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MOVIMENTO WAKE:
ESTRATÉGIAS DE MARKETING PARA UMA VIDA SAUDÁVEL
MOVEMENT WAKE:
MARKETING STRATEGIES FOR A HEALTHY LIFE
Sueli Marques de Souza*
Jeremias Araújo**
Maria da Graça Gonçalves Souza***
Paulo Sérgio Gonçalves de Oliveira****
Sérgio Luis Ignácio de Oliveira*****
RESUMO
O presente artigo tem como objetivo analisar o movimento Wake que consiste em uma
reunião de pessoas interessadas em bem-estar e qualidade de vida numa festa matinal. A
partir da observação desse movimento, na qual apresenta certo crescimento em termos de
visibilidade e participantes, surgiu o interesse por essa pesquisa, no sentido de entender o
movimento em si, bem como o uso das estratégias de Marketing para a divulgação do
evento. Para entender esse processo, realizou-se um levantamento bibliográfico sobre
Marketing e mídia social para um melhor compreender de suas estratégias de
comunicação. Após esse embasamento teórico, foram realizadas três pesquisas aplicadas:
uma entrevista com pessoas aleatórias para saber sobre o seu conhecimento em relação
ao evento; participação em uma das suas festas matinais; e uma entrevista com uma das
organizadoras. Com isso verificou-se que, por ter caráter filantrópico, as redes sociais se
constituem como um bom caminho para a manutenção do seu público, contudo,
aparentemente, estas estratégias, ainda podem ser melhor exploradas para o alcance de
novos adeptos.
Palavras-chave: Estratégia. Eventos. Marketing Digital. Movimento Wake. Marketing.
ABSTRACT
This article aims to analyze the Wake movement with a meeting of people interested in
well-being and quality of life in the morning party. From the observation of the
movement, in which it presents a certain growth in terms of visibility and participants,
with regard to research, in the sense of understanding, the movement itself, as well as the
use of the Marketing strategy to publicize the event. To understand this process, carry out
a bibliographic survey about Marketing and social media to better understand their
* Mestranda do curso de Metrado Profissional em Gestão de Alimentos e Bebidas na Universidade Anhembi
Morumbi. [email protected] ** Mestrando do curso de Metrado Profissional em Gestão de Alimentos e Bebidas na Universidade Anhembi Morumbi. [email protected] *** Mestranda do curso de Metrado Profissional em Gestão de Alimentos e Bebidas na Universidade
Anhembi Morumbi. [email protected] **** Doutor em engenharia da produção. Professor adjunto no Mestrado Profissional em Gestão de
Alimentos e Bebidas na Universidade Anhembi Morumbi. [email protected] ***** Pós-Doutor em Marketing. Professor adjunto no Mestrado Profissional em Gestão de Alimentos e
Bebidas na Universidade Anhembi Morumbi. [email protected]
Empreendedorismo, Gestão e Negócios
468 Empreendedorismo, Gestão e Negócios, v. 7, n. 7, Mar. 2018, p. 467-482
communication strategies. After this theoretical basis, three applied researches were
carried out: an interview with random people to know about their knowledge in relation
to the event; participation in one of your morning parties; and an interview with one of
the organizers. As a result, philanthropic social networks are a good way to maintain their
public, but apparently these strategies can still be better exploited to reach new adepts.
Keywords: Strategy. Events. Digital marketing. Wake movement. Marketing.
Introdução
Em mercados cada vez mais competitivos, tanto em termos das relações empresa
e empresa (a intensa concorrência), empresa e colaboradores (relacionamentos
empregatícios e as pressões por desempenho), e consumidores e empresas
(relacionamentos comerciais), a vida cotidiana da sociedade acaba por sofrer pressões
intensas. Independente do país, da geração ou classe social, é quase que unanimidade
essas pressões diárias que acabam por eclodir em uma busca, ou ao menos, na tentativa
em alcançar um equilíbrio adequado entre as demandas profissionais e pessoais, ou seja,
a busca por uma melhor qualidade de vida, tanto em termos físicos como mentais.
Em resposta a essa busca por uma maior qualidade de vida, um dos mais recentes
movimentos que ocorre no país, tendo iniciado em 2017 e atualmente se encontra em sua
17ª edição, é o movimento WAKE. Segundo sua página no Facebook o nome do
movimento foi escolhido por seu significado na língua inglesa que se define como
“acordar ou despertar”. A sua proposta vem ao encontro desse sentido semântico da
palavra: busca um novo despertar para a vida em seu sentido pleno, acordar para a
necessidade diária de se viver com uma qualidade adequada ao seu estilo e celebrar o
prazer de estar acordando saudável, sentindo-se feliz, ou simplesmente por estar vivo. É
um sentimento de boas-vindas ao bom-humor e à leveza de se ter a oportunidade diária
de se viver bem, celebrar a qualidade de vida.
Tendo como base esse significado adotado para diferenciar o seu movimento, seus
organizadores, para idealizar sua filosofia de vida e transformá-lo em um produto,
pensaram numa festa em horário matinal que reunisse pessoas com o mesmo interesse -
e indo além. Tornou-se uma espécie de rede do bem, unindo patrocinadores que doassem,
desde equipamentos ou materiais, alimentos e bebidas, com a finalidade de divulgar o
bem-estar e ao mesmo tempo ajudar a ONGs - Organizações não Governamentais,
selecionadas pelos idealizadores do movimento.
Empreendedorismo, Gestão e Negócios
469 Empreendedorismo, Gestão e Negócios, v. 7, n. 7, Mar. 2018, p. 467-482
Destaca-se que, em pesquisas preliminares, pode-se compreendê-lo como uma
filosofia de qualidade de vida valorizada em meio a uma sociedade que busca muito no
lado material, como trabalho e estudos, uma fonte do seu bem-estar pessoal, e ao mesmo
tempo não se dedica às práticas que costumeiramente se qualificam de forma positiva ao
seu benefício próprio, como cuidados ideais na sua alimentação, atividades físicas
constantes, meditação, yoga, contato com a natureza ou mesmo frequentar lugares de
lazer e cultura.
Após uma análise preliminar das características distintas desse movimento, surgiu
o interesse em entender o seu funcionamento bem como as formas de divulgação do
mesmo, devido ao fato de tratar-se de um movimento que visa incentivar práticas
saudáveis, proporcionando aos frequentadores experiências agradáveis para marcar o seu
dia e motivá-los a continuar vivendo de forma leve, inclusive ampliando a sua rede de
adeptos por meio de cada participante.
Dessa forma, esse artigo tem como objetivos principais identificar as
características fundamentais desse movimento, verificar quais são as estratégias usadas
para a sua divulgação, distinguir se o mesmo trata-se de uma espécie de rede do bem ou
simplesmente um produto que pode se aproveitar de uma demanda da sociedade, e quem
são os seus frequentadores.
Trata-se de uma pesquisa exploratória, que, segundo define Gil (2000), “têm como
objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a tomá-lo mais
explícito ou a construir hipóteses”. Uma pesquisa qualitativa, para a qual se adotou como
metodologia primeiramente uma revisão da literatura para verificar as relações e inter-
relações, sejam elas explícitas ou não com as estratégias adotadas pelo movimento Wake.
Na sequência, foi elaborada uma pesquisa aleatória, com 20 respondentes, abordando suas
características demográficas e comportamentais, como escolaridade, renda, moradia e
características que definissem alguns de seus hábitos, como de consumo, lazer,
alimentares e outros.
Com isso buscou-se verificar se este grupo se encaixaria como perfil do
movimento Wake e qual o seu conhecimento da filosofia e dos eventos, uma vez que,
como a sua divulgação é restrita à internet, mais precisamente ao Facebook, e conta com
a publicação feita pelos seus adeptos para ampliar o número de visualizações, acredita-se
ser importante analisar a eficácia desse instrumento de comunicação.
Também foi feita uma participação em um dos eventos Wake, a fim de conhecer
mais a fundo o movimento. A partir dessa visita, foi feito o contato com um de seus
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470 Empreendedorismo, Gestão e Negócios, v. 7, n. 7, Mar. 2018, p. 467-482
organizadores, que gentilmente concordou em participar de uma entrevista pessoal a ser
incluída neste artigo. Com essa triangulação de pesquisas, todas de caráter exploratório,
conseguiu-se atingir os objetivos delimitados na investigação, compreender o
movimento, bem como as suas estratégias de divulgação.
1 O movimento Wake como Marketing
Em mercados cada vez mais complexos, tanto em termos dos agentes que dele
fazem parte, como dos relacionamentos existentes entre eles, um fator que pode-se
considerar como de importância vital para o desenvolvimento de empreendimentos,
sejam, eles relacionados a produtos ou mesmo serviços, é a utilização das estratégias de
Marketing para tomada de decisão, sempre com o objetivo de garantir diferenciais
competitivos para as empresas, diferenciais esses que permitam uma maior longevidade
para essa organizações.
Cada vez que uma empresa encontra um nicho de mercado e associa seu potencial
em atender a essa demanda, surge uma oportunidade de usar o Marketing a seu favor no
sentido de divulgar seu nome, sua marca, produto ou serviço para suprir tal necessidade
do consumidor. “Marketing é um processo social e de gestão, pelo qual indivíduos e
grupos obtém o que necessitam e querem através da criação, oferta e troca de produtos e
valores com outras” (KOTLER, 1998, p. 7).
Assim, em vista de sua crescente importância estratégica para os negócios, é
adequado, nesta parte do trabalho, conceituar essa importante ferramenta estratégica.
Assim, pode-se conceituar Marketing como as estratégias usadas pelas empresas, sejam
essas empresas com ou sem fins lucrativos, de pequeno, médio ou grande porte, com o
objetivo de satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores-alvo de uma
organização, e de seus stakeholders, por meio da troca de produtos ou serviços (COBRA,
1992; CHURCHILL; PETER, 2000; VARGO; LUSCH, 2004; OLIVEIRA, 2007;
OLIVEIRA, 2017; KOTLER; KELLER, 2012; ROCHA, 2015). Também, para um
melhor entendimento dessa filosofia empresarial, entende-se como filosofia empresarial
a forma de relacionamento da empresa com o mercado, conforme a AMA (2007)
“marketing é o conjunto de conhecimentos e os processos de criar, comunicar, entregar e
trocar ofertas que tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e sociedade
como um todo”.
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Dessa forma, entende-se que o Marketing tem como pilar estratégico o estudo do
mercado com o objetivo de identificar as suas necessidades, reais ou latentes,
compreender como os consumidores se comportam em relação a uma oferta da empresa,
para que assim possam entregar valor em seus relacionamentos comerciais (OLIVEIRA,
2007; ROCHA, 2016). De forma simplificada, é o pensamento organizacional voltado
para a satisfação das necessidades e desejos dos consumidores como ressaltado por vários
acadêmicos da área, e como percebido no mercado.
Porém, para criar diferenciais competitivos sustentáveis para uma organização, os
mesmos devem ser idealizados de forma sistematizada, no qual temos a fase do Marketing
Estratégico. De acordo com Oliveira (2013), o Marketing Estratégico permite identificar
as necessidades e desejos de público-alvo, a fim de estabelecer os diferenciais e o
posicionamento estratégico para criar uma oferta de valor mais efetiva que os
concorrentes. Rocha (2016) destaca que se trata de uma forma das empresas criarem valor
para seus clientes. Esse processo estratégico mercadológico se inicia pela análise do
ambiente competitivo organizacional, em busca de oportunidades e ameaças ao negócio
das empresas, como também para identificar os clientes-alvo. A escolha do mercado que
será atendido pela empresa, ou o seu segmento de mercado. O estudo do comportamento
do consumidor para identificar o que o mesmo enxerga de valor no processo. A criação
de um posicionamento estratégico tendo como base os diferenciais da empresa
identificados em uma análise interna e com base no que os consumidores alvo da empresa
enxergam de valor. Todas essas fases contemplam o Marketing Estratégico.
Ou seja, o plano de Marketing Estratégico, tem como objetivo estabelecer, ou
identificar, os mercados-alvo da organização para que, com base em uma investigação
sistematizada dos consumidores presentes nesse mercado ou segmento, identificar a
melhor proposta de valor a ser oferecida (COBRA, 1992; KOTLER; KELLER, 2012;
PEREIRA; TOLEDO; TOLEDO, 2009; ROCHA, 2015; OLIVEIRA, 2013).
Também cabe destaque o trabalho de Toaldo e Luce (2006), que se referem ao
Marketing Estratégico e suas dimensões: a primeira é a Funcional, relacionado ao
desenvolvimento da lealdade do consumidor por meio de sua marca, dos serviços
ofertados ou do controle do acesso aos canais de distribuição. O que é conhecido, segundo
Cobra (1992), Kotler & keller (2012), Rocha (2015) e Oliveira (2007) como o plano de
Marketing tático, no qual especifica as táticas de Marketing, incluindo características de
produtos, promoção, merchandising, determinação de preço, canais de vendas e varejo.
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A segunda, filosófica, ou uma forma de pensar em termos mercadológicos, aborda
a questão da busca pela performance organizacional a longo prazo por meio da
disseminação de uma cultura organizacional orientada para o mercado. Essa abordagem
caracteriza a responsabilidade de Marketing em definir estratégia tanto no nível
operacional, como as estratégias do composto de Marketing, quanto no nível estratégico,
em que influencia o pensar e agir dos indivíduos da organização, disseminando a crença
de que os objetivos organizacionais serão atingidos se as ações contemplarem a satisfação
dos clientes (TOALDO; LUCE, 2006), e a importância desse alinhamento estratégico
para as empresas (GODOY, 2017).
Tendo como base os conceitos apresentados, e relacionando com o objeto de
estudos direcionado nessa investigação, nota-se o movimento Wake como sendo gerado
pelo entendimento por parte dos organizadores de uma necessidade insatisfeita no
mercado. Após essa identificação, foram determinadas formas, segundo Tavares (2011),
segmentação de mercado, ou a identificação de seu público alvo. O estabelecimento de
um posicionamento para demarcar um espaço na mente dos consumidores alvo do evento,
todas as partes relativas do plano de Marketing Estratégico, até o ponto no qual tem-se a
processo de entrega de valor, ou seja, o Marketing tático.
1.1 O movimento Wake e o processo de criação de valor
No caso do objeto de estudo selecionado para este artigo, o movimento Wake,
nota-se que em seu processo de criar valor para os consumidores há uma junção de fatores
como: marca, produto e serviço, ou uma forma de entregar aos seus consumidores um
estilo de vida relacionado a saúde e ao bem-estar. É interessante destacar que nesse
processo, pode-se gerar certa dúvida no mercado, como por exemplo, em qual deles a
qualidade de vida e o bem-estar se encaixam, como marca, produto ou serviço? Como
uni-los numa espécie de rede do bem, favorecendo uma filosofia de vida, dedicando uma
parte dos lucros a uma ONG e ao mesmo tempo divulgar seu nome, produto ou serviço?
Outro ponto interessante é o fato de que no caso do movimento Wake há um grupo de
voluntários que sedem seu tempo para a organização desses eventos filantrópicos. E este
é o ponto forte do movimento, a festa matinal que foi desenvolvida primeiramente para
divulgar esse “acordo” com o lado bom da vida, despertar para a necessidade de se buscar
momentos saudáveis em seu dia a dia.
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Portanto, tem-se no movimento a junção desses três pilares do processo de entrega
de valor, a marca como uma forma de diferenciação em relação às demais ofertas de
mercado, ou outras formas de entregar um estilo de vida diferenciado ao seu público alvo.
Um produto, como a forma principal de entregar valor aos seus consumidores por meio
da materialização de sua necessidade ou desejo. E um serviço, como algo intangível que
serve, da mesma forma que um produto, para satisfazer as necessidades latentes de um
determinado segmento de mercado.
Assim, partindo-se do processo de criar e entregar valor aos seus consumidores,
nota-se que o primeiro ponto a se definir, então, é o seu público de interesse, ou como
destaca-se, a delimitação do público alvo, para que possa definir, de forma estratégica, a
forma que pode-se usar para a divulgação do evento, visto que, á medida que a empresa
identifica o seu público alvo, de forma racional, os meios de comunicação podem ser
definidos de forma direta. Entre as diversas possibilidades de divulgação do movimento
Wake, quando pensamos nas formas de divulgação, tem-se, como descrito anteriormente,
o processo de entregar valor, a mais utilizada atualmente é via redes sociais. Seus
organizadores desenvolveram uma página no Facebook com esta finalidade. A partir
dessa página, se dão as divulgações de cada festa. Seus seguidores, ou amigos e
admiradores do movimento curtem a página, dando o chamado “like”, e alguns fazem a
gentileza de reproduzir na sua página pessoal o anúncio para convidar mais pessoas que
queiram provar dessa nova experiência: uma festa no período da manhã, realizada com o
intuito de chamar atenção para o seu bem-estar.
Nesse ponto faz-se importante destacar como eles explicam o movimento, ou
como destacado anteriormente, a junção de sua marca, seu produto e serviço. Assim,
segundo a página da rede social onde o movimento é divulgado, seus próprios
organizadores o definem da seguinte forma:
WAKE é um experimento social desenhado pela HED (Human
Experience Design) que desafia as pessoas a reinventarem suas rotinas
em uma Festa Matinal, durante a semana, antes do trabalho. Mais que acordar cedo, ela convida cada um a protagonizar o início de uma
mudança na relação consigo mesmo, os outros e a cidade onde vive
(WAKE, 2017).
A festa ocorre no período da manhã, como dito, tendo início às 7h15 e duração até
às 9h30; o valor atual do ingresso é a partir de R$45,00 sendo revertido para despesas de
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infraestrutura e sua maior parte doada para uma ONG1, selecionada por seus
organizadores a cada evento.
1.2 O movimento Wake e seu processo de comunicação
Um fator interessante a ser analisado neste artigo é que a sua divulgação se
restringe ao Facebook de forma simples, ainda sem se aprofundar nas novas ferramentas
de tecnologia disponíveis pela própria rede social mais utilizada hoje em dia em
praticamente todos os países em que ela é acessada ou mesmo ferramentas online,
gratuitas ou não, oferecidas pelo Google. Um exemplo é o Google Advisor, o Google + e
o Facebook Ads por onde é possível desenvolver anúncios e fazer campanhas dos mais
variados tipos.
No caso do movimento Wake, entende-se que por ser um evento sem fins
lucrativos, apesar de cobrado o acesso às festas, é compreensível que o meio mais prático
e simples se torna a divulgação no Facebook pelo chamado “feed de notícias”, lembrando
que a palavra feed, no Inglês significa comida, alimento, alimentação. Trata-se de
alimentar sua página com informações relevantes, notícias, dados de interesse aos seus
seguidores. Com isso, a expectativa é de que os interessados sejam informados sobre o
evento, existindo, ainda, a possibilidade do compartilhamento do anúncio recebido,
gerando mais contato com pessoas que possam se tornar adeptas ao movimento.
Pode-se considerar como obsoleta uma estratégia de Marketing que não fizer uso
das mídias sociais, como considera Silva: “Em essência, Marketing Social é o uso de
várias redes sociais para divulgar a sua marca ou produto. O Marketing de Conteúdo é
uma parte importante desse amálgama social e de mercado” (SILVA, 2015, p. 4).
Portanto, o Marketing que se utiliza das redes sociais como meio de divulgação é visto
como Marketing Social.
O efeito do Marketing Social é direto, ou seja, em poucos minutos é possível
verificar quantas vezes algo foi visto ou compartilhado. As administradoras dessas redes
sociais normalmente oferecem meios para uma medição ainda mais apurada, sendo o
modo mais eficiente de se aferir os resultados o próprio contato que os consumidores
fazem por meio de posts, e-mails ou qualquer outra forma de comunicação que chegue
por parte do seu público-alvo.
1 Exemplo de ONG assistida pelo movimento Wake: ADUS – Instituto de Reintegração de Refugiados.
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É preciso estar sempre atento às novidades tecnológicas e acompanhar seus
avanços e tendências. No caso do escopo deste estudo, há um grande apelo visual que
favorece o uso de mídias que incluem imagens e fotografias, como o Instagran e mesmo
o Twiter, que atualmente permite a vinculação de fotos e vídeos com um texto de 142
caracteres.
Imagem 1
Fonte: Facebook – Página do Movimento Wake
Alguns aplicativos podem ser úteis na automatização de algumas atualizações que
a empresa tem a fazer em suas redes sociais. Um exemplo de uso seria o agendamento de
eventos, contatos específicos com determinados grupos, inserção de tabelas e outros. O
mesmo anúncio, ou post, pode ser publicado de uma só vez em várias redes sociais por
meio do gerenciamento dessas novas ferramentas de automatização, o que facilita o
processo. São eles, apenas citando alguns: Hootsuit; Tweetdeck; Twuffer e Ifttt, entre
outros.
Os aplicativos para celular e tablet também compõe na atualidade uma ferramenta
bastante eficaz para integrar consumidores e empresa, tanto de produtos como prestadoras
de serviços ou eventos. Mesmo a criação de um Blog pode vir a ser eficiente para a
divulgação de uma determinada marca, dependendo do seu porte ele pode ser simples e
gratuito. Em todos esses meios, o importante é ser atualizado, disponível, manter contato
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com o seu público e procurar de alguma forma envolvê-los em campanhas interativas, se
possível. A linguagem é bastante informal, deve buscar a identidade do público. Tal como
em trabalhos acadêmicos, toda citação merece a devida referência. As ferramentas de
métricas oferecidas pelos aplicativos e redes sociais são bastante eficientes na busca desse
feedback interativo.
2 Método
Para conhecer mais a fundo o Movimento Wake, esta pesquisa trabalhou com três
formas de abordagem. A primeira com uma pesquisa partindo do suposto público em
potencial, ou seja, pessoas que poderiam ser alvo das estratégias de Marketing do
movimento. Foram entrevistadas 20 pessoas usuárias do Facebook - por questão de
conveniência foram escolhidas aleatoriamente na rede social de um dos autores deste
trabalho. O objetivo desta parte da pesquisa foi saber se elas conheciam o movimento
Wake ou mesmo se já haviam ouvido falar algo sobre o mesmo. Com isso, buscou-se uma
prévia avaliação se é abrangente o método que o movimento utiliza para divulgar seus
eventos e atingir um novo público. A segunda abordagem partiu para a visão de dentro
do movimento, ou seja, indo a campo para conhecer um dos eventos, que se realizou em
São Paulo, no dia 21 de Junho de 2017, no espaço do restaurante Alternativa Casa Natural.
Um dos integrantes do grupo esteve na festa matinal e relatou sua experiência. Por último
houve o agendamento de uma entrevista pessoal com uma das organizadoras do evento
com o intuito de saber mais sobre o evento promovido por este grupo. A descrição das
pesquisas está a seguir, na sequência em que foram produzidas.
3 Análise dos resultados
Foram entrevistadas 20 pessoas conhecidas de um dos integrantes do grupo que
os abordou via e-mail solicitando que respondessem a um questionário que incluiu
perguntas pessoais, como sexo, faixa etária e econômica, área onde reside e a respeito dos
seus hábitos de comunicação via internet, visto que, o movimento usa de tais estratégias
para a divulgação de seus eventos. Ressalta-se que este número não é representativo,
porém, considera-se como uma amostra onde se procurou verificar aleatoriamente se tal
grupo já havia ouvido falar em Wake, por isso, nominou-se aqui público potencial, que
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segundo Oliveira (2007) são aqueles públicos que a empresa não atende, mas que
pretende, desde que a estratégia obtenha sucesso, atender em um determinado momento.
Conforme aconselha Gil (2000, p. 09): “qualquer empreendimento de pesquisa,
para ser bem-sucedido, deverá levar em consideração o problema dos recursos
disponíveis. O pesquisador deve ter noção do tempo a ser utilizado na pesquisa e valorizá-
lo em termos pecuniários”. Buscou-se algo simples e objetivo que atendesse às
necessidades de respostas à esta pesquisa, por este motivo a primeira parte foi aqui
reduzida, por questão de simplifica-la e melhor expor os dados coletados.
De forma sintetizada, apresentou-se o seguinte resultado: 55% dos entrevistados
são homens, 45% são mulheres; 50% estão em idade entre 35 e 45 anos; 25% vive na
região do ABC paulista e 25% na zona sul da cidade de São Paulo; 85% se utiliza da
internet como fonte de informação de assuntos de seu interesse; 95% utiliza o aplicativo
Whatsapp como forma de comunicação e 5% utiliza e-mail; 95% utiliza internet via
celular; 75% dos entrevistados já ouviu falar sobre algum grupo relacionado a qualidade
de vida; 90% não ouviu falar sobre o Wake, 10% já ouviu falar, porém nenhum deles
participou dos eventos promovidos pelo movimento.
Nessa análise preliminar com o objetivo de entender consumidores potenciais do
movimento, ressalta-se que apesar do uso das estratégias digitais como meio de
comunicação, claro que com as devidas limitações que já destacamos, nota-se que para o
público escolhido ela não é efetiva, visto que 90% dos entrevistados, por mais que tenham
interesse e conhecimento de eventos ligados a qualidade de vida não conhece
especificamente o movimento. Nesse ponto, cabe destacar que apesar do Facebook ser
uma excelente ferramenta de comunicação, em determinadas situações, principalmente
quando tem-se produtos novos ou inovadores, como nesse caso em particular, outras
ferramentas de comunicação, bem como um plano de comunicação, que conforme Kotler
e Keller (2012) consiste no delineamento estratégico das ferramentas de comunicação
usadas pela empresa para que o público tome conhecimento da existência de um produto
ou serviço que possa resolver sua necessidade, mais direcionado, torna-se essencial.
Como destacado, a segunda fase da pesquisa consistiu na coleta de dados em um
evento Wake. Conforme verificado na página da rede social em que o evento é divulgado,
360 pessoas assinalaram ter interesse em participar da festa e 131 delas de fato
compareceram, algo comum quando se trata das redes sociais, em muitas situações,
existem pessoas que assumem o compromisso, mas no momento, ou esquecem ou não
tinham, realmente, interesse na participação.
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A maioria era de pagantes, contribuindo com o valor de ingresso a partir de
R$45,00. Como apresentado no release que o movimento divulga em sua rede social,
100% dessa arrecadação é entregue em doação a alguma ONG, neste caso foi destinado
ao projeto social Adus, Instituto de Apoio aos Refugiados que estão em São Paulo. Um
dos fatos marcantes foi que o Wake aproveitou a ocasião para divulgar que alguns dos
refugiados iriam dar início a um projeto de aulas de inglês a um baixo custo, também a
ser revertido para a instituição. Como foi percebido, isso teve um impacto positivo para
o evento, pois diversos participantes se mostraram interessados em estudar inglês com
um desses refugiados em apoio ao projeto social. Pensando em termos de estratégia de
Marketing, essa ação contribui muito para o fortalecimento da marca, visto que torna-se
conhecida como uma empresa que se preocupa com causas sociais, ou com políticas de
responsabilidade social corporativa. Nesse ponto, Rocha (2016) afirma que as empresas
que possuem uma mentalidade voltada para os novos consumidores, são aquelas que além
de resolver problemas pontuais de seus consumidores, ainda se preocupam em torna-los
pessoas melhores. É isso que se pode perceber nessas ações da empresa por meio de suas
ações.
Também conforme divulgado no release e na página da rede social, o evento
contou com música, maquiagem artística, yoga, meditação, bebidas e alimentação
saudável entre outras atrações. Os participantes que aceitavam receber a maquiagem
artística eram orientados a não retirar até o final do dia, assim todos que o encontrassem
no trabalho, na escola ou em qualquer lugar, poderiam notar algo além de uma obra de
arte em seu rosto, a pessoa poderia contar sobre a sua experiência matinal de celebração
ao bem-estar, o que de certa forma ampliaria a divulgação do movimento. As músicas
eram suaves e o clima alegre, festivo, contudo sem os excessos de uma festa normal em
horário noturno, justamente esse contraste é o que marca a criatividade e a inovação do
Wake. As crianças também são bem-vindas, lembrando que não há bebidas alcóolicas na
festa. Outro ponto importante que se deve destacar é a preocupação dos organizadores em
criar uma experiência diferenciada, que no caso de serviços, é fundamental para o efetivo
diferencial de suas estratégias.
Foi possível contatar uma das organizadoras, que concordou em um encontro
posterior para uma entrevista pessoal direta, em que alguns pontos de interesse para este
artigo foram esclarecidos. Assim, na terceira fase da pesquisa a entrevista estava
agendada a princípio para ser aplicada de forma presencial, com a possibilidade de se
aprofundar no tema pelo teor aberto das perguntas, contudo, a entrevistada cancelou o
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encontro por duas vezes, sendo a segunda proposta por um encontro online, via Skype.
Por fim, ela concordou em receber as perguntas por e-mail, o que simplificou suas
respostas a uma espécie de cópia e cola do que já está publicado nas redes sociais,
contribuindo, assim, muito pouco para ampliar a visão do movimento ou melhor entender
seu uso da mídia social e do Marketing.
O que se tornou bem claro, tanto na participação na festa como nas respostas
apresentadas nesta entrevista é que seus organizadores fazem questão de divulgar o nome
da empresa carro-chefe do evento, inclusive quando perguntado se o movimento tem um
Blog ou uma página específica e a entrevistada respondeu que sim, porém citou o site da
empresa, que não é, como perguntado, específico do movimento. Atentando a esse fator,
se esse processo de comunicação não relaciona o próprio movimento, isso pode prejudicar
o seu processo de fortalecimento de marca, visto que, a ênfase se dá nos patrocinadores
(que devem sem valorizados) e não no movimento em si.
Tanto a página do Facebook como as demais redes sociais que o movimento
utiliza estão atrelados ao nome da empresa que deu início à festa Wake e ao seu
idealizador. Em sua resposta a entrevistada incluiu os sites Catraca Livre e Nowmastê
como parcerias na divulgação do evento. Foi afirmado que as ONGs escolhidas
geralmente são indicadas para receberem os donativos, o que não ficou claro se há algum
outro critério além de indicação pessoal e da parte de quem são indicadas. O mesmo
quando perguntado sobre quem são os voluntários, a resposta apresentada define
voluntário como pessoas que doam o seu tempo, o que não os diferencia de nenhum outro
tipo de voluntário, ou seja, sem acréscimos. Quanto ao público, foi definido como entre
25 e 35 anos, maioria composta por mulheres.
Como as respostas foram consideradas bastantes limitadas à divulgação da
empresa organizadora do evento, o grupo de pesquisadores optou por não divulgar as
respostas na íntegra, pois não se relaciona com o objetivo central deste estudo.
Considerações Finais
Retomando as das perguntas apresentadas na introdução desse estudo, algumas
poderiam bem se posicionar como hipóteses em torno da estratégia de Marketing adotada
pelo movimento Wake para divulgação dos eventos promovidos, denominados Festas
Matinais.
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Foi possível chegar a uma conclusão sob dois aspectos: o primeiro ponto é a
questão do alcance que a divulgação abrange entre os seus adeptos. Pode ser considerado
pequeno em relação ao número de usuários das redes sociais, bem como da cooperação
entre eles ao compartilhar o anúncio da página do evento, sendo que nenhum
compartilhamento não foi constatado para o evento acompanhado em 21 de junho.
O segundo ponto nesta mesma linha é que a proporção do evento ainda é
considerada pequena pelos seus organizadores. À medida que houver mais procura, será
necessária uma readequação da estrutura que abriga o evento. São apenas dois anos e 17
edições da festa, sendo apenas 7 deles realizados em São Paulo. Para estes números,
aparentemente, a organização considera adequada por hora uma divulgação básica apenas
por meio de uma rede social gratuita, que não requer muita elaboração do anúncio ou
conhecimentos tecnológicos para seu uso. O que se conclui também é que a associação
da festa com a empresa promotora do evento é enraizada, não havendo necessidade da
criação de um site específico para o movimento, ao menos por enquanto.
O número de adeptos se mostra crescente nas festas, embora ainda modesto diante
do número de usuários das redes sociais em São Paulo, bem como o número de
voluntários, que se faz adequado para o momento. Além da principal rede que o
movimento utiliza para o seu Marketing Digital, é feita uma publicação de fotos no
aplicativo Instagran, pouco mencionado neste estudo que focou apenas o Facebook.
A ideia de promover uma festa sem fins lucrativos, sendo estendida uma doação
de ajuda humanitária a um projeto social é, sem dúvida, uma forma de Marketing para as
empresas patrocinadoras do evento que fazem uso do bem-estar como atrativo número
um do seu público-alvo. Se a estratégia tem ou não o intuito de ser apenas um pano de
fundo para divulgação das marcas envolvidas, ela por fim acaba por cumprir, também,
um interessante papel social. Este estudo não teve a intenção de focar neste ponto, sendo
apenas uma observação que desde o início provocou a curiosidade de questionar a real
intenção do movimento, de promover o nome de uma empresa por meio da promoção do
bem-estar e do apoio social, atos benéficos perante a opinião popular de modo geral.
Para estudos futuros, considera-se interessante um experimento como a criação de
um Blog institucional que pudesse reforçar a filosofia do movimento além de favorecer
ainda mais o relacionamento com as empresas parceiras por divulgar sua marca em mais
um canal digital. Como conclusão deste estudo leva-se em conta que as redes sociais
atualmente oferecem recursos de comunicação e gestão de anúncios que podem tornar a
interatividade ainda mais ampla possibilitando medições e métricas não utilizadas pelo
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movimento Wake. Espera-se que ao chegarem mais adeptos e voluntários o grupo tenha
o interesse em conhecer sobre essas funcionalidades das redes sociais e invista na
ampliação do seu alcance, o que deve proporcionar também maior visibilidade tanto do
evento como das ações voluntárias. Propõe-se, ainda um estudo sore a opinião pública
quanto a empresas que se promovem por meio de ações sociais como essa.
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