1
A B W A 0 1000 (m) Lagoa Juiz de Fora Lagoa Redonda Córrego do Macaquinho Córrego do Passa-Dez Córrego do Atalaia Córrego dos Macacos Córrego São Silvestre Rio Caratinga Córrego Doutor Dimar Preto E B do Bom Jardim Córr. Córr. Boa da E sp e r ança C ó r r. C a c ho e i rinh a C ó rr. d os B e n evi no s Rib. Sacra m ento C ór r eg oG r ande Córr. Lage Rio Caratinga RIO MATIPÓ Rib. do Boi RIO Rib. dos Óculos Preto Rio Rio Caratinga Atalaia Córrego do do Galho Rib. Laje Lagoa Silvana Cachoeirão Lagoa do Jacinto Lagoa da Garça Lagoa da Ferrugem Lagoa do Jacaré Lagoa Cabiuna Lagoa da Pedra Rio Caratinga RIO DOCE Ribeirão do BOI Córr.Coqueiro Rib. do Boi Córr. Indaiá Córr. Indaiá ou Preto Córr. Boa Vista Córr. Oriente Córr. do Mantimento Córr. Grande Rio Caratinga Córr. Feijoal Córr. da Ferrugem Rib. dos Óculos Córr. da Sobra Córr. da Barreirinha Córr. Santa Cruz do Galho ou Sapucaia Córr. Cachoeira Alegre Córr. dos Gomes Córr. São Vicente Rio Preto de São Simão Lagoa da Estrela Rib Vermelho Córr. Boa Vista Córr. dos Macacos ou São João da Boa Sorte Córr. São Bento Córr. Ferrugem Córr. Pedrosa Córr. Feijoal Córr. São Rib. Sacramento Córr. Grande Bento Rio Preto Córr. Santa Luzia Córr. Santa Cruz Córr. do Pião Córr. do Firmino Córr. Piedade Rio Preto RIO DOCE RIO DOCE RIO DOCE Córrego Macaquinho Córrego Passa Dez Córego São José d oB a t a tal Ribeirão do Imbé Córrego do Tibúrcio CARATINGA BOM JESUS DO GALHO SANTA RITA DE MINAS UBAPORANGA ENTREFOLHAS VARGEM ALEGRE INHAPIM QUARTEL DO SACRAMENTO PIEDADE DE CARATINGA SÃO JOSÉ DO BATATAL SÃO SEBASTIÃO DO BATATAL SÃO DOMINGOS DAS DORES CORDEIRO DE MINAS SÃO CÂNDIDO CÓRREGO NOVO SANTA BÁRBARA DO LESTE SÃO GERALDO PINGO D'ÁGUA PASSA-DEZ Vermelho Velho São Vicente da Estrela São Sebastião dos Óculos Santana do Tabuleiro Sapucaia Dom Lara Dom Modesto São José do Rio Preto PRATA CARACOL REVES DO BELÉM SANTO ANTÔNIO DO ALEGRE INDAIÁ SÃO PEDRO MACUCO MONTE CRISTO PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE TAQUARAÇU SÃO JOÃO DA BOA SORTE BATATAL SANTA EFIGÊNIA PARQUE ESTADUAL DO RIO DOCE ACAMPAMENTO DO HORTO DE PONTE QUEIMADA (ACESITA) PEDRA ITAÚNA CASCALHEIRA SANTA TEREZA RIO CLARO PEDRA DO MACACO MARINGÁ PEDRA FRIA NOITE GRANDE CORNÉLIO ALVES ORIENTE SERRA BOA VISTA SANTA LUZIA SANTO ANTÔNIO 7788 km N 7796 7804 7812 7820 7828 7836 7788 7796 7804 7812 7820 7828 7836 764 772 780 788 796 804 812 764 km E 772 780 788 796 804 812 20º00' 42º30' 19º30' 42º30' W GREENWICH 19º30' 42º00' 20º00' 42º00' 75 qt agi fd ac ama ac ac mi ama be,mi sb mi mi,qzr sb ama,mi ac ac sb c mi mi c ama,mi ac ac ac ama,mi ac ama ama br,pa pa ama,cm,mi cm,mi ama ac ac ac c c ama ama mi cm br,enb sb br ac ac c br ac ac ac br pl cm cm ac cm ac ac ac br,pc ac br ca ac sb go ac sb SEÇÃO GEOLÓGICA ESQUEMÁTICA Base planimétrica gerada a partir da digitalização da folha SE.23-Z-D-VI, Caratinga, escala 1:100.000, 1980, da FIBGE. Atualização efetuada com base em dados de campo fornecidos pelas equipes técnicas da CPRM. Editoração cartográfica executada na GERIDE/ CPRM/BH, sob a supervisão geral do Gerente de Relações Institucionais e Desenvolvimento-GERIDE, geólogo Nelson Baptista de O. Resende Costa, com a coordenação da geógrafa Rosângela G. Bastos de Souza. Digitalização: Márcio Ferreira Augusto/FUNDEP. Editoração e arte-final: ArquiCAD - Arquitetura e Computação Gráfica Ltda. Revisão da arte-final: Rosangela G. Bastos de Souza/CPRM Autor: Geólogo Supervisor: Geólogo João Bosco Viana Drumond Nicola Signorelli Projeto integrante do Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB, que é executado pela CPRM - Serviço Geológico do Brasil, através de suas Unidades Regionais sob a coordenação do Departamento de Geologia- DEGEO, chefiado pelo geólogo Sabino Orlando C. Loguércio. Este Projeto foi executado na Superintendência Regional de Belo Horizonte- SUREG/BH, em convênio com a Secretaria de Minas e Energia do Governo do Estado de Minas Gerais- SEME e Companhia Mineradora de Minas Gerais- COMIG, sob a coordenação regional do Gerente de Geologia e Recursos Minerais- GEREMI, geólogo Claiton Piva Pinto e a coordenação nacional do geólogo Inácio de Medeiros Delgado, da Divisão de Geologia Básica- DIGEOB. Representantes no Projeto: CPRM - Claiton Piva Pinto SEME - José Fernando Coura COMIG - Marcelo Arruda Nassif FOLHA SE.23-Z-D-VI CARATINGA MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS SECRETARIA DE MINAS E ENERGIA COMPANHIA MINERADORA DE MINAS GERAIS PROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:100.000 - ANEXO I SINOPSE GEOLÓGICA Complexo Mantiqueira Complexo Juiz de Fora: Unidade Tonalítica (Pjf1): Unidade Enderbítica/Opdalítica/Norítica (Pjf2): Unidade Metadiorítca (Pjf3): Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo: Grupo Rio Doce Indiviso: Suíte Metamórfica Santo Antônio do Grama: Anfibolitos: Metagabronoritos: Tonalito Derribadinha: Tonalito Entrefolhas Tonalito Bom Jesus do Galho. Granito Santo Antônio: Tonalito Vermelho Novo: Granito Santa Maria do Baixio: Terraços Aluviais Aluviões Pegmatitos: Argilas Calcário: Saibreiras: Pedreiras INTRODUÇÃO RECURSOS MINERAIS O Projeto Leste ocupa a região entre os paralelos 15 S e 20 S, estendendo-se do leste da Serra do Espinhaço à divisa com os estados do Espírito Santo e Bahia. Geologicamente a área está relacionada ao Cinturão Araçuaí implantado durante a fase terminal do Ciclo Brasiliano, no Neoproterozóico/Cambriano, incluindo domínios do embasamento Arqueano e Paleoproterozóico, retrabalhados. Na área ao sul do paralelo 19 S, adotou-se uma divisão em domínios lito-estruturais definidos como Mantiqueira, Juiz de Fora, Pocrane, Galiléia/Rio Doce e Oriental. Nesses domínios estão individualizados vários corpos de granitos, ortognaisses, rochas de alto grau metamórfico, seqüências metassedimentares e metavulcano-sedimentares tipo . Esta área está representada nas folhas Ipatinga, Coronel Fabriciano, Dom Cavati, Caratinga, Itanhomi, Ipanema e Conselheiro Pena-São Gabriel da Palha. : É representado por ortognaisses cálcio-alcalinos bandados a fitados até finamente laminados, localmente migmatíticos, com intercalações de anfibolitos. Predomina a granulação fina e média apesar da presença ocasional da granulação grossa. São (anfibólio)-biotita gnaisses de composição tonalítica a granítica, com textura predominantemente granoblástica e estruturas milonítica e protomilonítica. Os constituintes essenciais são plagioclásio, quartzo, biotita, hornblenda e ortoclásio/ microclina. O metamorfismo é da fácies anfibolito. Os anfibolitos são cinza-escuros a esverdeados, de granulação média a fina, textura nematoblástica a granoblástica. São compostos por plagioclásio, hornblenda, quartzo, biotita e opacos. Mostram-se boudinados e lenticularizados. É aqui restrito a rochas ortoderivadas paleoproterozóicas metamorfisadas nas fácies anfibolito ou granulito. As divisões apresentadas a seguir mostram predominância de um litótipo sobre os demais, não sendo excludentes. é representado por rochas de composição tonalítica, e subordinadamente granítica e granodiorítica, cinza a cinza-claras, de granulação média a grossa. A textura dominante é a granoblástica e estruturas miloníticas ou protomiloníticas, constituem uma feição muito comum nessas rochas. Os minerais essenciais são plagioclásio, quartzo, K-feldspato, biotita, hornblenda. As rochas desse domínio apresentam encraves máficos (hiperstênio diorito, norito, gabronorito) ou manchas difusas enderbíticas e subordinadamente opdalíticas. Sillimanita cianita ocorrem localmente, podendo tratar-se de contaminação por rochas supracrustais não mapeáveis na escala proposta para o presente trabaho. predominam rochas enderbíticas e opdalíticas; as noríticas são subordinadas. As enderbíticas são cinza a esverdeadas, de granulação média e, localmente, bandadas. São constituídos por plagioclásio, quartzo, biotita, granada, hiperstênio e clinopiroxênio, hornblenda e ortoclásio. Localmente, apresentam encraves arredondados, lenticulares e irregulares de metagabronorito. Os termos opdalíticos são cinza a cinza-escuro, de granulação média a fina e, em alguns locais, bandados. São compostos por quartzo, plagioclásio, biotita, granada, hiperstênio, clinopiroxênio e ortoclásio. Estruturas miloníticas e protomiloníticas são muito comuns. As rochas noríticas são metaluminosas, cinza-escuras, granoblásticas a nematoblásticas, de granulação média a fina. São constituídas de plagioclásio, hiperstênio, clinopiroxênio, biotita, quartzo e hornblenda. Associado a essas rochas, ocorre granodiorito protomilonítico composto de plagioclásio, ortoclásio, quartzo e biotita. predominam diorito e granodiorito gnaissificados, com rochas graníticas subordinadas. As rochas dioríticas e granodioríticas são cinza a cinza-escuro, granoblásticas e nematoblásticas, de granulação média a fina e localmente bandadas. São formadas de plagioclásio, quartzo, K-feldspato, hornblenda e biotita. Rochas graníticas metaluminosas ocorrem associadas aos dioritos e granodioritos, sob a forma de níveis centimétricos a métricos. É constituída por gnaisses, com intercalações de quartzito, biotita-quartzo xisto e anfibolito. O litótipo dominante é um (sillimanita)-granada-biotita gnaisse com muscovita. Mostra-se, em geral, milonitizado, adquirindo aspecto xistoso, devido ao estiramento dos cristais de quartzo, feldspato e granada. Os quartzitos impuros ocorrem sob a forma de lentes, com espessuras variando de centimétricas a métricas, e apresentam cor esbranquiçada, granulação média a grossa. O biotita- quartzo xisto tem granulação média a fina, está milonitizado e é composto de quartzo, feldspato, biotita e muscovita. Os anfibolitos formam corpos tabulares e apresentam granulação média e textura nematoblástica. É composto por quartzito, xisto e calcário. O quartzito tem granulação média a grossa (do tipo "sal grosso"), textura granoblástica e é composto de quartzo e plagioclásio. O xisto tem granulação média a fina e é constituído de quartzo, mica e pouco feldspato. Uma lente de calcário intercala-se com o xisto. O calcário tem cor branca e é composto de cristais milimétricos de calcita branca recristalizada. É constituída por anfibolitos e metagabronoritos. São cinza-escuros, de granulação média, textura nematoblástica e granoblástica e constituídos de hornblenda, plagioclásio, titanita, opacos, apatita diopsídio-augita e quartzo. A associação hornblenda+plagioclásio±clinopiroxênio indica condições de metamorfismo compatíveis com a fácies anfibolito alto. São rochas cinza-escura, de granulação média e textura nematoblástica e granoblástica. Compõem-se de hornblenda, plagioclásio, clinopiroxênio e hiperstênio e titanita . Apresentam níveis quartzo-feldspáticos de formas diversas (dobrados, fraturados, falhados, estirados e lenticularizados). A paragênese hiperstênio e clinopiroxênio+plagioclásio+hornblenda é típica de metabasitos metamorfisados em condições de fácies granulito, sob condições de baixa pressão. É representado por granitóides de composição dominantemente tonalítica e granítica, subordinadamente granodiorítica e monzonítica, de cor cinza a cinza-clara, granulação média a grossa. Alguns litótipos exibem cristais ocelares de feldspato estirados a sigmoidais. Localmente, essas rochas mostram um bandamento conferido por níveis quartzo-feldspáticos intercalados com níveis cinza-escuros onde dominam biotita, anfibólio e rara granada. Em geral são protomiloníticos a miloníticos com texturas granoblástica e lepidoblástica. Apresentam como constituintes principais quartzo, plagioclásio, microclina/ortoclásio, biotita e hornblenda. A associação titanita ± allanita ± hornblenda indica caráter metaluminoso para essas rochas. Contêm encraves de formas ovóides, lenticulares e irregulares de diorito. Associados a esses granitóides, ocorrem norito e enderbito cinza-escuros a esverdeados, granulação média a fina e localmente miloníticos. . É constituído, predominantemente, por rochas de composição tonalítica e, subordinadamente, granítica. Apresentam muita semelhança com as rochas do Tonalito Bom Jesus do Galho, diferenciando-se destas apenas por estarem mais afetadas tectonicamente. Têm como características marcantes as estruturas miloníticas a protomiloníticas e um bandamento tectônico. São rochas de granulação média a fina e textura predominantemente granoblástica. Apresentam como constituintes principais quartzo, plagioclásio, ortoclásio/microclina, biotita castanho-avermelhada e granada. Sillimanita fibrolítica ocorre como mineral subordinado, definindo caráter peraluminoso para essas rochas. Em alguns locais são observados xenólitos de hiperstênio diorito deformados, correlacionáveis ao Complexo Juiz de Fora. É formado por rochas de composição predominantemente tonalítica e subordinadamente granítica, de cor cinza a cinza-clara e granulação média a grossa. A textura granular hipidiomórfica encontra-se, muitas vezes, mascarada por estruturas miloníticas ou protomiloníticas. São compostos principalmente por quartzo, plagioclásio, ortoclásio/microclina, biotita, granada, sillimanita fibrolítica e opacos. A presença de sillimanita indica caráter peraluminoso para essas rochas, definindo-as como granito tipo S. Em alguns locais, observam-se manchas de composição enderbíticas, bem como lentes ou faixas restritas de metassedimentos gnaissificados e milonitizados, possivelmente correlacionáveis ao Grupo Rio Doce. Apresenta ainda xenólitos com formas lenticulares, arredondadas e irregulares, de hiperstênio diorito, hiperstênio tonalito, hiperstênio granito e metadiorito, possivelmente correlacionáveis ao Complexo Juiz de Fora. Em geral, esses xenólitos estão bem deformados, por vezes com estruturas protomiloníticas a miloníticas. A foliação milonítica impressa nas rochas do Tonalito Bom Jesus do Galho sugere que as mesmas foram afetadas pela tectônica brasiliana Compõe-se de granito, cinza, porfiroclástico, com feldspato ocelares e tabulares de até 3cm, imersos em uma matriz quartzo-feldspática de granulação média milonítica e granoblástica. Os constituintes principais são plagioclásio, ortoclásio, quartzo e biotita. Subordinadamente ocorrem hornblenda, opacos, apatita, zircão, carbonato, allanita e titanita. O hiperstênio aparece localmente e nesse caso a rocha passa a ser classificada como charnockito. É representado predominantemente por rochas de composição tonalítica seguidas de granodioríticas e graníticas. Apresentam granulação média a grossa e textura granular hipidiomórfica local. Uma característica comum nessas rochas é a presença de estruturas protomiloníticas a miloníticas. Localmente estão gnaissificadas, bandadas, exibindo textura predominantemente granoblástica. A presença de hornblenda na mineralogia principal, além de titanita e allanita como acessórios, define caráter metaluminoso para o magma gerador dessas rochas (magma tipo I). Contêm encraves de metadiorito e de protomilonitos e milonitos de hiperstênio diorito e hiperstênio tonalito, e intrusões de metagabros. É formado por rochas graníticas e granodioritícas subordinadas, cinzas, miloníticas a protomiloníticas. Mostram cristais ocelares e tabulares de feldspato de até 4cm imersos em uma matriz quartzo-feldspática de granulação fina. Os constituintes principais são ortoclásio, plagioclásio, quartzo, biotita castanho-esverdeada e hornblenda. Titanita e allanita ocorrem como acessórios, e granada foi observada somente em escala mesoscópica. A associação hornblenda ± titanita allanita sugere caráter metaluminoso para o magma gerador dessas rochas. A presença de biotita castanho-esverdeada hornblenda indica cristalização do magma em ambiente oxidante. : São coberturas compostas por sedimentos argilosos, areno-argilosos (predominantes) e arenosos, de granulometria variada. As argilas têm coloração cinza a cinza-escura, bege e esbranquiçada e intercalam-se, às vezes, com areia fina inconsolidada. Em menor proporção, são encontrados níveis de cascalho com clastos angulosos a subangulosos. : São depósitos sedimentares formados de cascalho grosso, areia fina até grossa e níveis argilosos, observados ao longo das calhas dos córregos e rios. Foram reconhecidas três fases de deformação, sendo a mais antiga (D1) representada por um bandamento metamórfico pré-Brasiliano. A fase de deformação (D2), brasiliana, é caracterizada pela foliação de transposição de médio e baixo ângulo, de distribuição regional, associada a dobras isoclinais, intrafoliais, rompidas ou não e zonas de cisalhamento de médio e baixo ângulo (empurrão). A fase de deformação (D3) é marcada por dobramentos em geral suaves, muito abertos, atribuídos ao final do Brasiliano. Dividiu-se a área em dois domínios: o domínio I (Mantiqueira) engloba rochas do Complexo Mantiqueira, da Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo e da Suíte Metamórfica Santo Antônio do Grama; no domínio II (Juiz de Fora) foram incluídas rochas do Complexo Juiz de Fora, Grupo Rio Doce, tonalitos Vermelho Novo, Bom Jesus do Galho, Entrefolhas e Derribadinha e granitos Santa Maria do Baixio e Santo Antônio. Utilizou-se como critério a homogeneidade geométrica e cinemática dos elementos estruturais. Duas falhas se destacam na área. A primeira possui direção N-S, e constitui o contato das rochas do Complexo Mantiqueira (Domínio Mantiqueira) com o Tonalito Bom Jesus do Galho (Domínio Juiz de Fora). A outra, de direção NW, caracteriza o contato do Tonalito Derribadinha com o Tonalíto do Complexo Juiz de Fora. Tais falhas foram interpretadas como empurrões. Tais falhamentos foram originados pela tectônica brasiliana que ocasionou um imbricamento das rochas de diferentes níveis crustais, durante a fase de deformação (D2). O Domínio Mantiqueira apresenta dobras fechadas com amplitudes centimétricas e dobras abertas métricas, as quais ocorrem nos gnaisses do Complexo Mantiqueira. As dobras mais antigas, geradas durante a fase de deformação (D2), são fechadas, mostram caimento médio para E/4°-32º, sendo a xistosidade (foliação regional principal) plano-axial das mesmas. As dobras geradas na fase (D3) são abertas, mostram caimento para NE e SE, com valores de mergulho variando de 21 a 42°. Provocam arqueamentos suaves nas superfícies da foliação regional principal. A foliação principal no Domínio I tem atitude média N04°E/28°SE e no Domínio II, N07°W/49°NE. As lineações minerais e de estiramento do Domínio I apresentam caimentos médios de 12 para SE e NE, mas com tendência maior para norte. No Domínio II também observa-se uma concentração do caimento médio de 12°para norte. Analisando-se os dois domínios, nota-se uma predominância de lineações suborizontais norte-sul, associada a foliações de médio/alto ângulo, o que sugere componente transpressiva, com sentido de transporte N/S. Clivagens de fratura, observadas no Domínio I e no Domínio II, em rochas de granulação mais grossa, apresentam-se sub-verticais, com direção NW e mergulho para SW, direção NE e mergulhos para NW e SE e aproximadamente NS e mergulho para E. foram individualizados dois campos pegmatíticos denominados Vargem Alegre e Caratinga. O primeiro tem forma alongada, preferencialmente norte-sul, iniciando-se ao norte de Quartel do Sacramento e finalizando a oeste de Vargem Alegre. Foram cadastradas onze lavras, sendo oito com explotação subterrânea, por meio de túneis e galerias, e três nos depósitos secundários, a céu-aberto. A mica e, em menor escala, o quartzo, são destaques nos pegmatitos e a safira e água-marinha, nos depósitos retrabalhados. Os pegmatitos são simples e não zonados. Informações locais indicam, também, a presença de berilo e quartzo e aproveitamento de "escórias" de água- marinha e quartzo (cristal-de-rocha). O caulim retirado não é aproveitado devido à inexistência de beneficiamento a uma distância economicamente viável. Nos altos de Indaiá, a oeste de Vargem Alegre, algumas aluviões e/ou coluviões foram garimpados para explotação de safira. Por estarem os garimpos paralisados há anos, e esta região não possuir uma tradição na explotação mineral, os danos ao meio ambiente estão suavizados. O Campo Pegmatítico Caratinga tem uma área aproximada de 456km constituindo uma faixa de direção aproximada N-S, situada a S-SW de Caratinga, entre os municípios de Córrego Novo e Santa Bárbara do Leste. Os corpos pegmatíticos, desse campo, são homogêneos e não zonados, revelando como minerais essenciais quartzo, feldspato, muscovita e/ou biotita e, como acessórios turmalina, berilo e água-marinha. Possuem formas e dimensões bastante variadas, mas em geral são tabulares, com espessuras desde decimétricas a bolsões com potência de até quinze metros. As rochas encaixantes são (muscovita)-biotita-quartzo xisto e biotita gnaisse, localmente milonitizadas. Nesse campo foram cadastrados vinte corpos pegmatíticos, sendo que desses, apenas quatro se encontravam com lavra em atividade. Dos garimpos ativos três produzem caulim e o outro água-marinha (atualmente escória). Dos garimpos inativos, seis foram trabalhados para caulim, um para feldspato, quatro para água-marinha, dois para mica, dois para água- marinha, caulim e mica e, finalmente, um para caulim e mica. Os bens minerais mais procurados pelos garimpeiros são água-marinha e caulim. Este campo teve seu início de pesquisa na década de 40, com a procura de água-marinha, mica e caulim. Atualmente esses garimpos estão sendo mecanizados para extração de água-marinha e caulim. Outros três garimpos independentes e em atividade são o do córrego Perigoso, do Tico e das Três Barras. O garimpo do córrego Perigoso foi reativado com o objetivo de vender o caulim explotado para ser beneficiado em Santa Rita de Minas, à margem da BR-116. O garimpo do Tico é explotado há mais de quinze anos para caulim e sua produção é de 48m por semana. O garimpo Três Barras existe desde 1981 e produz caulim. A explotação é realizada através de quatro túneis, onde ocorrem vários veios pegmatíticos, de espessuras decimétricas. : Foram cadastrados, vinte e cinco depósitos. As lavras principais situam-se nas proximidades de Vargem Alegre, Cordeiro, Entrefolhas, Ubaporanga, Inhapim, Santana do Tabuleiro e Caratinga. A argila, marrom a amarela, é utilizada na indústria da construção civil e somente a empresa Agremax produz argila aglomerante. A produção das indústrias de cerâmicas e olarias são suficientes para atender às necessidades locais, sendo o excedente enviado para São Sebastião da Anta, Manhuaçu, São Domingos das Dores, Ipatinga, Realeza, Santa Rita de Minas, Santa Bárbara do Leste, Bom Jesus do Galho, Córrego Novo, Pingo D'Água, Piedade de Caratinga e Santana do Manhuaçu. A lavra da argila deixa cavidades no terreno, tornando-o impróprio para fins agrícolas e para a criação de gado. Em alguns locais já está havendo uma recomposição da terra com o plantio de capim. Foi cadastrada apenas uma ocorrência, localizada no córrego da Areia Branca/Lajinha, município de Ubaporanga. Ocorre como blocos de cor branca, na encosta do terreno, provenientes de uma lente em mica xisto do Grupo Rio Doce. É formada de cristais milimétricos de calcita branca, recristalizada. Foram retirados cerca de 300m de calcário,e vendidos para o IBC (Instituto Brasileiro do Café) de Caratinga, que utilizava o material como corretivo de solo. Identificaram-se quatro saibreiras. Destas, apenas uma está paralisada. As três em atividades estão situadas nas localidades de Córrego Santa Luzia / Rio Preto, município de Piedade de Caratinga; Córrego do Lage, município de Santa Rita de Minas e Cascalheira, município de Caratinga. A primeira,é explotada pela prefeitura de Piedade de Caratinga. Esse material é empregado como lastro nas estradas do município. A segunda é explotada por particular e utilizada na construção civil e na pavimentação de estradas. A última, está localizada próxima ao lixão da prefeitura de Caratinga, que explota o material; possui aproximadamente 150 metros de frente por 50 metros de altura. A produção mensal é de aproximadamente 4000m de saibro, que tem sua principal utilização no cascalhamento das estradas municípais. O saibro explotado é de quartzito intemperizado, friável, tipo "sal grosso". - Foram cadastradas nove pedreiras, quatro localizadas na periferia de Caratinga, duas nas proximidades de Ubaporanga, duas próximas a Entrefolhas e uma nas imediações de Inhapim. Destas, apenas três estão em atividade e voltadas para a produção de pedra britada para a construção civil, calçamento e alicerce. A brita é produzida a partir de gnaisses e rocha enderbítica. Mensalmente são produzidos em torno de 6500m . 0 0 0 o ,2 3 3 3 3 greenstone belt in situ, ± ± ± . ARTICULAÇÃO DA FOLHA ARTICULAÇÃO DA FOLHA CARTA GEOLÓGICA Folha SE.23-Z-D-VI - CARATINGA Escala 1:100.000 - CPRM - 2000 LOCALIZAÇÃO DA FOLHA NO ESTADO 0 4 2 6km 2 ESCALA 1: 100.000 2000 A CPRM agradece a gentileza de comunicação de falhas ou omissões verificadas nesta Folha. PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR DATUM VERTICAL: Marégrafo de Imbituba - Santa Catarina DATUM HORIZONTAL:SAD-69 Origem da quilometragem UTM: “Equador e Meridiano 45º W.Gr.”, acrescidas as constantes: 10.000km e 500km, respectivamente. LOCALIZAÇÃO DO PROJETO LESTE-MG - ETAPA II EM RELAÇÃO À FAIXA ARAÇUAI E DEMAIS ELEMENTOS GEOTECTÔNICOS 46º 44º 42º 40º 20º 18º 16º 14º 12º 10º Coberturas fanerozóicas Coberturas proterozóicas Grupo Bambuí Granitóides brasilianos Metassedimentos de médio e alto grau, brasilianos Áreas transamazônicas com rejuvenescimento brasiliano Áreas cratônicas, em parte retrabalhadas no Brasiliano BELO HORIZONTE VITÓRIA SALVADOR FA IX A C R Á T O N D O S Ã O F R A N C I S C O ARAÇUAÍ Modificado de ALMEIDA . (1978), SCHOBBENBAUS . (1984), DELGADO e PEDREIRA (1995). et al et al 42º 48º 16º 20º RJ SP MS BA ES GO DF 19º30' 20º00' 41º30' 41º30' 42º00' 42º00' 42º30' 42º30' 43º00' 43º00' 19º00' 19º00' 19º30' 20º00' 20º30' 20º30' SF-23-X-B-II CORONEL FABRICIANO SE-23-Z-D-V IPATINGA SE.23-Z-D-II DOM CAVATI SE.23-Z-D-III CARATINGA SE.23-Z-D-VI IPANEMA SE.24-Y-C-IV ITANHOMI SE.24-Y-C-I SF-23-X-B-III SF-24-V-A-I QHa NEOPROTEROZÓICO CENOZÓICO QPHt Nsgb Suíte Metamórfica Santo Antônio do Grama Nsaf Magmatismo Sin- a Tarditectônico SEQÜÊNCIA SUPRACRUSTAL Paleoproterozóico Magmatismo Pré- a Sintectônico Nsb Nsa Magmatismo Sintectônico Nbj Nd Nrdi GRUPO RIO DOCE INDIVISO Ne Nvn Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo Pss COMPLEXO JUIZ DE FORA Pjf 1 Pjf 2 Pjf 3 ARQUEANO COMPLEXO MANTIQUEIRA Am HOLOCENO PLEISTOCENO QHa Aluvião CENOZÓICO QUATERNÁRIO FANEROZÓICO 1,6 0,01 QPHt Terraço Aluvial ARQUEANO PROTEROZÓICO NEOPROTEROZÓICO PALEOPROTEROZÓICO Nrdi GRUPO RIO DOCE INDIVISO Seqüência Supracrustal 570 2.500 1000 1600 COMPLEXO MANTIQUEIRA Am Magmatismo sin- a tarditectônico Magmatismo sintectônico DOMÍNIO MANTIQUEIRA DOMÍNIO JUIZ DE FORA Magmatismo pré-tectônico Suite Metamórfica Santo Antônio do Grama Anfibolito Nsaf Gabro Nsgb Granito Santa Maria do Baixio Nsb Granito Santo Antônio Nsa COMPLEXO JUIZ DE FORA Pjf 2 Enderbitos e noritos Pjf 1 Tonalitos Pjf 3 Metadioritos Suite Metamórfica São Sebastião do Soberbo Pss Nvn Tonalito Vermelho Novo Tonalito Bom Jesus do Galho Nbj Ne Tonalito Entrefolhas Tonalito Derribadinha Nd Terraço aluvial: Sedimentos parcialmente consolidados, areno-argilosos predominantes, argilosos e arenosos de granulometria variada. Localmente ocorrem níveis de matacões, de cascalho e areia grossa. Corpos anfibolíticos: rochas cinza-escuras de granulação média, foliadas, compostas essencialmente por hornblenda, plagioclásio e quartzo. Aluvião: Sedimentos inconsolidados constituídos de cascalho grosso, areia fina a grossa e níveis argilosos. Corpos gabróicos: rochas cinza-escuras, foliadas, de granulação média, compostas essencialmente por hornblenda, plagioclásio, clino e ortopiroxênios. Granito Santa Maria do Baixio: Granito, subordinadamente granodiorito, com megacristais de feldspato, milonitizados, localmente com granada. Granito Santo Antônio: Granito a hiperstênio com megacristais de feldspato, milonitizado. Tonalito Bom Jesus do Galho: tonalito, subordinadamente granito, de granulação média a grossa, geralmente milonitizados, com xenólitos de norito, metadiorito, enderbito e charnockito. Localmente ocorrem lentes de metas-sedimentos (gnaisses miloníticos). Tonalito Entrefolhas: tonalito, subordinadamente granito, de granulação média a fina, geralmente milonitizados, bandados, com xenólitos de norito. Tonalito Vermelho Novo: tonalito, subordinadamente granodiorito e granito, geralmente milonitizados, porfiroclásticos; localmente bandados, com xenólitos de metadiorito, norito e enderbito. Associados ocorrem metagabros. e enderbito. Quartzitos, quartzitos intercalados a xistos, e calcários. (Sillimanita)-granada-biotita gnaisse, geralmente milonitizados, de aspecto xistoso, com intercalações de quartzito, biotita-quartzo xisto e anfibolito. Tonalitos, subordinadamente granito e granodiorito, geralmente milonitizados, com xenólitos de hiperstênio diorito - norito, metadiorito, metagabronorito e granulitos de composição norítica. Localmente, ocorrem enderbito, opdalito e norito. Domínio de enderbitos, noritos e opdalitos, geralmente milonitizados, com xenólitos de metagabronorito, subordinadamente norito. Associado ocorre granodiorito. Hornblenda-biotita gnaisses bandados de composição tonalítica a granítica, localmente migmatíticos, com intercalações de anfibolito. Tonalito Derribadinha: tonalito e granito, subordinadamente granodiorito e monzonito, geralmente milonitizados, com xenólitos de biotita- hornblenda gnaisse de composição diorítica e metadioritos. Associados ocorrem norito e enderbito. Domínio de rochas de composição diorítica a granodiorítica gnaissificadas. Localmente apresentam-se bandadas e com níveis de milonito de biotita granito com allanita. CONVENÇÕES GEOLÓGICAS Contato definido Contato aproximado Falha contracional (empurrão/reversa) aproximada Fratura Falha ou zona de cisalhamento aproximada Lineamentos estruturais: traços de superfícies “S” Foliação com mergulho medido Foliação vertical Lineação de estiramento com caimento medido Lineação B com caimento medido Junta com mergulho medido Junta vertical Clivagem de fratura com mergulho medido Clivagem de fratura vertical 45 30 45 ac- argila para cerâmica; agi - argila industrial; ama - água marinha; at - ametista; be - berilo; br - brita; ca - calcário; cm - caulim; fd - feldspato; go - gondito; mi - mica; pa - paralelepípedo; pc - pedra de construção; pl - pedra de talhe ou paralelepípedo; qzr - quartzo rosa; sa - safira; sb - saibro. OCORRÊNCIA MINERAL/SUBSTÂNCIA: Afloramento descrito Ocorrência mineral Lavra rudimentar/garimpo ativo Lavra rudimentar/garimpo paralisado Mina em atividade Mina paralisada 60 57 Cidade com mais de 50.000 habitantes Estrada pavimentada Estrada sem pavimentação CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS Estrada de ferro Drenagem, lagoa Aeroporto Cidade com menos de 50.000 habitantes Vila, povoado af - anfibolito; ca - calcário; enb - enderbito; gb - gabro; gbn - gabronorito ; nt -norito; od - opdalito; qt-quartizito. OCORRÊNCIA PONTUAL: COLUNA ESTRATIGÁRFICA IDADE(Ma) PROJETO LESTE Nsgb Nsgb Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Am Pss Pss Pss Pss Nvn Nvn Nvn Nvn Am Am Am Pjf 3 Pjf 3 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 2 Pjf 1 Pjf 1 Pjf 1 Pjf 1 Pjf 1 Pjf 1 Nsm Nrdi Nrdi Nsaf Nsaf Nsaf Nsaf Nsaf Nsaf Nsaf Nsa Nd Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Ne Ne Ne Ne Nd Nd Nd Nbj Nbj Nbj Nbj Nbj Nbj Nbj Nbj Nbj Nbj QHa QHa QHa Nbj Nbj Nbj Nrdi Nrdi QPHt QHa QHa QHa QHa QHa QHa QHa QHa QHa QHa QHa QHa QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt QPHt Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi Nrdi QPHt QPHt QHa Am QPHt QHa

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA GOVERNO DO ESTADO DE …

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Page 1: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA GOVERNO DO ESTADO DE …

A B

W

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0

1000(m)

LagoaJuiz de Fora

LagoaRedonda

Córrego doMacaquinho

Córrego doPassa-Dez

Córrego doAtalaia

Córrego dosMacacos

Córrego SãoSilvestre

Rio CaratingaCórrego Doutor

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Lagoa da Ferrugem

Lagoa do Jacaré

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CARATINGA

BOM JESUSDO GALHO

SANTA RITADE MINAS

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QUARTEL DOSACRAMENTO

PIEDADE DECARATINGA

SÃO JOSÉ DOBATATAL

SÃO SEBASTIÃODO BATATAL

SÃO DOMINGOSDAS DORES

CORDEIRODE MINAS

SÃO CÂNDIDO

CÓRREGONOVO

SANTA BÁRBARADO LESTE

SÃO GERALDO

PINGO D'ÁGUA

PASSA-DEZ

VermelhoVelho

São Vicenteda Estrela

São Sebastiãodos Óculos

Santana doTabuleiro

Sapucaia

Dom Lara

Dom Modesto

São José doRio Preto

PRATA

CARACOL

REVES DO BELÉM

SANTO ANTÔNIO DO ALEGRE

INDAIÁ

SÃO PEDRO

MACUCO

MONTE CRISTO

PARQUEESTADUAL DORIO DOCE

TAQUARAÇU

SÃO JOÃO DA BOA SORTE

BATATAL

SANTA EFIGÊNIA

PARQUEESTADUAL DORIO DOCE

ACAMPAMENTODO HORTO DEPONTE QUEIMADA(ACESITA)

PEDRA ITAÚNA

CASCALHEIRA

SANTA TEREZA

RIO CLARO

PEDRA DO MACACO

MARINGÁ

PEDRA FRIA

NOITE GRANDE

CORNÉLIO ALVES

ORIENTE

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BOA VISTA

SANTA LUZIA

SANTO ANTÔNIO

7788 km N

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764 km E 772 780 788 796 804 812

20º00'42º30'

19º30'42º30' W GREENWICH

19º30'

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SEÇÃO GEOLÓGICA ESQUEMÁTICA

Base planimétrica gerada a partir da digitalização dafolha SE.23-Z-D-VI, Caratinga, escala 1:100.000,1980, da FIBGE. Atualização efetuada com base emdados de campo fornecidos pelas equipes técnicas daCPRM.Editoração cartográfica executada na GERIDE/CPRM/BH, sob a supervisão geral do Gerente deRelações Institucionais e Desenvolvimento-GERIDE,geólogo Nelson Baptista de O. Resende Costa, com acoordenação da geógrafa Rosângela G. Bastos deSouza.Digitalização: Márcio Ferreira Augusto/FUNDEP.Editoração e arte-final: ArquiCAD - Arquitetura eComputação Gráfica Ltda.Revisão da arte-final: Rosangela G. Bastos deSouza/CPRM

Autor: GeólogoSupervisor: Geólogo João Bosco Viana Drumond

Nicola Signorelli

Projeto integrante do Programa LevantamentosGeológicos Básicos do Brasil - PLGB, que é executadopela CPRM - Serviço Geológico do Brasil, através desuas Unidades Regionais sob a coordenação doDepartamento de Geologia- DEGEO, chefiado pelogeólogo Sabino Orlando C. Loguércio. Este Projeto foiexecutado na Superintendência Regional de BeloHorizonte- SUREG/BH, em convênio com a Secretariade Minas e Energia do Governo do Estado de MinasGerais- SEME e Companhia Mineradora de MinasGerais- COMIG, sob a coordenação regional doGerente de Geologia e Recursos Minerais- GEREMI,geólogo Claiton Piva Pinto e a coordenação nacionaldo geólogo Inácio de Medeiros Delgado, da Divisão deGeologia Básica- DIGEOB.Representantes no Projeto:

CPRM - Claiton Piva PintoSEME - José Fernando CouraCOMIG - Marcelo Arruda Nassif

FOLHA SE.23-Z-D-VI CARATINGA

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIASECRETARIA DE MINAS E METALURGIA

CPRM - SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL

GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAISSECRETARIA DE MINAS E ENERGIA

COMPANHIA MINERADORA DE MINAS GERAISPROGRAMA LEVANTAMENTOS GEOLÓGICOS BÁSICOS DO BRASIL

CARTA GEOLÓGICA - ESCALA 1:100.000 - ANEXO ISINOPSE GEOLÓGICA

Complexo Mantiqueira

Complexo Juiz de Fora:

Unidade Tonalítica (Pjf1):

Unidade Enderbítica/Opdalítica/Norítica (Pjf2):

Unidade Metadiorítca (Pjf3):

Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo:

Grupo Rio Doce Indiviso:

Suíte Metamórfica Santo Antônio do Grama:

Anfibolitos:

Metagabronoritos:

Tonalito Derribadinha:

Tonalito Entrefolhas

Tonalito Bom Jesus do Galho.

Granito Santo Antônio:

Tonalito Vermelho Novo:

Granito Santa Maria do Baixio:

Terraços Aluviais

Aluviões

Pegmatitos:

Argilas

Calcário:

Saibreiras:

Pedreiras

INTRODUÇÃO

RECURSOS MINERAIS

O Projeto Leste ocupa a região entre os paralelos 15 S e 20 S, estendendo-se do leste da Serra do Espinhaço à divisa com os estados doEspírito Santo e Bahia. Geologicamente a área está relacionada ao Cinturão Araçuaí implantado durante a fase terminal do Ciclo Brasiliano,no Neoproterozóico/Cambriano, incluindo domínios do embasamento Arqueano e Paleoproterozóico, retrabalhados. Na área ao sul doparalelo 19 S, adotou-se uma divisão em domínios lito-estruturais definidos como Mantiqueira, Juiz de Fora, Pocrane, Galiléia/Rio Doce eOriental. Nesses domínios estão individualizados vários corpos de granitos, ortognaisses, rochas de alto grau metamórfico, seqüênciasmetassedimentares e metavulcano-sedimentares tipo . Esta área está representada nas folhas Ipatinga, CoronelFabriciano, Dom Cavati, Caratinga, Itanhomi, Ipanema e Conselheiro Pena-São Gabriel da Palha.

: É representado por ortognaisses cálcio-alcalinos bandados a fitados até finamente laminados, localmentemigmatíticos, com intercalações de anfibolitos. Predomina a granulação fina e média apesar da presença ocasional da granulação grossa.São (anfibólio)-biotita gnaisses de composição tonalítica a granítica, com textura predominantemente granoblástica e estruturas miloníticae protomilonítica. Os constituintes essenciais são plagioclásio, quartzo, biotita, hornblenda e ortoclásio/ microclina. O metamorfismo é dafácies anfibolito. Os anfibolitos são cinza-escuros a esverdeados, de granulação média a fina, textura nematoblástica a granoblástica. Sãocompostos por plagioclásio, hornblenda, quartzo, biotita e opacos. Mostram-se boudinados e lenticularizados.

É aqui restrito a rochas ortoderivadas paleoproterozóicas metamorfisadas nas fácies anfibolito ou granulito. Asdivisões apresentadas a seguir mostram predominância de um litótipo sobre os demais, não sendo excludentes.

é representado por rochas de composição tonalítica, e subordinadamente granítica e granodiorítica, cinza acinza-claras, de granulação média a grossa. A textura dominante é a granoblástica e estruturas miloníticas ou protomiloníticas, constituemuma feição muito comum nessas rochas. Os minerais essenciais são plagioclásio, quartzo, K-feldspato, biotita, hornblenda. As rochasdesse domínio apresentam encraves máficos (hiperstênio diorito, norito, gabronorito) ou manchas difusas enderbíticas esubordinadamente opdalíticas. Sillimanita cianita ocorrem localmente, podendo tratar-se de contaminação por rochas supracrustais nãomapeáveis na escala proposta para o presente trabaho.

predominam rochas enderbíticas e opdalíticas; as noríticas são subordinadas. Asenderbíticas são cinza a esverdeadas, de granulação média e, localmente, bandadas. São constituídos por plagioclásio, quartzo, biotita,granada, hiperstênio e clinopiroxênio, hornblenda e ortoclásio. Localmente, apresentam encraves arredondados, lenticulares e irregularesde metagabronorito. Os termos opdalíticos são cinza a cinza-escuro, de granulação média a fina e, em alguns locais, bandados. Sãocompostos por quartzo, plagioclásio, biotita, granada, hiperstênio, clinopiroxênio e ortoclásio. Estruturas miloníticas e protomiloníticas sãomuito comuns. As rochas noríticas são metaluminosas, cinza-escuras, granoblásticas a nematoblásticas, de granulação média a fina. Sãoconstituídas de plagioclásio, hiperstênio, clinopiroxênio, biotita, quartzo e hornblenda. Associado a essas rochas, ocorre granodioritoprotomilonítico composto de plagioclásio, ortoclásio, quartzo e biotita.

predominam diorito e granodiorito gnaissificados, com rochas graníticas subordinadas. As rochas dioríticas egranodioríticas são cinza a cinza-escuro, granoblásticas e nematoblásticas, de granulação média a fina e localmente bandadas. Sãoformadas de plagioclásio, quartzo, K-feldspato, hornblenda e biotita. Rochas graníticas metaluminosas ocorrem associadas aos dioritos egranodioritos, sob a forma de níveis centimétricos a métricos.

É constituída por gnaisses, com intercalações de quartzito, biotita-quartzo xisto eanfibolito. O litótipo dominante é um (sillimanita)-granada-biotita gnaisse com muscovita. Mostra-se, em geral, milonitizado, adquirindoaspecto xistoso, devido ao estiramento dos cristais de quartzo, feldspato e granada. Os quartzitos impuros ocorrem sob a forma delentes, com espessuras variando de centimétricas a métricas, e apresentam cor esbranquiçada, granulação média a grossa. O biotita-quartzo xisto tem granulação média a fina, está milonitizado e é composto de quartzo, feldspato, biotita e muscovita. Os anfibolitosformam corpos tabulares e apresentam granulação média e textura nematoblástica.

É composto por quartzito, xisto e calcário. O quartzito tem granulação média a grossa (do tipo "sal grosso"),textura granoblástica e é composto de quartzo e plagioclásio. O xisto tem granulação média a fina e é constituído de quartzo, mica e poucofeldspato. Uma lente de calcário intercala-se com o xisto. O calcário tem cor branca e é composto de cristais milimétricos de calcita brancarecristalizada.

É constituída por anfibolitos e metagabronoritos.

São cinza-escuros, de granulação média, textura nematoblástica e granoblástica e constituídos de hornblenda, plagioclásio,titanita, opacos, apatita diopsídio-augita e quartzo. A associação hornblenda+plagioclásio±clinopiroxênio indica condições demetamorfismo compatíveis com a fácies anfibolito alto.

São rochas cinza-escura, de granulação média e textura nematoblástica e granoblástica. Compõem-se de hornblenda,plagioclásio, clinopiroxênio e hiperstênio e titanita . Apresentam níveis quartzo-feldspáticos de formas diversas (dobrados, fraturados,falhados, estirados e lenticularizados). A paragênese hiperstênio e clinopiroxênio+plagioclásio+hornblenda é típica de metabasitosmetamorfisados em condições de fácies granulito, sob condições de baixa pressão.

É representado por granitóides de composição dominantemente tonalítica e granítica, subordinadamentegranodiorítica e monzonítica, de cor cinza a cinza-clara, granulação média a grossa. Alguns litótipos exibem cristais ocelares de feldspatoestirados a sigmoidais. Localmente, essas rochas mostram um bandamento conferido por níveis quartzo-feldspáticos intercalados comníveis cinza-escuros onde dominam biotita, anfibólio e rara granada. Em geral são protomiloníticos a miloníticos com texturas granoblásticae lepidoblástica. Apresentam como constituintes principais quartzo, plagioclásio, microclina/ortoclásio, biotita e hornblenda. A associaçãotitanita ± allanita ± hornblenda indica caráter metaluminoso para essas rochas. Contêm encraves de formas ovóides, lenticulares eirregulares de diorito. Associados a esses granitóides, ocorrem norito e enderbito cinza-escuros a esverdeados, granulação média a fina elocalmente miloníticos.

. É constituído, predominantemente, por rochas de composição tonalítica e, subordinadamente, granítica.Apresentam muita semelhança com as rochas do Tonalito Bom Jesus do Galho, diferenciando-se destas apenas por estarem mais afetadastectonicamente. Têm como características marcantes as estruturas miloníticas a protomiloníticas e um bandamento tectônico. São rochasde granulação média a fina e textura predominantemente granoblástica. Apresentam como constituintes principais quartzo, plagioclásio,ortoclásio/microclina, biotita castanho-avermelhada e granada. Sillimanita fibrolítica ocorre como mineral subordinado, definindo caráterperaluminoso para essas rochas. Em alguns locais são observados xenólitos de hiperstênio diorito deformados, correlacionáveis aoComplexo Juiz de Fora.

É formado por rochas de composição predominantemente tonalítica e subordinadamente granítica, de corcinza a cinza-clara e granulação média a grossa. A textura granular hipidiomórfica encontra-se, muitas vezes, mascarada por estruturasmiloníticas ou protomiloníticas. São compostos principalmente por quartzo, plagioclásio, ortoclásio/microclina, biotita, granada, sillimanitafibrolítica e opacos. A presença de sillimanita indica caráter peraluminoso para essas rochas, definindo-as como granito tipo S. Em algunslocais, observam-se manchas de composição enderbíticas, bem como lentes ou faixas restritas de metassedimentos gnaissificados emilonitizados, possivelmente correlacionáveis ao Grupo Rio Doce. Apresenta ainda xenólitos com formas lenticulares, arredondadas eirregulares, de hiperstênio diorito, hiperstênio tonalito, hiperstênio granito e metadiorito, possivelmente correlacionáveis ao Complexo Juizde Fora. Em geral, esses xenólitos estão bem deformados, por vezes com estruturas protomiloníticas a miloníticas. A foliação miloníticaimpressa nas rochas do Tonalito Bom Jesus do Galho sugere que as mesmas foram afetadas pela tectônica brasiliana

Compõe-se de granito, cinza, porfiroclástico, com feldspato ocelares e tabulares de até 3cm, imersos em umamatriz quartzo-feldspática de granulação média milonítica e granoblástica. Os constituintes principais são plagioclásio, ortoclásio, quartzo ebiotita. Subordinadamente ocorrem hornblenda, opacos, apatita, zircão, carbonato, allanita e titanita. O hiperstênio aparece localmente enesse caso a rocha passa a ser classificada como charnockito.

É representado predominantemente por rochas de composição tonalítica seguidas de granodioríticas egraníticas. Apresentam granulação média a grossa e textura granular hipidiomórfica local. Uma característica comum nessas rochas é apresença de estruturas protomiloníticas a miloníticas. Localmente estão gnaissificadas, bandadas, exibindo textura predominantementegranoblástica. A presença de hornblenda na mineralogia principal, além de titanita e allanita como acessórios, define caráter metaluminosopara o magma gerador dessas rochas (magma tipo I). Contêm encraves de metadiorito e de protomilonitos e milonitos de hiperstênio dioritoe hiperstênio tonalito, e intrusões de metagabros.

É formado por rochas graníticas e granodioritícas subordinadas, cinzas, miloníticas a protomiloníticas.Mostram cristais ocelares e tabulares de feldspato de até 4cm imersos em uma matriz quartzo-feldspática de granulação fina. Osconstituintes principais são ortoclásio, plagioclásio, quartzo, biotita castanho-esverdeada e hornblenda. Titanita e allanita ocorrem comoacessórios, e granada foi observada somente em escala mesoscópica. A associação hornblenda ± titanita allanita sugere carátermetaluminoso para o magma gerador dessas rochas. A presença de biotita castanho-esverdeada hornblenda indica cristalização domagma em ambiente oxidante.

: São coberturas compostas por sedimentos argilosos, areno-argilosos (predominantes) e arenosos, de granulometriavariada. As argilas têm coloração cinza a cinza-escura, bege e esbranquiçada e intercalam-se, às vezes, com areia fina inconsolidada. Emmenor proporção, são encontrados níveis de cascalho com clastos angulosos a subangulosos.

: São depósitos sedimentares formados de cascalho grosso, areia fina até grossa e níveis argilosos, observados ao longo dascalhas dos córregos e rios.

Foram reconhecidas três fases de deformação, sendo a mais antiga (D1) representada por um bandamento metamórfico pré-Brasiliano. Afase de deformação (D2), brasiliana, é caracterizada pela foliação de transposição de médio e baixo ângulo, de distribuição regional,associada a dobras isoclinais, intrafoliais, rompidas ou não e zonas de cisalhamento de médio e baixo ângulo (empurrão). A fase dedeformação (D3) é marcada por dobramentos em geral suaves, muito abertos, atribuídos ao final do Brasiliano. Dividiu-se a área em doisdomínios: o domínio I (Mantiqueira) engloba rochas do Complexo Mantiqueira, da Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo e da SuíteMetamórfica Santo Antônio do Grama; no domínio II (Juiz de Fora) foram incluídas rochas do Complexo Juiz de Fora, Grupo Rio Doce,tonalitos Vermelho Novo, Bom Jesus do Galho, Entrefolhas e Derribadinha e granitos Santa Maria do Baixio e Santo Antônio. Utilizou-secomo critério a homogeneidade geométrica e cinemática dos elementos estruturais. Duas falhas se destacam na área. A primeira possuidireção N-S, e constitui o contato das rochas do Complexo Mantiqueira (Domínio Mantiqueira) com o Tonalito Bom Jesus do Galho (DomínioJuiz de Fora). A outra, de direção NW, caracteriza o contato do Tonalito Derribadinha com o Tonalíto do Complexo Juiz de Fora. Tais falhasforam interpretadas como empurrões. Tais falhamentos foram originados pela tectônica brasiliana que ocasionou um imbricamento dasrochas de diferentes níveis crustais, durante a fase de deformação (D2). O Domínio Mantiqueira apresenta dobras fechadas comamplitudes centimétricas e dobras abertas métricas, as quais ocorrem nos gnaisses do Complexo Mantiqueira. As dobras mais antigas,geradas durante a fase de deformação (D2), são fechadas, mostram caimento médio para E/4°-32º, sendo a xistosidade (foliação regionalprincipal) plano-axial das mesmas. As dobras geradas na fase (D3) são abertas, mostram caimento para NE e SE, com valores de mergulhovariando de 21 a 42°. Provocam arqueamentos suaves nas superfícies da foliação regional principal. A foliação principal no Domínio I tematitude média N04°E/28°SE e no Domínio II, N07°W/49°NE. As lineações minerais e de estiramento do Domínio I apresentam caimentosmédios de 12 para SE e NE, mas com tendência maior para norte. No Domínio II também observa-se uma concentração do caimento médiode 12°para norte. Analisando-se os dois domínios, nota-se uma predominância de lineações suborizontais norte-sul, associada a foliaçõesde médio/alto ângulo, o que sugere componente transpressiva, com sentido de transporte N/S. Clivagens de fratura, observadas noDomínio I e no Domínio II, em rochas de granulação mais grossa, apresentam-se sub-verticais, com direção NW e mergulho para SW,direção NE e mergulhos para NW e SE e aproximadamente NS e mergulho para E.

foram individualizados dois campos pegmatíticos denominados Vargem Alegre e Caratinga. O primeiro tem forma alongada,preferencialmente norte-sul, iniciando-se ao norte de Quartel do Sacramento e finalizando a oeste de Vargem Alegre. Foram cadastradasonze lavras, sendo oito com explotação subterrânea, por meio de túneis e galerias, e três nos depósitos secundários, a céu-aberto. A mica e,em menor escala, o quartzo, são destaques nos pegmatitos e a safira e água-marinha, nos depósitos retrabalhados. Os pegmatitossão simples e não zonados. Informações locais indicam, também, a presença de berilo e quartzo e aproveitamento de "escórias" de água-marinha e quartzo (cristal-de-rocha). O caulim retirado não é aproveitado devido à inexistência de beneficiamento a uma distânciaeconomicamente viável. Nos altos de Indaiá, a oeste de Vargem Alegre, algumas aluviões e/ou coluviões foram garimpados paraexplotação de safira. Por estarem os garimpos paralisados há anos, e esta região não possuir uma tradição na explotação mineral, os danosao meio ambiente estão suavizados. O Campo Pegmatítico Caratinga tem uma área aproximada de 456km constituindo uma faixa dedireção aproximada N-S, situada a S-SW de Caratinga, entre os municípios de Córrego Novo e Santa Bárbara do Leste. Os corpospegmatíticos, desse campo, são homogêneos e não zonados, revelando como minerais essenciais quartzo, feldspato, muscovita e/oubiotita e, como acessórios turmalina, berilo e água-marinha. Possuem formas e dimensões bastante variadas, mas em geral são tabulares,com espessuras desde decimétricas a bolsões com potência de até quinze metros. As rochas encaixantes são (muscovita)-biotita-quartzoxisto e biotita gnaisse, localmente milonitizadas. Nesse campo foram cadastrados vinte corpos pegmatíticos, sendo que desses, apenasquatro se encontravam com lavra em atividade. Dos garimpos ativos três produzem caulim e o outro água-marinha (atualmente escória).Dos garimpos inativos, seis foram trabalhados para caulim, um para feldspato, quatro para água-marinha, dois para mica, dois para água-marinha, caulim e mica e, finalmente, um para caulim e mica. Os bens minerais mais procurados pelos garimpeiros são água-marinha ecaulim. Este campo teve seu início de pesquisa na década de 40, com a procura de água-marinha, mica e caulim. Atualmente essesgarimpos estão sendo mecanizados para extração de água-marinha e caulim. Outros três garimpos independentes e em atividade são o docórrego Perigoso, do Tico e das Três Barras. O garimpo do córrego Perigoso foi reativado com o objetivo de vender o caulim explotado paraser beneficiado em Santa Rita de Minas, à margem da BR-116. O garimpo do Tico é explotado há mais de quinze anos para caulim e suaprodução é de 48m por semana. O garimpo Três Barras existe desde 1981 e produz caulim. A explotação é realizada através de quatrotúneis, onde ocorrem vários veios pegmatíticos, de espessuras decimétricas.

: Foram cadastrados, vinte e cinco depósitos. As lavras principais situam-se nas proximidades de Vargem Alegre, Cordeiro,Entrefolhas, Ubaporanga, Inhapim, Santana do Tabuleiro e Caratinga. A argila, marrom a amarela, é utilizada na indústria da construçãocivil e somente a empresa Agremax produz argila aglomerante. A produção das indústrias de cerâmicas e olarias são suficientes paraatender às necessidades locais, sendo o excedente enviado para São Sebastião da Anta, Manhuaçu, São Domingos das Dores, Ipatinga,Realeza, Santa Rita de Minas, Santa Bárbara do Leste, Bom Jesus do Galho, Córrego Novo, Pingo D'Água, Piedade de Caratinga eSantana do Manhuaçu. A lavra da argila deixa cavidades no terreno, tornando-o impróprio para fins agrícolas e para a criação de gado. Emalguns locais já está havendo uma recomposição da terra com o plantio de capim.

Foi cadastrada apenas uma ocorrência, localizada no córrego da Areia Branca/Lajinha, município de Ubaporanga. Ocorre comoblocos de cor branca, na encosta do terreno, provenientes de uma lente em mica xisto do Grupo Rio Doce. É formada de cristais milimétricosde calcita branca, recristalizada. Foram retirados cerca de 300m de calcário,e vendidos para o IBC (Instituto Brasileiro do Café) deCaratinga, que utilizava o material como corretivo de solo.

Identificaram-se quatro saibreiras. Destas, apenas uma está paralisada. As três em atividades estão situadas nas localidadesde Córrego Santa Luzia / Rio Preto, município de Piedade de Caratinga; Córrego do Lage, município de Santa Rita de Minas e Cascalheira,município de Caratinga. A primeira,é explotada pela prefeitura de Piedade de Caratinga. Esse material é empregado como lastro nasestradas do município. A segunda é explotada por particular e utilizada na construção civil e na pavimentação de estradas. A última, estálocalizada próxima ao lixão da prefeitura de Caratinga, que explota o material; possui aproximadamente 150 metros de frente por 50 metrosde altura. A produção mensal é de aproximadamente 4000m de saibro, que tem sua principal utilização no cascalhamento das estradasmunicípais. O saibro explotado é de quartzito intemperizado, friável, tipo "sal grosso".

- Foram cadastradas nove pedreiras, quatro localizadas na periferia de Caratinga, duas nas proximidades de Ubaporanga,duas próximas a Entrefolhas e uma nas imediações de Inhapim. Destas, apenas três estão em atividade e voltadas para a produção depedra britada para a construção civil, calçamento e alicerce. A brita é produzida a partir de gnaisses e rocha enderbítica. Mensalmentesão produzidos em torno de 6500m .

0 0

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greenstone belt

in situ,

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.

ARTICULAÇÃO DA FOLHAARTICULAÇÃO DA FOLHA

CARTA GEOLÓGICAFolha SE.23-Z-D-VI - CARATINGAEscala 1:100.000 - CPRM - 2000

LOCALIZAÇÃO DA FOLHA NO ESTADO

0 42 6km2

ESCALA 1: 100.000

2000

A CPRM agradece a gentileza de comunicação de falhasou omissões verificadas nesta Folha.

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATORDATUM VERTICAL: Marégrafo de Imbituba - Santa Catarina

DATUM HORIZONTAL:SAD-69Origem da quilometragem UTM: “Equador e Meridiano 45º W.Gr.”,acrescidas as constantes: 10.000km e 500km, respectivamente.

LOCALIZAÇÃO DO PROJETO LESTE-MG - ETAPA II EM RELAÇÃOÀ FAIXA ARAÇUAI E DEMAIS ELEMENTOS GEOTECTÔNICOS

46º 44º 42º 40º

20º

18º

16º

14º

12º

10º

Coberturas fanerozóicas

Coberturas proterozóicas

Grupo Bambuí

Granitóides brasilianos

Metassedimentos de médioe alto grau, brasilianos

Áreas transamazônicas comrejuvenescimento brasiliano

Áreas cratônicas, em parteretrabalhadas no Brasiliano

BELOHORIZONTE VITÓRIA

SALVADOR

FAIX

A

CR

ÁT

ON

DO

OF

RA

NC

I SC O

AR

UA

Í

Modificado de ALMEIDA . (1978), SCHOBBENBAUS . (1984), DELGADO e PEDREIRA (1995).et al et al

42º48º

16º

20º

RJ

SP

MS

BA

ES

GO

DF

19º30'

20º00'

41º30'

41º30'

42º00'

42º00'

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42º30'

43º00'

43º00'19º00' 19º00'

19º30'

20º00'

20º30' 20º30'

SF-23-X-B-II

CORONELFABRICIANOSE-23-Z-D-V

IPATINGASE.23-Z-D-II

DOM CAVATISE.23-Z-D-III

CARATINGASE.23-Z-D-VI

IPANEMASE.24-Y-C-IV

ITANHOMISE.24-Y-C-I

SF-23-X-B-III SF-24-V-A-I

QHa

NEOPROTEROZÓICO

CENOZÓICO

QPHt

Nsgb

Suíte Metamórfica Santo Antônio do Grama

Nsaf

Magmatismo Sin- a Tarditectônico

SEQÜÊNCIA SUPRACRUSTAL

Paleoproterozóico

Magmatismo Pré- a Sintectônico

Nsb

Nsa

Magmatismo Sintectônico

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GRUPO RIO DOCE INDIVISO

Ne

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Suíte Metamórfica São Sebastião do Soberbo

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COMPLEXO JUIZ DE FORA

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ARQUEANO

COMPLEXO MANTIQUEIRA

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0,01QPHt

Terraço Aluvial

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RO

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NrdiGRUPO RIO DOCE INDIVISOSeqüência Supracrustal

570

2.500

10001600

COMPLEXOMANTIQUEIRA

Am

Magmatismo sin- a tarditectônico

Magmatismo sintectônico

DOMÍNIOMANTIQUEIRA

DOMÍNIOJUIZ DE FORA

Magmatismo pré-tectônico

Suite Metamórfica Santo Antônio do Grama

Anfibolito

NsafGabroNsgb

Granito SantaMaria do Baixio

Nsb

Granito SantoAntônioNsa

COMPLEXO JUIZ DE FORA

Pjf2

Enderbitos e noritos

Pjf1

Tonalitos

Pjf3

Metadioritos

Suite Metamórfica SãoSebastião do Soberbo

Pss

Nvn

TonalitoVermelho Novo

Tonalito BomJesus do Galho

Nbj Ne

TonalitoEntrefolhas

TonalitoDerribadinha

Nd

Terraço aluvial: Sedimentos parcialmente consolidados, areno-argilosos predominantes, argilosos e arenosos de granulometria variada.Localmente ocorrem níveis de matacões, de cascalho e areia grossa.

Corpos anfibolíticos: rochas cinza-escuras de granulação média, foliadas, compostas essencialmente por hornblenda, plagioclásio e quartzo.

Aluvião: Sedimentos inconsolidados constituídos de cascalho grosso, areia fina a grossa e níveis argilosos.

Corpos gabróicos: rochas cinza-escuras, foliadas, de granulação média, compostas essencialmente por hornblenda, plagioclásio, clino eortopiroxênios.

Granito Santa Maria do Baixio: Granito, subordinadamente granodiorito, com megacristais de feldspato, milonitizados, localmente comgranada.

Granito Santo Antônio: Granito a hiperstênio com megacristais de feldspato, milonitizado.

Tonalito Bom Jesus do Galho: tonalito, subordinadamente granito, de granulação média a grossa, geralmente milonitizados, com xenólitos denorito, metadiorito, enderbito e charnockito. Localmente ocorrem lentes de metas-sedimentos (gnaisses miloníticos).

Tonalito Entrefolhas: tonalito, subordinadamente granito, de granulação média a fina, geralmente milonitizados, bandados, com xenólitos denorito.

Tonalito Vermelho Novo: tonalito, subordinadamente granodiorito e granito, geralmente milonitizados, porfiroclásticos; localmente bandados,com xenólitos de metadiorito, norito e enderbito. Associados ocorrem metagabros. e enderbito.

Quartzitos, quartzitos intercalados a xistos, e calcários.

(Sillimanita)-granada-biotita gnaisse, geralmente milonitizados, de aspecto xistoso, com intercalações de quartzito, biotita-quartzo xisto eanfibolito.

Tonalitos, subordinadamente granito e granodiorito, geralmente milonitizados, com xenólitos de hiperstênio diorito - norito, metadiorito,metagabronorito e granulitos de composição norítica. Localmente, ocorrem enderbito, opdalito e norito.

Domínio de enderbitos, noritos e opdalitos, geralmente milonitizados, com xenólitos de metagabronorito, subordinadamente norito.Associado ocorre granodiorito.

Hornblenda-biotita gnaisses bandados de composição tonalítica a granítica, localmente migmatíticos, com intercalações de anfibolito.

Tonalito Derribadinha: tonalito e granito, subordinadamente granodiorito e monzonito, geralmente milonitizados, com xenólitos de biotita-hornblenda gnaisse de composição diorítica e metadioritos. Associados ocorrem norito e enderbito.

Domínio de rochas de composição diorítica a granodiorítica gnaissificadas. Localmente apresentam-se bandadas e com níveis de milonito debiotita granito com allanita.

CONVENÇÕES GEOLÓGICAS

Contato definido

Contato aproximado

Falha contracional (empurrão/reversa) aproximada

Fratura

Falha ou zona de cisalhamento aproximada

Lineamentos estruturais: traços de superfícies “S”

Foliação com mergulho medido

Foliação vertical

Lineação de estiramento com caimento medido

Lineação B com caimento medido

Junta com mergulho medido

Junta vertical

Clivagem de fratura com mergulho medido

Clivagem de fratura vertical

45

30

45

ac- argila para cerâmica; agi - argila industrial; ama - água marinha; at -ametista; be - berilo; br - brita; ca - calcário; cm - caulim; fd - feldspato; go -gondito; mi - mica; pa - paralelepípedo; pc - pedra de construção; pl - pedrade talhe ou paralelepípedo; qzr - quartzo rosa; sa - safira; sb - saibro.

OCORRÊNCIA MINERAL/SUBSTÂNCIA:

Afloramento descrito

Ocorrência mineral

Lavra rudimentar/garimpo ativo

Lavra rudimentar/garimpo paralisado

Mina em atividade

Mina paralisada

60

57

Cidade com mais de 50.000 habitantes

Estrada pavimentadaEstrada sem pavimentação

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Estrada de ferro

Drenagem, lagoa

Aeroporto

Cidade com menos de 50.000 habitantes

Vila, povoado

af - anfibolito; ca - calcário; enb - enderbito; gb - gabro; gbn - gabronorito ;nt -norito; od - opdalito; qt-quartizito.

OCORRÊNCIA PONTUAL:

COLUNA ESTRATIGÁRFICAIDADE(Ma)

PROJETO LESTE

Nsgb

Nsgb

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