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[Escreva texto] [Escreva texto] Áreas protegidas e Turismo de descoberta 50h UFCD 3502 – Turismo de descoberta 25h nível 4 UFCD 4305 – Áreas Protegidas 25h nível 4 Formador: Rui Pires

Manual Turismo Descoberta e Àreas Protegidas

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Manual Turismo Descoberta e Àreas Protegidas Quinta Do Anjo 50h

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    reas protegidas e Turismo de descoberta 50h

    UFCD 3502 Turismo de descoberta 25h nvel 4

    UFCD 4305 reas Protegidas 25h nvel 4

    Formador: Rui Pires

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    Introduo

    Identificar e implementar actividades de Turismo Descoberta, e tomar conhecimento

    dos objectivos e caractersticas do turismo de natureza, como planear uma actividade

    turstica a desenvolver numa rea protegida.

    A Industria do Turismo tem vindo a ter alteraes desde sempre, pode hoje verificar-se

    que o Turismo est presente entre ns desde os primeiros passos do homem, no,

    como considerado hoje, mas sim a partir dos seus conceitos e motivaes.

    A vontade de viajar vem de dentro de ns, como um factor intrnseco que nos leva a

    querer conhecer mais e nos leva aventura e descoberta. Tudo isto est inter-

    relacionado e vai ao encontro do que o Turismo. Assim o Turismo est igualmente

    relacionado com a evoluo da raa humana.

    Nada esttico, tudo se move. Desde as viagens dos Fencios, s Descobertas iniciadas

    por Portugal. Ou mesmo na poca Clssica, com os Jogos Olmpicos. Ou a constituio

    do Imprio Romano. Todas estas aces esto presentes no Conceito de Turismo, logo

    directamente ligadas.

    O Conceito de Turismo, tambm se foi modificando, atravs do tempo e da histria,

    com o desenvolvimento das sociedades, com principal referncia a sociedade

    Europeia, que com a Revoluo Francesa, e mais tarde com a revoluo Industrial, fez

    com que o Turismo se tornasse o que hoje.

    Foi no solo Europeu, que se deram os primeiros passos, para os Conceitos e Formas do

    Turismo. Foi aqui que se deram as primeiras viagens organizadas, as primeiras

    deslocaes em massa, que causaram o aparecimento de novas modalidades do

    Turismo, que vo ao encontro deste trabalho.

    O Turismo foi ganhando Formas, e classificaes. Foi a partir destas, que a Industria do

    Turismo foi criada, que tendo a haver directamente com o factor econmico, fez com

    que houvesse uma conectividade desta Industria, com muitas outras, e que a gesto

    desta, fosse levada a srio, devido aos seus efeitos multiplicadores em qualquer Regio

    e Pas.

    Entretanto com a evoluo das deslocaes em termos de Lazer, com a melhoria da

    qualidade de vida, e dos direitos dos trabalhadores, bem como a melhoria das infra-

    estruturas, e dos transportes, surgiu o Turismo Tradicional, que tambm conhecido

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    como Turismo de Massas.

    O Turismo de Massas surgiu entre as dcadas de 20 e 50, do sculo XX. Como em todo

    o Mundo, Portugal tambm sofreu, e ainda sofre, com os efeitos negativos deste tipo

    de Turismo. No auge do Turismo de Massas, surgiu a necessidade da criao de novos

    tipos de Turismo, para satisfazer uma sociedade mais preocupada com factores, como

    o ambiente, e factores culturais. Neste mbito foi criado o Turismo Alternativo, e as

    suas vrias vertentes.

    Esta preocupao com factores ambientais apareceu com mais sentido, nos anos

    sessenta. Logo o Turismo como Indstria, estava a tomar conscincia destes efeitos, (a

    nvel dos efeitos negativos), devido ao referido Turismo de Massas; no caso de

    Portugal, temos o exemplo, da Costa Algarvia. Tanto o lado do Barlavento, como o

    Sotavento foram fustigados por uma construo desenfreada, que ps em causa tanto

    a cultura local, como a nvel ecolgico.

    Em termos de culturas locais, ou povoaes receptoras de Turismo, estas tambm

    sofreram com os impactos negativos. Surgiu assim a necessidade de implantar regras,

    e penalizaes, para minimizar estes efeitos, negativos, tanto a nvel Social como

    ambiental, de modo a transformar o turismo como uma Industria capaz de financiar a

    conservao do ambiente e beneficiar as populaes locais, tanto a nvel econmico,

    como a nvel cultural e educacional.

    A OMT, (Organizao Mundial de Turismo), foi a entidade que mais teve influncia

    nesta mudana da Industria do Turismo, em parceria com as Naes Unidas, elaborou

    vrios cdigos, e atravs de conferncias a nvel mundial, fez promoo desta nova

    face do Turismo, capaz de desenvolver regies, e pases, de uma forma Sustentvel.

    A partir desta nova ideologia, um Turismo mais sustentvel, nas suas trs vertentes:

    Econmica, Social e ambiental, foi criado o Cdigo Mundial de tica do Turismo, a 1 de

    Outubro de 1999, na Assembleia-Geral em Santiago, com a presena dos membros da

    Organizao, que so os representantes da Indstria mundial do Turismo, entre estes:

    Delegados de Estados, territrios, empresas, instituies e Organismos.

    O Cdigo Mundial de tica do Turismo, foi ento criado para regular todos os actores

    da Indstria do Turismo, tanto a nvel privado como a nvel pblico. A nvel Nacional,

    quem representou Portugal, na conferncia em 1999, na Assembleia-Geral da OMT,

    em Santiago do Chile, foi a Direco Geral de Turismo, que teve como objectivo fazer

    passar a mensagem a todos os responsveis a nvel Nacional.

    Neste trabalho de Investigao quero demonstrar o que est a ser feito em termos de

    Turismo Alternativo e as suas diferentes modalidades a nvel Nacional e se estas esto

    directamente relacionadas com o Cdigo Mundial de tica do Turismo.

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    Em termos de Cdigo Mundial de tica do Turismo, este

    trabalho interliga-o, com o Turismo Sustentvel. Para isso interliguei com as vrias

    modalidades; Turismo Natural, Ecoturismo, Turismo Rural, e o Turismo Cultural. Dando

    mais importncia ao Turismo Natural, e ao Turismo Rural, devido ao estudo de caso

    que vou desenvolver.

    Todas estas vertentes de Turismo, interligadas, podem tornar uma regio sustentvel a

    partir dos seus recursos naturais, culturais, (recursos humanos), que a nvel de Turismo

    Sustentvel so um elemento essencial.

    Turismo - Conceitos e formas

    Nada no universo definido, nada esttico, tudo transitrio, tudo movimento.

    Logo, a mudana sempre foi uma constante de sempre, mas na sociedade actual, que

    as alteraes esto a ser mais profundas e a uma velocidade atroz.

    Em termos da Indstria do Turismo tambm se verifica esta caracterstica, durante

    anos o turismo foi-se desenvolvendo com alguma lentido, mas foi a partir da

    revoluo Francesa, que se f oi instalando a sociedade de consumo, e aps a revoluo

    Industrial, se desenvolveu a Industria do Turismo, com um crescimento das

    acessibilidades ao Lazer da Sociedade em Geral.

    Conceito de Turismo

    Como referido anteriormente, o prprio conceito de Turismo tem evoludo ao longo

    do tempo perante as necessidades, de reajustamento s novas realidades, como

    tambm s mudanas sociais: Direito a frias pagas, aumentos salariais, reduo do

    tempo de trabalho, o aumento da qualidade de vida em geral.

    Mas no foram s as mudanas sociais, tambm foi a nvel estrutural, a nvel de infra-

    estruturas, e transportes, com a melhoria das vias terrestres, e o aumento da

    velocidade dos transportes, como tambm a evoluo do transporte areo que

    fizeram com que o conceito de turismo se tornar mais verstil, e no esttico.

    Com a evoluo do conceito e da Indstria do Turismo apareceu o interesse do turismo

    em diversas reas como, a sociologia, a antropologia, economia, entre outras.

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    A Association International des Experts Scientifiques du

    Tourisme (AIEST) foi fundada na sua, depois da segunda Guerra Mundial, estudou

    estes fenmenos do Turismo, e desenvolveu tcnicas de estudo e novos conceitos,

    desta forma define-se o Turismo, o conjunto de relaes fenmenos produzidos

    pelo deslocamento e permanncia de pessoas fora do seu local de residncia, desde

    que esses deslocamentos, no sejam motivados por uma actividade lucrativa principal,

    permanente ou temporria, este conceito foi adaptado em 1942, pela (AIEST).

    Como podemos observar estes dois conceitos tm sempre presentes, as seguintes

    variantes:

    Deslocao, isto a distncia percorrida, relativamente ao local de

    residncia. Neste caso no podemos esquecer, a diferena entre o Turismo

    Nacional, e o Turismo Internacional, que tem a haver directamente, com as

    fronteiras. A deslocao dentro das fronteiras do local de residncia, ou

    fora do local da mesma.

    Durao da Viagem, aqui faz a diferena entre os tipos de Visitantes, que

    so os Excursionistas, que se deslocam, num perodo inferior a 24 Horas, e

    os Turistas, que se deslocam, a um perodo superior a 24 Horas.

    Motivo, nesta variante, foram feitas as restries, do que uma deslocao

    em Turismo, ou outra deslocao por outros motivos, que no o Lazer.

    Por ltimo, temos o efeito econmico, tambm relacionado com as

    restries, e o efeito multiplicador do Turismo, que vai ser referido, durante

    este trabalho..

    Entretanto o conceito mais recente de Turismo, em que todas estas variantes esto

    presentes, e por isso a escolhi, a definio de 1991, pela Organizao Mundial de

    Turismo e Naes Unidas, tambm pelo motivo, que este conceito utilizado por

    variados estudos recentes, O Turismo compreende as actividades desenvolvidas por

    pessoas ao longo de viagens e estadas em locais situados fora do seu enquadramento

    habitual por um perodo consecutivo que no ultrapasse um ano para fins recreativos,

    de negcios ou outros.

    O conceito de turismo pode ser analisado e estudado em duas vertentes principais:

    1) Econmica, esta formada pelo conjunto de empresas voltadas para o

    atendimento e a satisfao das necessidades do turista e que se convencionou

    chamar indstria turstica.

    2) Prtica Social e Cultural, principalmente para atender as necessidades

    psicossociolgicas dos turistas e que acabam por contribuir para mudanas

    sociais e Culturais.

    Hoje em dia requerem-se a juno destas duas vertentes, com a vertente do

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    Ambiente. Estas 3 vertentes, fazem o Turismo

    Sustentvel de que vou falar adiante.

    Conceito de Turista

    Para falar do conceito de Turista, temos que falar em primeiro lugar do conceito de

    Visitante O termo visitante designa toda a pessoa que se desloca a um pas diferente

    daquela onde tem a sua residncia habitual, desde que a no exera uma profisso

    remunerada..

    Este termo Visitante, foi proposta e apresentado em 1963, na conferncia das

    Naes Unidas, sobre o Turismo e as viagens Internacionais realizada em Roma, e foi

    adoptada para fins estatsticos que constitui o conceito base do sistema de Estatsticas

    do Turismo.

    Compreendam-se nesta definio tambm os Conceitos de Turistas e excursionistas:

    a) Os turistas, isto visitantes que permaneam pelo menos 24 horas no pas

    visitado e cujos motivos de viagem podem ser agrupados em:

    Lazer (Frias, Sade, estudos, religio, desportos e prazer);

    Negcios, razes familiares, misses, reunies.

    b) Os Excursionistas, isto , os visitantes temporrios que permaneam menos de

    24 horas no pas visitado (incluindo os viajantes em cruzeiros).

    Assim temos os viajantes que se subdividem em visitantes e outros viajantes (estes

    no so nem turistas nem excursionistas), em termos de turismo s nos interessa os

    visitantes, assim sendo, como refere o conceito estes subdividem-se em Turistas e

    Excursionistas, e so estes que so utilizados na base de todos os sistemas estatsticos

    em termos de Turismo, em Portugal temos o INE (Instituto Nacional de Estatstica.).

    Logo podemos dizer que os turistas so visitantes que passam, pelo menos, uma noite

    num meio de alojamento colectivo ou privado no local visitado. Os excursionistas so

    visitantes que no passam a noite num meio de alojamento colectivo ou privado no

    local visitado. Por isso o que os diferencia a durao da deslocao, se mais que uma

    Jornada (24Horas), ou menos de uma Jornada.

    Em termos de definio e devido ao alojamento tambm considerado excursionistas

    os passageiros em cruzeiros, porque pernoitam no navio, mesmo que este permanea

    no porto vrios dias e, por extenso, os proprietrios e passageiros de Yachts e

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    outros participantes de viagens em grupo que, por

    exemplo, pernoitam num comboio.

    Em 1983, a OMT (Organizao Mundial de Turismo), elaborou, uma definio de

    Turismo Nacional, e por isso o aparecimento tambm da expresso de Visitante

    Nacional, toda a pessoa, qualquer que seja a sua nacionalidade, que reside num pas

    e que se desloca a um lugar situado nesse pas e cujo motivo principal da visita no

    seja de a exercer uma actividade remunerada.

    Com isto podemos dizer que os visitantes dividem-se em Nacionais e Internacionais,

    que so usados para fins estatsticos, logo o visitante Internacional, designado por

    todas as pessoas que se deslocam num pas que no aquele onde tem a sua residncia

    habitual, por um perodo no superior a 12 meses, e cujo motivo principal da visita no

    seja o de exercer uma actividade remunerada.

    Os Visitantes Internos, so designados por, toda a pessoa que se desloca, por um

    perodo no superior a 12 meses, no pas de residncia, e cujo motivo principal de

    visita no seja o de a exercer uma actividade remunerada.

    Figura 1: Definies de viajantes

    Fonte: Fonte prpria

    Viajantes

    Visitantes

    Turistas

    (Visitantes

    que

    pernoitam)

    Outros

    Excursionistas

    (Visitantes por

    um dia)

    Viajantes remunerados

    Nmadas Refugiados

    Imigrantes Diplomatas

    Membros (Foras Armadas)

    Artistas

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    Turista, a evoluo do conceito.

    A expresso turista, que hoje j entrou no domnio da linguagem corrente,

    relativamente recente, mas de facto, comeou a ser utilizada no incio do sculo XIX

    para designar aqueles que viajavam por prazer, entretanto como vimos nos conceitos

    anteriores, o sentido muito mais amplo.

    Foi na segunda metade do sculo XVIII, que passou a ser normal para os jovens

    ingleses das camadas sociais mais elevadas complementarem a sua educao, com

    uma viagem ao continente, que era considerada, por Grand Tour.

    Por isso os primeiros turistas surgiram no sculo XVIII, quando jovens aristocratas,

    especialmente do sexo masculino, faziam a Grand Tour.

    A ideia era encontrarem outras culturas, e os destinos das suas viagens eram quase

    sempre Itlia por causa do seu passado, da sua histria e das suas artes, e ainda

    Frana.

    Acompanhados por tutores, pretendia-se que, no final das suas viagens, adquirissem

    cultura e as competncias que lhes permitissem, nos seus pases, fazer figura

    causando admirao.

    Mais tarde surgiu um enorme desejo de conhecer o extico. O Egipto tornou-se para a

    classe aristocrtica destino mais procurado.

    A Grand Tour mais tarde passou a Chamar-se Tour, passando assim a serem

    chamados os que faziam as viagens Tour, de Touristes. A palavra foi a primeira

    vez utilizada por Stendhal, no livro Mmoires dun Touriste, passando a designar

    como j referi, toda a pessoa que fazia uma viagem para seu prprio prazer.

    Mais tarde com a revoluo Americana, e em seguida a Francesa, que simbolizavam

    liberdade Individual, facilitaram o caminho destes viajantes.

    Por outro lado o Iluminismo, movimento cultural do qual Kant foi uma importante

    figura, dava aos que o seguiam uma vontade enorme de se aproximarem da natureza.

    Poetas e pintores subiam montanhas na procura de inspirao para os seus trabalhos.

    As suas viagens, as suas impresses eram descritas na tela e no Papel. Pela primeira

    vez a arte incorporava-se nas viagens e estas estabeleciam ligaes com a arte.

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    Entretanto a Revoluo Industrial, que surgira em

    Inglaterra, criava uma nova classe A alta burguesia, que pretendendo igualar-se aos

    aristocratas, comearam a viajar.

    Foi no sculo XIX, em 1810, que foi publicado pela primeira vez, no Dicionrio Ingls

    English Dictionary, as palavras, Turismo, e Turista. Referidos como: Turismo - Teoria

    e prtica de viajar; Turista - Pessoa que faz uma ou mais excurses, especialmente

    algum que faz isso por recreao, prazer ou cultura.

    Entretanto tambm no sculo XIX, o aparecimento do Caminho de Ferro, facilitou o

    aparecimento de viagens em Massas, que eram acessveis maior parte da populao.

    Com o aparecimento do automvel no sculo XIX, que sofreu vrios aperfeioamentos

    at se tornar o antecessor do automvel actual. Em 1903, apareceu o avio, desta

    forma as viagens estavam definitivamente instaladas na vida de muita gente. Embora o

    Turismo neste tempo ainda estivesse reservado s classes mais altas, devido ao custo

    dos transportes.

    Outro grande momento foi em 1936, em Frana, com uma importante conveno que

    foi aprovado o direito a Frias Pagas, para esse pas, isto fez com que o Turismo se

    desenvolvesse no s s Classes altas mas Tambm s Classes trabalhadoras, a classe

    mdia.

    E 1970, a Organizao Internacional do Trabalho, pelo acordo 132 movimentou pelo

    alongamento geral das Frias e o seu pagamento. Foi alargado o direito a muitos

    outros pases, o que criou uma procura turstica muito superior, e muito mais

    diversificada, em termos do perfil dos Turistas.

    Por isso a partir da dcada de 70 d-se a massificao da procura, e devido a esta

    massificao em 1990, apareceu o Turista alternativo. Este tem como caractersticas,

    ser um Turista mais exigente, como tambm muito mais responsvel, tanto a nvel

    ambiental, como cultural.

    No sculo XXI, apareceram os Ecoturistas, que segundo as previses da OMT, vo ter

    uma Taxa de crescimento nos prximos anos. O que para a gesto de paisagens

    protegidas, muito bom sinal, j que o pblico alvo destas reas, so os Ecoturistas, e

    est inserido no Turismo Alternativo.

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    Procura Turstica, e as suas motivaes

    O consumidor, ou turista, procura produtos tursticos de acordo com as foras

    motivadoras, e as suas necessidades, logo a viagem do turista ocorre depois de uma

    deciso de compra de acordo com um conceito de valor de uso de um produto

    turstico, este valor est directamente relacionado, com o valor que atribudo pelo

    Turista. Este varia de Cultura para Cultura, de poca para poca, de pessoa para

    pessoa.

    Hoje em dia, estudam-se as motivaes enrgicas que leva as pessoas a viajar, isto ,

    factores que exercem uma influncia determinante na deciso de viajar, logo

    provocam, vrios motivos que podem levar as pessoas a viajar: Culturas e educativas;

    divertimento e descanso; sade; razes ticas, sociolgicas e psicolgicas, climatricas,

    profissionais e econmicas. Todas estas motivaes criam os diversos tipos de turismo

    que foram criados para satisfazer essas motivaes.

    Pode-se encontrar em trabalhos de Kraft (cf. Vogeler Ruiz Armand, 1997), os motivos,

    donde derivam as motivaes que levam as pessoas a viajar:

    I) Razes culturais, educativas e profissionais (desejo de conhecer sociedades

    diferentes, assistir a acontecimentos especiais, aprender idiomas, entre

    outros);

    II) Razes tnicas (regresso origem, motivos sentimentais);

    III) Razes desportivas (assistir a manifestaes ou prticas desportivas);

    IV) Razes fsicas (descanso, sade);

    V) Razes sociolgicas (conhecer o mundo, vivenciar o perodo de lua-de-mel);

    VI) Razes religiosas (peregrinaes, visita a lugares religiosos).

    Como podemos observar, importante conhecer as motivaes da procura para poder

    definir melhor o plano de Gesto de qualquer oferta Turstica, este tem que ir ao

    encontro destas motivaes.

    Para definir a Procura Turstica temos a definio de Mathieson e Wall, de 1982,

    Nmero total de pessoas que viajam ou decidem viajar para desfrutar de instalaes

    tursticas e de servios, em locais diferentes do local de trabalho ou residncia..

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    Como podemos observar na evoluo do turista, a

    procura turista tem vindo se a ajustar com o tempo, ajustando-se s modificaes

    sociais e globais. Sendo assim podemos verificar que so muitos os factores que

    condicionam a Procura Turstica:

    Disponibilidade de tempo: Frias, fins-de-semana prolongados, feriados;

    Disponibilidade econmica: Rendimento que permita a viagem;

    Factores demogrficos: Indicadores da tendncia para viajar, familiares,

    religiosas, entre outras;

    Factores sociais: Que ligam o Turismo a um certo status e fazer Turismo

    uma actividade valorizada o que contribuir para a auto-estima.

    Para alm destas Motivaes que se relacionam com a pirmide de Maslow, existem

    outros motivos que contribuem para que o turista se desloque:

    Preo uma varivel importante para atrair a procura, (turista);

    Comodidade facilidade de acesso e conforto local;

    Segurana No desejvel que o local de chegada esteja conotado com

    terrorismo, vandalismo, altos nveis de criminalidade, guerra, entre outros;

    Hospitalidade Pode tornar-se um atractivo fundamental ser recebido com

    cordialidade e hospitalidade.

    em funo de todos estes factores que se ir procurar gerir a Oferta, assim as

    Motivaes, tornam-se fundamentais, j que o negcio turstico depende delas, por

    isso convm conhec-las bem.

    Em termos de classificar os diferentes tipos de turistas pelos factores psicolgicos e o

    que estes provocam, para a escolha de um destino, ao que se d o nome psicogrficos,

    um estudo desenvolvido por Stanley Plog, em que este adoptou o modelo

    psicocntrico-alocntrico, aplicado populao americana. O psicocntrico e o

    alocntrico so os modelos extremos, entre eles existem, os quase psicocntrico, o

    Cntrico,e o quase alcntrico.

    Turistas psicocntricos, agrupam os turistas que concentram o seu comportamento

    nas suas pequenas preocupaes pessoais e tm um limitado interesse pelo mundo

    exterior. Na eleio dos seus destinos tursticos preferem encontrar o que j

    conhecem, preferem os locais mais frequentados e tm reduzida preocupao em

    desenvolver actividades que os desviem da normalidade. So mais passivos do que

    activos.

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    Logo estes tm uma preferncia por distinos devido s suas

    motivaes, que so: Destinos que no perturbem o seu modo de vida; actividades

    recreativas pouco originais; Turismo sedentrio; Destinos acessveis por automvel;

    Instalaes e equipamentos tursticos tradicionais; Viagens organizadas, estruturadas e

    bem preparadas.

    Os quase psicocntricos, em que j no tm as caractersticas to vincadas, j

    preferem outro tipo de deslocaes: Satisfao do ego e procura do Status; Procura

    de conforto social; Visitas a locais muito frequentados ou mencionados pelos meios de

    comunicao social.

    Os cntricos, que fica entre as outras duas categorias, que se podem designar como

    extremos, logo estes so designados como, pessoas que procuram os destinos mais em

    moda, e caracterizam-se pelo fraco sabor pela aventura. Logo preferem como

    deslocaes: Descontraco e prazer: Simples diverso e entretenimento; Clima, Sol,

    Termas; Mudana durante algum tempo; Oportunidade de fugir aos problemas dirios;

    Atraco real ou imaginria do destino; Gratificao sensual: Gastronomia, descanso,

    conforto, bebida; O prazer de viajar e a apreciao da beleza: Parques Naturais, lagos,

    montanhas; Compras para recordaes e ofertas; O prazer sentido antes e depois da

    viagem: planeamento da viagem, aprendizagem, sonho e, posteriormente, o prazer de

    mostrar fotografias, recordaes e de descrever a viagem.

    Por sua vez os quase alocntricos revelam preferncia por: Participar em certames ou

    actividades desportivas; Viagens de tipo desafio; exploraes, alpinismo, passeios a p,

    peregrinaes; viagens de negcios, congressos, reunies, convenes; visitas a

    teatros, espectculos especiais; oportunidades de experimentar um estilo de vida

    diferente.

    Turistas alocntricos, so os turistas que se interessam por um grande nmero de

    actividades, desejam descobrir o mundo e manifestam uma curiosidade geral por tudo

    quanto os cerca. Distinguem-se pelo desejo de aventura e pela curiosidade. Por isto

    estes preferem: Regies no desenvolvidas turisticamente; novas experincias e

    descobertas; destinos diferentes; actividades durante a estada; viagens de organizao

    flexvel; procura do extico; satisfao e sensao de poder e liberdade; melhoria de

    prespectivas.

    Em resumo os grupos alocntricos e quase-alocntricos constituem o primeiro

    segmento de mercado a ser atrado para um novo destino, que pretende crescer e

    desenvolver-se, logo os destinos que visam um desenvolvimento turstico limitado em

    virtude das suas condies naturais ou culturais exigirem cuidados especiais, que so o

    caso das reas protegidas, o grupo alocntrico que deve constituir o principal

    segmento de mercado. Por fim, quando se pretende manter um centro turstico com

    pouca frequncia como o caso, como j referi das reas protegidas devem ser

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    dirigidos aos alocntricos ou quase alocntricos.

    O segmento cntrico, pelo estudo abrange 60% da populao turstica global, e o que

    fomenta o crescimento e desenvolvimento dos grandes empreendimentos tursticos.

    Os psicocntricos no despendem, grande tempo com as deslocaes, so os que

    demonstram menos gastos, no se podem contar com eles para o desenvolvimento de

    nenhuma regio turstica.

    Tipos e Formas de Turismo

    A Industria do Turismo, muito diversificada, e complexa, isto porque trabalha com

    variadas formas e classificaes, como tambm com vrios conceitos e prticas, isto

    porque influenciado por vrios factores externos e atendendo tambm sempre aos

    que intervm directamente com as deslocaes.

    Para melhor compreender as formas, necessrio saber em quais elementos se baseia

    o Turismo a OMT (Organizao Mundial de Turismo), considera que a actividade do

    Turismo, se distingue em quatro elementos base, entre eles:

    1) A Procura: constituda pela abrangncia dos potenciais ou actuais

    consumidores dos bens tursticos, ou servios;

    2) A oferta: Constitudo pelo grupo de produtos, actividades, como tambm

    Instituies, que esto directamente relacionados com a Indstria do Turismo;

    3) Espao Geogrfico: Regio ou espao, onde h o contacto directo entre a

    procura e a oferta, contando tambm com a comunidade residente;

    4) Os actores do Turismo: So todos os intervenientes directos, que tm como

    objectivo facilitar a interaco entre a procura e a oferta, tanto a nvel privado

    como Pblico.

    Por isso importante comear pelas formas e classificaes do Turismo.

    Formas e classificao do Turismo

    Em termos de formas o turismo tem variadas classificaes, isto derivado, a diferentes

    influncia, logo:

    1) Segundo a origem dos visitantes, atendendo ao facto de se atravessar ou no

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    uma fronteira o turismo subdividir-se- de acordo

    com as classificaes metodolgicas adoptadas pela OMT (Organizao

    Mundial de Turismo), e pelo Eurostat, em:

    Turismo Interno\Domstico: o turismo realizado pelos residentes de um

    dado pas ao viajar exclusivamente no interior desse mesmo pas.

    Turismo receptivo: o realizado pelos no residentes ao viajar num dado

    Pas.

    Turismo Emissor: o realizado pelos residentes de um dado pas ao viajar

    num outro..

    2) Segundo o efeito na balana de Pagamentos, devido entrada de estrangeiros

    contribuir para o activo da balana de pagamentos de um pas, devido a

    provocar a entrada de divisas, e com a emisso de Visitantes, provocam uma

    sada de divisas, por estas razes o turismo externo classifica-se em:

    Turismo Externo Passivo, isto o turismo dos residentes praticado no

    estrangeiro, pode ser tambm ser designado por Turismo de importao

    (aquilo que os agentes de viagens designam por outgoing).

    o Este provoca uma aquisio de bens e servios nacionais por parte dos

    estrangeiros, ou seja, uma exportao: um hotel ou um restaurante ao

    venderem uma dormida ou uma refeio a um residente no estrangeiro

    desenvolvem uma actividade exportadora. Atravs do Turismo, o pas

    visitado, vende bens e servios ao pas de origem dos visitantes.

    Turismo Externo Activo, isto , o turismo de residentes no estrangeiro

    praticado no pas visitado pode ser designado por Turismo de importao

    (Incoming na expresso utilizada pelos agentes de viagens).Este provoca um

    consumo de bens e servios nos pases visitados, equivalendo a uma

    importao.

    3) Segundo a durao da permanncia, quanto ao tempo de durao da estada de

    um turista numa dada regio ou num pas pode distinguir-se entre:

    Turismo de passagem, este efectuado apenas pelo perodo de tempo

    necessrio para se alcanar uma outra localidade ou pas, o objectivo da

    viagem, isto o destino final.

    Turismo de permanncia, realizado numa localidade ou num pas, em que

    este o objectivo da viagem, por um perodo varivel que exigir, pelo

    menos uma dormida..

    4) Segundo a organizao da viagem, o turismo internacional, de acordo com a

    forma como organizada a viagem, pode ser dividido em:

    Turismo Individual, quando uma ou um grupo de pessoas parte para uma

    viagem cujo programa por elas prprias fixado podendo modific-lo

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    livremente, com ou sem interveno de um

    agncia de viagens, estamos perante o turismo individual.

    Turismo Colectivo, tambm conhecido por organizado, quando um

    operador de viagens ou uma agncia oferece a qualquer pessoa, contra o

    pagamento de uma importncia que cobre a totalidade do programa

    oferecido, a participao numa viagem para um determinado destino

    segundo um programa previamente fixado para todo o grupo, logo so

    elementos deste tipo de viagem a organizao prvia, a oferta de um

    conjunto de prestaes e um preo fixo. Estas viagens podem tambm ser

    organizadas por associaes sem fim lucrativo, clubes, organizaes

    profissionais ou sindicais ou mesmo por empresas, mas unicamente para os

    seus membros.

    Licnio Cunha desenvolve vrias classificaes de Turismo, de acordo com a

    procura, pode-se assim referir:

    Turismo receptor O que inclui o Turismo Interno.

    o Abrange as visitas a um pas por no residentes.

    Turismo Domstico ou Interno.

    o Resulta das deslocaes dos residentes de um pas, quer tenham

    nacionalidade ou no desse pas, viajando apenas dentro do prprio

    pas.

    Turismo Nacional O que inclui o Turismo Interno e o Turismo Emissor.

    o Resulta das visitas dos residentes de um pas a um outro ou outros

    pases.

    Turismo Internacional O que inclui o Turismo Receptivo e o Turismo Emissor.

    o Abrange unicamente as deslocaes que obrigam a atravessar uma

    fronteira, consiste no turismo receptor adicionado ao emissor.

    Turismo Interior

    o Abrange o turismo realizado dentro das fronteiras de um pas e

    compreende o turismo domstico e o receptor.

    Se existem estas formas bsicas elas podem ser combinadas e assim o Turismo Interior

    que feito dentro das fronteiras de um pas pode ser domstico ou receptor, j o

    Turismo Nacional que compreende o movimento dos residentes de um dado pas pode

    ser domstico ou emissor, quanto ao turismo Internacional abrange deslocaes que

    obrigam a atravessar uma fronteira e compreende o emissor e o receptor.

    Do ponto de vista das motivaes, so muito importantes na medida que influenciam

    directamente a oferta, referidos no livro Economia e Poltica do Turismo de Licnio

    Cunha: Desejo de evaso; Necessidade de Evaso; Esprito de Aventura; Necessidade

    de tranquilidade, Aquisio de Status; Motivao Cultural; Motivao Comercial. Cada

    um deles representa um sentimento intrnseco de cada um de ns, no que diz respeito

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    a lazer.

    Desejo de evaso: fundamental para a existncia em lugares diferentes,

    por livre disposio pessoal. Representa uma forma de usar a natureza de

    maneira comedida, redimindo-se do uso inadequado dos recursos naturais.

    Necessidade de Evaso: mudar o ambiente fsico e social, altera o estado de

    esprito da vida que dinmica, processual. A evaso uma soluo para o

    desgaste. Sada estratgica.

    Esprito de Aventura: representa uma oportunidade de aventuras

    autnticas, para um grupo restrito. Querem garantias necessrias. Nem

    todos procuram aventura em tempo integral.

    Aquisio de Status: sensao de mobilidade social vertical, promoo na

    escala social, aquisio de status. Pessoas que tm a necessidade de viajar

    para impor, ou conquistar um nvel social.

    Necessidade de tranquilidade: busca do clima de paz, cooperao,

    tranquilidade. O turismo retrai-se e desaparece com o surgimento de

    ameaas de violncias, guerras, ou qualquer sinal de comoo social que

    possa perturbar a ordem, a disciplina e a prosperidade. Procuram ncleos

    que lhes proporcionem paz e serenidade.

    Motivao Cultural: exerce, duplamente, a funo de agente aculturado e

    de elemento susceptvel de sensibilizao por culturas diferentes da sua.

    Dispe-se a interferir e a integrar-se, num processo cultural, como

    elemento activo e passivo de influncia, formando a Cultura terciria.

    Motivao Comercial: pelo desejo de possuir mais e melhores bens. Essa

    procura fez surgir o Turismo Negcios como uma fonte de rendimentos,

    isto porque faz mover a economia local, com vendas de souvenirs,

    trabalhos tradicionais, produtos tradicionais entre outros.

    Das motivaes resultam diversos tipos de turismo que provm destas intenes

    individuais, e a diversidade destas motivaes, resultam pela diversidade de tipos de

    turismo, a partir do estudo do Prof. Bernenecker, pode-se identificar vrios tipos de

    turismo, agrupando por afinidades os motivos de viagens, podem destacar-se os tipos

    a seguir enumerados, mas mesmo assim, no esgotam, e nem existem barreiras entre

    eles, muitos podem estar interligados:

    a) Turismo de Recreio, este tipo de turismo praticado pelas pessoas que viajam

    para mudar de ares, por curiosidade, ver coisas novas, desfrutar de belas

    paisagens, das distraces que oferecem as grandes cidades ou os grandes

    centros tursticos. Algumas pessoas encontram prazer em viajar pelo simples

    prazer de mudar de lugar, outras por esprito de imitao e de se imporem

    socialmente. Este tipo de turismo particularmente heterogneo porque a

    simples noo de prazer muda conforme os gostos. O carcter, o

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    temperamento, o meio em que cada um vive, e o

    desenvolvimento econmico, so questes que exigem um tratamento

    preferencial. Apesar de sobre estas propostas ter decorrido uma dcada, elas

    mantm integralmente a sua validade e actualidade.

    b) Turismo de repouso, a deslocao dos viajantes includos neste grupo

    originado pelo facto de pretenderem obter um relaxamento fsico e mental, de

    obterem um benefcio para a sade ou de recuperarem fisicamente dos

    desgastes provocados pelo Stress, ou pelos desequilbrios psicolgicos

    provocados pela agitao da vida moderna, ou pela intensidade do trabalho,

    para eles o turismo surge como um factor de recuperao fsica e mental e

    procuram, por via de regra, os locais calmos, o contacto com a natureza. As

    estncias termais ou os locais onde tenham acesso prestao de cuidados

    fsicos. Constituem um importante segmento de mercado, principalmente

    originrio dos grandes centros urbanos, que no desdenha a animao, os

    desportos e a recreao.

    c) Turismo Cultural, as viagens das pessoas includas neste grupo so provocados

    pelo desejo de ver coisas novas, de aumentar os conhecimentos, de conhecer

    as particularidades e os hbitos doutras populaes, de conhecer civilizaes e

    culturas diferentes, de participar em manifestaes artsticas ou, ainda, por

    motivos religiosos. Os centros culturais, os grandes museus, os locais onde se

    desenvolveram no passado as grandes civilizaes, os monumentos, os grandes

    centros de peregrinao ou os fenmenos naturais ou geogrficos constituem a

    preferncia destes turistas. Incluem-se neste grupo as viagens de estudo, bem

    como as realizadas para aprender novos idiomas.

    d) Turismo desportivo, as motivaes desportivas cada vez mais albergam mais

    camadas de populao, como por exemplo todas as idades, e todos os estratos

    sociais, neste tipo de Turismo, existem duas vertentes: Desporto turismo, onde

    as pessoas tm uma atitude mais passiva, isto quer dizer, no praticam a

    actividade, simplesmente deslocam-se, para assistir a uma prova desportiva,

    por exemplo temos o Euro 2004, que se realizou em Portugal. Muitos turistas

    deslocaram-se para Portugal, no mbito de assistir aos jogos. O outro Turismo

    desporto, isto as pessoas tm um papel mais activo, e deslocam-se no mbito

    de praticar uma actividade desportiva. H que referir que neste caso, no

    includo o Golfe, que devido ao seu desenvolvimento, referido como um tipo

    especfico. As modernas tendncias da procura em que a preferncia pelas

    frias activas assume uma importncia cada vez maior, obriga a que o

    desenvolvimento turstico, em qualquer destino, tenha que ser equipado com

    os meios mais apropriados prtica dos desportos tendo em considerao as

    possibilidades de cada local.

    e) Turismo de negcios, com a globalizao cada vez mais importante, a

    deslocao de grupos de trabalhos e empresas, por isso cada vez mais

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    importante, como movimentos tursticos.

    Incluem-se neste grupo as deslocaes organizadas pelas empresas para os

    seus colaboradores, viagens de incentivo, ou mesmo de prmio de produo,

    quer para participarem em reunies de contacto com outros que trabalham em

    locais ou pases diferentes.

    f) Turismo poltico, a participao em acontecimentos ou reunies polticas

    provocam tambm uma movimentao significativa de pessoas, so como

    exemplo, as primeiras comemoraes do duplo centenrio da Revoluo

    Francesa, e as reunies polticas internacionais, entre outras. Porm so casos

    especficos que no traduzem a realidade dos movimentos das pessoas por

    razes polticas j que diariamente se verificam com maior ou menor

    intensidade, quer interna quer internacionalmente. Tm parmetros iguais ao

    turismo de negcios, embora o turismo poltico exija condies

    necessariamente acrescidas de uma organizao mais cuidada por razes

    diplomticas e de segurana.

    g) Turismo tnico e de carcter social. Neste grupo incluem-se viagens realizadas

    para visitar amigos, parentes e organizaes, para participar na vida em comum

    com as populaes locais, as viagens de npcias ou por razes de prestgio

    social. Uma grande parte deste grupo formada por jovens que pretendem

    aumentar os seus conhecimentos ou, temporariamente, se integram em

    organizaes ou manifestaes juvenis. Tambm, os portugueses e os seus

    descendentes, residentes fora do pas constituem um grande grupo, logo

    representam um vasto mercado potencial, com disponibilidade de serem

    motivados, para visitar Portugal, muito mais, que os nacionais desses pases.

    Pases ou Centros Emissores ou Receptores de Turismo.

    A distino de pases Emissores e Receptores de Turismo, est directamente

    relacionada, com a origem e o destino das correntes tursticas, assim os termos

    emissor e receptor so utilizados com muita frequncia, mas a definio do seu

    conceito muito complexa, segundo Licnio Cunha, deve-se ter em ateno os

    seguintes aspectos:

    No fcil encontrar pases que sejam exclusivamente emissores ou

    receptores, pelo que ser mais correcto utilizar as expresses

    Predominantemente Emissor; Predominantemente Receptor, isto porque

    um pas emissor pode tambm ser receptor, e vice-versa;

    A noo de pas emissor ou receptor do ponto de vista do turismo internacional

    anda geralmente ligada ao nvel de desenvolvimento econmico, os pases

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    predominantemente emissores so

    normalmente mais desenvolvidos economicamente que os receptores, isto

    tambm se rev no turismo Interno, em termos de regies. As regies mais

    ricas, tambm so usualmente emissoras de Turismo (dentro das mesmas

    fronteiras);

    Um pas ou regio predominantemente emissor apresenta, normalmente,

    condies socioeconmicas favorveis, isto elevado nvel de vida e nveis

    culturais que incitam viagem;

    O pas receptor, como tambm uma regio dispe de recursos, infra-estruturas

    e instalaes tursticas necessrias para acolher os turistas mas as suas

    condies socioeconmicas so por via de regra, inferiores s dos pases

    emissores, como j referido nos pontos anteriores.

    Pas Emissor de turismo, pode ser classificado como, um pas que d origem a

    movimentos tursticos superiores quele que recebe. Para indicador, temos as

    receitas e despesas geradas pelo turismo, logo o emissor tem as despesas

    superiores que as receitas. Logo o pas receptor de turismo aquele que d

    origem a movimentos tursticos inferior ao que recebe e as suas receitas so

    superiores que as despesas tursticas.

    Estas distines vo ao encontro dos fluxos tursticos, que so o movimento

    migratrio, por terra, ar ou mar, que desloca turistas de um ponto demogrfico para

    outro, estas correntes podem desenvolver-se dentro das fronteiras, ou fora das

    mesmas. Com isto distinguimos o Turismo Emissor e o Turismo Receptor, este traz

    divisas ao pas ou regio e o Emissor, escoa divisas.

    Isto vai ter repercusses nos efeitos na balana de pagamentos, os cmbios tursticos

    esto directamente relacionados com as receitas (os ganhos efectuados do Turismo

    receptor, pelo Turismo Emissor), as despesas (os gastos efectuados pelo Turismo

    Emissor no Turismo receptor), logo o que um turista gastar num dado pas

    considerado como receita.

    A organizao Mundial de Turismo, definiu os seguintes conceitos:

    Pas emissor de Turismo: o pas, que devido ao seu alto nvel social e

    econmico, gera uma corrente turstica, em direco a outros, superior

    que recebe;

    Pas que devido aos seus recursos naturais, entre outros atra uma corrente

    turstica superior que gera.

    Corrente Turstica: Tambm denominada de fluxo turstico, o movimento

    migratrio, pelas diferentes vias (Terra, Mar e Ar), que desloca os visitantes

    de um lado para o outro. Podendo ser dentro fronteiras ou fora das

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    mesmas.

    Logo um pas ou regio Emissor de Turismo aquele que emite mais Turismo emissor,

    isto , emite mais despesa em Turismo do que receita, na balana de pagamentos.

    Logo um pas ou regio Receptor de Turismo, aquele que recebe mais turismo

    receptor, o que quer dizer que tem mais receitas tursticas que despesas, na balana

    de pagamentos.

    Existem, em termos de pagamentos tursticos internacionais as receitas e despesas do

    Turismo Internacional. Em termos das receitas, estas so definidas como as despesas

    efectuadas no pas de acolhimento pelos visitantes internacionais, compreendendo o

    pagamento dos seus transportes internacionais s companhias nacionais de

    transporte. Devem igualmente incluir todos os outros pagamentos prvios de bens ou

    de servios, recebidos pelo pas de destino. Em princpio devem tambm incluir as

    despesas dos excursionistas, a no ser quando estas pela sua importncia

    recomendam que, na Balana Turstica, as despesas de transportes internacionais

    sejam contabilizadas separadamente.

    As despesas do turismo internacional, so definidas como as despesas efectuadas no

    estrangeiro pelos visitantes com destino a outros pases, compreendo o pagamento

    dos seus transportes internacionais s companhias de transportes estrangeiros.

    Em termos de Ttulos de transportes temos igualmente as receitas e despesas a Ttulo

    de transportes Internacionais, as receitas so definidas como Todo o pagamento

    efectuado a companhias de transporte registadas no pas, efectuadas por visitantes

    estrangeiros, quer se dirijam ou no para o pas que contabiliza as receitas. As

    despesas so definidas como Todo o pagamento efectuado a companhias de

    transporte registadas no estrangeiro por uma pessoa residente no pas que contabiliza

    as despesas.

    Evoluo do Turismo

    O fenmeno do turismo pode se ter iniciado no sc. XIX, mas em termos econmicos

    tornou-se mais importante a partir do sc. XX, foi neste sculo que a sociedade em

    geral, teve acesso, s viagens devido ao progresso econmico, e melhoria das

    condies de vida e infra-estruturas.

    E como j referido foi na poca de 70, que o Turismo se lanou para o Turismo de

    Massas, claro que este tipo de turismo causou em todo o mundo bastantes impactos

    negativos tanto a nvel da Natureza, como tambm Cultural, de bastantes pases, ou

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    regies receptoras de Turismo.

    Devido a estes efeitos negativos, deram-se vrias publicaes, como por exemplo a

    publicao do relatrio Mundial sobre o Meio Ambiente e desenvolvimento das

    Naes Unidas, em 1987, referia que o interesse econmico, no devia ultrapassar, os

    limites de suporte dos sistemas ambientais, logo comeou-se a enveredar para uma

    evoluo mais Sustentvel.

    Entretanto o anseio pelas viagens, o desejo de conhecer outras culturas e povos e de

    estabelecer relaes com outras civilizaes sempre existiu na histria do Homem.

    Mas a natureza das viagens, a sua dimenso e extenso foram adquirindo

    caractersticas muito diferentes de poca para poca.

    O Turismo em Portugal

    Portugal com uma superfcie de 91906 km2 e uma populao residente de

    sensivelmente 9,9 milhes de habitantes, constitudo por uma parcela de continente

    europeu e pelos arquiplagos dos Aores e Madeira.

    O pas est dividido administrativamente em duas regies Autnomas Aores e

    Madeira, e em dezoito distritos, repartidos por 305 concelhos (municpios) e por 4241

    freguesias.

    Em termos de Turismo Portugal, subdivide-se em regies de Turismo, cada uma com

    uma sede, estas so:

    Direco Regional do Turismo dos Aores; (Horta)

    Direco Regional do Turismo da Madeira; (Funchal)

    Regio de Turismo do Algarve; (Faro)

    Regio de Turismo do Alto Alentejo;

    Regio de Turismo do Alto Minho; (Viana do Castelo)

    Regio de Turismo do Alto Tmega e Barroso; (Chaves)

    Regio de Turismo centro; (Coimbra)

    Regio de Turismo da Costa Azul; (Setbal)

    Regio de Turismo Do Lafes; (Viseu)

    Regio de Turismo Douro Sul; (Lamego)

    Regio de Turismo de vora; (vora)

    Regio de Turismo de Leiria/Ftima; (Leria)

    Regio de Turismo do Nordeste Transmontano; (Bragana)

    Regio de Turismo do Oeste; (bidos)

    Regio de Turismo Plancie Dourada; (Beja)

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    Regio de Turismo do Ribatejo; (Santarm)

    Regio de Turismo da Rota a Azul; (Aveiro)

    Regio de Turismo de So Mamede; (Portalegre)

    Regio de Turismo da Serra da Estrela; (Covilh)

    Regio de Turismo da Serra de Marvo; (Vila Real)

    Regio de Turismo dos Templrios; (Tomar)

    Regio de Turismo do Verde Minho; (Braga)

    Hoje em dia o secretrio de estado do Turismo, Bernardo Trindade, tem uma proposta

    de Lei Quadro para o sector, da mudana das dezanove Regies de Turismo para

    apenas cinco, coincidentes com as NUTS II, regies administrativas que dividem

    Portugal Continental, que seriam: Norte; Centro; Lisboa; Alentejo; Algarve.

    Desde o Incio Portugal com as suas condies naturais e climatricas existentes, o alto

    grau de competitividade em termos de preos que desfrutava, em relao a outros

    destinos Europeus, o sentido de hospitalidade do seu povo, e a sua riqueza etnogrfica

    foram factores que fizeram, que Portugal descobrisse a importncia do seu pas para o

    turismo, e por isso desde cedo adoptou medidas para a sua promoo e para o seu

    desenvolvimento. No entanto devido a razes ligadas concepo poltica dominante

    durante muitos anos, que privilegiava o isolacionismo internacional, era um obstculo

    s mudanas e abertura das fronteiras para entradas de turistas.

    Apesar do atraso que se verificou, o turismo alcanou rapidamente um lugar de relevo

    no conjunto das actividades econmicas. Entre 1991 e 1994, foi Portugal e a

    Alemanha, os pases do conjunto da OCDE, que registaram as mais elevadas taxas de

    crescimento do produto gerado pelo turismo e viagens.

    Tambm o seu clima ameno e o seu litoral repleto de praias colocam Portugal num

    lugar privilegiado como destino turstico de sol e praia. Hoje tambm Portugal, visto

    como um potencial, destino Turstico para o ecoturismo, e o Turismo Nutico. Uma

    vertente mais Sustentvel para o nosso pas.

    Evoluo do turismo no territrio Portugus.

    O turismo portugus desenvolveu-se tardiamente relativamente a outros pases da

    Europa. Como j referido por vrios historiadores, s em finais do sc. XIX que se

    comeam a desenvolver as primeiras infra-estruturas tursticas. Convm salientar que

    o turismo era sobretudo nacional, dominado pelas classes altas da sociedade que

    passavam os meses estivais nas casas de campo no Interior de Portugal ou nas termas.

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    As termas eram vistas e valorizadas pelo seu

    benefcio para a sade mas tambm como um local de elite, onde se ia para se ser

    visto, estas contriburam para o desenvolvimento econmico de algumas localidades

    (ou regies) do interior que estavam isoladas e que comearam deste modo a ter mais

    destaques.

    O turismo balnear era sobretudo frequentado por pessoas de Lisboa, Porto, Coimbra

    que se deslocavam s praias para poderem beneficiar das propriedades teraputicas

    do (ar e banhos do mar. A ideia de ir praia comeou a generalizar-se levando ao

    desenvolvimento de localidades ou eixos que acabaram por entrar em moda.

    O Turismo interno desenvolvia-se assim no litoral para aproveitar as praias e no

    interior nas estncias termais, enquanto o turismo internacional preferia Lisboa e a

    Madeira, neste ultimo caso devido ao interesse dos ingleses pela ilha e seu clima.

    A 12 de Maio de 1911, Lisboa acolhe o IV Congresso Internacional de Turismo, este

    contribuiu para um importante desenvolvimento institucional, j que serviu de

    incentivo criao, no mesmo ano, da repartio de Turismo, a primeira organizao

    oficial do Turismo Portugus, integrada no Ministrio de fomento, aqui j se comeava

    a dar uma importncia Industria do Turismo, a nvel Interno. Portugal passou assim a

    ser o terceiro pas da Europa a ter um organismo institucional que trata da questo do

    Turismo, mais tarde foi a altura da ustria e da Frana.

    Durante o perodo das duas Guerras Mundiais e da Guerra Civil Espanhola, contribuiu

    para o fraco desempenho turstico da Pennsula Ibrica, logo na primeira metade do

    sculo XX, apesar de haver uma crescente conscincia interna da situao geogrfica

    privilegiada e dos atractivos naturais de Portugal em termos tursticos, tanto a nvel de

    clima como paisagem. Foram efectuados esforos e reconheceu-se a necessidade de

    reformar as iniciativas tursticas, o que levou ao lanamento de representaes

    tursticas no exterior.

    Em 1930 criada a comisso de propaganda do Turismo de Portugal no estrangeiro.

    Um ano depois surgem as casas de Portugal em Londres, Paris, e dois anos mais tarde

    a de Anturpia.

    Mas s a partir dos anos cinquenta que se comea a ver um claro crescimento no

    turismo Internacional, conduzindo Batalha do turismo em duas frentes, a Primeira

    frente refere-se crescente entrada de Turistas estrangeiros, e a segunda

    valorizao do Turismo no seio das administraes administrativas.

    O turismo comeou a ser visto como um factor de influncia em vrias reas

    econmicas, por isso este comeou a ser encarado com realismo, comeou a dar-se

    mais importncia beleza das paisagens, ao clima, qualidade das praias e das

    estncias termais, e foram criados mais hotis e pousadas, como tambm foi feita uma

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    melhoria nas infra-estruturas.

    Com isto houve um aumento do desenvolvimento turstico que se reflectiu na

    economia nacional, o aumento das receitas externas provenientes do Turismo com

    factor de desenvolvimento econmico, uma vez que este poderia cobrir as

    importaes necessrias para o crescimento de Portugal.

    Na dcada de sessenta assiste-se a uma viragem no panorama do turismo com o seu

    rpido desenvolvimento. A dinmica do turismo em Portugal assenta em trs pontos

    Lisboa, Madeira e Algarve. Este ultimo, beneficia, tal como Espanha, do interesse dos

    turistas pelo sul mediterrneo, que lhes permite escapar aos rigorosos Invernos e

    falta de sol caracterstica no Norte de Europa.

    A situao de estabilidade europeia e o crescimento econmico de entradas de

    turistas no pas, depois da sua recuperao da segunda guerra mundial e a retoma

    econmica e das melhorias sociais to importantes como as frias pagas e a

    diminuio do tempo de trabalho. A democratizao dos meios de transportes e da

    utilizao do automvel como forma de viajar, como j foi referido na evoluo global

    do Turismo, levou a que muitos turistas escolhessem o sul de Portugal como destino

    de frias.

    Na dcada de setenta, devido ao desenvolvimento Poltico em Portugal, eram

    finalmente aplicadas as melhorias estruturais da sociedade Portuguesa, que j tinham

    sido aplicadas nos pases industrializados da Europa, logo com a necessidade de novas

    estruturas ao nvel administrativo, foram criadas a Direco Geral do Turismo e o

    Centro de Formao Turstica, hoje em dia conhecida como Instituto de Formao

    Turstica, isto para colmatar a falta que se sentia na formao profissional.

    Para responder procura dos turistas de sol e praia, elementos caracterizados do pas,

    desenvolveu-se turisticamente o litoral, deixando de parte o interior, as termas, e todo

    o patrimnio que se encontrava fora de Lisboa, passando Portugal a ter tambm como

    em todo o Mundo, um Turismo, virado para o Turismo de Massas, (Sol e Praia).

    Com isto, o turismo portugus chegou a um ponto em que era urgente encontrar uma

    forma de se diversificar e apostar em iniciativas inovadoras, que permitissem captar

    interesse e as motivao dos turistas que estavam a aparecer, com caractersticas mais

    conscientes, e muito mais exigentes, e fazer com que o turismo em Portugal, se

    tornasse um turismo de qualidade e com preocupaes ambientais, e sociais, logo

    mais Sustentvel, por estas razes foi criado em 1986, o Plano Nacional de Turismo.

    Plano Nacional de Turismo Portugus

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    Em 1986, entrou em vigor o Plano nacional de turismo Portugus, aprovado pela

    resoluo do Conselho de Ministros n17-B/86. Aqui est inerente a importncia do

    turismo para o desenvolvimento econmico, Social e cultural de Portugal, a

    necessidade deste plano, foi justificada atravs dos seguintes factos:

    sector apresenta desequilbrios e estrangulamentos que podem, a curto

    prazo, comprometer o seu desejvel desenvolvimento;

    reconhecimento do turismo como sector de vocao eminente privada;

    falta de quadros de referncias globais;

    esforo de descentralizao efectuado tem obedecido ao mero

    voluntarismo das autarquias locais e a necessidade de definio de um

    quadro de desenvolvimento so de um quadro de desenvolvimento so e

    ordenado do sector.

    Sendo o turismo um sistema complexo e que em termos de planeamento, o

    tratamento do turismo isoladamente dos sectores que lhe esto dependentes, podem

    inibir o processo de viabilizao do sistema, logo espera-se com esta elaborao deste

    plano introduzir os mecanismos de mudana e de regulao possvel, e tendo em

    conta que os planos so guias de orientao permanente por perodos mais ou menos

    longos. O que no foi o caso, tendo estado em vigor somente entre 1986-1989.

    Tinha os seguintes princpios orientadores:

    Defesa intransigente da qualidade do turismo portugus;

    Grande flexibilidade e adaptabilidade das polticas a desenvolver (evitar

    factores de rigidez criadores de fenmenos e rejeio);

    Medidas adoptadas visam a interveno do sector pblico (reforo do

    carcter de flexibilidade do plano);

    O plano como quadro de referncias e orientaes para a iniciativa privada;

    Linhas estratgicas de actuao genrica (no domnio do desenvolvimento

    harmnico e da promoo);

    Transformao qualitativa.

    Como objectivos especficos do plano aparece-nos:

    Contribuir para a atenuao dos dfices cambiais;

    Contribuir para atenuar os desequilbrios e assimetrias regionais;

    Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da Populao portuguesa;

    Contribuir para a proteco do patrimnio e valorizao do patrimnio

    cultural.

    A grande mais valia do plano era o aparecimento das reas chave, nomeadamente a

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    conscincia da importncia do: ordenamento do

    territrio, animao, estrutura administrativa, formao profissional, investimentos e

    promoo.

    Como as opes do plano para 986 surgiu a lei n 10/86 de 30 de Abril, deu-nos a ideia

    dos condicionamentos do sector do turismo, que existiam, anteriormente, e apresenta

    as medidas necessrias para alcanar os objectivos fixados.

    Apareceu-nos como condicionantes evoluo do sector:

    Insuficiente e deficiente promoo externa;

    Degradao do patrimnio natural;

    Deficiente formao profissional;

    Deficiente ordenamento da oferta turstica;

    Carncias e deficincias no domnio das infra-estruturas bsicas;

    Diminuio do poder de compra da populao portuguesa.

    Nesta lei, tambm reconhecida a importncia e a dimenso do turismo portugus

    bem como as repercusses positivas que o sector provoca na economia nacional.

    Deste modo os objectivos fixados para o turismo foram:

    Contribuir para o equilbrio da balana de pagamentos;

    Contribuir para atenuar os desequilbrios e assimetrias regionais;

    Contribuir para a melhoria da qualidade de vida da populao portuguesa;

    Contribuir para a proteco do patrimnio natural e valorizao do patrimnio

    cultural.

    Para que os objectivos fossem alcanados, estabeleceram-se as seguintes medidas:

    Reformulao dos esquemas de promoo;

    Realizao de aces com vista a diminuio da sazonalidade;

    Apoio valorizao e recuperao do parque hoteleiro;

    Reforo das estruturas escolares;

    Promoo de programas de modernizao, reconverso e desenvolvimento de

    estncias termais;

    Aces visando a fomento do turismo interno;

    Reviso da legislao das regies e dos rgos locais de turismo;

    Definio das zonas saturadas e semi-saturadas;

    Realizao de campanhas com o objectivo da melhoria progressiva da

    qualidade do sector;

    Prossecuo de contactos no sentido no sentido de melhorar a cooperao

    internacional no domnio do turismo.

    Em termos do plano de desenvolvimento regional, aps a elaborao do plano

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    nacional de turismo de planeamento nada mais

    foi concebido especificamente para o turismo, com a excepo de 94/95 que se

    executou o plano de desenvolvimento regional, cujos objectivos e principais reas de

    actuao, em termos de objectivos, refiro agora em seguida:

    Melhoria da qualidade da oferta;

    Melhoria da qualificao dos recursos humanos;

    Diversificao dos produtos;

    Diversificao dos mercados;

    Valorizao do patrimnio histrico.

    Em termos das principais reas de actuao, refiro:

    Modernizao e diversificao da oferta turstica de alojamento e animao;

    Alojamento turstico em edifcios histrico-culturais;

    Valorizao do patrimnio com potencial turstico;

    Formao dos profissionais de turismo;

    Aces promocionais;

    Melhoria do enquadramento da oferta;

    Melhoria do controlo da oferta.

    Em termos do plano, podemos concluir que uma das mais-valias foi de dar o

    reconhecimento e a importncia do planeamento a nvel regional.

    Em termos das linhas orientadoras do plano, em Maro de 1998, a Direco Geral de

    Turismo (DGT) edita um documento, que foi designado por, Linhas Orientadoras para

    a poltica de Turismo em Portugal. Com a necessidade do turismo Portugus

    necessitar de ideias mais claras e propostas concretas, de aco imediata para o

    futuro. Sendo assim referido neste documento, que Portugal necessita rapidamente

    de definir ideias, de tomar decises rpidas e traar uma estratgia para as prximas

    dcadas, por isso o documento est dividido em duas partes: Linhas de aco imediata,

    esta subdivide-se em: domnios de polticas prioritrias e uma nova atitude para um

    turismo competitivo e qualitativamente diferente; e depois temos as linhas de

    estratgia de mdio/longo prazo.

    Assim, os pontos deste documento, pode-se analisar, so: As linhas de aco imediata,

    as grandes opes do plano; e o resumo de quadro.

    Assim sendo podemos dizer que em termos de linhas de aco imediata, temos:

    Defesa e valorizao intransigente do meio ambiente, dos nossos recursos

    naturais, histricos, culturais e humanos;

    Valorizao criadora das diferenas comparativas dos nossos produtos

    tursticos em relao aos concorrentes directos;

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    Luta pela qualidade;

    Uma poltica de formao profissional permanente em colaborao com

    estruturas centrais e regionais de turismo e a interveno activa das empresas;

    Uma poltica de promoo externa adequada estratgia definida e capaz de

    conquistar novos mercados e novos segmentos de mercado;

    A definio de uma poltica coerente de turismo interno;

    Um enquadramento legal de uma poltica de turismo dinmica para as dcadas

    que se avizinham;

    Aproximao crescente parceria com as empresas e suas associaes

    representativas;

    A existncia de estruturas centrais de apoio interveno do Governo;

    A existncia de estruturas de coordenao do Turismo, regionais e locais em

    associao com a iniciativa empresarial..

    Logo passemos para as grandes opes:

    Opo 1: Criar empregos e distribuir rendimentos, no respeito pelos princpios

    do desenvolvimento sustentvel;

    Opo 2: Reforar coeses cidade-campo, litoral-interior, Norte-Sul,

    Continente-Regies Autnomas;

    Opo 3: Reforar identidades locais;

    Opo 4: Reforar coeses inter-geracionais;

    Opo 5: Dinamizar a criao de equipamentos e facilidades para o recreio e

    lazer;

    Opo 6: Gerar a conscincia da importncia econmica e social do Turismo;

    Opo 7: Desenvolver competncias nos recursos humanos das empresas, com

    incidncia prioritria nas micro e pequenas empresas;

    Opo 8: Desburocratizar, descentralizar e reforar a eficcia reguladora da

    administrao Pblica, aproximando-a das regies, das empresas e dos

    cidados;

    Opo 9: Elevar permanentemente a qualidade da oferta e da procura e

    defender os direitos dos consumidores.

    Com a evoluo do termo Sustentvel neste ltimo sculo, tenta-se cada vez mais

    procurar relacionar a questo do Turismo com o desenvolvimento Sustentvel tanto

    de pases, como regies, por isso foram criados, pela OMT, vrios documentos

    orientadores de uma poltica Turstica, virada, para a Sustentabilidade, posso referir,

    que o Cdigo Mundial de tica do Turismo, representa uma linha nesse mbito.

    Com o aparecimento em Portugal de graves problemas no mbito social e ambiental,

    nas ltimas dcadas, fez com que Portugal tivesse que tomar medidas, em termos de

    tentar diminuir estes problemas. Por isso foi implementado o (PENT), Plano Estratgico

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    Nacional de Turismo.

    PENT (Plano estratgico Nacional do Turismo)

    Este plano foi criado devido aos agentes econmicos responsveis pelo Turismo, neste

    sculo XXI, verificarem que este sector necessitava de mudanas urgentes, para o seu

    desenvolvimento, j que por todo o Mundo se destacavam novas polticas, e mudanas

    estruturais significativas, logo foi criado em 2006 o Plano Estratgico Nacional do

    Turismo, com a meta para a mudana at 2015.

    Visto que Portugal, em 2007, se destacou como um dos destinos tursticos com maior

    desenvolvimento, baseado na qualificao e competitividade da sua oferta, e foi neste

    ano que se alcanaram os melhores resultados desde o incio do sculo, previu-se que

    este plano ia ter um impacto muito positivo, no crescimento deste sector no Turismo

    Portugus.

    O PENT um plano que est dividido em cinco grandes eixos de estratgia:

    I. Territrio, Destinos e Produtos onde se procuram desenvolver novos

    produtos e novos plos de atraco turstica (Regies);

    II. Marcas e Mercados aqui pretende-se principalmente o desenvolvimento da

    imagem de Marca como Portugal como destino, como tambm a abertura de

    novos Mercados, e novas regies, mas tambm desenvolver as regies j

    existentes, como Allgarve;

    III. Qualificao de Recursos humanos apostar numa poltica de formao

    turstica de qualidade, para valorizar os servios, assim como melhorar a

    postura de todos os profissionais de Turismo assim melhorar a imagem do

    destino;

    IV. Distribuio e Comercializao divulgao e promoo das regies atravs,

    principalmente de portais on-line, do que visitar nessas regies, entre outros

    mtodos de promoo, tanto de reas protegidas como tambm do patrimnio

    cultural;

    V. Inovao e Conhecimento d a maior importncia Tecnologia e

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    Investigao&Desenvolvimento, para poder desenvolver melhor esta rea,

    atravs do conhecimento

    Este plano apoiou-se no desenvolvimento de vrios produtos tursticos a desenvolver

    em Portugal, estes produtos alvos so: Sol e Mar; Touring; City Break; Turismo de

    Negcios; Turismo de Natureza; Golfe; Turismo Nutico; Sade e bem-estar; e

    Gastronomia e vinhos.

    Os indicadores em Portugal sobre o turismo em 2006 eram os seguintes:

    Figura n3: Quota no Mercado Mundial de Turismo (Top 20; % de chegadas de turistas

    Internacionais)

    Fonte: Organizao Mundial de Turismo/ Naes Unidas (2006)

    Aqui pode observar-se que Portugal se encontra no 19 Lugar, neste ranking, com 1,3

    %, com pases como a Turquia, Polnia, acima de ns, e que Espanha um dos principais

    9,3%

    6,9%

    6,0%

    5,9%

    4,9%

    3,6%

    2,8%

    2,5%

    2,4%

    2,4%

    2,2%

    2,2%

    2,2%

    2,1%

    1,9%

    1,9%

    1,9%

    1,6%

    1,3%

    1,3%

    Frana

    Espanha

    EUA

    China

    Itlia

    Reino Unido

    Alemanha

    Mxico

    ustria

    Federao Russa

    Turquia

    Ucrnia

    Canad

    Malsia

    Grcia

    Hong Kong (China)

    Polnia

    Tailndia

    Portugal

    Holanda

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    concorrentes de Portugal, colocado em 2 Lugar, e

    Frana, um pas tambm Europeu, e Geograficamente localizado perto, em 2 Lugar.

    O Plano comeou cedo a provocar efeitos positivos, como podemos observar o

    crescimento generalizado de todos os indicadores fornecidos, pelo Banco de Portugal,

    e o INE (Instituto Nacional de Estatstica, em termos de receitas geradas pelo Turismo,

    houve um aumento de 10,3%, em termos de entrada de Turistas, houve um aumento

    de 9,6%, e em dormidas em Unidades Hoteleiras Nacionais, um aumento de 5,4%.

    Em termos de empregabilidade, na Industria do Turismo Portugal emprega 10% da

    populao activa, referente a dados de 2003. Podemos observar, com os quadros em

    seguida, que em relao ao Global da economia, existe um nmero muito grande de

    populao com idade superior aos 44 anos, por isso necessrio um rejuvenescimento

    dos recursos humanos neste sector, e tambm podemos observar que existe em dfice

    na qualificao a nvel secundrio e a nvel Superior por isso este plano apostou no

    Eixo III Qualificaes de Recursos Humanos.

    Por isso para responder aos objectivos estabelecidos pelo PENT, neste mbito, ser

    necessria uma reviso profunda da capacidade de formao actual. Tanto a nvel

    secundrio como a nvel Superior.

    Quadro n2: Qualificaes dos Recursos humanos do sector do Turismo, e em termos

    da economia global.

    Qualificaes

    Sector do Turismo Global da Economia

    Sem Escolaridade 3% 8%

    Ensino Bsico 77% 68%

    Ensino Secundrio 15% 13%

    Ensino Superior 5% 11%

    Fonte: Conta Satlite dados de 2003 O Turismo em Portugal \ Coleco: Estudos

    sectoriais, Novembro 2005, IFQ

    Quadro n3. Distribuio etria dos Recursos Humanos do Sector do Turismo, e em

    termos da Economia Global.

    Distribuio Etria

    Sector do Turismo Global da Economia

    15-24 Anos 24% 10%

    25-34 Anos 26% 26%

    35-44 Anos 25% 25%

    > 44 Anos 35% 38%

    Fonte: Conta Satlite dados de 2003 O Turismo em Portugal \ Coleco: Estudos

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    sectoriais, Novembro 2005, IQF

    Para isso foram criadas em vrias iniciativas em 2007, para chegar aos objectivos do

    PENT, para combater este problema da Formao.

    1. Criao do conselho para a educao e Formao Profissional do sector de

    Turismo, onde esto presentes os maiores grupos nacionais do sector;

    2. Criao do CIFAT/HMI, centro de investigao e formao avanada em

    Turismo com o objectivo de efectuar investigao e dar formao ps-

    graduada. Foi uma parceria entra a TP, IP, ISCTE e ESHT em Lisboa e entre o

    TP, IP e a Universidade do Algarve para o Algarve;

    3. Foi Criado um programa piloto de formao On-The-Job em alternncia

    Escola / Unidade Hoteleira;

    4. Foi feita uma reviso dos programas curriculares dos cursos para jovens de

    acordo com os contributos obtidos no conselho:

    a. Formao Comportamental;

    b. Reforo das lnguas estrangeiras;

    c. Reforo das TICs;

    d. Viso estratgica do sector do Turismo;

    e. Reforo da cultura e Gastronomia Internacional.

    Para 2008 foram, propostas variadas iniciativas, para compor esta falha do sistema

    Portugus, na rea da Formao em Turismo.

    1. Reviso dos programas curriculares (Continuao), como tambm a introduo

    de novas temticas de acordo com tendncias actuais do sector, por ex: SPAs;

    2. Internacionalizao

    a. Aumento dos Protocolos entre o intercmbio de alunos e formadores;

    b. Projectos com a Escola Superior de Cozinha de Paris e Escola Hoteleira

    de Lausanne.

    3. Formao On-The-Job, definido um alargamento do nmero de programas de

    formao em alterncia escola/Unidade Hoteleira.

    4. Reviso do Modelo estgios Curriculares, foi introduzido perodos de estgio ao

    longo de todo o ano;

    5. Aumento de capacidade Ampliao/Construo de Escolas nas zonas de

    potencial desenvolvimento turstico, escolas que abriram em 2008, Portalegre e

    Caldas da Rainha, e escolas a abrir, at 2010, Lisboa, com capacidade de 500

    alunos, Porto com capacidade de 400 alunos, tambm as de Santa Maria da

    Feira, e a de Setubal;

    6. Participao do programa e-escola, com a atribuio a todos os alunos das

    EHTs, de um computador porttil;

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    7. Reviso do modelo de Gesto das Escolas:

    a. Maior autonomia das escolas;

    b. Maior incentivo ao relacionamento com o sector;

    c. Melhoria da eficincia em diversas reas;

    d. Renovao da imagem escolar.

    8. Promoo da imagem dos profissionais do sector:

    a. Criao de Rede portugueses no mundo do turismo.;

    b. Participao em concursos profissionais e internacionais;

    9. Reviso da regulamentao das profisses, relativa s profisses do sector com

    vista sua adequao ao mercado de trabalho actual;

    10. Centros de Investigao e Formao avanada, uma operao em parceria,

    entre o Turismo de Portugal, I.P, ESHTE, ESCET, e Universidade do Algarve, para

    efectuar investigao e dar formao ps-graduada, no mbito da estratgia.

    Hoje em dia a importncia do sector do Turismo em Portugal uma realidade

    indiscutvel, em termos do seu impacto na balana de pagamentos, e do Produto

    Interno Bruto (PIB), como tambm o seu papel na criao de emprego, pode ser

    considerado uma Industria que pode servir como motor para o desenvolvimento da

    economia Portuguesa, por isso esta Industria, pertence ao Ministrio a economia e da

    Inovao.

    reas Protegidas

    As reas protegidas em Portugal, tm sofrido uma evoluo muito grande e

    importante nestes ltimos, sculos, em termos de legislao mas tambm, em

    questes da sua Gesto.

    Em termos da Gesto e conservao, o Turismo tem-se mostrado cada vez mais um

    factor de grande importncia, para o desenvolvimento de uma rea protegida, e

    tambm o seu controlo e sustentabilidade. Por isso torna-se muito importante

    valorizar o turismo natural, como tambm o Turismo Sustentvel, no planeamento

    estratgico, de qualquer rea protegida, como tambm em termos do ordenamento

    das actividades tursticas tendo em conta o ordenamento do territrio. No

    esquecendo as zonas de montanha, os seus ecossistemas, como as zonas costeiras e

    marinhas.

    Cada vez mais se d valor a todas as actividades, do segmento do Turismo em espao

    Rural e do ecoturismo, neste ltimo, est presente o turismo de natureza, como

    qualquer forma de Turismo baseada na valorizao e promoo do patrimnio natural

    e cultural, bem como a sua envolvente, em termos de paisagem natural e rural, que

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    constitui, um modo para combater a desertificao

    do interior, e a desenvolver uma assimetria regional em Portugal, promovendo a

    sustentabilidade, de todas as regies.

    Paisagem Natural

    Para entender melhor o que so reas protegidas importante entender melhor qual

    o conceito da paisagem, e qual a sua importncia, por isso uma paisagem, no uma

    simples soma de elementos geogrficos, mas sim um espao, que o resultado de uma

    combinao dinmica de elementos, elementos esses que fazem com que a paisagem

    seja um processo instvel, esses elementos podem ser fsicos, biolgicos, que reagindo

    uns sobre os outros, fazem com que a paisagem esteja em constante evoluo. por

    esta tipicidade que foram criadas as reas protegidas, para manter e proteger estas

    reas dos elementos externos que a modificam.

    Dentro de paisagens existem as naturais, e as artificiais, entretanto para este mbito,

    temos que ter em conta somente as paisagens naturais, estas esto a ser afectadas por

    factores externos, como j referi, entre estes factores, podemos contar com: Eroso;

    Agentes Naturais (Climticos, biolgicos, catstrofes naturais, entre outras.); Agentes

    antropolgicos (Barragens, canais, entre outros efeitos da mo do homem.).

    A paisagem natural est directamente relacionada com a ecologia, logo hoje em dia foi

    criada a ecologia da Paisagem, a ecologia da paisagem trabalha como o nome indica

    com a ecologia, isto estuda os seres vivos e as suas, interaces com o meio

    ambiente onde vivem, como tambm a abundncia e a sua distribuio pelo planeta

    terra, depois aborda tambm a Geografia, que o estudo da influncia do homem na

    paisagem e a prpria gesto do territrio.

    As duas primeiras abordagens de paisagem foram a Literria, e a visual, a Literria,

    teve a sua primeira referncia, em termos de palavra paisagem, no Livro dos Salmos,

    poemas lricos do antigo testamento, escritos por volta de 1000 C., esta noo foi a

    partir daqui adoptada em seguida pela literatura e pelas artes em geral,

    principalmente pela pintura da segunda metade do sculo XVIII.

    Em termos de conceito, podemos definir atravs do conceito de Paisagem, da Lei n

    11/87, de 7 de Abril, lei de bases do ambiente:

    Artigo 5

    c) Paisagem a unidade geogrfica, ecolgica e esttica resultante da aco do

    homem e da reaco da Natureza, sendo primitiva quando a aco humana

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    determinante, sem deixar de se verificar o equilbrio

    biolgico, a estabilidade fsica e a dinmica ecolgica.

    Tambm podemos absorver, que na palavra paisagem, existe uma noo de amplitude

    e distanciamento, logo a paisagem, o lugar onde no estamos, isto porque

    observamos, no estamos presentes no local, estamos no lugar onde temos, a

    percepo da paisagem.

    Como j referi a paisagem est em constante evoluo, pelo que podemos registar

    unicamente a sua situao actual, mas esta nem sempre foi assim, obteve um processo

    evolutivo, at hoje. Permite ento uma anlise, como tambm uma prospeco futura.

    Em termos evolutivos, as paisagens podem se caracterizar, por: Paisagens Virgens;

    Paisagens Naturais; Paisagens Artificiais. Distinguem-se pelo grau da interveno da

    Mo do Homem, no seu processo de modelao e artificializao do seu meio. Em

    seguida vou caracterizar cada processo desde a Paisagem Virgem, at paisagem

    Artificial.

    Uma Paisagem Virgem, uma paisagem que nunca teve uma interveno pela mo do

    Homem, a Paisagem Natural, j tem presente a mo do homem, mas encontra-se num

    equilbrio ecolgico, logo a mo do homem, no foi exagerada, e o ecossistema dessa

    paisagem est ainda resguardado, por fim a Paisagem Artificial, esta perdeu todo o

    equilbrio natural, em que a artificializao total, pode tambm ser considerada

    como Paisagem Urbana.

    Em termos de reas protegidas, o que nos relevante a Paisagem Virgem e a

    Paisagem Natural, tendo em ateno, que devido ao territrio Europeu, a Paisagem

    Virgem, quase inexistente, entretanto para salvaguardar as Paisagens Naturais,

    foram criadas as reas Protegidas.

    Temos que referir que a Lei n 11/87, de 7 de Abril, a lei de bases do Ambiente, tem o

    Artigo 18 que se refere paisagem, passo a citar:

    1. Em ordem a atingir os objectivos consignados na presente lei, no que se refere

    defesa da paisagem como unidade esttica e visual, sero condicionados pela

    administrao central, regional e local, em termos a regulamentar, a

    implementao de construes, infra-estruturas virias, novos aglomerados

    urbanos ou outras construes que, pela sua dimenso, volume, silhueta, cor

    ou localizao, provoquem um impacte violento na paisagem preexistente,

    bem como a explorao de minas e pedreiras, evacuao e acumulao de

    resduos e materiais usados e o corte macio do arvoredo.

    2. A ocupao marginal das infra-estruturas virias, fluviais, Porturias e

    aeroporturias, qualquer seja o seu tipo, hierarquia ou localizao, ser objecto

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    de regulamentao especial..

    Em termos da sua Gesto, esto tambm referidos da mesma lei, no Artigo 19, que

    a Gesto da paisagem.

    So instrumentos da poltica de gesto das paisagens:

    a) A proteco e valorizao das paisagens que, caracterizadas pelas actividades

    seculares do homem, pela sua diversidade, concentrao e harmonia e pelo

    sistema sociocultural que criaram, se revelam importantes para a manuteno

    da pluralidade paisagstica e cultural;

    b) A determinao de critrios mltiplos e dinmicos que permitam definir

    prioridades de interveno, quer no que respeita s reas menos afectadas

    pela presena humana, quer quelas em que a aco do homem mais

    determinante;

    c) Uma estratgia de desenvolvimento que empenhe as populaes na defesa

    desses valores, nomeadamente, e sempre que necessrio, por intermdio de

    incentivos financeiros ou fiscais e de apoio tcnico e social;

    d) O inventrio e a avaliao dos tipos caractersticos de paisagem rural e urbana,

    comportando elementos abiticos e culturais;

    e) A identificao e cartografia dos valores visuais e estticos das paisagens

    naturais e artificiais..

    Evoluo da Legislao das reas Protegidas

    A primeira lei criada, no mbito de reas Protegidas, foi a Lei n 9/70, de 19 de Junho,

    foi a primeira que introduziu, na ordem jurdica Portuguesa, as noes de Parque

    Nacional e Reserva Nacional, e deu-se o incio da evoluo a nvel internacional da

    proteco da Natureza, com esta lei foi criada o primeiro Parque Nacional, o da

    Peneda-Gers e vrias reservas foram institudas.

    A partir de 1070 a proteco da natureza, como tambm as reas Protegidas, vieram a

    beneficiar, de vrios alargamentos at hoje em dia, em 1976, com o Decreto-Lei n

    613/76, de 27 de Julho, que juntou, tambm como factor de influncia na classificao

    da reas a proteger, o seu valor esttico e cultural. Mais tarde com a publicao da Lei

    n 11/87, de 7 de Abril Foram criada a Lei base do Ambiente, como tambm o

    controlo, como assim a manuteno da manuteno das reas protegidas de mbito

    nacional, consagram-se no nosso sistema jurdico os conceitos de rea protegida de

    mbito regional e local, consoante o que se querias salvaguardar.

    Em 1987, foi estabelecido pela Lei n 11/87, de 7 de Abril, que fala, quais os objectivos

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    da conservao e o que se deve conservar. Considerada a

    Lei de Bases do Ambiente. Tambm previu a elaborao de uma estratgia nacional de

    conservao da natureza e da biodiversidade (ENCNB), que foi adoptada mais tarde,

    pela resoluo do Conselho de Ministros n152/2001, sendo uma ferramenta essencial

    para uma poltica de ambiente e nuclear, para uma estratgia de desenvolvimento

    sustentvel

    Em Decreto-Lei, n 19/93, o Governo estabelece assim as normas relativas rede

    Nacional de reas protegidas, sendo assim, pode-se ento descrever a Rede Nacional

    de reas Protegidas. Com isto ficou definido, que as reas protegidas podem se

    classificar como de interesse nacional, regional ou local, consoante os interesses que

    procuram salvaguardar, as reas protegidas de interesse nacional, foram classificadas

    da seguinte maneira: Parque Nacional; Reserva Natural; Parque Natural; Monumento

    Natural. De interesse Regional e Local: Paisagem Protegida. Neste documento tambm

    ficou definido que tambm podem ser classificados reas protegidas de estatuto

    privado, e so designadas como Stio de interesse biolgico.

    Figura n6: Classificao das reas Protegidas.

    Fonte: Fonte Prpria (A partir do Decreto Lei 19/93)

    Em termos de Gesto destas reas com esta Lei, ficou definido, que as reas

    protegidas de interesse nacional so geridas pelo Servio Nacional de Parques, Reserva

    e Conservao da Natureza (SNPRCN). Em termos das reas protegidas de interesse

    regional ou local, que o caso das paisagens protegidas, devem ser geridas pelas

    reas Protegidas de

    interesse Nacional

    reas Protegidas de

    Interesse regional ou

    Local

    reas Protegidas de

    Interesse Privado

    Parque Nacional

    Reserva Natural

    Monumento

    Natural

    Paisagem

    Protegida

    Stio de

    Interesse

    Biolgico

  • [Escreva texto] [Escreva texto]

    respectivas autarquias locais ou associaes de municpios.

    Em 2008, pelo Regime Jurdico da Conservao da Natureza e da Biodiversidade,

    criado o Decreto-Lei n 142/2008, de 24-07, esta define as bases de todas as polticas

    de ambiente, para isso enquadrou toda a legislao sobre a conservao da Natureza e

    da biodiversidade, e criou a Estratgia Nacional de Conservao da Natureza e da

    Biodiversidade (ENCNB), que mais tarde foi adoptada pela Resoluo do Conselho de

    Ministros n152/2001, de 11 de Outubro.

    Aqui so revogadas as disposies, que ainda estavam vigentes do Decreto-Lei n

    19/93, que anteriormente falei, mas s relativamente Rede Natura, que vou falar

    mais adiante.

    Com este Decreto-Lei, referiu-se os objectivos essenciais para orientar em termos de

    estratgias e instrumentos prprios devido ao aproveitamento sustentvel dos

    recursos naturais, com o envolvimento e participao de toda a sociedade, numa

    lgica de benefcio comum, isto tendo em conta que a conservao da natureza e da

    biodiversidade constitui tambm um motor de desenvolvimento, para isso foram

    definidos os seguintes objectivos:

    I) Garantir a conservao dos valores naturais e promover a sua valorizao e uso

    sustentvel;

    II) Promover a conservao da natureza e da biodiversidade como dimenso

    fundamental do desenvolvimento sustentvel, nomeadamente pela integrao

    da poltica de conservao da natureza e da biodiversidade na poltica de

    ordenamento do territrio e nas diferentes polticas sectoriais;

    III) Integrar critrios de conservao da natureza e da biodiversidade nos sistemas

    sociais, empresariais e econmicos;

    IV) Definir e delimitar uma infra-estrutura bsica de conservao da natureza, a

    RFCN (Rede Fundamental de Conservao da Natureza);

    V) Contribuir para a prossecuo dos objectivos fixados no mbito da cooperao

    internacional, em especial os definidos na Conservao das Naes Unidas

    sobre a Diversidade Biolgica, adoptada no Rio de Janeiro em 5 de Junho de

    1992;

    VI) Promover a inve