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MENSAGEIRO | JUNHO 2012 3

Mensageiro luterano junho 2012

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Mensageiro Luterano

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Mensageiro | Junho 2012 3

4 Mensageiro | Junho 2012

Mensageiro | Junho 2012 3

Junho2012 Leia nesta ediçãoMens aGeiRo LUteRano | ano 95 | nº 1.170

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capa

Igrejas e pastores feridos. Caminhos para

a reconciliação.

05 MENSaGEM DO pRESIDENTE

09 EM FOcO

16 hOMENaGEM

17 MENSaGEIRO DaS cRIaNçaS

21 EDucaçãO TEOlóGIca

22 uMaS E OuTRaS

27 IGREJaS pElO MuNDO

30 SBB

34 vIRaNDO a páGINa

06aDORaçãO E lOuvOR

Qual é a “novidade” para o culto hoje?

23

A IELB escolheu o mês de junho para dar ênfase à evangelização, por isso ela reúne os seus fiéis, orienta, capacita e envia-os novamente ao mundo. Esse é o ser da Igreja, sua razão de existência.

IGREJa EM MOvIMENTO

Programa Missão, Ministério e Liderança 25

Evangelizando de todas as formas

EMéRITOS

Prontos para servir. É só chamá-los 32

Ainda sabemos o que é a verdadeira Igreja Cristã?

Vivemos um tempo de muitas denominações religiosas. Muitas estão organizadas localmente em congregações, regionalmente em distritos/regiões e nacionalmente associadas em sínodos, como a IELB, por exemplo. Outras se organizam de forma independente, mas, de maneira geral, fortemente atreladas ao nome de determi-nados líderes. E ainda temos muitas pessoas que se dizem religiosas ou espiritualizadas sem congregarem em nenhuma denominação.

Nesse contexto religioso tão múltiplo de nossos dias, é oportuno perguntar: Afinal, o que é Igreja? Será que, quase 500 anos após o movimento da Reforma, liderado por Lutero e do qual somos frutos como cristãos luteranos, ainda sabemos e confessamos a verdadeira Igreja Cristã? É essa e outras perguntas do nosso tempo que o autor do artigo de capa desta edição quer responder a partir da Bíblia Sagrada e da Confissão de Augsburgo (CA), que neste mês de junho completa 482 anos. Acreditamos ser muito apropriada esta reflexão associada às comemorações dos 108 anos de organização da nossa Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

Por outro, a Igreja é formada por membros e pastores. E o mês de junho contempla também o Dia do Pastor. Olhando para “o conjunto da obra”, percebemos que no dia a dia da vida da Igreja e dos pastores, há Igrejas (membros) e pastores feridos, machucados,

entristecidos e desanimados. Pela percep-ção dessa realidade, procuramos abordar essa questão ainda que ligeiramente, pois a julgamos de grande importância para a vida da Igreja, para os membros, para os pastores e suas famílias.

Neste cenário, lembramos as esposas de pastores e dos pastores eméritos. Enquanto homenageamos as esposas de pastores da “ativa”, com um texto espe-cial, resgatamos histórias da vida real de alguns pastores eméritos e suas famílias. Além disso, viramos a página refletindo sobre esta nova fase na vida do pastor que é o status de pastor emérito!

As múltiplas atividades que acontecem nas congregações, nos departamentos e na vida de muitas pessoas e famílias da nossa Igre-ja, de Norte a Sul do Brasil, encontram-se no encarte IELB notícias.

Mês de junho, mês da evangelização na IELB! O espaço Igrejas pelo mundo desta edição também está neste contexto da evangeli-zação. Desejamos a todos dias muitos abençoados no Senhor que é a nossa rocha poderosa e nosso abrigo! Até breve!

Mensageiro Luterano | www.mensageiroluterano.com.br

Filiada a associação de editores cristãos (asec) EndErEço av. são Pedro, 633, Bairro são Geraldo, ceP 90230-120, Porto alegre, rsFonE/Fax (51) 3272 3456SitE www.editoraconcordia.com.brtwittEr twitter.com/edconcordia FacEbook facebook.com/editoraconcordia Email [email protected] [email protected]

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4 Mensageiro | Junho 2012

ConcórdiaE d i t o r a

EndErEço rua cel. lucas de oliveira, 894Bairro Mont’serrat, ceP 90440-010 Porto alegre, rs, BrasilFonE (51) 3332 2111 / Fax: (51) 3332 8145SitE www.ielb.org.brtwittEr twitter.com/ielB_BrasilE-mail [email protected]

dirEtoria nacional 2010/2014 prESidEntE egon Kopereck 1º vicE-prESidEntE arnildo schneider 2º vicE-prESidEntE Geraldo Walmir schüler SEcrEtário rubens José ogg tESourEiro renato Bauermann A IELB crê, confessa e ensina que os livros canônicos das Escrituras Sagradas, do Antigo e do Novo Testamento, são a Palavra infalível revelada por Deus e aceita, como exposição correta dessa Palavra, os livros simbólicos da Igreja Evangélica Luterana, reunidos no Livro de Concórdia do ano 1580.

IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL

| aO lEITOR |

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected]

Nilo WachholzEditor-Redator | [email protected]

iSSn 1679-0243

Órgão oficial da igreja evangélica luterana do Brasil (ielB) de periodicidade mensal (exceto janeiro e fevereiro - edição única). registrado sob nº 249, livro M, nº 1, em dezembro de 1935, no registro de títulos e documentos do rio de Janeiro, conforme o decreto-lei de imprensa nº 24776 de 14/07/1934.

projEto E produção GráFica editora concórdia ltda.rEdação [email protected] Nilo Wachholz - Mtb 42140/sP aSSiStEntE Editorial Bettina schünke - Mtb 15047/rs rEviSão aline lorentz sabka jornaliSta-diaGramador leandro da rosa camaratta dESiGnEr christian schünke e raquel amsberg de almeidacolaboradorES FixoS Bruno ries, carlos W. Winterle, luisivan V. strelow, Marcos schmidt, Mona liza Fuhrmann, rosemarie K. lange, Vitor radünz, Waldyr HoffmanndEpartamEnto comErcial Gilberto ellwanger, lianete schneider de souza, Marcelo de azambuja aSSinaturaS Monica Hoffmann teichmann loGíStica claupe onofre, Jorge de oliveira, simone dutra Paiva

aSSinatura no braSil anual r$ 52,00; Bianual r$ 100,00 aSSinatura para outroS paíSES anual Us$ 52,00; Bianual Us$ 100,00

tiraGEm dESta Edição 12 mil exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Redação ou da Administração Nacional da IELB. O conteúdo do Mensageiro pode ser reproduzido, mencionados o autor e a fonte.

foto da capa: Templo da Congregação CrisTo redenTor, linha 108 sul, são miguel do guaporé, ro. o Templo da “CrisTo redenTor” Tem a Cruz na sua faChada.

m

E stamos no mês de Junho. Feste-jamos, neste mês, os 108 anos da nossa IELB – 108 anos cons-truídos sobre a Rocha firme e

poderosa que é Cristo. O Pentecostes que acabamos de festejar nos impulsiona, nos motiva e nos faz ouvir o eco do pedido de Jesus: “Sejam minhas testemunhas...” aí na vossa cidade, no vosso Estado, no vosso país, até os confins da Terra.

Uma vez, um grupo de amigos decidiu fazer um churrasco de confraternização. Eles disseram: “Vamos fazer uma bela fes-ta”. Chegou a data marcada, o grupo se en-controu com muita alegria até que alguém perguntou: “Quem comprou as coisas para o churrasco? Alguém providenciou o local, a carne e tudo mais que é necessário?”. E, um a um, eles perceberam que a festa não se realizaria porque ninguém assumiu nada. Atrás do “nós”, todos se esquivaram.

Nós somos as testemunhas de Jesus neste mundo. É preciso mudar, assumir e reconhecer: “Eu sou uma testemunha”. E assim falar, ser o sal, a luz, o bom perfume de Jesus neste mundo.

Irmãos! A nossa IELB está festejando 108 anos de trabalho como Sínodo organizado no Brasil. Se os 240 mil luteranos, de fato, assumirem o seu papel de brilhar, de refletir o amor de Jesus, tenho certeza que teremos mais movimento, mais vida e melhores re-sultados na seara do nosso Deus. Também a nós Deus diz: “A quem enviarei?”. Estejamos prontos a responder com o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6.8).

Parabéns, Igreja Evangélica Luterana do Brasil!

DIa Do Pastor10 de junho, dia do Pastor. Que benção

termos um pastor em nossa comunidade! Será que sempre reconhecemos isso? Será que agradecemos a Deus por termos alguém que vela por nossa alma como quem deve prestar contas por isso?

Queridos irmãos! “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles” (Hb 13.17). É Deus quem pede. Não esqueçam nunca de orar por vosso pastor, mostrar a ele vosso carinho, incentivo, apoio, interesse e amor. É sublime e grandiosa a sua mis-são. É enorme a sua responsabilidade. Os pastores não cuidam apenas de uma vida passageira e fugaz, eles velam por uma Vida Eterna e feliz, com Cristo, no Céu.

A todos os pastores dizemos: “Prega a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, [...] com toda a longanimidade e doutrina [...] cumpre cabalmente o teu ministério” (2 Tm 4.2-5) e acrescentamos: “Não cesses de falar desse Livro da Lei; antes medita nele dia e noite, [...] então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido. ... Sê forte e corajoso, não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (Js 1.7 e 8).

Vem aí um presente especial para pastores e esposas. Nos dias 15 a 18 de

novembro, terá início o primeiro grupo do programa Ministério, Missão e Liderança (MML). Procure se informar. Este ano serão apenas 20 casais, ano que vem já serão 40; e assim queremos oferecer esse curso ao maior número possível dos nossos pastores. Tenho certeza que essa iniciativa será uma benção para toda a Igreja.Feliz Dia do Pastor e um abençoado ministério para todos os colegas!

EvangELIsMoJunho é o mês da Evangelização; assim a

Igreja decidiu e definiu para tentar criar em nós, mais e mais, a cultura do testemunho e da evangelização.

A pesquisa feita em nossa IELB, pela Radar Inteligência Ltda., perguntou se os membros das nossas comunidades estão sendo desafiados a testemunhar, e 86% responderam que sim, o que é um bom sinal. Porém, diante da pergunta se nossas con-gregações têm um plano de ação para levar o Evangelho ao bairro e região onde atuam, apenas 42,6% responderam positivamente. Isso nos deve fazer pensar, refletir, avaliar e talvez repensar algumas coisas.

sejam minhas testemunhas, eis o desafio.

Que Deus nos motive, guarde e abençoe!

Sejam minhas testemunhas

Mensageiro | Junho 2012 5

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Egon KopereckPastor Presidente da IELB| [email protected]

| MENSaGEM DO pRESIDENTE |

Pastor Presidente da IELB| [email protected]

foTo: leandro r. CamaraTTa

foTo: leandro r. CamaraTTa

Qual é a “novidade” para o culto hoje?

O pastor de uma pequena congregação está atribulado porque não consegue realizar cultos “mais dinâmicos”. Al-

guns congregados estão reclamando, com ele, que está faltando “vida e emoção” em seus cultos. O pastor é muito tímido, fica somente no púlpito para fazer sua pregação, não sabe lidar muito bem com Datashow e também não é bom para “animar” as pesso-as durante o culto. Segue apenas a liturgia, e não há momentos em que o povo seja levado a “sentir” melhor a presença de Deus.

o QuE uM Pastor rEaLMEntE DEvE FazEr?

No dia de sua instalação na congregação, o pastor prometeu fazer o seguinte na con-gregação, conforme a Ordem de Instalação de Pastor: “Como servo do Senhor Jesus na Terra, é seu dever pregar e ensinar a dou-trina pura da Palavra de Deus, ministrar os santos sacramentos conforme a ordem de Cristo, instruir as crianças e os jovens, admoestar os pecadores, ajudar os fracos na fé, ir atrás dos perdidos, confortar os aflitos, amparar os necessitados, visitar os doentes, consolar os abatidos, enfim cuidar de todas as pessoas que lhe foram confiadas, sempre orando pelo bem-estar espiritual delas”. Portanto, segundo o que estamos pedindo de nossos pastores no dia da sua instalação, queremos que ele pregue corretamente a Palavra de Deus, administre

os sacramentos segundo a vontade de Deus e que cuide do bem-estar espiritual daqueles que lhe foram confiados.

CoMo o Pastor vaI FazEr Isso nas CongrEgaçõEs?

Bem, começando com os cultos, a Ordem de Culto precisa apresentar Cristo como centro, como aquele que vai perdoar nossos pecados e como aquele que vai nos motivar a louvar a Deus. Para tanto, a liturgia precisa apontar para Cristo, incluindo a Santa Ceia que vai nos selar o perdão com o recebimen-to do corpo e do sangue de nosso Salvador através do recebimento do pão e do vinho. A pregação precisa ter Cristo como centro, apontar para a realidade pecaminosa em que nos encontramos e mostrar que somen-

te em Cristo temos a verdadeira solução de todos os nossos pecados. Em outras palavras, o pastor precisa equilibrar Lei e Evangelho. A Lei mostra nossa realidade de pecadores, e o Evangelho aponta para Cristo como solução única para nossos pecados e para nos garantir a Vida Eterna.

Mas, tudo isso não pode ser apresentado de forma dinâmica, alegre, usando recursos modernos para chamar atenção? Em princípio sim. Podemos utilizar de recursos modernos e didáticos para apresentar a Palavra de Deus. Contudo, sempre é bom lembrar que não são os meios de apresentação da mensagem que são importantes, mas, sim, a mensagem em si. E essa mensagem precisa ser proclamada.

Os melhores e mais modernos recursos podem ser utilizados, mas, se a centralidade de Cristo não estiver na mensagem, não será Palavra de Deus. E se recursos, como sair do púlpito, fazer encenações e utilizar Datashow, chamarem atenção sobre si mesmos e nos desviarem a atenção sobre a mensagem, de nada adiantou tê-los. Aliás, o púlpito serve de recurso especial para não chamar a atenção sobre o pastor, e sim sobre a mensagem que está sendo pregada. Uma mensagem fora do púlpito sempre correrá o risco de chamar a atenção sobre a pessoa do pregador ao invés de chamar a atenção sobre o conteúdo da mensagem. O púlpito restringe o pastor a ficar no mesmo lugar, não podendo circular diante do povo e co-meçar a chamar a atenção sobre si mesmo.

O grande show é a Palavra que se fez carne e habitou entre nós, cheia de graça e verdade. E essa é a grande “novidade” para todos os

cultos.

6 Mensageiro | Junho 2012

| aDORaçãO E lOuvOR |

Os hinos e a liturgia no culto luterano

a orDEM DE CuLto Do HInárIo É sEMPrE a MEsMa?

O que fazer quando em uma congre-gação se utiliza quase sempre a Ordem de Culto do Hinário Luterano, e não há grandes variações de culto para culto? Em primeiro lugar, não é verdade que não haja variações quando se utiliza sempre a liturgia que está no hinário. Os “Próprios do Dia” (oração, chamada, coleta, leituras bíblicas e hinos) sempre serão diferentes a cada culto. E essa variação é a “novidade” que cada culto apresenta. E é essa “novidade” que real-mente precisamos, pois a cada culto novas partes da Bíblia nos serão apresentadas, de maneira que a cada ano uma visão geral de toda a Bíblia nos é apresentada.

Mas cultos com grandes recursos, no-vidades, boa música, esforço especial para que tudo seja o mais lindo e perfeito possí-vel não têm lugar em nossas celebrações? Certamente que têm. No entanto, assim como no dia a dia não podemos sempre ter banquetes, pois isso nem seria muito útil para nossa saúde, também nossos cultos podem ser simples, mas com conteúdo adequado e, em momentos especiais, certa-mente faremos também esforços especiais para adornar a mensagem com emoções especiais.

Não há nada de errado com pastores que não sabem ser showmen. O grande show é a Palavra que se fez carne e habitou entre nós, cheia de graça e verdade. E essa é a grande “novidade” para todos os cultos. Sem essa “novidade,” os nossos “novos pecados” que cometemos diariamente não teriam perdão.

Raul Blum | Professor de Teologia Prática do Seminário Concórdia, São Leopoldo, RS.

Membro da Comissão de Culto da IELB.

A mensagem precisa ser proclamada. Os melhores e mais modernos recursos podem ser utilizados, mas, se a centralidade de Cristo não estiver na mensagem, não será Palavra de Deus.”

Mensageiro | Junho 2012 7

D e algum tempo para cá, nota-se um significativo acréscimo e variedades no que se refere à música no culto. Muito disso é

devido ao lançamento de novos cancionei-ros, como também pela importação de mú-sicas de outras igrejas, bandas ou cantores famosos no rol dos evangélicos.

Paradoxalmente, porém, ao mesmo tempo em que há crescimento também se tem prejuízo. Algumas congregações não exatamente aumentaram o seu repertório musical. Muitas delas trouxeram músicas novas ao contexto do culto, no entanto, têm abandonado o Hinário Luterano (HL).

Há os que alegam que a Igreja precisa de mais músicas. Mas será que já cantamos todos os 573 hinos do Hinário Luterano? Outros alegam que os hinos são muito “parados” ou são “todos iguais”. De fato, quando não obedecemos à partitura musical o Hinário, pode até se tornar chato, enfastio-so, “monótono”. Assim, argumentos desse tipo não me parecem satisfatórios.

a Função Da MúsICa no CuLto

É preciso, antes de qualquer atitude, analisar qual a função da música no culto cristão. Se a função da música é fazer com que as pessoas pulem de alegria, batam pal-mas e saiam da igreja cansadas de tanto agi-to, músicas como “Estou alegre” (Celebrai, 36) e até mesmo “Pai Abraão” caem muito bem. Já, se a função da música é tomar os corações de emoção e até tristeza, então um coral bem preparado cantando “Ó fronte ensanguentada” (HL, 88) pode facilmente alcançar o objetivo.

De fato, a música tem poder para conse-guir ambos, tanto a alegria quanto o pesar. Porém, a função da música no culto parece ter um papel bem mais abrangente. Não serve apenas para tocar os corações, mas também para falar-lhes. A música precisa falar aos corações a Palavra de Deus. É por esta Palavra que eles precisam ser tocados.

m

foTos: arquivo ediTora ConCórdia

A música é parte do culto – razão por que os hinos precisam ser bem

escolhidos para que todos eles apontem para aquilo

que é o tema central naquele dia.

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Mensageiro luterano online

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8 Mensageiro | Junho 2012

| aDORaçãO E lOuvOR |

Quando a emoção passa a tomar conta desse espaço e obstaculiza a penetração des-ta Palavra, não permitindo que as pessoas sintam ao cantar a força e a ação da Palavra de Deus em suas vidas, a música perdeu o seu foco. A alegria no culto deve partir da Palavra divina, não da emoção humana. É uma alegria diferente. Em outras palavras, quando as emoções se sobrepõem à reflexão no conteúdo bíblico, transmitido através da letra da música, esta não está sendo usada da melhor maneira para o culto. Talvez, fosse até melhor um culto à moda Idade Média, onde os membros praticamente não participavam.

a MúsICa É PartE Do CuLto

Lutero chega a dizer que a música não é uma pausa no culto (como se pensa às ve-zes), mas é parte do culto como adoração. A música é parte do culto – razão por que os hinos precisam ser bem escolhidos para que todos eles apontem para aquilo que é o tema central naquele dia. Se é justificação: hinos de justificação; se é santificação: hinos de santificação; quaresma: hinos de quaresma. Já pensou em cantar “Oh!

Vinde, fiéis” (HL, 36) durante o período da quaresma? O que toda a alegria do Natal tem a ver com o sofrimento vicário de Cris-to relembrado nos 40 dias que antecedem a Páscoa?

E quanto ao que foi dito, o Hinário Lute-rano não fica devendo em nenhum ponto. Há doutrina correta, lindas melodias, arran-jos excelentes – no caso do Cantai Louvor –, letras para todas as ocasiões. Há hinos alegres, reflexivos, exortativos, encoraja-dores que tocam e falam ao nosso coração. Sem dúvida, é uma abençoada herança que a IELB tem ao seu dispor.

Um exemplo bem prático e verídico: certa menina costumava ler os hinos do

Hinário em casa – nem sempre cantava, apenas refletia nas palavras dos hinos. Anos depois, essa mesma menina disse que tais letras lidas muito a ajudaram, consolaram e encorajaram em momentos de dificuldade e sofrimento.

É realmente uma pena que aqui este-jamos esfriando. Pouco resta daquele sen-timento bonito que faz um luterano dizer com orgulho: este é o meu hinário! Esta é a minha Bíblia! Eles me acompanham a vários lugares e é impensável que eu vá à igreja sem leva-los comigo. Como diz o velho ditado, é o mesmo que ir para a roça sem enxada.

Evidentemente, este texto não pretende rejeitar e abolir da IELB qualquer música que não seja do Hinário Luterano. Nossos compositores e músicos precisam ser va-lorizados. Músicas novas são bem-vindas, desde que adequadas ao culto cristão e apontando sempre, direta ou indiretamente, para Cristo.

E sobre a liturgia? Fica para uma pró-xima ocasião.

EdEnilson Gass | Teologando do Seminário Concórdia, São Leopoldo, RS

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Loucuras do amor

Mensageiro luterano online

Mensageiro | Junho 2012 9

Marcos SchmidtPastor em Novo Hamburgo, RS| [email protected]

| EM FOcO |

D iz a lenda que é o Cupido que provoca a paixão nos namora-dos ao acertar o coração destes com suas flechas. Também

conhecido na mitologia grega por “deus Eros”, este menino com asinhas sai voando por aí, e são poucos os que escapam de seus arremessos. Já o Dicionário Aurélio explica que “paixão é o sentimento ou a emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão”. Na verdade, um devaneio que pode suscitar crimes passionais ao exemplo do jovem Lindemberg que, em 2008, sequestrou e matou a ex-namorada Eloá.

Mas quem nunca ficou apaixonado? Será que existe alguém imune a este vírus arrebatador – sentimento característico na adolescência e até imperioso para encontrar a outra metade? Ninguém namora e se casa sem ficar nas nuvens, a não ser que esteja pressionado ou com outros interesses. Mas dizem que o “amor paixão” dura uns dois a três anos. E depois? Dramaticamente tudo vira “Romeu e Julieta” se as flechas do Espírito Santo não estiverem em ação. Diz a Bíblia – e não é mito – que o Espírito divino desceu vestido de pomba no Batismo de Jesus e em línguas de fogo no Pentecostes, e desde então vem acertando o coração das pesso-as com o Evangelho para infundir o amor ágape. Faz isso para apagar as chamas ardentes da natureza huma-na, o fogo das ciúmeiras, dos acessos de raiva, da ambição egoísta. E no lu-gar acende paz, paciência, delicade-za, bondade, fidelidade, humildade e, o mais importante, domínio próprio (Gálatas 5.19-24).

Este amor é eterno, defende Paulo em 1 Coríntios 13. Na mesma carta, ele adverte os cristãos que se prostituiam com as sa-cerdotizas no templo da deusa Afrodite, a

mãe do deus Eros: “Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo (...) Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo?” (1 Coríntios 6.18-19). O apóstolo não deixa de dar conselhos também aos casados, aos solteiros e às viúvas: “Já que existe tanta imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria esposa, e cada mulher, o seu próprio marido”. Será que isso ainda vale nestes tempos de “assim você me mata, ai se eu te pego, ai ai se eu te pego”?

A própria cerimônia de casamento se transformou em paixão fantasiosa, algo parecido como foi numa cidade da Serra Gaúcha no ano passado. Vestidos de Fiona e Shrek, o desejo dos noivos diante do altar de uma igreja explica bem a síndrome do fazer de conta e brincar com o que é sério. Os padrinhos com roupas de príncipes e princesas, os pais dos noivos de reis e rai-nhas, as crianças com alegorias de Dragão, Burrinho, Branca de Neve, os convidados caracterizados dos contos infantis – uma cena surreal que diz tudo sobre esta socieda-de de castelos arenosos. Castelos que estão proporcionando muito lucro e alimentando outra paixão. Conforme uma reportagem,

“Brasileiros estão casando mais, e o mer-cado comemora faturamento com festas cada vez mais incrementadas” (Zero Hora, 12/05/2012). Este faturamento é estimado em 14 bilhões de reais. No meio deste co-mércio, tem até empresas de eventos que simulam a cerimônia religiosa do casamento para noivos que não tem Igreja.

“Grave o meu nome no seu coração e no anel que está no seu dedo. O amor é tão poderoso como a morte; e a paixão é tão forte como a sepultura. O amor e a paixão explodem em chamas e queimam como fogo furioso” (Cânticos 8.6). Esse poema do rei Salomão, e todo o livro, mostra o lado sadio e bonito da paixão entre um homem e uma mulher. Alguns intérpretes dizem que se trata da figura do relacionamento íntimo entre Cristo e a Igreja – aquela que vem “de Deus, enfeitada e preparada, ves-tida como uma noiva que vai ser encontrar com o noivo”(Apocalipse 21.2). Por isso a palavras finais do poema “Venha depressa, meu amado”. Uma pressa pelo forte desejo de ficar junto, tanto que se tornou a “loucu-ra da cruz”. Sem dúvida, uma bela imagem para esta atração que pode ser um pedaço do Céu ou do inferno aqui na Terra. m

foTo: arquivo ediTora ConCórdia

| capa |

10 Mensageiro | Junho 2012

AfinAl, o que é igrejA?Compreendemos as nossas confissões de fé

da mesma forma como entendemos a confissão de Pedro, registrada no Evangelho segundo São Mateus 16.13-19: são respostas da fé verdadeira, operadas por Deus Espírito Santo, através da Pa-lavra de Deus. Como estas confissões se baseiam na Palavra de Deus, a CA não é somente um do-cumento histórico interessante, mas é a expressão autêntica da fé verdadeira.

Focalizamos especialmente os artigos 5, 7, 8 e 14 da CA, que podem ser encontradas no Hinário Luterano.

Cristãos confessam frequentemente com o Credo Apostólico “creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Cristã”, ou confessam com o Credo Niceno “Creio numa única Santa Igreja Cristã”, mesmo tendo em vista as tantas igrejas que nos cercam. Será que sabemos sempre bem o que assim confessamos como cristãos luteranos?

Para alguns, é um prédio a igreja que frequen-tam dominicalmente: a igreja do castelo de Wit-tenberg; a igreja São Pedro de Roma...

Para outros, igreja é uma denominação, uma organização, uma sociedade religiosa cristã que se organizou: a Igreja Católica Romana; a Igreja Evan-gélica Luterana; a Igreja Batista, a Igreja Adventista...

Para alguns outros, nem é igreja, e sim é EUgre-ja. É um grupo religioso, social, onde vão cultivar o seu EU, a sua espiritualidade! É um grupo onde as

Afinal, o que é

Igreja?Em 25 de junho, completam-se 482 anos desde que a Igreja Evangélica Luterana na Alemanha começou a se organizar, manifestando a sua fé com a Confissão de Augsburgo (CA). Podemos chamar esta confissão de fé de “certidão de nascimento” da Igreja Luterana ou o seu registro de DNA. Após 374 anos, no dia 24 de Junho de 1904, em São Pedro do Sul, RS, foi fundada a nossa querida Igreja, que mais tarde adotou o nome Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). A Confissão de Augsburgo faz parte da sua documentação de nascimento e de seu DNA. As duas datas mencionadas são o motivo por que refletimos neste artigo sobre algumas verdades principais desta confissão. Fazemos isso na intenção de fortalecer a confissão da nossa fé hoje.

A nossa Confissão

afirma aquilo que é essencial e indispensável

para a Igreja e o que caracteriza

a verdadeira Igreja de todos os

tempos.

coisas acontecem de acordo com a minha vontade e os meus sentimentos... Ou de acordo com o líder espiritual que eu escolhi. É um grupo social onde eu me sinto bem!

Por isso, novamente a pergunta: Afinal, o que é Igreja?

O próprio reformador Martinho Lutero, nos “Artigos de Esmalcalde”, que é outro documento confessional da nossa Igreja, diz assim: “Graças a Deus, uma criança de 7 anos sabe o que é a Igreja, a saber, os santos crentes e os cordeiros que ouvem a voz de seu Pastor” (AS 12º). “Até hoje está se procurando esta criança”, comentou alguém de maneira jocosa, e com uma boa pitada de ironia, ao apresentar essas palavras de Lutero. Será?

AfinAl, o que é igrejA?O reformador Martinho Lutero sabia das muitas

respostas que se pode dar a essa pergunta... Mais ainda, no fervor das disputas da época da Reforma, quando Roma dizia que era a única Igreja. Por outro lado, Lutero queria apontar com a sua resposta para a certeza da fé cristã, que já uma criança com 7 anos pode ter quando confessa com o Credo: “Creio na Santa Igreja Cristã, a comunhão dos santos”. Igreja são os que ouvem e que seguem a voz do Bom Pastor Jesus!

Isso todos nós também compreendemos. E uma criança de 7 anos que conhece a voz do Bom Pastor Jesus através da Escola Bíblica e na convi-

KaRl H. G. auEl*Pastor emérito Rio de Janeiro, RJ

Mensageiro | Junho 2012 11

vência de seus pais cristãos também assimila e consegue expressar essa verdade! E essa criança sabe também que ouvir a voz do Bom Pastor impli-ca em confiar e seguir, isto é, obedecer a essa voz.

Com isso, tanto a criança como também nós temos uma resposta clara e prática a nossa per-gunta: Afinal, o que é Igreja? São as pessoas que escutam e que seguem a voz de Jesus.

Essa resposta, mesmo parecendo um tanto simplória, em verdade deixa bem claro que, na época de Lutero, ainda havia a preocupação com a “Única Santa Igreja Cristã e Apostólica” que confessamos no Credo Niceno. Ninguém ainda conhecia e muito menos se acostumara com a variedade de igrejas diferentes, que fazem parte do nosso dia a dia. Mas, o fato é que, em consequência dos movimentos da Reforma do século 16, muitas igrejas diferentes surgiram. E algumas se arrogam o direito de ser a “Única Santa Igreja Cristã”!

Por isso, nós hoje, não perdendo de vista essa resposta sucinta de Lutero, fazemos bem em ou-vir como a CA esclarece melhor essa resposta em detalhes decisivos e essenciais.

A igrejA sempre começA com cristoAssim lemos no 5º Artigo da CA: “Para con-

seguirmos esta fé (salvadora), instituiu Deus o ofício da pregação, dando-nos o Evangelho e os

sacramentos, pelos quais, como por meios, dá o Espírito Santo, que opera a fé, onde e quando lhe apraz, naqueles que ouvem o Evangelho”. Em outras palavras, os cordeiros somente podem ouvir a voz do Bom Pastor Jesus onde e quando o Evangelho é proclamado e os sacramentos são administrados. Sem a “palavra física” do Evange-lho, isto é, sem a proclamação e o ensino claro da Palavra de Deus, não se pode ouvir a voz do Bom Pastor Jesus; não pode surgir a fé; ninguém pode confessar como Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Portanto, também não poderá haver a Igreja que Cristo prometeu edificar e conservar.

Da mesma forma, o apóstolo Paulo na carta aos Efésios (4.1-16) lembra que Cristo mesmo concedeu o Ministério da Palavra para a edificação do corpo de Cristo, que na linguagem de Paulo é a Igreja. A Igreja começa com Cristo.

A Única Santa Igreja Cristã são os cristãos que vivem em torno da pregação pura do Evangelho e da administração dos sacramentos de acordo com o Evangelho (7º Artigo da CA).

O Evangelho, isto é, a mensagem principal da Escritura Sagrada, que inclui a pregação da Lei de um lado e que, por outro lado, inclui o uso correto dos sacramentos (Batismo e Santa Ceia), é a garantia da Igreja de Cristo. A Igreja não depende de cerimônias, tradições ou formas de organização estabelecidas pelos homens. Nessas formas externas da Igreja sempre houve e sempre haverá uma grande diversidade e liberdade de agir dos cristãos.

O que não pode mudar são os meios da graça que o Senhor da Igreja, Jesus Cristo, estabeleceu: a pregação do Evangelho e o uso do Batismo, da absolvição e da Santa Ceia. Porque é através desses meios que se ouve a voz do Bom Pastor Jesus. É através desses instrumentos que Deus Espírito Santo quer operar a fé salvadora no coração humano. Além disso, somente essa fé conduz a confissão verdadeira, como conduziu o apóstolo Pedro, e integra na Igreja de Cristo.

Esta compreensão clara tem um firme fun-damento bíblico, que agora não podemos expor em detalhes. Ela nos faz compreender também que, apesar de todos os abusos na Igreja Roma-na, Martinho Lutero e outros reformadores, em determinada época, estavam dispostos até a se submeterem ao governo do papa, desde que este permitisse a pregação pura e clara do Evangelho. Ao não permitir isso, o próprio papa deixou o fun-damento no qual Cristo prometeu edificar a sua Igreja. Em resumo: A pregação pura do Evangelho e o uso correto dos sacramentos são as marcas claras e essenciais da Igreja.

Sem a “palavra física” do

Evangelho, isto é, sem a

proclamação e o ensino claro da

Palavra de Deus, não se pode ouvir

a voz do Bom Pastor Jesus; não pode surgir a fé;

ninguém pode confessar como Pedro: “Tu és o

Cristo, o Filho do Deus vivo.

foTo: arquivo ediTora ConCórdia

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O que não pode mudar

são os meios da graça que o

Senhor da Igreja, Jesus Cristo,

estabeleceu: a pregação do

Evangelho e o uso do Batismo, da absolvição e da Santa Ceia.

A eficáciA dA pregAção do evAngelho e dos sAcrAmentosOs confessores de Augsburgo, bem como já

outros pais da Igreja de épocas anteriores, acha-ram por bem afirmar que a eficiência dos meios da graça (Evangelho e sacramentos) não depende da santidade dos ministros da Igreja (8º Artigo da CA). De maneira alguma quer se ensinar que os ministros da Igreja não devam observar as normas de santificação que a Escritura Sagrada estabelece para o Santo Ministério (cf. 1 Tm 3.1-7; Tt 1.6-9). Tanto os membros das igrejas como especifica-mente os seus ministros são chamados para zelar por um ministério exemplar...

No entanto, quem dá poder aos meios da graça, quem opera por meio deles, é o próprio Deus: Ele opera a fé; Ele perdoa pecados; Ele faz renascer; Ele mesmo dá o seu corpo e sangue sob os elementos da Santa Ceia, para assegurar perdão dos pecados, vida e salvação, aos que creem em suas palavras. Ele mesmo edifica assim a sua Igreja. E a nossa fé e o nosso pertencer à Igreja de Cristo dependem do poder ligado a esses meios. É para o nosso bem que não dependem dos ministros ou das testemunhas. “O Evangelho de Cristo é o poder de Deus”, diz o apóstolo Paulo na carta aos Romanos, para que a nossa fé não seja baseada em homens falhos.

Os ministros são embaixadores de Deus, seus representantes, por meio dos quais Deus mesmo age. Todavia a eficiência da pregação do Evangelho e dos sacramentos não dependem de seu carisma ou de seu poder ou de sua santidade.

o zelo nA pregAção do evAngelho e nA AdministrAção dos sAcrAmentosMesmo assim os pais da Confissão de Augs-

burgo sabem da importância que o ministério tem para a Igreja de Cristo. Por isso afirmam, no 14º artigo da CA, que sem chamado regular, ninguém deve publicamente ensinar ou pregar ou adminis-trar os sacramentos na Igreja.

Vimos que a pregação pura do Evangelho e a administração dos sacramentos de acordo com o Evangelho são essenciais para a edificação da Igreja! Esse 14º artigo quer tão somente assegurar isto: a pu-reza do Evangelho e o uso correto dos sacramentos.

Ele não quer impedir o testemunho de fé dos crentes. Não quer impedir que falemos da nossa fé e do Evangelho aos nossos filhos, amigos, colegas ou outras pessoas que encontremos em nossos caminhos, ou em ocasiões especiais que exigem o nosso testemunho.

Esse artigo quer impedir que qualquer pessoa, que sente ou imagina algum “chamado interno”,

mas que não conhece bem a voz do Bom Pastor Jesus e sequer faz parte de seu rebanho, se levante para enganar as pessoas e para dispersar a igreja, o rebanho de Cristo.

Infelizmente, vivemos num mundo em que esse artigo é amplamente pisado com os pés. Em consequência disso, estamos cercados de muitos pregadores e “eugrejinhas” que anunciam “um outro evangelho” que não é de Cristo e que abusam dos sacramentos, prejudicando a edificação da Igreja de Cristo.

Jesus Cristo, o Senhor da Igreja, ele mesmo concede os ministros a sua Igreja, e ele faz isso por meio da própria Igreja, dos que ouvem e que seguem a voz do Bom Pastor. Mesmo o apóstolo Paulo, que recebeu um chamado direto do Senhor Ressuscitado, é reconhecido no seu ministério, no seu apostolado, pelos demais apóstolos e cristãos através da pureza do Evangelho que proclamou. Quanto mais nós hoje, como comunidades lu-teranas e IELB, devemos observar esse artigo. Vamos orar e zelar para que muitos cristãos se qualifiquem para o Ministério da Igreja. Vamos animar e enviar jovens para o nosso seminário, apoiar sua formação com ofertas e orações. Vamos dar condições para que possam receber uma ótima formação e capacitação a fim de saberem procla-mar o Evangelho em toda sua pureza e administrar os meios da graça de acordo com o Evangelho.

Assim não faltarão ministros para chamar e enviar para a edificação da Igreja de Cristo, pelos meios que são essenciais para isso: a pregação pura do Evangelho e a administração dos sacramentos de acordo com o Evangelho. Pois, é isso que ca-racteriza a Igreja.

AfinAl, o que é igrejA? Assim perguntamos para analisar os artigos 5, 7,

8 e 14 da CA. Nas respostas, deparamo-nos sempre de novo com a voz e os cuidados do Bom Pastor Jesus, que experimentamos na pregação pura do Evangelho e na correta administração dos sacramen-tos. Dessa forma, a nossa confissão afirma aquilo que é essencial e indispensável para a Igreja e o que caracteriza a verdadeira igreja de todos os tempos.

Por isso, sem problema nenhum, podemos fazer uso da palavra IGREJA quando falamos dos prédios erguidos para esta mesma finalidade e quando falamos das organizações humanas, a qualquer nível, que visam de fato a proclamação do Evangelho de Cristo. Já os grupos onde preva-lece o EU do pregador ou dos membros sobre as palavras do Bom Pastor, onde predomina a busca por bens materiais e prosperidade, não merecem o titulo de igreja.

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* Artigo adaptado de uma pregação do próprio autor na Congregação Paz, Rio de Janeiro, de uma série de sermões

sobre a Confissão de Augsburgo, em outubro 2010.

Igreja são os que ouvem e que

seguem a voz do Bom Pastor

Jesus!

Finalmente, convém lembrar que além das marcas que são essenciais e que não podem faltar na Igreja, há também outras marcas ou sinais. Não são lembrados nesses artigos da CA, mas com-plementam a descrição e definição: Precisamos lembrar com Lutero: a oração e o louvor, a santi-ficação de vida, a cruz e o sofrimento. São marcas que também acompanham sempre aqueles que ouvem e que seguem a voz do Bom Pastor Jesus.

Quem assim ouve a voz do Bom Pastor Jesus e segue a ele, buscando a certeza da salvação nos meios que ele oferece, pertence à Igreja de Cristo neste mundo e na eternidade, e sabe o que é Igreja.

E assim ele dirá e confessará também como o apóstolo Pedro: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da Vida Eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus” (João 6.68,69). Amém.

Amado Pai Celestial, conceda-nos sempre essa confissão e nos conserve com fidelidade nesta tua Igreja, por meio do Evangelho e dos sacramentos. Assim e assim seja! Amém.

Igrejas e pastores feridoscaminhos para a reconciliação

Dor. Sofrimento. Angústia. Raiva. Decepção. Abandono. Uma igreja ferida. Um pastor ferido. Brigas não resolvidas, conflitos que parecem inter-mináveis... No fim, feridas de difícil cicatrização, possíveis rupturas na congregação e doloridos passos na recuperação.

A dor não diferencia funções ou atividades. Quando sofremos, não há cargo ou ofício que seja diferenciado pela dor. A dor é do ser humano, do indivíduo. As feridas no corpo de um médico não são tratadas de forma diferente do que as feridas em seu paciente.

Na relação entre pastor e congregação, muitas feridas podem ser abertas e por vários motivos: a incompreensão das necessidades do pastor ou da congregação; a incapacidade de adaptação;

linguagem e comunicação deficientes; desonesti-dade; pecados que causam escândalo; incompre-ensão ou indefinição de funções. Seja o que for, dificilmente há alguém que não tenha presenciado ou vivido situações em que pastor e congregação se sentem feridos, machucados, magoados.

pAstor e congregAção: umA relAção imperfeitAA relação entre pastor e congregados é imper-

feita, como qualquer outra relação humana. No entanto, as expectativas no relacionamento entre pastor e congregação costumam ser altíssimas.

As congregações buscam um perfil de pastor para sua própria realidade e para seus planos. Então, o pastor que é chamado chega ao seu local de traba-

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14 Mensageiro | Junho 2012

lho já como o líder idealizado pela congregação. Por outro lado, o pastor também pode, em um natural desejo de recomeço, de “novos ares”, ansiar por uma super-congregação, ou mesmo, por um local com “menos problemas” que no anterior. Tais expecta-tivas, se não realizadas, podem causar conflitos.

Como afirmou Agreste: “Muitas de nossas frus-trações, como pastores, decorrem do fato de que esperamos da Igreja mais do que o próprio Deus espera dela. A Igreja, por sua própria mensagem de graça, atrai para si pessoas tremendamente complicadas e não resolvidas, assim como eu e você” (Ricardo Agreste in www.ultimato.com.br/revista/artigos/291/pastor-igreja-uma-relacao--conjugal-em-crise/ricardo+agreste).

Pérsio R. Gomes de Deus, no seu “Um Estudo da Depressão em Pastores Protestantes”, indica em sua pesquisa as causas (indicadas pelos pas-tores) de feridas no ministério: estresse relacio-nado ao exercício da atividade pastoral, baixa remuneração, problemas de relacionamento conjugal, pecado e enfraquecimento da fé, ação do demônio, falta de apoio e compreensão da Igreja (entendida como organização), problemas de relacionamento com membros das igrejas locais, cobrança das igrejas sedes e dos membros das comunidades, mudanças constantes dos campos ministeriais. Em 2008, a arquidiocese de Caxias do Sul, em publicação da Unisinos, apresentou estudo mostrando que 28% de padres e freiras se declararam emocionalmente exaustos.

Outra pesquisa do The Fuller Institute, Geor-ge Barna, and Pastoral Care Inc. (disponível em http://pastoralcareinc.com/WhyPastoralCare/Statistics.php) conclui que a principal razão de pastores deixarem o ministério é o sentimento de que as pessoas da Igreja não querem seguir a mesma direção e o mesmo objetivo do pastor.

E as igrejas que se sentem feridas? Em conver-sas com líderes, ouvem-se razões diversas como pastores que abusam da autoridade, trabalho mi-nisterial desinteressado, palavras mal usadas, cul-tos sem preparo adequado, desinteresse crescente pela saúde do rebanho, despreparo e orgulho.

Aprendendo A viver numA relAção imperfeitASeja o que for que as causem, as feridas precisam

de tratamento. O que nem sempre é fácil, tanto para pastores como para congregações. Estudos mos-tram que, feridos, os pastores geralmente demoram a procurar ajuda ou simplesmente não a procuram, muitas vezes, pela vergonha da “fraqueza”.

Todavia, pastores também precisam ser pasto-reados, afinal, também são ovelhas necessitadas de orientação e cuidado. O pastor que vive sem cuidado espiritual, afirma Bonheffer (“Spiritual Care”), “facilmente move-se em direção à magia e à dominação de outros, assim torna-se incapaz de ser fiel; pode chegar ao ponto de pregar, ad-ministrar sacramentos, cumprir as obrigações do ofício, mas sem fé; de modo que o ofício se torna uma maldição”.

Também as pressuposições de Bonheffer para o caminho do cuidado espiritual podem nos ajudar a pensar no tratamento das feridas, indicando como congregados e pastores podem trilhar um caminho de reconciliação, de cura:

A) orAção constAnteColocar-se sempre diante de/sob Deus, pois a

relação entre as pessoas na Igreja não é imediata – Cristo está entre nós! É sob sua aliança, sob sua amizade, vontade e perdão que se constrói a Igreja e que seu Reino é vivido (Hb 4.16 – Cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda).

B) ouvir A pAlAvrA de deusDiz Bonheffer que “nenhuma psicologia é

capaz de me ajudar a achar o caminho até a alma de outra pessoa”. Novamente, o Pastor Jesus é quem precisa mediar nossas relações, quebrando o orgulho, relembrando nossa imperfeição. Para

O amor nos leva à

preocupação genuína com

o outro, com o ferido. Seu pastor

se sente ferido? Ouça-o. Sua congregação

está magoada? Ouça as pessoas.

Ouça em amor e em verdade, em espírito de

oração, levando antes tudo a

Deus

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curar feridas, o Médico deve ser consultado. Ele, com seu Espírito Consolador, é quem transforma mentes e corações. Neste caso, o médico é o re-médio. Em Cristo, podemos (pastores) ouvir os conselhos de Paulo sobre o ministério pastoral (1 Tm 3) e, mesmo sob o peso dos deveres, ainda crer que “se alguém quer muito ser bispo na Igreja, está desejando um trabalho excelente”. Em Cristo, a congregação ferida pode achar o caminho da reconciliação com seu pastor, sob Lei e Evangelho, como comunidade terapêutica da fé, ensinando, orientando e consolando seu pastor. O que leva à terceira pressuposição de Bonheffer:

C) Ouvir a Outra pessOa“Nosso amor pelo outro consiste, antes de

tudo, em ouvir.” Pastor e congregação precisam ouvir um ao outro. E ouvir nem sempre é fácil quando se está ferido. Ouvir sobre seus erros, sobre as expectativas frustradas pela falta de determinados dons, sobre suas imperfeições, exige uma dose grande de amor e humildade. “Que a vida de vocês seja dominada pelo amor”, diz o apóstolo Paulo (Ef 5.2). Sob esse domínio, podemos “usar palavras boas, que ajudam os ou-tros a crescer na fé” (Ef 4.29). O amor nos leva à preocupação genuína com o outro, com o ferido.

Seu pastor se sente ferido? Ouça-o. Sua con-gregação está magoada? Ouça as pessoas. Ouça em amor e em verdade, em espírito de oração, levando antes tudo a Deus, e sob a Pa-lavra, sob Cristo, que se coloca entre as pessoas como o Pastor que sabe, efetivamente, lidar com ovelhas.

para trilhar o caminho da reconciliação, precisamos relem-brar quem somos: os mendigos da graça, os vasos de barro, os discípulos indignos, mas ama-dos. somos os que olham para a Bíblia não como um manual de instruções, mas como a palavra de deus descrevendo a história do amor do criador pelas criaturas caídas, imperfeitas e feridas. pa-lavra = meio da graça. e devemos viver a comunidade como pessoas em que estão a fé, a esperança e o amor. e já sabemos qual é o mais importante...

Nesse amor, sob a graça, pastores feridos e congregações podem vencer dores e buscar reconciliação, mesmo que se sintam vítimas, e não ofenso-

res (o que talvez seja o mais comum), prontos até para oferecer a outra face. Nesse amor, pastores podem sempre olhar para Jesus e sua pergunta a Pedro: “Você me ama?” e, desarmados, buscar cura e reconciliação com o outro dizendo: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Ao falar sobre esse texto, Lutero afirma que sem amar a Jesus, o tra-balho do pastor é impossível: “Pois quem deseja e anseia sofrer ingratidões, comprometer a saúde e bens para estudar e, então, colocar-se sob o maior perigo? É por isso que ele (Jesus) diz: É realmente necessário que você me ame” (Tischreden Weimar, 6, 67999). Sob o amor e a graça, congregados feri-dos podem também quebrar barreiras e buscar paz com o pastor, superando raivas não simplesmente em prol do Reino como discurso generalizante, mas por amor a outro membro do corpo de Cristo.

O que nos une em congregação cristã não são so-nhos humanos, percepções de santidade, ou mesmo os dons de líderes, mas o próprio Cristo, o Deus Pai de amor, que com seu Espírito Santo nos faz corpo (1 Co 12) – um corpo ainda imperfeito, guerreando, militante, um rebanho carente do Bom Pastor, po-rém um corpo especial em que cada membro sofre a ferida do outro, seja qual for sua função no corpo; e Cristo é a cabeça. Ainda bem!

FERnando HEnRiquE HuF | Pastor da IELB na Hora Luterana, São Paulo, SP

O que nos une em congregação

cristã não são sonhos humanos,

percepções de santidade, ou

mesmo os dons de líderes, mas

o próprio Cristo, o Deus Pai de

amor, que com seu Espírito

Santo nos faz corpo

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Dia da esposa do pastor

Adaptado de Ilustrações e poemas para diferentes ocasiões de Jilton moRaEs,

ed. Vida, pág. 271.

sEM atEnção, não Dá! Foi num domingo, após o culto da noite.

O pastor e a esposa davam instruções aos filhos menores sobre o jantar deles. Nesse momento, sem que o casal percebesse, outro pastor e sua esposa se aproximaram, ouvindo e observando tudo. Quando o pri-meiro casal se despediu dos filhos, a esposa do colega olhou para eles espantada e per-guntou: “Pastor, vocês ainda vão sair para visitar?”. A resposta desse pastor a deixou ainda mais admirada: “Não”, afirmou ele, “nós vamos sair para namorar”. Imediata-mente ela devolveu: “Namorar, pastor?”. “Pois é, nós nunca deixamos de namorar; nós vamos sair só os dois, para um lanche bem romântico”.

A reação dela deixou o marido envergo-nhado e constrangido: “Pastor, por favor, ensine isso aos seus colegas, começando por este aqui”.

Em reconhecimento e homenagem às famílias pastorais, especialmente às esposas de pastores, dedicamos o texto que segue:

Mais que pastora Ela nunca aspirou a este serviço, jamais pretendeu dirigir igreja e pouco estudou Teologia. Jamais foi examinada por concílio, nunca recebeu imposição de mãos e não pretende ter o status de pastora.

Mas exerce essa santa vocação. Não dirige a igreja, mas orienta seu dirigente. Não sendo teóloga, pratica teologia com toda a sabedoria.

Sua aprovação vai além dos concílios; vive essa vocação,sem a formal consagração, e, mesmo não sendo pastora, exerce esse serviço de coração.

Ninguém mais que ela participa; é a ovelha que mais conhece o pastor. É único ombro onde ele pode chorar, o único ouvido pronto aos seus lamentos escutar. Geralmente é quem mais dá e menos recebe; quem tudo suporta e nunca pode ser rebelde.

Ela é a primeira e a última ovelha do pastor, e o trabalho que faz ninguém mais pode fazer. Precisa ser sábia para falar quando todos calariam e ter a bravura de calar quando muitos falariam.

O indispensável trabalho dela quase nunca aparece, mas completa a vida do pastor e a Cristo engrandece. Nenhuma outra ovelha tem a honra de cuidar dos filhos do pastor; nenhuma outra ovelha é responsável em do próprio pastor cuidar.

O trabalho que faz é tão modesto que até seu nome desaparece; tudo o que ela quer, porém, é servir. Se junto com o marido a Cristo engrandecer, ela se realiza em ter cumprido seu dever.

E, diante do fato de não ter mais um nome, essa gigante, porém anônima servidora,chamada simplesmente esposa de pastor, é mais, muito mais do que uma pastora.

“Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor” (Salomão, em Provérbios 18.22).

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foTo: leandro r. CamaraTTa

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Mensageiro | Junho 2012

MC Historia

Mensageiro das CriançasEncarte do Mensageiro Luterano de junho de 2012

FUNDAMENTANDOJesus, a Rocha Firme

Jesus é a Rocha Firme, por isso podemos EVANGELIZAR!

Olá, leitores do Mensageiro das Crianças! No mês de junho, a Igreja tem como tema o

EVANGELISMO, que significa levar e falar a mensa-gem de Jesus às pessoas. Essa é a tarefa dos segui-dores de Jesus aqui no mundo.

Também no mês de junho a Igreja Evangélica Lu-terana do Brasil está de aniversário. A IELB come-mora 108 anos de fundação em terras brasileiras. Quantas bênçãos e alegrias! Parabéns! Foi através do trabalho de muitos pastores e evangelistas que a IELB cresceu e continua crescendo.

Muitas vezes, pensamos que evangelizar é tarefa do pastor, de nossos pais; enfim, dos adultos. Mas a verdade é que todas as pessoas que conhecem Jesus deveriam falar sobre ele. Antes de subir ao Céu, Jesus deixou dito para os seus seguidores: “Ide fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19), isto é, “vão por todos os lugares e falem para todas as pessoas sobre a salvação dada por mim”.

Assim como os adultos, as crianças também têm muitas oportunidades de falar de Jesus. Observe quantas chances temos por dia para aproveitar e fa-lar de Jesus aos nossos amigos, colegas de escola, vizinhos, às pessoas que prestam serviços em nossas casas e a todas aquelas pessoas que vemos duran-te o dia. Você pode convidar alguém para participar do culto, da Escola Dominical, da juventude mirim

e tantos outros eventos que acontecem na igreja. Você pode dizer o que Jesus fez por você: morreu e ressuscitou para lhe dar a Vida Eterna. Você pode escrever mensagens bíblicas em cartões para ami-gos que estão tristes, doentes e até mesmo para os que estão felizes. Você pode orar pelas pesso-as que fazem esse trabalho, como nossos pastores, missionários, ou pelos projetos evangelísticos que já existem. Além disso, você pode pedir a Deus que lhe dê coragem e alegria para falar de Jesus e de seu grande amor para as outras pessoas.

Veja, são muitas as oportunidades! Jesus fica muito feliz quando falamos a seu respeito. Para cada pessoa que conhece Jesus e vive como ele ensinou, há uma festa no Céu.

Nem sempre necessitamos de projetos ou ações grandiosas para falar sobre Jesus. Cada um pode fa-zer do seu jeito, e assim fazer a sua parte!

Vamos fazer desta música a nossa oração:

“Posso ser um missionariozinhose falar de Cristo ao companheirinho;

posso trabalhar em minha Terra.Manda-me, pois, Senhor.”

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18 Mensageiro | Junho 2012

Mensageiro | Junho 2012

MC Atividades1 Preencha os espaços do versículo, conforme Marcos 16.15, trocando

as gravuras por palavras:

2 Desenhe um rosto alegre nas gravuras que mostram como podemos aprender mais sobre Jesus para falar aos outros:

______ pelo ____________ inteiro e anunciem o ____________________ a todas as ______________.

(Marcos 16.15).

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Mensageiro | Junho 2012

3 Desvende o enigma combinando as letras de acordo com as cores:

4 No dia 24 de junho, vamos comemorar os 108 anos da IELB com um culto especial na cidade de Marechal Cândido Rondon, PR. Elabore um cartão com uma bonita mensagem agradecendo a

Deus por este momento e pelas bênçãos recebidas através da nossa querida Igreja:

Ângela N

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ünke

Jesus nos envia ao mundo para evangelizar, fazendo _________________________________.

P E

D C

F V

X L

N I

A R

V S

B T

M U

E O

PARABÉNS, IELB!

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Mensageiro | Junho 2012

Oi, amiguinhos!Nós somos da Escola Dominical da Congregação São Marcos de Flor da Palma, 5º distrito de Canguçu, RS. O nome do nosso pastor é Nilson Walder. O nome da professora é Nívia Blank Kröning. As crianças da turminha são: Taila, Lilian, Camila, Pâmela, Rafaela, Andrine, Juliana, Talisson, Danieli, Karine, Suelem, Raqueli, Mileny e Lucas.

Olá, amiguinhos. Estou muito feliz em poder mandar novamente um desenho. Este é de quando meu papai e minha ma-mãe se conheceram, em uma conversa na igreja. Um grande abraço com Jesus no coração! Davi Kufeld, São Miguel do Oeste, SC.

Desafio do mês

Em agosto, vamos homenagear nossos pais. Peça ajuda para a mamãe e escreva um poema ou faça um desenho para seu pai. Envie até o dia 30 de junho em boa resolução para o e-

-mail [email protected] ou por carta para o endereço:

Mensageiro das CriançasAv. São Pedro, 633 - Bairro São Geraldo

CEP: 90230-120 - Porto Alegre, RS

“Fiquei alegre quando me disseram: – Vamos à casa de Deus, o Senhor” (Salmo 122.1).

1. Palavra encontrada no exercício 3.

2. O Livro dos livros.

3. Devemos pregar a todas as ________.

4. Evangelizar é falar de Jesus ______.

5. O evangelista que escreveu o versí-culo estudado.

6. Casa de Deus.

5 Existe uma pessoa que trabalha muito na evangelização. Comemoramos o seu dia em 10 de junho. Você sabe quem é? Complete a cruzadinha abaixo e descubra:

1.2.

3.4.5.

6.

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| EDucaçãO TEOlóGIca |

O Seminário e a nossa casa

D eus fez vestimentas para nos-sos primeiros pais. O que é a vestimenta para o corpo é a casa para nossa vida: nos abri-

ga, nos protege, é um canto de felicidade. A casa tem direitos; não pode ser invadida – é crime entrar nela sem permissão. Na cidade, as casas têm número, estão em ruas com nome e são registradas em cartório. Até as igrejas são chamadas de casas. Jesus, quando, menino, procurado por seus pais e estando no templo, respondeu: “Não sabíeis que me convinha estar na Casa de meu Pai?”. E Jesus chama o Céu de casa ao dizer: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Irei preparar-vos lugar”.

nossa CasaCom toda a razão, valorizamos muito a

nossa casa. Tanto é assim que o governo lan-çou um programa nacional com um nome muito significativo: “MINHA CASA, MINHA VIDA”. É um programa que visa facilitar a aquisição da casa própria. Há inclusive um dito popular que ressalta o valor e a necessi-

dade de uma casa: “Quem casa quer casa!”. Quando construímos ou compramos

uma casa, convidamos nossos amigos para conhecê-la. Ao chegarem, convidamos para que eles entrem com uma bonita saudação: “Sejam bem-vindos a nossa casa”. É de fato uma bênção de Deus termos nossa casa. Por outro, como ficamos sentidos ao vermos alguém ter de morar num barraco, quando não debaixo de uma ponte.

Conheço muitas casas, que entrei quan-do em visitas pastorais. Em geral, todas as nossas casas estão bonitas, por dentro e por fora. Dedicamos amor e capricho e, acima

de tudo, as pintamos com lindas cores tan-to para conservá-las como para torná-las bonitas e aconchegantes.

o sEMInárIo, a nossa CasaO Seminário é uma casa. A rigor, o Semi-

nário é a única casa na Igreja Luterana que é nossa; é de todos – de todos os cristãos luteranos. Muitas vezes, ouço, pelo Brasil a fora, a expressão “o nosso Seminário”, e com muita razão. O Seminário é uma casa de todos os membros da IELB. Aqui, são for-mados todos os pastores da Igreja. Aqui, eles moram no seu tempo de formação. Aqui, moram filhos de muitas famílias.

Preocupo-me com o Seminário. Lembro um versículo da Bíblia, em Ageu 1.4, onde Deus pergunta: “Acaso, é tempo de habi-tardes em casas apaineladas, enquanto esta casa (a minha casa, as igrejas) está em ruínas?”.

Estamos começando um movimento. Seu título: “VAMOS PINTAR NOSSA CASA”. Faz oito anos que pintamos os prédios do Seminário, que é a casa de todos os luteranos; que é a nossa casa. Por isso, convidamos a todos, desde o primeiro aluno aos pastores, empresários, amigos, todos os que amam o Seminário, a nos ajudarem fazer desta casa - Seminário - como fazemos com nossas casas.

Queremos pintar o Seminário. Queremos fazê-lo até o fim do ano. O amor a Jesus tam-bém nos motiva a ofertar para deixarmos o nosso Seminário ainda mais bonito, com novas vestimentas. E Deus faz acontecer coisas muito bonitas com as nossas ofertas.

Se o seu coração o motiva (pela fé e o amor de Deus) a abraçar este projeto, “VA-MOS PINTAR NOSSA CASA”, fale conosco. Con-vide seus amigos também. Nossos contatos: [email protected] ou (51) 3037-8000. Estamos orando por todos os que nos leem e por este projeto.

BEnJamin Jandt | Provedoria do Seminário Concórdia, São Leopoldo, RS

Muitas vezes, ouço, pelo Brasil a fora, a expressão

“o nosso Seminário”, e com muita razão.

O Seminário é uma casa de todos os membros

da IELB.

Mensageiro | Junho 2012 21

Mensageiro | Junho 2012

Oi, amiguinhos!Nós somos da Escola Dominical da Congregação São Marcos de Flor da Palma, 5º distrito de Canguçu, RS. O nome do nosso pastor é Nilson Walder. O nome da professora é Nívia Blank Kröning. As crianças da turminha são: Taila, Lilian, Camila, Pâmela, Rafaela, Andrine, Juliana, Talisson, Danieli, Karine, Suelem, Raqueli, Mileny e Lucas.

Olá, amiguinhos. Estou muito feliz em poder mandar novamente um desenho. Este é de quando meu papai e minha ma-mãe se conheceram, em uma conversa na igreja. Um grande abraço com Jesus no coração! Davi Kufeld, São Miguel do Oeste, SC.

Desafio do mês

Em agosto, vamos homenagear nossos pais. Peça ajuda para a mamãe e escreva um poema ou faça um desenho para seu pai. Envie até o dia 30 de junho em boa resolução para o e-

-mail [email protected] ou por carta para o endereço:

Mensageiro das CriançasAv. São Pedro, 633 - Bairro São Geraldo

CEP: 90230-120 - Porto Alegre, RS

“Fiquei alegre quando me disseram: – Vamos à casa de Deus, o Senhor” (Salmo 122.1).

1. Palavra encontrada no exercício 3.

2. O Livro dos livros.

3. Devemos pregar a todas as ________.

4. Evangelizar é falar de Jesus ______.

5. O evangelista que escreveu o versí-culo estudado.

6. Casa de Deus.

5 Existe uma pessoa que trabalha muito na evangelização. Comemoramos o seu dia em 10 de junho. Você sabe quem é? Complete a cruzadinha abaixo e descubra:

1.2.

3.4.5.

6.

20

MC Junho.indd 4 11/5/2012 11:29:12

m

foTo: dieTer J. JagnoW / ediTora ConCórdia

Editado por alinE G. KollER alBREcHt, jornalista, e tiaGo José alBREcHt, pastor em Curitiba, PR.

Contatos para esta seção: [email protected].

| uMaS E OuTRaS |

1 ERRATA: IELB e as outras Igrejas

luteranasA título de esclarecimento, a IELB

não tem comunhão de púlpito e

altar (e de muitas doutrinas) com as

igrejas luteranas – principalmente

na Escandinávia – que aceitam o

casamento gay. A IELB somente

considera “igrejas irmãs” aquelas

que pertencem ao ILC – Interna-

tional Lutheran Council, que são

igrejas “confessionais”, assim como

a nossa IELB.

Redação: Esta nota complementa

o item 5 de “Umas e Outras” do

Mensageiro Luterano de maio 2012,

pág. 23.

2 Casamento gay proibido

Falando em casamento homos-sexual e união homoafetiva, no mês passado, foi aprovada, através de consulta popular, uma emenda que proíbe a união homossexual no estado da Carolina do Norte, EUA. A Emenda Um obteve 60% dos votos a favor e 40% contra. A Carolina do Norte é o 31º estado dos 50 dos EUA a aprovar a medida.

www.g1.com.br

60% dos americanos

da Carolina do

Norte

rejeitaram a

união gay

2 4

foTos: arquivo ediTora ConCórdia

“Em cada um de nós, existem três

pessoas: a que nós achamos que somos; a que os outros pensam que somos; e a que Deus sabe que somos.”

Leonard Ravenhil, missionário inglês

3 Ministério ou emprego?

Uma decisão judicial inédita contra

a Igreja Universal pode mudar o

entendimento sobre a relação tra-

balhista entre pastores e igrejas. A

Sétima Turma do Tribunal Superior

do Trabalho (TST) acolheu, em feve-

reiro, a sentença de primeira instân-

cia da 65ª Vara do Trabalho do Rio

de Janeiro que reconheceu o vínculo

empregatício do ex-pastor Carlos

Henrique de Araújo com a Igreja Uni-

versal do Reino de Deus. A Universal

terá de pagar ao dissidente uma

indenização de R$19 mil. A soma

inclui não só os direitos trabalhistas

retroativos e multas, mas também

indenização por dano moral, já que

a Universal acusou Araújo de roubo,

sem provas. “Se a Igreja se comporta

como uma empresa, com metas e

tudo o mais, deve ser encarada como

tal e, por isso, torna-se passível de

ações trabalhistas”, concorda o

advogado Gilberto Ribeiro dos San-

tos, vice-presidente do Instituto de

Juristas Cristãos do Brasil. “Todos os

processos que tiverem o mesmo con-

junto de fatos irão acompanhar essa

decisão”, completou o advogado.

www.cristianismohoje.com.br

4 Para nossa alegriaOs irmãos Jefferson e Suellen

Barbosa, que viraram febre no You-

tube com a canção cristã “Galhos

Secos”, obtendo mais de 15 milhões

de visualizações no site, fechou con-

trato com a gravadora gospel Salluz

Productions para lançarem um CD.

O álbum se chamará “Para crianças

e adultos bem humorados” e deverá

sair ainda este ano. A dupla fechou

também contrato com a Pepsi, em-

presa do ramo de refrigerantes.

www.noticiasgospel.com

3

22 Mensageiro | Junho 2012

foTos: arquivo ediTora ConCórdia

| MISSãO |

Evangelizando de todas as formasO mês de junho foi escolhido pela IELB como o mês da evangelização

A Igreja existe para evangelizar. Com esse propósito, ela reúne os seus fiéis, orienta, capacita e envia-os novamente ao mundo.

Esse é o ser da Igreja, sua razão de existência. Na IELB, também é assim: afirmamos nossa identidade bíblica e confessional com os que fazem parte do grupo, e os enviamos nova-mente para testemunharem sua fé em Jesus diante das pessoas, levando Cristo para todos.

A Igreja do século 21 tem grandes desafios pela frente, especialmente porque nos dias atuais a maioria da população vive nos centros urbanos. As demandas da cidade são outras, di-nâmicas, as pessoas estão sempre com pressa e os compromissos são muitos. Assim, a Igreja vai se amoldando a este novo panorama, além de preservar aqueles que já fazem parte do grupo, é desafiada a evangelizar (buscar) ou-tros que ainda não conhecem o Salvador Jesus. Todavia, ela não esquece também aqueles que moram na zona rural e tem com eles a mesma proposta de cuidar e evangelizar.

tEMos uMa granDE MEnsagEM DE JEsus

A propósito, para quantas pessoas você falou a respeito de Jesus nestes últimos dias? Al-guns vão dizer: duas pessoas, três ou nenhuma.

Somos tão abençoados por Deus, temos uma grande notícia e queremos divulgá-la. A salvação, o perdão dos pecados e a paz em

WaldyR HoFFmannPastor em Joinville, SC Colaborador do ML

nossos corações, que só Jesus pode oferecer, devem ser anunciados a todos. E como as pessoas precisam disso para a sua vida! A não ser que isso já não tenha mais sentido para nós. O ato de se calar pode ser um reflexo de que o Evangelho de Jesus não seja mais tão importante assim para nós e para o mundo.

Mas não pensamos assim. Seguidamente, temos sido advertidos do nosso pouco empe-nho na evangelização – o que não é nenhuma inverdade. Se pararmos um pouco para pensar sobre este assunto, concluímos que o tempo passa, e sempre queremos deixar a evangeliza-ção para depois, ou até mesmo imaginamos ser isso tarefa dos mais jovens ou de quem esteja aposentado e, em especial, dos pastores.

Jesus não escolhe idade nem sexo quando envia os seus seguidores para anunciar o Evangelho a todas as nações (Mt 28). Portan-to, todos nós somos evangelistas e o fazemos de todas as formas.

Definitivamente temos que entender que a

evangelização é o desejo de Deus para todos nós. Pastores, líderes e todos

os membros da Igreja, todos têm um papel

decisivo nessa direção. Deus está esperando essa tomada de consciência de cada um e que entremos efetivamente em campo para ganhar almas para

Jesus, sem rodeio, temores ou preconceitos.

Mensageiro | Junho 2012 23

soMos CaPaCItaDos Para Esta tarEFa

É comum ouvirmos as pessoas dizerem: mas eu não sei o que falar. Aqui entre nós, essa não é a verdade. O que pode estar ocorrendo é uma fuga ou o se esconder atrás de uma ideia de que não se esteja apto para falar. O mais correto seria afirmar: eu não tenho o hábito de falar sobre Jesus para as pessoas. Conversamos sobre muitos assuntos, esportes, tempo, gover-no, novela, mas sobre Jesus temos dificuldades. Parece que trava tudo e, em consequência disso, afirmamos nossa inaptidão.

Entretanto, desde cedo somos capacitados para essa tarefa. Fomos batizados, integrados à família de Deus, participamos da Escola Do-minical, da instrução de confirmandos (Cate-cismo, Doutrina), da juventude, dos cultos, das palestras, de congressos, e de outras inúmeras oportunidades para a aprendizagem, que nos tornam aptos a falar. Agora basta uma coisa: praticar, criar o hábito. Deus colocará as pala-vras certas em nossos lábios (Dt 18).

O que pode contribuir para uma tomada de postura quanto à evangelização é uma vivência séria do nosso cristianismo. No momento em que tomamos consciência do significado real do ser cristão, dentro de uma leitura fiel às Escrituras Sagradas e nos dispo-mos a aceitar a ordem de Jesus em tornar o Evangelho conhecido, estaremos agregando valores com o passar do tempo, perdendo a timidez e o medo. Um passo precisa ser dado nessa direção. Definitivamente temos que entender que a evangelização é o desejo de Deus para todos nós. Pastores, líderes e todos os membros da igreja, todos têm um papel decisivo nessa direção. Deus está esperando esta tomada de consciência de cada um e que entremos efetivamente em campo para ga-nhar almas para Jesus, sem rodeio, temores ou preconceitos.

Como podemos fazer isso?, alguns per-guntarão. Muito simples! Comece em sua casa. Faça um mapeamento de quantos da sua família não conhecem o amor de Jesus. Converse com eles. Apresente-lhes Jesus. Depois veja os seus amigos e vizinhos. Da-qui a pouco a lista será enorme. Entretanto, o primeiro passo precisa ser dado. Tenha coragem para vencer esse primeiro desafio e “eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (Mt 28.20), diz Jesus. As palavras ele as colocará em seus lábios e “não voltarão vazias”.

O testemunho vale muito. Não negar a fé ou sua identidade cristã é uma porta aberta a fim de acolher as pessoas. Muitas são as possibilidades para falarmos a respeito do amor de Deus. Aproveite uma a uma, sem medo, crie um hábito. Logo, seremos notados pela diferença positiva que fazemos para as pessoas. O evangelismo pessoal que leva em conta os relacionamentos do indivíduo é tão importante e pode impactar mais do que grande concentração.

a IgrEJa E o EvangELIsMoAntes de pensarmos na Igreja como es-

trutura, templo, precisamos pensar que cada um individualmente faz parte da Igreja. En-tão não podemos pensar Igreja como ela, mas nós. Ou seja, a responsabilidade recai sobre cada indivíduo (todos). Pastores e lideranças serão importantes na direção da mesma, mas todos precisam se apoiar mutuamente para a evangelização como num mutirão.

Enganam-se aqueles que pensam que a Igreja é um fim em si mesmo, pen-sando ser ela para batizar, confirmar, casar e fazer cerimônias de sepulta-mentos. a Igreja é uma agência de Deus para o mundo, com o propósito de levar as verdades de Jesus a todas as pessoas a fim de que estas, ouvindo a Palavra, sejam orientadas pelo Espírito santo a chegarem à fé salvadora. Por isso, a Igreja irá procurar por todas as formas levar este Evangelho de Cristo para todos.

Então, todos nós entramos nessa histó-ria. Deus também irá perguntar sobre o que fizemos pelo outro a fim de alertá-lo sobre o seu erro e apontando para o caminho seguro, o Senhor Jesus. Vamos, então, criar um novo hábito em nossa vida na evangelização e

acreditar que é possível, sim, ter coragem, falar do amor de Deus, e esperemos pelos frutos que virão. “Nas trevas deixaremos aquele que não crê? Sem mais demora vamos falar-lhe do perdão.”

O mês de junho na IELB foi definido como o mês da evangelização. Nossas ações serão a partir da nossa inquietação. Vemos, senti-mos e queremos fazer mais, mas precisamos dar o primeiro passo. Quando esse for dado, ninguém mais nos segura.

Vamos, então, levantemos da nossa zona de conforto. Não vamos perder a nossa iden-tidade confessional evangelizando. Façamos a nossa parte. Vamos justificar o porquê de estarmos no bairro, no centro, na cidade, no interior. Mas não espere que as pessoas venham ao nosso encontro; vamos nós a elas como envidados de Deus para lhes dar a grande notícia do seu amor revelado em Jesus para todos.

vaMos aProvEItar E CrIar oPortunIDaDEs

A tarefa de evangelizar é de cada um. Fa-zemos isso individualmente, mesmo que seja a partir de estratégia missionária usada pela Igreja. A missão de evangelizar é das pessoas que estão naturalmente ligadas a uma Igreja Cristã. Que ações missionárias já estão sendo desenvolvidas a partir da sua Congregação? Como os membros da Igreja estão sendo capacitados para a evangelização?

Vamos aproveitar bem as oportunidades que nos são colocadas pelo próprio Deus e fazer sua obra com dedicação e amor. Dessa postura e atitude muitos estão esperando por nós.

Acesse www.festivaismissionariosielb.blogspot.com.br e saiba mais sobre os festi-vais missionários.

24 Mensageiro | Junho 2012

| MISSãO |

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nCór

dia

| IGREJa EM MOvIMENTO |

Programa Missão, Ministério e Liderança está em fase de implantação

P ara destacar a excelência do ministério e capacitar para liderança missionária e pastoral, a Igreja Evangélica Lute-rana do Brasil está implantando o

programa Missão, Ministério e Liderança (MML), conforme moção aprovada pelo Conselho Diretor em novembro de 2011. A execução do programa é responsabilidade do Departamento de Ensino, com participação do Seminário Concórdia. O MML é um programa de três anos, com conferências anuais para pastores e esposas (com previsão de 40 pessoas por turma), complementado por três retiros, um somente para pastores, um com os pastores e os líderes das congregações e outro com pastores e esposas. A primeira conferência acontecerá de 15 a 18 de novembro deste ano.

O diretor do Seminário Concórdia, pastor Gerson Linden, integra a equipe responsável pela preparação, definição e implantação do MML. Se-gundo ele, o programa está dentro de uma visão maior da Igreja. “A intenção é apoiar, auxiliar, amparar e equipar ainda mais os pastores da IELB, tanto na sua vida pessoal e familiar como no desempenho do ministério”, destaca Linden. O professor diz ainda que um dos objetivos é possibilitar que pastores encontrem no MML um espaço de fortalecimento pessoal. “Isso acontece pelo estudo da Palavra de Deus e pelo mútuo colóquio e consolação dos irmãos (palavras de Lutero). Que desta forma os pastores possam enfrentar os desafios em seu ministério de forma positiva e criativa e ao mesmo tempo considerar sua vida e família como dons preciosos de Deus, que precisam ser valorizados e bem cuidados”, completa.

Linden enfatiza que programas similares, implementados por igrejas irmãs, apresentam bons resultados entre os participantes. “Na Igreja Irmã dos Estados Unidos, existem pelo menos dois programas similares que procuram auxiliar os pastores no desempenho de seu mi-nistério dando uma especial atenção ao preparo de liderança leiga e ao envolvimento da Igreja

tatiana caRinE sodRé | Assessora de Comunicação IELB

na ação missionária. O programa MML da IELB está aproveitando alguns aspectos bastante positivos da experiência realizada nos EUA para o desenvolvimento de um programa próprio para pastores no Brasil, levando em conta nossa realidade e desafios”, afirma.

Enfatizando que o ofício do ministério está vinculado ao assunto mais importante para o mundo e para a vida de cada pessoa – a pro-clamação do Evangelho para a salvação eterna do pecador –, Linden incentiva a participação no MML. “O ministério precisa ser valorizado e sempre mais e melhor equipado diante dos desafios e das oportunidades que surgem num mundo em constante mutação. Pastores (e suas congregações) participantes deste programa te-rão a oportunidade de estudar, refletir, meditar e dialogar sobre seu trabalho ministerial, sua vida e sua família, de modo a avaliar a forma como vêm desempenhando seu ministério; além disso, pela meditação da Palavra de Deus, cada parti-cipante será alimentado, confortado, fortalecido e motivado para a continuidade de sua missão pastoral, sem descuidar de sua própria saúde física, emocional e espiritual”, garante.

Mensageiro | Junho 2012 25

“Construída sobre formas geométricas

simples, a cruz se mostra firme

e forte, como a proposta da MML. O azul é

utilizado por ser uma cor clássica do cristianismo,

também presente na logotipia da IELB”. Tobias

Rieth, acadêmico de Publicidade e Propaganda na Ulbra, membro da Congregação

Concórdia, de São Leopoldo, RS.

| IGREJa EM MOvIMENTO |

Missão, Ministério e Liderança - MML

o QuE É?O MML é um programa de liderança

missionária e pastoral da IELB para auxiliar os pastores e as congregações a realizarem a missão de Deus de forma mais efetiva e dinâmica.

QuaIs os PrInCIPaIs oBJEtIvos?

Pode-se dizer que o objetivo maior é alinhar todas as ações para a missão, con-jugando esforços para conectar as pessoas a Jesus. Mas o programa também objetiva:

- Manter a centralidade dos meios da graça como instrumentos da missão.

- Capacitar pastores e esposas, buscando apoio nas ciências humanas como ferramen-tas para a missão.

- Criar um ambiente de segurança, no qual os participantes possam dar e receber auxílio.

- Dar início a um processo de desperta-mento e treinamento de lideranças da Igreja.

CoMo FunCIona o PrograMa?

É um programa de três anos, com dois encontros anuais (uma conferência e um

retiro). Será possível a participação de 20 pastores e 20 esposas de pastores a cada ano.

Os temas das conferências anuais serão:- 1º ano: Liderança missionária.- 2º ano: Liderando mudanças de forma

positiva.- 3º ano: Equipes alinhadas para a

missão.Os retiros anuais contam com uma pro-

posta diferente:- somente os pastores, olhando para o

seu relacionamento com Deus;- pastores e líderes das congregações,

olhando para oportunidades e desafios na missão de Deus;

- pastores e esposas, olhando para o matrimônio e a família como oportunidade conjunta na missão de Deus.

O MML igualmente contará com a es-tratégia de grupos de colegas, sendo que cada turma será dividida em quatro grupos, visando uma maior integração e um debate mais aprofundado dentro desse grupo.

Com a participação do Seminário Con-córdia, este programa conta créditos dentro dos cursos de aperfeiçoamento pastoral e mestrado.

Rony RicaRdo maRquaRdt | Pastor coordenador do MML

[email protected]

QuaL o InvEstIMEnto nECEssárIo?

O MML terá um custo de R$ 7.200,00 para os três anos. A proposta aprovada no Conselho Diretor da IELB é que pastor e esposa assumam 20% deste investimento (R$ 480,00 por ano), que a congregação participe com 40% (R$ 960,00 por ano) e a própria IELB invista os outros 40% (R$ 960,00 por ano). Esse valor envolve as despesas com o curso (palestrantes, material distribuído durante as conferências e os retiros, alimentação, hospedagem e viagem).

O programa Missão, Ministério e Lideran-ça foi cuidadosamente pensado e preparado pela IELB. É uma oportunidade ímpar para que pastores e congregações alinhem suas ações para a missão de compartilhar o amor de Deus em Jesus Cristo.

Pastor e esposa, não deixem de partici-par! Congregação, incentive seu pastor! Os frutos do uso da Palavra de Deus e de ferra-mentas das ciências humanas na missão de Deus logo poderão ser colhidos.

26 Mensageiro | Junho 2012

m

| IGREJaS pElO MuNDO |

E m fevereiro de 2000, enquanto ainda servia como professor no Instituto Concordia de São Paulo, SP, recebi um telefonema

da minha esposa, que então trabalhava na Sociedade Bíblica do Brasil. Ela disse: “Recebi um e-mail direcionado a você. É um chamado para você servir uma congregação na Inglaterra”. Chamado? Por e-mail? Que brincadeira é essa? Não disse mais nada até ver o conteúdo e comprovar a procedência do mesmo. Não era brincadeira. Às vezes, Deus lida com a gente de forma totalmente inesperada! Tanto não era brincadeira que este ano completamos 12 anos em Londres, mais de uma década servindo a Cristo atra-vés da Luther-Tyndale Memorial Church.

CHEgaDa EM LonDrEsChegamos em Londres, no dia 4 de

agosto de 2000, em tempo para a celebração do centenário da Queen Mother, mãe da rainha Elizabeth II. Claro que estávamos cansados demais para a festa! O presidente da congregação foi nos buscar de trem no

aeroporto: eu, minha esposa, três crianças e 13 malas. Tivemos que mudar de trem duas vezes para chegar ao nosso destino... Nunca carreguei tanta mala num dia só.

Do outro lado, no entanto, havia uma pequena, mas fantástica Congregação nos esperando. Digo que não só nos receberam muito bem, mas que também gostaria que todos os colegas pastores tivessem lideran-ça leiga como a que experimentamos aqui (tenho certeza que muitos têm): pessoas comprometidas com a causa do Evange-lho, que não só trazem o seu dízimo, mas também investem o seu tempo e os seus talentos no trabalho do Reino de Deus.

ContExto rELIgIoso na IngLatErra

Já antes de virmos, sabíamos das di-ficuldades da Igreja Evangélica Luterana da Inglaterra: Congregações minguantes e envelhecidas num país historicamente hostil ao Evangelho, o que continua sen-do uma realidade muito presente. Como exemplo disso, a SSN (Sociedade Secular

Nacional – www.secularism.org.uk), no dia 2 de dezembro, entrou com uma ação na Suprema Corte desafiando o direito da Câmara de Vereadores abrir suas sessões de trabalho com oração.

A SSN está processando a Câmara de Vereadores da cidade de Bideford, Devon, argumentando que a oração inicial das ses-sões fere os direitos humanos de ateístas e agnósticos, isso mesmo depois da Câmara de Vereadores ter discutido o tema e decidi-do democraticamente, e por ampla maioria, manter a prática.

O lema da SNN é “Desafiando Privilégios Religiosos”. É uma sociedade que trabalha como oposição ativa e consciente à Igreja Cristã. E ela representa muitas outras vozes que, num esforço para construir uma socie-dade pluralista, querem limitar a influência e a presença da Igreja Cristã.

Refrescante foto da congregação em pleno

inverno (das 22 pessoas na foto, oito já se mudaram _

felizmente outros vieram!)

Mensageiro | Junho 2012 27

No coração de Londres: corações para Cristo!No coração de Londres: corações para Cristo!

foTo: Claudio flor/ arquivo pessoal

| IGREJaS pElO MuNDO |

QuaIs as CHanCEs DE êxIto Para o traBaLHo Da IgrEJa?Que chances tem a Igreja de crescer nes-

te contexto, neste tipo de horta? Ainda no Brasil, um amigo disse: “Vai, trabalha com dignidade, e, se for preciso, fecha a congre-gação com dignidade”. Quando chegamos, o então presidente da igreja, pastor Karl Fry, tinha recém escrito um ensaio intitulado “É esta a última geração de Luteranos na Ingla-terra?”. Sua resposta no ensaio foi “NÃO”. E há muitas razões para crer que ele tinha razão. Podem ser poucos, talvez não mais de 800, os Luteranos da nossa linha teológica na Inglaterra, mas temos visto a resiliência dos membros e pastores na sua fidelidade a Cristo, e sua determinação de não deixar a “peteca” cair. E apesar de toda a fragili-dade, precariedade e desafios do trabalho, também temos aprendido que não há coisas impossíveis para Deus (Lucas 1.37).

A Luther-Tyndale foi fundada em 1896 por seis jovens imigrantes que vieram da Alemanha para tentar a vida em Londres. Os seis eram padeiros, todos nos seus 20 e poucos anos, mas determinados a construir um futuro que incluía a pregação do puro Evangelho de Cristo e a correta administra-ção dos santos sacramentos. Eles decidiram comprometer 20% dos seus salários para comprar uma propriedade, construir a igre-

ja e chamar um pastor. E a sua determinação deu muitos frutos. O pastor F.W. Schultze foi chamado através do Seminário Concórdia de St. Louis (MO), e a Luther-Tyndale cresceu para se tornar a congregação-mãe das 14 congregações e várias missões luteranas hoje existentes no Reino Unido.

É correto afirmar que, em 11 anos, a Luther-Tyndale já teve várias congrega-ções. Esta é em parte a natureza do nosso trabalho aqui. Profissionais, estudantes e aventureiros vão e vem – ficam em média três ou quatro anos neste país e depois seguem o seu caminho. Já tivemos vários grupos de brasileiros como membros, bem como pessoas de várias partes do mundo. Neste momento, temos pessoas da África do Sul, da Alemanha, da Coreia, da Dina-marca, dos Estados Unidos, das Filipinas, da Finlândia, de Hong Kong – provavelmente, estou esquecendo alguns! Mais ou menos 40% da congregação ou são ingleses ou são membros estáveis, isto é, membros que vão permanecer aqui por longos anos.

Mesmo com as instabilidades deste tipo de configuração congregacional, há perspec-tivas encorajadoras. No último domingo, 35 pessoas participaram do culto dominical (50% da congregação). Destes, apenas 1/3 estavam aqui quando chegamos. Além disso, 3/5 da congregação é formado por

pessoas de menos de 30 anos. Isso significa que, mesmo quando ainda contamos com o valoroso trabalho de líderes que já estavam aqui quando chegamos, a congregação se renovou. Ainda é visível a lacuna de pessoas entre 40 e 60 anos (toda uma geração), mas somos gratos a Deus pelos novos líderes e por toda a nova geração que se integra. – Pela primeira vez, nas eleições de junho, o número de novos líderes eleitos superou o número dos tradicionais.

atIvIDaDEs Da LutHEr-tynDaLE

Além do culto dominical em inglês, às 10 da manhã, temos duas missões de fala portu-guesa. Uma dessas missões tem dois cultos por mês, aqui mesmo na Luther-Tyndale. Esta missão já teve altos e baixos. Várias levas de brasileiros, entre os quais muitos deles, deixaram grande saudade pelo seu amor ao trabalho no Reino de Deus.

A outra missão está na cidade de Chel-tenham, 160 quilômetros de Londres, onde vou uma vez por mês. Há cinco anos, recebi um telefonema do saudoso Nelson Wolgram, agora já na glória: “Olá pastor! Há um grupo de luteranos aqui em Cheltenham, será que o senhor poderia nos fazer uma visita e nos servir espiritualmente?”. Outubro passado, celebramos os cinco anos da missão “Cristo

Batizado da neta Melissa (pais Ceci e Jackson) com sua família e seus padrinhos: vovô Cláudio, Craig, Stephanie, Lucas, Naiara e vovó Ingrid

Família reunida. Da esq. para dir.: Ceci (filha) e Jackson (genro); Cláudio, Craig (genro) e Stephanie (filha); Ingrid (esposa); Shania (filha); Pedro (filho) e Christiane (nora); e Naiara (irmã do Jacskon).

28 Mensageiro | Junho 2012

foTo: Claudio flor / arquivo pessoal

m

para Todos” – agora sob a presidência de Ronaldo Marin – um grupo vibrante, de aproximadamente 20 pessoas, a maioria capi-xaba, que se reúne cada domingo para estudo bíblico e que sempre tem novos visitantes.

Em 2004, a Luther-Tyndale recebeu a doação de uma casa situada a poucos passos da igreja. Ela foi transformada na casa do estudante. Apesar de ser pequena (abriga seis estudantes), tem sido um espaço para gente jovem, de diversos lugares do mundo, que vem a Londres para trabalhar ou estu-dar. Esta comunidade estudantil também tem sido uma grande bênção para a vida da Igreja – eles são membros ativos, participam das diversas programações da congregação e, através dos estudos bíblicos semanais, integram outros jovens (para mais informa-ções, visite o site www.luthertyndale.org.uk).

Termino o artigo com palavras recentes do presidente da congregação num artigo escrito para o British Lutheran, o Mensageiro Luterano daqui: “Muitas coisas aconteceram na Luther-Tyndale nos últimos anos, entre elas o florescimento da nossa juventude e o seu amadurecimento, visto na sua parti-

cipação ativa na vida da congregação”. Isso é de fato uma nota de esperança.

Soli Deo Gloria!

InForMaçõEs CoMPLEMEntarEsEm agosto de 2012, completaremos

(Ingrid e eu) 12 anos de Ministério Pastoral junto à Luther-Tyndale Memorial Church em Londres, parte da ELCE (Igreja Evangélica Luterana na Inglaterra), cercados por quatro filhos, dois genros, uma nora e uma neta. Na mesma época, Deus permitindo, serei graduado Bacharel em Ciências – Psicologia.

Anteriormente, servi como professor de Teologia no Instituto Concórdia de São Paulo, SP (1997-2000), e professor de Teologia no Seminário Concórdia da IELA (Igreja Evangélica Luterana Argentina) em Buenos Aires (1986-1997). Durante os anos na Argentina, nos ausentamos para estudos – dois anos em St. Louis, MO, onde obtive meu Mestrado em Novo Testamento (1990-1992). Estudei Letras na Fapa (1989-1994) e Teologia no Seminário Concórdia de Porto Alegre, RS (1989-1993). Estudei no Instituto Concórdia de São Leopoldo, RS (1974-1978),

cláudio FloR

[email protected]

www.luthertyndale.org.uk Coordenação deste espaço: Carlos Walter Winterle Pastor em Cape Town, África do Sul [email protected]

Editora Concórdia conquista mais um Prêmio Areté

A Editora Concórdia recebeu, no dia 3 de maio, o troféu Prêmio Areté 2012 com o livro Mis-são da Igreja e Evangelização, organizado pelo professor Anselmo Ernesto Graff, na categoria Evangelização. A entrega aconteceu durante jantar comemorativo na Feira Literária Internacional Cristã (FLIC), realizada em São Paulo, SP.

“Este prêmio é motivo de muita alegria e motivação para o nosso trabalho. Acima de tudo, é o reconhecimento do conteúdo bíblico-teológico das nossas publicações. É uma forma de dizer aos nossos autores, tradutores, organizadores e colaboradores: Vocês fazem um excelente tra-balho! Continuem assim, para a honra e glória de Deus!”, disse o editor, pastor Nilo Wachholz.

Este é o segundo troféu conquistado no Prêmio. Em 2010, o livro Teologia e prática de mé-todos evangelísticos, também organizado por Graff, levou o troféu na categoria Evangelização.

Na edição da premiação deste ano, a Editora Concórdia também ficou classificada entre os três finalista nas categorias de Curriculum Escola Dominical Infantil, com a coleção de livros Com Jesus (caderno de atividades nível 1, 2 e 3); Devocional Infanto-juvenil, com o livro Receitas de amor - o sabor da fé na vida diária das crianças, e na categoria Veículo de Mídia, com a revista Mensageiro Luterano. Concorreram cerca de 10 títulos em cada modalidade.

O Prêmio Areté de Literatura, organizado pela Associação de Editores Cristãos, destina-se a reconhecer, enaltecer e premiar a excelência em literatura evangélica brasileira.

onde conclui o ensino fundamental e médio. Cresci em Videira, SC, onde os meus

pais, Nathan e Ivoni Flor, serviram à Igreja com fidelidade conforme os seus devidos chamados, meu pai como pastor e minha mãe, esposa de pastor, como organista, professora de escola dominical, e muitas coisas mais. Lá aprendi o que significa ser cristão, o que é a Igreja, e que grande bên-ção é uma família onde a Palavra de Deus é ouvida e praticada; lá aprendi o que ainda norteia meu Ministério Pastoral até o dia de hoje. Fui batizado no lugar onde nasci, Mondaí, SC, primeira paróquia do meu pai, lugar que nunca conheci (“ainda”, apesar da filha do prefeito de Mondaí já ter nos visitado aqui em Londres).

| EDITORa cONcóRDIa |

Mensageiro | Junho 2012 29

foTo: BeTTina sChÜnKe

30 Mensageiro | Junho 2012

| SBB |

Sociedade Bíblica do Brasil, eu estive lá!

“Não posso concordar com o título do capítulo 18 (de Gênesis) ‘Aparecem três anjos a Abraão’. Toda história mostra claramente que Abraão se dirige só a um dos três, que ele trata ‘Senhor’. E o ‘aqueles homens’ do versículo 22, em 19.1, apareceu claramente como ‘os dois anjos’, pois ‘o Senhor’ ficara com Abraão.”

O texto acima é de uma carta pessoal do meu pai, dr. Walter G. Kunstmann, ao amigo dr. Paul William Schelp em 12 de feve-

reiro de 1954. Ambos atuavam diretamente junto à Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), há 58 anos. Estava sendo feita a primeira e profunda revisão da tradução ao português da Bíblia, publicada em 1956, com o subtítulo de Revista e Atualizada. Dr. Schelp fora cedido pela IELB - Igreja Evangélica Luterana do Brasil - à SBB e trabalhava em tempo integral na cidade do Rio de Janeiro, RJ, então sede da SBB. O professor Kunstmann recebia os textos pelos Correios, os analisava e dava seus pareceres, devolvendo-os ao Rio de Janeiro, sobretudo o que se relacionava ao Antigo Testamento, assim como seu colega, o prof. rev. Werner K. Wadewitz, no Novo Testamento.

Com data oficial de fundação em 10 de

Paulo udo WERnER KunstmannCoordenador do Instituto Histórico da IELB

junho de 1948, a SBB tem sido uma bênção na divulgação da Palavra de Deus no Brasil e em outros países de língua portuguesa. Além disso, devido ao seu alto grau tecnológico constantemente atualizado, e de confiabili-dade ímpar, o Parque Gráfico tem atendido pedidos de impressão de Bíblia em mais de

100 países, sempre em estreita cooperação das Sociedades Bíblicas Unidas e da American Bible Society. Pode-se dizer com tranquilidade que não há no Brasil gráfica especializada em produção com “papel bíblia” que se possa comparar com a Gráfica da Bíblia da SBB. Deus tem abençoado tanto o trabalho de

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foTos: paulo udo Werner KunsTmann

Mensageiro | Junho 2012 31

1) Reprodução de fragmentos do Livro de Isaías, encontrados próximo ao Mar Morto em 1947.2) “Museu da Bíblia” da SBB, no prédio e logística em parceria com a Prefeitura de Barueri, SP.3) “Gráfica da Bíblia” com equipamentos modernos, exclusivos para impressão em “papel Bíblia”.

4) Dr. Erni W. Seibert (Secretário de Comunicação e Ação Social da SBB) com o visitante Paulo Udo.

todos os envolvidos, direta e indiretamente, funcionários e colaboradores voluntários, que as máquinas funcionam em três turnos diários, com paradas somente para manu-tenções técnicas.

Eu estive lá! Vi e senti, nos dias 24 e 25 de janeiro de 2012, o espírito de companheirismo cristão entre os diversos grupos de pessoas, das diferentes denominações evangélicas, tanto na sede como na Gráfica e também no Museu da Bíblia. Todos atuando como irmãos

em Cristo, agindo em suas especificidades para que o texto bíblico, nas mais diferentes apresentações, chegue às mãos e aos corações das pessoas no melhor formato e apresenta-ção visual. Para as crianças, com linguagem simples e de apresentação multicolorida; aos idosos, com as letras maiores para facilitar a leitura; aos portadores de necessidades espe-ciais. Enfim, todos são contemplados!

Mesmo em situações especiais de saúde, psicológicas, de descaminho, financeiras, de

classe social, para todas, há algo específico, algo especial, no con-teúdo e na apresentação da Pala-vra de Deus. A busca constante em atingir mais e mais pessoas e segmentos sociais é uma luta diária na SBB. Como diz o pastor Erni: “A SBB se utiliza da mala e da lanterna. Um para levar a Palavra e o outro para localizar novos nichos, a preços sem comparação com qualquer outra publicação congênere, graças aos projetos de captação de ofer-tas voluntárias, de parcerias e a uma gestão profissional eficiente dos recursos disponibilizados. Assim, a SBB cumpre o seu prin-cipal objetivo: difundir a Palavra de Deus, com ótima qualidade e custo acessível a todos!

Eu estive lá! Participei de um culto com cânticos, ora-ções e mensagem espiritual nas dependências da sede (no local do refeitório), com atua-ção de lideranças evangélicas e luteranas. O acesso é livre, e não obrigatório, mas com boa presença. Aconteceu durante o horário da jornada de trabalho.

Eu estive lá! Conversei com executivos (pastores em sua maioria) da sede, onde obtive uma visão geral das diferentes áreas de ação no complexo todo; conversei com técnicos gráfi-cos, com explicações surpre-endentes da impressora off-set rotativa, que só utiliza papel--bíblia, nacional ou importado; conversei com o pessoal do Museu da Bíblia, pessoas muito preparadas que acompanham e explicam toda a História da

Imprensa, da Bíblia e da SBB, a grupos diários de visitação, formados de 15 a 50 pessoas, de idades e das mais variadas matizes sociais.

Eu estive lá! Conheci os detalhes da parceria da Prefeitura Municipal de Barueri (Centro de Eventos) com a SBB e seu Museu da Bíblia. Com o Museu sendo considerado educativo e cultural, seu projeto, sua execução e seu funcionamento, permitiu-se que fossem atendidas e postas em prática o que de mais moderno existe em termos de museologia, inclusive com interação do visitante via mul-timídias. Os objetos apresentados do acervo permanente e as exposições temáticas anuais permitem retorno às visitações. Escolas, servi-ços públicos, entidades militares, entre outras, tem em suas programações anuais, regulares, visitas ao Museu da Bíblia.

Eu estive lá! Um misto de curiosidade e de saudade, sentimento a ver muito com a ativi-dade de meu pai na SBB. Ele falava com muita empolgação, com muito carinho, com muito respeito, com muita afeição. Na época dos anos 1950 e 1960, eu pouco entendia quando ele recebia as cartas ou quando as enviava, quando chegavam os relatórios, as consultas, os vereditos, as finalizações; aqueles muitos livros abertos sobre sua mesa na busca de uma solução verbal que dissesse o mais exato possível o sentido e o que transmitiam as línguas originais das Escrituras. Não poucas vezes havia discussões acaloradas – como a que inicio o presente texto –, mas jamais com o galardão de uma vitória individual, e sim com a única preocupação de “deixar Deus falar”, também em língua portuguesa, da forma mais exata possível. A curiosidade e a saudade, ambas foram atendidas. As gentile-zas e as boas lembranças e memórias daqueles que atuaram nas primeiras décadas da SBB, e, sobretudo, o respeito por seus trabalhos, isso eu senti, e me alegrou sobremodo. A obra foi e é de Deus, para a divulgação e perpetuação de sua Palavra. Soli Deo Gloria!

Eu estive lá! Se você, caro leitor, reside em São Paulo, não deixe de visitar a Sociedade Bíblica do Brasil, sua gráfica e seu Museu. Se você não reside em São Paulo, programe em sua próxima viagem uma chegada a Barueri, próximo a Campinas. Conheça de perto esta Obra do Senhor, que contempla levar a mensa-gem da salvação para mais pessoas, incluindo também múltiplos serviços sociais, culturais, pedagógicos e missionários. Peço: ore e ajude a Sociedade Bíblica do Brasil. Recomendo: visite e divulgue a SBB: www.sbb.org.br. m

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32 Mensageiro | Junho 2012

| EMéRITOS |

Eméritos, mas prontos para servir. É só chamá-los!

os MIssIonárIos QuE nos PrECEDEraM

Escreve a seus familiares a esposa de um pastor norte-americano que serviu no Estado do Espírito Santo nos anos 1930 do século passado:

“Como o Brasil é quase do tamanho dos EUA, vocês devem estar querendo saber qual é exatamente a nossa localização. Peguem um atlas geográfico e localizem a América do Sul, e tentarei mostrar onde estamos. Com certeza, vocês veem o Rio de Janeiro. Então agora com o dedo da mão, ou do pé se for mais fácil, per-corra o litoral até chegar à cidade de Vitória. Essa é a capital do Estado do Espírito Santo, o menor estado do Brasil. Nós estamos a cerca de 32 quilômetros desta cidade, no interior do estado”.

Quando hoje visitamos os pastores emé-ritos da IELB na região, também temos que pesquisar no mapa para encontrá-los. Quando eles iniciaram seu ministério, a situação viária não era muito diferente do que relata a jovem esposa de pastor:

“Vou levar vocês juntos na última viagem que tive que fazer numa semana chuvosa: Saímos sábado ao meio dia. É um dia lindo e cavalgar é um prazer, pelo menos na primei-ra hora. (...) Andamos ao redor dos morros, subimos e descemos morros, passamos por florestas escuras, pelos cafezais, onde as pequenas frutinhas parecem com pequenas cerejas verdes. Depois de cavalgar por cinco horas e meia, finalmente chegamos ao lugar onde passaremos a noite. (...) Durante a noite, o clima mudou e acordamos na manhã seguin-te com chuva. No café, comemos a mesma coisa que na janta e cavalgamos mais uma

hora, na chuva, até chegar ao nosso lugar de culto. O lugar onde fazemos o culto é uma construção pequena, com apenas buracos nas paredes servindo de janelas. Os bancos não têm encosto. Mesmo com chuva, a maioria dos membros vem, alguns no lombo de uma mula, outros caminham durante horas numa estrada de lama, às vezes carregando crian-ças. (...) O próximo ponto de pregação fica a duas horas daqui, mas, por causa da chuva fria, passamos a noite aqui e seguiremos pela manhã, com esperanças de que o tempo melhore. Ficamos a tarde toda naquela casa e congelamos.

“as PEssoas Já Estão Lá EsPEranDo Por nós”

Depois de passar pela pedra, chegamos na capela do Alto Santa Maria. Ainda estava chovendo, mas as pessoas já estavam lá es-perando por nós. Durante o culto, aconteceu um duplo Batizado. A pequena capela estava lotada. Logo após o culto, dei aula para os con-firmandos. (...) Depois do almoço continuamos a viagem. A chuva deu trégua por um tempo, mas logo começou de novo. O caminho ficou mais difícil à medida que avançamos, e pensar que ainda tinha pela frente uma viagem que demora três horas em dias de tempo bom. Somado a isso veio a ansiedade de saber se estavamos no caminho certo ou não, porque era a primeira vez. Não tinha um guia para este trecho. Nossos animais estavam tendo mais dificuldades a cada montanha, e logo nós temos que guiá-los. (...) Agora estava tão escuro que precisamos soltar a rédeas dos animais e deixá-los escolher o caminho.”

(Relato da esposa do Pastor Martin Ho-

BRuno F. RiEtHPastor emérito, São Leopoldo, RS

Hary e Hilda Fischer

João e Leoni Kröning e filha Carla

Ernani e Marcélia Zimmer

foTos: Bruno rieTh

Mensageiro | Junho 2012 33

Eméritos, mas prontos para servir. É só chamá-los!

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Iolanda Lanz Dinísio e Isolina Schneider com os pais e irmãs

fmann, Sophie, em carta a sua irmã Ruth, quando serviam em Sapucaia, hoje, Rapadu-ra, ES. Do livro Histórias da História da IELB, pág. 172 e ss.)

o CHaMaDo ao MInIstÉrIo vIgora Para sEMPrE

Lembro ainda quando meu saudoso colega de turma Arno Krick recebeu seu chamado para Rapadura. Ele, bem como outros contemporâ-neos, assim como os Hofmann, ainda andou no lombo de mulas para atender seus fiéis. Também nossos colegas eméritos Hary Fischer e João Kröning que desenvolveram todo seu ministério nestas paragens experimentaram condições semelhantes às do tempo desta jovem Fraupastor Hofmann. Hoje, moram em Santa Maria de Jetibá, fizeram duas cabanas e curtem seus anos de aposentadoria lado a lado, um cuidando do outro, com o apoio das esposas, tão dedicadas como Sophie.

O João tem limitações nos movimentos e na fala, em consequência de acidentes vasculares. Está fazendo bom uso do hospital comunitário que ajudou a criar. Mantém-se com a aposentadoria do INSS e com a renda da confecção de sua esposa, Leoni.

O Hary também já passou por angioplas-tia, mas ainda está com muita vontade de co-laborar com os jovens pastores nas paróquias às quais serviu a vida inteira. Apoiado por sua

esposa, Hilda, ele tem um hobby singular, faz lindos painéis em ponto cruz, como o Salmo 23, o Pai-Nosso, etc.

Como é bom quando jovens pasto-res e líderes de congregações e da Igreja lembram os obreiros aposentados e os convidam para pregar, visitar doentes e idosos, substituir nas emergências e atender paróquias vacantes. Sabemos que aposentados em geral sentem muita falta do trabalho que faziam; mais ainda pastores que, de repente, perdem seu rebanho e sua audiência.

Foi fácil chegar as suas cabanas, pois o Hary nos esperava na entrada da cidade. Hoje, a estrada é asfaltada e sinalizada. Também foi fácil seguir para Baixo Guandu onde, na beira da via férrea, mora uma mineira. Ela ouve o ruído cada vez que passa uma composição levando milhares de toneladas de ferro de Ita-bira, MG, até ao porto de Vitória. Desde que o estagiário, o saudoso Otto Lanz, a conquistou em Teófilo Otoni, ela peregrinou com ele pelo Rio Grande e Paraná, e de volta ao Espírito San-to, onde ainda mora, bem próxima da divisa com sua Minas Gerais querida. Dona Iolanda, como todos a conhecem, está com 81 anos. Acarinhada pelos filhos naturais e adotivos e pelos netos, ela ouve o apito do trem, mas não quer mais viajar. Acha melhor repousar aí onde mora sob a sombra das suas frutíferas.

CELEIro DE EsPosas DE Pastor

Dinísio Schneider, que foi pastor da IELB até 2001, é de uma família de muitas esposas de pastor. Duas irmãs e três filhas são casadas com pastores (os genros pastores são: Cleydes Kloss, Norberto Krueger e Alçamar Prando). Ele continua anunciando seu Salvador. Escreve mensagens que entrega em mãos. Desenvol-veu seu ministério no Espírito Santo e em Rondônia e reside com a esposa, Isolina, em Baixo Guandu.

Já bem perto da Bahia, em Vila Pavão, reside o pastor Ernani Zimmer com sua es-posa, Marcélia, uma das irmãs de Dinísio e artesã competente. (A outra irmã, Ivone, era esposa do falecido pastor Arno Krick) Iniciou neste estado em 1965 e aí desenvolveu todo seu ministério, com exceção de dois anos em Joaçaba, SC. – O município tem uma das maiores jazidas de granito do mundo. Por isso, há uma cor desta pedra que se chama verde--pavão. Montes imponentes deste mineral emolduram toda a paisagem. O pastor Ernani, estudioso e pesquisador exigente, edificou sua congregação sobre uma pedra mais preciosa ainda, a pedra angular do Cristo eterno. Ele também gostaria de continuar colaborando nesta construção.

uM MoDELo a sEguIrComo cada cristão, também os missio-

nários e pastores buscam sua inspiração no modelo máximo, o Filho de Deus, que nos ensinou a seguir após ele com a nossa cruz, por mais sacrifício que isso possa representar. Porque os apóstolos e mensageiros de todos os tempos entregaram sua vida pela causa do Evangelho, de mula, moto ou jipe, a Boa Notícia chegou até nós, nesta longínqua terra

de gentios. Com certeza, pela graça do Senhor, os primeiros missionários no Brasil e nossos pastores eméritos e suas famílias fazem parte deste projeto divino.

“E nós que conhece-mos brilhante luz da fé, nas trevas deixaremos aquele que não crê? Sem mais demora vamos falar--lhe do perdão que por Jesus gozamos: a eterna salvação” (HL 330,3).

“Emeritamento” de um pastor

O grande desejo dos meus pais era ter um filho pastor. Desde que eu tinha três anos, recitava

versinhos no Programa de Natal. Mais tarde, contaram-me que havia pessoas que diziam: “Olha aí o pastorzinho”. Diante de tudo isso, meus pais resol-veram me enviar ao Seminário Con-córdia de Porto Alegre, RS, quando eu tinha apenas 11 anos. Lá, cursei o antigo curso ginasial, posteriormente o curso colegial e então o curso de Teologia.

Não foi fácil para meus pais man-terem o filho ao Seminário, pois seus recursos financeiros eram escassos. Mas que alegria para eles, depois de 11 anos, poderem participar da cerimônia de formatura do filho. Seu desejo de ter um filho pastor se concretizou.

O jovem pastor iniciou o ministério apreensivo e preocupado por ser ainda bastante novo, sabendo da grande responsabilidade de seu ofício. O primeiro chamado foi para a Paróquia de São José Pequeno, ES. O lugar era desconhecido. As pessoas eram des-conhecidas. A língua Pomerana era desconhecida. Mas logo se percebeu um povo acolhedor e ávido para ou-vir a Palavra de Deus. Mesmo que o atendimento às congregações no início tivesse de ser feito montado num ca-valo, foi uma experiência gratificante.

O tempo foi passando. Foram aceitos chamados para trabalhar em outras paróquias. Em duas delas com 14 lugares para atender. Cansativo? Sem dúvida, mas, ao mesmo tempo, era motivo de alegria poder anunciar a Palavra de Deus a pessoas que es-peravam a vinda do pastor.

Como “tudo neste mundo tem o seu tempo e cada coisa tem a sua ocasião”(Ec 3.1), um pastor também programa a sua aposentadoria. Ele precisa decidir quando é o “tempo oportuno”.

Creio que os obreiros eméritos hão de concordar comigo de que existe certa expectativa e desejo para que chegue este dia. Poder descansar, não ter mais todos os compromissos e as responsabilidades, não mais ser “escravo do relógio”, poder dormir um pouco mais...

O dia marcado para o encerramen-to das atividades regulares se aproxi-ma. Como é agora o sentimento? Acho difícil descrever. Se antes havia aquela expectativa descrita no início, agora há também tristeza. O coração começa a bater mais forte.

Quando um pastor aceita o Chamado para trabalhar em outra Paróquia, mesmo que a despedida também seja bastan-te difícil, porque deixa amigos, pessoas queridas, ele vai conti-nuar fazendo o que fazia aí em outro lugar. Com a aposentado-ria é diferente. É outra realidade!

Mesmo “virando a página”, uma certeza podemos ter: o mesmo Deus que acompanhou e assistiu o pastor em todos os anos do seu ministério irá acompanhá-lo até o fim de sua vida, seja quando estiver descan-sando ou ainda atuando em alguma oportunidade que lhe for concedida, como é o meu caso, pois sua pro-messa é a mesma feita a Josué: “Eu, o Senhor, seu Deus, estarei com você em qualquer lugar para onde você for”.

NOTA DA REDAÇÃOEmérito é um título conferido por uma entidade de ensino a seus professores já aposentados que atingiram alto grau de projeção no exercício de sua atividade acadêmica.É concedido de forma rigorosa àqueles profissionais que se destacaram em sua área de atuação, pela relevância e/ou magnitude de sua produção e atividade científica, desfrutando de grande reconhecimento pela comunidade acadêmica.Trata-se da maior honraria existente hoje no meio acadêmico.

Fonte: Wikipédia

A pergunta que precisamos fazer é: como Igreja, damos aos nossos pastores e professores eméritos a mesma honra e reconhecimento que o mundo acadêmico dá aos seus eméritos?

34 Mensageiro | Junho 2012

“Sempre que penso em vocês, eu agradeço

ao meu Deus. Pois eu estou certo de que Deus, que

começou esse bom trabalho na vida de vocês,

vai continuá-lo até que ele esteja completo

no Dia de Cristo Jesus”

Filipenses 1.3 e 6.

| vIRaNDO a páGINa |

FERmino BündcHEnPastor emérito, Balneário Camboriú, SC

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Bíblia Braille em Campo Bom

A Congregação da Paz, Campo Bom, RS, vivenciou um momento marcante em seu muni-cípio no mês de março. A comunidade participou do projeto social da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) de colocar exemplares da Bíblia em braile nos municípios, a fim de que os deficientes vi-suais tenham a Palavra de Deus em suas mãos. No dia 30 de março, ocorreu a cerimônia de entrega da Bíblia Braille para a cidade. Na oca-sião, a SBB, representada pelo pastor Waldemar Garcia Junior, expôs os seus trabalhos e fez a

entrega do exemplar em braile para o acervo da Biblioteca Pública Municipal. Representantes do município e também da Congregação da Paz se manifestaram destacando a relevância deste trabalho em colocar a Bíblia Sagrada nas mãos dos deficientes visuais.

No dia 31 de março, na programação de Páscoa do município, realizada na praça central, representantes da Congregação e o prefeito muni-cipal fizeram a entrega simbólica da Bíblia Braille para o povo de Campo Bom.

Membros da CEL “Da Paz” presentes no momento da entrega.

IELBnotíciasENCARTE DO MENSAGEIRO LUTERANO - JUNHO/2012

+DESTAQUES

Programas especiais na Semana Santa

Concerto Festivo de Páscoa em Vitória

Projeto Macedônia em Joaçaba

Campo Bom, RS

foto: arquivo editora concórdia

notíciasIELB

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias2

fotos: arquivo editora concórdia

Erna Lehenbauer celebrou seu 90º aniversário, no dia 17 de abril, com um coração repleto de louvor a Deus por todas as bênçãos recebidas nestas suas nove décadas de vida.

Para comemorar, a família ofereceu um chá no salão paroquial da Congregação Cruz, Porto Alegre, RS, no dia 19 de abril, onde desfrutou da companhia de varias senhoras do Departamento de Servas da comunidade, com as quais estava direta-mente envolvida no trabalho da Igreja por tantos anos.

Dona Erna sempre foi muito ativa no Departamento, bem como no trabalho da Congregação, a qual ainda pertence. Tendo nascido na Alemanha em 1922, imigrou com sua família ao Brasil em 1927. Como seus pais, Adolfo e Emma Mattis, queriam que seus filhos tivessem a oportunidade de receber uma melhor educação escolar e cristã, decidiram se mudar para a cidade grande, estabelecendo-se em Porto Alegre junto ao antigo Seminário Concórdia.

Com o passar do tempo, seus pais se tornaram funcionários do Seminário, onde trabalharam por muitos anos. Assim, dona Erna cresceu no círculo erudito de pro-fessores e estudantes do Seminário. Foi

durante os encontros de juventude na con-gregação Concórdia, onde era secretária, que conheceu seu futuro marido, Siegfried Lehenbauer, com quem casou em 1945. O casal foi abençoado com cinco filhos, sendo que hoje somente a sua filha mais jovem com sua família ainda residem no Brasil. Três de suas filhas moram no estado de Nova Jersey, EUA, e seu filho é pastor luterano no estado de Minnesota, EUA.

Dona Erna não só fala alemão e por-tuguês, mas também continua aperfeiço-ando seu inglês, além de estar praticando espanhol e francês, pois atualmente tem netos e bisnetos residindo não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, no Chile e na França. Seus filhos, netos e bisnetos, apesar de não poderem todos estar presentes para celebrar seu aniver-sário, o fizeram via telefone, cartões e em espírito, desejando-lhe:

Ein Herzlichen Glückwunsch und Gottes Segen zum Geburtstag, Mama!

Feliz Cumple Años, Abuelita!Joyeux anniversaire, Oma!Happy birthday, mom, and God's richest

Blessings in your new year of life!Um feliz aniversário, mãe, e a bênção

de Deus em todos teus dias futuros!

Aniversário de 90 anos de Erna Lehenbauer

Instalação em Domingos Martins

Foi realizada, no dia 15 de abril, a insta-lação do pastor Álister Jones Pieper na Paró-quia São Lucas de Ponto Alto, Domingos Martins, ES. A instalação foi oficiada pelo conselheiro do Distrito Verdes Vales, pastor Avelino Vorpagel. O pregador do culto foi o pai do pastor instalado, pastor Natalino Pieper.

Foi um momento marcante para toda a Paróquia porque após 36 anos de ministério do pastor Eduvino Krause Filho, foi feita nova instalação de um pastor em Ponto Alto. Os pastores Eduvino e Álister vão trabalhar juntos para o Reino do Senhor. A instalação contou com a presença de 800 pessoas.

Instalação em Manaus

Foi instalado, no dia 28 de abril, na Congregação Bom Pastor, Manaus, AM, o pastor Gerson Dieter Prates. Gerson irá atuar como capelão universitário e escolar da ULBRA de Manaus, além de atuar como professor de Ensino Religioso na Escola. A cerimônia foi re-alizada pelo conselheiro do Distrito Amazônico, pastor capelão Maximiliano Wolfgramm Silva.

CONFIRMAÇÕES

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias 3

1) São MiguEL Do oEStE, SC – cinco jovens renovaram a sua fé batismal. Dentre os confirmandos, havia uma aluna surda que aprendeu as verdades cristãs em Libras, através de seus pais que interpretavam as aulas. No dia 1º de abril, na Congregação Paz.

2) LuiS EDuARDo MAgALhãES, BA – confirmaram sua fé diante do Altar do Senhor dois jovens. O culto foi celebrado pelo pastor Nazareno Degem, com base em 2 Timóteo 3.14-17, “Permanece naquilo que aprendeste”. No dia 1º de abril, na Congregação São Lucas.

3) uRuguAiAnA, RS – passaram pelo rito da Confirmação quatro jovens. A cerimônia foi oficiada pelo pastor Igor Marcelo Schreiber. No dia 8 de abril, na Congregação Paz de Cristo.

Nota: O casal Vilmar e Marli Friedrisch, pa-drinhos do confirmando Elisson Vargas, faleceu em um grave acidente de trânsito ao se deslocar para o culto de confirmação. Eles eram membros em Canoas, RS.

4) CoRBéLiA, PR – reafirmaram a fé que receberam no Batismo quatro jovens. O pastor Clécio Leocir Schadech realizou a cerimônia. No dia 8 de abril, na Congregação São Paulo.

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Projeto Macedônia em JoaçabaNo dia 25 de março, a Congregação

Santíssima trindade, Joaçaba, SC, juntamente com o Colégio Luterano Santís-sima Trindade, celebrou um culto de Ação de Graças na penúltima etapa do Projeto Macedônia realizado na cidade.

Os trabalhos foram concluídos com o culto que reuniu 280 pessoas. O louvor ficou a cargo do coral da comunidade, do coral infantil do Colégio e da banda. A pregação foi proferida pelo coordenador nacional do Projeto Macedônia, pastor Martinho Rennecke, que concluiu a men-sagem contando a história de John Newton, ex-vendedor de escravos que seguiu a vontade de Deus – Newton compôs a canção mundialmente conhecida Amazing Grace, que foi cantada pelo Coral, com a participação dos pastores, emocionando os presentes. O 2º vice-presidente da IELB, pastor Geraldo Schüler, esteve presente no evento.

notíciasIELB

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias4

Em novembro de 2011, a Congregação São Lucas, São Leopoldo, RS, realizou um batizado duplo: Sonia de Souza e seu filho Tayllor. E para alegria maior, em fevereiro deste ano, foi realizado mais um batizado duplo: Leila e seu filho Carlos Eduardo. Ambas venceram a timidez e compreenderam o real valor do Batismo não só para seus filhos, mas também para elas.

Alegrias na Paróquia São Lucas

REtiRoOs jovens da Congregação realizaram o seu 2º Retiro Espiritual

no carnaval, buscando estudar a Palavra, louvar e agradecer por mais um ano que se passou, além de recarregar as baterias para 2012. O encontro com o tema “Namoro” contou com a presença de 26 jovens, três casais adultos, além dos pastores Jones Rubira e Maiquel Hellwig, juntamente com suas esposas. No mês de março, a juventude completou dois anos de atividades. O grupo que começou com seis jovens, hoje, conta com uma média de 15 a 20 jovens.

Servas visitam centro de acolhimento

O Departamento de Servas da Congregação Cristo de Colônia Municipal, Santo Ângelo, RS, visitou o Centro de Acolhimento Martinho Lutero, Entre Ijuis, RS, na tarde do dia 31 de março. Coordenada pela presidente Fabiane M. de Almeida Wentz e pelo pastor Alex Schomokel, as senhoras organizaram uma campanha e levaram até a instituição: roupas, calçados, livros e um delicioso lanche para as crianças. A tarde foi muito agradável com apresen-tações das crianças, canções, trilha e confraternização.

Trabalho de capelania no CAPS

Foi iniciado, no dia 2 de maio, o trabalho de capelania no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) na cidade de Coxim, MS.

Realizado uma vez por semana (sempre às quartas-feiras), o trabalho visa dar apoio espiritual por meio de devocionais, cânticos, orações e conversas com os pacientes e familiares que passarem pela instituição da prefeitura municipal.

Esse trabalho tem coordenadoria do pastor Elton Americo, Congregação Paz de Coxim. Os pacientes do CAPS são pessoas com problemas psiquiátricos, que necessitam de atenção, carinho e amor. É oferecido também atendimento pastoral para os fami-liares dos pacientes. O projeto visa ainda ajudar as famílias mais necessitadas, com cestas básicas e roupas, arrecadadas com o Projeto de Diaconia da comunidade.

fotos: arquivo editora concórdia

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias 5

Profissão de Fé em Coxim

A Congregação Paz, Coxim, MS, recebeu como membro, através da Pro-fissão de Fé, no dia 18 de março, o casal Valdir Rogé-rio Buss e Sandra Gorete Bergamann Buss. Segundo conta o pastor Elton Ame-rico, a congregação conta hoje com aproximadamen-te 20 membros.

Tesoureiro da IELB visita Distrito Mineiro

O tesoureiro da IELB, Re-nato Bauermann, esteve no Distrito Mineiro participando do Seminário de Liderança, em ipatinga, Mg, de reuniões com o Conselho Distrital e de visitas.

Nessa visita, uma ação cha-mou a atenção do tesoureiro:

a mobilização dos jovens para o Congresso Distrital, que acontece nos dias 21 e 22 de julho, e a criatividade destes na elaboração do material de divulgação do evento: uma caixa de madeira contendo a programação do evento, instruções, dicas, banner e um convite para noite cultural.

Renato trouxe o material e apresentou na reunião da Diretoria Nacional da IELB no dia 21 de março. “Fiz questão de mostrar e divulgar o talento e a dedicação daqueles jovens ao evento que estão organizando, para incentivar e compartilhar as iniciativas bonitas que acontecem em nossas congregações e distritos”, afirmou Bauermann.

FALECIMENTOS

Faleceu, no dia 10 de julho de 2011, em Guarulhos, SP, Ricardo Valdir Wiederkehr. Nascido no dia 5 de maio de 1953, foi casado com Lurdes Bündchen, com quem teve quatro filhos. Os pastores que fize-ram o sepultamento foram Romildo Wrasse e Emerson Zielke, Marechal Cândido Rondon, PR. Ricardo era membro da Congregação Bom Pastor de Brasil Novo, PA.

Faleceu, no dia 27 de janeiro, vítima de acidente de trânsito, Ar-mando Winter. Filho de Otto e Guer-ta Winter, nasceu no dia 27 de abril de 1958 em Linha Patos, Alecrim, RS. Casou-se com Anice Kopp, no dia 12 de setembro de 1981, com quem teve três filhas. Armando mo-rava atualmente em Panambi, RS, e era membro atuante, envolvendo-se principalmente na área da música tocando gaita.

Com 34 anos de idade, solteiro, faleceu no dia 3 de abril em Porto Alegre, RS, Vitamar Rodrigo Pooch. Rodrigo era membro da Congregação Cristo de Tramandaí, RS. Deixa enlu-tados o pai, Zenar, a mãe, Marlene, três irmãos, seis sobrinhos e demais parentes e amigos. O sepultamento foi realizado no Cemitério Luterano de Picada da Cruz, Cerro Grande do Sul, RS, pelo pastor Hélvio Ilmar Veide.

Faleceu, no dia 5 de fevereiro de 2012, Luci Wendler Klug. Luci nasceu em 5 de fevereiro de 1962, às 3h da manhã, na mesma hora em que faleceu, completando exata-mente 50 anos. Casada com Paulo Klug, presidente da Congregação São Pedro de Bom Jesus, São Lourenço do Sul, RS, era filha de Bruno e Ilsa Stern Wendler. Luci era a atual pre-sidente do Departamento de Servas e uma das fundadoras do coral da comunidade. A cerimônia de despe-dida foi oficiada pelo pastor Arnildo Münchow, que usou como base os textos de Salmo 32.1 e Apocalipse 14.13. Deixa enlutados os pais, o esposo, cinco filhos, duas netas e demais familiares.

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Encontro Paroquial das crianças em Itarana

Aconteceu, no dia 29 de abril, o segundo Encontro Paroquial da Escola Bíblica da Paróquia São Paulo, itarana, ES. Foi um dia repleto de louvor, brincadeiras e atividades de entrosamento para todos os participantes. Estiveram presentes 35 crianças, das quais 12 eram visitantes. “Esse encontro é anual e promove a integração entre as crianças, tanto de nossa Paróquia bem como de visitan-tes”, afirma o pastor Wilmuth. Acesse o blog e fique sabendo das atividades da Paróquia: www.igrejaluteranaitarana.blogspot.com.br.

BODAS DE CASAMENTO

No dia 22 de maio de 2011, Silvino e Renate Lange celebraram Bodas de Ouro. A cerimônia foi realizada em Guarapuava, PR, e foi dirigida pelo pastor Jaime Marconi Grie-leitow. A mensagem foi realizada pelo pastor Samuel Verdin, baseada no texto bíblico de 1 Samuel 7.12: “Ebenézer, até aqui nos ajudou o Senhor”. O momento contou ainda com a participação do pastor Jonas Lindner e família que acompanharam as músicas. Filhos, no-ras, genros e netos homenagearam o casal.

No dia 14 de abril, o casal Pedro e Erica Pinno comemorou Bodas de Ouro. A celebração aconteceu na Congregação São Paulo, Linha Campo Grande, Santa Terezinha do Progresso, SC. O culto de gratidão foi oficiado pelo pastor Leandro Nilmar Konflanz e a mensagem foi proferida pelo pastor Felipe Norberto Born, com base no texto de 1 Samuel 7.12: “Até aqui nos ajudou o Senhor”.

O casal Benno e Delfina griep festejou Bodas de Diamante no dia 1º de janeiro, juntamente com filhos, netos, bisnetos e demais parentes e amigos. A família se reuniu na Congregação São Paulo, Mare-chal Candido Rondon, PR, para agradecer. A cerimônia foi dirigida pelos pastores Davi Bischoff (neto do casal) e Valter Krüger. O texto usado foi o mesmo de 60 anos atrás: “Aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu” (Rt 1.16).

Celebrações em Cacoal

A Congregação Cristo Redentor de Vista Alegre, Cacoal, Ro, realizou no dia 26 de fevereiro a Confirmação de seis novos jovens e recebeu por Profissão de Fé Paulo Sérgio e Bruna Vilwock. No mesmo dia, a confirmanda Karina Farias também foi Batizada. O oficiante do culto foi o pastor Jorge Luís Kopper.

fotos: arquivo editora concórdia

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BODAS DE CASAMENTO

No dia 10 de fevereiro, o casal Arcyr e ida Dóris iurk comemorou 50 anos de aben-çoada união matrimonial. O casal recebeu a benção do pastor Curt Albrecht em uma cerimônia realizada na Congregação Santís-sima Trindade, Curitiba, PR, e contou com a presença de familiares e amigos. A mensa-gem foi baseada em Josué 24.15: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”, mesmo versículo escolhido pelo casal como lema de seu casamento há 50 anos. Após a cerimônia, aconteceu um jantar comemorativo.

Homenagem pelos 90 anos

A Congregação Concórdia, Porto Ale-gre, RS, em culto com oração especial, homenageou seu pastor emérito gustavo Scholze pelo seu aniversário de 90 anos. No culto, também foi lembrada sua partici-pação na Congregação há 50 anos, desde 1962. A comunidade deseja bênçãos de Deus sobre o querido pastor, bem como a sua esposa, Hildegard.

Celebração da Páscoa na Paróquia do Calvário

Entre os dias 5 e 8 de abril, na Paróquia do Calvário, impera-triz, MA, aconteceu uma programação es-pecial de Páscoa. O Milagre da Vida que germinou em meio às cinzas foi contado em quatro cultos através do Grupo de Artes TRAJETO (TRAzendo JEsus para TOdos), composto pelos jovens da paróquia, e do Coral Canto e Adoração. Marcante foi o culto na cidade de Estreito, MA, com a participação das crianças da Escola Bíblica e de vários visitantes. Para mais informações, visite o blog www.ieluteranaitz.blogspot.com.

Cinco gerações

Maria Bessert, 90 anos, Congregação Concórdia de São Francisco do Guaporé, RO.Arcelina Bessert Knack, 70 anos, Congregação Cristo Redentor de Cacoal, RO.Acendino Knack, 52 anos, Congregação Ebenézer de Seringueiras, RO.Flávia Knack, 23 anos, de Seringueiras, RO.Felipe Knack do Rosário, 2 anos, de Seringueiras, RO.

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Programações especiais na Semana SantaProgramações especiais na Semana Santa

Durante a Semana Santa, ocorreram três celebrações muito especiais na Congregação A Voz da Cruz, São João de garrafão, Santa Maria de Jetibá, ES.

No domingo, dia 1º, 12 jovens fizeram a sua Confirmação (Foto 1). O culto contou com a presença de 245 pessoas, dentre elas esta-vam muitos visitantes. O tema da mensagem foi: “Não rejeitem a Pedra principal do alicerce: Jesus – a Rocha Firme”.

Já na terça, dia 3, tivemos uma progra-mação especial de Páscoa com as crianças da Escola Municipal João Lauvers. Os alunos apresentaram teatro, entoaram cânticos e as-sistiram a um pequeno filme sobre a morte e ressurreição de Jesus. O pastor fez uma reflexão sob o tema: Páscoa, a vida que brota da morte.

Pela manhã, a programação contou com 84 alunos e oito professores do ensino pri-mário (Foto 2); à tarde foi a vez do ensino fundamental, que teve a participação de 135 alunos e nove professores (Foto 3).

A Sexta-Feira Santa (foto 4) foi uma noite especial, com apresentação do coral da Congre-gação, apresentação do grupo de dança litúrgica e encenação da morte e ressurreição de Jesus pelos jovens da Paróquia. Estiveram presentes 131 pessoas, dentre elas, muitos visitantes.

Atualmente, a Congregação tem 253 mem-bros. No total, a Paróquia, que é formada por três congregações, conta com 429 membros.

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fotos: arquivo editora concórdia

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Atividades no Colégio Concórdia

No dia 5 de abril, os alunos do Colégio Concórdia, Santa Rosa, RS, das turmas do maternal I ao Ensino Médio, e ainda o curso do Técnico em Informática, tiveram a Celebração de Páscoa Social. Na ocasião, houve arrecadação de doces revertidos a três entidades sociais e às crianças que moram ao lado de uma estrada. Os doces foram dispostos em formato simbólico de

cruz ao lado do altar, e, para unir a cruz de doações ao altar, foi colocado um coração maior. Esse coração foi feito com corrente de tiras de E.V.A. onde cada aluno colocou seu nome e o nome das pessoas que ama na tira, depois elas foram unidas em forma-to de corrente. Cada aluno deverá orar pelas pessoas que tiveram seus nomes colocados ali e lembrar delas em cada devoção na es-

cola e em casa. São mais de 5.000 nomes entregues a DEUS em oração.

Ainda na semana da Páscoa, os alunos dos 3° e 4° anos do E.F. montaram um mini-livro contando a história da morte e ressurreição de Cristo. Intitulado Via Sa-cra, os alunos expuseram seu trabalho no corredor do Colégio. Para ver mais fotos, acesse www.colegioconcordia.com.

Cantata de Páscoa no Colégio Rui BarbosaFoi realizada, no dia 4 de abril, a 1ª

Cantata de Páscoa do Colégio Lutera-no Rui Barbosa, Marechal Cândido Rondon, PR. O espetáculo, realizado no ginásio de esportes da instituição, teve oito atos, contando com uma mescla de coreografias, teatro, danças e músicas de rua a músicas clássicas, a fim de retratar a trajetória desde a Criação do Mundo até a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. O espetáculo envolveu praticamente todas as crianças da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, além de um grupo de alunos do Ensino Médio.

O evento, aberto a toda a comunida-de, contou com a participação de pais, professores, familiares e alunos. “Muitas vezes, apenas há cantatas no Natal, por isso, a necessidade de abordar também a Ressurreição de Cristo para a renovação do mundo, a fim de levar a todos mensagens de fé e de esperança”, declara o capelão, pastor Sérgio Becker da Silveira.

foto: franciele martiny

fotos: arquivo editora concórdia

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Semana Santa em Marechal Cândido Rondon

Celebrações em Jaraguá do Sul

O culto de Páscoa da Congregação São Mateus, Jaraguá do Sul, SC, foi muito especial, pois, além de celebrar a ressurei-ção de Cristo, foi acrescida à congregação pelo Batismo a pequena Sarah Emanueli Sander e foram confirmadas as jovens Laís Becker e Paula Thalia Hemkemaier. O culto foi celebrado pelo pastor Marcos Sander.

A Congregação Cristo, Marechal Cândido Rondon, PR, realizou di-versas atividades que envolveram toda a comunidade e os departamentos

durante a Semana Santa. No culto de Domingo de Ramos (foto 2), os confirmandos e

a juventude mirim, sob a orientação do pastor estagiário Charles Tailor da Rocha, apresentaram um jogral e representaram a entrada dos ramos, simbolizando a chegada triunfal de Jesus a Jerusalém. Na terça-feira, o grupo Anos Dourados (terceira idade) realizou seu encontro com um estudo sobre a última semana de Jesus, realizado pelo pastor Romildo Wrasse. Na quarta-feira, as Servas, sob a coordenação do pastor Emerson Zielke, realizou a Ceia Pascal Cristã (foto 3). Na quinta e sexta-feira, os pastores e o estagiário ministraram cultos alusivos à paixão e morte de Cristo. Já no sábado, as crianças da Escola Dominical, o coral

da Congregação, o grupo de coreografia e dança litúrgica e os jovens, com o teatro e o louvor, conduziram uma programação onde foi representada a Última Ceia, a Crucificação e Ressurreição de Cristo (fotos 1 e 4). Na madrugada de sábado para domingo, cerca de 50 jovens, conduzidos pelo pastor Zielke e pelo estagiário, despertaram as famílias com hinos de ressurreição – o momento mais marcante foi a recepção calorosa do pas-tor Guilherme Lüdke que, com seus quase 103 anos de idade, aguardava ansioso a serenata. No domingo pela manhã, foi ministrado o Culto da Páscoa, com a participação do Coral Masculino.

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Consagração do Altar em Ijuí

Aconteceu, no dia 11 de março, a Con-sagração do Altar da Congregação Bom Pastor de ijuí, RS. Foram pregadores os pastores Jose E. D'Avila dos Santos e Jairo Lange. O culto teve a participação de 278 pessoas. A maior parte dos gastos da cons-trução até esta fase foi de doações. Agora, a Congregação se organiza para concluir a obra.

Concerto Festivo de Páscoa em Vitória

No dia 3 de abril, a Catedral católica de Vitória, ES, ficou lotada com o louvor de 100 vozes para o Concerto Festivo de Páscoa. O Coral Esperança da Congregação Esperança, Campo Grande, Cariacica, ES, e o Coro Sinfônico da Faculdade de Música de Espírito Santo entoaram diversas músicas no estilo sacro, constituído por obras de dois compositores famosos: o grande luterano Johann Sebastian Bach e o católico Franz Schubert.

Axel Bergstedt, que é maestro do Coral Esperança há 6 anos, assumiu no mês de fevereiro a liderança do Coro Sinfônico e aproveitou a tradicional apresentação Pascoal da Faculdade de Música para apresentar os dois corais juntos. O evento ganhou des-taque na imprensa local. Para ver vídeos e mais informações da apresentação, acesse o blog www.coralesperancacariacica.blogspot.com.br.

Gerações em dose duplaNa Congregação São Paulo de Linha Campo grande, Santa terezinha do Pro-

gresso, SC, temos quatro gerações em dose dupla:A pequena Isadora é filha da Marciane e do Marcos; Marciane é filha do Anildo e

da Dulce; Anildo é filho do Pedro e da Erica Pinno e Dulce é filha do Artur e da Marta.Na foto aparecem da esquerda para direita em pé: Marta e Artur Arnt, Erica e Pedro

Pinno e Anildo e Dulce Pinno. Agachados estão Marciane, Isadora e Marcos.

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LLLB - Liga de Leigos Luteranos do BrasiL

OS GRAnDES HOMEnS DA BíBLIA

Eliseu Homem de proezas (1 Rs 19.16 – 2 Rs 13.20)

Poucos substitutos foram tão eficientes quanto o profeta Eliseu, que foi o sucessor do profeta Elias. Assim como seu anteces-sor, Eliseu atuou como profeta em Israel (Reino do Norte), durante aproximada-mente 50 anos, no tempo dos Reis Jorão (2 Rs 3.1-8.25; 2Cr 20.35-37), Jeú (2 Rs 9.1-10.36; 2 Cr 22.7-12), Jeocaz (2 Rs 13.1-9) e Jeoáz (2 Rs 13.10-14.16; 2 Cr 25.17-24). Seu nome é uma junção de duas palavras hebraicas: El que significa Deus e Iseu, da raiz hebraica Iesha, que significa Salvação, assim seu nome signi-fica “Deus é a salvação”.

Uma série de acontecimentos sobre-naturais realizados em nome do Senhor marcou a carreira de seu ministério, alguns, inclusive, semelhantes aos realizados por seu antecessor, Elias, e alguns que até se identificam com os feitos de Jesus: 1) abriu as águas do Jordão com a capa deixada por Elias (2 Reis 2.14); 2) transformou uma fonte de águas venenosas em água potável (2 Reis 2.19-22); 3) previu ao rei uma expedição bem-sucedida contra os moabitas (2 Reis 3.11-27); 4) multiplicou o óleo de uma viúva (2 Reis 4.1-7); 5) previu o nascimento do filho de uma su-namita e, quando o menino morreu, orou e o trouxe de volta à vida (2 Reis 4.8-37); 6) alimentou 100 homens com 20 pães e algumas espigas (2 Reis 4.42-44); 7) curou o capitão da Síria Naamã de lepra (2 Reis 5.1-19); 8) fez um machado que havia caído no rio flutuar (2 Reis 6.1-7); 9) previu os planos dos inimigos do rei (2 Reis 6.8-12); 10) previu, durante a grave fome de Samaria, que haveria abundância de comida no dia seguinte e profetizou a morte do oficial que zombou da profecia (2 Reis 7); e 11) talvez o mais surpreendente, ocorrido após a sua morte, foi quando um cadáver, ao ser lançado em sua sepultura, tocou em seus ossos e este voltou a vida (2 Reis 13.20-21).

ChAMADo E MiniStéRio DE ELiSEuEliseu recebeu a designação do seu

chamado para ser discípulo e depois su-cessor de Elias quando estava no árduo trabalho de arar a terra (1 Rs 19.16-21). A primeira tarefa foi aprender com seu mestre. Foram sete anos de aprendizagem até o momento em que Deus julgou ser o momento de levar seu mestre e designar Eliseu como seu sucessor. Na despedida, Elias concedeu ao seu discípulo sua capa a fim de dar a entender ao povo de que o Senhor havia escolhido e revestido Eliseu com seu Espírito para dar continuidade à obra do Reino de Deus (2 Rs 2.1-18).

O ministério de Eliseu ocorreu num mo-mento em que a religião do Senhor, Deus de Israel, estava enfrentando uma afronta por parte da adoração ao deus Baal; nesse sentido, a atitude de Eliseu frente a essa idolatria foi fundamental a fim de trazer o povo de volta a Deus. Uma das características do seu ministério foi a compaixão pelas neces-sidades daqueles que estavam a sua volta.

APREnDAMoS CoM ELiSEuA lição que podemos tirar com o exem-

plo de Eliseu é de que a obra de Deus exige, sempre, árduo trabalho, dedicação e persistência. Jesus mesmo usou como exemplo as mãos no arado para referir--se ao trabalho do seu Reino (Lc 9.62). O trabalho no Reino de Deus exige paciência e humildade para aprender e comprometi-mento para servir, não basta simplesmente se nominar cristão, o Reino de Deus requer fiéis que façam a diferença a favor do Evangelho. Percebamos nas atitudes de Eliseu como um cristão pode se constituir em alguém que faz a diferença onde está.

Somos desafiados como crentes em Je-sus a segui-lo de perto, ter comunhão com ele, conhecer sua Palavra e seu modelo de vida, imitá-lo, fazer a sua obra, representá--lo como seus embaixadores.

PontoS FoRtES E êxitoS nA ViDA DE ELiSEu

- Discípulo e sucessor de Elias como profeta de Deus.

- Seu ministério causou grande impacto não só em Israel, mas também em Judá, Moabe e Síria.

- Homem íntegro que em momento algum tentou tirar proveito para si a custa dos outros.

- Servo de Deus cujos feitos procuravam ajudar aqueles que estavam sofrendo.

LiçõES DE ViDA- Aceitou humildemente os ensinamen-

tos de seu mestre e deu continuidade ao seu trabalho.

- Deixou para traz seus interesses pes-soais a fim de seguir os interesses de Deus.

- Onde se encontrava, procurava fazer a diferença com suas atitudes.

inFoRMAçõES ESSEnCiAiS- Local: natural de Abel Meolá no vale do

Jordão que ficava no reino do Norte (Israel).- Ocupação: agricultor, discípulo de Elias

e profeta de Israel (Reino do Norte).- Familiares: filho de Safate.- Contemporâneos: profeta Elias (seu

mestre) e os reis do Norte: Acabe, Acazias, Jeorão, Jeú, Jeocaz e Jeoás.

A história do profeta Eliseu pode ser encontrada em 1 Rs 19.16 a 2 Rs 13.20. Ele também é mencionado em Lc 4.27.

VERSíCuLo ChAVE“Elias disse a Eliseu: - Diga o que você

quer que eu faça por você antes que eu seja levado embora. Eliseu disse: - Quero receber como herança duas vezes mais poder do que os outros profetas vão receber” (2 Rs 2.9).

EmErson ZiElkE | Pastor Conselheiro da LLLB

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias 13

LLLB presente em culto na língua pomerana

Representantes da LLLB, presidente Oldemar Rohlof e pastor conse-lheiro Emerson Zielke, estiveram presentes no culto em língua pomerana realizado na Congregação Cristo de Marechal Cândido Rondon, PR. A cerimônia foi em homenagem aos pomeranos que residem na cidade e que são membros da Congregação. O culto aconteceu no dia 15 de abril e foi ministrado pelo pastor Milton Vorpagel de São Lourenço do Sul, RS, que foi contemplado com um boton da Liga de Leigos. Os principais leigos organizadores do evento foram Valdemar Vorpagel e Valmor Vorpagel. A programação foi concluída com um almoço orga-nizado pelo Departamento de Leigos da comunidade.

Distrito Sul II repassa oferta a LLLB

Em visita a Marechal Cândido Rondon para ministrar o culto na Língua Pomerana, o pastor Milton Vorpagel fez questão de se encontrar com a Diretoria Nacional da LLLB a fim de repassar à tesouraria da Liga a oferta do Distrito de Leigos Sul ii, onde, no mês de março, o presidente Oldemar se fez presente no con-gresso de leigos.

DADoS DA tESouRARiA DA LLLBTesouraria: Winfried Arno Hübner (vice: Valdir Weirich)Caixa Econômica FederalBanco 104 - Agência: 0968Operação: 013 (Conta Poupança)Conta: 52674-1Favor informar os depósitos realizados para LLLB através do

e-mail [email protected] ou pelo telefone (45) 9948-0250 (Rudi).

Encontro Esportivo em Ponta Grossa

No dia 29 de abril, aconteceu o Encontro Esportivo de Leigos do Distrito Campos gerais (DCG). O encontro teve início com uma palestra sob o tema “Oração”, com base em 1 Tessalonicenses 5.17: “Orai sem cessar”. A palestra foi dirigida pelo conselheiro distrital de leigos do DCG, pastor Ervino Martim Spitzer.

Na parte da tarde, os leigos praticaram vários esportes, como Ping-Pong, Pebolim, Kinps, Truco e Futebol. O evento aconteceu na cidade de Ponta Grossa, PR, na Sede Recreativa e Esportiva da Prefeitura Municipal e contou com 80 pessoas, entre leigos, servas e jovens. “Incentivamos os distritos e ligas que se organizem, a fim de promoverem estes eventos em seus distritos, com o fim de comunhão e amizade entre ligas e leigos”, disse o pastor Spitzer.

fotos: arquivo editora concórdia

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Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias14

JeLB - Juventude evangéLica Luterana do BrasiL

Aconteceu, nos dias 28, 29, 30 de abril e 1º de maio, o 10º Congresso da Juventude Evangélica Luterana Catarinense (JELC), na cidade de Biguaçu, região da Grande Florianópolis, SC. Mais de 200 jovens responderam ao chamado e juntos disseram: “Estamos aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hebreus 10.9). Esse versículo fundamentou o tema do congresso, “Ci-dadão do Céu”, bem como caracterizou os dois anos de trabalho da Diretoria KOINONIA (gestão 2010/2012).

A certeza de que “Sou um Cidadão do Céu” veio com as palestras ministradas pelos pastores Leonídio Görl e Mário Rost. O congresso contou também com a presença e a apresentação dos grupos Herdeiros (Porto Alegre, RS), The Unknown (Curitiba, PR) e Alicerce (Joinville, SC). Na ocasião, aconteceram as finais do “Festival da JELC”, nas modalidades: dança litúrgica, música, teatro cristão e teatro humorístico.

Em comemoração aos 18 anos da JELC, foi realizado um resgate histórico dos congressos estaduais, inclusive com a leitura de fragmentos da ata do primeiro congresso e uma homenagem a sua comissão organizadora (Renato de Lima, Jeferson de Alencar e Luciane Tomm), finalizando com uma festa de aniversário.

Os congressistas ainda tiveram a oportunidade para contemplar a região com o dia do turismo e, assim, testemunhar das maravilhas da criação.

Foi um congresso abençoado, onde sentimos a presença e o amor de Deus em cada minuto. Fica a saudade e o desejo que Deus continue abençoando a diretoria eleita, Gestão ÁGAPE, para o trabalho até 2014.

gEStão ÁgAPE (2012-2014)Presidente: Marcus E. DeckertVice: Franciel SchelskeTesoureiro: Lucas SchatzVice: Cezar SchelskeSecretária: Rubia SchatzVice: Lucas KrutzmannPr. Conselheiro Alisson Schröpfer da SilvaPr. Conselheiro Elemar Frederico Reus

Jovens catarinenses se reúnem em congresso fotos: carolina strelow

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias 15

Visite e conheça mais a JELB

Chegamos em junho, mês difícil para os estudantes — muitos trabalhos, provas e, para quem faz disciplina semestral, também tem a expectativa: “Será que vou ser aprovado?”. Mas existe uma luz no fim do túnel, logo depois deste mês “terrível” vêm as esperadas (e merecidas) férias. Você já pensou no que vai fazer?

A JELB apresenta uma sugestão: participar de um congresso de jovens. O seu distrito não tem congresso nesta data? Não se preocupe, junho e julho são marcados como meses de congressos distritais em todos os cantos do país. Aqui, você confere algumas das programações Brasil a fora.

Para mais informações destes eventos, basta acessar o site da JELB www.jelb.org.br/events. O seu distrito vai realizar alguma atividade, e não está na tabela? Envie um e-mail para [email protected] que incluiremos esta programação no nosso site.

O que será? Qual Distrito? Onde? Quando? Encontro Esportivo Paraná Centro Palmital, PR 02 e 03/06 Encontro da Amizade Sete Quedas Planalto do Oeste,

Nova Santa Rosa, PR 03/06

Intercâmbio de Jovens Luteranos

Nordeste Verdes Mares Campina Grande, PB 07/06

Olimpíada Esportiva (1ª fase)

Vale do Rio do Sinos

Local a ser definido 16 e 17/06

Retiro Espiritual e Esportivo

Concórdia Portão, RS 16 e 17/06

Encontro Esportivo e Musical

Vale do Rio Gravataí Canoas, RS 16 e 17/06

41º Congresso Distrital Hortênsias Rolante, RS 23 e 24/06 O que será? Qual Distrito? Onde? Quando? Encontro Cultural Lourenpel Santo Antônio, São

Lourenço do Sul, RS 08/07

Congresso Interdistrital Pará-Norte, Amazônico e Vale do Tocantins

Belém, PA 12 a 15/07

Congresso Distrital Espírito Santo Norte Barra de São Francisco, ES

13 a 15/07

Congresso Distrital Espírito Santo Sul Domingos Martins, ES 13 a 15/07 Congresso Distrital Bandeirante Local a ser definido 14 a 15/07 Congresso Distrital Capixaba Domingos Martins, ES 20 a 22/07 Congresso Regional Alto Rio Madeira e Rio

Machado Porto Velho, RO 20 a 22/07

XIII Congresso Distrital Nordeste Coqueiros Pilar, AL 20 a 22/07 Congresso Distrital Rio Doce Itueta, MG 20 a 22/07 Congresso Distrital Mineiro Ravena, MG 21 a 22/07 E.Lu Nordeste Verdes Mares Ceará Mirim, RN 20 a 22/07 XV Congresso Distrital Norte Matogrossense Porto dos Gaúchos,

MT 27 a 29/07

Congresso Distrital Rio de Janeiro Rio de Janeiro, RJ 27 a 29/07

Agenda de eventosJunho

O que será? Qual Distrito? Onde? Quando? Encontro Esportivo Paraná Centro Palmital, PR 02 e 03/06 Encontro da Amizade Sete Quedas Planalto do Oeste,

Nova Santa Rosa, PR 03/06

Intercâmbio de Jovens Luteranos

Nordeste Verdes Mares Campina Grande, PB 07/06

Olimpíada Esportiva (1ª fase)

Vale do Rio do Sinos

Local a ser definido 16 e 17/06

Retiro Espiritual e Esportivo

Concórdia Portão, RS 16 e 17/06

Encontro Esportivo e Musical

Vale do Rio Gravataí Canoas, RS 16 e 17/06

41º Congresso Distrital Hortênsias Rolante, RS 23 e 24/06 O que será? Qual Distrito? Onde? Quando? Encontro Cultural Lourenpel Santo Antônio, São

Lourenço do Sul, RS 08/07

Congresso Interdistrital Pará-Norte, Amazônico e Vale do Tocantins

Belém, PA 12 a 15/07

Congresso Distrital Espírito Santo Norte Barra de São Francisco, ES

13 a 15/07

Congresso Distrital Espírito Santo Sul Domingos Martins, ES 13 a 15/07 Congresso Distrital Bandeirante Local a ser definido 14 a 15/07 Congresso Distrital Capixaba Domingos Martins, ES 20 a 22/07 Congresso Regional Alto Rio Madeira e Rio

Machado Porto Velho, RO 20 a 22/07

XIII Congresso Distrital Nordeste Coqueiros Pilar, AL 20 a 22/07 Congresso Distrital Rio Doce Itueta, MG 20 a 22/07 Congresso Distrital Mineiro Ravena, MG 21 a 22/07 E.Lu Nordeste Verdes Mares Ceará Mirim, RN 20 a 22/07 XV Congresso Distrital Norte Matogrossense Porto dos Gaúchos,

MT 27 a 29/07

Congresso Distrital Rio de Janeiro Rio de Janeiro, RJ 27 a 29/07

JuLho

Queremos também desafiar os jovens a praticarem um dos objetivos da organização juvenil, a hospitalidade. Olhe a lista de congressos, escolha um para participar, entre em contato com os jovens do distrito e dê a eles a opor-tunidade de praticarem a hospitalida-de. Depois, é só se inscrever, preparar a mochila e viajar para o congresso. E não se esqueça de tirar fotos, escrever as experiências que viveu e mandar uma notícia para que possamos com-partilhar a sua experiência com outros jovens da JELB em nosso site.

Mais um desafio JELB

Conte como foiUma das experiências mais gosto-

sas que os jovens que passaram pela JELB relatam é de como foi participar de um congresso em outro distrito, seja visitando sozinho ou com um gru-po de amigos. O presidente da JELB, Josué Sander, incentiva: “Eu já tive a oportunidade de visitar vários distritos e, em cada um deles, conheci pes-soas abençoadas e fui tratado como um irmão por todos. São experiências maravilhosas que gostaria que todos tivessem a oportunidade de ter”.

Com certeza, você vai aprender muito. Palestras, temas, brincadeiras e pessoas diferentes sempre nos en-sinam muitas coisas e nos motivam também. Depois, você pode aplicar em seu distrito ou união juvenil tudo o que aprendeu nessa viagem.

notíciasIELB

Mensageiro | Junho 2012 | encarte ieLB notícias16

ORDENAÇÕES E INSTALAÇÕES

INDICADORES DA IELB

rEnato bauErmann Tesoureiro da IELB

CONTATOS DA IELB

PRESIDENTEEgon [email protected] 1º VICE-PRES. Arnildo Schneider [email protected] 2º VICE-PRES. geraldo Schüler [email protected] SECRETÁRIO Rubens ogg [email protected] TESOUREIRO Renato Bauermann [email protected] PEM Adilson Schünke [email protected] PROJETOS Mario Lehenbauer [email protected]

CONTRIBUIÇÕES DAS CONgREgAÇÕES

Valores válidos para junho/2012IEG= 1,6040 POUP= 2,7055 IFAPAI= 3,6216 IFPP= 3,7490Rentab. [Líquida] (mensal atual) FPP/FAPAI = 0,6035 % Poupança = 0,5470[bruta] (mensal atual) FPP/FAPAI = 0,7135 %Política de Subsistência Pastoral: Básico: R$ 2.017,00 (válido a partir de abril/2011)

Anuênios (1° ao 20°) = R$ 72,61

JoELSon RonEi DREhMER – no dia 18 de março de 2012, instalado como pastor na CEL São Mateus de Sapiranga, RS, pelo con-selheiro do Distrito Vale do Rio dos Sinos, pastor Arnildo Arthur Figur. Era pastor em Nova Petrópolis, RS.

giLSon hoFFMAnn – no dia 1º de abril de 2012, instalado como pastor na CEL Paz de Teixeira de Freitas, BA, pelo conselheiro do Distrito Espírito Santo Norte, pastor Elmar Hoffmann. Era pastor em Jataí, GO.

ÁLiStER JonES PiEPER – no dia 15 de abril de 2012, instalado como pastor na CEL São Lucas de Ponto Alto, Domingos Martins, ES, pelo conselheiro do Distrito Verdes Vales, pastor Avelino Vorpagel. Era pastor em Itueta, MG.

CARLoS Luiz BEnDER – no dia 15 de abril de 2012, instalado como pastor na CEL São Pedro de São Francisco de Paula, RS, pelo conselheiro do Distrito Hortênsias, pastor Arnildo Adair Schmidt. Era pastor em Taquara, RS.

DAMiR WAgnER LouREt – no dia 15 de abril de 2012, instalado como pastor na CEL Cristo Vive de Espigão D’Oeste, RO, pelo con-selheiro do Distrito Rio Machado, pastor Syrio Jost Wendt. Era pastor em Tangará da Serra, MT.

AnDRé hönKE – no dia 22 de abril de 2012, instalado como pastor na CEL São Lucas do bairro Ouro Branco, Novo Hamburgo, RS, pelo presidente da IELB, pastor Egon Kopereck. Era pastor em Novo Cabrais, RS.

gERSon DiEtER PRAtES – no dia 28 de abril de 2012, ins-talado como capelão universitário da ULBRA no Centro Universitário Luterano, na CEL Bom Pastor de Manaus, AM, pelo conselheiro do Distrito Amazônico, pastor Maximi-

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Realizado 2011 193.461,25 162.870,93 227.148,70 189.028,10 209.310,28 237.280,42 203.265,43 229.825,19 225.299,69 187.944,21 241.734,34 342.441,37Meta/12 187.607,28 157.199,96 234.319,31 195.517,17 203.111,31 221.503,23 218.086,92 211.831,68 247.174,06 214.435,50 231.995,70 318.411,19Realiz.2012 235.241,44 185.564,52 259.656,02 221.741,41

100.000,00

140.000,00

180.000,00

220.000,00

260.000,00

300.000,00

340.000,00

liano Wolfgramm Silva. Era pastor em São Pedro do Sul, RS.

MÁRio hARtMAnn – no dia 28 de abril de 2012, instalado como pastor na CEL Cristo do bairro Florestal, Lajeado, RS, pelo secre-tário da IELB, pastor Rubens José Ogg. Era pastor em Doutor Maurício Cardoso, RS.

rony ricardo marquardtResponsável Cadastro

e Estatística IELB

CONTAS DA IELB

Banco do Brasil SAAg 0010-8C/C 4206-4 Bradesco SAAg 0324-7C/C 108288-4 Banrisul SAAg 0100C/C 06.150713.0-0

Saiba mais sobre a Igreja Luterana em

www.ielb.org.brIELB 2012 | A Igreja comunica a Vida

Itau SAAg 0159C/C 33581-9 SicrediAg 0116C/C 6115-8

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