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CENTRO PAULA SOUZA
ETEC CARLOS DE CAMPOS
DESIGN DE INTERIORES
LOJA DE SHOPPING AVENIDA DA MÚSICA
SÃO PAULO 2014
CENTRO PAULA SOUZA
ETEC CARLOS DE CAMPOS
DESIGN DE INTERIORES
Leidiane Oliveira, 24
Mayara Almeida, 26
Nathália Ferreira, 33
Richard Cabrera, 36
LOJA DE SHOPPING
AVENIDA DA MÚSICA
Monografia apresentada junto ao curso de
Design de Interiores da Etec Carlos de
Campos como requisito parcial ao projeto
de conclusão do curso – TCC.
Professora Orientadora: Tânia Sanches
SÃO PAULO 2014
LOJA DE SHOPPING
AVENIDA DA MÚSICA
Monografia apresentada junto ao curso de Design de
Interiores da Etec Carlos de Campos como requisito
parcial ao projeto de conclusão do curso – TCC.
Professora Orientadora: Tânia Sanches
BANCA EXAMINADORA
São Paulo, ____ de _______________ de _______.
____________________________________
Tânia Sanches Professora Orientadora
____________________________________ Profº Nilton Alves
___________________________________ Profª Sheila Prestes
____________________________________ Profª Aparecida Lourdes
SÃO PAULO 2014
Agradecimentos
Especialmente aos Professores do curso de Design de
Interiores, que nos ajudaram na realização e aperfeiçoamento
deste nosso trabalho.Às nossas famílias pelo apoio, incentivo e
compreensão em mais uma fase de nossas vidas.
Resumo
Nesse trabalho buscou-se apresentar a história e evolução da música ao
longo das décadas em nossas vidas, como também nos mostra como a indústria
musical surgiu nos Estados Unidos e como chegou e se consolidou aqui no Brasil, o
trabalho apresenta também o processo de criação de uma nova rede de lojas de
instrumentos musicais voltada tanto ao público jovem quanto para os profissionais
que já trabalham na área.
Realizamos toda a criação de identidade visual da marca junto ao casal
Gabriel e Cibelle DeCario, que são apaixonados por música e querem dar mais um
passo ao futuro.
O primeiro capítulo, trata do que o cliente deseja e o que ele busca ao
montar uma loja de instrumentos músicas moderna, mostra a história do famoso
restaurante Hard Rock Café – que foi a maior referência para a realização do
projeto.
No segundo capítulo, trata das pesquisas sobre o que é Música, as
origens e evoluções do rock – gênero musical que surgiu nos Estados Unidos e que
rapidamente espalhou-se pelo mundo, mostra também como surgiu a Indústria
Fonográfica e como ela teve seus primeiros passos aqui no Brasil.
No terceiro capítulo apresentamos todas as normas e exigências legais
que se precisa para montar o próprio negócio no ramo musical.
No quarto capítulo apresentamos as soluções e o projeto final do cliente,
com todas as plantas, layout e as vistas feitas em programas específicos de 3D.
Palavras-chave: história da música, Indústria Fonográfica, moderna,
criação, normas e exigências legais.
6
Lista de Figuras Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo. .............................. 11
Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo. ................................................................................. 12
Figura 3: decoração interna do restaurante. .................................................................... 13
Figura 4: fachada do primeiro Hard Rock Cafe em Londres. ........................................ 13
Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” ................................................................................ 14
Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada. .................................... 15
Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe .................................................................................... 16
Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok ........................................... 17
Figura 9: Interior Hard Rock Café ...................................................................................... 17
Figura 10: Evolução da Música Portátil ............................................................................. 19
Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica ................................ 22
Figura 12: Classe de Fogo ........................................................................................38
Figura 13: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 -
Sustentabilidade na Terra - Edições ASA" ....................................................................... 56
Figura 14: Mapa localição do Bourbon Shopping............................................................ 59
Figura 15: Mapa original do Bourbon Shopping .............................................................. 59
7
Sumário
Capítulo 1 _________________________________________________________ 8
1.1 Introdução ___________________________________________________8 1.2 Briefing Cliente ______________________________________________10
1.3 Localização _________________________________________________11 1.4 Referência - Hard Rock Café ____________________________________13
Capítulo 2 ________________________________________________________ 18
2.1 Definição da Música ___________________________________________ 18
2.2 História do Rock ______________________________________________ 20 2.3 Indústria Fonográfica no Brasil _________________________________ 23
2.4 O Advento do Disco ___________________________________________ 24 2.5 Surgimento das Gravadoras Independentes _________________________ 27
2.6 Indústria Fonográfica Estrangeira ________________________________ 28
Capítulo 3 ________________________________________________________ 30
3.1 Mercado _____________________________________________________30
3.2 Exigências Legais e Específicas ___________________________________ 31 3.3 Proteção Contra Incêncios ______________________________________32
3.4 Estrutura ____________________________________________________ 42 3.5 Investimento _________________________________________________ 48
3.6 Informações Fiscais e Tributárias _________________________________ 53 3.7 Isolamento Acústico ___________________________________________ 56
Capítulo 4 ________________________________________________________ 58
4.1 Briefing Loja _________________________________________________ 58
4.2 Plantas e perspectivas __________________________________________ 60 4.3 Projeto 3D ___________________________________________________ 78
4.4 Memorial Descritivo ___________________________________________ 86 4.5 Orçamento __________________________________________________ 104 4.6 Contrato ____________________________________________________ 110
4.7 Considerações Finais __________________________________________ 116
Capítulo 5 _______________________________________________________ 118
5.1 Referências Bibliográficas _____________________________________ 118
5.2 Anexos ____________________________________________________ 121
8
Capítulo 1
1.1.Introdução
O presente trabalho de conclusão de curso apresenta pesquisas
relacionadas à história e evolução da música em nossas vidas.
Ao abordar o tema sobre a origem da música e dos instrumentos
musicais, compreendemos que o homem sempre buscou evoluir ao longo dos anos,
desde a era Cenozóica passando pela Paleolítica, pela época do Império Romano,
até as civilizações dos sumérios, assírios, egípcios, chineses e os gregos ( criadores
da teoria musical que até hoje é utilizada) até o século atual.
Ao longo de nossa pesquisa, vemos que a música surgiu a 50.000 anos
atrás, quando os seres humanos no continente africano utilizavam os conhecimentos
de música para suas tribos, desde então em outros séculos começavam a utilizar
bastões para produzirem batidas, percussões corporais - no período Paleolítico
inferior, os seres humanos já realizavam imitações dos sons da natureza. Isso nos
mostra como os homens sempre quiseram expressar o que estavam sentindo e
como evoluíram ao longo dos séculos para o desenvolvimento da linguagem falada.
Podemos ver também, como a música ganhou diversidade ao longo do tempo por
causa do surgimento de várias civilizações em diferentes partes do planeta.
As primeiras letras (ou textos) de música na Idade Antiga, se
apresentam ligadas à magia, saúde, metafísica e a política destas civilizações – já
que o papel da música então era frequente em festas, guerras e rituais religiosos.
Com o início da Idade Média até o século atual, tudo o que é relacionado a música
foi aprimorado, como os instrumentos, as novas tendências, e com o surgimento dos
ritmos hoje classificados como: Rock, Samba, Jazz, Blues, etc.
Nossa pesquisa também abrange as origens do estilo musical Rock -
gênero musical de grande sucesso que surgiu nos Estados Unidos na década de
1950, com um ritmo inovador de tudo o que já tinham feito na música. O rock unia
um ritmo rápido com toques de música negra típica do sul dos EUA, com o
acompanhamento de uma guitarra elétrica, bateria e baixo.
9
Apesar do gênero musical ter surgido nos EUA ele espalhou-se
rapidamento pelo mundo, ganhando a simpatia principalmente dos jovens. Também
apresentamos como a guitarra elétrica foi concebida – com toda a inovação do estilo
musical na década de 20, perceberam que o violão não conseguia mais suprir a
necessidade do volume. Então em 1931 foi criada a guitarra elétrica que
conhecemos hoje, um instrumento que tem o som amplificado através de um
amplificador. Mostramos também como a Indústria Fonográfia chegou e se
consolidou no Brasil, abrindo portas para as gravadoras e para os avanços
tecnológicos.
Após essa extensa pesquisa, conseguimos um rico conteúdo para
aplicarmos no projeto de nosso cliente Gabriel DeCario, que procurou nosso Estúdio
para a criação de uma rede de lojas de instrumentos musicais.
O principal objetivo do cliente, era de que a loja fosse inteiramente
interativa – onde os clientes da loja pudessem testar os intrumentos à vontade, um
lugar para curtir o estilo musical como se estivessem em um pub ou estúdio.
Assim nosso projeto propõe soluções para a loja localizada no Bourbon
Shopping em São Paulo - ser ao mesmo tempo moderna e descolada mas
totalmente interativa, com instrumentos expostos de maneira inteligente e sofisticada
atendendo à todas as exigências de Gabriel que possui amplo conhecimento do
ramo musical.
10
1.2 Briefing Cliente
O casal Gabriel DeCario (32 anos) e Cibelle DeCario (28 anos)
atualmente moram em São Paulo, e ambos têm suas vidas dedicadas à paixão pela
música.
Gabriel DeCario nasceu cercado por guitarras e discos de rock que seu
pai - Eduardo DeCario tinha em sua coleção, por isso desde cedo aprendeu a gostar
desse estilo musical e logo depois aos 12 anos de idade já começava a tocar violão.
Aos 16 anos, Gabriel formava então sua primeira banda dedicada a covers dos
clássicos do rock, tempos depois resolveu focar nos estudos e a banda teve seu fim.
Então aos 21 anos finalmente conheceu seus atuais companheiros de banda – o
‘The Voyage’, conseguiram em apenas dois anos sucesso total na cena de rock
underground em São Paulo, sendo assim umas das bandas atuais mais influentes.
Com 28 anos e uma carreira musical reconhecida, conheceu sua atual
esposa Cibelle que por sua vez trabalhava em estúdios musicais e já conhecia muito
desse ambiente underground, juntos resolveram montar sua própria gravadora –
surgia assim a gravadora ‘ContraMão’, que apostava em bandas e artistas
underground.
Mas em 2014, Gabriel e Cibelle resolveram dar mais um passo em suas
vidas, investindo assim em uma rede de lojas dedicadas a essa paixão pela música.
Gabriel e Cibelle procuraram nós doEstúdio Ola, para criar toda a identidade visual,
e projetar os ambientes das lojas.
11
1.3 Localização
A primeira loja da “Avenida da Música” ficará localizada no 2º andar do
Shopping Bourbon, o local escolhido fica situado no bairro nobre da Pompéia, Zona
Oeste de São Paulo.
Figura 1: Bourbon Shopping, Zona Oeste, Pompéia – São Paulo.
Sua história
Em 1910 surgia um novo loteamento dividindo as chácaras em um bairro,
o empreendedor Rodolpho Miranda ( dono da Companhia Urbana e Predial)
homenageou sua esposa Aretusa Pompéia, batizando o novo bairro com o nome de
Vila Pompéia. Muitos imigrantes foram atraídos pelas muitas indústrias que
aparecerem na região e adquiriram lotes para terem residências fixas.
Entre as décadas de 1960 a 1970, surgiram no bairro bandas importantes
do cenário brasileiro como: Tutti Frutti, Os Mutantes e Made In Brazil.
12
Figura 2: Sesc Pompéia, São Paulo.
Atualmente o bairro conta com o SESC Pompeia, um centro de cultura e
lazer que reúne quadras, teatros, piscinas, restaurante, oficinas e espaços de
exposições.
Sua arquitetura (que antes era uma fábrica de tambores) de concreto
armado e vedações em alvenaria chamou a atenção da arquiteta Lina Bo Bardi, que
resolveu reinventar os espaços dos galpões e modernizar as estruturas.
O cliente escolheu o Shopping Bourbon por ficar perto do SESC Pompeia
– lugar onde muitos do público jovem costumam frequentar e que automaticamente
poderão vir a conhecer a loja.
13
1.4 Referência – Hard Rock Café
No dia 14 de Junho de 1971, Isaac Tigrett e Peter Morton dois
americanos apaixonados por música, fundaram um restaurante em Londres próximo
ao Hyde Park. A idéia inicial era abrir um restaurante com comida típica americana,
boa música e com um ambiente agradável. O imóvel era alugado e amplo (pois
anteriormente era um salão de automóveis) por isso os dois sócios começaram a
decorar e preencher as paredes com objetos e quadros relacionados ao rock, assim
rapidamente atraiu clientes também amantes do estilo musical.
Inicialmente a decoração era feita somente com produtos do rock and roll
americano, mas com o crescimento do restaurante os sócios recebiam ofertas de
pertences de lendas do rock britânico e de outras partes do mundo. Toda a coleção
teve início quando Eric Clapton, que era frequentador assíduo do restaurante, doou
uma guitarra autografada que foi casualmente pendurada na parede.
Figura 4: fachada do primeiro Hard
Rock Cafe em Londres.
Figura 3: decoração interna do restaurante.
14
Alguns dias depois, outra guitarra foi enviada ao restaurante, mas desta
vez por Pete Townshend, da banda The Who, com o seguinte bilhete: “A minha é
melhor!Com Amor, Pete”.
Atualmente a coleção conta com mais de 70.000 itens, que foram
adquiridos em leilões, doados ou comprados dos próprios artistas autografados ou
não, entre guitarras, roupas, objetos pessoais, fotos, discos de ouro, cartas,
baquetas.
O Hard Rock começou sua expansão global em 1982, quando os sócios
decidiram desenvolver seus restaurantes em várias partes do mundo. Morton abriu
casas em Los Angeles, San Francisco, Chicago e Houston; Tigrett em Nova Iorque,
Dallas, Boston, Washington, Orlando, Paris e Berlim. Mas em 1990 a empresa Rank
Group adquiriu o Hard Rock Cafe e acelerou mais ainda sua expansão mundial,
tornando-se uma das marcas mais conhecidas do mundo. Levou também a marca e
o estilo rock and roll do lugar para outros negócios como a rede Hard Rock Hotel &
Cassino em localidades exóticas variadas do mundo como Bali, Las Vegas.
Figura 5: “Mine’s better! Love, Pete.” (Pete Townshend, The Who)
Guitarra autografada na parede do restaurante
15
Figura 6: Hard Rock Hotel & Cassino em Las Vegas, Nevada.
Todas a filiais do restaurante ao redor do mundo seguem três regras
básicas para gaantir a padronização do ambiente e atendimento:
1 – Localizadas em bairros nobres
2 – Decoradas com a temática rock androll,
memorabília nas paredes,
som alto e telões com clipes e shows
3 – Atendentes jovens
Também em cada filial existe a famosa lojinha de artigos da marca, com camisetas,
broches entre outros itens.
16
Logotipo e Marketing
O famoso logotipo foi criado pelo designer gráfico Alan Aldridge, que
também já trabalhou com discos de bandas incluindo os Beatles.
Com um simples e inesperado início, a maior ferramenta de marketing da
marca – suas camisetas, surgiram em 1974 quando o Hard Rock Cafe patrocinava
um time de futebol. Após a temporada acabar muitas camisetas sobraram foi então
que resolveram presentear seus clientes com elas. Fizeram tanto sucesso que a
marca decidiu investir e lançar mais produtos levando seu logo, como broches,
chaveiros, isqueiros e até moletons.
Figura 7: Logo do Hard Rock Cafe
Atualmente há mais de 143 lojas do Hard Rock Cafe, em cerca de 36
países, além do hotel e cassino, a marca também inaugurou em 2008 um parque
temático que celebra a cultura do rock and roll. Mas muitos alegam que a marca
teria se desviado do foco original, pois muitos dos vídeos musicais enviados às lojas
não seriam verdadeiros representantes do estilo rock, assim como também teve-se
um desvio de foco na própria coleção de itens em exibição - como no caso onde
uma das fantasias usadas por Britney Spears em um de seus clipes, está exposta
onde antes foi ocupado por um disco dos Beatles.
17
No Brasil
Existem somente duas unidades do restaurante, uma no Shopping
AltaVila Center, na cidade de Nova Lima (Minas Gerais) e outra que fica no
Shopping Città América, Rio de Janeiro.
Abaixo algumas fotos da decoração de diversas lojas da marca:
Figura 8: Palco e interior do Hard Rock Café em Bangkok
Figura 9: Interior Hard Rock Café
18
Capítulo 2
2.1 Definição da Música
O conceito ou definição de música é algo um tanto complicado para
explicar, do mesmo modo quando explicamos o que é “arte”. Embora seja difícil,
“música contém e manipula o some o organiza no tempo. Talvez por essa razão ela
esteja sempre fugindo a qualquer definição, pois ao buscá-la, a música já se
modificou, já evoluiu.” – (Autor desconhecido)
Enquanto a sua história, alguns historiadores dizem que as primeiros
conhecimentos sobre a música surgiu há 50.000 anos atrás, onde os seres humanos
viventes no continente africano começaram utilizar isso em seu cotidiano para as
suas tribos e afins. Já o musicólogo Roland de Candé no seu livro “História Universal
da Música”, ele fala como e em qual fase da evolução humana, aproximadamente, a
música fez-se presente.
Terciário (era Cenozoica hásessenta e cinco milhões de anos atrás) – Os
Antropóides faziam batidas com bastões, percussões corporais e objetos
entrechocados.
Paleolítico inferior (cerca de dois e meio milhões de anos atrás) – Os
hominídeos realizavam gritos e imitações de sons da natureza.
Paleolítico médio – O aprimoramento do controle da altura, intensidade e
timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam.
Cerca de quarenta mil anos atrás a nove mil anos atrás – Começaram a
Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza
feitos de pedra, madeira e ossos, como por exemplo os: xilofones, litofones,
tambores de tronco e flautas. O desenvolvimento da linguagem falada e do
canto aumentou muito. E foi por volta de dez mil anos atrás que encontraram
um dos primeiros testemunhos da arte musical, na gruta de Trois Frères, em
Ariége na França.
Neolítico (a partir de cerca de nove mil anos antes de Cristo) – Criação de
membranofones e cardofones, após o desenvolvimento de ferramentas, eles
são os primeiros instrumentos afináveis. De aproximadamente cinco mil anos
antes de Cristo, o desenvolvimento da metalurgia veio e houve a criação de
19
instrumentos de cobre e bronze que permitem uma execução mais
sofisticada. Com o estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de
técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do
trabalho, permitiu que uma parcela da população pudesse se desligar da
atividade de produzir alimentos e assim surgir as primeiras civilizações com
sistemas próprios musicais, como escala e harmonia.
Com o início da Idade Antiga ou Antiguidade há cerca de quatro mil anos
antes de Cristo e que se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente no
ano de quatrocentos e setenta e seis depois de Cristo, a música veio ganhando
diversidade, já que o surgimento de diversas civilizações começaram a se
concretizar em cada parte da Terra. Os primeiros textos destes grupos apresentam a
música como atividade ligada à magia, à saúde, à metafisica e até a política destas
civilizações, tento papel frequente em rituais religiosos, festas e guerras.
As civilizações essas eramSumérios e os Assírios onde já usavam
instrumento de cordas, Egípcios com sua junção de música e dança, Hebreus e sua
relação de música em devoção a Deus, Indianos com sua a devoção a deuses, por
acreditarem que eles os ensinaram a música, Chineses, que o respeito pelo
instrumento era notável e além de conter uma variedades dos mesmos e Gregos, os
criadores da teoria musical que é utilizada até hoje.
Figura 10: Evolução da Música Portátil
Fonte: <b lognapilha.wordpress.com> acesso em 20/11/2014
Com o início da idade Média e até a chegada do século atual, tudo que é
relacionado a música foi só aprimorando, os instrumentos ganharam novas
tecnologias, novos modos de construção, novas tendências, assim como o
20
surgimento dos ritmos que hoje são classificados como: Rock, Samba, Jazz e etc. A
Música consequentemente ganhou suas maneiras de ser escutada aonde quer que
for, com a criação de discos, aparelhos leitores de mp3, transmissões instantâneas
em televisões, computadores e rádios.
2.2 História do Rock
Origens do Rock
Este gênero musical de grande sucesso surgiu nos Estados Unidos na
década de 1950. O ritmo era inovador e diferente de tudo que já tinha ocorrido na
música, o rock unia um ritmo rápido com pitadas de música negra do sul dos EUA e
o country. Uma das características mais importantes do rock era o acompanhamento
de guitarra elétrica, bateria e baixo. Com letras simples e um ritmo dançante, caiu
rapidamente no gosto popular.
O rock na década de 1950: primeiros passos
Apesar de ter surgido nos EUA o rock espalha-se rapidamente pelo
mundo em pouco tempo, começando a ganhar a simpatia dos jovens com o estilo
rebelde apresentado pelos cantores e pelas bandas. Em 1955 surge no cenário
musical o rei do rock Elvis Presley, unindo diversos ritmos como a country music e o
rhythm & blues. Na mesma época outros roqueiros fizeram sucesso como, por
exemplo, Chuck Berry e Little Richard.
O rock nos anos 60: rebeldia e transgressão
Esta fase marca a entrada no mundo do rock da banda de maior sucesso
de todos os tempos: The Beatles. Os jovens de Liverpool estouram nas paradas da
Europa e Estados Unidos, em 1962, com a música “Love me do”.A década de 1960
ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas e
manifestações contra a Guerra do Vietnã fazendo o rock ganhar um caráter político
de contestação que ficou marcada nas letras de Bob Dylan. Outro grupo inglês
também começa a fazer sucesso: The Rolling Stones.
21
No final da década, em 1969, o Festival de Woodstock torna-se o símbolo
deste período. Sob o lema "paz e amor", meio milhão de jovens comparecem no
concerto que contou com a presença de Jimi Hendrix e Janis Joplin.
O rock nos anos 70: disco music, pop rock e punk rock
Com o surgimento do videoclipe o rock ganha uma cara mais popular,
surge também uma batida mais forte e pesada – o heavy metal de bandas como Led
Zeppelin, Black Sabbath. Mas por outro lado batidas dançantes tomam conta das
pistas de dança de todo mundo a “Dance Music” desponta com os sucessos de
Creedence Clearwater, Neil Young,Eltoh John e David Bowie.
Anos 80: um pouco de tudo no rock
Surge na década de 80 a emissora de TV“MTV”, dedicada à música e que
automaticamente impulsiona ainda mais o rock. Ao mesmo tempo o rock começa a
passear por vários estilos como o ritmo dançante do New Wave, assim surgiram
bandas como: Talking Heads, The Clash, The Smith e The Police.
Anos 90: década de fusões e experimentações
Os anos 90 foram marcados pelas fusões de ritmos diferentes do rap e do
raggae. As bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More fundem o heavy
metal e o funk. Ao mesmo tempo o Grunge toma conta das paradas de sucesso e
bandas como Nirvana (liderado por Kurt Cobain) é o maior representante deste novo
estilo, assim como Pearl Jam, Alice in Chains e Soundgarden.
O Rock no Brasil
O primeiro sucesso no cenário do rock brasileiro apareceu na voz de Celly
Campello, que estourou nas rádios com os sucessos Banho de Lua e Estúpido
Cupido, no começo da década de 1960. Em meados desta década, surge a Jovem
Guarda com cantores como, Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, com
letras românticas e ritmo acelerado, fazendo sucesso entre os jovens.
22
Na década de 1970, surge Raul Seixas e o grupo Secos e Molhados. Na
década seguinte, com temas mais urbanos e falando da vida cotidiana, surgem
bandas como: Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Barão Vermelho, Kid Abelha,
Engenheiros do Hawaii, Blitz e Os Paralamas do Sucesso.
Na década de 1990, fazem sucesso no cenário do rock nacional:
Raimundos, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Pato Fu, Skank entre outros.
Guitarra Elétrica para o Rock
Com a inovação do estilo musical na década de vinte, onde a percussão
começou a ser mais praticada, viram que o violão, não conseguia suprir a
necessidade de volume e combinação de melodia.
Figura 11: Adolph Rickenbacker com a primeira guitarra elétrica
Fonte: <http://personagens-unai.blogspot.com.br/> acesso 20/11/2014
A guitarra elétrica, uma variação do violão, foi criada em 1931 por
Beauchamp e Rickenbacker e foi em 1940 Les Paul inovou a guitarra, deixando
como padrão os modelos existentes até hoje. Por ser elétrica, a novidade era que o
instrumento tinha o som amplificado através de um amplificador e tinha um timbre
bem nítido, diferente do violão. Com o surgimento do Rock, os guitarristas
conseguiam através da guitarra, trazer riffs, ritmos e solos, fazendo com que
preenchesse os espaços da música e que as melodias grudassem como chiclete na
cabeça dos ouvintes.
23
2.3Indústria Fonográfica no Brasil
A indústria fonográfica brasileira é constituída atualmente por uma rede
de distribuição de um dos principais produtos de consumo da indústria cultural: a
música gravada. Apesar da crise econômica em 1997 o seu consumogera o sexto
maior mercado do mundo e apesar da crise econômica,a indústria brasileira de
discos faturou US$ 1,199 bilhão, em 1998 US$ 1,055 bilhão e US$ 429 milhões em
1999.
Além das gravadoras que protagonizam este cenário encarregados da
produção e venda de gravações em vários formatos, o mercado compreende
também a atuação da imprensa especializada, dos fabricantes e distribuidores de
equipamentos, aparelhos de gravação e tecnologia de reprodução, contratos de
comercialização, royallties e direitos autorais.
Origens
O aparelho denominado fonógrafo criado por Thomas Alva Edison, foi
demonstrado pela primeira vez no Brasil – mais precisamente em Porto Alegre – em
1879. No entanto, passaria uma década antes que D. Pedro II, conhecido por ser
entusiasta dos adventos tecnológicas, com a invenção que deu início à
industrialização da música, até então uma arte reconhecida exclusivamente como
bem cultural. No dia 9 de novembro de 1889, o imperador, acompanhado de sua
filha, Princesa Isabel e de seu genro, o Conde D’Eu, assistem a uma sessão de
gravação. No mesmo ano, o filho caçula da princesa torna-se o primeiro cidadão
brasileiro a ter sua voz gravada, cantando.
No tocante à predileção popular por certos gêneros musicais na primeira
década do século XX, pode-se observar basicamente a repetição das características
predominantes no final do século XIX.
“São os mesmos gêneros – valsa, modinha, cançoneta, chótis, polca –, as mesmas
maneiras de cantar e tocar, as mesmas formações instrumentais, a mesma
predileção pela música de piano. Também continua a predominar a influência
musical européia, principalmente a francesa.”
(Severiano e Mello, 1997, p.17)
24
Para termos ideia da dimensão do grau de desenvolvimento já na virada
do século, basta lembrarmos que os Estados Unidos se tornaria algumas décadas
mais tarde o principal exportador de música do mundo (e que já possuía uma Lei de
Direitos Autorais) estava se expandindo para o ramo das apresentações ao vivo. O
tcheco Frederico Figner vindo dos Estados Unidos, popularizou o fonográfo em
vários estados do Brasil como Amazonas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Bahia,
Minas Gerais e por fim Rio de Janeiro, participando de festas e feiras realizava
pequenas apresentações do fonográfo nos eventos. Devido ao seu talento
“propagandista” em 1894 Manoel Ponte associou a difusão da última novidade como
denominada Máquina Figner.
2.4 O Advento do disco
Á medida que o equipamento ia ganhando público ele se tornava cada
vez mais acessível chegando a custar cinco, seis à dez mil réis por Frederico Figner.
Em 1897 Figner abriu uma loja que estava situada na rua do Ouvidor, número 135
que já oferecia o serviço de gravação de cilindros. O disco só surgiria em 1902, que
seria gravada a modinha “Isto é Bom” de Baiano, intérprete bastante popular e
eclético que tinha em seu repertório desde cançonetas alegres às modinhas mais
melancólicas. No dia 2 de agosto, a Casa Edison – empresa de Figner – lançava o
primeiro suplemento de discos gravados no Brasil.
O pioneirismo da Casa de Edison foi visto como a fundação do inicipiente
mercado fonográfico brasileiro sendo a primeira loja de discos do Brasil, assim como
também no ramo das gravações. Este suplemento de estreias destacam-se as
gravações da Banda de Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, formada or Anacleto
de Medeiros, e que mais tarde seria chamada de Banda da Casa Edison.
“O registro sonoro mecânico acontecia a partir de um cone de metal que
tinha em sua extremidade um diafragma. Este comandava a agulha que
cavava os sulcos na cera. Portanto, era necessário potência sonora para
se Ter certeza de que houve a gravação do som.
25
E já que iria ser uma banda, que fosse a melhor do Rio de Janeiro.”
(Cazes, 1999, p.41)
Em 1904, os brasileiros conheceram a invenção que nos remete ao toca-
discos como conheceríamos mais tarde; o gramofone com discos de cera e som
reproduzido pela ação de agulha metálica ligada a um diagrafma de mica, foi criado
pelo germano-americano Émilie Berliner. Figner neste mesmo ano, adquiriu a
patente Zon-O-Phone (número 3.465 da International Zonophone Company)
garantindo ao Brasil o direito de fabricação de chapas prensadas dos dois lados, e
anunciou a novidade dos fonogramas em “celulóide inquebrável” – o disco eliminaria
o cilindro do mercado em pouco mais de dois anos.
A Sociedade Phonographica Brasileira em 1908, anunciava
“gramophones” de diversos preços ao alcance de pobres e ricos, o que impulsionou
a venda da música gravada. Anos depois, já notava-se a publicidade – como a loja
“A Nova Figura Risonha”, na rua do Ouvidor, número 58 – anunciando a venda de
discos de celebridades. Alguns relatos históricos informam que Frederico Figner teria
vendido 840 mil discos no ano de 1911. Após associar-se à Odeon alemã, Figner
funda a Fábrica Odeon, localizada no Bairro da Tijuca, em 1913, a primeira a
prensar discos no Brasil.
“Enquanto esse equipamento não ficou ultrapassado, e os próprios concorrentes estrangeiros
competiram no mercado brasileiro com discos fabricados segundo processos igualmente
rudimentares, a Casa Edison (...) dominou o mercado com amparo na excelente rede de
distribuição que havia montado nos principais cidades brasileiras. Quando porém, a partir de
1924, nos Estados Unidos, os engenheiros da Victor Talking Machine partiram para nova etapa
no campo das gravações e reprodução de sons, criando em primeiro lugar as vitrolas
ortofônicas, e mais tarde as chamadas eletrolas, “acionadas eletricamente”, a iniciativa brasileira
perdeu impulso, e o próprio Frederico Figner ia ser reduzido em pouco tempo à condição de
mero comerciante de discos, máquinas de escritório e artigos musicais.”
(Tinhorão, 1978, p.29)
Foi em 1971, com a fundação da Sociedade Brasileira de Autores
Teatrais (SBAT), que recolhia tanto o chamado “grande direito autoral”, referentes às
peças teatrais, quanto o direito autoral “pequeno” relacionado às composições
musicais.
26
Por volta de 1919, a empresa americana Victor liderava este setor da
indústria norte-americana com lucros atingindo a cifra de US$ 37 milhões, em um
mercado fonográfico que totalizava o valor de US$ 159 milhões. Sua expansão em
território brasileiro efetivou-se em 1926, quando a então chamada Victor Talking
Machine Corporation, localizada em Camden, Nova Jersey/EUA, aluga o Teatro
Phoenix para lançar, no Rio de Janeiro, seu novo advento: a Victrola Ortofônica
Auditorium.
Após um ano, com a superioridade das gravações e dos discos obtidos
com o emprego de sistema elétrico, velhas marcas nacionais começaram a
desaparecer, e as patentes Odeon, do pioneiro Frederico Figner, permitem que a
própria matriz europeia se estabeleça no Brasil, para assim concorrer a partir da
década de 30 com a Victor e a Columbia (já estabelecidas no Brasil).
“As gravações elétricas e a evolução do rádio, aliadas a outras novidades, mudaram
a música popular brasileira, apesar da demora de alguns meses da gravadora
Odeon para perceber que o fim do processo mecânico de gravação atingia também
o modo de cantar a nossa música. O novo processo teve início em julho de 1927 e
somente em agosto de 1928 a Odeon lançou o primeiro disco de Mário Reis (1907-
1981), o cantor que seria símbolo do novo jeito de interpretar o samba e outros
gêneros musicais brasileiros. (...)Era algo muito novo para um público que se
acostumara a ouvir a nossa música geralmente mais gritada do que propriamente
cantada. Agora, dispondo de um sistema de som capaz de registrar qualquer tipo de
voz, por meio de microfones, amplificadores e agulhas eletromagnéticas de leitura,
ninguém precisava berrar mais. (...) Pouco depois da estréia do cantor, seriam
instalados no Rio os estúdios e as fábricas de mais quatro multinacionais do disco, a
Parlophon, a Columbia, a Brunswick e a Victor, todas dotadas do equipamento de
gravação elétrica. Pretendiam recuperar no Brasil o prejuízo que enfrentavam nos
Estados Unidos e na Europa em decorrência da catástrofe que se abateu sobre o
sistema capitalista internacional depois da queda da Bolsa de Nova York. (...)
A Odeon e a Victor nunca mais deixariam o país, demonstrando que os
investimentos feitos valeram a pena. O mesmo não ocorreu com a Brunswick e a
Parlophon, que, poucos anos depois de aqui chegarem, fecharam suas instalações
no Rio de Janeiro.”
(Cabral, 1996, p. 18-19)
27
No início da década de 40, outros segmentos da indústria fonográfica, em
sua maioria os que representavam pessoas ligadas indiretamente à produção de
discos, mobilizavam-se no sentido de regulamentar suas atuações profissionais
neste contexto, onde as empresas multinacionais já dominavam o cenário. Em 1938
surge a Associação Brasileira de Compositores e Editores, e em 1942 é criada a
União Brasileira de Compositores (UBC), reunindo membros da ABCA e os que
ainda estavam afiliados à SBAT.
2.5 O surgimento das gravadoras independentes
Os chamados discos “inquebráveis” foram lançados no Brasil em 1948,
ano em que a criação de uma tecnologia de gravação mais barata permitiu o
aparecimento de muitas gravadoras “independentes” nos Estados Unidos, que
acabariam constituindo modelos para iniciativas semelhantes em nosso mercado.
Estas gravadoras de menor porte foram, durante muito tempo, responsáveis por
grandes índices de vendagem nos EUA. Em 1957 já havia mais singles de música
popular das gravadoras independentes nas paradas internacionais de sucesso do
que produtos das majors.
Os primeiros dados oficiais sobre o mercado nacional de discos datam de
1965, quando o mesmo foi dimensionado como sendo quarenta vezes menor que o
norte-americano. Neste ano as gravadoras formaram a Associação Brasileira dos
Produtores de Discos. Em 1967, foi promulgada a lei de incentivo fiscal, que permitia
às gravadoras aplicarem o ICMS devido pelos discos internacionais em gravações
nacionais. A partir de então, os produtos deveriam conter o selo “Disco é Cultura”.
1968 foi um ano de reformulação completa nos departamentos de A&R (artista e
repertório), onde as gravadoras empreendem uma verdadeira caça a novos talentos,
devido à forte concorrência no setor. O lançamento massivo das chamadas
“revelações da música” se reflete na alta produção de um formato bem específico de
música gravada: em 1969, 57% dos discos vendidos no mundo tem o formato
compacto (simples e duplo).
A década de 70 começa com 60% das famílias brasileiras fazendo parte
do mercado de bens de consumo “modernos”, ou seja, possuindo pelo menos um
28
eletrodoméstico como rádio, vitrola e TV. E com o consumo de entretenimento pela
televisão, surge mais um meio de exposição para o produto da indústria fonográfica.
A partir da telenovela “O Cafona”, de 1971, com trilha-sonora lançada pela recém-
fundada SIGLA-Som Livre, é lançado o primeiro disco desta espécie.
Em 1973, um decreto presidencial cria o Conselho Nacional do Direito Autoral
(CNDA) e o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (ECAD), controversa
instituição com o intuito de regular a atividade deste setor. Somente ao final da
década a produção independente brasileira demonstra organização e diversificação
de gêneros musicais, conseguindo assim alguma atenção da mídia.
“A partir de 1979, ano da realização do I Encontro de Independentes de Curitiba,
quando existiam apenas cinco produtores independentes na área de música popular
(Antônio Adolfo, Danilo Caymmi, Francisco Mário, Luli e Lucina, e Sambachoro) e
dezenas na área da música sertaneja, a adesão ao disco independente inicia seu
crescimento como forma de expressão, apesar do custo e da incerteza. Era como se
a ‘música represada’ até então começasse a se escoar por um novo canal.” (Mário,
1986, p.11-12)
Enquanto isso, o mercado norte-americano de singles registrava a venda
de 228 milhões de unidades, e inicia uma fase de declínio, registrando em 1988
venda de 89,7 milhões de unidade.
2.6 Indústria fonográfica estrangeira
Em 1974, as gravadoras RCA e EMI-Odeon constroem estúdios novos no
Brasil. Dois anos depois, em julho, é a empresa WEA (gravadora do grupo Warner
Bros.) que se instala oficialmente no Brasil, limitando-se a reproduzir suas matrizes
estrangeiras até o final do ano e, mesmo assim, consegue conquistar 2,8% do
mercado. No ano seguinte, lançou cinco LPs nacionais.
Em 1978, a gravadora Capitol Records, empresa norte-americana que
tinha como uma de suas principais acionistas a EMI e que, juntamente com ela, era
representada no Brasil pela Odeon, desliga-se de ambas apenas para efeito de
mercado e passa a lançar seus próprios suplementos no país. O predomínio de
29
empresas estrangeiras neste setor chega a um nível tal de notoriedade que a própria
Associação Brasileira dos Produtores de Discos admite uma “proporção ilegal de
lançamentos estrangeiros”: 53% em abril daquele ano. Mas isso acaba por
representar um desenvolvimento do mercado como um todo, e em 1979 são
vendidos 39 milhões de discos, 8 milhões de fitas cassete e mais de 18 milhões de
compactos simples e duplos.
A implantação do Plano Cruzado, em 1986, promoveu uma retomada do
crescimento das vendas de discos, que perdurou até o início da década passada. O
ano de 1992 registra a venda de 34 milhões de aparelhos de suporte para música
gravada – CDs, cassetes e LPs – , número que seria duplicado em 1995, quando
foram comercializadas 75 milhões de unidades. Neste momento o mercado
brasileiro de CDs já representava 1,76% (com 3,75% das unidades vendidas) do
mercado mundial, que faturava um total de US$ 39.7 bilhões. A década de 90
também testemunhou um desempenho eficiente de gravadoras nacionais como a
Eldorado e a Velas – e mesmo a criação de selos representativos como a Trama e a
Abril Music – mas o domínio dos canais de distribuição, que efetivamente colocam
as músicas na mídia e no mercado, ainda é uma primazia das multinacionais.
Em 1996, o nosso mercado fonográfico cresceu 32% em relação ao ano anterior: 94
milhões de discos vendidos no país, com um faturamento de US$ 874,25 milhões. O
Brasil voltou à posição de sexto lugar no ranking mundial das vendas de discos.
Apesar de manter esta posição, o faturamento da indústria fonográfica registra
queda de vendas pelo segundo ano consecutivo, como informou a ABPD
(Associação Brasileira dos Produtores de Disco).
O século XX terminou sob o estigma de globalização da economia, cuja
faceta mais recorrente no cenário da produção e da distribuição de discos é o
fenômeno das fusões de empresas e a consequência formação de conglomerados
de mídia: como exemplo pode-se citar a formação da maior empresa de
comunicação do mundo, a partir da compra de grupo Time-Warner pelo mega
provedor de acesso à intrnet América On Line, a AOL Time Warner, com um valor de
mercado superior a US$ 350 milhões.
30
Capítulo 3
3.1 Mercado
O mercado de uma loja de instrumentos musicais é um segmento de
comércio bem específico, porque comparado a outros seguimentos de comércio ela
não tem grande volume de vendas mensais. Mas em compensação o público
consumidor da área de instrumentos musicais normalmente é cativo e tem se
apresentado um volume crescente de novos clientes devido à influência de bandas
nacionais e internacionais.
A quantidade de lojas de instrumentos musicais normalmente não é muito
grande, o volume de consumidores também não é tão expressivo, porque na maioria
dos casos um instrumento musical tem uma vida útil bastante expressiva, por isso a
sua substituição não é feita a curto prazo.
Porém as vendas de instrumentos musicais podem apresentar condições
favoráveis pela entrada no mercado de um público que está aumentando
significativamente: pessoas que iniciam sua aprendizagem como instrumentistas na
vida adulta. Segundo informações publicadas pela revista Veja, ela relata que é
crescente a quantidade de adultos que se propõem a aprender a tocar um
instrumento musical, graças ao reconhecimento científico de que tocar um
instrumento pode ser um poderoso aliado ao combate ao estresse.
“Assim o empreendedor deverá avaliar amplamente o seu ingresso nesse mercado.
Mas isto não quer dizer que deva desistir de investir nesse segmento, apenas
ressalta que deva fazê-lo com muita segurança, principalmente considerando o
mercado concorrente.”
Fonte: Revista Veja
Ao ter uma Loja de Instrumentos Musicais pode-se especializar na venda
de somente um único tipo de instrumento musical ou na venda diversificada. Esta
“Ideia de Negócio” sugere um empreendimento que oferece produtos diversificados.
31
Por isso é preciso uma pesquisa (não precisa ser sofisticada ou
complexa), mas ela pode ser elaborada de uma forma simples e aplicada pelo
próprio empresário, para estudar a concorrência já instalada, pesquisar o público-
alvo em termos de capacidade aquisitiva, os gostos pessoais e as expectativas que
as pessoas têm em relação a uma loja de instrumentos musicais.
A pesquisa também precisa incluir a localização da loja, se possível
deverá ser instalada próximo as demais lojas do mesmo segmento e de lojas de
produtos complementares a instrumentos musicais. Essa aproximidade com as
demais lojas amplia as possibilidades de busca por um público bem maior do que
nas lojas instaladas isoladamente.
3.2 Exigências Legais e Específicas
O empreendedor de uma loja de instrumentos musicais deverá cumprir
algumas exigências iniciais e somente poderá se estabelecer depois de cumpridas,
quais sejam:
Registro da empresa nos seguintes órgãos:
• Junta Comercial;
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual de Fazenda;
• Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (empresa ficará obrigada
a recolher por ocasião da constituição e até o dia 31 de janeiro de cada
ano, a Contribuição Sindical Patronal);
• Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema
“Conectividade Social – INSS/FGTS”;
• Corpo de Bombeiros Militar.
32
Visita à prefeitura da cidade em que pretende montar a sua empresa para
fazer a consulta de local e emissão das certidões de Uso do Solo e Número Oficial.
Algumas prefeituras disponibilizam esse serviço via internet, o que agiliza
sobremaneira esse tipo de consulta.
Passo seguinte para a formalização da empresa:
• Após a liberação do contrato social devidamente registrado na Junta
Comercial de seu Estado, do CNPJ e da inscrição estadual (se aplicável),
também,deve-se providenciar o registro da empresa na Prefeitura
Municipal para requerer o Alvará Municipal de Funcionamento.
• Antes de iniciar a produção o empreendedor deverá obter o alvará de
licença sanitária. Para obter essa licença o estabelecimento deve estar
adequado às exigências do Código Sanitário (especificações legais sobre
as condições físicas).
• O empreendedor deverá atentar que em âmbito federal a fiscalização
cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, já em âmbito
estadual emunicipal fica a cargo da Secretaria Estadual de Saúde e
Secretaria Municipal de Saúde, respectivamente.
O empreendedor deverá atentar a seguinte legislação complementar:
• Lei n.º 8.313, de 23 de dezembro de 1991. Restabelece princípios da Lei
n.º 7.505, de 2 de julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio à
Cultura (Pronac) e dá outras providências.
3.3 Proteção contra Incêndios
A proteção contra incêndios é uma das Normas Regulamentadoras que
disciplina sobre as regras complementares de segurança e saúde no trabalho
previstas no art. 200 da CLT.
O referido artigo, especificamente no inciso IV, dispõe sobre a proteção
contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas, com exigências ao
especial revestimento de portas e paredes, construção de paredes contra fogo,
33
diques e outros anteparos, assim como garantia geral de fácil circulação, corredores
de acesso e saídas amplas e protegidas, com suficiente sinalização.
Todos os locais de trabalho deverão possuir:
a) proteção contra incêndio;
b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em
caso de incêndio;
c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.
Portas – Condições de Passagem
As portas de saída devem ser de batentes, ou portas corrediças
horizontais, a critério da autoridade competente em segurança do trabalho.
As portas verticais, as de enrolar e as giratórias não serão permitidas em
comunicações internas.
Todas as portas de batente, tanto as de saída como as de comunicações
internas, devem:
a) abrir no sentido da saída;
b) situar-se de tal modo que, ao se abrirem, não impeçam as vias de
passagem.
As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a
não diminuírem a largura efetiva dessas escadas.
As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis,
ficando terminantemente proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave
o seu acesso ou a sua vista.
34
Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um
estabelecimento ou local de trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada, ou
presa durante as horas de trabalho.
Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de
segurança, que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do
estabelecimento, ou do local de trabalho.
Em hipótese alguma as portas de emergência deverão ser fechadas pelo
lado externo, mesmo fora do horário de trabalho.
Combate ao Fogo
Tão cedo o fogo se manifeste, cabe:
a) acionar o sistema de alarme;
b) chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros;
c) desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando a operação do
desligamento não envolver riscos adicionais;
d) atacá-lo o mais rapidamente possível, pelos meios adequados.
As máquinas e aparelhos elétricos que não devam ser desligados em
caso de incêndio deverão conter placa com aviso referente a este fato, próximo à
chave de interrupção.
Poderão ser exigidos, para certos tipos de indústria ou de atividade em
que seja grande o risco de incêndio, requisitos especiais de construção, tais como
portas e paredes corta-fogo ou diques ao redor de reservatórios elevados de
inflamáveis.
Exercício de Alerta
35
Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente,
objetivando:
a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;
b) que a evacuação do local se faça em boa ordem;
c) que seja evitado qualquer pânico;
d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos
empregados;
e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.
Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de
pessoas, capazes de prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em
número necessário, segundo as características do estabelecimento.
Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem
para um caso real de incêndio.
Nas fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, os
exercícios devem se realizar periodicamente, de preferência, sem aviso e se
aproximando, o mais possível, das condições reais de luta contra o incêndio.
As fábricas ou estabelecimentos que não mantenham equipes de
bombeiros deverão ter alguns membros do pessoal operário, bem como os guardas
e vigias, especialmente exercitados no correto manejo do material de luta contra o
fogo e o seu emprego.
Classes do Fogo
Será adotada, para efeito de facilidade na aplicação das presentes
disposições, a seguinte classificação de fogo:
36
Classe A - são materiais de fácil combustão com a propriedade de
queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como:
tecidos, madeira, papel, fibras, etc.;
Classe B - são considerados inflamáveis os produtos que queimem
somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes,
tintas, gasolina, etc.;
Classe C - quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como
motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.;
Classe D - elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio.
Extinção por Meio de Água
Nos estabelecimentos industriais de 50 (cinquenta) ou mais empregados,
deve haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a
qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de Classe A.
Os pontos de captação de água deverão ser facilmente acessíveis, e
situados ou protegidos de maneira a não poderem ser danificados.
Os pontos de captação de água e os encanamentos de alimentação
deverão ser experimentados, frequentemente, a fim de evitar o acúmulo de resíduos.
A água nunca será empregada:
a) nos fogos da Classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de
neblina;
b) nos fogos da Classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada;
c) nos fogos da Classe D;
37
Os chuveiros automáticos, conhecidos como "splinklers", devem ter seus
registros sempre abertos e só poderão ser fechados em casos de manutenção ou
inspeção, com ordem da pessoa responsável.
Um espaço livre de pelo menos 1,00m (um metro) deve existir abaixo e ao
redor das cabeças dos chuveiros, a fim de assegurar uma inundação eficaz.
Extintores
Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser
utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras ou
regulamentos técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial - INMETRO, garantindo essa exigência pela aposição nos
aparelhos de identificação de conformidade de órgãos de certificação credenciados
pelo INMETRO.
Extintores Portáteis
Todos os estabelecimentos, mesmo os dotados de chuveiros
automáticos, deverão ser providos de extintores portáteis, a fim de combater o fogo
em seu início. Tais aparelhos devem ser apropriados à classe do fogo a extinguir.
O extintor tipo "Espuma" será usado nos fogos de Classe A e B.
O extintor tipo "Dióxido de Carbono" será usado, preferencialmente, nos
fogos das Classes B e C, embora possa ser usado também nos fogos de Classe A
em seu início.
O extintor tipo "Químico Seco" usar-se-á nos fogos das Classes B e C. As
unidades de tipo maior de 60 a 150 kg deverão ser montadas sobre rodas. Nos
incêndios Classe D, será usado o extintor tipo "Químico Seco", porém o pó químico
será especial para cada material.
O extintor tipo "Água Pressurizada", ou "Água-Gás", deve ser usado em
fogos da Classe A, com capacidade variável entre 10 (dez) e 18 (dezoito) litros.
38
Outros tipos de extintores portáteis só serão admitidos com a prévia
autorização da autoridade competente em matéria de segurança do trabalho.
Método de abafamento por meio de areia (balde areia) poderá ser usado
como variante nos fogos das Classes B e D.
Método de abafamento por meio de limalha de ferro fundido poderá ser
usado como variante nos fogos da Classe D.
Figura 15: Classe de Fogo
Inspeção dos Extintores
Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção.
Cada extintor deverá ser inspecionado visualmente a cada mês,
examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manômetros quando o extintor
for do tipo pressurizado, verificando se o bico e válvulas de alívio não estão
entupidos.
Cada extintor deverá ter uma etiqueta de identificação presa ao seu bojo,
com data em que foi carregado, data para recarga e número de identificação. Essa
etiqueta deverá ser protegida convenientemente a fim de evitar que esses dados
sejam danificados.
39
Os cilindros dos extintores de pressão injetada deverão ser pesados
semestralmente. Se a perda de peso for além de 10 (dez) por cento do peso original,
deverá ser providenciada a sua recarga.
O extintor tipo "Espuma" deverá ser recarregado anualmente.
As operações de recarga dos extintores deverão ser feitas de acordo com
normas técnicas oficiais vigentes no País.
Quantidade de Extintores
Nas ocupações ou locais de trabalho, a quantidade de extintores será
determinada pelas condições seguintes, estabelecidas para uma unidade extintora:
ÁREA COBERTA P/
UNIDADE DE
EXTINTORES
RISCO DE FOGO
CLASSE DE
OCUPAÇÃO
* Segundo Tarifa de
Seguro Incêndio do
Brasil - IRB (*)
DISTÂNCIA MÁXIMA
A SER
PERCORRIDA
500 m² Pequeno "A" - 01 e 02 20 metros
250 m² Médio "B" - 02, 04, 05
ou 06 10 metros
150 m² Grande "C" - 07, 08, 09,
10, 11, 12 e 13 10 metros
(*) Instituto de Resseguros do Brasil
Independentemente da área ocupada, deverá existir pelo menos 2 (dois)
extintores para cada pavimento.
40
Unidade Extintora
SUBSTÂNCIAS CAPACIDADE DOS
EXTINTORES
NÚMERO DE EXTINTORES QUE
CONSTITUEM UNIDADE
EXTINTORA
Espuma 10 litros
5 litros
1
2
Água Pressurizada ou
Água Gás
10 litros 1
2
Gás Carbônico (CO2) 6 quilos
4 quilos
2 quilos
1 quilo
1
2
3
4
Pó Químico Seco 4 quilos
2 quilos
1 quilo
1
2
3
Localização e Sinalização dos Extintores
Os extintores deverão ser colocados em locais:
a) de fácil visualização;
b) de fácil acesso;
c) onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
Os locais destinados aos extintores devem ser assinalados por um círculo
vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas.
Deverá ser pintada de vermelho uma larga área do piso embaixo do
extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma. Essa área deverá ser
no mínimo de 1,00m x 1,00m (um metro x um metro).
41
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um
metro e sessenta centímetros) acima do piso. Os baldes não deverão ter seus
rebordos a menos de 0,60m (sessenta centímetros) nem a mais de 1,50m (um metro
e cinquenta centímetros) acima do piso.
Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas.
Os extintores sobre rodas deverão ter garantido sempre o livre acesso a
qualquer ponto de fábrica.
Os extintores não poderão ser encobertos por pilhas de materiais.
Sistemas de Alarme
Nos estabelecimentos de riscos elevados ou médios, deverá haver um
sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da
construção.
Cada pavimento do estabelecimento deverá ser provido de um número
suficiente de pontos capazes de pôr em ação o sistema de alarme adotado.
As campainhas ou sirenes de alarme deverão emitir um som distinto em
tonalidade e altura de todos os outros dispositivos acústicos do estabelecimento.
Os botões de acionamento de alarme devem ser colocados nas áreas
comuns dos acessos dos pavimentos.
Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no
interior de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico, facilmente quebrável.
Esta caixa deverá conter a inscrição "Quebrar em caso de emergência".
Base legal: NR-23;
Art. 200 da CLT;
Portaria MTb nº 290/1997 e os citados no texto.
42
3.4 Estrutura
A área mínima necessária para uma loja de instrumentos musicais é de
aproximadamente 80m². Entretanto, o empreendedor deverá analisar a quantidade
de itens com os quais pretende trabalhar para dimensionar a loja, pois uma loja de
instrumentos musicais pode ofertar uma grande variedade de itens e alguns deles
ocupam muito espaço, como é o caso do piano e da bateria.
Apresenta-se abaixo uma ideia de estrutura para uma loja de
instrumentos musicais de médio porte, considerando a disponibilização de espaços
específicos paraexposição dos produtos comercializados na loja,
atendimento/vendas, estoque/depósito e área administrativo-financeira.
Os espaços indicados acima devem ser dotados de layout adequado,
respeitando a facilidade de movimentação, conforme segue:
a. Exposição dos produtos: espaço destinado a exposição dos produtos
comercializados pela loja de instrumentos musicais. Nesse espaço
deverão ser dispostos os instrumentos musicais de tamanhos maiores e
em estantes fechadas os itens menores, tais como cordas de violão,
palhetas, microfones, dentre outros;
b. Atendimento/Vendas: essa área deve ser ampla o suficiente para a
alocação de balcões, tudo para que crie um clima de amigabilidade para a
clientela;
c. Estoque/Depósito: esse espaço deverá ser dotado de
estantes/prateleiras amplas para acomodar os produtos a serem
comercializados;
d. Administrativo-financeiro: esse espaço é destinado à elaboração das
tarefas administrativas e financeiras da loja de instrumentos musicais, tais
como fechamento do caixa, conciliações das vendas via cheque, dinheiro,
cartões de crédito, crediário, contas a pagar, dentre outros. Também
serão executadas nessa área as tarefas de controle de estoques,
compras e outras atividades de escritório.
43
Não existe uma regra para a definição da estrutura física necessária para
instalação de uma loja de instrumentos musicais. Mas como em qualquer outro
empreendimento, os departamentos devem ser separados da melhor forma para
organização do ambiente. Para que seja possível conseguir melhor visualização por
parte dos clientes, a área de exposição dos produtos deve ter uma separação por
tipo de instrumento, por exemplo: cordas, percussão, teclados, etc.
Além dos aspectos citados, a estrutura da loja de instrumentos musicais
deve ser planejada pensando na conservação dos equipamentos. Por exemplo,
algunsequipamentos não podem receber a incidência da luz solar. Recomenda-se
que o empreendedor consulte os fabricantes dos instrumentos para obter
informaçõespara a conservação.
Funcionários
O quadro de pessoal de uma loja de instrumentos musicais irá variar de
acordo com o tamanho do empreendimento. Apresenta-se abaixo o quadro de
pessoal para uma loja de médio porte, que deverá ser aproximadamente 03 (três)
funcionários, sendo um destes o proprietário do empreendimento:
• Uma pessoa para a área de vendas;
• Uma pessoa para a área administrativo-financeira, incluindo serviços de
caixa, contas a pagar, contas a receber, etc.;
• Uma pessoa para a área de gerência. Esse cargo, de preferência,
deverá ser ocupado pelo empreendedor.
É indicado uma pessoa para serviços gerais, como limpeza da loja e serviços de
copa.
O vendedor e o gerente deverão conhecer bem as mercadorias comercializadas na
loja de instrumentos musicais. É indicado que todos os funcionários entendam o
básico sobre instrumentos musicais para auxiliarem o cliente na venda da
mercadoria.
44
Ressalta-se ainda que o proprietário do negócio deva estar presente em todas as
operações da empresa, principalmente acompanhando a área de vendas e estoque,
bem como a parte de gestão administrativo-financeira da empresa.
Equipamentos
Para estruturar uma loja de instrumentos musicais serão necessários os
seguintes equipamentos:
• Conexão banda larga;
• Estantes para colocar equipamentos e acessórios;
• Expositores;
• Impressora de cupons fiscais;
• Suportes para instrumentos diversos;
• Telefone/Fax;
• Balcões;
• Mesas;
• Cadeiras;
• Computador;
• Expositores – balcões com vidro para facilitar a visualização de
pequenas peças;
• Impressora a laser.
Por ser um empreendimento de alto investimento, o empreendedor deve
considerar relevante a necessidade de instalação de sistema de alarmes e câmeras,
bem como a possibilidade de contratação de seguro para os equipamentos e
estoque, considerando os riscos pertinentes ao local em que a loja está instalada.
45
Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre
a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de,
entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que
o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é
medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no
passado.Obs.: Quanto maior for a frequência de entregas dos fornecedores,
logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também
chamado de índice de rotação de estoques.
Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do
período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as
vendas futuras, sem que haja suprimento.
Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o
ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o
cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha;
demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo
fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com
prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor
impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado
levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos
produtos na sede da empresa.
Organização
Para que o empresário obtenha um processo produtivo que mantenha seu
estabelecimento organizado e que atenda a demanda dos clientes é necessário que
46
se atente a algumas tarefas. Uma delas é a organização e exposição dos produtos,
onde os itens devem ser divididos em seções para a fácil localização dos clientes,
facilitando assim a visualização por parte dos frequentadores.
O empresário deverá ficar atento ao estoque para que não falte nenhum
item dos produtos que comercializa em seu estabelecimento.
Na parte de exposição dos produtos e atendimento a clientes / vendas, o
ambiente deve ser agradável, limpo, arejado/climatizado, bem iluminado, com os
instrumentos musicais dispostos de forma a possibilitar facilidade para que o cliente
possa visualizar as peças que são comercializadas.
Segue uma sugestão básica para a organização do processo produtivo de
uma loja de instrumentos musicais:
Pedido de Compra do Produto: O empreendedor ou pessoa responsável pelas
compras faz o pedido da mercadoria junto aos fornecedores.
Recebimento do produto comprado: Na loja deve ter uma pessoa que se
responsabilize pelo recebimento da mercadoria, que deve, preferencialmente, ser
efetuado pelo empreendedor, ou pessoa deconfiança.
Organização dos produtos na linha de venda: Após o recebimento da mercadoria
comprada, e registro de todos os itens no sistema de controle de estoque, deve-se
então retirar os itens que irão compor inicialmente a área de vendas/exposição.
Baixa do Produto no Estoque: O empreendedor deve ter todos os seus produtos
catalogados e cadastrados para que ocorra um controle de venda e por
consequência um controle para o processo de compra de reposição.
Venda do Produto: Ocorre através da abordagem realizada ao cliente pelo vendedor
e pela atenção e exposição das peças até o cliente realizar o pagamento no caixa.
Entrega do Produto ao Cliente: O produto deve ser entregue embalado para o
cliente.
47
Reposição do Produto no Estoque: Tendo um bom controle da saída das peças, o
empreendedor faz a solicitação de novas peças para a reposição. Porém para esse
segmento é importante ter um bom estoque.
Automação e Gestão de estabelecimentos
Existem vários softwares no mercado que possibilitam a automação da
gestão de estabelecimentos comerciais. Entretanto, o mais indicado é que o
empresário invista em softwares específicos para uma loja de instrumentos musicais
que permitirão a gestão mais eficiente, contemplando detalhes específicos do
negócio.
Dentre os benefícios que um software de gestão deve oferecer, pode-se elencar:
• Controle de clientes com gerenciamento de relacionamento;
• Informações do Serviço de Proteção ao Consumidor;
• Criação de mala-direta com impressão de envelopes ou etiquetas;
• Geração de etiquetas com código de barras para os produtos;
• Personalização do perfil do cliente para gerar recomendação de venda,
de acordo com as preferências do cliente;
• Envio de e-mail direto e personalizado para comunicação com os
clientes;
• Controle de fornecedores com histórico de compras;
• Controle de estoque automático através de compra/venda;
• Listagem de preços;
• Leitura de códigos de barras;
• Controle de produtos promocionais;
• Contas a pagar;
• Controle de despesas;
• Contas a receber ou crediário;
• Controle bancário (taxas, tarifas, cheques já compensados, etc);
• Fluxo de caixa;
• Comissão de vendedores (as).
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3.5 Investimento
O investimento estimado para montar uma loja de instrumentos musicais,
de porte médio, deverá girar em torno do que segue abaixo:
a) Conexão banda larga – 1 – R$ 150,00 / mês;
b) Estantes para colocar equipamentos e acessórios – 4 – R$ 3.600,00;
c) Balcões Expositores com vidro – 2 – R$ 3.000,00;
d) Impressora de cupons fiscais – 1 – R$ 1.300,00;
e) Suportes para instrumentos diversos – 20 – R$ 3.000,00;
f) Fax – 1 – R$ 450,00;
g) Telefone – 3 – R$ 150,00;
h) Mesas – 3 – R$ 1.500,00;
i) Cadeiras – 9 – R$ 3.150,00;
j) Computador – 3 – R$ 4.500,00;
k) Impressora a laser – 1 – R$ 1.500,00.
Total dos equipamentos – R$ 22.300,00
Observações:
1. Nos valores indicados para o investimento não está previsto o custo do
software a ser utilizado na execução dos serviços da loja, já que a opção por um ou
outro software irá variar bastante.
2. Não estão considerados os gastos relativos à aquisição do imóvel
escolhido para a instalação da empresa, pois ele poderá ser alugado, nem mesmo
está considerado o valor do aluguel mensal.
3. Os preços acima são meramente referenciais, para fins de estimativa
do investimento necessário, podendo variar de acordo com a qualidade, estilo, local
de aquisição, dentre outras variáveis.
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4. No investimento citado acima não consta o valor referente à aquisição
de mercadorias para iniciar a loja, mas acredita-se que um estoque inicial deverá
girar na ordem de R$ 120.000,00.
Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa
precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona
com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar
as oscilações de caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são
eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem
(PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de
estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter
estoquesmínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode
melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-
obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem
somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a
necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de
dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de
vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para
tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para
complementar esta necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores
forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos
clientes
para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se
atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar
compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas
e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter
problemas com seus pagamentos futuros.
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Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser
implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de
giro. Sóassim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão
ser geridas com precisão.
Nesse segmento, normalmente a necessidade de Capital de Giro é de
nível alto, principalmente pelo fato de ter que manter um estoque bastante
expressivo tenderá a variar na ordem de 90% a 130% do investimento total.
Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que
serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados,
como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas comerciais,
insumos consumidos no processo de prestação e execução de serviços,
depreciação de maquinário e instalações.
O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na
compra, prestação e venda de serviços que compõem o negócio, indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance
de ganhar no resultado final do negócio.
Os custos para abrir uma loja de instrumentos musicais podem ser
estimados considerando os itens e valores referenciais abaixo:
1. Salários, comissões (caso a remuneração de serviço de colaboradores
seja feita com base em desempenho; comissão sobre vendas) e
encargos: R$ 4.000,00;
2. Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 850,00;
3. Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 2.500,00;
4. Água, luz, telefone e acesso a internet: R$ 600,00;
5. Manutenção de software: R$ 200,00;
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6. Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$ 300,00;
7. Recursos para manutenções corretivas e preventivas das instalações:
R$ 600,00;
8. Valores para quitar possíveis financiamentos de produtos, somente
considerar esse valor caso exista financiamentos na empresa: R$
1.200,00;
9. Propaganda e publicidade da empresa: R$ 1.500,00;
10. Aquisição de maquinas e equipamentos, além de outros produtos para
funcionamento da loja de instrumentos musicais: R$ 3.000,00.
Observação:
Os custos indicados acima considera o conjunto de todo o texto desse
material, o que poderá ser maior ou menor, dependendo da estruturação e
concepção queseja dado ao empreendimento.
O empreendedor deve primar pelo controle da manutenção das vendas e
o nível de estoque, de forma criteriosa, mantendo, em níveis pré-estabelecidos no
Planode Negócio, as despesas e os custos, buscando alternativa para minimizar
esses dois elementos, mas sem comprometer a qualidade final de seu produto, que
são os instrumentos musicais de primeira linha e também de menor custo, mas com
boa qualidade também.
Diversificação
Para manter-se competitiva, uma loja de instrumentos musicais precisa
buscar alternativas que a diferencie dos concorrentes.
Manter um banco de dados com informações dos clientes fornecerá
subsídios para um atendimento personalizado, possibilitando um melhor
atendimento e possivelmente superar as expectativas do cliente.
Ao oferecer um atendimento de qualidade, a empresa cria um diferencial,
constrói um relacionamento de confiança e torna inconveniente a migração do
52
cliente para um concorrente. Também é importante que os funcionários entendam
dos instrumentos musicais que serão comercializados, sabendo sugerir o melhor
negócio ao cliente, oferencendo as vantagens de cada produto.
Outra possibilidade para agregar valor está na prestação de pequenos
serviços, como por exemplo, troca de encordoamento, afinação de instrumentos.
Divulgação
A propaganda é um importante instrumento para tornar a loja de
instrumentos musicais e seus produtos e serviços conhecidos pelos clientes
potenciais. O objetivo da propaganda é construir uma imagem positiva frente aos
clientes.
Uma das formas de divulgação é o marketing de relacionamento que
consiste numa relação pessoal com os possíveis clientes, gerando visitas aos
consumidores potenciais para apresentação do portfólio e os produtos
comercializados pela empresa. Visitas em escolas de música são indicadas, como
também colocar cartazes e panfletos nestes locais.
Além do marketing de relacionamento, o empresário poderá utilizar-se de
outras formas de divulgação como:
a) Uso de identidade visual da empresa e seus produtos
na apresentação do portfólio;
b) Participação em feiras e eventos do ramo;
c) Anúncio nos veículos de comunicação especializados;
d) Patrocinar eventos musicais, como apresentação de corais, peças
musicais, etc.
e) Site com apresentação atraente, contendo o portfólio da empresa e
curiosidades sobre seu funcionamento pode atrair clientes que estejam
procurando novidades na rede mundial de computadores.
53
A mídia mais adequada para divulgação é aquela que tem linguagem
direcionada ao público-alvo, que apresente o seu produto segundo o que o possível
cliente se enquadre, e que tenha compatibilidade com a capacidade de pagamento
de tais clientes. Assim terá uma maior penetração e credibilidade junto ao cliente.
Todas as formas de divulgação apresentadas são importantes para
divulgação da loja de instrumentos musicais, e terão o resultado potencializado se o
empresário investir no bom atendimento, que atenda as expectativas das
necessidades dos clientes e na qualidade dos produtos.
A atenção dispensada ao cliente e produtos de qualidade aliados a um
preço justo, podem ser a garantia do retorno do cliente.
3.6 Informações Fiscais e Tributárias
O segmento de LOJA DE INSTRUMENTOS MUSICAIS, assim entendido
pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4756-3/00
como a atividade de exploração de comércio varejista de instrumentos musicais e
acessórios, poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de
Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP
(Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde
que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e
seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais
requisitos previstos na Lei.
Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e
contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de
Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional
(http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/):
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
54
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES
Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da
receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-
calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da
alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem
ser proporcionais ao número de meses de atividade no período.
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade
conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada
por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera
Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil
reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa,
poderá optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para
se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado
conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados
em valores fixos mensais conforme abaixo:
I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias.
II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o
salário seja de um salário mínimo ou piso da categoria)
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os
seguintes percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
55
Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá
seu empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES
Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas
facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações
acessórias.
Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações
das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN -
Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.
Como fornecer música em eventos
Conforme o estudo realizado por Salazar (2010) – Fonte SEBRAE-, o
negócio da música faz parte da indústria do entretenimento e movimenta bilhões de
dólares em todo o mundo. Segundo o autor, o negócio da música é um gênero do
qual fazem parte três espécies:
• O show business: diz respeito à cadeia produtiva que gira em torno da
apresentação musical e do artista.
• Indústria fonográfica envolve a comercialização do disco e de produtos
afins como o DVD.
• Direitos autorais dizem respeito a licenças de uso
e à propriedadeintelectual
56
3.7 Isolamento Acústico
O som é definido como a propagação de uma frente de compressão
mecânica ou onda longitudinal, se propagando tridimensionalmente pelo espaço e
apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam
compressões e rarefações em propagação do meio. Estas ondas se propagam de
forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por
exemplo, apenas faz com que estas vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
A audição humana considerada normal consegue captar freqüências de
onda sonoras que variam entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São
denominadas ondas de infra-som, as ondas que tem freqüência menor que 20Hz, e
ultra-som as que possuem freqüência acima de 20000Hz.
Figura 12: Gráfico do Espectro Sonoro Fonte: Imagem do livro "FQ8 - Sustentabilidade na Terra - Edições ASA"
57
Normas sobre desempenho acústico conforme a ABNT
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável
pela normalização técnica no país, fornecendo assim a base necessária ao
desenvolvimento tecnológico brasileiro.
Código - ABNT NBR 10.152: 1987 Versão Corrigida: 1992
Título: Níveis de ruído para conforto acústico - Procedimento
Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em
ambientes diversos.
ABNT NBR 10152:1987 Versão Corrigida:1992
Objetivo: Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em
ambientes diversos.
ABNT NBR 15575-4:2013
Objetivo: Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos, os critérios e os
métodos para a avaliação do desempenho de sistemas de vedações verticais
internas e externas (SVVIE) de edificações habitacionais ou de seus elementos.
58
Capítulo 4
4.1. Briefing Loja
Função da loja
Ser totalmente interativa, confortável e descolada - onde o cliente possa
entrar para testar e tocar os instrumentos, investir em equipamentos de qualidade e
o principal: desfrutar ao máximo o estilo musical.
Público-alvo: jovens entre 14 e 21 anos, músicos e profissionais que
trabalham no ramo musical.
No andar térreo da loja, ficará disponível todos os instrumentos como as
guitarras, baixos, baterias e teclados; equipamentos como amplificadores, pedais e
microfones ficarão localizados no corredor principal em um móvel especialmente
projetado para eles; assim quando o cliente entrar poderá ir até o balcão dos
acessórios escolher os produtos ou tirar dúvidas com os funcionários.
Ao lado da seção das baterias, os clientes pediram para que fosse
construído um pequeno palco com um grande telão e luzes de led, isso será feito em
razão da interatividade que a loja quer ter com seus clientes.Também será o lugar
onde bandas novas no mercado musical irão se apresentar, outro grande diferencial
da loja sãoas diferentes palestras e workshops que haverá todo mês - os
palestrantes serão profissionais do mercado musical e até mesmo músicos
convidados para trocar experiências diretamente com o público.
Gabriel e Cibelle também pediram para que fossem criados móveis
espaçosos que expusesseos instrumentos de uma forma prática. Foram projetados
estantes com iluminação embutida de spots para as guitarras e para as baterias,
com diferentes prateleiras, entre as estantes das guitarras existem nichos que
expõem livros à venda relacionados ao tema da loja.
Ao invés de montar um estoque no mezanino, os clientes gostariam que o
lugar também fosse aproveitado para ter ainda mais interação, pediram para que
fosse projetado um ambiente com um toque íntimista e ao mesmo tempo moderno –
com poltronas confortáveis para que os clientes pudessem ouvir músicas em fones
de ouvido, ainda no mezanino foi criado outro móvel que expõe discos e cds que
estão a venda.
59
Figura 13: Mapa localição do Bourbon Shopping
Localização:A primeira loja da rede será inaugurada no Bourbon
Shopping localizado na Rua Turiassú, 2100 - Pompéia –os clientes optaram pelo
Bourbon por ser um local onde se tem muitos eventos culturais (em partes por causa
do Sesc Pompéia localizado ao lado) e um diferente mix de estilos.
Figura 14: Mapa original do Bourbon Shopping
Fonte: < www.bourbonshopping.com.br/site/imagens/mapa_shopping_saopaulo.swf>
60
4.2 Plantas e perspectivas
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4.3 Projeto 3D
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Vista da frente da loja e das vitrines
Vista do palco ao lado da seção das baterias e teclados
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Vista de uma das laterais: seção dos instrumentos com corda
Vista do balcão e da caixa
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Vista do mezanino para o palco no térreo da loja
Escadas para o mezanino, onde ficam as poltronas e os discos
84
Vista do mezanino: poltronas, puffs e até uma jukebox – para um ambiente mais
descontraído, onde os clientes podem sentar e ouvir os cds favoritos.
Vista do mezanino: detalhes como as luzes de LED “penduradas”, o adesivo na
parede e as poltronas.
85
Vista do mezanino para a lateral dos intrumentos de cordas.
Vista do mezanino: detalhe para os puffs imitando Kombis com os ipads ao lado
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4.4 Memorial Descritivo
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4.5 Orçamento
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CONTRATO DE PROJETO DE DESIGN DE AMBIENTES
REFERENCIA: Projeto de Design de Ambientes completo do imóvel localizado à Rua
Turiassú, 2100 – Pompéia, São Paulo – 05005-900 – São Paulo/SP de nome Shopping Bourbon no terceiro andar, Piso Pompéia, loja 32.
CONTRATANTE: Gabriel DeCario Inscrito no CPF sob número 458.753.258-43, e Cibelle DeCario inscrito no CPF 356.888.798-46, casados e com a comunhão parcial de bens, com
endereço à Av. Francisco Matarazzo, 220 –Água Branca – 05001-000 – São Paulo/SP;
CONTRATADO: Estúdio Ola Inscrito no CNPJ sob número 12.345.678/0001-23, Com endereço à Rua. Veiga Filho, 80 – Santa Cecília – 01229-000 – São Paulo/SP
01. OBJETO DO CONTRATO:
O presente contrato tem por objetivo, a execução pelo CONTRATADO, dos serviços
contidos na Cláusula 02, subsequente, relacionados com a referência do presente contrato.
02. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS:
Os serviços a serem executados pelo CONTRATADO consistem no desenvolvimento completo do projeto de DESIGN DE INTERIORES/AMBIENTES e COMUNICAÇÃO VISUAL composto de dados concepcionais apresentados em escala adequada à perfeita
compreensão dos elementos nele contidos:
02.01. Estudo Preliminar – Briefing, estudos preparatórios, relatórios, desenhos esquemáticos, e demais documentos em que se demonstra a compreensão do problema e a definição dos critérios e diretrizes conceituais para o desenvolvimento do trabalho;
02.02. Projeto Conceitual – desenhos de lançamento das propostas anunciadas no Estudo Preliminar, acompanhadas de cálculos e demais instrumentos de demonstração das propostas apresentadas no projeto; incluem-se instruções a serem encaminhadas aos responsáveis pelos projetos de instalação elétrica, ar condicionado e automação, como a indicação da composição dos comandos e modo de operação dos mesmos, que evidenciem as diferentes possibilidades de uso dos sistemas propostos; compreende também a compatibilização, atividade em que se justapõem as informações técnicas e as necessidades físicas relativas às determinações do projeto de Design de Ambientes, as decorrentes dos demais projetos integrantes do trabalho global (arquitetura, estrutura, instalações elétricas e telefônicas, hidráulicas, de ar condicionado, de sonorização e sprinklers, interiores e exteriores, paisagismo) e a Comunicação Visual, com a finalidade de garantir a
coexistência física e técnica indispensável ao perfeito andamento da execução do projeto;
02.03. Projeto Executivo – concretização das ideias propostas no Projeto Conceitual devidamente compatibilizadas a partir da integração do projeto de Ambientes com todos os
111
sistemas prediais envolvidos no trabalho. Inclui-se as informações técnicas pertinentes à correta integração dos
ambientes e demais equipamentos aos detalhes da arquitetura, bem como os dados do equipamento especificado, para a concretização dos conceitos estabelecidos no projeto. Os desenhos referentes móveis, equipamentos, revestimentos, materiais e acabamentos deverão ser inseridos no Projeto Executivo ou complemento deste (Memorial Descritivo), para que haja perfeita compreensão das dimensões físicas e da forma de instalação dos mesmos no edifício. O detalhamento de móveis e acessórios especiais serão considerados serviços extraordinários;
Parágrafo único: os desenhos serão apresentados em escala.
02.04. Supervisão Técnica – atividade de acompanhamento da execução das obras do edifício ou empreendimento, para constatação da correta execução de suas determinações e apresentação de modificações ou adaptações tecnicamente convenientes, quando necessário e pertinente. Não ficam acordadas visitas técnicas à obra durante o andamento da construção do edifício. As visitas necessárias durante a fase de acabamento serão acordadas em instrumento à parte posteriormente.
03. PRAZOS:
03.01. Os serviços ora contratados serão executados nos prazos abaixo especificados:
03.01.01. ESTUDO PRELIMINAR: 15 (quinze) dias após a assinatura deste contrato;
03.01.03. PROJETO CONCEITUAL: 35 (trinta e cinco) dias após a entrega do Estudo Preliminar;
03.01.04 PROJETO EXECUTIVO: 120 (cento e vinte) dias após a entrega do Projeto Conceitual.
03.02. Os prazos acima constituem os mínimos necessários para o desenvolvimento técnico dos serviços, podendo, no entanto, serem dilatados a pedido do CONTRATANTE.
03.03. Não serão contados os dias em que o projeto ficar retido pelo CONTRATANTE, para apreciação.
03.04. Os prazos acima não se vinculam aos prazos necessários para aprovação junto aos órgãos competentes, podendo, entretanto, o CONTRATADO desenvolver, paralelamente e estes trâmites, as etapas posteriores.
03.05. Os prazos acima serão contados a partir da entrega dos elementos necessários ao desenvolvimento do projeto pelo CONTRATANTE, ou seja, levantamento planialtimétrico, sondagens, plantas arquitetônicas, escrituras e civis, etc.
04. HONORÁRIOS:
112
04.01. Para uma área bruta aproximadamente de 131,20 metros quadrados de área a ser trabalhada e valor do metro
quadro de R$65,00, o valor do Projeto será de R$ 8.528,00.
Pelos serviços previstos no presente contrato o CONTRATANTE pagará ao CONTRATADO, os honorários calculados em R$ 8.528,00 (oito mil e quinhentos e vinte e oito reais) que serão pagos da seguinte forma:
04.01.01. 20% – na assinatura do contrato, valor de R$1.705.60 (mil e setecentos e cinco reais e sessenta centavos);
04.01.04. 30% – na entrega do Projeto Conceitual, valor de R$2.558,40 (dois mil e quinhentos e cinquenta e oito reais e quarenta centavos);
04.01.05. 50% – na entrega do Projeto Executivo, valor de R$4.264,00 (quatro mil e duzentos e sessenta e quatro reais).
04.02. Não constam do preço do projeto;
04.02.01. Impostos, taxas, emolumentos e registro na Prefeitura;
04.02.02. Sondagens e levantamentos de patologias prediais;
04.02.03. Cópias heliográficas, xerográficas e fotografias;
04.02.04. Maquetes, perspectivas e plantas de comercialização;
04.02.05. Alterações introduzidas pelo CONTRATANTE nas etapas subsequentes que já foram previamente analisadas e aprovadas;
04.02.06. Projetos complementares de instalações hidráulicas, sanitários, elétricas, movelarias exclusivas, intervenções arquitetônicas, etc.
04.03. O pagamento de cada etapa deverá ser efetuado até 5 (cinco) dias úteis após a aprovação (de acordo) dos serviços correspondentes, contra emissão dos respectivos recibos de honorários profissionais.
04.03.01. O CONTRATANTE terá 5 (cinco) dias úteis para a aprovação ou solicitação de eventuais alterações a contar da data de cada etapa.
04.03.02. Os pagamentos efetuados após seu vencimento sofrerão multa de 30% (trinta).
04.04. Todas as alterações introduzidas no projeto pelo CONTRATANTE, visitas à obra e sua fiscalização serão cobradas por hora técnica, de acordo com os valores a seguir convencionados.
– Designer de Ambientes……………………………….. R$ 125,00/hora – Desenhista …………………………………....……….. R$ 125,00/hora
113
05. OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO:
Constituem obrigações do CONTRATADO;
05.01. Indicar e mediar a contratação de todo o pessoal necessário a execução dos serviços objeto deste contrato: pedreiros, instaladores, gesseiros, marceneiros, serralheiro e fornecedores.
05.02. Responder perante o CONTRATANTE, pela execução e entrega dos objetos da Cláusula 02.
05.03. Assumir, na qualidade de autoria, a responsabilidade técnica pelas especificações feitas, atendendo prontamente às exigências, modificações e esclarecimentos que forem necessários bem como intermediar as partes fornecedor/cliente quando houver algum problema.
05.04. Fornecer um CD com as plantas, detalhes relativos ao desenvolvimento do projeto e memorial descritivo ao CONTRATANTE.
05.05. Coordenar e dar orientação geral nos projetos complementares ao projeto de Design de Ambientes, tais como indicações de alterações nas instalações elétricas e telefônicas, arquitetura, instalações hidráulicas e outros, podendo, a pedido do CONTRATANTE, indicar profissionais legalmente habilitados para sua execução.
05.06. O CONTRATADO deve elaborar os projetos objetivados no presente contrato, em obediência às normas e especificações técnicas vigentes, responsabilizando-se pelos serviços prestados, na forma da legislação em vigor.
06. OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE:
06.01. Ressarcir as despesas havidas pelo CONTRATADO, tais como decorrentes de projetos técnicos complementares, memoriais e tabelas técnicas de incorporação,
cópias heliográficas, xerográficas e outras não especificadas, desde que autorizadas pelo CONTRATANTE.
06.02. Fornecer ao CONTRATADO, todos os documentos como cópias de escrituras, levantamentos planialtimétricos, sondagens, plantas arquitetônicas e civis e profissionais para a elaboração dos projetos complementares, etc.
06.03. Pagar as despesas relativas a fotografias, mapas, maquetes e plantas de comercialização necessários a representação dos projetos.
06.04. Pagar os honorários do CONTRATADO e projetos complementares, referentes a projetos modificativos, e alterações de projetos das fases já executadas, decorrentes das solicitações feitas pelo CONTRATANTE, independente das razões que o motivaram. Esses honorários serão cobrados conforme Cláusula 04.04 do presente contrato.
07. CONDIÇÕES GERAIS
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07.01. Este contrato não criará qualquer vínculo empregatício entre o CONTRATANTE e o CONTRATADO.
07.02. A cada etapa entregue, deverá o CONTRATANTE analisar todos os desenhos entregues e autorizar (de acordo) o início da etapa seguinte.
07.03. É defeso de qualquer das partes ceder ou transferir total ou parcial, os direitos e obrigações decorrentes deste contrato.
07.04. O CONTRATANTE poderá interromper os trabalhos a qualquer momento desde que assegure ao CONTRATADO o término da etapa em andamento e sua consequente remuneração.
07.05. Se o objeto deste contrato se limitar ao Estudo Preliminar e ao Projeto Conceitual, e se estes forem utilizados para a execução da obra, tal utilização será suscetível da aplicação das disposições legais da obrigatoriedade do pagamento da indenização a três vezes o valor estipulado na Cláusula 04.01.
07.06. O CONTRATADO não se responsabiliza por alterações ocorridas durante a obra que estiverem em desacordo com os serviços por ele executados ou alterações solicitadas pelo CONTRATANTE que estiverem em desacordo com a legislação em vigor.
07.07. Se, a partir da data deste contrato, forem criados novos tributos taxas, encargos e contribuições fiscais e para fiscais ou modificadas as alíquotas atuais, de forma a majorar os ônus do CONTRATADO, os valores da remuneração constante do presente contrato, serão revisadas de modo a refletir tais modificações.
07.08. O contrato será rescindido caso ocorram as seguintes hipóteses:
07.08.01. Infração de qualquer das Cláusulas e Condições;
07.08.02. Insolvência de qualquer das partes;
07.09. A parte que der causa ao rompimento deste ajuste, incidirá na multa contratual 20% (vinte por cento) sobre o valor total dos serviços contratados.
115
07.10. As partes elegem o TRIBUNAL DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM DE SÃO PAULO como órgão do
INSTITUTO JURÍDICO EMPRESARIAL, com sede na Rua Dr.Bacelar, 643, Vila Clementino, para solução de toda e qualquer dúvida ou controvérsia resultante do presente
contrato ou a ele relacionado, de acordo com as normas de seus regulamentos, renunciando expressamente a qualquer outro foro por mais privilegiado ou especial que seja. E por estarem justo e contratados, assinam a presente em 2 (duas) vias com 6 (seis) páginas cada de igual teor, na presença das testemunhas, abaixo:
São Paulo, 27 de Agosto de 2014.
___________________________________
Gabriel DeCario – CONTRATADO
CPF: 458.753.258-43
___________________________________
Cibelle DeCario – CONTRATADO SÓCIO
CPF: 356.888.798-46
___________________________________
Estúdio Ola – CONTRATANTE
CNPJ: 12.345.678/0001-23
___________________________________
Nathalia da Silva Francisco Gomes Ferreira – Designer Gráfico
___________________________________
Mayara Almeida Soares – Arquiteta
___________________________________
Leidiane de Oliveira Silva – Projetista
___________________________________
Richard Anderson Oliveira Cabrera – Engenheiro Civil
___________________________________
Jorge Kavicki – Mestre de Obras
TESTEMUNHAS
______________________________ __________________________
Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXXX Nome: XXXXXXXXXXXXXXXXX
CPF XXXXXXXXXXX CPF XXXXXXXXXXXXXXXXXX
116
4.7 Considerações Finais
117
118
Capítulo 5
5.1 Referências Bibliográficas www.portaldoshopping.com.br/numeros-do-setor/desempenho-da-industria-de-shopping-centers-no-brasil Acesso em 30 de outubro de 2014 www.portaldoshopping.com.br/abrasce/apresentacao Acesso em 30 de outubro de 2014 www.portaldoshopping.com.br/numeros-do-setor/evolucao-do-setor Acesso em 30 de outubro de 2014 www.portcom.intercom.org.br/pdfs/154986847399002986888063440135114344765.pdf último acesso em 30 de outubro de 2014 file:///C:/Users/leila/Downloads/76-170-1-SM.pdf último acesso em 30 de outubro de 2014 www.direitobrasil.adv.br/artigos/sc.pdf Acesso em 30 de outubro de 2014 www.alshop.com.br/pdf/apresentacao-mesa-de-valores.pdf último acesso em 30 de outubro de 2014 www.portaldoshopping.com.br/abrasce/estatuto-e-etica Acesso em 30 de outubro de 2014
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121
5.2 Anexos
122
123