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MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
PROJETO AGET01/03
Referente
Definição de Áreas Prioritárias para Conservação do Estado de Goiás, Brasil
Consórcio Imagem - WWF Brasil
Novembro de 2004
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
REVISÃO DATA EMISSÃO
DESCRIÇÃO ELABORADO POR
APROVADO POR
0 03/11/2004 EMISSÃO INICIAL LUIS CARLOS DAMBRÓS
CONSÓRCIO IMAGEM-WWF
1 16/11/2004 REVISÃO GERAL DO DOCUMENTO
LUIS CARLOS DAMBRÓS
CONSÓRCIO IMAGEM-WWF
Memorial Descritivo do Mapa de Regiões Fisionômicas e Uso da Terra
LISTA DE DISTRIBUIÇÃO ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVELIMAGEM GABRIELA
IPPOLITI AGMA SANDRA
REZENDE AGETOP MÁRCIO
RESENDE
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS.................................................................................................. 1
2. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 1
2.1 Nomenclatura fitogeográfica ...................................................................................... 5
2.2 Interpretação das classes de cobertura vegetal e uso da terra ........................... 9
2.3 Definição dos polígonos de remanescentes ............................................................. 11
2.4 Estruturação da legenda dos remanescentes .......................................................... 12
2.5 Construção do mapa final (integração das interpretações Formações Vegetais Remanescentes e Uso da Terra) ...................................................................................... 13
2.6 Possíveis confusões espectrais................................................................................... 17
2.7 Checagem de campo ................................................................................................... 18
3. CARACTERIZAÇÃO SUMARIADA DAS TIPOLOGIAS VEGETAIS REMANESCENTES ....... 21
4. SÍNTESE GERAL DOS RESULTADOS..................................................................................... 35
5. SÍNTESE POR FOLHA 1:250 000 ........................................................................................... 39
6. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 151
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
1
1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
Este documento apresenta os procedimentos metodológicos que embasaram a realização
do mapeamento das fito fisionomias remanescentes e o uso da terra no projeto “Definição
de Áreas Prioritárias para Conservação no Estado de Goiás”, contratado junto ao consórcio
IMAGEM/WWF pela Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas e Agência Goiana do
Meio Ambiente, AGETOP e AGMA, respectivamente. Busca ainda fazer descrições
sumariadas das tipologias remanescentes, confrontando-as com aspectos generalizados de
relevo, solos e litologias, bem como estabelecer as quantificações obtidas em cada uma
das 34 (trinta e quatro) folhas na escala de 1:250 000 que compõe o estado de Goiás
(com o Distrito Federal incluído) referidos ao Sistema Geodésico Brasileiro. Complementa a
memória o arquivo fotográfico e dados obtidos por ocasião das viagens de checagem de
campo.
2. METODOLOGIA
A metodologia utilizada que resultou no Mapa das Regiões Fisionômicas e Uso da Terra,
foi proposta e discutida em duas reuniões conjuntas (Consórcio e Agências
AGMA/AGETOP), sendo a primeira realizada nas dependências da AGETOP em Goiânia, no
dia 16/10/2003 e a segunda em São José dos Campos (SP), nos dias 13 e 14/05/2004,
convocadas e realizadas conforme agendas anexas:
AGENDA DE REUNIÃO
DELIBERAÇÃO DA LEGENDA DO MAPEAMENTO DA COBERTURA VEGETAL E USOS DO
SOLO
Produto Final Mapa de Regiões Fisionômicas do Estado de Goiás
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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DATA PREVISTA: Dia 16 de Outubro de 2003
Quinta-Feira Dia 16/10/2003 – Mapa das Regiões Fisionômicas do Estado de
Goiás
LOCAL: AGMA - Goiânia – de 9:30 às 17:30 h
FINALIDADE: Reunião Técnica com clientes e consultor para discutir a proposta de
Legenda sugerida a AGMA/ AGETOP e apresentação do Produto Piloto preparado pela
IMAGEM
PARTICIPANTES: Edson Sano, Luiz Dambrós, Omar Silva Jr., Weber Pires, e Corpo Técnico
da AGMA.
PROGRAMAÇÃO:
09:30 h as 10:00 h – Apresentação dos Consultores a AGMA e AGETOP
10:00 h as 11:00 h – Apresentação do Mapa Piloto e Metodologia de Trabalho
11:00 h as 12:00 h – Apresentação de Propostas de Legenda
12:00 h as 13:00 h – Intervalo para Almoço
13:30 h as 16:30 h – Discussão das Propostas Apresentadas
16:30 h as 17:30 h – Encerramento da Reunião com Conclusão da Legenda Definitiva
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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Dia 13 de Maio Mapa das Regiões Fisionômicas e Uso da Terra
8:30 – 9:00 Mapa de Regiões Fito ecológicas
Apresentação – Consultor Luis A. Dambrós
9:00 – 9:30 Mapa de Cobertura Vegetal e Uso da Terra
Apresentação – Consultor Edson Sano
9:30 – 9:45 Café – Hotel
9:45 – 10:15 Exposição das Agências
10:15 – 11:30 Discussão
11:30 – 12:00 Fechamento registrado em ata de reunião
12:00 – 13:30 Almoço - Hotel
Mapa de Unidades de Paisagem e Vulnerabilidade Ambiental
13:30 – 14:15 Metodologia Vulnerabilidade Ambiental
Apresentação – Consultor Edson Crepani / Luís Borsoi
14:15 – 14:45 Vulnerabilidade dos Solos do Estado de Goiás
Apresentação – Consultor Geraldo César
14:45 – 15:00 Exposição das Agências
15:00 – 15:15 Café - Hotel
15:15 – 16:30 Discussão
16:30 – 17:00 Fechamento registrado em ata de reunião
Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação
17:00 – 18:00
Proposta metodológica para geração do Mapa de Áreas Prioritárias
para Conservação
Apresentação – Carlos Scaramuzza
Dia 14 de Maio Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação - Continuação
8:30 – 9:30 Exposição das Agências
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9:30 – 11:15 Discussão
11:15 – 11:30 Fechamento registrado em ata de reunião
11:30 – 12:00 Lanche - Hotel
Implantação do SIG
12:00 - 12:30 Modelo de Dados da Base do Projeto/Disponibilização dos dados na
Intranet - Apresentação – Thiago Ferreira
12:30 – 13:00 Exposição das Agências
13:00 – 14:45 Discussão – Requisitos Funcionais do Sistema
14:45 – 15:00 Fechamento registrado em ata de reunião
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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2.1 Nomenclatura fitogeográfica
Da primeira reunião realizada na AGETOP, resultou a Legenda de Cobertura Vegetal e
Usos da Terra, conforme anexo contido na ata daquela reunião:
ANEXO I
Legenda de Cobertura Vegetal e Usos da Terra
VEGETAÇÃO NATURAL:
Classes
Sub-Classes
Formações Florestais Mata de Galeria e Ciliar
Mata Seca e Cerradão
Formação Savânica Cerrado Sentido Restrito
Formação Campestre Campo Cerrado, Campo limpo, Campo Sujo,
Campo Rupestre
VEGETAÇÃO ALTERADA:
Classes Sub-Classes
Cultura Anual
(Cultura em Pivô Central)
Cultura Perene
Pastagens Cultivadas – Nativas
Reflorestamento Pinus, Eucalipto, Seringeira- Silvicultura
Área Urbana – Núcleo Rural
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Espelho D’ água
Outros Queimadas, Mineração, Solo Exposto (não
culturais)
AREA DE TENSÃO ECOLOGICA Encraves – Áreas de Transição
Como se pode observar, as classes e subclasses da vegetação natural são as da
nomenclatura fitogeográfica proposta por Ribeiro & Walter (1998). Apesar do
fácil entendimento, essa classificação foi posteriormente preterida e
substituída pela adotada nos mapas de vegetação brasileira, produzidos pelo
IBGE, com base nos levantamentos do Projeto RADAMBRASIL e oficialmente
usados para estabelecimento de políticas públicas a nível regional. Essa
classificação cujo embasamento teórico é discutido no Manual Técnico da
Vegetação Brasileira (IBGE, 1992), tem bases conceituais adaptadas aos
sistemas de classificações internacionais, além de ter se mostrada como a mais
adequada para a escala de representação de 1:250 000.
Para adequação aos objetivos, neste trabalho fez-se algumas pequenas
alterações, especialmente na maneira de representar as legendas das
formações e subformações vegetais. Além de que, para satisfazer parte dos
usuários, foi introduzido em anexo, as equivalências com a classificação de
Ribeiro & Walter, op.cit.
Assim, a vegetação natural remanescente e que foi aprovada no Workshop em
São José dos Campos, passou a ser designada da seguinte maneira:
Região da Savana (Cerrado)
S1 - Savana Florestada
S2 - Savana Arborizada sem floresta-de-galeria
S3 - Savana Arborizada com floresta-de-galeria
S4 - Savana Parque sem floresta-de-galeria (terrenos bem drenados)
S5 - Savana Parque com floresta-de-galeria (terrenos bem drenados)
S6 - Savana Parque sem floresta-de-galeria (terrenos mal drenados)
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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S7 - Savana Parque com floresta-de-galeria (terrenos mal drenados)
S8 - Savana Gramíneo-Lenhosa sem floresta-de-galeria (terrenos bem drenados)
S9 - Savana Gramíneo-Lenhosa com floresta-de-galeria (terrenos mal drenados)
Região da Floresta Estacional Semidecidual
F1 - Floresta Estacional Semidecidual Aluvial
F2 - Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas
F3 - Floresta Estacional Semidecidual Submontana
F4 - Floresta Estacional Semidecidual Submontana (terrenos calcáreos)
F5 - Floresta Estacional Semidecidual Montana
Região da Floresta Estacional Decidual
D1 - Floresta Estacional Decidual Submontana
D2 - Floresta Estacional Decidual Submontana (terrenos calcáreos)
D3 - Floresta Estacional Decidual Montana
Formações Pioneiras
P1 - Formação Pioneira Fluvial e/ou Lacustre Herbácea
P2 - Formação Pioneira Fluvial e/ou Lacustre Arbustiva
No quadro a seguir estão relacionadas as classes e equivalentes da nomenclatura de
Ribeiro & Walter, que tem se mostrado adequadas para escalas de semi detalhe e
detalhe.
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• Parque de Cerrado
• Vereda (às vezes)
• Campo Sujo Úmido (às vezes)
• Campo Sujo com Murunduns (às vezes)
Savana Parque
(terrenos mal drenados)
(S6; S7)
• Cerrado Ralo
• Cerrado Rupestre
• Campo Sujo Seco (às vezes)
• Campo Rupestre (às vezes)
Savana Parque
(terrenos bem
drenados)
(S4;S5)
• Cerrado Denso
• Cerrado Típico Savana Arborizada
(S2; S3)
• Cerradão Savana Florestada
(S1)
Campo Limpo Úmido (às vezes)
Campo Limpo com Murunduns (às vezes)
Vereda (às vezes)
Formações Pioneiras
Herbáceas
(P1)
Campo Sujo Úmido (às vezes)
Campo Sujo com Murunduns (às vezes)
Vereda (às vezes)
Formações Pioneiras
Arbustivas
(P2)
Campo Limpo Úmido
Campo Limpo com Murunduns
Vereda (às vezes)
Campo Sujo Úmido (às vezes)
Savana Gramínea-
Lenhosa (terrenos mal
drenados)
(S9)
Campo Limpo Seco
Campo Sujo Seco (às vezes)
Campo Rupestre (às vezes)
Savana Gramínea-
Lenhosa (terrenos
bem drenados) (S8)
• Mata Seca Sempre-verde Floresta Estacional
• Mata-de-galeria (às vezes)
• Mata Ciliar (às vezes)
• Palmeiral (às vezes)
Floresta Estacional
Semidecidual Aluvial
(F1)
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2.2 Interpretação das classes de cobertura vegetal e uso da terra
O procedimento utilizou diferentes métodos de classificação, de acordo com as
características dos alvos: classificação manual, classificação não supervisionada e
classificação supervisionada, que serão descritos à continuação.
A interpretação começou em todas as imagens, pelas classes com menor nível de
confusão espectral: Pivô de irrigação, Áreas Urbanas.
Para a classe Cultura em Pivô Central o método utilizado foi a interpretação e digitalização
manual/visual; ou seja, foram gerados polígonos (manualmente) das áreas irrigadas por
Pivô Central, e estes polígonos foram convertidos para o formato raster (matricial) com
valor correspondente ao de sua classe na legenda do projeto para posteriormente serem
agrupados na classificação final.
Para a classe Área Urbana o método utilizado foi o mesmo do pivô central, porém ao
delimitar a área que é atribuída como área urbana, o interprete manteve no interior da
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
10
mesma, as classes que correspondem à cobertura vegetal dentro da cidade, como
exemplo parques, reservas etc.
Para as classes restantes, foram utilizadas ferramentas de classificação não supervisionada
(ISODATA) do software Erdas Imagine v. 8.6. Os pixels foram agrupados e atribuídos
estatisticamente, à classe espectral de maior semelhança. Foram utilizadas em todos os
casos, as bandas 3, 4 e 5 das imagens Landsat ETM+.
O resultado da interpretação automática foi uma imagem com 30 classes; essas foram
agrupadas seguindo uma interpretação manual/visual, verificando se a classe era coerente
com o tema a ser interpretado, para posteriormente processar a combinação e edição das
mesmas. Cada classe foi editada separadamente, para evitar conflitos entre classes com a
mesma resposta espectral.
Quando uma classe se encontrava finalizada, esta era subtraída da imagem (multiplicação
de Imagens) com o intuito de diminuir os conflitos espectrais posteriores. O resultado foi
uma imagem com as áreas de classes anteriormente classificadas, sem informação. A
imagem resultante deste processo foi utilizada para a interpretação da próxima classe.
Algumas das classes da legenda exigiram a comparação dos dados da imagem com dados
auxiliares como Censo Agropecuário do Estado de Goiás, Mapas de Vegetação do Projeto
RADAMBRASIL (escala 1:1.000.000), zoneamentos econômico-ecológicos detalhados e
dados do trabalho de campo.
Após a classificação de todos os temas, foi realizado o mosaico de todas as classes para
obter um único arquivo com todas as classes da legenda.
Para esse mapeamento a área mínima de representação foi de 25 ha, tendo sido
contempladas as seguintes tipologias:
01 – Mata de Galeria e Ciliar
02 – Mata Seca ou Cerradão
03 – Cerrado Sentido Restrito
04 – Campo Limpo
05 – Campo Sujo, Campo Rupestre
06 – Cultura em Pivô Central
07 – Cultura Anual
08 – Cultura Perene
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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09 – Pastagem
10 – Reflorestamento
11 – Água
12 – Área Urbana, Núcleo Rural
13 – Outros Ex. Queimadas, Mineração, Solo exposto (não Agricultura)
14 – Área de Tensão Ecológica
OBSERVAÇÃO: As trinta e quatro cartas resultantes desse mapeamento específico
constitui se na base do mapa final – Mapa das Regiões Fisionômicas e Uso da Terra do
Estado de Goiás, cuja construção exigiu uma integração das interpretações e adequação
de escala. Essa base de dados, na íntegra, entretanto, foi disponibilizado para as
Agências, para que deles se faça o melhor uso.
2.3 Definição dos polígonos de remanescentes
Para a elaboração do mapeamento das Formações Vegetais Remanescentes utilizou-se
como base o mapa de Uso da Terra, confeccionado digitalmente com procedimentos e
técnicas variadas incluindo classificação supervisionada, não supervisionada e manual.
As cinco primeiras classes do Mapa de Uso, mais a classe 14, consideradas naturais e
identificadas preliminarmente como Mata de Galeria / Ciliar, Mata Seca ou Cerradão,
Cerrado Sentido Restrito, Campo Limpo, Campo Sujo/Campo Rupestre e Área de Tensão
Ecológica, foram retrabalhadas visando sua adequação à escala de 1:250.000 e à
nomenclatura fitogeográfica.
Esse tratamento foi realizado com o cruzamento visual das interpretações do uso, em
papel transparente, diretamente sobre as imagens analógicas do satélite LANDSAT ETM+,
na composição colorida RGB – 543, correspondentes aos anos de 2001-2002.
Para adequação à escala foram inicialmente desconsiderados todos os polígonos isolados
de vegetação natural, com dimensões inferiores a 0,5 cm² aproximadamente, e cuja
representação no terreno equivale a mais ou menos 156 ha. Polígonos menores foram
mantidos quando interligados, e quando isso ocorreu a legenda foi definida como
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
12
“mosaico” e ou Área de Contato, dependendo do caso. Áreas de vegetação ciliar como
matas de galerias e/ou floresta aluvial só foram consideradas quando com dimensões de
no mínimo 1,5 mm, representando no terreno cerca de 370 m de largura,
aproximadamente.
As classes das Formações Vegetais Remanescentes foram redefinidas de acordo com a
nomenclatura fitogeográfica do Projeto RADAMBRASIL (Góes-Filho et al, 1982),
especificada e comentada no Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE, 1992). Para a
aferição da legenda contou-se com o trabalho de mapeamento denominado Vegetação do
Estado de Goiás, Atualização dos Antropismos e Inventário, efetuado pelo Radambrasil em
convênio com o IBDF, em 1984.
Obs: Todas as outras classes do mapa de uso, incluindo as de vegetação natural de
polígonos não representativos foram classificados como “N”.
2.4 Estruturação da legenda dos remanescentes
Na representação do mapa os polígonos com vegetação remanescente podem ser simples,
quando com uma única classe, ou com até três componentes, sendo que neste caso a
ordem identifica sua importância, o primeiro é o de maior representatividade. Ex: S214
(Savana Arborizada sem floresta-de-galeria+Savana Florestada+Savana Parque sem
floresta-de-galeria). Áreas de Contato ou de Tensão Ecológica são identificadas na legenda
quando da junção de duas letras maiúsculas, seguidas por numerais que identificam a
principal formação contatada de cada região fito ecológica, respectivamente, sendo que, a
primeira a ser representada é a de maior importância ou ocorrência no polígono. Ex:
SD11 (Contato de Savana Florestada com Floresta Estacional Decidual Submontana).
Obs: Quando na representação aparece apenas uma letra, a ocorrência de mais de um
dígito carateriza um mosaico de fisionomias de uma mesma região fito ecológica.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
13
2.5 Construção do mapa final (integração das interpretações Formações
Vegetais Remanescentes e Uso da Terra): Mapa de Regiões Fisionômicas e Uso
da Terra
Após a interpretação, as 34 cartas (escala 1:250.000) correspondentes às formações
vegetais remanescentes foram “scaneadas”, georreferenciadas e posteriormente
vetorizadas (Figura 1).
Fig. 1: Exemplo de uma carta de formações Vegetais Remanescentes (escala de
1:250.000)
- Transformação das classes do Mapa digital de Formações de Vegetação
Remanescente
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
14
Cada classe do Mapa Digital de Formações de Vegetação Remanescente. Foi transformada
para arquivos AOI (“Área of Interest”) no software Erdas Imagine versão 8.6(Vide Figura
2).
Fig.2 Exemplo de AOI
- Atribuição das Classes
Depois da transformação das classes em AOI, foi utilizado o comando FILL (Erdas Imagine
versão 8.6.) para realizar a atribuição das classes aos diferentes polígonos (classificação),
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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utilizando como “background” (classificação de fundo) a interpretação do Uso da Terra
descrita no item 2.2; com exceção da classe” N “, todas as demais classes do Mapa de
Formações Vegetais Remanescentes passaram a ser integradas com a interpretação do
Uso do Solo, utilizada como classificação de fundo (Vide Figura 3).
Os espaços ocupados pela classe “N” no mapa de Formações de Vegetação Remanescente
continuaram com a classificação relacionada no mapa de Uso da Terra.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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Fig.3 Exemplo de atribuição de classes com Uso de “background”
- Edições necessárias para integração das interpretações
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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A consolidação das duas classificações em um único produto exigiu ainda algumas
edições, representados no tópicos abaixo:
- Edição dos limites de integração das classes dos diferentes mapeamentos;
- Eliminação de polígonos menores a 156 ha pertencentes às classes Mata de Galeria e
Ciliar, Mata Seca ou Cerradão, Cerrado Sentido Restrito, Campo Limpo, Campo Sujo,
Campo Rupestre provenientes da classificação do Uso das Terras;
- No caso de polígonos de uso da terra pertencentes às classes Cultura em Pivô Central,
Cultura Anual, Cultura Perene, Pastagem, Reflorestamento, Água, Área Urbana, Núcleo
Rural e Outros, foram mantidos os polígonos de tamanho menor do que 156 ha,
considerando-se 25 ha como tamanho mínimo das classes.
2.6 Possíveis confusões espectrais
Como em todo mapeamento é natural ocorrer erros interpretativos, por maior controle
que se faça, incluindo maior checagem de campo. Uma maneira de errar menos é tornar
muito genérica as classes. Optou-se por tentar acertar, discriminando o melhor possível
essas classes, para esta escala e este sensor. Outrossim, algumas situações devem ser
destacadas como áreas de potencial confusão espectral:
- Áreas assinaladas como de Savana Gramíneo-Lenhosa e ou Savana Parque,
especialmente as de ocorrência extra Unidades de Conservação e em terrenos de
Cambissolos e Neossolos Litólicos, podem eventualmente estarem superestimadas,
representando na verdade áreas antropizadas com pastagens plantadas, ou mais
comumente, áreas degradadas com retirada parcial dos indivíduos, configurando na
realidade um “campo antrópico”. O inverso também pode ter ocorrido, isto é, em
situações assemelhadas de solos, porções assinaladas como de Pastagem, representar
eventualmente, tratos naturais de Savana Gramíneo-Lenhosa e ou Savana Parque,
principalmente.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
18
- Áreas de Savana Florestada (Cerradão) tem refletância muito semelhante as de
Floresta Estacional Semidecidual e ou Decidual. Assim é possível que alguma confusão
possa ter havido na definição dessas categorias.
- Capoeiras de estágios avançados tem igualmente refletância semelhante ao Cerradão
e ou outra tipologia florestal. Assim, algumas áreas assinaladas como de Cerradão e
ou de florestas, podem na realidade não ser ou estarem muito degradadas. O estágio,
ou melhor, o estado de conservação é um atributo que, geralmente, só pode ser
obtido “in loco”.
- Nas áreas de encostas muito movimentadas e escarpas, pode ter havido uma
superestimação e/ou subestimação das fisionomias, agravado pelo problema da
sombra.
- Entre as classes de Uso da Terra: Pastagem e Lavoura Anual é possível que tenha
havido as maiores confusões. É praticamente impossível separar, somente com análise
espectral e em determinados tipos de solos, lavouras e pastagem plantada, cujo
estágio evolutivo ou “stand” são muito assemelhados. Para tentar diminuir, ou pelo
menos distribuir o erro, foram utilizados os censos agropecuários municipais.
- Finalmente, não se pode deixar de comentar que o mapeamento se refere à
interpretações de imagens com datas de aquisição de 2001 e 2002. De lá para cá
alguma coisa, é provável, já mudou.
2.7 Checagem de campo
Visando validar as informações retiradas das interpretações das imagens foram
programados e realizados dois períodos de campo, conforme os roteiros em anexo. A
primeira viagem foi executada no período de 14 a 25 /06/2004 e teve a participação dos
seguintes profissionais: Luiz Fernando Borsoi (especialista em geomorfologia – Imagem);
Geraldo César Oliveira (especialista em solos – consultor Imagem/UFG); Luiz Alberto
Dambrós (especialista em vegetação – consultor Imagem/IBGE) e com o
acompanhamento dos técnicos da Agência Ambiental: Alejandro, Denise e Suzete.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
19
A segunda viagem executada basicamente no sul do estado no período de 18 a
22/10/2004, sem a presença do Prof. Geraldo, contou com os técnicos da Agência
Ambiental: Alejandro, Denise, Greig e Suzete e pela Imagem Luiz Borsoi e Luiz Dambrós.
Ferramentas Utilizadas
Imagens de satélite Landsat em papel na composição 543, recortadas no formato 1:250
000; interpretações em papel poliéster, na mesma escala dos mapas de uso da terra e de
remanescentes.
Para a documentação dos trabalhos de campo, foram utilizados computadores de mão
(“Palm Top”) com o software ArcPad e GPS’s acoplados; assim, os pontos visitados foram
georreferenciados e documentados em um tema de pontos que contem a descrição
temática na sua tabela de atributos.
Dentro do software ArcPad, pode-se visualizar e manipular os temas “limite de município”,
“estradas a serem percorridas”, “localidades”, “pontos pré-estabelecidos no escritório”, e o
tema com os pontos coletados em campo. O Palm Top serviu também de navegador
espacial para os técnicos, facilitando assim a localização em tempo real.
Após o preenchimento do formulário, em cada ponto foi anexado pelo menos uma
fotografia digital, utilizando a câmera que também se encontra acoplada no computador
de mão. Em alguns pontos utilizou-se máquina fotográfica tradicional. As fotografias,
todas georreferenciadas, constituem mais um dos atributos do ponto em questão.
Roteiro do Trabalho de campo 1
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
20
Roteiro do Trabalho de campo 2
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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3. CARACTERIZAÇÃO SUMARIADA DAS TIPOLOGIAS VEGETAIS
REMANESCENTES
A Classificação da Vegetação Brasileira, adaptada a um Sistema Universal, proposta pelo
IBGE (1992) distingue no Brasil nove (9) regiões ou tipos principais de vegetação, assim
discriminadas:
- Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical);
- Floresta Ombrófila Aberta (faciações da Floresta Densa);
- Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária);
- Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia);
- Floresta Estacional Decidual (Floresta Estacional Decidual);
- Campinarana (Campinas);
- Savana (Cerrado);
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
22
- Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido, Campos de Roraima, Chaco Sul
Matogrossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Guaraí) e
- Estepe (Campanha Gaúcha e Campos Gerais Planálticos)
Para o Estado de Goiás, submetido a um clima continental com dois períodos bem
demarcados por chuvas e secas, a mesma classificação define a ocorrência de três (3)
dessas tipologias:
- Savana (Cerrado);
- Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia) e
- Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia).
A grosso modo, nas áreas interfluviais, a distribuição desses tipos obedece a gênese e a
fertilidade dos solos. Em terrenos areníticos lixiviados e fortemente aluminizados, ocorre a
Savana (Cerrado). Já nos solos calcíferos e/ou de origem magmática e logicamente mais
férteis (latossolos e argissolos distróficos e/ou eutróficos), ocorrem os tipos florestais
estacionais.
Região da Savana (Cerrado)
De acordo com o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE,1992), o termo Savana
procede da Venezuela, tendo sido empregado pela primeira vez por Oviedo y Valdez
(1851), para designar os “lhanos arbolados da Venezuela” (formação graminóide dos
planaltos, em geral coberta por plantas lenhosas) e posteriormente levado para a África
(apud.Tansley, 1935). No decorrer de décadas entretanto vários autores utilizaram-se de
outros termos para designar esta vegetação:
- Humboldt (1806) chamou-a “Estepe”
- Drude (1889) denominou-a “Estepe tropical”
- Schimper (1903) designou-a “Floresta de savana” para representar as formações
graminosas arborizadas intertropicais.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
23
- Warming (1908) denominou-a no Brasil de “campos cerrados ou vegetação
xerofítica”, em fase de um longo período seco bem demarcado (1973).
- Chevalier (1932) “Savana”
- Lanjouw (1936) “Savana”
- Trochain (1951/54) “Savana”
- Rawitscher (1952) adotou a terminologia de Warming de campo cerrado
- Beard (1953) “Savana”
- Aubréville (1956) “Savana”
- Schnell (1971) “Savana”
- Projeto RADAMBRASIL (1973/86) “Savana (Cerrado)”.
Quando do mapeamento do Radambrasil, após as ponderações acima, resolveu-se adotar
o termo Savana como prioritário e Cerrado como sinônimo regionalista, por apresentar
uma fito fisionomia ecológica homóloga àquelas.
A Savana (Cerrado), é conceituada como uma vegetação xeromorfa, preferencialmente de
clima estacional (mais ou menos seis meses secos), podendo não obstante ser encontrada
também em clima ombrófilo. Reveste solos lixiviados aluminizados, apresentando sinúsias
de hemicriptófitos, geófitos, caméfitos e fanerófitos oligotróficos de pequeno porte, com
ocorrência por toda a Zona Neotropical e prioritariamente no Brasil Central. Em outras
partes do País, recebe nomes locais, como: “tabuleiro”, “agreste” e “chapada” no
nordeste, “campina” ou “gerais” no norte de Minas, Tocantins e Bahia, dentre outras
denominações.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
24
A Savana (Cerrado) foi subdividida em quatro subgrupos de formação, todas bem
representadas no Estado de Goiás:
- Savana Florestada (Cerradão);
- Savana Arborizada (Campo Cerrado, Cerrado “propriamente dito”);
- Savana Parque (Campo Sujo de Cerrado, Cerrado de Pantanal) e
- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo de Cerrado)
Embora constituam formações florestais com estrutura típica, etc, as florestas-de-galerias,
pelas suas dimensões, não são separadas nesse sistema de classificação, construído para
representar mapeamentos em escalas regionais, sendo consideradas portanto, como
componentes da Savana (Cerrado). A presença ou ausência delas, numa determinada
área, entretanto, define as subformações vegetais, onde poderemos ter por ex: Savana
Arborizada sem floresta-de-galeria e/ou Savana Arborizada com floresta-de-galeria e assim
por diante.
Savana Florestada (Cerradão)
Na caracterização do Manual Técnico da Vegetação Brasileira, op cit. o Cerradão, como
popularmente é designado, constitui um “Subgrupo de formação com fisionomia típica e
característica, restrita a áreas areníticas lixiviadas com solos profundos, ocorrendo em um
clima tropical eminentemente estacional. Apresenta sinúsias lenhosas de micro e
nanofanerófitos tortuosos com ramificação irregular, providos de macrófilos esclerófilos
perenes ou semi-decíduos, ritidoma esfoliado corticoso rígido ou córtex maciamente
suberoso, com órgãos de reserva subterrâneos ou xilopódio. Não apresenta sinúsia nítida
de caméfitos, mas sim relvado hemicriptofítico, de permeio com plantas lenhosas
raquíticas e palmeiras anãs”.
Para Ribeiro & Walter (1998), o Cerradão é uma formação florestal, embora admitam que
floristicamente tem maior similaridade com o Cerrado, propriamente dito. Apresenta
dossel predominantemente contínuo e cobertura arbórea oscilando entre 50 a 90%, com
altura variando de 8 a 15 metros. Em sua maioria, os solos onde ocorre são profundos e
bem drenados, não obstante podem ocorrer em solos mais rasos e por isso, podendo
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
25
ainda ser subdividido em Cerradão Mesotrófico e Cerradão Distrófico, de acordo com sua
correspondência à fertilidade do solo, sendo que em cada tipo agregam-se espécies
características adaptadas a cada ambiente.
Ainda, segundo Ribeiro &Walter, de maneira geral, as espécies arbóreas mais freqüentes
no Cerradão são: Callisthene fasciculata, Caryocar brasiliense, Copaifera langsdorffii,
Emmotum nitens, Hirtella glandulosa, Lafoensia pacari, Magonia pubescens,
Siphoneugenia densiflora, Vochysia haenkeana e Xilopia nitida. Outros autores
acrescentam ainda: Agonandra brasiliensis, Bowdichia virgilioides, Dalbergia miscolobium,
Dimorphandra mollis, Kielmeyera coriacea, Machaerium opacum, Platypodium opacum,
Platypodium elegans, Pterodon emarginatum, Qualea grandiflora e Sclerolobium
paniculatum. Como arbustos são citados: Alibertia edules, Alibertia sessilis, Brosimum
gaudichaudii, Bauhinia bongardii, Casearia silvestrys, Casearia javitensis, Copaifera
oblongifolia, Duguetia furfuracea, Miconi albicans, Miconia macrothyrsa e Rudgea
viburnoides.
Savana Arborizada (Campo Cerrado, Cerrado “propriamente dito”)
Para o IBGE(1992) essa tipologia é caracterizada como “Subgrupo de formação natural ou
antropizado que se caracteriza por apresentar uma fisionomia nanofanerofítica rala e outra
hemicriptofítica graminóide contínua, sujeito ao fogo anual. Estas sinúsias dominantes
formam fisionomias ora mais abertas (Campo Cerrado); ora com a presença de um
“scrub” adensado (Cerrado “propriamente dito”). A composição florística, apesar de
semelhante à da Savana Florestada, possui ecótipos dominantes que caracterizam os
ambientes de acordo com o espaço geográfico ocupado...”
Para Ribeiro &Walter, já citado, essa formação é uma das formações savânicas do Bioma
Cerrado e estaria classificada ou correspondendo basicamente ao que eles denominam
tipo fisionômico Cerrado sentido restrito e em especial aos subtipos Cerrado Denso e
Cerrado Típico, com a seguinte caracterização: “O Cerrado Denso é um subtipo de
vegetação predominantemente arbóreo, com cobertura de 50% a 70% e altura média de
5 a 8 metros. Representa a forma mais densa e alta de Cerrado sentido restrito. Os
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
26
estratos arbustivos e herbáceos são mais ralos, provavelmente devido ao sombreamento
resultante da maior densidade de árvores.... O Cerrado Típico é um subtipo de vegetação
predominantemente arbóreo-arbustiva, com cobertura arbórea de 20% a 50% e altura
mádia de três a seis metros. Trata-se de uma forma comum e intermediária entre o
Cerrado Denso e o Cerrado Ralo.”
Trabalhos de diversos autores, entre os quais os de Ratter et al (1996), apud Ribeiro &
Walter op.cit. sobre a composição florística de 98 áreas distintas no Brasil, mostra que de
534 espécies encontradas apenas 26 ocorreram em pelo menos 50% delas, são elas:
Acosmium dasycarpum, Annona crassiflora, Astronium fraxinifolium, Brosimum
gaudichaudii, Bowdichia virgilioides, Byrsonima coccolobifolia, Byrsonima verbascifolia,
Caryocar brasiliense, Connarus suberosus, Curatella americana, Dimorphandra mollis,
Erythroxylum suberosum, Hancornia speciosa, Hymenaea stigonocarpa, Kielmeyera
coriacea, Lafoensia pacari, Machaerium acutifolium, Pouteria ramiflora, Qualea grandiflora,
Qualea multiflora, Qualea parviflora, Roupala montana, Salvertia convallariodora, Tabebuia
alba, Tabebuia ochracea e Tocoiena formosa. Entre as espécies arbustivas mais
freqüentes são citadas: Casearia sylvestris, Cissampelos ovatifolia, Davilla eliptica,
Duguetia furfuracea, Manihot spp, Palicourea rigida, Parinari obtusifolia, Protium ovatum,
Syagrus flexuosa, Syagrus petraea, Vellozia squamata e Zeyhera digitalis. Entre as
herbáceas são mencionadas: Axonopus barbigerus, Echinolaena inflexa, Laudetiopsis
chrysotris, Mesosetum lolliforme, Paspalum spp, Schizachirium tenerum e Tachypogon
spp.
Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Cerrado-de-Pantanal)
Na conceituação do IBGE, trata-se de “Subgrupo de formação constituído essencialmente
por um estrato graminóide, integrado por hemicriptófitos e geófitos de florística natural ou
antropizada, entremeado por nanofanerófitos isolados, com conotação típica de um
“parque inglês” (Parkland). A Savana Parque de natureza antrópica é encontrada em todo
o País, já a natural ocorre algumas vezes com feição de campos litossólicos e/ou
rupestres. Em áreas encharcadas de depressões periodicamente inundadas, ocorrem as
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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tipologias naturais de Cerrado-de-Pantanal, com denominações regionais diversas,
caracterizadas pela presença de “covoais”, “monchões” ou “murunduns”, ...”
Nos terrenos bem drenados essa formação equivale aos subtipos definidos por Ribeiro &
Walter como Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre, e as vezes com o Campo Sujo Seco e o
Campo Rupestre. Nos terrenos mal drenados a equivalência é com o Parque de Cerrado e
eventualmente com Vereda, Campo Sujo Úmido e Campo Sujo com Murunduns. Para
esses autores, o Cerrado Ralo é um subtipo de vegetação arbóreo-arbustiva, com
cobertura arbórea entre 5% a 20% e altura média de dois a três metros, apresentando
uma florística semelhante ao Cerrado Denso e Cerrado Típico, embora estruturalmente
seja diferente. O Cerrado Rupestre é definido como um subtipo de vegetação arboreo-
arbustiva que ocorre em ambientes rupestres (Litólicos ou rochosos). Possui cobertura
arbórea entre 5% a 20%, altura média de 2 a 4 metros e estrato arbustivo-herbáceo
também destacado. As espécies arbóreas-arbustivas concentram-se nas fendas das
rochas, sendo muitas, endêmicas.
O Parque de Cerrado é definido como “uma formação savânica caracterizada pela
presença~de árvores agrupadas em pequenas elevações do terreno, algumas vezes
imperceptíveis, conhecidas como “murundus” ou “monchões”. As árvores possuem altura
média de três a seis metros e formam uma cobertura arbórea de 5% a 20%. Os solos são
hidromórficos, e melhor drenados nos murundus que nas áreas planas adjacentes....A
flora que ocorre nos murundus é similar à que ocorre no Cerrado sentido restrito, porém
com espécies que provavelmente apresentam maior tolerância à saturação hídrica do perfil
do solo...A flora herbácea predomina nas áreas planas adjacentes aos murundus, e é
similar a que ocorre nos campos úmidos.”
Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado)
Essa formação equivale basicamente ao que Ribeiro & Walter denomina como Campo
Limpo, fisionomia caracterizada pela insignificante presença de arbustos e subarbustos e
ausência completa de árvores. Pode ser encontrada em diferentes posições topográficas,
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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variados graus de umidade e fertilidade de solo. Em maior freqüência, entretanto, ocupa
encostas, chapadas, olhos-d’água, circundando veredas e bordas de matas de galeria,
geralmente em solos Litólicos, Cambissolos e ou solos hidromórficos como Plintossolos. Se
o lençol freático fica próximo à superfície caracteriza o Campo Limpo Úmido, quando
profundo, Campo Limpo Seco. Tem, eventualmente, equivalência com o Campo Rupestre
e também ao Campo Sujo. Quando ocorrem em áreas planas relativamente extensas,
contíguas aos rios e inundadas periodicamente recebem também denominações como
“Campo de Várzea’, Várzea ou “Brejo”.
Para o IBGE, prevalecem nesta fisionomia, quando natural, os gramados entremeados por
plantas lenhosas raquíticas, que ocupam extensas áreas dominadas por hemicriptófitos e
que, aos poucos, quando manejados através do fogo ou pastoreio, vão sendo substituídos
por geófitos que se distinguem por apresentar colmos subterrâneos, portanto mais
resistentes ao pisoteio do gado e ao fogo.
A flora destaca a família Poaceae como a mais representativa tendo como gêneros mais
freqüentes: Aristida, Axonopus, Echinolaena, Ichnanthus, Loudetiopsis, Panicum,
Paspalum, Trachypogon e Tristachya.Das Cyperaceas destacam-se: Bulbostylis e
Rhincosphora. Além dessas, diversas espécies herbáceas de outras famílias destacam-se
pela floração apresentada na época chuvosa ou mesmo após as queimadas.
Região da Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia)
Vegetação florestal cujo conceito, para o IBGE (1992), está condicionado pela dupla
estacionalidade climática. Uma tropical com época de intensas chuvas de verão seguida
por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica
provocada pelo intenso frio do inverno, com temperaturas médias inferiores a 15o C.
É constituída por fanerófitos com gemas foliares protegidas da seca por escamas (catáfilos
ou pêlos) e cujas folhas adultas são esclerófilas ou membranáceas deciduais. Neste tipo
de vegetação, a porcentagem das árvores caducifólias no conjunto florestal e não das
espécies que perdem as folhas individualmente situa-se entre 20 e 50%. Nas áreas
tropicais é composta por mesofanerófitos que revestem, em geral, solos areníticos
distróficos. Já nas áreas subtropicais é composta por macrofanerófitos em face de
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
29
revestirem solos basálticos eutróficos. Esta floresta possui dominância de gêneros
amazônicos de distribuição brasileira, como por exemplo: Parapiptadenia, Peltophorum,
Cariniana, Lecythis, Tabebuia, Astronium e outros de menor importância fisionômica.
Tal tipo vegetacional, para o Brasil e o Estado de Goiás, foi subdividido em quatro
formações, ordenadas segundo hierarquia topográfica que refletem fisionomias diferentes
de acordo com as variações eco típicas das faixas altimétricas resultantes de ambientes
também distintos, com a seguinte distribuição preferencial:
Formação aluvial - não varia topograficamente, sua ocorrência é azonal, estando
representada sempre nos ambientes repetitivos, dentro dos terraços aluviais dos flúvios.
Formação das terras baixas - situada entre os 4o de latitude N e os 16o de latitude
S, a partir dos 5 m até em torno de 100 m acima do mar; de 16o de latitude S a 24o de
latitude S de 5 m até em torno de 50 m; de 24 de latitude S a 32 de latitude S de 5 m até
em torno de 30 m.
Formação submontana - situada nas encostas dos planaltos e/ou serras entre os 4o
de lat. N e os 16o de latitude S a partir de 100 m até em torno dos 600 m; de 16o de
latitude S a 24o de latitude S de 50 m até em torno de 500 m; de 24o de latitude S a 32o
de latitude S de 30 m até em torno de 400 m.
Formação montana - situada no alto dos planaltos e/ou serras entre os 4o de
latitude N e os 16o de latitude S a partir de 600 m até em torno dos 2.000 m; de 16o de
latitude S a 24o de latitude S de 500 m até em torno de 1.500 m; de 24o de latitude S. até
32o da latitude S de 400 m até em torno de 1.000 m.
Floresta Estacional Semidecidual Aluvial
No Brasil é uma formação encontrada com maior freqüência na grande depressão
pantaneira mato-grossense do sul, sempre margeando os rios da bacia do rio Paraguai. No
Estado de Goiás esta formação ocupa os terraços e planícies holocênicas ao longo dos
cursos d’água, em especial do Araguaia e dos baixos cursos de seus tributários que
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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medeiam o domínio morfoestrutural das depressões e planícies com Coberturas Detríticas
e/ou Lateríticas Cenozóicas, da área. Apresenta uma composição florística bastante
seletiva, em função da capacidade de suportar encharcamento periódico, tendo, às vezes,
estruturas adaptadas, como raízes aéreas ou tabulares. É a formação que se apresenta
com uma menor estacionalidade ou queda de folhas. Entre suas espécies é comum
encontrar Triplaris garneriana, Enterolobium sp, Buchenavia sp, Albizia sp, Senna
multijuga, Bactris sp, Protium spp, Spondias lutea, Vochysia divergens, Terminalia sp,
Celtis sp, Ficus sp, Tabebuia spp, Inga spp, Cariniana rubra, Cochlospermum sp, Psidium
sartorianum, Tapirira guianensis, Calophyllum brasiliense, entre outras.
Tem alguma similaridade estrutural com a Mata-Ciliar de Ribeiro & Walter e também com
a Mata de Galeria inundável, embora suas espécies, as vezes, sejam bastante
diferenciadas.
Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas
Formação florestal cuja ocorrência situa-se intermediariamente entre a das planícies
holocênicas e a das florestas dos terrenos mais altos, sem nenhuma incidência de
inundação. No Brasil posicionam-se geralmente em terrenos pleistocênicos e/ou plio-
pleistocênicos com cotas altimétricas inferiores a 100 metros, mas que, na área,
excepcionalmente podem chegar a cerca de 250 metros. Para esse mapeamento, incluiu-
se com de Terras Baixas toda a formação florestal da região de Novo Mundo e São Miguel
do Araguaia, dentro da depressão cenozóica do Araguaia, cuja composição florística é
bastante diversa e onde a presença de elementos ou espécies amazônicas são importantes
fisionomicamente. É a floresta onde ocorre a palmeira bacaba (Oenocarpus distichus).
Tem correspondência com a Mata Seca de Ribeiro & Walter, e maior similaridade com o
subtipo Mata Seca Sempre-Verde.
Floresta Estacional Semidecidual Submontana
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
31
Em todo o Brasil, esta formação ocorre freqüentemente nas encostas interioranas das
serras da Mantiqueira e dos Órgãos e nos planaltos centrais capeados pelos arenitos
Botucatu, Bauru e Caiuá dos períodos geológicos Jurássico e Cretáceo.
Distribui-se desde o Espírito Santo e sul da Bahia até o Rio de Janeiro, Minas Gerais, São
Paulo, norte e sudoeste do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul, adentrando pelo sul de
Goiás através do rio Paranaíba. Na forma disjunta pode ocorrer ainda, entremeada à
formações savanícolas especialmente no Centro-Oeste como em Goiás, onde se diferencia
por ocupar, quase sempre, os terrenos aplanados, com solos mesotróficos, profundos, tipo
Latossolos.
Nas encostas interioranas das serras marítimas os gêneros dominantes, com indivíduos
deciduais, são os mesmos que ocorrem na Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica),
como: Cedrela, Parapiptadenia e Cariniana, sendo que nos planaltos areníticos os ecótipos
deciduais que caracterizam esta formação pertencem aos gêneros amazônicos Hymenaea
(jatobá), Copaífera (óleo-vermelho), Peltophorum (canafístula), Astronium, Tabebuia,
Balfourodendron e muitos outros.
Tem correspondência com o subtipo de formação florestal Mata Seca Semidecídua, de
Ribeiro & Walter.
Floresta Estacional Semidecidual Montana
Em todo o Brasil, são poucas as áreas ocupadas por esta formação, separadas pelo critério
de altitude. Situam-se principalmente na face interiorana da serra dos Órgãos, no Estado
do Rio de Janeiro e na serra da Mantiqueira, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais (Itatiaia), do Espírito Santo, (Caparaó). Outras áreas ainda menores como na
região sudeste de Goiás, são as dos pontos culminantes dos planaltos areníticos.
A formação montana é quase sempre dominada pelo gênero Anadenanthera que às vezes
constitui consorciações da “ochlospécie” Anadenanthera peregrina, de origem amazônica,
localizada principalmente nos “sills” basálticos ainda conservados.
Igualmente é referida ou equiparada ao subtipo de formação florestal Mata Seca
Semidecídua, de Ribeiro & Walter, exaustivamente citado.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
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Região da Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia)
Tipo de vegetação com conceituação ecológica semelhante a da floresta semidecidual,
ocorrendo basicamente na forma de disjunções por todo o Brasil, caracterizadas por
apresentar o estrato dominante macro e mesofanerofítico predominantemente caducifólio,
com mais de 50% dos indivíduos despidos de folhagem no período desfavorável.
Estas disjunções florestais deciduais são, via de regra, dominadas tanto nas áreas tropicais
como nas subtropicais pelos mesmos gêneros de origem afro-amazônica, tais como:
Peltophorum, Anadenanthera, Apuleia, embora suas espécies sejam diferentes, o que
demarca um “domínio florístico” também diferente quanto à fitossociologia das duas
áreas. Além disso, este tipo de vegetação apresenta grandes áreas descontínuas
localizadas, do norte para o sul entre a Floresta Ombrófila Aberta e a Savana (Cerrado);
de leste para oeste entre a Savana Estépica (Caatinga do sertão árido) e a Floresta
Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia) e finalmente, no sul na área
subtropical, no vale do rio Uruguai, entre a Floresta Ombrófila Mista (Floresta-de-
Araucária) do Planalto Meridional e a Estepe (Campos Gaúchos).
Em Goiás, pelo critério altimétrico, ocorrem as formações Submontana e Montana.
Floresta Estacional Decidual Submontana
Nesta formação encontram-se dispersas as maiores disjunções deste tipo de vegetação
florestal decidual, que são observadas pelo Brasil. Em Goiás, especificamente, ocorre duas
dessas áreas disjuntas: O “mato grosso de Goiás” e as matas da região do Vale do Paranã.
A maior parte da floresta situada na região central do Estado de Goiás, cuja formação é
conhecida popularmente como “mato grosso de goiás” retrata uma fisionomia ecológica
com mais de 50% de seus ecótipos sem folhas na época desfavorável. Nela predominam
meso e microfanerófitos, resultante da mistura de ecótipos savanícolas de alto porte com
outros caducifólios florestais. A origem florística desta formação é predominantemente
afro-amazônica, destacando-se os gêneros Copaifera, Hymenaea, Tabebuia, Chorisia,
Pseudobombax, Miracruodron (Astronium), Anadenanthera e muitas outros de menor
expressão fisionômica. Esta tipologia tem correspondência principal com solos férteis ou
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
33
eutróficos, derivados de rochas metamórficas e intrusivas básicas e ou ultra básicas
granulitizadas, mas que, geralmente, são rasos ou pouco profundos. Tem que ser
salientado, entretanto, que parte do chamado “mato grosso de Goiás” apresenta uma
fisionomia bem menos caducifólia, quando isso ocorre, corresponde a solos mais
profundos e a áreas aplanadas, passando a ser designada com Floresta Estacional
Semidecidual.
A floresta da região do chamado “Vão do Paranã” que tem estreita ligação com os solos
eutróficos calcáreos, apresenta um dossel bem mais decidual. Distingue-se ainda pela
florística com a singular presença do gênero Cavanillesia, compondo juntamente com
indivíduos dos gêneros Tabebuia, Miracruodron, Caesalpinia, Schinopsis, Bursera,
Parapiptadenia, Cedrela, entre outros. Esta floresta apresenta-se, por vezes, com
característica de mistura entre as floras do Cerrado e da Caatinga nordestina.
Para Ribeiro & Walter essas florestas se enquadram na tipologia Mata Seca Decídua.
Floresta Estacional Decidual Montana
Essa formação com distribuição muito restrita no Estado de Goiás; tem composição
florística e características muito assemelhadas a da formação submontana. Em não se
observando diferenças significativas, desnecessário e fastigioso seria descreve-la.
Áreas das Formações Pioneiras
Ao longo do litoral, bem como nas planícies fluviais e mesmo ao redor das depressões
aluviais (pântanos, lagunas e lagoas), há freqüentemente terrenos instáveis cobertos por
uma vegetação, em constante sucessão, de terófitos, criptófitos (geófitos e/ou hidrófitos),
hemicriptófitos, caméfitos e nanofanerófitos. Trata-se de uma vegetação de primeira
ocupação de caráter edáfico, que ocupa terrenos rejuvenescidos pelas seguidas
deposições de areias marinhas nas praias e restingas, as aluviões fluviomarinhas nas
embocaduras dos rios e os solos ribeirinhos aluviais e lacustres. São essas as formações
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
34
que se consideram como pertencendo ao “complexo vegetacional edáfico de primeira
ocupação” (Formações Pioneiras). Tal designação prende-se assim a uma tentativa de
conceituar comunidades localizadas, sem ligá-las aprioristicamente às regiões ecológicas
clímaces, pois a vegetação que ocupa uma área com solo em constante rejuvenescimento
nem sempre indica estar a mesma no caminho da sucessão para o clímax da região
circundante. São exemplos as vegetações da orla marítima e dos pântanos, ambas
semelhantes entre si, em qualquer latitude ou longitude do País, sempre com plantas
adaptadas aos parâmetros ecológicos do ambiente pioneiro. Isto talvez sugira a causa de
estarem estas comunidades ligadas a famílias e gêneros do universo tropical psamófilo e
hidrófilo, seja através da dispersão de seus ecótipos, ou seja através da adaptação ao
ambiente especializado tropical, cujos fatores limitantes em geral determinaram ecótipos
de distribuição universal, como é o caso dos gêneros: Remirea, das praias, Salicornia, das
áreas psamófilas, Rhizophora e Avicenia, dos manguezais, e Typha, das áreas pantanosas.
Vegetação Pioneira com influência fluvial (comunidades aluviais)
Trata-se de comunidades vegetais das planícies aluviais que refletem os efeitos das cheias
dos rios nas épocas chuvosas, ou, então, das depressões alagáveis todos os anos. Nestes
terrenos aluviais, conforme a quantidade de água empoçada e ainda o tempo que ela
permanece na área, as comunidades vegetais vão desde a pantanosa criptofítica
(hidrófitos) até os terraços alagáveis temporariamente de terófitos, geófitos e caméfitos,
onde, em muitas áreas, as Palmae dos gêneros Euterpe e Mauritia se agregam,
constituindo o açaizal e o buritizal do norte do País.
Nos pântanos, o gênero cosmopolita Typha fica confinado a um ambiente especializado,
diferente dos gêneros Cyperus e Juncus, que são exclusivos das áreas pantanosas dos
trópicos. Estes três gêneros dominam nas depressões brejosas em todo o País.
Nas planícies alagáveis mais bem drenadas ocorrem comunidades campestres e os
gêneros Panicum e Paspalum dominam em meio ao caméfito do gênero Thalia. Nos
terraços mais enxutos dominam nanofanerófitos dos gêneros Acacia e Mimosa,
juntamente com várias famílias pioneiras, como: Solanaceae, Compositae, Myrtaceae e
outras de menor importância sociológica.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
35
No Estado de Goiás, as Veredas podem ser consideradas como um tipo de Formação
Pioneira. Outras áreas assinaladas estão na região da depressão do Araguaia, onde
ocorrem com as fisionomias ora herbácea, ora arbustiva.
4. SÍNTESE GERAL DOS RESULTADOS
Para uma área total de 346.038,627 km ou 34.603.862,7 ha (Distrito Federal incluído), o
estudo apontou um total de 12.281.026,9 ha de remanescentes contra 22.322.835,7 ha de
antropismos, ou seja, 35,49 % é o que ainda resta de vegetação nesta área.
Esse resultado, entretanto, deve ser visto com alguma cautela, pois no caso de matas, o
estudo não separou as áreas de capoeiras em estágios avançados, sendo nestes casos
consideradas ou computadas como de remanescentes. Da mesma forma, áreas de
cerrado, em uso de pastoreio extensivo e onde o corte seletivo e queimadas são
consideradas normais, também foram computadas como de remanescentes.
Para efeito de cálculo de áreas e percentagens fez-se uma simplificação, agrupando-se as
classes da seguinte maneira:
Agrupamento das classes de Remanescentes
Região da Savana (Cerrado)
1- Savana Florestada (Cerradão) – 768.037,8 ha
(s1, s12, s124, s13, s17, sd11, sd12, sf11, sf12, sf13, sf14, sf15)
2- Savana Arborizada (Cerrado Típico, Cerrado Denso) – 6.973.399,0 ha
(s2, s21, s214, s24, s241, s248, s26, s27, s3, s31, s314, s32, s34, s341, s35, s36, s37,
sd2, sd21, sd22, sd23, sd31, sf2, sf21, sf23, sf24, sf25, sp21)
3- Savana Parque (Cerrado Ralo, Cerrado Rupestre, Campo Sujo Seco (às vezes), Campo
Rupestre (às vezes)) – 3.067.360,9 ha
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
36
(s4, s41, s42, s428, s43, s431, s48, s483, s5, s51, s52, s53, s538, s58, s581, sd41, sd42,
sd43)
4- Savana Parque (Parque de Cerrado, Vereda (às vezes), Campo Sujo Úmido (às vezes),
Campo Sujo com Murunduns(às vezes)) – 545.312,8 ha
(s62, s69, s7, s71, s72, s73, s79, sf61, sf73, sp71)
5- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Seco, Campo Sujo Seco (às vezes), Campo
Rupestre(às vezes)) – 201.231,6 ha
(s81, s85)
6- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Úmido, Campo Limpo com Murundus,
Vereda (às vezes), Campo Sujo Úmido (às vezes)) – 34.936,9 ha
(s9, s97)
Região da Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia)
7- Floresta Estacional Semidecidual Aluvial – 347.838,1 ha
(f1, f12, f16, fp11, fp12, fs11, fs12, fs13, fs16)
8- Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas – 129.863,6 ha
(f2, f21, fp22, fs21, fs22, fs24)
9- Floresta Estacional Semidecidual Submontana – 41.842,3 ha
(f3, f31, f4, fs31, fs33, fs41)
10- Floresta Estacional Semidecidual Montana – 30.156,9 ha
(f5, fs51, fs52)
Região da Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia)
11- Floresta Estacional Decidual Submontana – 130.359,9 ha
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
37
(d1, d2, d22, ds11, ds21, ds22)
12- Floresta Estacional Decidual Montana – 5.231,6 ha
(ds34)
Formações Pioneiras
13- Formações Pioneiras Fluviais e ou Lacustres (Campo Sujo Úmido (às vezes), Campo
Sujo com Murundus (às vezes), Vereda (às vezes)) – 5.455,4 ha
(p12, p21)
Agrupamento das classes de usos
1- Água – 279.171,2 ha
2- Área urbana e núcleo rural – 253.854,0 ha
3- Culturas (cultura anual, cultura em pivô central, cultura permanente) – 6.226.092,8
ha
4- Pastagens – 15.474.340,9 ha
5- Reflorestamento – 54.840,7 ha
6- Outros (nuvens, queimadas...) – 34.536,0 ha
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
38
Percentagem Remanescentes
6,3%
56,8%
25,0%
4,4%
1,6%
0,3%
2,8%
1,1%
0,3%
1,1%
0,0%0,0%
0,2%
Savana Florestada (Cerradão)
Savana Arborizada (Cerrado Típico, Cerrado Denso)
Savana Parque (Cerrado Ralo, Cerrado Rupestre...)
Savana Parque (Parque de Cerrado, Vereda (àsvezes)...)Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Seco...)
Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Úmido...)
Floresta Estacional Semidecidual Aluvial
Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas
Floresta Estacional Semidecidual Submontana
Floresta Estacional Semidecidual Montana
Floresta Estacional Decidual Submontana
Floresta Estacional Decidual Montana
Formações Pioneiras Fluviais e ou Lacustres (CampoSujo Úmido (às vezes)...)
Percentagem Usos
1,3%1,1%
27,9%
69,3%
0,2%
0,2%
Água
Área urbana e núcleo rural
Culturas (cultura anual, cultura em pivô central, culturapermanente) Pastagens
Reflorestamento
Outros (nuvens, queimadas...)
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
39
5. SÍNTESE POR FOLHA 1:250 000
O Estado de Goiás com o Distrito Federal incluído perfaz ou é constituído por 34 folhas do
encarte 1:250 000, conforme figura anexa.
MIR FOLHA NOMECARTA
343 SD-22-X-A ARAGUAÃU
344 SD-22-X-B ALVORADA
345 SD-23-V-A ARRAIAS
346 SD-23-V-B BARREIRAS
360 SD-22-X-C SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA
361 SD-22-X-D PORANGATU
362 SD-23-V-C CAMPOS BELOS
363 SD-23-V-D SÃO DOMINGOS
375 SD-22-Y-B NOVA XAVANTINA
376 SD-22-Z-A ITAPACI
377 SD-22-Z-B URUAÃU
378 SD-23-Y-A IACIARA
379 SD-23-Y-B POSSE
391 SD-22-Y-D BARRA DO GARÃAS
392 SD-22-Z-C GOIÁS
393 SD-22-Z-D GOIANÉSIA
394 SD-23-Y-C BRASILIA
406 SE-22-V-A GUIRATINGA
407 SE-22-V-B IPORÁ
408 SE-22-X-A SÃO LUIS DE MONTES BELOS
409 SE-22-X-B GOIÂNIA
410 SE-23-V-A UNAI
420 SE-22-V-C MINEIROS
421 SE-22-V-D JATAI
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
40
422 SE-22-X-C RIO VERDE
423 SE-22-X-D MORRINHOS
424 SE-23-V-C PARACATU
433 SE-22-Y-A PARQUE NACIONAL DAS EMAS
434 SE-22-Y-B CACU
435 SE-22-Z-A QUIRINËPOLIS
436 SE-22-Z-B UBERLÂNDIA
437 SE-23-Y-A PATOS DE MINAS
447 SE-22-Y-D PARANAIBA
448 SE-22-Z-C ITURAMA
FOLHA SD22.XA – Araguaçu (MIR 343)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 12°S a 13°S e
pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG é apenas parcialmente ocupada por parte das
terras dos municípios de São Miguel do Araguaia e Novo Planalto, com uma área de
1.591,23 km² ou 159.123 ha.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção goiana da folha está toda ela inserida no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos
em Estruturas Sedimentares Concordantes e na Região Geomorfológica da Superfícies
Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Planície do Bananal e parte na
Unidade Superfície do Araguaia. Na Unidade da Planície do Bananal, com litologias
quaternárias ocorre mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional
Semidecidual Aluvial, nos aluviões e de Savana Parque, nos Plintossolos da Formação
Araguaia. Na Unidade Superfície do Araguaia, com equivalência a rochas do
Mesoproterozóico e Latossolos ocorrem os principais usos agropecuários, intercalados com
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
41
remanescentes de Savana Arborizada, principalmente, seguida de Savana Florestada e
também Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Culturas
Pastagem
Outros
SAVANA PARQUE
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA ARBORIZADA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS
s62, s69, s7,
s72
f16, fs16
s97
s1, s13, sf12
s2, s21, s3,
s31
fs21
950,1534
58,0275
57222,29
24,30002
48912,26
34201,24
10122,12
3767,57
3665,659
725,853
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
42
Percentagem
35,8%
21,4%
6,3%
2,4%
2,3%
0,6%
0,5%
0,0%
0,0%
30,6%
Pastagem
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/VEREDAS/CAMPO SUJO UMIDO)SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS
Culturas
Outros:Queimada, Mineiração, Solo Exposto, (NãoAgricultura)
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
A folha não foi contemplada com visita de campo.
SD22.XB – Alvorada (MIR 344)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na extremidade norte do estado é limitada pelos paralelos 12°S a 13°S e
pelos meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, é apenas parcialmente ocupada por parte das
terras dos municípios de Porangatu e Montividiu do Norte, em uma área de 819,1 km² ou
81.910,1ha.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Embora pequena,a porção goiana da folha está inserida em dois Domínios
Morfoestruturais: dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes e dos Planaltos
em Estruturas Dobradas. O primeiro configurado na Região Geomorfológica das
Superfícies Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Superfície do Araguaia e
parte na Unidade Superfície do Tocantins. O segundo domínio é parte da Região do
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
43
Planalto Central Goiano, subdivido nas unidades Complexo Serrano Barro Alto Serra
Dourada e Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná. Obviamente, as superfícies
aplanadas são as que se apresentam com maior uso. Os remanescentes são basicamente
de Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana Arborizada sem
floresta-de-galeria, nas morrarias. Em área de planície com Aluvião Quaternário sobre
Gleissolos, também ocorre Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, alternada com Savana
Florestada.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Culturas
Outros
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
fs11
s241, s3, s31, s34
311,625
0,7425
0,135004
35726,77
2078,52
44597,95
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
44
Percentagem
53,9%
43,2%
2,5%
0,4% 0,0%
0,0%
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Água
Culturas
Outros:Queimada, Mineiração, Solo Exposto, (NãoAgricultura)
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
A folha não foi contemplada com visita de campo.
SD23.VA – Arraias (MIR 345)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na extremidade norte do estado e limitada pelos paralelos 12°S a 13°S e
pelos meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, é apenas parcialmente ocupada por parte das
terras do município de Campos Belos, em uma área de 131,25km² ou 13.125ha.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Embora restrita, a porção goiana da folha está inserida em dois Domínios
Morfoestruturais: dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes e dos Planaltos
em Estruturas Dobradas. O primeiro configurado na Região Geomorfológica das
Superfícies Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Superfície do Tocantins e
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
45
parte na Superfície do Vão do Paranã. O segundo domínio pertence a Região do Planalto
Central Goiano, definido na unidade Complexo Montanhoso Veadeiros Araí. A presença de
solos eutróficos (Argilossolos e Cambissolos), derivados basicamente do calcáreo presente
no Grupo Bambui, propiciou a instalação de floresta, sendo ainda hoje observado alguns
pequenos remanescentes, seja de Floresta Estacional Semidecidual, seja de Floresta
Estacional Decidual, ambas submontanas e estas últimas nos terrenos mais rasos.
Obviamente, as superfícies aplanadas são as que se apresentam com maior uso. Os
remanescentes de Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana
Arborizada sem floresta-de-galeria, nas morrarias, correspondem aos solos distróficos e ou
álicos.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
d22
f4
s241, s3, sf24
30,02566
654,638
9453,897
751,287
319,297
1952,69
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
46
Percentagem
71,8%
14,8%
5,7%
5,0%
2,4%
0,2%
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
Culturas
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANAÁgua
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SD23.VB – Taguatinga (MIR 346)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na extremidade nordeste do estado e limitada pelos paralelos 12°S a
13°S e pelos meridianos 45°00’ WG a 46°30’WG, é apenas parcialmente ocupada por
parte das terras do município de Campos Belos, em uma área de 271,12 km² ou 27.112
ha.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção goiana da folha está inserida no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, subdividido ou configurada na Região
Geomorfológica das Superfícies Aplanadas e na Região do Divisor São Francisco Tocantins,
da primeira, sendo partes das Unidades Geomorfológicas Superfície do Tocantins e
Superfície do Vão do Paranã. Da segunda região a Unidade Chapadão Central e
Patamares. A presença de solos eutróficos( Argilossolos e Cambissolos), derivados
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
47
basicamente do calcáreo presente no Grupo Bambui, propiciou a instalação de floresta,
sendo ainda hoje observado alguns pequenos remanescentes, seja de Floresta Estacional
Semidecidual, seja de Floresta Estacional Decidual, ambas submontanas e estas últimas
nos terrenos mais rasos. Obviamente, as superfícies aplanadas são as que se apresentam
com maior uso. Os remanescentes de Savana Arborizada sem floresta-de-galeria, nas
morrarias e encostas, correspondem aos solos distróficos e ou álicos.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
d22
s2, s241, s27, sf24
14,31
5189,294
6,017604
22032,02
Percentagem
80,9%
19,0%
0,1%
0,0%
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Pastagem
Culturas
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
48
SD22.XC – São Miguel do Araguaia (MIR 360)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 13°S a 14°S e
pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 14.185,88 km² ou 1.418.588,3 ha.
De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios:
Amaralina, Bonópolis, Mara Rosa, Mundo Novo, Mutunópolis, Nova Crixás, Novo Planalto,
Porangatu, São Miguel do Araguaia, Santa Terezinha de Goiás e Uirapuru.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica da
Superfícies Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Planície do Bananal, parte
na Unidade Superfície do Araguaia e pequena parte na Superfície do Tocantins. Na
Unidade da Planície do Bananal, com litologias quaternárias, em modelados de
Acumulação Terraço Fluvial, ocorre mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta
Estacional Semidecidual Aluvial, nos aluviões e predomínio de Savana Parque, nos
Plintossolos da Formação Araguaia. Na Unidade Superfície do Araguaia, com equivalência
a rochas do Mesoproterozóico e Latossolos ocorrem os principais usos agropecuários,
intercalados com remanescentes de Savana Arborizada, principalmente, seguida de
Savana Florestada e também Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas. No
Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destaca-se uma porção no leste da folha e
pertencente a Região do Planalto Central Goiano, o modelado de Dissecação Estrutural da
Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná, ainda bastante
conservado, ostentando um mosaico vegetacional, com predomínio de Savana Arborizada.
Nesta região, a presença da palmeira bacaba ou norte-sul (Oenocarpus distichus), em
meio as pastagens, constitui um importante indicador ecológico, denunciando limites da
antiga ocupação da Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
49
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS
FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OU LACUSTRES
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
f12, f16, fp12, fs11, fs16
f2, f21, fs21, fs24
p12
s2, s21, s3, s31, s34, sd21
s1, s12, s124, s13, sf12
s7, s72, s73
4270,962
809,5284
10053,72
841504,7
8,235008
111104
67120,17
4184,307
269795
40920,23
68989,8
Percentagem
59,3%19,0%
7,8%
4,9%
4,7%
2,9%
0,7%
0,3%
0,3%
0,1%
0,0%
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Culturas
Água
FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OULACUSTRES (CAMPO SUJO UMIDO/CAMPO SUJOCOM MURUNDUNS/VEREDAÁrea Urbana e Núcleo Rural
Outros:Queimada, Mineiração, Solo Exposto, (NãoAgricultura)
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
50
SD22.XD – Porangatu (MIR 361)
SITUAÇÃO:
A folha localizada no norte do estado e limitada pelos paralelos 13°S a 14°S e pelos
meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem boa parte de suas terras ocupada por municípios
goianos, perfazendo uma extensão de 15.810,84 km² ou 1.581.084,7 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Amaralina,
Campinaçu,Campinorte, Cavalcante, Colinas do Sul, Estrela do Norte, Formoso, Mara Rosa,
Minaçu, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Niqulândia, Novo Planalto, Porangatu, Santa
Terezinha de Goiás, Trombas e Uruaçu.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas destaca a Região do
Planalto Central Goiano e sua unidades: Complexo Montanhoso Veadeiros Arai, Complexo
Serrano Barro Alto Serra Dourada, Chapada do Rio Maranhão e Planalto do Divisor
Araguaia Tocantins Paraná. São áreas ainda bastante conservadas, dadas as condições
adversas de aptidão agrícola. O contrário é observado no Domínio dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, onde as superfícies aplanadas, representadas nas
unidades: Superfície do Araguaia, Superfície do Tocantins e Superfície Intermontana
Uruaçu Ceres estão bastante antropizadas e em crescente utilização para lavouras, sendo
hoje, uma das atuais fronteiras da soja, em Goiás. Os remanescentes são basicamente de
Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana Arborizada sem
floresta-de-galeria, nas morrarias, obviamente em mosaicos com Savana Parque, Savana
Florestada e Savana Gramíneo-Lenhosa, ou em contato com Floresta Estacional Decidual
Submontana, não separados devido a escala. Em área de planície com Aluvião Quaternário
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
51
sobre Gleissolos, também ocorre Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, alternada com
Savana Florestada.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
fs11
s21, s214, s24, s241, s248,
s3, s31, s34, s35, sd21
s1, sd11, sf11
s42, s48, s53
20023,29
480,5922
0,383182
782313,7
366,727
1107,89
625913,7
14267,9
138363
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
52
Percentagem
49,4%
39,5%
8,7%
1,3%
0,9%
0,1%
0,0%
0,0%
0,0%
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Água
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Área Urbana e Núcleo Rural
Outros
Culturas
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SD23.VC – Campos Belos (MIR 362)
SITUAÇÃO:
A folha localizada no nordeste do estado e limitada pelos paralelos 13°S a 14°S e pelos
meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem boa parte de suas terras ocupada por municípios
goianos, perfazendo uma extensão de 14.817,83 km² ou 1.481.783 ha. De forma integral
ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Alto Paraíso de Goiás,
Campos Belos, Cavalcante, Colinas do Sul, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara,
Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, São Domingos e Teresina de Goiás.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas destaca a Região do
Planalto Central Goiano e sua unidade Complexo Montanhoso Veadeiros Arai e a Região
do Divisor São Francisco Tocantins com a unidade Chapadão Central e Patamares. São
áreas ainda bastante conservadas, dadas as condições adversas de aptidão agrícola,
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
53
representados em solos tipo Neossolos Litólicos e ou Cambissolos cascalhentos e ou
rochosos, além de Afloramentos. Os remanescentes são basicamente de feições savânicas
bem abertas, representadas em mosaicos, geralmente com predomínio de Savana Parque
com ou sem floresta-de-galeria. Nesta folha e nas folhas adjacentes estão os maiores
remanescentes contínuos dessas tipologias, popularmente identificadas como Campos e
Cerrados Rupestres. O Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes é
bem mais restrito, estando representado pelas superfícies aplanadas das unidades:
Superfície do Tocantins, Superfície do Vão do Paranã e Superfície Intermontana Uruaçu
Ceres, estas obviamente bem mais antropizadas. No Vão do Paranã, especialmente, e em
morrarias adjacentes, coincidindo com solos eutróficos, ocorrem áreas florestais, hoje
bastante reduzidas, representadas em tipologias de Floresta Estacional Semidecidual
Submontana e Floresta Estacional Decidual Submontana e Montana. Em área de planície
com Aluvião Quaternário sobre Gleissolos, também ocorre Floresta Estacional
Semidecidual Aluvial, alternada com Savana Florestada.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outras
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
d2
fs11
s2, s214, s24, s241, s3, s31,
s34, sd22, sd23, sf24
s12, sf11
s4, s428, s48, s53, s538
1431,213
878,85
25730,11
199778,9
461,9436
3602,452
2383,24
594854,2
12600,4
641368
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
54
Percentagem
43,2%
40,1%
13,5%
1,7%
0,8%
0,2%
0,2%
0,1%
0,1%
0,0%
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Pastagem
Culturas
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Outras
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto1 – Panorâmica da serra com vista para a depressão onde está a cidade de
Cavalcante. Em primeiro plano o Cerradão com babaçus, logo na fralda da serra.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
55
Foto 2 – Fisionomia de Savana Parque (Campo sujo rupestre), aqui destacando uma
espécie de gramínea, que nos pareceu endêmica. Conhecida na região como “taquari ou
taquaril”, reveste as morrarias desta área de forma gregária ou muito abundantemente.
Segundo morador local, é forrageira, tendo também potencial para artesanato.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
56
Foto 3 – Associação Savana Gramíneo-Lenhosa + Savana Parque, com floresta-de-galeria.
Foto 4 – Savana Parque (Campo Sujo Rupestre – Campo de Velozias). Proximidades do
povoado de São Domingos (Araí).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
57
SD23.VD – São Domingos (MIR 363)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na extremidade nordeste do estado e limitada pelos paralelos 13°S a
14°S e pelos meridianos 45°00’ WG a 46°30’WG, tem pequena parcela de suas terras
ocupada por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 3.078,92 km² ou 307.892
ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios:
Campos Belos, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara, Monte Alegre de Goiás e
São Domingos.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A folha, basicamente, é do Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares
Concordantes, representada pela Região do Divisor São Francisco Tocantins com a
unidade Chapadão Central e Patamares. Nela se destacam os arenitos e coberturas
areníticas do Grupo Urucuia, do Cretáceo e Terciário Quaternário, respectivamente. Com
aptidão restrita, essas áreas se encontram ainda relativamente conservadas, com
fisionomias de Savana Arborizada, principalmente, apesar de, nas áreas aplanadas,
observar-se uma preocupante degradação. Ainda deste domínio e na Região das
Superfícies Aplanadas, pequenas porções estão distribuídas pelas unidades Superfície do
Vão do Paranã e Superfície do Tocantins. Na primeira destaca-se a ocorrência de
remanescentes de Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Uma parcela pequena da
área pertence a Região do Planalto Central Goiano com a unidade Complexo Montanhoso
Veadeiros Arai. Nesta folha encontram-se interessantes remanescentes da tipologia de
Savana Parque e ou Savana Gramíneo-Lenhosa de áreas úmidas, as vezes constituindo
formosas “veredas”.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
58
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outras
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA PARQUE
ds22
s2, s241, s26, s27, s35, sd22, sf24
s7
28,23751
149,3775
5962,344
45321,74
1464,348
43529,56
205251,8
6834,353
Percentagem
66,5%
14,7%
14,1%
2,2%
1,9%
0,5%0,0%
0,0%SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Culturas
Outras
Área Urbana e Núcleo Rural
Água
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
59
Foto 5 – Bem ao fundo, a borda da Serra Geral com cicatrizes de escorregamento de
massa (instabilidade natural).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
60
Foto 6 – Entrada da gruta da Lapa, Parque Estadual de Terra Ronca.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
61
Fotos 7 e 8 – Vegetação típica da região do Parque Estadual da Terra Ronca. Fisionomia
de Cerradão, porém, com espécies da Floresta Estacional Decidual, algumas também
comuns na Caatinga. Espécies identificadas: aroeira, axixá, cedro, pau-jacaré, amburana-
de-cambão, gonçalo-alves, angico, macaúba, barú, cagaita, pau-d’óleo, imbiruçu, pau-
ferro e cactáceas.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
62
.
Foto 9 – Floresta Estacional Decidual sobre afloramentos calcáreos.
SD22.YB – Nova Xavantina (MIR 375)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e
pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, apresenta parcela muito restrita de suas terras
ocupada por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 336,75 km² ou 33.675 ha.
De forma parcial é composto pelos municípios de Aruanã e Britânia.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica da
Superfícies Aplanadas e a Unidade Superfície do Araguaia. Tem litologias basicamente de
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
63
coberturas quaternárias, sendo que na planície de acumulação, com Gleissolos, ocorre
mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial. Nos
pediplanos com Plintossolos, Latossolos e ou Neossolos Háplicos ocorre ou ocorria
predominantemente Savana Parque, Savana Gramíneo-Lenhosa e Savana Arborizada, as
vezes também, Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA PARQUE
fs16
fs21
s2, s37
s69, s7
283,1419
486,248
2501,281
10881
11301,05
891,4158
2765,135
4615,988
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
64
Percentagem
33,5%
32,3%
13,7%
8,2%
7,4%
2,6%
1,4%
0,8%
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Pastagem
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Culturas
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS
Área Urbana e Núcleo Rural
Água
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SD22.ZA – Itapaci (MIR 376)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e
pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.466,1 km² ou 1.746.610 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Alto
Horizonte, Araguapaz, Aruanã, Campos Verdes, Crixás, Guarinos, Hidrolina, Itapaci, Mara
Rosa, Mozarlândia, Mundo Novo, Nova América, Nova Crixás, Nova Glória, Pilar de Goiás,
Santa Terezinha de Goiás e Uirapuru.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica da
Superfícies Aplanadas, basicamente na Unidade Geomorfológica Superfície do Araguaia e
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
65
pequena parte na Superfície Intermontana Uruaçu Ceres. Nessa unidade geomorfológica,
nas planícies de acumulação fluvial com Gleissolos, principalmente, ocorrem mosaicos
vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com
Savana Parque, as vezes com Formações Pioneiras. Nos pediplanos, de cobertura
terciário-quaternários, com Latossolos e Plintossolos, principalmente, ocorrem desde
Savana Parque, Savana Arborizada e Savana Florestada a Floresta Estacional Semidecidual
das Terras Baixas, esta última caracterizada pela presença da palmeira bacaba ou norte-
sul (Oenocarpus distichus). Nesta mesma unidade, porém, sobre influência dos granitos-
gnaisses Arqueanos e Cambissolos a vegetação torna-se bastante diferenciada e mais
aberta, embora sua tipologia dominante seja a de Savana Arborizada.
O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destaca uma porção, no sudeste da
folha, como pertencente a Região do Planalto Central Goiano, em modelados de
Dissecação Estrutural da Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia
Tocantins Paraná. Ainda bastante conservado, ostenta um mosaico vegetacional, com
predomínio de Savana Arborizada, mas com presença eventual de Floresta Estacional
Decidual Submontana. Nessa situação os solos são geralmente rasos das tipologias
Neossolos Litólicos e ou Cambissolos.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS
FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OU LACUSTRES
SAVANA ARBORIZADA
d1
fp12, fs11, fs12, fs16
f2, fp22, fs21, fs22, fs24
p21
s2, s21, s214, s24, s3,
8371,566
1840,837
34386,6
1139425
0,382492
62910,89
37495,55
1029,6
410041,5
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
66
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
s31, s34, s36, sd21
s1, s13, sd11, sf12, sf13
s69, s7
s9
s42
26443,59
20797,06
1073,881
2861,24
Percentagem
65,2%
23,5%
3,6%2,1%
2,0%1,5%1,2%0,5%0,2%0,1%
0,1%
0,1%
0,0%
Past agem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRASBAIXAS
Cult uras
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
Água
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
Área Urbana e Núcleo Rural
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SD22.ZB – Uruaçu (MIR 377)
SITUAÇÃO:
A folha localizada no centro norte do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e pelos
meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, está integralmente contida ou ocupada por terras
goianas, perfazendo uma extensão de 17.890,26 km² ou 1.789.026 ha. De forma integral
ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Água Fria de Goiás, Alto
Horizonte, Amaralina, Barro Alto, Campinaçu, Campinorte, Colinas do Sul, Goianésia,
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
67
Hidrolina, Itapaci, Mara Rosa, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Nova Glória, Nova Iguaçu de
Goiás, Pilar de Goiás, São Luiz do Norte, Santa Isabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa
Terezinha de Goiás, Uruaçu e Vila Propício.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas e o dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares concordantes apresentam distribuição mais ou menos
equivalentes. O primeiro domínio, todo ele na Região do Planalto Central Goiano
apresenta-se com as unidades: Complexo Montanhoso Veadeiros Arai, Complexo Serrano
Barro Alto Serra Dourada, Chapada do Rio Maranhão, Planalto do Divisor Araguaia
Tocantins Paraná e muito retritamente o Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. São áreas
ainda bastante conservadas, dadas as adversas de aptidão agrícola, devido
principalmente a seus solos rasos, tipo Cambissolos cascalhentos e Neossolos Litólicos. O
contrário é observado no Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares
Concordantes, onde as superfícies aplanadas, representadas nas unidades: Superfície do
Araguaia, Superfície do Tocantins e principalmente na Superfície Intermontana Uruaçu
Ceres estão bastante antropizadas e em crescente utilização para lavouras, sendo hoje,
uma das atuais fronteiras da soja, em Goiás. Os remanescentes são basicamente de
Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana Arborizada sem
floresta-de-galeria, nas morrarias, obviamente em mosaicos com Savana Parque, Savana
Florestada e Savana Gramíneo-Lenhosa, ou em contato com Floresta Estacional
Semidecidual e ou Decidual Submontana, não separados devido a escala. As áreas
florestais tem correspondência direta com solos eutróficos representados em Argilossolos
e ou Neossolos derivados de rochas básicas e/ou ultra básicas.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
68
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Reflorestamento
Outros
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
d1
f3
s2, s21, s214, s24,
s241, s248,
s3, s31, s34, s35, sd21
s12, sd11
s42, s48, s53, s58,
s581, sd43
63354,17
3100,299
180672,5
566139,8
15176,85
133,81
0,067502
435,308
704421,8
12157,1
243434,2
Percentagem
39,4%
31,6%
13,6%
10,1%
3,5%
0,8%
0,7%
0,2%0,0%
0,0%
0,0%
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Pastagem
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Culturas
Água
Reflorestamento
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Área Urbana e Núcleo Rural
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
Outros
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
69
SD23.YA – Iaciara (MIR 378)
SITUAÇÃO:
A folha localizada no nordeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e pelos
meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.768,07 km² ou 1.776.807 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Água Fria
de Goiás, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Cavalcante, Colinas do Sul, Flores de
Goiás, Formosa, Guarani de Goiás, Iaciara, Niquelândia, Nova Roma, Posse, São João
d’Aliança, Simolândia, Sítio d’Abadia e Vila Boa.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas destaca a Região do
Planalto Central Goiano e suas unidades Complexo Montanhoso Veadeiros Arai e Chapada
do Rio Maranhão, a oeste. São áreas ainda bastante conservadas, dadas as adversas de
aptidão agrícola, representados por clima bastante árido ou de longo período seco e em
solos tipo Neossolos Litólicos, Plintossolos Pétricos e ou Cambissolos cascalhentos e ou
rochosos, além de Afloramentos. Os remanescentes são basicamente de feições savânicas
bem abertas, representadas em mosaicos, geralmente com predomínio de Savana Parque
e Savana Gramíneo-Lenhosa com ou sem floresta-de-galeria. Nesta folha, encontra-se
uma das maiores áreas protegidas do Estado de Goiás, representada pelo Parque Nacional
da Chapada dos Veadeiros e que juntamente com a folha adjacente ao norte concentram
os maiores remanescentes contínuos dessas tipologias, popularmente identificadas como
Campos e Cerrados Rupestres, principalmente.
O Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes, com distribuição mais
ou menos eqüitativa, está representado pelas regiões: Superfícies Aplanadas, Planaltos e
Chapadas Goiás Minas e do Divisor São Francisco. Da Região das Superfícies Aplanadas
destaca-se a Superfície do Vão do Paranã a leste e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres
em pequena parcela a oeste. Da Região Chapadas Goiás Minas destaca-se a Superfície das
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
70
Chapadas de Paracatu e pequena parcela do Planalto do Divisor Rio Preto Paranã, também
a leste. Nessas áreas, especialmente nas de dissecação tabular e ou de dissolução
descoberta encontram-se os maiores antropismos. No Vão do Paranã, especialmente, e
em algumas morrarias adjacentes, coincidindo com solos eutróficos, ocorrem áreas
florestais, hoje bastante reduzidas, representadas em tipologias de Floresta Estacional
Semidecidual Submontana e Floresta Estacional Decidual Submontana e Montana. Ainda
no chamado Vão do Paranã, em áreas de planícies de acumulação fluvial com Aluvião
Quaternário, ocorre Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, alternada com Savana
Florestada e em Plintossolos Argilúvicos a Savana Parque de “murundus” ou “cerrado de
bola”.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
ds21
fs11
fs41
s21, s214, s24, s241,
s26, s3,
s31, s34, sd21, sd22,
4935,338
1129,589
105359,2
453156,9
264,91
2859,385
2356,544
14569,57
366,12
626213,8
31002,09
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
71
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
sf21, sf24
sd11, sd12, sf14
s62, s7
s42, s428, s52, s53,
s58, sd42, sd43
32673,15
501949,5
Percentagem
35,2%
28,2%
25,5%
5,9%1,8%1,7%0,8%0,3%0,2%0,1%
0,1%
0,0%
0,0%
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
Past agem
Cult uras
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Água
Ref lorest ament o
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
72
Foto 10 – Área de Plintossolo sendo preparada para agricultura irrigada.
SD23.YB – Posse (MIR 379)
SITUAÇÃO:
A folha localizada no nordeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e pelos
meridianos 45°00’ WG a 46°30’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 4.696,37 km² ou 469.637 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Alvorada do
Norte, Buritinópolis, Damianópolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Posse, Simolândia e
Sitio d’Abadia.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A folha encontra-se inteiramente inserida no Domínio dos Planaltos em Estruturas
Sedimentares Concordantes, estando representada pelas região do Divisor São Francisco
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
73
Tocantins, Planaltos e Chapadas Goiás Minas e Superfícies Aplanadas. Da Região do
Divisor São Francisco Tocantins com a unidade Chapadão Central e Patamares, subdividida
em pediplano retocado desnudado, acumulação coluvial, dissecação homogênea tabular e
pediplano degradado inumado. Da Região das Chapadas Goiás Minas com com a unidade
Superfície das Chapadas de Paracatu, subdividida em pediplano degradado inumado e
dissecação homogênea tabular. Da Região das Superfícies Aplanadas com a Superfície do
Vão do Paranã com tipo de modelado de dissolução descoberta.
Nela se destacam os arenitos e coberturas areníticas do Grupo Urucuia, do Cretáceo e
Terciário Quaternário, e a presença de calcáreo, argilitos e folhelhos do Grupo Bambui,
respectivamente. As porções arenosas, com aptidão restrita, se encontram ainda
relativamente conservadas, com mosaicos de fisionomias e predomínio de Savana
Arborizada, principalmente, apesar de, nas áreas aplanadas, observar-se uma preocupante
degradação. Nas porções calcáreas com maior fertilidade destaca-se a ocorrência de
remanescentes de Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Também nessa folha
podem ser encontrados interessantes remanescentes da tipologia de Savana Parque e ou
Savana Gramíneo-Lenhosa de áreas úmidas, as vezes constituindo formosas “veredas”.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
d2, ds21, ds22
s2, s24, s241, s3, s341,
s35, sd22, sf24
s9
s431, s483
479,7353
1044,766
2129,868
253196,8
13834,24
156882
1419,817
41137,72
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
74
Percentagem
53,9%
33,4%
8,8%
2,9%
0,5%
0,3%
0,2%
0,1%Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
Culturas
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/VEREDAS/CAMPO SUJO UMIDO)Área Urbana e Núcleo Rural
Água
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 11 – Área de Floresta Estacional Decidual, facies calcáreo, muito alterada,
destacando algumas barrigudas ou embarés (Cavanillesia arborea).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
75
Foto 12 – Desmatamento em áreas de Savana Arborizada (Cerrado Típico), na região do
Chapadão Central.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
76
Foto 13 – Área de antiga Floresta Estacional Decidual, facies calcáreo.
SD22.YD – Barra do Garça (MIR 391)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção oeste do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S e
pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem cerca da metade de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 9.182,76 km² ou 918.276 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Aragarças,
Aruanã, Bom Jardim de Goiás, Britânia, Fazenda Nova, Itapirapuã, Jussara, Matrinchã,
Montes Claros de Goiás e Santa Fé de Goiás.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com as regiões geomorfológica da
Superfícies Aplanadas e dos Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná. A primeira na
Superfície do Araguaia e a segunda na unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados. Com
distribuição maior, a Superfície do Araguaia apresenta-se com litologias quaternárias e
terciário-quaternárias subdividida em planícies de acumulação fluvial com Gleissolos,
principalmente, onde ocorrem mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta
Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com Savana Parque, as vezes com Formações
Pioneiras e pediplano retocado desnudado, com Latossolos e Neossolos Quartzarrênicos,
principalmente, onde ocorrem basicamente Savana Florestada e Floresta Estacional
Semidecidual das Terras Baixas. No Planalto dos Guimarães Alcantilados em áreas de
acumulação coluvial e de dissecação homogênea tabular predomina a vegetação de
Savana Arborizada com floresta-de-galeria.
O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destaca uma pequena porção, no
sudeste da folha, como pertencente a Região do Planalto Central Goiano, em modelados
de Dissecação Estrutural da Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia
Tocantins Paraná. Com conservação razoável, ostenta um mosaico vegetacional, com
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
77
predomínio de Savana Arborizada, mas com presença eventual de Floresta Estacional
Decidual Submontana. Nessa situação os solos são geralmente rasos das tipologias
Neossolos Litólicos e ou Argilossolos, apresentando como característica fundamental a
presença, as vezes maciça, da palmeira babaçu (Attalea speciosa).
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS
FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OU LACUSTRES
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
fp11, fp12, fs16
f2, fs21
p12
s2, s21, s3, s31,s34,
sd21, sf21, sp21
s1, s12, s13, sd11, sf11 sf12
s7, sf61, sp71
s42, s48, s51, s52, s58
8920,473
888,5761
48545,4
624932,8
73911,94
20284,42
241,493
35195,79
62820,02
23181,92
19494,98
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
78
Percentagem
68,0%
8,0%
6,8%
5,3%
3,8%
2,5%
2,2%
2,1%
1,0%
0,1%
0,0%
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Culturas
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Água
Área Urbana e Núcleo Rural
FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OULACUSTRES (CAMPO SUJO UMIDO/CAMPO SUJO
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SD22.ZC – Goiás (MIR 392)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção centro oeste do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S
e pelos meridianos 59°30’ WG a 51°00’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.808,86 km² ou 1.780.886 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Araguapaz,
Aruanã, Britânia, Carmo do Rio Verde, Ceres, Crixás, Faina, Fazenda Nova, Goiás,
Guaraíta, Heitoraí, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itapaci, Itapirapuã, Itapuranga, Jaraguá,
Jussara, Matrinchã, Morro Agudo de Goiás, Mozarlândia, Nova América, Nova Glória, Novo
Brasil, Rialma, Rianópolis, Rubiataba, São Patrício, Santa Fé de Goiás, Santa Isabel, Santa
Rosa de Goiás, Taquaral de Goiás e Uruana.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
79
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica das
Superfícies Aplanadas, sendo a Superfície do Araguaia a leste e a Superfície Intermontana
Uruaçu Ceres a oeste e separadas ao centro pelo Domínio dos Planaltos em Estruturas
Dobradas Com distribuição maior, a Superfície do Araguaia apresenta-se com litologias
Quaternárias, Terciário-Quaternárias e Arqueanas do Complexo Granito-Gnaissico,
distribuídas em planícies de acumulação fluvial com Gleissolos, onde ocorrem mosaicos
vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com
Savana Parque, as vezes com Formações Pioneiras e pediplano retocado desnudado, com
Latossolos no Terciário-Quaternário e Cambissolos no Arqueano, principalmente. Nesse
tipo de modelado (pediplano) ocorrem basicamente Savana Arborizada, Savana Florestada
e também Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas nos Latossolos, com
predomínio de Savana Parque e Savana Arborizada, nos Cambissolos.
Na Superfície Intermontana Uruaçu Ceres, em rochas das Seqüências Metavulcano
Sedimentares e também do Complexo Granito-Gnaissico, sobre Latossolos e Argilossolos
diversos ocorre Savana Arborizada, Savana Florestada e principalmente Floresta Estacional
Semidecidual Submontana. A floresta ocorre sempre em estreita correlação com a maior
fertilidade do solo, geralmente derivado de anfibolitos e ou de outras rochas básicas.
O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destacado ao centro da folha, pertence
a Região do Planalto Central Goiano, e distribu-se em modelados de dissecação estrutural
da Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná,
principalmente e também, mais a leste, pela unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba.
Com conservação razoável, ostenta um mosaico vegetacional de Savana e floresta, mas
com presença bastante marcante de Floresta Estacional Decidual Submontana,
especialmente nas áreas de litologias básicas e ultra básicas.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água 9426,905
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
80
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros:
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
d1, ds21
fs11, fs16
fs21
f3, fs31
s2, s21, s214,
s24, s241,
s3, s31, s34,
s35, sd21
s12, s13, sd11,
sf11, sf12, sf13
s7
s42, s58
4419,137
299033,7
942066,9
1150,246
5606,02
21543,29
3346,215
1805,01
390643,8
65207,98
16643,75
19993,99
Percentagem
52,9%
21,9%
16,8%
3,7%1,2%1,1%0,9%0,5%0,3%0,2%0,2%0,1% 0,1%
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Culturas
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Água
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
Área Urbana e Núcleo Rural
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
81
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 14 – Floresta Estacional Semidecidual.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
82
Foto 15 – Morrarias com muitos babaçus, ou seriam inajás ? . Vegetação de contato
Cerradão com Floresta Estacional Decidual e que na maioria das vezes é secundária.
Foto 16 – Áreas de pastagens em região de Floresta Estacional Decidual da antiga Colônia
Agrícola Uvá.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
83
Foto 17 – Vegetação de Cerrado Ralo (Savana Arborizada) típica das áreas quartzticas das
imediações de Goiás. À esquerda, pela ordem: Alejandro, Suzi, Denize, Greig e Luiz
Fernando.
SD22.ZD – Goianésia (MIR 393)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção central do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S e
pelos meridianos 58°00’ WG a 49°30’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por
municípios goianos e parte do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 17.808,86
km² ou 1.780.886 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos
seguintes municípios: Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Abadiânia, Alexânia,
Barro Alto, Brasília, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Goianésia, Itapaci, Jaraguá,
Jesúpolis, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Nova Glória, Padre Bernardo, Petrolina de Goiás,
Pirenópolis Planaltina, Rialma, Rianópolis, São Francisco de Goiás, São Luiz do Norte,
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
84
Santa Isabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santo Antônio do
Descoberto e Vila Propício.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,
destacado na Região do Planalto Central Goiano. Juntamente com a Região dos Planaltos
e Chapadas Goiás Minas é distribuída em modelados de dissecação estrutural e também
em modelados de dissecação homogênea tabular. O Planalto Central Goiano destaca as
unidades geomorfológicas: Planalto do Alto Tocantins Paranaíba, Complexo Serrano Barro
Alto Serra Dourada e Chapada do Rio Paranã, conquanto na Região das Chapadas Goiás
Minas destaca-se a unidade Planalto do Distrito Federal. Todas elas apresentam
conservação razoável, especialmente nos modelados de dissecação estrutural, onde
ocorrem mosaicos vegetacionais de Savana e floresta, mas com presença bastante
marcante de Floresta Estacional Decidual Submontana e ou Montana, especialmente nas
áreas de litologias básicas e ultra básicas e/ou as vezes, em situação especial de relevo,
como nas encostas inferiores e vãos de serras, onde tem mais umidade. Em geral, nos
topos predomina a Savana com suas diversas tipologias, indo de Campo Limpo Seco a
Cerrado Denso, as vezes rupestres, nos locais onde predominam afloramentos.
No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes, além
da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, destaca-se a Região Geomorfológica
das Superfícies Aplanadas, representada na unidade Superfície Intermontana Uruaçu
Ceres. Nessa unidade, em rochas das Seqüências Metavulcano Sedimentares, do
Complexo Barro Alto e em Coberturas Terciario-Quaternárias, sobre Latossolos e
Argilossolos diversos ocorre Savana Arborizada, Savana Florestada e principalmente
Floresta Estacional Semidecidual Submontana. A floresta ocorre sempre em estreita
correlação com a maior fertilidade do solo, geralmente derivado de anfibolitos e ou de
outras rochas básicas. Obviamente, nessas superfícies ocorre um maior uso do solo, com
pastagens e também agricultura.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
85
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
d1, ds11
fs11
f3
s21, s214, s24, s241,
s3, s31, s34, s35, sd21
s13, sd11, sf11, sf12
s85
s43, s53, s58, sd43
5990,908
48312,17
321983,7
536568,9
599,47
1397,047
8077,42
753,84
2618,592
211338,3
9781,14
165049
168416,9
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
86
Percentagem
36,2%
21,7%
14,3%
11,4%
11,1%
0,7%
0,5%
0,4%
0,2%
0,1%
0,1%
0,0%3,3%
Pastagem
Culturas
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTRE
Área Urbana e Núcleo Rural
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
Reflorestamento
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto – 18 Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Seco).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
87
Foto – 19 Savana Gramíneo-Lenhosa+Savana Parque.
SD23.YC – Brasília (MIR 394)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção leste do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S e pelos
meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por
municípios goianos e também do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 13.221,25
km² ou 1.322.125 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos
seguintes municípios: Água Fria de Goiás, Brasília, Cabeceiras, Flores de Goiás, Formosa,
Padre Bernardo, Planaltina, Sitio d’Abadia e Vila Boa.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Na porção noroeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,
destacado pela Região do Planalto Central Goiano com as unidades Chapada do Rio
Maranhão e Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
88
modelados de dissecação estrutural da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas,
apresentam-se bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de
Savana e floresta. Em geral, nos topos predomina a Savana com suas diversas tipologias,
indo de Campo Limpo Seco a Cerrado Denso, as vezes rupestres, nos locais onde
predominam afloramentos, mas com presença bastante marcante de Floresta Estacional
Decidual Submontana e ou Montana, especialmente nas áreas de calcáreo com maior
fertilidade e/ou as vezes, em situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e
vãos de serras, onde é maior o teor de umidade.
No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,
destacam-se a Região Geomorfológica das Superfícies Aplanadas e a Região dos Planaltos
e Chapadas Goiás Minas, a primeira representada nas unidades: Superfície do Vão do
Paranã e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres e a segunda pelas unidades: Planalto do
Distrito Federal, Planalto do Divisor Rio Preto Paranã e Superfície das Chapadas de
Paracatu. Nessas unidades, em modelados de dissecação homogênea tabular, de
dissolução descoberta e em áreas aplanadas em geral ocorrem os maiores usos, só não
mais evidenciados, devido a existência de algumas áreas de proteção ou unidades de
conservação.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
fs11
s2, s21, s24, s241, s3, s31,
s34, sd22, sf24
5888,282
61845,88
255377,5
344032,4
2497
52,18082
1587,8
314385,1
10884,29
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
89
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
sd12, sf14
s7, s72
s4, s42, s43, s48, s483, s53,
s58, sd42, sd43
8964,75
317139,2
Percentagem
26,0%
24,0%23,8%
19,3%
4,7%
0,8%
0,7%
0,4%
0,2%
0,1%
0,0%
Past agem
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
Cult uras
Área Urbana e Núcleo Rural
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
Água
Out ros
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
90
Foto 20 – Floresta Estacional Decidual. Coordenadas: 180323; 8284396 alt: 789
SE22.VA – Alto Garça (MIR 406)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção oeste do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e
pelos meridianos 52°30’ WG a 54°00’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 2.550,17 km² ou 255.017 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Baliza,
Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com as regiões geomorfológica da
Superfícies Aplanadas e dos Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná. A primeira na
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
91
Superfície do Araguaia e a segunda na unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados. Com
distribuição maior, o Planalto dos Guimarães Alcantilados e de litologias da Formação
Ponta Grossa, Formação Furnas e do Grupo Aquidauna, principalmente, apresenta formas
de relevo ou modelados tipo pediplano degradado, caracterizado por apresentar escarpas
e ou ressaltos. Nessas situações a vegetação geralmente encontra-se conservada,
apresentando mosaicos com predomínio de Savana Arborizada e mais Savana Parque,
Savana Florestada e por vezes Floresta Estacional Decidual, em algumas furnas. Em áreas
de dissecação homogênea tabular e em pediplanos retocados, quando não usados,
predomina a vegetação de Savana Arborizada com floresta-de-galeria.
A Superfície do Araguaia, representada em modelados de aplanamento do tipo pediplano
retocado desnudado, apresenta-se basicamente com litologias sedimentares terciárias e
solos tipo Latossolos e Neossolos Quartzarrênicos, em correspondência a Savana
Arborizada, basicamente.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
fs11
s241, s3, s31, s34, sd21
s1
1046,273
46,215
8303,94
136180,2
661,07
109095,7
72,9
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
92
Percentagem
53,3%42,7%
3,3%
0,4%
0,3%
0,0%
0,0%
Past agem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
Cult uras
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Área Urbana e Núcleo Rural
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SE22.VB – Iporá (MIR 407)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção oeste do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e
pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem quase a integridade de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.502,22 km² ou 1.750.222 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios:
Amorinópolis, Aragarças, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Caiapônia, Diorama,
Doverlândia, Fazenda Nova, Iporá, Israelândia, Ivolândia, Jaupaci, Jussara, Montes Claros
de Goiás, Montividiu, Palestina de Goiás, Paraúna e Piranhas.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com as regiões geomorfológica da
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
93
Superfícies Aplanadas, dos Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná e dos Planaltos
Areníticos Basálticos Interiores. A primeira na unidade Superfície do Araguaia e a segunda
na unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados e a terceira na unidade Planalto de Rio
Verde. Com distribuição ampla, a Superfície do Araguaia apresenta-se com litologias
quaternárias e terciário-quaternárias subdividida em planícies de acumulação fluvial com
Gleissolos, principalmente, onde ocorrem mosaicos vegetacionais com predomínio de
Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com Savana Parque, as vezes com
Formações Pioneiras e pediplano retocado desnudado, com Latossolos e Neossolos
Quartzarrênicos, principalmente, onde ocorrem basicamente Savana Florestada e Savana
Arborizada.
No Planalto dos Guimarães Alcantilados, também com ampla distribuição, em áreas de
acumulação coluvial e de dissecação homogênea tabular, quando não em uso, predomina
a vegetação de Savana Arborizada com floresta-de-galeria. Nesta mesma unidade com
litologias da Formação Ponta Grossa, Formação Furnas e do Grupo Aquidauna,
principalmente, em modelados tipo pediplano degradado e ou de dissecação estrutural,
caracterizado por apresentar escarpas e ou ressaltos, a vegetação geralmente encontra-se
conservada, apresentando mosaicos com predomínio de Savana Arborizada, as vezes de
Savana Parque, Savana Florestada e ou Savana Gramíneo-Lenhosa. Também comum, por
vezes, é a presença de Floresta Estacional Decidual, em algumas furnas. Com distribuição
menor, a unidade Planalto de Rio Verde representada em modelados tipo acumulação
coluvial, dissecação homogênea tabular e pediplano degradado inumado, apresenta-se
com características similares.
O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, aparece na porção centro leste da folha,
como pertencente a Região do Planalto Central Goiano, em modelados de Dissecação
Estrutural e também em dissecação homogênea tabular da Unidade Geomorfológica do
Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná. No modelado de dissecação estrutural,
apresenta conservação razoável, ostentando um mosaico vegetacional, com predomínio de
Savana Arborizada, mas com presença eventual de Floresta Estacional Decidual
Submontana. Nessa situação os solos são geralmente rasos das tipologias Neossolos
Litólicos e ou Argilossolos, apresentando como uma característica marcante a presença, as
vezes maciça, da palmeira babaçu (Attalea speciosa).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
94
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
ds11
fp11, fs11, fs16
s2, s21, s24, s241, s3, s31,
s314, s32, s34, s341, sd21
s1, s12, s13, sd11, sf11
s7
s4, s5, s51, s52, s53, s58,
sd41
7601,684
2331,715
73037,75
1158889
552,8024
988,515
2953,94
413781,3
56159,13
963,882
32997,8
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
95
Percentagem
66,2%
23,6%
4,2%3,2%
1,9%
0,4%
0,2%
0,1%
0,1%
0,0%
0,1%
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Culturas
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Área Urbana e Núcleo Rural
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Outros
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 21 – Pequeno remanescente de Savana Florestada.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
96
Foto 22– Borda do Planalto Guimarães alcantilados com a Superfície do Araguaia. Muitos
babaçus.
SE22.XA – São Luís dos Montes Belos (MIR 408)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção central do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e
pelos meridianos 59°30’ WG a 51°00’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.722,15 km² ou 1.772.215 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Abadia de
Goiás, Adelândia, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anicuns, Araçu, Aurilândia,
Avelinópolis, Buriti de Goiás, Cachoeira de Goiás, Campestre de Goiás, Caturaí, Cezarina,
Córrego do Ouro, Fazenda Nova, Firminópolis, Goianira, Goiás, Guapó, Indiara, Inhumas,
Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itapirapuã, Itauçu, Ivolândia, Jandaia, Jaupaci, Jussara,
Moiporá, Mossâmedes, Nazário, Novo Brasil, Palmeiras de Goiás, Palminópolis, Paraúna,
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
97
São João da Paraúna, São Luís dos Montes Belos, Sanclerlândia, Santa Bárbara de Goiás,
Santa Rosa de Goiás, Taquaral de Goiás, Trindade, Turvânia e Varjão.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica das
Superfícies Aplanadas, tendo a Superfície do Araguaia a noroeste, a Superfície
Intermontana Uruaçu Ceres a nordeste e a Superfície de Goiânia no centro e sul da folha.
No sudoeste da folha, ainda neste mesmo domínio morfoestrutural, está a Região dos
Planaltos Areníticos Basálticos Interiores, com as unidades Planalto de Rio Verde e
Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná.
Nas unidades Superfície de Goiânia e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres, com variadas
litologias como as do Complexo Granito-Gnaissico, do Complexo Granulítico Anápolis-
Itauçu e de Seqüências Metavulcanossedimentares, além de Coberturas Detrito Lateríticas
terciario-quaternárias, ocorria, em estreita correlação com a fertilidade dos solos ora
Floresta Estacional Semidecidual Submontana, ora feições diversas de Savana, estando
hoje muito fragmentadas. Em situação pouco mais conservada, ocorrem feições de
Savana Arborizada na Superfície do Araguaia que apresenta aqui, basicamente, litologias
Arqueanas do Complexo Granito-Gnaissico e solos do tipo Cambissolos. Nas planícies de
acumulação fluvial com Gleissolos, ocorrem mosaicos vegetacionais com predomínio de
Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, distribuídas às vezes com Savana Parque, às
vezes com Formações Pioneiras.
Nesta folha, nas unidades Planalto de Rio Verde e Superfície do Planalto Rebaixado da
Bacia do Paraná, em áreas com predomínio de arenitos diversos e especialmente nas
áreas ou modelados de dissecação homogênea tabular e de acumulação coluvial, ocorria
basicamente feições ou de Savana Arborizada ou Savana Parque, hoje já praticamente
dizimadas para introdução de pastagens e agricultura, principalmente. Como regra geral,
os remanescentes concentram-se nos modelados de dissecação estrutural e também nos
pediplanos degradados.
No Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, aparece a Região do Planalto Central
Goiano e suas unidades: Planalto do Alto Tocantins Paranaíba e Planalto do Divisor
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
98
Araguaia Tocantins Paraná. Como regra geral, este domínio geomorfológico é o que
apresenta os maiores remanescentes, concentrados nos modelados de dissecação
estrutural e também nos pediplanos degradados. Com conservação razoável, ostenta um
mosaico vegetacional de Savana e floresta, mas com presença bastante marcante de
Floresta Estacional Decidual Submontana, especialmente nas áreas de litologias básicas e
ultra básicas.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
d1, ds11
f1
f3
s2, s21, s24, s241,
s27, s3, s31, s34,
sd21
s1, s12, sd11
s7, s72
s42, sd41
5311,703
5387,062
431086,2
1124826
1942,312
34694,33
775,04
7203,13
105791,1
42357,77
2784,74
10059,55
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
99
Percentagem
63,5%
24,3%
6,0%2,4%2,0%0,6%0,3%0,3%0,2%0,1%0,0%0,4%
Past agem
Cult uras
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
Área Urbana e Núcleo Rural
Água
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 23 – Savana Parque (Campo Sujo rupestre), na região da Serra Dourada.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
100
SE22.XB – Goiânia (MIR 409)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção central do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e
pelos meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por
municípios goianos e parte do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 17.722,15
km² ou 1.772.215 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos
seguintes municípios: Abadia de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Anápolis, Aparecida de
Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brasília, Brazabrantes, Caldazinha,
Caturaí, Corumbá de Goiás, Damolândia, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó,
Hidrolândia, Inhumas, Itauçu, Jaraguá, Jesúpolis, Leopoldo de Bulhões, Luziânia,
Nerópolis, Nova Veneza, Novo Gama, Orizona, Ouro Verde de Goiás, Petrolina de Goiás,
Pirenópolis, São Francisco de Goiás, São Miguel do Passa Quatro, Santa Rosa de Goiás,
Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Senador Canedo, Silvânia,
Terezópolis de Goiás, Trindade, Valparaíso de Goiás, Varjão e Vianópolis.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos de
Estruturas Dobradas, coincidentes com a Região Geomorfológica do Planalto Central
Goiano e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. No domínio dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes destaca-se a região das Superfícies Aplanadas,
tendo a Superfície de Goiânia no sudoeste e a Superfície Intermontana Uruaçu Ceres a
noroeste. Neste mesmo domínio é destacada a Região dos Planaltos e Chapadas Goiás
Minas, com as unidades Planalto do Distrito Federal e Planalto Cristalina Patrocínio, à
nordeste da folha.
Nas unidades Superfície de Goiânia e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres,
especialmente nas formas de dissecação homogênea tabular e litologias como as do
Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu e Coberturas Detrito Lateríticas, ocorria, em estreita
correlação com a fertilidade dos solos ora Floresta Estacional Semidecidual Submontana,
ora feições diversas de Savana, estando hoje muito fragmentadas. Essa situação se repete
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
101
nas mesmas formas de dissecação, nas unidades do Alto Tocantins Paranaíba e no
Planalto do Distrito Federal.
Uma situação pouco mais conservada ou com maior número de remanescentes, ocorre
nas morrarias, representadas em modelados de dissecação estrutural, principalmente e
com predomínio de Floresta Estacional Decidual Submontana em área de rochas básicas
e/ou calcíferas, com Argissolos, Cambissolos e ou Neossolos Litólicos eutróficos. Nos
morrarias quartziticos, por sua vez, predominam as feições de Savana, como a Gramíneo-
Lenhosa, Savana Parque e Savana Arborizada, principalmente.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
d1, ds11
f3, fs31
s2, s21, s24, s241, s3,
s31,
s34, s341, s35, sd21
s13, sd11, sf13
s85
s43, s58, sd41
3609,085
70218,11
536803,7
785754,6
710,5725
170,527
12157,82
4100,69
260052
7635,82
26460,23
64542,46
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
102
Percentagem
44,3%
30,3%
14,7%
4,0%3,6% 1,5%0,7%0,4%0,2%0,2%
0,0%
0,0%
Pastagem
Culturas
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Área Urbana e Núcleo Rural
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTRE
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
Água
Outros
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 24 – Savana Parque.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
103
Foto 25 – Panorâmica regional, Savana Parque + Savana Gramíneo-Lenhosa.
SE23.VA – Unaí (MIR 410)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção leste do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e pelos
meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por
municípios goianos e também do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 8.176,63
km² ou 817.663 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos
seguintes municípios: Brasília, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Ipameri, Luziânia,
Orizona e Valparaíso de Goiás.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Na porção sudoeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,
destacado pela Região do Planalto Central Goiano com a unidade Planalto do Alto
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
104
Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de modelados de dissecação
estrutural da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, apresentam-se ainda
bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de Savana e floresta.
Em geral, nos topos e meias encostas predomina a Savana com suas diversas tipologias,
indo de Campo Limpo Seco (Savana Gramíneo-Lenhosa) a Cerrado Denso (Savana
Arborizada e Cerradão), as vezes rupestres, nos locais onde predominam afloramentos,
mas com presença as vezes marcante de Floresta Estacional Decidual Submontana e ou
Montana, especialmente nas áreas de calcáreo, com maior fertilidade e/ou as vezes, em
situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e vãos de serras, onde é maior o
teor de umidade.
No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,
destacada na Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas com as unidades Planalto do
Distrito Federal e Planalto de Cristalina Patrocínio e nos modelados de dissecação
homogênea tabular, principalmente, ocorrem os maiores usos com uma notável
concentração de áreas irrigadas por pivôs.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
ds34
s3, s314, s34, s341, sd21,
sd23
s72, s73
s5, s52, s53, s537, s58,
1757,163
17290,04
146710,5
227350
477,22
697,1587
5231,628
166873,2
15806,29
235715,8
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
105
sd43
Percentagem
28,8%
27,8%
20,4%
17,9%
2,1%1,9%0,6%0,2%0,1%0,1%
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
Past agem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
Cult uras
Área Urbana e Núcleo Rural
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA
Água
Ref lorest ament o
Out ros
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
106
Foto 25 – Savana Parque, em destaque a gomeira (Vochysia sp).
SE22.VC – Mineiros (MIR 420)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e
pelos meridianos 52°30’ WG a 54°00’WG, tem apenas parte de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 7.915,11 km² ou 791.511 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Doverlândia,
Mineiros, Perolândia, Portelândia, Santa Rita do Araguaia e Serranópolis.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a região geomorfológica dos
Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná com a unidade Planalto dos Guimarães
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
107
Alcantilados e com a região dos Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e sua unidade
Planalto do Rio Verde.
Em litologias do Grupo Aquidauana (arenito vermelho e siltito) o Planalto dos Guimarães
Alcantilados apresenta relevo com variadas formas de dissecação. Nas de predomínio
aplanado em dissecação homogênea tabular ocorrem Latossolos, geralmente em uso de
pastagens plantadas. Em áreas mais movimentadas sejam em dissecação estrutural ou
dissecação homogênea convexa, ocorrem Argissolos e Cambissolos, principalmente, tendo
ainda grande área de remanescentes, especialmente de Savana Parque e Savana
Arborizada (Cerrado Ralo, Campo Sujo, Campo Rupestre...). Geralmente constituem áreas
de muita fragilidade natural, sendo a preservação, nestes casos, sua destinação mais
coerente.
O Planalto de Rio Verde com litologias mais complexas ou diferenciadas exibe áreas com
Neossolos Quartzarrênicos (Formação Botucatu) e principalmente Latossolos Vermelho-
Escuros, especialmente em Coberturas Terciárias da Formação Cachoerinha e onde o uso
agrícola é muito intenso. Nesta unidade, em geral é nas bordas do planalto, em áreas de
acumulação coluvial ou em modelados tipo pediplanos degradados que ainda se observa
alguma vegetação remanescente.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
fs11
s2, s21, s24, s3, s31, s34,
s36, sd21, sd31
s1, s12, s13, sd11
s7
619,2908
1473,363
128983,7
371720
14,29051
225976,1
27084,52
5,26E-05
45571,54
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
108
s4, s43
Percentagem
46,4%
28,2%
16,1%
5,7%
3,4%
0,2%0,1%
0,0%
0,0%
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
Culturas
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Área Urbana e Núcleo Rural
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SE22.VD – Jataí (MIR 421)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e
pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem a totalidade de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma área de 17.630,14 km² ou 1.763.014 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Caiapônia,
Doverlândia, Jataí, Mineiros, Montividiu, Perolândia, Rio Verde e Serranópolis.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
109
Toda a folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas
Sedimentares Concordantes, coincidentes com a região geomorfológica dos Planaltos
Setentrionais da Bacia do Paraná e sua unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados à
noroeste e com a região dos Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e suas unidades:
Planalto do Rio Verde e Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná, esta última
mais restrita e circunscrita à porção sudeste da folha.
Com áreas mais movimentadas representadas em modelados de dissecação estrutural ou
convexas, áreas de acumulação coluvial e em pediplanos degradados, o Planalto dos
Guimarães Alcantilados apresenta ainda uma grande área com remanescentes,
especialmente de Savana Parque e Savana Arborizada (Cerrado Ralo, Campo Sujo, Campo
Rupestre...). De beleza cênica bastante singular, dado a existência de ressaltos e bordas
erosivas, essas áreas, geralmente apresenta-se com muita fragilidade natural, sendo a
preservação, nestes casos, sua destinação mais coerente e adequada.
Por sua vez, na região dos Planaltos Areníticos Basálticos, especialmente em suas áreas
aplanadas com Latossolos Vermelho-Escuros e Latossolos Vermelhos distroférricos
(Latossolo Roxo), observam-se as maiores concentrações de culturas anuais (lavouras), do
estado. Em contrapartida são raros os remanescentes, estes geralmente muito
pulverizados e ou geralmente concentrados nas superfícies movimentadas das bordas
desses planaltos, em áreas sem aptidão agrícola.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
fs11
fs31
1832,152
2640,283
933430,4
397096,6
2182,905
2291,83
2833,518
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
110
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
s2, s21, s241, s3, s31,
s34, s341, sf23
s1, s13, s17, sd11, sf13
s7, s71, s72
s43, s5, s52
289045,8
54776,25
58851,89
18032,45
Percentagem
52,9%
22,5%
16,4%
3,3%3,1% 1,0%0,2%0,1%0,1%0,1% 0,1%
Culturas
Pastagem
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
Área Urbana e Núcleo Rural
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Reflorestamento
Água
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
111
Foto 27 – Borda do Planalto de Rio Verde, vegetação de Savana Florestada e Floresta
Estacional Decidual.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
112
Foto 28 – O limite entre o chapadão com o planalto dissecado Guimarães Alcantilados.
Foto 29 – Detalhe da vegetação, Gramíneo-Lenhosa nos topos e Cerradão nas baixas
encostas.
Foto 30 – O “Gigante adormecido” visto da rodovia Caiapônia-Jataí.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
113
Foto 31 – Verdadeiras esculturas areníticas (Grupo Aquidauna), com vegetação de Savana
Parque e Gramíneo-Lenhosa. Na base antropização por pastagens.
Foto 32 – Em primeiro plano Savana Arborizada (Cerrado Ralo), ao fundo Savana Parque
(Campo Sujo).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
114
Foto 33 – Regionalmente, as áreas conservadas tem o predomínio da Savana Parque.
SE22.XC – Rio Verde (MIR 422)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção centro-sul do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e
pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem a totalidade de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma área de 17.630,14 km² ou 1.763.014 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Acreúna,
Aloândia, Cezarina, Edealina, Edéia, Goiatuba, Guapó, Indiara, Jandaia, Joviânia,
Mairipotaba, Maurilândia, Montividiu, Palmeiras de Goiás, Paraúna, Pontalina, Porteirão,
Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Santo Antônio da Barra, Turvelândia, Varjão e
Vicentinópolis.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
115
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Uma porção significativa, no nordeste desta folha, insere-se no Domínio Morfoestrutural
dos Planaltos de Estruturas Dobradas, coincidente com a Região Geomorfológica do
Planalto Central Goiano e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Trata-se
basicamente de modelados de relevo de dissecação estrutural em litologias da Seqüência
Metavulcanossedimentares (Seqüência Anicuns-Itaberaí) e de granitóides, dando origem a
Cambissolos e Argissolos distróficos e/ou eutróficos e sobre os quais ora ocorre, ou
ocorria, Floresta Estacional Decidual (solos eutróficos), ora feições diversas de Savana
(solos distróficos).
No domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes destaca-se, nesta
mesma localização (nordeste da folha), a região das Superfícies Aplanadas, representada
na unidade Superfície de Goiânia, com as formas de dissecação homogênea tabular,
principalmente e também de pediplano degradado, destacando rochas do Complexo
Granito-Gnaissico e Coberturas Terciárias Quaternárias. Nessa situação ocorria, em
estreita correlação com a fertilidade dos solos ora Floresta Estacional Semidecidual
Submontana, ora feições diversas de Savana, restando hoje remanescentes muito
fragmentados.
Neste mesmo domínio e ocupando as maiores extensões é destacada a Região dos
Planaltos Areníticos Basálticos Interiores, com a unidade Planalto de Rio Verde, no
noroeste da folha e a Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná, ocupando todo
o centro-sul da folha. Nestas superfícies representadas em amplas formas aplanadas estão
as maiores concentrações de lavouras, no estado, coincidindo basicamente com
Coberturas Detrito Lateríticas e sedimentos terciários quaternários e ou basaltos da
Formação Serra Geral e onde predominam solos tipo Latossolo Vermelho-Escuro e ou
Latossolo Vermelho distroférrico, estes últimos, sob influência dos basaltos. Os poucos
remanescentes geralmente só tem representação, nesta escala, em áreas de bordas de
chapadas, nas escarpas ou áreas coluviais; fora disso são pequenos e pulverizados.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
116
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outro
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
ds11
f1, fs13
f3, fs31
s2, s21, s27, s3, s34,
sd21, sf2
s1, s12, sd11, sf13
s7, s71, s72
s43, s5
13374,1
6345,547
991871,6
554799,6
888,7275
248,0901
1280
2062,75
5015,24
42774,4
26874,73
109344,7
3101,7
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
117
Percentagem
56,4%31,6%
6,2%2,4%1,5%0,8%0,4%0,3%0,2%0,1%
0,1%
0,1%
0,0%
Culturas
Pastagem
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 34 – Pequeno remanescente de Floresta Estacional Semidecidual, próximo a Rio
Verde.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
118
SE22.XD – Morrinhos (MIR 423)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sudeste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e
pelos meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.630,14 km² ou 1.763.014 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Água
Limpa, Aloândia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Buriti Alegre, Caldas Novas, Catalão,
Corumbaíba, Cristianópolis, Cromínia, Goiandira, Goiatuba, Hidrolândia, Ipameri, Joviânia,
Mairipotaba, Marzagão, Morrinhos, Nova Aurora, Orizona, Palmelo, Piracanjuba, Pires do
Rio, Pontalina, Professor Jamil, Rio Quente, São Miguel do Passa Quatro, Santa Cruz de
Goiás, Urutaí, Varjão e Vianópolis.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Uma porção significativa desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos de
Estruturas Dobradas, coincidente com a Região Geomorfológica do Planalto Central Goiano
e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. No domínio dos Planaltos em Estruturas
Sedimentares Concordantes destaca-se a região das Superfícies Aplanadas, com a unidade
Superfície de Goiânia; a região dos Planaltos Areníticos Basálticos Interiores, com as
unidades Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná, Patamares da Serra do
Aporé e Planalto de Rio Verde, na extremidade sudoeste da folha e a região dos Planaltos
e Chapadas Goiás Minas no leste da folha, com as unidades Planalto Cristalina Patrocínio e
Planalto do Distrito Federal.
O maior número ou os maiores remanescentes, concentram-se nas morrarias,
representadas em modelados de dissecação estrutural, com Neossolos Litólicos distróficos
em quartzitos do Grupo Araxá, onde predominam diversas feições de Savana, como a
Savana Parque, Gramíneo-Lenhosa e Savana Arborizada, principalmente. Em morrarias
com ocorrência de rochas básicas, especialmente as do Complexo Granulítico Anápolis-
Itauçu, com Argissolos, Cambissolos e ou Neossolos Litólicos eutróficos, ocorre ou ocorria
o predomínio de Floresta Estacional Decidual Submontana.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
119
Nas áreas aplanadas da Superfície de Goiânia e Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia
do Paraná, principalmente, com Coberturas Detrito Lateríticas Terciario-Quaternárias e ou
em arenitos e basaltos da Formação Serra Geral (Triássico-Jurássico), com Latossolos
Vermelho-Escuros e Latossolos Vermelhos distroférricos (Latossolos roxos), ocorre intenso
uso da terra, com lavouras principalmente. Uma parcela dessa superfície, o platô da Serra
de Caldas, de Cobertura Detrito Laterítica, encontra-se preservado, constituindo o Parque
Estadual da Serra de Caldas Novas.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
ds11
f5
fs31
s2, s21, s24, s3,
s31, s34, sd2, sd21,
sd23, sf23, sf25
s13, sd11, sf11, sf13
s71, s72
s43, s5, s51, s53,
s58, s581
5915,921
10006,45
339726,4
994183,4
119,205
2827,571
136,468
2371,972
189050,7
82764,72
1881,37
134031,4
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
120
Percentagem
56,4%
19,3%
10,7%
4,7%
7,6%
0,6%
0,3%
0,2%
0,1%
0,1%
0,0%
0,0%
Pastagem
Culturas
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Área Urbana e Núcleo Rural
Água
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
121
Foto 35 – Savana Arborizada (Cerrado Ralo) na região da Serra da Felicidade.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
122
Foto 36 – Savana Arborizada (Cerrado Típico), estrada Piracanjuba - Caldas Novas.
Foto 37 – Savana Parque + Savana Arborizada com floresta-de-galeria.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
123
Foto 38 – Mata ciliar do rio Corumbá, proximidades do ponto da foto 03.
Foto 39 – Savana Arborizada (Cerrado Rupestre).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
124
Foto 40 E 41 – A Pousada do Rio Quente e a localidade de Esplanada, vista do alto da
Serra de Caldas.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
125
Fotos 41 E 43 – Detalhe da vegetação na encosta da Serra de Caldas: Savana Parque,
Savana Arborizada e Mata-de-galeria.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
126
Foto 44 – Vegetação característica do platô da Serra de Caldas, Savana Arborizada
(Cerrado Típico).
SE23.VC – Paracatu (MIR 424)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção leste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e pelos
meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 7.584,70 km² ou 758.470 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Campo Alegre de
Goiás, Catalão, Cristalina, Davinópolis, Ipameri, Luziânia e Orizona.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Nas porções sudoeste e noroeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em
Estruturas Dobradas, destacado pela Região do Planalto Central Goiano com a unidade
Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de modelados de
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
127
dissecação estrutural da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, apresentam-se
ainda bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de Savana e
floresta. Em geral, nos topos e meias encostas predomina a Savana com suas diversas
tipologias, indo de Campo Limpo Seco (Savana Gramíneo-Lenhosa) a Cerrado Denso
(Savana Arborizada e Cerradão), as vezes rupestres, nos locais onde predominam
afloramentos, mas com presença as vezes marcante de Floresta Estacional Decidual
Submontana e ou Montana, especialmente nas áreas de calcáreo, com maior fertilidade
e/ou as vezes, em situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e vãos de
serras, onde é maior o teor de umidade.
No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,
destacadas na Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas com as unidades Planalto de
Cristalina Patrocínio e Planalto do Distrito Federal e na Região das Superfícies Aplanadas
com a unidade Superfície de Goiânia e especialmente nos modelados de dissecação
homogênea tabular, com Latossolos Vermelhos e Latosolos Vermelho-Amarelos distróficos,
ocorrem os maiores usos de lavouras ou culturas anuais, às vezes irrigadas por sistemas
de pivôs centrais.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
Reflorestamento
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
s3, s31, s314, s34, sd2,
sd23, sf25
s13
s7, s72
2455,342
579,1501
215766,4
188996,5
825,35
30755,34
27023,67
1850,516
11700,9
278488,6
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
128
s5, s53, s538, s58
Percentagem
36,7%
28,4%
24,9%
4,1%3,6%
1,5%
0,3%
0,2%
0,1%
0,1%
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Culturas
Pastagem
Reflorestamento
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Água
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Outros
Área Urbana e Núcleo Rural
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
129
Foto 45 - Lavoura de algodão na unidade Planalto de Cristalina Patrocínio
Foto 46 - “Vereda”.
SE22.YA – Parque Nacional das Emas (MIR 433)
SITUAÇÃO:
A folha localizada no extremo sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e
pelos meridianos 52°30’ WG a 54°00’WG, tem apenas parte de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 3.898,34 km² ou 389.834 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Aporé, Chapadão
do Céu, Mineiros e Serranópolis.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos
Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e sua unidade Planalto do Rio Verde.
Em áreas de dissecação homogênea tabular e especialmente nos sedimentos areno-
argilosos da Formação cachoeirinha, ocorrem Latossolos Vermelho-Escuros, em uso
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
130
intensivo de lavouras. As outras coberturas e também a da Formação Botucatu (arenito
eólico), por serem pouco mais arenosas e de maior fragilidade à erosão, ainda
permanecem com uso preferencial de pastagem. Com exceção do Parque das Emas, os
remanescentes são muito pulverizados. Destaca-se também a ocorrência de inúmeras
áreas de aluviões, com Gleissolos Háplicos distróficos, onde ocorrem as “várzeas”
representadas em fisionomias de Savana Parque com floresta-de-galeria, principalmente,
também podendo ser entendido como “veredas” ou áreas de Formações Pioneiras, as
vezes.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Culturas
Pastagem
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA PARQUE
ds11
fs16
s2, s21, s24, s3, s31,
s34
s1
s7, s79
s4, s5
90,61073
166899,6
39880,1
4,27501
352,1925
15,8625
52424,69
391,0725
37842,5
86171,7
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
131
Percentagem
43,5%
22,4%
13,6%
10,4%
9,9%
0,1%
0,1%
0,0%
0,0%
0,0%
Cult uras
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
Past agem
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Ref lorest ament o
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 47 – Vegetação de Savana Parque (Campo Sujo) no Parque Nacional das Emas. Um
“oásis” em meio às lavouras.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
132
Foto 48 – Vegetação de Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo), no Parque Nacional
das Emas. A Savana Parque e a Gramíneo-Lenhosa, alternam-se na paisagem.
SE22.YB – Caçu (MIR 434)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e
pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma área de 16.552,10 km² ou 1.655.210 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Aparecida
do Rio Doce, Aporé, Cachoeira Alta, Caçu, Chapadão do Céu, Itajá, Itarumã, Jataí, Rio
Verde e Serranópolis.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
133
Toda a folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas
Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos Planaltos
Areníticos Basálticos Interiores e suas unidades: Planalto do Rio Verde, que ocupa toda a
porção oeste, Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná e Patamares da Serra
do Aporé.
Representando basicamente áreas aplanadas, com Latossolos Vermelhos distróficos e
distroférricos e também com Neossolos Quartzarrênicos órticos, todas essas unidades
ostentam intensivo uso agropecuário, alternando pastagens plantadas com lavouras
anuais e raríssimos remanescentes, estes, geralmente sem representação, nesta escala.
Em suas áreas mais movimentadas, representadas em modelados de acumulação coluvial
e em pediplanos degradados situados ao longo das bordas dos planaltos, as vezes
constituindo escarpas é onde estão concentrados, hoje, a maioria dos seus
remanescentes. Também ocorre na área, formas de acumulação de terraços e planícies
fluviais, colocando em destaque alguma vegetação tipo “várzea”, referida as vezes como
Savana Parque com floresta-de-galeria, podendo apresentar também Formações Pioneiras,
tipo “brejo” e eventualmente, Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e ou Cerradão.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
fs11
f3, fs31, fs33
s2, s21, s3, s31, s34,
s37
s1, s13, sd11, sf13
6204,084
1079,123
190740,2
1221704
50,91752
1113,114
3426,55
139429,4
62125,11
17093,06
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
134
SAVANA PARQUE
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
s7, s71, s72, s79
s97
s5, s53
9576,72
2829,68
Percentagem
73,8%
11,5%
8,4%
3,8% 1,0%0,6%0,4%0,2%0,2%
0,1%
0,1%
0,0%
Past agem
Cult uras
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/ CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/ VEREDAS/ CAMPO SUJO UMIDO)
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
135
Foto 49– Floresta-de-galeria do tipo inundável, denominada popularmente por “pindaibal”
dado o grande número da espécie pindaiba-do-brejo (Xylopia emarginata).
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
136
Foto 50 – Outro “pindaibal”, este no rio Verde. No conjunto da planície de inundação
também ocorre Savana Parque e Formação Pioneira herbácea/arbustiva.
SE22.ZA – Quirinópolis (MIR 435)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e pelos
meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem a maioria de suas terras ocupada por municípios
goianos, perfazendo uma área de 13.532,61 km² ou 1.353.261 ha. De forma integral ou
apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Bom Jesus de Goiás,
Cachoeira Alta, Cachoeira Dourada, Caçu, Castelândia, Goiatuba, Gouvelândia,
Inaciolândia, Itarumã, Itumbiara, Maurilândia, Panamá, Paranaiguara, Porteirão,
Quirinópolis, Rio Verde, São Simão e Turvelândia.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda a folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas
Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos Planaltos
Areníticos Basálticos Interiores e basicamente com suas unidades Superfície do Planalto
Rebaixado da Bacia do Paraná e Patamares da Serra do Aporé. Uma pequena parcela
refere-se a região das Superfícies Aplanadas com a unidade Superfície de Goiânia.
Representando basicamente áreas aplanadas, ou modelados de dissecação homogênea
tabular com Latossolos Vermelhos distróficos e ou distroférricos ou, áreas pouco mais
movimentadas em modelados de pediplanação retocados com Argissolos Vermelho
Amarelos, todas essas unidades ostentam intensivo uso agropecuário, alternando
pastagens plantadas com lavouras anuais e poucos remanescentes, estes, geralmente
pequenos não tem representação, nesta escala.
Praticamente, somente em algumas escarpas e em suas áreas mais movimentadas,
representadas em modelados de acumulação coluvial e em pediplanos degradados
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
137
situados ao longo das bordas dos planaltos, concentram-se, hoje, a maioria dos seus
remanescentes.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL
SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
ds11
fs13
f3, f31, fs31
s2, s21, s3, s31, fs31
s13, sd11, sf13
s7, s71, s72
47900,04
3246,21
531335,4
649404,8
1296,98
295,448
186,998
4496,914
11587,51
62139,35
41166,04
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
138
Percentagem
39,3%
4,6%
3,5%
3,0%
0,9%
0,3%
0,2%
0,1%
0,0%
0,0%
48,0%
Pastagem
Culturas
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Água
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA
Área Urbana e Núcleo Rural
Reflorestamento
FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
139
Fotos 51 e 52 – Áreas de Latosolos Vermelhos distroférricos, antigos Latossolos Roxos,
sendo preparadas para lavouras.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
140
Foto 53 – Vista de borda escarpada na unidade geomorfológica Patamares da Serra do
Aporé. Vegetação de Savana Arborizada+Savana Parque+Savana Florestada, em alguns
lugares também ocorre Floresta Estacional Decidual. Proximidades de Quirinópolis.
SE22.ZB – Uberlândia (MIR 436)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e pelos
meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem apenas parte de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 7.106,22 km² ou 710.622 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Água Limpa,
Anhanguera, Buriti Alegre, Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Catalão, Corumbaíba,
Cumari, Goiandira, Goiatuba, Ipameri, Itumbiara, Marzagão, Morrinhos, Nova Aurora e
Panamá..
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Uma porção significativa desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos de
Estruturas Dobradas, coincidente com a Região Geomorfológica do Planalto Central Goiano
e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Com litologias variadas: Grupo Araxá
(calcixistos, metacalcareo e quartzito) e do Complexo Indiferenciado (ortognaisse e
migmatito), nesse domínio encontra-se muita diversidade de solos como Argissolos
Vermelho-Amarelos, Cambissolos e Neossolos Litólicos, ora distróficos ora eutróficos,
configurando um grande mosaico vegetacional com predomínio de fisionomias de Savana,
nos distróficos e de Floresta Estacional Decidual e ou Semidecidual, nos eutróficos. Nas
áreas mais inacessíveis ou destituídas de aptidão agrícola, especialmente nas formas de
dissecação estrutural ou em pediplanos degradados, concentram-se hoje os
remanescentes.
No domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes destaca-se a região
das Superfícies Aplanadas, com a unidade Superfície de Goiânia e a região dos Planaltos
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
141
Areníticos Basálticos Interiores, com as unidades Superfície do Planalto Rebaixado da
Bacia do Paraná e Patamares da Serra do Aporé. Nas áreas aplanadas dessas superfícies,
principalmente com Latossolos Vermelho-Escuros e Latossolos Vermelhos distroférricos
(Latossolos roxos), ocorre intenso uso da terra, com lavouras principalmente.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outros
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA PARQUE
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
f5, fs51, fs52
fs31
s21, s3, s31, s34,
sf23, sf25
s1, s12, s13, sd11,
sf13, sf15
s7, s71, s72
s85
s9
s43, s53, s58
29100,8712
5
4406,56050
7
173337,37
379997,457
3
1176,59249
9
29048,3
5314,121
13850,3
19719,23
7118,36
6775,18
12744,32
27787,34
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
142
Percentagem
53,5%
24,4%
4,1%
4,1%
3,9%
2,8%1,9%1,8%1,0%1,0%0,7%0,6%0,2%
Past agem
Cult uras
Água
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/ CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/ VEREDAS/ CAMPO SUJO UMIDO)
SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
Foto 54 – Pastagens em antigas áreas de Floresta Estacional Semidecidual, no Planalto do
Alto Tocantins Paranaíba.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
143
Foto 55 – Pastagens no entorno do reservatório de Itumbiara. Área de antiga Floresta
Estacional Semidecidual, nas pastagens observam-se isolados elementos como cedro, ipê-
amarelo e roxo, aroeira, moreira e muitos angicos, guerobas e bacuris.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
145
Fotos 56, 57 e 58 – Um dos maiores remanescentes de floresta, na região que bordeja o
rio Paranaíba. Segundo o mapa dos Biomas do Brasil, IBGE (2004), mesmo representando
fisionomia de Floresta Estacional Semidecidual, está dentro do domínio ou bioma da Mata
Atlântica.
SE23.YA – Patos de Minas (MIR 437)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e pelos
meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma extensão de 2.461,72 km² ou 246.172 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Catalão, Cumari,
Davinópolis, Ouvidor e Três Ranchos.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
146
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Na porção noroeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,
destacado pela Região do Planalto Central Goiano com a unidade Planalto do Alto
Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de modelados de pediplanação
degradados da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, apresentam-se ainda
bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de Savana e floresta.
Em geral, nos topos e meias encostas, com Cambissolos ou Neossolos Litólisos,
predomina a Savana com suas diversas tipologias, indo de Campo Limpo Seco (Savana
Gramíneo-Lenhosa) a Cerrado Denso (Savana Arborizada e Cerradão), as vezes rupestres,
nos locais onde predominam afloramentos, mas com presença eventual de Floresta
Estacional Semidecidual e ou Decidual, especialmente nas áreas de calcáreo, com maior
fertilidade e/ou, em situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e vãos de
serras, onde é maior o teor de umidade.
No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,
destacadas na Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas com a unidade Planalto de
Cristalina Patrocínio e na Região das Superfícies Aplanadas com a unidade Superfície de
Goiânia e especialmente nos modelados de dissecação homogênea tabular, com
Latossolos, ocorrem os maiores usos, seja de pastagem plantada, seja de lavouras ou
culturas anuais.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
Outras
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
SAVANA ARBORIZADA
fs51
s3, s31, s34
11346,11
2907,135
30029,98
129779,7
20821,24
972,095
4040,991
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
147
SAVANA FLORESTADA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
SAVANA PARQUE
s13, sf15
s81, s85
s4, s41, s43, s5,
s53, s58
9421,42
2947,188
33872,32
Percentagem
52,7%
13,8%
12,2%
8,5%
4,6%
3,8%
1,6%
1,2%
1,2%
0,4%
Past agem
SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)
Cult uras
Out ras
Água
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE
Área Urbana e Núcleo Rural
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SE22.YD – Paranaíba (MIR 447)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 19°S a 20°S e pelos
meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada por
municípios goianos, perfazendo uma área de 1.946,68 km² ou 194.668 ha. De forma
integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Aporé, Itajá e
Itarumã.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
148
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda essa parcela da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos
Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e suas unidades: Planalto do Rio Verde, que
ocupa a porção noroeste, Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná e
Patamares da Serra do Aporé.
Representando basicamente áreas aplanadas, com Latossolos Vermelhos distróficos e
distroférricos, todas essas unidades ostentam intensivo uso agropecuário, alternando
pastagens plantadas com lavouras anuais e raríssimos remanescentes, estes, geralmente
sem representação, nesta escala.
Em suas áreas mais movimentadas, representadas em modelados de acumulação coluvial
e em pediplanos degradados situados ao longo das bordas dos planaltos, as vezes
constituindo escarpas é onde estão concentrados, hoje, a maioria dos seus
remanescentes.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
fs11
s3, s31, sf23
s1, sd11, sf13
s7
1843,736
245,475
4750,038
169541,9
309,965
2114,714
15551,63
476,46
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
149
Percentagem
87,0%
8,0%
2,4%
1,1%
0,9%
0,2%
0,2%
0,1%
Pastagem
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
Culturas
SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Água
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTREFLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL
Área Urbana e Núcleo Rural
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
SE22.ZC – Iturama (MIR 448)
SITUAÇÃO:
A folha localizada na extremidade sul do estado e limitada pelos paralelos 19°S a 20°S e
pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada
por municípios goianos, perfazendo uma área de apenas 1.529,92 km² ou 152.992 ha. De
forma integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Caçu,
Itajá, Itarumã e São Simão.
CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:
Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em
Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos
Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e com sua unidade Superfície do Planalto
Rebaixado da Bacia do Paraná.
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
150
Está representada basicamente em áreas aplanadas com Latossolos Vermelhos distróficos
e ou distroférricos ou, áreas pouco mais movimentadas em modelados de pediplanação
retocados com Argissolos Vermelho Amarelos. Todas essas superfícies ostentam intensivo
uso agropecuário, alternando pastagens plantadas com lavouras anuais e poucos
remanescentes, estes, geralmente pequenos, não tem representação, nesta escala.
RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:
Agrupamentos Área (ha)
Água
Área Urbana e Núcleo Rural
Culturas
Pastagem
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA
SAVANA ARBORIZADA
SAVANA FLORESTADA
SAVANA GRAMINEO LENHOSA
f3, fs31
s2
sf13
s7, s71, sf73
4467,055
265,7455
30815,37
97325,5
1535,87
537,3
9261,59
8669,625
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
151
Percentagem
63,7%
20,2%
6,1%
5,7%
2,9%
1,0%
0,4%
0,2%
Pastagem
Culturas
SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)
SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTREÁgua
FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANASAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Área Urbana e Núcleo Rural
DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:
6. BIBLIOGRAFIA
MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA
152
MANUAL TÉCNICO DA VEGETAÇÃO BRASILEIRA. Rio de Janeiro, IBGE, 1992. 92p.
RIBEIRO, J.F. ; WALTER, B.M.T. Fito fisionomias do Bioma Cerrado. In: Cerrado ambiente
e flora. Ed. Sueli Matiko Sano e Samíramis Pedrosa de Almeida. Planaltina: EMBRAPA-
CPAC, 1998.p87-166