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ÍNDICE DEDICATÓRIA…………………………………………………………………………. І AGRADECIMENTOS……………………………………………………………………II RESUMO……………………………………………………………………………… III ABSTRAT………………………………………………………………………………IV INTRODUÇÃO......................................................5 Formulação do problema........................................6 Hipóteses do trabalho.........................................6 Justificativa.................................................7 Objectivos do trabalho........................................7 Objectivo Geral...............................................7 Objectivo Específico..........................................8 Delimitação do estudo.........................................8 Limitação do trabalho.........................................8 Metodologia da pesquisa.......................................8 Quanto aos objetivos.........................................9 Quanto aos procedimentos técnicos............................9 Estrutura do trabalho.........................................9 1

Monografia2 FInal

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ÍNDICE

DEDICATÓRIA…………………………………………………………………………. І

AGRADECIMENTOS……………………………………………………………………II

RESUMO……………………………………………………………………………… III

ABSTRAT………………………………………………………………………………IV

INTRODUÇÃO................................................................................................................................5

Formulação do problema..............................................................................................................6

Hipóteses do trabalho....................................................................................................................6

Justificativa...................................................................................................................................7

Objectivos do trabalho..................................................................................................................7

Objectivo Geral.............................................................................................................................7

Objectivo Específico.....................................................................................................................8

Delimitação do estudo...................................................................................................................8

Limitação do trabalho...................................................................................................................8

Metodologia da pesquisa...............................................................................................................8

Quanto aos objetivos.................................................................................................................9

Quanto aos procedimentos técnicos..........................................................................................9

Estrutura do trabalho.....................................................................................................................9

Importância do estudo.................................................................................................................10

CAPITULO I MARCO TEÓRICO CONCEPTUAL.....................................................................12

1

1.Definiçao de termos.................................................................................................................12

Estratégia.................................................................................................................................12

Desenvolvimento....................................................................................................................13

Definição de conceitos................................................................................................................13

1.1.1 Organização...................................................................................................................13

1.1.2 Estratégia........................................................................................................................14

1.1.3 Desenvolvimento...........................................................................................................14

Recrutamento..............................................................................................................................14

1.3 A Selecção............................................................................................................................15

1.3.2 Entrevista de selecção....................................................................................................16

1.3.3 Objectivos da entrevista.................................................................................................16

1.3.6 Aspectos a Abordar numa Entrevista.............................................................................16

Perguntas Mais Frequentes Ao Fazer Uma Entrevista...........................................................17

1.3.7 O Papel do Entrevistador...............................................................................................18

1.4.3 Técnicas de simulação.......................................................................................................20

1.8.1 Definição de cargos com rigor...........................................................................................20

1.8.2 A descoberta dos melhores profissionais.......................................................................20

CAPITULO. II O RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COMO FACTOR ESTRATÉGICO PARA

O DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL.......................................................................22

2.1 Recrutamento e selecção como factor estratégico para o desenvolvimento das

organizacional.............................................................................................................................22

2.2 O recurso humano como factor estratégico no desenvolvimento das organizações.............24

2.3 A questão do recrutamento e selecção no contexto da gestão de pessoas............................28

2

2.3.1 O Recrutamento Interno.................................................................................................29

2.3.2 Recrutamento externo....................................................................................................32

2.3.2.1 Recrutamento directo..................................................................................................33

2.3.2.2 Recrutamento indirecto...............................................................................................34

2.3.3 Recrutamento misto.......................................................................................................35

2.3.4 Técnicas de selecção......................................................................................................36

2.3.5 Selecção Como um Processo de Comparação...............................................................38

2.3.6 Selecção como um processo de decisão.........................................................................38

2.3.7 Tipos de entrevista.........................................................................................................39

2.3.8 Fases da Entrevista.........................................................................................................41

2.3.8.1 Vantagens e Inconvenientes da Entrevista..................................................................42

2.3.9 Provas ou Testes de Conhecimentos ou Capacidade.....................................................42

2.4 A Desvalorização da área de recrutamento e selecção.........................................................44

2.5 Responsáveis pelo recrutamento e selecção.........................................................................45

2.6 As Principais etapas para se estruturar um recrutamento e selecção eficaz.........................45

2.6.1 A criação de formulários de candidaturas adequados........................................................45

2.6.2 Ler as entrelinhas dos currículos........................................................................................46

2.6.3 Seleccionar os candidatos por testes psicotécnicos...........................................................48

2.6.4 Fazer uma entrevista inteligente........................................................................................48

2.6.5 Confirmar as informações..................................................................................................48

2.7 Implicação para os administradores......................................................................................49

CAPÍTULO III ENQUADRAMENTO PRÁTICO UCALL.........................................................51

3

3.1 Caracterização do campo......................................................................................................51

3.2 Visão, missão e valores.........................................................................................................52

3.3 Politica de admissão na UCALL...........................................................................................53

3.4 Competências para a admissão UCALL...............................................................................53

3.5 Recrutamento Selecção na UCALL......................................................................................54

3.5.1 Recrutamento interno na UCCAL.................................................................................54

3.5.2 O recrutamento externo na UCALL..............................................................................55

3.6 Apresentação de dados e resultados obtidos.........................................................................55

3.7 Técnicas utilizadas para a colecta de dados..........................................................................60

CONCLUSÃO................................................................................................................................61

RECOMENDAÇÕES.....................................................................................................................62

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................63

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

4

INTRODUÇÃO

As transformações na área de recrutamento e selecção de pessoal na sociedade

contemporânea vem sofrendo alterações desde as ultimas décadas do século XX até os

dias de hoje, relacionam-se, dentre outros factores, ao desenvolvimento científico e

tecnológico e às mudanças na economia em nível mundial. É sabido que O Sector de

Recursos Humanos surgiu no século XIX, com a intenção de facilitar o controle dos

funcionários. Os chamados Chefes eram temidos, por sua falta de tacto com as pessoas,

não tinham flexibilidade alguma e eram extremamente rígidos.

Numa visão global recrutamento e selecção de pessoas embora constituam um

processo contínuo são termos diferentes com fronteiras entre si. Sendo que um constitui a

primeira fase e outro a segunda fase, sendo assim temos os seguintes conceitos:

Segundo LAWER III, J.RICHARD 1975 e EDWARDS, Recrutamento é o conjunto de

técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes

de ocupar cargos dentro da organização. O recrutamento é feito a partir das necessidades

presentes e futuras de Recursos Humanos da organização.

Segundo CARELLI, ANTONIO 1972,Selecção é a escolha dos candidatos

recrutados que melhor se ajustam no cargo em aberto. O objectivo básico da selecção de

pessoal é escolher e classificar os candidatos adequados às necessidades da organização.

Reconhece-se o recrutamento e selecção como ferramenta importante e integrada na

estratégia de negócios da empresa. Se a empresa necessita passar por mudanças e

renovação, deverá buscar e atrair pessoas com tal potencial. Se, pelo contrário, tratar-se

de uma empresa conservadora e enrijecida, o perfil do profissional de que necessitará será

outro.

Passamos por um momento histórico em que a competição é um factor presente nas

organizações, e isso se reflecte na concorrência por profissionais que agreguem condições

5

determinantes no diferencial de qualidade das empresas. Recrutamento e selecção são

processos que fazem parte da rotina de preenchimento de vagas em aberto, da rotina de

admissão de pessoal. Pode-se utilizar grande quantidade de instrumentos comprovados

cientificamente, que proporcionam melhor qualidade e maior precisão a esses processos.

O Recrutamento e Selecção abrangem a empresa como um todo, indo desde a

contratação até a demissão de um funcionário. É responsável pelo processo selectivo,

buscando o melhor capita l intelectual e o mais adequado para a vaga disponível, já que

actualmente as pessoas de uma corporação são os maiores responsáveis pela capitação de

recursos organizacionais. Um profissional que aplica esse processo deve conhecer as

necessidades e ser experiente para que possa obter eficácia.

O trabalho abordará factores esclarecedores sobre a visualização da importância do

sector de recrutamento e selecção, tratando dos benefícios e malefícios apresentados pelo

mesmo, e mencionando o factor pessoa, no caso, o funcionário que aplicará a Selecção,

pois seja ela entrevista ou não o responsável precisa estar bem preparado.

Formulação do problema

Que papel ocupa o recrutamento e selecção no desenvolvimento organizacional?

Hipóteses do trabalho

O processo de recrutamento e selecção, é hoje considerado pelos empresários e

executivos das organizações, como uma ferramenta de gestão estratégica e vital, sendo

assim para o referido trabalho aponta-se as seguintes hipóteses:

H1. Apresentar as estratégias mais eficazes que o departamento de recursos

humanos deve adoptar para atrair candidatos nas organizações, bem como as técnicas de

selecção adoptada no actual universo das organizações.

H2. Fornecer algumas tendências sobre a gestão de recursos humanos que junto

ao alinhamento das estratégias organizacionais auxiliam a empresa a alcançar a

excelência em seus processos e deste modo o ambiente organizacional, caracterizado

pelas constantes mudanças.

6

H3. Criar variáveis que concorrem p ara o sucesso das organizações, velando o

desempenho dos seus recursos humanos que constituem um dos contributos mais

significativos para o resultado global da organização.

Justificativa

A escolha do tema deu-se pela necessidade de se ter um processo de

Recrutamento e Selecção correcto, profissionais capacitados e métodos eficientes para

determinar o colaborador adequado à vaga disponível em diferentes organizações.

Em empresas de pequeno e médio porte, o processo de recrutamento e selecção é

feito de forma irregular sendo na maioria das vezes realizado por gerentes de

departamentos ou colaboradores mais antigos da empresa, o que leva a erros, gastos

desnecessários com admissão e demissão, perda de tempo e potencial.

 Para profissionais na área de Administração (gestores,recrutadores,

seleccionadores, assistentes, encarregados envolvidos com ARH) e profissionais da área

de saúde (como psicólogos que desenvolvem suas carreiras e estudos na área

organizacional) é interessante demonstrar como esse processo de Recrutamento e

Selecção, pode ser rápido, simples e eficaz na contratação de um colaborador,

independente dos métodos e técnicas utilizados e demonstrados neste projecto.

Objectivos do trabalho

Como todo trabalho de investigação é feito com uma finalidade, para o presente

trabalho temos os seguintes objectivos:

Objectivo Geral

Fazer uma abordagem sobre o recrutamento e selecção na Ucall, sendo este o

factor estratégico para o desenvolvimento das organizações.

7

Objectivo Específico

Relacionar modelos de captação, processos, métodos e testes aplicados

actualmente nos processos de recrutamento e selecção nas organizações.

Descrever os métodos e testes aplicados durante um processo de recrutamento e

selecção, compará-los de acordo a afirmação dos autores.

Fornecer informações relacionadas com as vantagens e desvantagens dos

diferentes tipos de recrutamento.

Delimitação do estudo

Para elaboração do devido trabalho foi necessário o estudo do mercado de

trabalho, procurou-se desde mais cedo encontrar uma empresa que nos fornecesse um

padrão de informação que estivesse relaciona6do ao tema sendo assim, o estudo

Delimita-se na UCALL pelo seu rigor na forma de recrutamento e selecção, desde o

primeiro semestre de 2015 ao segundo semestre de 2015.

Limitação do trabalho

Para uma visão geral do caso prático houve a necessidade de ouvir as opiniões dos

trabalhadores quanto a satisfação, facto que não foi possível devido a indisponibilidade

ou medo de represarias dos mesmos.

Metodologia da pesquisa

Para a realização desta pesquisa, foi realizado um estudo de cunho qualitativo, pois

se considerou que os pressupostos desta abordagem, segundo Chizzotti (2004), são

coerentes com o objecto de estudo, pois a abordagem qualitativa parte do fundamento de

que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, uma interdependência viva

entre o sujeito e o objecto, onde o conhecimento não se reduz a um rol de dados

isolados, conectados por uma teoria explicativa o sujeito observador é parte integrante

do processo de conhecimento e interpreta os fenómenos, atribuindo-lhes um significado.

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Quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos traçados na pesquisa consideramos explicativa, sendo que

através desta fez-se menção principalmente aos factores que contribuem para que uma

determinada organizacão tenha sucesso no procedimento correcto de recrutamento e

seleccao. Apresentou-se a realidade dos grandes fenomenos existente em algumas

organizaçõoes.1\

Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos considerou-se como método descritivo, por

ter como premissa buscar resoluções de praticas relaccionadas com as organizacoes na

sua generalidade, independentemente dos objectivos e fins que cada uma delas

apresentam no seu status.Tendo sido elaborado um questionario dirigido aos que

trabalham no departamento administrativo da empresa ucall,para buscar informaçoes

necessarias e avaliar o metodo utilizado no recrutamento e seleçao de pessoas e se o

processo realmente feito pelo sector de recursos humanos da empresa.

Estrutura do trabalho

O presente trabalho encontra-se dividido em três capítulos. Sendo que:

No primeiro capítulo faz-se uma abordagem conceitual e histórica sobre o

recrutamento e selecção nas organizações, apresenta-se neste capítulos, os principais

factores associados a recrutamento e selecção, como estão divididos, bem como as suas

respectivas vantagens dentro das organizações.

No segundo capítulo faz-se uma abordagem geral sobre, o recrutamento e selecção

como factor estratégico para o desenvolvimento organizacional.

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No terceiro capítulo é o caso prático, neste capítulo é feita a descrição da empresa

em estudo, no âmbito geral e também é apresentado alguns resultados obtidos através de

entrevista e conversa tida com uma das entidades empresarial.

Na conclusão vimos que o planeamento estratégico é uma poderosa ferramenta

para a construção e a consolidação da imagem dela. Apenas com o planeamento é

possível estabelecer uma comunicação integrada que dê consistência e potencialize a

mensagem em todos os pontos de contacto com o mercado, é um processo pelo qual a

organização garante o número certo e as pessoas apropriadas, no lugar certo.

Nas Sugestões e Recomendações tendo em conta os resultados obtidos no caso

estudado abordamos sobre a implementação de palestras e conferências em universidades

e institutos pré-Universitários tendo em conta que os potenciais trabalhadores são jovens

e estudantes, dentro do recrutamento interno dar primazia aos potências candidatos e

também incentivar o pessoal ao trabalho com a criação de estímulos para promover um

bom clima de trabalho.

Referências bibliográficas

Nos Anexos temos:

A tabela nº1 que representa os tipos de selecção e que foi reproduzido com base

no trabalho.

Organigrama da empresa em estudo.

Tabela nº2 que representa os modelos de colocação, selecção e classificação de

candidatos tem como fonte livro de Idalberto Chiavenato.

Questionário dirigido a secção de recursos humanos da Ucall.

Importância do estudo

O processo de recrutamento e selecção é fundamental para o bom desempenho da

organização, a alta competição entre as empresas e a pressão pela mudança e adequação

constante para acompanhar o mercado de trabalho, exige cada vez mais profissionais

qualificados e dinâmicos que se adeqúem a cultura da empresa. Porém a busca por

profissionais qualificados é um desafio constante para as empresas, quanto mais

complexo o cargo maior o nível de dificuldade para encontrar pessoas qualificadas. Este

10

trabalho tem como objectivo analisar as formas utilizadas para o recrutamento e selecção

de pessoas e qual sua importância estratégica nas organizações.

O processo de selecção é essencial para o sucesso de uma empresa, pois é através

dele que as organizações podem identificar talentos com potencial para fazer a diferença

neste mercado tão competitivo. O grande desafio actual é a condução do processo de

contratação que, na maioria das vezes, falha. A falta de critérios e instrumentos

adequados é um dos principais motivos deste fracasso, e na maioria das vezes, pode gerar

grandes perdas financeiras. Isso sem falar sobre os custos e enganos que estes podem

causar com relação à perda de tempo ou de clientes.

CAPITULO -I MARCO TEÓRICO CONCEPTUAL

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O Sector de Recursos Humanos surgiu no século XIX, com a intenção de facilitar

o controlo dos funcionários. Os chamados “Chefes” eram temidos, por sua falta de tacto

com as pessoas, não tinham flexibilidade alguma e eram extremamente rígidos. Um

funcionário que era chamado por ele já se dirigia ao sector com o pensamento de que

seria demitido.

Frederick W. Taylor em meados de 1903 a 1906, escreveu sobre a maximização

da eficiência na produção. Em 1916 veio Henri Fayol com as funções do administrador:

planejar, organizar, coordenar, comandar e controlar. Depois em 1920 começou-se a

verificar a relação empregado e empregador, tentando eliminar conflitos e passando a

buscar um ambiente mais harmónico, assim reduzindo os custos e aumentando os ganhos.

Actualmente a satisfação do funcionário é um factor crucial para o bem estar do

mesmo e da empresa, porém além de manter esse equilíbrio, outro desafio enfrentado

pelos Recursos Humanos é a busca por novos talentos, e é justamente por isso que esse

departamento mesmo sendo de nível táctico operacional é um dos mais importantes,

afinal de contas é responsabilidade do Sector de Recursos Humanos aplicar o processo de

Recrutamento e Selecção dentro de uma necessidade de preenchimento de vaga, e é essa

área que nos dias de hoje faz toda contratação e demissão de uma organização. A visão de

futuro empresarial também deve englobar em sua perspectiva os recursos humanos, e isso

pode ser percebido nas palavras de Robbins (2008) quando ele afirma que “As

necessidades futuras de recursos humanos são determinadas pelos objectivos e estratégias

da organização.

1.1-Definiçao de termos

1.1.1-Estratégia

Deriva do grego antigo στρατηγία (stratēgia), tendo significado de "a arte de liderar uma

tropa; (comandar) e designava o comandante militar, à época de democracia ateniense. O

idioma grego apresenta diversas variações, como strategicós, ou próprio do general chefe;

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stratégema, ou estratagema, ardil de guerra; stratiá, ou expedição militar; stráutema, ou

exército em campanha; stratégion, ou tenda do general, dentre outras.

O conceito de estratégia é uma das palavras mais utilizadas na vida empresarial, integrada

no processo decisório, com base em um procedimento formalizado e articulador de

resultados. À primeira vista parece tratar-se de um conceito estabilizado, de sentido

consensual e único, de tal modo que, na maior parte das vezes, entende-se ser escusada a

sua definição.

1.1.2-Desenvolvimento

Ela vem de desenvolver, que descreve um ato de “desenrolar, permitir a saída ou

aparecimento de algo que estava tolhido”, que se forma pelo prefixo des-, de oposição,

mais envolver , por sua vez, veio do Latim VOLVERE, “rolar, fazer girar”.Em gestão

desenvolvimento refere-se ao conhecimento que o indivíduo ainda não possui. (Rafael Favil

Santos).

1.1.3-Recrutamento

Deriva do francês (recruter), uma variante de recruer, “convocar”, literalmente “fazer

crescer novamente”, de recreistre, “crescer ou aumentar outra vez”, de re-, “de novo”,

mais creistre, “crescer”, do latim crescere, “crescer”.

1.2 -Definição de conceitos

1.2.1- Organização

Organização é um conjunto de pessoas ou indivíduos que constituem uma sociedade,

ou indivíduos pertencente ao mesmo elo de ligação que partilham e praticam a mesma

actividade, as organizações podem ser privadas ou estatais de acordo o seu critério de

agrupamento. Toda e qualquer organização possuem na sua estrutura organizacional,

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normas e leis que as orientam. Normalmente face a esta não possui excepção de indivíduo

para indivíduo.

1.2.2 Estratégia

Refere-se ao conjunto de procedimentos que cada organização utiliza para atingir

seus objectivos. As estratégias dependem em muitos casos da vocação da empresa.

Normalmente para que uma empresa tenha sucesso é necessário que a organização tenha

funcionários capazes para dirigir a empresa.

1.2.3 Desenvolvimento

O desenvolvimento organizacional está directamente ligado com crescimento da

sociedade ou das organizações e está associado a diversos factores como:

Boa gestão de recursos humanos

Profissionais competentes

Boas estratégias, etc.

Recrutamento

São técnicas e procedimentos incluídas nas empresas para atrair candidatos

potencialmente qualificados para a organização.

O recrutamento é uma actividade que pode ser isolada da estratégia da empresa. O

principal desafio do recrutamento é agregar valor à organização e às pessoas,

proporcionando resultados para ambas as partes (Chiavenato, 2004).

Os métodos para captação de pessoas ás vagas, serão rigorosamente aplicados nos

processos de selecção. Para isso, os “caça talentos” abordam inúmeras modalidades -

recrutamento, buscando encontrar profissionais com destaque em determinadas funções

exigidas pelo contratante ou empresa.

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1.3 A Selecção

A selecção consiste, como já foi referido, na escolha e tomada de decisão do

candidato que ocupará o cargo disponível (e.g. Câmara, Guerra e Rodrigues, 2003;

Caetano e Vala, 2002;

Chiavenato, 2000; Rocha, 1997; Marques, 1996; Mejia, Balkin e Cardy, 1995),

procurando, de entre os candidatos que foram recrutados, os que mais se adequam ao

cargo disponível na organização com o objectivo de manter ou aumentar a eficiência e

o desempenho do pessoal, bem como a eficácia da organização (Chiavenato, 2000).

Trata-se portanto, de escolher qual a pessoa que vai ocupar o lugar disponível na

organização.

Para se efectuar a selecção tem-se por base as exigências do cargo a ocupar

(Chiavenato, 2000). Em primeiro lugar, há que fazer a comparação entre o conteúdo do

cargo e os perfis dos candidatos.1 As exigências do cargo correspondem à análise e

descrição de funções do cargo, já explicitada anteriormente. Os perfis dos candidatos

são dados pelas técnicas de selecção. O passo seguinte será a decisão de quem

preencherá o cargo, sendo esta tomada pela entidade requisitante.

A selecção é assim concebida como um processo de comparação e de decisão

(Chiavenato, 2000). Para Marras (2000), agregar pessoas é actividade fundamental da

estratégia de toda organização que procura aplicar o recrutamento e a selecção como

parte de um mesmo processo: a provisão de recursos humanos.2

1.3.2 Entrevista de selecção

A entrevista é a técnica mais utilizada na selecção (Mejia, Balkin e Cardy,

1995; Beaumont, 1993), facto justificável por esta ser aplicável a qualquer função

(Muchinsky, 1986 cit in Correia e Sesinando, 2002), e mais conhecida universalmente.

1 Esta afirmação é aplicável tanto para recrutamento externo como interno, sendo que o perfil curricular é um ponto chave para a selecção dos candidatos. ( Chiavenato 2000). 2 MARRAS, Jean Pierre. Administração de Recursos Humanos. 12. ed. São Paulo: Futura, 2007.

15

A entrevista é um procedimento preditor do rendimento do candidato na função

tendo por base as perguntas e respostas orais do entrevistador e do entrevistado,

respectivamente (Marques e Cunha, 1996), tratando-se assim de um processo de

comunicação entre duas (ou mais) pessoas (Chiavenato, 2000). Parafraseando Câmara,

Guerra e Rodrigues, (2003), a entrevista é uma conversa conduzida com determinado

objectivo. A sua duração é habitualmente de 1 hora excepto nos casos em que a função

é de menor complexidade. Aí deverá demorar 30 minutos.

1.3.3 Objectivos da entrevista

A entrevista de selecção tem um duplo objectivo. Por um lado, visa dar informação ao

candidato acerca do cargo, (Peretti, 2001) como por exemplo possibilidade de carreira

ou promoções (Chiavenato, 2003). Por outro lado, visa obter informação acerca das

aptidões técnicas do sujeito, das suas dimensões comportamentais que sejam relevantes

para o cargo, do seu potencial e da sua capacidade de integração e aceitação na

organização.

1.3.6 Aspectos a abordar numa Entrevista

O guião e uma entrevista corresponde à enumeração dos aspectos considerados

pertinentes para o desempenho da função em causa (Caetano e Vala, 2002). Os temas

escolhidos para abordar na entrevista relacionam-se com o perfil da função definido

(Cardoso, 2001 cit in Correia e Sesinando, 2002). Não existe um guião de entrevista

universal, contudo apresenta-se os aspectos que poderão ser abordados numa entrevista

de acordo com Caetano e Vala (2002).

Dados biográficos: trata-se de uma confirmação, actualização ou complemento

de informação constante no CV.

Formação escolar e técnica: consiste em averiguar a formação do candidato, o

quanto se esforça e empenha para adquirir formação e como esta foi financiada.

Experiência/história profissional: trata-se de averiguar as actividades

profissionais exercidas ou como decorreu o estágio se o candidato ainda não tiver

16

experiência profissional. O porquê de uma eventual mudança de emprego e como

vivenciou a experiência.

Factores pessoais de satisfação: procura-se averiguar os factores que maior

satisfação profissional proporciona ao candidato, assim como as tarefas realizadas e a

satisfação que estas proporcionaram.

Situação familiar: trata-se de identificar um eventual aspecto impedidor do

desempenho da função. Dado à delicadeza desta temática, as questões a colocar devem

ser única e exclusivamente pertinentes para a selecção, sendo que deverão ser abertas

para que seja o candidato a decidir o grau de intimidade que quer revelar.

Actividades exteriores ao trabalho: procura-se abordar os hobbies do

candidato, pois estes mostram a maneira de ser do indivíduo. Quer estejam ou não

relacionados com a actividade profissional do indivíduo, as causas dos hobbies podem

dar informação mais importante que os próprios hobbies por si.

Qualidades exigidas à função: trata-se de procurar saber como o candidato

analisa as situações, se é introvertido ou não e o seu nível de estabilidade emocional.

Perguntas mais frequentes ao fazer uma entrevista

Porque e que pretende mudar de emprego? Se o candidato disser mal do

empregador actual ou passado, pense duas vezes antes de o contratar. Este tipo de

respostas pode mostrar alguma falta de carácter; imagine o que poderá ir dizer de

si a outro recrutador no futuro.

O que é que gostou mais no seu emprego mais recente?: Um candidato que não

saiba dar uma resposta directa e objectiva talvez tenha dificuldades em pensar

para além da mecânica básica de um cargo.

Se pudesse fazer algumas melhorias no seu último emprego, quais é que

seriam?": A resposta pode ser um teste de fogo à criatividade dos candidatos.

Qual é que foi o projecto ou tarefa mais interessante que teve ao longo da sua

carreira?’«: As razões dadas são mais importantes do que a natureza do projecto

e podem dar-lhe algumas pistas valiosas acerca das motivações dos candidatos.

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Descreva a pessoa com quem você gostou mais de trabalhar: As respostas

poderão desvendar algo importante acerca da personalidade do candidato bem

como as qualidades que ele ou ela admira.

Que tipo de pessoas é que mais o aborrecem?: Normalmente, as características

negativas que os candidatos mencionam não se aplicam a eles próprios.

Descreva algumas tarefas inesperadas que o forçaram a reprogramar a sua

agenda: Esta pergunta aberta faz com que os candidatos tenham que ir além das

respostas "sim" e "não"; poderá testar a sua capacidade de gestão do tempo e,

acima de tudo, perceber se eles estarão dispostos a trabalhar horas extra.

Que tipo de apoio é que necessitaria que lhe déssemos para ter um bom começo

na nossa empresa? Procure ponderação nas respostas. Um candidato que apresente

uma lista racional, objectiva, viável e justificações para cada um dos itens

enunciados demonstra um bom sentido de organização e planeamento.

1.3.7 O Papel do Entrevistador

O papel do entrevistador passa pela determinação do quão relevante são as

exigências de uma função e pela avaliação da personalidade, motivação e carácter do

candidato. Deverá ainda ser conhecedor da função e organização em questão para um

eventual interesse do candidato em saber informações.

O papel do entrevistador tem subjacente um conjunto de técnicas que são

importantes dominar tais como: atitude igualitária, saber escutar, fazer as perguntas

adequadas, estar atento aos sinais do entrevistado e saber gerir o feeling, ou seja, o seu

sentimento de aceitação ou rejeição do candidato.

De facto, o entrevistador pode ser influenciado pelas suas inclinações pessoais e

conhecê-las ajudará à eficiência das entrevistas. As interferências pessoais ocorrem

quando o entrevistador avalia o candidato influenciado por algo não relacionado com a

função em questão (Klinvex, O’Connel e Klinvex, 2002). Enumeraremos de seguida as

interferências pessoais mais comuns numa entrevista.

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Enviesamento por afinidade. Esta influência ocorre quando o entrevistador

está perante um entrevistado que possui algo em comum consigo, por exemplo,

hobbies, atitudes, convicções. Esta familiaridade com o candidato tem como

consequência a negligência de alguma eventual falha do entrevistado. Deste modo

haverá tendência a beneficiar o candidato. O inverso ocorre na situação oposta, ou seja,

quando o entrevistador está perante um entrevistado diferente de si tem tendência a

clivar os aspectos positivos, dando importância apenas aos aspectos negativos do

mesmo e portanto, não será benéfico para o candidato.

Interferência das primeiras impressões. Esta interferência ocorre quando o

entrevistador cria uma imagem definitiva do candidato a partir das primeiras

impressões, havendo tendência para procurar mais informação que confirme a

impressão inicial, não dando ênfase a qualquer dado que não a confirme.

Erro do halo luminoso. Acontece quando o entrevistador permite que uma

característica do candidato influencie a sua perspectiva global acerca dele,

generalizando essa característica para outras áreas relevantes para a função, por

exemplo a crença de que bons vendedores serão bons gestores de vendas.

Interferência da necessidade urgente de preencher lugares. Esta

interferência ocorre quando há urgência em preencher uma vaga. O entrevistador tem

tendência em baixar os padrões de admissão, conseguindo mais candidatos. O

candidato seleccionado não é considerado uma boa escolha, mas devido ao carácter de

urgência do recrutamento este acaba por ser aprovado.

Efeito de contraste. Esta influência ocorre quando, após a entrevista a alguns

candidatos péssimos, surge um candidato que é abaixo da média e seria mesmo

impensável contratá-lo, mas, comparado com os anteriores parece razoável e o

entrevistador selecciona-o. Para anular esta influência, há que se ter critérios de

avaliação fixos pré-estabelecidos.

19

1.4.3 Técnicas de simulação

As técnicas de simulação são aplicadas em contexto grupal sendo portanto

técnicas de dinâmica de grupo. Baseadas no drama, é reconstruída em palco, no aqui e

agora, a situação que se pretende analisar. Nele encontra-se o protagonista, cercado por

outras pessoas que eventualmente poderão participar na dramatização. De entre as

técnicas de simulação, destaca-se o psicodrama, técnica baseada na teoria geral dos

papéis de moreno. Nas organizações esta técnica é realizada a par da entrevista e dos

testes psicológicos. Os candidatos procedem à dramatização de um possível

acontecimento do futuro papel a desempenhar na organização. Esta técnica possui a

vantagem de, para além de fornecer uma expectativa mais realista sobre o

comportamento do indivíduo, dar a oportunidade a este de verificar a sua adequação ao

cargo.

1.8.1 Definição de cargos com rigor

Antes mesmo de começar o processo de recrutamento propriamente dito, é

importante definir objectivamente os cargos para os quais está a recrutar. Reveja todas as

funções inerentes a cada um deles. Não preencha imediatamente uma vaga assim que o

empregado que a ocupava sai da sua empresa; talvez você chegue à conclusão que ela

nem sequer tenha que ser preenchida porque, depois de analisar as funções inerentes a ela

constatou que podem ser incluídas noutro cargo ou até desempenhadas por trabalhadores

temporários em épocas em que haja picos de trabalho.

1.8.2 A descoberta dos melhores profissionais

Em termos gerais, há cinco formas de descobrir os melhores candidatos. Elas são:

Obtenha referências pessoais e profissionais: Investigue quais são o

profissional que gostaria de ter na sua empresa. Peça referências a outros

empregadores, parceiros de negócios, colegas e ex-colegas, mas seja cauteloso:

qualquer que seja a fonte de informações, procure o maior número de referências,

mas não se comprometa a recrutar ninguém nesta fase.

Recrutar internamente: O melhor candidato para um emprego poderá já estar a

trabalhar na sua empresa. A sua grande vantagem em relação a este tipo de

20

candidatos é o facto de você já conhecer os seus hábitos de trabalho e a sua

atitude.

Não hesite em recrutar ex-empregados: Mantenha-se em contacto com os

melhores profissionais que já trabalharam para si. Mesmo que eles nunca

cheguem a regressar à sua empresa, poderão sempre recomendar colegas

excelentes.

Recorra a empresas de recrutamento: Em determinados casos, a melhor forma

de descobrir os candidatos ideais é recorrer a empresas especializadas em

recrutamento. Elas têm acesso a um leque muito mais vasto de candidatos e têm

processos estruturados e profissionais de recrutamento e selecção.

Seja criativo nos anúncios de recrutamento: Prepara cuidadosamente os

anúncios que vai divulgar quando anda à procura de candidatos para determinada

função e, sobretudo, escolha o meio ideal. Não dispare em todos os sentidos. Para

acertar no alvo certo, também terá que utilizar os meios adequados.

CAPITULO. II O RECRUTAMENTO E SELEÇÃO COMO

FACTOR ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO

ORGANIZACIONAL

21

2.1 Recrutamento e selecção como factor estratégico para o desenvolvimento

organizacional.

A gestão de pessoas é a área mais importante e complexa em qualquer

organização e se você deseja pessoas competentes e comprometidas a estratégia não pode

ser algo pré-elaborada, ela deve nascer do seio de seus membros, somente assim brotará

o comprometimento e o entusiasmo necessário para colocá-la em prática.  

 Pelo menos 60% dos problemas de toda organização estão no âmbito das pessoas

que nela trabalham, tanto directa, como indirectamente.  Hoje em dia a principal

preocupação das empresas está em conseguir melhores resultados com o menor número

possível de pessoas. Uma boa política de pessoal é dar a preferência para quem já está

dentro da empresa, procedendo desta forma se está valorizando a quem tem se esforçado

e está melhor preparado e mostrando para os demais que vale a pena vestir a camisa.

Somente depois de esgotar todas as possibilidades internamente é que deve partir para o

mercado externo, não sem antes deixar bem claro para seus subalternos de que façam um

esforço para adquirir novos conhecimentos e desenvolver suas habilidades, somente

assim, poderão ser promovidos e crescer junto com a organização.3

A administração estratégica de recursos humanos é a utilização do potencial das

actividades de recursos humanos alinhada às metas, objectivos e valores estratégicos da

organização, com os objectivos de estimular a participação de todos e melhorar o

desempenho da organização.

Este alinhamento propicia a implantação de mudanças, a criatividade, a inovação

e a flexibilidade da estrutura. Contudo, para que isso aconteça, é necessário que a

organização forneça condições para que as actividades de ARH possam ser implantadas e

integradas, de forma sistémica, às demais áreas da organização. Se essa integração for

alcançada com sucesso, ela auxiliará os colaboradores no desenvolvimento de

competências e comportamentos necessários à eficácia organizacional.3 É mais económico em termos de tempo e dinheiro comparativamente com o recrutamento externo, este ainda mostra que o líder de RH esta valorizando o funcionário. (Câmara, Guerra e Rodriguês, 2003; Caetano e Vala, 2002; Chiavenato, 2000; Rocha, 1997; Mejia, Balkin e Cardy, 1995).

22

O alinhamento dos recursos humanos à estratégia da empresa é muito importante,

visto que o planeamento estratégico é uma poderosa ferramenta para a construção e a

consolidação da imagem da empresa.4

Foi só nos anos 80/90 que as questões relativas à gestão de pessoas começaram,

afectivamente, a tomar o espaço que sempre deveriam ter tido, saindo de um papel

subalterno para fazerem parte das estratégias empresariais. Ser um RH estratégico,

portanto, é na realidade actuar em todas as questões necessárias para que os

colaboradores possam atingir a Visão da empresa e dar apoia aos gestores para que isso

ocorra.

No mercado de trabalho hoje se busca um profissional que alie competências

técnicas às comportamentais. Em um ambiente onde o tempo é determinante, muitas

empresas optam por buscar profissionais já capacitados, pois estes darão um retorno mais

rápido às organizações. No entanto, num ambiente em constantes transformações onde a

vantagem competitiva das empresas está na actuação sinérgica dos seus colaboradores,

competência como Comunicação, relacionamento interpessoal, cooperação, habilidade

em lidar com mudanças, solução de problemas e conflitos, visão sistémica e

empreendedora tem sido o diferencial na escolha dos candidatos.

Fala-se insistentemente que as pessoas fazem a diferença de um negócio. A frase

é bastante óbvia, mas apesar de todas as mudanças, sejam elas de ordem da tecnologia ou

dos processos, devemos estar sempre atentos ao praticar actividades de RH que

vislumbrem o futuro e consequentemente sejam mais estratégicas. E, é importante

enfatizar que a "aparente" simples acção, de recrutar e seleccionar pessoas, tem tudo a ver

com talentos/empreendedores/planeamento estratégico, dentre outros. Porque é

justamente na escolha que os processos podem se diferenciar.

4 Esta afirmação sustenta o pensamento de muitos autores como CARVALHO, Antonio V. de; NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. v 1

23

Porém, nem sempre escolhemos e/ou utilizamos adequadamente os profissionais,

e em determinados momentos mantemos as acções de Recursos Humanos como um

monopólio dos profissionais da área. Desta forma, a acção de recrutar e seleccionar se

torna isolada das reais necessidades da empresa/sector e consequentemente a área se

coloca numa posição subalterna e distante das discussões mais estratégicas.

O recurso humano estratégico precisa conhecer os produtos, serviços, os

processos, os clientes e fornecedores da empresa. E fundamentalmente não apenas

conhecer, mas participar da construção do planeamento estratégico, do plano de

marketing, enfim, de todas as acções da empresa, pois somente assim ele conseguirá

contribuir, efectivamente, para que as pessoas possam atingir os resultados da

organização. Uma área de Recrutamento e Selecção actuando de forma mais estratégica

pode, a partir do entendimento do plano estratégico da empresa e do acompanhamento

dos indicadores de gestão, planejar, antecipadamente, as demandas em relação ao

preenchimento de vagas.

2.2 O recurso humano como factor estratégico no desenvolvimento

organizacional.

É fundamental que o sector de recursos humanos tenha acesso as informações

estratégicas da empresa, e possa participar activamente deste processo de planeamento.

Agir de forma estratégica é ter abertura para participar das reuniões de directoria, não

apenas como um ouvinte, mas como alguém que vai entender e poder colaborar para o

desenvolvimento e alcance dos objectivos organizacionais.

Segundo Hobbies, A administração de Recursos Humanos é a parte da

organização que trata da dimensão de pessoas, pode ser considerada por um dos dois

modos: primeiro, a administração de RH é uma função do staff de RH ou de apoio na

organização. Seu papel é prestar ajuda em questões de administração de RH aos

24

empregados de linha, ou seja, aqueles directamente envolvidos na produção de bens e

serviços da organização. Segundo, a administração é uma função de todos os

administradores.

De acordo com Robbins (2001) a administração de Recursos Humanos é

constituída por quatro funções básicas:

a) Preenchimento de cargos,

b) Treinamento e Desenvolvimento,

c) Motivação

d) Manutenção.

Que em outras palavras definidas em termos menos académicos podem ser

denominados:

a) Recrutar Empregados

b) Prepará-los

c) Estimulá-los

d) Mantê-los na Organização.

Robbins (2001) diz que é indispensável que um executivo, actuante ou não, de um

departamento formal de Recursos Humanos exerça as quatro funções básicas para a saúde

da organização através do olhar sobre os funcionários. Afinal de contas segundo Mayo

(2003) quanto melhor o tratamento dado às pessoas, maior a chance de a organização ser

bem sucedida. Ainda o autor afirma que os dados que realmente diferenciam as empresas

atraentes das comuns são os referentes à investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento,

à investimentos no desenvolvimento humano, à índices de fidelidade do consumidor e à

percentagem de atrito no quadro de profissionais.

Esse dado investimento em desenvolvimento humano é o responsável pela

geração dos demais factores. É por isso que Mayo (2003) aborda em suas conclusões que

o quadro de funcionários é o maior activo de uma empresa, pois valores muito mais altos

estão sendo dados recentemente a “activos intangíveis” que são os conhecimentos, a

25

competência, a marca e os sistemas. Activos estes que também são conhecidos como

capital intelectual.

Segundo Welch (1999 MAYO 2003, p. 2), existem três medições fundamentais nos

negócios – satisfação do cliente, satisfação do funcionário e fluxo de caixa, nesta ordem”.

Porém recentemente Jack Welch declarou estar enganado quanto a ordem dos dois

primeiros já que o primeiro lugar deveria pertencer aos funcionários, pois de acordo com

Mayo Welch percebeu que tudo dependia das pessoas: a aptidão, a motivação, a

criatividade, as habilidades organizacionais e a liderança. As pessoas além de

administrarem os activos tangíveis, também mantêm e desenvolvem os intangíveis.

Através de toda essa reflexão sobre o valor do capital intelectual ressaltando o ponto

de quanto às pessoas agregam conhecimentos, experiência e ideias e de como são

essenciais para a organização percebe-se a importância da ARH e de sua função de

preenchimento de cargos, abordando principalmente o sector de Recrutamento e

Selecção.

De acordo com Sorio (2007) As organizações precisam de pessoas que, além de

conhecimento técnico, tenham como competências essenciais a curiosidade pelo

aprendizado, a flexibilidade, a capacidade de adaptação às mudanças, a facilidade no trato

interpessoal e o sentido de urgência que o mundo actual nos imprime. Complementando o

assunto abordado Sobral e Peci (2012) dizem que “O recrutamento é o processo de

localização, identificação e atracção de candidatos qualificados para ocupar um cargo na

estrutura de pessoal da organização.

Recrutamento de pessoal é a primeira etapa do processo de selecção, é a fase em que

o responsável de ARH avalia o cargo disponível e traça o perfil do profissional que virá a

ocupá-la, buscando no mesmo além dos requisitos exigidos pelo cargo as competências

essenciais. O recrutamento dentro de uma organização se inicia quando se decidi

aumentar ou substituir seu quadro de funcionários. A primeira fase de um recrutamento é

a selecção de currículos onde tem informações pessoais do candidato, habilidades

profissionais, conhecimentos e experiências anteriores.

26

Lodi (1967) define recrutamento como um processo de procurar empregados. Onde

os candidatos estão em busca de experiência profissional, novos conhecimentos, salário, e

os empregadores interessados em profissionais qualificados para atender as necessidades

exigidas.

Consequentemente, o RH passa a ser mais exigente com o perfil do profissional

para sua empresa, pois estamos descobrindo a importância das pessoas no futuro de uma

organização. Os profissionais tão almejados pelas companhias certamente passaram por

um processo selectivo para estarem onde actuam no momento. Ou seja, foram recrutados

e seleccionados pelo RH daquela empresa. Por isso, não podemos esquecer a importância

estratégica deste departamento, em especial, da área de Recrutamento e Selecção. O

problema é que, com a necessidade de fechar o processo o quanto antes, frente a inúmeras

outras tarefas que lhe são atribuídas, invariavelmente, o analista de RH acaba não

dedicando este tempo necessário e tão importante ao processo selectivo.

Na hora do planeamento estratégico, das reuniões decisivas, o representante dessa

área deve estar presente, sempre pensando na vantagem competitiva. Se observarmos as

empresas que são ideais para se trabalhar, percebemos que elas colocam seus

colaboradores em primeiro lugar. Com a valorização do ser humano, acabam

conquistando um clima melhor de trabalho, são mais competitivas e lucrativas.

A estratégia utilizada no departamento de Recursos Humanos pode ajudar a

companhia com acções de melhoria, que incentivam os colaboradores para que coloquem

seus clientes também em primeiro lugar. Esses actos fazem toda a diferença. O

profissional do RH deve desenvolver suas competências e implementar práticas

inovadoras. Ele é um agente de mudanças e deve estar apto a ser um estrategista.

2.3 A questão do recrutamento e selecção no contexto da gestão de pessoas

Dutra (2001) insere os processos de recrutamento e selecção na denominação de

captação de pessoas no âmbito das relações macroeconómicas de obtenção de mão-de-

27

obra. Tal conceito sinaliza processos mais amplos, como a expatriação, isto é, as

transferências entre áreas da mesma organização no âmbito nacional e no internacional.

A capacitação de pessoas é uma das várias formas de movimento de

funcionários nas organizações e no mercado. Na verdade, o trabalho de capacitação será

sempre requisitado, qualquer que seja a movimentação de pessoas na empresa – por

transferência, promoção, demissão ou contratação.

Para muitos autores, a gestão estratégica de pessoas é definida como a forma de

orientar essas pessoas a alcançarem os objectivos organizacionais e ao mesmo tempo os

próprios (Chiavenato, 1999; Rothwell e Armstrong apud Dutra, 2001). Sob essa visão, o

recrutamento e selecção passa a ter papel fundamental na renovação ou confirmação da

estratégia adoptada pela organização, outro ponto importante refere-se ao planeamento do

quadro de pessoas. Dutra (2001) considera-o importante na gestão do movimento de

pessoas na organização, pois a empresa deve ter clareza de sua necessidade de pessoal ao

longo do tempo tanto em termos quantitativos quanto em excessos presentes garante seu

alinhamento com a estratégia da empresa, além de permitir melhorar utilização dos

recursos disponíveis tanto interna quanto externamente.

Um bom processo de recrutamento e selecção tem como vantagem a adequação,

potencial e a maior facilidade de negociação de metas de desempenho. Devem ser

observados cuidados como a super valorização da cultura interna, e a referencia pelo

recrutamento interno, o qual deve ser consolidada na politica de RH das empresas.

2.3.1 O Recrutamento Interno

Refere-se a procura de candidatos para o preenchimento de uma vaga dentro da

própria organização. Ao adoptar essa técnica alguns cuidados de gerenciamento de

expectativas devem ser tomados. Há empresas que alegam que isso gera competição

interna, descontentamento e frustração para aqueles que foram preteridos no processo.

Por outro lado, o recrutamento interno estimula o desenvolvimento profissional e oferece

perspectivas de crescimento na carreira aos funcionários da empresa. De qualquer forma.

O recrutamento deve ter normas definidas, transparentes e conhecidas por todos para

minimizar eventuais problemas.

28

Quando existe um cargo para o qual é necessário efectuar recrutamento, a

prioridade para o seu preenchimento recai sobre os colaboradores da empresa (Peretti

2001), efectuando-se promoções (movimentação vertical), transferências (movimentação

horizontal) ou transferências com promoção (movimentação diagonal) ( Chiavenato 2000

Pag.13). Desta forma, o recrutamento interno realiza-se mediante: a) um sistema de

informação acerca dos cargos disponíveis através de notas de serviço e/ou do jornal da

empresa; b) verificação dos ficheiros da empresa procedendo-se a uma triagem tendo por

base as informações disponíveis e os critérios de selecção; c) existência de um plano de

carreira.

Câmara, Guerra e Rodrigues (2003) referem as três formas possíveis de se

realizar recrutamento interno nomeadamente: escolha directa, concurso interno e

«recomendar um amigo».

A escolha directa refere-se à nomeação do colaborador da empresa que deve

ocupar um cargo de uma “certa senioridade ou determinado grau de responsabilidade”

que se encontra vago. Opta-se pela escolha directa pelas seguintes razões:

a) Cumprimento de planos de carreira;

b) Maximização da utilização de talentos da organização;

c) Retenção de colaboradores ditos imprescindíveis, dando-lhes oportunidade de

progredir na empresa.

O concurso interno trata-se de dar a conhecer aos colaboradores da empresa o

cargo vago, por meio de anúncios nos painéis informativos ou na internet, convidando-os

a candidatar-se dentro de um prazo estipulado. Um requisito para que a candidatura do

colaborador seja aceite é o seu tempo de permanência na organização que deve ser

superior a um ano. Os candidatos interessados deverão ser entrevistados e investigados

em relação à sua motivação para a candidatura. Deverão também receber feedback acerca

do seu grau de ajustamento ao cargo. Aos candidatos excluídos dever-se-á proceder à

verificação das suas expectativas.

29

A recomendação de um amigo vem em adição ao concurso interno consistindo

na indicação por parte dos colaboradores da organização, de um amigo que considerem

possuir os requisitos necessários para ocupar o cargo vago5. Este sistema traz vantagens

como:

a) Obtenção de candidatos compatíveis com a cultura organizacional e com um

bom perfil de aptidões visto que os colaboradores recomendarão amigos que os possam

prestigiar na empresa;

b) Os custos são inferiores aos do recrutamento externo;

c) É menos moroso que o concurso interno.

2.3.1.1 Vantagens do recrutamento interno

O recrutamento interno apresenta as seguintes vantagens:

É mais económico em termos de tempo e dinheiro comparativamente com o

recrutamento externo (Câmara, Guerra e Rodriguês, 2003; Caetano e Vala,

2002; Chiavenato, 2000; Rocha, 1997; Mejia, Balkin e Cardy, 1995) visto que

dispensa custos com anúncios ou com empresas de recrutamento, custos de

integração, etc., e evita a espera do período de tempo entre a colocação do

anúncio e o processo de admissão;

É mais provável escolher o candidato adequado;

Aumenta a motivação dos colaboradores (Câmara, Guerra e Rodriguês, 2003;

Caetano e Vala, 2002; Chiavenato, 2000; Rocha, 1997; Mejia, Balkin e Cardy,

1995), dando possibilidades de ascensão na organização e oportunidades de

evolução na carreira;

Eleva a segurança em relação ao colaborador pois este já é conhecido na

organização, sendo que esta já possui informação acerca dele;

5Esta afirmação encontra-se no livro de ALBUQUERQUE, LG Estratégias de recursos humanos e competitividade. In:VIEIRA, M.M. F; oliveira, LMB (orgs) São Paulo> Atlas, 1999

30

Garante a integração do colaborador na cultura da organização (Câmara, Guerra

e Rodriguês, 2003; Caetano e Vala, 2002; Mejia, Balkin e Cardy, 1995),

dispensando o acolhimento (Chiavenato, 2002), pois já existe encaixe cultural

entre ele e a empresa;

Aproveita investimentos a nível da formação;

Pode ser uma forma de manifestação de eventual insatisfação para com o estilo

de gestão ou para com o cargo ocupado na organização.

2.3.1.2 Inconvenientes do recrutamento interno

Os inconvenientes do recrutamento interno são os seguintes:

Pode gerar conflitos de interesses entre colaboradores com os mesmos

interesses e nas mesmas condições (Caetano e Vala, 2002; Rocha, 1997) ou por

parte dos colaboradores que não possuem condições de ascensão, criando neles

atitudes negativas para com os que têm oportunidades de crescimento dentro da

organização;

Existe a necessidade de gestão das expectativas frustradas dos candidatos

excluídos (Câmara, Guerra e Rodriguês, 2003) pois estes podem sofrer

desmotivação (Rocha, 1997). Para não correr risco de frustração das

perspectivas dos seus colaboradores, a organização deverá escolher o timing

adequado para oferecer as oportunidades de crescimento;

Pode provocar rotatividade excessiva caso não existam normas claras tais como

restringir as candidaturas a colaboradores que não tenham permanência de pelo

menos um ano no cargo actual sob pena de perder eficiência organizacional;

Caso este tipo de recrutamento seja opção sistemática, a organização vai sofrer

um acréscimo na sua média de idades perdendo assim flexibilidade e dinâmica

interna (Caetano e Vala, 2002). Os colaboradores passam a adaptar-se aos

problemas e situações da empresa, perdendo assim criatividade e espírito

inovador;

31

Pode dar origem ao denominado “efeito de Peter” (Caetano e Vala, 2002;

Chiavenato, 2000; Rocha, 1997), quando as organizações procedem à sucessiva

promoção dos colaboradores ascendendo-os a cargos em que poderão vir a ser

incompetentes;

Pode gerar desvalorização da autoridade dos colaboradores promovidos vistos

existir familiaridade entre ambas as partes;

Desconhecimento da organização e dos postos de trabalho por parte da entidade

que promove o recrutamento.

2.3.2 Recrutamento externo 

Refere-se a busca de candidatos no mercado de trabalho ou em fontes

específicas para o preenchimento do cargo. A opção pelo recrutamento externo deve,

preferencialmente, ser feita após avaliação da alocação de pessoas que já estejam

empregadas na empresa. Esse critério gera expectativas positivas de carreira, alem do

sentido de justiça pelo oferecimento de oportunidades aos funcionários já comprometidos

e fiéis aos objectivos da empresa.

O recrutamento externo realiza-se quando se pretende preencher o cargo vago

com candidatos externos à organização, sendo estes atraídos pelas técnicas de

recrutamento (Chiavenato, 2000; Rocha, 1997). Trata-se portanto de uma procura de

candidatos no mercado de trabalho.

A procura no mercado requer a definição a priori da estratégia a seguir, estando

esta dependente de duas variáveis: que função se pretende preencher e que vantagens e

inconvenientes pode trazer para a empresa a sua identificação como empregadora.

Relativamente à função a preencher, a organização pode optar por recrutar

directamente ou indirectamente utilizando serviços externos especializados. Se a escolha

recair sobre esta última hipótese, a empresa tem à sua disposição os seguintes serviços:

headhunters ou «caçadores de cabeças», search ou consultores de pesquisa directa, e

consultores de recrutamento (Câmara, Guerra e Rodrigues, 2003). No que respeita à

32

segunda variável referida, se a organização considerar que para si a sua apresentação ao

mercado traz vantagens, irá através do anúncio e em adição ao próprio recrutamento,

reforçar a sua reputação transmitindo Valores e Cultura em frases como por exemplo «as

pessoas são a base do nosso sucesso». Por outro lado, a organização pode considerar que

a apresentação ao mercado traz inconvenientes como dar informação à concorrência da

sua pretensão em expandir a sua actividade ou receio de repercussões internas

indesejáveis no caso de existirem colaboradores interessados na função em questão.

2.3.2.1 Recrutamento directo

O recrutamento directo é realizado pela empresa sendo ela própria que recorre

ao mercado utilizando os média. Após a análise da pertinência do anúncio para o preen-

chimento do cargo, procede-se à escolha dos meios de comunicação através dos quais a

divulgação será efectuada. Esta escolha está dependente do público que se pretende

recrutar. Assim sendo, se pretender recrutar quadros qualificados, dever-se-á publicar

anúncio no jornal Expresso, para procurar candidatos em Lisboa e no Jornal de Notícias

se for o Porto a zona onde se quer recrutar. Para administrativos e quadros semi

qualificados dever-se-á recorrer ao Diário de Notícias, ao Correio da Manhã e até ao A

Bola e ao Recorde. Algumas revistas como por exemplo a Maria podem ser eficazes no

recrutamento de pessoal feminino. A organização deverá optar no anúncio se quer ou

não identificar-se atendendo às vantagens e inconvenientes explicitados anteriormente.

2.3.2.2 Recrutamento indirecto

Quando o recrutamento directo se revela ineficaz, como quando se trata por exemplo

de gestores de topo, ou quando a empresa não possui recursos próprios para efectuar

recrutamento e selecção ou ainda quando esta pretende distanciar-se do processo, a

organização tem de optar pelo contacto com empresas especializadas.

 

33

2.3.2.3 Técnicas de recrutamento externo

O recrutamento externo recorre a várias técnicas de recrutamento, a saber:

Arquivo de CV de candidatos que os enviaram espontaneamente ou arquivados

de anteriores recrutamentos;

Anúncios em jornais ou revistas;

Apresentação de candidatos pelos colaboradores da organização;

Agências de recrutamento;

Cartazes ou anúncios na portaria das organizações;

Sindicatos;

Universidades e Escolas;

Empresas que actuam no mesmo ramo de actividade com as quais se estabelece

cooperação mútua;

2.3.2.4 Vantagens do recrutamento externo

O recrutamento externo apresenta vantagens como:

Ingresso de sangue novo na organização (Câmara, Guerra e Rodrigues, 2003;

Rocha, 1997), trazendo novas formas de pensar que permitem alargar as

competências existentes;

Os outsiders são possuidores de novos conhecimentos sobre a indústria e o

mercado que irá enriquecer a organização;

Os custos são menores do que com a formação dos colaboradores;

Enriquecimento da base de dados de candidatos permitindo ter em arquivo

dados de candidatos que futuramente poderão vir a preencher as necessidades

da organização;

A imagem da empresa como empregadora é reforçada.

2.3.2.5 Inconvenientes do recrutamento externo

Os inconvenientes do recrutamento externo são os seguintes:

34

É mais dispendioso em tempo (Caetano e Vala, 2002; Rocha, 1997) e em custos

comparativamente ao recrutamento interno;

O nível de segurança é inferior ao do recrutamento interno (Caetano e Vala,

2002; Rocha, 1997) pois não se conhecem os futuros colaboradores (Caetano e

Vala, 2002) e existe risco de um recrutamento inadequado;

Existe o risco de incompatibilidade culto um inquérito realizado pelo Euro

barómetro, no âmbito do Ano;

As perspectivas e ideias dos novos colaboradores podem ser descuradas pelos

colaboradores da organização;

É necessário um período de ajustamento e orientação do novo colaborador;

Comporta o risco de frustrar as expectativas de carreira dos colaboradores da

organização;

2.3.3 Recrutamento misto

O recrutamento misto apresenta-se como alternativa para ultrapassar as

desvantagens de optar apenas por recrutamento interno ou externo (Caetano e

Vala, 2002). Este tipo de recrutamento poder-se-á fazer mediante várias formas

de entre as quais destacam-se as seguintes:

As vagas existentes são divididas pelos candidatos internos e externos cabendo

metade das vagas a cada grupo;

Procede-se em primeiro lugar ao recrutamento interno, sendo que o

recrutamento externo apenas terá lugar se ainda existirem vagas;

Os candidatos internos e externos passam a ter as mesmas oportunidades sendo

que a avaliação de todos os candidatos é efectuada em gabinetes externos à

organização para que a avaliação não sofra influências.

2.3.4 Técnicas de selecção

Com o objectivo de determinar o perfil do candidato (Rocha, 1997), as técnicas

de selecção a escolher devem assegurar a predição do bom desempenho futuro do

colaborador no cargo (Chiavenato, 1991). Habitualmente são escolhidas várias

35

técnicas, sendo que cada uma complementa as restantes, obtendo-se assim informação

mais rica acerca do candidato (Chiavenato, 2000). Iremos abordar, de acordo com

Chiavenato (1991), cinco grupos de técnicas de selecção, a saber: entrevista de

selecção, provas de conhecimentos ou de capacidade, testes psicotécnicos, testes de

personalidade e técnicas de simulação.

2.3.4.1 Técnicas utilizadas na selecção de pessoal

A selecção de pessoal não pode ser feita apenas pela avaliação da experiência e

do conhecimento do trabalho a ser realizado. Conhecer aspectos relacionados à

personalidade do candidato é fundamental para verificar se a concentração será positiva

para a empresa e para o empregado. Todos os métodos psicotécnicos prevêem uma

margem de acerto e erro. Por isso não são a expressão do futuro, mas a predição. A

utilização de diversas técnicas que se complementam pode diminuir a possibilidade de

erro na escolha do candidato. A seguir, serão abordadas as principais técnicas utilizadas

no processo selectivo:  

2.3.4.1.1 Técnicas vivenciais

São técnicas que exigem respostas a situações de forma que os candidatos

interajam e participem activamente delas. Por se tratar de actividades eu envolvem

actuação e muitas vezes simulações de umas circunstâncias profissional, o controle da

situação por parte do candidato fica diminuído e os resultados podem ser mais visíveis e

espontâneos. Essas técnicas necessitam de estruturação anterior e devem ser aplicadas por

profissionais qualificados, capazes de controlar a situação e evitar conflitos ou

descontrole emocional de algum participante. Podem ser classificadas.

Provas situacionais

Relacionadas às tarefas do cargo. Podem ser por exemplo, um teste de digitação e

a operação de uma empalhadeira;

36

Dinâmica de grupo

Envolve jogos de um grupo com situações estruturadas, relativas ou não ao cargo,

nas quais os integrantes interagem. É uma técnica muito utilizada, pois permite observar

problemas de relacionamento, integração social, liderança etc.

Psicodrama

Tem como pressuposto a expressão da personalidade através de um papel social

atribuído, no qual o candidato deve expressar-se de acordo com a linguagem e as

dimensões desse papel. Por se tratar de uma representação, o candidato fica livre para

expressar sentimentos, valores e emoções.

2.3.4.1.2 Avaliação De Saúde

O médico deve ter conhecimento da função para avaliar as condições de saúde do

candidato e verificar se ele está ou não habilitado para seu desempenho. A avaliação de

saúde é acompanhada de exames clínicos específicos de acordo com a legislação e a

política da empresa.

2.3.5 Selecção Como um Processo de Comparação

A selecção como um processo de comparação, consiste na comparação entre as

exigências do cargo, dada pela análise do perfil da função e as características dos

candidatos, dadas pelas técnicas de selecção.

Tendo duas variáveis x e y, que correspondem respectivamente às exigências do cargo

e aos perfis dos candidatos, procedendo à comparação entre elas podem-se tirar três

conclusões:

Se a variável x é maior do que a y, o candidato não preenche as exigências do

cargo é por isso é rejeitado;

37

Se a variável x é menor do que a y, o candidato possui está acima das

exigências do cargo;

Se a variável x for igual à y, está-se perante a situação ideal, o candidato está ao

nível das exigências do cargo, sendo por isso aprovado.

Não existe um ponto ideal de aceitação do candidato, mas uma certa

flexibilidade para mais ou para menos em redor deste.

Esta comparação é desenvolvida pelo órgão de selecção, sendo que após a sua

realização, este órgão recomenda ao órgão requisitante os candidatos aprovados na

selecção.

2.3.6 Selecção como um processo de decisão

O processo de decisão cabe única e exclusivamente à entidade requisitante

(Chiavenato, 1991). O processo de selecção pode seguir três modelos de

comportamento de acordo com Chiavenato (2000, baseado em Carelli, 1972). São eles

o modelo de colocação, o modelo de selecção e o modelo de classificação. (ver figura

em anexo).

O modelo de colocação

É o escolhido quando existe apenas um candidato e uma vaga disponível para

ele. Neste modelo apenas existe a categoria aceitação.

O modelo de selecção

Escolhe-se quando existem vários candidatos para apenas uma vaga. Os

candidatos vão submeter-se ao processo de comparação correndo o risco de ser

rejeitados ou aceites.

38

O modelo de classificação

Ocorre quando existem várias vagas para cada candidato e vários candidatos

para cada vaga. Os candidatos submetem-se ao processo de comparação podendo

depois ser rejeitados ou aceites. Se forem rejeitados submetem-se ao processo de

comparação para outro cargo e assim sucessivamente. Neste modelo o candidato é

considerado como a pessoa que estará no cargo que mais se adequa às suas

características pessoais.6

2.3.7 Tipos de entrevista

Na condução de um entrevista, o entrevistador pode estruturar a entrevista ou

deixar que ela ocorra livremente. Um inquérito realizado pelo Euro barómetro, no

âmbito do Ano

Europeu do Envelhecimento Activo e da solidariedade entre

Gerações, que se assinala em 2012, revela que 71% dos europeus estão

conscientes do envelhecimento da população da

Europa, mas apenas 42% estão preocupados com esse facto.

As respostas obtidas contrastam com a percepção dos decisores políticos, que

consideram o envelhecimento demográfico como um desafio crucial.

O estudo do Euro barómetro abrangeu cinco áreas:

Percepções globais da idade e das pessoas mais velhas;

As pessoas mais velhas no local de trabalho;

Reforma e pensões; trabalho voluntário; e apoio às pessoas mais velhas num

ambiente que lhes seja propício.

A maioria dos cidadãos inquiridos considera que as pessoas com mais de 55

anos desempenham um papel essencial em áreas fundamentais da sociedade.

6 Estes modelos são ilustrados a partir de uma figura. Publicada por Chiavenato na sua obra Recursos humanos/Ed Compacta, 4ed. São Paulo: atlas 1997

39

Mais de 60% defende que se deverá poder continuar a trabalhar após a idade da

reforma, e um terço admite q, 2000). Assim, Chiavenato (2000) apresenta uma

classificação de quatro tipos de entrevista.

Entrevista totalmente padronizada

Este é o tipo de entrevista fechada ou estruturada em que existe um guião pré-

elaborado e cujas questões podem assumir a forma de verdadeiro-falso, sim-não,

agrada-desagarda, etc. Neste tipo de entrevista não há preocupação por parte do

entrevistador quanto aos assuntos a abordar, podendo deste modo ultrapassar as suas

limitações. Esta é aliás, uma vantagem associada à entrevista padronizada.

Entrevista padronizada quanto às questões

Neste tipo de entrevistas, as questões são também pré-elaboradas, mas a resposta a ela é

aberta. O entrevistador tem uma lista das questões a serem perguntadas com o objectivo

de recolher informação sobre o entrevistado, sendo que este responde livremente.

Entrevista directiva

Neste tipo de entrevista não são as questões que são especificadas mas sim as

respostas, visando apenas conhecer certos conceitos espontâneos dos candidatos. O

entrevistador vai formulando as questões conforme o decorrer da entrevista com o

objectivo de obter uma determinada resposta.

Entrevista não directiva

Este é o tipo de entrevista não estruturada. Neste tipo de entrevista não são

especificadas nem as questões nem as respostas, sendo totalmente livres. É o

entrevistador que tem a seu cargo a condução da sequência da entrevista. Uma crítica

dirigida a este tipo de entrevistas é o facto da sua baixa consistência pois não possuem

um guião estabelecido priori.

40

2.3.8 Fases da Entrevista

De acordo com Chiavenato (2000), a entrevista de selecção ocorre em cinco fases.

A primeira etapa consiste na preparação da entrevista.

rata-se da preparação para o acto da entrevista e possibilita ao entrevistador a

comparação entre as características do cargo e o perfil do candidato. Com esta

preparação o entrevistador deverá poder determinar quais os objectivos da

entrevista, qual o tipo de entrevista que permite atingir esses objectivos, deverá

fazer uma leitura do curriculum vitae do candidato e deverá saber o maior

número de informações quer acerca do candidato, quer acerca do cargo.

A segunda etapa diz respeito ao ambiente.

A preparação do ambiente irá permitir que ruídos ou quaisquer outros aspectos

exteriores interfiram na entrevista. O ambiente pode ser físico, sendo que o

local escolhido deve ser uma pequena sala isolada e sem presença de terceiros,

ou psicológico, sendo que a entrevista deverá decorrer num clima sem receios,

pressões ou imposições.

A etapa seguinte é o processamento da entrevista.

Esta etapa corresponde à entrevista propriamente dita na qual há relação

interpessoal entre o entrevistador e o entrevistado, onde o primeiro ao fazer as

perguntas ao segundo provoca estímulos para que possa estudar a retroacção, ou

seja, as respostas e reacções comportamentais. Contudo, o entrevistador

também vai informar o candidato acerca do cargo e da organização de forma

favorável para que este se sinta mais interessado.

A penúltima etapa é o encerramento

Para encerrar a entrevista, o entrevistador deverá fazer um sinal que demonstre

que a mesma findou. Deverá informar o candidato em relação  à acção futura e

à forma como será contactado para saber o resultado.

41

A última etapa consiste na avaliação do candidato.

A avaliação deve ser feita logo após o candidato sair da sala, pois a informação

sobre este é recente e ainda permanece na memória. O entrevistador deve rever

e completar as informações que registou e caso não tenha registado, deve fazê-

lo naquele momento. Depois define-se se o candidato foi ou não aceite no fim

da entrevista, assim como a sua colocação face aos outros candidatos.

2.3.8.1 Vantagens e Inconvenientes da Entrevista

A entrevista de selecção apresenta como vantagens determinar os requisitos de

comunicação e competências sociais dos entrevistados, obter informação adicionais

úteis para a tomada de decisão, avaliar a fluência verbal e os conhecimentos dos

entrevistados. Como desvantagens apontadas nomeamos a subjectividade das

avaliações, imprecisão e carência de base científica.

2.3.9 Provas ou Testes de Conhecimentos ou Capacidade

As provas de conhecimentos ou de capacidade são instrumentos que permitem

medir o grau de conhecimentos profissionais e técnicos exigidos pelo cargo assim

como o “grau de capacidade ou habilidade para certas tarefas.

Estas provas podem ser classificadas quanto à forma como são aplicadas. Sendo

assim, podem ser: a) provas orais, ou seja, são provas que se assemelham a uma entre-

vista mas com a especificidade de as perguntas verbais serem específicas tendo o objec-

tivo de obter respostas verbais também específicas; b) provas escritas, que são as

provas aplicadas com perguntas escritas sendo as respostas dadas também por escrito;

ou c) provas de realização, que são provas em que o candidato terá de executar um

trabalho ou tarefa uniformemente e com limite de tempo.

Uma segunda classificação das provas de conhecimentos ou capacidade diz res-

peito à área de conhecimentos abrangidos. Desta forma, as provas são classificadas em

gerais ou específicas. As primeiras envolvem noções de cultura geral ou conhecimento

geral, as segundas, envolvem conhecimentos técnicos e específicos relacionados com o

cargo. Por último, as provas de conhecimentos ou capacidade podem ainda ser

42

classificadas quanto à forma como são elaboradas. Sendo assim, podem ser provas

tradicionais, objectivas ou mistas. As provas tradicionais são de tipo dissectivo, sendo

por este motivo, constituídas por um número menor de questões e não requerem

planeamento. As provas objectivas são estruturadas na forma de testes objectivos,

sendo cuidadosamente planeadas a fim de as perguntas serem transformadas em itens

de testes. As provas mistas são constituídas por perguntas dissectivas e por itens de

testes.

2.3.9.1 Testes Psicotécnicos

Os testes psicotécnicos constituem uma medida objectiva e estandardizada de

amostras do comportamento das pessoas. Os testes psicotécnicos focalizam-se

sobretudo em aptidões visando determinar em que quantidades elas existem em cada

pessoa, baseando-se nas diferenças individuais a nível físico, intelectual ou de

personalidade. Os resultados de cada pessoa vão ser posteriormente comparados com

padrões de resultado de uma amostra representativa. Desta forma, os testes

psicotécnicos permitem analisar a variância das aptidões de um determinado indivíduo

comparando-o com um conjunto de indivíduos que constituem a amostra

representativa.

Como aptidão não é sinónimo de capacidade, sendo que esta última resulta da

primeira em conjunto com o treinamento, um teste de aptidão dá um prognóstico futuro

do potencial de desenvolvimento do indivíduo.

2.3.9.2 Testes de personalidade

Os testes de personalidade pretendem compreender a personalidade do

indivíduo (Peretti, 2001) analisando os traços de personalidade inatos e adquiridos, ou

seja, os traços determinados pelo carácter e pelo temperamento, respectivamente

(Chiavaneto, 1991). Por traços de personalidade entende-se as características que são

marcantes na pessoa e que a distingue das outras.

São exemplo de testes de personalidade os inventários de temperamento, como

o inventário de personalidade de Guilford-Zimmerman; os testes projectivos como o

43

Rorschach ou o Teste de percepção Temática; os testes de grupo aplicados em funções

de gestão ou nos quadros, consistindo estes na expressão dos sujeitos perante um tema

ou um jogo de papéis. Um outro método de avaliação da personalidade é a grafologia

fazendo-o através da escrita e tendo para isso um código empírico.

2.4 A Desvalorização da área de recrutamento e selecção

Dutra (1990) mostra que a área de Recrutamento e Selecção desvaloriza porque

acaba sendo operacional sem relevância, sem estratégia,   praticando assim uma

percepção de actuação meramente operacional sem expressividade dentro de uma

organização. Seguem alguns itens que o ressaltados na desvalorização da gestão de

Recursos Humanos na função de Recrutamento e Selecção:

Gestão estratégica de Recursos Humanos enfraquecida, pois sua actuação é

frequentemente operacional e, ocasionalmente, táctica, enfatizando a visão interna

à organização;

A falta de informações sobre o mercado de trabalho reforça a endógena e o

recrutamento interno, vinculando o desenvolvimento organizacional ao

desenvolvimento interno de Recursos Humanos;

Processo de escolha dos indivíduos sem estratégia organizacional, sendo visto

como função restrita ao Recursos Humanos, e de carácter operacional.

Para Abreu et al (2004),   o perfil ideal (utópico) é o que pode ser moldado de acordo

com as necessidades da organização, sendo assim, não há definição clara do que é

necessário para a actuação na empresa, indefinição reforçada por Sarsur, Pedrosa e

Sant’Anna (2003) que, em pesquisa empreendida entre profissionais definidos como

talento, não houve consenso sobre o que seriam as características de seu perfil e de suas

competências.

44

2.5 Responsáveis pelo recrutamento e selecção

A tomada de decisão em Recrutamento e Selecção é a escolha entre dois ou mais

candidatos aptos, com perfil adequado para ocupar uma vaga em aberto.

Herbert Simon (1947) defendeu a Teoria das Decisões, onde toda a decisão

tomada seja ela de forma racional e consciente gera um comportamento ou acções. Toda

decisão envolve percepção de raciocínio e situação. A compreensão na organização é o

que uma pessoa aprecia e deseja influência naquilo que ela vê e interpreta, assim

conseguindo tomar uma decisão através da percepção da situação.

2.6 As Principais etapas para se estruturar um recrutamento e selecção eficaz

É de salientar que as pessoas são o seu activo mais precioso. Sendo assim cabe

saber como estruturar um processo de recrutamento eficaz para seleccionar os melhores

candidatos. Não existem atalhos que permitam às empresas descobrir e contratar os

melhores candidatos; o processo leva tempo porque exige planeamento,

comprometimento de todos, em especial da gestão de topo, e trabalho árduo. Sendo assim

destaca-se algumas das principais etapas para o processo de recrutamento e selecção:

2.6.1 A criação de formulários de candidaturas adequados

Na maioria das empresas, é dada pouca atenção aos formulários de candidatura; são

considerados necessários, mas não indispensáveis, nos quais os candidatos registam

informações de rotina: nome, morada, telefone e algumas linhas para descreverem

informações relativas a empregos anteriores e habilitações académicas. No fundo, é um

resumo demasiado simplificado do currículo e não ajuda os empregadores a obterem

informações adicionais relevantes acerca dos candidatos. Eis algumas características de

um formulário de candidatura eficaz:

Faça perguntas abertas: Para além das informações de rotina, faça perguntas

abertas para tentar obter respostas o mais espontâneas possíveis por parte dos

candidatos.

Confirme os dados do currículo: Pode sempre utilizar as informações recolhidas

nos formulários de candidatura para confirmar se coincidem com os dados

45

presentes nos currículos; qualquer inconsistência poderá ser a razão para

dispensar imediatamente o candidato ou para esclarecer a questão durante a

entrevista de recrutamento.

Adapte os formulários às categorias profissionais: Não utilize apenas um

modelo de formulário para qualquer candidato. Adapte as perguntas a cada uma

das categorias profissionais e teste as qualificações específicas de cada candidato

para o cargo vago.

Registe as informações numa base de dados: Mesmo que determinados

candidatos não tenham o perfil adequado para o cargo vago, registe e guarde as

informações dos formulários numa base de dados, de preferência informatizada.

Mais tarde, poderá ter a necessidade de os contactar para outras vagas.

Transforme-o em formato digital: Apesar de poder manter o tradicional formato

em papel, um formulário de candidatura deverá estar disponível em formato

digital. Desta forma, poderá disponibilizá-lo no site da sua empresa para que os

candidatos o preencham online ou mesmo que o preencham directamente num

computador quando se dirigem à sua empresa. Um formulário digital permite-lhe

transferir e gravar imediatamente as informações dos candidatos na sua base de

dados informática; se não tiver uma, crie-a urgentemente.

2.6.2 Ler as entrelinhas dos currículos

Quando os currículos começam a chegar ao departamento de recursos humanos da

sua empresa - depois de ter colocado um anúncio no jornal, contactado uma agência de

empregos, um gabinete de estágios de uma universidade, uma empresa de recrutamento,

entre outros - é importante que os registe numa base de dados de candidatos. Em seguida,

separe os mais relevantes e arquive os que anula logo de início.

Analise cuidadosamente os currículos que mais suscitaram o seu interesse e aprenda a

ler nas entrelinhas, seguindo os conselhos seguintes:

46

Procure dados concretos: Se não descobrir informações claras e objectivas em

relação a determinados atributos num currículo, provavelmente é porque o

candidato não os possui.Aproveite para esclarecer e testar esses assuntos na

entrevista.

Comece pelo fim: A maioria dos candidatos coloca as informações menos

lisonjeiras no final do currículo porque espera que o recrutador não chegue a lê-

las.

Tenha cautela com os currículos sem datas: Seja cauteloso com os currículos

funcionais (como o nome indica, são currículos nos quais os candidatos

descrevem mais pormenorizadamente as funções que desempenharam no passado

e as principais conquistas profissionais) que descrevem a experiência e as

qualificações mas que não indicam as respectivas datas de realização. Esclareça-

as com o candidato na entrevista e atente à atitude dele e quaisquer hesitações e

incongruências.

Procure candidatos com "mentalidade de negócio: Procure no currículo

respostas para as questões: o candidato aprecia o facto de as empresas existirem

para ganharem dinheiro? Quantas vezes são que o candidato contribuiu

activamente para gerar valor acrescentado nos cargos que já ocupou?

Filtre as informações supérfluas: Um currículo com excesso de informações

pessoais - hobbies, desportos praticados, distinções obtidas enquanto criança, etc.

poderá indicar que o candidato tem falta de experiência e de qualificações

relevantes.

2.6.3 Seleccionar os candidatos por testes psicotécnicos

Esta é mais uma etapa de selecção e filtragem de candidatos. Já conhece os

currículos deles, agora é altura de provar algumas das suas qualificações práticas e

aprofundar um pouco mais os seus conhecimentos acerca do perfil psicológico deles.

Pode se fazer os testes psicotécnicos em grupo, reunindo os candidatos numa sala. As

respostas são individuais e confidenciais. No final, estas devem ser analisadas e avaliadas

47

por uma equipa de especialistas. Esta etapa é complexa e morosa, por isso, é muitas vezes

eliminada dos processos de recrutamento mais simples ou, no outro extremo, é uma das

principais causas por que muitas empresas subcontratam outras empresas especializadas

em recursos humanos para fazerem a triagem dos candidatos.

2.6.4 Fazer uma entrevista inteligente

Escolhidos os candidatos mais adequados ao cargo vago através dos seus

currículos e dos resultados dos testes psicotécnicos (se tiverem sido realizados), chegou a

hora de os conhecer pessoalmente. Estabeleça o tempo adequado para cada entrevista e

saiba exactamente quando e como as deve terminar. Há dezenas de perguntas que poderá

fazer, dependendo do tipo de cargo a ser preenchido e do estilo e necessidades pessoais

do entrevistador. Porém, existem oito questões básicas que deverá fazer aos candidatos,

essenciais para conhecer melhor o seu perfil profissional e pessoal e confirmar algumas

das referências feitas no currículo e nos testes. as pergunta verificar no Anexo.

2.6.5 Confirmar as informações

Um recrutador não deve confiar cegamente nas informações de um currículo. É

frequentes os candidatos exagerarem nas suas qualificações e mesmo incluírem dados

falsos. Entretanto, a empresa que recruta tem duas opções: ou confirma todos os dados ou

arrisca e não confirma nenhum. Se o seu caso for o primeiro, então atente aos conselhos

seguintes:

Confirme as referências dos seus subordinados directos: Não perca tempo a

confirmar as referências de todos os candidatos que sobreviveram às fases

anteriores do processo de recrutamento. Limite-se às dos seus subordinados

directos. Os outros gestores deverão fazer o mesmo nos seus departamentos.

Não se atrase: Comece a sua investigação assim que o candidato lhe tenha dado

todas as informações. Quanto mais tempo você demorar a contratar, maior será o

risco de perder o candidato.

Não dê demasiada atenção às referências escritas: As informações escritas que

o candidato lhe dá não são, normalmente, as mais fidedignas. Não lhes dê mais

48

atenção do que elas merecem, mas utilize-as como ponto de partida para as suas

investigações posteriores.

Procure informações não referidas pelo candidato: Contacte os empregadores

anteriores do candidato e outras pessoas que lhe possam dar referências

profissionais acerca dele. Crie uma rede de referências e relacione-as até obter

uma imagem mais clara do candidato.

Procure o máximo de referências para candidatos a cargos de topo: A

confirmação das informações e a obtenção de referências adicionais acerca de

candidatos a cargos de topo é ainda mais importante do que para os restantes

candidatos.

2.7 Implicação para os administradores

Para Robbins (2005), as pessoas pensam antes de agir, é por isso que o

entendimento da tomada de decisão pode ajudar a prever seu comportamento. Há

situações em que as decisões são radicais e na maioria das decisões não rotineiras trata-se

de uma excepção e não uma regra, no entanto as pessoas buscam a satisfação e não

decisões óptimas.

Segundo Robbins (2005), a melhoria deste processo pode:

Analisar a situação: Ajustar o processo decisório á cultura e aos critérios que a

empresa valoriza.

Consciência da diferença: Todos nós incorporamos as decisões que tomamos. Faz

necessário compreender aqueles que influenciam seus julgamentos, assim haverá

a possibilidade de reduzir os preconceitos.

Análise racional com a intuição: Não são conflituantes na tomada de decisão, mas

com o crescimento gerencial o administrador saberá impor o processo intuitivo ás

análises racionais.

49

Estilo apropriado á qualquer função: As empresas são diferentes e as funções

também. Sua eficácia aumentará se for adequada às exigências específicas á

função, como:

Estilo directivo: para quem trabalha com funções de acção rápida;

Estilo analítico: para quem trabalha com gerenciamento, pesquisas, analistas

financeiros.

Usar a criatividade, para soluções novas, solução de problemas e principalmente para vê-

lo os problemas de formas diferentes.

CAPÍTULO III- ENQUADRAMENTO PRÁTICO UCALL

Para a realização do trabalho fez-se um estudo particular na UCALL, empresa de

formação e selecção profissional. Com relação a este são apresentados o seu critério de

funcionamento e técnicas de trabalho ao longo do desenvolvimento deste capítulo.

50

3.1 Caracterização do campo

A UCALL foi fundada em Dezembro de 2008, com objectivos de prestar serviços

de contactos telefónicos, promovendo relações centradas no cliente, trabalhando ao seu

lado e acrescentando valor ao seu negócio.

A empresa começou a sua actividade com o cliente Unitel com 74 postos de

atendimento, aumentado em 2009 para mais de 206 postos de atendimento.

Desde então a UCALL tem vindo a crescer e a alargar o âmbito da sua actividade,

quer no sector de contacto center, quer para outras áreas de negócio, nomeadamente

formação e recrutamento bem como entidade gestora do programa de passageiro

frequente da TAAG.

A UCALL, encontra-se em Luanda, no actual município de Bellas (talatona),

Condomínio privado Alfa escritório edifício 3 via C3, Zona ZR 3B. A UCALL é uma

empresa vocacionada na prestação de serviço de telecomunicações, centro de chamada e

comercio geral onde a qualidade de serviço é factor determinante para a solidificação da

mesma no mercado, influenciando pelo facto da empresa possuir mais de que um centro

de trabalho e empresas clientes diversificadas. Fazendo com que os horários de trabalho

da empresa variam conforme as condições acordadas com as empresas clientes.

A UCALL é uma empresa que presta serviço na área de call center com

aproximadamente 1700 colaboradores, é actualmente a maior empregadora de jovens

angolanos entre os 18 e 25 anos.

A empresa trabalha com todos os sectores da economia angolana e as suas

soluções especializadas vão desde:

Serviço de apoio ao cliente/ consumidores;

Televenda;

Inquérito de satisfação;

Estudos de mercado;

Formação comportamental e técnica;

51

Recrutamento e selecção;

Outsourcing de recursos humanos;

Outsourcing de gestão de projectos.

3.2 Visão, missão e valores

A visão, a missão os valores constituem a direcção para qual as pessoas trabalham

e se relacionam nas empresas, e as empresas procuram envolver as pessoas para ajunta-

las a essa direcção. Sobre tudo as pessoas que entram para Ucall propriamente os novos

colaboradores. A visão de uma organização determina a situação em que esta deseja

encontrar-se a longo prazo.

Visão

Tornar o serviço de contacto telefónico com o cliente numa ferramenta geradora

de riquezas para as empresas de Angola.

Missão

Uma empresa não se define pelo seu nome estatuto ou produto, ela define-se pela

sua missão. Somente uma definição clara de missão é a razão de existir da organização e

tornar possíveis, claros e realistas os objectivos da empresa.

Sendo assim a missão da Ucall é ser uma referencia no sector de prestação de serviço de

atendimento ao cliente.

Valores

É no percurso diário de cada um dos nossos colaboradores que os nossos valores

enquanto organização se vão afirmando. Os valores da Ucall centram-se em:

No foco ao cliente

Qualidade da resposta

Eficiência

52

Proactividade

Ética e confidencialidade

3.3 Politica de admissão na UCALL

Na UCALL, a politica de admissão assenta numa perspectiva de gestão do

potencial interno e na identificação dos melhores profissionais do mercado.

No desenvolvimento desta politica a empresa procura sempre aumentar as

competências e capacidade de desempenho dos trabalhadores motivando-os e

estimulando a sua criatividade e iniciativa pessoal na prossecução dos objectivos da

empresa.

Enquanto trabalhadores visa a satisfação das necessidades das pessoas e o

desenvolvimento pessoal e profissional de cada um depende do bom clima entre as

relações humanas.

3.4 Competências para a admissão UCALL

A admissão de qualquer trabalhador na UCALL, é sempre condicionada ao

cumprimento do processo adiante descrito, que poderá ser submetido pela própria área da

empresa ou por outra contratada para o efeito.

A identificação da necessidade de admissão da força de trabalho compete a cada

área, cabendo a direcção dos recursos humanos organizar e conduzir o processo desde o

recrutamento ate a contratação.

Para a candidatura os interessados deveram sempre apresentar os seguintes

documentos:

53

Certificados de habilitações literárias, fotocópia do bilhete de identidade, curriculum

vitae, duas fotografias tipo passe, atestado médico, cartão de vacina e registo criminal.

3.5 Recrutamento Selecção na UCALL

Salvo em situações excepcionais o anúncio do recrutamento devera ser sempre

publicado

Internamente nos placares de informação de todos os centros de trabalho da empresa.

3.5.1 Recrutamento interno na UCCAL

A comunicação interna da vaga deve conter:

A função, o objectivo da função, descrição sumaria da função e seus objectivos,

as exigências académicas e profissionais, os requisitos exigidos para o exercício da

função, o prazo para apresentação da candidatura.

A candidatura dos trabalhadores internos será feita por carta endereçada a

direcção de RH, acompanhado do parecer do responsável da área, a carta deve mencionar

a função a que se pretende candidatar as qualificações que possui e que considera e torna

legível a ocupação da função.

Se depois dos testes submetidos forem apurados mais de dois candidatos com as mesmas

potencialidades, a selecção será feita de acordo com os seguintes critérios:

Se for entre um candidato interno e um externo, selecciona-se o candidato interno.

Se for entre dois candidatos internos selecciona-se o trabalhador mais antigo.

O que tiver melhor indicadores de assiduidade e pontualidade.

Selecciona-se ainda o trabalhador que apresentar melhor antecedentes

disciplinares.

54

E aquele cujo perfil profissional se enquadra a função.

3.5.2 O recrutamento externo na UCALL

O recrutamento externo de trabalhadores na UCALL é feito através de:

a) Agência de recrutamento e colocação.

b) Anúncio em jornais e locais de maior triagem.

c) Outras fontes de recrutamento e idoneidade de maior triagem

Após a recepção dos currículos de todos os candidatos devera observar-se os seguintes

passos:

Analise de todos os currículos apresentados seleccionando aqueles que se

mostram potencias para a ocupação do cargo.

Submeter os candidatos a um teste psicotécnico recomendado para a função.

Os candidatos que obtiverem resultados a media requerido no teste psicotécnico,

serão submetidos a uma entrevista conduzida pela área dos recursos humanos.

Os candidatos seleccionados para a entrevista com a direcção dos recursos

humanos serão submetidos a uma prova técnica conduzida pela área em que se

pretende a vaga a preencher.

3.6 Apresentação de dados e resultados obtidos

Para dar resposta, ao nosso estudo bem como a concretização dos objectivos ora

traçado foi elaborado um questionário, (ver em anexo) aberto com perguntas dirigidas

aos gestores de recursos humanos da Ucall, com este constatou-se as seguintes resposta

por parte dos mesmos :

Dentro do processo de recrutamento qual das formas é mais frequente?

Indicação de um

Funcionário

Indicação da chefia Anúncio no jornal Outros

55

4 0 3 1

0,50 0,00 0,38 0,13

Grafico 1:Forma mais frequente de recrutamento

Fonte - própria

O gráfico 1 acima mostra que 50% dos requisitados num universo de 8 técnicos de

recursos humanos concordam que é mais frequente o recrutamento por indicação de um

funcionário, em contrapartida 37% afirmam que o mesmo é mais frequente por anúncio

no jornal e os restantes que perfazem 13% partilha da ideia que existem outros meios

mais eficientes para tal.

O recrutamento vem assim antes da selecção, pois a sua função principal é atrair

candidatos para organização através das várias vias e comunicação, e escolhe desta forma

dentro de uma lista de candidatos a pessoa que melhor alcança os critérios de selecção

preconizados pela organização.

Qual o Processo de selecção mais adequado?

Testes práticos Análise experiência Teste de conhecimento

3 4 1

56

0,38 0,50 0,13

Gráfico 2-Processo de selecção mais adequado.

Fonte – Própria

O gráfico 2 analisamos que 50% concordam que o processo de selecção mais adequado é

com base na análise da experiência, e 37% dos intervenientes partilham da opinião que é

mais fiável a selecção tendo como base os testes práticos e a minoria na ordem de 13%

defende que deve ser na base de testes de conhecimento.

Sendo que o recrutamento tem como função atrair para organização potenciais candidatos

para posteriormente passar pelo processo de selecção, através das várias técnicas algumas

acima citadas. A selecção é o processo no qual a organização escolhe a partir de uma lista

de candidatos a pessoa que melhor preenche a posição disponível.

Questionário 'Concordo 'Sem

Opinião

'Discordo

A selecção funciona como uma espécie de filtro? 4 1 3

Acha que deve ter treinamento dentro da Empresa? 5 2 1

57

O recrutamento feito dentro da Empresa " Ucall " é

eficaz?

6 1 0

Gráfico 3. A selecção funciona como um filtro.

Fonte – própria

O gráfico 3 engloba três questões do nosso questionário, no universo de 8 entrevistados

analisamos que para a primeira questão 4 pessoas concordam que a selecção funciona como filtro

dentro da organização atraindo desta forma os melhores para ocupar os diversos cargos e posições

disponíveis, sendo que três discordam e apenas um abstem-se de responder a mesma questão.

Na segunda questão 5 dos intervenientes concordam que deve haver treinamento dentro da

organização pois um funcionário que não tem treinamento não consegue responder as

expectativas dos órgãos de topo, e com treinamento eles conseguem trabalhar mais

confiantes das suas acções. Sendo que 2 não manifestaram a sua opinião quanto ao

assunto, apenas 1 discordou afirmando que as pessoas quando aplicadas conseguem

superar as suas limitações e aprendem nos seus afazeres diários.

58

Qual das formas é a mais eficiente para contratação?

Telefonema Carta E-mail

5 1 2

0,63 0,13 0,25

Gráfico 4-Forma mais eficiente de contratação.

Fonte-própria

O gráfico 4 mostra que 62% dos entrevistados concordam que a forma mais

eficiente de contratação é por via de telefonema tendo em conta a realidade da nossa

sociedade no que diz respeito ao acesso as tecnologias de informação e o desuso de cartas

escritas para efeito de comunicação a nível das pessoas singulares. Mais ainda assim 25%

que correspondem ,em 2 entrevistados afirmaram que via e-mail é mais eficiente e seguro

e apenas um representando 15 % indicou a carta como uma forma eficiente de

contratação.

3.7 Técnicas utilizadas para a colecta de dados

Sendo o tema sobre recrutamento e selecção um dos grandes desafios apontado

hoje em todas as sociedades do mundo inteiro, apesar de este estar ligado a minha

59

formação profissional,me suscitou curiosidade em obter mais conhecimento, comecei por

efectuar uma pesquisa em diferentes literaturas nacionais e internacionais,sobre tudo o

motor de busca na Google,permitiu-me obter resultados satisfatorio e informação com

maior relevância.

Seguindo esse rumo, tendo como base a pesquisa em cadeia, isto é, atravez da

imformação disponibilizada no site, pesquisei novas organizações, novos assuntos ligados

a area em pesquisa, conseguindo assim um maior leque disponiveis para a recolha de

informação que viesse a tornar o trabalho mais abrangente.

CONCLUSÃO

O presente trabalho buscou principalmente identificar a influência das práticas de

recrutamento, selecção e manutenção de pessoal na rotatividade da Empresa UCALL,

situada na cidade de Luanda. Paralelo a esse objectivo os aspectos do modelo de gestão

com pessoas dessa organização foram analisados bem como foi verificado seu processo

de recrutamento, selecção, treinamento e principalmente foram identificados os factores

que levam o desenvolvimento organizacional.

60

São vários os factores que influenciam desenvolvimento de funcionários na

empresa estudada, tanto relacionados à política de Recursos Humanos quanto na gestão

com pessoas em si. os colaboradores Os entrevistados concordam que deve haver

selecção e treinamento dentro da organização pois um funcionário que não tem treino não

consegue responder as expectativas dos órgãos de topo, e com treinamento eles

conseguem trabalhar mais confiantes das suas acções.

Os resultados são: Eficiência, adaptação com as pessoas, funcionários

competentes o que comprova também um rápido desenvolvimento a nível da empresa. É

necessária uma gestão mais flexível e participante, é recomendável a utilização de meios

adequados para melhor contratação de pessoal. Quanto aos objetivos traçados na

pesquisa consideramos explicativa, sendo que através desta fez-se menção

principalmente aos factores que contribuem para que uma determinada organizacão

tenha sucesso no procedimento correcto de recrutamento e seleccao. Apresentou-se a

realidade dos grandes fenomenos existente em algumas organizaçõoes.

Por outro lado, a empresa oferece treinamento sempre, seus funcionários o aprovam se

sentem qualificados, não havendo com isso dificuldades em desenvolver suas tarefas.

Tendo em vista o custo que se pode incorrer na empresa ao estruturar um DRH,

aconselha-se terciarizar as actividades de recrutamento, selecção e treinamento.

RECOMENDAÇÕES

Tendo em conta os tipos e forma de recrutamento usado pela empresa supracitada,

recomenda-se:

Para alem de anúncios em jornais, agências de recrutamento o contacto com

outras entidades é também necessário que haja palestras e conferências, nas

instituições estatais e privada (universidade e instituto pré universitário), uma vês

que constatou-se que a maioria dos trabalhadores são jovens e estudantes.

61

Quanto a recrutamento selecção de candidatos internos, para além do tempo de

trabalho de funcionamento devera ainda se verificar aquele que apresente

curriculum que coaduna com a vaga pretendida. Com excepção os casos de

nomeação.

Sendo que a empresa trabalha também em regime de turno e actividade exercida

pelos funcionários é repetitivos dias pois dia, recomenda-se ainda a mesma que

cria estímulos, (uma merenda ou Café nos intervalos laborais) para os mesmos

sendo que o desenvolvimento das actividades laboral depende do bom estado

psicológico e de um bom clima entre as relações humanas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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internet disponível em www.administradores.com.br consultada em 20/12/2008.

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WELCH, J. Capital Intelectual. In: MAYO, A. Administração de Recursos Humanos, 6ª

Edição, Rio de Janeiro, 2001.

ANEXOS

Tabela n. 01 - Tipos de selecção

65

FONTE: desenvolvida pelo estudante e com avaliação do tutor. Inspirada na exposição do

conteúdo apresentado no trabalho.

Tabela n -02 Modelo de colocação, selecção e classificação de candidatos

66

©

Fonte: Livro de Idalberto Chiavenato.

ENTREVISTA DIRIGIDA AOS GESTORES DA UCALL

Data da Entrevista: 18/12/2013.

1. Dentro do processo de recrutamento qual das formas é mais frequente?

-Indicação de um funcionário

67

Modelo de colocação:

Um Candidato

Para uma vaga

C V

Modelo de selecção:

Vários candidatos

Para uma vaga

C

C

C

V

Modelo de classificação:

Vários candidatos Para varias vagas

C

C

C

V

V

V

-Indicação da Chefia

-Anúncio no Jornal

2. Processo de selecção mas adequado?

-Testes Práticos

- Análise de experiência

- Testes de Conhecimento

3. A selecção funciona como uma espécie de filtro?

4. Acha que deve ter treinamento dentro da Empresa?

5. O recrutamento feito dentro da Empresa " Ucall " é eficaz?

-Concordo

-Sem Opinião

- Discordo

6. Qual das formas é a mais eficiente para contratação?

-Telefonema

-Carta

-Email

Organigrama da Ucall

68

Sócios

Direcção Geral

Direcção Comercial

Fonte: Ucall

69

Direcção Adjunta

Logistica

Gestão de informacao

Gestão de informacao

Gestão de informacao

Gabinete Gestão Projectos

Direcção operacao de contact center

Direcção tecnologias de informacao

Direcção Recursos Humanos

Direcção

Financeira

Recrutamento e Selecção