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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM
ELIANE TEXEIRA DE GOIS
JOSEANE MATTOS RIBEIRO
NANIBIA NAYARA FERREIRA
MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO
ESTADO DO ES (2008 – 2012)
VITÓRIA
2016
ELIANE TEXEIRA DE GOIS
JOSEANE MATTOS RIBEIRO
NANIBIA NAYARA FERREIRA
MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO
ESTADO DO ES (2008 – 2012)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Faculdade Escola Superior de Ciências da
Santa Casa de Misericórdia de Vitória como
requisito parcial para obtenção do grau de
Bacharel em Enfermagem.
Orientador: Prof.ª Maria Carlota de Rezende.
VITÓRIA
2016
ELIANE TEXEIRA DE GOIS
JOSEANE MATTOS RIBEIRO
NANIBIA NAYARA FERREIRA
MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO
ESTADO DO ES (2008 – 2012)
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Escola Superior de
Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM, como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.
Aprovado em de. de
BANCA EXAMINADORA
Dr. Maria Carlota de Rezende
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de vitória – EMESCAM
Orientadora
Ms.Rubens José Loureiro Membro Interno
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de vitória – EMESCAM
Mestranda. Ana Catarina Tavares Loureiro
Membro Externo
VITÓRIA
2016
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pelo dom da vida, por ter nos fortalecido até este momento e pela
oportunidade de estarmos realizando este sonho.
A minha família pelo incentivo, oração e incansável apoio nos momentos de
dificuldade e principalmente por nos ensinar a viver com dignidade.
A nossa Professora e Orientadora Dr. Maria Carlota de Rezende por nos conduzir ao
longo deste projeto, acompanhado nossos passos e considerando nossas
dificuldades nos ajudando a alcançar nosso objetivo.
A todos os PROFESSORES desta instituição de ensino que contribuíram para nossa
formação compartilhando de suas experiências e conhecimentos.
Enfim a todos que acreditaram e que colaboraram para a concretização deste
trabalho, que simboliza o ápice de nossa formação acadêmica.
Nunca deixe que lhe digam que não vale
apena acreditar no sonho que se tem, ou
que seus planos nunca vão dar certo, ou
que você nunca vai ser alguém...
.... Quem acredita sempre alcança!
Renato Russo
RESUMO
Esta pesquisa objetiva identificar o número de casos notificados e a mortalidade por
Dengue no período de 2008 a 2012 nos municípios da Grande Vitória. A
metodologia utilizada consiste em um estudo epidemiológico, descritivo e analítico.
As variáveis utilizadas foram óbito por idade, sexo, local de prevalência e número de
casos gerais de notificação. Os resultados apontam que o município de Vitória, com
menor população registrou taxas mais elevada de óbito, mesmo não sendo o
município com maior número de notificações, que no caso foi o município da Serra.
Quanto ao sexo apesar do número de casos notificados serem maior entre as
mulheres a taxa de óbito no geral foi maior entre os homens na faixa etária acima de
60 anos. Concluímos que embora haja divulgação sobre os riscos da Dengue e
campanhas para prevenção da doença, ainda assim existe um relevante índice de
notificações e óbitos causados pela mesma, levando em consideração que a
população precisa se conscientizar sobre a gravidade da doença. Também se faz
necessário reavaliar as políticas de saúde pensando que a mesma situação da
dengue se repete em outros agravos tais como o Zika vírus e a Chikungunya.
Palavras-chave: Dengue, Epidemia, Mortalidade.
ABSTRACT
This research aims to identify the number of reported cases and mortality from
dengue in 2008 and 2012 in the cities of Vitoria. The methodology consists of an
epidemiological, descriptive and analytical study. The variables used were death by
age, sex, prevalence of location and number of general cases of notification. The
results show that the city of Vitória, with smaller population registered higher rates of
death, despite not being the municipality with the highest number of notifications,
which in the case was the city of Serra. Regarding sex despite the number of cases
reported to be higher among women the death rate overall was higher among men
aged over 60 years. We conclude that although there is disclosure about the risks of
dengue and campaigns to prevent the disease, there is still a relevant index
notifications and deaths caused by it, taking into account that the population must be
aware of the seriousness of the disease is also needed to reassess health policy
thinking the same dengue situation is repeated in other diseases such as Zika virus
and Chikungunya.
Keywords: Dengue, Epidemic, mortality.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – População Total por Município e Sexo....................................................22
Tabela 2 – Média populacional Taxa de notificação e óbitos por dengue no período
de 2008 a 2012 dos municípios da Grande Vitória....................................................22
Tabela 3 – Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória no período de 2008
a 2012.........................................................................................................................23
Tabela 4 – Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória por sexo no período
de 2008 a 2012.......................................................................................................... 24
Tabela 5 – Porcentagem de Óbitos por Dengue por Municípios de Notificação e as
seguintes Faixa Etária no período de 2008 a 2012................................................... 25
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
2 OBJETIVO ............................................................................................................. 12
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 13
3.1TIPO DE ESTUDO ............................................................................................ 13
3.2 LOCAL DO ESTUDO ....................................................................................... 13
3.3 FONTES E COLETA DE DADOS .................................................................... 13
3.4 VARIÁVEIS ...................................................................................................... 14
3.5 MÉTODO ......................................................................................................... 14
3.6 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................... 14
4 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 15
4.1 HISTÓRIA DA DENGUE NO BRASIL E NO ES .............................................. 15
4.2 DENGUE ENQUANTO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA ............................ 16
4.3 MORTALIDADEPOR DENGUE ....................................................................... 16
4.4 FISIOPATOLOGIAE EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE ..................................... 17
4.5 COMORBIDADES ............................................................................................ 20
5 RESULTADOS ....................................................................................................... 22
6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 26
7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 28
8 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 30
10
1 INTRODUÇÃO
Este estudo versa sobre a mortalidade por Dengue nos municípios da Grande Vitória
no período de 2008 a 2012. A eleição desse período foi em função da
disponibilidade dos dados tanto no Espírito Santo quanto em nível nacional.
Segundo o Ministério da Saúde a circulação dos sorotipos da dengue (tipos 1, 2, 3 e
4) amplia o quadro epidemiológico da doença em diversas regiões do Brasil. Apesar
do empenho do Ministério da Saúde em parceria com municípios e estados, a
epidemia de dengue se acentuou ao longo dos últimos anos. Tais prevalências
demandam recursos dos serviços de saúde e conseqüentemente acaba por
desencadear óbitos. (BRASIL,2007)
A dengue é uma doença causada por qualquer um dos sorotipos dos vírus dengue,
vírus que pertencem à família flaviviridae. Considerada a mais importante virose
transmitida por artrópodes, que acomete o homem em termos de morbidade e
mortalidade. A origem do nome dengue, segundo Vambery, citado por Siler em
1926, palavra árabe arcaica, traduzida como fraqueza. A palavra refere sintomas da
doença ou comportamento praticado em conseqüência da mesma. (VERONESI,
2010)
Vista como uma doença sistêmica, a dengue é ocasionada por um vírus da família
flaviviridae, que é transmitido às pessoas por meio da picada de mosquitos
infectados do gênero Aedes. (BRASIL,2007)
Sendo assim uma doença infecciosa febril aguda sob formas benigna ou grave. Os
quais dependem de fatores inúmeros, dentre eles: “o vírus e a cepa envolvidos,
infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas
(diabetes, asma brônquica, anemia falciforme) “. (BRASIL,2007)
Ainda segundo o Ministério da Saúde (2007) trata-se de doença transmitida pela
picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, “não havendo transmissão por contato
direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou
alimento”.
A dengue pode se apresentar na forma clássica com a presença de febre, mal estar,
letargia entre outros ou ainda com sinais de alarme as quais os profissionais de
11
saúde devem se atentar que são :Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e
contínua, Vômitos persistentes, Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural,
derrame pericárdico), Hipotensão postural e/ou lipotimia, Hepatomegalia maior do
que 2 cm abaixo do rebordo costal, Sangramento de mucosa, Letargia e/ou
irritabilidade, Aumento progressivo do hematócrito. (BRASIL, 2016)
O quadro de dengue pode evoluir para dengue hemorrágica, chegando à síndrome
do choque associado à dengue (SCD), na qual ocorre derrame pleural e ascite, que
são indicadores da mesma. Dor abdominal intensa é uma queixa freqüente que
surge um pouco antes do início do choque. A consciência em geral permanece
intacta. O choque é de curta duração. O paciente normalmente morre nas primeiras
24 horas do início do choque ou se recupera rapidamente após uma adequada
reposição de fluidos. O choque não tratado resulta em acidose metabólica,
hemorragia grave do trato gastrointestinal e de outros órgãos, e um mau
prognóstico. (SINGHI, KISSOON, BANSAL, 2007)
Como as medidas preventivas o Ministério da Saúde não tem medido esforços para
minimizar e/ou eliminar a prevalência da dengue, para isso tem criado ações para
prevenção, classificação dos riscos de saúde, promoção e assistência à saúde,
aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica, definição de estratégias, capacitação
dos profissionais, sistematização das atividades, fortalecimento da articulação e
ações Inter setoriais. (BRASIL,2009)
Levando em consideração a importância da atuação da equipe de saúde,
especialmente o enfermeiro para a redução nos índices de morbimortalidade pela
doença da dengue, optou-se em pesquisar sobre essa temática com o objetivo de
identificar o índice de mortalidade por dengue nos municípios da grande vitória.
O presente estudo pretende contribuir para a ampliação do conhecimento sobre a
mortalidade relacionada ao agravo nos municípios da Grande Vitória.
12
2 OBJETIVO
Identificar o número de casos notificados e a mortalidade por Dengue no período de
2008 a 2012 nos municípios da Grande Vitória.
13
3 METODOLOGIA
3.1TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo bibliográfico, epidemiológico, descritivo e analítico.
A análise bibliográfica é a procura de uma problematizarão de um projeto de
pesquisa partindo de referências publicadas, analisando e discutindo as
contribuições culturais e cientificas. (CARVALHO, 2004)
O estudo epidemiológico descritivo tem por objetivo descrever o foco da distribuição
da doença, incluindo considerações sobre as quais populações ou subgrupos
desenvolvem ou não a doença, em quais localidades geográficas esta, é mais ou
menos comum, e como a freqüência da ocorrência varia com o tempo.
O estudo analítico tem como foco a elucidação dos determinantes da doença (ou
outro efeito), testando-se as hipóteses formuladas a partir de estudos descritivos,
tendo como objetivo final julgar se uma determinada exposição causa ou previne
doenças. (ESTRELA, 2005)
3.2 LOCAL DO ESTUDO
Foram analisados os dados de mortalidade por dengue no período de 4 anos nos
municípios que compõe a Grande Vitória, sendo eles: Cariacica, Fundão, Guarapari,
Serra, Viana, Vila Velha e Vitória dos quais a população estimada totaliza 1.910.101
habitantes. (IBGE, 2015)
3.3 FONTES E COLETA DE DADOS
A revisão da literatura se deu pelos sites da: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),
BIREME, LILACS e SCIELO, utilizando artigos publicados nos últimos 19 anos
empregando as palavras chaves: Dengue, Epidemia, Mortalidade, Febre
Hemorrágica da Dengue.
Os dados sobre a notificação e mortalidade por Dengue foram coletados do Sistema
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de informação de
mortalidade (SIM) e dados da Secretaria de Saúde do Espírito Santo. Os dados
14
populacionais foram pesquisados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
3.4 VARIÁVEIS
As variáveis utilizadas foram óbito por idade, sexo, local de residência e número de
casos gerais de notificação.
3.5 MÉTODO
As notificações e óbitos foram organizados pela estatística descritiva na forma de
tabelas contendo número de ocorrências e percentuais. Para os cálculos os dados
foram organizados em planilha EXCEL.
3.6 ASPECTOS ÉTICOS
Em relação aos aspectos éticos, por se tratar de análise de dados secundários
disponibilizados publicamente não é exigida a aprovação pelo comitê de ética em
pesquisa.
15
4 REVISÃO DA LITERATURA
4.1 HISTÓRIA DA DENGUE NO BRASIL E NO ES
No Brasil Faz-se referência à dengue desde o ano de 1846, a dengue adquiriu
importância epidemiológica, quando irrompeu a epidemia no Estado do Rio de
Janeiro e a circulação do sorotipo 1, que logo chegou a Região Nordeste. No
período entre 1986 e 1990, as epidemias de dengue atingiram alguns Estados das
Regiões Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e Nordeste
(Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia). (BRAGA, VALLE, 2007)
Em 1923, em Niterói/RJ, tem-se confirmação de epidemia, porém sem confirmação
laboratorial. Foi em 1982 a primeira epidemia confirmada por laboratório, em Boa
Vista (RR), sendo isolados os vírus DEN-1 e DEN-4. Em vários Estados da
Federação a partir de 1986, epidemias de dengue clássica têm ocorrido, com
isolamento de vírus DEN-1 e DEN-2. (BRASIL, 2001)
[...] excluindo-se o episódio de Boa Vista, capital do Estado de Roraima (em 1981, com circulação dos sorotipos 1 e 4, rapidamente contida), diferem-se três ondas epidêmicas. A primeira, no período de 1986 a 1987, apresentou prevalência de 35,2 (1986) a 65,1 (1987) casos por 100 mil habitantes. A segunda, no biênio 1990-1991, ofereceu maiores riscos às populações dos Estados do Ceará (249,1 casos/ 100.000 hab.) e do Rio de Janeiro (613,8 casos/ 100.000 hab.). A partir de 1994, observou-se rápida dispersão do vetor em grande extensão territorial, o que facilitou a circulação viral em maior número de Estados e Municípios e gerou uma rápida ascensão da doença, resultando em uma terceira onda epidêmica, em 1997-1998. (BRAGA, 2007, p. 113).
Desde 1995, quando começaram a ser notificados, os casos de dengue nunca foram
tão altos quanto no ano de 2013. Até o meio do ano tendo chegado a 72.166
registros, números que continuaram a crescer até dezembro. De acordo com a
Secretaria de Estado da Saúde (2013), a explicação para isso é a entrada do
sorotipo 4 isolado no Espírito Santo em 2012.
Diante da continuidade de elevada infestação pelo vetor em alguns municípios do
Estado do Espírito Santo, as favoráveis condições socioambientais para a
multiplicação do Aedes aegypti que são elas precárias condições de moradia, falta
de saneamento básico e coleta de lixo inapropriada , são portas de entrada e
sustentação do sorotipo DENV-4 em nosso estado, o grande quantitativo de pessoas
16
susceptíveis e perante a possibilidade de uma epidemia a partir do período das
chuvas, aumenta a preocupação da Secretaria de Estado da Saúde (2015).
O Espírito Santo é considerado o terceiro estado com prevalência considerável de
dengue, perdendo somente para Mato Grosso do Sul e Goiás. (SESA, 2015)
4.2 DENGUE ENQUANTO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA
Considerada como uma das maiores problemáticas relacionadas à saúde pública no
mundo segundo a Organização Mundial de Saúde, a dengue pode atingir 2,5 bilhões
de pessoas o que equivale a dois terços de toda a população do mundo, estima-se
ainda que 50 milhões de casos ocorram por ano. Em média 550 mil requerem
atendimento hospitalar e 20 mil acabam morrendo por causa da dengue. (MARTINS,
CASTIÑEIRAS, 2008)
As interferências sobre a dengue perpassam as ações da área de saúde, pois a
abrangência dessa doença é muito ampla. Por isso é de suma importância
mobilização de diversos setores da sociedade e da própria população para sanar a
sua prevalência. (BRASIL,2009)
4.3 MORTALIDADEPOR DENGUE
A dengue destaca-se em todo mundo nos dias atuais, de modo que, na última
década a gradativa ocorrência dessa patologia no Brasil tornou-se um problema de
grande preocupação na saúde pública resultante das complicações encontradas
para o controle das epidemias e pelo dever na melhoria no atendimento aos
pacientes infectados pelas várias formas da doença. (BARRETO, TEIXEIRA, 2008)
A verificação de 94 óbitos, conduzido pelo Ministério da Saúde em 2010, divulgou
que atitudes relacionadas á ordem dos serviços, tais como baixa cooperação da
atenção primária como porta preferencial do sistema, a busca pelo atendimento em
várias unidades de Saúde e a não observação dos sinais de alarme, parecem ser
determinantes para o acontecimento dos óbitos. (BRASIL,2013)
17
O município de Vitória, desde 1998, não passava por epidemia de tão grandes
proporções como a ocorrida no ano de 2013. Apesar do grande número de casos
notificados, a assistência prestada ao paciente foi eficaz, tendo em vista o
percentual de 44% (166 casos), em relação ao total de casos graves (376) e a
ocorrência e apenas um óbito. (SESA, 2015)
De acordo com os dados dos sistemas de informação do Ministério da Saúde,
observa-se uma tendência maior dos casos de febre hemorrágica e de óbitos pela
Dengue na última década, com uma taxa média de letalidade de 6,8%entre 2000 e
2009. (FIGUEIRÓ et al, 2008)
Apesar de não haver tratamento específico para a dengue e não se sabe quais os
mecanismos que inclinam para o agravamento dos casos, o choque e o óbito, os
quadros graves e mortes por dengue poderiam ser evitados ou diminuídos
empregando-se medidas de suporte terapêuticos comprovadamente eficazes e
disponíveis nos serviços de saúde. Havendo altas taxas de mortalidade por dengue
e o reconhecimento da responsabilidade direta do setor da saúde na promoção de
ações e práticas capazes de evitá-la. (FIGUEIRÓ et al, 2008)
Ainda sobre o estudo de Figueiró et al (2008) assume-se como pressuposto para o
mesmo que a elevada ocorrência de óbitos por dengue se dá pela baixa qualidade
da assistência relacionada às condições organizacionais dos serviços e práticas
profissionais quanto ao manejo clínico dos casos.
4.4 FISIOPATOLOGIAE EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE
Através da picada do mosquito, os vírus inseridos fazem a primeira reprodução em
células musculares, fibroblastos e linfonodos locais. Após isso, espalham-se por
todo o organismo, onde circulam livremente no plasma ou no interior de
monócitos/macrófagos. Depois da fase da formação de dois a sete dias surgem os
sintomas gerais, como febre e mal-estar. Esses sintomas ligam-se em nível séricos
altos de citocinas, que são permitidas por macrófagos ao interagirem com os
linfócitos T (ativados), de receptores solúveis CD4 (fator de necrose tumoral) e
aceleração de plaquetas (PAF). Ainda relacionadas aos altos teores de citocinas
18
macrofágicas, estão a presença de leucopenia e a discreta e transitória depressão
medular. Já as mialgias são conseqüência da proliferação viral nos tecidos e a
cefaléia retroorbitária, que muitos pacientes apresentam, estão relacionadas com os
músculos oculomotores. (FIGUEIREDO, 1999)
O ataque viral ao macrófago, que se relaciona à virulência da cepa infectante,
colaborou para a fisiopatologia da dengue hemorrágica. Já a base fisiopatológica
FDH é a resposta imune à permeabilidade de forma irregular, envolvendo leucócitos,
citocinas e imunocomplexos, resultante da má função vascular endotelial sem
destruir o endotélio. Com isso, a pressão arterial começa a sofrer queda e as
hemorragias começam a se manifestar associando-se a trombocitopenia.
(VERONESI, 2010)
A dengue pode se apresentar de forma assintomática ou sintomática. Quando
sintomática, originando uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico,
alterando desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo levar ao
óbito. Três fases podem ocorrer: febril, crítica e de recuperação. (BRASIL, 2016)
Por ser considerada uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser avisado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica, o mais rápido possível. Este deverá comunicar de imediato o fato à equipe de controle vetorial local para o seguimento das medidas necessárias ao combate do vetor. Em situações epidêmicas, a coleta e o fluxo dos dados devem permitir o acompanhamento da curva epidêmica, com vistas ao desencadeamento e análise das medidas de controle. (BRASIL, 2009, p. 520).
Segundo Honorato et al (2014) e Machado, Oliveira, Souza-Souza, (2009) evidencia-
se que com o aparecimento de conglomerados sociais, em precárias condições de
moradia, saneamento básico inadequado e o descarte e coleta de lixo inapropriado,
sendo agravantes urbanos para elevação do perigo de prevalência e de sustentação
das ocorrências de dengue. Que também pode estar associado e se explica pela
desigualdade social desses locais. (HONORATO et al2014)
Constata-se que os municípios com mais risco se concentram na região
metropolitana de Vitória, salientando a relevância dos fatores sociais da saúde no
risco de dengue.
As conclusões apontadas pelo estudo de Cavallini (2014), em Caraguatatuba/SP
são impressionantes e mostram que a visão da dengue como doença 'democrática',
19
que 'atinge todas as classes sem distinção' precisa ser revista. “Uma demonstração
disso está na proximidade entre os grupos populacionais mais atingidos e os locais
estratégicos. Como a Prefeitura já tinha esses pontos mapeados, foi possível
constatar que morar em um raio de 300 metros desses locais aumenta em 67% a
taxa de incidência de dengue. E as borracharias e depósitos de materiais recicláveis
não estão em bairros nobres ou condomínios; estão na periferia”, acrescenta o
cientista social.
Ainda segundo o mesmo autor no ano de 2010, no Estado do Espírito Santo a
dengue se apresenta de forma não homogênea no território estadual, com maior
índice na capital, Vitória, e no município da Serra, as amostras de anos anteriores
demonstram que no Espírito Santo a prevalência de 740,06/100 mil e 952,84/100 mil
em 2008 e 2009, nesta ordem, são maiores que em 2010 (623,99/100 mil).
(HONORATO et al,2014)
Honorato et al (2014), estudando os casos de óbito por dengue no Espírito Santo, no
ano de 2010, referiu que por seu caráter endêmico e epidêmico de grande
magnitude, apresenta importante impacto social e econômico, uma vez que parte
significativa dos indivíduos acometidos está em idade produtiva.
Em relação à ocorrência de dengue por sexo o estudo de Evangelista (2012), refere
que o sexo feminino foi o mais infectado pelo vírus da dengue de ambas as formas
(clássica e hemorrágica)
Em um estudo realizado na cidade de Manaus Amazonas Bastos (2004), relatou que
houve um número maior de casos de dengue nas mulheres, apesar de discreto,
provavelmente pelo fato das mulheres permanecerem mais tempo nas suas
residências que os homens. Já que a transmissão acontece principalmente no
domicilio, a diferença observada pode ser explicada também devido à maior
exposição dessas mulheres, ou também por elas procurarem mais os serviços de
saúde para esclarecimento do diagnóstico e para o tratamento. (SILVA,2015).
O estudo de Torres (2005), também sustenta a tese de que a ocorrência de maior
número de casos de dengue no sexo feminino é um padrão, pois tal grupo é mais
afetado devido à característica domiciliar do vetor. Esta questão também é
demonstrada por Vasconcelos que comenta maior concentração de casos nas
20
mulheres também pode ser decorrente de maior uso de serviços de saúde,
resultando em possível viés de notificação. (VASCONCELOS et al, 1993).
Em relação à faixa etária, o estudo de Flauzino, na cidade de Niterói, RJ, observou
que 38,2% dos casos ocorreram na faixa economicamente ativa entre 20 e 29 anos
(21,1% da população). Assim, deve ser considerado que o percentual elevado de
casos em faixa etária economicamente ativa também pode estar relacionado à
necessidade de busca de atestados médicos para justificar ausência de trabalho,
acarretando outro viés de notificação. (FLAUZINO et al, 2009)
4.5 COMORBIDADES
Pessoas que apresentam condições médicas preexistentes (ex. cardiopatia,
diabetes, pneumopatia crônica, gravidez, uso de como: anti-inflamatórios não
esteróides, anticoagulantes orais, anti agregantes plaquetários e no caso de doença
péptica) necessitam de acompanhamento em todas as etapas, adaptando
tratamento geral da dengue às necessidades próprias para cada situação. Ou seja,
uma patologia pré-existente requer da equipe de saúde uma atenção mais criteriosa,
uma vez que estas contribuem para complicações da dengue. Questão que também
afeta a gestante e o feto uma vez que durante a gravidez a dengue está associada a
aumento da mortalidade materno e fetal, prematuridade, baixo peso ao nascer e
anomalias fetais. (Rocha et al, 2011)
Por apresentar aumento fisiológico do volume sanguíneo, a grávida pode esconder
os sinais de hipovolemia até que o caso se torne grave. A gestante então deverá ser
acompanhada por obstetra visando também o estado do feto a cada mudança do
estado clínico materno, observando-se a possibilidade de complicações gestacional
relacionadas à hipoperfusão, descolamento prematuro da placenta e outras
hemorragias uterinas. (VERDEAL et al, 2011)
O estudo de Nascimento et al (2015), sobre a caracterização dos casos suspeitos de
dengue internados na capital do estado de Goiás em 2013, identificou um período de
grande epidemia com registros de comorbidades em 60 casos. Observou a presença
mais freqüente de hipertensão arterial, seguida de hipertensão arterial associada à
21
diabetes mellitus, e hipertensão arterial e cardiopatias diversas, etilismo, pneumonia
e tabagismo, entre outras comorbidades.
Ainda segundo o mesmo autor, essa distribuição das comorbidades foi similar às
reconhecidas pelo Ministério da Saúde como doenças crônicas se configurando
como alerta para condução diferenciada no acompanhamento dos pacientes com
Dengue.
Segundo Ministério da Saúde (2013), idosos tem risco de falecimento por dengue 12
vezes maior do que qualquer outra faixa etária. O estudo de Garcia-Rivierarealizado
em Porto Rico no ano de 2003 identificou o perfil de mortalidade por dengue entre
17.666casos confirmados por sorologia apontou maior proporção de idosos
hospitalizados, bem como desenvolvimento de formas graves da doença. (GARCIA,
2003)
Portanto, os idosos requerem da equipe de saúde uma atenção mais criteriosa visto
que morbidades como indicativo de complicações da dengue, estão frequentemente
associadas às comorbidades da população idosa.
22
5 RESULTADOS
Tabela 1-População Total por Município e Sexo
Município Homem Mulher Total
Cariacica 169.958 178.780 348.738
Fundão 8.489 8.536 17.025
Guarapari 51.494 53.792 105.286
Serra 201.415 207.852 409.267
Viana 33.191 31.810 65.001
Vila Velha 199.146 215.440 414.586
Vitória 153.948 173.853 327.801
Fonte: IBGE (2010)
Na Tabela 2, observa-se que dentre as médias populacionais dos municípios da
Grande Vitória observou-se que se destacam tendo a maior população Vila Velha
seguida por Serra, Cariacica, Vitória, Guarapari, Viana e Fundão sendo o principal
município em números de casos notificados da doença, Serra, com diferença de
0,9% da capital Vitória seguida por Viana, Guarapari, Vila Velha, Cariacica e Fundão
tendo os últimos, baixas taxas de notificação.
Utilizando os óbitos por número de casos notificados observa-se maior taxa no
município de Cariacica seguida por Vitória, Vila Velha com pouca diferença entre os
mesmos e com menores taxas Serra e Viana e, com nenhum óbito notificado em
Guarapari apesar do elevado índice de notificação, em Fundão também não aparece
nenhum óbito registrado por dengue.
Tabela 2–Média populacional Taxa de notificação e óbitos por dengue no período de
2008 a 2012 dos municípios da Grande Vitória.
Município População
Média estimada
Notificação SINAN
Óbito SIM
Taxa de Óbito/notificação
SINAN (%)
Taxa de notificação (%) para a população
média
Cariacica 355.984,0 7.214 13 0,18 2,0
Fundão 16.909,4 107 0 0,00 0,6
Guarapari 105.470,4 4.444 0 0,00 4,2
Serra 409.955,8 26.059 14 0,05 6,4
Viana 63.730,8 2854 1 0,04 4,5
Vila Velha 416.103,0 14.689 24 0,16 3,5
Vitória 325.892,4 18.032 30 0,17 5,5
23
Total – 73399 82 0,11 –
Fonte: Dados do IBGE/SINAN/SIM, (2016)
Observa-se na Tabela 3 uma porcentagem elevada de Óbitos por Dengue no ano de
2009 nos municípios da Grande Vitória.
Já no ano de 2012, observa-se menor taxa de óbitos por dengue em todos os
municípios estudados, exceto, o município de Vitória que mantém nos últimos três
anos, do período estudado a mesma taxa de óbitos.
Os municípios com freqüência elevada de óbitos por dengue no ano de 2009 foram
Vitória e Vila Velha, seguido de Cariacica e Serra.
Como se observa Fundão, Guarapari e Viana não apresentaram óbitos, segundo os
dados.
Chama a atenção, que o município de Vitória, com menor população tenha
registrado taxas mais elevadas de óbitos, mesmo não sendo o município com maior
número de notificações, que no caso foi o município da Serra.
Tabela 3–Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória no período de 2008 a
2012.
Município de notificação
Óbitos (%)n = 82 Total
2008 2009 2010 2011 2012
Cariacica 0 (0,0) 9 (11,0) 1 (1,2) 2 (2,4) 1 (1,2) 13 (15,9)
Fundão 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Guarapari 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Serra 1 (1,2) 9 (11,0) 2 (2,4) 2 (2,4) 0 (0,0) 14 (17,1)
Viana 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2)
Vila Velha 3 (3,7) 13 (15,9) 5 (6,1) 2 (2,4) 1 (1,2) 24 (29,3)
Vitória 4 (4,9) 17 (20,7) 3 (3,7) 3 (3,7) 3 (3,7) 30 (36,6)
Total 8 (9,8) 48 (58,5) 12 (14,6) 9 (11,0) 5 (6,1) 82 (100,0)
Fonte: Sistema de Informação de mortalidade (SIM,2016)
Tabela 4, uma porcentagem elevada de Óbitos por Dengue no município de Vitória
no período de 2008 a 2012 prevalecendo o sexo masculino na população.
24
Observa-se o predomínio de óbitos por dengue entre os homens também nos
municípios de Vila Velha, Viana e Cariacica, no período de 2008 a 2012. Nos
municípios de Fundão e Guarapari não foram registrados óbitos nesse mesmo
período.
Tabela 4–Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória por sexo no período
de 2008 a 2012.
Município de notificação
Sexo
Óbito (% do total n=82)
Total 2008 2009 2010 2011 2012
Cariacica M 0 (0,0) 5 (6,1) 1 (1,2) 1 (1,2) 1 (1,2) 8 (9,8)
F 0 (0,0) 4 (4,9) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 5 (6,1)
Fundão M 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
F 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Guarapari M 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
F 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Serra M 1 (1,2) 4 (4,9) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 5 (6,1)
F 0 (0,0) 5 (6,1) 2 (2,4) 2 (2,4) 0 (0,0) 9 (11,0)
Viana M 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2)
F 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Vila Velha M 2 (2,4) 7 (8,5) 3 (3,7) 1 (1,2) 1 (1,2) 14 (17,1)
F 1 (1,2) 6 (7,3) 2 (2,4) 1 (1,2) 0 (0,0) 10 (12,2)
Vitória M 1 (1,2) 11 (13,4) 2 (2,4) 0 (0,0) 2 (2,4) 16 (19,5)
F 3 (3,7) 6 (7,3) 1 (1,2) 3 (3,7) 1 (1,2) 14 (17,1)
Fonte: Sistema de Informação de mortalidade (SIM,2016)
Segundo Tabela 5, no Município de Cariacica, 2009 foi o ano em que foi registrado o
número maior de casos de óbitos por dengue, observa-se que a porcentagem destes
óbitos aparece entre a faixa etária de 60 anos ou mais, bem como em Serra e em
Vitória. E os demais municípios Fundão, Guarapari e Viana, não registraram óbitos
nesse período.
Na faixa etária de 40 a 59 anos, no município de Vila Velha também se observa em
2009 e em 2010, a porcentagem alta de óbitos, e em Vitória no período de 2009.
Porém nos Municípios de Cariacica, Serra e Viana, a quantidade foi menor, e em
Fundão e Guarapari não houve óbitos.
25
Tabela 5 – Porcentagem de Óbitos por Dengue por Municípios de Notificação e as
seguintes Faixa Etária no período de 2008 a 2012.
Município de notificação
Ano
% de Óbito por Município e faixa etária no período de 2008 a 2012
Menor de 1 ano
5 a 14 anos
15 a 39 anos
40 a 59 anos
60 ou mais Total
Cariacica
2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2009 0 (0,0) 0 (0,0) 4 (4,9) 1 (1,2) 4 (4,9) 9 (11,0)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2)
Fundão
2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2009 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Guarapari
2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2009 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Serra
2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2)
2009 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4) 3 (3,7) 3 (3,7) 9 (11,0)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 2 (2,4)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Vila Velha
2008 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 0 (0,0) 3 (3,7)
2009 1 (1,2) 2 (2,4) 2 (2,4) 7 (8,5) 1 (1,2) 13 (15,9)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 3 (3,7) 1 (1,2) 5 (6,1)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2)
Vitória
2008 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4) 0 (0,0) 4 (4,9)
2009 0 (0,0) 2 (2,4) 2 (2,4) 6 (7,3) 7 (8,5) 17 (20,7)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 1 (1,2) 3 (3,7)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (2,4) 1 (1,2) 3 (3,7)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 1 (1,2) 3 (3,7)
Viana
2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2009 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2)
2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)
Total 3 (3,7) 5 (6,1) 18 (22,0) 31 (37,8) 25 (30,5) 82 (100,0)
Fonte: Sistema de Informação de mortalidade (SIM,2016)
26
6 DISCUSSÃO
Na Tabela 2, observou-se que se destacam tendo a maior população Vila Velha
seguida por Serra, Cariacica, Vitória, Guarapari, Viana e Fundão sendo o principal
município em número de casos notificados da doença, Serra, com diferença de 0,9%
da capital Vitória seguida por Viana, Guarapari, Vila Velha, Cariacica e Fundão
tendo os últimos, baixas taxas de notificação
Fazendo referência também ao estudo de Honorato et al (2014) e Machado, Oliveira
Souza-Souza (2009), que evidência que com o aparecimento de conglomerados
sociais, em precárias condições de moradia, saneamento básico inadequado e o
descarte e coleta de lixo inapropriado, sendo agravantes urbanos para elevação do
perigo de prevalência e de sustentação das ocorrências de dengue. Que também
pode estar associado e se explica pela desigualdade social desses locais, fatos que
se observa em todos os municípios que compõem a Região Metropolitana da
Grande Vitória.
Concordamos com o estudo de Honorato quando consta que os municípios com
mais risco se concentram na Região Metropolitana de Vitória, salientando a
relevância dos fatores sociais da saúde no risco de dengue. (HONORATO et al
2014)
Ainda fazendo referência à sobre os óbitos em relação ao número de casos
notificados, o município de Cariacica, mesmo não sendo o que teve maior número
de notificação aparece coma maior taxa de óbitos
Podemos inferir que o sistema de saúde do município pode está influenciando
negativamente para este resultado, pois, para o Ministério da Saúde a baixa
cobertura na atenção primária como porta preferencial do sistema, somado a busca
pelo atendimento em várias unidades de Saúde e a não observação dos sinais de
alarme, parecem ser determinantes para o acontecimento dos óbitos. (FIGUEIRÓ,
2011)
Observa-se na Tabela 3 uma porcentagem elevada de Óbitos por Dengue no ano de
2009 nos municípios da Grande Vitória. O estudo de Honorato colabora com os
resultados encontrados na pesquisa quando refere que no ano de 2010, no Estado
do Espírito Santo o dengue se apresenta de forma não homogênea no território
27
estadual, com maior índice na capital, Vitória, e no município da Serra, as amostras
de anos anteriores demonstram que no Espírito Santo a prevalência de 740,06/100
mil e 952,84/100 mil em 2008 e 2009, nesta ordem, são maiores que em 2010
(623,99/100 mil). (HONORATO et al 2014)
Na Tabela 4 que traz o percentual de óbitos por sexo, identifica-se uma prevalência,
no período em estudo, entre o sexo masculino. Sobre esta questão podemos inferir
que os óbitos atribuídos ao sexo masculino podem estar correlacionados ao
comportamento do homem com seu auto cuidado.
Apesar de estudos mostrarem que a prevalência da dengue em mulheres, segundo
notificação, tanto na forma clássica como hemorrágica é mais significativa, os óbitos
identificados neste estudo foram maiores entre os homens. Esta questão pode ser
analisada a partir do comportamento do homem em relação ao cuidado com sua
saúde, conforme já mencionado ou por viés de notificação sustentado pelos estudos
de Evangelista (2012), Bastos (2004) e Torres (2005).
Na Tabela 5, como apresentada acima a porcentagem dos óbitos aparece entre a
faixa etária de 60 anos ou mais, seguida pela faixa etária de 40 a 59 anos. Apesar
dos estudos mostrarem que a taxa de notificação é predominante na faixa etária
produtiva, os óbitos são maiores entre os idosos em função de ser considerado
grupo de risco devido à presença de comorbidades.
O estudo de Flauzino, por exemplo, observou que 38,2% dos casos ocorreram na
faixa economicamente ativa entre 20 e 29 anos, considerado que o percentual
elevado de casos em faixa etária economicamente ativa também pode estar
relacionado à necessidade de busca de atestados médicos para justificar ausência
de trabalho, acarretando outro viés de notificação. (FLAUZINO et al 2009)
Brasil (2013), os resultados referentes aos óbitos em idosos são sustentados pelo
Ministério da Saúde, que refere que os idosos têm risco de falecimento por dengue
12 vezes maior do que qualquer outra faixa etária. Assim como o estudo de Garcia-
Riviera, identificou o perfil de mortalidade por dengue entre 17.666casos
confirmados por sorologia apontou maior proporção de idosos hospitalizados, bem
como desenvolvimento de formas graves da doença. (GARCIA et al, 2015)
28
7 CONCLUSÃO
O presente estudo teve como objetivo identificar o número de casos notificados e a
mortalidade por Dengue no período de 2008 a 2012 nos municípios da Grande
Vitória. Entendemos que a metodologia foi adequada ao alcance do objetivo
proposto, porém a busca nas bases de dados foi inicialmente dificultosa por falta de
prática na utilização dos sistemas de informações de governos.
A revisão da literatura nos proporcionou ampliação de conhecimento sobre o agravo
e também nos possibilitou a reflexão da necessidade de medidas mais efetivas para
o controle da doença.
Podemos observar durante a elaboração desta pesquisa como a doença se
comporta em relação à população afetada, dentro das variáveis sexo e faixa etária e
podemos constatar que como aparece nos resultados, que o evento óbito aparece
mais entre os homens e os idosos, portanto, é necessário que a equipe de saúde em
geral, e os enfermeiros, em particular devem ressalvar as políticas de saúde do
homem e ter critério mais rigoroso na assistência dos casos de dengue entre idosos
já que os mesmos apresentam comorbidades que implicam em um prognóstico pior.
Este estudo demonstra também que embora haja divulgação sobre os riscos da
Dengue e campanhas para prevenção da doença, ainda assim existe um relevante
índice de notificações e óbitos causados pela mesma, levando em consideração que
a população precisa se conscientizar sobre a gravidade da doença, também se faz
necessário reavaliar as políticas de saúde pensando que a mesma situação da
dengue se repete em outros agravos tais como o Zikavírus e aChikungunya.
Reforçamos então que melhor forma de controlar a doença é através de medidas
profiláticas. Dentre elas está a prevenção, por meio da conscientização da
população sobre a gravidade da doença e colaboração na eliminação dos focos de
reprodução do mosquito transmissor. Ainda assim, faz-se necessária a observação
de sintomas de doenças adquiridas, acompanhando os casos mais graves que
tendem a evoluir para a febre hemorrágica.
Algumas questões que não se configuravam em objetivos do estudo se mostraram
interessantes para novas pesquisas. A exemplo podemos citar a questão da
investigação de óbito, uma vez que sendo Cariacica, Serra e Vila Velha municípios
29
mais populosos do que Vitória, a freqüência dos óbitos foi maior em Vitória. Será
que este resultado se deu em função de Vitória ter uma política de verificação de
óbitos clínicos mais criteriosos, segundo informações da própria secretaria municipal
de saúde de Vitória? Como está a política de verificação de óbitos dos demais
municípios da Grande Vitória?
30
8 REFERÊNCIAS
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