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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA - DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE CAMPUS LOURDES Voz sobre IP ( Voip ) ALAN KARDEC DE MIRANDA Data de entrega (12/2000) Monografia apresentada à banca examinadora para a conclusão do Curso Superior de (TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA - DESENVOLVIMENTO DE ESTRUTURA DE DADOS E VOZ IP), sob o título: “Voz sobre IP”. Autor: Alan Kardec de Miranda Orientador: José de Ameida Tavares Mendes AGRADECIMENTOS: Primeiramente agradeço a Deus por ter feito com que eu estivesse aqui para a conclusão de mais uma etapa de minha vida. Agradeço também a meu Pai, Alonso Miranda, minha mãe, Ana Miranda, A minha esposa, Váléria Cristina Armond de Miranda, A minhas duas filhas, Luana e Eluany que na hora do descanso me deram a motivação maior de continuar este trabalho. Agradeço também aos meus colegas de classe que me ajudaram de forma direta e indireta na conclusão do curso. E não poderia deixar de agradecer a todos os professores, coordenadores, monitores,...

MONOGRAFIA ALAN K MIRANDA

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Monografia Completa sobre o sistema de voz sobre IP

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Page 1: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BELO HORIZONTE

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA -

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

CAMPUS LOURDES

Voz sobre IP ( Voip )

ALAN KARDEC DE MIRANDA

Data de entrega (12/2000)

Monografia apresentada à banca examinadora para a conclusão do Curso Superior de (TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA - DESENVOLVIMENTO DE ESTRUTURA DE DADOS E VOZ IP),

sob o título: “Voz sobre IP”.

Autor: Alan Kardec de Miranda Orientador: José de Ameida Tavares Mendes

AGRADECIMENTOS:

Primeiramente agradeço a Deus por ter feito com que eu estivesse

aqui para a conclusão de mais uma etapa de minha vida.

Agradeço também a meu Pai, Alonso Miranda, minha mãe, Ana

Miranda, A minha esposa, Váléria Cristina Armond de Miranda, A minhas

duas filhas, Luana e Eluany que na hora do descanso me deram a

motivação maior de continuar este trabalho.

Agradeço também aos meus colegas de classe que me ajudaram de

forma direta e indireta na conclusão do curso.

E não poderia deixar de agradecer a todos os professores,

coordenadores, monitores,...

Page 2: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

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Faço um agradecimento em especial ao meu coordenador de

monografia, José de Almeida Tavares Mendes, por ter orientado o caminho

para a elaboração do trabalho de conclusão de curso.

DEDICATÓRIA

Dedico está trabalho de conclusão de curso aos meus Pais, Alonso

Miranda e Ana miranda, a minha esposa Valéria Cristina Armond de

Miranda, a todos os meus familiares a todos os meus colegas/amigos que

torceram para mim e a todos professores que me ajudaram na elaboração do

trabalho.

.

RESUMO

Para uma melhor apresentação este trabalho será dividido em duas

etapas. Na primeira estarei abordando o funcionamento da tecnologia de Voz

sobre IP (protocolos H.323, SIP e Megaco e a troca de sinalização entre os

mesmos).

Na segunda parte será apresentado um projeto de implementação em um

ambiente empresarial onde foi realizado um estudo da infra-estrutura de telefonia

existente para a tecnologia VoIP, esta implementação teve como principal objetivo

a redução de custo nas ligações, pois foram interligados os 8 sites da empresa

todos utilizando o protocolo H.323.

Palavras Chave

Voip, Telefonia IP,Implementação do Voip.

ABSTRACT

This work being to show the firts part of work to standed to explicated

to function of voice techologe about IP ( protocol H.323, SIP and Megaco and

exchange the signal).

The second part to being to show a implant project in the business

where to achievw study about infra-stucture phone to exist for technologi VoIP

this implementation have to object principal the reductios cost to ring up,

because were site of business utilizing the protocol H.323.

Page 3: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

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Key Words

Voip, Phone IP,Implementation of Voip.

SUMÁRIO

Agradecimentos .............................................................................................. 3

Dedicatória ...................................................................................................... 4

Resumo ........................................................................................................... 5

Abstract ........................................................................................................... 6

Lista de Figuras ............................................................................................... 9

Lista de Tabelas ............................................................................................. 10

Nomenclatura ................................................................................................. 11

1. Introdução ................................................................................................... 13

2. Funcionamento de Voz sobre IP.................................................................. 14

2.1 O que é VoIP ............................................................................................. 14

2.2 Funcionamento do VoIP ............................................................................ 14

2.2.1 Voz.......................................................................................................... 15

2.2.2 QOS ( Qualidade de Servi co ) .............................................................. 15

2.2.3 Codec ................................................................................................... 15

2.3 Economia ................................................................................................. 16

2.4 Protocolos ................................................................................................ 17

2.4.1 H323 ..................................................................................................... 17

2.4.1.1 Arquitetura H.323 .............................................................................. 17

2.4.1.2 Componente do H.323 ...................................................................... 19

2.4.1.3 Benefícios do H.323 .......................................................................... 25

2.4.2 Sip ........................................................................................................ 26

2.4.2.1 Arquitetura SIP ................................................................................ 26

2.4.2.2 Componente do SIP ........................................................................ 26

2.4.3 SIP x H.323 ........................................................................................ 29

2.4.4 Megaco .............................................................................................. 29

2.4.4.1 Arquitetura Megaco ........................................................................ 29

2.5 Troca de Sinalização ............................................................................ 31

2.5.1 RTP ................................................................................................... 31

2.5.2 RTCP ................................................................................................ 31

2.5.3 RAS .................................................................................................. 31

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4

2.5.4 Q. 931 .............................................................................................. 31

2.5.5 H.245 ............................................................................................... 32

3. Arquitetura Voz sobre IP ....................................................................... 33

3.1 PC para PC ......................................................................................... 33

3.2 PC para Servidor para PC ................................................................. 33

3.3 Hibridas .............................................................................................. 34

3.4 H.323 .................................................................................................. 35

3.4.1 PC para PC ......................................................................................35

3.4.2 PC para Servidor ............................................................................ 36

3.5 SIP ..................................................................................................... 38

3.5.1 PC para PC .................................................................................... 38

3.5.2 PC para Servidor ........................................................................... 39

4. Estudo de Caso .................................................................................. 40

5. Conclusão .......................................................................................... 46

Referências Bibliográficas ................................................................... 47

Direitos Autorais ................................................................................... 49

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Comunicação entre dois terminais ............................................................17

Figura 2. Arquitetura H.323 ......................................................................................19

Figura 3. Componentes H.323 .................................................................................19

Figura 4. Estrutura de um Terminal H.323 .........................................................21

Figura 5. Estrutura de Camada Gatekeeper ......................................................23

Figura 6. Estrutura de Camada Gateway ..........................................................24

Figura 7. Entidade SIP ......................................................................................28

Figura 8. Arquitetura MGCP ..............................................................................30

Figura 9. Arquitetura PC para PC .....................................................................33

Figura 10. Arquitetura Gateway ........................................................................34

Figura 11. Troca de Sinalização ......................................................................35

Figura 12. Sinalização H.323 PC para PC ......................................................36

Figura 13. Sinalização H.323 PC para PC ......................................................37

Figura 14. Sinalização SIP PC para PC ..........................................................39

Figura 15. Sinalização SIP PC para Servidor ..................................................39

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5

Figura 16. Topologia de Rede .........................................................................44

Figura 17 – Retorno com a Implementação ....................................................45

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Siglas ................................................................................................ 11

Tabela 2. Padrões H.323 .................................................................................. 20

Tabela 3. Mensagens do MGCP ...................................................................... 30

Tabela 4. Mensagens do SIP ............................................................................ 38

Tabela 5: Cronograma de Atividades ................................................................ 40

Tabela 6: Equipamentos Ultilizados .................................................................. 44

NOMENCLATURA (SIGLAS)

Siglas Significado

VoIP Voz sobre IP VoATM Voz sobre ATM VoFR Voz sobre FrameFralay QOS Quality of Service PABX Central de comutação automática interno e externo SLA Service Level Agreement RTP Real Time Protocol ITU-T International Telecomunication Union LAW Local Area netWork WAM Wide Area NetWork MCU Multi-ponto RAS Registration Admission and Status RTP Real-Time Transport Protocol MC Multipoint Controller MP Multipoint Processors ISDN Integraded Service Digital NetWork IP Internet Protocol GK Gatekeeper GRQ GatekeeperRequest GRJ Gatekeeper Rejection GCF Gatekeeper Confimation RRQ Registration Request ARQ Admission Request ACF Admission Confimation URQ Unregister Request ARJ Admission Rejection

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DRQ Desingage Request SIP Session Initiation Protocol IETF Internet Enginnering Task SDP Session Description Protocol PSTN Packet Switched Telephone Network MGCP Media Gateway Control Protocol RTP Real Time Protocol RTCP Real Time Control Protocol

Tabela 1: Siglas

1 . Introdução

A tecnologia (Voz sobre IP) VoIP foi criada através de pesquisas feitas

por empresas privadas, que tinham como principal objetivo fabricar hardware

para telefonia, no primeiro momento com a experiência de trafegar voz utilizando

uma rede de dados, que possui um protocolo proprietário. A comunicação era

feita através de um cliente PC com outro cliente PC. Ao passar um tempo

separou-se em, VoATM (voz sobre ATM), VoFR (voz sobre Frame Relay), mas

com o grande aumento da Internet evoluiu para VoIP, passando a utilizar uma

rede com protocolo TCP/IP para trafegar a voz, porém a tecnologia ainda não

tinha um protocolo proprietário [1].

O VoIP permite a digitalização de voz e o empacotamento de dados IP

para a transmissão em uma rede que utilize os protocolos TCP/IP.

Esta tecnologia vem crescendo dia após dia e por se tratar de um assunto

de grande importância dentro da empresa a qual trabalho, fez com eu

escolhesse o tema VoIP para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso.

Outro motivo é pela participação em uma implementação do sistema de

VoIP entre uma sede e sete filiais interligando equipamentos Ericsson e Cisco;

Estarei abordando os conceitos da Tecnologia VoIP: Economia com a

tecnologia de VoIP, seus protocolos ( H.323, SIP e MGCP) e troca de

sinalização.

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2. Funcionamento de Voz sobre IP

2.1 O que é VoIP

É uma tecnologia que faz o encaminhamento da voz através de

pacotes IP, tornando possível a realização de chamadas telefônica (com

qualidade) através da rede de dados. Por se tratar de uma tecnologia

popular, hoje já temos operadoras de telecomunicação voltada para está

tecnologia. A tecnologia faz com que as redes de telefonia utilizem o mesmo

caminho das redes de dados para transmitir voz. Desta forma é possível que,

usando um microfone, caixa de som e um software apropriado, se faça uma

ligação para telefones fixo utilizando o computador. Este tipo de serviço é

chamado de Softphone (cada fabricante possui o seu Software), existem

também aparelhos telefônicos que já são aparelhos apropriados para as

redes IP chamado de aparelhos IP ( utilizando o mesmo critério cada

fabricante possui o seu equipamento).

Para termos uma qualidade na transmissão de voz é necessário que

os pacotes que estão transmitindo a voz tenham prioridade dentro do

roteador e para que isto aconteça, é necessário que a rede possua a

tecnologia de QOS (Quality of Service), mais abaixo será abordado as

principais características desta tecnologia.

O VoIP também já está sendo aplicado em PABX (Central de

comutação automática interno e externo), os conhecidos sistemas de ramais

telefônico.

2.2 Funcionamento do VoIP

Para que se tenha uma transmissão de voz dentro da rede, o VoIP

captura a voz, que é transmitida de forma analógica e a transforma em

pacotes de dados, que são enviados por qualquer rede TCP/IP. Desta forma,

é possível trabalhar com esses pacotes pela Internet. Quando o destino

recebe os pacotes, estes são transformados em sinais analógicos e

transmitidos de uma maneira que seja possível de ouvir.

Para que a tecnologia VoIP funcione bem deve-se ter um investimento

com o serviço de QOS, ou seja, qualidade de serviço que irá priorizar a voz

dentro da rede. Para que isto se torne possível, a solução é o aumento da

largura de banda, ou seja, o aumento da velocidade de transmissão e

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recepção de dados. Como o acesso á Internet em banda larga é cada vez

mais comum, principalmente em empresas, o VoIP passou a se beneficiar

disso. Apesar da velocidade ser um ponto importante ela não é suficiente.

2.2.1 Voz

Podemos definir a voz humana como uma forma de onda mecânica

com freqüências principais na faixa que vai de 300 Hz a 3,4 kHz. Quando

tratamos de voz para telefonia temos uma grande preocupação com a

reprodução com a distância do terminal receptor, pois podemos perder em

termos de qualidade.

Já para a telefonia digital, como próprio nome já diz a voz é codificada

em formato digital, que é multiplexado no tempo de forma a compartilhar

meios de transmissão. Com o sinal digital de áudio a telefonia tem um grande

ganho em termos de performance, tendo vantagens como: baixa taxa de

ruído, uma certa estabilidade e reprodutividade.

.

2.2.2 QoS – Qualidade de Serviço

O QoS é a qualidade de serviço na rede. A qualidade de serviço nas

redes IP é um ponto muito importante para um bom desempenho do começo

ao fim das aplicações em VoIP. É necessário um conhecimento dos

mecanismos utilizados, parâmetros, algoritmos e protocolos, para que se

tenha uma QoS que tenha um resultado dentro da rede.

É necessário exigir determinados parâmetros o qual é um requisito da

QoS como: (atrasos, vazão, perdas, ...) .

Quando o QoS é solicitado, a aplicação recebe o nome de SLA

(Service Level Agreement) . Esta solicitação defini quais parâmetros

devem ser garantidos para que as aplicações possam ser executadas

com qualidade.

2.2.3 Codec

É um dispositivo que codifica ou descodifica um sinal. Por exemplo,

companhias telefônicas utilizam codecs para converter sinais binários

transmitidos pelas redes digitais em sinais analógicos para rede analógica.

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Alguns exemplos de codecs são G723 e G.711, juntamente com o

protocolo RTP ( Real Time Protocol ) [9].

Este processo é dividido em duas partes:

Análise da voz: este processamento é responsável por converter a voz

em um formato digital, para que seja guardada de forma coerente nos

sistemas de comutação e transmitida em redes digitais ou rede IP.

São chamadas de digital speech encoding [9].

Sintetização da voz: este processamento é responsável por converter

a voz da forma digital para forma analógica, própria para a audição

humana[9].

2.3 Economia

Se uma empresa já transmite dados entre suas unidades poderá obter

uma grande economia utilizando essa rede para o tráfego de voz,

aproveitando o link de dados que geralmente é sub-utilizado na maioria do

tempo. E se a empresa ainda não transmite dados a melhor opção é adotar

uma solução que utilize Voz sobre IP.

Em qualquer das situações, a economia com ligações locais e

interurbanas viabiliza o retorno do investimento em curto espaço de tempo.

Essa economia é resultado:

De ligações telefônicas a custo zero;

De envio e recebimento de Fax sem nenhum custo;

Da utilização de uma única infra-estrutura para prover serviços de link

de dados e telefonia.

A tecnologia de VoIP permite reduzir o custo das ligações entre

empresas que possuem links de dados interligando suas unidades. Neste

cenário a tecnologia permite a redução do custo das chamadas, pois a

empresa já paga um custo fixo pelo uso da rede de dados de uma provedora

de serviços (Embratel, Brasil Telecom, etc). A voz do usuário é transformada

em pacotes IP (Internet Protocol), e trafegam dentro da rede de dados da

empresa. Devemos lembrar que para termos qualidade audível nas ligações,

é necessário investir em equipamentos de conectividade de rede (roteadores

e switches) QoS (Qualidade de Serviço), para que o pacote de voz tenha

sempre prioridade ao trafegar na rede, pois a voz é sensível ao atraso e

variações (delay e jitter) [5].

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Há questões levantadas quanto ao uso de usuários domésticos que

possuem o serviço ADSL, de utilizarem a tecnologia de VoIP, porém não há

garantia de qualidade na ligação, pois a rede não tem QoS, tornando a

chamada inaudível em alguns momentos. Dependendo do tipo de interface

podemos conectar um PABX ou um telefone diretamente no roteador. Todas

as ligações entre as corporações (Matriz-Filiais), são redirecionadas na rede

de dados da empresa. Ligações externas, são redirecionadas para a rede da

telefonia local.

2.4 Protocolos

Estarei abordando agora os três protocolos que são mais usados

quando falamos de Telefonia VoIP são ele: H.323, SIP e Megaco. Será

apresentado seus funcionamentos e os componentes que fazem parte destes

protocolos.

2.4.1 H323

O protocolo H.323 do ITU-T (International Telecomunication Union) [16],

estabelece padrões para a codificação e descodificação das informações de

vídeo e áudio além de ser totalmente independente da rede.

O H.323 é um dos principais protocolos quando falamos em tecnologia

VoIP, a seguir veremos seu funcionamento.

2.4.1.1 Arquitetura H.323

O H.323 é um padrão que pode ser utilizado em qualquer topologia de

rede ou seja apenas uma ligação ponto a ponto, utilizando um segmento de

rede ou até mesmo vários segmentos interligados.

A figura 1 mostra a comunicação entre dois terminais H.323 em uma

rede baseada em pacotes.

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Figura 1: Comunicação entre dois terminais [15]

O H.323 especifica o uso de áudio, vídeo e dados em uma

comunicação multimídia, sendo que apenas o suporte à mídia de áudio é

obrigatório. Mesmo sendo somente o áudio obrigatório, cada mídia, quando

utilizada, deve seguir as especificações do padrão. Pode-se ter varias formas

de comunicação, envolvendo áudio (telefonia IP), áudio e vídeo

(vídeoConferência), áudio e dados e, por fim, áudio, vídeo e dados.[15]

Esta arquitetura é utilizada em redes LAN e WAM, e também em redes

que não possuem qualidade de serviço, ou seja, redes que sofram com

atrasos de pacotes. A figura 2 apresenta a arquitetura do H.323. Na parte

superior da figura está a rede LAW, onde quatro terminais, podem utilizar

todas as vantagens desta arquitetura, incluindo vídeo conferências

simultâneas em múltiplos pontos. A transmissão de voz sobre IP utiliza

apenas uma porção da totalidade desta arquitetura. A comunicação em

múltiplos pontos necessita da unidade controladora H.323 multi-ponto (MCU).

As capacidades do H.323 podem ser estendidas através da WAN e

disponibilizadas através de dispositivos H.323. Esta é a principal função do

dispositivo gatekeeper ( Citado posteriormente na página 22 deste trabalho ).

Se um gatekeeper não esta presente, todos os dispositivos devem ser

capazes de gerar suas próprias mensagens de sinalização. Todos os links de

WAN são mantidos por um ou mais gateways H.323. Qualquer rede após o

gateway H.323 não é contemplada pela recomendação H.323, porém o

gateway pode interagir com vários tipos de dispositivos em diversas de redes.

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Figura 2: Arquitetura H.323 [15]

2.4.1.2 Componentes do H.323

O H.323 é compatível com diversas aplicações e produtos multimídia,

podendo utilizar várias topologias de redes que utilizem o protocolo IP. Ele

possui quatro componentes principais para se estabelecer um sistema de

comunicação baseado em rede, sendo eles: terminais, gateways,

gatekeepers e unidade de controle multiponto.

A figura 3 mostra os componentes do protocolo H.323 padrão.

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Figura 3: Componentes H.323 [12]

O H 323 especifica os componentes, protocolos e procedimentos que

são necessários para obter serviços de comunicação multimídia em tempo

real como voz e vídeo. O H.323 realiza gerenciamento de largura de banda,

multimídia, interface entre LANs e controle de chamadas. Os elementos do

H.323 podem realizar a comunicação através de diversas tipo de redes como,

redes ponto a ponto, ponto a multiponto, e até mesmo, segmentos múltiplos

com topologias complexas desde que estas redes utilizem protocolo IP.

As entidades H.323 também trabalham com os terminais H.310 em

B-ISDN, terminais H.320 em N-ISDN, terminais H.321 em B-ISDN, terminais

H.322 em LANs QoS garantidas, entre outros. Este protocolo faz parte do

terminais H.32x. A tabela 2 mostra uma lista de vários padrões, aplicados ao

H.323 [15]:

Padrões Significado

H.225 Procolo de controle de chamada H.245 Protocolo de controle de mídia H.261 Codec de vídeo para 64 kbps ou mais H.263 Codec de vídeo para menos de 64 kbps G.711 Codec de áudio PCM para 56/64 kbps G.722 Codec de áudio para 7 kHz em 48/56/64 kbps G.723 Codec de fala para 5,3 e 6,4 kbps G.723 Codec de fala para 5,3 e 6,4 kbps G.728 Codec de fala para 16 kbps

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G.729 Codec de fala para 8/13 kbps

Tabela 2: Padrões H.323

2.4.1.1.1 Terminais H.323

É um computador onde está implementado o serviço de telefonia IP,

atuando como terminal de serviço de telefonia IP, como terminal de voz,

vídeo e dados, através de recursos multimídia. Esses são os clientes da LAN

que fornecem comunicação em tempo real e bidirecional.

Todos os terminais H.323 têm que suportar o H.245, Q.931,

Registration, Admission and Status (RAS) e RTP.

Os terminais são as entidades da LAN que realizam a comunicação

em tempo-real nas duas direções com outra entidade H.323. Os roteadores

permitem a comunicação tempo-real entre os terminais H.323 e outros

terminais numa rede de longa distância, ou com outros roteadores. A figura 4,

apresenta o esquema de uma estrutura do terminal H.323.

Estas entidades tem como função codificar e descodificar os pacotes

de áudio, além de suportar funções de sinalizações da unidade de controle do

sistema.

Figura 4: Estrutura de um Terminal H.323 [15]

Page 15: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

15

2.4.1.1.2 MCU

O MCU (Multipoint Control Unit) é um elemento responsável por gerar

e cuidar da conferência entre três ou mais usuários H.323.

O H.323 tem como características fazer com que o MCU seja

obrigatório em conferências com mais de dois usuários que sigam estes

padrões, tendo em vista o uso de protocolos orientados a conexão para o

controle das conferências. Essa característica impede a utilização completa

de transmissão multicast (como no padrão IETF SIP) [15].

Um MCU consiste de um MC (Multipoint Controller) e MP (Multipoint

Processors). O MC é responsável por controlar conferências com mais de

dois participantes, utilizando os protocolos de sinalização e controle do H323.

O MP realiza funções de chaveamento de mídia entre os usuários.

2.4.1.1.3 Gatekeeper

A função do gatekeeper é fazer a tradução de endereços, e o controle

de acesso à LAN por terminais e roteadores.

O “gatekeeper” (GK) é um elemento H.323 que age como um ponto

central para todas as chamadas dentro de uma determinada “zona H.323”.

Esse conceito de zona refere-se muito mais à gerência do “gatekeeper” do

que a qualquer outra entidade H.323 [9].

Este componente é considerado o mais importante de uma rede

H.323. Agindo como um ponto central de uma “zona H.323”, ele pode

oferecer uma série de serviços aos seus “clientes” cadastrados. Entre esses

serviços, destaca-se o controle da sinalização de chamada.

O “gatekeeper”, utiliza o H.245 para realizar as funções de negociação

de capacidades e de recursos quando uma chamada esta ocorrendo.

Capacidades e recursos podem ser considerados como sendo a banda de

transmissão ou de recepção disponível ou mesmo o tamanho do “buffer”

destinado à comunicação tanto no transmissor quanto no receptor. Em

Page 16: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

16

qualquer momento pode haver a troca de capacidades dos terminais

(codecs), sendo o gatekeeper o gerenciador desta tarefa.

Uma zona H.323 é o conjunto de dispositivos finais (terminais,

“gateways” e MCUs) que são gerenciados por um “gatekeeper”. Os terminais

H.323 se registram nos “gatekeepers” para enviar e receber chamadas. Os

“gatekeepers” fornecem serviços de rede para os componentes da zona que

gerenciam. As suas principais funções são:

Tradução de endereços aliases para endereços IP ou IPX;

Gerenciamento de largura de banda, permitindo a definição da quantidade

máxima permitida para os recursos da conferência;

Roteamento de chamadas H.323;

Controle do número e do tipo de conexões permitidas;

Controle de admissão de acesso em uma “zona H.323”;

Muitas das atribuições ligadas ao “gatekeeper” são essenciais à

comunicação H.323 na Internet. Os usuários não desejam, por exemplo,

trabalhar com endereços de rede, mas sim com nomes que sejam facilmente

associáveis às pessoas. Além disso, é de se esperar que existam

mecanismos que permitam ou não a inclusão de determinado usuário ao

“gatekeeper”.

De uma maneira geral, as funções de registro, admissão e estado do

“gatekeeper” são desempenhadas pelo protocolo RAS (Registration,

Admission and Status).

Uma mensagem RAS básica é a GRQ (GatekeeperRequest). Nessa

mensagem são enviados os aliases que o terminal deseja possuir, sendo

escolhido pelo "gatekeeper” aquele de maior prioridade e que já não esteja

em uso por outro terminal.

Para localizar um “gatekeeper” pode-se utilizar dois métodos. O

primeiro é através do seu endereço de rede, na porta UDP 1719 (porta

padrão). Uma outra maneira é utilizar mensagens multicast, num processo de

localização dinâmica. Está localização utiliza o endereço de grupo multicast

224.0.1.41 (todo “gatekeeper” é membro desse grupo), agora na porta UDP

1718.

A figura 5 mostra a estrutura de Gatekeeper.

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17

Figura 5: Estrutura de Camada Gatekeeper [15]

2.4.1.1.4 Gateway

É o elemento que fica entre uma rede de telecomunicação e uma rede

IP, como o sistema telefônico convencional (RTPC), rede integrada de

serviços digitais (RDSI), rede de telefonia celular; de forma a permitir a

ligação entre as duas redes.

Um gateway H.323 é o ponto final da rede que fornece comunicação

em tempo real nas duas direções entre terminais H.323 em uma rede IP e

outros terminais ITU ( Internation Telecomunication Union ) em uma rede

comutada ou para outro gateway H.323. Eles executam a função de

translação entre diferentes formatos de dados. Os gateways são opcionais

em uma LAN onde os terminais se comunicam diretamente, mas quando os

terminais precisam se comunicar com um ponto final em outra rede, esta

comunicação é feita através do gateway pelos protocolos H.245 e Q.931.

A figura 6 mostra a estrutura de um Gateway.

Page 18: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

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Figura 6: Estrutura de Camada Gateway [15]

2.4.1.3 Benefícios do H.323

O VoIP possui inúmeros benefícios. Segue abaixo alguns deles:

Não depender da rede: pelo fato do H.323 ser um padrão criado para

ser usado em redes baseada em pacotes, com rede IP. Na maioria

dos caso as redes convencionais possuem uma infra-estrutura com

protocolos de transporte baseados em pacotes, sendo assim o padrão

H.323 é usado nestas tecnologia permitindo a utilização das

aplicações em multimídia sem que sofra mudanças.

Interoperabilidade de equipamentos e aplicações: ele permite

interoperabilidade entre dispositivos e aplicações de diferentes

fabricantes.

Independência: o H.323 não determina o hardware ou sistema

operacional a ser usado. Desse modo, as aplicações H.323 podem ser

de naturezas diversas voltadas para mercados específicos, que vão

desde software de vídeo conferência executado em PCs, a telefones

IP, adaptadores para Tv a cabo, sistemas dedicados, etc.

Padronização de mídia: ele estabelece codificadores para compressão

e descompressão de sinais de áudio e vídeo. Ele também prevê

mecanismos de negociação dos codificadores a serem utilizados

numa conferência a fim de que os seus participantes encontrem um

subconjunto comum entre si.

Page 19: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

19

Flexibilidade nas aplicações entre cliente: podendo envolver a uma

conferência H.323, clientes com capacitações multimídia diferentes. É

possível que um terminal com suporte apenas para áudio participe de

uma conferência com terminais que tenha suporte adicional de vídeo

ou dados.

Interoperabilidade entre redes: sendo possível estabelecer

conferências entre participantes localizados numa LAN em outras

redes completamente diferentes, como a rede telefônica pública ou

ISDN. O H.323 prevê o uso de codificadores que são comuns a vários

tipos de redes. Isto é possível através da utilização do componente

gateway.

Suporte a gerenciamento de largura de banda: o tráfego dos fluxos de

vídeo e áudio é caracteristicamente consumidor de largura de banda

em uma rede. O padrão provê mecanismos de gerenciamento que

permitem delimitar a quantidade de conferências simultâneas e a

quantidade de largura de banda destinada às aplicações H.323. Além

do mais, o H.323 também prevê facilidade de contabilidade de uso dos

recursos da rede que podem ser usadas para fins de cobrança. Isto é

possível através da utilização do componente gatekeeper.

Suporte em conferência multiponto: com três ou mais participantes

simultâneos.

Suporte a multicast:ele suporta técnicas de multicast nas conferências

multiponto. Uma mensagem multicast envia um único pacote a todo

um subconjunto de destinatário na rede sem replicação. Esse tipo de

transmissão usa a largura de banda de uma forma mais eficiente que

as transmissões unicast. [15]

2.4.2 SIP

O protocolo SIP (Session Initiation Protocol) [16] é um padrão da

Internet Enginnering Task Force ( IETF). Ele tem semelhanças com o

protocolo HTTP. Esta semelhança está no cabeçalho do protocolo, ou seja,

quando falamos de requisição de resposta para qualquer início de sinalização

entre usuários.

Page 20: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

20

O protocolo SIP também é muito utilizado quando falamos em VoIP, a

seguir estaremos vendo seu funcionamento.

2.4.2.1 Arquitetura SIP

Este protocolo foi criado para estabelecer sinalização com mais de um

usuário ao mesmo tempo, ou seja, em conferência utilizando a rede, de uma

forma totalmente independente do conteúdo de mídia da chamada. Assim

como o HTTP, o SIP leva os controles da aplicação para o terminal,

eliminando a necessidade de uma central de resposta.

Uma transmissão de chamadas permite que os usuários especifiquem

onde eles estão para que possa receber a chamada. As pessoas que estão

na chamada podem gerenciar a mesma, com isso o usuário faz a conferência

ou desfaz a conferência.

2.4.2.2 Componentes SIP

Arquitetura SIP é composta dos seguintes componentes:

2.4.2.2.1 Terminal SIP

Este componente é o software de estação final. Ele trabalha como um

usuário solicitando a inicialização de sessão e também funciona como um

servidor pois ele emite resposta a um pedido de chamada. Sendo assim

podemos dizer que a arquitetura é formada por cliente/servidor. Este

componente é muito inteligente, ele faz o gerenciamento e o armazenamento

das chamadas. Ele consegue estabelecer chamadas de um endereço similar

a um endereço de web ou número de telefone [16].

2.4.2.2.2 Servidor Proxy SIP

Este componente é conhecido como next-hop pois ele recebe uma

solicitação e envia para outro servidor ou para os usuários. Possui

Page 21: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

21

informações com o intuito de bilhetagem das chamada, e corresponde a uma

entidade intermediária contendo tanto um UAC quanto UAS. Seu objetivo

compreende o encaminhamento das solicitações recebidas para os próximos

servidores SIP ou terminais, que fazem parte do caminho até o destino

(serviço de roteamento).

A entidade Servidor Proxy SIP também pode operar com comunicação

stateful ou stateless. O stateful pode dividir as chamadas pela ordem que

chegaram, sendo assim faz com que muitas extensões estejam tocando de

uma vez e o primeiro que atender pega a chamada. Isso significa que pode

utilizar o telefone atrávez de um desktop SIP, celular SIP e suas aplicações

de videoconferência de qualquer lugar. Esta entidade usa métodos para

resolver a solicitação ao endereço de host, inserindo busca de DNS, busca

em base de dados [16].

2.4.2.2.3 Servidor de registro SIP

Este componente recebe a solicitação sobre a localização corrente de

cada usuário. Aceita solicitação de registro permitindo que os usuários

registrem suas presenças. Pode estar localizado no mesmo meio físico de um

servidor proxy ou servidor de redirecionamento [16].

2.4.2.2.4 Servidor de redirecionamento SIP

Esta entidade também recebe solicitações, determina um outro

servidor e retorna aos usuários que solicitarão o endereço do usuário

requisitado. Usualmente é utilizado, somente o servidor de redirecionamento

ou o servidor de proxy [16].

Page 22: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

22

2.4.2.2.5 Servidor de localização

Esta entidade oferece o servidor de localização de um determinado

usuário na rede [16].

A seguir a figura 7 mostra o funcionamento das entidades do SIP

citadas acima.

Figura 7: Entidade SIP [3]

A figura acima esta mostrando o funcionamento dos componentes do

SIP, segue. O cliente SIP faz a solicitação para o servidor local, este servidor

envia a solicitação ao servidor de redirecionamento que devolve a endereço

ao servidor local que envia a solicitação para o servidor proxy que envia a

solicitação para o servidor de localização que faz a consulta na base de

dados local. Após isso, é enviado ao outro servidor proxy que envia ao

destino.

O SIP utiliza o SDP ( Session Description Protocol ). Esta ferramenta de

conferência foi criada para descrever sessões de áudio, vídeo e multimídia

ele também é um produto do grupo de trabalho MUSIC e é muito usado

atualmente no contexto do MBONE, a rede de comunicação multicast que

funciona na Internet.

O principal objetivo do SDP é definir uma sintaxe padrão [3].

2.4.3 SIP X H.323

Page 23: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

23

Estes dois protocolos são padrões para o caminho da chamada. O

H.323 tem como seu grande sucesso a interligação com as redes PSTN

(Packet Switched Telephone Network) e aplicações desktop e

videoconferêncial. O protocolo SIP foi desenvolvido par uso com a Internet. A

tecnologia H.323 nos próximos 2 anos ficará responsável pelo gerenciamento

de conferências. Já o SIP se tornando mais usado quando o MCU SIP,

gateways e servidores passarem além do beta, ou seja, já está comercial.

Hoje podemos dizer que entre este dois protocolos, o H.323 é o mais usado,

mas o SIP vem crescendo dia após dia, tanto que hoje o protocolo SIP é o

mais comercializado.

2.4.4 Megaco

Os protocolos MGCP ( Media Gateway Control Protocol ) da ITU-T/IETF

e Megaco baseiam-se numa arquitetura centralizada, na qual os dispositivos

da banda da rede (os telefones) possuem uma capacidade limitada,

tornando-os mais baratos e simples de serem construídos.

2.4.4.1 Arquitetura Megaco

Os protocolos MGCP ( Media Gateway Control Protocol ) da ITU-

T/IETF e Megaco baseiam-se numa arquitetura centralizada, na qual os

dispositivos da banda da rede (os telefones) possuem uma capacidade

limitada, tornando-os mais baratos e simples de serem construídos.

Toda a inteligência está no núcleo da rede, em equipamentos chamados

Call Agents, de forma muito parecida com o que existe hoje na rede

telefônica convencional (PSTN-Public Switched Telephone Network), uma

vez que os terminais (endpoints) são inteiramente dependentes das

instruções, inteligência e controle providos pelos Call Agents.

O MGCP foi desenvolvido pelo IETF (órgão que padroniza protocolos

da Internet), e o Megaco é resultado de um desenvolvimento conjunto entre o

IETF e o ITU (órgão de padronização de protocolos de telecomunicações),

resultando num melhoramento do MGC.

Page 24: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

24

É um protocolo que trabalha basicamente como mestre/escravo, onde

os gateways devem executar os comandos pelo agente de chamadas (call

agent).

A tabela 3 mostra uma lista com as mensagens do MGCP.

Mensage Significado

MG - Media Gateway Processa a conversão dos dados do formato da rede de circuito para o formato da rede de pacotes

MGC - Media Gateway Controller

Gerencia as conexões nas redes de pacotes, através dos agentes de chamada

SG - Signalling Gateways

Interface para a rede de sinalização SS7 da rede de telefonia pública comutada (RTPC) Gerencia as chamadas multicast ( conferência ) MCU - Multipoint

Conference Unit Tabela 3: Mensagens do MGCP

A figura 8 apresenta a arquitetura MGCP onde temos duas redes que utilizam

o protocolo MGCP falando entre si, passando por um rede IP.

Figura 8 : Arquitetura MGCP [8]

O MGCP foi desenvolvido com a idéia de ser um protocolo simples e

de baixo custo. O protocolo procura padronizar a troca de mensagens com

diversos outros protocolos, como o H.323 e o SIP.

Além da interligação do MGCP com o SIP e o H.323, ele oferece os

serviços básicos das redes de telefonia, esse protocolo possui um elemento

dedicado para controlar a sinalização com as redes de telefonia.

O celebro da rede está centralizada nos MGC’s, que centralizam o

controle e a gerência da rede [8].

Page 25: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

25

2.5 Troca de Sinalização

Agora estaremos vendo os protocolos que são responsáveis pela

sinalização do H.323, SIP e Megaco.

2.5.1 RTP – Real Time Protocol

É um protocolo que proporciona um serviço de entrega fim-a-fim para

dados com característica de tempo real como o áudio e vídeo.

Proporciona identificação de tipo de payload, numeração sequencial,

informação de tempo ( timestamping ) e monitoração da entrega. Não contém

mecanismo para entrega em tempo adequado, nem garante qualidade de

serviço, não garante nem a entrega e nem uma seqüência ordenada de

entrada, suporta transferência de dados para múltiplos destinos (multicast) se

a rede de transporte oferecer também esse serviço, permitindo aplicações

como armazenagem de dados em seqüência, simulação interativa distribuída,

medições e controle [7].

2.5.2 RTCP – Real Time Control Protocol

É um protocolo que atua em conjunto com RTP exercendo as funções

de controle. Sua principal função é fazer a realimentação da qualidade da

entrega e conduzir informações sobre os participantes em uma sessão em

andamento [7].

2.5.3 RAS (H.225) – Registration Admission and Status

Page 26: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

26

É um protocolo usado entre os gateway e o gatekeeper. Suas funções

são, registrar o gateway, localizar o gateway e controlar o acesso de

terminais [8].

2.5.4 Q.931 ( Sinalização H.225 Sinalização de chamadas)

Sinalização para conexão inicial de dois pontos finais, onde a troca e o

transporte das mensagens de sinalização são feitos por uma conexão

confiável. Essa troca de mensagem pode ser feita diretamente entre os dois

pontos finais ou pode ser encaminhada através do gatekeeper. A escolha é

feita pelo gatekeeper durante a fase de registro no RAS [7].

2.5.5 H.245 Sinalização de Controle

Troca de informações entre dois pontos finais para abrir e fechar

canais lógicos e ajuste de capacidade dos terminais [7].

3. Arquiteturas VoIP

Existem três arquiteturas básicas de implementação do VoIP são elas:

3.1 PC para PC

Arquitetura onde todo o tratamento do sinal de voz é realizado pelos

computadores, sendo a chamada de voz estabelecida com base no endereço

IP do receptor. Dois computadores se comunicam para troca de informações

de voz. Essa arquitetura possui uma variante onde o PC é substituído por um

telefone com capacidade de codificação de voz e implementação do

protocolo IP ou seja um aparelho IP.

A seguir veja na figura 9 ilustrando a arquitetura PC para PC

Page 27: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

27

Figura 9 : Arquitetura PC para PC

3.2 PC / servidor / PC

Esta arquitetura utiliza um telefone padrão para gerar e receber a

chamada telefônica sobre a internet. O usuário que chama para o Gateway

de telefonia IP mais próximo de sua localização. Este Gateway reconhece e

valida o número telefônico do usuário e solicita a este que forneça o número

do usuário de destino.

O Gateway de entrada identifica o Gateway de saída mais próximo do

usuário de destino e inicia com este uma sessão para a transmissão de

pacotes de voz ( utilizando o protocolo H323 ou SIP). O Gateway de saída

chama o telefone receptor e, após a chamada ser atendida, inicia-se a

comunicação com o sinal de voz sendo enviado através de datagramas de IP

entre os Gateways.

A codificação e empacotamento do sinal de voz no Gateway de origem,

enquanto a decodificação e desempacotamento são feitos no Gateway de

destino. A digitalização do sinal de voz pode ser feita na central ( Gateway ),

ou no telefone. Veja a figura 10 monstrando a arquitetura PC / Servidor / PC:

Page 28: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

28

Figura 10 : Arquitetura Gateway

3.3 Hibridas ( PC / PSTN )

O usuário A chama um número de acesso ao serviço de telefonia

sobre a Internet. A chamada é roteada pela rede pública para o comutador de

telefonia IP. O Gateway solicita ao usuário A que informe o número do

telefone de destino. Este número é enviado ao Gatekeeper. O Gatekeeper

determina o endereço IP do Gatekeeper de destino baseado no número do

telefone de destino. Um pacote IP requisitando a informação de status

(disponibilidade) do

Gateway de destino é enviado ao Gatekeeper de destino. O Gatekeeper de

destino responde à requisição provendo as informações de disponibilidade e

endereço IP do Gateway de destino. O Gatekeeper de origem transfere estas

informações para o Gateway de origem. O Gateway de origem estabelece um

canal de comunicação com o Gateway de destino. Este canal é identificado

por uma Variável de Referência de Chamada (Call Reference 3 Variable –

CRV), que será usada por ambos os Gateways durante toda a chamada para

identificar os pacotes IP associados com esta chamada em particular. O

Gateway de destino seleciona um tronco de saída para a rede pública e envia

uma sinalização ao comutador da rede pública solicitando que o mesmo

estabeleça uma chamada com o número telefônico indicado. Se a chamada

pode ser completada com sucesso, uma mensagem de sinalização IP é

Page 29: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

29

enviada pelo Gateway de destino para o Gatekeeper de destino e deste para

o

Gatekeeper de origem. O Gatekeeper sinaliza ao Gateway de origem, e este

encaminha sinalização para a rede telefônica de origem indicando que o

terminal de destino está sendo chamado (tom de campainha). Após iniciada a

conversação, pacotes de voz são trocados na rede IP entre os Gateways,

durante a chamada.

Abaixo segue a figura 11 monstrando esta ligação.

Figura 11: Arquitetura PC/PSTN

3.4 Sinalização H.323

Estaremos explicando agora a troca de mensagens durante uma

chamada de PC/PC e PC/Servidor/PC do H.323 e do SIP.

3.4.1 H.323 PC para PC

A ligação têm início quando o usuário A chama o usuário B,

conhecendo o IP do usuário B. O usuário A envia uma mensagem de SETUP,

na porta conhecida como canal de sinalização de chamada, usando uma

conexão TCP. Essa mensagem é tratada pelo H.225. Assim que o usuário B

recebe a mensagem de SETUP ele envia uma mensagem de

CALLPROCEDING, dizendo que a ligação está em processo. Ele envia

também as mensagem de ALERTING e CONNECT. Uma dessas mensagens

devem ser recebidas pelo o usuário A antes que o SETUP se temporize.

Quando um dos usuários resolvem finalizar a chamada uma

mensagem de ENDSESSION COMMAND é enviada ao outro usuário que

Page 30: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

30

também retorna a mesma mensagem ao usuário que solicitou o

cancelamento da ligação. Após o solicitante ter recebido a mensagem de

ENDSESSION COMMAND ele envia uma mensagem de REALEASE

COMPLETE, informando que a ligação foi encerrada.

Veja abaixo a figura 12 demonstrando a troca de sinalização do

protocolo H.323 PC para PC [7] .

Figura 12: Sinalização H.323 PC para PC [7]

3.4.2 H.323 PC / Servidor / PC

A ligação tem início quando o usuário A chama o usuário B,

suponhamos que os usuários já estão cadastrados no servidor. O usuário A

envia ao servidor uma mensagem de ARQ, quando o servidor recebe a

solicitação do usuário A, ele envia ao usuário A uma mensagem de ACF,

informando que o servidor aceitou a solicitação do usuário A, após isso o

usuário A envia ao usuário B uma mensagem de SETUP, quando o usuário B

recebe está mensagem ele envia uma mensagem de ARQ ao servidor,

quando o servidor recebe a solicitação do usuário B, ele envia ao usuário a

uma mensagem de ACF, informando que o servidor aceitou a solicitação do

usuário B, assim que o usuário B recebe a confirmação do servidor ele envia

Page 31: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

31

uma mensagem de CALLPROCEDING, informando que a ligação está sendo

processada ele também envia uma mensagem de ALERTING ao usuário A,

logo em seguida uma mensagem de CONNECT é enviada pelo usuário B ao

usuário A

Quando um dos usuários resolvem finalizar a chamada uma

mensagem de ENDSESSION COMMAND é enviada ao outro usuário que

também retorna a mesma mensagem ao usuário que solicitou o

cancelamento da ligação. Após o solicitante ter recebido a mensagem de

ENDSESSION COMMAND ele envia uma mensagem de REALEASE

COMPLETE, informando que a ligação foi encerrada, após isso uma

mensagem de DRQ é enviada ao servidor pelos dois usuários o servidor

envia aos mesmo uma mensagem de DCF, informando que os dois usuários

não estão mais conectados.

Veja abaixo a figura 13 demonstrando a troca de sinalização do

protocolo H.323 PC para Servidor [9].

Figura 13: Sinalização H.323 PC para PC [9]

3.5 Sinalização SIP

O SIP usa seis mensagens para fazer a sinalização de uma ligação,

são elas:

Veja a tabela 4 as mensagens:

Page 32: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

32

Mensage Significado

INVITE Mensagem enviada pelo chamador, tentando estabelecer a conexão. O INVITE também poder ser enviado durante uma conexão para modificar o estado que a ligação se encontra. Ele utiliza o SDP como parâmetro.

ACK Mensagem que informa o chamador, recebeu a confirmação do Invite. OPTIONS Mensagem que é enviado, com o sentido de pesquisar as características do chamador.

BYE Mensagem usada para finalizar um ligação.

CANCEL Mensagem que cancela a requisição que tiver processando naquele momento. Ele também é responsável por informar o cabeçalho do SIP.

REGISTER Mensagem responsável por cadastrar o endereço do usuário no servidor.

Tabela 4: Mensagens do SIP [15]

3.5.1 SIP PC para PC

A ligação tem inicio quando o usuário A, envia o INVITE para o usuário

B. Neste momento a mensagem é roteada e devolvida ao usuário A,

informando que a requisição está sendo transmitida. Quando a mensagem

chega ao destino, o usuário B recebe uma mensagem de RINGING que

informa ao usuário A que está aguardando uma resposta do usuário B, neste

momento é enviado uma mensagem ACK ao usuário A.

Quando um dos participantes resolve finalizar a conexão, a mensagem

BYE é enviada. Assim que o outro usuário recebe o BYE ele também envia o

BYE para finalizar a conexão.

A figura 14 apresenta a sinalização PC para PC no SIP [7].

Figura 14 : Sinalização SIP PC para PC [7]

Page 33: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

33

3.5.3 SIP PC / servidor / PC

A ligação tem início quando o usuário A e o usuário B se registram no

servidor. Após o registro o usuário A envia o INVITE para o usuário B. Neste

momento a mensagem é roteada e devolvida ao usuário A, informando que a

requisição está sendo transmitida. Quando a mensagem chega ao destino, o

usuário B recebe uma mensagem de RINGING que informa ao usuário A que

está aguardando uma resposta do usuário B, neste momento é enviado uma

mensagem ACK ao usuário A.

Quando um dos participantes resolve finalizar a conexão, o BYE é

enviado ao servidor, que desregistra o usuário e passa para o outro usuário

que envia o BYE para o servidor que também desregistra o mesmo.

Segue abaixo a figura 15 demonstrando esta ligação [7].

Figura 15 : Sinalização SIP PC para Servidor [7]

4. Estudo de Caso

O estudo de caso que estarei apresentando é de uma determinada

empresa que optou por fazer a troca de toda a infra-estrutura existente pela

tecnologia VoIP, utilizando o protocolo H.323.

O principal objeto da empresa é ter uma economia com ligações DDI,

DDD e entre sites.

Page 34: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

34

4.1 Planejamento

O planejamento é o primeiro ponto a ser realizado e o mais importante

dentro de uma implementação, seja ela qual for.Na fase de planejamento é

que se consegue prever e fazer correção de alguns erros que possam ocorrer

durante a implementação. É claro que ocorrem problemas durante a

implementação mesmo com um bom planejamento. Podemos também ter

uma noção de tempo para implementação.

É dentro do planejamento que definimos que será o responsável por

cada etapa da implementação. No estudo de caso abaixo fiquei responsável

por fazer toda a programação nas centrais Ericsson (Troca de Versão,

instalação e programação). Para as programações e troca de equipamentos

dentro da rede da empresa foi selecionando o administrador da rede da

própria empresa e para as ativações das centrais CISCO foram contratadas

pessoas da própria CISCO.

4.1.1 Estudo da rede

Assim com o planejamento o estudo da rede é fundamental, pois é

nesse estudo que iremos definir quais equipamentos serão utilizando na

implementação de quais pontos devem ser melhorados para que não

tenhamos problemas com a tecnologia.

4.1.2 Implementação de 1 filial e 7 sites

Na implementação o primeiro passo foi estudar todos os equipamentos

que estavam interligados e o que poderia dar problema na implementação.

Após o estudo da rede foi feito um cronograma com as atividades que seriam

realizadas durante o projeto. Veja abaixo na tabela 5 o cronograma.

Page 35: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

35

Tabela 5: Cronograma de Atividades

Após o estudo da rede e o planejamento, foi constatado que iríamos

interligar VoIP entre os oito sites.

Na atual infra-estrutura , temos três centrais telefônica Ericsson

MD110 uma em Monte Mor – SP, outra em São Paulo –SP e a outra em

Ponta Grossa -PR, cinco centrais Simens Raicom 100 uma em Ribeirão Preto

-SP, outra em Porto Alegre – PO, outra em Belo Horizonte – MG, outra em

Goiania –GO e outra Recife –PE interligadas via Frame Realy sabendo que o

ponto central de interligação é Monte Mor.

4.1.2.1 Primeira fase

Data Atividade 01-03-2000

a 07-03-2000 Fazer a troca de versão da central de Monte Mor de BC9 para BC12. (Alan Miranda). 01-03-2000

a 07-03-2000 Fazer a troca e atualizações do serviço de rede (Administrador de Rede). 14-03-2000

a 20-03-2000

Fazer a troca da central de Campinas de Raicom 100 para uma central da Ericsson Bp128i ( Alan Miranda).

21-03-2000 a

27-03-2000 Fazer a troca da central de Belo Horizonte de Raicom 100 para uma central da Ericsson Bp128i ( Alan miranda).

04-04-2000 a

10-04-2000

Fazer a troca da central de Porto Alegre de Raicom 100 para uma central da Ericsson Bp128i (Alan Miranda).

04-04-2000 a

10-04-2000 Fazer a troca de versão da central de Ponta Grossa de BC8 para BC12. 16-04-2000

a 17-05-2000 Fazer a troca de versão da central de São Paulo de BC8 para BC12. (Alan Miranda). 18-04-2000

a 24-04-2000 Fazer a troca da central de Recife de Raicom 100 para uma central CISCO. (Empresa CISCO).25-04-2000

a 01-05-2000 Fazer a troca da central de Goiânia de Raicom 100 para uma central CISCO.(Empresa CISCO).02-05-2000

a 16-05-2000 Resolver problema que ocorreram durante a implementação.

Page 36: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

36

A primeira fase foi trocar a versão da central de Monte Mor de BC 9 para

BC12. A versão BC9 não possui a tecnologia VoIP e a versão BC12 faz com

que a central além de tratar ramais analógico e digital ela também trata a

tecnologia VoIP. Como nas outras fase os prazos foram estabelecido. Nesta

parte não foi encontrado nenhum problema com a atualização.

Paralelo com isso foram atualizados e trocados os equipamento para

que a rede suporte a nova tecnologia VoIP.

4.1.2.2 Segunda fase

Na segunda fase foi trocada a central de Campinas de Raicom 100 para

uma central Ericsson BP128i. Esta central também trata a tecnologia VoIP.

Interligamos um cartão IPU com a rede de dados, podendo então o site

de Monte Mor conversar com Campinas através da rede LAN.

Ao contrário de Monte Mor em Ribeirão Preto foi detectado um grande

problema com qualidade de voz entre os dois sites. A princípio achamos que

o problema estava com o QOS, foi revisto toda a parte de programação do

QoS para encontrar possíveis erros, mas não foi encontrado, foram revistos

também todas as programações entre as centrais, mas não foi encontrado

nenhum erro.

4.1.2.3 Terceira fase

Mesmo com problemas de inteligibilidade de voz (Picote) entre os sites

de Monte Mor e Ribeirão Preto foi feita a troca da central de Belo Horizonte,

também para uma central da Ericsson BP128i.

Após implementado foi detectado o mesmo problema de Campinas

Logo pensamos que existia algum problema comum entre as duas

localidades.

4.1.2.4 Quarta fase

Ainda sem uma solução para os problemas foi implementado Porto

Alegre, que também apresentou o mesmo defeito. Mas com essa

implementação foi descoberto um ponto muito importante. As ligações entre

BP128i para BP128i não estavam apresentando o defeito, seria apenas

quando um dos BP128i ligava para MD110 em Monte Mor, que ocorria o

problema.

Page 37: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

37

4.1.2.5 Quinta fase

Ainda sem saber o que estava causando o defeito, foi feita a troca da

central de Ponta Grossa que era uma versão BC8 para BC12 a mesma coisa

que foi feita em Monte Mor.

Desta implementação chegamos em uma conclusão, que o problema

estava em Monte Mor pois somente ligação para Monte Mor estava com o

problema de picote.

Antes de entrar na sexta fase, fizemos um novo estudo da rede e uma

coisa que suspeitamos foi Frame Realy, pois apenas em Monte Mor tínhamos

o serviço ativo, onde São Paulo, Goiânia e Recife ainda passavam por Monte

Mor para ligar para outros sites. Após ter surgido esta duvida entramos em

contato com o fornecedor do serviço que informou que o problema não era

com o equipamento deles e sim com as centrais ou o QOS.

4.1.2.6 Sexta fase

Nesta fase fizemos a mesma coisa que Ponta Grossa trocamos a

versão da central São Paulo de BC8 para BC12. Como nas outras, o

problema também aconteceu.

4.1.2.7 Sétima fase

Esta fase foi diferente de todas as outras, pois a tecnologia de VoIP

mudou de fabricante, foi instalada uma central totalmente IP, uma central da

CISCO.

Após a implementação da nova tecnologia em Recife encontramos o

mesmo problema das outras implementações.

Como só estava faltando mais uma central a ser implementada,

tratamos de correr, pois após esta central implementada o serviço de Frame

Realy, seria desativado do site de Monte Mor.

4.1.2.8 Oitava fase

Como em Recife foi instalada uma central da CISCO em Goiânia. Após

implementado Goiânia desativamos o Frame Realy de Monte Mor. Sendo

assim, resolvemos todos os problemas, caso o defeito esteja com Monte Mor.

Após desativação do Frame Realy de Monte Mor, São Paulo era o site

que estava apresentado mais problemas, as outras centrais ainda estavam

apresentando problemas, mas com um volume menor. Solicitamos a empresa

Page 38: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

38

que monitora os Links um aumento na banda entre os sites de Monte Mor e

São Paulo de 256m para 1G, resolvendo então o problema entre São Paulo e

Monte Mor.

Após o VoIP implementado, temos uma redução de custo de 100%,

para as localidades, pois apenas pagamos o custo de locação do link.

Segue abaixo na figura 16 a topologia da rede após

implementação.

Figura 16 : Topologia de Rede

Descrição dos Equipamentos Utilizado na implementação 1- Central Telefonica Marca – Ericsson Modelo – MD 110 Versão – BC12 2 – Central Telefônica Marca – Ericsson Modelo – BP128i Versão – R15 3 – Roteador para Telefonia Marca – CISCO Modelo – Versão -

Tabela 6: Equipamentos Utilizados

Page 39: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

39

4.1.2.9 Última fase

Após todos os sites interligados via VoIP, começamos a trabalhar com o

problema de inteligibilidade de voz ( Picote ), pois foi o único problema

durante a implementação.

Resolvemos acionar o pessoal que era responsável pela LAW

(Embratel), após vários testes o mesmo solicitou o aumento da Largura de

banda de Monte Mor para Ribeirão Preto com em São Paulo. Ficamos um

semana testando o canal de voz, se ocorrer nenhum problema. Fizemos a

mesma coisa para os demais sites. Resolvendo então o problema de

inteligibilidade de Voz.

Esta parte não conseguimos atingir as datas estabelecidas, pois

conforme cronograma o serviço era para ser concluído no dia 16-05-2000 e

só conseguimos concluir no dia 16-08-2000. O pessoal da Embratel demorou

3 meses para encontrar o defeito.

4.1.2.10 Redução de custo com a implementação

Conforme citado acima a empresa, interligou suas filiais, utilizando

VoIP a fim de que possa reduzir consideravelmente seus gastos com

comunicação.

A figura 17 mostra um gráfico que corresponde a economia com a

implementação. Podemos ver que nos primeiros 18 meses temos um gasta

acima do que o comum, este gasto é devido a compra de novos

equipamentos, atualizações de equipamento, viagens de pessoas, compra de

serviços, ou seja, a infra-estrutura com um todo. Após o décimo oitavo mês é

que temos um retorno do investimento feito, este retorno é devido as ligações

com custo 0, após o décimo oitavo mês os equipamento foram todos pagos

também sendo assim, não se tem mais o custo de equipamento.

Para a confecção do gráfico foi considerado o período de 48 meses e

levando em conta principalmente os elementos.

custo mensal de ligações interurbanas e internacionais;

custo de aquisição dos equipamentos;

Page 40: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

40

custo atual do aluguel de equipamentos;

custo dos contratos de manutenção dos novos hardware.

Projeto de Telefonia - Retorno do Investimento

(100.000)

(50.000)

-

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

Mês

0

Mês

3

Mês

6

Mês

9

Mês

12

Mês

15

Mês

18

Mês

21

Mês

24

Mês

27

Mês

30

Mês

33

Mês

36

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39

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US$

Figura 17 – Retorno com a Implementação (Gráfico extraído da Empresa)

5.Conclusão

Neste trabalho podemos ver de que forma pode ser implementada a

tecnologia de VoIP em um ambiente empresarial. O que se pode esperar é

que no futuro, este tipo de comunicação venha a se tornar mais comum,

chegando até a uma migração da Rede Pública de Telefonia para uma rede

sobre o protocolo IP. Esse fator esta associado ao desenvolvimento de novas

tecnologias e pesquisas de novos mecanismos que estão colaborando para

tal situação.

O uso de VoIP em ambiente empresarial deve crescer cada vez mais

devido o meio de acesso a redes IP, como a internet, está sendo oferecido

com maior capacidade de banda e a um custo mais acessível.

Este trabalho teve uma grande contribuição no entendimento do

funcionamento teórico e prático da telefonia IP.

Espera-se que esse trabalho possa servir de base para futuros estudos

dessa tecnologia e implantação de possíveis projetos de VoIP em ambientes

empresariais . Também já esta sendo feito um estudo pelas pessoas

envolvidas na implementação, para rotas internacionais interligando os sites

de todo o mundo. Estas rotas estão prevista para o ano de 2006.

Page 41: MONOGRAFIA  ALAN K  MIRANDA

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DIREITOS AUTORAIS

[TI031U] Alan Kardec de Miranda