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MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA PROJETO AGET01/03 Referente Definição de Áreas Prioritárias para Conservação do Estado de Goiás, Brasil Consórcio Imagem - WWF Brasil Novembro de 2004

Mem Desc Unid Fision Uso versao final 100105 rfp 357 2002 · MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA 1 1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS Este documento apresenta

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MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

PROJETO AGET01/03

Referente

Definição de Áreas Prioritárias para Conservação do Estado de Goiás, Brasil

Consórcio Imagem - WWF Brasil

Novembro de 2004

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

REVISÃO DATA EMISSÃO

DESCRIÇÃO ELABORADO POR

APROVADO POR

0 03/11/2004 EMISSÃO INICIAL LUIS CARLOS DAMBRÓS

CONSÓRCIO IMAGEM-WWF

1 16/11/2004 REVISÃO GERAL DO DOCUMENTO

LUIS CARLOS DAMBRÓS

CONSÓRCIO IMAGEM-WWF

Memorial Descritivo do Mapa de Regiões Fisionômicas e Uso da Terra

LISTA DE DISTRIBUIÇÃO ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVEL ORGANIZAÇÃO RESPONSÁVELIMAGEM GABRIELA

IPPOLITI AGMA SANDRA

REZENDE AGETOP MÁRCIO

RESENDE

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS.................................................................................................. 1

2. METODOLOGIA ........................................................................................................................ 1

2.1 Nomenclatura fitogeográfica ...................................................................................... 5

2.2 Interpretação das classes de cobertura vegetal e uso da terra ........................... 9

2.3 Definição dos polígonos de remanescentes ............................................................. 11

2.4 Estruturação da legenda dos remanescentes .......................................................... 12

2.5 Construção do mapa final (integração das interpretações Formações Vegetais Remanescentes e Uso da Terra) ...................................................................................... 13

2.6 Possíveis confusões espectrais................................................................................... 17

2.7 Checagem de campo ................................................................................................... 18

3. CARACTERIZAÇÃO SUMARIADA DAS TIPOLOGIAS VEGETAIS REMANESCENTES ....... 21

4. SÍNTESE GERAL DOS RESULTADOS..................................................................................... 35

5. SÍNTESE POR FOLHA 1:250 000 ........................................................................................... 39

6. BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 151

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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1. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Este documento apresenta os procedimentos metodológicos que embasaram a realização

do mapeamento das fito fisionomias remanescentes e o uso da terra no projeto “Definição

de Áreas Prioritárias para Conservação no Estado de Goiás”, contratado junto ao consórcio

IMAGEM/WWF pela Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas e Agência Goiana do

Meio Ambiente, AGETOP e AGMA, respectivamente. Busca ainda fazer descrições

sumariadas das tipologias remanescentes, confrontando-as com aspectos generalizados de

relevo, solos e litologias, bem como estabelecer as quantificações obtidas em cada uma

das 34 (trinta e quatro) folhas na escala de 1:250 000 que compõe o estado de Goiás

(com o Distrito Federal incluído) referidos ao Sistema Geodésico Brasileiro. Complementa a

memória o arquivo fotográfico e dados obtidos por ocasião das viagens de checagem de

campo.

2. METODOLOGIA

A metodologia utilizada que resultou no Mapa das Regiões Fisionômicas e Uso da Terra,

foi proposta e discutida em duas reuniões conjuntas (Consórcio e Agências

AGMA/AGETOP), sendo a primeira realizada nas dependências da AGETOP em Goiânia, no

dia 16/10/2003 e a segunda em São José dos Campos (SP), nos dias 13 e 14/05/2004,

convocadas e realizadas conforme agendas anexas:

AGENDA DE REUNIÃO

DELIBERAÇÃO DA LEGENDA DO MAPEAMENTO DA COBERTURA VEGETAL E USOS DO

SOLO

Produto Final Mapa de Regiões Fisionômicas do Estado de Goiás

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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DATA PREVISTA: Dia 16 de Outubro de 2003

Quinta-Feira Dia 16/10/2003 – Mapa das Regiões Fisionômicas do Estado de

Goiás

LOCAL: AGMA - Goiânia – de 9:30 às 17:30 h

FINALIDADE: Reunião Técnica com clientes e consultor para discutir a proposta de

Legenda sugerida a AGMA/ AGETOP e apresentação do Produto Piloto preparado pela

IMAGEM

PARTICIPANTES: Edson Sano, Luiz Dambrós, Omar Silva Jr., Weber Pires, e Corpo Técnico

da AGMA.

PROGRAMAÇÃO:

09:30 h as 10:00 h – Apresentação dos Consultores a AGMA e AGETOP

10:00 h as 11:00 h – Apresentação do Mapa Piloto e Metodologia de Trabalho

11:00 h as 12:00 h – Apresentação de Propostas de Legenda

12:00 h as 13:00 h – Intervalo para Almoço

13:30 h as 16:30 h – Discussão das Propostas Apresentadas

16:30 h as 17:30 h – Encerramento da Reunião com Conclusão da Legenda Definitiva

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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Dia 13 de Maio Mapa das Regiões Fisionômicas e Uso da Terra

8:30 – 9:00 Mapa de Regiões Fito ecológicas

Apresentação – Consultor Luis A. Dambrós

9:00 – 9:30 Mapa de Cobertura Vegetal e Uso da Terra

Apresentação – Consultor Edson Sano

9:30 – 9:45 Café – Hotel

9:45 – 10:15 Exposição das Agências

10:15 – 11:30 Discussão

11:30 – 12:00 Fechamento registrado em ata de reunião

12:00 – 13:30 Almoço - Hotel

Mapa de Unidades de Paisagem e Vulnerabilidade Ambiental

13:30 – 14:15 Metodologia Vulnerabilidade Ambiental

Apresentação – Consultor Edson Crepani / Luís Borsoi

14:15 – 14:45 Vulnerabilidade dos Solos do Estado de Goiás

Apresentação – Consultor Geraldo César

14:45 – 15:00 Exposição das Agências

15:00 – 15:15 Café - Hotel

15:15 – 16:30 Discussão

16:30 – 17:00 Fechamento registrado em ata de reunião

Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação

17:00 – 18:00

Proposta metodológica para geração do Mapa de Áreas Prioritárias

para Conservação

Apresentação – Carlos Scaramuzza

Dia 14 de Maio Mapa de Áreas Prioritárias para Conservação - Continuação

8:30 – 9:30 Exposição das Agências

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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9:30 – 11:15 Discussão

11:15 – 11:30 Fechamento registrado em ata de reunião

11:30 – 12:00 Lanche - Hotel

Implantação do SIG

12:00 - 12:30 Modelo de Dados da Base do Projeto/Disponibilização dos dados na

Intranet - Apresentação – Thiago Ferreira

12:30 – 13:00 Exposição das Agências

13:00 – 14:45 Discussão – Requisitos Funcionais do Sistema

14:45 – 15:00 Fechamento registrado em ata de reunião

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2.1 Nomenclatura fitogeográfica

Da primeira reunião realizada na AGETOP, resultou a Legenda de Cobertura Vegetal e

Usos da Terra, conforme anexo contido na ata daquela reunião:

ANEXO I

Legenda de Cobertura Vegetal e Usos da Terra

VEGETAÇÃO NATURAL:

Classes

Sub-Classes

Formações Florestais Mata de Galeria e Ciliar

Mata Seca e Cerradão

Formação Savânica Cerrado Sentido Restrito

Formação Campestre Campo Cerrado, Campo limpo, Campo Sujo,

Campo Rupestre

VEGETAÇÃO ALTERADA:

Classes Sub-Classes

Cultura Anual

(Cultura em Pivô Central)

Cultura Perene

Pastagens Cultivadas – Nativas

Reflorestamento Pinus, Eucalipto, Seringeira- Silvicultura

Área Urbana – Núcleo Rural

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Espelho D’ água

Outros Queimadas, Mineração, Solo Exposto (não

culturais)

AREA DE TENSÃO ECOLOGICA Encraves – Áreas de Transição

Como se pode observar, as classes e subclasses da vegetação natural são as da

nomenclatura fitogeográfica proposta por Ribeiro & Walter (1998). Apesar do

fácil entendimento, essa classificação foi posteriormente preterida e

substituída pela adotada nos mapas de vegetação brasileira, produzidos pelo

IBGE, com base nos levantamentos do Projeto RADAMBRASIL e oficialmente

usados para estabelecimento de políticas públicas a nível regional. Essa

classificação cujo embasamento teórico é discutido no Manual Técnico da

Vegetação Brasileira (IBGE, 1992), tem bases conceituais adaptadas aos

sistemas de classificações internacionais, além de ter se mostrada como a mais

adequada para a escala de representação de 1:250 000.

Para adequação aos objetivos, neste trabalho fez-se algumas pequenas

alterações, especialmente na maneira de representar as legendas das

formações e subformações vegetais. Além de que, para satisfazer parte dos

usuários, foi introduzido em anexo, as equivalências com a classificação de

Ribeiro & Walter, op.cit.

Assim, a vegetação natural remanescente e que foi aprovada no Workshop em

São José dos Campos, passou a ser designada da seguinte maneira:

Região da Savana (Cerrado)

S1 - Savana Florestada

S2 - Savana Arborizada sem floresta-de-galeria

S3 - Savana Arborizada com floresta-de-galeria

S4 - Savana Parque sem floresta-de-galeria (terrenos bem drenados)

S5 - Savana Parque com floresta-de-galeria (terrenos bem drenados)

S6 - Savana Parque sem floresta-de-galeria (terrenos mal drenados)

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S7 - Savana Parque com floresta-de-galeria (terrenos mal drenados)

S8 - Savana Gramíneo-Lenhosa sem floresta-de-galeria (terrenos bem drenados)

S9 - Savana Gramíneo-Lenhosa com floresta-de-galeria (terrenos mal drenados)

Região da Floresta Estacional Semidecidual

F1 - Floresta Estacional Semidecidual Aluvial

F2 - Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas

F3 - Floresta Estacional Semidecidual Submontana

F4 - Floresta Estacional Semidecidual Submontana (terrenos calcáreos)

F5 - Floresta Estacional Semidecidual Montana

Região da Floresta Estacional Decidual

D1 - Floresta Estacional Decidual Submontana

D2 - Floresta Estacional Decidual Submontana (terrenos calcáreos)

D3 - Floresta Estacional Decidual Montana

Formações Pioneiras

P1 - Formação Pioneira Fluvial e/ou Lacustre Herbácea

P2 - Formação Pioneira Fluvial e/ou Lacustre Arbustiva

No quadro a seguir estão relacionadas as classes e equivalentes da nomenclatura de

Ribeiro & Walter, que tem se mostrado adequadas para escalas de semi detalhe e

detalhe.

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• Parque de Cerrado

• Vereda (às vezes)

• Campo Sujo Úmido (às vezes)

• Campo Sujo com Murunduns (às vezes)

Savana Parque

(terrenos mal drenados)

(S6; S7)

• Cerrado Ralo

• Cerrado Rupestre

• Campo Sujo Seco (às vezes)

• Campo Rupestre (às vezes)

Savana Parque

(terrenos bem

drenados)

(S4;S5)

• Cerrado Denso

• Cerrado Típico Savana Arborizada

(S2; S3)

• Cerradão Savana Florestada

(S1)

Campo Limpo Úmido (às vezes)

Campo Limpo com Murunduns (às vezes)

Vereda (às vezes)

Formações Pioneiras

Herbáceas

(P1)

Campo Sujo Úmido (às vezes)

Campo Sujo com Murunduns (às vezes)

Vereda (às vezes)

Formações Pioneiras

Arbustivas

(P2)

Campo Limpo Úmido

Campo Limpo com Murunduns

Vereda (às vezes)

Campo Sujo Úmido (às vezes)

Savana Gramínea-

Lenhosa (terrenos mal

drenados)

(S9)

Campo Limpo Seco

Campo Sujo Seco (às vezes)

Campo Rupestre (às vezes)

Savana Gramínea-

Lenhosa (terrenos

bem drenados) (S8)

• Mata Seca Sempre-verde Floresta Estacional

• Mata-de-galeria (às vezes)

• Mata Ciliar (às vezes)

• Palmeiral (às vezes)

Floresta Estacional

Semidecidual Aluvial

(F1)

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2.2 Interpretação das classes de cobertura vegetal e uso da terra

O procedimento utilizou diferentes métodos de classificação, de acordo com as

características dos alvos: classificação manual, classificação não supervisionada e

classificação supervisionada, que serão descritos à continuação.

A interpretação começou em todas as imagens, pelas classes com menor nível de

confusão espectral: Pivô de irrigação, Áreas Urbanas.

Para a classe Cultura em Pivô Central o método utilizado foi a interpretação e digitalização

manual/visual; ou seja, foram gerados polígonos (manualmente) das áreas irrigadas por

Pivô Central, e estes polígonos foram convertidos para o formato raster (matricial) com

valor correspondente ao de sua classe na legenda do projeto para posteriormente serem

agrupados na classificação final.

Para a classe Área Urbana o método utilizado foi o mesmo do pivô central, porém ao

delimitar a área que é atribuída como área urbana, o interprete manteve no interior da

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

10

mesma, as classes que correspondem à cobertura vegetal dentro da cidade, como

exemplo parques, reservas etc.

Para as classes restantes, foram utilizadas ferramentas de classificação não supervisionada

(ISODATA) do software Erdas Imagine v. 8.6. Os pixels foram agrupados e atribuídos

estatisticamente, à classe espectral de maior semelhança. Foram utilizadas em todos os

casos, as bandas 3, 4 e 5 das imagens Landsat ETM+.

O resultado da interpretação automática foi uma imagem com 30 classes; essas foram

agrupadas seguindo uma interpretação manual/visual, verificando se a classe era coerente

com o tema a ser interpretado, para posteriormente processar a combinação e edição das

mesmas. Cada classe foi editada separadamente, para evitar conflitos entre classes com a

mesma resposta espectral.

Quando uma classe se encontrava finalizada, esta era subtraída da imagem (multiplicação

de Imagens) com o intuito de diminuir os conflitos espectrais posteriores. O resultado foi

uma imagem com as áreas de classes anteriormente classificadas, sem informação. A

imagem resultante deste processo foi utilizada para a interpretação da próxima classe.

Algumas das classes da legenda exigiram a comparação dos dados da imagem com dados

auxiliares como Censo Agropecuário do Estado de Goiás, Mapas de Vegetação do Projeto

RADAMBRASIL (escala 1:1.000.000), zoneamentos econômico-ecológicos detalhados e

dados do trabalho de campo.

Após a classificação de todos os temas, foi realizado o mosaico de todas as classes para

obter um único arquivo com todas as classes da legenda.

Para esse mapeamento a área mínima de representação foi de 25 ha, tendo sido

contempladas as seguintes tipologias:

01 – Mata de Galeria e Ciliar

02 – Mata Seca ou Cerradão

03 – Cerrado Sentido Restrito

04 – Campo Limpo

05 – Campo Sujo, Campo Rupestre

06 – Cultura em Pivô Central

07 – Cultura Anual

08 – Cultura Perene

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09 – Pastagem

10 – Reflorestamento

11 – Água

12 – Área Urbana, Núcleo Rural

13 – Outros Ex. Queimadas, Mineração, Solo exposto (não Agricultura)

14 – Área de Tensão Ecológica

OBSERVAÇÃO: As trinta e quatro cartas resultantes desse mapeamento específico

constitui se na base do mapa final – Mapa das Regiões Fisionômicas e Uso da Terra do

Estado de Goiás, cuja construção exigiu uma integração das interpretações e adequação

de escala. Essa base de dados, na íntegra, entretanto, foi disponibilizado para as

Agências, para que deles se faça o melhor uso.

2.3 Definição dos polígonos de remanescentes

Para a elaboração do mapeamento das Formações Vegetais Remanescentes utilizou-se

como base o mapa de Uso da Terra, confeccionado digitalmente com procedimentos e

técnicas variadas incluindo classificação supervisionada, não supervisionada e manual.

As cinco primeiras classes do Mapa de Uso, mais a classe 14, consideradas naturais e

identificadas preliminarmente como Mata de Galeria / Ciliar, Mata Seca ou Cerradão,

Cerrado Sentido Restrito, Campo Limpo, Campo Sujo/Campo Rupestre e Área de Tensão

Ecológica, foram retrabalhadas visando sua adequação à escala de 1:250.000 e à

nomenclatura fitogeográfica.

Esse tratamento foi realizado com o cruzamento visual das interpretações do uso, em

papel transparente, diretamente sobre as imagens analógicas do satélite LANDSAT ETM+,

na composição colorida RGB – 543, correspondentes aos anos de 2001-2002.

Para adequação à escala foram inicialmente desconsiderados todos os polígonos isolados

de vegetação natural, com dimensões inferiores a 0,5 cm² aproximadamente, e cuja

representação no terreno equivale a mais ou menos 156 ha. Polígonos menores foram

mantidos quando interligados, e quando isso ocorreu a legenda foi definida como

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

12

“mosaico” e ou Área de Contato, dependendo do caso. Áreas de vegetação ciliar como

matas de galerias e/ou floresta aluvial só foram consideradas quando com dimensões de

no mínimo 1,5 mm, representando no terreno cerca de 370 m de largura,

aproximadamente.

As classes das Formações Vegetais Remanescentes foram redefinidas de acordo com a

nomenclatura fitogeográfica do Projeto RADAMBRASIL (Góes-Filho et al, 1982),

especificada e comentada no Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE, 1992). Para a

aferição da legenda contou-se com o trabalho de mapeamento denominado Vegetação do

Estado de Goiás, Atualização dos Antropismos e Inventário, efetuado pelo Radambrasil em

convênio com o IBDF, em 1984.

Obs: Todas as outras classes do mapa de uso, incluindo as de vegetação natural de

polígonos não representativos foram classificados como “N”.

2.4 Estruturação da legenda dos remanescentes

Na representação do mapa os polígonos com vegetação remanescente podem ser simples,

quando com uma única classe, ou com até três componentes, sendo que neste caso a

ordem identifica sua importância, o primeiro é o de maior representatividade. Ex: S214

(Savana Arborizada sem floresta-de-galeria+Savana Florestada+Savana Parque sem

floresta-de-galeria). Áreas de Contato ou de Tensão Ecológica são identificadas na legenda

quando da junção de duas letras maiúsculas, seguidas por numerais que identificam a

principal formação contatada de cada região fito ecológica, respectivamente, sendo que, a

primeira a ser representada é a de maior importância ou ocorrência no polígono. Ex:

SD11 (Contato de Savana Florestada com Floresta Estacional Decidual Submontana).

Obs: Quando na representação aparece apenas uma letra, a ocorrência de mais de um

dígito carateriza um mosaico de fisionomias de uma mesma região fito ecológica.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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2.5 Construção do mapa final (integração das interpretações Formações

Vegetais Remanescentes e Uso da Terra): Mapa de Regiões Fisionômicas e Uso

da Terra

Após a interpretação, as 34 cartas (escala 1:250.000) correspondentes às formações

vegetais remanescentes foram “scaneadas”, georreferenciadas e posteriormente

vetorizadas (Figura 1).

Fig. 1: Exemplo de uma carta de formações Vegetais Remanescentes (escala de

1:250.000)

- Transformação das classes do Mapa digital de Formações de Vegetação

Remanescente

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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Cada classe do Mapa Digital de Formações de Vegetação Remanescente. Foi transformada

para arquivos AOI (“Área of Interest”) no software Erdas Imagine versão 8.6(Vide Figura

2).

Fig.2 Exemplo de AOI

- Atribuição das Classes

Depois da transformação das classes em AOI, foi utilizado o comando FILL (Erdas Imagine

versão 8.6.) para realizar a atribuição das classes aos diferentes polígonos (classificação),

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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utilizando como “background” (classificação de fundo) a interpretação do Uso da Terra

descrita no item 2.2; com exceção da classe” N “, todas as demais classes do Mapa de

Formações Vegetais Remanescentes passaram a ser integradas com a interpretação do

Uso do Solo, utilizada como classificação de fundo (Vide Figura 3).

Os espaços ocupados pela classe “N” no mapa de Formações de Vegetação Remanescente

continuaram com a classificação relacionada no mapa de Uso da Terra.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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Fig.3 Exemplo de atribuição de classes com Uso de “background”

- Edições necessárias para integração das interpretações

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

17

A consolidação das duas classificações em um único produto exigiu ainda algumas

edições, representados no tópicos abaixo:

- Edição dos limites de integração das classes dos diferentes mapeamentos;

- Eliminação de polígonos menores a 156 ha pertencentes às classes Mata de Galeria e

Ciliar, Mata Seca ou Cerradão, Cerrado Sentido Restrito, Campo Limpo, Campo Sujo,

Campo Rupestre provenientes da classificação do Uso das Terras;

- No caso de polígonos de uso da terra pertencentes às classes Cultura em Pivô Central,

Cultura Anual, Cultura Perene, Pastagem, Reflorestamento, Água, Área Urbana, Núcleo

Rural e Outros, foram mantidos os polígonos de tamanho menor do que 156 ha,

considerando-se 25 ha como tamanho mínimo das classes.

2.6 Possíveis confusões espectrais

Como em todo mapeamento é natural ocorrer erros interpretativos, por maior controle

que se faça, incluindo maior checagem de campo. Uma maneira de errar menos é tornar

muito genérica as classes. Optou-se por tentar acertar, discriminando o melhor possível

essas classes, para esta escala e este sensor. Outrossim, algumas situações devem ser

destacadas como áreas de potencial confusão espectral:

- Áreas assinaladas como de Savana Gramíneo-Lenhosa e ou Savana Parque,

especialmente as de ocorrência extra Unidades de Conservação e em terrenos de

Cambissolos e Neossolos Litólicos, podem eventualmente estarem superestimadas,

representando na verdade áreas antropizadas com pastagens plantadas, ou mais

comumente, áreas degradadas com retirada parcial dos indivíduos, configurando na

realidade um “campo antrópico”. O inverso também pode ter ocorrido, isto é, em

situações assemelhadas de solos, porções assinaladas como de Pastagem, representar

eventualmente, tratos naturais de Savana Gramíneo-Lenhosa e ou Savana Parque,

principalmente.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

18

- Áreas de Savana Florestada (Cerradão) tem refletância muito semelhante as de

Floresta Estacional Semidecidual e ou Decidual. Assim é possível que alguma confusão

possa ter havido na definição dessas categorias.

- Capoeiras de estágios avançados tem igualmente refletância semelhante ao Cerradão

e ou outra tipologia florestal. Assim, algumas áreas assinaladas como de Cerradão e

ou de florestas, podem na realidade não ser ou estarem muito degradadas. O estágio,

ou melhor, o estado de conservação é um atributo que, geralmente, só pode ser

obtido “in loco”.

- Nas áreas de encostas muito movimentadas e escarpas, pode ter havido uma

superestimação e/ou subestimação das fisionomias, agravado pelo problema da

sombra.

- Entre as classes de Uso da Terra: Pastagem e Lavoura Anual é possível que tenha

havido as maiores confusões. É praticamente impossível separar, somente com análise

espectral e em determinados tipos de solos, lavouras e pastagem plantada, cujo

estágio evolutivo ou “stand” são muito assemelhados. Para tentar diminuir, ou pelo

menos distribuir o erro, foram utilizados os censos agropecuários municipais.

- Finalmente, não se pode deixar de comentar que o mapeamento se refere à

interpretações de imagens com datas de aquisição de 2001 e 2002. De lá para cá

alguma coisa, é provável, já mudou.

2.7 Checagem de campo

Visando validar as informações retiradas das interpretações das imagens foram

programados e realizados dois períodos de campo, conforme os roteiros em anexo. A

primeira viagem foi executada no período de 14 a 25 /06/2004 e teve a participação dos

seguintes profissionais: Luiz Fernando Borsoi (especialista em geomorfologia – Imagem);

Geraldo César Oliveira (especialista em solos – consultor Imagem/UFG); Luiz Alberto

Dambrós (especialista em vegetação – consultor Imagem/IBGE) e com o

acompanhamento dos técnicos da Agência Ambiental: Alejandro, Denise e Suzete.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

19

A segunda viagem executada basicamente no sul do estado no período de 18 a

22/10/2004, sem a presença do Prof. Geraldo, contou com os técnicos da Agência

Ambiental: Alejandro, Denise, Greig e Suzete e pela Imagem Luiz Borsoi e Luiz Dambrós.

Ferramentas Utilizadas

Imagens de satélite Landsat em papel na composição 543, recortadas no formato 1:250

000; interpretações em papel poliéster, na mesma escala dos mapas de uso da terra e de

remanescentes.

Para a documentação dos trabalhos de campo, foram utilizados computadores de mão

(“Palm Top”) com o software ArcPad e GPS’s acoplados; assim, os pontos visitados foram

georreferenciados e documentados em um tema de pontos que contem a descrição

temática na sua tabela de atributos.

Dentro do software ArcPad, pode-se visualizar e manipular os temas “limite de município”,

“estradas a serem percorridas”, “localidades”, “pontos pré-estabelecidos no escritório”, e o

tema com os pontos coletados em campo. O Palm Top serviu também de navegador

espacial para os técnicos, facilitando assim a localização em tempo real.

Após o preenchimento do formulário, em cada ponto foi anexado pelo menos uma

fotografia digital, utilizando a câmera que também se encontra acoplada no computador

de mão. Em alguns pontos utilizou-se máquina fotográfica tradicional. As fotografias,

todas georreferenciadas, constituem mais um dos atributos do ponto em questão.

Roteiro do Trabalho de campo 1

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

20

Roteiro do Trabalho de campo 2

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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3. CARACTERIZAÇÃO SUMARIADA DAS TIPOLOGIAS VEGETAIS

REMANESCENTES

A Classificação da Vegetação Brasileira, adaptada a um Sistema Universal, proposta pelo

IBGE (1992) distingue no Brasil nove (9) regiões ou tipos principais de vegetação, assim

discriminadas:

- Floresta Ombrófila Densa (Floresta Pluvial Tropical);

- Floresta Ombrófila Aberta (faciações da Floresta Densa);

- Floresta Ombrófila Mista (Floresta de Araucária);

- Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia);

- Floresta Estacional Decidual (Floresta Estacional Decidual);

- Campinarana (Campinas);

- Savana (Cerrado);

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

22

- Savana-Estépica (Caatinga do Sertão Árido, Campos de Roraima, Chaco Sul

Matogrossense e Parque de Espinilho da Barra do Rio Guaraí) e

- Estepe (Campanha Gaúcha e Campos Gerais Planálticos)

Para o Estado de Goiás, submetido a um clima continental com dois períodos bem

demarcados por chuvas e secas, a mesma classificação define a ocorrência de três (3)

dessas tipologias:

- Savana (Cerrado);

- Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia) e

- Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia).

A grosso modo, nas áreas interfluviais, a distribuição desses tipos obedece a gênese e a

fertilidade dos solos. Em terrenos areníticos lixiviados e fortemente aluminizados, ocorre a

Savana (Cerrado). Já nos solos calcíferos e/ou de origem magmática e logicamente mais

férteis (latossolos e argissolos distróficos e/ou eutróficos), ocorrem os tipos florestais

estacionais.

Região da Savana (Cerrado)

De acordo com o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (IBGE,1992), o termo Savana

procede da Venezuela, tendo sido empregado pela primeira vez por Oviedo y Valdez

(1851), para designar os “lhanos arbolados da Venezuela” (formação graminóide dos

planaltos, em geral coberta por plantas lenhosas) e posteriormente levado para a África

(apud.Tansley, 1935). No decorrer de décadas entretanto vários autores utilizaram-se de

outros termos para designar esta vegetação:

- Humboldt (1806) chamou-a “Estepe”

- Drude (1889) denominou-a “Estepe tropical”

- Schimper (1903) designou-a “Floresta de savana” para representar as formações

graminosas arborizadas intertropicais.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

23

- Warming (1908) denominou-a no Brasil de “campos cerrados ou vegetação

xerofítica”, em fase de um longo período seco bem demarcado (1973).

- Chevalier (1932) “Savana”

- Lanjouw (1936) “Savana”

- Trochain (1951/54) “Savana”

- Rawitscher (1952) adotou a terminologia de Warming de campo cerrado

- Beard (1953) “Savana”

- Aubréville (1956) “Savana”

- Schnell (1971) “Savana”

- Projeto RADAMBRASIL (1973/86) “Savana (Cerrado)”.

Quando do mapeamento do Radambrasil, após as ponderações acima, resolveu-se adotar

o termo Savana como prioritário e Cerrado como sinônimo regionalista, por apresentar

uma fito fisionomia ecológica homóloga àquelas.

A Savana (Cerrado), é conceituada como uma vegetação xeromorfa, preferencialmente de

clima estacional (mais ou menos seis meses secos), podendo não obstante ser encontrada

também em clima ombrófilo. Reveste solos lixiviados aluminizados, apresentando sinúsias

de hemicriptófitos, geófitos, caméfitos e fanerófitos oligotróficos de pequeno porte, com

ocorrência por toda a Zona Neotropical e prioritariamente no Brasil Central. Em outras

partes do País, recebe nomes locais, como: “tabuleiro”, “agreste” e “chapada” no

nordeste, “campina” ou “gerais” no norte de Minas, Tocantins e Bahia, dentre outras

denominações.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

24

A Savana (Cerrado) foi subdividida em quatro subgrupos de formação, todas bem

representadas no Estado de Goiás:

- Savana Florestada (Cerradão);

- Savana Arborizada (Campo Cerrado, Cerrado “propriamente dito”);

- Savana Parque (Campo Sujo de Cerrado, Cerrado de Pantanal) e

- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo de Cerrado)

Embora constituam formações florestais com estrutura típica, etc, as florestas-de-galerias,

pelas suas dimensões, não são separadas nesse sistema de classificação, construído para

representar mapeamentos em escalas regionais, sendo consideradas portanto, como

componentes da Savana (Cerrado). A presença ou ausência delas, numa determinada

área, entretanto, define as subformações vegetais, onde poderemos ter por ex: Savana

Arborizada sem floresta-de-galeria e/ou Savana Arborizada com floresta-de-galeria e assim

por diante.

Savana Florestada (Cerradão)

Na caracterização do Manual Técnico da Vegetação Brasileira, op cit. o Cerradão, como

popularmente é designado, constitui um “Subgrupo de formação com fisionomia típica e

característica, restrita a áreas areníticas lixiviadas com solos profundos, ocorrendo em um

clima tropical eminentemente estacional. Apresenta sinúsias lenhosas de micro e

nanofanerófitos tortuosos com ramificação irregular, providos de macrófilos esclerófilos

perenes ou semi-decíduos, ritidoma esfoliado corticoso rígido ou córtex maciamente

suberoso, com órgãos de reserva subterrâneos ou xilopódio. Não apresenta sinúsia nítida

de caméfitos, mas sim relvado hemicriptofítico, de permeio com plantas lenhosas

raquíticas e palmeiras anãs”.

Para Ribeiro & Walter (1998), o Cerradão é uma formação florestal, embora admitam que

floristicamente tem maior similaridade com o Cerrado, propriamente dito. Apresenta

dossel predominantemente contínuo e cobertura arbórea oscilando entre 50 a 90%, com

altura variando de 8 a 15 metros. Em sua maioria, os solos onde ocorre são profundos e

bem drenados, não obstante podem ocorrer em solos mais rasos e por isso, podendo

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

25

ainda ser subdividido em Cerradão Mesotrófico e Cerradão Distrófico, de acordo com sua

correspondência à fertilidade do solo, sendo que em cada tipo agregam-se espécies

características adaptadas a cada ambiente.

Ainda, segundo Ribeiro &Walter, de maneira geral, as espécies arbóreas mais freqüentes

no Cerradão são: Callisthene fasciculata, Caryocar brasiliense, Copaifera langsdorffii,

Emmotum nitens, Hirtella glandulosa, Lafoensia pacari, Magonia pubescens,

Siphoneugenia densiflora, Vochysia haenkeana e Xilopia nitida. Outros autores

acrescentam ainda: Agonandra brasiliensis, Bowdichia virgilioides, Dalbergia miscolobium,

Dimorphandra mollis, Kielmeyera coriacea, Machaerium opacum, Platypodium opacum,

Platypodium elegans, Pterodon emarginatum, Qualea grandiflora e Sclerolobium

paniculatum. Como arbustos são citados: Alibertia edules, Alibertia sessilis, Brosimum

gaudichaudii, Bauhinia bongardii, Casearia silvestrys, Casearia javitensis, Copaifera

oblongifolia, Duguetia furfuracea, Miconi albicans, Miconia macrothyrsa e Rudgea

viburnoides.

Savana Arborizada (Campo Cerrado, Cerrado “propriamente dito”)

Para o IBGE(1992) essa tipologia é caracterizada como “Subgrupo de formação natural ou

antropizado que se caracteriza por apresentar uma fisionomia nanofanerofítica rala e outra

hemicriptofítica graminóide contínua, sujeito ao fogo anual. Estas sinúsias dominantes

formam fisionomias ora mais abertas (Campo Cerrado); ora com a presença de um

“scrub” adensado (Cerrado “propriamente dito”). A composição florística, apesar de

semelhante à da Savana Florestada, possui ecótipos dominantes que caracterizam os

ambientes de acordo com o espaço geográfico ocupado...”

Para Ribeiro &Walter, já citado, essa formação é uma das formações savânicas do Bioma

Cerrado e estaria classificada ou correspondendo basicamente ao que eles denominam

tipo fisionômico Cerrado sentido restrito e em especial aos subtipos Cerrado Denso e

Cerrado Típico, com a seguinte caracterização: “O Cerrado Denso é um subtipo de

vegetação predominantemente arbóreo, com cobertura de 50% a 70% e altura média de

5 a 8 metros. Representa a forma mais densa e alta de Cerrado sentido restrito. Os

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

26

estratos arbustivos e herbáceos são mais ralos, provavelmente devido ao sombreamento

resultante da maior densidade de árvores.... O Cerrado Típico é um subtipo de vegetação

predominantemente arbóreo-arbustiva, com cobertura arbórea de 20% a 50% e altura

mádia de três a seis metros. Trata-se de uma forma comum e intermediária entre o

Cerrado Denso e o Cerrado Ralo.”

Trabalhos de diversos autores, entre os quais os de Ratter et al (1996), apud Ribeiro &

Walter op.cit. sobre a composição florística de 98 áreas distintas no Brasil, mostra que de

534 espécies encontradas apenas 26 ocorreram em pelo menos 50% delas, são elas:

Acosmium dasycarpum, Annona crassiflora, Astronium fraxinifolium, Brosimum

gaudichaudii, Bowdichia virgilioides, Byrsonima coccolobifolia, Byrsonima verbascifolia,

Caryocar brasiliense, Connarus suberosus, Curatella americana, Dimorphandra mollis,

Erythroxylum suberosum, Hancornia speciosa, Hymenaea stigonocarpa, Kielmeyera

coriacea, Lafoensia pacari, Machaerium acutifolium, Pouteria ramiflora, Qualea grandiflora,

Qualea multiflora, Qualea parviflora, Roupala montana, Salvertia convallariodora, Tabebuia

alba, Tabebuia ochracea e Tocoiena formosa. Entre as espécies arbustivas mais

freqüentes são citadas: Casearia sylvestris, Cissampelos ovatifolia, Davilla eliptica,

Duguetia furfuracea, Manihot spp, Palicourea rigida, Parinari obtusifolia, Protium ovatum,

Syagrus flexuosa, Syagrus petraea, Vellozia squamata e Zeyhera digitalis. Entre as

herbáceas são mencionadas: Axonopus barbigerus, Echinolaena inflexa, Laudetiopsis

chrysotris, Mesosetum lolliforme, Paspalum spp, Schizachirium tenerum e Tachypogon

spp.

Savana Parque (Campo-Sujo-de-Cerrado, Cerrado-de-Pantanal)

Na conceituação do IBGE, trata-se de “Subgrupo de formação constituído essencialmente

por um estrato graminóide, integrado por hemicriptófitos e geófitos de florística natural ou

antropizada, entremeado por nanofanerófitos isolados, com conotação típica de um

“parque inglês” (Parkland). A Savana Parque de natureza antrópica é encontrada em todo

o País, já a natural ocorre algumas vezes com feição de campos litossólicos e/ou

rupestres. Em áreas encharcadas de depressões periodicamente inundadas, ocorrem as

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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tipologias naturais de Cerrado-de-Pantanal, com denominações regionais diversas,

caracterizadas pela presença de “covoais”, “monchões” ou “murunduns”, ...”

Nos terrenos bem drenados essa formação equivale aos subtipos definidos por Ribeiro &

Walter como Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre, e as vezes com o Campo Sujo Seco e o

Campo Rupestre. Nos terrenos mal drenados a equivalência é com o Parque de Cerrado e

eventualmente com Vereda, Campo Sujo Úmido e Campo Sujo com Murunduns. Para

esses autores, o Cerrado Ralo é um subtipo de vegetação arbóreo-arbustiva, com

cobertura arbórea entre 5% a 20% e altura média de dois a três metros, apresentando

uma florística semelhante ao Cerrado Denso e Cerrado Típico, embora estruturalmente

seja diferente. O Cerrado Rupestre é definido como um subtipo de vegetação arboreo-

arbustiva que ocorre em ambientes rupestres (Litólicos ou rochosos). Possui cobertura

arbórea entre 5% a 20%, altura média de 2 a 4 metros e estrato arbustivo-herbáceo

também destacado. As espécies arbóreas-arbustivas concentram-se nas fendas das

rochas, sendo muitas, endêmicas.

O Parque de Cerrado é definido como “uma formação savânica caracterizada pela

presença~de árvores agrupadas em pequenas elevações do terreno, algumas vezes

imperceptíveis, conhecidas como “murundus” ou “monchões”. As árvores possuem altura

média de três a seis metros e formam uma cobertura arbórea de 5% a 20%. Os solos são

hidromórficos, e melhor drenados nos murundus que nas áreas planas adjacentes....A

flora que ocorre nos murundus é similar à que ocorre no Cerrado sentido restrito, porém

com espécies que provavelmente apresentam maior tolerância à saturação hídrica do perfil

do solo...A flora herbácea predomina nas áreas planas adjacentes aos murundus, e é

similar a que ocorre nos campos úmidos.”

Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo-Limpo-de-Cerrado)

Essa formação equivale basicamente ao que Ribeiro & Walter denomina como Campo

Limpo, fisionomia caracterizada pela insignificante presença de arbustos e subarbustos e

ausência completa de árvores. Pode ser encontrada em diferentes posições topográficas,

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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variados graus de umidade e fertilidade de solo. Em maior freqüência, entretanto, ocupa

encostas, chapadas, olhos-d’água, circundando veredas e bordas de matas de galeria,

geralmente em solos Litólicos, Cambissolos e ou solos hidromórficos como Plintossolos. Se

o lençol freático fica próximo à superfície caracteriza o Campo Limpo Úmido, quando

profundo, Campo Limpo Seco. Tem, eventualmente, equivalência com o Campo Rupestre

e também ao Campo Sujo. Quando ocorrem em áreas planas relativamente extensas,

contíguas aos rios e inundadas periodicamente recebem também denominações como

“Campo de Várzea’, Várzea ou “Brejo”.

Para o IBGE, prevalecem nesta fisionomia, quando natural, os gramados entremeados por

plantas lenhosas raquíticas, que ocupam extensas áreas dominadas por hemicriptófitos e

que, aos poucos, quando manejados através do fogo ou pastoreio, vão sendo substituídos

por geófitos que se distinguem por apresentar colmos subterrâneos, portanto mais

resistentes ao pisoteio do gado e ao fogo.

A flora destaca a família Poaceae como a mais representativa tendo como gêneros mais

freqüentes: Aristida, Axonopus, Echinolaena, Ichnanthus, Loudetiopsis, Panicum,

Paspalum, Trachypogon e Tristachya.Das Cyperaceas destacam-se: Bulbostylis e

Rhincosphora. Além dessas, diversas espécies herbáceas de outras famílias destacam-se

pela floração apresentada na época chuvosa ou mesmo após as queimadas.

Região da Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia)

Vegetação florestal cujo conceito, para o IBGE (1992), está condicionado pela dupla

estacionalidade climática. Uma tropical com época de intensas chuvas de verão seguida

por estiagem acentuada e outra subtropical sem período seco, mas com seca fisiológica

provocada pelo intenso frio do inverno, com temperaturas médias inferiores a 15o C.

É constituída por fanerófitos com gemas foliares protegidas da seca por escamas (catáfilos

ou pêlos) e cujas folhas adultas são esclerófilas ou membranáceas deciduais. Neste tipo

de vegetação, a porcentagem das árvores caducifólias no conjunto florestal e não das

espécies que perdem as folhas individualmente situa-se entre 20 e 50%. Nas áreas

tropicais é composta por mesofanerófitos que revestem, em geral, solos areníticos

distróficos. Já nas áreas subtropicais é composta por macrofanerófitos em face de

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

29

revestirem solos basálticos eutróficos. Esta floresta possui dominância de gêneros

amazônicos de distribuição brasileira, como por exemplo: Parapiptadenia, Peltophorum,

Cariniana, Lecythis, Tabebuia, Astronium e outros de menor importância fisionômica.

Tal tipo vegetacional, para o Brasil e o Estado de Goiás, foi subdividido em quatro

formações, ordenadas segundo hierarquia topográfica que refletem fisionomias diferentes

de acordo com as variações eco típicas das faixas altimétricas resultantes de ambientes

também distintos, com a seguinte distribuição preferencial:

Formação aluvial - não varia topograficamente, sua ocorrência é azonal, estando

representada sempre nos ambientes repetitivos, dentro dos terraços aluviais dos flúvios.

Formação das terras baixas - situada entre os 4o de latitude N e os 16o de latitude

S, a partir dos 5 m até em torno de 100 m acima do mar; de 16o de latitude S a 24o de

latitude S de 5 m até em torno de 50 m; de 24 de latitude S a 32 de latitude S de 5 m até

em torno de 30 m.

Formação submontana - situada nas encostas dos planaltos e/ou serras entre os 4o

de lat. N e os 16o de latitude S a partir de 100 m até em torno dos 600 m; de 16o de

latitude S a 24o de latitude S de 50 m até em torno de 500 m; de 24o de latitude S a 32o

de latitude S de 30 m até em torno de 400 m.

Formação montana - situada no alto dos planaltos e/ou serras entre os 4o de

latitude N e os 16o de latitude S a partir de 600 m até em torno dos 2.000 m; de 16o de

latitude S a 24o de latitude S de 500 m até em torno de 1.500 m; de 24o de latitude S. até

32o da latitude S de 400 m até em torno de 1.000 m.

Floresta Estacional Semidecidual Aluvial

No Brasil é uma formação encontrada com maior freqüência na grande depressão

pantaneira mato-grossense do sul, sempre margeando os rios da bacia do rio Paraguai. No

Estado de Goiás esta formação ocupa os terraços e planícies holocênicas ao longo dos

cursos d’água, em especial do Araguaia e dos baixos cursos de seus tributários que

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

30

medeiam o domínio morfoestrutural das depressões e planícies com Coberturas Detríticas

e/ou Lateríticas Cenozóicas, da área. Apresenta uma composição florística bastante

seletiva, em função da capacidade de suportar encharcamento periódico, tendo, às vezes,

estruturas adaptadas, como raízes aéreas ou tabulares. É a formação que se apresenta

com uma menor estacionalidade ou queda de folhas. Entre suas espécies é comum

encontrar Triplaris garneriana, Enterolobium sp, Buchenavia sp, Albizia sp, Senna

multijuga, Bactris sp, Protium spp, Spondias lutea, Vochysia divergens, Terminalia sp,

Celtis sp, Ficus sp, Tabebuia spp, Inga spp, Cariniana rubra, Cochlospermum sp, Psidium

sartorianum, Tapirira guianensis, Calophyllum brasiliense, entre outras.

Tem alguma similaridade estrutural com a Mata-Ciliar de Ribeiro & Walter e também com

a Mata de Galeria inundável, embora suas espécies, as vezes, sejam bastante

diferenciadas.

Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas

Formação florestal cuja ocorrência situa-se intermediariamente entre a das planícies

holocênicas e a das florestas dos terrenos mais altos, sem nenhuma incidência de

inundação. No Brasil posicionam-se geralmente em terrenos pleistocênicos e/ou plio-

pleistocênicos com cotas altimétricas inferiores a 100 metros, mas que, na área,

excepcionalmente podem chegar a cerca de 250 metros. Para esse mapeamento, incluiu-

se com de Terras Baixas toda a formação florestal da região de Novo Mundo e São Miguel

do Araguaia, dentro da depressão cenozóica do Araguaia, cuja composição florística é

bastante diversa e onde a presença de elementos ou espécies amazônicas são importantes

fisionomicamente. É a floresta onde ocorre a palmeira bacaba (Oenocarpus distichus).

Tem correspondência com a Mata Seca de Ribeiro & Walter, e maior similaridade com o

subtipo Mata Seca Sempre-Verde.

Floresta Estacional Semidecidual Submontana

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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Em todo o Brasil, esta formação ocorre freqüentemente nas encostas interioranas das

serras da Mantiqueira e dos Órgãos e nos planaltos centrais capeados pelos arenitos

Botucatu, Bauru e Caiuá dos períodos geológicos Jurássico e Cretáceo.

Distribui-se desde o Espírito Santo e sul da Bahia até o Rio de Janeiro, Minas Gerais, São

Paulo, norte e sudoeste do Paraná, sul do Mato Grosso do Sul, adentrando pelo sul de

Goiás através do rio Paranaíba. Na forma disjunta pode ocorrer ainda, entremeada à

formações savanícolas especialmente no Centro-Oeste como em Goiás, onde se diferencia

por ocupar, quase sempre, os terrenos aplanados, com solos mesotróficos, profundos, tipo

Latossolos.

Nas encostas interioranas das serras marítimas os gêneros dominantes, com indivíduos

deciduais, são os mesmos que ocorrem na Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica),

como: Cedrela, Parapiptadenia e Cariniana, sendo que nos planaltos areníticos os ecótipos

deciduais que caracterizam esta formação pertencem aos gêneros amazônicos Hymenaea

(jatobá), Copaífera (óleo-vermelho), Peltophorum (canafístula), Astronium, Tabebuia,

Balfourodendron e muitos outros.

Tem correspondência com o subtipo de formação florestal Mata Seca Semidecídua, de

Ribeiro & Walter.

Floresta Estacional Semidecidual Montana

Em todo o Brasil, são poucas as áreas ocupadas por esta formação, separadas pelo critério

de altitude. Situam-se principalmente na face interiorana da serra dos Órgãos, no Estado

do Rio de Janeiro e na serra da Mantiqueira, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e

Minas Gerais (Itatiaia), do Espírito Santo, (Caparaó). Outras áreas ainda menores como na

região sudeste de Goiás, são as dos pontos culminantes dos planaltos areníticos.

A formação montana é quase sempre dominada pelo gênero Anadenanthera que às vezes

constitui consorciações da “ochlospécie” Anadenanthera peregrina, de origem amazônica,

localizada principalmente nos “sills” basálticos ainda conservados.

Igualmente é referida ou equiparada ao subtipo de formação florestal Mata Seca

Semidecídua, de Ribeiro & Walter, exaustivamente citado.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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Região da Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia)

Tipo de vegetação com conceituação ecológica semelhante a da floresta semidecidual,

ocorrendo basicamente na forma de disjunções por todo o Brasil, caracterizadas por

apresentar o estrato dominante macro e mesofanerofítico predominantemente caducifólio,

com mais de 50% dos indivíduos despidos de folhagem no período desfavorável.

Estas disjunções florestais deciduais são, via de regra, dominadas tanto nas áreas tropicais

como nas subtropicais pelos mesmos gêneros de origem afro-amazônica, tais como:

Peltophorum, Anadenanthera, Apuleia, embora suas espécies sejam diferentes, o que

demarca um “domínio florístico” também diferente quanto à fitossociologia das duas

áreas. Além disso, este tipo de vegetação apresenta grandes áreas descontínuas

localizadas, do norte para o sul entre a Floresta Ombrófila Aberta e a Savana (Cerrado);

de leste para oeste entre a Savana Estépica (Caatinga do sertão árido) e a Floresta

Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia) e finalmente, no sul na área

subtropical, no vale do rio Uruguai, entre a Floresta Ombrófila Mista (Floresta-de-

Araucária) do Planalto Meridional e a Estepe (Campos Gaúchos).

Em Goiás, pelo critério altimétrico, ocorrem as formações Submontana e Montana.

Floresta Estacional Decidual Submontana

Nesta formação encontram-se dispersas as maiores disjunções deste tipo de vegetação

florestal decidual, que são observadas pelo Brasil. Em Goiás, especificamente, ocorre duas

dessas áreas disjuntas: O “mato grosso de Goiás” e as matas da região do Vale do Paranã.

A maior parte da floresta situada na região central do Estado de Goiás, cuja formação é

conhecida popularmente como “mato grosso de goiás” retrata uma fisionomia ecológica

com mais de 50% de seus ecótipos sem folhas na época desfavorável. Nela predominam

meso e microfanerófitos, resultante da mistura de ecótipos savanícolas de alto porte com

outros caducifólios florestais. A origem florística desta formação é predominantemente

afro-amazônica, destacando-se os gêneros Copaifera, Hymenaea, Tabebuia, Chorisia,

Pseudobombax, Miracruodron (Astronium), Anadenanthera e muitas outros de menor

expressão fisionômica. Esta tipologia tem correspondência principal com solos férteis ou

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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eutróficos, derivados de rochas metamórficas e intrusivas básicas e ou ultra básicas

granulitizadas, mas que, geralmente, são rasos ou pouco profundos. Tem que ser

salientado, entretanto, que parte do chamado “mato grosso de Goiás” apresenta uma

fisionomia bem menos caducifólia, quando isso ocorre, corresponde a solos mais

profundos e a áreas aplanadas, passando a ser designada com Floresta Estacional

Semidecidual.

A floresta da região do chamado “Vão do Paranã” que tem estreita ligação com os solos

eutróficos calcáreos, apresenta um dossel bem mais decidual. Distingue-se ainda pela

florística com a singular presença do gênero Cavanillesia, compondo juntamente com

indivíduos dos gêneros Tabebuia, Miracruodron, Caesalpinia, Schinopsis, Bursera,

Parapiptadenia, Cedrela, entre outros. Esta floresta apresenta-se, por vezes, com

característica de mistura entre as floras do Cerrado e da Caatinga nordestina.

Para Ribeiro & Walter essas florestas se enquadram na tipologia Mata Seca Decídua.

Floresta Estacional Decidual Montana

Essa formação com distribuição muito restrita no Estado de Goiás; tem composição

florística e características muito assemelhadas a da formação submontana. Em não se

observando diferenças significativas, desnecessário e fastigioso seria descreve-la.

Áreas das Formações Pioneiras

Ao longo do litoral, bem como nas planícies fluviais e mesmo ao redor das depressões

aluviais (pântanos, lagunas e lagoas), há freqüentemente terrenos instáveis cobertos por

uma vegetação, em constante sucessão, de terófitos, criptófitos (geófitos e/ou hidrófitos),

hemicriptófitos, caméfitos e nanofanerófitos. Trata-se de uma vegetação de primeira

ocupação de caráter edáfico, que ocupa terrenos rejuvenescidos pelas seguidas

deposições de areias marinhas nas praias e restingas, as aluviões fluviomarinhas nas

embocaduras dos rios e os solos ribeirinhos aluviais e lacustres. São essas as formações

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

34

que se consideram como pertencendo ao “complexo vegetacional edáfico de primeira

ocupação” (Formações Pioneiras). Tal designação prende-se assim a uma tentativa de

conceituar comunidades localizadas, sem ligá-las aprioristicamente às regiões ecológicas

clímaces, pois a vegetação que ocupa uma área com solo em constante rejuvenescimento

nem sempre indica estar a mesma no caminho da sucessão para o clímax da região

circundante. São exemplos as vegetações da orla marítima e dos pântanos, ambas

semelhantes entre si, em qualquer latitude ou longitude do País, sempre com plantas

adaptadas aos parâmetros ecológicos do ambiente pioneiro. Isto talvez sugira a causa de

estarem estas comunidades ligadas a famílias e gêneros do universo tropical psamófilo e

hidrófilo, seja através da dispersão de seus ecótipos, ou seja através da adaptação ao

ambiente especializado tropical, cujos fatores limitantes em geral determinaram ecótipos

de distribuição universal, como é o caso dos gêneros: Remirea, das praias, Salicornia, das

áreas psamófilas, Rhizophora e Avicenia, dos manguezais, e Typha, das áreas pantanosas.

Vegetação Pioneira com influência fluvial (comunidades aluviais)

Trata-se de comunidades vegetais das planícies aluviais que refletem os efeitos das cheias

dos rios nas épocas chuvosas, ou, então, das depressões alagáveis todos os anos. Nestes

terrenos aluviais, conforme a quantidade de água empoçada e ainda o tempo que ela

permanece na área, as comunidades vegetais vão desde a pantanosa criptofítica

(hidrófitos) até os terraços alagáveis temporariamente de terófitos, geófitos e caméfitos,

onde, em muitas áreas, as Palmae dos gêneros Euterpe e Mauritia se agregam,

constituindo o açaizal e o buritizal do norte do País.

Nos pântanos, o gênero cosmopolita Typha fica confinado a um ambiente especializado,

diferente dos gêneros Cyperus e Juncus, que são exclusivos das áreas pantanosas dos

trópicos. Estes três gêneros dominam nas depressões brejosas em todo o País.

Nas planícies alagáveis mais bem drenadas ocorrem comunidades campestres e os

gêneros Panicum e Paspalum dominam em meio ao caméfito do gênero Thalia. Nos

terraços mais enxutos dominam nanofanerófitos dos gêneros Acacia e Mimosa,

juntamente com várias famílias pioneiras, como: Solanaceae, Compositae, Myrtaceae e

outras de menor importância sociológica.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

35

No Estado de Goiás, as Veredas podem ser consideradas como um tipo de Formação

Pioneira. Outras áreas assinaladas estão na região da depressão do Araguaia, onde

ocorrem com as fisionomias ora herbácea, ora arbustiva.

4. SÍNTESE GERAL DOS RESULTADOS

Para uma área total de 346.038,627 km ou 34.603.862,7 ha (Distrito Federal incluído), o

estudo apontou um total de 12.281.026,9 ha de remanescentes contra 22.322.835,7 ha de

antropismos, ou seja, 35,49 % é o que ainda resta de vegetação nesta área.

Esse resultado, entretanto, deve ser visto com alguma cautela, pois no caso de matas, o

estudo não separou as áreas de capoeiras em estágios avançados, sendo nestes casos

consideradas ou computadas como de remanescentes. Da mesma forma, áreas de

cerrado, em uso de pastoreio extensivo e onde o corte seletivo e queimadas são

consideradas normais, também foram computadas como de remanescentes.

Para efeito de cálculo de áreas e percentagens fez-se uma simplificação, agrupando-se as

classes da seguinte maneira:

Agrupamento das classes de Remanescentes

Região da Savana (Cerrado)

1- Savana Florestada (Cerradão) – 768.037,8 ha

(s1, s12, s124, s13, s17, sd11, sd12, sf11, sf12, sf13, sf14, sf15)

2- Savana Arborizada (Cerrado Típico, Cerrado Denso) – 6.973.399,0 ha

(s2, s21, s214, s24, s241, s248, s26, s27, s3, s31, s314, s32, s34, s341, s35, s36, s37,

sd2, sd21, sd22, sd23, sd31, sf2, sf21, sf23, sf24, sf25, sp21)

3- Savana Parque (Cerrado Ralo, Cerrado Rupestre, Campo Sujo Seco (às vezes), Campo

Rupestre (às vezes)) – 3.067.360,9 ha

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

36

(s4, s41, s42, s428, s43, s431, s48, s483, s5, s51, s52, s53, s538, s58, s581, sd41, sd42,

sd43)

4- Savana Parque (Parque de Cerrado, Vereda (às vezes), Campo Sujo Úmido (às vezes),

Campo Sujo com Murunduns(às vezes)) – 545.312,8 ha

(s62, s69, s7, s71, s72, s73, s79, sf61, sf73, sp71)

5- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Seco, Campo Sujo Seco (às vezes), Campo

Rupestre(às vezes)) – 201.231,6 ha

(s81, s85)

6- Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Úmido, Campo Limpo com Murundus,

Vereda (às vezes), Campo Sujo Úmido (às vezes)) – 34.936,9 ha

(s9, s97)

Região da Floresta Estacional Semidecidual (Floresta Tropical Subcaducifólia)

7- Floresta Estacional Semidecidual Aluvial – 347.838,1 ha

(f1, f12, f16, fp11, fp12, fs11, fs12, fs13, fs16)

8- Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas – 129.863,6 ha

(f2, f21, fp22, fs21, fs22, fs24)

9- Floresta Estacional Semidecidual Submontana – 41.842,3 ha

(f3, f31, f4, fs31, fs33, fs41)

10- Floresta Estacional Semidecidual Montana – 30.156,9 ha

(f5, fs51, fs52)

Região da Floresta Estacional Decidual (Floresta Tropical Caducifólia)

11- Floresta Estacional Decidual Submontana – 130.359,9 ha

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

37

(d1, d2, d22, ds11, ds21, ds22)

12- Floresta Estacional Decidual Montana – 5.231,6 ha

(ds34)

Formações Pioneiras

13- Formações Pioneiras Fluviais e ou Lacustres (Campo Sujo Úmido (às vezes), Campo

Sujo com Murundus (às vezes), Vereda (às vezes)) – 5.455,4 ha

(p12, p21)

Agrupamento das classes de usos

1- Água – 279.171,2 ha

2- Área urbana e núcleo rural – 253.854,0 ha

3- Culturas (cultura anual, cultura em pivô central, cultura permanente) – 6.226.092,8

ha

4- Pastagens – 15.474.340,9 ha

5- Reflorestamento – 54.840,7 ha

6- Outros (nuvens, queimadas...) – 34.536,0 ha

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

38

Percentagem Remanescentes

6,3%

56,8%

25,0%

4,4%

1,6%

0,3%

2,8%

1,1%

0,3%

1,1%

0,0%0,0%

0,2%

Savana Florestada (Cerradão)

Savana Arborizada (Cerrado Típico, Cerrado Denso)

Savana Parque (Cerrado Ralo, Cerrado Rupestre...)

Savana Parque (Parque de Cerrado, Vereda (àsvezes)...)Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Seco...)

Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Úmido...)

Floresta Estacional Semidecidual Aluvial

Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas

Floresta Estacional Semidecidual Submontana

Floresta Estacional Semidecidual Montana

Floresta Estacional Decidual Submontana

Floresta Estacional Decidual Montana

Formações Pioneiras Fluviais e ou Lacustres (CampoSujo Úmido (às vezes)...)

Percentagem Usos

1,3%1,1%

27,9%

69,3%

0,2%

0,2%

Água

Área urbana e núcleo rural

Culturas (cultura anual, cultura em pivô central, culturapermanente) Pastagens

Reflorestamento

Outros (nuvens, queimadas...)

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

39

5. SÍNTESE POR FOLHA 1:250 000

O Estado de Goiás com o Distrito Federal incluído perfaz ou é constituído por 34 folhas do

encarte 1:250 000, conforme figura anexa.

MIR FOLHA NOMECARTA

343 SD-22-X-A ARAGUAÃU

344 SD-22-X-B ALVORADA

345 SD-23-V-A ARRAIAS

346 SD-23-V-B BARREIRAS

360 SD-22-X-C SÃO MIGUEL DO ARAGUAIA

361 SD-22-X-D PORANGATU

362 SD-23-V-C CAMPOS BELOS

363 SD-23-V-D SÃO DOMINGOS

375 SD-22-Y-B NOVA XAVANTINA

376 SD-22-Z-A ITAPACI

377 SD-22-Z-B URUAÃU

378 SD-23-Y-A IACIARA

379 SD-23-Y-B POSSE

391 SD-22-Y-D BARRA DO GARÃAS

392 SD-22-Z-C GOIÁS

393 SD-22-Z-D GOIANÉSIA

394 SD-23-Y-C BRASILIA

406 SE-22-V-A GUIRATINGA

407 SE-22-V-B IPORÁ

408 SE-22-X-A SÃO LUIS DE MONTES BELOS

409 SE-22-X-B GOIÂNIA

410 SE-23-V-A UNAI

420 SE-22-V-C MINEIROS

421 SE-22-V-D JATAI

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

40

422 SE-22-X-C RIO VERDE

423 SE-22-X-D MORRINHOS

424 SE-23-V-C PARACATU

433 SE-22-Y-A PARQUE NACIONAL DAS EMAS

434 SE-22-Y-B CACU

435 SE-22-Z-A QUIRINËPOLIS

436 SE-22-Z-B UBERLÂNDIA

437 SE-23-Y-A PATOS DE MINAS

447 SE-22-Y-D PARANAIBA

448 SE-22-Z-C ITURAMA

FOLHA SD22.XA – Araguaçu (MIR 343)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 12°S a 13°S e

pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG é apenas parcialmente ocupada por parte das

terras dos municípios de São Miguel do Araguaia e Novo Planalto, com uma área de

1.591,23 km² ou 159.123 ha.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção goiana da folha está toda ela inserida no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos

em Estruturas Sedimentares Concordantes e na Região Geomorfológica da Superfícies

Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Planície do Bananal e parte na

Unidade Superfície do Araguaia. Na Unidade da Planície do Bananal, com litologias

quaternárias ocorre mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional

Semidecidual Aluvial, nos aluviões e de Savana Parque, nos Plintossolos da Formação

Araguaia. Na Unidade Superfície do Araguaia, com equivalência a rochas do

Mesoproterozóico e Latossolos ocorrem os principais usos agropecuários, intercalados com

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

41

remanescentes de Savana Arborizada, principalmente, seguida de Savana Florestada e

também Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Culturas

Pastagem

Outros

SAVANA PARQUE

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA ARBORIZADA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS

s62, s69, s7,

s72

f16, fs16

s97

s1, s13, sf12

s2, s21, s3,

s31

fs21

950,1534

58,0275

57222,29

24,30002

48912,26

34201,24

10122,12

3767,57

3665,659

725,853

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

42

Percentagem

35,8%

21,4%

6,3%

2,4%

2,3%

0,6%

0,5%

0,0%

0,0%

30,6%

Pastagem

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/VEREDAS/CAMPO SUJO UMIDO)SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS

Culturas

Outros:Queimada, Mineiração, Solo Exposto, (NãoAgricultura)

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

A folha não foi contemplada com visita de campo.

SD22.XB – Alvorada (MIR 344)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na extremidade norte do estado é limitada pelos paralelos 12°S a 13°S e

pelos meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, é apenas parcialmente ocupada por parte das

terras dos municípios de Porangatu e Montividiu do Norte, em uma área de 819,1 km² ou

81.910,1ha.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Embora pequena,a porção goiana da folha está inserida em dois Domínios

Morfoestruturais: dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes e dos Planaltos

em Estruturas Dobradas. O primeiro configurado na Região Geomorfológica das

Superfícies Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Superfície do Araguaia e

parte na Unidade Superfície do Tocantins. O segundo domínio é parte da Região do

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

43

Planalto Central Goiano, subdivido nas unidades Complexo Serrano Barro Alto Serra

Dourada e Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná. Obviamente, as superfícies

aplanadas são as que se apresentam com maior uso. Os remanescentes são basicamente

de Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana Arborizada sem

floresta-de-galeria, nas morrarias. Em área de planície com Aluvião Quaternário sobre

Gleissolos, também ocorre Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, alternada com Savana

Florestada.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Culturas

Outros

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

fs11

s241, s3, s31, s34

311,625

0,7425

0,135004

35726,77

2078,52

44597,95

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

44

Percentagem

53,9%

43,2%

2,5%

0,4% 0,0%

0,0%

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Água

Culturas

Outros:Queimada, Mineiração, Solo Exposto, (NãoAgricultura)

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

A folha não foi contemplada com visita de campo.

SD23.VA – Arraias (MIR 345)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na extremidade norte do estado e limitada pelos paralelos 12°S a 13°S e

pelos meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, é apenas parcialmente ocupada por parte das

terras do município de Campos Belos, em uma área de 131,25km² ou 13.125ha.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Embora restrita, a porção goiana da folha está inserida em dois Domínios

Morfoestruturais: dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes e dos Planaltos

em Estruturas Dobradas. O primeiro configurado na Região Geomorfológica das

Superfícies Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Superfície do Tocantins e

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

45

parte na Superfície do Vão do Paranã. O segundo domínio pertence a Região do Planalto

Central Goiano, definido na unidade Complexo Montanhoso Veadeiros Araí. A presença de

solos eutróficos (Argilossolos e Cambissolos), derivados basicamente do calcáreo presente

no Grupo Bambui, propiciou a instalação de floresta, sendo ainda hoje observado alguns

pequenos remanescentes, seja de Floresta Estacional Semidecidual, seja de Floresta

Estacional Decidual, ambas submontanas e estas últimas nos terrenos mais rasos.

Obviamente, as superfícies aplanadas são as que se apresentam com maior uso. Os

remanescentes de Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana

Arborizada sem floresta-de-galeria, nas morrarias, correspondem aos solos distróficos e ou

álicos.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

d22

f4

s241, s3, sf24

30,02566

654,638

9453,897

751,287

319,297

1952,69

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

46

Percentagem

71,8%

14,8%

5,7%

5,0%

2,4%

0,2%

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

Culturas

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANAÁgua

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SD23.VB – Taguatinga (MIR 346)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na extremidade nordeste do estado e limitada pelos paralelos 12°S a

13°S e pelos meridianos 45°00’ WG a 46°30’WG, é apenas parcialmente ocupada por

parte das terras do município de Campos Belos, em uma área de 271,12 km² ou 27.112

ha.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção goiana da folha está inserida no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, subdividido ou configurada na Região

Geomorfológica das Superfícies Aplanadas e na Região do Divisor São Francisco Tocantins,

da primeira, sendo partes das Unidades Geomorfológicas Superfície do Tocantins e

Superfície do Vão do Paranã. Da segunda região a Unidade Chapadão Central e

Patamares. A presença de solos eutróficos( Argilossolos e Cambissolos), derivados

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

47

basicamente do calcáreo presente no Grupo Bambui, propiciou a instalação de floresta,

sendo ainda hoje observado alguns pequenos remanescentes, seja de Floresta Estacional

Semidecidual, seja de Floresta Estacional Decidual, ambas submontanas e estas últimas

nos terrenos mais rasos. Obviamente, as superfícies aplanadas são as que se apresentam

com maior uso. Os remanescentes de Savana Arborizada sem floresta-de-galeria, nas

morrarias e encostas, correspondem aos solos distróficos e ou álicos.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

d22

s2, s241, s27, sf24

14,31

5189,294

6,017604

22032,02

Percentagem

80,9%

19,0%

0,1%

0,0%

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Pastagem

Culturas

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

48

SD22.XC – São Miguel do Araguaia (MIR 360)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 13°S a 14°S e

pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 14.185,88 km² ou 1.418.588,3 ha.

De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios:

Amaralina, Bonópolis, Mara Rosa, Mundo Novo, Mutunópolis, Nova Crixás, Novo Planalto,

Porangatu, São Miguel do Araguaia, Santa Terezinha de Goiás e Uirapuru.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica da

Superfícies Aplanadas, sendo parte na Unidade Geomorfológica Planície do Bananal, parte

na Unidade Superfície do Araguaia e pequena parte na Superfície do Tocantins. Na

Unidade da Planície do Bananal, com litologias quaternárias, em modelados de

Acumulação Terraço Fluvial, ocorre mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta

Estacional Semidecidual Aluvial, nos aluviões e predomínio de Savana Parque, nos

Plintossolos da Formação Araguaia. Na Unidade Superfície do Araguaia, com equivalência

a rochas do Mesoproterozóico e Latossolos ocorrem os principais usos agropecuários,

intercalados com remanescentes de Savana Arborizada, principalmente, seguida de

Savana Florestada e também Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas. No

Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destaca-se uma porção no leste da folha e

pertencente a Região do Planalto Central Goiano, o modelado de Dissecação Estrutural da

Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná, ainda bastante

conservado, ostentando um mosaico vegetacional, com predomínio de Savana Arborizada.

Nesta região, a presença da palmeira bacaba ou norte-sul (Oenocarpus distichus), em

meio as pastagens, constitui um importante indicador ecológico, denunciando limites da

antiga ocupação da Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

49

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS

FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OU LACUSTRES

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

f12, f16, fp12, fs11, fs16

f2, f21, fs21, fs24

p12

s2, s21, s3, s31, s34, sd21

s1, s12, s124, s13, sf12

s7, s72, s73

4270,962

809,5284

10053,72

841504,7

8,235008

111104

67120,17

4184,307

269795

40920,23

68989,8

Percentagem

59,3%19,0%

7,8%

4,9%

4,7%

2,9%

0,7%

0,3%

0,3%

0,1%

0,0%

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Culturas

Água

FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OULACUSTRES (CAMPO SUJO UMIDO/CAMPO SUJOCOM MURUNDUNS/VEREDAÁrea Urbana e Núcleo Rural

Outros:Queimada, Mineiração, Solo Exposto, (NãoAgricultura)

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

50

SD22.XD – Porangatu (MIR 361)

SITUAÇÃO:

A folha localizada no norte do estado e limitada pelos paralelos 13°S a 14°S e pelos

meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem boa parte de suas terras ocupada por municípios

goianos, perfazendo uma extensão de 15.810,84 km² ou 1.581.084,7 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Amaralina,

Campinaçu,Campinorte, Cavalcante, Colinas do Sul, Estrela do Norte, Formoso, Mara Rosa,

Minaçu, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Niqulândia, Novo Planalto, Porangatu, Santa

Terezinha de Goiás, Trombas e Uruaçu.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas destaca a Região do

Planalto Central Goiano e sua unidades: Complexo Montanhoso Veadeiros Arai, Complexo

Serrano Barro Alto Serra Dourada, Chapada do Rio Maranhão e Planalto do Divisor

Araguaia Tocantins Paraná. São áreas ainda bastante conservadas, dadas as condições

adversas de aptidão agrícola. O contrário é observado no Domínio dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, onde as superfícies aplanadas, representadas nas

unidades: Superfície do Araguaia, Superfície do Tocantins e Superfície Intermontana

Uruaçu Ceres estão bastante antropizadas e em crescente utilização para lavouras, sendo

hoje, uma das atuais fronteiras da soja, em Goiás. Os remanescentes são basicamente de

Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana Arborizada sem

floresta-de-galeria, nas morrarias, obviamente em mosaicos com Savana Parque, Savana

Florestada e Savana Gramíneo-Lenhosa, ou em contato com Floresta Estacional Decidual

Submontana, não separados devido a escala. Em área de planície com Aluvião Quaternário

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

51

sobre Gleissolos, também ocorre Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, alternada com

Savana Florestada.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

fs11

s21, s214, s24, s241, s248,

s3, s31, s34, s35, sd21

s1, sd11, sf11

s42, s48, s53

20023,29

480,5922

0,383182

782313,7

366,727

1107,89

625913,7

14267,9

138363

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

52

Percentagem

49,4%

39,5%

8,7%

1,3%

0,9%

0,1%

0,0%

0,0%

0,0%

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Água

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Área Urbana e Núcleo Rural

Outros

Culturas

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SD23.VC – Campos Belos (MIR 362)

SITUAÇÃO:

A folha localizada no nordeste do estado e limitada pelos paralelos 13°S a 14°S e pelos

meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem boa parte de suas terras ocupada por municípios

goianos, perfazendo uma extensão de 14.817,83 km² ou 1.481.783 ha. De forma integral

ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Alto Paraíso de Goiás,

Campos Belos, Cavalcante, Colinas do Sul, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara,

Monte Alegre de Goiás, Nova Roma, São Domingos e Teresina de Goiás.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas destaca a Região do

Planalto Central Goiano e sua unidade Complexo Montanhoso Veadeiros Arai e a Região

do Divisor São Francisco Tocantins com a unidade Chapadão Central e Patamares. São

áreas ainda bastante conservadas, dadas as condições adversas de aptidão agrícola,

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

53

representados em solos tipo Neossolos Litólicos e ou Cambissolos cascalhentos e ou

rochosos, além de Afloramentos. Os remanescentes são basicamente de feições savânicas

bem abertas, representadas em mosaicos, geralmente com predomínio de Savana Parque

com ou sem floresta-de-galeria. Nesta folha e nas folhas adjacentes estão os maiores

remanescentes contínuos dessas tipologias, popularmente identificadas como Campos e

Cerrados Rupestres. O Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes é

bem mais restrito, estando representado pelas superfícies aplanadas das unidades:

Superfície do Tocantins, Superfície do Vão do Paranã e Superfície Intermontana Uruaçu

Ceres, estas obviamente bem mais antropizadas. No Vão do Paranã, especialmente, e em

morrarias adjacentes, coincidindo com solos eutróficos, ocorrem áreas florestais, hoje

bastante reduzidas, representadas em tipologias de Floresta Estacional Semidecidual

Submontana e Floresta Estacional Decidual Submontana e Montana. Em área de planície

com Aluvião Quaternário sobre Gleissolos, também ocorre Floresta Estacional

Semidecidual Aluvial, alternada com Savana Florestada.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outras

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

d2

fs11

s2, s214, s24, s241, s3, s31,

s34, sd22, sd23, sf24

s12, sf11

s4, s428, s48, s53, s538

1431,213

878,85

25730,11

199778,9

461,9436

3602,452

2383,24

594854,2

12600,4

641368

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

54

Percentagem

43,2%

40,1%

13,5%

1,7%

0,8%

0,2%

0,2%

0,1%

0,1%

0,0%

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Pastagem

Culturas

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Outras

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto1 – Panorâmica da serra com vista para a depressão onde está a cidade de

Cavalcante. Em primeiro plano o Cerradão com babaçus, logo na fralda da serra.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

55

Foto 2 – Fisionomia de Savana Parque (Campo sujo rupestre), aqui destacando uma

espécie de gramínea, que nos pareceu endêmica. Conhecida na região como “taquari ou

taquaril”, reveste as morrarias desta área de forma gregária ou muito abundantemente.

Segundo morador local, é forrageira, tendo também potencial para artesanato.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

56

Foto 3 – Associação Savana Gramíneo-Lenhosa + Savana Parque, com floresta-de-galeria.

Foto 4 – Savana Parque (Campo Sujo Rupestre – Campo de Velozias). Proximidades do

povoado de São Domingos (Araí).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

57

SD23.VD – São Domingos (MIR 363)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na extremidade nordeste do estado e limitada pelos paralelos 13°S a

14°S e pelos meridianos 45°00’ WG a 46°30’WG, tem pequena parcela de suas terras

ocupada por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 3.078,92 km² ou 307.892

ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios:

Campos Belos, Divinópolis de Goiás, Guarani de Goiás, Iaciara, Monte Alegre de Goiás e

São Domingos.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A folha, basicamente, é do Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares

Concordantes, representada pela Região do Divisor São Francisco Tocantins com a

unidade Chapadão Central e Patamares. Nela se destacam os arenitos e coberturas

areníticas do Grupo Urucuia, do Cretáceo e Terciário Quaternário, respectivamente. Com

aptidão restrita, essas áreas se encontram ainda relativamente conservadas, com

fisionomias de Savana Arborizada, principalmente, apesar de, nas áreas aplanadas,

observar-se uma preocupante degradação. Ainda deste domínio e na Região das

Superfícies Aplanadas, pequenas porções estão distribuídas pelas unidades Superfície do

Vão do Paranã e Superfície do Tocantins. Na primeira destaca-se a ocorrência de

remanescentes de Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Uma parcela pequena da

área pertence a Região do Planalto Central Goiano com a unidade Complexo Montanhoso

Veadeiros Arai. Nesta folha encontram-se interessantes remanescentes da tipologia de

Savana Parque e ou Savana Gramíneo-Lenhosa de áreas úmidas, as vezes constituindo

formosas “veredas”.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

58

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outras

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA PARQUE

ds22

s2, s241, s26, s27, s35, sd22, sf24

s7

28,23751

149,3775

5962,344

45321,74

1464,348

43529,56

205251,8

6834,353

Percentagem

66,5%

14,7%

14,1%

2,2%

1,9%

0,5%0,0%

0,0%SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Culturas

Outras

Área Urbana e Núcleo Rural

Água

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

59

Foto 5 – Bem ao fundo, a borda da Serra Geral com cicatrizes de escorregamento de

massa (instabilidade natural).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

60

Foto 6 – Entrada da gruta da Lapa, Parque Estadual de Terra Ronca.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

61

Fotos 7 e 8 – Vegetação típica da região do Parque Estadual da Terra Ronca. Fisionomia

de Cerradão, porém, com espécies da Floresta Estacional Decidual, algumas também

comuns na Caatinga. Espécies identificadas: aroeira, axixá, cedro, pau-jacaré, amburana-

de-cambão, gonçalo-alves, angico, macaúba, barú, cagaita, pau-d’óleo, imbiruçu, pau-

ferro e cactáceas.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

62

.

Foto 9 – Floresta Estacional Decidual sobre afloramentos calcáreos.

SD22.YB – Nova Xavantina (MIR 375)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e

pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, apresenta parcela muito restrita de suas terras

ocupada por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 336,75 km² ou 33.675 ha.

De forma parcial é composto pelos municípios de Aruanã e Britânia.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica da

Superfícies Aplanadas e a Unidade Superfície do Araguaia. Tem litologias basicamente de

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

63

coberturas quaternárias, sendo que na planície de acumulação, com Gleissolos, ocorre

mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial. Nos

pediplanos com Plintossolos, Latossolos e ou Neossolos Háplicos ocorre ou ocorria

predominantemente Savana Parque, Savana Gramíneo-Lenhosa e Savana Arborizada, as

vezes também, Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA PARQUE

fs16

fs21

s2, s37

s69, s7

283,1419

486,248

2501,281

10881

11301,05

891,4158

2765,135

4615,988

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

64

Percentagem

33,5%

32,3%

13,7%

8,2%

7,4%

2,6%

1,4%

0,8%

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Pastagem

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Culturas

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS

Área Urbana e Núcleo Rural

Água

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SD22.ZA – Itapaci (MIR 376)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção noroeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e

pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.466,1 km² ou 1.746.610 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Alto

Horizonte, Araguapaz, Aruanã, Campos Verdes, Crixás, Guarinos, Hidrolina, Itapaci, Mara

Rosa, Mozarlândia, Mundo Novo, Nova América, Nova Crixás, Nova Glória, Pilar de Goiás,

Santa Terezinha de Goiás e Uirapuru.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica da

Superfícies Aplanadas, basicamente na Unidade Geomorfológica Superfície do Araguaia e

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

65

pequena parte na Superfície Intermontana Uruaçu Ceres. Nessa unidade geomorfológica,

nas planícies de acumulação fluvial com Gleissolos, principalmente, ocorrem mosaicos

vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com

Savana Parque, as vezes com Formações Pioneiras. Nos pediplanos, de cobertura

terciário-quaternários, com Latossolos e Plintossolos, principalmente, ocorrem desde

Savana Parque, Savana Arborizada e Savana Florestada a Floresta Estacional Semidecidual

das Terras Baixas, esta última caracterizada pela presença da palmeira bacaba ou norte-

sul (Oenocarpus distichus). Nesta mesma unidade, porém, sobre influência dos granitos-

gnaisses Arqueanos e Cambissolos a vegetação torna-se bastante diferenciada e mais

aberta, embora sua tipologia dominante seja a de Savana Arborizada.

O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destaca uma porção, no sudeste da

folha, como pertencente a Região do Planalto Central Goiano, em modelados de

Dissecação Estrutural da Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia

Tocantins Paraná. Ainda bastante conservado, ostenta um mosaico vegetacional, com

predomínio de Savana Arborizada, mas com presença eventual de Floresta Estacional

Decidual Submontana. Nessa situação os solos são geralmente rasos das tipologias

Neossolos Litólicos e ou Cambissolos.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS

FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OU LACUSTRES

SAVANA ARBORIZADA

d1

fp12, fs11, fs12, fs16

f2, fp22, fs21, fs22, fs24

p21

s2, s21, s214, s24, s3,

8371,566

1840,837

34386,6

1139425

0,382492

62910,89

37495,55

1029,6

410041,5

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

66

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

s31, s34, s36, sd21

s1, s13, sd11, sf12, sf13

s69, s7

s9

s42

26443,59

20797,06

1073,881

2861,24

Percentagem

65,2%

23,5%

3,6%2,1%

2,0%1,5%1,2%0,5%0,2%0,1%

0,1%

0,1%

0,0%

Past agem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRASBAIXAS

Cult uras

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

Água

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

Área Urbana e Núcleo Rural

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SD22.ZB – Uruaçu (MIR 377)

SITUAÇÃO:

A folha localizada no centro norte do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e pelos

meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, está integralmente contida ou ocupada por terras

goianas, perfazendo uma extensão de 17.890,26 km² ou 1.789.026 ha. De forma integral

ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Água Fria de Goiás, Alto

Horizonte, Amaralina, Barro Alto, Campinaçu, Campinorte, Colinas do Sul, Goianésia,

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

67

Hidrolina, Itapaci, Mara Rosa, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Nova Glória, Nova Iguaçu de

Goiás, Pilar de Goiás, São Luiz do Norte, Santa Isabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa

Terezinha de Goiás, Uruaçu e Vila Propício.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas e o dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares concordantes apresentam distribuição mais ou menos

equivalentes. O primeiro domínio, todo ele na Região do Planalto Central Goiano

apresenta-se com as unidades: Complexo Montanhoso Veadeiros Arai, Complexo Serrano

Barro Alto Serra Dourada, Chapada do Rio Maranhão, Planalto do Divisor Araguaia

Tocantins Paraná e muito retritamente o Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. São áreas

ainda bastante conservadas, dadas as adversas de aptidão agrícola, devido

principalmente a seus solos rasos, tipo Cambissolos cascalhentos e Neossolos Litólicos. O

contrário é observado no Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares

Concordantes, onde as superfícies aplanadas, representadas nas unidades: Superfície do

Araguaia, Superfície do Tocantins e principalmente na Superfície Intermontana Uruaçu

Ceres estão bastante antropizadas e em crescente utilização para lavouras, sendo hoje,

uma das atuais fronteiras da soja, em Goiás. Os remanescentes são basicamente de

Savana Arborizada com floresta-de-galeria, nas áreas planas e Savana Arborizada sem

floresta-de-galeria, nas morrarias, obviamente em mosaicos com Savana Parque, Savana

Florestada e Savana Gramíneo-Lenhosa, ou em contato com Floresta Estacional

Semidecidual e ou Decidual Submontana, não separados devido a escala. As áreas

florestais tem correspondência direta com solos eutróficos representados em Argilossolos

e ou Neossolos derivados de rochas básicas e/ou ultra básicas.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

68

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Reflorestamento

Outros

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

d1

f3

s2, s21, s214, s24,

s241, s248,

s3, s31, s34, s35, sd21

s12, sd11

s42, s48, s53, s58,

s581, sd43

63354,17

3100,299

180672,5

566139,8

15176,85

133,81

0,067502

435,308

704421,8

12157,1

243434,2

Percentagem

39,4%

31,6%

13,6%

10,1%

3,5%

0,8%

0,7%

0,2%0,0%

0,0%

0,0%

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Pastagem

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Culturas

Água

Reflorestamento

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Área Urbana e Núcleo Rural

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

Outros

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

69

SD23.YA – Iaciara (MIR 378)

SITUAÇÃO:

A folha localizada no nordeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e pelos

meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.768,07 km² ou 1.776.807 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Água Fria

de Goiás, Alto Paraíso de Goiás, Alvorada do Norte, Cavalcante, Colinas do Sul, Flores de

Goiás, Formosa, Guarani de Goiás, Iaciara, Niquelândia, Nova Roma, Posse, São João

d’Aliança, Simolândia, Sítio d’Abadia e Vila Boa.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

O Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Dobradas destaca a Região do

Planalto Central Goiano e suas unidades Complexo Montanhoso Veadeiros Arai e Chapada

do Rio Maranhão, a oeste. São áreas ainda bastante conservadas, dadas as adversas de

aptidão agrícola, representados por clima bastante árido ou de longo período seco e em

solos tipo Neossolos Litólicos, Plintossolos Pétricos e ou Cambissolos cascalhentos e ou

rochosos, além de Afloramentos. Os remanescentes são basicamente de feições savânicas

bem abertas, representadas em mosaicos, geralmente com predomínio de Savana Parque

e Savana Gramíneo-Lenhosa com ou sem floresta-de-galeria. Nesta folha, encontra-se

uma das maiores áreas protegidas do Estado de Goiás, representada pelo Parque Nacional

da Chapada dos Veadeiros e que juntamente com a folha adjacente ao norte concentram

os maiores remanescentes contínuos dessas tipologias, popularmente identificadas como

Campos e Cerrados Rupestres, principalmente.

O Domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes, com distribuição mais

ou menos eqüitativa, está representado pelas regiões: Superfícies Aplanadas, Planaltos e

Chapadas Goiás Minas e do Divisor São Francisco. Da Região das Superfícies Aplanadas

destaca-se a Superfície do Vão do Paranã a leste e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres

em pequena parcela a oeste. Da Região Chapadas Goiás Minas destaca-se a Superfície das

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

70

Chapadas de Paracatu e pequena parcela do Planalto do Divisor Rio Preto Paranã, também

a leste. Nessas áreas, especialmente nas de dissecação tabular e ou de dissolução

descoberta encontram-se os maiores antropismos. No Vão do Paranã, especialmente, e

em algumas morrarias adjacentes, coincidindo com solos eutróficos, ocorrem áreas

florestais, hoje bastante reduzidas, representadas em tipologias de Floresta Estacional

Semidecidual Submontana e Floresta Estacional Decidual Submontana e Montana. Ainda

no chamado Vão do Paranã, em áreas de planícies de acumulação fluvial com Aluvião

Quaternário, ocorre Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, alternada com Savana

Florestada e em Plintossolos Argilúvicos a Savana Parque de “murundus” ou “cerrado de

bola”.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

ds21

fs11

fs41

s21, s214, s24, s241,

s26, s3,

s31, s34, sd21, sd22,

4935,338

1129,589

105359,2

453156,9

264,91

2859,385

2356,544

14569,57

366,12

626213,8

31002,09

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

71

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

sf21, sf24

sd11, sd12, sf14

s62, s7

s42, s428, s52, s53,

s58, sd42, sd43

32673,15

501949,5

Percentagem

35,2%

28,2%

25,5%

5,9%1,8%1,7%0,8%0,3%0,2%0,1%

0,1%

0,0%

0,0%

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

Past agem

Cult uras

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Água

Ref lorest ament o

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

72

Foto 10 – Área de Plintossolo sendo preparada para agricultura irrigada.

SD23.YB – Posse (MIR 379)

SITUAÇÃO:

A folha localizada no nordeste do estado e limitada pelos paralelos 14°S a 15°S e pelos

meridianos 45°00’ WG a 46°30’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 4.696,37 km² ou 469.637 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Alvorada do

Norte, Buritinópolis, Damianópolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Posse, Simolândia e

Sitio d’Abadia.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A folha encontra-se inteiramente inserida no Domínio dos Planaltos em Estruturas

Sedimentares Concordantes, estando representada pelas região do Divisor São Francisco

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

73

Tocantins, Planaltos e Chapadas Goiás Minas e Superfícies Aplanadas. Da Região do

Divisor São Francisco Tocantins com a unidade Chapadão Central e Patamares, subdividida

em pediplano retocado desnudado, acumulação coluvial, dissecação homogênea tabular e

pediplano degradado inumado. Da Região das Chapadas Goiás Minas com com a unidade

Superfície das Chapadas de Paracatu, subdividida em pediplano degradado inumado e

dissecação homogênea tabular. Da Região das Superfícies Aplanadas com a Superfície do

Vão do Paranã com tipo de modelado de dissolução descoberta.

Nela se destacam os arenitos e coberturas areníticas do Grupo Urucuia, do Cretáceo e

Terciário Quaternário, e a presença de calcáreo, argilitos e folhelhos do Grupo Bambui,

respectivamente. As porções arenosas, com aptidão restrita, se encontram ainda

relativamente conservadas, com mosaicos de fisionomias e predomínio de Savana

Arborizada, principalmente, apesar de, nas áreas aplanadas, observar-se uma preocupante

degradação. Nas porções calcáreas com maior fertilidade destaca-se a ocorrência de

remanescentes de Floresta Estacional Decidual e Semidecidual. Também nessa folha

podem ser encontrados interessantes remanescentes da tipologia de Savana Parque e ou

Savana Gramíneo-Lenhosa de áreas úmidas, as vezes constituindo formosas “veredas”.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

d2, ds21, ds22

s2, s24, s241, s3, s341,

s35, sd22, sf24

s9

s431, s483

479,7353

1044,766

2129,868

253196,8

13834,24

156882

1419,817

41137,72

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

74

Percentagem

53,9%

33,4%

8,8%

2,9%

0,5%

0,3%

0,2%

0,1%Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

Culturas

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/VEREDAS/CAMPO SUJO UMIDO)Área Urbana e Núcleo Rural

Água

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 11 – Área de Floresta Estacional Decidual, facies calcáreo, muito alterada,

destacando algumas barrigudas ou embarés (Cavanillesia arborea).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

75

Foto 12 – Desmatamento em áreas de Savana Arborizada (Cerrado Típico), na região do

Chapadão Central.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

76

Foto 13 – Área de antiga Floresta Estacional Decidual, facies calcáreo.

SD22.YD – Barra do Garça (MIR 391)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção oeste do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S e

pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem cerca da metade de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 9.182,76 km² ou 918.276 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Aragarças,

Aruanã, Bom Jardim de Goiás, Britânia, Fazenda Nova, Itapirapuã, Jussara, Matrinchã,

Montes Claros de Goiás e Santa Fé de Goiás.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com as regiões geomorfológica da

Superfícies Aplanadas e dos Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná. A primeira na

Superfície do Araguaia e a segunda na unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados. Com

distribuição maior, a Superfície do Araguaia apresenta-se com litologias quaternárias e

terciário-quaternárias subdividida em planícies de acumulação fluvial com Gleissolos,

principalmente, onde ocorrem mosaicos vegetacionais com predomínio de Floresta

Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com Savana Parque, as vezes com Formações

Pioneiras e pediplano retocado desnudado, com Latossolos e Neossolos Quartzarrênicos,

principalmente, onde ocorrem basicamente Savana Florestada e Floresta Estacional

Semidecidual das Terras Baixas. No Planalto dos Guimarães Alcantilados em áreas de

acumulação coluvial e de dissecação homogênea tabular predomina a vegetação de

Savana Arborizada com floresta-de-galeria.

O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destaca uma pequena porção, no

sudeste da folha, como pertencente a Região do Planalto Central Goiano, em modelados

de Dissecação Estrutural da Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia

Tocantins Paraná. Com conservação razoável, ostenta um mosaico vegetacional, com

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

77

predomínio de Savana Arborizada, mas com presença eventual de Floresta Estacional

Decidual Submontana. Nessa situação os solos são geralmente rasos das tipologias

Neossolos Litólicos e ou Argilossolos, apresentando como característica fundamental a

presença, as vezes maciça, da palmeira babaçu (Attalea speciosa).

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS

FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OU LACUSTRES

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

fp11, fp12, fs16

f2, fs21

p12

s2, s21, s3, s31,s34,

sd21, sf21, sp21

s1, s12, s13, sd11, sf11 sf12

s7, sf61, sp71

s42, s48, s51, s52, s58

8920,473

888,5761

48545,4

624932,8

73911,94

20284,42

241,493

35195,79

62820,02

23181,92

19494,98

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

78

Percentagem

68,0%

8,0%

6,8%

5,3%

3,8%

2,5%

2,2%

2,1%

1,0%

0,1%

0,0%

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Culturas

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Água

Área Urbana e Núcleo Rural

FORMACOES PIONEIRAS FLUVIAIS E OULACUSTRES (CAMPO SUJO UMIDO/CAMPO SUJO

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SD22.ZC – Goiás (MIR 392)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção centro oeste do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S

e pelos meridianos 59°30’ WG a 51°00’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.808,86 km² ou 1.780.886 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Araguapaz,

Aruanã, Britânia, Carmo do Rio Verde, Ceres, Crixás, Faina, Fazenda Nova, Goiás,

Guaraíta, Heitoraí, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itapaci, Itapirapuã, Itapuranga, Jaraguá,

Jussara, Matrinchã, Morro Agudo de Goiás, Mozarlândia, Nova América, Nova Glória, Novo

Brasil, Rialma, Rianópolis, Rubiataba, São Patrício, Santa Fé de Goiás, Santa Isabel, Santa

Rosa de Goiás, Taquaral de Goiás e Uruana.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

79

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica das

Superfícies Aplanadas, sendo a Superfície do Araguaia a leste e a Superfície Intermontana

Uruaçu Ceres a oeste e separadas ao centro pelo Domínio dos Planaltos em Estruturas

Dobradas Com distribuição maior, a Superfície do Araguaia apresenta-se com litologias

Quaternárias, Terciário-Quaternárias e Arqueanas do Complexo Granito-Gnaissico,

distribuídas em planícies de acumulação fluvial com Gleissolos, onde ocorrem mosaicos

vegetacionais com predomínio de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com

Savana Parque, as vezes com Formações Pioneiras e pediplano retocado desnudado, com

Latossolos no Terciário-Quaternário e Cambissolos no Arqueano, principalmente. Nesse

tipo de modelado (pediplano) ocorrem basicamente Savana Arborizada, Savana Florestada

e também Floresta Estacional Semidecidual das Terras Baixas nos Latossolos, com

predomínio de Savana Parque e Savana Arborizada, nos Cambissolos.

Na Superfície Intermontana Uruaçu Ceres, em rochas das Seqüências Metavulcano

Sedimentares e também do Complexo Granito-Gnaissico, sobre Latossolos e Argilossolos

diversos ocorre Savana Arborizada, Savana Florestada e principalmente Floresta Estacional

Semidecidual Submontana. A floresta ocorre sempre em estreita correlação com a maior

fertilidade do solo, geralmente derivado de anfibolitos e ou de outras rochas básicas.

O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, destacado ao centro da folha, pertence

a Região do Planalto Central Goiano, e distribu-se em modelados de dissecação estrutural

da Unidade Geomorfológica do Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná,

principalmente e também, mais a leste, pela unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba.

Com conservação razoável, ostenta um mosaico vegetacional de Savana e floresta, mas

com presença bastante marcante de Floresta Estacional Decidual Submontana,

especialmente nas áreas de litologias básicas e ultra básicas.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água 9426,905

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

80

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros:

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DAS TERRAS BAIXAS

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

d1, ds21

fs11, fs16

fs21

f3, fs31

s2, s21, s214,

s24, s241,

s3, s31, s34,

s35, sd21

s12, s13, sd11,

sf11, sf12, sf13

s7

s42, s58

4419,137

299033,7

942066,9

1150,246

5606,02

21543,29

3346,215

1805,01

390643,8

65207,98

16643,75

19993,99

Percentagem

52,9%

21,9%

16,8%

3,7%1,2%1,1%0,9%0,5%0,3%0,2%0,2%0,1% 0,1%

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Culturas

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Água

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

Área Urbana e Núcleo Rural

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL DASTERRAS BAIXAS

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

81

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 14 – Floresta Estacional Semidecidual.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

82

Foto 15 – Morrarias com muitos babaçus, ou seriam inajás ? . Vegetação de contato

Cerradão com Floresta Estacional Decidual e que na maioria das vezes é secundária.

Foto 16 – Áreas de pastagens em região de Floresta Estacional Decidual da antiga Colônia

Agrícola Uvá.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

83

Foto 17 – Vegetação de Cerrado Ralo (Savana Arborizada) típica das áreas quartzticas das

imediações de Goiás. À esquerda, pela ordem: Alejandro, Suzi, Denize, Greig e Luiz

Fernando.

SD22.ZD – Goianésia (MIR 393)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção central do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S e

pelos meridianos 58°00’ WG a 49°30’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por

municípios goianos e parte do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 17.808,86

km² ou 1.780.886 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos

seguintes municípios: Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Abadiânia, Alexânia,

Barro Alto, Brasília, Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Goianésia, Itapaci, Jaraguá,

Jesúpolis, Mimoso de Goiás, Niquelândia, Nova Glória, Padre Bernardo, Petrolina de Goiás,

Pirenópolis Planaltina, Rialma, Rianópolis, São Francisco de Goiás, São Luiz do Norte,

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

84

Santa Isabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santo Antônio do

Descoberto e Vila Propício.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,

destacado na Região do Planalto Central Goiano. Juntamente com a Região dos Planaltos

e Chapadas Goiás Minas é distribuída em modelados de dissecação estrutural e também

em modelados de dissecação homogênea tabular. O Planalto Central Goiano destaca as

unidades geomorfológicas: Planalto do Alto Tocantins Paranaíba, Complexo Serrano Barro

Alto Serra Dourada e Chapada do Rio Paranã, conquanto na Região das Chapadas Goiás

Minas destaca-se a unidade Planalto do Distrito Federal. Todas elas apresentam

conservação razoável, especialmente nos modelados de dissecação estrutural, onde

ocorrem mosaicos vegetacionais de Savana e floresta, mas com presença bastante

marcante de Floresta Estacional Decidual Submontana e ou Montana, especialmente nas

áreas de litologias básicas e ultra básicas e/ou as vezes, em situação especial de relevo,

como nas encostas inferiores e vãos de serras, onde tem mais umidade. Em geral, nos

topos predomina a Savana com suas diversas tipologias, indo de Campo Limpo Seco a

Cerrado Denso, as vezes rupestres, nos locais onde predominam afloramentos.

No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes, além

da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, destaca-se a Região Geomorfológica

das Superfícies Aplanadas, representada na unidade Superfície Intermontana Uruaçu

Ceres. Nessa unidade, em rochas das Seqüências Metavulcano Sedimentares, do

Complexo Barro Alto e em Coberturas Terciario-Quaternárias, sobre Latossolos e

Argilossolos diversos ocorre Savana Arborizada, Savana Florestada e principalmente

Floresta Estacional Semidecidual Submontana. A floresta ocorre sempre em estreita

correlação com a maior fertilidade do solo, geralmente derivado de anfibolitos e ou de

outras rochas básicas. Obviamente, nessas superfícies ocorre um maior uso do solo, com

pastagens e também agricultura.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

85

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

d1, ds11

fs11

f3

s21, s214, s24, s241,

s3, s31, s34, s35, sd21

s13, sd11, sf11, sf12

s85

s43, s53, s58, sd43

5990,908

48312,17

321983,7

536568,9

599,47

1397,047

8077,42

753,84

2618,592

211338,3

9781,14

165049

168416,9

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

86

Percentagem

36,2%

21,7%

14,3%

11,4%

11,1%

0,7%

0,5%

0,4%

0,2%

0,1%

0,1%

0,0%3,3%

Pastagem

Culturas

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTRE

Área Urbana e Núcleo Rural

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

Reflorestamento

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto – 18 Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo Seco).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

87

Foto – 19 Savana Gramíneo-Lenhosa+Savana Parque.

SD23.YC – Brasília (MIR 394)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção leste do estado e limitada pelos paralelos 15°S a 16°S e pelos

meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por

municípios goianos e também do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 13.221,25

km² ou 1.322.125 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos

seguintes municípios: Água Fria de Goiás, Brasília, Cabeceiras, Flores de Goiás, Formosa,

Padre Bernardo, Planaltina, Sitio d’Abadia e Vila Boa.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Na porção noroeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,

destacado pela Região do Planalto Central Goiano com as unidades Chapada do Rio

Maranhão e Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

88

modelados de dissecação estrutural da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas,

apresentam-se bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de

Savana e floresta. Em geral, nos topos predomina a Savana com suas diversas tipologias,

indo de Campo Limpo Seco a Cerrado Denso, as vezes rupestres, nos locais onde

predominam afloramentos, mas com presença bastante marcante de Floresta Estacional

Decidual Submontana e ou Montana, especialmente nas áreas de calcáreo com maior

fertilidade e/ou as vezes, em situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e

vãos de serras, onde é maior o teor de umidade.

No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,

destacam-se a Região Geomorfológica das Superfícies Aplanadas e a Região dos Planaltos

e Chapadas Goiás Minas, a primeira representada nas unidades: Superfície do Vão do

Paranã e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres e a segunda pelas unidades: Planalto do

Distrito Federal, Planalto do Divisor Rio Preto Paranã e Superfície das Chapadas de

Paracatu. Nessas unidades, em modelados de dissecação homogênea tabular, de

dissolução descoberta e em áreas aplanadas em geral ocorrem os maiores usos, só não

mais evidenciados, devido a existência de algumas áreas de proteção ou unidades de

conservação.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

fs11

s2, s21, s24, s241, s3, s31,

s34, sd22, sf24

5888,282

61845,88

255377,5

344032,4

2497

52,18082

1587,8

314385,1

10884,29

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

89

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

sd12, sf14

s7, s72

s4, s42, s43, s48, s483, s53,

s58, sd42, sd43

8964,75

317139,2

Percentagem

26,0%

24,0%23,8%

19,3%

4,7%

0,8%

0,7%

0,4%

0,2%

0,1%

0,0%

Past agem

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

Cult uras

Área Urbana e Núcleo Rural

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

Água

Out ros

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

90

Foto 20 – Floresta Estacional Decidual. Coordenadas: 180323; 8284396 alt: 789

SE22.VA – Alto Garça (MIR 406)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção oeste do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e

pelos meridianos 52°30’ WG a 54°00’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 2.550,17 km² ou 255.017 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Baliza,

Doverlândia, Mineiros e Santa Rita do Araguaia.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com as regiões geomorfológica da

Superfícies Aplanadas e dos Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná. A primeira na

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

91

Superfície do Araguaia e a segunda na unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados. Com

distribuição maior, o Planalto dos Guimarães Alcantilados e de litologias da Formação

Ponta Grossa, Formação Furnas e do Grupo Aquidauna, principalmente, apresenta formas

de relevo ou modelados tipo pediplano degradado, caracterizado por apresentar escarpas

e ou ressaltos. Nessas situações a vegetação geralmente encontra-se conservada,

apresentando mosaicos com predomínio de Savana Arborizada e mais Savana Parque,

Savana Florestada e por vezes Floresta Estacional Decidual, em algumas furnas. Em áreas

de dissecação homogênea tabular e em pediplanos retocados, quando não usados,

predomina a vegetação de Savana Arborizada com floresta-de-galeria.

A Superfície do Araguaia, representada em modelados de aplanamento do tipo pediplano

retocado desnudado, apresenta-se basicamente com litologias sedimentares terciárias e

solos tipo Latossolos e Neossolos Quartzarrênicos, em correspondência a Savana

Arborizada, basicamente.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

fs11

s241, s3, s31, s34, sd21

s1

1046,273

46,215

8303,94

136180,2

661,07

109095,7

72,9

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

92

Percentagem

53,3%42,7%

3,3%

0,4%

0,3%

0,0%

0,0%

Past agem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

Cult uras

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Área Urbana e Núcleo Rural

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SE22.VB – Iporá (MIR 407)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção oeste do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e

pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem quase a integridade de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.502,22 km² ou 1.750.222 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios:

Amorinópolis, Aragarças, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Caiapônia, Diorama,

Doverlândia, Fazenda Nova, Iporá, Israelândia, Ivolândia, Jaupaci, Jussara, Montes Claros

de Goiás, Montividiu, Palestina de Goiás, Paraúna e Piranhas.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com as regiões geomorfológica da

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

93

Superfícies Aplanadas, dos Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná e dos Planaltos

Areníticos Basálticos Interiores. A primeira na unidade Superfície do Araguaia e a segunda

na unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados e a terceira na unidade Planalto de Rio

Verde. Com distribuição ampla, a Superfície do Araguaia apresenta-se com litologias

quaternárias e terciário-quaternárias subdividida em planícies de acumulação fluvial com

Gleissolos, principalmente, onde ocorrem mosaicos vegetacionais com predomínio de

Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, as vezes com Savana Parque, as vezes com

Formações Pioneiras e pediplano retocado desnudado, com Latossolos e Neossolos

Quartzarrênicos, principalmente, onde ocorrem basicamente Savana Florestada e Savana

Arborizada.

No Planalto dos Guimarães Alcantilados, também com ampla distribuição, em áreas de

acumulação coluvial e de dissecação homogênea tabular, quando não em uso, predomina

a vegetação de Savana Arborizada com floresta-de-galeria. Nesta mesma unidade com

litologias da Formação Ponta Grossa, Formação Furnas e do Grupo Aquidauna,

principalmente, em modelados tipo pediplano degradado e ou de dissecação estrutural,

caracterizado por apresentar escarpas e ou ressaltos, a vegetação geralmente encontra-se

conservada, apresentando mosaicos com predomínio de Savana Arborizada, as vezes de

Savana Parque, Savana Florestada e ou Savana Gramíneo-Lenhosa. Também comum, por

vezes, é a presença de Floresta Estacional Decidual, em algumas furnas. Com distribuição

menor, a unidade Planalto de Rio Verde representada em modelados tipo acumulação

coluvial, dissecação homogênea tabular e pediplano degradado inumado, apresenta-se

com características similares.

O Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, aparece na porção centro leste da folha,

como pertencente a Região do Planalto Central Goiano, em modelados de Dissecação

Estrutural e também em dissecação homogênea tabular da Unidade Geomorfológica do

Planalto do Divisor Araguaia Tocantins Paraná. No modelado de dissecação estrutural,

apresenta conservação razoável, ostentando um mosaico vegetacional, com predomínio de

Savana Arborizada, mas com presença eventual de Floresta Estacional Decidual

Submontana. Nessa situação os solos são geralmente rasos das tipologias Neossolos

Litólicos e ou Argilossolos, apresentando como uma característica marcante a presença, as

vezes maciça, da palmeira babaçu (Attalea speciosa).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

94

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

ds11

fp11, fs11, fs16

s2, s21, s24, s241, s3, s31,

s314, s32, s34, s341, sd21

s1, s12, s13, sd11, sf11

s7

s4, s5, s51, s52, s53, s58,

sd41

7601,684

2331,715

73037,75

1158889

552,8024

988,515

2953,94

413781,3

56159,13

963,882

32997,8

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

95

Percentagem

66,2%

23,6%

4,2%3,2%

1,9%

0,4%

0,2%

0,1%

0,1%

0,0%

0,1%

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Culturas

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Área Urbana e Núcleo Rural

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Outros

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 21 – Pequeno remanescente de Savana Florestada.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

96

Foto 22– Borda do Planalto Guimarães alcantilados com a Superfície do Araguaia. Muitos

babaçus.

SE22.XA – São Luís dos Montes Belos (MIR 408)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção central do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e

pelos meridianos 59°30’ WG a 51°00’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.722,15 km² ou 1.772.215 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Abadia de

Goiás, Adelândia, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anicuns, Araçu, Aurilândia,

Avelinópolis, Buriti de Goiás, Cachoeira de Goiás, Campestre de Goiás, Caturaí, Cezarina,

Córrego do Ouro, Fazenda Nova, Firminópolis, Goianira, Goiás, Guapó, Indiara, Inhumas,

Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itapirapuã, Itauçu, Ivolândia, Jandaia, Jaupaci, Jussara,

Moiporá, Mossâmedes, Nazário, Novo Brasil, Palmeiras de Goiás, Palminópolis, Paraúna,

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

97

São João da Paraúna, São Luís dos Montes Belos, Sanclerlândia, Santa Bárbara de Goiás,

Santa Rosa de Goiás, Taquaral de Goiás, Trindade, Turvânia e Varjão.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a Região Geomorfológica das

Superfícies Aplanadas, tendo a Superfície do Araguaia a noroeste, a Superfície

Intermontana Uruaçu Ceres a nordeste e a Superfície de Goiânia no centro e sul da folha.

No sudoeste da folha, ainda neste mesmo domínio morfoestrutural, está a Região dos

Planaltos Areníticos Basálticos Interiores, com as unidades Planalto de Rio Verde e

Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná.

Nas unidades Superfície de Goiânia e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres, com variadas

litologias como as do Complexo Granito-Gnaissico, do Complexo Granulítico Anápolis-

Itauçu e de Seqüências Metavulcanossedimentares, além de Coberturas Detrito Lateríticas

terciario-quaternárias, ocorria, em estreita correlação com a fertilidade dos solos ora

Floresta Estacional Semidecidual Submontana, ora feições diversas de Savana, estando

hoje muito fragmentadas. Em situação pouco mais conservada, ocorrem feições de

Savana Arborizada na Superfície do Araguaia que apresenta aqui, basicamente, litologias

Arqueanas do Complexo Granito-Gnaissico e solos do tipo Cambissolos. Nas planícies de

acumulação fluvial com Gleissolos, ocorrem mosaicos vegetacionais com predomínio de

Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, distribuídas às vezes com Savana Parque, às

vezes com Formações Pioneiras.

Nesta folha, nas unidades Planalto de Rio Verde e Superfície do Planalto Rebaixado da

Bacia do Paraná, em áreas com predomínio de arenitos diversos e especialmente nas

áreas ou modelados de dissecação homogênea tabular e de acumulação coluvial, ocorria

basicamente feições ou de Savana Arborizada ou Savana Parque, hoje já praticamente

dizimadas para introdução de pastagens e agricultura, principalmente. Como regra geral,

os remanescentes concentram-se nos modelados de dissecação estrutural e também nos

pediplanos degradados.

No Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas, aparece a Região do Planalto Central

Goiano e suas unidades: Planalto do Alto Tocantins Paranaíba e Planalto do Divisor

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

98

Araguaia Tocantins Paraná. Como regra geral, este domínio geomorfológico é o que

apresenta os maiores remanescentes, concentrados nos modelados de dissecação

estrutural e também nos pediplanos degradados. Com conservação razoável, ostenta um

mosaico vegetacional de Savana e floresta, mas com presença bastante marcante de

Floresta Estacional Decidual Submontana, especialmente nas áreas de litologias básicas e

ultra básicas.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

d1, ds11

f1

f3

s2, s21, s24, s241,

s27, s3, s31, s34,

sd21

s1, s12, sd11

s7, s72

s42, sd41

5311,703

5387,062

431086,2

1124826

1942,312

34694,33

775,04

7203,13

105791,1

42357,77

2784,74

10059,55

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

99

Percentagem

63,5%

24,3%

6,0%2,4%2,0%0,6%0,3%0,3%0,2%0,1%0,0%0,4%

Past agem

Cult uras

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

Área Urbana e Núcleo Rural

Água

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 23 – Savana Parque (Campo Sujo rupestre), na região da Serra Dourada.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

100

SE22.XB – Goiânia (MIR 409)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção central do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e

pelos meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por

municípios goianos e parte do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 17.722,15

km² ou 1.772.215 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos

seguintes municípios: Abadia de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Anápolis, Aparecida de

Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brasília, Brazabrantes, Caldazinha,

Caturaí, Corumbá de Goiás, Damolândia, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó,

Hidrolândia, Inhumas, Itauçu, Jaraguá, Jesúpolis, Leopoldo de Bulhões, Luziânia,

Nerópolis, Nova Veneza, Novo Gama, Orizona, Ouro Verde de Goiás, Petrolina de Goiás,

Pirenópolis, São Francisco de Goiás, São Miguel do Passa Quatro, Santa Rosa de Goiás,

Santo Antônio de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, Senador Canedo, Silvânia,

Terezópolis de Goiás, Trindade, Valparaíso de Goiás, Varjão e Vianópolis.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

A porção maior desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos de

Estruturas Dobradas, coincidentes com a Região Geomorfológica do Planalto Central

Goiano e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. No domínio dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes destaca-se a região das Superfícies Aplanadas,

tendo a Superfície de Goiânia no sudoeste e a Superfície Intermontana Uruaçu Ceres a

noroeste. Neste mesmo domínio é destacada a Região dos Planaltos e Chapadas Goiás

Minas, com as unidades Planalto do Distrito Federal e Planalto Cristalina Patrocínio, à

nordeste da folha.

Nas unidades Superfície de Goiânia e Superfície Intermontana Uruaçu Ceres,

especialmente nas formas de dissecação homogênea tabular e litologias como as do

Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu e Coberturas Detrito Lateríticas, ocorria, em estreita

correlação com a fertilidade dos solos ora Floresta Estacional Semidecidual Submontana,

ora feições diversas de Savana, estando hoje muito fragmentadas. Essa situação se repete

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

101

nas mesmas formas de dissecação, nas unidades do Alto Tocantins Paranaíba e no

Planalto do Distrito Federal.

Uma situação pouco mais conservada ou com maior número de remanescentes, ocorre

nas morrarias, representadas em modelados de dissecação estrutural, principalmente e

com predomínio de Floresta Estacional Decidual Submontana em área de rochas básicas

e/ou calcíferas, com Argissolos, Cambissolos e ou Neossolos Litólicos eutróficos. Nos

morrarias quartziticos, por sua vez, predominam as feições de Savana, como a Gramíneo-

Lenhosa, Savana Parque e Savana Arborizada, principalmente.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

d1, ds11

f3, fs31

s2, s21, s24, s241, s3,

s31,

s34, s341, s35, sd21

s13, sd11, sf13

s85

s43, s58, sd41

3609,085

70218,11

536803,7

785754,6

710,5725

170,527

12157,82

4100,69

260052

7635,82

26460,23

64542,46

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

102

Percentagem

44,3%

30,3%

14,7%

4,0%3,6% 1,5%0,7%0,4%0,2%0,2%

0,0%

0,0%

Pastagem

Culturas

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Área Urbana e Núcleo Rural

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTRE

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

Água

Outros

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 24 – Savana Parque.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

103

Foto 25 – Panorâmica regional, Savana Parque + Savana Gramíneo-Lenhosa.

SE23.VA – Unaí (MIR 410)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção leste do estado e limitada pelos paralelos 16°S a 17°S e pelos

meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por

municípios goianos e também do Distrito Federal, perfazendo uma extensão de 8.176,63

km² ou 817.663 ha. De forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos

seguintes municípios: Brasília, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Ipameri, Luziânia,

Orizona e Valparaíso de Goiás.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Na porção sudoeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,

destacado pela Região do Planalto Central Goiano com a unidade Planalto do Alto

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

104

Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de modelados de dissecação

estrutural da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, apresentam-se ainda

bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de Savana e floresta.

Em geral, nos topos e meias encostas predomina a Savana com suas diversas tipologias,

indo de Campo Limpo Seco (Savana Gramíneo-Lenhosa) a Cerrado Denso (Savana

Arborizada e Cerradão), as vezes rupestres, nos locais onde predominam afloramentos,

mas com presença as vezes marcante de Floresta Estacional Decidual Submontana e ou

Montana, especialmente nas áreas de calcáreo, com maior fertilidade e/ou as vezes, em

situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e vãos de serras, onde é maior o

teor de umidade.

No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,

destacada na Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas com as unidades Planalto do

Distrito Federal e Planalto de Cristalina Patrocínio e nos modelados de dissecação

homogênea tabular, principalmente, ocorrem os maiores usos com uma notável

concentração de áreas irrigadas por pivôs.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

ds34

s3, s314, s34, s341, sd21,

sd23

s72, s73

s5, s52, s53, s537, s58,

1757,163

17290,04

146710,5

227350

477,22

697,1587

5231,628

166873,2

15806,29

235715,8

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

105

sd43

Percentagem

28,8%

27,8%

20,4%

17,9%

2,1%1,9%0,6%0,2%0,1%0,1%

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

Past agem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

Cult uras

Área Urbana e Núcleo Rural

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL MONTANA

Água

Ref lorest ament o

Out ros

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

106

Foto 25 – Savana Parque, em destaque a gomeira (Vochysia sp).

SE22.VC – Mineiros (MIR 420)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e

pelos meridianos 52°30’ WG a 54°00’WG, tem apenas parte de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 7.915,11 km² ou 791.511 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Doverlândia,

Mineiros, Perolândia, Portelândia, Santa Rita do Araguaia e Serranópolis.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidentes com a região geomorfológica dos

Planaltos Setentrionais da Bacia do Paraná com a unidade Planalto dos Guimarães

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

107

Alcantilados e com a região dos Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e sua unidade

Planalto do Rio Verde.

Em litologias do Grupo Aquidauana (arenito vermelho e siltito) o Planalto dos Guimarães

Alcantilados apresenta relevo com variadas formas de dissecação. Nas de predomínio

aplanado em dissecação homogênea tabular ocorrem Latossolos, geralmente em uso de

pastagens plantadas. Em áreas mais movimentadas sejam em dissecação estrutural ou

dissecação homogênea convexa, ocorrem Argissolos e Cambissolos, principalmente, tendo

ainda grande área de remanescentes, especialmente de Savana Parque e Savana

Arborizada (Cerrado Ralo, Campo Sujo, Campo Rupestre...). Geralmente constituem áreas

de muita fragilidade natural, sendo a preservação, nestes casos, sua destinação mais

coerente.

O Planalto de Rio Verde com litologias mais complexas ou diferenciadas exibe áreas com

Neossolos Quartzarrênicos (Formação Botucatu) e principalmente Latossolos Vermelho-

Escuros, especialmente em Coberturas Terciárias da Formação Cachoerinha e onde o uso

agrícola é muito intenso. Nesta unidade, em geral é nas bordas do planalto, em áreas de

acumulação coluvial ou em modelados tipo pediplanos degradados que ainda se observa

alguma vegetação remanescente.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

fs11

s2, s21, s24, s3, s31, s34,

s36, sd21, sd31

s1, s12, s13, sd11

s7

619,2908

1473,363

128983,7

371720

14,29051

225976,1

27084,52

5,26E-05

45571,54

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

108

s4, s43

Percentagem

46,4%

28,2%

16,1%

5,7%

3,4%

0,2%0,1%

0,0%

0,0%

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

Culturas

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Área Urbana e Núcleo Rural

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SE22.VD – Jataí (MIR 421)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e

pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem a totalidade de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma área de 17.630,14 km² ou 1.763.014 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Caiapônia,

Doverlândia, Jataí, Mineiros, Montividiu, Perolândia, Rio Verde e Serranópolis.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

109

Toda a folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas

Sedimentares Concordantes, coincidentes com a região geomorfológica dos Planaltos

Setentrionais da Bacia do Paraná e sua unidade Planalto dos Guimarães Alcantilados à

noroeste e com a região dos Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e suas unidades:

Planalto do Rio Verde e Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná, esta última

mais restrita e circunscrita à porção sudeste da folha.

Com áreas mais movimentadas representadas em modelados de dissecação estrutural ou

convexas, áreas de acumulação coluvial e em pediplanos degradados, o Planalto dos

Guimarães Alcantilados apresenta ainda uma grande área com remanescentes,

especialmente de Savana Parque e Savana Arborizada (Cerrado Ralo, Campo Sujo, Campo

Rupestre...). De beleza cênica bastante singular, dado a existência de ressaltos e bordas

erosivas, essas áreas, geralmente apresenta-se com muita fragilidade natural, sendo a

preservação, nestes casos, sua destinação mais coerente e adequada.

Por sua vez, na região dos Planaltos Areníticos Basálticos, especialmente em suas áreas

aplanadas com Latossolos Vermelho-Escuros e Latossolos Vermelhos distroférricos

(Latossolo Roxo), observam-se as maiores concentrações de culturas anuais (lavouras), do

estado. Em contrapartida são raros os remanescentes, estes geralmente muito

pulverizados e ou geralmente concentrados nas superfícies movimentadas das bordas

desses planaltos, em áreas sem aptidão agrícola.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

fs11

fs31

1832,152

2640,283

933430,4

397096,6

2182,905

2291,83

2833,518

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

110

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

s2, s21, s241, s3, s31,

s34, s341, sf23

s1, s13, s17, sd11, sf13

s7, s71, s72

s43, s5, s52

289045,8

54776,25

58851,89

18032,45

Percentagem

52,9%

22,5%

16,4%

3,3%3,1% 1,0%0,2%0,1%0,1%0,1% 0,1%

Culturas

Pastagem

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

Área Urbana e Núcleo Rural

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Reflorestamento

Água

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

111

Foto 27 – Borda do Planalto de Rio Verde, vegetação de Savana Florestada e Floresta

Estacional Decidual.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

112

Foto 28 – O limite entre o chapadão com o planalto dissecado Guimarães Alcantilados.

Foto 29 – Detalhe da vegetação, Gramíneo-Lenhosa nos topos e Cerradão nas baixas

encostas.

Foto 30 – O “Gigante adormecido” visto da rodovia Caiapônia-Jataí.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

113

Foto 31 – Verdadeiras esculturas areníticas (Grupo Aquidauna), com vegetação de Savana

Parque e Gramíneo-Lenhosa. Na base antropização por pastagens.

Foto 32 – Em primeiro plano Savana Arborizada (Cerrado Ralo), ao fundo Savana Parque

(Campo Sujo).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

114

Foto 33 – Regionalmente, as áreas conservadas tem o predomínio da Savana Parque.

SE22.XC – Rio Verde (MIR 422)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção centro-sul do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e

pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem a totalidade de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma área de 17.630,14 km² ou 1.763.014 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Acreúna,

Aloândia, Cezarina, Edealina, Edéia, Goiatuba, Guapó, Indiara, Jandaia, Joviânia,

Mairipotaba, Maurilândia, Montividiu, Palmeiras de Goiás, Paraúna, Pontalina, Porteirão,

Rio Verde, Santa Helena de Goiás, Santo Antônio da Barra, Turvelândia, Varjão e

Vicentinópolis.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

115

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Uma porção significativa, no nordeste desta folha, insere-se no Domínio Morfoestrutural

dos Planaltos de Estruturas Dobradas, coincidente com a Região Geomorfológica do

Planalto Central Goiano e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Trata-se

basicamente de modelados de relevo de dissecação estrutural em litologias da Seqüência

Metavulcanossedimentares (Seqüência Anicuns-Itaberaí) e de granitóides, dando origem a

Cambissolos e Argissolos distróficos e/ou eutróficos e sobre os quais ora ocorre, ou

ocorria, Floresta Estacional Decidual (solos eutróficos), ora feições diversas de Savana

(solos distróficos).

No domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes destaca-se, nesta

mesma localização (nordeste da folha), a região das Superfícies Aplanadas, representada

na unidade Superfície de Goiânia, com as formas de dissecação homogênea tabular,

principalmente e também de pediplano degradado, destacando rochas do Complexo

Granito-Gnaissico e Coberturas Terciárias Quaternárias. Nessa situação ocorria, em

estreita correlação com a fertilidade dos solos ora Floresta Estacional Semidecidual

Submontana, ora feições diversas de Savana, restando hoje remanescentes muito

fragmentados.

Neste mesmo domínio e ocupando as maiores extensões é destacada a Região dos

Planaltos Areníticos Basálticos Interiores, com a unidade Planalto de Rio Verde, no

noroeste da folha e a Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná, ocupando todo

o centro-sul da folha. Nestas superfícies representadas em amplas formas aplanadas estão

as maiores concentrações de lavouras, no estado, coincidindo basicamente com

Coberturas Detrito Lateríticas e sedimentos terciários quaternários e ou basaltos da

Formação Serra Geral e onde predominam solos tipo Latossolo Vermelho-Escuro e ou

Latossolo Vermelho distroférrico, estes últimos, sob influência dos basaltos. Os poucos

remanescentes geralmente só tem representação, nesta escala, em áreas de bordas de

chapadas, nas escarpas ou áreas coluviais; fora disso são pequenos e pulverizados.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

116

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outro

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

ds11

f1, fs13

f3, fs31

s2, s21, s27, s3, s34,

sd21, sf2

s1, s12, sd11, sf13

s7, s71, s72

s43, s5

13374,1

6345,547

991871,6

554799,6

888,7275

248,0901

1280

2062,75

5015,24

42774,4

26874,73

109344,7

3101,7

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

117

Percentagem

56,4%31,6%

6,2%2,4%1,5%0,8%0,4%0,3%0,2%0,1%

0,1%

0,1%

0,0%

Culturas

Pastagem

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 34 – Pequeno remanescente de Floresta Estacional Semidecidual, próximo a Rio

Verde.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

118

SE22.XD – Morrinhos (MIR 423)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sudeste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e

pelos meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem a integridade de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 17.630,14 km² ou 1.763.014 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Água

Limpa, Aloândia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Buriti Alegre, Caldas Novas, Catalão,

Corumbaíba, Cristianópolis, Cromínia, Goiandira, Goiatuba, Hidrolândia, Ipameri, Joviânia,

Mairipotaba, Marzagão, Morrinhos, Nova Aurora, Orizona, Palmelo, Piracanjuba, Pires do

Rio, Pontalina, Professor Jamil, Rio Quente, São Miguel do Passa Quatro, Santa Cruz de

Goiás, Urutaí, Varjão e Vianópolis.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Uma porção significativa desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos de

Estruturas Dobradas, coincidente com a Região Geomorfológica do Planalto Central Goiano

e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. No domínio dos Planaltos em Estruturas

Sedimentares Concordantes destaca-se a região das Superfícies Aplanadas, com a unidade

Superfície de Goiânia; a região dos Planaltos Areníticos Basálticos Interiores, com as

unidades Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná, Patamares da Serra do

Aporé e Planalto de Rio Verde, na extremidade sudoeste da folha e a região dos Planaltos

e Chapadas Goiás Minas no leste da folha, com as unidades Planalto Cristalina Patrocínio e

Planalto do Distrito Federal.

O maior número ou os maiores remanescentes, concentram-se nas morrarias,

representadas em modelados de dissecação estrutural, com Neossolos Litólicos distróficos

em quartzitos do Grupo Araxá, onde predominam diversas feições de Savana, como a

Savana Parque, Gramíneo-Lenhosa e Savana Arborizada, principalmente. Em morrarias

com ocorrência de rochas básicas, especialmente as do Complexo Granulítico Anápolis-

Itauçu, com Argissolos, Cambissolos e ou Neossolos Litólicos eutróficos, ocorre ou ocorria

o predomínio de Floresta Estacional Decidual Submontana.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

119

Nas áreas aplanadas da Superfície de Goiânia e Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia

do Paraná, principalmente, com Coberturas Detrito Lateríticas Terciario-Quaternárias e ou

em arenitos e basaltos da Formação Serra Geral (Triássico-Jurássico), com Latossolos

Vermelho-Escuros e Latossolos Vermelhos distroférricos (Latossolos roxos), ocorre intenso

uso da terra, com lavouras principalmente. Uma parcela dessa superfície, o platô da Serra

de Caldas, de Cobertura Detrito Laterítica, encontra-se preservado, constituindo o Parque

Estadual da Serra de Caldas Novas.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

ds11

f5

fs31

s2, s21, s24, s3,

s31, s34, sd2, sd21,

sd23, sf23, sf25

s13, sd11, sf11, sf13

s71, s72

s43, s5, s51, s53,

s58, s581

5915,921

10006,45

339726,4

994183,4

119,205

2827,571

136,468

2371,972

189050,7

82764,72

1881,37

134031,4

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

120

Percentagem

56,4%

19,3%

10,7%

4,7%

7,6%

0,6%

0,3%

0,2%

0,1%

0,1%

0,0%

0,0%

Pastagem

Culturas

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Área Urbana e Núcleo Rural

Água

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

121

Foto 35 – Savana Arborizada (Cerrado Ralo) na região da Serra da Felicidade.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

122

Foto 36 – Savana Arborizada (Cerrado Típico), estrada Piracanjuba - Caldas Novas.

Foto 37 – Savana Parque + Savana Arborizada com floresta-de-galeria.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

123

Foto 38 – Mata ciliar do rio Corumbá, proximidades do ponto da foto 03.

Foto 39 – Savana Arborizada (Cerrado Rupestre).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

124

Foto 40 E 41 – A Pousada do Rio Quente e a localidade de Esplanada, vista do alto da

Serra de Caldas.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

125

Fotos 41 E 43 – Detalhe da vegetação na encosta da Serra de Caldas: Savana Parque,

Savana Arborizada e Mata-de-galeria.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

126

Foto 44 – Vegetação característica do platô da Serra de Caldas, Savana Arborizada

(Cerrado Típico).

SE23.VC – Paracatu (MIR 424)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção leste do estado e limitada pelos paralelos 17°S a 18°S e pelos

meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 7.584,70 km² ou 758.470 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Campo Alegre de

Goiás, Catalão, Cristalina, Davinópolis, Ipameri, Luziânia e Orizona.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Nas porções sudoeste e noroeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em

Estruturas Dobradas, destacado pela Região do Planalto Central Goiano com a unidade

Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de modelados de

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

127

dissecação estrutural da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, apresentam-se

ainda bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de Savana e

floresta. Em geral, nos topos e meias encostas predomina a Savana com suas diversas

tipologias, indo de Campo Limpo Seco (Savana Gramíneo-Lenhosa) a Cerrado Denso

(Savana Arborizada e Cerradão), as vezes rupestres, nos locais onde predominam

afloramentos, mas com presença as vezes marcante de Floresta Estacional Decidual

Submontana e ou Montana, especialmente nas áreas de calcáreo, com maior fertilidade

e/ou as vezes, em situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e vãos de

serras, onde é maior o teor de umidade.

No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,

destacadas na Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas com as unidades Planalto de

Cristalina Patrocínio e Planalto do Distrito Federal e na Região das Superfícies Aplanadas

com a unidade Superfície de Goiânia e especialmente nos modelados de dissecação

homogênea tabular, com Latossolos Vermelhos e Latosolos Vermelho-Amarelos distróficos,

ocorrem os maiores usos de lavouras ou culturas anuais, às vezes irrigadas por sistemas

de pivôs centrais.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

Reflorestamento

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

s3, s31, s314, s34, sd2,

sd23, sf25

s13

s7, s72

2455,342

579,1501

215766,4

188996,5

825,35

30755,34

27023,67

1850,516

11700,9

278488,6

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

128

s5, s53, s538, s58

Percentagem

36,7%

28,4%

24,9%

4,1%3,6%

1,5%

0,3%

0,2%

0,1%

0,1%

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/CERRADORUPESTRE/CAMPO SUJO SECO/CAMPORUPESTRE)Culturas

Pastagem

Reflorestamento

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)Água

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Outros

Área Urbana e Núcleo Rural

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

129

Foto 45 - Lavoura de algodão na unidade Planalto de Cristalina Patrocínio

Foto 46 - “Vereda”.

SE22.YA – Parque Nacional das Emas (MIR 433)

SITUAÇÃO:

A folha localizada no extremo sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e

pelos meridianos 52°30’ WG a 54°00’WG, tem apenas parte de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 3.898,34 km² ou 389.834 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Aporé, Chapadão

do Céu, Mineiros e Serranópolis.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos

Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e sua unidade Planalto do Rio Verde.

Em áreas de dissecação homogênea tabular e especialmente nos sedimentos areno-

argilosos da Formação cachoeirinha, ocorrem Latossolos Vermelho-Escuros, em uso

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

130

intensivo de lavouras. As outras coberturas e também a da Formação Botucatu (arenito

eólico), por serem pouco mais arenosas e de maior fragilidade à erosão, ainda

permanecem com uso preferencial de pastagem. Com exceção do Parque das Emas, os

remanescentes são muito pulverizados. Destaca-se também a ocorrência de inúmeras

áreas de aluviões, com Gleissolos Háplicos distróficos, onde ocorrem as “várzeas”

representadas em fisionomias de Savana Parque com floresta-de-galeria, principalmente,

também podendo ser entendido como “veredas” ou áreas de Formações Pioneiras, as

vezes.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Culturas

Pastagem

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA PARQUE

ds11

fs16

s2, s21, s24, s3, s31,

s34

s1

s7, s79

s4, s5

90,61073

166899,6

39880,1

4,27501

352,1925

15,8625

52424,69

391,0725

37842,5

86171,7

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

131

Percentagem

43,5%

22,4%

13,6%

10,4%

9,9%

0,1%

0,1%

0,0%

0,0%

0,0%

Cult uras

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

Past agem

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Ref lorest ament o

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 47 – Vegetação de Savana Parque (Campo Sujo) no Parque Nacional das Emas. Um

“oásis” em meio às lavouras.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

132

Foto 48 – Vegetação de Savana Gramíneo-Lenhosa (Campo Limpo), no Parque Nacional

das Emas. A Savana Parque e a Gramíneo-Lenhosa, alternam-se na paisagem.

SE22.YB – Caçu (MIR 434)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sudoeste do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e

pelos meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem quase a totalidade de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma área de 16.552,10 km² ou 1.655.210 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Aparecida

do Rio Doce, Aporé, Cachoeira Alta, Caçu, Chapadão do Céu, Itajá, Itarumã, Jataí, Rio

Verde e Serranópolis.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

133

Toda a folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas

Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos Planaltos

Areníticos Basálticos Interiores e suas unidades: Planalto do Rio Verde, que ocupa toda a

porção oeste, Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná e Patamares da Serra

do Aporé.

Representando basicamente áreas aplanadas, com Latossolos Vermelhos distróficos e

distroférricos e também com Neossolos Quartzarrênicos órticos, todas essas unidades

ostentam intensivo uso agropecuário, alternando pastagens plantadas com lavouras

anuais e raríssimos remanescentes, estes, geralmente sem representação, nesta escala.

Em suas áreas mais movimentadas, representadas em modelados de acumulação coluvial

e em pediplanos degradados situados ao longo das bordas dos planaltos, as vezes

constituindo escarpas é onde estão concentrados, hoje, a maioria dos seus

remanescentes. Também ocorre na área, formas de acumulação de terraços e planícies

fluviais, colocando em destaque alguma vegetação tipo “várzea”, referida as vezes como

Savana Parque com floresta-de-galeria, podendo apresentar também Formações Pioneiras,

tipo “brejo” e eventualmente, Floresta Estacional Semidecidual Aluvial e ou Cerradão.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

fs11

f3, fs31, fs33

s2, s21, s3, s31, s34,

s37

s1, s13, sd11, sf13

6204,084

1079,123

190740,2

1221704

50,91752

1113,114

3426,55

139429,4

62125,11

17093,06

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

134

SAVANA PARQUE

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

s7, s71, s72, s79

s97

s5, s53

9576,72

2829,68

Percentagem

73,8%

11,5%

8,4%

3,8% 1,0%0,6%0,4%0,2%0,2%

0,1%

0,1%

0,0%

Past agem

Cult uras

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/ CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/ VEREDAS/ CAMPO SUJO UMIDO)

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

135

Foto 49– Floresta-de-galeria do tipo inundável, denominada popularmente por “pindaibal”

dado o grande número da espécie pindaiba-do-brejo (Xylopia emarginata).

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

136

Foto 50 – Outro “pindaibal”, este no rio Verde. No conjunto da planície de inundação

também ocorre Savana Parque e Formação Pioneira herbácea/arbustiva.

SE22.ZA – Quirinópolis (MIR 435)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e pelos

meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem a maioria de suas terras ocupada por municípios

goianos, perfazendo uma área de 13.532,61 km² ou 1.353.261 ha. De forma integral ou

apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Bom Jesus de Goiás,

Cachoeira Alta, Cachoeira Dourada, Caçu, Castelândia, Goiatuba, Gouvelândia,

Inaciolândia, Itarumã, Itumbiara, Maurilândia, Panamá, Paranaiguara, Porteirão,

Quirinópolis, Rio Verde, São Simão e Turvelândia.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda a folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas

Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos Planaltos

Areníticos Basálticos Interiores e basicamente com suas unidades Superfície do Planalto

Rebaixado da Bacia do Paraná e Patamares da Serra do Aporé. Uma pequena parcela

refere-se a região das Superfícies Aplanadas com a unidade Superfície de Goiânia.

Representando basicamente áreas aplanadas, ou modelados de dissecação homogênea

tabular com Latossolos Vermelhos distróficos e ou distroférricos ou, áreas pouco mais

movimentadas em modelados de pediplanação retocados com Argissolos Vermelho

Amarelos, todas essas unidades ostentam intensivo uso agropecuário, alternando

pastagens plantadas com lavouras anuais e poucos remanescentes, estes, geralmente

pequenos não tem representação, nesta escala.

Praticamente, somente em algumas escarpas e em suas áreas mais movimentadas,

representadas em modelados de acumulação coluvial e em pediplanos degradados

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

137

situados ao longo das bordas dos planaltos, concentram-se, hoje, a maioria dos seus

remanescentes.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL

SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

ds11

fs13

f3, f31, fs31

s2, s21, s3, s31, fs31

s13, sd11, sf13

s7, s71, s72

47900,04

3246,21

531335,4

649404,8

1296,98

295,448

186,998

4496,914

11587,51

62139,35

41166,04

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

138

Percentagem

39,3%

4,6%

3,5%

3,0%

0,9%

0,3%

0,2%

0,1%

0,0%

0,0%

48,0%

Pastagem

Culturas

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Água

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/VEREDA/CAMPO SUJO ÚMIDO/CAMPOSUJO COM MURUNDUS)SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANA

Área Urbana e Núcleo Rural

Reflorestamento

FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL SUBMONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

139

Fotos 51 e 52 – Áreas de Latosolos Vermelhos distroférricos, antigos Latossolos Roxos,

sendo preparadas para lavouras.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

140

Foto 53 – Vista de borda escarpada na unidade geomorfológica Patamares da Serra do

Aporé. Vegetação de Savana Arborizada+Savana Parque+Savana Florestada, em alguns

lugares também ocorre Floresta Estacional Decidual. Proximidades de Quirinópolis.

SE22.ZB – Uberlândia (MIR 436)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e pelos

meridianos 48°00’ WG a 49°30’WG, tem apenas parte de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 7.106,22 km² ou 710.622 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Água Limpa,

Anhanguera, Buriti Alegre, Cachoeira Dourada, Caldas Novas, Catalão, Corumbaíba,

Cumari, Goiandira, Goiatuba, Ipameri, Itumbiara, Marzagão, Morrinhos, Nova Aurora e

Panamá..

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Uma porção significativa desta folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos de

Estruturas Dobradas, coincidente com a Região Geomorfológica do Planalto Central Goiano

e a unidade Planalto do Alto Tocantins Paranaíba. Com litologias variadas: Grupo Araxá

(calcixistos, metacalcareo e quartzito) e do Complexo Indiferenciado (ortognaisse e

migmatito), nesse domínio encontra-se muita diversidade de solos como Argissolos

Vermelho-Amarelos, Cambissolos e Neossolos Litólicos, ora distróficos ora eutróficos,

configurando um grande mosaico vegetacional com predomínio de fisionomias de Savana,

nos distróficos e de Floresta Estacional Decidual e ou Semidecidual, nos eutróficos. Nas

áreas mais inacessíveis ou destituídas de aptidão agrícola, especialmente nas formas de

dissecação estrutural ou em pediplanos degradados, concentram-se hoje os

remanescentes.

No domínio dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes destaca-se a região

das Superfícies Aplanadas, com a unidade Superfície de Goiânia e a região dos Planaltos

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

141

Areníticos Basálticos Interiores, com as unidades Superfície do Planalto Rebaixado da

Bacia do Paraná e Patamares da Serra do Aporé. Nas áreas aplanadas dessas superfícies,

principalmente com Latossolos Vermelho-Escuros e Latossolos Vermelhos distroférricos

(Latossolos roxos), ocorre intenso uso da terra, com lavouras principalmente.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outros

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA PARQUE

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

f5, fs51, fs52

fs31

s21, s3, s31, s34,

sf23, sf25

s1, s12, s13, sd11,

sf13, sf15

s7, s71, s72

s85

s9

s43, s53, s58

29100,8712

5

4406,56050

7

173337,37

379997,457

3

1176,59249

9

29048,3

5314,121

13850,3

19719,23

7118,36

6775,18

12744,32

27787,34

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

142

Percentagem

53,5%

24,4%

4,1%

4,1%

3,9%

2,8%1,9%1,8%1,0%1,0%0,7%0,6%0,2%

Past agem

Cult uras

Água

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOUMIDO/ CAMPO LIMPO COMMURUNDUNS/ VEREDAS/ CAMPO SUJO UMIDO)

SAVANA PARQUE (PARQUE DECERRADO/ VEREDA/ CAMPO SUJO ÚMIDO/ CAMPOSUJO COM MURUNDUS)

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

Foto 54 – Pastagens em antigas áreas de Floresta Estacional Semidecidual, no Planalto do

Alto Tocantins Paranaíba.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

143

Foto 55 – Pastagens no entorno do reservatório de Itumbiara. Área de antiga Floresta

Estacional Semidecidual, nas pastagens observam-se isolados elementos como cedro, ipê-

amarelo e roxo, aroeira, moreira e muitos angicos, guerobas e bacuris.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

144

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

145

Fotos 56, 57 e 58 – Um dos maiores remanescentes de floresta, na região que bordeja o

rio Paranaíba. Segundo o mapa dos Biomas do Brasil, IBGE (2004), mesmo representando

fisionomia de Floresta Estacional Semidecidual, está dentro do domínio ou bioma da Mata

Atlântica.

SE23.YA – Patos de Minas (MIR 437)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 18°S a 19°S e pelos

meridianos 46°30’ WG a 48°00’WG, tem somente parte de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma extensão de 2.461,72 km² ou 246.172 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composto pelos seguintes municípios: Catalão, Cumari,

Davinópolis, Ouvidor e Três Ranchos.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

146

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Na porção noroeste desta folha ocorre o Domínio dos Planaltos em Estruturas Dobradas,

destacado pela Região do Planalto Central Goiano com a unidade Planalto do Alto

Tocantins Paranaíba. Essas áreas, juntamente com as de modelados de pediplanação

degradados da Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas, apresentam-se ainda

bastante conservadas, com ocorrência de mosaicos vegetacionais de Savana e floresta.

Em geral, nos topos e meias encostas, com Cambissolos ou Neossolos Litólisos,

predomina a Savana com suas diversas tipologias, indo de Campo Limpo Seco (Savana

Gramíneo-Lenhosa) a Cerrado Denso (Savana Arborizada e Cerradão), as vezes rupestres,

nos locais onde predominam afloramentos, mas com presença eventual de Floresta

Estacional Semidecidual e ou Decidual, especialmente nas áreas de calcáreo, com maior

fertilidade e/ou, em situação especial de relevo, como nas encostas inferiores e vãos de

serras, onde é maior o teor de umidade.

No Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em Estruturas Sedimentares Concordantes,

destacadas na Região dos Planaltos e Chapadas Goiás Minas com a unidade Planalto de

Cristalina Patrocínio e na Região das Superfícies Aplanadas com a unidade Superfície de

Goiânia e especialmente nos modelados de dissecação homogênea tabular, com

Latossolos, ocorrem os maiores usos, seja de pastagem plantada, seja de lavouras ou

culturas anuais.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

Outras

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

SAVANA ARBORIZADA

fs51

s3, s31, s34

11346,11

2907,135

30029,98

129779,7

20821,24

972,095

4040,991

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

147

SAVANA FLORESTADA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

SAVANA PARQUE

s13, sf15

s81, s85

s4, s41, s43, s5,

s53, s58

9421,42

2947,188

33872,32

Percentagem

52,7%

13,8%

12,2%

8,5%

4,6%

3,8%

1,6%

1,2%

1,2%

0,4%

Past agem

SAVANA PARQUE (CERRADO RALO/ CERRADORUPESTRE/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE)

Cult uras

Out ras

Água

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA ARBORIZADA (CERRADO TIPICO/ CERRADODENSO)

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/ CAMPO SUJO SECO/ CAMPO RUPESTRE

Área Urbana e Núcleo Rural

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL MONTANA

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SE22.YD – Paranaíba (MIR 447)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na porção sul do estado e limitada pelos paralelos 19°S a 20°S e pelos

meridianos 51°00’ WG a 52°30’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada por

municípios goianos, perfazendo uma área de 1.946,68 km² ou 194.668 ha. De forma

integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Aporé, Itajá e

Itarumã.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

148

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda essa parcela da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos

Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e suas unidades: Planalto do Rio Verde, que

ocupa a porção noroeste, Superfície do Planalto Rebaixado da Bacia do Paraná e

Patamares da Serra do Aporé.

Representando basicamente áreas aplanadas, com Latossolos Vermelhos distróficos e

distroférricos, todas essas unidades ostentam intensivo uso agropecuário, alternando

pastagens plantadas com lavouras anuais e raríssimos remanescentes, estes, geralmente

sem representação, nesta escala.

Em suas áreas mais movimentadas, representadas em modelados de acumulação coluvial

e em pediplanos degradados situados ao longo das bordas dos planaltos, as vezes

constituindo escarpas é onde estão concentrados, hoje, a maioria dos seus

remanescentes.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

fs11

s3, s31, sf23

s1, sd11, sf13

s7

1843,736

245,475

4750,038

169541,9

309,965

2114,714

15551,63

476,46

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

149

Percentagem

87,0%

8,0%

2,4%

1,1%

0,9%

0,2%

0,2%

0,1%

Pastagem

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

Culturas

SAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Água

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTREFLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL ALUVIAL

Área Urbana e Núcleo Rural

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

SE22.ZC – Iturama (MIR 448)

SITUAÇÃO:

A folha localizada na extremidade sul do estado e limitada pelos paralelos 19°S a 20°S e

pelos meridianos 49°30’ WG a 51°00’WG, tem pequena parcela de suas terras ocupada

por municípios goianos, perfazendo uma área de apenas 1.529,92 km² ou 152.992 ha. De

forma integral ou apenas parcialmente é composta pelos seguintes municípios: Caçu,

Itajá, Itarumã e São Simão.

CARACTERÍSTICAS GEOAMBIENTAIS:

Toda essa porção da folha insere-se no Domínio Morfoestrutural dos Planaltos em

Estruturas Sedimentares Concordantes, coincidente com a região geomorfológica dos

Planaltos Areníticos Basálticos Interiores e com sua unidade Superfície do Planalto

Rebaixado da Bacia do Paraná.

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

150

Está representada basicamente em áreas aplanadas com Latossolos Vermelhos distróficos

e ou distroférricos ou, áreas pouco mais movimentadas em modelados de pediplanação

retocados com Argissolos Vermelho Amarelos. Todas essas superfícies ostentam intensivo

uso agropecuário, alternando pastagens plantadas com lavouras anuais e poucos

remanescentes, estes, geralmente pequenos, não tem representação, nesta escala.

RELAÇÃO DAS TIPOLOGIAS OCORRENTES:

Agrupamentos Área (ha)

Água

Área Urbana e Núcleo Rural

Culturas

Pastagem

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL SUBMONTANA

SAVANA ARBORIZADA

SAVANA FLORESTADA

SAVANA GRAMINEO LENHOSA

f3, fs31

s2

sf13

s7, s71, sf73

4467,055

265,7455

30815,37

97325,5

1535,87

537,3

9261,59

8669,625

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

151

Percentagem

63,7%

20,2%

6,1%

5,7%

2,9%

1,0%

0,4%

0,2%

Pastagem

Culturas

SAVANA FLORESTADA (CERRADAO)

SAVANA GRAMINEO LENHOSA (CAMPO LIMPOSECO/CAMPO SUJO SECO/CAMPO RUPESTREÁgua

FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUALSUBMONTANASAVANA ARBORIZADA (CERRADOTIPICO/CERRADO DENSO)Área Urbana e Núcleo Rural

DOCUMENTAÇÃO PRODUZIDA EM TRABALHOS DE CAMPO:

6. BIBLIOGRAFIA

MEMORIAL DESCRITIVO DO MAPA DE REGIÕES FISIONÔMICAS E USO DA TERRA

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MANUAL TÉCNICO DA VEGETAÇÃO BRASILEIRA. Rio de Janeiro, IBGE, 1992. 92p.

RIBEIRO, J.F. ; WALTER, B.M.T. Fito fisionomias do Bioma Cerrado. In: Cerrado ambiente

e flora. Ed. Sueli Matiko Sano e Samíramis Pedrosa de Almeida. Planaltina: EMBRAPA-

CPAC, 1998.p87-166