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MMEEMMBBRROOSS DDOOSS ÓÓRRGGÃÃOOSS SSOOCCIIAAIISS
Mandato: Quadriénio 2005-2008
MMEESSAA DDAA AASSSSEEMMBBLLEEIIAA GGEERRAALL
Presidente:
Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Martins
Secretário:
Manuel Joaquim Rodrigues
Carlos Fernando Soares Pinheiro
CCOONNSSEELLHHOO DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO
Presidente:
José António Leite Mendes Rodrigues
Vogais:
Nelson Nunes Rodrigues
Aloísio Fernando Macedo da Fonseca
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Jürgen Peters
João Rui Carvalho dos Santos
Manuel Serpa Leitão
CCOOMMIISSSSÃÃOO EEXXEECCUUTTIIVVAA
Presidente:
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Vogais:
Jürgen Peters
João Rui Carvalho dos Santos
CCOONNSSEELLHHOO FFIISSCCAALL
Presidente:
Francisco José da Silva
Vogais:
Maria Isabel Louro Caria Alcobia
"Patrício, Mimoso & Mendes Jorge, SROC"
- Representada por Joaquim Patrício da Silva
Suplente:
Alberto Arnauth Ribeiro - ROC
SSEECCRREETTÁÁRRIIOO DDAA SSOOCCIIEEDDAADDEE
Efectivo:
Carlos Fernando Soares Pinheiro
Suplente:
Otília Carrega Pires
CCOOMMIISSSSÃÃOO DDEE VVEENNCCIIMMEENNTTOOSS
Presidente:
Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Martins
Secretário:
Walter Klausmann
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EESSTTRRUUTTUURRAA DDAA EEMMPPRREESSAA
GESTÃO
DA
QUALIDADE
AMBIENTE
PREVENÇÃO
E
SEGURANÇA
CONTROLLER
COMERCIAL
ADMINISTRATIVA
PRODUÇÃO
GESTÃO
DE
PROJECTOS
EXECUTIVA
CONSELHO
ADMINISTRAÇÃO
COMISSÃO
DE
Pag. 3/56
CAPITAL SOCIAL: 5 000 000 EUROS
SEDE SOCIAL: MITRENA – 2910-738 SETÚBAL
CONSERVATÓRIA DO REGISTO COMERCIAL DE SETÚBAL
MATRÍCULA N.º 503 847 151
PESSOA COLECTIVA N.º 503 847 151
AA SS SS EE MM BB LL EE II AA GG EE RR AA LL AA NN UU AA LL DD EE AA CC CC II OO NN II SS TT AA SS
CC OO NN VV OO CC AA TT ÓÓ RR II AA
Nos termos da Lei e do Contrato de Sociedade, é convocada a Assembleia Geral Anual de Accionistas da
LISNAVE, ESTALEIROS NAVAIS, S.A., para reunir, no dia 19 de Março de 2008, pelas 11:00 Horas, na Sede da
Sociedade, no Estaleiro da Mitrena, Setúbal, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1º - Deliberar sobre o RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS do Exercício de 2007;
2º - Deliberar sobre o Relatório do Conselho Fiscal;
3º - Deliberar sobre a Proposta de Aplicação de Resultados;
4º - Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade.
No prazo legal, ficam à disposição dos Senhores Accionistas, na Sede da Sociedade e no respectivo Sitio na
Internet, os elementos constantes do artigo 289º do Código das Sociedades Comerciais e os respeitantes
aos pontos que constituem a Ordem de Trabalhos.
Nos termos da Lei e do Contrato Social a Assembleia Geral é constituída pelos Accionistas com direito a
voto que possuam, pelo menos, cem acções devidamente registadas em seu nome até dez dias antes da
data da Assembleia Geral. A cada cem acções corresponderá um voto.
Para o efeito, os Senhores Accionistas que queiram estar presentes naquela Assembleia deverão informar o
Presidente da Mesa da Assembleia Geral, por carta, com assinatura reconhecida notarialmente, ou
certificada pela Sociedade, devendo neste caso solicitar às instituições financeiras onde se encontram
registadas as acções que comuniquem ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral a existência de tal
registo, até cinco dias úteis antes da data da Assembleia Geral.
A Assembleia Geral só poderá reunir, em primeira Convocatória, estando presentes ou representados
Accionistas representantes de, pelo menos, cinquenta por cento do capital social.
Não poderão assistir à Assembleia Geral os Accionistas que não tenham direito a voto.
Setúbal, 07 de Fevereiro de 2008
O PRESIDENTE DA MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Dr. Luís Miguel Nogueira Freire Cortes Martins
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RREELLAATTÓÓRRIIOO DDOO CCOONNSSEELLHHOO DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO
1. INTRODUÇÃO
A LISNAVE, ESTALEIROS NAVAIS, S.A. superou, pela terceira vez consecutiva, os objectivos
definidos, tendo registado, no Exercício de 2007, os seus melhores Resultados.
Sem dúvida, um facto marcante, o qual, para além de confirmar a tendência de acentuada
melhoria já evidenciada pelos indicadores de anos anteriores, é ainda mais relevante se se
tiver em atenção, que se concluiu, no Exercício em apreço, a execução do Plano de
Reestruturação, acordado em 1997 entre os seus Accionistas e o Estado.
De facto, a recuperação evidenciada pela LISNAVE tornando-a menos vulnerável às vicissitudes
do mercado global em que opera e, mais importante ainda, muito melhor preparada para
enfrentar os desafios do século XXI, vem demonstrar que, apesar das dificuldades enfrentadas
para superar parte dos constrangimentos do modelo do Plano de Reestruturação, as decisões
tomadas, na sequência das alterações Accionistas ocorridas no ano de 2000 e concretizadas,
de forma mais acentuada, no período que decorreu entre os anos de 2000 e 2004, se
revelaram acertadas.
Neste contexto, o Conselho de Administração considera que, com o nível de desempenho,
que foi possível atingir no último terço dos dez anos do Plano de Reestruturação, começa a
ficar consolidada a tendência de equilíbrio da Empresa, situação que lhe permitirá, através de
uma gestão rigorosa, prosseguindo o caminho que tem vindo a ser trilhado, começar a
perspectivar um futuro sustentável para a Empresa e, igualmente, para as Empresas de
Prestação de Serviços Industriais, que se têm constituído e instalado na sua periferia e que,
com ela, representam já um verdadeiro “cluster” da indústria naval na Península de Setúbal.
O Exercício de 2007
Ciente da necessidade de enfrentar as ameaças e, se possível, transformá-las em
oportunidades, tal como o Conselho de Administração já antecipava para o ano de 2007,
seria necessário que a LISNAVE prosseguisse na senda da progressiva redução do “Ponto
Crítico das Vendas”, de forma a garantir um nível de competitividade, que não a
vulnerabilizasse perante uma provável quebra de procura.
Com efeito, aos efeitos induzidos pelos tradicionais factores de instabilidade do mercado,
um novo e sério conjunto de ameaças se lhe vem deparando, designadamente a entrada em
operação de grande quantidade de navios novos, que se verificou no ano de 2007, bem
como a progressiva afirmação de competência, que tem vindo a ser adquirida pelos antigos
estaleiros do leste europeu, os quais, no decurso dos anos 90, vieram a entrar, no mercado
comercial.
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Contudo, foram já visíveis, como o Conselho de Administração vinha antevendo e apesar de
se ter registado um crescimento mais moderado do comércio mundial, na casa dos 8,7%, isto
é, cerca de 1% menos do que no ano anterior, algumas pequenas melhorias no mercado,
tendo-se verificado que, ou pelo estado das respectivas frotas ou por conscientes decisões de
investimento, alguns Armadores, em resultado também da boa rentabilidade do seu negócio
nos Exercícios passados, decidiram começar a efectuar operações de manutenção dos seus
navios, com níveis de intervenção um pouco mais profundos do que aqueles que se tinham
vindo a verificar nos últimos anos, situação a que não será, também, alheia a evolução
verificada nas taxas de frete durante o ano de 2007.
Foi, efectivamente, já possível constatar, embora de forma ténue, um ligeiro crescimento da
procura no mercado de Reparação Naval, medido pelo número de consultas recebidas,
apesar dos críticos e habituais factores, como a instabilidade dos mercados petrolíferos, a
flutuação do câmbio do Dólar ou das taxas de frete, continuarem, notoriamente, a
condicionar as decisões dos Armadores.
Na verdade, o mercado, não se tendo apresentado tão desfavorável como em alguns dos
períodos anteriores, esteve condicionado pelo elevado nível do preço do petróleo e pela
muito elevada cotação média do Euro.
No que se refere aos fretes, as taxas médias diárias variaram muito durante o período a que
se reporta o Exercício, conhecendo evoluções muito diferenciadas.
Assim, as taxas de um petroleiro “Suezmax Moderno”, embora registando, em meados do 2º
Semestre, uma quebra acentuada, que as levou para valores próximos dos mais baixos de
2003, terminaram em alta significativa, fixando-se em valores da ordem dos 100 mil
dólares/dia, isto é, cerca de 5 vezes mais que o mínimo do ano.
Os Graneleiros, por sua vez, conheceram um ano bastante melhor, com as taxas diárias a
variarem entre os mínimos de cerca de 50 mil dólares e o máximo, no final do ano, acima
dos 140 mil dólares, com média anual da casa dos 85 mil dólares, isto é, mais do dobro das
médias dos anos anteriores.
Em consequência, o mercado de Reparação Naval conheceu, globalmente, um crescimento
interessante, da ordem dos 5%, passando as consultas recebidas de 661 para 694, sendo
relevante referir que a taxa de sucesso de obtenção de encomendas subiu 1 ponto percentual,
para os 22%.
Neste contexto, a LISNAVE superou, com assinalável nível de sucesso, o Exercício em apreço,
tendo concluído o Exercício de 2007 com um volume de Vendas de Reparação Naval de
118,3 milhões de Euros, cerca de 8 milhões mais do que no ano anterior, correspondente à
reparação/manutenção de 135 navios, provenientes de 86 Clientes, localizados em 23 países.
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O total dos Proveitos de Exploração fixou-se em 126,6 milhões de Euros, isto é, cerca de 12,3
milhões de Euros mais do que no ano de 2006.
Os Resultados Líquidos do Exercício atingiram os 10,20 milhões de Euros positivos, a que
corresponderam Resultados Operacionais de 10,13 milhões de Euros, um Gross Cash Flow de
cerca de 17 milhões de Euros e disponibilidades financeiras acumuladas de 29,7 milhões de
Euros.
Releve-se o facto de a Situação Líquida se situar em montantes que mais do que
quadriplicam o valor do Capital Social.
Referência especial, merece, ainda, o facto de o Activo ter crescido em cerca de 8 milhões de
Euros, contra uma subida do Passivo de apenas cerca de 0,6 milhões de Euros.
A expressividade do montante relativo a Rendas no Exercício, é outro dos factores a relevar.
De facto, o montante global da renda, que a LISNAVE vai entregar à Concessionária, Lisnave -
Infraestruturas Navais, S.A., fixou-se em 26,3 milhões de Euros.
Este montante, com efeito, confirma, em definitivo e em conformidade com o que o
Conselho de Administração tem vindo a reafirmar ao longo dos últimos anos, a adequação
do esquema de rendas, que veio a vigorar no período de 2003 a 2007, uma vez que
permitiu, através do efeito exponencial das duas componentes da renda variável, recuperar e
antecipar a satisfação, pela Concessionária, de parte substancial das responsabilidades
financeiras assumidas, na sequência do Plano de Reestruturação.
Desta forma, o Conselho de Administração, ao mesmo tempo que se congratula com este
facto, considera que, a partir do Exercício de 2008, deverá ser reposto, em moldes mais
adequados à situação actual, o esquema de rendas acordado com a Lisnave - Infraestruturas
Navais, S.A..
No que respeita ao Activo Imobilizado, durante o presente Exercício, é de notar a relevância
do montante das responsabilidades com Investimentos, cerca de 3,6 milhões de Euros, dos
quais 1,3 milhões em novos investimentos e cerca de 2,3 milhões de Euros em grandes
reparações de infraestruturas e equipamentos, cujos montantes acumulados desde o Exercício
de 2000, ascendem já a cerca de 25 milhões de Euros.
A LISNAVE, no período em análise, manteve as suas tradicionais características de Empresa
fortemente exportadora, tendo vendido para o mercado externo 117,2 milhões de Euros de
serviços de Reparação, isto é, cerca de 95% do total, tendo procedido, apenas, à reparação
de quatro navios de pavilhão nacional.
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Por outro lado, a Empresa manteve, igualmente, o seu elevado nível de empregabilidade,
garantindo emprego equivalente de 56 milhões de Euros, a que correspondem, em média,
mais de 2 mil e quinhentas pessoas equivalentes.
De realçar, ainda, que o Exercício foi concluído sem dívidas vencidas, quer aos
Trabalhadores, quer ao Estado, ao qual foi entregue em IRS, Contribuições para a Segurança
Social e outros Impostos, cerca de 7,9 milhões de Euros, a que acrescem mais 3,47 milhões,
relativos a Impostos sobre Lucros do Exercício.
O Conselho de Administração, relativamente à Formação Profissional de Jovens Operários,
regista com satisfação que, apesar das dificuldades de recrutamento subjacentes, se
encontram actualmente em Formação 85 Jovens, enquanto outros 74 já estão, após terem
terminado o seu percurso formativo com aproveitamento, a dar início, como Praticantes, às
respectivas carreiras profissionais.
Este Plano de Formação, como já era referido pelo Conselho de Administração no Relatório
de Actividades do Exercício anterior, orçado em cerca de 6 milhões de Euros e abrangendo,
nesta fase, o recrutamento e formação de cerca de 250 Jovens, deu origem a um Processo de
Candidatura, que foi oportunamente apresentado à API, tendo, infelizmente e apesar das
suas características de “formação altamente qualificante”, obtido apenas a concessão de um
apoio financeiro máximo de 1 milhão de Euros, pelo que a maior parte do custo do Plano,
vai ser assumida pela própria LISNAVE.
De relevar, ainda, o esforço desenvolvido no sentido de maximizar o volume da Prestação
de Serviços da Gestnave, embora com recurso à aquisição de serviços, cujo âmbito se
encontra fora da actividade de reparação naval, o qual, contudo, não permitiu utilizar a
totalidade das 260 mil horas contratadas e pagas, para o ano de 2007.
Entretanto foi obtido o Licenciamento Ambiental do Estaleiro da Mitrena e renovou-se, com
sucesso, a Certificação ISO 9001:2000, mantendo, igualmente, o Certificado de Protecção do
Código Internacional de Segurança de Navios e Instalações Portuárias - ISPS.
A Estrutura Accionista era, em 31 de Dezembro de 2007, a seguinte:
NAVIVESSEL, ESTUDOS E PROJECTOS NAVAIS, S.A. 72,82 %
THYSSENKRUPP MARINE SYSTEMS AG 20,00 %
ESTADO PORTUGUÊS 2,97 %
OUTROS ACCIONISTAS 4,21 %.
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A finalizar, o Conselho de Administração deseja manifestar a sua satisfação pelo facto de ter
sido possível, na sequência da competente aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas
de 2007, proceder, pela segunda vez consecutiva, à remuneração dos capitais investidos pela
generalidade dos Accionistas da Empresa.
Por último, o Conselho de Administração, ao encerrar o período que marca a conclusão do
Plano de Reestruturação, não pode deixar, dada a importância de que se reveste, quer em
termos regionais, quer sobretudo nacionais, de relevar que a LISNAVE, durante estes 10 anos
da sua execução reparou 1.370 navios provenientes de países de todo o mundo, a que
corresponderam Vendas de 1.154 milhões de Euros (dos quais 1.099 milhões para
exportação), com um Valor Acrescentado Nacional de cerca de 95%, a que estão associados
salários globais de mais de 692 milhões de Euros e entregas ao Estado, em contribuições para
a Segurança Social, IRS e outros Impostos, cerca de 120 milhões de Euros.
Perspectivas para o Exercício de 2008
O Conselho de Administração, projectando o futuro, reafirma, uma vez mais, a sua forte
convicção de que é indispensável proceder à flexibilização das condições do Contrato de
Trabalho da Empresa, por forma a torná-las mais ajustadas às práticas dos seus concorrentes
directos.
Com este objectivo, pretende voltar a contactar as Organizações Sindicais representativas
dos Trabalhadores da Lisnave, apelando, mais uma vez, para a necessidade imperativa de
proceder a esta mudança, que considera indispensável para a contratação dos Trabalhadores
da nova geração, que têm vindo a ser formados no âmbito do Plano de Formação de
Jovens.
O Conselho de Administração, em termos gerais de gestão, pretende manter a estratégia de
rigor, que tem vindo a ser seguida, dispensando particular atenção à necessidade imperativa
de prosseguir a flexibilização e redimensionamento, onde for possível, do custo dos factores
de produção, adequando-os, continuadamente, ao volume de receitas previsionais.
Na senda deste objectivo, irá prosseguir a sua política de acentuada combatividade comercial
e de fidelização de Clientes, controlo de gestão e de custos, nomeadamente os custos fixos
do factor trabalho, reforçando a sua política de desenvolvimento de relações de
“partenariado” com os Prestadores de Serviços tradicionais e continuando a promover o
lançamento de novas iniciativas empresariais.
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Por outro lado, o Conselho de Administração mantém a firme convicção de que o nível dos
indicadores económico-financeiros do Exercício em apreço demonstram a capacidade de
adaptação, que a LISNAVE tem vindo a desenvolver, progressivamente, ao longo dos últimos
anos, a qual, conjugada com a manutenção das políticas de rigor, que têm vindo a ser
seguidas e complementada com o recrutamento de Jovens com múltiplos saberes e
características de flexibilidade, são uma garantia de que a LISNAVE vai continuar a assegurar as
condições necessárias para ultrapassar as vulnerabilidades, que a caracterizaram no passado.
Desta forma, embora tenha plena consciência do elevado grau de risco, associado à
imprevisibilidade que caracteriza o negócio da LISNAVE, o Conselho de Administração está
em crer, dada a implementação de regras mais apertadas de Protecção Ambiental no Mar,
estabelecidas pelos organismos reguladores internacionais, que os operadores da Marinha
Mercante vão ter de dar mais atenção à manutenção preventiva dos seus navios, situação de
que virá a resultar um aumento do conteúdo de trabalho requerido.
Neste contexto, o Conselho de Administração, ciente embora de que os especialistas
continuem a manter-se cautelosos quanto à evolução da economia mundial, dado que os
factores críticos, como a instabilidade dos mercados petrolíferos, a flutuação do câmbio do
Dólar, ou das taxas de frete, podem continuar a condicionar as decisões dos Armadores,
manifesta aos Senhores Accionistas, suportado na excelência de qualidade, responsabilidade e
envolvimento, que a Gestão e os restantes Colaboradores, a todos os níveis, têm vindo a
demonstrar, o seu sentimento de optimismo, relativamente às perspectivas de desempenho
da LISNAVE para o Ano Económico de 2008.
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2. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O MERCADO DE REPARAÇÃO NAVAL
Conjuntura
Depois de quatro anos de sustentado crescimento, tanto da economia como do comércio
mundial, os mercados financeiros globais, devido à crise no mercado de habitação dos
Estados Unidos da América, entraram numa fase de profunda incerteza e volatilidade,
reflectindo-se esta incerteza, com profundidade, no mercado de acções, no preço das
matérias primas e nas taxas de câmbio.
Segundo o Relatório Anual do Banco Mundial, em 2007, apesar deste clima de incerteza, a
taxa de crescimento económico dos países em vias de desenvolvimento manteve-se firme, em
média, à taxa de 7,4%, depois de um igualmente forte crescimento de 7,5% em 2006, graças
ao crescimento da economia Chinesa, a qual, depois de um crescimento de 11,1% em 2006,
atingiu, no ano de 2007 uma taxa de crescimento de 11,3% .
Ainda segundo o citado Relatório, verificou-se uma desaceleração da economia mundial, a
qual decresceu de 3,9% em 2006, para 3,6% em 2007, sendo que a desaceleração registada
foi liderada pelos países da OCDE, cuja taxa de crescimento, em 2007, foi de 2,5%,
enquanto em 2006 tinha sido de 2,8%.
Por outro lado, verificou-se, igualmente, uma desaceleração na economia dos Estados Unidos
da América, cuja taxa de crescimento económico recuou dos 2,9% em 2006, para 2,2% em
2007, bem como na zona Euro em que o crescimento económico sofreu uma queda de 0,1
ponto percentual, passando de 2,8% em 2006 para 2,7% em 2007, enquanto no Japão se
registou uma queda de 0,2 pontos percentuais, de 2,2% em 2006 para os 2,0% em 2007.
O Banco Mundial, em consequência do abrandamento do crescimento verificado, estima que
a taxa de crescimento do comércio mundial tenha sido de 8,7%, em contraposição com os
9,8% do ano de 2006.
Evolução da Frota Mercante Mundial e Taxas de Frete
Segundo a Fearnleys, a frota mercante de graneis acima dos 25.000 TPB, em número de
navios, cresceu cerca de 5%. De notar que, tanto na frota de graneis líquidos como na de
graneis sólidos, o maior crescimento se deu no segmento correspondente aos navios tipo
“Panamax”, com um crescimento de cerca de 15%.
Apesar do alto valor que atingiu o preço do aço vendido para demolição, cerca de 530
dólares dos E. U. A., o número de navios vendidos neste mercado foi muito baixo – cerca de
2,1 milhões de TPB no total - na senda do que vem acontecendo nos últimos anos.
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No que se refere ao número de navios entregues durante o ano de 2007, temos que, na frota
de graneis líquidos, foram entregues cerca de 285 navios, correspondentes a 9% da frota
existente no final de 2007 e na frota de graneis sólidos foram entregues 275 navios,
correspondentes a cerca de 5% da frota existente no final do mesmo período.
A carteira de encomendas de ambas as frotas, no final de 2007, representava cerca de 38% -
em número de navios – da frota existente. De notar, porém, que na frota de graneis
líquidos, apesar da maior percentagem, 47%, de navios em carteira de encomendas se situar
na faixa até “Panamax”, a carteira de encomendas, nas faixas acima daquela dimensão, atinge
cerca de 36% da frota existente nessas dimensões.
Por outro lado, dado que a economia mundial é cada vez mais uma economia global, apesar
das elevadas taxas de crescimento, tanto da economia como do comércio, se terem situado
nos países em vias de desenvolvimento do Extremo Oriente, esta evolução também se
reflectiu na bacia do Atlântico, área de captação da LISNAVE, estimando-se que o transporte
marítimo nesta área tenha crescido na ordem dos 3%, influenciando, por sua vez, as taxas de
frete praticadas nesta área.
Assim, 2007 foi um ano em que os Armadores puderam consolidar os ganhos, que já vinham
de anos anteriores.
Na frota de graneis líquidos, o ano de 2007 começou com taxas semelhantes às conseguidas
no segundo Semestre de 2006, tendo sofrido, no início do segundo Semestre, uma redução
acentuada, mas que durou pouco tempo, sendo exemplificativo o caso do Suezmax na rota
de captação da LISNAVE - Oeste de África para os E. U. A., cuja taxa de frete, depois de ter
atingido os 21.700 dólares por dia, recuperou, no final do ano para os cerca de 102.600
dólares por dia.
TAXA DE FRETE DE PETROLEIROS
Suezmax Moderno - (O. África - E.U.A.)
0
20
40
60
80
100
120
140
Milhares d
e D
ólares / D
ia
2003 2004 2005
Médias Mensais
Fonte: Fearnleys
2006 2007
Pag. 12/56
No caso dos graneis sólidos, a tendência de subida verificada durante todo o segundo
Semestre do ano de 2006 manteve-se, tendo atingido, no fim do ano de 2007, valores
inimagináveis há cerca de um ano atrás. No caso dos “Capesize”, navios cuja rota é
interoceânica – Atlântico/Pacífico - os afretamentos a um ano, atingiram-se, em termos
médios, valores de taxa de frete de cerca de 146.000 dólares por dia, o que comparando
com os valores observados em finais de 2006 e de 2005, respectivamente 52.300 dólares
por dia e 26.700 dólares por dia, nos dá a verdadeira dimensão da evolução deste mercado.
TAXA DE FRETE DE GRANELEIROS
CAPESIZE - 12 MESES
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Milhares d
e D
ólares / D
ia
2003 2004 2005
Médias Mensais
Fonte: Fearnleys
2006 2007
Ainda neste segmento de mercado – Graneleiros “Capesize” – no caso da rota “redonda” no
Atlântico, o afretamento à viagem, em dólares do Estados Unidos da América, passou de
33.200 em finais de 2005, para 216.900 no final do ano de 2007.
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3. ACTIVIDADE DE REPARAÇÃO NAVAL
Procura de Reparação Naval
A diferente evolução das taxas de frete, os padrões comerciais e o cumprimento dos
regulamentos das Sociedades Classificadoras e dos Estados Bandeira são os principais factores
que influenciaram a estrutura da procura da reparação naval durante o ano de 2007.
Assim, continuou a verificar-se o crescimento da procura, já sentida em 2006, tendo-se
registado o número mais elevado de consultas, desde o ano de 2001, num total de 694, o
que representa um crescimento de 5,25%, relativamente às 661 consultas de 2006, sendo de
realçar o significativo crescimento em 16,3% do número de consultas para reparações de
Petroleiros, LNG e LPG- o nível mais elevado desde 2000 .
No que respeita aos Graneleiros, verificou-se um decréscimo de 8,9% na procura global deste
tipo de navios, fundamentalmente em consequência das diferentes evoluções das taxas de
frete dos dois principais mercados da LISNAVE, pois que, enquanto no mercado do transporte
de granéis líquidos a procura de Reparação cresceu, dado o abrandamento das taxas de frete
durante os primeiros meses de 2007, tendo os Armadores aproveitado para fazer as
reparações que vinham adiando, no mercado de granéis sólidos, a procura de Reparação
estabilizou ao mesmo nível do ano de 2006, em que os Armadores aproveitaram o bom
momento das taxas de frete.
RUBRICAS 2007 2006 2005 2004 2003
Consultas 694 661 644 653 609
Encomendas 148 146 128 135 113
Taxa de Sucesso Comercial 22 21 21 20 19
O número de consultas finalizadas, durante o ano de 2007, representando um crescimento
de 5%, foi de 148, o mais alto desde 2000, tendo a percentagem de sucesso sido de 22%,
um ponto percentual superior à do ano de 2006.
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Actividade de Reparação Naval
Em 2007, a Actividade de Reparação Naval, com um total de 135 navios reparados e embora
ligeiramente inferior ao número de navios reparados em 2006, teve, dado o aumento de
volume de trabalho por navio, um crescimento de cerca de 7%, relativamente a 2006, o que
representa um significativo aumento da actividade, em linha com o acréscimo verificado na
procura.
ANOS NACIONAL ESTRANGEIRO TOTAL EM DOCA
2007 4 131 135 127
2006 1 137 138 132
2005 2 121 123 118
2004 2 123 125 112
2003 6 108 114 104
Mais significativo, porém, foi o crescimento de 9,7% verificado na média do valor por navio
reparado com o correspondente crescimento das vendas em 7,3%, sendo que o maior
número de reparações foram reparações de aço, em que 31 navios ultrapassaram o
1.000.000 de Euros de reparação, 12 dos quais, em conjunto, excederam o valor de 40
milhões de Euros.
A actividade da LISNAVE, no seguimento do que já acontecera no ano de 2006, concentrou-
se nos segmentos de mercado tradicionais, continuando as reparações de Petroleiros e
Graneleiros a contribuir, de forma significativa, para o total da actividade, constituindo estes
cerca de 72% da actividade nos dois anos referidos, cumprindo-se, assim, o objectivo
definido para fidelização dos Clientes nos segmentos tradicionais de navios transportadores
de granéis, líquidos e sólidos.
Contudo, é de assinalar, com base na estratégia de desenvolvimento de outros mercados,
que se verificou um substancial crescimento no número de outros tipos de navios reparados,
com um crescimento de 90% em LNG/LPG e 50% no número de navios de Passageiros.
Assim, foram reparados, durante o ano de 2007, 8 navios LPG, 7 LNG, 6 de Passageiros e 8
navios Porta-contentores.
Por último, importa destacar, pela sua relevância, que dos 135 navios reparados,
provenientes de 87 Clientes, localizados em 23 países, 22 são da Grécia, 18 da Alemanha, 16
de Singapura e 16 da Noruega, o que representa um forte indicador da competitividade da
LISNAVE no mercado mundial da Reparação Naval.
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4. PROJECTOS ESPECIAIS
A LISNAVE não deixou de manter a sua atenção às oportunidades deste mercado, tendo
apresentado algumas propostas a concursos internacionais, das quais as mais relevantes são o
upgrading de duas FSO a operar no Offshore da Costa Ocidental de África, sendo que num
dos casos o operador optou por proceder à substituição da unidade enquanto que no
segundo ainda se aguarda a decisão.
5. INVESTIMENTOS
A LISNAVE, com o objectivo de garantir a manutenção das necessárias condições de
operacionalidade do Estaleiro tem vindo, à semelhança do realizado em anos anteriores, a
assegurar o prosseguimento de uma política de investimentos e renovação de infraestruturas,
quer relativamente a novos investimentos, quer relativamente a grandes reparações em
infraestruturas e equipamentos existentes, sendo de salientar que os montantes acumulados
de investimentos efectuados, desde o ano 2000, já ascendem a cerca de 25 milhões de Euros,
dos quais mais de 16 milhões em novos investimentos e cerca de 9 milhões de Euros em
grandes reparações em infraestruturas e equipamentos existentes.
No Exercício em análise, foram investidos 3,6 milhões de Euros, dos quais 1,3 milhões em
novos investimentos e cerca de 2,3 milhões em grandes reparações de infraestruturas e
equipamentos, assumindo particular relevância a aquisição de diverso equipamento de
produção e de protecção e segurança, bem como o Licenciamento Ambiental do Estaleiro da
Mitrena, o que traduz a significativa melhoria das práticas ambientais, que têm vindo a ser
implementadas.
Protecção Ambiental
A LISNAVE, em termos ambientais, tem vindo a desenvolver, de forma sistemática, um
aprofundado trabalho de melhoria de práticas ambientais, sendo de relevar, durante o
Exercício de 2007, o Licenciamento Ambiental do Estaleiro da Mitrena.
No âmbito das boas práticas ambientais, importa realçar que, tendo em vista eliminar toda a
granalha residual do Estaleiro, já foi encaminhada para as Empresas Cimenteiras, nos termos
dos Acordos celebrados, uma quantidade que se estima em mais de 188 mil toneladas, sendo
que, durante o ano de 2007, foram enviadas para as Cimenteiras, para além de toda a
granalha produzida no Exercício, cerca de 58.000 toneladas daquela granalha residual.
De salientar, por último, a construção de um novo Parque de Granalha no topo da Doca 22,
bem como a conclusão e total operacionalidade do novo Parque de Resíduos Sólidos e do
Parque impermeabilizado para estacionamento de depósitos moveis de águas residuais.
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Outros Investimentos e Grandes Reparações
Ao nível de novos investimentos, importa salientar a renovação do Refeitório da Empresa,
obra socialmente relevante, melhorando qualitativamente as condições da sua utilização, a
aquisição de diversos equipamentos informáticos e na área da produção a recuperação da
rede eléctrica, bem como a construção de novos picadeiros e a manufactura de portalós.
Por outro lado, em termos de grandes reparações, importa realçar a conclusão da docagem e
grande reparação da comporta da Doca 21, a reparação de estruturas de betão das escadas de
acesso ao interior da Doca 21, bem como a recuperação das estruturas de betão no interior
das Casas das Bombas das Docas 20, 21 e 22.
Tecnologias de Informação
A LISNAVE, tendo em vista a actualização e melhoria contínua do seu sistema informático,
para além de se ter procedido à análise das melhorias a implementar durante o ano de 2008,
disponibilizou o acesso, em condições de segurança, às suas aplicações, nomeadamente ao
“Email”, através da Internet (Webmail), e deu continuidade ao projecto “Wireless”,
adaptando o Centro Informático com as novas Tecnologias de Informação.
Neste sentido, para além da reformulação do “Outsourcing” neste sector, procedeu-se à
actualização de “Support Packages” no sistema SAP, ao desenvolvimento na aplicação de
Recursos Humanos, dos Sistema de Formação de Segurança e de Controlo de Pessoas não
Autorizadas, à renovação do equipamento activo de rede, possibilitando a passagem, nos
diferentes locais do Estaleiro, das ligações de rede de dados de 10 para 100 Mbs, bem como
ao “upgrade” aos Servidores de VMWare em Memória, Disco e Redundância de Storage.
Por outro lado, em termos de renovação do “hardware” instalado, procedeu-se à
remodelação do comando do sistema “Hydrolift”, à substituição das impressoras obsoletas e
de todos os computadores PII e PIII por computadores PIV, com “upgrade”, em todos os
postos de trabalho, de memória para 1GB, à instalação de novos equipamentos nas Centrais
de Bombagem, à aquisição, para o sector de Projecto, de uma Plotter HP 1055, bem como à
instalação de caixas estanques na segunda Portaria e transformação dos leitores externos dos
relógios pedonais em leitores internos.
Investigação e Desenvolvimento
A LISNAVE, em 2007, prosseguiu com a sua política de I & D, dando continuidade à sua
participação em sete Projectos europeus de Investigação e Desenvolvimento, financiados pela
União Europeia, cuja comparticipação ascendeu a 64.619 Euros.
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Durante este Exercício, é de salientar a conclusão do Projecto ShipMates (Ship repair to
Maintain Transport which is Environmentally Sustainable) e o fecho de contas dos Projectos
FasdHTS (High Tensile Steel 690 in Fast Ship Structures) e Eftcor (Environmental Friendly
and Cost-Effective Technology for Coating Removal), sendo que, para 2008, se encontra
previsto a conclusão do Projecto Saferelnet (Safety and Reliability of Industrial Products,
Systems and Structures).
Em 2008, está prevista a conclusão dos Projectos CAS (Condition assessment of aging ships
for real-time structural maintenance decision), Safecrafts (Safe abandoning of ships
Improvement of current Life Saving Appliances Systems), Marstruct (Network of Excellence
on Marine Structures) e ALERT (Assessment of Life-Cycle Effect of Repairs in Tankers),
mantendo-se em execução o Projecto BawaPla (Sustainable Ballast Water Management
Plant).
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6. RECURSOS HUMANOS
A Reparação Naval, como é do conhecimento geral, é uma actividade industrial, que se
caracteriza por se desenvolver a nível mundial, assumindo, por consequência, uma natureza
global.
Esta sua dimensão globalizante, dada a competitividade oferecida pelos concorrentes mais
directos da LISNAVE, configura a flexibilização das condições do Contrato de Trabalho como
um elemento nuclear da actividade, tornando-se um imperativo.
Foi, neste contexto, que a LISNAVE, depois de não ter sido bem sucedida, em 2005, com uma
Proposta de Acordo de Empresa, veio, no início de 2007, a apresentar, às Associações
Sindicais competentes, uma Proposta de Acordo Colectivo de Trabalho, igualmente subscrita
pelas Empresas, Tecor S.A., Gaslimpo, S.A. e Rebocalis, Lda., na qual se consignava um
conjunto de regras, consideradas indispensáveis à viabilização sustentada da LISNAVE e das
suas actividades departamentais e subjacentes à contratação de novos Trabalhadores.
Apesar da sustentada fundamentação técnica e económica e da consequente receptividade
de alguns Sindicatos sectoriais, uma vez mais, parte substancial das Associações Sindicais
representativas dos Trabalhadores destas empresas, rejeitou, também, esta proposta, o que
obrigou a Empresa a desviar-se da sua estratégia de Recursos Humanos e a encontrar formas
alternativas de contratação.
Na expectativa de que, num futuro muito próximo, venha a ser possível obter um acordo
com as Estruturas Sindicais, encontra-se em execução um extenso programa de Formação de
Jovens, com o objectivo de lhes ser proporcionada a aquisição das competências técnicas
necessárias para os desafios futuros da actividade e, ao mesmo tempo, possibilitar o
indispensável rejuvenescimento da Empresa, já que a idade média dos actuais Trabalhadores,
tendo presente as características físicas da actividade, apresenta algumas limitações
relevantes.
Formação de Jovens
O Programa de Formação de Jovens, com um custo estimado de 5,9 milhões de Euros, é
constituído por 22 Acções, contemplando 246 Formandos.
O respectivo processo de Candidatura, apresentado, em 1 de Março de 2006, à Agência
Portuguesa para o Investimento, veio, depois de ter sofrido várias alterações quantitativas
impostas pela API, a obter aprovação final, em 3 de Setembro de 2007, contemplando
apenas um pouco mais de um terço do Programa Total, ou seja, foi apenas aprovado um
conjunto de 9 Acções.
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A Empresa, no entanto e apesar desta contrariedade, tomou a decisão de cumprir,
integralmente, o Programa original.
Desde o dia 13 de Março de 2006, data de início da 1ª Acção do Curso de Serralheiro
Mecânico e até ao presente, foram iniciadas 17 Acções de Formação, 5 do Curso Serralheiro
Mecânico, 7 do Curso de Serralheiro Naval, 2 do Curso de Bombeiro Naval, 2 do Curso de
Condutor Máquinas e Aparelhos de Elevação e Transporte e 1 do Curso de Operador de
Máquinas e Ferramentas, envolvendo um total de 219 Jovens.
Do total de Jovens Formandos, abrangidos pelas 10 Acções já concluídas e que terminaram os
respectivos Cursos com sucesso, 74% aceitaram o convite, formulado directamente pela
Administração da LISNAVE, para iniciarem uma carreira profissional nesta actividade industrial.
É de salientar, no entanto, o relevante esforço financeiro assumido pela LISNAVE, não só pelo
facto, como se referiu anteriormente, de só ter obtido apoio financeiro, de fundos públicos,
para pouco mais de um terço do Programa, mas também pelos custos, sem qualquer
contrapartida, decorrentes das 60 desistências já verificadas.
Com efeito, as dificuldades de recrutamento obrigaram, até ao presente momento, à
contratação de 219 Formandos, para obter “sucesso” em apenas 159, dos quais 74 já estão a
iniciar uma carreira profissional como Praticantes, após terem terminado o seu percurso
formativo, enquanto os restantes 85 se encontram ainda em Formação.
Actualmente estão em curso 7 Acções, prevendo-se que, até ao final de 2008, se iniciem mais
5 Acções, envolvendo um total de cerca de 154 jovens. Na sua globalidade, o Programa
original irá terminar em meados de 2009.
A LISNAVE, no entanto, prosseguiu com a sua política de rejuvenescimento da Empresa, tendo
admitido, no decurso do Exercício, mais sete Jovens Engenheiros, um dos quais já no ano de
2008.
Encargos com Remunerações
Dadas as conhecidas limitações de carácter externo, já verificadas em anos anteriores, e não
tendo sido possível, mais uma vez, celebrar um Acordo de Revisão Salarial com os Órgãos
Representativos dos Trabalhadores, a LISNAVE decidiu acompanhar apenas a revisão salarial
efectuada pela Gestnave.
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Entretanto, na sequência de proposta do Conselho de Administração e da competente
aprovação em Assembleia Geral, foi atribuído, a todos os Trabalhadores pertencentes ao
efectivo da Empresa à data da Assembleia, um Bónus Extraordinário, composto por uma
parte fixa correspondente a 100% da remuneração fixa mensal e uma parte variável, em
função do nível de ausências de cada Trabalhador durante o Exercício de 2006, com um
montante total global equivalente a metade da massa salarial das remunerações fixas da
Empresa.
O montante global dos encargos com pessoal cifrou-se em cerca de 13,2 milhões de Euros, tal
como descriminado no quadro abaixo, montante global que reflecte a redução do número
de Trabalhadores ocorrida ao longo do ano, na sequência da respectiva adesão ao sistema de
Pré-Reformas instituído.
ENCARGOS COM PESSOAL
(Valores em Euros)
RUBRICAS 2007 2006
Remunerações 7.347.758 8.549.924
Trabalho Suplementar 1.510.413 1.298.144
Prémios Subsídios e Outras Remunerações 644.730 1.514.148
SUBTOTAL 9.502.901 11.362.217
Encargos Sociais 3.698.316 3.864.197
TOTAL 13.201.218 15.226.414
Formação e Desenvolvimento
No ano de 2007, para além do Programa de Formação de Jovens, foram desenvolvidas
várias Acções de Formação Profissional, abrangendo 158 activos, contemplando áreas
consideradas fundamentais para a Empresa, quer pela sua componente técnica, quer em
termos comportamentais e de gestão.
Por outro lado, como a contratação em regime de prestação serviços assume grande
significado quantitativo, a LISNAVE procurou, à semelhança dos anos anteriores, assegurar o
envolvimento destas empresas na Formação. Assim, do total de horas de Formação
proporcionadas pela LISNAVE (6.109 H), 20% estiveram relacionadas com Acções de
Formação dirigidas a prestadores de serviços, sendo as horas de Formação remanescentes
afectas aos outros Colaboradores da Empresa.
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FORMAÇÃO EXTERNA - 2007
ÁREAS DE FORMAÇÃO
TOTAL
HORAS
TOTAL
PARTICIPANTES
Desenvolvimento Pessoal - Quadros e Chefias 2.720 54
Qualificação /Reciclagem Técnicas de Produção 1.952 49
Qualidade, Segurança, Ambiente e Protecção 40.5 8
Hardware e Software 945 27
Gestão Financeira, Fiscal e Contabilidade 451.5 20
TOTAL 6.109 158
Saúde, Higiene e Segurança
A LISNAVE manteve, como é habitual, a preocupação com a saúde dos seus Trabalhadores.
Nesta perspectiva, para além de intervenções pontuais, foram realizados 516 Exames, dos
quais 280 Periódicos e 236 Ocasionais e complementares.
No âmbito da Segurança, o ano de 2007 caracterizou-se pela continuação da descida nos
índices de sinistralidade na Empresa. O índice de frequência, que se veio agravando até ao
ano de 2004, manteve a tendência de descida significativa iniciada em 2005, situando-se nos
41,21 e o Índice de Gravidade situou-se em valores inferiores aos do ano anterior - 0,77,
mantendo-se a tendência de descida iniciada em 2004.
Com o objectivo de prosseguir a melhoria destes indicadores, a LISNAVE vai continuar a
globalizar a segurança no processo produtivo, através da sensibilização para a utilização dos
adequados e recomendados Equipamentos de Protecção Individual e para o seguimento das
regras e procedimentos de segurança, reforçando a informação, formação e treino sobre os
riscos da actividade, em particular das Chefias Directas.
Receberam, ainda, Formação em Segurança, 2.051 Trabalhadores de Empresas Prestadoras de
Serviços, 86 jovens dos Cursos de Formação Profissional Industrial – Multidisciplinar, 6
Estagiários da LISNAVE e 50 outras situações, o que se traduziu num acréscimo muito
significativo de Formação em relação ao ano anterior.
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Outros Indicadores
Em 31 de Dezembro de 2007, o efectivo global da LISNAVE era de 314 Trabalhadores.
A idade média, com o ingresso na Pré-Reforma, no final de 2007, de todos os Trabalhadores
abrangidos pelo Plano Social, registou uma descida significativa, tendo-se fixado em 48,35
anos, distribuição etária que o quadro junto representa.
Distribuição Etária
0
100
200
300
400
19 - 25 26 - 30 31 - 35 36 - 45 46 - 55 >=56
MULHERES
HOMENS
TOTAL
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7. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
Como já foi referido noutro ponto deste Relatório, a LISNAVE, durante o Exercício de 2007,
prestou serviços de reparação naval, que envolveu um número total de 135 navios, tendo
registado uma facturação de 118,3 milhões de Euros.
Conforme se mostra no quadro seguinte, assistiu-se em 2007 a um aumento de 7,1% no
valor das vendas, relativamente ao Exercício anterior, apesar da ligeira diminuição do
número de navios reparados. Deste modo, a facturação média por navio registou um
aumento de 9,5%, relativamente ao valor registado no mesmo período anterior, atingindo
os 876 mil Euros, o que reflecte, em média, um maior conteúdo de trabalho por navio
reparado.
NÚMERO DE NAVIOS E FACTURAÇÃO
(Valores em milhões de Euros)
RUBRICAS 2007 2006 2005 2004 2003
N.º Navios Reparados 135 138 123 125 114
Facturação Total 118,3 110,4 100,6 87,7 77,3
Facturação Média Navio 0,876 0,800 0,818 0,701 0,678
Assim, o ano de 2007 manteve a tendência de crescimento de Vendas de reparação naval
verificada nos últimos cinco anos. Contudo, nos dois últimos anos tem-se registado um
ligeiro abrandamento no ritmo de crescimento com taxas de 7,1% e 9,8% em 2007 e 2006,
respectivamente, quando em 2005 e 2004 estas registaram valores de dois dígitos (14,8% e
13, 3% respectivamente).
É também importante sublinhar, que este desempenho de Vendas foi alcançado num ano em
que a economia mundial e o comércio internacional se caracterizaram por uma forte
instabilidade provocada pela evolução muito volátil dos preços do petróleo, do câmbio do
US Dólar e dos preços dos fretes marítimos.
Deste conjunto de factores exógenos, é sem dúvida o comportamento do US dólar que maior
pressão tem exercido sobre a Gestão para antecipar as medidas necessárias à adaptação da
Empresa às condições competitivas do mercado global em que se insere, uma vez que os seus
principais Clientes continuam a utilizar primordialmente o Dólar nas suas transacções
comerciais.
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Assim, o início da forte depreciação do Dólar verificada em 2004, que conduziu a uma taxa
média anual de 0,8014 Euros, continuou a evoluir desfavoravelmente nos anos seguintes,
fixando-se em 0,7231 do Euro em 2007.
O quadro seguinte mostra, claramente, o impacto que a depreciação do Dólar teve ao longo
do Exercício de 2007. Assim e em termos anuais, foi necessário vender um montante de
163,5 milhões de Dólares para se atingir 118,3 milhões de Euros.
FACTURAÇÃO ACUMULADA DE REPARAÇÕES E COTAÇÕES US$ / €
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
Ano 2007
Milhões de U
S$ / €
0,7000
0,7100
0,7200
0,7300
0,7400
0,7500
0,7600
Cotações U
S$ / €
Fact. US$ 2007 30,7 74,8 124,3 163,5
Fact. € 2007 23,2 55,9 91,4 118,3
Cotação US$ / € 2007 0,7565 0,7473 0,7359 0,7231
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.
A
AA == 45,3 milhões de US$
Ao comparar-se as Vendas de 2007 com as do Exercício de 2003, onde se registou uma
cotação US$/€ média de 0,8765, ressalta claramente a dimensão do esforço comercial
efectuado para compensar o efeito cambial desfavorável registado no período, ou seja, para
se conseguir crescer 40,9 milhões Euros de vendas, relativamente a 2003, foi necessário
vender mais de 75,3 milhões de Dólares.
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FACTURAÇÃO ACUMULADA DE REPARAÇÕES E COTAÇÕES US$ / €
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
180,0
Anos 2003 e 2007
Milhões de U
S$ / €
0,7000
0,7100
0,7200
0,7300
0,7400
0,7500
0,7600
Cotações U
S$ / €
Fact. US$ 2003 18,7 40,7 63,8 88,2
Fact. € 2003 17,2 36,5 57,1 77,3
Fact. US$ 2007 30,7 74,8 124,3 163,5
Fact. € 2007 23,2 55,9 91,4 118,3
Cotação US$ / € 2007 0,7565 0,7473 0,7359 0,7231
1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.
B
C
B = mais 40,9 milhões de €
C = mais 75,3 milhões de US$
Neste quadro de condições tão adversas, a boa performance registada pela Empresa, nos
anos em análise, ficou a dever-se principalmente à implementação e consolidação duma
política comercial proactiva e duma gestão de projectos focalizada na satisfação do Cliente.
O quadro que se apresenta de seguida, mostra a evolução do total das Vendas e Prestações
de Serviços para o período 2003/2007.
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
(Valores em milhares de Euros)
RUBRICAS 2007 2006 2005 2004 2003
Reparações Navais 118.255 110.433 100.617 87.650 77.335
Outras Actividades 2.960 677 618 261 427
Prestações de Serviços 2.059 1.012 955 1.227 1.324
TOTAL 123.274 112.123 102.190 89.138 79.086
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As “Vendas e Prestações de Serviços” registadas no Exercício de 2007, no montante de 123,3
milhões de Euros, foram determinadas quase na sua totalidade pelas Vendas relacionadas
com a Reparação Naval.
Por seu lado, as Rubricas “Outras Actividades” e “Prestações de Serviços” registaram valores
pouco significativos, ou seja, 4,1% do total, representando, no entanto, um crescimento
importante relativamente ao Exercício anterior. Esta evolução é justificada pela venda de
serviços de apoio, relacionados com a construção de componentes para navios.
No que se refere à situação económica da Empresa, da análise das Demonstrações de
Resultados dos Exercícios de 2003 a 2007, constantes do quadro seguinte, pode seguir-se a
evolução da rentabilidade das Vendas, assim como, a evolução do peso relativo dos factores
produtivos no total dos Proveitos de exploração, registadas naquele período.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
(Valores em milhares de Euros)
VALOR % VALOR % VALOR % VALOR % VALOR %
Vendas e Prestação de Serviços 123.274 112.123 102.190 89.138 79.086
Variação de Produção 1.821 262 -1.029 1.152 94
Trabalhos para a própria Empresa 55 97 434 271 191
Outros Proveitos 1.485 1.851 2.263 2.611 1.418
Total de Proveitos de Exploração 126.635 100 114.334 100 103.858 100 93.172 100 80.789 100
Custos das Mat. Primas Consumidas 7.108 5,6 6.626 5,8 4.637 4,5 6.482 7,0 4.146 5,1
Fornecimentos e Serviços Externos 92.446 73,0 80.274 70,2 70.396 67,8 54.923 58,9 48.010 59,4
Custos com o Pessoal 13.201 10,4 15.226 13,3 15.420 14,8 18.584 19,9 20.925 25,9
Amortizações e Provisões 3.331 2,6 3.455 3,0 3.276 3,2 7.333 7,9 5.774 7,1
Impostos 180 0,1 174 0,2 164 0,2 214 0,2 275 0,3
Outros Custos 242 0,2 113 0,1 259 0,2 49 0,1 46 0,1
Total de Custos de Exploração 116.508 92,0 105.869 92,6 94.153 90,7 87.586 94,0 79.176 98,0
Resultados Operacionais 10.127 8,0 8.465 7,4 9.705 9,3 5.586 6,0 1.613 2,0
Resultados Financeiros 1.226 1,0 674 0,6 1.011 1,0 -666 -0,7 -2.039 -2,5
Resultados Correntes 11.353 9,0 9.139 8,0 10.716 10,3 4.920 5,3 -426 -0,5
Resultados Extraordinários 2.322 1,8 393 0,3 -4.801 -4,6 -4.298 -4,6 378 0,5
Resultados antes de Impostos 13.675 10,8 9.533 8,3 5.914 5,7 621 0,7 -48 -0,1
Impostos (-) -3.476 -2,7 -1.427 -1,2 -149 -0,1 -51 -0,1 -55 -0,1
Resultado Líquido do Exercício 10.199 8,1 8.105 7,1 5.766 5,6 570 0,6 -103 -0,1
20062007
RUBRICAS
200320042005
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Como apreciação global, constata-se que, no Exercício de 2007, a situação económica da
Empresa melhorou significativamente, ao alcançar um “Resultado Operacional” de 10,1
milhões de Euros, ou seja 8,0% do “Total de Proveitos de Exploração”. Assim, os
“Resultados Operacionais” cresceram cerca de 1,7 milhões de Euros, relativamente ao
Exercício anterior, mantendo-se deste modo, a tendência positiva registada no período em
análise. De salientar que, no mesmo período, os “Resultados Operacionais” registaram
sempre valores positivos, apresentando um crescimento em linha com a evolução do “Total
de Proveitos de Exploração”.
Para este bom desempenho económico da Empresa, tem sido decisiva a utilização mais
racional dos recursos produtivos, fruto da prática sistemática duma gestão por objectivos, a
todos os níveis da organização, que tem contribuído para a redução contínua do valor
apresentado pelo rácio de eficiência, que mede o peso relativo da Rubrica “Total de Custos
de Exploração” no “Total de Proveitos de Exploração”.
Assim, este indicador, no final do Exercício de 2007, apresentou o valor de 92,0%,
ligeiramente inferior ao registado no período homólogo do ano anterior. Contudo, se
expurgarmos da Rubrica “Total de Custos de Exploração”, referente àqueles dois anos, os
custos incorridos com as Rendas anuais do Contrato de Sub-Concessão, ajustados os seus
indicadores, mostram uma evolução bem diferente , com valores de 71,2 e 75,7% para 2007
e 2006, respectivamente.
Quanto à Rubrica “Resultados Financeiros”, esta teve uma contribuição muito importante
para os “Resultados Correntes”, do Exercício em apreço, atingindo um montante positivo de
1.226 mil Euros. Este valor é constituído essencialmente por juros de aplicações financeiras de
curto prazo e descontos por antecipação de pagamento concedidos a fornecedores, como
resultado dos excedentes de tesouraria gerados.
Ainda relacionado com esta Rubrica, deve ser novamente sublinhado que os riscos cambiais,
relacionados com a volatilidade do US Dólar, foram totalmente eliminados em resultado da
decisão, tomada no final de 2003, de alterar a política comercial tradicional de facturar em
Dólares americanos. Assim, as diferenças cambiais registadas no Exercício de 2007 não
tiveram qualquer impacto materialmente relevante.
Relativamente aos “Resultados Extraordinários”, esta Rubrica também teve uma influência
significativa nos “Resultados antes de impostos”, registando um montante positivo de 2,3
milhões de Euros. Do conjunto de factos que conduziram a este resultado, merece referência
a restituição duma liquidação adicional de IRC, relativo ao Exercício de 1998, no montante
de 591 mil Euros.
Por último, deve ser salientado pelo seu significado, que foi contabilizada uma estimativa de
IRC no montante de 3,5 milhões de Euros e que este foi, no período em apreciação, o
primeiro Exercício, que não beneficiou de qualquer dedução ao apuramento da matéria
colectável, relacionada com prejuízos fiscais de anos anteriores.
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De modo a completar a análise da evolução económica da Empresa para o período de 2003
a 2007, apresenta-se no mapa seguinte um conjunto de Indicadores e Rácios económicos
mais relevantes:
AGREGADOS ECONÓMICOS
(Valores em milhares de Euros)
Agregados globais
Valor Bruto da Produção (VBP) 125.150 112.483 101.595 90.561 79.371
Valor Acrescentado Bruto (VAB) 51.898 44.950 39.789 34.863 27.754
Encargos com Pessoal 13.201 15.226 15.420 18.584 20.925
Cash flow Operacional 15.780 12.313 8.180 8.621 7.765
"Gross Cash flow" 17.006 12.988 9.191 7.955 5.727
Número médio de Colaboradores 360 437 535 655 791
Rácios
Valor Bruto da Produção per capita 347,6 257,4 189,9 138,3 100,3
Encargos com Pessoal per capita 36,7 34,8 28,8 28,4 26,5
VAB / VBP 41% 40% 39% 38% 35%
Encargos com Pessoal / VAB 25% 34% 39% 53% 75%
20062007RUBRICAS 200320042005
Da sua leitura pode concluir-se facilmente que, no Exercício de 2007, todos os Indicadores e
Rácios de desempenho da Empresa apresentaram melhorias significativas, relativamente ao
ano anterior, mantendo a tendência positiva dos últimos quatro anos.
Do conjunto dos Agregados globais, é relevante referir o comportamento do “Gross Cash
Flow”, que cresceu 4 milhões de Euros, ou seja, 31% relativamente ao Exercício anterior,
melhorando e fortalecendo a estrutura financeira do Balanço da Empresa, permitindo
alavancar o crescimento da actividade de reparação naval e financiar os elevados custos de
investimento, relacionados com a recuperação das infra-estruturas do Estaleiro.
Por outro lado, deve destacar-se a evolução do Rácio “Encargos com o Pessoal”/ VAB” que,
melhorando em 2007, continua a mostrar que a Empresa tem vindo paulatinamente a
tornar-se mais flexível e que se encontra melhor preparada para fazer face a um mercado
caracterizado por uma grande imprevisibilidade.
Por fim, o Exercício de 2007 mostra que o Rácio “Encargos com Pessoal per Capita” voltou a
melhorar, confirmando a evolução positiva já verificada no Exercício anterior.
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A evolução da “Situação Líquida”, para os cinco últimos Exercícios, está evidenciada no
quadro seguinte:
SITUAÇÃO LÍQUIDA
(Valores em milhares de Euros)
RUBRICAS 2007 2006 2005 2004 2003
Capital Social 5.000 5.000 5.000 5.000 5.000
Reserva Legal e Result. Transitados 12.502 6.897 2.321 1.751 1.854
Resultado Líquido do Exercício 10.199 8.105 5.766 570 -103
TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA 27.701 20.002 13.087 7.321 6.751
A Situação Líquida em 31 de Dezembro de 2007 apresenta um valor de 27,7 milhões de
Euros, representando um crescimento de 7,7 milhões relativamente ao valor registado no
final do ano anterior. Deste modo, o valor contabilístico por Acção, no fim do Exercício, era
de 27,70 €, representando uma valorização de 454% relativamente ao seu valor nominal.
Através da análise das principais Rubricas do Balanço, referidas a 31 de Dezembro, para os
últimos cinco Exercícios e constantes do quadro seguinte, pode seguir-se a evolução da
estrutura financeira da Empresa.
BALANÇOS SINTÉTICOS COMPARADOS
(Valores em milhares de Euros)
Activo
Imobilizado LíquidoTotal 9.805 9.216 9.251 20.116 21.794
Existências 4.334 2.429 2.083 2.962 4.352
Clientes C/C (Líquido de Adiantamentos) 15.552 17.311 10.381 10.735 9.555
Outras Dívidas a Receber 3.230 3.842 4.830 4.422 4.847
Disponibilidades 29.655 20.596 18.435 14.232 2.211
Acréscimos e Diferimentos 192 1.461 1.186 843 893
Total do Activo 62.766 54.855 46.165 53.311 43.652
Passivo
Provisões 938 720 763 4.643 1.106
Dívidas a Terceiros a Médio e Longo Prazo 0 0 7.713 12.873 2.927
Empréstimos Bancários 0 125 125 125 12.895
Fornecedores C/C (Líquido de Adiantamentos) 22.591 20.450 13.759 15.131 14.112
Outras Dívidas a Pagar 2.974 4.737 3.027 4.525 1.262
Acréscimos e Diferimentos 8.563 8.820 7.691 8.692 4.599
Total do Passivo 35.065 34.853 33.078 45.990 36.901
Situação Líquida 27.701 20.002 13.087 7.321 6.751
20062007RUBRICAS 200320042005
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Com a finalidade de avaliar a Empresa, nas suas vertentes de Liquidez e Capacidade de
Endividamento, no final do Exercício em apreço, utilizamos um conjunto de Indicadores que
ajudam a caracterizar a estrutura do Balanço. Assim, quanto à:
LIQUIDEZ
Apresentando um de Fundo de Maneio da ordem dos 19 milhões de Euros e Rácios de
Liquidez Geral e de Tesouraria muito confortáveis, com valores de 1,55 e 1,42,
respectivamente, pode-se afirmar que a Estrutura Financeira de Curto Prazo da Empresa
melhorou e se fortaleceu.
Para esta situação continuaram a contribuir os seguintes factores: Dívidas Bancárias de
Curto Prazo sem expressão, devido ao não recurso ao crédito bancário para fazer face à
gestão corrente da Tesouraria, fruto do nível de Cash-flow gerado no Exercício e o
reforço das disponibilidades em Caixa e Bancos, as quais atingiam os 29,7 milhões de
Euros, no final do Exercício.
CAPACIDADE DE ENDIVIDAMENTO
Apresentando um Rácio de Financiamento das Imobilizações de 2,8 e Rácios de
independência financeira e autonomia financeira de 79% e 44%, respectivamente,
conclui-se que a capacidade de endividamento da LISNAVE continua a consolidar-se e a
indiciar uma tendência de maior adequação do Balanço ao seu “core business”.
Finalmente, e de acordo com as disposições legais, declara-se que em 31 de Dezembro de 2007 a
LISNAVE não detinha Acções próprias e não existiam Dívidas em mora ao Sector Público Estatal,
incluindo a Segurança Social.
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8. PERSPECTIVAS DA ACTIVIDADE PARA 2008
Para o ano de 2008, espera-se que o crescimento económico continue moderado, dado que
a fraca procura interna nos Estados Unidos da América deverá manter o crescimento abaixo
dos 2%, enquanto que, na Europa e no Japão, a apreciação das respectivas moedas fará com
que o crescimento económico se mantenha.
Assim, espera-se que a taxa de crescimento do comércio mundial sofra novamente uma
redução, passando dos 8,7% de 2007 para 7,4% em 2008, crescimento este, no entanto,
bem acima da taxa média dos anos de 2000 a 2005, que foi de 5,7%.
Reparação Naval
Tendo presente os pressupostos anteriores, espera-se que, o crescimento económico, em
2008, continue moderado, provocando um abrandamento na taxa de crescimento do
comércio mundial.
Contudo, dada a implementação de regras mais apertadas de Protecção Ambiental no Mar,
que os organismos reguladores internacionais têm vindo a implementar, os operadores da
Marinha Mercante, nomeadamente aqueles que operam no Atlântico – área de captação da
LISNAVE - terão de passar a dar mais atenção à manutenção preventiva dos seus navios, o que,
consequentemente, irá dar origem a um aumento do conteúdo de trabalho requerido aos
estaleiros de reparação.
Assim, espera-se, dado que os Armadores dispõem de meios para tratar da manutenção das
suas frotas, que o ano de 2008, em termos de reparação naval na área da LISNAVE, seja um
ano de continuidade de aumento da procura e que a actividade dos estaleiros será
condicionada pela sua capacidade de resposta às solicitações, que lhe serão apresentadas do
lado da procura.
Projectos Especiais
A LISNAVE, mantendo toda a sua atenção à evolução deste mercado, não deixará de estar
presente na procura de todas as novas oportunidades, que se vierem a deparar.
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Recursos Humanos
Espera-se que o ano de 2008 possa vir a ser o ano de transição para a necessária
flexibilização dos sistemas de organização e retribuição do trabalho e, consequentemente, o
ano do início do processo de ajustamento dimensional da Empresa.
Com efeito, espera-se que, no pressuposto de que será possível celebrar um novo
Instrumento de Regulamentação das Condições de Trabalho com as Associações Sindicais,
tendente à necessária flexibilização das condições jurídico-laborais deste Sector, o Plano de
Formação de Jovens, em curso, venha a contribuir, de forma decisiva, para o início do
Processo de Rejuvenescimento da Empresa.
A LISNAVE, para além da Formação de Jovens, antes referida, irá prosseguir com a sua
formação de activos, pelo que o Plano de Formação Externa, aprovado para 2008, inclui 23
Cursos, correspondendo a 29 Acções, envolvendo cerca de 200 Formandos, num total de
10.196 horas.
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9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
O Conselho de Administração da LISNAVE, ESTALEIROS NAVAIS, S.A. propõe:
Que seja aprovado o presente Relatório de Gestão e Contas relativo ao Exercício de
2007;
E que ao Resultado Líquido do Exercício, no montante de 10.199.158,89 Euros (lucro),
seja dada a seguinte aplicação:
Reserva Legal ............................................................... 509.957,94;
Dividendos ................................................................. 7.000.000,00;
Gratificação de Balanço aos Empregados ....................... 1.000.000,00;
Resultados Transitados .................................................. 1.689.200,95.
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10. REFERÊNCIAS FINAIS
Finalmente, a concluir o Relatório de Gestão relativo à actividade do Exercício de 2007, o
Conselho de Administração quer expressar o seu profundo agradecimento e apreço às muitas
pessoas e entidades que de forma directa ou indirecta o apoiaram na consecução dos
objectivos estabelecidos, particularmente:
Aos Clientes e Fornecedores, pela preferência e confiança com que continuaram a
distinguir a LISNAVE;
Aos Accionistas, pelo apoio, colaboração e interesse sempre manifestados no
acompanhamento dos aspectos mais relevantes da gestão da Empresa;
À Administração da Gestnave, pelos serviços prestados e particularmente, pelo contributo
positivo que evidenciou para o cumprimento dos objectivos do Plano de Reestruturação,
ao longo do período da sua execução;
Às Autoridades do Porto de Setúbal, pela compreensão e colaboração na resolução das
necessidades logísticas do Estaleiro;
Às Instituições de Crédito, pelo excelente relacionamento e meios financeiros
proporcionados;
Ao Conselho Fiscal e aos Auditores Externos pela forma participativa como exerceram as
suas funções;
A todos os Colaboradores da Empresa e seus Órgãos Representativos, pela
disponibilidade, empenho e elevado profissionalismo evidenciados.
Setúbal, 19 de Fevereiro de 2008
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OO CCOONNSSEELLHHOO DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO
Presidente
José António Leite Mendes Rodrigues
Vogais
Nelson Nunes Rodrigues
Aloísio Fernando Macedo da Fonseca
Frederico José Ferreira de Mesquita Spranger
Jürgen Peters
João Rui Carvalho dos Santos
Manuel Serpa Leitão
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BBAALLAANNÇÇOO AANNAALLÍÍTTIICCOO
(Valores em Euros)
AMORTIZAÇÕES
E AJUSTAMENTOS
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:
I DESPESAS DE INSTALAÇÃO 573.822,11 440.599,30 133.222,81 174.925,09
M
O IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:
B TERRENOS E RECURSOS NATURAIS 2.567.100,00 2.567.100,00 2.567.100,00
I EDIFÍCIOS E OUTRAS CONSTRUÇÕES 5.945.807,72 4.676.931,75 1.268.875,97 1.107.694,90
L EQUIPAMENTO BÁSICO 14.145.075,48 10.447.095,89 3.697.979,59 3.591.644,58
I EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE 376.397,08 257.453,70 118.943,38 79.434,73
Z FERRAMENTAS E UTENSÍLIOS 5.530.421,19 5.090.833,19 439.588,00 308.997,82
A EQUIPAMENTO ADMINISTRATIVO 4.198.434,47 3.777.783,91 420.650,56 325.431,56
D OUTRAS IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS 0,00 0,00 0,00 0,00
O IMOBILIZAÇÕES EM CURSO 1.158.385,48 1.158.385,48 1.060.398,28
33.921.621,42 24.250.098,44 9.671.522,98 9.040.701,87
INVESTIMENTOS FINANCEIROS:
PARTES DE CAPITAL EM EMPRESAS INTERLIGADAS 0,00 0,00 0,00 0,00
DÍVIDAS DE TERCEIROS-MÉDIO E LONGO PRAZO:
CLIENTES, C/C 0,00 0,00 0,00
OUTROS DEVEDORES 0,00 0,00 0,00
0,00 0,00 0,00
EXISTÊNCIAS:
MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS E DE CONSUMO 2.159.686,07 182.319,12 1.977.366,95 1.894.208,55
PRODUTOS E TRABALHOS EM CURSO 2.356.188,77 0,00 2.356.188,77 535.225,96
4.515.874,84 182.319,12 4.333.555,72 2.429.434,51
C DÍVIDAS DE TERCEIROS - CURTO PRAZO:
I CLIENTES, C/C 15.551.615,72 15.551.615,72 17.316.311,74
R CLIENTES - TÍTULOS A RECEBER 0,00 0,00 0,00
C CLIENTES DE COBRANÇA DUVIDOSA 182.885,70 182.885,70 0,00 0,00
U ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES 721.892,34 721.892,34 323.188,94
L ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 3.115.795,14 3.115.795,14 3.711.850,97
A OUTROS DEVEDORES 113.910,09 113.910,09 130.433,22
N 19.686.098,99 182.885,70 19.503.213,29 21.481.784,87
T TÍTULOS NEGOCIÁVEIS:
E OUTROS TÍTULOS NEGOCIÁVEIS 0,00 0,00 0,00
DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA:
DEPÓSITOS BANCÁRIOS 29.602.946,39 29.602.946,39 20.537.553,61
CAIXA 51.927,49 51.927,49 58.426,34
29.654.873,88 29.654.873,88 20.595.979,95
AC ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS 103.322,48 103.322,48 79.444,35
/ CUSTOS DIFERIDOS 88.314,52 88.314,52 1.381.144,77
DF 191.637,00 191.637,00 1.460.589,12
TOTAL DE AMORTIZAÇÖES 24.690.697,74
TOTAL DE AJUSTAMENTOS 365.204,82
TOTAL DO ACTIVO 88.543.928,24 25.055.902,56 63.488.025,68 55.183.415,41
A C T I V O
EXERCÍCIOS
2007
2006
ACTIVO BRUTO ACTIVO LÍQUIDO
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BBAALLAANNÇÇOO AANNAALLÍÍTTIICCOO
(Valores em Euros)
CAPITAL SOCIAL 5.000.000,00 5.000.000,00
C PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES 0,00 0,00
A RESERVAS LEGAIS 888.215,32 482.950,54
P RESERVAS LIVRES 0,00 0,00
. RESULTADOS TRANSITADOS 11.613.708,66 6.413.677,77
P RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 10.199.158,89 8.105.295,67
R
Ó TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 27.701.082,87 20.001.923,98
P
.
P PASSIVO
R OUTRAS PROVISÕES 937.525,90 720.461,43
.
DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 0,00 0,00
M FORNECEDORES, C/C 0,00 0,00
L OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS 0,00 0,00
P 0,00 0,00
C DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO 0,00 125.358,39
U FORNECEDORES, C/C 19.945.399,31 17.217.224,06
R FORNECEDORES, C/FACTURAS EM CONFERÊNCIA 2.471.633,79 2.654.371,95
T FORNECEDORES - TÍTULOS A PAGAR 895.621,59 901.616,98
O ADIANTAMENTOS DE CLIENTES 0,00 5.499,84
OUTROS EMPRÉSTIMOS OBTIDOS 0,00 4.087.174,69
P FORNECEDORES DE IMOBILIZADO, C/C 0,00 0,00
R ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 2.635.049,39 407.926,51
A OUTROS CREDORES 338.532,20 242.242,15
Z 26.286.236,28 25.641.414,57
O
AC ACRÉSCIMOS DE CUSTOS 7.644.977,42 8.171.601,09
/ PROVEITOS DIFERIDOS 918.203,21 648.014,34
DF 8.563.180,63 8.819.615,43
TOTAL DO PASSIVO 35.786.942,81 35.181.491,43
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 63.488.025,68 55.183.415,41
C A P I T A L P R Ó P R I O E P A S S I V O
2007 2006
EXERCÍCIOS
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DDEEMMOONNSSTTRRAAÇÇÃÃOO DDEE RREESSUULLTTAADDOOSS
(Valores em Euros)
CUSTO DAS MERC. VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS 7.108.058,46 6.625.629,97
C FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 92.445.896,05 80.274.377,32
U
S CUSTOS COM O PESSOAL:
T REMUNERAÇÕES 9.502.901,35 11.362.217,12
O ENCARGOS SOCIAIS:
S PENSÕES 1.688,94 1.503,38
OUTROS 3.696.627,21 13.201.217,50 3.862.693,61 15.226.414,11
AMORTIZAÇÕES DO IMOBILIZADO CORPÓREO E INCORPÓREO 3.067.003,87 3.163.539,80
E AJUSTAMENTOS 47.160,36 147.107,47
PROVISÕES 217.064,47 3.331.228,70 144.419,49 3.455.066,76
IMPOSTOS 180.082,29 174.446,96
P OUTROS CUSTOS OPERACIONAIS 241.506,63 421.588,92 112.845,35 287.292,31
E (A) 116.507.989,63 105.868.780,47
R
D JUROS E CUSTOS SIMILARES:
A OUTROS 113.984,61 340.323,94
S (C) 116.621.974,24 106.209.104,41
CUSTOS E PERDAS EXTRAORDINÁRIOS 423.985,26 366.436,83
(E) 117.045.959,50 106.575.541,24
IMPOSTOS SOBRE RENDIMENTOS DO EXERCÍCIO 3.475.725,22 1.427.221,29
(G) 120.521.684,72 108.002.762,53
RESULTADOS LÍQUIDOS DO EXERCÍCIO 10.199.158,89 8.105.295,67
130.720.843,61 116.108.058,20
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 123.274.046,76 112.122.736,67
P VARIAÇÕES DE PRODUÇÃO 1.820.962,81 262.385,40
R TRABALHOS PARA A PRÓPRIA EMPRESA 54.683,83 97.484,41
O PROVEITOS SUPLEMENTARES 1.083.867,25 977.819,27
V SUBSÍDIOS À EXPLORAÇÃO 76.467,06 95.985,55
E OUTROS PROVEITOS OPERACIONAIS 324.696,56 568.248,34
I REVERSÕES DE AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS 0,00 1.485.030,87 209.158,54 1.851.211,70
T (B) 126.634.724,27 114.333.818,18
O
S RENDIMENTOS DE PARTICIPAÇÕES DE CAPITAL:
RELATIVOS A EMPRESAS INTERLIGADAS 0,00 0,00
E RENDIMENTOS DE TÍTULOS NEGOC. / OUTR. APLIC. TESOURARIA:
OUTROS 0,00 0,00
G OUTROS JUROS E PROVEITOS SIMILARES:
A RELATIVOS A EMPRESAS INTERLIGADAS 0,00 0,00
N OUTROS 1.340.461,47 1.340.461,47 1.014.675,93 1.014.675,93
H (D) 127.975.185,74 115.348.494,11
O
S PROVEITOS E GANHOS EXTRAORDINÁRIOS 2.745.657,87 759.564,09
(F) 130.720.843,61 116.108.058,20
R
E -RESULTADOS OPERACIONAIS: (B) - (A) 10.126.734,64 8.465.037,71
S -RESULTADOS FINANCEIROS: (D - B) - (C - A) 1.226.476,86 674.351,99
U -RESULTADOS CORRENTES: (D) - (C) 11.353.211,50 9.139.389,70
M -RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS: (F) - (E) 13.674.884,11 9.532.516,96
O -RESULTADOS LÍQUIDOS DO EXERCÍCIO: (F) - (G) 10.199.158,89 8.105.295,67
R U B R I C A S
2007 2006
EXERCÍCIOS
Pag. 39/56
DDEEMMOONNSSTTRRAAÇÇÃÃOO DDEE RREESSUULLTTAADDOOSS PPOORR FFUUNNÇÇÕÕEESS
(Valores em Euros)
2007 2006
VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS:
REPARAÇÕES NAVAIS 118.254.724,97 110.961.036,87
CONVERSÕES 0,00 0,00
OUTRAS ACTIVIDADES 2.960.249,46 677.273,45
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 2.059.072,33 1.012.158,91
123.274.046,76 112.650.469,23
CUSTO DAS VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS -92.098.986,08 -84.996.814,30
RESULTADOS BRUTOS 31.175.060,69 27.653.654,93
OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS 5.625.834,04 3.195.203,57
CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO -2.940.150,25 -2.740.495,22
CUSTOS ADMINISTRATIVOS -12.007.714,16 -11.296.893,07
OUTROS CUSTOS E PERDAS OPERACIONAIS -8.178.106,33 -7.278.777,22
RESULTADOS OPERACIONAIS 13.674.923,99 9.532.692,99
CUSTOS LIQUIDOS DE FINANCIAMENTO -39,88 -176,03
GANHOS (PERDAS) EM FILIAIS E ASSOCIADAS 0,00 0,00
GANHOS (PERDAS) EM OUTROS INVESTIMENTOS 0,00 0,00
SITUAÇÕES ESPECIAIS 0,00 0,00
RESULTADOS CORRENTES 13.674.884,11 9.532.516,96
IMPOSTOS SOBRE OS RESULTADOS CORRENTES -3.475.725,22 -1.427.221,29
RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 10.199.158,89 8.105.295,67
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 0,00 0,00
IMPOSTOS S/ OS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 0,00 0,00
RESULTADOS LÍQUIDOS 10.199.158,89 8.105.295,67
RESULTADOS POR ACÇÃO 10,20 8,11
RÁCIOS:
RESULTADOS BRUTOS / VENDAS 25,29% 24,19%
RESULTADOS OPERACIONAIS / VENDAS 11,09% 8,46%
RESULTADOS CORRENTES / VENDAS 11,09% 8,46%
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS / VENDAS 11,09% 8,46%
RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO / VENDAS 8,27% 7,20%
EXERCÍCIOS
RUBRICAS
Pag. 40/56
DDEEMMOONNSSTTRRAAÇÇÃÃOO DDEE FFLLUUXXOOSS DDEE CCAAIIXXAA
(Valores em Euros)
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
RECEBIMENTO DE CLIENTES 129.667.948,19 108.468.987,72
PAGAMENTO A FORNECEDORES -109.493.053,90 -95.487.700,02
PAGAMENTO AO PESSOAL -13.208.416,21 -13.978.573,48
FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES 6.966.478,08 -997.285,78
PAGAMENTO/RECEBIM.DO IMPOSTO S/RENDIMENTO -2.290.583,61 -123.708,55
OUTROS RECEB./PAGAM.RELATIVOS À ACTIVIDADE OPERACIONAL 12.880.530,79 13.128.200,53
FLUXOS GERADOS ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS 17.556.425,26 12.007.206,10
RECEBIMENTOS RELACIONADOS COM RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS 615.098,00 137.664,00
PAGAMENTOS RELACIONADOS COM RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS -73.774,00 -25.860,00
FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS (1) 18.097.749,26 12.119.010,10
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
IMOBILIZACOES CORPÓREAS 12.250,00 -37.290,05
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
SUBSÍDIOS DE INVESTIMENTO
JUROS E PROVEITOS SIMILARES 199.821,60 0,00
DIVIDENDOS
212.071,60 -37.290,05
PAGAMENTOS PROVENIENTES DE:
INVESTIMENTOS FINANCEIROS 0,00 0,00
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS -2.538.511,63 -3.311.931,61
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS 0,00 0,00
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO (2) -2.326.440,03 -3.349.221,66
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
RECEBIMENTOS PROVENIENTES DE:
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
JUROS E CUSTOS SIMILARES 0,00
PAGAMENTOS PROVENIENTES DE:
EMPRÉSTIMOS OBTIDOS -4.212.533,08 -6.108.372,66
JUROS E CUSTOS SIMILARES 0,00 0,00
DIVIDENDOS -2.500.000,00 -500.000,00
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO (3) -6.172.533,08 -6.608.372,66
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
(4) = (1) + (2) + (3) 9.058.776,15 2.161.415,78
EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO -117,78 0,00
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO -20.595.979,95 -18.434.564,17
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 29.654.873,88 20.595.979,95
9.058.776,15 2.161.415,78
RUBRICASEXERCÍCIOEXERCÍCIO
2007 2006
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AANNEEXXOO ÀÀ DDEEMMOONNSSTTRRAAÇÇÃÃOO DDOOSS FFLLUUXXOOSS DDEE CCAAIIXXAA
Não são aplicáveis ao Exercício terminado em 31 de Dezembro de 2007 as notas 1, 3, 4 e 5 do
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA previsto na Directriz Contabilistica N.º 14
aprovada pelo Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística em 07 de Julho de
1993.
Relativamente à nota 2 informa-se
Os componentes de Caixa e seus equivalentes são os seguintes:
RUBRICAS 2007 2006
Numerário
Depósitos Bancários imediatamente mobilizáveis
Equivalentes a Caixa
Disponibilidades constantes do Balanço
51.927,49
352.946,39
29.250.000,00
29.654.873,88
58.426,34
770.710,65
19.766.842,96
20.595.979,95
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AANNEEXXOO AAOO BBAALLAANNÇÇOO EE ÀÀ DDEEMMOONNSSTTRRAAÇÇÃÃOO DDEE RREESSUULLTTAADDOOSS
Nota Introdutória
A LISNAVE, ESTALEIROS NAVAIS, S.A., foi constituída por escritura pública, lavrada em 12-03-1997,
com o nome Navenova – Estaleiros Navais, S.A., denominação social, posteriormente alterada,
por escritura pública de 31 de Julho de 1997, para LISNAVE, ESTALEIROS NAVAIS, S.A..
Tem como objecto social a exploração de Estaleiros Navais para construção e reparação de
navios, para o exercício de indústria, comércio, bem como o desenvolvimento de actividades
com esta conexas ou afins.
As demonstrações financeiras foram elaboradas de harmonia com os princípios contabilísticos
definidos no Plano Oficial de Contabilidade (POC). Assim, foram preparadas segundo a
convenção dos custos históricos e, na base da continuidade das operações, em conformidade
com os princípios contabilísticos de prudência, especialização dos exercícios, consistência e
substância sobre a forma e materialidade, respeitando as características qualitativas da relevância,
fiabilidade e comparabilidade.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de
Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra ausente deste Anexo não são aplicáveis à
Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras
anexas. Os montantes apresentados encontram-se expressos em Euros.
3. São os seguintes os critérios valorimétricos adoptados:
3.1 - Imobilizações Incorpóreas
Estão valorizadas ao custo de aquisição líquido das amortizações efectuadas dentro dos
limites das taxas legalmente fixadas, aplicando-se a essas a faculdade concedida no Art.
19º n.º 2 do Decreto Regulamentar 2/90.
3.2 - Imobilizações Corpóreas
As Imobilizações Corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição líquido das
amortizações efectuada dentro dos limites das taxas fixadas, aplicando-se a essas a
faculdade concedida no Artº 19 n.º 2 do Decreto Regulamentar 2/90 de 12 de Janeiro,
com excepção para os terrenos, os quais foram objecto durante o ano de 2005 de
uma reavaliação económica feita com base num estudo elaborado por entidade
independente, o que originou um decréscimo ao seu valor de aquisição de Euros
7.606.105,82.
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3.3 - Existências
A Empresa utiliza o “custo médio ponderado” como método de custeio.
Matérias primas, subsidiárias e de consumo:
Custo médio de aquisição, que inclui todas as despesas até à sua entrada em Armazém,
para as matérias primas com rotação regular.
Nos casos em que haja obsolescência, deterioração física, quebra de preços, bem como
outros factores análogos que façam com que o seu valor de mercado seja inferior ao seu
custo de aquisição e/ou produção, o valor das existências é ajustado em função deste
(valor de mercado).
Produtos e trabalhos em curso:
Custos de produção, que inclui matérias primas, mão-de-obra, aquisição de serviços e
gastos gerais industriais apropriados.
3.4 - Dívidas de/e a Terceiros em Moeda Estrangeira
As transacções em moeda estrangeira foram contabilizadas ao câmbio em vigor à data
das operações. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas
diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas em vigor
na data das cobranças, pagamentos ou na data do Balanço, são registadas como
proveitos ou custos nos resultados do Exercício. Em 31 de Dezembro os saldos expressos
em moeda estrangeira são actualizados para os câmbios em vigor nessa data (fixing do
Banco de Portugal).
3.5 - Disponibilidades em moeda estrangeira
Os saldos expressos em moeda estrangeira estão valorizados aos câmbios de 31 de
Dezembro de 2007, indicados no ponto 4.
3.6 - Reconhecimento de Proveitos
O reconhecimento dos resultados das obras em curso é efectuado de acordo com o
método do contrato completo, conforme o disposto na Directiva Contabilística n.º 3.
De acordo com este método os proveitos e respectivos custos são apenas reconhecidos
quando a obra contratada estiver concluída ou substancialmente concluída.
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3.7 - Dívidas de Terceiros
Os riscos de cobrança identificados nas dívidas de terceiros são reconhecidos através de
uma conta de ajustamentos, a qual será reduzida quando deixarem de existir os
motivos que as originaram.
3.8 - Juros
Os juros são reconhecidos numa base de proporcionalidade de tempo que tome em
consideração o rendimento efectivo do activo, sempre que seja provável que os
benefícios económicos com a transacção fluam para a Empresa e quando a quantia do
crédito passar fiavelmente mensurada.
3.9 - Dividendos
Os dividendos devem ser reconhecidos quando for estabelecido o direito do Accionista
aos mesmos.
4. As contas incluídas no Balanço e Demonstração de Resultados, originariamente expressas em
moeda estrangeira, encontram-se valorizadas conforme descrito nas notas 3.4 e 3.5. Os
câmbios em vigor à data de encerramento do Balanço foram os seguintes:
CÓDIGO MOEDA DESIGNAÇÃO DA MOEDA FIXING MÉDIO
BRL
CAD
CHF
DKK
GBP
HUF
ILS
JPY
MXN
NOK
PEN
SEK
USD
PTE
ZAR
RUB
REAL BRASILEIRO
DÓLAR CANADIANO
FRANCO SUÍÇO
COROA DINAMARQUESA
LIBRA ESTERLINA
FLORIM HÚNGARO
SHEKEL-ISRAEL
IENE JAPONÊS
PESO MEXICANO
COROA NORUEGUESA
NUEVO SOL – PERU
COROA SUECA
DÓLAR AMERICANO
ESCUDO
RAND SUL AFRICANO
RUBLOS
2.5963
1.4449
1.6547
7.4583
0.7333
253.73
5.6897
164.93
16.051
7.9580
4.4134
9.4415
1.4721
200.482
10.0298
35.986
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5. O resultado do Exercício não foi afectado, tendo em vista a obtenção de benefícios fiscais.
6. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e
correcção por parte das autoridades fiscais, durante um período de quatro anos. As
declarações fiscais da Empresa relativas aos anos de 2004 a 2007 poderão vir ainda a ser
sujeitas a revisão. A Empresa está sujeita a revisão em termos de Segurança Social num
período de cinco anos. A Empresa considera, no entanto, que eventuais correcções resultantes
das revisões referidas não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras
em referência a 31 de Dezembro de 2007.
A Empresa não procedeu à contabilização do efeito resultante das diferenças temporárias
entre a base fiscal e contabilística (impostos diferidos), de acordo com a Directriz
Contabilística N.º28 – Impostos sobre o Rendimento. As situações sobre as quais a empresa
tem diferenças temporárias entre a base fiscal e contabilística decorrem das provisões e dos
ajustamentos para Existências e Dívidas de Terceiros. A Empresa optou por não registar o
imposto diferido activo correspondente por entender que não era relevante para a leitura das
demonstrações financeiras
7. O número médio de empregados durante o ano de 2007 foi de 360 (2006=437).
8. O quadro seguinte evidencia a situação em 31 de Dezembro de 2007, das despesas
consideradas como Imobilizado Incorpóreo e as respectivas amortizações praticadas no
Exercício.
RUBRICAS
VALOR
EM
31-12-2006
AUMENTOS
EM
2007
REGULARIZ.
EM
2007
AMORTIZ.
DO
EXERCÍCIO
Dragagens 343.726,62 1.316,64 0,00 45.415,06
Despesas Diversas 26.552,16 12.162,99 0.00 7.766,85
Aumento de Capital 190.063,70 0,00 0,00 0,00
TOTAL 560.342,48 13.479,63 0,00 55.181,91
9. No Exercício não ocorreu qualquer facto que esteja abrangido pela presente nota, que se
relacione com a amortização de “Trespasses” para além do período de 5 anos.
10. O movimento ocorrido na Rubrica de Imobilizações e respectivas amortizações e
ajustamentos foi o seguinte:
Pag. 46/56
10.1 - Activo Bruto
ACTIVO BRUTO
RUBRICAS SALDO
INICIAL AUMENTOS ALIENAÇÕES
TRANSFER.
E
ABATES
SALDO
FINAL
IMOB. INCORPÓREAS
Despesas de Instalação 560.342,48 13.479,63 573.822,11
IMOB. CORPÓREAS
Terrenos e Rec. Naturais 2.567.100,00 2.567.100,00
Edifícios e outras Constr. 5.262.453,77 683.353,95 5.945.807,72
Equipamento Básico 11.961.858,08 2.183.217,40 14.145.075,48
Equip. de Transporte 317.357,47 114.879,17 -55.839,56 376.397,08
Ferramentas e Utensílios 5.245.521,47 284.899,72 5.530.421,19
Equip. Administrativo 3.920.128,84 278.305,63 4.198.434,47
Imobilizações em curso 1.060.398,28 3.721.094,32 -3.623.107,12 1.158.385,48
30.334.817,9
1
7.265.750,19 -55.839,56 -3.623.107,12
33.921.621,4
2
TOTAL
30.895.160,3
9
7.279.229,82 -55.839,56 -3.623.107,12
34.495.443,5
3
10.2 - Amortizações e Ajustamentos Acumulados
AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS ACUMULADOS
RUBRICAS SALDO
INICIAL REFORÇO
ANULAÇÃO/
REVERSÃO
SALDO
FINAL
VALOR
LÍQUIDO
IMOB. INCORPÓREAS
Despesas de Instalação 385.417,39 55.181,91 440.599,30 133.222,81
IMOB. CORPÓREAS
Terrenos e Rec. Naturais 2.567.100,00
Edifícios e outras Constr. 4.154.758,87 522.172,88 4.676.931,75 1.268.875,97
Equipamento Básico 8.370.213,50 2.076.882,39 10.447.095,89 3.697.979,59
Equip. de Transporte 237.922,74 75.370,52 -55.839,56 257.453,70 118.943,38
Ferramentas e Utensílios 4.936.523,65 154.309,54 5.090.833,19 439.588,00
Equip. Administrativo 3.594.697,28 183.086,63 3.777.783,91 420.650,56
Imobilizações em curso 1.158.385,48
21.294.116,04 3.011.821,96 -55.839,56
24.250.098,4
4
9.671.522,98
TOTAL
21.679.533,4
3
3.067.003,87 -55.839,56
24.690.697,7
4
9.804.745,79
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13. O Imobilizado Corpóreo nunca foi reavaliado com excepção para os terrenos conforme
referido na nota 3.2 acima.
14. Todo o Imobilizado da Empresa excluindo Terrenos e Recursos Naturais está implementado
em propriedade alheia.
19. Por força dos critérios de valorimetria legais e práticas seguidas pela Empresa na
contabilização de elementos do Activo Circulante, não existem diferenças materialmente
relevantes entre aqueles custos e os correspondentes aos respectivos preços de mercado.
21. Os Movimentos ocorridos nas Rubricas do Activo Circulante, foram como se segue:
Ajustamentos:
RUBRICAS SALDO INICIAL REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL
DÍVIDAS DE TERCEIROS:
Cliente C/C
EXISTÊNCIAS:
MP, Subs. e de Consumo
760.815,46
210.467,62
47.966,87
0,00
625.896,63
28.148,50
182.885,70
182.319,12
TOTAL 971.283,08 47.966,87
654.045,13 365.204,82
23. As dívidas de cobrança duvidosa no valor de 182.885,70 Euros, correspondem a Clientes
C/C.
24. Não existem adiantamentos ou empréstimos concedidos aos Órgãos de Administração e
Fiscalização da Empresa.
25. As Dívidas do/e ao Pessoal Activo no final do Exercício, eram as seguintes:
RUBRICAS 2007 2006
DÍVIDAS DO PESSOAL
DÍVIDAS AO PESSOAL
67.143,57
1.020.178,00
71.435,39
1.233.598,00
As Dívidas ao Pessoal correspondem às Férias e Subsídio de Férias deste, referentes ao
Exercício de 2007 que serão liquidadas em 2008.
26. À data de 31 de Dezembro de 2007 não existem valores contabilizados em Letras a Receber.
28. Não existem dívidas ao “Estado e Outros Entes Públicos” em situação de mora.
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29. Não existem no final do Exercício, Dívidas a Terceiros a mais de cinco anos.
30. À data do Balanço, não se conhecem direitos a terceiros cobertos por garantias reais.
31. À data de 31 de Dezembro de 2007, não se reconhecem quaisquer compromissos financeiros
não devidamente mencionados no Balanço.
32. À data de 31 de Dezembro de 2007 são reconhecidas as seguintes responsabilidades
(Garantias Bancárias e ou Seguros de Caução):
ENTIDADES MOEDA MONTANTE BENEFICIÁRIO
MILLENNIUM/BCP
MILLENNIUM/BCP
MILLENNIUM/BCP
MILLENNIUM/BCP
MILLENNIUM/BCP
MILLENNIUM/BCP
MILLENNIUM/BCP
EUR
EUR
EUR
USD
EUR
EUR
EUR
100.000,00
115.062,02
522.161,33
1.000.000,00
55.660,96
24.939,90
5.856,00
ALFANDEGA DE SETÚBAL
APL
CH.SERV.FIN.SETUBAL 1
NNPC Nigerian Nat. P. Corp.
ALFÂNDEGA DE LISBOA
ALFÂNDEGA DE LISBOA
APL
34. Movimentos ocorridos nas Provisões:
RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL
Outras Provisões 720.461,43 217.064,47
937.525,90
TOTAL 720.461,43 217.064,47 937.525,90
36. À data de 31 de Dezembro de 2007, o Capital Social é representado por 1.000.000 Acções
Nominativas, com o valor nominal de 5 Euros cada.
37. À data de 31 de Dezembro de 2007, estão identificadas as seguintes Pessoas Colectivas com
pelo menos 20% de Capital:
EMPRESA % PARTICIPAÇÃO
NAVIVESSEL, ESTUDOS E PROJECTOS NAVAIS, S.A. 72,82
THYSSENKRUPP MARINE SYSTEMS AG 20,00
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40. Resumo das contas de Capitais Próprios:
RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTOS REDUÇÕES SALDO FINAL
Capital 5.000.000,00 5.000.000,00
Reserva Legal 482.950,54 405.264,78 888.215,32
Result. Transitados 6.413.677,77 7.700.030,89 2.500.000,00 11.613.708,66
Result. Líquido 8.105.295,67 10.199.158,89 8.105.295,67 10.199.158,89
TOTAL 20.001.923,98 18.304.454,5
6
10.605.295,6
7
27.701.082,87
Reserva Legal: A Legislação Comercial estabelece que pelo menos 5% do Resultado Líquido
anual tem de ser destinado ao reforço da Reserva Legal até que esta represente pelo menos
20% do Capital. Esta Reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa,
mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou
incorporada no Capital.
41. O custo das mercadorias vendidas e das matérias primas consumidas demonstra-se como
segue:
Movimento de matérias primas, subsidiárias e de consumo:
RUBRICAS 2007 2006
Existências Iniciais 2.104.676,17 2.011.139,01
Compras 7.163.068,36 6.719.167,13
Regularização de Existências 0,00 0,00
Existências Finais 2.159.686,07 2.104.676,17
Custo das Existências vendidas/consumidas 7.108.058,46 6.625.629,97
42. Demonstração da variação da produção e do Custo das Vendas e das Prestações de Serviços:
Demonstração da variação da produção:
RUBRICAS 2007 2006
Existências Finais 2.356.188,77 535.225,96
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Existências Iniciais 535.225,96 272.840,56
Aumento / Redução no Exercício 1.820.962,81 262.385,40
Demonstração do Custos das Vendas e das Prestações de Serviços:
R U B R I C A S
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
2007 2006
Existências Iniciais 535.225,96 272.840,56
Entradas Provenientes da Produção 93.919.948,89 85.259.199,70
Existências Finais 2.356.188,77 535.225,96
Custo das Vendas e das Prestações de Serviços 92.098.986,08 84.996.814,30
43. As remunerações atribuídas durante o ano 2007 aos membros dos Órgãos Sociais
relacionadas com o exercício das respectivas funções são as seguintes:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 565.987,56
CONSELHO FISCAL 40.943,00
44. Valor líquido das Vendas e das Prestações de Serviços distribui-se como segue:
RUBRICAS 2007 2006
MERCADO INTERNO
Reparações Navais 1.253.916,00 621.525,30
Outras Actividades 2.864.152,43 611.002,20
Prestações de Serviços 2.059.072,33 1.012.158,91
6.177.140,76 2.244.686,41
MERCADO EXTERNO
Reparações Navais 117.000.808,97 109.811.779,01
Outras Actividades 96.097,03 66.271,25
117.096.906,00 109.878.050,26
TOTAL GERAL 123.274.046,76 112.122.736,67
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45. Os Resultados Financeiros demonstram-se como segue:
CONTA C U S T O S E P E R D A S 2007 2006
681 Juros Suportados 39,88 176,03
685 Diferenças de Câmbio Desfavoráveis 47.460,91 268.116,66
688 Outros Custos e Perdas Financeiras 66.483,82 72.031,25
Resultados Financeiros 1.226.476,86 674.351,99
1.340.461,47 1.014.675,9
3
CONTA P R O V E I T O S E G A N H O S
781 Juros Obtidos 1.015.322,69 603.670,34
785 Diferenças de Câmbio Favoráveis 51.514,32 155.507,84
786 Descontos de Pronto Pagamento Obtidos 261.124,85 255.497,71
788 Reversões e O. Proveitos e Ganhos Financeiros 12.499,61 0,04
1.340.461,47 1.014.675,9
3
46. Resultados Extraordinários demonstram-se como segue:
CONTA C U S T O S E P E R D A S 2007 2006
691 Donativos 138.400,00 69.860,00
692 Dívidas Incobráveis 0,00 0,00
693 Perdas em Existências 59.044,45 28.143,51
694 Perdas em Imobilizações 0,00 328,75
695 Multas e Penalidades 3.874,00 0,00
696 Aumentos de Amortizações e Provisões 0,00 0,00
697 Correcções Relativas a Exercícios Anteriores 221.751,04 262.778,28
698 Outros Custos e Perdas Extraordinárias 915,77 5.326,29
Resultados Extraordinários 2.321.672,61 393.127,26
2.745,657.87 759,564.09
CONTA P R O V E I T O S E G A N H O S
791 Restituição de Impostos 591.136,45 0,00
793 Ganhos em Existências 40.888,81 20.896,37
794 Ganhos em Imobilizações 12.250,00 37.290,05
796 Reduções de Amortizações e Provisões 0,00 0,00
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797 Correcções Relativas a Exercícios Anteriores 2.077.506,74 697.968,65
798 Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários 23.875,87 3.409,02
2.745.657,87 759.564,09
47. Informações exigidas por Diplomas Legais.
1. Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 447º do Código das Sociedades
Comerciais, informa-se que os membros do Conselho de Administração da Sociedade,
Eng. José António Leite Mendes Rodrigues e Dr. Nelson Nunes Rodrigues, únicos
Accionistas da NAVIVESSEL - ESTUDOS E PROJECTOS NAVAIS, S.A., são titulares através desta
Empresa de 728.255 Acções.
Em relação ao Órgão de Fiscalização da Sociedade, informa-se que este não se encontra
em qualquer das situações previstas no corpo deste Artigo.
2. Nos termos e para os efeitos do disposto no n.º 4 do Artigo 448º do Código das
Sociedades Comerciais, informa-se que na data do encerramento do Exercício, e segundo
os registos da Sociedade, são titulares de 72,82% e de 20,00% do Capital Social da
LISNAVE, respectivamente os seguintes Accionistas:
NAVIVESSEL, ESTUDOS E PROJECTOS NAVAIS, S.A.
Titular de 728.255 Acções.
THYSSENKRUPP MARINE SYSTEMS AG
Titular de 200.000 Acções.
3. A Estrutura Accionista da LISNAVE em 31 de Dezembro de 2007 era a seguinte:
ACCIONISTA ACÇÕES
DETIDAS
% VOTOS % TOTAL
- NAVIVESSEL, ESTUDOS E PROJECTOS NAVAIS, S.A.
- THYSSENKRUPP MARINE SYSTEMS AG
- ESTADO PORTUGUÊS
- PÚBLICO (OPT)
728.255
200.000
29.666
42.079
72,82
20,00
2,97
4,21
72,82
20,00
2,97
4,21
TOTAL 1.000.000 100,00 100,00
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4. Cargos desempenhados pelos Administradores da LISNAVE, em outras Sociedades:
EMPRESAS
CARGOS
DESEMPENHADOS
JJOOSSÉÉ AANNTTÓÓNNIIOO LLEEIITTEE MMEENNDDEESS
RROODDRRIIGGUUEESS
NAVIVESSEL, S.A.
LISNAVE INFRAESTRUTURAS NAVAIS, S.A.
LISNAVE INTERNACIONAL, S.A.
LISAPRO, LDA.
NAVALSET, LDA.
Administrador
Presid. C. Administração
Administrador
Gerente
Gerente
NNEELLSSOONN NNUUNNEESS RROODDRRIIGGUUEESS NAVIVESSEL, S.A.
LISNAVE INFRAESTRUTURAS NAVAIS, S.A.
LISNAVE INTERNACIONAL, S.A.
REPROPEL,LDA.
NAVALSET, LDA.
Administrador
Administrador
Presid. C. Administração
Gerente
Gerente
AALLOOÍÍSSIIOO FFEERRNNAANNDDOO MMAACCEEDDOO
DDAA FFOONNSSEECCAA
METROCOM, S.A.
CPCOM, S.A.
Administrador
Administrador
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FFRREEDDEERRIICCOO JJOOSSÉÉ FFEERRRREEIIRRAA DDEE
MMEESSQQUUIITTAA SSPPRRAANNGGEERR
LISNAVE INTERNACIONAL, S.A.
MECNAVIS, S.A.
DAKARNAVE, S.A.
A.I. MARÍTIMAS
FENAME
V/ Pres. C. Administração
Presid. C. Administração
Presid. C. Administração
Presidente Direcção
Vice-Presidente Direcção
JJÜÜRRGGEENN PPEETTEERRSS
DEUTSCHER SCHULSCHIFF VEREIN
BBV BREMER BOOTSBAU GMBH
Administrador
Membro Cons. Supervisão
JJOOÃÃOO RRUUII CCAARRVVAALLHHOO DDOOSS
SSAANNTTOOSS
NAVIVESSEL, S.A.
LISNAVE INTERNACIONAL, S.A.
NAVALROCHA, S.A
GASLIMPO, S.A.
MECNAVIS, S.A.
DAKARNAVE, S.A.
FUNDENAV
A.I. MARÍTIMAS
FENAME
Administrador
Administrador
Administrador
Administrador
Administrador
Administrador
Presidente Conselho Fiscal
Vice-Presidente Direcção
Presidente C. Fiscal
MMAANNUUEELL SSEERRPPAA LLEEIITTÃÃOO
NAVIVESSEL, S.A.
LISNAVE INFRAESTRUTURAS NAVAIS, S.A.
GASLIMPO, S.A.
TECOR, S.A.
LISNAVE INTERNACIONAL, S.A.
FUNDENAV
A.I. MARÍTIMAS
Presidente Mesa A. Geral
Administrador-Delegado
Presid. C. Administração
Presidente Mesa A. Geral
Administrador
Presidente da Direcção
Presidente Mesa A. Geral
48. Outras Informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira
e dos resultados
Demonstração dos Resultados por Funções
A Demonstração dos Resultados por Funções foi preparada em conformidade com o
estabelecido pela Directriz Contabilística N.º20, a qual apresenta um conceito de Resultados
Extraordinários e Custo Líquido de Financiamento diferente do definido no Plano Oficial de
Contabilidade (POC) para a preparação da Demonstração dos Resultados por Natureza.
Assim, o valor dos Resultados Extraordinários (Euros -2.321.672,61) apresentado na
Demonstração dos Resultados por Naturezas foi reclassificado para as Rubricas de “Outros
Custos e Perdas Operacionais” e “Outros Proveitos e Ganhos Operacionais” (Euros
423.985,26 e Euros 2.745.657,87 respectivamente), assim como, os Custos e Perdas e os
Proveitos e Ganhos Financeiros, que não respeitam a financiamentos contraídos pela Empresa
(Euros 113.944,73 e Euros 1.340.461,47 respectivamente), representando uma reclassificação
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de Euros 1.226.516,47, o que proporciona as seguintes diferenças nas diversas naturezas de
resultados:
RUBRICAS POR NATUREZAS RECLASSIFICAÇÃO POR FUNÇÕES
Resultados Operacionais 10.126.734,64 3.548.189,35 13.674.923,99
Resultados Financeiros 1.226.476,86 -1.226.516,74 -39,88
Resultados Correntes 11.353.211,50 2.321.672,61 13.674.884,11
Resultados Extraordinários 2.321.672,61 -2.321.672,61 0,00
Imposto sobre o Rendimento -3.475.725,22 0,00 -3.475.725,22
Resultado Líquido do Exercício 10.199.158,89 0,00 10.199.158,89
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DDEELLEEGGAAÇÇÕÕEESS EE RREEPPRREESSEENNTTAAÇÇÕÕEESS
ARÁBIA SAUDITA
THE REDA ESTABLISHEMENT
Alkhobar – Arábia Saudita
Tel.: + 966 3 889 04 46
Fax: + 966 3 889 04 47
ARGÉLIA
SOCOFEP -(DEVEXPORT)
Paris
Tel.: + 33 1 445 56 161
Fax: + 33 1 445 56 162
BRASIL
QUILHA ENGENHARIA NAVAL E
REPRESENTAÇÕES
Rio de Janeiro
Tel.: + 55 21 248 63 779
Fax: + 55 21 249 36 882
CANADÁ
WISEPOOL ENTERPRISES LTD
(Transma Agents)
Vancouver
Tel.: + 1 604 272 18 73
Fax: + 1 604 272 18 43
CHIPRE
WSR – SERVICES, LTD.
Limassol
Tel.: + 357 253 44 41 8
Fax: + 357 25 344 41 9
DINAMARCA
AKTIESELKABET MARITIME AGENCY
Copenhague
Tel.: + 45 33 151 50 4
Fax: + 45 33 118 62 4
ESPANHA
MEDCO, SHIPBROKERS, S.L.
Madrid
Tel.: + 34 914 31 52 35
Fax: + 34 915 75 05 00
FRANÇA
AMIDSSHIPS
Paris
Tel.: + 33 1 405 00 18 1
Fax: + 33 1 405 00 15 9
GRÉCIA
N. BOGDANOS MARINE B. LTD.
Atenas
Mobile: 30 6 976 565 605
Fax: + 30 210 92 46 95 5
HOLANDA/BELGICA/
LUXEMBURGO
ESMA - INTERNATIONAL, B.V.
Amesterdão
Tel.: + 31 20 696 99 06
Fax: + 31 20 696 69 00
HONG-KONG/
REP. CHINA/TAIWAN
TRANSMA LIMITED
Hong-Kong
Tel.: + 852 28 61 16 23
Fax: + 852 28 61 39 01
ÍNDIA
B.D. KATÁRIA & CO. MARITIME
Bombaim
Tel.: + 91 22 22 83 45 46
Fax: + 91 22 22 04 24 56
INGLATERRA/IRLANDA
CALVEY MARINE
Guildford – U.K.
Tel.: + 44 1 48 38 90 04 0
Fax.: + 44 1 48 38 90 02 7
ITÁLIA/MÓNACO/SUÍÇA
CAMBIASO & RISSO
Génova - Itália
Tel.: + 39 010 57 14 1
Fax: + 39 010 53 01 54
JAPÃO
AALL & CO., LTD.
Tóquio
Tel.: + 81 3 52 17 01 81
Fax: + 81 3 52 17 01 82
Ehime
Tel.: + 81 8 98 43 02 22
Fax: + 81 8 98 43 03 39
NORUEGA
ULRIK QVALE & PARTENERS
Oslo
Tel.: + 47 22 51 16 16
Fax: + 47 22 51 16 08
PAÍSES BÁLTICOS/RÚSSIA
UCRÂNIA/GEORGIA/
LITUÂNIA/AZERBEIJÃO
ZAO IBÉRICA
Moscovo
Tel.: + 7 495 68 49 02 1
Fax: + 7 495 68 49 19 0
MARMAX, S.A.
Algés - Portugal
Tel.: + 351 21 413 55 60
Fax: + 351 21 413 55 66
SINGAPURA/MALÁSIA/
TÂILANDIA
C.C. SHIP REPAIR & SERVICES PTE
LTD.
Singapura
Tel.: + 65 633 86 66 7
Fax: + 65 633 81 01 1
SUÉCIA
A.B. AUGUST LEFLER
Gotemburgo
Tel.: + 46 31 61 61 66
Fax: + 46 31 61 60 17
TURQUIA
INTAY - TEK TEKNIK HIZMETLER
LTD. SKT.
Istambul
Tel.: + 90 212 29 77 38 6
Fax: + 90 212 29 77 38 7
U.S.A. / CANADÁ
EAST COAST MARINE ALLIANCE LLC
Norwalk
Tel.: + 1 203 86 64 11 0
Fax: + 1 203 86 64 16 1
VENEZUELA
KORT CONSULTING XXI, C.A.
Caracas
Tel.: + 58 212 23 98 40 8
Fax: + 58 212 23 93 32 0