejamento que, por consequência, utiliza os seus resultados para definir/corrigir metas e ações.

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3.6. A autoavaliação de cursos de graduação é um procedimento institucionalizado na UFPB?É fato que a maioria dos cursos de graduação da UFPB não inclui a autoavaliação entre os procedimentos para elevação da qualidade acadêmica. Por isso, os cursos de graduação da nossa instituição tem merecido conceito mínimo no indicador de qualidade referente a essa ação nos Relatórios de Avaliação Externa elaborados pelos avaliadores do INEP. Esse lapso é de fácil correção desde que haja verdadeiro interesse por parte dos colegiados dos cursos e dos Núcleos Docentes Estruturantes em tomar para si a responsabilidade de implantação dos processos de autoavaliação dos cursos de graduação.

3.7. Qual o objetivo da autoavaliação de curso?A Autoavaliação de curso é uma atividade que busca examinar as condições de oferta de um curso consoante as três dimensões determinadas pela Lei 10.861 de 2004 (Organização didático-pedagógica; Corpo Docente e Instalações Físicas) de modo a construir conhecimento sobre sua própria realidade, compreender os significados do conjunto de suas atividades e alcançar qualidade educativa.

3.8. Quais as finalidades da autoavaliação?A autoavaliação verifica o estado da arte da organização didático-pedagógica, acadêmica, do corpo docente e da infraestrutura do curso. Diagnostica, identifica potencialidades e fragilidades. Nesse aspecto, contribui para um planejamento mais efetivo, calcado na realidade, e impõe ações consequentes por parte dos professores, dos colegiados e NDEs e dos gestores, em todos os níveis.

3.9. Qual a natureza da autoavaliação?A autoavaliação é um processo avaliativo contínuo e não episódico. Ela deve surgir na comunidade como um projeto de melhoria da qualidade do curso, e precisa ser pactuada com todos os atores de forma

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democrática, participativa, educativa e emancipadora. Não pode ser burocrática, decidida e gestada em gabinetes.

3.10. Como realizar uma autoavaliação participativa?Compreender, valorizar e conferir credibilidade são três ações fundamentais para que a autoavaliação receba a adesão da comunidade acadêmica do curso e garanta o compromisso de efetuá-la de maneira responsável e pedagógica.

3.11. Por que dizemos que a autoavaliação é um processo pedagógico?Assim é dito porquanto a autoavaliação enseja a reflexão e a análise do projeto pedagógico do curso, das rotinas e dos processos do trabalho docente, das competências necessárias à realização das funções e atividades e da infraestrutura que dá suporte ao curso – que são atividades de eminente natureza pedagógica.

3.12. Qual a relação entre autoavaliação e planejamento?A implantação da cultura de avaliação possibilita diagnósticos constantes e relatórios acurados do curso avaliado. Esses relatórios se constituem ferramentas de grande valia para o planejamento, possibilitando que ele seja revisado, reformulado e aprimorado durante sua execução, conforme surjam as necessidades e o diagnóstico seja realizado.

3.13. Quais são as atribuições do coordenador do curso na autoavaliação?• Coordenar, acompanhar e aperfeiçoar o projeto

de autoavaliação do curso;• Coordenar as atividades da comissão de

autoavaliação e/ou do núcleo docente estruturante;

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• Implantar e divulgar o projeto de autoavaliação;• Promover capacitação para a aplicação do

processo avaliativo;• Aplicar os instrumentos de avaliação;• Acompanhar a sistematização e a análise dos

dados;• Coordenar as atividades de elaboração e de

divulgação do relatório de avaliação;• Promover ações junto à administração superior

no sentido de assegurar ações consequentes aos resultados da autoavaliação.

3.14. Quais são as atribuições do Núcleo Docente Estruturante e/ou da comissão de autoavaliação do curso?• Colaborar efetiva e ativamente na elaboração,

divulgação e implementação do projeto de autoavaliação do curso;

• Promover, em conjunto com a coordenação do curso ou por sua delegação, a capacitação para a aplicação do processo avaliativo;

• Aplicar, em conjunto com a coordenação do curso ou por sua delegação, os instrumentos de avaliação;

• Efetuar a sistematização e a análise dos dados;• Realizar as atividades de elaboração e divulgação

do relatório de avaliação;

3.15. A avaliação dos docentes pelos discentes se constitui em autoavaliação do curso?A autoavaliação dos cursos de graduação precisa, obrigatoriamente, incluir três dimensões: 1. Organização didático-pedagógica; 2. Corpo Docente; 3 Instalações Físicas. Nessas três dimensões, de modo transversal, devem ser também avaliados o cumprimento dos requisitos legais (veja link para o instrumento de avaliação de cursos). Assim, a avaliação de desempenho docente pelos discentes, por si mesma, não se constitui em autoavaliação do curso mas pode, a critério do curso ou da instituição, complementar a avaliação da Dimensão 2 – Corpo

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Docente, como um indicador adicional (e importante) de qualidade, agregado aos demais que o integram.

3.16. O que são Dimensões de Avaliação?Em um instrumento de avaliação de curso, chamamos dimensões de avaliação a conjuntos de indicadores de qualidade que possuem afinidades. Assim, por exemplo, a dimensão instalações físicas é integrada pelo conjunto de questionamentos relacionados à natureza física das instalações: quantidade de laboratórios, dimensões e condições de conforto de salas de aula, estado de conservação dos espaços dedicados do curso, capacidade das bibliotecas, entre outros.

3.17. O que são indicadores de qualidade?Indicadores de qualidade são sentenças formuladas para aferir as condições de oferta de um curso, mediante a análise de cada situação proposta ou descrita e a consequente atribuição de conceitos. Exemplos: 1. Número de alunos por professor; 2; Ações consequentes aos relatórios do Enade; 3. Experiência docente; 4. Acompanhamento do projeto pedagógico.

3.18. Por que deve haver similaridade entre os instrumentos ou questionários de autoavaliação de cursos e o Instrumento de avaliação de cursos de graduação?O instrumento de avaliação de curso é constituído de dimensões e indicadores que buscam aferir a qualidade do curso. Esse instrumento é também utilizado pela Secretaria de Regulação do MEC (SERES/MEC) para orientar a concessão dos documentos regulatórios dos cursos (portarias de autorização, reconhecimento, etc). Essas dimensões, por sua vez, são definidas pelo SINAES, Lei 10.861/2004. Entendemos, assim, que a autoavaliação de cursos deve contemplar, pelo menos, essas três dimensões, e acrescentar outras, se for da conveniência do curso.

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3.19. Os relatórios do Enade podem integrar a autoavaliação do curso?Os relatórios do Enade apresentam o resultado de avaliações externas dos cursos sob prismas diversos e em diferentes níveis. Por exemplo, trazem a avaliação de desempenho docente (do ponto de vista dos discentes que realizaram esse exame) e apresentam análises e gráficos comparativos do desempenho dos alunos em âmbito estadual, regional e nacional. No Instrumento de avaliação de cursos, o indicador pergunta quais ações consequentes foram realizadas a partir da análise do relatório do Enade. Então, é prática altamente recomendável que os relatórios do Enade sejam apreciados pela comunidade dos cursos e, sendo identificadas fragilidades, compete ao coordenador do curso o dever de comunicá-las ao gestor competente. Este, por sua vez, deverá efetuar ações para sanar aquelas fragilidades.

3.20. Existe um modelo padrão para a avaliação de cursos?Não; não existe um modelo padrão. E assim é porque a comunidade acadêmica de cada curso detém a prerrogativa de decidir o que avaliar, como avaliar e quando avaliar. Há, naturalmente, na web, vários modelos de questionários de avaliação e/ou de autoavaliação que podem ser sugestivos, mas que devem ser apenas isso: sugestivos. O que se recomenda é que a autoavaliação de cada curso seja feita “sob medida”, com formulários “personalizados”, evitando-se o uso de “genéricos”.

3.21. A avaliação de egressos deve fazer parte da autoavaliação do curso?Na minha opinião, sim. Os egressos têm muito a dizer sobre o projeto do curso que frequentaram e sobre a eficácia do currículo que cumpriram – e que está permanentemente sendo submetido à prova nos seus postos de trabalho. A vivência profissional dos egressos,

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por essa razão, é uma inesgotável fonte de feedbacks, insumos de grande valia para a atualização e o aprimoramento dos projetos pedagógicos dos cursos. Além disso, essa participação, de certa forma, favorece a proximidade dos ex-alunos com a universidade e estimula a sua participação em comitês, reuniões anuais e até em aulas, seminários e palestras on-line.

3.22. É necessário que os cursos tenham uma comissão permanente para realizar a autoavaliação do curso?Diferente da autoavaliação institucional que, conforme a Lei 10.861/2004 – SINAES, deverá ser executada por uma comissão denominada CPA - Comissão Própria de Avaliação, cada curso pode decidir se haverá uma comissão especialmente designada para realizar a autoavaliação ou se a autoavaliação será efetivada por integrantes do NDE e do colegiado de curso e/ou colegiado do departamento que possuir maior número de docentes dedicados ao curso. O tempo de atuação dessa comissão fica na dependência direta da periodicidade da autoavaliação e do projeto de autoavaliação do curso.

3.23. Os coordenadores de curso estão “obrigados” a fazer a autoavaliação dos seus cursos? E os alunos?A autoavaliação dos cursos não é um imperativo legal. Ela é, sim, relacionada como indicador de qualidade na dimensão 1 - Organização didático-pedagógica do Instrumento de avaliação de cursos - que norteia os atos de reconhecimento de curso e de renovação de reconhecimento de curso. Porém, deve ser levado em conta o fato importantíssimo de que a autoavaliação - realizada por coordenadores, professores, alunos, ex-alunos e toda a comunidade acadêmica - é ação indispensável para a melhoria de qualidade do curso, devendo estar intimamente associada ao seu planejamento. Ou seja, não é obrigação mas, por sua relevância, impõe-se como tal.

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3.24. Em termos práticos, de que forma são usados os resultados da autoavaliação?Os resultados das autoavaliações de curso devem subsidiar a elaboração das políticas, diretrizes e ações do Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI e, mais especificamente, o aporte financeiro e/ou de pessoas (docentes ou servidores técnico-administrativos). Ou seja, são usados como referenciais para todas as ações que garantam o bom funcionamento do curso, com vistas à obtenção da máxima qualidade.

3.25. Em que intervalos as autoavaliações devem ser realizadas para que seus resultados sejam significativos?Uma vez que o Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI tem vigência de quatro anos, parece oportuno que, para que sejam consequentes, as autoavaliações de curso sejam empreendidas a cada dois anos. Entende-se que esse é um intervalo de tempo razoável, considerando-se as várias etapas a vencer: elaboração do projeto, sensibilização, execução, análise dos dados, elaboração e divulgação do relatório final.

3.26. Os membros da comunidade universitária que não queiram participar das autoavaliações estão sujeitos a algum tipo de sanção?Embora não haja sanções a serem aplicadas aos membros da comunidade acadêmica, reafirmamos a importância da adesão de todos os seus integrantes ao processo de avaliação. E, claramente, essa adesão será tanto maior quanto maiores forem a compreensão do processo e a confiança de que a autoavaliação não se esgotará em si mesma, mas produzirá efeitos positivos para a elevação da qualidade do curso. Assim, mais que uma questão de querer ou não querer, a autoavaliação deve ser pensada como uma questão de compromisso.

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3.27. De que forma os chefes de departamento podem colaborar com os coordenadores na realização das avaliações de curso?Os chefes de departamento, por força regimental, são responsáveis, entre outras atividades, pela gestão do corpo docente e pela oferta e distribuição dos componentes curriculares. Nesse sentido, por serem detentores das informações acerca das atividades docentes e dos conteúdos dos planos de curso, podem colaborar, durante o processo, fornecendo em tempo hábil as informações solicitadas para se verificar o cumprimento da execução curricular; e, depois da autoavaliação do curso, zelando pelo cumprimento das ações pontuadas no relatório de autoavaliação que lhes forem pertinentes.

3.28. Onde encontro os resultados das autoavaliações anteriormente realizadas pelo meu curso? O relatório de autoavaliação deverá ser encaminhado a toda a comunidade acadêmica do curso. Além disso, deverá estar disponível para consulta online nas páginas do curso e do departamento, da Pró-Reitoria de Graduação e da Comissão Própria de Avaliação - CPA.

3.29. Quais os principais objetivos da avaliação dos docentes pelos discentes?Detectar o desempenho dos professores segundo a ótica dos discentes, por disciplina, segundo indicadores de qualidade previamente acordados e, a partir dessa visão, implementar ações imediatas para suprir possíveis fragilidades detectadas nesse processo avaliativo.

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3.30. É possível utilizar dados e resultados do (s) Relatório (s) de Autoavaliação Institucional na autoavaliação de cursos?

É tanto possível como recomendável utilizar dados e/ou informações do(s) relatório (s) de autoavaliação institucional, fazer citações ou remissões desse documento, atualizar e/ou tomar esse relatório como ponto de partida em determinadas dimensões para realizar os complementos ou os aprofundamentos que se fizerem necessários. Por exemplo, o EIXO INFRAESTRUTURA, que integra o Relatório de autoavaliação institucional, contém indicadores semelhantes aos da Dimensão 3- Instalações Físicas da autoavaliação institucional.

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SLIDE DE CAPACITAÇÃO DE COORDENADORESh t t p s : / / d r i v e . g o o g l e . c o m / f i l e /d / 0 B x F s F R i L p 6 O w S 2 9 T Q 2 w w a D F 5 N G s /edit?usp=sharing

ENADE 2010 E 2011 - ANÁLISE DOCUMENTALh t t p s : / / d r i v e . g o o g l e . c o m / f i l e /d/0BxFsFRiLp6OwU2lYWVByN3UtQlk/edit?usp=sharing

INEPwww.inep.gov.br

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO (BACHARELADO E LICENCIATURA)h t t p s : / / d r i v e . g o o g l e . c o m / f i l e /d / 0 B x F s F R i L p 6 O w Z W 8 y R 0 1 k S H p C O X M /edit?usp=sharing

RELATÓRIO AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL UFPB 2013/2014 h t t p s : / / d r i v e . g o o g l e . c o m / f i l e /d/0BxFsFRiLp6OwOFFaY2FvTV9VcjA/edit?usp=sharing

ADITAMENTO PDI 2013h t t p s : / / d r i v e . g o o g l e . c o m / f i l e /d/0BxFsFRiLp6OwUlVkWXhNX0Zzcjg/edit?usp=sharing

ILAPEwww.ilape.edu.br/

4. LINKS DE INTERESSE DAS COMISSÕES DE AUTOAVALIAÇÃO DE CURSO

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Dimensão 1- Gestão acadêmica1. Articulação da coordenação do curso com os Departamentos; com a Direção do Centro/; Com a PRG e com a CPA;2. Acompanhamento sistemático do PPC;3. Acompanhamento da execução curricular;4. Avaliação e atualização dos componentes curriculares;5. Disponibilidade, local, carga horária e modos de atendimento aos discentes pelo coordenador do curso;6. Disponibilidade, local, carga horária e modos de atendimento aos docentes pelo coordenador do curso;7. Planejamento, execução, análise e divulgação da autoavaliação do curso;8. Implementação de ações consequentes à autoavaliação e às avaliações externas do curso;9. Acompanhamento de alunos egressos

Dimensão 2 - Corpo Docente1. Ações decorrentes das atividades do NDE;2. Ações decorrentes das atividades do colegiado de curso;3. Avaliação de desempenho docente pelos discentes;4. Número médio de disciplinas por docente - ano5. Número médio de turmas por docente- ano6. Número médio de horas aula dos docentes no curso- ano7. Quantidade de publicações docentes – ano8. Quantidade de relatórios de pesquisa – ano9. Quantidade de relatórios de extensão – ano

5. SUGESTÃO DE INDICADORES PARA AUTOAVALIAÇÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO

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Dimensão 3 – Instalações físicas1. Salas de aula2. Equipamentos3. Laboratórios exclusivos do curso4. Laboratórios compartilhados5. Bibliografia básica disponível nas bibliotecas setoriais e/ou Central6. Atualização do acervo7. Correlação entre as bibliografias recomendadas no PPC com a dos planos de Curso, com a disponível e com a efetivamente utilizada pelo docente;8. Segurança9. Acessibilidade

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COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO (CPA)PORTARIA R/GR/Nº 249/2014

MARIA ELBA DANTAS DE MOURA PEREIRAPresidente

PAULO CÉSAR GÉGLIODocente (CCA)

SEVERINO ELIAS SOBRINHODocente (CE)

RENATA PAES DE BARROS CÂMARADocente (CCSA)

ANTONIO SALES DA SILVADocente (CCEN)

FERNANDA VANESSA GOMES DA SILVADocente (CTDR)

ROSENI NUNES DE FIGUEIREDO GRISIDocente (CCS)

MANOEL PEDRO ALEXANDRE SIMÕES E SILVADiscente (CCJ)

EMANUELLE CABRAL VIEIRA DA COSTADiscente (CCHL)

JOSIAS HENRIQUE DE AMORIM XAVIERTécnico-administrativo (CCEN)

JUCIELLI DOS SANTOS RODRIGUESTécnico-administrativo (CCSA)ANTÔNIO ARAÚJO DE SOUSA

Técnico-administrativo (CCSA)ADILIS OLIVEIRA DA ROCHA

Membro da comunidade (CRC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACOMPOSIÇÃO CPA

Page 27: Manual para Autoavaliação de Cursos de Graduação

Manual de AutoAvaliaçãoCurso de Graduação

27

COMISSÃO EXECUTIVA DE AUTOAVALIAÇÃO INSTITUCIONAL (CEAI)

PORTARIA R/GR/Nº 248/2014

MARIA ELBA DANTAS DE MOURA PEREIRAPresidente

CRISTINE HIRCH MONTEIRODocente (CCS)

FLÁVIA DE OLIVIERA PAULINODocente (CBIOTEC)

RAELSON FARIAS DE ARAÚJODiscente (CT)

MANUEL JUAN ROJAS BUVENICHDocente (CT)

STELA DE LOURDES RIBEIRO DE MENDONÇADocente (CCHSA)

EMÍLIA MARIA PORTO DE ARAÚJO LEMOS Técnico-administrativo (CBIOTEC)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBACOMPOSIÇÃO CEAI