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Monografia
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
ADRESON VILSON VITA DE SÁ
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO VIRTUAL
“INTRODU ÇÃO À ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO”
Foz do Iguaçu – PR 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
ADRESON VILSON VITA DE SÁ
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO VIRTUAL
“INTRODU ÇÃO À ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO”
Monografia submetida à banca examinadora do
curso de pós-graduação lato sensu em
DESIGN Instrucional para EaD Virtual como
requisito para obtenção do título de
Especialista em DESIGN Instrucional.
Orientador: Prof. Dr. Rogério Melloni
Foz do Iguaçu – PR 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
ADRESON VILSON VITA DE SÁ
DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO VIRTUAL
“INTRODU ÇÃO À ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO”
Monografia aprovada por banca examinadora em ...... de .............. de 2012.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Rogério Melloni – (Orientador)
Prof. Dr. Edmilson Marmo Moreira
Prof. Dr. Luiz Lenarth Gabriel Vermaas
Foz do Iguaçu – PR 2012
A meu filho
Gabriel Adreson Arboitte de Sá
AGRADECIMENTOS
Ao meu amigo Airton Jordani, que me apresentou o curso e colaborou
imensamente com seu conhecimento e paciência diante das minhas indagações.
Aos colegas de curso, companheiros reais desta rica experiência de estar
presente virtualmente.
Aos caríssimos: Alexandre Rossettini, Ana Paula Credendio Costa, Ana
Sueli Vandresen e Irene Chaves, com os quais aprendi muito nestes meses.
Aos professores e tutores da UNIFEI e à Universidade Aberta do Brasil, pela
oportunidade concedida.
Ao pessoal do PTI.
«O que nos dá coragem não é o mar, nem o abismo/
É a margem, o limite e sua negação»
Humberto Gessinger
RESUMO
O constante crescimento da internet, com sistemas cada vez mais complexos, e a busca por qualificação no mercado de trabalho despertaram o interesse geral sobre a arquitetura da informação, que consiste no planejamento e organização de informações para ajudar pessoas a realizar suas tarefas em ambientes interativos. Como resultado do curso de especialização, nesta monografia apresenta-se o design instrucional do curso virtual “Introdução à arquitetura da Informação”, baseado na teoria de aprendizado cognitivista (construtivista). Foram trabalhados os conceitos, descrição e funções dos recursos utilizados: mapa de atividades, matriz instrucional e storyboards, de forma a facilitar a apresentação do planejamento do referido curso, o qual ainda envolve a análise dos diferenciais e riscos quando de sua implantação.
Palavras -chave: Design Instrucional, Educação a Distância, Aprendizagem.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - storyboard 01, apresentação do conteúdo da aula 07 na agenda ............ 36
Figura 2 - storyboard 02, apresentação do conteúdo da aula 07 na agenda ............ 37
Figura 3 - apresentação do conteúdo da aula 09 na agenda .................................... 38
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Cronograma das Atividades para Implantação do Curso: Introdução à
Arquitetura da Informação......................................................................................... 21
Quadro 2 - Composição do custo total do Curso: Introdução à Arquitetura da
Informação ............................................................................................................. 22
Quadro 3 - Mapa de Atividades do curso virtual “Introdução à Arquitetura da
Informação” ............................................................................................................. 27
Quadro 4 - Matriz de Design Instrucional da atividade 22 (wireframes) .............. 34
Quadro 5 - Matriz de Design Instrucional da atividade 37 ................................... 35
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PROCERGS - Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande
do Sul ....................................................................................................................... 14
EaD - Educação a Distância ..................................................................................... 15
TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação ..................................................... 15
AVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem ................................................................ 16
AI - Arquitetura da Informação ................................................................................. 17
SEO - Search Engine Optimization (otimização para mecanismos de busca) ......... 17
Addie - analysis, design, development, implementation and evaluation (análise,
desenho, desenvolvimento, implementação e avaliação)......................................... 19
DI - DesignInstrucional ............................................................................................ 23
ROI - Return Of Investment (Retorno de Investimento) ........................................... 29
SUMÁRIO
SUMÁRIO ................................................................................................................. 11
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12
1 APRESENTAÇÃO DO CURS O E DO DESIGN INSTRUCIONAL ..................... 15
1.1 DADOS GERAIS DO PROJETO “INTRODUÇÃO À ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO” ......................................................................................................... 15
1.2 DADOS ESPECÍFICOS DO PROJETO ........................................................ 17
1.3 RECURSOS DE DESIGN INSTRUCIONAL VIRTUAL DO CURSO ............. 23
2 ANÁLISE DO DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO ....................................... 39
2.1 PLANEJAMENTO ......................................................................................... 39
Estilos de aprendizagem .......................................................................... 41
2.2 RECURSOS DE DESIGN ............................................................................. 43
Atividades de aprendizagem .................................................................... 43
2.3 DIFERENCIAIS E RISCOS .......................................................................... 46
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
12
INTRODUÇÃO
A necessidade de gerar e transmitir conhecimento aos seus semelhantes é
um processo inerente à cultura humana. Desde a antiguidade, reúnem-se crianças e
jovens para prepará-los a viver em sociedade. Ao longo da história, com a evolução
das tecnologias e sociedades cada vez mais complexas, a educação tornou-se
fundamental para a transformação de uma nação e seu desenvolvimento
socioeconômico.
A sociedade atual, em constante avanço tecnológico, exige muito além da
educação formal (o ensino de crianças e jovens). Há a permanente necessidade de
instrução de adultos. Pois vive-se em uma nova cultura onde “Pela primeira vez na
história da humanidade, a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no
início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira” (LEVY,
1999). Aquele trabalho que um operário fazia há dez anos já não existe mais ou é
produzido de outra maneira. O desafio de instruir adultos é um desafio dos
governos, que precisam combater o desemprego em massa e das empresas que
precisam enfrentar a concorrência e a obsolescência.
O surgimento da internet e a necessidade de formação ao longo da vida
contribuíram para expansão da educação a distância. Apesar de existir a décadas
(por TV, rádio e correspondência), nos últimos vinte anos é que o modelo de ensino
sem a presença de professor e de alunos na mesma sala está sendo aceita como
alternativa para a crescente demanda do mercado de trabalho.
A modalidade de ensino-não presencial tornou-se uma iniciativa que vem
contribuindo às formas convencionais, não ocorrendo pela simples substituição de
uma pela outra, mas pela combinação entre ambas as modalidades de ensino. A
distinção entre ensino “presencial” e ensino “a distancia” será cada vez menos
pertinente, uma vez que o uso da internet e dos dispositivos multimídia (como os
celulares, laptops e tablets) vem sendo gradativamente integrado às mais
tradicionais formas de ensino.
Quando o conhecimento adquirido logo se torna obsoleto, ao invés de
pensar em uma profissão e suas especialidades, deve-se “raciocinar em termos de
13
competências variadas, das quais cada um possui uma coleção particular” (LEVY,
1999). O mercado de trabalho em constante modificação requer uma educação
continuada, e não há mais distinção entre “período de aprendizagem e período de
trabalho” (LEVY, 1999). O tempo de escola é decisivo para um jovem, mas o tempo
de aprender novas habilidades será ao longo da vida, por uma questão de
sobrevivência.
Procurando contribuir para a atualização e a formação profissional de
estudantes e profissionais de comunicação, design e desenvolvimento de sistemas
web (área de Tecnologia da Informação e Comunicação), o design Instrucional do
presente trabalho, caracterizado como um estudo de caso propõe um treinamento
em arquitetura da informação — uma prática que consiste no planejamento e
organização de informações para ajudar pessoas a realizar suas tarefas
(principalmente) em sistemas e web sites.
Neste sentido, um profissional que está despontando no mercado é o
designer instrucional, responsável por preparar os métodos multidisciplinares e
apresentar soluções para problemas educacionais característicos de cursos virtuais.
Como forma de investigar a contribuição das tecnologias de informação e
comunicação ao processo de ensino-aprendizagem, este trabalho faz uma leitura do
design Instrucional como método de apoio a projetos educacionais, e descreve nesta
monografia a sua apresentação.
A presente monografia está estruturada em dois capítulos: o primeiro contém
uma visão geral do design instrucional do curso proposto, apresentando os recursos
produzidos ao longo do projeto; e o segundo traz uma análise do projeto, através do
planejamento e recursos utilizados. A primeira parte do trabalho apresenta o
treinamento — uma introdução à arquitetura da informação e seus principais
conceitos. Elencam a abordagem teórica e recursos, estilos de aprendizagem e
cronograma utilizados no projeto. Explica como, ao projetar sistemas de instrução, o
designer instrucional busca apoio em várias áreas do conhecimento (como a
psicologia cognitiva e aprendizagem ativa, abordagem sistêmica e processamento
da informação). Neste capítulo estão presentes: o storyboard (estrutura e fluxo da
informação), a matriz (detalhamento de conteúdos e ferramentas) e o mapa de
14
atividades (blocos organizados de informações), principais recursos utilizados no
design instrucional. A segunda parte do trabalho trata da análise elaborada a partir
da teoria pedagógica, estilos de aprendizagem e avaliação abordados. Por
conseguinte, discute a aplicação dos recursos de design instrucional, os diferenciais
e riscos do processo e encerra com ponderações a respeito do projeto e resultados.
15
1 APRESENTAÇÃO DO CURS O E DO DESIGN INSTRUCIONAL
1.1 DADOS GERAIS DO PROJ ETO “ INTRODUÇÃO À ARQUITE TURA DA
INFORMAÇÃO”
O curso virtual “Introdução à arquitetura da informação” será oferecido
exclusivamente para funcionários da Companhia de Processamento de Dados do
Estado do Rio Grande do Sul - PROCERGS, na cidade de Porto Alegre. A finalidade
deste curso é oferecer um nivelamento básico sobre Arquitetura da informação para
profissionais e estudantes, onde se incluem estagiários, que atuam nas áreas de
Design, Jornalismo e Tecnologias da Informação.
O treinamento é parte desta política de aperfeiçoamento constante do
quadro da PROCERGS, empresa que investe permanentemente no
desenvolvimento de seu pessoal e na infraestrutura de prestação de serviços,
acompanhando as tendências e soluções que são necessárias devido às constantes
transformações e obsolescência tecnológicas.
A PROCERGS é uma empresa de economia mista, que iniciou suas
atividades em 28 de dezembro de 19721 como órgão executor da política de
informática do Estado do Rio Grande do Sul. A PROCERGS é considerada a maior
empresa de informática do estado, na qual desenvolve soluções em Tecnologia da
Informação e Comunicação para a Administração Pública.
Possui um Centro de Treinamento que, além do prédio principal (com a
administração e salas de reunião), que tem dois andares, possui quatro salas de
aula (equipadas com computadores), um auditório e um galpão de madeira
destinado ao lazer. Apresenta uma área de 5,8 mil metros quadrados, sendo 2,1 mil
metros de área construída em frente ao lago Guaíba, na zona sul da Capital. O pátio
arborizado, conta com bancos e mesas para conversas reservadas.
1 Completará 40 anos em 2012, sendo reconhecida como Centro de Soluções em Governo
Eletrônico.
16
A PROCERGS está presente há 40 anos no segmento de informática
pública, e dispõe de um acervo de mais de 200 sistemas aplicativos desenvolvidos
para todas as áreas do governo estadual. Pelo fato da empresa ser a principal
responsável pela Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de todo o governo
do estado, torna-se difícil estimar a sua estrutura e alcance. Neste sentido, há uma
necessidade grande da empresa em elaborar treinamentos para alguns de seus
produtos (sistemas aplicativos web) e serviços. Por exemplo, para diminuir a
demanda das equipes de suporte, surgiu o treinamento à distância, elaborado
internamente utilizando a plataforma moodle. A equipe da empresa treina os seus
clientes. Atualmente este processo é elaborado por técnicos, sem formação
pedagógica, mas habilitadas a trabalhar na tutoria de cursos EaD. No entanto, estão
recebendo treinamento em design instrucional e educação a distância (EaD).
Atualmente, a PROCERGS conta com algumas equipes trabalhando com
educação a distância (EaD) utilizando a plataforma moodle. Além do setor de
planejamento, há a Divisão de Gestão de Pessoas — o departamento responsável
por gerenciar os recursos humanos, e a Divisão Central de Serviços — que atende
pelo suporte técnico aos clientes da empresa (secretarias e órgãos estaduais). Entre
as suas atribuições está em capacitar os usuários (funcionários e servidores) nas
aplicações (sistemas web) desenvolvidos e administrados pela empresa. A Divisão
de Gestão de Pessoas administra os treinamentos internos para gestores e
funcionários — incluindo os treinamentos in company (uma empresa executa um
curso dentro das instalações de outra) e aqueles aplicados pelos próprios
funcionários. A equipe de documentação e treinamento (cerca de seis pessoas) da
Divisão Central de Serviços - DCS/SSA elabora e executa os cursos e a tutoria de
EaD. Outro departamento, a Divisão de Tecnologia e Infraestrutura - DTI/STE é
responsável por garantir o funcionamento do ambiente e dimensionar a
infraestrutura necessária.
17
1.2 DADOS ESPECÍFICOS DO PROJETO
O tema deste curso é Arquitetura da Informação, uma introdução “à arte e à
ciência de organizar informações para auxiliar os indivíduos a satisfazerem as suas
necessidades informacionais” (ROSENFELD, 2006).
A Arquitetura da Informação é uma área que cresceu bastante nos últimos
anos, para atender às necessidades de usuários e desenvolvedores em sistemas e
websites. À medida que a internet foi crescendo, a complexidade de websites e
intranets também aumentaram, exigindo maior planejamento e organização das
informações para o usuário, para os desenvolvedores e também para o cliente (a
empresa).
O objetivo geral deste curso é fazer com que profissionais de design e de
informática tenham contato com esta área, para que ao final entendam a importância
do papel da Arquitetura da Informação no desenvolvimento de produtos web.
Nesse sentido, o público-alvo do referido projeto é composto por
desenvolvedores em Tecnologia da Informação, designers e estagiários das áreas
afins, que estejam no quadro da PROCERGS. Estes profissionais estão ligados ao
desenvolvimento de aplicativos, sistemas web e web sites. Dentro desta área da
empresa, não se tem conhecimento de pessoas com necessidades especiais e, por
isso, o planejamento deste projeto não contempla tal público.
A ementa do curso, com os temas e subtemas, é composta pelos seguintes
tópicos:
Apresentação (Apresentação do curso; Apresentação do AVA e suas
ferramentas básicas de interação); Sobre Arquitetura da Informação (definição de
Arquitetura de informação - AI, atuação do profissional de AI); Contexto e
Elementos (usuário – conteúdo – contexto, princípios de AI para sistemas
interativos, rotulação, vocabulários controlado e taxonomia), Entendendo o
conteúdo (requisitos de conteúdo, sistemas de organização, sistemas de rotulação,
sistemas de navegação, sistemas de busca); Entendendo o usu ário (espaço e o
problema, modelos conceituais,, metáforas e modelo mental, informação interativa,
18
convergência e design, cognição externa, mecanismos de diálogo e colaboração);
Design centrado no usuário (requisitos, identificando usuários, coleta de dados,
interpretação, análise e descrição de roteiros, métodos para análise hierárquica de
tarefas e prototipação, abordagens centradas no usuário e design contextual, retorno
do investimento); Projetar uma Arquitetura de informação (Introdução à
Experiência do Usuário, Estruturas de interfaces, interação, componentes, elemento,
interface e categorias de áreas físicas e interativas, Flows, site map, vocabulário de
AI, wireframes, Componentes, colaboração e comunicação e processamento de
informações.); Projetand o a navegação (navegação web, Tipos de navegação);
Arquitetura de intranets e portais corp orativos (Intranets, portais corporativos,
Metodologia de planejamento de portais ) Otimização em Ferramentas de Busca (
Definição de SEO, Estratégias de SEO); Design e documentação (Entregáveis,
Wireframes, conclusão).
Quanto à metodologia a ser empregada, as atividades foram planejadas
baseadas na abordagem pedagógica construtivista. A apresentação do conteúdo
será apresentada através de textos e vídeos nas ferramentas disponíveis no
ambiente virtual de aprendizagem (AVA) TelEduc — Plataforma utilizada para
mediar o processo de ensino-aprendizagem a distância, um ambiente para a
criação, participação e administração de cursos na web. O TelEduc foi desenvolvido
pelo Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) na Universidade de
Campinas (Unicamp). Toda comunicação sobre o curso e respostas aos alunos será
feita por meio deste ambiente.
Piva Jr (2011) ressalta que se faz necessário estar atento aos objetivos
educacionais pretendidos para que sejam selecionados os meios adequados.
Buscando alcançar um aprendizado eficaz, diminuindo a distância — física e afetiva
— que separa alunos e professores, as atividades teóricas são: apresentações,
leituras e vídeos. As atividades práticas, tais como as discussões e troca de ideias,
utilizam a ferramenta Fórum de discussão — um dos instrumentos mais usados em
AVA; de jogos (campo minado e palavras cruzadas), dinâmicas individuais,
buscando atender diferentes estilos de aprendizagem.
Acredita-se que, atualmente, é necessário modificar as ações de alunos e
professores "para fazer o aprendiz «aprender a aprender» para poder aprender a
19
gerenciar com autonomia" (FRANCO; BRAGA; RODRIGUES, 2011) o grande
volume de informação disponível, de forma a construir seu próprio conhecimento.
Felder explica que as diferentes características dos alunos para processar
informações foram denominadas Estilos de Aprendizagem (FELDER, ano? apud
FRANCO; BRAGA; RODRIGUES, 2011). Como os métodos de ensino de cada
instrutor também variam, o designer instrucional precisa propor estratégias para
propiciar uma aprendizagem mais eficaz, levando em conta os diversos fatores que
influenciam o processo.
As atividades propostas atendem: aos aprendizes ativos que "tendem a reter
e compreender informações mais eficientemente discutindo, aplicando conceitos
e/ou explicando para outras pessoas" (FRANCO; BRAGA; RODRIGUES, 2011),
através da participação nos fóruns e das atividades como os esboços de wireframe e
de navegação nos portfólios (elaborar sínteses em tópicos). Atendem também os
aprendizes reflexivos, que levam um tempo para processarem, sozinhos, sobre as
informações que recebem. Esses aprendizes lidam melhor com atividades como o
esquema de metadados (palavras-chave sobre o conteúdo) e a participação
individual nos fóruns.
O designer instrucional, de acordo com Filatro (2009), precisa identificar as
particularidades e competências dos alunos, de maneira a combinar os diferentes
estilos de aprendizagem para aproveitar melhor cada ação ou atividade indicada
pelo curso.
A avaliação é um dos temas que requer planejamento e um dos desafios no
processo de ensino-aprendizagem. Atingir os objetivos de aprendizagem requer dos
professores a escolha de instrumentos que validem, não somente o processo de
ensino para a obtenção de certificado, mas que, ao fazê-la, o aluno possa sentir ter
alcançado sua meta.
O Portfólio constituiu-se na ferramenta utilizada para avaliações. O portfólio
individual foi destacado pela possibilidade de uso eficaz em todos os tipos de
aprendizagem. Ou seja, permite a reflexão para as resoluções dos problemas
propostos bem como possibilita a avaliação do conhecimento adquirido pelos alunos
durante o processo. Esta ferramenta também reúne condições para avaliar o
20
trabalho em equipe, a contextualização em ambiente comum, defesa de ideias e
produção e discernimento próprio.
O cronograma, apresentado no Quadro 1 - Cronograma das Atividades para
Implantação do Curso: Introdução à Arquitetura da Informação , adota o processo
de design instrucional mais amplamente aceito, cujas fases do projeto são: análise,
design, desenvolvimento, implementação e avaliação. Segundo Filatro (2009), esta
divisão é conhecida como o modelo Addie2, separando-as em duas fases: a
concepção (análise, design e desenvolvimento) e execução (implementação e
avaliação).
A PROCERGS não calcula os gastos diretos e indiretos de treinamentos
internos. A estimativa de custos deste projeto está apresentada no Quadro 2.
2 Abreviatura em inglês para analysis, design, development, implementation and evaluation.
21
Quadro 1 - Cronograma das Atividades para Implantação do Curso: Introdução à Arquitetura da Informação
Atividades SEMANAS
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
Fase 1 - Análise
Identificação das necessidades de aprendizagem e do público-alvo
Fase 2 – Design
Desenvolvimento do mapa de atividades
Desenvolvimento da matriz de design instrucional
Elaboração do
Fase 3 – Desenvolvimento
Produção do material didático
Adaptação dos recursos para o ambiente virtual
Fase 4 – Implementação
Publicação das unidades de aprendizagem
Oferecimento do curso
Fase 5 – Avaliação
Avaliação da efetividade do curso
22
Quadro 2 - Composição do custo total do Curso: Introdução à Arquitetura da
Informação
INSTITUIÇÃO: PROCERGS
CURSO: Introdução à Arquitetura da Informação
RESPONSÁVEL: Adreson V. V. Sá NÚMERO DE VAGAS: 15
CARGA HORÁRIA TOTAL: 45h DURAÇÃO TOTAL: 40 dias
ITEM QUANT 3. VALOR UNITÁRIO 4
VALOR FINAL
Des
ign
/ D
ese
nvo
lvim
ento
Designer Instrucional 40 63,00 2520 Professor Conteudista 30 63,00 1890 Web designer 20 63,00 1260 Ilustrador - - - Roteirista - - - Revisor - - - Produtor de Mídias - - -
Impl
emen
taçã
o Professor Conteudista 30 63,00 1890
Designer Instrucional 20 63,00 1260 Tutor 30 36 1080 Suporte TI 8 72,00*5 432 Revisor - - - Capacitação equipe - - - Transporte - - - Diárias - 79,266 -
Infr
aest
rutu
ra
de T
I
Servidor / Hospedagem 47 16,08 64,32 Computador - 66 - Software / Licença - - - Equipamentos de Comunicação 40 640 Impressora 27 432
Ges
tão
/ A
dmin
istr
ação
Administrador - - - Coordenador EaD - - - Coordenador Pedagógico - - - Secretária - - - Financeiro - - - Marketing - - -
Des
pesa
s de
F
un
cion
amen
to
Material de Escritório - Certificados - Telefone - Energia Elétrica - Água - Correio - Serviço de Limpeza - Aluguel de Salas 80 a 331 7328
CUSTO TOTAL: 12.496,88
3 Em horas 4 Todos valores em reais 5 * valor médio (varia de 63 a 81 reais). 6 Valor pago para funcionários em deslocamento capital/interior. 7 Em meses 8 Valor médio para o período de todo o processo.
23
1.3 RECURSOS DE DESIGN INSTRUCIONAL VIRTUAL DO CURSO
A crescente demanda pela educação a distância na modalidade online
trouxe uma nova necessidade a partir do cenário pedagógico existente para um
novo, formado pelas experiências das estratégias e métodos dos professores em
sala de aula com a contribuição/mediação de novas tecnologias de ensino.
Com a preocupação de propor mudanças no sistema educacional de
maneira criteriosa e planejada, surgiu o Design Instrucional.
De acordo com Reigeluth (1983 apud PIVA JÚNIOR, 2011) o design
instrucional é o ramo de conhecimento que se preocupa com o processo
instrucional, identificando meios e métodos para propor modificações no processo
de aprendizagem dos participantes. O design instrucional também pode ser descrito
como um conjunto de atividades para identificar um problema de aprendizagem e
desenhar, implementar e avaliar uma solução para esse problema.
“Design Instrucional, também conhecido como projeto de sistemas de instrução, é a análise das necessidades de aprendizagem e de desenvolvimento sistemático da instrução. Designers instrucionais costumam usar tecnologia instrucional como um método para o desenvolvimento de instrução. Modelos de design instrucional normalmente especifica um método, que se seguiu irá facilitar a transferência de conhecimentos, habilidades e atitudes para o destinatário ou adquirente da instrução.” (CHEN, 2011).
O designer instrucional se dedica a produzir conhecimento sobre os
princípios e os métodos de instrução mais adequados a diferentes tipos de
aprendizagem. Apóia-se em várias áreas do conhecimento: Ciências humanas,
Ciências da informação e da Ciência da administração.
As ideias da psicologia cognitiva e da aprendizagem ativa e os estágios de
desenvolvimento previsíveis e universais, defendido por Jean Piaget e outros
psicólogos europeus do desenvolvimento humano, foram estendidas à
aprendizagem de adultos e contribuíram diretamente para a formação de uma
perspectiva construtivista do design instrucional. Das ciências da informação, o
design instrucional obtém insights sobre a estrutura, a organização e o
processamento da informação.
24
A abordagem sistêmica separa projetos complexos em componentes
menores. No design instrucional, significa maior possibilidade de enriquecer a
experiência de aprendizagem dos alunos. A partir da abordagem sistêmica na
educação, problemas instrucionais complexos podem ser mais bem resolvidos pela
combinação das competências de uma equipe de especialistas, em vez de por um
indivíduo isolado. Coordenar uma equipe de especialistas requer um conjunto
completo de ferramentas de gestão de projetos que possibilitem manter o foco na
tarefa, cumprir prazos e assegurar a integridade, a qualidade e a consistência das
estratégias e dos materiais didáticos.
Filatro (2009, p.07) afirma que “reconhecer a integração dos vários campos
que fundamentam o design instrucional em um novo campo equivale a integrar uma
gama de perspectivas relacionada à aprendizagem e ao comportamento humano.”
Recentemente, o design instrucional passou a ser compreendido como um
método que contempla: planejar, preparar produzir e publicar atividades, conteúdos
e tarefas relacionadas à aprendizagem. O profissional de design instrucional é o
designer instrucional que é responsável por planejar, desenvolver e aplicar métodos,
técnicas e atividades de ensino com o propósito de facilitar o processo de aquisição
do conhecimento e das habilidades nos alunos, trabalhando em equipes
multidisciplinares (com professores, equipe de suporte e alunos). Sua formação
deve ser multidisciplinar, de tal forma que envolva comunicação, gestão, educação e
tecnologia.
As competências do designer instrucional abrangem as três áreas do
conhecimento que fundamentam o design instrucional: as ciências humanas, as da
informação e as da administração. Contribuem para estas competências, a
experiência prática e a formação multidisciplinar. Atualmente são oferecidos vários
cursos de especialização (pós-graduação latu senso) e diversos cursos livres em
todo o país.
Entre os inúmeros recursos que o designer instrucional utiliza no
planejamento, destacam-se o mapa de atividades, matriz de DI e storyboards (SBs).
O Mapa de Atividade é uma forma de organizar os conteúdos e a tarefas
que os alunos devem realizar para alcançar os objetivos de aprendizagem indicados
25
pelo professor. É um importante instrumento para a comunicação entre a equipe de
EaD na elaboração de um conteúdo, pois contém as informações necessárias para
que a equipe elabore as atividades do curso ou disciplina no ambiente virtual de
aprendizagem.
O mapa de atividades é elaborado em todas as etapas finais de
concepção de um treinamento EaD. Entender os objetivos e a função desse recurso
é necessário para se auxiliar os integrantes da equipe do Design Instrucional que
irão contribuir na produção do curso. Tendo um mapa de atividades bem elaborado,
a equipe conseguirá montar as atividades planejadas, seja no TelEduc ou em outro
ambiente virtual de aprendizagem.
Na elaboração de atividades no mapa, o designer instrucional sempre deve
observar que “a função de ensinar deriva da descrição das condições necessárias
para a ocorrência de aprendizagem” (GAGNÉ, 1975 apud Martins,1993). Portanto,
deve adequadamente planejar e elaborar atividades dinâmicas, e também
determinar os critérios e as respectivas formas de avaliação relacionadas a cada
uma delas, de acordo com seus objetivos.
Apresentar atividades criativas e bem planejadas pode, de acordo com
FRANCO (2010), “desenvolver uma nova linguagem e novas formas de interagir “
entre os participantes de um curso. Em um projeto de EaD, o designer instrucional
deve designar diversos tipos de atividades com vários objetivos de aprendizagem e
definir quais as ferramentas de comunicação e interação devem ser utilizadas.
HORN (1971 apud Martins, 1993) recomenda o mapeamento de
informações que consiste em categorizar as informações necessárias para a
aprendizagem em um determinado assunto e construir blocos de informações de
acordo com os objetivos propostos.
Mapear as informações necessárias para a aprendizagem, organizando-as
em categorias por assunto e definindo blocos de informações de acordo com os
objetivos educacionais propostos é indicado por HORN (1971 apud MARTINS,1993).
Além de destacar (ao professor) como é importante proporcionar ao aluno a
aquisição do domínio do conteúdo de maneira gradativa.
26
O mapa de atividades contendo o planejamento do curso “Introdução à
Arquitetura da Informação” encontra-se no Quadro 3.
A matriz de DI é um recurso onde é possível organizar os elementos
básicos (objetivos, atividades, conteúdos, ferramentas, ambientes e avaliação) do
processo educacional, proporcionando uma visão ampla das unidades de
aprendizagem. Através da matriz é possível detalhar os conteúdos e ferramentas
para a execução das tarefas necessárias para alcançar os objetivos estabelecidos.
O modelo de matriz utilizado neste trabalho contém os seguintes elementos:
identificação do ambiente virtual de aprendizagem; o nome do curso ou disciplina e
do designer instrucional; identificação da atividade, independente da aula ou
unidade; a descrição completa da atividade planejada, o que deve ser feito para
alcançar os objetivos; os objetivos de aprendizagem, os critérios utilizados para
avaliação; o tipo de interação; prazo; ferramentas, do AVA; os conteúdos de apoio, o
material para o aluno; a produção dos alunos, o que estes deverão apresentar e o
feedback, o retorno que será dado.
O storyboard é utilizado para descrever a estrutura e o fluxo da informação,
os conteúdos e a interface do produto final, e não precisa ser um trabalho de arte
(CHEN, 2011).O papel do storyboard é dar informação suficiente à equipe de
produção para que cada membro possa começar a desenvolver seu componente do
produto final.
O storyboard é uma ferramenta bastante utilizada em publicidade, em
animações e na produção de cinema como um projeto de uma sequência de cenas,
como um roteiro desenhado com as ações em quadros. No contexto do EaD, um
storyboard bem executado é a base para resolver dúvidas e tomada de decisões
sobre a ação educacional proposta. Esse recurso serve, principalmente, para o
detalhamento e especificação de uma mídia, documentação do designer
instrucional, especificação de conteúdo e para gestão e controle da equipe. O cliente
e/ou o especialista no assunto irá trabalhar em estreita colaboração com a equipe de
desenvolvimento na criação do storyboard.
27
Quadro 3 - Mapa de Atividades do curs o virtual “ Introdução à Arquitetura da Informação ”
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD
Aula 01
3 h
2 dias
Apresentação .
1. Apresentação do curso
2. Apresentação do AVA e suas ferramentas básicas de interação
- compreender os objetivos do curso
- verificar a ementa do curso
- examinar o AVA e as ferramentas a serem utilizadas no curso
- identificar-se e interagir com o ambiente virtual
Atividade 01: Apresentação sobre o curso e uso do AVA
Ferramenta : Agenda
Recurso : animação em flash
Atividade 02: Alterar senha de acesso ao AVA
Ferramenta : Configurar
Avaliativa : Não
Aula 02
4 h
3 dias.
Sobre Arquitetura da Informação (AI)
3. Definição de arquitetura de informação;
4. Atuação do profissional de AI;
- Aprender o que é AI de forma clara e sucinta
- Reconhecer a atuação do profissional de AI
Atividade 03: Apresentação sobre AI e conceitos iniciais Ferramenta : Leituras Recurso : arquivo PDF
Atividade 04: Leitura do texto “Elementos da experiência do usuário” Ferramenta : Leituras Recurso : arquivo PDF
Atividade 05: Vídeo sobre importância da AI Ferramenta : Atividades Recurso : (vídeo a ser produzido)
Atividade 06: Participar da discussão sobre definição e atuação do AI - (questão: Porque a Informação da Arquitetura é importante?)
Ferramenta : Fórum de discussão
Avaliativa : Sim
Duração : 3 dias
Aula 03
4 h
Contexto e Elementos
• Usuário – Conteúdo - Contexto
• Princípios de AI para
- Identificar os elementos de AI
- Separar termos para
Atividade 07: Leitura do Glossário
Ferramenta : Leituras
Atividade 08: Resolver jogo Palavra Cruzada (elementos) Ferramenta: Atividades
28
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD 4 dias sistemas interativos;
• Rotulação;
• Vocabulários controlados e taxonomia;
elaborar vocabulários específicos
Recurso : arquivo PDF no link:
https://docs.google.com/document/d/1uZOODhCkE1vF-wgR4_ScgKTmDih8o1r8LM6lrzZonJk/edit
Atividade 09: Leitura do texto “Etiquetas e post-its”
Ferramenta : Leituras
Recurso : arquivo PDF (a ser construído)
Avaliativa : Não Duração : 1 dias
Atividade 10: Trabalho em Grupo - Pesquisar exemplos de rótulos (nomenclaturas) em um site.
Ferramenta : Portfólio (grupo) Recurso: arquivo PPT ou de imagem Avaliativa : Sim Valor/Peso : 10 Duração : 3 dias
Aula 04
3 h
4 dias
Entendendo o conteúdo 9
• Requisitos de conteúdo
• Sistemas de Organização,
• Sistemas de Rotulação
• Sistemas de Navegação
• Sistemas de Busca
- conhecer sobre os requisitos de conteúdo
- explicar como identificar, classificar e agrupar informações de um site.
Atividade 10: Leitura do texto: “Elementos da experiência do usuário”
Ferramenta : Leituras
Recurso : arquivo PDF
Atividade 11: Vídeo sobre tipos de classificação
Atividade 12: Discutir os diversos sistemas de classificação. (questão: “Como você organiza seus livros?”)
Ferramenta : Fórum de discussão
Avaliativa : Não
Duraçã o: 3 dias
9 Neste contexto, “Conteúdo” refere-se ao de um site.
29
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD Ferramenta : Atividades
Recurso : Vídeo (a ser produzido)
Aula 05
3 h
3 dias
Entendendo o usuário
• Espaço e o problema, modelos conceituais, metáforas e modelo mental;
• Informação interativa, convergência e design;
• Cognição externa, mecanismos de diálogo e colaboração;
- apresentar conceitos de metáforas e modelos conceituais
Atividade 13: Vídeo de exemplo sobre metáforas e modelos conceituais
Ferramenta : Atividades
Recurso : Vídeo no link: http://bit.ly/QuasZd
Atividade 14: Discutir os conceitos e modelos apresentados. (questão: Usuários, o que procuram num site?)
Ferramenta : Fórum de discussão
Avaliativa : Não
Duração : 3 dias
Aula 06
5 h
3 dias
Design centrado no usuário
• Requisitos, identificando usuários, coleta de dados, interpretação, análise e descrição de roteiros.
• Métodos para análise hierárquica de tarefas e prototipação
- apresentar e identificar procedimentos de pesquisa com usuários - explorar possibilidades através da prototipação - destacar importância da prototipação no desenvolvimento da solução
Atividade 15: Leitura do texto sugerido sobre Pesquisa de Usuário (“Saiba quem você está convidando para a festa”).
Ferramenta : Atividades
Recurso : arquivo PDF
Atividade 17: Discutir sobre prototipação (questão: Porque e como prototipar?)
Ferramenta : Fórum de discussão
Avaliativa : Não
30
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD
• Abordagens centradas no usuário e design contextual
• Retorno do Investimento (ROI).
- demonstrar valor da AI através do ROI
Atividad e 16: apresentação sobre ROI
Ferramenta : Atividades
Recurso : arquivo PDF
Duração : 3 dias
Aula 07
6 h
4 dias
Projetar uma arquit etura de informação
• Introdução à Experiência do Usuário
• Estruturas de interfaces, interação, componentes, elemento, interface e categorias de áreas físicas e interativas.
• Flows, sitemap, vocabulário de AI, wireframes.
• Componentes, colaboração e comunicação e processamento de informações.
- resumir definição de experiência do usuário
- esboçar elementos de interface
- elaborar fluxos de navegação e esboços de wireframes
- discutir conceitos de estruturas e componentes
- praticar a elaboração de documentação de AI
Atividade 18: Leitura do texto “Definir Requisitos para um site”
Ferramenta : Leituras Recurso : arquivo PDF
Atividade 19: Leitura do texto: Elementos da experiência do usuário Ferramenta : Material de apoio Recurso : PDF, no link: http://jjg.net/elements/translations/elements_pt.pdf.
Atividade 20: apresentação de exemplos de wireframes Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF “Esboços e wireframes”
Atividade 21 apresentação de exemplos de documentação de sites Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF “Documentando com wireframes”
Atividade 22: Elaborar e apresentar esboços de wireframes (publicar 3 a 5 exemplos)
Ferramenta : Portfólio (individual)
Recurso: arquivos DOC Avaliativa : Sim
Valor/Peso : 10
Duração : 4 dias
31
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD
Aula 08
3 h
4 dias
Projetando a
navegação
• Navegação (web) • Tipos de navegação
- listar esquemas de navegação
Atividade 23: Leitura do texto: “Fundamentos da Navegação web” Ferramenta : Material de apoio Recurso : PDF no link: http://downloads.artmed.com.br/public/K/KALBACH_James/Design_Navegacao_Web/Liberado/Cap_01.pdf
Atividade 24: Leitura do texto: Elementos da experiência do usuário Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF
Atividade 25: apresentação de exemplos de esquemas de navegação Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF
Atividade 26: Trabalho em grupo - Elaborar e apresentar um esboço ou protótipo de navegação em web site (desktop ou mobile).
Ferramenta : Portfólio (grupo)
Recurso : arquivo DOC
Avaliativa : Sim
Valor/Peso : 10 Duração : 4 dias –
Atividade 27: Realizar jogo Campo Minado Ferramenta : Atividades Duração: 3 dias
Avaliativa : Não
Aula 09
4 h
3 dias
Arquitetura de intranets e portais corporativos
• Intranets, portais corporativos. • Metodologia de planejamento de portais
- apresentar conceitos de AI para intranets e portais corporativos - demonstrar uma abordagem diferente em relação aos sites comerciais
Atividade 28: Leitura do texto: ”Do blog ao portal: estruturas de um produto web ”
Ferramenta : Atividades
Recurso : arquivo PDF
Atividade 29: Leitura da apresentação: AI para sites corporativos - artigo “Arquitetura de informação e de participação em
Atividade 30: Participar da discussão “Como o Arquiteto da Informação pode contribuir em projetos de intranet?”.
Ferramenta : Fórum de discussão
Avaliativa : Sim
Duração : 3 dias
32
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD projetos de intranets e portais corporativos”
Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF
Aula 10
4 h
3 dias
Otimização em Ferramentas de Busca (SEO)
• Definição de SEO • Estratégias de SEO
- apresentar o que é e como funcionam as ferramentas de SEO - Discutir a utilização de SEO em sites corporativos
Atividade 31: Leitura “Exemplos de metadados de sites”
Ferramenta : Material de apoio
Recurso : arquivo PDF Atividade 32: Vídeo sobre SEO Ferramenta : Atividades
Recurso : Vídeo no link: http://twitcam.com/cf1w
.
Atividade 33: Elaborar esquema de metadados utilizando tabelas e/ou gráficos
Ferramenta : Portfólio
Recurso: editor de texto
Avaliativa : Sim
Valor/Peso : 10 Duração : 3 dias.
Aula 11
6 h
6 dias
Desig n e documentação
1. Entregáveis 2. Wireframes 3. conclusão
- apresentar definição de entregável em AI - proporcionar condições para elaborar documentos (relatórios com especificações e wireframes) - resumir o conceito de AI, atuação no mercado. - revisar definições sobre ferramentas e formas de entrega.
Atividade 34: Leitura do texto sugerido sobre Entregáveis “Explicando a entrega”
Ferramenta : Atividades
Recurso : arquivo PDF
Atividade 35: Leitura do resumo do texto Design e Documentação
Ferramenta : Atividades
Recurso : arquivo PDF
Atividade 37: Trabalho em grupo - Elaborar documento com relatório de AI com wireframes (p/ site/intranet fictício).
Ferramenta : Portfólio (grupo)
Recurso: Editor de texto/gráficos
Avaliativa : Sim
Valor/Peso : 10/4 Duração : 4 dias
33
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA): TELEDUC
Aula/ Semana (período)
Unidade (Tema principal)
Subunidades (Sub- temas) Objetivos específicos Atividades teóricas e
recursos/ferramentas de EaD
Atividades práticas e recursos/ferramentas de
EaD
Atividade 36: apresentação de exemplos de documentação de AI.
Ferramenta : Material de apoio
Recurso : arquivo PDF
Atividade 38 (final) : Responder questionário sobre o curso
Ferramenta : Atividades
Recurso : Formulário online
Avaliativa : Sim
Valor/Peso : 10 Duração : 3 dias
34
Quadro 4 - Matriz de Design Instrucional da atividade 22 (wireframes )
Ambiente virtual de
aprendizagem: TelEduc
Curso/disciplina: Introdução à Arquitetura da Informação
Designer Instrucional: Adreson V V Sa
Identificação
da Atividad e Detalhamento da Atividade
Atividade 22
Elaborar e
apresentar
esboços de
wireframes
Descrição / proposta da dinâmica: “ wireframes ”
Esta dinâmica é uma atividade onde os alunos devem:
1. Elaborar de 3 a 5 páginas de esboços de wireframe de um web site. Esta atividade pode ser feita à mão e inserida numa apresentação ou feita diretamente em algum programa com recursos gráficos. Nos esboços, devem constar as áreas principais e os elementos\conteúdo da página web, do ponto de vista do usuário. Cada slide ou página deve corresponder a uma tela do site.
2. Publicar os esboços de wireframes, em arquivos PPS ou PDF. A postagem será no portfólio individual e compartilhado com todos.
Objetivo(s):
• esboçar elementos de interface • elaborar fluxos de navegação e esboços de wireframes • praticar a elaboração de documentação de AI
Critérios / avaliação:
Apresentação na formatação correta. Publicação do arquivo no portfólio individual. Realização da tarefa dentro do prazo estabelecido.
Tipo de interação: Individual
Prazo: 4 dias Ferramenta(s): Portfólio Individual
Conteúdo(s) de apoio e complementar(es):
Atividade 20: apresentação de exemplos de wireframes Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF “Esboços e wireframes”
Atividade 21 apresentação de exemplos de documentação de sites Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo PDF “Documentando com wireframes”
Produção dos alunos / avaliação: postagem dos esboços
Feedback: o professor dever publicar nota na ferramenta avaliações em até 10 dias após o limite de entrega do trabalho, e comentário no portfólio, até 5 dias úteis.
35
Quadro 5 - Matriz de Design Instrucional da a tividade 37
Ambiente virtual de
aprendizagem: TelEduc
Curso/disciplina: Introdução à Arquitetura da Informação
Designer Instrucional: Adreson V V Sa
Identificação
da Atividade Detalhamento da Atividade
Atividade 37
Elaborar
documento
com relatório
de AI com
wirefr ames.
Descrição / proposta da dinâmica:
A dinâmica é uma atividade onde o aluno deve: 1 – O professor deverá formar grupo de três componentes. 2. Redigir um relatório com os entregáveis de um site, Devem constar pelo menos dois dos seguintes itens: modelo conceitual (resumo do funcionamento do produto, um texto curto ou fluxograma); mapa do site (organograma); wireframe (esqueleto do site); mood boards (referências visuais para o site). 3. Publicar o relatório em arquivos DOC ou PDF. A postagem será no portfólio individual e compartilhado com todos.
. Os alunos devem ser orientados, através da ferramenta Atividades, a colocar seu trabalho escrito de forma objetiva e concisa. O professor deverá fornecer informações para contribuir na produção deste trabalho.
Objetivo(s):
• Estimular geração de soluções • Organização e síntese de ideias • Expor opinião individual • Discutir a busca de soluções para problemas complexos
Critérios / avaliação:
Cumprimento do prazo estabelecido para realizar a tarefa Participação efetiva na discussão proposta Clareza e consistência do texto
Tipo de interação: indiv idual Prazo: 4 dias Ferramenta(s):
Portfólio Individual
Conteúdo(s) de apoio e complementar(es):
Atividade 34: Leitura do texto sugerido sobre Entregáveis “Explicando a entrega” Ferramenta : atividade Recurso : arquivo PDF
Atividade 35: Leitura do resumo do texto Design e Documentação Ferramenta : atividade Recurso : arquivo PDF
Atividade 36: apresentação de exemplos de documentação de AI. Ferramenta : Material de apoio Recurso : arquivo/slides PDF
Produção dos alunos / avaliação: Postagem do relatório.
Feedback: A divulgação de nota na ferramenta avaliações em até 5 dias após o limite de entrega do trabalho.
36
Figura 1 - Storyboard 01, apresentação do conteúdo da aula 07 na agenda.
37
Figura 2 - Storyboard 02, apresentação do conteúdo da aula 07 na agenda
38
Figura 3 - Apresentação do conteúdo da aula 0 9 na agenda
39
2 ANÁLISE DO DESIGN INSTRUCIONAL DO CURSO
2.1 PLANEJAMENTO
Ao verificar como o processo de aprendizado online se apoia nas teorias
pedagógicas, constata-se a existência de muitas teorias educacionais. As principais
teorias ou correntes filosóficas são: comportamentalista (behaviorismo), a
cognitivista (ou construtivismo) e a humanista.
Levando-se em conta as características e os objetivos do curso, pode-se
afirmar que a teoria pedagógica utilizada para o planejamento das diferentes
atividades foi a cognitivis ta. Esta teoria é voltada ao processo de aquisição do
conhecimento. O cognitivismo concentra-se nas variáveis intervenientes entre
estímulos e respostas, na percepção, resolução de problemas, tomada de decisões
e compreensão, em uma abordagem onde o professor seleciona, organiza e aplica
um conjunto de meios para garantir a aprendizagem. O destaque metodológico se
dá através de instruções, módulos instrucionais e recursos multimeios.
O construtivismo surge como uma perspectiva útil para algumas situações
de aprendizagem de adultos. Por esta teoria, todo o conhecimento é o contexto
interligado, e os indivíduos atribuem um significado pessoal das suas experiências
de aprendizado (KNOWLES; HOLTON; SWANSON, 2011). O construtivismo
também se baseia no princípio de que o desenvolvimento da inteligência é
condicionado pelas ações recíprocas entre o indivíduo e o meio (FRANCO; BRAGA;
RODRIGUES, 2010). Deste modo, o curso foi estruturado de modo a encorajar a
experimentação e a descoberta de princípios, adaptação de conceitos e habilidades.
Nesta abordagem, onde o conhecimento é uma construção e não um
produto pronto, os educandos são sempre interrogados e precisam encontrar saídas
para as dificuldades propostas (FRANCO; BRAGA; RODRIGUES, 2010 p.130).
Knowles (2011) explica a hipótese de Piaget, em que as crianças passam
por quatro estágios de pensamento: sensório-motor, pré-operacional, operações
operacional concreto e operacional formal. Quando o desenvolvimento mental atinge
40
a fase operacional formal (em que a pessoa atinge a capacidade de raciocinar
hipoteticamente e abstratamente) considera-se o início do pensamento adulto
maduro. A teoria de Piaget, segundo Moreira (2011), é sobre desenvolvimento
mental e não uma teoria de aprendizagem. O conceito usual de aprendizagem é de
que a experiência modifica o comportamento, enquanto Piaget defende que a mente
se reorganiza para adaptar-se ao ambiente. Só ocorre aprendizagem quando há
uma reestruturação da estrutura cognitiva do indivíduo, que deriva em novos
esquemas de assimilação (construções cognitivas). A mente tende a trabalhar em
equilíbrio, ampliando o grau de organização interna e de adaptação ao meio.
Quando há experiências inéditas, a mente se reacomoda para atingir novo equilíbrio,
construindo novos esquemas de assimilação.
Por esta abordagem teórica, ensinar significa provocar o desequilíbrio no
organismo (mente) do indivíduo (criança) para que este, buscando o reequilíbrio (da
estrutura mental), se reestruture e aprenda. O ensino deve ativar/estimular a
capacidade de reestruturar-se mentalmente para adaptar-se a uma nova situação.
O que determina a escolha de mídias em projetos em EaD são os aspectos
relativos à qualidade do processo pedagógico que será implementado, o custo e o
acesso tecnológico de todos os participantes do processo. Os recursos escolhidos
para o planejamento deste curso pertencem aos tipos mais utilizados em ambientes
online: textos (em formato PDF, que podem ser impressos ou exibidos em tela com a
mesma aparência e incluir imagens), e vídeos (com conteúdos relativos ao tema do
curso).
Para as atividades práticas prevê-se apenas a apresentação de gráficos
(imagens) e construção de textos (de forma individual).
O uso das ferramentas do TelEduc, como o correio, e fóruns de discussão,
permitem o diálogo entre alunos e formadores e foi explorado em 38 atividades para
troca de ideias, interação e resolução de problemas propostos.
Nas teóricas, apenas textos e vídeos; e nas práticas foram previstos apenas
a utilização do fórum e do portfólio. O fórum de discussões é o espaço para
esclarecer dúvidas sobre os tópicos apresentados e para discutir ideias entre os
participantes do treinamento. A ferramenta portfólio é para apresentar tarefas
41
realizadas individual ou coletivamente. Podem ser tarefas que foram trabalhadas
dentro (um texto, por exemplo) ou fora do ambiente virtual de aprendizagem, como
esboços (desenhos feitos à mão) e gráficos.
Há outras atividades possíveis, que para serem aplicadas devem ser
avaliadas quanto à adequação e à necessidade ao treinamento projetado.
O planejamento de cursos virtuais é uma das funções do designer
instrucional. Trata-se do profissional responsável por planejar as atividades, com
base em informações trabalhadas com o professor ou redator responsável pelo
conteúdo que os alunos devem executar. Visando alcançar com eficácia os objetivos
de aprendizagem, é importante pensar em tarefas que atendam aos diversos tipos
de aprendizes e estilos de aprendizagem.
Est ilos de aprendizagem
Cada indivíduo adquire melhor as informações de maneiras diversas.
Richard M. Felder descreve que para alguns pode ser através dos sentidos como ver
e ouvir; ou pela reflexão e ação, da lógica ou intuição; e de forma constante ou aos
trancos e barrancos. Esta preferência peculiar e predominante, na maneira como as
pessoas assimilam as informações, foram denominadas como Estilos de
aprendizagem.
Os métodos de ensino também variam. Alguns instrutores palestram, outros
demonstram ou levam os alunos à autodescoberta. Alguns se dedicam às teorias e
outros em aplicações práticas.
No artigo “Learning styles and strategies” redigido com Barbara Soloman,
em 1994, Richard Felder descreve e classifica os estilos de aprendizes de acordo
com suas características, resumidos aqui:
1. Aprendizes ativos e reflexivos — Os ativos tendem a reter e
compreender informações mais eficientemente discutindo, aplicando conceitos e/ou
explicando para outras pessoas. Gostam de trabalhar em grupos. Os reflexivos
necessitam sozinhos por um tempo para pensarem sobre as informações recebidas.
Preferem os trabalhos individuais.
42
2. Aprendizes sensoriais e intuitivos — Os sensoriais tendem a gostar de
aprender fatos. São mais práticos e cuidadosos do que os intuitivos. Lidam melhor
com trabalhos práticos e detalhistas (como os de laboratório). Sensoriais preferem
cursos que tenham ligação com o mundo real. Os intuitivos preferem descobrir
possibilidades e relacionamentos. Sentem-se mais confortáveis em lidar com novos
conceitos, abstrações e fórmulas matemáticas. Os intuitivos trabalham rápido,
gostam de inovações e rejeitam repetição (como memorização e cálculos).
3. Aprendizes visuais e verbais — Os visuais lembram-se mais a partir do
que observam: figuras, diagramas, fluxogramas, filmes e demonstrações. Os verbais
tiram maior proveito das palavras. Então, explicações orais ou anotadas lhes
essenciais. Todo mundo aprende mais quando a informação é exposta, tanto
visualmente quanto verbalmente.
4. Aprendizes sequenciais e globais — Os sequenciais tendem a
aprender em etapas lineares, compreendem melhor os conteúdos apresentados de
forma sequencial. Os globais absorvem aleatoriamente os conteúdos, em saltos sem
conexão aparente, para então conseguir vislumbrar a informação. São aptos a
resolver problemas complexos rapidamente, entretanto tem dificuldade em explicar
como o fazem.
Tanto em FRANCO (2010) como em CAVELLUCCI (2003) são encontrados
cinco estilos ou dimensões de aprendizagem, contudo em um prefácio adicionado
por Richard Felder em 2002 em seu próprio artigo, escrito em 1998, explica a
exclusão da dimensão indutiva/dedutiva. O autor esclarece que faltam dados
concisos para determinar ambos os aspectos. Enquanto a indução está relacionada
a abordagens diferentes como a aprendizagem baseada em problemas, a dedução é
o método tradicional de ensino.
Para o presente curso, tantos os estilos ativos/reflexivos e visuais/verbais
foram contemplados, principalmente nas atividades práticas onde foram propostas: a
ferramenta Fórum de discussão (atividades 06, 12, 14, 17 e 30); a ferramenta
Portfólio Individual (elaboração de esquemas e esboços nas atividades 10, 22, 26 e
33). Para os sensoriais/intuitivos, os fóruns e as atividades teóricas como as leituras
e as apresentações poderão ser os momentos em que poderão tanto relacionar os
temas com assuntos da vida real como encontrar novas ideias.
43
A avaliação deste treinamento será orientadora, indicando os avanços e
dificuldades, tanto para o aluno quanto para o docente, levando-os a avançar dentro
do processo ensino-aprendizagem segundo Haidat (2001 apud FRANCO,2010). As
avaliações servem para oferecer resposta ou uma orientação ao aluno e formador.
Filatro (2008) esclarece, neste sentido, que estas podem ser apropriadas para
“consolidar aprendizagens e desenvolver habilidades metacognitivas”.
Através das interações e das avaliações que procuram verificar a ocorrência
de dificuldades pelo aluno no processo (formativa), busca-se estimular o interesse
pelo assunto proposto. A avaliação formativa envolve um processo de observação e
ajuste contínuo que deve ocorrer ao longo da atividade, permitindo uma análise
qualitativa das participações dos alunos e para a regulação das aprendizagens.
As atividades construídas para serem usadas como fonte de avaliação
formativa e disponíveis no TelEduc são: fóruns de discussão, bate-papo, exercícios
e portfólio (resolução de problemas). Dentre estes recursos, está planejada a
utilização do fórum e do portfólio, pois permitem o acompanhamento da participação
dos alunos nas atividades avaliativas, auxiliando o formador no processo de
avaliação formativa. No ambiente TelEduc, o portfólio é "uma ferramenta que serve
como possibilidade de indicar a trajetória de aprendizagem e novas formas de
avaliar o desenvolvimento do conhecimento" Franco; Braga; Rodrigues (2011).
2.2 RECURSOS DE DESIGN
Atividades de aprendizagem
Em um curso, para auxiliar os aprendizes a construir significados a partir do
conteúdo, empregam-se tarefas e exercícios. Estas são as atividades de
aprendizagem e compõem a parte mais criativa da produção de um curso.
As atividades de aprendizagem representam um tipo basicamente novo de
aprendizagem na escola, estando frente a uma tradição milenar de aprendizagem
escolar.
O design instrucional de atividade de aprendizagem teria o papel de
transformação de paradigmas educacionais. Mesmo a pedagogias instrucionistas,
44
ao privilegiar a transferência de informações, primeiro expõem-se os conteúdos e,
posteriormente, são propostos exercícios como preparação para a verificação que
termina o processo. Estas atividades buscam apenas para a compreensão, fixação e
memorização das informações expostas.
O desafio para o design instrucional é sintonizar discurso e prática, criando
atividades que estejam em sintonia com a proposta pedagógica que o orienta. A
atuação do designer deve colaborar para que a instrução seja eficaz mesmo que o
projeto seja baseado apenas na transmissão de conteúdos.
Na fase de planejamento, o foco deve estar na idealização de atividades do
curso utilizando um recurso importante para comunicação entre a equipe de EaD: o
mapa de atividades .
O mapa de atividades neste projeto de design instrucional teve um papel
fundamental no redesenho da proposta durante o planejamento. A descrição
detalhada de cada atividade teórica ou prática, que deve estar relacionada aos
objetivos do curso, requer atenção e organização meticulosa.
O Curso proposto neste trabalho tem previsão de 45 horas, distribuindo as
atividades teóricas e práticas de acordo com a complexidade, as quais apresentam,
em sua maioria, cerca de três ou quatro horas. Procurou-se diversificar as mídias
utilizadas nas atividades teóricas ao longo do treinamento, de forma a atender
diferentes estilos de aprendizagem, conforme importância já discutida anteriormente.
Na aula 01, apresenta-se o curso e o ambiente virtual de aprendizagem. A
aula 02 traz a definição do tema principal e seu âmbito profissional, além de
apresentar os conceitos, propor a primeira interação do aluno com outros
participantes; a terceira aula apresenta os elementos mais utilizados em Arquitetura
da Informação. Além das leituras, propõe (ao aluno) um jogo a resolver e
apresentação de exemplos; na aula 04 o tema “experiência do usuário” é introduzido
e outra discussão temática e objetiva é proposta para os participantes. A quinta aula
apresenta um vídeo sobre um assunto teórico (substituindo um texto escrito), e um
outro fórum é proposto para debater sobre a parte teórica da aula. A aula 06 procura
relacionar três tópicos (pesquisa, prototipação e ROI) usando a leitura e
apresentação combinadas a um debate temático. Trazendo mais informações e
45
tópicos, a sétima aula aprofunda-se no tema principal e em uma de suas
ferramentas mais utilizadas (o wireframe); assim como a anterior, a aula oito propõe
aos alunos uma atividade prática que exige a produção de material elaborado fora
do AVA, além das leituras necessárias. A aula 09 apresenta outro contexto de AI,
usando as leituras e a troca de ideias em fórum. Já na décima e penúltima unidade
do curso, são indicados leitura e vídeos para alicerçar a execução da atividade
prática. A aula 11 é a mais extensa e encerra o curso trazendo tópicos importantes
para entender a prática da Arquitetura da Informação. Há a última atividade prática
onde os participantes deverão produzir e publicar materiais, além de um questionário
com o objetivo de avaliar o aprendizado e o próprio curso.
A matriz de design instrucional tem o intuito de compor uma visão ampla
de cada unidade de aprendizagem, e neste projeto foi elaborada para duas
atividades, uma para a aula 07: Uma dinâmica onde os alunos devem: realizar
atividade manual e digitalizada posteriormente e apresentada através das
ferramentas do AVA. O mais importante estará nas imagens10 contidas na
apresentação de cada aprendiz/participante. Outra atividade foi preparada para a
aula 09: uma discussão orientada a um tema específico entre alunos. A primeira
matriz tem os detalhes de uma atividade prática que requer aplicação de
conhecimentos adquiridos em outras unidades. Organizada de maneira semelhante
à anterior, a atividade da segunda matriz apresentada neste trabalho combina a
criatividade dos alunos com conceitos abordados ao longo do treinamento. Por isso
são necessárias dinâmicas de maior complexidade em sua execução. O storyboard
utilizado neste processo teve como premissa orientar a produção de um layout dos
materiais (agenda) que pudesse reduzir a carga cognitiva extrínseca (maneira como
é apresentada a informação) como explica Filatro (2008). Ou seja, apresentar textos
concisos e eliminar elementos visuais e sonoros que forem impertinentes e
desnecessários. As unidades selecionadas apresentam quantidade maior de
atividades. Por conseguinte, mais materiais para elaboração pela equipe. As figuras
1 e 2 demonstram como deve ser a navegação e a disposição na tela de elementos
como os links e os conteúdos das atividades. Os storyboards indicam como deve ser
a utilização dos ícones e o alinhamento de textos.
10 devem constar as áreas principais e os elementos\conteúdo da página web, do ponto de vista do usuário
46
2.3 DIFERENCIAIS E RISCOS
O projeto instrucional proposto para esta especialização é para um curso
introdutório à Arquitetura da Informação. Uma área recente que trata da organização
e classificação de informações. Relaciona-se bastante com o Design de Interação e
com o Design de Experiência do Usuário.
Considerando que esta é a primeira experiência com o processo
ensino/aprendizagem, há itens que devem ser aprimorados. Entre eles estão: a falta
de brevidade e clareza nos temas/subunidades (sendo introdutório tem que ser
compreensivo, porém sem pormenores); há ainda lacunas em relação às
metodologias e sobre a avaliação que será utilizada. A falta de interatividade pode
comprometer o êxito, pois o conteúdo do curso envolve muita teoria. As atividades
práticas podem não ser suficientemente motivadoras e o conteúdo ficar aquém das
expectativas dos alunos. Será necessário acompanhar cada atividade para propor
melhorias a partir do retorno dos próprios participantes.
Há que se verificar a viabilidade econômica do curso, considerando que o
público-alvo é restrito apenas aos colaboradores da empresa. Para que seja
oferecido para outras instituições ou fosse aberto ao público geral, o ambiente de
EaD exige uma adequação que poderia onerar demasiadamente os custos totais. O
próprio trabalho de preparar e implantar o sistema de gerenciamento de
aprendizagem tem custo considerável (ainda que sejam utilizados os gratuitos como
Moodle e TelEduc), pois envolve muitas horas de trabalho de técnicos e analistas de
sistemas.
A equipe envolvida possui forte conhecimento técnico na área de
processamento de dados, porém é ainda inexperiente em projetos de EaD. Além do
pouco entrosamento entre os setores envolvidos, há a dificuldade de alocar recursos
humanos disponíveis para projetos mais extensos. A obsolescência pode afetar um
projeto EaD em três aspectos: o AVA (como sistema), o curso (desinteresse geral
pelo tema) e da equipe (pessoas sem formação adequada). Em todos os casos é a
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gestão da instituição e do projeto que irá determinar a resposta para estas ameaças
de dificultar a implantação ou funcionalidade do respectivo curso.
Busca-se, considerando os pontos fortes e fracos, aperfeiçoar o aspecto, a
estruturação e o caráter do projeto EaD da melhor maneira possível.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho aqui apresentado reúne o detalhamento do design Instrucional
do curso virtual “Introdução à Arquitetura da Informação” proposto como treinamento
corporativo. As disciplinas estudadas ao longo do curso Especialização em Design
Instrucional para EaD Virtual, oferecido pela Universidade Federal de
Itajubá,proporcionaram as condições adequadas para a realização deste projeto.
Foram elucidadas as competências e habilidades do designer instrucional,
e suas funções em todas as etapas do projeto, desde a preparação até a
implantação. No decorrer deste trabalho foram detalhados os recursos e ferramentas
utilizadas e suas relações com os objetivos de aprendizagem. O Construtivismo foi
considerado a enfoque teórico mais adequado às características de um projeto de
educação à distância.
A descrição das atividades de modo esmiuçado facilitou a compreensão
do design instrucional como método aplicado para alcançar os objetivos almejados.
Independente da formação e da atuação profissional é cada vez mais importante aos
adultos a educação continuada como forma de adaptar-se às novas demandas do
mercado de trabalho. A elaboração deste trabalho é a evidência da EaD como meio
de alcançar e treinar mais pessoas de maneira eficaz.
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