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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM ELIANE TEXEIRA DE GOIS JOSEANE MATTOS RIBEIRO NANIBIA NAYARA FERREIRA MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO ESTADO DO ES (2008 2012) VITÓRIA 2016

MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE … Joseane e... · A dengue é uma doença causada por qualquer um dos sorotipos dos ... transmitida por ... Sendo assim uma doença

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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

ELIANE TEXEIRA DE GOIS

JOSEANE MATTOS RIBEIRO

NANIBIA NAYARA FERREIRA

MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO

ESTADO DO ES (2008 – 2012)

VITÓRIA

2016

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ELIANE TEXEIRA DE GOIS

JOSEANE MATTOS RIBEIRO

NANIBIA NAYARA FERREIRA

MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO

ESTADO DO ES (2008 – 2012)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

à Faculdade Escola Superior de Ciências da

Santa Casa de Misericórdia de Vitória como

requisito parcial para obtenção do grau de

Bacharel em Enfermagem.

Orientador: Prof.ª Maria Carlota de Rezende.

VITÓRIA

2016

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ELIANE TEXEIRA DE GOIS

JOSEANE MATTOS RIBEIRO

NANIBIA NAYARA FERREIRA

MORTALIDADE POR DENGUE NOS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA NO

ESTADO DO ES (2008 – 2012)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Escola Superior de

Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM, como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em de. de

BANCA EXAMINADORA

Dr. Maria Carlota de Rezende

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de vitória – EMESCAM

Orientadora

Ms.Rubens José Loureiro Membro Interno

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de vitória – EMESCAM

Mestranda. Ana Catarina Tavares Loureiro

Membro Externo

VITÓRIA

2016

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida, por ter nos fortalecido até este momento e pela

oportunidade de estarmos realizando este sonho.

A minha família pelo incentivo, oração e incansável apoio nos momentos de

dificuldade e principalmente por nos ensinar a viver com dignidade.

A nossa Professora e Orientadora Dr. Maria Carlota de Rezende por nos conduzir ao

longo deste projeto, acompanhado nossos passos e considerando nossas

dificuldades nos ajudando a alcançar nosso objetivo.

A todos os PROFESSORES desta instituição de ensino que contribuíram para nossa

formação compartilhando de suas experiências e conhecimentos.

Enfim a todos que acreditaram e que colaboraram para a concretização deste

trabalho, que simboliza o ápice de nossa formação acadêmica.

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Nunca deixe que lhe digam que não vale

apena acreditar no sonho que se tem, ou

que seus planos nunca vão dar certo, ou

que você nunca vai ser alguém...

.... Quem acredita sempre alcança!

Renato Russo

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RESUMO

Esta pesquisa objetiva identificar o número de casos notificados e a mortalidade por

Dengue no período de 2008 a 2012 nos municípios da Grande Vitória. A

metodologia utilizada consiste em um estudo epidemiológico, descritivo e analítico.

As variáveis utilizadas foram óbito por idade, sexo, local de prevalência e número de

casos gerais de notificação. Os resultados apontam que o município de Vitória, com

menor população registrou taxas mais elevada de óbito, mesmo não sendo o

município com maior número de notificações, que no caso foi o município da Serra.

Quanto ao sexo apesar do número de casos notificados serem maior entre as

mulheres a taxa de óbito no geral foi maior entre os homens na faixa etária acima de

60 anos. Concluímos que embora haja divulgação sobre os riscos da Dengue e

campanhas para prevenção da doença, ainda assim existe um relevante índice de

notificações e óbitos causados pela mesma, levando em consideração que a

população precisa se conscientizar sobre a gravidade da doença. Também se faz

necessário reavaliar as políticas de saúde pensando que a mesma situação da

dengue se repete em outros agravos tais como o Zika vírus e a Chikungunya.

Palavras-chave: Dengue, Epidemia, Mortalidade.

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ABSTRACT

This research aims to identify the number of reported cases and mortality from

dengue in 2008 and 2012 in the cities of Vitoria. The methodology consists of an

epidemiological, descriptive and analytical study. The variables used were death by

age, sex, prevalence of location and number of general cases of notification. The

results show that the city of Vitória, with smaller population registered higher rates of

death, despite not being the municipality with the highest number of notifications,

which in the case was the city of Serra. Regarding sex despite the number of cases

reported to be higher among women the death rate overall was higher among men

aged over 60 years. We conclude that although there is disclosure about the risks of

dengue and campaigns to prevent the disease, there is still a relevant index

notifications and deaths caused by it, taking into account that the population must be

aware of the seriousness of the disease is also needed to reassess health policy

thinking the same dengue situation is repeated in other diseases such as Zika virus

and Chikungunya.

Keywords: Dengue, Epidemic, mortality.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – População Total por Município e Sexo....................................................22

Tabela 2 – Média populacional Taxa de notificação e óbitos por dengue no período

de 2008 a 2012 dos municípios da Grande Vitória....................................................22

Tabela 3 – Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória no período de 2008

a 2012.........................................................................................................................23

Tabela 4 – Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória por sexo no período

de 2008 a 2012.......................................................................................................... 24

Tabela 5 – Porcentagem de Óbitos por Dengue por Municípios de Notificação e as

seguintes Faixa Etária no período de 2008 a 2012................................................... 25

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 OBJETIVO ............................................................................................................. 12

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 13

3.1TIPO DE ESTUDO ............................................................................................ 13

3.2 LOCAL DO ESTUDO ....................................................................................... 13

3.3 FONTES E COLETA DE DADOS .................................................................... 13

3.4 VARIÁVEIS ...................................................................................................... 14

3.5 MÉTODO ......................................................................................................... 14

3.6 ASPECTOS ÉTICOS ....................................................................................... 14

4 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................. 15

4.1 HISTÓRIA DA DENGUE NO BRASIL E NO ES .............................................. 15

4.2 DENGUE ENQUANTO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA ............................ 16

4.3 MORTALIDADEPOR DENGUE ....................................................................... 16

4.4 FISIOPATOLOGIAE EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE ..................................... 17

4.5 COMORBIDADES ............................................................................................ 20

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 22

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 26

7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 28

8 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 30

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1 INTRODUÇÃO

Este estudo versa sobre a mortalidade por Dengue nos municípios da Grande Vitória

no período de 2008 a 2012. A eleição desse período foi em função da

disponibilidade dos dados tanto no Espírito Santo quanto em nível nacional.

Segundo o Ministério da Saúde a circulação dos sorotipos da dengue (tipos 1, 2, 3 e

4) amplia o quadro epidemiológico da doença em diversas regiões do Brasil. Apesar

do empenho do Ministério da Saúde em parceria com municípios e estados, a

epidemia de dengue se acentuou ao longo dos últimos anos. Tais prevalências

demandam recursos dos serviços de saúde e conseqüentemente acaba por

desencadear óbitos. (BRASIL,2007)

A dengue é uma doença causada por qualquer um dos sorotipos dos vírus dengue,

vírus que pertencem à família flaviviridae. Considerada a mais importante virose

transmitida por artrópodes, que acomete o homem em termos de morbidade e

mortalidade. A origem do nome dengue, segundo Vambery, citado por Siler em

1926, palavra árabe arcaica, traduzida como fraqueza. A palavra refere sintomas da

doença ou comportamento praticado em conseqüência da mesma. (VERONESI,

2010)

Vista como uma doença sistêmica, a dengue é ocasionada por um vírus da família

flaviviridae, que é transmitido às pessoas por meio da picada de mosquitos

infectados do gênero Aedes. (BRASIL,2007)

Sendo assim uma doença infecciosa febril aguda sob formas benigna ou grave. Os

quais dependem de fatores inúmeros, dentre eles: “o vírus e a cepa envolvidos,

infecção anterior pelo vírus da dengue e fatores individuais como doenças crônicas

(diabetes, asma brônquica, anemia falciforme) “. (BRASIL,2007)

Ainda segundo o Ministério da Saúde (2007) trata-se de doença transmitida pela

picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, “não havendo transmissão por contato

direto com um doente ou suas secreções, nem por meio de fontes de água ou

alimento”.

A dengue pode se apresentar na forma clássica com a presença de febre, mal estar,

letargia entre outros ou ainda com sinais de alarme as quais os profissionais de

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saúde devem se atentar que são :Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e

contínua, Vômitos persistentes, Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural,

derrame pericárdico), Hipotensão postural e/ou lipotimia, Hepatomegalia maior do

que 2 cm abaixo do rebordo costal, Sangramento de mucosa, Letargia e/ou

irritabilidade, Aumento progressivo do hematócrito. (BRASIL, 2016)

O quadro de dengue pode evoluir para dengue hemorrágica, chegando à síndrome

do choque associado à dengue (SCD), na qual ocorre derrame pleural e ascite, que

são indicadores da mesma. Dor abdominal intensa é uma queixa freqüente que

surge um pouco antes do início do choque. A consciência em geral permanece

intacta. O choque é de curta duração. O paciente normalmente morre nas primeiras

24 horas do início do choque ou se recupera rapidamente após uma adequada

reposição de fluidos. O choque não tratado resulta em acidose metabólica,

hemorragia grave do trato gastrointestinal e de outros órgãos, e um mau

prognóstico. (SINGHI, KISSOON, BANSAL, 2007)

Como as medidas preventivas o Ministério da Saúde não tem medido esforços para

minimizar e/ou eliminar a prevalência da dengue, para isso tem criado ações para

prevenção, classificação dos riscos de saúde, promoção e assistência à saúde,

aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica, definição de estratégias, capacitação

dos profissionais, sistematização das atividades, fortalecimento da articulação e

ações Inter setoriais. (BRASIL,2009)

Levando em consideração a importância da atuação da equipe de saúde,

especialmente o enfermeiro para a redução nos índices de morbimortalidade pela

doença da dengue, optou-se em pesquisar sobre essa temática com o objetivo de

identificar o índice de mortalidade por dengue nos municípios da grande vitória.

O presente estudo pretende contribuir para a ampliação do conhecimento sobre a

mortalidade relacionada ao agravo nos municípios da Grande Vitória.

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2 OBJETIVO

Identificar o número de casos notificados e a mortalidade por Dengue no período de

2008 a 2012 nos municípios da Grande Vitória.

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3 METODOLOGIA

3.1TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo bibliográfico, epidemiológico, descritivo e analítico.

A análise bibliográfica é a procura de uma problematizarão de um projeto de

pesquisa partindo de referências publicadas, analisando e discutindo as

contribuições culturais e cientificas. (CARVALHO, 2004)

O estudo epidemiológico descritivo tem por objetivo descrever o foco da distribuição

da doença, incluindo considerações sobre as quais populações ou subgrupos

desenvolvem ou não a doença, em quais localidades geográficas esta, é mais ou

menos comum, e como a freqüência da ocorrência varia com o tempo.

O estudo analítico tem como foco a elucidação dos determinantes da doença (ou

outro efeito), testando-se as hipóteses formuladas a partir de estudos descritivos,

tendo como objetivo final julgar se uma determinada exposição causa ou previne

doenças. (ESTRELA, 2005)

3.2 LOCAL DO ESTUDO

Foram analisados os dados de mortalidade por dengue no período de 4 anos nos

municípios que compõe a Grande Vitória, sendo eles: Cariacica, Fundão, Guarapari,

Serra, Viana, Vila Velha e Vitória dos quais a população estimada totaliza 1.910.101

habitantes. (IBGE, 2015)

3.3 FONTES E COLETA DE DADOS

A revisão da literatura se deu pelos sites da: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),

BIREME, LILACS e SCIELO, utilizando artigos publicados nos últimos 19 anos

empregando as palavras chaves: Dengue, Epidemia, Mortalidade, Febre

Hemorrágica da Dengue.

Os dados sobre a notificação e mortalidade por Dengue foram coletados do Sistema

de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Sistema de informação de

mortalidade (SIM) e dados da Secretaria de Saúde do Espírito Santo. Os dados

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populacionais foram pesquisados no site do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE).

3.4 VARIÁVEIS

As variáveis utilizadas foram óbito por idade, sexo, local de residência e número de

casos gerais de notificação.

3.5 MÉTODO

As notificações e óbitos foram organizados pela estatística descritiva na forma de

tabelas contendo número de ocorrências e percentuais. Para os cálculos os dados

foram organizados em planilha EXCEL.

3.6 ASPECTOS ÉTICOS

Em relação aos aspectos éticos, por se tratar de análise de dados secundários

disponibilizados publicamente não é exigida a aprovação pelo comitê de ética em

pesquisa.

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4 REVISÃO DA LITERATURA

4.1 HISTÓRIA DA DENGUE NO BRASIL E NO ES

No Brasil Faz-se referência à dengue desde o ano de 1846, a dengue adquiriu

importância epidemiológica, quando irrompeu a epidemia no Estado do Rio de

Janeiro e a circulação do sorotipo 1, que logo chegou a Região Nordeste. No

período entre 1986 e 1990, as epidemias de dengue atingiram alguns Estados das

Regiões Sudeste (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e Nordeste

(Pernambuco, Alagoas, Ceará e Bahia). (BRAGA, VALLE, 2007)

Em 1923, em Niterói/RJ, tem-se confirmação de epidemia, porém sem confirmação

laboratorial. Foi em 1982 a primeira epidemia confirmada por laboratório, em Boa

Vista (RR), sendo isolados os vírus DEN-1 e DEN-4. Em vários Estados da

Federação a partir de 1986, epidemias de dengue clássica têm ocorrido, com

isolamento de vírus DEN-1 e DEN-2. (BRASIL, 2001)

[...] excluindo-se o episódio de Boa Vista, capital do Estado de Roraima (em 1981, com circulação dos sorotipos 1 e 4, rapidamente contida), diferem-se três ondas epidêmicas. A primeira, no período de 1986 a 1987, apresentou prevalência de 35,2 (1986) a 65,1 (1987) casos por 100 mil habitantes. A segunda, no biênio 1990-1991, ofereceu maiores riscos às populações dos Estados do Ceará (249,1 casos/ 100.000 hab.) e do Rio de Janeiro (613,8 casos/ 100.000 hab.). A partir de 1994, observou-se rápida dispersão do vetor em grande extensão territorial, o que facilitou a circulação viral em maior número de Estados e Municípios e gerou uma rápida ascensão da doença, resultando em uma terceira onda epidêmica, em 1997-1998. (BRAGA, 2007, p. 113).

Desde 1995, quando começaram a ser notificados, os casos de dengue nunca foram

tão altos quanto no ano de 2013. Até o meio do ano tendo chegado a 72.166

registros, números que continuaram a crescer até dezembro. De acordo com a

Secretaria de Estado da Saúde (2013), a explicação para isso é a entrada do

sorotipo 4 isolado no Espírito Santo em 2012.

Diante da continuidade de elevada infestação pelo vetor em alguns municípios do

Estado do Espírito Santo, as favoráveis condições socioambientais para a

multiplicação do Aedes aegypti que são elas precárias condições de moradia, falta

de saneamento básico e coleta de lixo inapropriada , são portas de entrada e

sustentação do sorotipo DENV-4 em nosso estado, o grande quantitativo de pessoas

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susceptíveis e perante a possibilidade de uma epidemia a partir do período das

chuvas, aumenta a preocupação da Secretaria de Estado da Saúde (2015).

O Espírito Santo é considerado o terceiro estado com prevalência considerável de

dengue, perdendo somente para Mato Grosso do Sul e Goiás. (SESA, 2015)

4.2 DENGUE ENQUANTO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA

Considerada como uma das maiores problemáticas relacionadas à saúde pública no

mundo segundo a Organização Mundial de Saúde, a dengue pode atingir 2,5 bilhões

de pessoas o que equivale a dois terços de toda a população do mundo, estima-se

ainda que 50 milhões de casos ocorram por ano. Em média 550 mil requerem

atendimento hospitalar e 20 mil acabam morrendo por causa da dengue. (MARTINS,

CASTIÑEIRAS, 2008)

As interferências sobre a dengue perpassam as ações da área de saúde, pois a

abrangência dessa doença é muito ampla. Por isso é de suma importância

mobilização de diversos setores da sociedade e da própria população para sanar a

sua prevalência. (BRASIL,2009)

4.3 MORTALIDADEPOR DENGUE

A dengue destaca-se em todo mundo nos dias atuais, de modo que, na última

década a gradativa ocorrência dessa patologia no Brasil tornou-se um problema de

grande preocupação na saúde pública resultante das complicações encontradas

para o controle das epidemias e pelo dever na melhoria no atendimento aos

pacientes infectados pelas várias formas da doença. (BARRETO, TEIXEIRA, 2008)

A verificação de 94 óbitos, conduzido pelo Ministério da Saúde em 2010, divulgou

que atitudes relacionadas á ordem dos serviços, tais como baixa cooperação da

atenção primária como porta preferencial do sistema, a busca pelo atendimento em

várias unidades de Saúde e a não observação dos sinais de alarme, parecem ser

determinantes para o acontecimento dos óbitos. (BRASIL,2013)

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O município de Vitória, desde 1998, não passava por epidemia de tão grandes

proporções como a ocorrida no ano de 2013. Apesar do grande número de casos

notificados, a assistência prestada ao paciente foi eficaz, tendo em vista o

percentual de 44% (166 casos), em relação ao total de casos graves (376) e a

ocorrência e apenas um óbito. (SESA, 2015)

De acordo com os dados dos sistemas de informação do Ministério da Saúde,

observa-se uma tendência maior dos casos de febre hemorrágica e de óbitos pela

Dengue na última década, com uma taxa média de letalidade de 6,8%entre 2000 e

2009. (FIGUEIRÓ et al, 2008)

Apesar de não haver tratamento específico para a dengue e não se sabe quais os

mecanismos que inclinam para o agravamento dos casos, o choque e o óbito, os

quadros graves e mortes por dengue poderiam ser evitados ou diminuídos

empregando-se medidas de suporte terapêuticos comprovadamente eficazes e

disponíveis nos serviços de saúde. Havendo altas taxas de mortalidade por dengue

e o reconhecimento da responsabilidade direta do setor da saúde na promoção de

ações e práticas capazes de evitá-la. (FIGUEIRÓ et al, 2008)

Ainda sobre o estudo de Figueiró et al (2008) assume-se como pressuposto para o

mesmo que a elevada ocorrência de óbitos por dengue se dá pela baixa qualidade

da assistência relacionada às condições organizacionais dos serviços e práticas

profissionais quanto ao manejo clínico dos casos.

4.4 FISIOPATOLOGIAE EPIDEMIOLOGIA DA DENGUE

Através da picada do mosquito, os vírus inseridos fazem a primeira reprodução em

células musculares, fibroblastos e linfonodos locais. Após isso, espalham-se por

todo o organismo, onde circulam livremente no plasma ou no interior de

monócitos/macrófagos. Depois da fase da formação de dois a sete dias surgem os

sintomas gerais, como febre e mal-estar. Esses sintomas ligam-se em nível séricos

altos de citocinas, que são permitidas por macrófagos ao interagirem com os

linfócitos T (ativados), de receptores solúveis CD4 (fator de necrose tumoral) e

aceleração de plaquetas (PAF). Ainda relacionadas aos altos teores de citocinas

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macrofágicas, estão a presença de leucopenia e a discreta e transitória depressão

medular. Já as mialgias são conseqüência da proliferação viral nos tecidos e a

cefaléia retroorbitária, que muitos pacientes apresentam, estão relacionadas com os

músculos oculomotores. (FIGUEIREDO, 1999)

O ataque viral ao macrófago, que se relaciona à virulência da cepa infectante,

colaborou para a fisiopatologia da dengue hemorrágica. Já a base fisiopatológica

FDH é a resposta imune à permeabilidade de forma irregular, envolvendo leucócitos,

citocinas e imunocomplexos, resultante da má função vascular endotelial sem

destruir o endotélio. Com isso, a pressão arterial começa a sofrer queda e as

hemorragias começam a se manifestar associando-se a trombocitopenia.

(VERONESI, 2010)

A dengue pode se apresentar de forma assintomática ou sintomática. Quando

sintomática, originando uma doença sistêmica e dinâmica de amplo espectro clínico,

alterando desde formas oligossintomáticas até quadros graves, podendo levar ao

óbito. Três fases podem ocorrer: febril, crítica e de recuperação. (BRASIL, 2016)

Por ser considerada uma doença de notificação compulsória, todo caso suspeito e/ou confirmado deve ser avisado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica, o mais rápido possível. Este deverá comunicar de imediato o fato à equipe de controle vetorial local para o seguimento das medidas necessárias ao combate do vetor. Em situações epidêmicas, a coleta e o fluxo dos dados devem permitir o acompanhamento da curva epidêmica, com vistas ao desencadeamento e análise das medidas de controle. (BRASIL, 2009, p. 520).

Segundo Honorato et al (2014) e Machado, Oliveira, Souza-Souza, (2009) evidencia-

se que com o aparecimento de conglomerados sociais, em precárias condições de

moradia, saneamento básico inadequado e o descarte e coleta de lixo inapropriado,

sendo agravantes urbanos para elevação do perigo de prevalência e de sustentação

das ocorrências de dengue. Que também pode estar associado e se explica pela

desigualdade social desses locais. (HONORATO et al2014)

Constata-se que os municípios com mais risco se concentram na região

metropolitana de Vitória, salientando a relevância dos fatores sociais da saúde no

risco de dengue.

As conclusões apontadas pelo estudo de Cavallini (2014), em Caraguatatuba/SP

são impressionantes e mostram que a visão da dengue como doença 'democrática',

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que 'atinge todas as classes sem distinção' precisa ser revista. “Uma demonstração

disso está na proximidade entre os grupos populacionais mais atingidos e os locais

estratégicos. Como a Prefeitura já tinha esses pontos mapeados, foi possível

constatar que morar em um raio de 300 metros desses locais aumenta em 67% a

taxa de incidência de dengue. E as borracharias e depósitos de materiais recicláveis

não estão em bairros nobres ou condomínios; estão na periferia”, acrescenta o

cientista social.

Ainda segundo o mesmo autor no ano de 2010, no Estado do Espírito Santo a

dengue se apresenta de forma não homogênea no território estadual, com maior

índice na capital, Vitória, e no município da Serra, as amostras de anos anteriores

demonstram que no Espírito Santo a prevalência de 740,06/100 mil e 952,84/100 mil

em 2008 e 2009, nesta ordem, são maiores que em 2010 (623,99/100 mil).

(HONORATO et al,2014)

Honorato et al (2014), estudando os casos de óbito por dengue no Espírito Santo, no

ano de 2010, referiu que por seu caráter endêmico e epidêmico de grande

magnitude, apresenta importante impacto social e econômico, uma vez que parte

significativa dos indivíduos acometidos está em idade produtiva.

Em relação à ocorrência de dengue por sexo o estudo de Evangelista (2012), refere

que o sexo feminino foi o mais infectado pelo vírus da dengue de ambas as formas

(clássica e hemorrágica)

Em um estudo realizado na cidade de Manaus Amazonas Bastos (2004), relatou que

houve um número maior de casos de dengue nas mulheres, apesar de discreto,

provavelmente pelo fato das mulheres permanecerem mais tempo nas suas

residências que os homens. Já que a transmissão acontece principalmente no

domicilio, a diferença observada pode ser explicada também devido à maior

exposição dessas mulheres, ou também por elas procurarem mais os serviços de

saúde para esclarecimento do diagnóstico e para o tratamento. (SILVA,2015).

O estudo de Torres (2005), também sustenta a tese de que a ocorrência de maior

número de casos de dengue no sexo feminino é um padrão, pois tal grupo é mais

afetado devido à característica domiciliar do vetor. Esta questão também é

demonstrada por Vasconcelos que comenta maior concentração de casos nas

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mulheres também pode ser decorrente de maior uso de serviços de saúde,

resultando em possível viés de notificação. (VASCONCELOS et al, 1993).

Em relação à faixa etária, o estudo de Flauzino, na cidade de Niterói, RJ, observou

que 38,2% dos casos ocorreram na faixa economicamente ativa entre 20 e 29 anos

(21,1% da população). Assim, deve ser considerado que o percentual elevado de

casos em faixa etária economicamente ativa também pode estar relacionado à

necessidade de busca de atestados médicos para justificar ausência de trabalho,

acarretando outro viés de notificação. (FLAUZINO et al, 2009)

4.5 COMORBIDADES

Pessoas que apresentam condições médicas preexistentes (ex. cardiopatia,

diabetes, pneumopatia crônica, gravidez, uso de como: anti-inflamatórios não

esteróides, anticoagulantes orais, anti agregantes plaquetários e no caso de doença

péptica) necessitam de acompanhamento em todas as etapas, adaptando

tratamento geral da dengue às necessidades próprias para cada situação. Ou seja,

uma patologia pré-existente requer da equipe de saúde uma atenção mais criteriosa,

uma vez que estas contribuem para complicações da dengue. Questão que também

afeta a gestante e o feto uma vez que durante a gravidez a dengue está associada a

aumento da mortalidade materno e fetal, prematuridade, baixo peso ao nascer e

anomalias fetais. (Rocha et al, 2011)

Por apresentar aumento fisiológico do volume sanguíneo, a grávida pode esconder

os sinais de hipovolemia até que o caso se torne grave. A gestante então deverá ser

acompanhada por obstetra visando também o estado do feto a cada mudança do

estado clínico materno, observando-se a possibilidade de complicações gestacional

relacionadas à hipoperfusão, descolamento prematuro da placenta e outras

hemorragias uterinas. (VERDEAL et al, 2011)

O estudo de Nascimento et al (2015), sobre a caracterização dos casos suspeitos de

dengue internados na capital do estado de Goiás em 2013, identificou um período de

grande epidemia com registros de comorbidades em 60 casos. Observou a presença

mais freqüente de hipertensão arterial, seguida de hipertensão arterial associada à

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diabetes mellitus, e hipertensão arterial e cardiopatias diversas, etilismo, pneumonia

e tabagismo, entre outras comorbidades.

Ainda segundo o mesmo autor, essa distribuição das comorbidades foi similar às

reconhecidas pelo Ministério da Saúde como doenças crônicas se configurando

como alerta para condução diferenciada no acompanhamento dos pacientes com

Dengue.

Segundo Ministério da Saúde (2013), idosos tem risco de falecimento por dengue 12

vezes maior do que qualquer outra faixa etária. O estudo de Garcia-Rivierarealizado

em Porto Rico no ano de 2003 identificou o perfil de mortalidade por dengue entre

17.666casos confirmados por sorologia apontou maior proporção de idosos

hospitalizados, bem como desenvolvimento de formas graves da doença. (GARCIA,

2003)

Portanto, os idosos requerem da equipe de saúde uma atenção mais criteriosa visto

que morbidades como indicativo de complicações da dengue, estão frequentemente

associadas às comorbidades da população idosa.

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5 RESULTADOS

Tabela 1-População Total por Município e Sexo

Município Homem Mulher Total

Cariacica 169.958 178.780 348.738

Fundão 8.489 8.536 17.025

Guarapari 51.494 53.792 105.286

Serra 201.415 207.852 409.267

Viana 33.191 31.810 65.001

Vila Velha 199.146 215.440 414.586

Vitória 153.948 173.853 327.801

Fonte: IBGE (2010)

Na Tabela 2, observa-se que dentre as médias populacionais dos municípios da

Grande Vitória observou-se que se destacam tendo a maior população Vila Velha

seguida por Serra, Cariacica, Vitória, Guarapari, Viana e Fundão sendo o principal

município em números de casos notificados da doença, Serra, com diferença de

0,9% da capital Vitória seguida por Viana, Guarapari, Vila Velha, Cariacica e Fundão

tendo os últimos, baixas taxas de notificação.

Utilizando os óbitos por número de casos notificados observa-se maior taxa no

município de Cariacica seguida por Vitória, Vila Velha com pouca diferença entre os

mesmos e com menores taxas Serra e Viana e, com nenhum óbito notificado em

Guarapari apesar do elevado índice de notificação, em Fundão também não aparece

nenhum óbito registrado por dengue.

Tabela 2–Média populacional Taxa de notificação e óbitos por dengue no período de

2008 a 2012 dos municípios da Grande Vitória.

Município População

Média estimada

Notificação SINAN

Óbito SIM

Taxa de Óbito/notificação

SINAN (%)

Taxa de notificação (%) para a população

média

Cariacica 355.984,0 7.214 13 0,18 2,0

Fundão 16.909,4 107 0 0,00 0,6

Guarapari 105.470,4 4.444 0 0,00 4,2

Serra 409.955,8 26.059 14 0,05 6,4

Viana 63.730,8 2854 1 0,04 4,5

Vila Velha 416.103,0 14.689 24 0,16 3,5

Vitória 325.892,4 18.032 30 0,17 5,5

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Total – 73399 82 0,11 –

Fonte: Dados do IBGE/SINAN/SIM, (2016)

Observa-se na Tabela 3 uma porcentagem elevada de Óbitos por Dengue no ano de

2009 nos municípios da Grande Vitória.

Já no ano de 2012, observa-se menor taxa de óbitos por dengue em todos os

municípios estudados, exceto, o município de Vitória que mantém nos últimos três

anos, do período estudado a mesma taxa de óbitos.

Os municípios com freqüência elevada de óbitos por dengue no ano de 2009 foram

Vitória e Vila Velha, seguido de Cariacica e Serra.

Como se observa Fundão, Guarapari e Viana não apresentaram óbitos, segundo os

dados.

Chama a atenção, que o município de Vitória, com menor população tenha

registrado taxas mais elevadas de óbitos, mesmo não sendo o município com maior

número de notificações, que no caso foi o município da Serra.

Tabela 3–Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória no período de 2008 a

2012.

Município de notificação

Óbitos (%)n = 82 Total

2008 2009 2010 2011 2012

Cariacica 0 (0,0) 9 (11,0) 1 (1,2) 2 (2,4) 1 (1,2) 13 (15,9)

Fundão 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Guarapari 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Serra 1 (1,2) 9 (11,0) 2 (2,4) 2 (2,4) 0 (0,0) 14 (17,1)

Viana 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2)

Vila Velha 3 (3,7) 13 (15,9) 5 (6,1) 2 (2,4) 1 (1,2) 24 (29,3)

Vitória 4 (4,9) 17 (20,7) 3 (3,7) 3 (3,7) 3 (3,7) 30 (36,6)

Total 8 (9,8) 48 (58,5) 12 (14,6) 9 (11,0) 5 (6,1) 82 (100,0)

Fonte: Sistema de Informação de mortalidade (SIM,2016)

Tabela 4, uma porcentagem elevada de Óbitos por Dengue no município de Vitória

no período de 2008 a 2012 prevalecendo o sexo masculino na população.

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Observa-se o predomínio de óbitos por dengue entre os homens também nos

municípios de Vila Velha, Viana e Cariacica, no período de 2008 a 2012. Nos

municípios de Fundão e Guarapari não foram registrados óbitos nesse mesmo

período.

Tabela 4–Óbitos por Dengue nos municípios da Grande Vitória por sexo no período

de 2008 a 2012.

Município de notificação

Sexo

Óbito (% do total n=82)

Total 2008 2009 2010 2011 2012

Cariacica M 0 (0,0) 5 (6,1) 1 (1,2) 1 (1,2) 1 (1,2) 8 (9,8)

F 0 (0,0) 4 (4,9) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 5 (6,1)

Fundão M 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

F 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Guarapari M 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

F 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Serra M 1 (1,2) 4 (4,9) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 5 (6,1)

F 0 (0,0) 5 (6,1) 2 (2,4) 2 (2,4) 0 (0,0) 9 (11,0)

Viana M 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2)

F 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Vila Velha M 2 (2,4) 7 (8,5) 3 (3,7) 1 (1,2) 1 (1,2) 14 (17,1)

F 1 (1,2) 6 (7,3) 2 (2,4) 1 (1,2) 0 (0,0) 10 (12,2)

Vitória M 1 (1,2) 11 (13,4) 2 (2,4) 0 (0,0) 2 (2,4) 16 (19,5)

F 3 (3,7) 6 (7,3) 1 (1,2) 3 (3,7) 1 (1,2) 14 (17,1)

Fonte: Sistema de Informação de mortalidade (SIM,2016)

Segundo Tabela 5, no Município de Cariacica, 2009 foi o ano em que foi registrado o

número maior de casos de óbitos por dengue, observa-se que a porcentagem destes

óbitos aparece entre a faixa etária de 60 anos ou mais, bem como em Serra e em

Vitória. E os demais municípios Fundão, Guarapari e Viana, não registraram óbitos

nesse período.

Na faixa etária de 40 a 59 anos, no município de Vila Velha também se observa em

2009 e em 2010, a porcentagem alta de óbitos, e em Vitória no período de 2009.

Porém nos Municípios de Cariacica, Serra e Viana, a quantidade foi menor, e em

Fundão e Guarapari não houve óbitos.

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Tabela 5 – Porcentagem de Óbitos por Dengue por Municípios de Notificação e as

seguintes Faixa Etária no período de 2008 a 2012.

Município de notificação

Ano

% de Óbito por Município e faixa etária no período de 2008 a 2012

Menor de 1 ano

5 a 14 anos

15 a 39 anos

40 a 59 anos

60 ou mais Total

Cariacica

2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2009 0 (0,0) 0 (0,0) 4 (4,9) 1 (1,2) 4 (4,9) 9 (11,0)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2)

Fundão

2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2009 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Guarapari

2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2009 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Serra

2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2)

2009 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4) 3 (3,7) 3 (3,7) 9 (11,0)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 2 (2,4)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Vila Velha

2008 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 0 (0,0) 3 (3,7)

2009 1 (1,2) 2 (2,4) 2 (2,4) 7 (8,5) 1 (1,2) 13 (15,9)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 3 (3,7) 1 (1,2) 5 (6,1)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2)

Vitória

2008 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2) 2 (2,4) 0 (0,0) 4 (4,9)

2009 0 (0,0) 2 (2,4) 2 (2,4) 6 (7,3) 7 (8,5) 17 (20,7)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 1 (1,2) 3 (3,7)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 2 (2,4) 1 (1,2) 3 (3,7)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 1 (1,2) 1 (1,2) 3 (3,7)

Viana

2008 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2009 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2010 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 1 (1,2) 0 (0,0) 1 (1,2)

2011 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

2012 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0) 0 (0,0)

Total 3 (3,7) 5 (6,1) 18 (22,0) 31 (37,8) 25 (30,5) 82 (100,0)

Fonte: Sistema de Informação de mortalidade (SIM,2016)

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6 DISCUSSÃO

Na Tabela 2, observou-se que se destacam tendo a maior população Vila Velha

seguida por Serra, Cariacica, Vitória, Guarapari, Viana e Fundão sendo o principal

município em número de casos notificados da doença, Serra, com diferença de 0,9%

da capital Vitória seguida por Viana, Guarapari, Vila Velha, Cariacica e Fundão

tendo os últimos, baixas taxas de notificação

Fazendo referência também ao estudo de Honorato et al (2014) e Machado, Oliveira

Souza-Souza (2009), que evidência que com o aparecimento de conglomerados

sociais, em precárias condições de moradia, saneamento básico inadequado e o

descarte e coleta de lixo inapropriado, sendo agravantes urbanos para elevação do

perigo de prevalência e de sustentação das ocorrências de dengue. Que também

pode estar associado e se explica pela desigualdade social desses locais, fatos que

se observa em todos os municípios que compõem a Região Metropolitana da

Grande Vitória.

Concordamos com o estudo de Honorato quando consta que os municípios com

mais risco se concentram na Região Metropolitana de Vitória, salientando a

relevância dos fatores sociais da saúde no risco de dengue. (HONORATO et al

2014)

Ainda fazendo referência à sobre os óbitos em relação ao número de casos

notificados, o município de Cariacica, mesmo não sendo o que teve maior número

de notificação aparece coma maior taxa de óbitos

Podemos inferir que o sistema de saúde do município pode está influenciando

negativamente para este resultado, pois, para o Ministério da Saúde a baixa

cobertura na atenção primária como porta preferencial do sistema, somado a busca

pelo atendimento em várias unidades de Saúde e a não observação dos sinais de

alarme, parecem ser determinantes para o acontecimento dos óbitos. (FIGUEIRÓ,

2011)

Observa-se na Tabela 3 uma porcentagem elevada de Óbitos por Dengue no ano de

2009 nos municípios da Grande Vitória. O estudo de Honorato colabora com os

resultados encontrados na pesquisa quando refere que no ano de 2010, no Estado

do Espírito Santo o dengue se apresenta de forma não homogênea no território

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estadual, com maior índice na capital, Vitória, e no município da Serra, as amostras

de anos anteriores demonstram que no Espírito Santo a prevalência de 740,06/100

mil e 952,84/100 mil em 2008 e 2009, nesta ordem, são maiores que em 2010

(623,99/100 mil). (HONORATO et al 2014)

Na Tabela 4 que traz o percentual de óbitos por sexo, identifica-se uma prevalência,

no período em estudo, entre o sexo masculino. Sobre esta questão podemos inferir

que os óbitos atribuídos ao sexo masculino podem estar correlacionados ao

comportamento do homem com seu auto cuidado.

Apesar de estudos mostrarem que a prevalência da dengue em mulheres, segundo

notificação, tanto na forma clássica como hemorrágica é mais significativa, os óbitos

identificados neste estudo foram maiores entre os homens. Esta questão pode ser

analisada a partir do comportamento do homem em relação ao cuidado com sua

saúde, conforme já mencionado ou por viés de notificação sustentado pelos estudos

de Evangelista (2012), Bastos (2004) e Torres (2005).

Na Tabela 5, como apresentada acima a porcentagem dos óbitos aparece entre a

faixa etária de 60 anos ou mais, seguida pela faixa etária de 40 a 59 anos. Apesar

dos estudos mostrarem que a taxa de notificação é predominante na faixa etária

produtiva, os óbitos são maiores entre os idosos em função de ser considerado

grupo de risco devido à presença de comorbidades.

O estudo de Flauzino, por exemplo, observou que 38,2% dos casos ocorreram na

faixa economicamente ativa entre 20 e 29 anos, considerado que o percentual

elevado de casos em faixa etária economicamente ativa também pode estar

relacionado à necessidade de busca de atestados médicos para justificar ausência

de trabalho, acarretando outro viés de notificação. (FLAUZINO et al 2009)

Brasil (2013), os resultados referentes aos óbitos em idosos são sustentados pelo

Ministério da Saúde, que refere que os idosos têm risco de falecimento por dengue

12 vezes maior do que qualquer outra faixa etária. Assim como o estudo de Garcia-

Riviera, identificou o perfil de mortalidade por dengue entre 17.666casos

confirmados por sorologia apontou maior proporção de idosos hospitalizados, bem

como desenvolvimento de formas graves da doença. (GARCIA et al, 2015)

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7 CONCLUSÃO

O presente estudo teve como objetivo identificar o número de casos notificados e a

mortalidade por Dengue no período de 2008 a 2012 nos municípios da Grande

Vitória. Entendemos que a metodologia foi adequada ao alcance do objetivo

proposto, porém a busca nas bases de dados foi inicialmente dificultosa por falta de

prática na utilização dos sistemas de informações de governos.

A revisão da literatura nos proporcionou ampliação de conhecimento sobre o agravo

e também nos possibilitou a reflexão da necessidade de medidas mais efetivas para

o controle da doença.

Podemos observar durante a elaboração desta pesquisa como a doença se

comporta em relação à população afetada, dentro das variáveis sexo e faixa etária e

podemos constatar que como aparece nos resultados, que o evento óbito aparece

mais entre os homens e os idosos, portanto, é necessário que a equipe de saúde em

geral, e os enfermeiros, em particular devem ressalvar as políticas de saúde do

homem e ter critério mais rigoroso na assistência dos casos de dengue entre idosos

já que os mesmos apresentam comorbidades que implicam em um prognóstico pior.

Este estudo demonstra também que embora haja divulgação sobre os riscos da

Dengue e campanhas para prevenção da doença, ainda assim existe um relevante

índice de notificações e óbitos causados pela mesma, levando em consideração que

a população precisa se conscientizar sobre a gravidade da doença, também se faz

necessário reavaliar as políticas de saúde pensando que a mesma situação da

dengue se repete em outros agravos tais como o Zikavírus e aChikungunya.

Reforçamos então que melhor forma de controlar a doença é através de medidas

profiláticas. Dentre elas está a prevenção, por meio da conscientização da

população sobre a gravidade da doença e colaboração na eliminação dos focos de

reprodução do mosquito transmissor. Ainda assim, faz-se necessária a observação

de sintomas de doenças adquiridas, acompanhando os casos mais graves que

tendem a evoluir para a febre hemorrágica.

Algumas questões que não se configuravam em objetivos do estudo se mostraram

interessantes para novas pesquisas. A exemplo podemos citar a questão da

investigação de óbito, uma vez que sendo Cariacica, Serra e Vila Velha municípios

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mais populosos do que Vitória, a freqüência dos óbitos foi maior em Vitória. Será

que este resultado se deu em função de Vitória ter uma política de verificação de

óbitos clínicos mais criteriosos, segundo informações da própria secretaria municipal

de saúde de Vitória? Como está a política de verificação de óbitos dos demais

municípios da Grande Vitória?

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8 REFERÊNCIAS

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BRAGA, I. A.; VALLE, D. Aedes aegypti: histórico do controle no Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 16, n. 2, p. 113-118, abr./jul. 2007.

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BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Guia de vigilância Epidemiológica. 7ª. ed. brasília: MS, 2009. 521 p.

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