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 DIREITOS HUMANOS – PARTE II Professor Doutor Ilton Norberto Robl Filho Ministério Público do Paraná – Promotor Substituto

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Direitos humanos

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  • DIREITOS HUMANOS PARTE IIProfessor Doutor Ilton Norberto Robl Filho

    Ministrio Pblico do Paran Promotor Substituto

  • MP/PR 2012

    10 QUESTO DIREITOS HUMANOS (pontuao: 1,0 mximo de 25 linhas).

    Discorra acerca da hierarquia legal dos tratados internacionais de direitos humanos no ordenamento jurdico brasileiro.

  • 1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata.

    2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes do regime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte.

    3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste pargrafo)

    4 O Brasil se submete jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao tenha manifestado adeso. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004).

  • STF, principalmente no RE n. 466.343-1-SP,2008, por cinco votos favorveis a esta tese:

    1) tratados de direitos humanos no aprovadoscom quorum qualificado do art. 5, 3, CF:supralegalidade (entre a legislao federalordinria e a CF), 2) tratados de direitoshumanos aprovados com quorum qualificado doart. 5, 3, CF: valor de emenda Constituio e3) tratados que no versam sobre Direitoshumanos: valor legal, porm h o artigo 27 daConveno de Viena.

  • 02) Igualdade de gnero.

    Desigualdades formal e material.

    Conveno contra a eliminao detodas as formas de violncia contraas mulheres de 1979. Ratificao em1.2.1984.

    186 pases aderiram (2010).Muitas reservas sobre a igualdade entre

    homem e mulher.

  • Discriminao: distino, excluso ou restrio (art. 1).

    Art. 4. Possibilidade de Aes Afirmativas. Medidas especiais e temporrias para acelerar a igualdade.

    Compromisso de progressivamente eliminar todas as formas de discriminao negativa.

    No enfrenta de maneira expressa o tema da violncia contra mulher. Recomendao Geral Geral do Comit n. 19 Violncia contra Mulher Discriminao.

  • Art. 18. Comit sobre a Eliminao detodas as formas de Discriminao contra aMulher.

    Relatrio encaminhado pelos EstadosPartes.

    Protocolo Facultativo Convenocontra a eliminao de todas asformas de violncia contra asmulheres 1999. (99 Estados Partesat 2010). Ratificao em 28.6.2002.

    Peties individuais e investigaes inloco.

  • Conveno interamericana para prevenir,punir e erradicar a violncia contra aMulher (Conveno de Belm do Par).6.6.1994. Brasil ratificou em 27.11.1995.

    Art 1. Definio de Violncia (fsica, sexual epsicolgica) contra a Mulher.

    Deveres dos Estados. Art. 7. Art. 10. Comisso Interamericana de Mulheres.

    Incluir informao. Art. 12. Pessoa ou grupo e entidade no

    governamental pode apresentar peties para aComisso Interamericana de Direitos Humanos.

  • Legislao sobre a violncia domstica efamiliar contra a mulher (Lei n11.340/2006).

    Art. 2. Garantia de Direitos e Viver semViolncia.

    Art. 5. Violncia contra Mulher. RelaesPessoais Independente de Orientao Sexual.Unidade Domstica, mbito de Famlia eRelaes de Afeto.

    Art. 9. Assistncia a Mulher. Por exemplo: i)acesso prioritrio remoo e manuteno noemprego e afastamento por seis meses.

    Art. 18. Fala sobre as medidas protetivas.

  • Art. 22. Medidas Protetivas como suspenso daposse ou restrio ao uso de armas, afastamentodo lar, proibio de determinadas condutas,restrio de visitas aos menores e alimentos.

    Art. 23. Medidas Protetivas para a Ofendida.Programa Oficial, afastamento do agressor ouafastamento da ofendida.

  • SOBRE O MINISTRIO PBLICO

    CAPTULO III DA ATUAO DO MINISTRIO PBLICO Art. 25. O Ministrio Pblico intervir, quando

    no for parte, nas causas cveis e criminaisdecorrentes da violncia domstica e familiarcontra a mulher.

    Art. 26. Caber ao Ministrio Pblico, semprejuzo de outras atribuies, nos casos deviolncia domstica e familiar contra a mulher,quando necessrio:

  • I - requisitar fora policial e servios pblicos desade, de educao, de assistncia social e desegurana, entre outros;

    II - fiscalizar os estabelecimentos pblicos eparticulares de atendimento mulher emsituao de violncia domstica e familiar, eadotar, de imediato, as medidas administrativasou judiciais cabveis no tocante a quaisquerirregularidades constatadas;

    III - cadastrar os casos de violncia domstica efamiliar contra a mulher.

  • Aplicao da legislao internacional dedireitos humanos em relao orientaosexual e identidade de gnero (Princpiosde Yogyakarta - Indonsia).

    Todos os seres humanos nascem livres e iguaisem dignidade e direitos. Todos os direitoshumanos so universais, interdependentes,indivisveis e inter-relacionados. A orientaosexual e a identidade gnero so essenciais paraa dignidade e humanidade de cada pessoa e nodevem ser motivo de discriminao ou abuso.

    H proteo fragmentada nessas questes. Conveno Internacional de Juristas e Servio

    Internacional de Direitos Humanos.

  • 29 especialistas de 25 pases adotaram esses princpios.

    Obrigao principal dos Estados Protegerem, mas h outras atores tambm.

  • 03) Conveno Internacional sobre a Eliminao de Todas as Formas de Discriminao Racial.

    Assembleia Geral da ONU (21.12.65) e Ratificada (27.08.68)

    Conceito de Discriminao Racial (Art. 1, Caput) Aes Afirmativas no art. 1, 4. Art. 4: proibio de atitudes racistas Comit sobre a eliminao de discriminao

    racial Parte II

  • Art. 9 - Relatrio e Art. 11 Comunicao de Estado-Parte

    Art. 14. Receber peties (declarao expressa)

  • Estatuto da Igualdade Racial (Lei n 12.288/2010).

    Igualdade Material, combate discriminao e defesa de direitos tnicos (art. 1). Apresentao de conceitos e relaes no art. 1.

    Polticas Pblicas, Aes Afirmativas, modificao de estruturas, ajustes normativos (art. 4).

    Direito Sade, Educao (contedos relativos histria), Cultura (preservao), ao Esporte, ao Lazer, Liberdade, Terra (remanescentes dos quilombos), Moradia, meios de comunicao (participao).

  • Sistema Nacional de Promoo da IgualdadeRacial (SINAPIR)

    Poder Pblico Federal e adeso de outros entesfederativos. Plano Nacional de Promoo daIgualdade Racial.

    Ouvidorias e Finaciamento. Reserva de vagas nos concursos pblicos (Lei

    Estadual n 14.274/2003). 10% vagas deconcursos do Poder Pblico Estadual aos afro-descendentes.

  • 04) Direitos culturais.

    Conceito e previso. DUDH, PIDESC, Protocolo de San Salvador

    Comunidades tradicionais. Decreto n 6.040/2007. Poltica Nacional de Desenvolvimento Sustentvel dos Povos e Comunidades Tradicionais - PNPCT

    Art. 3o Para os fins deste Decreto e do seu Anexo compreende-se por:

    I - Povos e Comunidades Tradicionais: grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas prprias de organizao social, que ocupam e usam territrios e recursos naturais como condio para sua reproduo cultural, social, religiosa, ancestral e econmica, utilizando conhecimentos, inovaes e prticas gerados e transmitidos pela tradio;

  • II - Territrios Tradicionais: os espaos necessrios areproduo cultural, social e econmica dos povos ecomunidades tradicionais, sejam eles utilizados de formapermanente ou temporria, observado, no que diz respeitoaos povos indgenas e quilombolas, respectivamente, o quedispem os arts. 231 da Constituio e 68 do Ato dasDisposies Constitucionais Transitrias e demaisregulamentaes; e

    III - Desenvolvimento Sustentvel: o usoequilibrado dos recursos naturais, voltado para a melhoriada qualidade de vida da presente gerao, garantindo asmesmas possibilidades para as geraes futuras.

  • Conveno n 169 sobre Povos Indgenas e Tribais em pases independentes da Organizao Internacional do Trabalho OIT.

    Decreto n. 5.051 (19/04/2004) Povos Indgenas e Tribais. Polticas Pblicas, Legislao, Valores e Cultura,

    justia desses povos, respeitar aspectos coletivos da terra, consulta sobre extrao de recursos minerais, direito do trabalho, sade, seguridade social, educao e outras disposies.

  • Conveno da Diversidade Biolgica (Rio 92). Decreto 2519 (16/03/98) Conservao da Diversidade Biolgica, utilizao

    sustentvel e repartio justa. Art. 3. Princpio da soberania e do uso

    sustentvel. Conservao e utilizao sustentvel. Conferncia das Partes) Secretariado (art. 24) e rgo Subsidirio de

    Assessoramento (art. 25).

  • 97. Assinale a alternativa incorreta:

    a) O Estatuto da Igualdade Racial considera desigualdade de gnero e raa a assimetria no mbito da sociedade que acentua a distncia social entre mulheres negras e demais segmentos sociais;

    b) Em nosso pas, h obrigatoriedade de estudo, tanto no ensino fundamental, quanto no ensino mdio, da histria geral da frica e da histria da populao negra no Brasil;

  • c) competente, por opo da ofendida, para os processos cveis regidos pela Lei n 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), o Juizado do seu domiclio ou residncia, do lugar do fato em que se baseou a demanda ou do domiclio do agressor;

    d) Povos e comunidades tradicionais so grupos culturalmente indiferenciados que usam territrios e recursos naturais como condio para sua reproduo cultural, social, religiosa, ancestral e econmica;

    e) a autoidentificao o critrio fundamental para definir os grupos aos quais se aplicam as disposies da Conveno n 169, da OIT.

  • 05) Assistncia Social: Constituio Federal Seguridade Social: direitos relativos sade,

    previdncia e assistncia social (art. 194). Assistncia social ser prestada a quem dela

    necessitar e no h necessidade de contribuio (art. 203):

  • I - a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice;

    II - o amparo s crianas e adolescentes carentes; III - a promoo da integrao ao mercado de

    trabalho; IV - a habilitao e reabilitao das pessoas

    portadoras de deficincia e a promoo de suaintegrao vida comunitria;

    V - a garantia de um salrio mnimo de benefciomensal pessoa portadora de deficincia e aoidoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por suafamlia, conforme dispuser a lei.

  • Organizao a partir da descentralizao eparticipao da populao.

    Lei Orgnica da Assistncia Social (Lei n8.742/1993).

    Objetivos: proteo social, vigilnciasocioassistencial e defesa de direitos (art. 2).

    Princpios: i) supremacia do atendimento, ii)universalizao dos direitos sociais, iii) respeito dignidade do cidado, iv) igualdade de direitos ev) divulgao ampla de benefcios.

  • Diretrizes: i) descentralizao, ii) participao e iii) primazia da responsabilidade do Estado.

    Sistema nico de Assistncia Social

  • 06) Segurana alimentar e nutricional. Direito alimentao adequada na Constituio Federal.

    Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aos desamparados, na forma desta Constituio. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 64, de 2010)

    Salrio mnimo, educao, criana e adolescente.

  • Sistema Nacional de Segurana Alimentar eNutricional SISAN (Lei n 11.346/2006).

    Poder pblico com participao da sociedade civilvai desenvolver a segurana alimentar enutricional.

    Alimentao adequada como direito fundamentalno art. 2.

    Segurana alimentar e nutricional o acessoregular e permanente de qualidade.

    CONSEA Conselho Nacional de SeguranaAlimentar e Nutricional rgo deassessoramento imediato do presidente daRepblica.

  • Poltica Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional PSAN (decreto n 7.272/2010).

  • 07) Preveno e eliminao de todas as formas de tortura. Conveno contra a Tortura e Outras Penas ou Tratamentos Cruis, Desumanos ou Degradantes (Decreto n 40/1991).

    Conceito. Criao de Comit e envio de relatrios. Estado pode reconhecer a possibilidade de

    comunicao e de peties de pessoas fsicas.

  • Protocolo Facultativo Conveno contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruis, Desumanos e Degradantes (Decreto n 6.085/2007). Subcomit de preveno.

    Crimes de Tortura (Lei n 9.455/1997). Justia de Transio. Leis 9.140/95 (reconhecimento de pessoas como desaparecidas na ditadura militar), 10.536/2002 (alterao no reconhecimento do desaparecimento), 10.875/2004 e 12.528/2011.

  • 98. Assinale a alternativa incorreta: a) A violao das normas que prescrevem os

    direitos econmicos, sociais e culturais podeconfigurar inconstitucionalidade por omisso;

    b) O Centro de Referncia de AssistnciaSocial (CRAS) a unidade pblicadestinada prestao de servios aindivduos e famlias que se encontram emsituao de risco pessoal ou social, porviolao de direitos ou contingncia, quedemandam intervenes especializadas deproteo social especial;

    c) A Unio presta apoio financeiro aos demaisentes federativos, com vistas ao aprimoramentoda gesto descentralizada dos servios,programas, projetos e benefcios de assistncia

  • social, por meio do ndice de GestoDescentralizada (IGD) do Sistema nico deAssistncia Social (SUAS);

    d) Os atos de tortura devem ser consideradoscrimes extraditveis, conforme a Convenocontra a Tortura e outras Penas ou TratamentosCruis, Desumanos ou Degradantes;

    e) O Conselho Nacional de Segurana Alimentare Nutricional (CONSEA) composto por 1/3 (umtero) de representantes governamentais e por2/3 (dois teros) de representantes da sociedadecivil.

  • 08) Direitos da populao em situao de rua. Decreto 7.053/2009.

    Institui a Poltica Nacional para a Populao em Situao de Rua e seu Comit Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, e d outras providncias.

    Conceito Descentralizao.

  • 09) Programa Mundial de Educao em Direitos Humanos (UNESCO).

    Subsdios para a construo da educao pautada nos direitos humanos.

    Primeira fase para ensino primrio e fundamental

    Segunda fase para ensino superior