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Esta revista é interativa e trás aos jovens notícias sobre o mundo de um jeito facil de compreender. Esta é a primeira edição, venha conferir!!
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R$ 6,99
Exemplar de
ASSINANTE
Mundo Japão: Terremoto faz superávit corrente cair 51,7% em maio Pág.
Gastronomia Delícia alemã: Aprenda a fazer um
Spätzle Pág.
Saúde_____________________
Supere a ansiedade..........06
Ciência_____________________
O cérebro humano está
diminuindo......................10
Curiosidades_______________
_Quem criou a primeira
enciclopédia.......................11
Capa________________________
A herança africana na
língua portuguesa e o
Movimento Negro no
Brasil................................12
Educação___________________
Enem será em outubro de
2011..................................18
Gastronomia_______________
Spätzle.................................19
Turismo____________________
Após 100 anos, Machu Picchu encanta milhares de
turistas.............................20
Mundo_____________________
Japão: Terremoto faz
superávit corrente cair
51,7% em maio................22
Especial____________________
_Teste: 10 perguntas para
você conferir se está ligado
no mundo.........................24
Música_____________________
Os 8 melhores cantores
africanos..........................26
Crônica_____________________
O Apito (Luís Fernando
Veríssimo)........................28
Saúde __________________________________
Supere a A ansiedade atrapalha as pessoas no seu
desempenho geral, causando
desconforto mental e físico, o que
ocasiona situações de estresse,
nervosismo, irritabilidade, entre
outros. A ansiedade é considerada uma
sensação que ocorre devido à excessiva
agitação do Sistema Nervoso Central
devido à interpretação de uma situação
de perigo, real ou não. É uma sensação
parecida e até mesmo confundida com o
medo, porem, a diferenciação está entre
o abstrato e o palpável, o medo
geralmente tem uma causa já conhecida
pelo individuo, e a ansiedade
geralmente não tem explicação
concreta.
A maioria das pessoas sente ou já
sentiram ansiedade com maior
intensidade, ou em níveis normais, e
apesar de ser uma sensação nem sempre
ocasionadas por situações reais de
perigo, sintomas físicos são sentidos,
como: taquicardia (batedeira), sudorese,
tremores, tensão muscular aumento das
secreções (urinárias e fecais) aumento
da motilidade intestinal, cefaléia (dor de
cabeça). Quando a ansiedade é intensa e
acontece com freqüência pode ser
caracterizada de Síndrome do Pânico.
Existem remédios para o controle da
ansiedade, entretanto, muitas pessoas
preferem um tratamento natural para
ansiedade, que ajuda a combater os
sintomas de maneira saudável e segura,
ótimo para quem não gostar de tomar
remédio por determinado motivo.
Tentar pôr em prática algumas técnicas
de relaxamento para se sentir melhor é
um bom começo:
1 Encontre um lugar calmo de sua
casa e ponha uma música que
lhe transmita tranquilidade.
2 Deite-se de costas no chão e
com olhos fechados.
3 Contraia os músculos do rosto e
depois relaxe-os. Repita algumas
vezes.
4 Erga a cabeça e deixe-a cair para
trás suavemente.
5 Mantenha o pescoço e o maxilar
relaxados, de modo que sinta a
garganta se abrindo.
6 Estique os braços e os dedos,
tencione-os por um instante
antes de relaxar completamente
os músculos.
7 Mantenha os calcanhares juntos,
estique as pernas e os dedos e
depois relaxe-os totalmente.
8 Permaneça deitado por mais
alguns minutos, levante-se, tome
um banho morno e cante uma
música durante o banho.
_______________________________________
Ansiedade Para saber como
combater a ansiedade
com alimentos,
conheça alguns
alimentos que ajudam a
combater os sintomas
da ansiedade.
Frutas cítricas: Com
presença de vitamina C
nas frutas cítricas, ela
diminui a secreção de
cortisol, que é o
hormônio liberado pela
glândula adrenal em
resposta ao estresse e a
ansiedade e responsável
por transmitir a notícia
de estresse para todas as
partes do corpo. Seu
consumo promove o
bom funcionamento do
sistema nervoso e
aumenta a sensação de
bem-estar.
Leite, ovos e derivados
magros: esses alimentos
são fontes de um tipo de
aminoácido, o
triptofano, que ameniza
os sintomas de
ansiedade.
Carboidratos: os
carboidratos, derivados
dos cereais na suas
formas simples e
integrais, e das frutas
mais adocicadas,
também podem
combater a indesejada
ansiedade. Pães, arroz,
aveia, feijão, massas,
batata, mel, jabuticaba,
uvas, maçãs fazem parte
desse grupo alimentar.
A quantidade
recomendada é de seis a
nove porções diárias.
Banana: um estudo feito
por pesquisadores do
Instituto de Pesquisas
de Alimentos e Nutrição
das Filipinas
demonstrou que esta
fruta ajuda no combate
da depressão e alivia
alguns dos sintomas da
ansiedade. Isto se da
devido ao alto teor de
triptofano que a fruta
carrega, ajudando na
produção de serotonina.
Carnes e peixes: estes
alimentos são a mais
recomendada fonte
natural de triptofano,
aminoácido que em
conjunto com a
vitamina B3 e o
magnésio produzem
serotonina, um
neurotransmissor
importante no processo
do sono, do humor e
que regula os níveis de
ansiedade. Além disso,
as carnes e peixes
contêm outro
aminoácido chamado
taurina. O que está
substância faz, é elevar
a disponibilidade de um
neurotransmissor
chamado GABA, que o
organismo usa para
controlar
fisiologicamente a
ansiedade.
Espinafre: o espinafre
contém folato (ácido
fólico), que é uma forte
vitamina antidepressiva
natural, ele combate a
ansiedade, pois quando
está em baixas
concentrações no
organismo acaba
diminuindo os níveis
cerebrais de serotonina.
Sem contar que,
segundo um estudo da
Universidade da
Califórnia, o cérebro
consome muita energia
para funcionar e isso
resulta na sobra de
resíduos químicos
oxidantes. É neste
momento que
alimentos, como o
espinafre, começam a
trabalhar para eliminar
as substâncias em
excesso.
Diminua sua ansiedade com aromaterapia
Aromaterapia tem
muitas aplicações, e
deve-se à grande
variedade de óleos
essenciais que
funcionam à perfeição.
Felizmente todos estão
ao nosso alcance, e
aplicá-las na forma de
perfume, ou diretamente
sobre a pele, podemos
garantir que vamos
sentir os seus efeitos.
Uma das melhores
propriedades
conhecidas da
aromaterapia é para
reduzir a ansiedade e o
estresse. Os óleos
essenciais como lavanda
ou sândalo são bem
conhecidos. Mas quanto
é uma garantia da
aromaterapia para
reduzir a ansiedade? A
ciência tem algumas
respostas.
Embora poucos estudos
tenham sido feitos a este
respeito, o fato é que os
efeitos da
aromaterapia na
ansiedade são
conhecidos e
comprovados. Como
um estudo publicado em
2009 que a massagem
de aromaterapia reduz
a ansiedade nas
pessoas que enfrentam
o câncer de mama ao
estimular o sistema com
a receber massagem.
Esses resultados são
interessantes a respeito
do potencial da
aromaterapia para
reduzir a ansiedade, e
isso deve ser levado em
conta na escolha de
terapias para reduzir o
stress. ♦
Cultive
A
Alegria
Ciência _______________________________
Para os darwinistas, a
evolução dos humanos
se deve ao cérebro
avantajado. Se não fosse
por ele, argumentam,
nossos ancestrais ainda
estariam usando
ferramentas
rudimentares para caçar
animais. Então, sob esse
ponto de vista
evolucionista, é de se
esperar que o cérebro
humano esteja
crescendo, certo?
Errado. Os cientistas
perceberam que, na
verdade, o cérebro está
ficando cada vez menor.
E agora? O que dizem
os defensores da teoria
da evolução?
Segundo Brian Hare,
cientista da
Universidade de Duke,
um cérebro menor pode
ser sinal de mais
inteligência. Ele estuda
chimpanzés e bonobos,
primatas tidos como
―muito similares aos
humanos‖. Bonobos
têm cérebro menor, mas
são menos violentos e
preferem trabalhar em
grupo, enquanto os
chimpanzés, na maioria
das vezes, só
conseguem resolver
problemas quando estão
sozinhos. Hare então
relacionou esses
comportamentos com
inteligência e tamanho
do cérebro.
O problema é que se
torna quase impossível
refutar uma teoria cujos
defensores são mais
lisos que muçum
ensaboado. Se o cérebro
humano estivesse
aumentando de
tamanho, os darwinistas
diriam sem pestanejar
que o ser humano está
ficando mais
inteligente. Mas, como
está diminuindo, eles
dizem que o ser humano
está ficando mais...
Inteligente! Lembre-se
de que são os
criacionistas que
afirmam desde sempre
que o ser humano no
passado foi mais
inteligente, mais forte e
maior. Além da maior
caixa craniana de
nossos ancestrais, as
obras arquitetônicas
monumentais
inigualáveis de
civilizações antigas são
outro atestado de nossa
origem superior.
Curiosidades________________________
O século XVIII foi
marcado pela mudança
na maneira de pensar e
por grandes descobertas
científicas. Ficou
conhecido também
como o século da
Revolução Industrial e
da Revolução Francesa.
Por conta desses
acontecimentos, foi
reconhecido como ―O
século das luzes‖.
O desenvolvimento
intelectual deu origem a
ideias de liberdade
política e econômica.
Os filósofos e
economistas que
defendiam tais ideias
ficaram conhecidos
como iluministas, dando
nome também ao
movimento:
Iluminismo.
O movimento pregava
a valorização da razão –
considerada o
instrumento mais
importante para
alcançar qualquer
conhecimento –, a
crença em leis e direitos
naturais (liberdade e
direito à posse de bens
materiais), a crítica ao
Absolutismo e à Igreja
Católica, e a defesa da
liberdade política e
econômica. A religião
perde espaço e a ciência
torna-se o centro.
O movimento ganhou
notoriedade
principalmente na
Inglaterra, Alemanha e
França. Desta última,
recebemos um legado
muitas vezes esquecido.
Na atualidade, a
Wikipédia
(http://pt.wikipedia.org)
, site de informações
gerais para pesquisa
com projetos em
diversas línguas e com
conteúdo livre, apesar
de todas as suas
limitações, tornou-se
onipresente para um
bom número de
estudantes,
principalmente os do
ensino básico. Os mais
velhos devem se
lembrar da
Encyclopedia
Britannica, com seus
grandes volumes
encadernados. Alguns
podem estar se
perguntando: Que
relação há entre a
Encyclopedia
Britannica, a Wikipédia
e o Iluminismo? Ora, a
primeira enciclopédia,
de fato, com vasto
material sobre diversos
assuntos, surgiu do
empenho de dois
iluministas: Denis
Diderot e Jean
d’Alembert. A
Enciclopédia foi criada
em 1772, com 28
volumes ao finalizar-se
o trabalho. A obra tinha
por objetivo reunir
textos sobre os diversos
ramos do conhecimento
para explicar o mundo e
seus fenômenos, tendo
por base o uso da
filosofia iluminista.
Seus organizadores e os
colaboradores, que
produziram verbetes
sobre os ramos do
conhecimento que
dominavam,
acreditavam que a
Enciclopédia poderia
ser um grande
instrumento na luta
contra a ignorância e o
Antigo Regime. E
Wikipédia? Esta foi a
primeira e, atualmente,
mais conhecida e usada
por pessoas do mundo
inteiro, enciclopédia
online. Traz conteúdos
que abrangem diversos
assuntos.
Capa ________________________________
A língua portuguesa que
conhecemos e falamos
hoje no Brasil é uma
mistura do português
lusitano com as línguas
indígenas e africanas.
Vamos nos deter agora
na herança africana,
que, além de afetar
nossa culinária,
costumes e cultura,
proporcionou-nos um
extenso vocabulário e
mudanças significativas
na oralidade. Para isso,
teremos que relembrar
um pouco de História.
A escravidão no Brasil
ocorreu desde o período
colonial até o fim do
império. Os escravos
eram utilizados
principalmente na
agricultura e na
mineração. A mão de
obra africana inserida
nas lavouras brasileiras
era obtida mediante o
tráfico de escravos
vindos principalmente
das colônias
portuguesas na África.
O tráfico de negros
começou oficialmente
em 1559, quando a
metrópole portuguesa
decidiu permitir no
Brasil o ingresso de
escravos oriundos da
África. Eram mais
valorizados, para os
trabalhos na agricultura,
os negros bantos,
provenientes do sul da
África, especialmente
de Angola e
Moçambique. Foram
quase quatro séculos de
contato direto e
permanente de falantes
africanos com a língua
portuguesa no Brasil, e
essa influência pode ser
notada até os dias de
hoje.
O pesquisador Luiz
Carlos Villalta, no livro
História da vida
privada no Brasil, relata
que os negros trazidos
para o Brasil pertenciam
a três grandes grupos
culturais: sudaneses
(Iorubá, Daomé, Fanti-
Achanti e grupos
menores da Gâmbia,
Serra Leoa, Costa da
Malagueta e Costa do
Marfim); os islamizados
(Fula, Mandinga e
Hauçás), do Norte da
Nigéria; as tribos Banto,
de Angola e
Moçambique. Para
evitar a comunicação e
possível formação de
núcleos solidários, os
negros de uma mesma
etnia eram separados
nos navios negreiros e
nas propriedades que
trabalhavam o que
dificultou a retenção do
patrimônio cultural
africano. Porém, os
negros tentaram superar
a diversidade de
Principais rotas da escravidão (sec. XVI - XIX)
culturas que os dividia,
juntando fragmentos
dessas mediante
procedimentos diversos
como a formação de
quilombos e a
realização de batuques
e calundus. O que
resulta na tamanha
diversidade de
heranças linguísticas e
culturais deixadas por
estes na cultura do
nosso país.
Antes mesmo de o
tráfico negreiro
começar no Brasil, ele
já acontecia em
Portugal. Portanto,
algumas palavras
africanas foram
introduzidas pelos
próprios portugueses,
como é o caso da
palavra inhame.
Outras foram
incorporadas pela
língua portuguesa
conservando a forma e
significado originais,
como: sambar, xingar,
muamba, tanga,
sunga, jiló, maxixe,
candomblé, umbanda,
berimbau, maracutaia,
forró, capanga,
banguela, cachaça,
cachimbo, fubá, gogó,
mocotó.
As palavras de origem
africana que vieram
enriquecer nosso
vocabulário são
relativas a divindades,
conceitos, práticas
religiosas, comidas,
bebidas, nomes de
lugares, roupas,
danças, instrumentos
musicais, animais,
plantas, frutos,
deformidades, doenças
ou partes do corpo.
São principalmente
originárias do
quimbundo, língua
pertencente ao grupo
banto. São palavras de
origem banta:
bagunça, banzé,
batucar, beleléu,
berimbau, biboca,
bunda, cachaça,
cachimbo, caçula,
cafofo, cafuné,
calango, camundongo,
candomblé, canga,
cangaço, capanga,
capenga, carimbo,
catinga, chimpanzé,
cochilar, dendê,
fungar, fuzuê,
gangorra, jiló,
macumba, mandinga,
marimbondo, maxixe,
minhoca, moleque,
moqueca, mucama,
quiabo, quilombo,
senzala, sunga, tanga,
titica, zabumba, entre
outras.
Muitos autores
afirmam que a maior
contribuição deixada
pelas línguas africanas
não está no
vocabulário, mas sim
no modo de falar do
brasileiro, ou seja, na
oralidade. Exemplos
disso são as
simplificações e
reduções das flexões:
"eles já chegaro" (eles
já chegaram), "eles
gosta" (eles gostam).
Além disso, como no
banto e no ioruba as
palavras nunca
terminam em
consoante, percebemos
que há em nossa
língua uma forte
inclinação em omitir a
última consoante ou
transformá-la em
vogal. É o caso de
"brincá" (brincar),
"festejá" (festejar) e
"Brasiu" (Brasil), por
exemplo. Como essas
línguas também não
têm encontro
consonantal, há uma
tendência de desfazer
esse encontro e
acrescentar uma nova
sílaba, como em "fulô"
(flor). Há ainda a
deglutinação e a
aglutinação de
fonemas, como
acontece com o "s"
determinante, que se
incorpora à vogal
seguinte produzindo
palavras como "zóios"
(os olhos).
O Brasil é assim,
possuidor de uma
diversidade étnica
fantástica proveniente
da miscigenação entre
colonos europeus e
povos indígenas e
africanos. A cultura
brasileira apresenta
fortes traços tanto da
cultura indígena
quanto da cultura
africana. Desde a
culinária até a língua
portuguesa, é
impossível não
perceber a influência
da cultura dos povos
que foram
escravizados no Brasil.
É a nossa herança
africana.
Os temas que envolvem
a situação e o papel do
negro na sociedade
brasileira vêm ganhando
espaço entre questões
importantes a serem
trabalhadas em prol de
uma sociedade mais
justa. Entretanto, nem
sempre foi assim.
Sabemos que o negro,
desde a sua retirada de
seu país de origem no
período colonial até os
dias de hoje, viveu
inúmeros problemas
sociais e conquistou
direitos em meio a
muitas lutas.
No dia 9 de janeiro de
2003, por meio de um
projeto de lei, foi
estabelecido o Dia
Nacional da
Consciência Negra. A
data escolhida para a
comemoração foi 20 de
novembro, em
homenagem a Zumbi
dos Palmares,
importante líder negro
de um dos quilombos
mais conhecidos na
história, o de Palmares.
Durante o período da
escravidão, os negros
sofreram abusos de seus
colonizadores.
Retirados de seus lares e
de seu país, foram
forçados a trabalhar
como escravos, seus
direitos como seres
humanos foram
desrespeitados, tiveram
a religião e a cultura
branca imposta. Após a
libertação da
escravidão, os negros,
que estavam
acostumados a trabalhos
braçais nas fazendas de
seus senhores, ficaram à
margem da sociedade
que se industrializava.
Desemprego e salários
inferiores foram apenas
alguns dos problemas
que enfrentaram e ainda
enfrentam os negros no
Brasil.
A luta também é contra
o preconceito e a
discriminação dos que
não reconhecem a
contribuição do negro
na cultura, na religião,
na gastronomia e etc, e
muitas vezes são
também contra o
preconceito do próprio
negro que não se
aceita como tal.
Diante dos problemas,
a partir do século XX,
cresceu o chamado
Movimento Negro,
formado por negros e
adeptos da sua causa.
Lutaram para que os
negros pudessem ter
emprego e salário
dignos, para que
fossem respeitados nas
ruas, enfim, para que
tivessem direitos,
como todos.
Atualmente, existem
leis contra a
discriminação e que
lhes proporcionam
novas oportunidades.
As cotas nas
universidades e a
inserção obrigatória
de disciplinas e
conteúdos de História
da África e cultura
afro-brasileira na
grade curricular das
escolas são duas destas
conquistas. Com as
cotas os negros podem
disputar entre eles
uma quantidade de
vagas especiais em
universidades.
Segundo os defensores
desta idéia, isso é
muito importante para
que o negro possa ter
hoje as chances no
mercado de trabalho
que não teve
anteriormente. As
matérias sobre
História da África e a
Cultura Afro-
brasileira, entre outros
aspectos,
conscientizam do
importante papel do
negro na formação da
cultura brasileira.
Outras questões como
a imposição da moda e
do padrão de beleza
branco nas novelas e
nas passarelas, por
exemplo, onde as
representações dos
negros aparecem de
forma estereotipada,
ainda fazem parte das
lutas dos negros.
Diante deste quadro, o
Dia da Consciência
Negra em especial é o
dia em que lembramos
o papel e a
contribuição do negro
na formação de nossa
sociedade. Somos um
país miscigenado, com
uma cultura rica que
aponta as diferenças,
não para que elas nos
separem, mas para
que reconheçamos
nelas os direitos do
outro. É fundamental
que este dia sirva para
que as pessoas de um
modo geral possam
rever seus conceitos,
reformular a imagem
que fazem uns dos
outros e com isso,
aprendam a respeitar-
se.
Nome: Albino Ba Ka
País: Moçambique
Mundo aos seus olhos: Ao chegar
ao Brasil quais as diferenças que você
percebeu entre a língua portuguesa brasileira e
a língua brasileira de seu país?
Albino: Muitas coisas eram diferentes quando cheguei. Algumas palavras que
lá eram inofensivas aqui tinham alguns significados diferentes, como pão
frânces em meu país era conhecido como cacete; e camisinha aqui, é conhecido
em meu país como durex; homossexual é paneleiro; adolescente é puto;
absorvente feminino é penso higiênico; salva vidas é conhecido como banheiro;
e fila é bicha.
Além de estas palavras terem diferentes significados, o sotaque aqui é bastante
diferente.
Mundo aos seus olhos: Quantas e quais línguas oficiais tem o seu
país, além da língua portuguesa?
Albino: Que eu saiba não são muitas em relação a outros países africanos, mas
em Moçambique há diversas línguas nacionais, todas de origem bantu, sendo
que as principais são: cicopi, cinyanja, cinyungwe, cisena, cisenga, cishona,
ciyao, echuwabo, ekoti, elomwe, gitonga, maconde, kimwani, macua, memane,
suaíli, suazi, xichangana, xironga, xitswa e zulu.
Educação______________________________
De acordo com o
Ministério da Educação
(MEC), a edição deste
ano do Exame Nacional
do Ensino Médio
(Enem) será realizada
nos dias 22 e 23 de
outubro. No próximo
ano, a avaliação está
marcada para os dias 5 e
6 de maio.
Com uma prova
marcada para o primeiro
semestre de 2012,
confirma-se a intenção
do MEC em aplicar
duas edições do Enem
por ano, assim os
candidatos terão mais
chances a uma vaga no
Ensino Superior, já que
há universidades que
têm dois vestibulares
por ano.
Em 2010, mais de 3
milhões de candidatos
participaram do exame.
A partir do resultado da
prova, os alunos
inscreveram-se no
Sistema de Seleção
Unificada (Sisu) e
pleitearam 83 mil vagas
em 83 instituições,
sendo 39 universidades
federais.
O resultado do exame
também continua sendo
pré-requisito aos
estudantes interessados
em uma bolsa do
Programa Universidade
para Todos (ProUni).
Gastronomia _________________________
A seção Gastronomia
apresenta hoje a
alternativa alemã ao
macarrão: Spätzle.
Spätzle são pequenas
porções de massa
preparada à base de
farinha, ovos e água.
O Spätzle é servido com
manteiga (como
mostrado aqui), molhos
espessos, creme de
avelãs ou como
ingrediente de uma
sopa. Também podem
ser fritos.
Acompanha bem carnes
de caça ou carne assada.
Estão presentes também
na culinária húngara,
onde recebem o nome
de Nokledi.
INGREDIENTES
(6 porções, como
entrada)
500 g de farinha de
trigo especial
2 ovos ligeiramente
batidos
Sal e pimenta-do-reino
moída na hora
20 ml de água
PREPARO
Peneire a farinha com 5
g de sal e duas voltas de
pimenta para a
superfície de trabalho.
Com os dedos, abra um
buraco no centro.
Despeje os ovos e
metade da água neste
buraco.
Misture os ovos com a
água e vá misturando a
farinha ao líquido.
Continue misturando até
obter uma massa macia
Se a massa estiver
muito seca, adicione
mais água. Se estiver
pegajosa, mais farinha.
Faça uma bola com a
massa pronta, coloque
em uma tigela, cubra
com um pano e deixe
descansar por 40
minutos. Depois deste
tempo, corte a massa
em 2 ou 3 pedaços.
Em uma mesa
enfarinhada, abra um
dos pedaços com a
base das mãos
(também enfarinhadas)
até uma espessura de 5
mm.
Corte ao meio a massa e
em seguida em tiras
transversais.
Em um caldeirão, ferva
um caldo caseiro (ou
água) e empurre os
Spätzle para dentro.
Cozinhe por 7 minutos
até incharem. A
consistência deve ser al
dente. Regue com
manteiga derretida ou
com o molho de sua
preferência. Sirva
acompanhando uma
carne assada.
Para fritar, se esta for
sua opção, aqueça uma
frigideira e coloque os
Spätzle juntamente com
a manteiga. Refogue por
8 minutos, até ficarem
dourados e ligeiramente
crocantes. Se desejar,
polvilhe os Spätzle com
ervas picadas, de sua
preferência.
Spätzle frito
Turismo _______________________________
Após 100 anos, Machu Picchu encanta
milhares de turistas No dia 7 de julho de
2011, o Peru
comemorou os 100 anos
do redescobrimento da
cidadela inca de Machu
Picchu por uma equipe
de exploradores liderada
pelo americano Hiram
Bingham. Patrimônio
mundial da UNESCO,
eleito uma das 7
maravilhas do mundo
moderno, este conjunto
arqueológico construído
por volta do ano 1.500
impressiona os milhares
de turistas que visitam o
local anualmente por
sua magnitude,
perfeição e localização
em meio a imponentes
montanhas com
vegetação abundante,
frutos da mistura entre a
Cordilheira dos Andes,
a 2.400 metros de
altura, e a floresta
amazônica.
Para chegar a Machu
Picchu, é preciso pegar
um voo até Lima,
capital do Peru. De
Lima, a Peruvian
Airlines tem três voos
diários para a cidade,
com preços a partir de
150 dólares (ida e
volta). O voo dura cerca
de uma hora, cruzando
do litoral peruano sobre
a Cordilheira, para
aterrissar em Cuzco, a
3.350 metros acima do
nível do mar, onde se
aconselha beber chá de
folha de coca para
prevenir ou apaziguar
os efeitos da altura.
A antiga capital do
império Inca, construída
no século 11 e
conquistada pelos
espanhóis, já vale a
viagem, com sua
arquitetura colonial
misturada a muros da
época inca, sua forte e
presente cultura
quechua e seu ambiente
cosmopolita. Grande
quantidade de turistas
do mundo inteiro
visitam a cidade durante
todo o ano, mas,
principalmente durante
a época seca, entre maio
e setembro, melhor
momento para conhecer
Cuzco e Machu Picchu.
Existem duas formas
principais de chegar até
a "cidadela perdida".
Para ambas, é preciso
pegar um táxi ou ônibus
até Poroy, a meia hora
de Cuzco. De Poroy,
saem trens que custam
cerca de 100 dólares ida
e volta numa duração de
4 horas. Em
Ollantaytambo, descem
os que fazem o Camino
del Inca, que dura
quatro dias a pé por um
antigo caminho
construído para ligar
Cuzco a Machu Picchu,
passando por belezas
naturais e vestígios da
arquitetura inca. Outra
opção é ir até Aguas
Calientes para os que
preferem o trajeto de
ônibus de meia hora da
cidade até o topo da
montanha onde está
Machu Picchu. O
ônibus de Aguas
Calientes até a entrada
do parque custa 16
dólares ida e volta, e a
entrada do parque, que
pode ser comprada pela
internet ou na praça
principal de
Aguascalientes, custa
45 dólares. Algumas
pessoas fazem o passeio
no mesmo dia, saindo
cedo de Cuzco, e outras
dormem em Aguas
Calientes e acordam
cedo para chegar até
Machu Picchu e seus
arredores com mais
tempo, já que são
necessárias várias horas
para visitar a cidadela
por inteiro.
Com cerca de 9
hectares, Machu Picchu
está dividida em dois
grandes setores: a zona
agrícola, com grandes
plataformas que descem
pelas montanhas e onde
eram cultivados
diversos alimentos, e a
zona urbana, com
praças, templos, lugares
de ritual, depósitos e
moradias. Tudo
construído de maneira
perfeita, como
maravilhas da
arquitetura e da
engenharia
absolutamente
impressionantes -
especialmente para uma
obra da época.
Os mais corajosos
fazem fila desde as 3 da
manhã para ser uma das
200 pessoas por dia que
têm o privilégio de
assistir ao amanhecer
desde o Huayna Picchu,
montanha de 2.260 com
construções incas em
seu topo e uma vista de
tirar o fôlego sobre
Machu Picchu.
Machu Picchu custa
esforço, dólares e soles
peruanos (um dólar
equivale a cerca de 2,75
soles, porém a moeda
americana é aceita na
maioria dos
estabelecimentos), mas
isso é esquecido já no
primeiro olhar sobre a
cidadela perdida com a
montanha de Huayna
Picchu ao fundo. Afinal,
semelhante maravilha
merece um pouco de
esforço, e o turismo
massivo colocaria em
risco estas ruínas
históricas e a natureza,
com plantas e animais
como pássaros,
chinchilas e lhamas que
fazem de Machu Picchu
um lugar ainda mais
único
Mundo _________________________________
O superávit por conta corrente do Japão caiu 51,7% em maio, na comparação
anual, a 590,700 bilhões de ienes (5,140 bilhões de euros), como efeito dos prejuízos
trazidos pelo terremoto de 11 de março na balança comercial do país, anunciou
nesta sexta-feira o ministério das Finanças.
As exportações reduziram 9,8%, afetadas pela queda da produção dos setores
automobilístico e eletrônico, enquanto que as importações cresceram 14,7%,
principalmente devido à alta dos preços do petróleo e à necessidade de fontes de
energia para compensar a parada de vários reatores nucleares.
A catástrofe prejudicou ou destruiu várias fábricas, principalmente as
fornecedoras da indústria automobilística e fabricantes de semicondutores,
reduzindo fortemente a produção e o envio ao estrangeiro de veículos e produtos
eletrônicos.
A redução das exportações foi, contudo, menos evidente que em abril, devido à
recuperação progressiva dos circuitos de fornecimento dos setores afetados.
A balança comercial da terceira economia mundial registra numerosos prejuízos e
um déficit de 773 bilhões de ienes.
Globalmente, no entanto, as contas correntes produziram superávit graças aos
ingressos (1,4 trilhão de ienes, em alta de 57% em um ano), como reflexo dos
rendimentos dos investimentos japoneses no exterior.
Especial
10
PERGUNTAS PARA
VOCÊ CONFERIR
SE ESTÁ LIGADO
NO MUNDO
1 Qual será a maior cidade do
mundo em 2020?
A Cidade do México
B Mumbai
C Tóquio
2 O primeiro país a conceder o
direito universal às mulheres foi:
A Estados Unidos
B Nova Zelândia
C Finlândia
3 Qual a idade do universo
conhecido?
A 6 000 anos
B 4,5 milhões de anos
C 13,7 bilhões de anos
4 Qual é a principal causa de
morte entre os brasileiros hoje?
A Doenças infecciosas
B Doenças do sistema circulatório
C Câncer
Música ________________________________
YOUSSOU N’DOUR
(Senegal)
Em 2007, eu e o
repórter de imagem Joõ
Fontes tivemos o prazer
de entrevistar Youssou
N’Dour durante o
Festival de Santa Maria,
em Cabo Verde. Sempre
que canta, em qualquer
ponto do Mundo,
N’Dour arrasta consigo
uma enorme multidão
de fãs senegaleses. É
um homem
extraordinário, idealista,
que pretende ver África
a crescer mantendo a
sua identidade. N´Dour
é talvez o mais famoso
dos cantores africanos.
O seu maior êxito é a
faixa ―7 seconds‖ com
Neneh Cherry, mas há
muito mais. Com a sua
banda Super Etoile, de
Dacar, mudou a face da
música senegalesa com
uma música energética
chamada mbalax, que se
espalhou rapidamente
pela África Ocidental.
Tornou-se num ícone
africano, entrando em
campanhas contra a
SIDA e discursando
contra a corrupção e os
genocídios. Os seus
álbuns mais conhecidos
são Immigrés e Egypt.
CESÁRIA ÉVORA
(Cabo Verde)
A diva da morna,
vencedora de um
Grammy, saiu do porto
do Mindelo, na ilha de
São Vicente, para
conquistar o Mundo.
Possuí uma das vozes
mais poderosas e
sedutoras do continente,
ajudada pela doçura da
morna, uma derivação
do fado, cantada em
crioulo cabo-verdiano.
Mesmo sendo uma
cantora folk, faz-se
acompanhar de
guitarras, acordeão,
violino, cavaquinho e
clarinete. As letras
falam geralmente de
saudade, solidão, amor
e escravatura.
TOUMANI DIABATE
(Mali)
É o mais conhecido
entre os intérpretes de
kora, o instrumento
tradicional do Mali. Já
lançou álbuns com
outros nomes sonantes
da música africana
como Ballake Sissoko e
Ali Farke Touré, com a
lenda dos blues Taj
Mahal e os espanhóis
Ketama. Mistura vários
estilos musicais com a
sua sonoridade
tradicional do Mali.
Toca com a sua banda
Symmetric Orchestra.
MAHMOUD AHMED
(Etiópia)
Pouco conhecido fora
do seu país, Ahmed
nasceu no bairro de
Mercato, em Addis
Ababa e passou a
juventude a ouvir a
música do famoso
cantor etíope Tlahoun
Gessesse. Conseguiu
trabalho no Arizona
Club, um dos poucos
espaços culturais
permitidos pelo
imperador Haile
Selassie, que se tornou
num refúgio para a
Imperial Body Guard
Band, grupo com que
começou a tocar antes
de se lançar a solo.
AMADOU AND
MARIAM (Mali)
O sucesso começou
cedo para este talentoso
casal do Mali, vencedor
de um Grammy, que se
conheceu em 1977 no
Instituto para cegos em
Bamako, capital do
Mali. Depois de se
mudarem para Abidjan,
Costa do Marfim, em
1986, gravaram uma
série de cassetes que os
tornaram estrelas na sua
terra natal. Quando se
mudaram para Paris no
final dos anos 90
conheceram Manu
Chao, que produziu o
seu álbum mais famoso:
Dimanche á Bamako.
LES BALLETS
AFRICAINS (Guiné)
O coreógrafo guineense
Keita Fodeba formou a
companhia de bailado
em Paris em 1952.
Deram a volta ao
mundo a atuar até a
independência da Guiné
em 1958. Com o
regresso ao seu país, a
companhia tornou-se
num tesouro nacional. A
companhia tenta passar
para os palcos a cultura
africana e construir
relações com outros
países. A sua música é
feita de percussões,
flautas e castanholas
guineenses e elaboram
guarda-roupa,
coreografias e guiões.
SALIF KEITA (Mali)
Um dos fundadores do
afro-po, Keita nasceu no
Mali em 1949 numa
família nobre. Nasceu
albino, o que levou a
sua mãe a escondê-lo
com medo de
represálias por parte de
vizinhos supersticiosos.
Tornou-se músico
contra a vontade da
família, por isso, deixo
Bamako com apenas 18
anos. Tocou com as
bandas Rail Band e Les
Ambassadeurs antes de
se tornar artista a solo.
O seu maior clássico é
Amen.
KHALED (Argélia)
O melhor cantor
argelino de rai de todos
os tempos e um dos
poucos artistas do
magreb que obteve
protagonismo global,
particularmente em
França, o seu país
adoptivo, onde os
singles Aicha e Didi
lideraram os tops de
vendas. Khaled Hadj
Brahim in Sidi-El-Houri
nasceu em 1960 e
deixou a escola aos 16
anos para gravar o seu
primeiro single. Com
influências provenientes
da música árabe,
espanhola e francesa,
bem como de Beatles e
de James Brown, o seu
som tipificou a corrente
rai na Argélia. Os seus
álbuns mais mediáticos
são Kenza, Sahra e Ya-
Ravi.
YOUSSOU N’DOUR LES BALLETS AFRICAINS
Crônica_______________________________
Tudo o que o Mafra
dizia, o Dubin
duvidava. Eram
inseparáveis, mas
viviam brigando.
Porque o Mafra contava
histórias fantásticas e o
Dubin sempre fazia
aquela cara de conta
outra.
— Uma vez...
— Lá vem história.
— Eu nem comecei e
você já está duvidando?
— Duvidando, não. Não
acredito mesmo.
— Mas eu nem contei
ainda!
— Então conta.
— Uma vez eu fui a um
baile só de pernetas e...
— Eu não disse? Eu não
disse?
O Mafra às vezes fazia
questão de provar as
suas histórias para o
Dubin.
— Dubin, eu sou ou não
sou pai-de-santo
honorário?
O Dubin relutava, mas
confirmava.
— É.
Mas em seguida
arrematava:
— Também, aquele
terreiro está aceitando
até turista argentino...
Então veio o caso do
apito. Um dia, numa
roda, assim no mais , o
Mafra revelou:
— Tenho um apito de
chamar mulher.
— O quê?
— Um apito de chamar
mulher.
Ninguém acreditou. O
Dubin chegou a bater
com a cabeça na mesa,
gemendo:
— Ai meu Deus! Ai
meu Deus!
— Não quer acreditar,
não acredita. Mas tenho.
— Então mostra.
— Não está aqui. E aqui
não precisa apito. É só
dizer "vem cá".
O Dubin gesticulava
para o céu, apelando por
justiça.
— Um apito de chamar
mulher! Só faltava essa!
Mas aconteceu o
seguinte: Mafra e Dubin
foram juntos numa
viagem (Mafra queria
provar ao Dubin que
tinha mesmo terras na
Amazônia, uma ilha que
mudava de lugar
conforme as cheias) e o
avião caiu em plena
selva. Ninguém se
pisou, todos
sobreviveram e depois
de uma semana a frutas
e água foram salvos
pela FAB. Na volta,
cercados pelos amigos,
Mafra e Dubin
contaram sua aventura.
E Mafra, triunfante,
pediu para Dubin:
— Agora conta do meu
apito.
— Conta você — disse
Dubin, contrafeito.
— O apito existia ou
não existia?
— Existia.
— Conta, conta —
pediram os outros.
— Foi no quarto ou
quinto dia. Já sabíamos
que ninguém morreria.
A FAB já tinha nos
localizado. O
salvamento era só uma
questão de tempo.
Então, naquela
descontração geral, tirei
o meu apito do bolso.
— O tal de chamar
mulher?
— Exato. Estou
mentindo, Dubinzinho?
— Não — murmurou
Dubinzinho.
— Soprei o apito e
pimba.
— Apareceram
mulheres?
— Coisa de dez
minutos. Três mulheres.
Todos se viraram para o
Dubin incrédulos.
— É verdade?
— É — concedeu
Dubin.
Fez-se um silêncio de
puro espanto. No fim do
qual Dubin falou outra
vez:
— Mas também, era
cada bucho!
A crônica acima foi extraída do livro "Outras do analista de Bagé", L & PM Editores -
Porto Alegre, 1982, pág. 15.