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Copyright © 1997, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 240-8249/532-2143 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Construção de poços de monitoramento e amostragem NBR 13895 JUN 1997 SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Documentos complementares 3 Definições 4 Condições gerais 5 Condições específicas ANEXO A - Procedimentos de amostragem e preserva- ção para monitoramento ANEXO B - Exemplos de substâncias, separadas em grupos e dispostas por ordem de coleta 1 Objetivo Esta Norma fixa as condições exigíveis para construção de poços de monitoramento de aqüífero freático e dados mínimos para apresentação de projetos de redes de moni- toramento. 2 Documentos complementares Na aplicação desta Norma é necessário consultar: Guia Técnico de Coleta de Amostras de Água (Souza e Derisio - CETESB, 1977) NBR 10004 - Resíduos sólidos - Classificação NBR 10157 - Aterros de resíduos perigosos - Crité- rios para projeto, construção e operação - Procedi- mento Physical/Chemical Methods (SW.846, 2ª edição, 1982) 21 páginas Palavra-chave: Poço de monitoramento Procedimento Origem: Projeto 01:603.06-003/1993 CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente CE-01:603-06 - Comissão de Estudo de Tratamento de Resíduos Sólidos Industriais NBR 13895 - Monitoring wells and sampling - Procedure Descriptor: Monitoring wells Válida a partir de 30.07.1997 3 Definições Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini- dos em 3 1 e 3.2 e na NBR 10004. 3.1 Faciologia hidrogeológica Termo utilizado para indicar variações localizadas na estrutura litoestratigráfica ou na composição hidro- química, de uma determinada porção em relação ao glo- bal de um aqüífero. 3.2 Fluxo de escoamento Termo utilizado para designar o movimento de percolação da água subterrânea, através dos espaços intergranu- lares das rochas sedimentares e dos espaços fissurados e fraturados das rochas cristalinas, em função do estabelecimento de um dado gradiente hidráulico ou pie- zométrico. 4 Condições gerais 4.1 Determinação do sentido do fluxo Para a determinação do sentido do fluxo podem ser uti- lizados, entre outros, os seguintes métodos: a) traçadores radioativos;

NBR 13895 (Jun 1997) - Construção de poços de monitoramento e amostragem

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  • Copyright 1997,ABNTAssociao Brasileirade Normas TcnicasPrinted in Brazil/Impresso no BrasilTodos os direitos reservados

    Sede:Rio de JaneiroAv. Treze de Maio, 13 - 28 andarCEP 20003-900 - Caixa Postal 1680Rio de Janeiro - RJTel.: PABX (021) 210-3122Fax: (021) 240-8249/532-2143Endereo Telegrfico:NORMATCNICA

    ABNT-AssociaoBrasileira deNormas Tcnicas

    Construo de poos demonitoramento e amostragem

    NBR 13895JUN 1997

    SUMRIO1 Objetivo2 Documentos complementares3 Definies4 Condies gerais5 Condies especficasANEXO A - Procedimentos de amostragem e preserva-o para monitoramentoANEXO B - Exemplos de substncias, separadas emgrupos e dispostas por ordem de coleta

    1 ObjetivoEsta Norma fixa as condies exigveis para construode poos de monitoramento de aqfero fretico e dadosmnimos para apresentao de projetos de redes de moni-toramento.

    2 Documentos complementares

    Na aplicao desta Norma necessrio consultar:

    Guia Tcnico de Coleta de Amostras de gua (Souzae Derisio - CETESB, 1977)NBR 10004 - Resduos slidos - Classificao

    NBR 10157 - Aterros de resduos perigosos - Crit-rios para projeto, construo e operao - Procedi-mento

    Physical/Chemical Methods (SW.846, 2 edio,1982)

    21 pginasPalavra-chave: Poo de monitoramento

    ProcedimentoOrigem: Projeto 01:603.06-003/1993CEET - Comisso de Estudo Especial Temporria de Meio AmbienteCE-01:603-06 - Comisso de Estudo de Tratamento de Resduos SlidosIndustriaisNBR 13895 - Monitoring wells and sampling - ProcedureDescriptor: Monitoring wellsVlida a partir de 30.07.1997

    3 Definies

    Os termos tcnicos utilizados nesta Norma esto defini-dos em 3 1 e 3.2 e na NBR 10004.

    3.1 Faciologia hidrogeolgica

    Termo utilizado para indicar variaes localizadas naestrutura litoestratigrfica ou na composio hidro-qumica, de uma determinada poro em relao ao glo-bal de um aqfero.

    3.2 Fluxo de escoamento

    Termo utilizado para designar o movimento de percolaoda gua subterrnea, atravs dos espaos intergranu-lares das rochas sedimentares e dos espaos fissuradose fraturados das rochas cristalinas, em funo doestabelecimento de um dado gradiente hidrulico ou pie-zomtrico.

    4 Condies gerais

    4.1 Determinao do sentido do fluxo

    Para a determinao do sentido do fluxo podem ser uti-lizados, entre outros, os seguintes mtodos:

    a) traadores radioativos;

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    b) gradiente hidrulico, atravs de piezmetros;

    c) mtodos geofsicos.

    Nota: Em reas com o solo suspeito de contaminao e/ou coma existncia de mais de um aqfero, um dos quais sus-peito de contaminao, as perfuraes devem ser con-duzidas de maneira a evitar a contaminao do(s) aq-fero(s) no comprometidos.

    4.2 Apresentao de projeto de poos de monitoramento

    Para apresentao de projeto devem ser fornecidos aoOCA - rgo de Controle Ambiental - os elementos des-critos em 4.2.1 a 4.2.6.

    4.2.1 Descrio da geologia local

    Deve ser includa uma descrio objetiva dos seguintesitens:

    a) distribuio litolgica;

    b) caractersticas sedimentolgicas estratigrficas;

    c) caractersticas estruturais.

    4.2.2 Aspectos hidrogeolgicos

    Devem ser abordados os seguintes itens:

    a) faciologia hidrogeolgica;

    b) espessura do(s) aqfero(s), em especial dofretico;

    c) estimativa da velocidade do fluxo;

    d) apreciao da rede de fluxo e sentido de escoa-mento.

    4.2.3 Mapa piezomtrico

    Indicar em planta topogrfica, em escala adequada, coma incluso da instalao a ser monitorada, as cotas donvel de gua do aqfero superior com referncia a umdatum especificado.

    4.2.4 Localizao dos poos

    Localizar em planta topogrfica, em escala apropriada,que inclua a instalao a ser monitorada, os pontos ondedevem ser implantados os poos. Na planta deve haverpelo menos uma referncia de coordenadas cartesianase locao de pelo menos trs pontos que sirvam comoreferncia para a transposio em mapas oficiais.

    4.2.5 Memorial descritivo

    Deve ser apresentado um memorial descritivo nos termosdesta Norma.

    4.2.6 Parmetros a serem analisados na gua

    Indicar quais e em que freqncia devem ser analisadosos parmetros de qualidade de gua e indicadores decontaminao pertinentes ao caso. Cada amostragemdeve ser complementada com a determinao do nvelde gua.

    4.3 Poo de montante

    A rede de monitoramento deve possuir um ou mais pooslocalizados a montante da instalao a ser monitorada(por exemplo, aterro conforme a NBR 10157), a fim deque possa ser avaliada a qualidade original da guasubterrnea. Deve(m) ser distanciado(s) de tal forma aevitar a sua prpria contaminao por uma eventual di-fuso remontante (ver Figura 1).

    4.4 Poos a jusante

    Devem ser instalados pelo menos trs poos, no ali-nhados, a jusante da instalao, para avaliar possvel in-terferncia desta na qualidade original da gua subter-rnea local.

    Notas: a) No caso de dvidas quanto direo e ao sentido do escoamento, um nmero maior de poos deve ser instalado.

    b) Os poos a jusante so posicionados transversalmen-te ao fluxo subterrneo, distribuindo-se ao longo dalargura da possvel pluma.

    c) Os poos a jusante devem ser distribudos prximosa rea de disposio para que a pluma possa seridentificada o mais breve possvel.

    4.5 Construo dos poos de monitoramento

    4.5.1 Perfurao

    O dimetro de perfurao deve ser no mnimo de200 mm. Deve ser evitada a utilizao de fluidos de perfu-rao. No caso de sua necessidade, os mesmos nodevem interferir na qualidade da gua a ser monitorada.Durante o processo de perfurao importante observaras variaes do nvel de gua, bem como o acompa-nhamento e a descrio das amostras do material geo-lgico seccionado.

    4.5.1.1 Superviso

    A perfurao de poos deve ser supervisionada por pro-fissional legalmente habilitado.

    4.5.1.2 Equipamentos

    Devem ser utilizados equipamentos adequados aoestado de agregao da rocha existente.

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    a) Em seo

    b) Em planta

    Figura 1 - Disposio dos poos de monitoramento

  • a4 NBR 13895/1997

    4.5.2 Apresentao do relatrio da construo dos poosde monitoramento

    Aps o trmino da construo, deve ser apresentado umrelatrio contendo os seguintes elementos para cadapoo:

    a) data de concluso da construo;

    b) mtodo de perfurao utilizado e tipo de fluido deperfurao, se utilizado;

    c) localizao real dos poos, em planta topogrficae coordenadas cartesianas;

    d) cotas do terreno, no local do poo, antes de serexecutado, e da boca de revestimento interno;

    e) dimetro da perfurao e dimetro interno do re-vestimento;

    f) profundidade total do poo;

    g) descrio do perfil geolgico;

    h) materiais utilizados no revestimento, filtro, pr-filtro, junes, selo e preenchimento;

    i) dimenses e distribuio das ranhuras ou furos;

    j) no caso de se usar tela, especificar o tipo de ma-terial e abertura de malha;

    l) volume do pr-filtro utilizado;

    m) volume do selo utilizado;

    n) mtodo de colocao do selo;

    o) procedimento utilizado para o desenvolvimentodo poo.

    Nota: Deve ser fixada placa metlica (conforme a Figura 2) naparte interna da caixa de proteo.

    10 cm

    COTA DO TERRENO

    COTA DO REVESTIMENTO 5 cm

    DATA

    Figura 2 - Placa de identificao do poo

    4.5.3 Preparao do poo de monitoramento

    Aps o trmino da construo, o poo deve ser esgotadotantas vezes quantas forem necessrias, at que seobtenha gua com turbidez menor ou igual a 5 N.T.U.Caso seja possvel, proceder a uma anlise das ca-ractersticas dos slidos em suspenso.

    5 Condies especficas

    5.1 Componentes dos poos de monitoramento

    Os poos de monitoramento, conforme mostra a Fi-gura 3, so constitudos basicamente dos seguinteselementos:

    a) revestimento interno;b) filtro;c) pr-filtro;d) proteo sanitria;e) tampo;f) caixa de proteo;g) selo;h) preenchimento;i) guias centralizadoras.

    5.1.1 Revestimento interno

    Constitudo de tubos de ao inoxidvel, ferro fundido ouplstico, encaixados no interior de perfurao, com afuno de revestir a parede da mesma.

    Notas: a) A escolha do material deve ser feita em funo dascaractersticas do poluente a ser amostrado. Nospoos de monitoramento, so utilizados com maisfreqncia revestimentos de tubo de PVC rgido marrom(JS Classe 12), devido sua praticidade, baixo custo,resistncia e baixa reatividade. O dimetro deve serno mnimo de DN 100, suficiente para introduo doamostrador e para a medio do nvel da gua.

    b) Nos casos de amostragem por bombeamento, odimetro pode ser inferior.

    5.1.2 Filtro

    Tem a propriedade de permitir a entrada da gua e deimpedir a penetrao de algumas impurezas plsticasdo poo.

    5.1.2.1 Existem vrios tipos de filtro, o mais comum o dotipo ranhurado. Consiste em tubo com ranhuras vazadas,distribudas como mostra a Figura 4-a). A largura daranhura deve ser de 2 mm a 3 mm.

    Notas: a)Recomenda-se a execuo de ranhuras com com-primento um pouco menor do que a metade da circun-ferncia da seo transversal.

    b)A distncia entre as ranhuras pode ser de aproxima-damente 1 cm.

    5.1.2.2 O filtro normalmente construdo de PVC, entre-tanto, dependendo das substncias existentes nas guassubterrneas, pode ser substitudo por outro material (verFigura 4-b)).

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    Figura 3-a)

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    Figura 3-b)

    Figura 3 - Perfil esquemtico do poo de monitoramento

  • NBR 13895/1997 7

    Figura 4-a) - Filtros para tubos de PVC tipo ranhurado

    Figura 4-b) - Filtro de ao ranhurado

    Figura 4 - Tipos de filtro

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    5.1.2.3 Dependendo do tipo de solo local, o filtro pode teruma melhor eficincia quando envolvido por uma mantageotxtil ou por uma tela de nilon, a fim de evitar o en-tupimento das ranhuras.

    5.1.2.4 Os filtros dos poos podem ocupar a extenso dazona saturada, tanto nos poos a jusante como nos amontante. O comprimento do filtro depende de vrios fa-tores, basicamente:

    a) espessura saturada;

    b) geologia;

    c) gradiente hidrulico;

    d) propriedades fsico-qumicas e concentrao dopoluente.

    5.1.3 Pr-filtro

    Ocupa o espao anular, entre o filtro e a parede de perfu-rao. constitudo de areia lavada de gros quartzososou pedriscos de quartzo (inertes e resistentes).

    5.1.3.1 Deve ser cuidadosamente disposto, com os grosbem assentados, minimizando a formao de espaosvazios.

    5.1.3.2 A granulometria adequada para o pr-filtro deveser correspondente a um dimetro maior do que a aber-tura do filtro.

    5.1.4 Proteo sanitria

    Tem a funo de evitar que a gua superficial contamineo poo atravs da infiltrao pelo espao anular. o con-junto formado pelo selo sanitrio (argamassa de cimentoda extremidade superior do espao anular com apro-ximadamente 30 cm) e pela laje de proteo (piso de ci-mento, construdo com pequeno declive, ao redor da bocado poo).

    5.1.5 Tampo

    A extremidade superior do tubo (boca do poo) deve serprotegida contra a penetrao de substncias indese-jveis, que podem alterar os resultados de anlise. ne-cessrio instalar tampo removvel e com chave. Na ex-tremidade inferior do tubo, um tampo fixo de prefernciarosqueado tem a funo de evitar a entrada do materialslido dentro do poo.

    Nota: A variao do nvel de gua pode causar uma variao depresso dentro do tubo de revestimento, dificultando a re-tirada do tampo superior. Este problema pode ser evitadocom um pequeno orifcio (respiro) no tampo.

    5.1.6 Caixa de proteo

    O tubo de revestimento sobressai ao nvel do terrenoaproximadamente 0,2 m para evitar a penetrao de gua

    superficial e de elementos estranhos no poo. A caixa deproteo de alvenaria ou tubo de ao deve ter dimensesapenas suficientes para envolver a parte saliente do tubode revestimento (ver Figuras 3-a) e 3-b)). Uma tampa naparte superior permite o acesso ao poo. Essa tampapode manter-se fechada a chave para melhor proteodo poo.

    Nota: O poo deve ser identificado de forma indelvel, perma-nente e de fcil visualizao em sua tampa ou laje deproteo sanitria.

    5.1.7 Selo

    Obturador com a funo de vedar o espao anular emtorno do tubo de revestimento, acima do limite mximode variao do nvel do aqfero, evitando a contaminaodo poo por lquidos percolados pelo espao anular.Serve tambm para delimitar camada de interesse dentroda zona saturada. O material vedante (bentonita, cimento)deve obstruir uma pequena parte do espao anular, osuficiente para impedir a passagem de gua de um nvelpara outro.

    5.1.8 Preenchimento

    O espao anular entre a parede de perfurao e a su-perfcie externa do tubo de revestimento deve ser pre-enchido por material impermevel (argila, solo da esca-vao), em toda a extenso no saturada (acima do nvelda gua), a fim de fixar o tubo de revestimento e dificultara penetrao de lquidos provenientes da superfcie.

    5.1.9 Guias dos filtros (centralizadora)

    Dispositivos salientes, distribudos ao longo do tubo derevestimento, fixados por seu lado externo (ver Fi-gura 3-a)). Tem a funo de mant-lo centrado em relaoao eixo do poo.

    5.2 Extenso dos filtros

    5.2.1 Filtro longo

    A instalao de filtros longos (mais de 3 m de comprimen-to) s aconselhvel quando a litologia relativamentesimples, a pluma possui uma distribuio vertical homo-gnea ou a vazo do aqfero baixa.

    Notas: a) O filtro longo, durante a amostragem, pode contribuirpara a diluio da concentrao da pluma.

    b) Em situaes em que a vazo do aqfero extre-mamente pequena, o filtro longo permite agilizar a recu-perao do nvel de gua aps o esvaziamento para acoleta de amostras.

    5.2.2 Filtro curto

    indicado em casos de se deparar com:

    a) geologia complexa;

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    b) necessidade de caracterizao mais precisa dapluma;

    c) poluente que ocupe nvel preferencial dentro dazona saturada.

    5.3 Sistemas para avaliao das concentraes emdiversos nveis

    5.3.1 Uma bateria de poos (ver Figura 5-a)) utilizadapara monitoramento puntiforme nos locais de zona satu-rada espessa. A bateria de poos constitui-se de um grupode poos locados bem prximos uns aos outros, no ali-

    nhados, com profundidades variveis e com filtros curtos(1 m a 3 m), dispostos em profundidades distintas. Essespoos so dimensionados para, em conjunto, intercep-tarem o fluxo subterrneo em toda extenso ou em seg-mentos apropriados do aqfero fretico.

    5.3.2 Um multinvel utilizado para possibilitar a amos-tragem em vrios nveis, dentro da zona saturada (ver Fi-gura 5-b)). O multinvel consiste em tubos de compri-mentos variveis, munidos de filtros curtos, introduzidosem uma perfurao (exemplo: trs tubos de DN 50), com-plementados com pr-filtro e selo, delimitando o campode ao de cada filtro.

    Figura 5-a) - Bateria de poos

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    Figura 5-b) - Poos tipo multinvel

    Figura 5 - Tipos de poos para monitoramento em nveis distintos

    5.4 Amostragem

    Antes de iniciar a coleta de amostras, o poo deve ser es-gotado pelo menos uma vez, aguardando-se a recupera-o do nvel esttico.

    5.4.1 Aspectos de um plano de amostragem

    Um plano para amostragem de gua subterrnea develevar em conta mltiplos aspectos, tais como:

    a) tipo do resultado de anlise, se pontual ou mdia;b) tipo do poo (por exemplo: um poo de filtro longo

    deve fornecer resultado mdio a no ser que seusem amostradores especiais);

    c) tcnicas de coleta;d) tcnicas de preservao e acondicionamento de

    amostras;

    e) mtodos de anlise;f) procedimentos de encaminhamento de amostras.

    5.4.2 Problemas nas amostragens

    Os problemas mais comuns nas amostragens so osseguintes:

    a) o responsvel no prepara um plano ou simples-mente no tem plano definido;

    b) o plano contm poucas informaes ou contminformaes pouco relevantes para orientar o tcni-co que deve executar as coletas de amostras;

    c) as instrues do plano no so seguidas ou sim-plesmente se desconhece a existncia de um pla-no;

    d) empregam-se tcnicas inadequadas de esgota-mento do poo;

    e) adotam-se equipamentos de coleta inadequados,que podem comprometer a qualidade da gua dopoo ou acarretar perda de compostos volteis;

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    f) nos laboratrios, no se utiliza branco de campo,reagente padronizado ou diluio padro paraidentificar alteraes nas amostras, aps a coleta;

    Nota: Recomenda-se a utilizao de um branco de cam-po por amostragem para cada tipo de frasco.

    g) no se faz a limpeza apropriada do equipamentode amostragem;

    h) os equipamentos de amostragem (corda, balde etubos) so colocados no solo, podendo conta-minar-se antes do uso;

    i) os dados de campo no so registrados devida-mente (por exemplo: nvel de gua, temperatura);

    j) o procedimento para encaminhamento de amos-tras ao laboratrio no seguido devidamente;

    l) pouca ateno dispensada quando se anotamerros e anomalias;

    m)adotam-se protocolos de garantia de qualidadeou de controle de qualidade inadequados (campoe/ou laboratrio).

    5.4.3 Informaes bsicas

    O plano de amostragem deve incluir as seguintes infor-maes bsicas:

    a) planejamento da seqncia de amostragem;b) coleta de amostras;c) preservao e manuseio de amostras;d) procedimento de encaminhamento das amostras;e) procedimento analtico;f) controle de qualidade no campo e no laboratrio.

    5.4.4 Planejamento da seqncia de amostragem

    Deve ser estabelecida uma seqncia de amostragempara se evitar a contaminao dos poos e, tambm, re-sultados de anlises errneas pela contaminao cru-zada.

    Nota: Em uma campanha de amostragem para determinaode concentrao de componentes orgnicos, onde nose tem informao prvia dos nveis de contaminaodos poos, deve-se utilizar um conjunto amostrador paracada poo. Nos casos em que essa informao seja dis-ponvel, a seqncia de coleta deve ser do poo de menorpara o de maior contaminao.

    5.4.5 Coleta de amostras

    5.4.5.1 Medida do nvel esttico

    O plano de amostragem deve prever a medio do nvelesttico de cada poo antes de cada operao de esgo-tamento.

    Notas: a)Os dados do nvel de gua coletados de forma sis-temtica so importantes para determinar se os fluxoshorizontal e vertical sofreram alteraes desde a ca-racterizao inicial do aqfero.

    b)O plano deve especificar o tipo de instrumento e ametodologia para medio do nvel.

    5.4.5.1.1 O tcnico de campo deve medir a profundidadeda gua no poo para calcular o volume de gua es-tagnada e verificar as condies do filtro do poo (iden-tificar problemas de turvao).

    Nota: A medida deve ser tomada com erro menor que 0,3 cm.

    5.4.5.1.2 Cada poo deve ter um datum facilmente iden-tificvel com referncia ao datum oficial mais prximo.

    5.4.5.1.3 Em reas remotas, pode-se estabelecer um pi-quete provisrio para facilitar a reamostragem.

    5.4.5.1.4 O equipamento utilizado para medio de nveldeve ser suficientemente sensvel, podendo ser uma trenade ao; recomenda-se um equipamento eletrnico.

    Notas: a) Deve-se tomar cuidado para que o equipamento nocontamine a amostra da gua.

    b) O equipamento de medio de nvel deve serconstrudo de material inerte para facilitar a limpeza.

    5.4.5.2 Deteco de camadas imiscveis

    O plano de amostragem deve prover um esquema paradeterminar contaminantes imiscveis (sobrenadantes edepositantes). Os compostos sobrenadantes normal-mente so lquidos orgnicos insolveis, menos densosdo que a gua, e os compostos depositantes so lquidosinsolveis, mais densos do que a gua.

    5.4.5.2.1 A determinao das camadas imiscveis deveser feita com equipamentos especializados antes do pooser esgotado para amostragem convencional.

    5.4.5.2.2 O plano deve especificar o tipo de equipamentopara se detectar a fase mais leve e a fase mais densa.

    5.4.5.2.3 O procedimento para deteco de camadasimiscveis deve compreender as seguintes etapas:

    a) remover a tampa do poo de monitoramento;

    b) amostrar o ar do poo para verificar a existnciade volteis;

    c) determinar o nvel esttico da camada de cima,empregando um manmetro (outro tipo de equi-pamento pode ser utilizado);

    d) colocar um sensor no poo para detectar a exis-tncia de camada imiscvel.

    5.4.5.2.4 O monitoramento do ar acima de superfcie livreda camada mais leve importante para julgar se existerisco de exploso ou fogo.

    5.4.5.2.5 Um manmetro, sonda acstica ou apito (parapoos muitos rasos) pode fornecer um registro precisode profundidade da superfcie do lquido no poo, masnada capaz de diferenciar a superfcie potenciomtricada superfcie da camada imiscvel. Contudo usual deter-minar a profundidade da superfcie livre para auxiliar acolocao do sensor de interface.

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    5.4.5.2.6 O sensor de interface tem duas finalidades:

    a) quando lanado no poo, permite determinar aexistncia de lquido/orgnico;

    b) permite verificar a existncia de camadas imis-cveis.

    Nota: A existncia de sobrenadantes torna impossvel o usoexclusivo de sonda ou apito para a determinao do nvelesttico da gua. O medidor de interface consiste em flu-tuadores de diferentes densidades, os quais acionam umdispositivo eltrico quando atravessam diferentes ca-madas.

    5.4.5.2.7 Determina-se a fase densa de lquido imiscvelbaixando o equipamento at o fundo do poo, onde odetector de interface registra a presena de lquido/org-nico.

    5.4.5.2.8 O procedimento para coletar a fase leve imiscveldepende de sua profundidade e espessura. A fase imis-cvel deve ser coletada antes de qualquer atividade delimpeza.

    Notas: a)Se a espessura da fase leve for de 60 cm ou mais,pode-se utilizar um coletor de caneca (caamba dedardo) (ver Figura 6).

    b)Se a espessura da camada flutuante for menor que60 cm e a profundidade da superfcie for menor que aaltura de suco, pode-se empregar uma bomba peris-tltica.

    5.4.5.2.9 Se a espessura da camada flutuante for menorque 60 cm e a profundidade de sua superfcie for maiorque a altura de suco da bomba, deve-se modificar umcoletor para permitir a entrada do lquido pela parte decima. A vlvula de baixo deve ser travada. A bola da vl-vula de cima pode ser removida para permitir a entradada amostra por cima. A flutuao que ocorre quando ocoletor recebe o lquido sobrenadante pode ser evitada,colocando-se um pedao de tubo de ao inoxidvel nalinha de retorno, acima do coletor.

    5.4.5.2.10 O equipamento deve ser baixado cuidado-samente, medindo-se a altura da superfcie da camadaflutuante. O coletor deve ser baixado at a metade da ca-mada sobrenadante. Esta tcnica a mais eficiente paraamostrar a fase flutuante quando sua espessura medepoucos centmetros.

    5.4.5.2.11 O melhor mtodo para coletar a fase densaimiscvel consiste no emprego de um coletor com duasvlvulas de reteno (ver Figura 6-b)). Para efetuar umaboa coleta necessrio movimentar lentamente o coletordurante toda a operao. A fase densa deve ser coletadaantes de qualquer atividade de esgotamento.

    5.4.5.3 Esgotamento do poo

    A gua parada do poo pode no ser representativa daqualidade da gua no local. Portanto, o tcnico deve re-mover a gua estagnada no poo e no pr-filtro, de talforma que a gua da formao substitua a gua estag-nada.

    5.4.5.3.1 O plano de amostragem deve pormenorizar aoperao de esvaziamento dos poos e indicar o tipo deequipamento a ser utilizado pelo operador.

    5.4.5.3.2 O procedimento de esgotamento deve assegurarque toda a gua estagnada seja substituda por gua deformao. A operao deve permitir o rebaixamento donvel de gua acima do topo do filtro para assegurar quea gua se mova ascendentemente.

    5.4.5.3.3 O procedimento do operador depende das ca-ractersticas do poo. Ao esvaziar poos de baixa produ-tividade (aqueles que so incapazes de produzir trs vo-lumes do poo), o operador deve esgot-lo comple-tamente. Assim que o poo se recuperar suficientemente,a primeira amostra deve ser utilizada para medio depH, temperatura e condutividade. As amostras devemser acondicionadas na ordem decrescente dasusceptibilidade volatilizao. O poo deve ser retes-tado quanto ao pH, temperatura e condutividade depoisda amostragem para avaliao da eficincia do esgo-tamento e verificao da estabilidade das amostras degua. Quando o tempo de recuperao do poo exceder2 h, o operador deve coletar as amostras assim que forpossvel obter um volume suficiente para cada parmetro.

    5.4.5.3.4 De forma alguma o operador deve esvaziarcompletamente o poo se a recarga for muito forte e pro-vocar a formao de quedas dgua, acelerando a perdade volteis. O operador pode evitar esse inconveniente,retirando trs volumes do poo, a uma velocidade queno cause recarga excessiva, antes da amostragem.Figura 6 - Coletor de caneca

  • NBR 13895/1997 13

    e) metais solveis (ver Anexo B);

    f) carbono orgnico total (TOC);

    g) halognios orgnicos totais (TOX);

    h) fenis (ver Anexo B);

    i) cianeto;

    j) nitrato e amnia;

    l) sulfato e cloreto;

    m) radionucldeos.

    5.4.5.4.5 Os procedimentos para limpeza dos equipa-mentos devem ser relacionados no plano de amos-tragem.

    5.4.5.4.6 Os seguintes equipamentos so aceitveis,quando empregados adequadamente:

    a) bomba de bexiga, com corpo de teflon ou ao ino-xidvel, acionada a gs (ver Figura 7);

    b) coletor de teflon ou ao inoxidvel, com duas vl-vulas de reteno e dispositivo de esvaziamentona parte de baixo (ver Figura 6-a));

    c) seringa (de ao inoxidvel ou teflon);

    d) coletor de teflon ou ao inoxidvel, com uma vl-vula de reteno (ver Figura 6-b)).

    5.4.5.4.7 Os equipamentos de amostragem devem serfeitos de material inerte. Os equipamentos revestidos comneoprene, coletores de PVC, tubo de teflon, bexiga deborracha de silicone, mbolos de neoprene, polietilenoe viton no so aceitveis por interferirem nos parmetrosa serem analisados.

    Nota: Se o operador estiver utilizando um coletor, o cabo destedeve ser de material inerte.

    5.4.5.4.8 No campo, o supervisor deve verificar se o ope-rador est satisfazendo s seguintes condies:

    a) bomba de bexiga, se utilizada, deve ser operadacontinuamente, de tal forma que no ocorra pul-sao, acarretando assim aerao na amostra;

    b) as vlvulas de reteno dos equipamentos devemser projetadas e inspecionadas para evitar pro-blemas de entupimento ou de aerao na amostra;

    c) o equipamento de amostragem no deve ser lan-ado no poo para evitar turbulncia, pois isto pro-voca desgaseificao da gua no impacto;

    d) a transferncia de uma amostra do amostradorpara o frasco de coleta deve ser feita lentamentepara evitar aerao;

    e) o equipamento de amostragem, quando limpo,no deve ser colocado diretamente no solo ousobre outra superfcie contaminada, antes de serintroduzido no poo.

    5.4.5.3.5 Alguns tipos de bomba (peristltica, de ar com-primido e venturi) provocam volatilizao e produzemelevada presso diferencial, o que acarreta variao nasmedidas de pH e condutividade, bem como nos resultadosdas anlises para determinao dos teores de metais ede orgnicos volteis. Essas bombas so aceitveis paralimpeza, desde que se deixe a gua estabilizar antes daamostragem.

    5.4.5.3.6 Quando o equipamento de bombeamento temque ser reutilizado h necessidade de descontamin-lo,procedendo de forma idntica adotada com relao aoequipamento de amostragem.

    Nota: O uso de luvas limpas obrigatrio.

    5.4.5.3.7 Deve-se tomar precaues para que o solo noentre em contato com equipamentos de esgotamento elinhas de bombeamento, a fim de que no ocorra a intro-duo de contaminantes no poo de monitoramento.

    5.4.5.3.8 Se a gua proveniente da limpeza estiver conta-minada, deve haver necessidade de acondicion-la emtambores, para seu tratamento e disposio.

    5.4.5.4 Retirada de amostras

    5.4.5.4.1 A tcnica utilizada para coleta de amostras develevar em conta os parmetros a serem determinados.

    5.4.5.4.2 Para garantia de que a amostra de gua sejarepresentativa da formao, deve-se reduzir ao mnimoas alteraes qumicas e fsicas durante o processo deretirada de amostras.

    5.4.5.4.3 A fim de reduzir as possibilidades de contami-nao da amostra, o operador deve atender aos seguintesrequisitos:

    a) utilizar equipamentos de teflon ou de ao inoxi-dvel;

    b) empregar amostrador especfico para cada poo.

    Notas: a) Se no houver um amostrador para cada poo, ooperador deve limpar o equipamento antes de cadaamostragem, coletar branco do equipamento e mandaranalis-lo para verificar se no h contaminao.

    b) Recomenda-se a utilizao de no mnimo um brancode equipamento por dia de amostragem.

    5.4.5.4.4 O plano de amostragem deve especificar a ordemem que as amostras devem ser coletadas, prevendo oincio das coletas nos locais menos contaminados. Almdisso, em cada poo, as amostras devem ser coletadas eacondicionadas de acordo com a ordem decrescente desua susceptibilidade volatilizao a saber:

    a) volteis (ver Anexo B);

    b) compostos semivolteis (ver Anexo B);

    c) pesticidas/PCB (ver Anexo B);

    d) metais totais (ver Anexo B);

  • 14 NBR 13895/1997

    Figura 7 - Bomba de bexiga

    5.4.5.4.9 Quando no se utiliza um equipamento para cadapoo, necessrio seguir o procedimento para desmontare limpar o equipamento antes de cada amostragem.A primeira lavagem pode ser feita com cido ntrico ouclordrico 0,1 N; a segunda com gua de torneira, e a l-tima, com gua destilada.

    Nota: O cido clordrico geralmente prefervel.

    5.4.5.4.10 Quando a amostragem se refere a orgnicos,h necessidade de lavar o equipamento com detergentesem fosfato e depois enxaguar com gua de torneira,gua destilada, acetona e hexano do grau pesticida.O operador deve amostrar primeiro os poos a montantee depois os a jusante.

    Nota: As instrues de 5.4.5.4.9 e 5.4.5.4.10 so imprescindveisquando se quer avaliar baixas concentraes prximasdo limite de deteco do parmetro a ser analisado.

    5.4.5.4.11 Quando se coletam orgnicos volteis atravsde bomba de bexiga, a taxa de bombeamento no podeser superior a 100 mL/min. Taxas mais elevadas podemprovocar perda de compostos volteis e variao do pH.

    Aps a coleta especfica para volteis, o operador podeaumentar a taxa de bombeamento. A vazo de amos-tragem no deve exceder a utilizada para esgotamentodo poo.

    5.4.5.5 Anlises in situ ou de campo

    5.4.5.5.1 Vrios constituintes instveis devem ser testadosno poo (in situ) ou logo aps a coleta na boca do poo.Como exemplos de elementos ou propriedades instveisincluem-se: pH, potencial redoz, cloro, sulfeto, oxigniodissolvido, alcalinidade e temperatura. Apesar da condu-tividade especfica ser relativamente estvel, aconse-lhvel determin-la em campo.

    5.4.5.5.2 A maioria dos instrumentos de condutividaderequerem compensao de temperatura, portanto h ne-cessidade de medir a temperatura quando se determinaa condutividade.

    5.4.5.5.3 Se o operador utilizar sensores (eletrodo parapH, eletrodos de on especfico, termistores) para medirquaisquer das propriedades relacionadas, importanteque esta seja a ltima operao, de tal forma que a conta-minao potencial pelo eletrodo seja a menor possvel.

  • NBR 13895/1997 15

    5.4.5.5.4 Os sensores de monitoramento no devem sercolocados nos frascos de coleta de amostra de gua.

    5.4.5.5.5 O operador deve providenciar a calibrao dosequipamentos de monitoramento ou sensores e kits decampo, antes de qualquer medio, em conformidadecom as instrues do fabricante e com os mtodos deavaliao de resduos slidos, conforme Physical/Chemical Methods (SW-846, 2 edio, 1982).

    5.4.6 Preservao e manuseio de amostras

    5.4.6.1 Generalidades

    5.4.6.1.1 Muitos dos constituintes qumicos e parmetrosfsico-qumicos que devem ser medidos ou avaliados emprogramas de monitoramento no so quimicamenteestveis da a necessidade de preservao. Em comple-mentao, o Guia Tcnico de Coleta de Amostras degua (Souza e Derisio - CETESB) especifica frascos deamostras que o operador deve utilizar para cadaconstituinte ou conjunto de parmetros (ver Anexo A).

    5.4.6.1.2 O mtodo de preservao e o tipo de frasco decoleta devem ser identificados no plano de amostragem.

    5.4.6.1.3 Todos os procedimentos para transferncia deamostras no campo e fora do laboratrio devem ser de-talhados no plano de amostragem. O manuseio imprpriode amostras pode alterar os seus resultados analticos.As amostras no campo devem ser retiradas diretamentedo equipamento de amostragem para o frasco de coleta.No prtica aceitvel fazer amostras compostas em ummesmo frasco de boca larga e depois transferi-las parafrascos menores.

    5.4.6.1.4 O plano de amostragem deve especificar as tcni-cas para transferir as amostras com volteis, do equi-pamento de amostragem para o frasco de coleta, a fim deque as perdas por agitao e volatilizao sejam redu-zidas ao mnimo.

    5.4.6.2 Frascos de coleta

    5.4.6.2.1 O plano de amostragem deve identificar o tipodo frasco de coleta a ser usado, assim como o procedi-mento para garantir que os frascos no estejam com con-taminantes antes de serem usados.

    5.4.6.2.2 Quando os metais constiturem os elementos deinteresse, devem-se utilizar frascos de teflon ou polieti-leno com tampa de polipropileno. Quando os orgnicosforem compostos de interesse, devem-se utilizar frascosde vidro mbar, com tampa revestida de teflon.

    Nota: Os frascos devem ser limpos conforme o parmetro deinteresse.

    5.4.6.2.3 Quando as amostras tiverem de ser analisadaspara identificao dos metais, tanto os frascos de coletaquanto a vidraria de laboratrio devem ser muito bemlavados com detergente no fosfatado e gua de torneira,enxaguados com cido ntrico e gua de torneira (1:1),cido clordrico e gua de torneira (1:1) e finalmente guadestilada, nesta ordem.

    5.4.6.2.4 Para anlise de orgnicos deve ser removidotodo e qualquer material residual do frasco de coleta e,em seguida, este deve ser lavado com detergente nofosfatado, em gua quente. Depois deve ser enxaguadocom gua de torneira, gua destilada, acetona e final-mente com hexano de grau pesticida.

    5.4.6.2.5 A vidraria suja ou contaminada no forma umapelcula muito fina de gua em sua superfcie e podeexigir tratamento com cido crmico e/ou secagem emuma mufla a 400oC, durante 15 min a 30 min, para garantirque o vidro est limpo.

    5.4.6.2.6 O cido crmico pode ser til na remoo dedepsitos orgnicos da vidraria, entretanto, o analistadeve assegurar que a vidraria seja, perfeitamente enxa-guada para eliminao dos ltimos traos de cromo.O emprego de cido crmico pode causar problemas decontaminao e deve ser evitado, se o cromo for o ele-mento de interesse.

    5.4.6.2.7 A vidraria deve ser selada e armazenada emlocal limpo, imediatamente aps a secagem e resfria-mento, a fim de impedir o acmulo de poeira ou outroscontaminantes, deve ser armazenada com a boca tam-pada com folha de alumnio e em posio invertida.

    5.4.6.3 Preservao de amostras

    5.4.6.3.1 O plano de amostragem deve indicar os mtodosde preservao de amostras que devem ser utilizados.

    Nota: Os mtodos de preservao de amostras so relativa-mente limitados e tm geralmente por objetivo:

    a) retardar a ao biolgica;

    b) retardar a hidrlise;

    c) reduzir os efeitos de absoro ou adsoro.

    5.4.6.3.2 Os mtodos de preservao limitam-se geral-mente a controle de pH, edio qumica, refrigerao eproteo contra a luz.

    5.4.6.3.3 A cada constituinte da amostra corresponde ummtodo de preservao especfico (ver Anexo A).

    5.4.6.4 Consideraes especiais sobre o manuseio

    5.4.6.4.1 As amostras utilizadas para determinao deorgnicos no devem ser filtradas. As amostras nodevem ser transferidas de um frasco para outro, pois issoocasiona a perda de material orgnico na parede dofrasco ou pode ocorrer aerao. As amostras para halo-gnios orgnicos totais (TOX) e carbono orgnico total(TOC) devem ser manipuladas e analisadas comomateriais que contm orgnicos volteis.

    5.4.6.4.2 No deve existir espao vazio no frasco da amos-tra para reduzir ao mnimo a possibilidade de volatilizaodos orgnicos. Os dirios de campo e os relatrios deanlise de laboratrio devem registrar o espao vazionos frascos de amostra na hora de recepo no labora-trio, bem como a hora em que a amostra foi transferidapela primeira vez para o frasco na boca do poo.

  • 16 NBR 13895/1997

    5.4.6.4.3 As amostras de gua subterrnea, destinadas aanlises para determinao de metais, devem ser divi-didas em duas pores: uma deve ser filtrada em mem-brana de 0,45 m, transferida para um frasco, preservadacom cido ntrico (pH 2) e analisada para determinaode metais dissolvidos; a poro restante deve ser trans-ferida para um frasco, preservada com cido ntrico eanalisada para determinao de metais totais. As part-

    culas de lama, presentes no poo mesmo aps o esgo-tamento deste, podem absorver ou adsorver diversos ti-pos de ons e baixar significativamente o teor de metaldissolvido na gua do poo. Qualquer diferena de con-centrao entre as fraes total e dissolvida pode seratribuda ao teor de on metlico original das partculas equalquer absoro ou adsoro de ons para as partculas.

    /ANEXO A

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    ANEXO A - Procedimentos de amostragem e preservao para monitoramento(A)

    Volume mnimoParmetro Frasco Mtodo de preservao Tempo mximo necessrio para

    recomendado(B) de armazenagem anlise

    Indicadores de contaminao de gua subterrnea(C)

    pH T.P.V. Determinado no campo Nenhum 200 mL

    Condutividade T.P.V. Determinado no campo Nenhum 100 mL

    TOC Vidro mbar, tampa(D) Refrigerar a 4oC(E), HCl at 28 dias 100 mLrevestida com T pH < 2

    TOX Vidro mbar, septos ou Refrigerar a 4oC, adicionar 7 dias 100 mLtampas revestidas com T 1 mL de sulfito de sdio 1.1 M

    Caractersticas de qualidade de gua subterrnea

    Cloreto T.P.V. 4oC 28 dias 200 mL

    Ferro T.P. Acidificado no campo com HNO3 6 meses 300 mLMangans at pH < 2Sdio

    Fenis V 4C/H2SO4 at pH < 2 28 dias 1000 mL

    Sulfato T.P.V. Refrigerar, 4C 28 dias 200 mL

    Caractersticas provisrias de potabilidade da gua, de acordo com a EPA(A)

    Cromo-hexa T.P. Refrigerar, 4C 24 h 250 mL

    Arsnico T.P. Metais totais 6 meses 1000 mLBrio Acidificado no campoCdmio com HNO3 at pH < 2CromoChumbo Metais dissolvidos 6 meses 1000 mLSelnio 1. Filtrao no campo (0,45 m)Prata 2. Acidificar com HNO3 at

    pH < 2

    Mercrio Frasco escuro 1. Filtrao no campo (0,45 m) 10 dias 250 mL2. Adicionar 15 mL da soluopreservante(F)

    Fluoreto T.P. Refrigerar, 4C 28 dias 100 mL

    Nitrato/nitrito T.P.V. 4C/H2SO4 at pH < 2 14 dias 200 mL

    Endrin T.V. Refrigerar, 4C 7 dias 2000 mLLindanoMetoxicloroToxafeno2,4 D2, 4, 5 TP Silvex

    Radio P.V. Acidificado no campo com HNO3 6 meses 3785 mLAlfa total at pH < 2Beta totalBactrias coliformes P, P.V. (esterilizado) Refrigerar, 4C 6 h 200 mL

    /continua

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    /continuaoVolume mnimo

    Parmetro Frasco Mtodo de preservao Tempo mximo necessrio pararecomendado(B) de armazenagem anlise

    Outras caractersticas de interesse das guas subterrneas

    Cianeto P.V. Refrigerar, 4oC, NaOH at 14 dias(H) 500 mLpH > 12, 0,6 g de cidoascrbico(G)

    leo e graxa V (somente) Refrigerar, 4oC, H2SO4 at 28 dias 1000 mLpH < 2

    Orgnicos T.V. Refrigerar, 4oC 14 dias 1000 mLsemivolteis e volteis

    Volteis V. revestido com T Refrigerar, 4oC 14 dias 250 mL

    (A) Referncias: Test methods for evaluating solid waste - Physical/chemical methods, SW-846, 2 edio (1982) Methods for chemicalanalysis water and wastes, EPA-600/4-79-020.Standard methods for examination of water and wastewater, 16 edio (1985).

    (B) Tipos de frasco

    P = plstico (polietileno)V = vidro

    T = resinas fluorcarbonadas (PTFE, teflon, FEP, PFA, etc.)PP = polipropileno

    (C) De acordo com os requisitos para monitoramento, deve-se coletar um volume de gua subterrnea suficiente para efetuar a anlise

    quatro vezes separadamente.

    (D) No deixar qualquer espao vazio.

    (E) As caixas de transporte (com gelo solto ou em pacotes) devem poder estar temperatura de 4oC no momento de receberem as

    amostras. A preservao de amostras exige que a temperatura seja ajustada para 4oC e manter-se a 4oC, no instante dorecebimento e durante o transporte. Termmetros de mxima e mnima devem ser colocados dentro da caixa de transporte pararegistrarem a variao de temperatura.

    (F) Soluo preservante: 10 g de dicromato de potssio (K2Cr2O7) p.a. + 200 mL de gua destilada + 1000 mL de cido ntrico (HNO3)concentrado p.a., destilado). Todos os reagentes com baixo teor de mercrio.

    (G) Empregar cido ascrbico somente em presena de agentes oxidantes.

    (H) O mximo tempo de armazenagem de 24 h quando h presena de sulfeto. Opcionalmente, todas as amostras podem ser

    ensaiadas com papel de acetato de chumbo antes da ajustagem do pH, a fim de verificar-se se h presena de sulfeto. Se houverpresena de sulfeto, este pode ser removido pela adio de p de nitrato de prata at que o ensaio de mancha d resultado negativo.Filtra-se a amostra e adiciona-se hidrxido de sdio (NaOH) at pH 12.

    /ANEXO B

  • NBR 13895/1997 19

    ANEXO B - Exemplos de substncias, separadas em grupos e dispostas por ordem de coleta

    B.1 Volteis:

    - clorometano;

    - bromometano;

    - cloreto de vinila;

    - cloroetano;

    - cloreto de metileno;

    - acetona;

    - bissulfeto de carbono;

    - 1,1-dicloroeteno;

    - 1,1-dicloroetano;

    - trans-1,2-dicloroeteno;

    - clorofrmio;

    - 1,2-dicloroetano;

    - 2-butanona;

    - 1,1,1-tricloroetano;

    - tetracloreto de carbono;

    - acetato de vinila;

    - bromodiclorometano;

    - 1,1,2,2-tetracloroetano;

    - 1,2-dicloropropano;

    - trans-1,3-dicloropropeno;

    - tricloroetano;

    - dibromoclorometano;

    - 1,1,2-tricloroetano;

    - benzeno;

    - cis-1,3-dicloropropeno;

    - 2-cloroetilvinilter;

    - bromofrmio;

    - 2-hexanona;

    - 4-metil-2-pentanona;

    - tetracloroeteno;

    - tolueno;

    - clorobenzeno;

    - etilbenzeno;

    - estireno.

    B.2 Compostos semivolteis:

    - acenafteno;

    - 2,4-dinitrofenol;

    - bis(2-cloroetil)ter;

    - 2-clorofenol;

    - 1,3-diclorobenzeno;

    - 1,4-diclorobenzeno;

    - lcool benzlico;

    - 1,2-diclorobenzeno;

    - bis (2-clorisopropil) ter;

    - n-nitroso-di-n-propilamina;

    - hexacloroetano;

    - nitrobenzeno;

    - isoforona;

    - 2-nitrofenol;

    - cido benzico;

    - bis (2-cloroetxi)metano;

    - 2,4-diclorofenol;

    - 1,2,4-triclorobenzeno;

    - naftaleno;

    - 4-cloroanilina;

    - hexaclorobutadieno;

    - 4-cloro-3-metilfenol;

    - 2-metilnaftaleno;

    - hexaclorociclopentadieno;

    - 2,4,6-triclorofenol;

    - 2,4,5-triclorofenol;

  • 20 NBR 13895/1997

    - cloronaftaleno;

    - 2-nitroanilina;

    - dimetilftalato;

    - acenaftaleno;

    - 4-nitrofenol;

    - dibenzofurano;

    - 2,4-dinitrotolueno;

    - 2,6-dinitrotolueno;

    - dietilftalato;

    - 4-clorofenilfenilter;

    - fluoreno;

    - 4-nitroanilina;

    - 4,6-dinitro-2-metilfenol;

    - n-nitrosodifenilamina;

    - 4-bromofenilfenilter;

    - hexaclorobenzeno;

    - pentaclorofenol;

    - fenantreno;

    - antraceno;

    - di-n-butilftalato;

    - fluoranteno;

    - benzidina;

    - pireno;

    - butilbenzilftalato;

    - 3,3-diclorobenzidina;

    - benzo(a)antraceno;

    - bis(2-etil-hexil)ftalato;

    - criseno;

    - di-n-octilftalato;

    - benzo(b)fluoranteno;

    - benzo(k)fluoranteno;

    - benzo(a)pireno;

    - indeno (1,2,3-c,d) pireno;

    - dibenzo (a,h) antraceno;

    - benzo (g,h.t) perileno;

    - 3-nitroanilina.

    B.3 Pesticidas/PCB:

    - aldrin;

    - aroclor-1216;

    - aroclor-1221;

    - aroclor-1232;

    - aroclor-1242;

    - aroclor-1248;

    - aroclor-1254;

    - aroclor-1260;

    - BHC;

    - -BHC;

    - BHC (lindano);

    - BHC;

    - clordano;

    - 4,4-DDD;

    - 4,4-DDE;

    - 4,4-DDT;

    - dieldrin;

    - endrin;

    - aldedo de endrin;

    - cetona de endrin;

    - endossulfan I;

    - endossulfan II;

    - sulfato de endossulfan;

    - heptacloro;

    - heptacloro epxido;

    - metoxicloro;

    - toxafeno.

  • NBR 13895/1997 21

    B.4 Metais e outros:

    - alumnio;

    - antimnio;

    - arsnio;

    - brio;

    - berlio;

    - cdmio;

    - clcio;

    - cromo;

    - cobalto;

    - cobre;

    - ferro;

    - chumbo;

    - magnsio;

    - mangans;

    - mercrio;

    - nquel;

    - potssio;

    - selnio;

    - prata;

    - sdio;

    - tlio;

    - estanho;

    - vandio;

    - zinco.

    B.5 Fenis:

    - fenol;

    - 2-metilfenol;

    - 4-metilfenol;

    - 2,4-dimetilfenol.

    B.6 Cianetos.

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