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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
GABRIELLA BEZERRA PINHEIRO MORENO
RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE SISTEMAS ADESIVOS EXPERIMENTAIS
CONTENDO FOTOINICIADORES ALTERNATIVOS: ESTUDO IN VITRO
NATAL/RN
2015
GABRIELLA BEZERRA PINHEIRO MORENO
RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE SISTEMAS ADESIVOS EXPERIMENTAIS CONTENDO
FOTOINICIADORES ALTERNATIVOS: ESTUDO IN VITRO
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
curso de graduação de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte-
UFRN, como requisito para obtenção do grau
de Cirurgiã-dentista.
Orientador: Profº Dr. Boniek Castillo Dutra
Borges.
NATAL/RN
2015
Moreno, Gabriella Bezerra Pinheiro.
Resistencia de união de sistemas adesivos experimentais
contendo fotoiniciadores alternativos: estudo in vitro / Gabriella Bezerra
Pinheiro Moreno. – Natal, RN, 2015.
25 f.
Orientador: Prof. Dr. Boniek Castillo Dutra Borges.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Odontologia) –
Universidade Federal do rio Grande Norte. Centro de Ciências da Saúde.
Departamento de Odontologia.
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia
Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.
Gabriella Bezerra Pinheiro Moreno
RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE SISTEMAS ADESIVOS EXPERIMENTAIS CONTENDO
FOTOINICIADORES ALTERNATIVOS: ESTUDO EM CAVIDADES
TRIDIMENSIONAIS DENTINÁRIAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação de
Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN,
como requisito para obtenção do grau de Cirurgião-dentista.
Data de Aprovação: ____/____/____
Banca Examinadora
________________________________________________
Prof.o Dr. Boniek Castillo Dutra Borges
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Orientador
________________________________________________
Profª Msc. Giovanna de Fátima Alves da Costa
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
_________________________________________________
Prof.ª Msc. Emanuelle Dayana Vieira Dantas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Membro
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por me iluminar e abençoar minha trajetória.
Aos meus pais e minha irmã, pelo apoio e por tudo que sempre fizeram por mim. Pela
confiança e pelo amor que me fortalece todos os dias.
Ao meu namorado Leonardo Pereira, pela paciência de sempre, me dando conselhos,
força, coragem e incentivo. Agradeço por me ajudar muitas vezes a achar soluções quando
elas pareciam não aparecer. Você foi a pessoa que compartilhou comigo os momentos de
tristezas e alegrias.
Aos meus amigos, que sempre estiveram do meu lado e entenderam minhas ausências
nesses últimos tempos, principalmente a Deborah Gondim que foi meu braço direito durante a
maior parte da faculdade e foi essencial para que este projeto fosse concluído. Larissa
Moreira, Mario Ruy e outros amigos que, direta ou indiretamente, me ajudaram no
desenvolvimento deste trabalho, seja com ensinamentos, momentos de descontração ou até
mesmo na parte laboratorial.
Ao meu orientador Boniek Borges, por exigir de mim muito mais do que eu supunha
ser capaz de fazer. Agradeço por todo o apoio e conhecimento transmitido.
E por fim a todos que acreditaram no meu potencial, e torceram por mim, o meu muito
obrigada.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 6
2 MATERIAIS E MÉTODOS................................................................. 8
3 RESULTADOS...................................................................................... 10
4 DISCUSSÃO........................................................................................... 10
5 CONCLUSÃO........................................................................................ 13
REFERÊNCIAS..................................................................................... 13
ANEXOS................................................................................................. 19
5
RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE SISTEMAS ADESIVOS EXPERIMENTAIS
CONTENDO FOTOINICIADORES ALTERNATIVOS: ESTUDO EM CAVIDADES
TRIDIMENSIONAIS DENTINÁRIAS
Gabriella Bezerra Pinheiro Moreno, Undergraduate, Department of Dentistry, Federal
University of Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Brazil – Av. Sen. Salgado Filho 1787, zip-
code 59056-000; performed the experiments, wrote the manuscript
Deborah Gondim Lambert Moreira, Undergraduate, Department of Dentistry, Federal
University of Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Brazil – Av. Sen. Salgado Filho 1787, zip-
code 59056-000; performed the experiments, wrote the manuscript
Boniek Castillo Dutra Borges, PhD, Associate Professor, Department of Dentistry, Federal
University of Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, Brazil – Av. Sen. Salgado Filho 1787, zip-
code 59056-000; phone/fax: +55 84 3214 4101; e-mail:boniek.castillo @gmail.com; idea,
wrote the manuscript, performed statistical evaluation
Eduardo José Souza-Junior, PhD, Associate Professor, Centro Universitário Várzea Grande
(UNIVAG) - Av. Dom Orlando Chaves 2655, Várzea Grande, Brazil, zip-code 78118-900;
idea, contributed substantially to discussion
Mário Alexandre Coelho Sinhoreti, PhD, Associate Professor, Department of Restorative
Dentistry, Dental Materials Section, State University of Campinas (UNICAMP), Piracicaba,
Brazil – Av. Limeira 901, zip-code 13414-903; idea, proofread the manuscript
Palavras-chaves: Dentina. Resistência de união. Adesivos Dentinários.
RESUMO
Propósito: O presente estudo avaliou o impacto da formulação de sistemas adesivos
simplificados com diferentes combinações de fotoiniciadores (Canforoquinona,
fenilpropadiona e óxido bis-alquil fosfínico), associados ou não a um catalisador de
6
polimerização difeniliodônio em relação a resistência da união em dentina. Materiais e
Métodos: Quatorze sistemas adesivos experimentais foram manipulados, variando-se a
presença dos fotoiniciadores e o co-iniciador utilizado foi o etil 4-dimetilamino benzoato
(EDMAB). Foram selecionados 140 incisivos bovinos que tiveram seu esmalte desgastado,
obtendo-se uma superfície de dentina plana. Cavidades cônicas padronizadas foram
confeccionadas e os dentes foram distribuídos em 14 grupos de acordo com o sistema adesivo
empregado. A dentina foi condicionada com ácido fosfórico a 35% de acordo com as
recomendações do fabricante. O excesso de água remanescente foi removido e então, duas
camadas de cada sistema adesivo foram aplicadas, e fotoativadas por 10 s através do aparelho
de LED Bluephase G2. Os compósitos foram inseridos na cavidade em incremento único e
após 24 h foram submetidas ao teste de resistência de união push-out realizado em uma
máquina universal de ensaios (0,5 mm / min) até a falha. Resultados: O ANOVA mostrou
que houve diferenças estatisticamente significativas apenas para a presença do catalisador
(p<0,01). Os sistemas adesivos formulados com PPD associado ao BAPO ou com esses
fotoiniciadores isolados mostraram resistência de união inferior na ausência do catalisador.
Conclusão: A presença do catalisador causou uma regeneração das propriedades mecânicas
da camada hibrida, aumentando a resistência de união das amostras.
INTRODUÇÃO
A Odontologia Restauradora, com o passar dos anos, tem buscado um material
restaurador que, além de ter uma boa relação com a estrutura dentária, traga também estética e
a satisfação do paciente. As resinas compostas fotopolimerizáveis estão sendo amplamente
utilizadas com esse objetivo, e o que garante esse sucesso clínico é sua a ampla variedade de
cores, o fato do preparo cavitário ser minimamente invasivo, como também a adesão da
7
mesma com os tecidos dentários que é proporcionada por meio de adesivos dentários. No
entanto, essa adesão se torna mais instável quando relacionada à dentina, o que estimula a
busca de sistemas adesivos dentários mais eficazes para este substrato7,10
Para melhorar essa adesão, durante anos foram desenvolvidos uma ampla variedade de
sistemas adesivos, que diferiam na estratégia de ação, número de passos e em gerações.
Apesar de mais práticos, os sistemas adesivos simplificados ainda não são os que apresentam
melhor desempenho qualidade adesiva à dentina14
, o que gera a necessidade de pesquisas na
intenção de melhorar sua interação com o substrato dentinário.
Os compósitos resinosos e sistemas adesivos, predominantemente, apresentam a
canforoquinona (CQ) como um dos seus agentes fotoiniciadores, sendo essa um agente
iniciador, presente na matriz orgânica, e a luz visível o agente ativador, que serão
responsáveis pela reação de fotopolimerização da resina composta. Entretanto, a coloração
amarelada da CQ vem suscitando o surgimento de fotoiniciadores alternativos mais
esbranquiçados, tais como o fenilpropadiona (PPD) e BAPO (óxido bis-alquil fosfínico) na
intenção de aumentar a estabilidade de cor intrínseca do material15
.
Ademais, o efeito da inclusão do catalisador de polimerização difeniliodônio, em
materiais resinosos, também vem sendo investigado, de forma que materiais contendo BAPO
e/ou PPD associados à canforoquinona e ao difeniliodônio geraram propriedades físicas,
como grau de conversão e estabilidade de cor, superiores àquelas apresentadas por materiais
contendo apenas canforoquinona8,1,5,4,7
. Por outro lado, não se sabe qual o impacto de
sistemas adesivos experimentais formulados com PPD, BAPO e difeniliodônio na interação
adesiva com o substrato dentinário.
Então, este trabalho objetivou avaliar a resistência de união propiciada por sistemas
adesivos experimentais formulados com PPD, BAPO e difeniliodônio associados à
8
canforoquinona. A hipótese nula testada foi a de que não haveria diferenças estatisticamente
significativas na resistência de união dos diferentes sistemas adesivos utilizados.
MATERIAIS E MÉTODOS
Quatorze sistemas adesivos experimentais foram manipulados, variando-se a presença
de PPD, BAPO, canforoquinona e difeniliodônio, numa solução de etanol como solvente. O
co-iniciador utilizado foi o etil 4-dimetilamino benzoato (EDMAB). As formulações
detalhadas dos materiais estudados, bem como a porcentagem em peso molecular de cada
componente, são apresentadas na Figura 1.
Um total de 140 incisivos bovinos com ausência de trincas e defeitos estruturais foram
selecionados e desinfetados em solução de timol a 1% (por não mais de uma semana). As
raízes foram removidas com auxílio de disco diamantado dupla face fléxivel (KG Sorensen,
Barueri, SP, Brasil) e as coroas tiveram seu esmalte vestibular desgastado através de lixas
abrasivas #400 e 600 acopladas a uma máquina politriz (Labopol-21, Struers, Copenhagen,
Denmark), obtendo-se uma superfície de dentina plana. Então, cavidades cônicas
padronizadas (2 mm de diâmetro maior x 1,5 mm de diâmetro menor x 2 mm de espessura)
foram confeccionadas com pontas diamantadas tronco-cônicas #3131 (Microdont, Socorro,
SP, Brasil) acopladas a uma turbina de alta rotação (Kavo do Brasil, Joinville, SC, Brasil). A
cada 10 preparos, a ponta foi substituída. Uma cavidade com fator C de 2,2 foi obtida com
tais dimensões. Após preparo das cavidades, os dentes foram distribuídos em 14 grupos
(n=10), de acordo com o sistema adesivo empregado.
A dentina foi condicionada por 15s com ácido fosfórico a 35% (Scotchbond Etchant,
3M ESPE, St. Paul, MN, USA) e lavada com jato de água por 30s. O excesso de água
remanescente foi removido com auxílio de papel absorvente, mantendo o substrato úmido.
9
Então, duas camadas de cada sistema adesivo foram aplicadas, com volatilização do solvente
por 10s após cada aplicação. Em seguida, foi fotoativado por 10s através do aparelho de G2
(Ivoclar-Vivadent, Schaan, Liechtenstein – irradiância de 1200 mW/cm2). A cavidade foi
restaurada com a resina composta Z100 – A2 (3M ESPE, St. Paul, MN, USA), que foi
inserida em incremento único quando a amostra foi posicionada sobre uma placa de vidro e
este foi coberto com uma tira de poliéster e fotoativado por 20s, utilizando-se o mesmo
aparelho LED Blueph ase G2.
Após a etapa restauradora, as amostras foram armazenadas em água a 37º C por 24h e
tiveram as etapas de acabamento e polimento realizadas com auxílio de discos abrasivos,
discos de feltro e pasta diamantada (KG Sorensen, Barueri, SP, Brasil). Em seguida, essas
foram submetidas ao teste de push-out em máquina de ensaio universal (modelo 4411,
Instron, Canton, MA, USA) para avaliar a resistência de união em dentina dos sistemas
adesivos experimentais.
Um dispositivo metálico com orifício central foi posicionado na base da máquina para
que a amostra pudesse ser colocada sobre o mesmo. Então, cada amostra foi posicionada com
sua base menor voltada para cima e sua base maior em contato com o dispositivo metálico.
Uma ponta metálica com 1 mm de diâmetro foi acoplada à célula de carga do equipamento e
tocou apenas no compósito, na base menor da restauração, deslocando-se para baixo até a
ruptura ocorrer nas paredes laterais da cavidade. A resistência máxima foi recordada em Kgf e
transformada em MPa. O padrão de fratura foi analisado por meio de lupa estereoscópica.
Análise estatística
Após verificação da distribuição dos dados da amostra e obtenção de distribuição
normal pelo teste Kolmogorov-Smirnov, foi aplicado o teste ANOVA a dois fatores e o pós-
teste de Tukey (p<0,05) utilizando-se o Software ASSISTAT Beta 7,7.
10
RESULTADOS
Para a resistência de união o ANOVA mostrou que houve diferenças estatisticamente
significativas apenas para a presença do catalisador (p<0,01). A comparação entre os grupos
está listada na figura 2. Independentemente da presença ou não do catalisador, os
fotoiniciadores não mostraram diferenças estatisticamente significativas entre si. Entretanto,
os sistemas adesivos formulados com PPD associado ao BAPO ou com esses fotoiniciadores
isolados mostraram resistência de união inferior na ausência do catalisador. Os padrões de
fraturas estão apresentados na figura 3. O padrão de fratura mais prevalente foi a falha
adesiva independentemente da presença ou não do catalisador nos sistemas adesivos.
DISCUSSÃO
A hipótese nula foi rejeitada. Estudos têm avaliado a resistência de união de adesivos à
estrutura dental, principalmente, em ralação à adesão ao substrato dentinário. Alguns estudos
revelaram que resistência de união de sistemas adesivos à dentina são dependentes dos
métodos de ensaio, que avaliaram usando os métodos de microtração e microcisalhamento6.
Contudo, pelo fato desses métodos, na maioria das vezes serem realizados em dentina plana, a
resina sofre contração, mas não causa nenhuma tensão pois não tem adesão a nenhuma parede
oposta e com isso não haverá influência do fator C.2
Assim, este estudo utilizou o teste de resistência de união push-out para avaliar a
resistência de união dos adesivos à dentina, pois nesse método foi possível comparar os
sistemas adesivos em uma cavidade restaurada, que foi submetida a uma força de compressão
11
na área de adesão, aproximando o experimento à situação clínica que acontece com
frequência, podendo incluir como fator influenciador a contração da resina3.
Ao analisar os resultados que não houve diferenças estatisticamente significativas
entre si independente da presença ou não do catalisador, pode-se justificar que provavelmente
ocorreu um alto grau de conversão desses sistemas adesivos. O grau de conversão é definido
como a porcentagem de conversão de monômeros para polímeros9 e é influenciado por vários
fatores, tais como o tipo de monômero de metacrilato, a gama de absorção da luz do
fotoiniciador para a região do espectro emitido, a intensidade da luz utilizada na irradiação e o
tipo e concentração do sistema de iniciação13
.
Nesse caso, por ter sido utilizado um LED (diodos emissores de luz) de terceira
geração, que utiliza uma combinação de LED para produzir uma saída espectral mais ampla,
sendo geralmente LED muito potentes e semelhante aos de segunda geração, associados com
outros LED ultravioletas menos potentes16
, é provável que o sistema adesivo tenha sido
totalmente convertido devido à alta irradiância do LED, que emitiu luz tanto para excitar bem
a CQ com pico de absorção de 468nm, quanto os fotoiniciadores alternativos, o BAPO que
apresenta um pico de absorção em torno de 365nm a 416nm e o PPD com pico de absorção de
398nm, gerando igualdade na resistência de união.13,5
O mecanismo de iniciação pela CQ, devido ao seu grupo dicetona, envolve a presença
de um co-iniciador, normalmente um derivado de amina. Nesses casos, após a absorção de
luz, a CQ é promovida a um estado excitatório denominado estado tripleto, que interage com
um elétron ou próton doador de molécula, como uma amina terciária, para gerar radicais
livres que são moléculas extremamente energéticas e responsáveis por iniciar o processo de
polimerização5.
Segundo Meereis e colaboradores, o sistema fotoiniciador ternário formado por BAPO
+ EDAB + DPIHFP, após 10s de ativação de luz, a conversão do monómero era de 52%
12
enquanto que para o sistema binário BAPO + EDAB a conversão foi de 44%. Nesse estudo
foi observado que BAPO é capaz de promover a polimerização sozinho, sem a adição de um
co-iniciador. Nesse estudo foi observado uma reatividade elevada de BAPO, o que pode ser
explicado pelo o mecanismo de formação de radicais livres, que após a absorção de energia de
luz a molécula de BAPO sofreu uma clivagem no estado tripleto animado da ligação C-P, que
pode ocorrer por duas vezes e ter a capacidade de gerar 4 radicais livres por molécula. Essa
mesma reação pode provavelmente ter gerado uma regeneração das forças adesivas nos
sistemas adesivo que associou BAPO + DPIHFP como catalisador.
Em relação ao PPD, Brandt e colaboradores utilizando o teste push-out mostraram que
compósito resinas com PPD, quando fotoativado com os LEDs, resultaram em uma redução
na resistência de união entre dente /restauração quando comparado ao sistema de
fotoiniciação a base de CQ, contudo, não foi utilizado nenhum catalizador como o DPIHFP.
Alguns estudos têm avaliado a adição do DPIHFP na formulação de sistemas adesivos.
O mecanismo de ação proposto para a adição desse componente nos adesivos é que, após a
formação do exciplex entre DPIHFP e CQ, a reação desse complexo com a amina terciária
promove a regeneração de sais de iodônio, e esse poderia reagir com moléculas de CQ que
não reagiram, produzindo assim novos estados exciplex, sendo esta uma fonte extra de
radicais para iniciar a polimerização11
.
Outros autores sugerem que o sal de difeniliodônio, que é um receptor de elétrons,
serve tanto para regenerar as moléculas de fotossensibilizador (por exemplo, CQ),
substituindo os radicais terminais inativos por radicais iniciadores fenil ativo, e também para
gerar radicais fenil ativo adicionais12
.
O grau de aumento da taxa de conversão e polimerização promovida pela adição de
um sal de iodônio, produz uma camada híbrida e uma camada adesiva com propriedades
mecânicas melhoradas, resistência de ligação cada vez maior para o substrato dentina,
13
deixando baixo o nível de monômeros que não reagiu. A adição do sal de iodônio como um
catalisador da reação de polimerização como um caráter iônico pode promover a
polimerização de monômeros hidrofílicos, evitando assim a ocorrência de separação de fases
e diminuindo a inibição da polimerização por solventes orgânicos residuais11, 12
.
Segundo Loguercio e colaboradores12
, a o sal de difeniliodônio quando em contato
com água ou solventes, resulta em aumento na diferença da porcentagem final de conversão
do sistema binário CQ-amina quando comparado ao não uso do difeniliodônio, favorecendo a
formulação adesiva com esse sal.
Com isso, os sistemas adesivos que não tinham o catalisador difeniliodônio
apresentaram uma resistência de união menor, e o catalisador provavelmente causou uma
regeneração das forças adesivas, melhorando as propriedades mecânicas da camada hibrida.
CONCLUSÃO
O presente estudo demonstrou que a presença do catalisador difeniliodônio melhorou a
resistência adesiva de união à dentina para os sistemas adesivos contendo os fotoiniciadores
alternativos PPD e BAPO.
14
REFERÊNCIAS
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conversion, water sorption and solubility of dental composites formulated with different
photoinitiator systems. J Dent 2013;41Suppl3:e67-72.
2. Alonso RC, Cunha LG, Correr GM, Cunha BW, Correr-Sobrinho L, Sinhoreti MA.
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3. Borges BC, Souza-Junior EJ, da Costa Gde F, Pinheiro IV, Sinhoreti MA, Braz R, Montes
MA. Effect of dentin pre-treatment with a casein phosphopeptide-amorphous calcium
phosphate (CPP-ACP) paste ondentin bond strength in tridimensional cavities. Acta Odontol
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4. Brandt WC, Silva CG, Frollini E, Souza Junior EJ, Sinhoreti MA. Dynamic mechanical
thermal analysis of composite resins with CQ and PPD as photo-initiators photoactivated by
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8. Ikemura K, Ichizawa K, Yoshida M, Ito S, Endo T. UV-VIS spectra and photoinitiation
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9. Ikemura K, Endo T. A review of the development of radical photopolymerization initiators
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10. Perdigão J, Sezinando A, Monteiro PC. Effect of substrate age and adhesive composition
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12. Loguercio AD, Stanislawczuk R, Mittelstadt FG, Meier MM, Reis A.
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16
FIGURA 1 – Composição dos sistemas adesivos experimentais testados.
Adesivos Componentes Concentrações (em peso) respectivamente
Adesivo 01 CQ / EDMAB 1,2 % / 1,2 %
Adesivo 02 CQ/PPD/EDMAB 0,6 % / 0,6 % / 1,2%
Adesivo 03 CQ/BAPO/EDMAB 0,6% / 0,6 %/ 1,2%
Adesivo 04 CQ/PPD/BAPO/EDMAB 0,4 % / 0,4%/ 0,4%/ 1,2%
Adesivo 05 BAPO/PPD/EDMAB 0,6%, / 0,6% / 1,2%
Adesivo 06 PPD/EDMAB 1,2% / 1,2%
Adesivo 07 BAPO/EDMAB 1,2% / 1,2%
Adesivo 08 CQ / EDMAB 1,2 % / 1,2 % + 1% defeniliodônio
Adesivo 09 CQ/PPD/EDMAB 0,6 % 0,6 % / 1,2%+ 1% defeniliodônio
Adesivo 10 CQ/BAPO/EDMAB 0,6% / 0,6 %/ 1,2%+ 1% defeniliodônio
Adesivo 11 CQ/PPD/BAPO/EDMAP 0,4 % / 0,4%/ 0,4%/ 1,2%+ 1% defeniliodônio
Adesivo 12 BAPO/PPD/EDMAB 0,6%, / 0,6% / 1,2%+ 1% defeniliodônio
Adesivo 13 PPD/EDMAB 1,2% / 1,2%+ 1% defeniliodônio
Adesivo 14 BAPO/EDMAB 1,2% / 1,2%+ 1% defeniliodônio
Abreviações: CQ, canforoquinona; EDMAB, etil-4-dimetilaminobenzoato; PPD, fenil-propanodiona; BAPO,
óxido bis-alquil fosfínico.
17
FIGURA 2 – Médias (desvios-padrão) em Mpa da resistência de união de acordo com os
fotoiniciadores e a presença do catalisador.
*Letras
maiúsculas sobrescritas semelhantes entre si, em uma mesma coluna, indicam a ausência de diferenças estatisticamente significantes entre os grupos experimentais (p>0,05). *Letras minúsculas sobrescritas semelhantes entre si, em uma mesma linha, indicam a ausência de diferenças estatisticamente significantes entre os grupos experimentais (p>0,05).
Fotoiniciadores
Catalisador (Difeniliodônio)
Sem Com
CQ 27,6 (10,0) Aa 27,9 (9,2) Aa
CQ/PPD 39,1 (12,1) Aa 35,4 (9,4) Aa
CQ/BAPO 34,2 (9,8) Aa 34,0 (13,2) Aa
CQ/PPD/BAPO 27,6 (11,2) Ba 38,1 (11,5) Aa
PPD/BAPO 24,2 (8,2) Ba 35,9 (12,8) Aa
PPD 27,0 (9,1) Ba 37,0 (16,9) Aa
BAPO 26,6 (8,0) Ba 40,9 (9,7) Aa
18
FIGURA 3 – Padrão de Fratura
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
CQ/EDMAB
CQ/PPD/EDMAB
CQ/BAPO/EDMAB
CQ/PPD/BAPO/EDMAB
PPD/BAPO/EDMAB
PPD/EDMAB
BAPO/EDMAB + DPIHFP
CQ/EDMAB + DPIHFP
CQ/PPD/EDMAB + DPIHFP
CQ/BAPO/EDMAB + DPIHFP
CQ/PPD/BAPO/EDMAB
PPD/BAPO/EDMAB + DPIHFP
PPD/EDMAB +DPIHFP
BAPO/EDMAB + DPIHFP
ADESIVA COESIVA MISTA
19
ANEXOS
The Journal of Adhesive Dentistry
Author Guidelines
The Journal of Adhesive Dentistry is a bi-monthly journal that publishes scientifically
sound articles of interest to practitioners and researchers in the field of adhesion to hard and
soft dental tissues. The Journal publishes several types of peer-reviewed original articles:
1. Clinical and basic science research reports – based on original research in adhesive
dentistry and related topics.
2. Reviews topics – on topics related to adhesive dentistry
3. Short communications – of original research in adhesive dentistry and related
topics. Max. 4 printed pages, including figures and references (max. characters 18,000). High
priority will be given to the review of these papers to speed publication.
4a. Invited focus articles – presenting a position or hypothesis on a basic science or
clinical subject of relevant related topics. These articles are not intended for the presentation
of original results, and the authors of the articles are selected by the Editorial Board.
4b. Invited commentaries – critiquing a focus article by addressing the strong and
weak points of the focus article. These are selected by the Editorial Board in consultation with
the focus article author, and the focus article and the commentaries on it are published in
sequence in the same issue of the Journal.
5. Invited guest editorials – may periodically be solicited by the Editorial Board.
6. Proceedings of symposia, workshops, or conferences – covering topics of relevance
to adhesive dentistry and related topics.
7. Letters to the Editor – may be submitted to the editor-in-chief; these should
normally be no more than 500 words in length.
20
SUBMISSION INSTRUCTIONS
Submission of manuscripts in order of preference:
1. Submission via online submission service (www.manuscriptmanager.com/jadd).
Manuscript texts should be uploaded as PC-word files with tables and figures preferably
embedded within the PC-word document. A broad range of file formats are acceptable. No
paper version required but high resolution photographs or illustrations should be sent to the
editorial office (see below). Online submissions are automatically uploaded into the editorial
office’s reviewer assignment schedule and are therefore processed immediately upon upload.
2. Submission via e-mail as a PC-word document ([email protected]).
Illustrations can be attached in any format that can be opened using Adobe Photoshop, (TIF,
GIF, JPG, PSD, EPS etc.) or as Microsoft PowerPoint Documents (ppt). No paper version
required but high resolution photographs or illustrations should be sent to the editorial office.
3. One paper copy of the manuscript plus a floppy diskette or CD-ROM (mandatory)
containing a PCword file of the manuscript text, tables and legends. Figures should be
included on the disk if possible in any format that can to be opened using Adobe Photoshop,
(TIf, GIf, JPG, PSD, EPS etc.) or as a Microsoft PowerPoint Document (ppt)
Mailing address:
Quintessenz Verlags-GmbH, Karin Wintonowycz The Journal of Adhesive Dentistry,
Ifenpfad 2-4, D–12107 Berlin, Germany
Illustrations that cannot be sent electronically will be scanned at the editorial office so
that they can be sent to reviewers via e-mail along with the manuscript to expedite the
evaluation process.
Resubmitted manuscripts should also be submitted in the above manner. Please note
that supplying electronic versions of your tables and illustrations upon resubmission will
assure a faster publication time if the manuscript is accepted. Review/editing of manuscripts.
21
Manuscripts will be reviewed by the editor-in-chief and at least two reviewers with expertise
within the scope of the article. The publisher reserves the right to edit accepted manuscripts to
fit the space available and to ensure conciseness, clarity, and stylistic consistency, subject to
the author’s final approval. Adherence to guidelines. Manuscripts that are not prepared in
accordance with these guidelines will be returned to the author before review.
MANUSCRIPT PREPARATION
• The Journal will follow as much as possible the recommendations of the
International Committee of Medical Journal Editors (Vancouver Group) in regard to
preparation of manuscripts and authorship (Uniform requirements for manuscripts submitted
to biomedical journals. Ann Intern Med 1997;126: 36-47).
• Title page. The first page should include the title of the article (descriptive but as
concise as possible) and the name, degrees, job title, professional affiliation, contribution to
the paper (e.g., idea, hypothesis, experimental design, performed the experiments in partial
fulfillment of requirements for a degree, wrote the manuscript, proofread the manuscript,
performed a certain test, consulted on and performed statistical evaluation, contributed
substantially to discussion, etc.) and full address of all authors. Phone, fax, and e-mail address
must also be provided for the corresponding author, who will be assumed to be the first listed
author unless otherwise noted. If the paper was presented before an organized group, the
name of the organization, location, and date should be included.
• 3-8 keywords.
• Structured abstract. Include a maximum 250-word structured abstract (with headings
Purpose, Materials and Methods, Results, Conclusion).
• Introduction. Summarize the rationale and purpose of the study, giving only pertinent
references. Clearly state the working hypothesis.
22
• Materials and Methods. Present materials and methods in sufficient detail to allow
confirmation of the observations. Published methods should be referenced and discussed only
briefly, unless modifications have been made. Indicate the statistical methods used, if
applicable.
• Results. Present results in a logical sequence in the text, tables, and illustrations. Do
not repeat in the text all the data in the tables or illustrations; emphasize only important
observations.
• Discussion. Emphasize the new and important aspects of the study and the
conclusions that follow from them. Do not repeat in detail data or other material given in the
Introduction or Results section. Relate observations to other relevant studies and point out the
implications of the findings and their limitations.
• Acknowledgments. Acknowledge persons who have made substantive contributions
to the study. Specify grant or other financial support, citing the name of the supporting
organization and grant number.
• Abbreviations. The full term for which an abbreviation stands should precede its first
use in the text unless it is a standard unit of measurement.
• Trade names. Generic terms are to be used when ever possible, but trade names and
manufacturer should be included parenthetically at first mention.
• Clinical Relevance. Please include a very brief (2 sentences or 3 lines) clinical
relevance statement.
REFERENCES
• All references must be cited in the text, according to the alphabetical and numerical
reference list.
• The reference list should appear at the end of the article, in alphabetical and
numerical sequence.
23
• Do not include unpublished data or personal communications in the reference list.
Cite such references parenthetically in the text and include a date. • Avoid using abstracts as
references.
• Provide complete information for each reference, including names of all authors. If
the reference is part of a book, also include title of the chapter and names of the book‘s
editor(s).
Journal reference style: 1. Turp JC, Kowalski CJ, Stohler CS. Treatment- seeking
patters of facial pain patients: Many possibilities, limited satisfaction. J Orofacial Pain
1998;12:61-66.
Book reference style: 1. Hannam AG, Langenbach GEJ, Peck CC. Computer
simulations of jaw biomechanics. In: McNeill C (ed). Science and Practice of Occlusion.
Chicago: Quintessence, 1997:187-194.
ILLUSTRATIONS
• All illustrations must be numbered and cited in the text in order of appearance.
• Submitted figures should meet the following minimum requirements: – High-
resolution images should have a width of 83 mm and 300 dpi (for column size). – Graphics
(bar diagrams, schematic representations, drawings) wherever possible should be produced in
Adobe Illustrator and saved as AI or EPS files. – All figures and graphics should be separate
files – not embedded in Word or Power Point documents.
Upon article acceptance, high-resolution digital image files must be sent via one of the
following ways:
1. As an e-mail attachment, if the files are not excessively large (not more than 10
MB), to our production department: [email protected]
2. Online File Exchange Tool: Please send your figures with our Online File Exchange
Tool. This web tool allows you to upload large files (< 350.0 MB) to our server. Please
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archive your figures with a maximum size of 350 MB first. Then upload these archives with
the following link: http://files.qvnet.de/JAD/, password: IAAD. Please name the archive with
your name and article number so we can identify the figures.
Line drawings–Figures, charts, and graphs should be professionally drawn and lettered
large enough to be read after reduction. Good-quality computer-generated laser prints are
acceptable (no photocopies); also provide electronic files (eps, ai) if possible. Lines within
graphs should be of a single weight unless special emphasis is needed.
Legends–Figure legends should be grouped on a separate sheet and typed double-
spaced.
TABLES
• Each table should be logically organized, on a separate sheet, and numbered
consecutively.
• The title and footnotes should be typed on the same sheet as the table.
MANDATORY SUBMISSION FORM
The Mandatory Submission Form, signed by all authors, must accompany all
submitted manuscripts before they can be reviewed for publication. Electronic submission:
scan the signed form and submit as JPG or TIF file. PERMISSIONS & WAIVERS
• Permission of author and publisher must be obtained for the direct use of material
(text, photos, drawings) under copyright that does not belong to the author.
• Waivers must be obtained for photographs showing persons. When such waivers are
not supplied, faces will be masked to prevent identification. For clinical studies the approval
of the ethics committee must be presented.