66
[Digite texto] Página MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES 2018 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE SÃO PAULO, 2018

MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

[Digite texto] Página

MUDANÇAS CLIMÁTICAS:

BALANÇO E

RECOMENDAÇÕES

2018

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE

SÃO PAULO, 2018

Page 2: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

i

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Page 3: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

ii

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

MUDANÇAS CLIMÁTICAS:

BALANÇO E RECOMENDAÇÕES Este documento é o Anexo III do Relatório de Atividades da Assessoria

Institucional e Internacional – Aint 2018

Governo do Estado de São Paulo

Secretaria do Meio Ambiente

São Paulo, 2018

Page 4: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

iii

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Governador

Marcio França

Secretaria de Estado do Meio Ambiente

Eduardo Trani

Page 5: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

iv

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Ficha Técnica Assessora Internacional Jussara de Lima Carvalho

Coordenação do Grupo de Trabalho de

Mudanças Climáticas (GT Clima)

Maria Fernanda Pelizzon Garcia

Autores

Jussara de Lima Carvalho

Margarette Escobar Sabella

Maria Fernanda Pelizzon Garcia

Natalia D’Alessandro

Oswaldo dos Santos Lucon

Colaboradores

Bianca Amaral Mazzuchelli

Gabriele Aparecida Suyama

Joseph Dale

Luiz Fernando R. Colavitti

Rodrigo Lima Felipe

Thaysa Karoline Bessa

Organizadoras da Oficina

Lina Maria Ache

Lucia Helena Cleto

Membros do Grupo de Trabalho de

Mudanças Climáticas (GT Clima)

Ana Fernandes Xavier Kátia Bastos Florindo

Célia Regina de Gouveia Souza

Daniela Petenon Barbosa

Gil Scatena

Humberto Gallo Junior

Marcos Aurélio Silva Tiné

Marcos Pereira Marinho Aidar

Maria Fernanda Pelizzon Garcia

Marta Emerich

Mauricio Ranzini

Miriam Ramos Gutjahr

Nadia B. de Lima

Nerea Massini

Oswaldo dos Santos Lucon

Rafael Frigério

Sergio Murilo D’Arruiz Santana

Virginia Dorazio

Page 6: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

v

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Agradecimentos

Expressamos nosso agradecimento especial aos profissionais que participaram

das diversas reuniões realizadas ao longo de 2018, permitindo a concretização

deste produto, em um processo inclusivo e abrangente, que deverá contribuir

para a continuidade dos trabalhos do Estado de São Paulo no tema de

mudanças climáticas.

Page 7: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

vi

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Sumário

Sumário Executivo ........................................................................................................................ vii

1. O Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas (GT CLIMA) .................................................... 20

1.1. Contexto ............................................................................................................................... 21

1.2. Legislação no Estado de São Paulo ....................................................................................... 22

2. Objetivo ................................................................................................................................... 23

3. Diagnóstico .............................................................................................................................. 24

3.1. Metodologia ......................................................................................................................... 24

3.1.1. Levantamento digital de informações .............................................................................. 24

3.1.2 Realização de Oficina ......................................................................................................... 24

3.1.3. Reuniões para Validação e Complementação ................................................................... 25

4. Resultados ............................................................................................................................... 25

4.1. Resultados da oficina do GT Clima ....................................................................................... 25

4.2. Resultado da análise das atribuições do SAP na PEMC ........................................................ 27

5. Discussão ................................................................................................................................. 34

6. Conclusões ............................................................................................................................... 43

ANEXO I – Fichas dos Projetos .................................................................................................... 45

Page 8: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

vii

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Sumário Executivo

A Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) foi instituída no Estado de São Paulo pela

Lei Estadual nº 13.798, de 9 de novembro de 2009, contendo seus princípios, objetivos e

instrumentos de aplicação. Esta Lei é regulamentada pelo Decreto Estadual nº 55.947, de 24

de junho de 2010, em sintonia com a Convenção do Clima da ONU e com a Política Nacional

sobre Mudança do Clima (PNMC). Ao instituir a PEMC, o Estado de São Paulo reconhece as

mudanças climáticas como um problema para a sociedade, que traz impactos, mas também

oportunidades.

Nesse contexto, sob coordenação da Assessoria Internacional (AInt) da Secretaria de Meio

Ambiente (SMA), foi constituído o Comitê de Integração de apoio às suas atividades (CI – AInt)

(Resol. SMA 07/2018), com vistas à internalização das políticas globais nos programas, projetos

e ações do Sistema Ambiental Paulista. Visando sua operacionalização, foram formados três

grupos de trabalho, sendo um deles o Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas (GT Clima),

coordenado pela Divisão de Mudanças Climáticas da CETESB, tendo o apoio da AInt como

Secretaria Executiva, e da Assessoria de Mudanças Climáticas (AMC). O GT conta com

representantes dos diversos órgãos, institutos e coordenadorias pertencentes ao Sistema

Ambiental Paulista (SAP) entre eles: Assessoria de Mudanças Climáticas da SMA (AMC),

CETESB, Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA), Coordenadoria de Planejamento

Ambiental (CPLA), Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN),

Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), Fundação Florestal (FF), Grupo de Trabalho e

Acompanhamento de Projetos Estratégicos (GTAPE), Instituto Florestal (IF), Instituto Geológico

(IG) e Instituto de Botânica (IBt).

Dentre diversas ações, o GT Clima teve como uma de suas atribuições realizar um diagnóstico

a partir do levantamento da situação e lacunas dos programas e projetos que atendem a

PEMC, além de identificar projetos do Sistema Ambiental Paulista (SAP) relacionados à

temática de mudanças climáticas, mas não contemplados nas exigências da legislação atual.

Entende-se que com esta agenda o GT auxilia a AMC além de criar repertórios integrados do

SAP que podem contribuir com os compromissos nacionais tanto com a Convenção da

Diversidade Biológica quanto com a Convenção do Clima

A partir desse levantamento, foi desenvolvido este documento, com o objetivo de estabelecer,

então, uma estratégia para internalizar, de fato, a temática de mudanças climáticas no SAP e

cumprir as atribuições da PEMC, estabelecendo passos que identifiquem as ações necessárias

e prioritárias para tal. Cabe ressaltar que muitos projetos implantados no Estado se destacam

não somente pela sua contribuição local, mas também pelo potencial de replicabilidade em

outros estados do país e do mundo. Deve-se somar o fato de que muitos projetos do SAP estão

alinhados à adaptação às mudanças climáticas e trazem também um co-benefício em

mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

As diretrizes e metas elencadas servirão de base para guiar e fortalecer os trabalhos

relacionados às mudanças climáticas no SAP, que tem como objetivo contribuir para tornar o

Estado de São Paulo mais resiliente e menos emissor. Dessa forma, o trabalho do GT Clima

buscou integrar ações esparsas e priorizar o desenvolvimento de atividades necessárias para

garantir a contribuição contínua do Sistema na aplicação da PEMC.

Page 9: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

viii

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Destaca-se a importância que o GT Clima teve não somente na contribuição para a elaboração

deste trabalho, mas também na disseminação de conhecimento sobre mudanças climáticas

para os membros do GT o que facilita a inserção dessa temática, nas diversas ações do SAP.

Faz-se necessário, portanto, a continuidade do GT Clima que deverá auxiliar o Sistema a atingir

as metas aqui apresentadas.

Os trabalhos contaram com um diagnóstico da situação atual das atribuições do SAP de acordo

com a PEMC e definição de metas para a realização de ações que contribuam com medidas de

mitigação1 e adaptação2 no Estado de São Paulo, a partir da avaliação de lacunas. Para a

realização do diagnóstico foram feitas reuniões mensais do GT, uma oficina com apoio da

Escola Superior da CETESB e apresentações e discussões sobre o tema de mudanças climáticas

com intuito de balizar os conhecimentos, fazendo com que a equipe envolvida nesta estratégia

pudesse também colaborar com a disseminação de conhecimento internamente.

No total, foram reunidos 46 projetos, estudos e programas, detalhados no ANEXO I deste

documento. Com o diagnóstico feito, foram identificadas lacunas e necessidades existentes

para o cumprimento da PEMC. A partir das informações coletadas no diagnóstico e tendo

como orientação o objetivo de que o Estado de São Paulo seja mais resiliente e menos

emissor, na esfera do SAP, foi elaborada uma estratégia com 4 (quatro) diretrizes prioritárias:

1 – Fortalecer a Governança (nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal): um dos principais

desafios encontrados na aplicação da Política Estadual de Mudanças Climáticas é a dificuldade

em se consolidar uma governança, o que é fundamental para acompanhar as ações de longo

prazo e envolver diversos atores do governo e sociedade. A lei e o decreto que regulamenta a

PEMC preveem um Comitê Gestor e um Conselho tripartite, com representantes do governo

estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos

trabalhos tanto do Comitê quanto do Conselho Estadual. Além disso, também o Fórum Paulista

de Mudanças Climáticas deixou de se reunir, uma vez que concentrou seus esforços para

aprovação da PEMC, e o Conselho Estadual, supriria o papel do Forum. Considerando a

governança no âmbito federal cabe ressaltar que a SMA tem participação em fóruns nacionais,

por meio da ABEMA no Fundo Clima e no Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Há

também um enorme potencial de aproximação com os governos locais, por meio do PMVA,

que geralmente carecem de acesso à informação e de recursos humanos capacitados, apesar

de possuírem maior contato com os problemas locais e capacidade de ação imediata.

2 – Incorporar a temática de mudanças climáticas nas ações do SAP: o levantamento de

projetos demonstrou que uma grande quantidade de estudos e programas existentes já

trabalham a temática de mudanças climáticas, ainda que de forma tangencial, o que facilita a

1 Mitigação: abrandamento dos efeitos de um determinado impacto externo sobre um sistema, aliado a

precauções e atitudes para a eliminação dessa interferência, que significa, em termos de clima, a intervenção com objetivo de reduzir alguns fatores antropogênicos que contribuem para sua mudança, inclusive meios planejados para reduzir emissões de gases de efeito estufa, aumentar a remoção desses gases da atmosfera por meio do seu armazenamento em formações geológicas, solos, biomassa e no oceano, ou para alterar a radiação solar que atinge a Terra, por métodos de geoengenharia (Lei 13.798/2009 – PEMC). 2 Adaptação: iniciativas ou medidas capazes de reduzir a vulnerabilidade de sistemas naturais e da

sociedade aos efeitos reais ou esperados das mudanças climáticas (Lei 13.798/2009 - PEMC); Ajuste em sistemas naturais ou humanos em resposta a estímulos climáticos reais ou esperados ou seus efeitos, que moderam o dano ou exploram oportunidades benéficas (Glossário - UNFCCC).

Page 10: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

ix

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

inserção mais ampla no Sistema Ambiental Paulista. As variáveis relacionadas a mudanças

climáticas, portanto, devem ser incorporadas em todas as ações propostas no SAP, incluindo,

caso a caso, parâmetros e indicadores, com a geração de dados para monitoramento e

acompanhamento das ações. De acordo com a PEMC e com os levantamentos realizados pelo

diagnóstico do GT Clima os principais programas e projetos que devem considerar essa diretriz

são: Programa de Remanescentes Florestais; Planejamento Ambiental e Licenciamento

Ambiental.

3 – Contribuir para aumentar a resiliência às mudanças climáticas: as mudanças no clima, que

já podem ser observadas, provocarão cada vez mais alterações nas dinâmicas naturais,

causando maior incidência de eventos extremos, como inundações e deslizamentos, aumento

da erosão costeira, incêndios mais frequentes e impactos na disponibilidade hídrica e de

alimentos. Com isso, o Estado precisa promover o aumento da resiliência de seus sistemas,

tornando o ambiente mais seguro frente às situações de mudança. Essa é uma agenda que

afeta diversos setores, incluindo atividades econômicas, e um planejamento prévio é essencial

para evitar prejuízos humanos, financeiros e biológicos que podem ser irreversíveis. Propõe-se,

então a atualização do Plano de Adaptação do Estado, bem como a expansão e

aprimoramento dos levantamentos e mapeamentos de riscos existentes.

4 – Promover capacitação, pesquisas científicas e estudos para subsidiar ações de mitigação

e adaptação às mudanças climáticas: Foi observado que na maior parte das vezes não houve

inserção do tema de Mudanças Climáticas nos programas, projetos e ações do SAP, devido à

falta de conhecimento específico. Desta forma essa diretriz é fundamental para

desenvolvimento dos trabalhos e transferência de conhecimento, tanto aquele produzido

internamente no sistema, quanto proveniente de estudos e relatórios internacionais. Além da

capacitação, também a forma de comunicação é importante, e deve ser considerada

prioritária. As pesquisas científicas e estudos são importantes instrumentos para embasar as

ações do SAP, para aumentar o conhecimento suporte para a elaboração de políticas públicas.

Mas, observou-se também não existir uma Política geral na SMA, que defina prioridades para a

pesquisa, com vistas ao atendimento aos projetos prioritários. Neste sentido, faz-se necessária

essa discussão e definição, considerando entre as prioridades da SMA, a inclusão do

atendimento às políticas globais, neste caso de Mudanças Climáticas.

O diagrama a seguir apresenta, de maneira simplificada, as diretrizes propostas:

Page 11: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

x

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Figura 1. Objetivo e diretrizes.

A seguir, são apresentadas duas tabelas, a Tabela 1 com as descrições, lacunas e próximos passos propostos para cada um dos itens pertencentes às diretrizes, e a Tabela 2 com as metas e responsáveis em cada diretriz:

ESTADO MENOS

EMISSOR E MAIS

RESILIENTE

Fortalecer a Governança

Aumentar a resiliência às

Mudanças Climáticas

Inserir Mudanças

Climáticas nas ações do SAP

Promover capacitação, pesquisas e estudos em mudanças climáticas

Page 12: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xi

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Tabela 1. Diretrizes, lacunas e propostas.

Diretriz Item Descrição Lacuna Proposta

Fortalecer a Governança

Governo Federal Ampliar e consolidar

espaços para participações de estado de SP

Falta de integração entre os entes federativos para implantação de medidas de mitigação e

adaptação para mudanças climáticas, comprometendo o cumprimento da Política

Estadual de Mudanças Climáticas.

Fortalecer a participação do Estado nos fóruns de discussão nacional, comissões e

grupos de trabalho.

Governança Estadual

Comitê Gestor e Conselho Estadual (Art. 29 da Lei

13.798 e Cap. I e II Decreto 55.947)

Falta coordenação da PEMC no estado de SP.

Buscar diálogo com o novo governo para que a Casa Civil reative o Comitê Gestor e

o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas.

Fortalecer apoio das redes de governos locais e regionais para Mudanças

Climáticas.

Falta definição sobre a manutenção do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e

Biodiversidade.

Reativar o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade.

Governança Municipal

Incluir os municípios nas atividades e políticas que

envolvem mudanças climáticas.

Falta de informações e apoio aos municípios sobre mudanças climáticas.

Estabelecer um canal de diálogo com os municípios por meio do Programa Município Verde Azul (PMVA) da

Secretaria do Meio Ambiente e ANAMMA.

Diálogo com redes de governos locais para melhor entendimento da relação complementar de ações em mudanças

climáticas.

Page 13: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xii

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Inclusão de ações, parâmetros e indicadores complementares ao estado relacionados a mudanças climáticas, no

PMVA.

Inserir a temática de mudanças

climáticas nas ações do SAP

Programa de Remanescentes

Florestais

(Art. 23 Lei 13.798 e Seção VIII do Decreto 55.947). Responsável: CBRN (Res.

SMA 5/2012)

Necessidade de inserir a questão de mitigação e adaptação aos projetos florestais do SAP

Definir parâmetros e indicadores para quantificação de projetos florestais do

SAP em termos de remoção e emissão de carbono

Necessidade de integrar informações e dados do SAP sobre remanescentes florestais.

Limitação: falta de coordenação para integrar os projetos

Criação do Portal de Restauração Florestal para integrar informações

Definição de metas de restauração para o Estado.

Falta de informação atualizada sobre remanescentes florestais

Manter atualizado o inventário florestal e o inventário de emissões e remoções do setor de Uso da Terra, Mudanças do Uso

da Terra e Florestas.

Discutir metodologia para inventários de emissões e remoções estaduais, a fim de

obter e utilizar informações mais atualizadas.

Planejamento Ambiental

Art. 8°, 33 Lei 13.798/2009 e Art. 25 e 28 do Decreto

55.947. Responsável: CPLA

Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE):

necessidade de cenários climáticos

espacializados e regionalizados para o Estado

ZEE: definir variáveis climáticas e elaborar

com apoio do INPE e equipe da CPLA

cenários climáticos espacializados para o

Estado de São Paulo.

Page 14: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xiii

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Avaliação Ambiental Estratégica (AAE): falta definir critérios e indicadores para sua

elaboração

AAE: articular junto à Secretaria do Planejamento e definir critérios

Indicadores de Avaliação da PEMC: falta estabelecer critérios para definição de

indicadores.

Indicadores de Avaliação da PEMC: definir e incluir no RQA atual

Licenciamento Ambiental

Art. 32 do Decreto 55.947

Não definição de metas setoriais pelo Comitê Gestor

Conduzir estudos para definir as metas setoriais

Não foram estabelecidos procedimentos para

o processo de licenciamento ambiental.

Avaliar e discutir internamente projeto piloto, visando parceria internacional com país que tenha experiência bem-sucedida na inclusão de parâmetros de mitigação e adaptação no processo de licenciamento

ambiental.

Contribuir para aumentar a

resiliência às mudanças climáticas

Mapeamento de Risco

Art. 7°, Lei 13.798/2009 e Art. 44, Decreto n°

55947/2010

Não há mapas estaduais temáticos que consideram outros riscos, além de riscos

geológicos.

Manter atualizado para todo o estado de São Paulo o mapeamento de áreas de risco e inserir outros tipos de risco no

mapeamento estadual.

Plano de Adaptação

Art. 33 da Lei 13.798 Plano de Adaptação desatualizado. Atualizar o Plano de Adaptação Estadual

com participação de atores envolvidos no tema.

Pesquisas Falta uma Política Geral na SMA, que oriente e coordene as prioridades de pesquisa no SAP.

Fortalecimento da Política de Pesquisa voltada às prioridades da SMA e que considere o atendimento às políticas

globais

Page 15: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xiv

AInt – Assessoria Institucional e Internacional

Ampliar pesquisas científicas e

capacitações para subsidiar ações de

mitigação e adaptação às

mudanças climáticas

Pesquisas

Elaborar pesquisas para subsidiar ações

relacionadas às mudanças climáticas

Necessidade de estudos e pesquisas que subsidiem medidas de mitigação e adaptação,

especialmente para as Unidades de Conservação e para os projetos de

restauração no estado

Definir temas prioritários para pesquisa realizada pelos institutos do SAP incluindo

as variáveis e cenários de mudanças climáticas

Falta de conhecimento sobre os trabalhos científicos produzidos pelo SAP que incluam as

variáveis e os cenários climáticos

Criar um banco de dados com pesquisas realizadas no âmbito do SAP, que tenham

interface com mudanças climáticas.

Capacitação e Estudos

Falta conhecimento técnico para desenvolver atribuições do SAP na PEMC

Desenvolver Plano de Capacitação para o SAP para atender necessidades específicas

de cada área.

Realizar capacitação que ofereça subsídios aos técnicos para o cumprimento da

PEMC

Incluir o tema de mudanças climáticas nos eventos programados pela Coordenadoria

de Educação Ambiental (CEA) e Coordenadoria de Parques Urbanos (CPU)

Falta de recursos financeiros e humanos para expandir o projeto de capacitação em

adaptação climática da Baixada Santista para todo o estado

Buscar parcerias para expandir o projeto de capacitação aos municípios de todo o

Estado de SP

Falta de recursos financeiros e humanos para realizar o Inventário de Emissões de Gases de

Efeito Estufa (GEE) do Estado de São Paulo.

Buscar parcerias para capacitar a equipe da CETESB e coordenar a elaboração do

Inventário de Emissões de GEE.

Page 16: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xv

Tabela 2. Metas para aplicação das Diretrizes de Mudanças Climáticas para o Sistema Ambiental Paulista

Metas Responsável

1 - Fortalecer a Governança

1.1. Fortalecer a participação do Estado de São Paulo nos fóruns de discussão nacional, comissões, grupos de trabalho.

Executivo da SMA

1.2. Buscar o diálogo com o novo governo para que a Casa Civil reative o Comitê Gestor e o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas.

Executivo da SMA

1.3. Fortalecer apoio das redes de governos locais e regionais para mudanças climáticas.

AInt e ACM

1.4. Estabelecer um canal de diálogo com os municípios, por meio do Programa Município Verde Azul (PMVA) da SMA e ANAMMA

AMC/ GT Clima

1.5. Estabelecer diálogo com rede de governos locais para melhor entendimento da relação da relação complementar de ações de mudanças climáticas.

AInt/ AMC/ GT Clima

1.6. Reativar o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade

AInt e ACM

1.6. Inclusão de ações, parâmetros e indicadores complementares ao estado relacionados a mudanças climáticas, no PMVA.

GT Clima/ PIC – CETESB/ AMC

2 – Inserir a temática de mudanças climáticas nas ações do SAP

2.1. Definir parâmetros e indicadores para quantificação de projetos florestais do SAP em termos de remoção e emissão de carbono

GT Clima/AMC

2.2. Criar o Portal de Restauração Florestal para integrar informações GT-BIO

2.3. Definir metas de restauração para o Estado GT-BIO

2.4. Atualizar o inventário florestal e o inventário de emissões e remoções do setor de Uso da Terra, Mudanças do Uso da Terra e Florestas;

Instituto Florestal/ GTAPE/ CETESB

2.5. Discutir metodologia para inventários de emissões e remoções estaduais, a fim de obter e utilizar informações mais atualizadas.

CBRN/ GTAPE/ CETESB/ AMC

Page 17: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xvi

2.6. Definir variáveis climáticas e elaborar cenários climáticos especializados para o ZEE do Estado de São Paulo;

GT Clima do ZEE /CPLA

2.7. Articular junto à Secretaria do Planejamento e definir critérios para a Avaliação Ambiental Estratégica;

CPLA/ GT Clima/ AMC

2.8. Definir indicadores de avaliação da PEMC e incluir no RQA atual; CPLA/ GT Clima/ AMC

2.9. Conduzir estudos para definir as metas setoriais ACM/ GT Clima/ CETESB

2.10. Avaliar e discutir projeto piloto, visando parceria internacional, com país que tenha experiência bem-sucedida na inclusão de parâmetros de mitigação e adaptação no processo de licenciamento ambiental.

AInt/ GT Clima/ CETESB

3 – Contribuir para aumentar a resiliência às mudanças climáticas

3.1. Atualizar o Plano de Adaptação Estadual CPLA/AMC/GT Clima

3.2. Manter atualizado para todo o estado de São Paulo o mapeamento de áreas de risco e inserir outros tipos de risco no mapeamento estadual.

IG e GT Clima

4 – Promover pesquisas científicas, estudos e capacitações para subsidiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas

4.1. Definir temas prioritários para pesquisas científicas realizadas pelo SAP no tema de mudanças climáticas

IG, IF, IBt, FF, - GT Clima/AMC

4.2. Criar um banco de dados com pesquisas científicas realizadas no âmbito do SAP, que tenham interface com mudanças climáticas

AMC/ GT Clima

4.3. Desenvolver Plano de Capacitação para o Sistema Ambiental Paulista a fim de atender necessidades específicas de cada área.

AInt/ AMC/ GT Clima/ CEA

4.4. Realizar capacitação interna que ofereça subsídios aos técnicos para o cumprimento da PEMC

CETESB (ESC – Escola Superior)/ CEA/ GT-Clima

4.5. Incluir o tema de mudanças climáticas nos eventos programados pela Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) e Coordenadoria de Parques Urbanos (CPU)

AMC/ CEA/ CPU/ GT Clima

Page 18: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xvii

4.6. Buscar parcerias para capacitar a equipe interna da CETESB para coordenar a elaboração do Inventário de Emissões de GEE

CETESB/ AInt

4.7. Buscar parcerias para expandir o projeto de capacitação em adaptação para outros municípios do Estado de SP (Projeto Fehidro)

CETESB/ AInt

De acordo com as atribuições da Secretaria do Meio Ambiente na Política Estadual de

Mudanças Climáticas, e a partir da análise dos projetos e programas realizados e em

implantação pelo Sistema Ambiental Paulista, foi possível identificar projetos que já estão em

andamento, aqueles que necessitam de ajustes, e aqueles que não foram iniciados.

Percebe-se a necessidade de capacitação e disseminação de informação sobre a temática de

mudanças climáticas para a ampla inserção do tema nas diversas agendas já em andamento no

SAP. A falta de capacitação técnica constitui, atualmente, a maior dificuldade para o

desenvolvimento de atividades relacionadas à temática em todas as instituições integrantes do

SAP. Por sua vez, a produção científica também se mostrou essencial para o embasamento

necessário à implementação de projetos e ações relacionadas às Mudanças Climáticas no

Estado de São Paulo.

De maneira geral, é possível observar uma grande incidência de projetos relacionados à

restauração e conservação florestal, envolvendo a maior parte das instituições pertencentes

ao SAP. Portanto, o Programa de Remanescentes Florestais possui grande capacidade de

atuação ao reunir e potencializar iniciativas já existentes e incorporadas no sistema.

Além disso, no dia 8 de outubro de 2018, em consonância ao lançamento do relatório especial

do IPCC sobre os impactos de um aumento da temperatura global em 1,5 °C acima dos níveis

pré-industriais, um grupo de 40 cientistas afirmou que preservar as florestas é tão

imprescindível para o combate ao aquecimento global quanto parar de queimar combustíveis

fósseis. Além disso, florestas tropicais mantém o clima fresco e são fundamentais para regimes

de água das chuvas, rios e lagos que ajudam a garantir a produção de alimentos e energia em

um contexto de uma já existente mudança climática. O controle do desmatamento, portanto,

é crucial para atender as metas nacionais e globais. A conservação e restauração florestal se

tornam fundamentais para enfrentar os desafios de mitigação e adaptação às mudanças

climáticas.

Considerando esse potencial de impacto, a existência de ações no sistema e a capacidade de

criar sinergias internas, o Programa de Remanescentes Florestais é central e deve ser

ampliado, garantindo a integração dos projetos existentes e a incorporação de indicadores de

mitigação e adaptação em seus processos de monitoramento e avaliação.

A maior articulação entre as ações presentes e futuras e entre os níveis federativos se torna

essencial para garantir o alinhamento das políticas climáticas e para a criação de sinergias.

Assim, a estratégia para a implementação da PEMC no Sistema deve considerar o

fortalecimento da governança e a incorporação da temática de mudanças climáticas nas ações

existentes e planejadas.

Page 19: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

xviii

Com as mudanças no clima já existentes e provocando impactos, como o aumento da

frequência de eventos extremos, alterações na produção agrícola e na disponibilidade hídrica,

torna-se urgente promover a adaptação e tornar o Estado mais resiliente. E como os efeitos de

tais mudanças nos sistemas naturais e urbanos ainda não são totalmente conhecidos, o

investimento em estudos e pesquisas, condizentes com as necessidades locais, é primordial

para que haja subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas e o atendimento dos

desafios atuais e futuros. Os desafios são cada vez mais complexos, e um comprometimento e

integração entre todas as áreas serão essenciais para contribuir com um Estado de São Paulo

menos emissor e mais resiliente às mudanças climáticas.

Observou-se ainda, que muitas incertezas quanto à competência de alguns objetivos da PEMC

e outros fatores externos tornam impeditivos à total implementação das diversas atribuições

do SAP na PEMC, e acrescenta-se, ainda, a necessidade de conhecimento técnico mais

substantivo para inserir a questão de mudanças climáticas nos vários entes do Sistema.

O GT Clima se mostrou uma estratégia acertada na integração de todos os entes que

compõem o SAP, e na internalização do tema de Mudanças Climáticas, atuando na

disseminação de conhecimentos, angariando a confiança do Sistema e identificando que a

grande maioria dos projetos já contribui, de uma maneira ou de outra com medidas de

adaptação e mitigação.

Destaca-se, por fim, que este trabalho não se encerra em sí, ao contrário deve ser continuado.

O GT-Clima deve avançar para o detalhamento das lacunas apresentadas em relação ao

cumprimento das atribuições constantes na PEMC, bem como no desenvolvimento de

atividades e definição de cronograma e indicadores para o atendimento das metas

relacionadas a cada diretriz.

Page 20: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

19

Page 21: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

20

1. O Grupo de Trabalho de Mudanças Climáticas (GT CLIMA)

Sob coordenação da Assessoria Internacional (AInt) da Secretaria de Meio Ambiente (SMA), foi

formado o Comitê de Integração de apoio às suas atividades (CI – AInt) (Resol. SMA 07/2018),

com vistas à internalização das políticas globais nos programas, projetos e ações do Sistema

Ambiental Paulista. Sua formação foi publicada por meio da PORTARIA DA CHEFIA DE

GABINETE Nº 28 de 08 de maio de 2018 que designa os representantes dos Grupos de

Trabalho (Clima, Biodiversidade e de ODS), no âmbito da Resolução SMA nº 07, de 18 de

janeiro de 2018, que cria o Comitê de Integração e Apoio à Assessoria Internacional.

O GT Clima, coordenado pela Divisão de Mudanças Climáticas da CETESB, tendo o apoio da

AInt como Secretaria Executiva, e da Assessoria de Mudanças Climáticas, conta com

representantes dos diversos órgãos, institutos e coordenadorias pertencentes ao Sistema

Ambiental Paulista (SAP) entre eles: Assessoria de Mudanças Climáticas da SMA (AMC),

CETESB, Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA), Coordenadoria de Planejamento

Ambiental (CPLA), Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais (CBRN),

Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA), Fundação Florestal (FF), Grupo de Trabalho e

Acompanhamento de Projetos Estratégicos (GTAPE), Instituto Florestal (IF), Instituto Geológico

(IG) e Instituto de Botânica (IBt).

Em junho de 2018, o GT Clima colaborou com a organização do evento “SP no Clima – Diálogo

de Talanoa”, que reuniu especialistas de mais de 25 instituições do governo, setor privado,

sociedade civil e academia para discutir questões levantadas no Diálogo de Talanoa, método

participativo e inclusivo proposto pelo governo de Fiji durante a 23ª Convenção do Clima das

Nações Unidas, a COP23. O relatório bilíngue “Talanoa Brasil: o pontapé inicial de São Paulo”3,

realizado em parceria com ICLEI e WWF, está disponível na plataforma da Convenção do Clima

da ONU (UNFCCC). O diálogo foi publicado nas páginas das redes internacionais que o estado

de SP faz parte, além do ICLEI, a nrg4SD. O diálogo apontou alguns dos principais desafios do

avanço da agenda climática no Estado, como a institucionalização do tema, a dificuldade de

articulação intersetorial e interinstitucional, a necessidade da precificação de carbono, o

estabelecimento de uma governança climática atuante e estável, a incorporação da questão

climática em projetos e programas existentes e o monitoramento e cumprimento de metas e

obrigações fixadas.

Ao longo do ano, o GT Clima organizou 08 (oito) reuniões e 1 Oficina (com a participação

também de representantes de outras áreas do SAP) para subsídios a este documento:

Estratégia 2019/2020 para o enfrentamento das mudanças climáticas no SAP.

Devido ao trabalho do GT Clima, a SMA levou, pela primeira vez uma agenda verde para a COP

24 (24ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças

Climáticas), em Katowice, Polônia, que foi muito bem recebida. O Estado de São Paulo

participou em 06 eventos paralelos e, ainda, pode participar da etapa de discussão política do

Diálogo de Talanoa, representando os governos locais e municipais.

3 Disponível em http://s.ambiente.sp.gov.br/publicacao-talanoa-web.pdf

Page 22: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

21

O presente trabalho do GT Clima teve como objetivo levantar a situação e lacunas dos

programas e projetos que atendem a PEMC, além de identificar projetos do SAP relacionados à

temática de mudanças climáticas, mas não contemplados nas exigências da legislação atual.

1.1. Contexto

Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ocorrida em

1992, no Rio de Janeiro, foi criada a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do

Clima (UNFCCC), com o objetivo de dar visibilidade e buscar soluções para a questão climática.

A UNFCCC visa estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um

nível que impeça a interferência antrópica perigosa no sistema climático. O tratado, ratificado

por 197 países, não estabelece limites obrigatórios para as emissões de GEE em países

individuais e não contém mecanismos de fiscalização. Porém, fornece uma estrutura para a

negociação de protocolos que podem estabelecer limites obrigatórios para os gases de efeito

estufa.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), organização científica criada

em 1988, no âmbito da ONU, tem por objetivo reunir e divulgar o conhecimento sobre

mudanças climáticas produzido por cientistas do mundo todo, apontando causas, efeitos e

riscos. Apresenta relatórios que apontam o grau de conhecimento dos sistemas e dá

orientações. O 5° relatório de avaliação4 produzido pelo IPCC, em 2014, apontou as seguintes

conclusões:

Concentração de CO2 está 40% maior do que na época pré-industrial;

Atividade humana causou maior parte do aquecimento entre 1951 e 2010;

A superfície terrestre aqueceu 0,85°C ao longo de 1880 e 2012;

Ondas de calor e fortes chuvas se tornaram mais frequentes desde 1950;

Gelo do mar ártico reduziu em média 3,8% por década desde 1979;

Espera-se que o nível do mar aumente entre 26 e 82 cm até 2100;

Somente um cenário agressivo de mitigação pode manter a temperatura abaixo

dos 2°C.

A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas

sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os países Parte em conferências

mundiais. Suas decisões, coletivas e consensuais, só podem ser tomadas se forem aceitas

unanimemente pelas Partes, sendo soberanas e valendo para todos os países signatários.

Seu objetivo é manter regularmente sob exame e tomar as decisões necessárias para

promover a efetiva implementação da Convenção e de quaisquer instrumentos jurídicos que a

COP possa adotar. Assim, em 2015, na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, foi

firmado o Acordo de Paris, com o principal objetivo de limitar a elevação da temperatura

média global abaixo de 2°C até 2100, em relação aos níveis pré-industriais, buscando esforços

para limitar o aumento da temperatura a 1,5° C. O Acordo ainda objetiva fortalecer a

capacidade dos países de lidar com os impactos das mudanças climáticas (adaptação) e tornar

os fluxos financeiros consistentes com um caminho rumo à baixas emissões de gases de efeito

estufa e desenvolvimento resiliente ao clima.

4 IPCC Fifth Assessment Report (AR5) IPCC, 2014.

Page 23: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

22

Previamente à COP 21, durante o ano de 2015, as Partes elaboraram suas Contribuições

Pretendidas e Nacionalmente Determinadas, as chamadas INDCs, (sigla em inglês – Intended

National Determined Contribution) e submeteram à Convenção, oficializando o

comprometimento de cada governo. As INDCs incorporam os esforços de cada país para

reduzir as emissões nacionais, se adaptar aos impactos das mudanças climáticas, indicando

meios de implementação e transparência na comunicação, levando em conta suas

circunstâncias e capacidades domésticas. Após aprovadas e oficializadas, as INDCs deixam de

ser pretendidas e se tornam compromissos firmados pelos países, as NDC – Contribuições

Nacionalmente Determinadas. A cada 5 anos será avaliado o progresso coletivo para alcançar

o objetivo do Acordo e informar outras ações individuais das Partes.

A contribuição do Brasil, aprovada internamente em 2016, prevê a redução das emissões de

GEE em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa

subsequente de redução de 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030.

Segundo o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases do Efeito Estufa (SEEG), em 2017 as

emissões do Brasil foram de cerca de 2 bilhões de toneladas de CO2e, o que corresponde a 5%

das emissões brutas (4% das líquidas) globais de Gases de Efeito Estufa (GEE). Em grande parte

as emissões se devem ao Setor do Uso da Terra, Mudança do Uso da Terra e Florestas, mas

outros setores como o da Energia, que inclui transportes, também possuem relevância.

1.2. Legislação no Estado de São Paulo

Pouco antes da 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (2009 – Copenhague) e do

anúncio das metas brasileiras à época, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

publicou a Lei Estadual nº 13.798, de 9 de novembro de 2009, a Política Estadual de Mudanças

Climáticas. A chamada PEMC apresenta um amplo espectro de princípios, objetivos e

instrumentos de aplicação e é regulamentada pelo Decreto Estadual nº 55.947, de 24 de junho

de 20105. A Secretaria do Meio Ambiente definiu por meio da Resolução SMA nº 5/2012 as

responsabilidades para as atribuições descritas na PEMC para o SAP, listadas a seguir:

Avaliação Ambiental Estratégica;

Zoneamento Ecológico Econômico;

Indicadores de avaliação da PEMC;

Programa Estadual de Construção Sustentável;

Programa de Educação Ambiental sobre Mudanças Climáticas;

Programa de Remanescente Florestais;

Padrões de referência para emissão de GEE;

Comunicação Estadual;

Mapeamento de Áreas de Risco;

Programa de Construção Civil Sustentável;

A meta prevista para 2020 pela Política Estadual de Mudanças Climáticas de 2009 é de uma

redução em 20% dos valores referentes a 2005, ou seja, o equivalente a 60 Mt CO2. De acordo

5 Disponível em http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2005/decreto-49369-

11.02.2005.html

Page 24: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

23

com o Sistema de Estimativa de Emissão de Gases do Efeito Estufa (SEEG), São Paulo emitiu em

2017 cerca de 163 milhões de toneladas (Mt) de CO2e (equivalente a todos os gases de efeito

estufa juntos), dos quais 99 Mt foram de dióxido de carbono ou CO2. No Estado, o principal

responsável pelas emissões é o consumo de energia, especialmente no setor de transportes.

Governança da PEMC

Dentro do Governo, a PEMC é operacionalizada por seu Comitê Gestor6, a mais alta esfera de

decisão, coordenado pela Casa Civil e com membros nomeados pelas Secretarias de Estado.

Porém, o Comitê não se reúne desde 30/04/2014 e não há atualmente uma lista de membros

designados para a suplência dos participantes, cujos titulares são os Secretários de Estado.

A PEMC também prevê um Conselho tripartite (governo estadual, sociedade civil e

municípios), com caráter consultivo e a finalidade de acompanhar a execução da Política (cf.

art. 29 desta Lei). Foi proposto para substituir o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e

Biodiversidade (Decreto 49.369/2005), o primeiro criado no país e que esteve em operação de

2005 a 2009. Porém, o Conselho não se encontra operante, se reunindo por uma única vez em

2010.

2. Objetivo

Os trabalhos realizados pelo GT Clima ao longo do ano demonstraram que existem diversas

iniciativas sendo desenvolvidas no Sistema Ambiental Paulista em relação ao tema de

mudanças climáticas. Porém, fatores externos, como o trabalho descontinuado do Comitê

Gestor do Estado e do Conselho Estadual de Mudanças Climáticas, e, ainda do Fórum Paulista

de Mudanças Climáticas, responsáveis pela implementação da PEMC, tornaram essas

iniciativas isoladas e incompletas, sem a articulação necessária para dar continuidade aos

trabalhos previstos pela legislação.

Frente a tal situação, O GT- Clima trabalhou no sentido de estabelecer diretrizes para o

Sistema Ambiental Paulista no enfrentamento às questões de mudanças climáticas e,

portanto, no cumprimento da PEMC, visando como objetivo a articulação da política ambiental

do Estado de São Paulo com a política global, constatando as atividades que estão sendo

realizadas e estabelecendo metas factíveis. Acrescentam-se ainda propostas para que o Estado

de SP retome o protagonismo em relação ao tema, por meio de sua governança expressa na

PEMC.

O Estado de SP poderá contribuir substantivamente para melhorar projetos articulados com a

política climática, incluindo parâmetros e métricas (acordadas com o governo nacional)

reconhecidas como complementares às iniciativas nacionais no cumprimento das metas

brasileiras junto à ONU. Esta estratégia não só contribuirá para uma maior integração e

6 Disponível em

http://perfil.sp.gov.br/site/exibe.asp?entidadecodigoid=9867&tt=COMIT%CA%20GESTOR%20DA%20POL%CDTICA%20ESTADUAL%20DE%20MUDAN%C7AS%20CLIM%C1TICAS

Page 25: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

24

incorporação dos projetos do SAP, como também possibilitará a captação de recursos com

plataformas mais claras em relação às políticas ambientais globais.

3. Diagnóstico

O diagnóstico foi realizado com o intuito de reunir informações sobre os projetos relacionados

a temática de mudanças climáticas que estão sendo realizados dentro do SAP, bem como as

suas interfaces e conexões com a PEMC.

3.1. Metodologia

A metodologia adotada para o Diagnóstico dos projetos/ programas e ou ações relacionados

ao tema de Mudanças Climáticas contou com três principais etapas, que serão descritas a

seguir, sendo elas:

- Levantamento digital de informações;

- Realização de Oficina;

- Reunião para Validação e Complementação.

3.1.1. Levantamento digital de informações

Para o levantamento inicial de informações sobre os projetos, foi enviado um formulário

online para os membros das instituições envolvidas contendo as seguintes perguntas:

i) Quais Projetos e/ou Programas estão em execução ou em implementação em sua área de

atuação relacionados à mudanças climáticas;

ii) Quais Projetos e/ou Programas devem ser elaborados em relação à mitigação ou adaptação

às mudanças climáticas considerando a Lei nº 13.798/2009 (PEMC), o Decreto nº 55.947/2010,

e a Resolução SMA nº 05 de 19.10.2012, referentes às atribuições de sua área, e, quais as

lacunas e os fatores limitantes;

iii) O que pode ser feito, além da legislação, citando fatores limitantes.

3.1.2 Realização de Oficina

Após a consolidação das respostas enviadas, e com a ajuda da Escola Superior da CETESB, foi

realizada uma oficina com os integrantes do GT Clima, coordenadores dos projetos e

coordenadores do GT Biodiversidade, com o intuito de complementar as informações de

maneira participativa. A oficina contou com dinâmicas que incluíram painéis e tarjetas,

trabalhando as seguintes questões:

- Abrangência do projeto: Local, Estadual, Regional e/ou Nacional;

Page 26: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

25

- Contribuição dos projetos considerando os conceitos de Adaptação ou de Mitigação ou

ambos

- Interfaces entre os projetos;

3.1.3. Reuniões para Validação e Complementação

Após a oficina, outras reuniões com os integrantes do GT Clima foram realizadas com o

objetivo de coletar informações complementares e discutir as limitações e próximos passos de

cada um dos itens incluídos na Política, sendo realizada uma reunião com os integrantes do GT

no dia 10 de outubro de 2018. Finalmente, com todas as informações coletadas, foi possível

organizá-las e analisá-las de acordo com as atribuições contidas na Lei 13.798/2009, no

Decreto n° 55947/2010 e na Resolução SMA 05/2012, identificando os responsáveis, a

situação, ações relacionadas, limitações, além de algumas recomendações e sugestões que

surgiram ao longo do processo e que servirão de subsídio para a posterior construção das

estratégias.

4. Resultados

4.1. Resultados da oficina do GT Clima

Foram levantados 45 projetos de todo o SAP que tem relação com a temática de mudanças

climáticas e/ou estão cumprindo a PEMC. Os projetos foram detalhados em fichas e são

apresentados no ANEXO I deste documento.

Dos 45 projetos levantados, mais de 50% são de abrangência estadual, 20% de abrangência

apenas regional e o restante foram considerados projetos locais ou Nacionais/Regionais.

A seguir identificou-se a contribuição dos projetos e progamas nos temas de adaptação e

mitigação e por fim analisou-se o cumprimento das atribuições do SAP na PEMC de cada ação

relacionada.

Observou-se que diversos os projetos além de apresentarem contribuições às atribuições do

SAP na PEMC, ainda apresentam conexões entre si, apresentado nas fichas de cada projeto no

ANEXO I, destacando-se o Programa De Remanescentes Florestais como a maior atribuição do

SAP na PEMC, uma vez que os artigos 51º ao 65º do Decreto 55.947/2010 se referem a este

Programa, e que estão sendo cumpridos por meio de ações, projetos e programas em

implementação ou a serem implementados pelo SAP. Observa-se, no entanto, a necessidade

de se estabelecer parâmetros e indicadores mais precisos para quantificar a eficiência de tais

programas como medidas efetivas de mitigação e adaptação. Destaca-se, também, a

necessidade da criação de um portal para agregar todas essas iniciativas na área de

restauração.

Os projetos levantados pelo Instituto Florestal, Fundação Florestal e Instituto Botânica tem

grande potencial de contribuir com medidas de mitigação e adaptação e alguns podem se

inserir no Programa de Remanescentes Florestais.

Dentre os projetos do Instituto Florestal, destaca-se o INVENTÁRIO FLORESTAL (em fase de

atualização) definido no artigo Art. 54, do Decreto n° 55947/2010, dentro do Programa de

Page 27: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

26

Remanescentes Florestais (Seção VIII), e que fornece informações de base para estratégias

tanto de adaptação como de mitigação. O projeto de Restauração Florestal, da Fundação

Florestal, contribui tanto para a mitigação, quanto adaptação e também se insere no Programa

de Remanescentes Florestais preconizado na PEMC. Os projetos apontados pelo Instituto de

Botânica oferecem subsídios técnicos e científicos ao Programa de Remanescentes Florestais,

com destaque para o de Restauração Ecológica, que propõe restabelecer serviços

ecossistêmicos e estoques de carbono.

Ações da CBRN também possuem efeito em mitigação e adaptação, como o Protocolo Etanol

Mais Verde, que evita emissões de GEE substantivamente nas áreas de plantação de cana-de-

açúcar, e o Protocolo de Transição Agroecológica, que permite produção de alimentos de

maneira sustentável e de baixo impacto ambiental, aumentando a resiliência dos

agroecossistemas.

Os projetos da CFA se caracterizam como ações preventivas ao combate ao desmatamento

com consequências diretas à redução de emissões (mitigação), destacando-se a Operação

Corta Fogo, que também reduz vulnerabilidades (adaptação).

Os 03 (três) projetos coordenados pelo GTAPE, são mais abrangentes e se inserem em

programas estaduais amplos, envolvendo parcerias com outras secretarias e/ou instituições,

sendo implementados com recursos de operações de crédito junto a bancos multilaterais. Por

serem mais complexos, os 03 projetos são estruturantes de políticas públicas e investimentos

com ações tanto de mitigação quanto de adaptação, sendo eles: o Projeto de Transporte

Sustentável de São Paulo, que contém uma importante componente de avaliação de risco

geológico; Projeto Conexão Mata Atlântica que envolve três estados brasileiros e atua na

restauração florestal; e o Projeto de Desenvolvimento do Litoral Paulista, que tem como

objetivo atuar no aumento da resiliência e na restauração das áreas litorâneas paulistas.

Todos os projetos indicados pela CETESB apresentam conexão direta com as atribuições da

PEMC e apontam medidas de mitigação, com exceção do projeto de Capacitação dos

Municípios da Baixada Santista para Adaptação às Mudanças Climáticas, que tem como foco a

adaptação. A CETESB em 2014 publicou a Decisão de Diretoria 068/2014/V/I que aprova o

Relatório do Grupo de Trabalho 087/2011 incumbido em atender as atribuições da Companhia

dispostas na PEMC. Dessa forma, grande parte dos trabalhos já foram efetivados e outras

ações, como a Comunicação Estadual devem ser continuadas ou aguardam uma definição do

Comitê Gestor, como a inserção de procedimentos no licenciamento ambiental. Cabe destacar

a proposta elaborada pela CETESB e apresentada junto ao governo federal para limitar as

emissões corporativas de CO2 veicular, uma ação que contribuirá diretamente para a

mitigação de gases de efeito estufa no Estado de São Paulo.

A Coordenadoria de Planejamento Ambiental - CPLA, é responsável por atribuições

importantes da PEMC, como o Zoneamento Ecológico Econômico, o Programa de Construção

Civil Sustentável e o Programa Estadual de Contratações Públicas, que estão sendo elaborados

ou em implementação, sendo considerados políticas públicas estruturantes, capazes de gerar

atividades, produtos e serviços com menor emissão de GEE. Algumas atribuições da CPLA

contidas na Resolução 05/2012 ainda não tiveram início, como é o caso da Avaliação

Ambiental Estratégica e o estabelecimento de critérios que definem indicadores de avaliação

dos efeitos da aplicação da PEMC. O Relatório de Qualidade Ambiental e o DATAGEO, também

Page 28: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

27

foram citados como ferramentas fundamentais para gerar e disponibilizar informações para as

mudanças climáticas.

Os projetos do Instituto Geológico foram classificados como projetos com potencial para

contribuir com ações de mudanças climáticas por meio de estudos e tendências históricas que

servirão como base para a proposição de medidas de mitigação e adaptação locais. O

Mapeamento de Áreas de Riscos contidos nas atribuições da PEMC, expresso no artigo 44º do

Decreto 55.947/2010, é realizado pelo Instituto Geológico, que, em apoio técnico a Defesa

Civil integra o Plano Estadual de Prevenção de Desastres Naturais e Redução de Riscos

Geológicos (Decreto 57.512 /2011). O Instituto também desenvolve os Planos Preventivos de

Defesa Civil para Escorregamentos (redefinido pelo Decreto nº42.5651997), e para Erosão

Costeira, e estudos de inundações costeiras e Enchentes/alagamentos causados por eventos

meteorológicos-oceanográficos extremos como ressacas do mar e marés altas anômalas

(Resolução da Casa Militar 17-610 – CEDEC, de 28/11/2016).

4.2. Resultado da análise das atribuições do SAP na PEMC

As atribuições do Sistema Ambiental Paulista, de acordo com a PEMC foram analisadas de

forma mais detalhada considerando os projetos levantados no diagnóstico do GT Clima e

posteriormente durante reuniões de validação das informações juntamente com os membros

do GT.

Nos itens a seguir são apresentadas de forma resumida as atribuições e situação dos trabalhos,

que permitiram o desenvolvimento das diretrizes, a identificação de lacunas e limitações, e

ainda a definição de metas para a continuidade dos trabalhos e efetiva implementação da

PEMC.

a) Zoneamento Ecológico-Econômico Deve ser elaborado e revisado observando as seguintes etapas: I - proposição consolidada pela

Secretaria do Meio Ambiente, considerando as propostas de outros órgãos do Poder Público e da

sociedade civil; II - consulta aos Comitês de Bacias Hidrográficas; III - apreciação pela Comissão

Estadual do Zoneamento Ecológico-Econômico; IV - realização de audiências públicas; V - aprovação

pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA; VI - edição de decreto estadual. (Art. 25,

Decreto n° 55947/2010)

Responsável (is) CPLA (Resolução SMA 5/2012)

Periodicidade e disponibilidade

Revisto a cada 10 anos (Art. 8° Lei 13.798/2009)

Situação:

Em elaboração

Ações

Implementadas: Levantamento de informações e dados

Em implementação:

Realização de workshops e consolidação das informações

Page 29: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

28

b) Comunicação Estadual A Comunicação Estadual será realizada com periodicidade quinquenal, em conformidade com os métodos aprovados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Art. 7° Lei 13.798/2009; Art. 16° e 17° Decreto 55.947/2010)

Responsável (is) Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo - Proclima da CETESB, com apoio da Secretaria do Meio Ambiente (Art. 7° Lei 13.798/2009)

Periodicidade e disponibilidade

Apresentada previamente ao Comitê Gestor e em consulta pública, incluindo a internet, por um período mínimo de 30 dias. Periodicidade quinquenal

Situação: Inventários de emissões realizados de 1990 a 2008 de todos os setores; de 2009 a 2010 para o setor de resíduos; de 2009 à 2013 - Setor de energia (refino de óleo e derivados); de 2005 à 2011 - Setor UTMUTF.

Planos de ação setoriais (energético, industrial, transporte, agropecuária e resíduos) para estimar as potenciais reduções de emissão de GEE não realizados.

Ações

Implementadas: Inventários de emissões de GEE completos até 2010.

Estudo sobre o potencial de redução de emissões na Indústria lançado em 2018 pela CETESB em parceria com o BID.

Em implementação:

Inventários de emissões de 208 à 2015 - Setor UTMUTF.

c) Mapeamento das Áreas de Risco Deverá ser elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e pela Defesa Civil, com periodicidade

quinquenal (Art. 7°, Lei 13.798/2009 e Art. 44, Decreto n° 55947/2010)

Responsável (is) Instituto Geológico, Defesa Civil e CPLA (Resolução SMA 5/2012)

Periodicidade e disponibilidade

Atualização do mapa a cada 5 anos (Parágrafo 1°, Artigo 44 Decreto n° 55947/2010)

Situação:

Mapa existente para algumas localidades do Estado e para alguns riscos.

Ações

Implementadas: ● Mapa de risco à erosão costeira do litoral paulista

(http://igeologico.sp.gov.br/publicacoes/livros-e-

colecoes/mapas-livros-e-colecoes/mapa-de-risco-a-erosao-

costeira-no-litoral-paulista-dra-celia-regina-de-souza/);

● Mapa Perigo de Escorregamento Planar e Inundação do Estado de São Paulo Ed. 2015 (http://igeologico.sp.gov.br/files/2017/02/Mapa_Perigo_Escorregamento_-Inundacao_Estado_SP.pdf)

Em

Page 30: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

29

implementação: ● Resposta Morfodinâmica de Praias do Sudeste Brasileiro aos Efeitos da Elevação do Nível do Mar e Eventos Meteorológico-Oceanográficos Extremos até 2100 (estudo em andamento)

d) Programa de Educação Ambiental sobre Mudanças Climáticas A Secretaria da Educação, em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente, deverá definir os temas

que serão incorporados nos parâmetros curriculares. (parágrafo 2º, Art. 44, Decreto n° 55947/2010)

Responsáveis Secretaria de Educação e Secretaria do Meio Ambiente (Coordenadoria de Educação Ambiental) (Resolução SMA 5/2012)

Periodicidade e disponibilidade

-

Situação:

Programa não existente. Temas para incorporação dos parâmetros curriculares de escolas públicas não definidos (Parágrafos 1° e 2°).

Ações

Implementadas: -

Em implementação:

● Projeto Verão no Clima. Inclusão do tema de mudanças climáticas na formação dos monitores que atuarão no litoral paulista

● Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Litoral Paulista (PDSLP): A atual fase do Projeto, em seu componente ambiental, tem por objetivo integrar os poderes executivos (estadual e municipal) para o desenvolvimento de ações de planejamento, fiscalização e monitoramento ambiental, relacionadas à contenção da expansão de ocupações irregulares em áreas de pressão socioambiental.

e) Programa Estadual de Construção Civil Sustentável Fica instituído o Programa de Construção Civil Sustentável, implementado pela Secretaria do Meio

Ambiente, com a finalidade de implantar, promover e articular ações e diretrizes que visem à

inserção de critérios sociais e ambientais, compatíveis com os princípios de desenvolvimento

sustentável nas obras e contratações de serviços de engenharia a serem efetivadas pelo Poder

Público em todas as suas etapas. (Art. 36, Decreto n° 55947/2010)

Responsáveis CPLA (Resolução SMA 5/2012)

Periodicidade e disponibilidade

Divulgação de diretrizes e definição de indicadores para acompanhamento até dezembro de 2010 (Parágrafo 1° Art. 36, Decreto n° 55947/2010)

Situação:

● Grupo de Trabalho Criado dentro da Câmara Ambiental da Construção Civil da CETESB.

● Minuta de resolução com diretrizes e indicadores realizada, porém não referendadas pelo Comitê Gestor.

Page 31: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

30

Ações

Implementadas: Em agosto de 2018, foi apresentada uma minuta de criação de

Grupo de Trabalho dentro da Câmara Ambiental da Construção

Civil da Cetesb com o objetivo de retomar os trabalhos do

Programa Estadual de Construção Civil Sustentável.

Em implementação:

Reativação do Grupo de Trabalho na CETESB.

f) Estimulo ao Registro público de emissões. Fica a CETESB responsável para definir, por meio de norma própria, critérios mensuráveis de medidas de mitigação e absorção de gases de efeito estufa, bem como os estímulos a adesão ao Registro Público de Emissões (Artigo 29, Decreto n° 55947/2010)

Responsáveis CETESB

Periodicidade e disponibilidade

-

Situação: Criado o processo de recebimento de inventários coorporativos de emissões de GEE

Ações

Implementadas: Criação da DD254/2012/V/I, dispõe sobre critérios para a elaboração dos inventários de GEE. Empreendimentos que deverão enviar o inventário de emissões à CETESB poderão voluntariamente aderir ao Registro Público de Emissões. Os inventários coorporativos são anualmente enviados à equipe da CETESB

Em implementação:

Parceria com Ministério de Ciência e Tecnologia e Ministério da Fazenda para criação de Registro Público Nacional de emissões de GEE que poderá suportar os inventários estaduais

g) Acompanhamento de Ações Estaduais para Medidas de Adaptação

Acompanhamento de Ações Estaduais para Medidas de Adaptação. (Artigo 28°, Lei 13.798/2009)

Responsáveis CETESB

Periodicidade e disponibilidade

Contínuo

Situação: Em implantação

Ações

Implementadas

Em implementação

Capacitação Técnica dos Municípios da Baixada Santista para identificação de vulnerabilidades e proposição de medidas de adaptação para prevenção dos efeitos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos ( Projeto piloto)

Page 32: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

31

h) Licenciamento Ambiental No processo de licenciamento ambiental de obras, de atividades e de empreendimentos de grande

porte ou alto consumo energético, deverão ser observadas os efeitos e as consequências às

mudanças climáticas (Artigo 32 Decreto n° 55947/2010)

Responsáveis CETESB (elaboração e divulgação dos novos procedimentos de licenciamento ambiental)

Periodicidade e disponibilidade

Contínuo

Situação:

Não realizado. Depende da definição de metas setoriais e outras orientações.

Ações

Implementadas DD 068/2014 - aprovou relatório do GT 87/2011 e suas alterações, que apresenta o cumprimento de diversas atribuições, porém define que a inserção do tema no licenciamento se dará após a definição de metas setoriais.

Em implementação

i) Avaliação da Política Estadual de Mudanças Climáticas Deverão ser apresentados pela Secretaria do Meio Ambiente os critérios que definem os indicadores

de avaliação dos efeitos da aplicação da Política Estadual de Mudanças Climáticas (Art. 28 Decreto n°

55947/2010)

Responsáveis CPLA (Resolução 5/2012)

Periodicidade e disponibilidade

Indicadores divulgados no Relatório Anual de Qualidade Ambiental (RQA)

Situação: Atribuição ainda não realizada

Ações Implementadas: -

Em implementação:

-

j) Padrões de Desempenho Ambiental e Contratações Públicas Sustentáveis. Propor os produtos prioritários a serem adquiridos pela Administração visando à redução de

emissões de gases de efeito estufa bem como a exclusão dos produtos com alto potencial de

emissão dos referidos gases do Catálogo de Materiais e Serviços – CADMAT/SIAFÍSICO,

conjuntamente com a Secretaria de Gestão Pública e da Fazenda, visando à proposição e o fomento

de medidas que privilegiem padrões sustentáveis de produção, comércio e consumo, nos termos do

Art. 11 da Lei nº 13.798/2009 e do Art. 31, II, do Decreto nº 55.947/2010;

Responsáveis CETESB, CPLA e Secretarias de Planejamento e Fazenda

Periodicidade e disponibilidade

Proposição da lista básica de padrões de desempenho ambiental de produtos comercializados no território até dezembro de 2010.

Situação:

Grupo de Trabalho da CETESB para definição dos padrões (Art. 30 Decreto nº 55.947/2010) finalizou os trabalhos publicando informações na DD 068/2014.

Page 33: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

32

Selo de Responsabilidade Socioambiental vigente, porém não considera emissão de gases de efeito estufa.

Catálogo de materiais e serviços (CADMAT) considera alguns padrões de desempenho indicados pelo Grupo de Trabalho, como iluminação e combustíveis de veículos.

Ações

Implementadas: A Secretaria do Meio Ambiente também contempla com o Selo Socioambiental os Cadernos Técnicos de Serviços Terceirizados (CADTERC) que objetiva divulgar as diretrizes para contratações de fornecedores de serviços terceirizados pelos órgãos da Administração Pública Estadual. Seu monitoramento teve início em 2013 e em 2017, 30,48% (equivalente a cerca de R$ 2,5 bilhões) dos serviços de natureza comum (como vigilância, limpeza, alimentação, impressão corporativa, entre outros) observaram as diretrizes socioambientais presentes no CADTERC

Os padrões de desempenho ambiental foram estabelecidos para alguns itens pelo Grupo de Trabalho, como iluminação e combustível de veículos

Em implementação:

l) Plano Estadual de Transporte Sustentável O Transporte Sustentável no âmbito do Estado de São Paulo deverá priorizar investimentos que visem o aumento da participação de transportes ferroviários, hidroviário, cicloviário e dutoviário em relação ao transporte rodoviário. (Seção IV, Art. 40, 41 e 42 Decreto nº 55.947/2010).

Responsáveis Não estabelecido em Decreto e Resolução. Considerando o plano de ação setorial, integrante da Comunicação (Art. 17, par 1°,alínea 3 do Decreto) a competência é das duas Secretarias de Transporte do Estado.

Periodicidade e disponibilidade

-

Situação Plano realizado e aprovado pelo Grupo de Trabalho do Comitê Gestor da PEMC em 2013, porém não foi dada a continuidade para sua aplicação.

Ações

Implementadas: Plano Estadual de Transporte Sustentável redigido em 20137.

No âmbito do Programa de Transporte, Logística e Meio Ambiente, coordenado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER), até o momento foi concluído o Cadastro Georreferenciado de Eventos Geodinâmicos ocorridos no período de 1993 a 2013 (21 anos), em 50 municípios das Regiões Metropolitanas de São Paulo (RMSP), Baixada Santista e municípios de Caraguatatuba, São Sebastião e Ubatuba.

Em implementação:

No Programa de Transporte, Logística e Meio Ambiente está em curso a Avaliação e Mapeamento de Risco (escalas regional e local) de parte da RMSP e da Baixada Santista; está em vias de

7 Disponível em: https://www.ambiente.sp.gov.br/pemc/

Page 34: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

33

contratação a Avaliação e Mapeamento de Risco (escalas regional e local) de parte da RMSP e do Litoral Norte; está em fase de análise de propostas técnicas a contratação da Elaboração de Planos de Contingência frente a riscos de eventos geodinâmicos em trechos rodoviários das Unidades Básicas de Atendimento Caraguatatuba, Mogi da Cruzes e São Vicente; e está em fase de preparação a contratação de serviços de medição de movimentos do terreno a partir do método InSAR na RMSP e parte da Baixada Santista e Litoral Norte.

m) Programa Remanescentes Florestais Um dos principais mecanismos presentes na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC)

que envolve a conservação e restauração florestal no Estado de São Paulo (Artigo 23, Lei nº

13789/2009). A seção VIII do Decreto n° 55947/2010, define que o Programa será coordenado

pela Secretaria do Meio Ambiente, com objetivo de fomentar a delimitação, demarcação e

recuperação de matas ciliares e outros tipos de fragmentos florestais, podendo prever o

pagamento por serviços ambientais aos proprietários rurais conservacionistas, bem como

incentivos econômicos a políticas voluntárias de redução de desmatamento e proteção

ambiental.

Produtos:

Inventário Florestal da Vegetação Natural do Estado de São Paulo, com índice de cobertura vegetal nativa e dos remanescentes florestais, destacando as diferentes fitofisionomias da vegetação nativa com informações discriminadas por URGHI e município. (Art. 54, Decreto n° 55947/2010)

Responsável (is) Não definido em decreto. Atualmente executado pelo Instituto Florestal

Periodicidade e disponibilidade

A cada 3 anos. Deverá ser disponibilizado a todos os interessados no sítio eletrônico da Secretaria do Meio Ambiente

Situação:

Elaborado pelo Instituto Florestal, com mapa disponível no portal do DataGeo e site da SMA. Última informação disponível é de 2010. Recurso já aprovado para atualização.

Ações

Implementadas: Inventário Florestal (IF-9)8

Em implementação:

Contrato em elaboração para atualização do inventário

Cadastro de remanescentes florestais do Estado de São Paulo (Art. 55, Decreto n° 55947/2010): integrar e unificar os bancos de dados e as informações, dentre elas: I - remanescentes de vegetação nativa identificados no Inventário Florestal submetidos a monitoramento periódico; II - áreas ciliares e nascentes delimitadas e protegidas por seus proprietários; III - áreas ciliares e outras áreas de preservação permanente em processo de recuperação mediante plantio de mudas de espécies nativas e/ou condução da regeneração natural; IV - áreas disponíveis para recuperação por meio de plantios compensatórios ou voluntários; V - reservas legais regularizadas; VI - áreas disponíveis para

8 Informações detalhadas no Anexo I

Page 35: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

34

compensação de Reservas Legais; VII - projetos de reflorestamento com espécies nativas implantados para sequestro de carbono; VIII - viveiros produtores de mudas de espécies nativas.

Responsável (is) Não definido em decreto

Periodicidade e disponibilidade

Contínuo

Situação:

Existente, porém disperso e incompleto: mapa de áreas prioritárias para restauração da vegetação nativa (2017, por município); Áreas Prioritárias para Intervenção (com a finalidade de Restauração Ecológica) - RES SMA/SSRH 01/2014.

Ações

Implementadas: CAR, SARE, Banco de áreas, Projetos (BIO-1), Inventário Florestal (IF-9), Levantamento de áreas para restauração em UC’s (FF-3)

Em implementação:

Lista de viveiros (IBt-1)

Lista de espécies vegetais nativas de ocorrência regional (Art. 56, P. 2°, Decreto n° 55.947).

Objetivo de orientar a elaboração de projetos de restauração ecológica e reflorestamento.

Responsável (is) Secretaria do Meio Ambiente

Periodicidade e disponibilidade

Atualizada a cada 2 anos, disponível no portal eletrônico.

Situação:

Existente, porém desatualizada. http://botanica.sp.gov.br/files/2016/01/Lista_de_especies_de_SP_CERAD-IBT-SMA_2015.pdf (2015)

Ações

Implementadas: Lista de espécies desenvolvida pelo Instituto de Botânica em 2015

Em implementação:

-

5. Discussão

A partir dos levantamentos realizados durante todo o diagnóstico foi possível realizar uma

analise do cumprimento das atribuições do SAP na PEMC e dessa forma identificar lacunas e

traçar diretrizes e metas para a continuidade dos trabalhos. Tendo como orientação o objetivo

de que o Estado de São Paulo seja mais resiliente e menos emissor, foram elaboradas 4

(quatro) diretrizes prioritárias:

1 – Fortalecer a Governança (nos âmbitos Federal, Estadual e Municipal): um dos principais

desafios encontrados na aplicação da Política Estadual de Mudanças Climáticas é a dificuldade

em se consolidar uma governança, o que é fundamental para acompanhar as ações de longo

prazo e envolver diversos atores do governo e sociedade. A lei e o decreto que regulamenta a

PEMC preveem um Comitê Gestor e um Conselho tripartite, com representantes do governo

estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos

trabalhos tanto do Comitê quanto do Conselho Estadual. Além disso, também o Fórum Paulista

de Mudanças Climáticas deixou de se reunir, uma vez que concentrou seus esforços para

aprovação da PEMC, e o Conselho Estadual, supriria o papel do Forum. Considerando a

Page 36: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

35

governança no âmbito federal cabe ressaltar que a SMA tem participação em fóruns nacionais,

por meio da ABEMA no Fundo Clima e no Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Há

também um enorme potencial de aproximação com os governos locais, por meio do PMVA,

que geralmente carecem de acesso à informação e de recursos humanos capacitados, apesar

de possuírem maior contato com os problemas locais e capacidade de ação imediata.

2 – Incorporar a temática de mudanças climáticas nas ações do SAP: o levantamento de

projetos demonstrou que uma grande quantidade de estudos e programas existentes já

trabalham a temática de mudanças climáticas, ainda que de forma tangencial , o que facilita a

inserção mais ampla no Sistema Ambiental Paulista. As variáveis relacionadas a mudanças

climáticas, portanto, devem ser incorporadas em todas as ações propostas no SAP, incluindo,

caso a caso, parâmetros e indicadores, com a geração de dados para monitoramento e

acompanhamento das ações. De acordo com a PEMC e com os levantamentos realizados pelo

diagnóstico do GT Clima os principais programas e projetos que devem considerar essa diretriz

são: Programa de Remanescentes Florestal; Planejamento Ambiental e Licenciamento

Ambiental.

3 – Contribuir para aumentar a resiliência às mudanças climáticas: as mudanças no clima, que

já podem ser observadas, provocarão cada vez mais alterações nas dinâmicas naturais,

causando a maior incidência de eventos extremos, como inundações e deslizamentos,

aumento da erosão costeira, incêndios mais frequentes e impactos na disponibilidade hídrica e

de alimentos. Com isso, o Estado precisa promover o aumento da resiliência de seus sistemas,

tornando o ambiente mais seguro frente às situações de mudança. Essa é uma agenda que

afeta diversos setores, entre eles, diversas atividades da economia, e um planejamento prévio

é essencial para evitar prejuízos humanos, financeiros e biológicos que podem ser irreversíveis.

Propõe-se então a atualização do Plano de Adaptação do Estado, bem como a expansão e

aprimoramento dos levantamentos e mapeamentos de riscos existentes.

4 – Promover capacitação, pesquisas científicas e estudos para subsidiar ações de mitigação

e adaptação às mudanças climáticas: Foi observado que na maior parte das vezes não houve

inserção do tema de Mudanças Climáticas nos programas, projetos e ações do SAP, devido à

falta de conhecimento específico. Desta forma essa diretriz é fundamental para

desenvolvimento dos trabalhos e transferência de conhecimento, tanto o conhecimento

produzido internamente no sistema, quanto proveniente de estudos e relatórios

internacionais. Além da capacitação, também a forma de comunicação é importante, e deve

ser considerada prioritária. As pesquisas científicas e estudos são importantes instrumentos

para embasar as ações do SAP, para aumentar o conhecimento suporte para a elaboração de

políticas públicas. Mas, observou-se também não existir uma Política geral na SMA, que defina

prioridades para a pesquisa, com vistas ao atendimento aos projetos prioritários. Neste

sentido, faz-se necessária essa discussão e definição, considerando entre as prioridades da

SMA, a inclusão do atendimento às políticas globais, neste caso de Mudanças Climáticas.

O diagrama a seguir apresenta, de maneira simplificada, as diretrizes propostas:

Page 37: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

36

Figura 1. Objetivo e diretrizes.

A seguir, são apresentadas duas tabelas, a Tabela 1 com as descrições, lacunas e próximos passos propostos para cada um dos itens pertencentes às diretrizes e a Tabela 2 com as metas e responsáveis em cada diretriz:

ESTADO MENOS

EMISSOR E MAIS

RESILIENTE

Fortalecer a Governança

Aumentar a resiliência às

Mudanças Climáticas

Inserir Mudanças

Climáticas nas ações do SAP

Promover capacitação, pesquisas e estudos em mudanças climáticas

Page 38: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

37

Tabela 1. Diretrizes, lacunas e propostas.

Diretriz Item Descrição Lacuna Proposta

Fortalecer a Governança

Governo Federal Ampliar e consolidar

espaços para participações de estado de SP

Falta de integração entre os entes federativos para implantação de medidas de mitigação e

adaptação para mudanças climáticas, comprometendo o cumprimento da Política

Estadual de Mudanças Climáticas.

Fortalecer a participação do Estado nos fóruns de discussão nacional, comissões e

grupos de trabalho.

Governança Estadual

Comitê Gestor e Conselho Estadual (Art. 29 da Lei

13.798 e Cap. I e II Decreto 55.947)

Falta coordenação da PEMC no estado de SP.

Buscar diálogo com o novo governo para que a Casa Civil reative o Comitê Gestor e

o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas.

Fortalecer apoio das redes de governos locais e regionais para Mudanças

Climáticas.

Falta definição sobre a manutenção do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e

Biodiversidade.

Reativar o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade.

Governança Municipal

Incluir os municípios nas atividades e políticas que

envolvem mudanças climáticas.

Falta de informações e apoio aos municípios sobre mudanças climáticas.

Estabelecer um canal de diálogo com os municípios por meio do Programa Município Verde Azul (PMVA) da

Secretaria do Meio Ambiente e ANAMA.

Diálogo com redes de governos locais para melhor entendimento da relação complementar de ações em mudanças

climáticas.

Page 39: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

38

Inclusão de ações, parâmetros e indicadores complementares ao estado relacionados a mudanças climáticas, no

PMVA.

Inserir a temática de mudanças

climáticas nas ações do SAP

Programa de Remanescentes

Florestais

(Art. 23 Lei 13.798 e Seção VIII do Decreto 55.947). Responsável: CBRN (Res.

SMA 5/2012)

Necessidade de inserir a questão de mitigação e adaptação aos projetos florestais do SAP

Definir parâmetros e indicadores para quantificação de projetos florestais do

SAP em termos de remoção e emissão de carbono

Necessidade de integrar informações e dados do SAP sobre remanescentes florestais.

Limitação: falta de coordenação para integrar os projetos

Criação do Portal de Restauração Florestal para integrar informações

Definição de metas de restauração para o Estado.

Falta de informação atualizada sobre remanescentes florestais

Manter atualizado o inventário florestal e o inventário de emissões e remoções do setor de Uso da Terra, Mudanças do Uso

da Terra e Florestas.

Discutir metodologia para inventários de emissões e remoções estaduais, a fim de

obter e utilizar informações mais atualizadas.

Planejamento Ambiental

Art. 8°, 33 Lei 13.798/2009 e Art. 25 e 28 do Decreto

55.947. Responsável: CPLA

Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE):

necessidade de cenários climáticos

espacializados e regionalizados para o Estado

ZEE: definir variáveis climáticas e elaborar

com apoio do INPE e equipe da CPLA

cenários climáticos espacializados para o

Estado de São Paulo.

Page 40: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

39

Avaliação Ambiental Estratégica (AAE): falta definir critérios e indicadores para sua

elaboração

AAE: articular junto à Secretaria do Planejamento e definir critérios

Indicadores de Avaliação da PEMC: falta estabelecer critérios para definição de

indicadores.

Indicadores de Avaliação da PEMC: definir e incluir no RQA atual

Licenciamento Ambiental

Art. 32 do Decreto 55.947

Não definição de metas setoriais pelo Comitê Gestor

Conduzir estudos para definir as metas setoriais

Não foram estabelecidos procedimentos para

o processo de licenciamento ambiental.

Avaliar e discutir internamente projeto piloto, visando parceria internacional com país que tenha experiência bem-sucedida na inclusão de parâmetros de mitigação e adaptação no processo de licenciamento

ambiental.

Contribuir para aumentar a

resiliência às mudanças climáticas

Mapeamento de Risco

Art. 7°, Lei 13.798/2009 e Art. 44, Decreto n°

55947/2010

Não há mapas estaduais temáticos que consideram outros riscos, além de riscos

geológicos.

Manter atualizado para todo o estado de São Paulo o mapeamento de áreas de risco e inserir outros tipos de risco no

mapeamento estadual.

Plano de Adaptação

Art. 33 da Lei 13.798 Plano de Adaptação desatualizado. Atualizar o Plano de Adaptação Estadual

com participação de atores envolvidos no tema.

Pesquisas Falta uma Política Geral na SMA, que oriente e coordene as prioridades de pesquisa no SAP.

Fortalecimento da Política de Pesquisa voltada às prioridades da SMA e que considere o atendimento às políticas

globais

Page 41: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

40

Ampliar pesquisas científicas e

capacitações para subsidiar ações de

mitigação e adaptação às

mudanças climáticas

Pesquisas

Elaborar pesquisas para subsidiar ações

relacionadas às mudanças climáticas

Necessidade de estudos e pesquisas que subsidiem medidas de mitigação e adaptação,

especialmente para as Unidades de Conservação e para os projetos de

restauração no estado

Definir temas prioritários para pesquisa realizada pelos institutos do SAP incluindo

as variáveis e cenários de mudanças climáticas

Falta de conhecimento sobre os trabalhos científicos produzidos pelo SAP que incluam as

variáveis e os cenários climáticos

Criar um banco de dados com pesquisas realizadas no âmbito do SAP, que tenham

interface com mudanças climáticas.

Capacitação e Estudos

Falta conhecimento técnico para desenvolver atribuições do SAP na PEMC

Desenvolver Plano de Capacitação para o SAP para atender necessidades específicas

de cada área.

Realizar capacitação que ofereça subsídios aos técnicos para o cumprimento da

PEMC

Incluir o tema de mudanças climáticas nos eventos programados pela Coordenadoria

de Educação Ambiental (CEA) e Coordenadoria de Parques Urbanos (CPU)

Falta de recursos financeiros e humanos para expandir o projeto de capacitação em

adaptação climática da Baixada Santista para todo o estado

Buscar parcerias para expandir o projeto de capacitação aos município de todo o

Estado de SP

Falta de recursos financeiros e humanos para realizar o Inventário de Emissões de Gases de

Efeito Estufa (GEE) do Estado de São Paulo.

Buscar parcerias para capacitar a equipe da CETESB e coordenar a elaboração do

Inventário de Emissões de GEE.

Page 42: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

41

Tabela 2. Metas para aplicação das Diretrizes de Mudanças Climáticas para o Sistema Ambiental Paulista

Metas Responsável

1 - Fortalecer a Governança

1.1. Fortalecer a participação do Estado de São Paulo nos fóruns de discussão nacional, comissões, grupos de trabalho.

Executivo da SMA

1.2. Buscar o diálogo com o novo governo para que a Casa Civil reative o Comitê Gestor e o Conselho Estadual de Mudanças Climáticas.

Executivo da SMA

1.3. Fortalecer apoio das redes de governos locais e regionais para mudanças climáticas.

AInt e ACM

1.4. Estabelecer um canal de diálogo com os municípios, por meio do Programa Município Verde Azul (PMVA) da SMA e ANAMA

AMC/ GT Clima

1.5. Estabelecer diálogo com rede de governos locais para melhor entendimento da relação da relação complementar de ações de mudanças climáticas.

AInt/ AMC/ GT Clima

1.6. Reativar o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade

AInt e ACM

1.7. Inclusão de ações, parâmetros e indicadores complementares ao estado relacionados a mudanças climáticas, no PMVA.

GT Clima/ PIC – CETESB/ AMC

2 – Inserir a temática de mudanças climáticas nas ações do SAP

2.1. Definir parâmetros e indicadores para quantificação de projetos florestais do SAP em termos de remoção e emissão de carbono

GT Clima/AMC

2.2. Criar o Portal de Restauração Florestal para integrar informações GT-BIO

2.3. Definir metas de restauração para o Estado GT-BIO

2.4. Atualizar o inventário florestal e o inventário de emissões e remoções do setor de Uso da Terra, Mudanças do Uso da Terra e Florestas;

Instituto Florestal/ GTAPE/ CETESB

2.5. Discutir metodologia para inventários de emissões e remoções estaduais, a fim de obter e utilizar informações mais atualizadas.

CBRN/ GTAPE/ CETESB/ AMC

Page 43: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

42

2.6. Definir variáveis climáticas e elaborar cenários climáticos especializados para o ZEE do Estado de São Paulo;

GT Clima do ZEE /CPLA

2.7. Articular junto à Secretaria do Planejamento e definir critérios para a Avaliação Ambiental Estratégica;

CPLA/ GT Clima/ AMC

2.8. Definir indicadores de avaliação da PEMC e incluir no RQA atual; CPLA/ GT Clima/ AMC

2.9. Conduzir estudos para definir as metas setoriais ACM/ GT Clima/ CETESB

2.10. Avaliar e discutir projeto piloto, visando parceria internacional, com país que tenha experiência bem-sucedida na inclusão de parâmetros de mitigação e adaptação no processo de licenciamento ambiental.

AInt/ GT Clima/ CETESB

3 – Contribuir para aumentar a resiliência às mudanças climáticas

3.1. Atualizar o Plano de Adaptação Estadual CPLA/AMC/GT Clima

3.2. Manter atualizado para todo o estado de São Paulo o mapeamento de áreas de risco e inserir outros tipos de risco no mapeamento estadual.

IG e GT Clima

4 – Promover pesquisas científicas, estudos e capacitações para subsidiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas

4.1. Definir temas prioritários para pesquisas científicas realizadas pelo SAP no tema de mudanças climáticas

IG, IF, IBt, FF, - GT Clima/AMC

4.2. Criar um banco de dados com pesquisas científicas realizadas no âmbito do SAP, que tenham interface com mudanças climáticas

AMC/ GT Clima

4.3. Desenvolver Plano de Capacitação para o Sistema Ambiental Paulista a fim de atender necessidades específicas de cada área.

AInt/ AMC/ GT Clima/ CEA

4.4. Realizar capacitação interna que ofereça subsídios aos técnicos para o cumprimento da PEMC

CETESB (ESC – Escola Superior)/ CEA/ GT-Clima

4.5. Incluir o tema de mudanças climáticas nos eventos programados pela Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) e Coordenadoria de Parques Urbanos (CPU)

AMC/ CEA/ CPU/ GT Clima

Page 44: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

43

4.6. Buscar parcerias para capacitar a equipe interna da CETESB para coordenar a elaboração do Inventário de Emissões de GEE

CETESB/ AInt

4.7. Buscar parcerias para expandir o projeto de capacitação em adaptação para outros municípios do Estado de SP (Projeto Fehidro)

CETESB/ AInt

6. Conclusões

De acordo com as atribuições da Secretaria do Meio Ambiente na Política Estadual de

Mudanças Climáticas, e a partir da análise dos projetos e programas realizados e em

implantação pelo Sistema Ambiental Paulista, foi possível identificar projetos que já estão em

andamento, aqueles que necessitam de ajustes, e aqueles que não foram iniciados.

Percebe-se que algumas atribuições não foram executadas devido à falta de governança da

Política, principalmente expressa pela ausência de reuniões e deliberações do Comitê Gestor e

Conselho Estadual. Outro fator observado foi a necessidade de capacitação e disseminação de

informação sobre a temática de mudanças climáticas para a ampla inserção do tema nas

diversas agendas já em andamento no SAP. A falta de capacitação técnica se constitui,

atualmente, na maior dificuldade para o desenvolvimento de atividades mais correlatas à

temática em todas as instituições integrantes do SAP, e por sua vez, a produção científica

também se mostrou essencial para o embasamento necessário à implementação de projetos e

ações relacionadas às Mudanças Climáticas, no Estado de São Paulo. Ambas consideradas

fundamentais para consolidar o Estado de São Paulo como protagonista na ação climática,

dentro das atribuições que a PEMC confere ao SAP.

No geral, foi possível observar uma grande incidência de projetos relacionados à restauração e

conservação florestal, envolvendo a maior parte das instituições pertencentes ao SAP.

Portanto, o Programa de Remanescentes Florestais possui uma grande capacidade de atuação

ao reunir e potencializar iniciativas já existentes e incorporadas no sistema.

Além disso, no dia 8 de outubro de 2018, em consonância ao lançamento do relatório especial

do IPCC sobre os impactos de um aumento da temperatura global em 1,5 °C acima dos níveis

pré-industriais, um grupo de 40 cientistas afirmou que preservar as florestas é tão

imprescindível para o combate ao aquecimento global quanto parar de queimar combustíveis

fósseis. O controle do desmatamento, portanto, é crucial para atender as metas nacionais e

globais. A conservação e restauração florestal se tornam fundamentais para enfrentar os

desafios de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Considerando esse potencial de impacto, a existência de ações no sistema e a capacidade de

criar sinergias internas, o Programa de Remanescentes Florestais se torna central e deve ser

ampliado, garantindo a integração dos projetos existentes e a incorporação de indicadores de

mitigação e adaptação em seus processos de monitoramento e avaliação.

A maior articulação entre as ações presentes e futuras e entre os níveis federativos se torna

essencial para garantir o alinhamento das políticas climáticas e para a criação de sinergias.

Page 45: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

44

Assim, a estratégia para a implementação da PEMC no Sistema deve considerar o

fortalecimento da governança e a incorporação da temática de mudanças climáticas nas ações

existentes e planejadas.

Com as mudanças no clima já existentes e provocando impactos, como o aumento da

frequência de eventos extremos, alterações na produção agrícola e na disponibilidade hídrica,

torna-se urgente promover a adaptação e tornar o Estado mais resiliente. E como os efeitos de

tais mudanças nos sistemas naturais e urbanos ainda não são totalmente conhecidos, o

investimento em estudos e pesquisas, condizentes com as necessidades locais, é primordial

para que haja subsídios para o desenvolvimento de políticas públicas e o atendimento dos

desafios atuais e futuros. Além disso, uma comunicação transparente e a ampliação do acesso

à informação sobre o tema é essencial para que todos se tornem cientes e possam considerar

a temática de mudanças climática nos projetos e ações em desenvolvimento.

Esses fatores foram considerados para a elaboração das diretrizes de implementação da PEMC,

que no ano de 2019 completará dez anos desde sua publicação. Os desafios são cada vez mais

complexos, e um comprometimento e integração entre todas as áreas serão essenciais para

contribuir com um Estado de São Paulo menos emissor e mais resiliente às mudanças

climáticas.

Observou-se ainda, que muitas incertezas quanto à competência e outros fatores externos

tornam impeditivos à total implementação das diversas atribuições do SAP na PEMC, e

acrescenta-se, ainda, a necessidade de conhecimento técnico mais substantivo para inserir a

questão de mudanças climática em processos nos vários entes do Sistema.

O GT Clima se mostrou uma estratégia acertada na integração de todos os entes que

compõem o SAP, e na internalização do tema de Mudanças Climáticas, atuando na

disseminação de conhecimentos, angariando a confiança do Sistema e identificando que a

grande maioria dos projetos já contribui, de uma maneira ou de outra com medidas de

adaptação e mitigação.

Destaca-se, por fim, que este trabalho não se encerra em sí, ao contrário deve ser continuado.

Cabendo ao GT-Clima, avançar para o detalhamento das lacunas apresentadas em relação ao

cumprimento das atribuições constantes na PEMC, bem como no desenvolvimento de

atividades e definição de cronograma e indicadores para o atendimento das metas

relacionadas a cada diretriz.

Page 46: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

45

ANEXO I – Fichas dos Projetos

Fichas por Projeto das Instituições do Sistema Ambiental Paulista

Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais - CBRN

Código CB 1

Título Protocolo Etanol Mais Verde

Responsável CBRN

Descrição Protocolo assinado, em junho de 2017, entre o Governo do Estado de São Paulo, representado pela Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria da Agricultura e Abastecimento e pela Companhia Ambiental Paulista – CETESB, e pelo Setor Sucroenergético, representado pela União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo – UNICA e pela Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil – ORPLANA com o objetivo de superar os desafios decorrentes da mecanização da colheita da cana-de-açúcar, fomentar a restauração de matas ciliares e adotar ações destinadas a consolidar o desenvolvimento sustentável do setor sucroenergético no estado de São Paulo, como medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais, de proteção à fauna e conservação e reuso da água.

Interfaces CF 2 atual / BIO 1 / CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação / Mitigação

Situação Em andamento

Código CB 2

Título Protocolo de Transição Agroecológica

Responsável CBRN

Descrição Protocolo assinado, em maio de 2016, entre o Governo do Estado de São Paulo, representado pela Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria da Agricultura e Abastecimento; a Associação de Agricultura Orgânica e o Instituto Kairós para a adoção de ações conjuntas para promover a transição agroecológica e estimular a produção orgânica, contribuindo para o uso sustentável dos recursos naturais e para a oferta e consumo de alimentos saudáveis.

Interfaces BIO 1 / CP 2 / CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação / Mitigação

Situação Em andamento

Código CB 3

Título Sistema Informatizado de Apoio à Restauração Ecológica (SARE)

Responsável CBRN

Page 47: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

46

Descrição Sistema disponibilizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA) para acesso público e de forma gratuita, com a finalidade de registro, monitoramento, e apoio à iniciativa e projetos de restauração ecológica no estado de São Paulo (Resolução SMA 32/2014).

Interfaces IG 1,2,3,4,6 / BIO 1 / IBt 1 / IF 9 / IF 4 / CF 1, CP 2, CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Coordenadoria de Fiscalização Ambiental - CFA

Código CF 1

Título Gestão da Fsicalização ambiental

Responsável CFA

Descrição Envolve a implementação de estrutura e ações para dar eficiência e efetividade à conclusão dos processos administrativos gerados a partir de cada uma das infrações ambientais identificadas no território paulista E É instrumentalizada, principalmente, por meio do Programa Estadual de Conciliação Ambiental

Interfaces IF 7 / IF 9 / CET 2/ BIO 1 / CP 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Em andamento

Código CF2

Título Ações estratégicas de fiscalização e monitoramento (operação corta-fogo e sistemas)

Responsável CFA

Descrição Ações direcionadas à proteção de áreas de relevância e importância para a conservação da biodiversidade no estado de São Paulo, bem como aos temas elencados como prioritários.

Interfaces CET 2 futuro / CB 1 / BIO 1/ CP 2 / IF 7 / IF 9

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação e Adaptação

Situação Em andamento

Page 48: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

47

Coordenadoria de Planejamento Ambiental - CPLA

Código CP 1

Título Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de São Paulo

Responsável CPLA

Descrição O ZEE é um instrumento técnico e político de planejamento que estabelece diretrizes de ordenamento e de gestão do território, considerando as características ambientais e a dinâmica socioeconômica de diferentes regiões do estado. Tem como finalidade subsidiar a formulação de políticas públicas em consonância com diretrizes estratégicas de desenvolvimento sustentável, bem como orientar o licenciamento de atividades produtivas de forma coerente com esses objetivos. Cabe destacar uma de suas 5 diretrizes relacionado ao tema do trabalho: “Resiliência às mudanças climáticas (estado com baixa vulnerabilidade ambiental e social, atento aos processos perigosos e preparado para atuar na prevenção e resposta em situações de riscos e desastres)”.

Interfaces CET 6 futuro / IF 9 / IG 1 a 6 futuro / BIO 1 / CB 1 / CF 1 / CF 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código CP 2

Título Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro

Responsável CPLA

Descrição O Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro, instituído pela Lei nº 10.019/98, estabeleceu objetivos, diretrizes, metas e instrumentos para sua elaboração, aprovação e execução, com a finalidade de disciplinar e racionalizar a utilização dos recursos naturais da Zona Costeira. A Lei Estadual definiu a tipologia das zonas costeiras, os seus usos permitidos, as atividades proibidas e as penalidades a serem aplicadas no caso de infrações.

Interfaces CET 1 / IG 1 a 6/ IF 9

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código CP 3

Título Programa Construção Civil Sustentável

Responsável CPLA

Page 49: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

48

Descrição O Programa Estadual de Construção Civil Sustentável foi instituído em 2010 por meio do Decreto Estadual nº 55.947, que regulamenta a Lei de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo (Lei nº 13.798/2009). De acordo com o Decreto, a Secretaria do Meio Ambiente fica responsável, por norma própria, em divulgar as diretrizes e indicadores de acompanhamento para atendimento ao artigo 38 do referido Programa. A fim de ter um respaldo jurídico, a Consultoria Jurídica da SMA e do Governo foi consultada e uma nova minuta de Decreto foi elaborada. A nova minuta basicamente propõe um diagnóstico de boas práticas de sustentabilidade na área de construção civil nos órgãos diretos e indiretos do Governo do Estado e, a partir desse levantamento, a SMA fica responsável em elaborar as diretrizes e indicadores para atender ao artigo 38 do Programa de Construção Civil Sustentável e a Política de Mudanças Climáticas. Em 2016, a assessoria técnica da SMA, elaborou um formulário para levantamento do diagnóstico e encaminhou para alguns órgãos do Governo do Estado. Em agosto de 2018, foi apresentada uma minuta de criação de Grupo de Trabalho dentro da Câmara Ambiental da Construção Civil da Cetesb com o objetivo de retomar os trabalhos do Programa Estadual de Construção Civil Sustentável. O questionário “Boas práticas de sustentabilidade em obras e serviços de engenharia” contou com perguntas referentes ao Artigo 38 do Decreto que regulamenta a PEMC. Das 33 instituições da Administração direta e indireta do estado, 25 responderam ao questionário.

Interfaces CET 3 futuro

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código CP 4

Título Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis (PECPS)

Responsável CPLA

Descrição O Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis (PECPS), instituído por meio do Decreto Estadual nº 53.336/2008, tem como finalidade implantar, promover e articular ações que visem inserir critérios socioambientais nas contratações públicas do estado. O programa estimula novos mercados e o surgimento de produtos e serviços alternativos, promovendo assim, ações que melhorem a eficiência do uso de recursos e o impacto sobre o meio ambiente, e que promovam a igualdade social. Como principal instrumento do Programa destaca-se o Selo Socioambiental, criado em 2005, por meio do Decreto nº 50.170. Esse selo orienta os gestores públicos responsáveis pelas compras e contratações governamentais a identificar os materiais e serviços que adotem ao menos um dos critérios socioambientais. A Secretaria do Meio Ambiente também contempla com o Selo Socioambiental os Cadernos Técnicos de Serviços Terceirizados (CADTERC) que objetiva divulgar as diretrizes para contratações de fornecedores de serviços terceirizados pelos órgãos da Administração Pública Estadual. Seu monitoramento teve início em 2013 e em 2017, 30,48% (equivalente

Page 50: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

49

a cerca de R$ 2,5 bilhões) dos serviços de natureza comum (como vigilância, limpeza, alimentação, impressão corporativa, entre outros) observaram as diretrizes socioambientais presentes no CADTERC

Interfaces FF 1 a 5 / IG 1 a 6 futuro/atual / CF 1 e CF 2 atual / futuro

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código CP 5

Título Relatório de Qualidade Ambiental – RQA

Responsável CPLA

Descrição O Relatório de Qualidade Ambiental (RQA), instituído pela Política Estadual de Meio Ambiente (Lei Estadual nº 9.509/1997) e presente ao longo da PEMC (Lei Estadual nº 13.798/2009), tem como finalidade tornar pública a consolidação das informações produzidas pelos órgãos do SEAQUA e apresentar à sociedade a situação do meio ambiente no estado de São Paulo. Portanto, o RQA tem potencial para ser o canal de disseminação das informações que possam ser geradas pelos órgãos ambientais sobre mudanças climáticas, fornecendo subsídios qualificados para a proposição de políticas públicas e apoio à tomada de decisão na gestão ambiental paulista, além de gerar conhecimento que estimule o acompanhamento e/ou monitoramento da política ambiental, provocando reflexões e mudança de atitudes.

Interfaces BIO 1/ IG 3 a 6 futuro / CB 1 e CB 2/ CF 1 e CF 2 atual

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código CP 6

Título Infraestrutura de Dados Espaciais Ambientais do Estado de São Paulo - IDEA-SP (DataGEO)

Responsável CPLA

Page 51: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

50

Descrição O DataGEO é a Infraestrutura de Dados Espaciais Ambientais do estado de São Paulo que disponibiliza uma ampla variedade de bases cartográficas e dados geoespaciais para toda a sociedade, de forma simples e desburocratizada, oferecendo insumos e matéria-prima para a geração de novas informações e análises territoriais correlacionadas com as questões ambientais. A Base de Informação Territorial Ambiental disponibilizada pelo DataGEO contempla, entre outros, os seguintes conjuntos de informações: imagens de satélite, bases cartográficas, unidades político-administrativas, dados bióticos, dados físicos, dados antrópicos, dados socioeconômicos, legislação ambiental, dados de qualidade e monitoramento ambiental. O DataGEO tem como principais objetivos: compartilhamento de informações, facilitando o acesso e o intercâmbio de dados geográficos entre produtores e usuários; disponibilização de informações oficiais e qualificadas; integração e disponibilização de informações e bases espaciais entre instituições.

Interfaces

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Page 52: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

51

Grupo de Trabalho e Acompanhamento de Projetos Estratégicos - GTAPE

Código GT 1

Título Projeto de Transporte Sustentável de São Paulo - Programa de Transporte, Logística e Meio Ambiente.

Responsável GTAPE

Descrição Trata-se de Programa coordenado pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER), autarquia vinculada à Secretaria de Logística e Transportes, em cooperação técnico-operacional com a Secretaria do Meio Ambiente, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional e a CETESB. Objetiva melhorar as condições do sistema rodoviário, da logística e da segurança do transporte e ao mesmo tempo aumentar a capacidade do Estado para gerenciar o meio ambiente e o risco de desastres.

Interfaces CF 1 e CF 2 atual / CET 4 / CP 1 / IG 4, 1, 2, 6

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação/ Mitigação

Situação Em andamento

Código GT 2

Título Projeto Conexão Mata Atlântica (PDSLP)

Responsável GTAPE

Descrição O Projeto Conexão Mata Atlântica é implementado em parceria envolvendo o MCTIC, os Estados de SP, RJ e MG e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos – Finatec, com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF) tendo o BID como agência implementadora. O objetivo do projeto é recuperar e preservar serviços ecossistêmicos associados à biodiversidade e ao clima em zonas prioritárias do Corredor Sudeste da Mata Atlântica brasileira, utilizando o Pagamento por Serviços Ambientais – PSA como instrumento para incentivar a conservação de vegetação nativa, a restauração ecológica e a conversão produtiva.

Interfaces CF 1 / CF 2 / IF 4 / IF 9 / BIO 1 / FF 3

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação/ Mitigação

Situação Em andamento

Código GT 3

Título Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Litoral Paulista (PDSLP)

Responsável GTAPE

Descrição A atual fase do Projeto, em seu componente ambiental, tem por objetivo integrar os poderes executivos (estadual e municipal) para o desenvolvimento de ações de planejamento, fiscalização e monitoramento ambiental, relacionadas à contenção da expansão de ocupações irregulares em áreas de pressão socioambiental.

Interfaces CF 1 e CF 2 / IF 9 / IG 1 a 6 futuro /CP 2/ CET 1 futuro / BIO 1/ FF 3

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou

Adaptação/ Mitigação

Page 53: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

52

Adaptação?

Situação Em andamento

Grupo de Trabalho de Biodiversidade - GTBio

Código BIO 1

Título Plataforma de Projetos - Restauração Ambiental no ESP ("Restaura SP"

Responsável GT- BIO

Descrição Plataforma que integra todas ações do SAP relacionadas à restauração ambiental, visando integrar os esforços de captação de recursos internacionais visando sua implementação em 10 anos.

Interfaces IF 4 / IF 9 / CP 1 / CF 1 e CF 2 futuro / IBt 1 / CB 3 / IBt 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação

CETESB Código CET 1

Título Capacitação dos Municípios da Baixada Santista para Adaptação às Mudanças Climáticas

Responsável CETESB

Descrição A proposta tem por objetivo a realização de capacitação técnica aos nove municípios da Baixada Santista, envolvendo os membros do Comitê de Bacia Hidrográfica, agentes públicos municipais e estaduais e representantes da sociedade civil para a identificação de vulnerabilidades, proposição de medidas de adaptação para prevenção dos efeitos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos e orientação para captação de recursos financeiros.

Interfaces BIO 1 / CF 2 futuro/ IG 1,3,4,5,6

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Código CET 2

Título Comunicação Estadual - Inventário

Responsável CETESB

Descrição Elaboração e Publicação do Inventário de GEE do Estado de SP (setores: energia, indústria, transporte, agropecuária, resíduos, florestas)

Interfaces CF 1 e 2 futuro / IF 9 / CP 1

Page 54: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

53

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Necessita de atualização

Código CET 3

Título Estudo de Baixo Carbono para Indústria do Estado de São Paulo (13.3)

Responsável CETESB

Descrição Desenvolvimento da Curva de Custo Marginal de Abatimento (MAC) para os setores de cimento, construção civil, química, cal e siderurgia. Parceria entre o BID e a CETESB, apoio técnico da USP, com intuito de estabelecer uma Curva (MAC), que identificará tecnologias e custos envolvidos para redução de emissões de GEE nos setores industriais avaliados.

Interfaces CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Finalizado

Código CET 4

Título Proposta de Limite de Máximo de Emissões de GEE no PROCONVE

Responsável CETESB

Descrição Revisão dos limites contidos no Programa de Controle de Emissões Veiculares (PROCONVE) e inserção de emissões GEE nos mesmos. Estudos e reuniões realizados com o IBAMA e CONAMA.

Interfaces

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação A ser articulado junto ao governo federal

Código CET 5

Título Recebimento de Inventários Industriais de GEE

Responsável CETESB

Descrição Exige entrega do inventário para uma série de atividades, licenciadas pela CETESB, com alto potencial de emissão de GEE, de acordo com a DD 254/2012/V/I.

Interfaces CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Em andamento

Page 55: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

54

Fundação Florestal - FF

Código FF 1

Título Criação de Unidades de Conservação

Responsável Fundação Florestal

Descrição A criação de Unidades de Conservação tem como objetivo a proteção da sociobiodiversidade em áreas de importância ambiental e etnocultural. São instituídas em áreas com características de grande interesse ecológico, científico, florístico, faunístico e paisagístico, além de valores culturais associados à conservação da natureza, mantidos pelas comunidades tradicionais que vivem no seu interior e no seu entorno.

Interfaces CF 1 / CF 2 / BIO 1 / CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação e Mitigação

Situação Em andamento

Código FF 2

Título Elaboração de planos de manejo de Ucs

Responsável Fundação Florestal

Descrição O Plano de Manejo consiste em um documento técnico que deve ser elaborado de modo a propiciar o estabelecimento de ações específicas de manejo, orientando a gestão da unidade de conservação - UC, conforme a finalidade para a qual foi instituída, definindo as diretrizes para a sua implantação e a integração socioeconômica das comunidades do entorno das mesmas. Deve o mesmo abranger a área da UC, sua zona de amortecimento e, eventualmente, os corredores ecológicos, descrevendo-os, incluindo regras, restrições e medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas.

Interfaces IF 5 / IF 6 / IF 9 / CF 1 e CF 2 atual / IG 1 a 6 atual futuro / BIO 1 / CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação e Mitigação

Situação Em andamento

Código FF 3

Título Restauração florestal

Responsável Fundação Florestal

Page 56: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

55

Descrição Programa de Recuperação Ambiental nas Unidades de Conservação da Fundação Florestal visa o levantamento de áreas que precisam ser restauradas para a disponibilização no Banco de Áreas do Projeto Nascentes. O objetivo central dessa ação é contribuir para a melhoria da qualidade ambiental das UC sob gestão da FF, de modo a reduzir o grau de isolamento dos remanescentes, promover o restabelecimento dos processos ecológicos e, sempre que possível, fazê-lo com envolvimento social como estratégia de educação ambiental.

Interfaces IF 1, 2, 3, 4, 8, 9 / CF 1 atual / IBt 1 / BIO 1 / CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação e Mitigação

Situação Em andamento

Código FF 4

Título Programa de Educação Ambiental da Fundação Florestal

Responsável Fundação Florestal

Descrição O Programa de Educação Ambiental tem como objetivo apresentar diretrizes e estratégias para o cumprimento da missão institucional em relação às ações de educação ambiental, buscando fortalecer a identidade das Unidades de Conservação em torno de um padrão conceitual comum em educação ambiental, compartilhando responsabilidades e buscando motivação entre a equipe e integra uma das metas da SMA para a gestão. O Programa está integrado às demais políticas públicas estaduais de educação ambiental, fortalecidas pela criação do Comitê de Integração de Educação Ambiental, instituído pela Resolução SMA 33/2017, com representantes de todos os órgãos da SMA com objetivos de coordenar e acompanhar as ações promovendo a integração entre projetos e instituições. Um dos resultados deste processo foi à assinatura de Convênio entre a FF e CEA/SMA, em outubro de 2017, para qualificar e fomentar a concepção, realização e avaliação das atividades de EA que contribuam para institucionalizar o PEA/FF como política de gestão das UC. Ações de educação ambiental dos programas das UC abordam o problema climático, impacto no meio ambiente buscando a sensibilização, reflexão e como resultado a conscientização dos visitantes. O objetivo é melhorar a educação, aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação da mudança do clima, adaptação, redução de impacto, e alerta precoce

Interfaces IF 5 / IF 6 / IG 3, 4 futuro

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação e Mitigação

Situação Em andamento

Código FF 5

Título Programa RPPNs Paulistas

Responsável Fundação Florestal

Page 57: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

56

Descrição Este programa está sob a coordenação da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do estado de São Paulo. Tem como objetivo estimular a criação e a implementação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural. Pode ser criada por pessoa física ou jurídica em área que apresente atributos ambientais que justifiquem a sua criação pode ser destinada, a critério do proprietário, à pesquisa científica, educação ambiental e à visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. Uma vez instituídas pelo Poder Público, as RPPNs passam a integrar o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC.

Interfaces IF 5 / IF 6 / IG 3, 4 futuro

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação e Mitigação

Situação Em andamento

Page 58: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

57

Instituto de Botânica - IBT

Código IBT 1

Título Restauração ecológica

Responsável Instituto de Botãnica

Descrição Foram desenvolvidas diversas ferramentas facilitadoras do processo de restauração florestal, a saber: chave de toma de decisões; lista exemplificativa de espécies nativas, parâmetros de monitoramento, lista de viveiros produtores de mudas nativas e imagens de mudas de espécies nativas, para facilitar o trabalho no campo. Foram identificadas quase 3.000 espécies, dos mais variados hábitos de vida, que compõem a “Lista de espécies indicadas para restauração ecológica para diversas regiões do estado de São Paulo” No que diz respeito à produção de mudas, as orientações provenientes dos trabalhos desenvolvidos resultaram no aumento tanto da diversidade de espécies (270 em 2000 e mais de 700 arbóreas em 2010, atualizada em 2017 para 2.951 espécies vegetais), quanto da quantidade de mudas produzidas (13 milhões em 2000 e 44 milhões em 2010).

Interfaces IF 1 /IF 2 / IF 3 / IF 4 / IF 9 / BIO 1 / CP 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação e Mitigação

Situação Em andamento

Código IBT 2

Título Respostas das plantas às Mudanças Climáticas

Responsável Instituto de Botãnica

Descrição -

Interfaces BIO 1 / IG 1,2,3,4,5

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Código IBT 3

Título Flora ficológica em reservatórios

Responsável Instituto de Botãnica

Descrição -

Interfaces

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Page 59: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

58

Instituto Florestal - IF

Código IF 1

Título Repartição da áuga da chuva sob o diesel e umidade do solo em diferentes fisionomias do cerrado;

Responsável IF

Descrição Projeto de tese de doutorado da pesquisadora Eliane A. Honda (defendido em 2013), que elucidou as relações entre a vegetação e a recarga de água do solo, apontando o trade-off entre armazenamento de carbono e produção de água.

Interfaces BIO1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Finalizado

Código IF 2

Título Fixação de carbono em reflrorestamento de matas ciliairres no Vale do Paranapanema em SP, Brasil

Responsável IF

Descrição Pesquisa realizada com finalidade de quantificar o potencial de plantios de restauração de matas ciliares para fixação de carbono atmosférico.

Interfaces FF 3 / IBt 1 / CP 1 / BIO 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Em andamento

Código IF 3

Título O custo da biodiversidade do sequestro de carbono da savana tropical

Responsável IF

Descrição Pesquisa realizada que demonstra que ao investir na conservação visando sequestro de carbono para mitigar mudanças climáticas, o preço a pagar pode ser a perda de biodiversidade, no caso do Cerrado;

Interfaces CP 1 / IBt 1 / BIO 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Em andamento

Código IF 4

Título Conservação genética de espécies arbóreas nativas

Responsável IF

Page 60: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

59

Descrição O projeto contempla a conservação genética de espécies arbóreas nativas, desde a década de 1980. Atualmente esses Bancos Ativos de Germoplasma (BAG) possuem duas importantes linhas dentro da silvicultura: conservam espécies com potencial produtivo para a madeira e possuem variabilidade genética suficiente para produzirem sementes com vigor genético potencial para restauração de áreas degradadas, a longo prazo. O BAG possui aproximadamente 75 espécies arbóreas nativas e exóticas e em torno de 250 talhões de pesquisa em diversas Unidades Experimentais do Instituto Florestal. Esses BAGs são fontes de produção de propágulos que podem ser utilizados para mitigação das mudanças climáticas, servir de fonte de estudo para jovens (educação ambiental) e proporcionar ao Homem da floresta o uso sustentável de ambientes naturais ou pouco perturbados, a partir da produção florestal sustentável.

Interfaces FF 3 / BIO 1 / IG 3,4,6

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação

Situação Em andamento

Código IF 5

Título Implementação dos Programas de Proteção e Manejo do Meio Ambiente, Pesquisa e Montoramento Ambiental, Uso Público, Operações Internas, Controle Ambiental, Integração Externa e Operações Externas; visando a conservação da natureza /serviços ecossistêmicos

Responsável IF

Descrição Monitoramento das áreas estratégicas internas da UC e Zona de Amortecimento; manutenção de caminhos, trilhas, cercas e aceiros da UC; gestão da pesquisa, apoio ao desenvolvimento de projetos de pesquisa e realização de trabalhos técnico-científicos relacionados à fauna, flora, recursos hídricos, zona de amortecimento e educação ambiental no contexto da UC; produção de mudas nativas em escala mínima para reposição e plantios de arboretos no Parque em datas comemorativas; plantio de mudas em áreas de recuperação via TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental); manejo de espécies exóticas em áreas estratégicas/clareiras visando a regeneração natural da vegetação nativa; manejo de cipós em árvores emergentes visando a conservação das espécies e manutenção do banco genético em áreas estratégicas internas da UC;

Interfaces CF 1 / CF 2 Atual IG4/ IG 1,2,6 Futuros/ BIO 1 / FF 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Código IF 6

Título Implementação do Programa de Uso Público com adesão aos projetos estratégicos do Sistema Ambiental Paulista .

Responsável IF

Page 61: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

60

Descrição Atendimento à demanda espontânea da comunidade escolar de todos os níveis e modalidades de ensino adotando estratégias de palestras temáticas e trilhas interpretativas monitoradas, enfocando a importância da UC para a conservação da natureza; atendimento à comunidade local e regional em atividades autoguiadas – sensibilização e interpretação da natureza; socialização e popularização de conhecimentos com divulgação de diversos temas ambientais na mídia visando a sensibilização da comunidade para as questões ambientais locais; elaboração de curso de educação ambiental para a comunidade escolar; produção de materiais paradidáticos com temas específicos sobre a biodiversidade local.

Interfaces IG 3 e IG 4 Futuro / FF 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Código IF 7

Título Ações de gestão e articulação interinstitucional

Responsável IF

Descrição Economia de energia elétrica, água e materiais nos diferentes setores das Unidades; monitoramento ambiental na Zona de Amortecimento, identificação de impactos ambientais e gestão junto aos órgãos competentes para minimização de impactos sobre o uso de solo, flora e fauna nativa; participação no Programa Corta-Fogo do Sistema Ambiental Paulista com a elaboração do Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e participação em capacitações regionais; apoio e participação na formação da Brigada Municipal, coordenada pela Defesa Civil local para prevenção e combate a incêndios florestais locais, participação de técnicos do Parque em Conselhos Municipais de Meio Ambiente; Desenvolvimento Rural e Políticas Urbanas com contribuições para a conservação dos recursos naturais do município.

Interfaces BIO 1/ CF 1 e CF 2 atual

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Código IF 8

Título Projeto de pesquisa - Compensação de emissões de CO2 por meio do plantio de espécies nativas no Viveiro Florestal de Taubaté

Responsável IF

Page 62: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

61

Descrição O projeto tem como objetivo a produção de mudas nativas para compensação de gases de efeito estufa emitidos na 14ª edição da “Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no Vale do Paraíba 2017 - A Matemática está em tudo!”, incluindo ações de educação ambiental e educação para redução de riscos de desastres com alunos de ensino médio e universitários. Foi desenvolvido estudo de compensação de carbono, contabilizando a emissão total CO2 na SNCT no Vale do Paraíba, realizada no período de 26 a 27 de outubro de 2017 em São José dos Campos-SP. Para a compensação das emissões, foram produzidas mudas de espécies nativas no Viveiro Florestal de Taubaté. As mudas foram plantadas no próprio Viveiro Florestal, sendo efetuado o acompanhamento do desenvolvimento, com a participação de alunos da Escola Estadual José Mazela, localizada no município de Taubaté-SP. Pretende-se estimular ações de educação ambiental na escola envolvida, trabalhando com os estudantes a importância do plantio de espécies nativas para o sequestro de carbono, restauração ecológica, melhoria da qualidade ambiental e prevenção de riscos ambientais. A perspectiva é de ampliar o escopo do projeto, com o cálculo de emissões para outros e eventos e realização de ações de compensação e educação ambiental.

Interfaces

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Adaptação

Situação Em andamento

Código IF 9

Título Inventário Florestal

Responsável IF

Descrição Caracterização e situação dos remanescentes da cobertura vegetal natural do Estado de São Paulo. Fotointerpretação, mapeamento e quantificação das diferentes fitofisionomias vegetacionais remanescentes no Estado.

Interfaces

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação e Adaptação

Situação Em andamento

Page 63: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

62

Instituto Geológico - IG

Código IG 1

Título Estudos históricos de eventos climáticos na baixada santista

Responsável Instituto Geologico

Descrição Levantamento de dados publicados em jornais, livros, revistas sobre eventos climáticos agressivos e extremos ocorridos na Baixada Santista desde 1850 até 2010. Resultados serão apresentados na forma de banco de dados a partir de janeiro 2019. Relatório final em elaboração.

Interfaces CET 1 atual / CP-1 / CP-2 / CF 2 futuro

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código IG 2

Título Estudos históricos de desastres naturais relacionados a eventos climáticos no Vale do Ribeira/Litoral Sul – SP

Responsável Instituto Geologico

Descrição O projeto iniciado em 2015 tem como foco de pesquisa os desastres naturais, que envolvem perda de vidas, perda de bens materiais e transtornos geográficos. Oferece um conhecimento quantitativo, qualitativo e temporal de eventos climáticos agressivos e extremos do Vale do Ribeira/Litoral Sul, a partir de pesquisa indireta de dados pretéritos. Projeto em desenvolvimento. Resultados serão apresentados na forma de banco de dados em dezembro de 2019.

Interfaces CP 1 / CP 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código IG 3

Título Resposta Morfodinâmica de Praias do Sudeste Brasileiro aos Efeitos da Elevação do Nível do Mar e Eventos Meteorológico-Oceanográficos Extremos até 2100

Responsável Instituto Geologico

Descrição No projeto, praias de São Paulo e Espírito Santo são objetos de análise e modelagens, na busca de suas respostas em relação a projeções de cenários climáticos, de elevação do nível do mar e de eventos meteorológico-oceanográficos extremos para os anos de 2025, 2050, 2075 e 2100. Além de avançar em relação ao entendimento sobre as futuras mudanças na linha de costa e as cotas de inundação costeira de eventos extremos, também serão avaliados os principais impactos sobre os sistemas antrópicos existentes ao longo da orla e as implicações sobre a provisão e a distribuição dos benefícios ecossistêmicos locais. Ao final, propõe-se a elaboração de possíveis medidas de adaptação para reduzir as vulnerabilidades e aumentar a resiliência das comunidades locais no enfrentamento das mudanças ambientais futuras.

Page 64: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

63

Interfaces CP 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Duração: 2017-2022

Código IG 3

Título Resposta Morfodinâmica de Praias do Sudeste Brasileiro aos Efeitos da Elevação do Nível do Mar e Eventos Meteorológico-Oceanográficos Extremos até 2100

Responsável Instituto Geologico

Descrição No projeto, praias de São Paulo e Espírito Santo são objetos de análise e modelagens, na busca de suas respostas em relação a projeções de cenários climáticos, de elevação do nível do mar e de eventos meteorológico-oceanográficos extremos para os anos de 2025, 2050, 2075 e 2100. Além de avançar em relação ao entendimento sobre as futuras mudanças na linha de costa e as cotas de inundação costeira de eventos extremos, também serão avaliados os principais impactos sobre os sistemas antrópicos existentes ao longo da orla e as implicações sobre a provisão e a distribuição dos benefícios ecossistêmicos locais. Ao final, propõe-se a elaboração de possíveis medidas de adaptação para reduzir as vulnerabilidades e aumentar a resiliência das comunidades locais no enfrentamento das mudanças ambientais futuras. Duração: 2017-2022 (projeto financiado pela CAPES). Coordenação geral: Celia Regina de Gouveia Souza

Interfaces CP 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código IG 4

Título Programa de Monitoramento da Erosão Costeira no Estado de São Paulo

Responsável Instituto Geologico

Descrição O objetivo do programa é monitorar a erosão costeira nas praias do Estado de São Paulo, iniciada em 1992, e realizar projetos de pesquisa que envolvam o tema, as causas do fenômeno e medidas de adaptação. Comparando-se os Mapas de Risco de Erosão Costeira de São Paulo, foi possível identificar um acréscimo considerável de praias em risco Muito Alto (MA) e Alto (A), que passaram de 41,8% para 51,5% em 15 anos. As causas do fenômeno são naturais, incluindo os efeitos das mudanças climáticas, como a elevação do nível relativo do mar e o aumento da frequência e intensidade de eventos meteorológicos-oceanográficos extremos, bem como relacionadas a intervenções antrópicas na orla. Duração: desde 2010 (contínuo). Coordenação geral: Celia Regina de Gouveia Souza

Interfaces CP 1 / CP 2 / FF 3 / FF 4 / CET 1 atual

Page 65: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

64

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Código IG 5

Título METROPOLE: Uma Estrutura Integrada para Analisar a Tomada de Decisão Local e a Capacidade Adaptativa para Mudanças Ambientais de Grande Escala: Estudos de Casos Comunitários no Brasil, Reino Unido e EUA

Responsável Instituto Geologico

Descrição METROPOLE foi um projeto de vulnerabilidade costeira conduzido por um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil para avaliar como os governos locais podem responder aos riscos associados com as projeções do aumento do nível do mar. O objetivo foi de desenvolver uma estrutura integrada para analisar a tomada de decisão e a capacidade de adaptação à mudança ambiental local, impulsionada por processos de larga escala, como o clima. Foram desenvolvidos estudos de caso em três áreas costeiras nas cidades de Santos (São Paulo, Brasil), Selsey/Chinchester (Reino Unido), e Broward County (Flórida, EUA). A pesquisa da METROPOLE produziu novos insumos para melhorar os processos de planejamento de resiliência e as estratégias de financiamento público que podem apoiar melhorias na infraestrutura local e os métodos internacionais de pesquisa em adaptação.

Interfaces CET 1 atual / CP 2 / BIO 1

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Duração: 2012-2017

Código IG 6

Título Banco de Dados de Eventos Meteorológicos-Oceanográficos Extremos (Ressacas e Marés Altas anômalas/enchentes) na Baixada Santista entre 1928 e 2016

Responsável Instituto Geologico

Descrição Baseado em método hemerográfico (notícias de jornais locais e regionais). Cada evento foi caracterizado de acordo com os seguintes descritores de condições de contorno: duração do evento, fase lunar, altura máxima da preamar (tábua de marés e marégrafos da região), precipitação acumulada de 24 horas, direção e intensidade dos ventos, direção, altura e período de ondas significativas (modelos regionais), fenômenos climáticos globais (El Niño, La Niña) e evolução sinótica de eventos atmosféricos relacionados. Foram efetuadas análises estatísticas e de tendências temporais de eventos de ressacas e de inundações costeiras.

Interfaces CP 2

O projeto contribui com medidas de Mitigação ou Adaptação?

Mitigação / Adaptação

Situação Em andamento

Page 66: MUDANÇAS CLIMÁTICAS: BALANÇO E RECOMENDAÇÕES€¦ · estadual, sociedade civil e municípios. Porém, desde 2014 não houve continuidade dos trabalhos tanto do Comitê quanto

65