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NEGÓCIO JURÍDICO COMENTADO: ARTS. 104 A 120 DO CÓDIGO CIVIL David Maxsuel Lima Direito Civil, Direito Civil II ART. 104. A validade do negócio jurídico requer: I - agente capaz; II — objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III — forma prescrita ou não defesa em lei. Comentário Elementos essenciais do ato negocial: Os elementos essenciais são imprescindíveis à existência e validade do ato negocial, pois formam sua substância; podem ser gerais, se comuns à generalidade dos negócios jurídicos, dizendo respeito à capacidade do agente, ao objeto lícito e possível e ao consentimento dos interessados; e particulares, peculiares a determinadas espécies por serem concernentes à sua forma e prova. Capacidade do agente: Como todo ato negocial pressupõe uma declaração de vontade, a capacidade do agente é indispensável à sua participação válida na seara jurídica. Tal capacidade poderá ser: a) geral, ou seja, a de exercer direitos por si, logo o ato praticado pelo absolutamente incapaz sem a devida representação será nulo (CC, art. 167, I) e o realizado pelo relativamente incapaz sem assistência será anulável (CC, art. 171, I); b) especial, ou legitimação, requerida para a validade de certos negócios em dadas circunstâncias (p. ex., pessoa casada é plenamente capaz, embora não tenha capacidade para vender imóvel sem autorização do outro consorte ou suprimento judicial desta (CC, arts. 1.649 e 1.650), exceto se o regime matrimonial de bens for o de separação. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: O negócio jurídico válido deverá ter, como diz Crome, em todas as partes que o constituírem, um conteúdo legalmente permitido Deverá ser lícito, ou seja, conforme a lei, não sendo contrário aos bons costumes, à ordem pública e à moral. Se tiver objeto ilícito será nulo (CC Art. 166). E o que ocorrerá, p. ex., com a compra e venda de coisa roubada. Deverá ter ainda objeto possível, física ou juridicamente. Se o ato negocial contiver prestação impossível, como a de dar volta ao mundo em uma hora ou de vender herança de pessoa viva (CC, art. 426), deverá ser declarado nulo (CC arts. 104, II, e 166, II). Deverá ter objeto determinado ou, pelo menos, suscetível de determinação, pelo gênero e quantidade, sob pena de nulidade absoluta (CC art. 166, lI). Consentimento dos interessados: As partes deverão anuir, expressa ou tacitamente, para a formação de uma relação jurídica sobre determinado objeto, sem que se apresentem quaisquer vícios de consentimento, como erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão, ou vícios sociais, como simulação e fraude contra credores. Forma prescrita ou não defesa em lei: Às vezes será imprescindível seguir determinada forma de manifestação de vontade ao se praticar ato negocial dirigido à aquisição, ao resguardo, à modificação ou extinção de relações jurídicas. O princípio geral é que a declaração de vontade independe de forma especial (CC, art. 107), sendo suficiente que se manifeste de modo a tornar conhecida a intentio do declarante, dentro dos limites em que seus direitos podem ser exercidos. Apenas, excepcionalmente, a lei vem a exigir determinada forma, cuja inobservância invalidará o negócio.

Negócio Jurídico Comentado Arts. 104 a 120 Do Código Civil

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Comentários do CC Sobre Negocio Jurídico. Fonte: http://www.civilize-se.com/2012/12/negocio-juridico-comentado-arts-104-120.html#.VOUhL_nF91Y

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NEGCIO JURDICO COMENTADO: ARTS. 104 A 120 DO CDIGO CIVILDavid Maxsuel LimaDireito Civil,Direito Civil II

ART. 104. A validade do negcio jurdico requer:I - agente capaz;II objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel;III forma prescrita ou no defesa em lei.

ComentrioElementos essenciais do ato negocial: Os elementos essenciais so imprescindveis existncia e validade do ato negocial, pois formam sua substncia; podem ser gerais, se comuns generalidade dos negcios jurdicos, dizendo respeito capacidade do agente, ao objeto lcito e possvel e ao consentimento dos interessados; e particulares, peculiares a determinadas espcies por serem concernentes sua forma e prova.Capacidade do agente:Como todo ato negocial pressupe uma declarao de vontade, a capacidade do agente indispensvel sua participao vlida na seara jurdica. Tal capacidade poder ser: a) geral, ou seja, a de exercer direitos por si, logo o ato praticado pelo absolutamente incapaz sem a devida representao ser nulo (CC, art. 167, I) e o realizado pelo relativamente incapaz sem assistncia ser anulvel (CC, art. 171, I); b) especial, ou legitimao, requerida para a validade de certos negcios em dadas circunstncias (p. ex., pessoa casada plenamente capaz, embora no tenha capacidade para vender imvel sem autorizao do outro consorte ou suprimento judicial desta (CC, arts. 1.649 e 1.650), exceto se o regime matrimonial de bens for o de separao.Objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel:O negcio jurdico vlido dever ter, como diz Crome, em todas as partes que o constiturem, um contedo legalmente permitido Dever ser lcito, ou seja, conforme a lei, no sendo contrrio aos bons costumes, ordem pblica e moral. Se tiver objeto ilcito ser nulo (CC Art. 166). E o que ocorrer, p. ex., com a compra e venda de coisa roubada. Dever ter ainda objeto possvel, fsica ou juridicamente.Se o ato negocial contiver prestao impossvel, como a de dar volta ao mundo em uma hora ou de vender herana de pessoa viva (CC, art. 426), dever ser declarado nulo (CC arts. 104, II, e 166, II). Dever ter objeto determinado ou, pelo menos, suscetvel de determinao, pelo gnero e quantidade, sob pena de nulidade absoluta (CC art. 166, lI).Consentimento dos interessados:As partes devero anuir, expressa ou tacitamente, para a formao de uma relao jurdica sobre determinado objeto, sem que se apresentem quaisquer vcios de consentimento, como erro, dolo, coao, estado de perigo e leso, ou vcios sociais, como simulao e fraude contra credores.Forma prescrita ou no defesa em lei:s vezes ser imprescindvel seguir determinada forma de manifestao de vontade ao se praticar ato negocial dirigido aquisio, ao resguardo, modificao ou extino de relaes jurdicas. O princpio geral que a declarao de vontade independe de forma especial (CC, art. 107), sendo suficiente que se manifeste de modo a tornar conhecida aintentiodo declarante, dentro dos limites em que seus direitos podem ser exercidos. Apenas, excepcionalmente, a lei vem a exigir determinada forma, cuja inobservncia invalidar o negcio.

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes no pode ser invocada pela outra em beneficio prprio, nem aproveita aos cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisvel o objeto do direito ou da obrigao comum.

ComentrioIncapacidade relativa como exceo pessoal:Por ser a incapacidade relativa uma exceo pessoal, ela somente poder ser formulada pelo prprio incapaz ou pelo seu representante. Como a anulabilidade do ato negocial praticado por relativamente incapaz um beneficio legal para a defesa de seu patrimnio contra abusos de outrem, apenas o prprio incapaz ou seu representante legal o dever invocar. Assim, se num negcio um dos contratantes for capaz e o outro incapaz, aquele no poder alegar a incapacidade deste em seu prprio proveito, porque devia ter procurado saber com quem contratava e porque se trata de proteo legal oferecida ao relativamente incapaz. Se o contratante for absolutamente incapaz, o ato por ele praticado ser nulo (CC, art. 166, 1), pouco importando que a incapacidade tenha sido invocada pelo capaz ou pelo incapaz, tendo em vista que o Cdigo Civil, pelo art. 168, pargrafo nico, no possibilita ao magistrado suprir essa nulidade, nem mesmo se os contratantes o solicitarem, impondo-se-lhe at mesmo o dever de declar-la de ofcio.Invocao da incapacidade de uma das partes ante a indivisibilidade da objeto do direito ou da obrigao comum: Se o objeto do direito ou da obrigao comum for indivisvel, ante a impossibilidade de separar o interesse dos contratantes, a incapacidade de um deles poder tornar anulvel o ato negocial praticado, mesmo que invocada pelo capaz, aproveitando aos cointeressados capazes, que porventura houver. Logo, nesta hiptese, o capaz que veio a contratar com relativamente incapaz estar autorizado legalmente a invocar em seu favor a incapacidade relativa deste, desde que indivisvel a prestao, objeto do direito ou da obrigao comum.

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto no invalida o negcio jurdico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condio a que ele estiver subordinado.

ComentrioImpossibilidade relativa do objeto:Se a impossibilidade do objeto for relativa, isto , se a prestao puder ser realizada por outrem, embora no o seja pelo devedor, no invalida o negcio jurdico.Cessao da impossibilidade do objeto negocial antes do implemento da condio:Se o negcio jurdico contendo objeto impossvel, tiver sua eficcia subordinada a um evento futuro e incerto, e aquela impossibilidade cessar antes de realizada aquela condio vlida ser a avena.

Art. 107. A validade da declarao de vontade no dependera de forma especial, seno quando a lei expressamente a exigir.

ComentrioForma livre:Nosso Cdigo Civil inspira-se no princpio da forma livre, o que quer dizer que a validade da declarao da vontade s depender de forma determinada quando a norma jurdica explicitamente o exigir. A forma livre qualquer meio de exteriozao da vontade nos negcios jurdicos, desde que no previsto em norma jurdica como obrigatrio: palavra escrita ou falada, gestos, e at mesmo o silncio. Por exemplo, a doao de bens mveis de pequeno valor (CC, art. 541, pargrafo nico).

Art. 108. No dispondo a lei em contrrio, a escritura pblica essencial validade dos negcios jurdicos que visem constituio,transferncia, modificao ou renncia de direitos reais sobre imveis de valor superior a trinta vezes maior salrio mnimo vigente no Pas.

ComentrioForma nica: aquela que, por lei, no pode ser pretenda por outra. Assim, para um negcio jurdico que vise constituir, transferir , modificar ou renunciar direitos reais sobre imveis de valor superior a trinta vezes o maior salrio mnimo vigente no Pais, exige-se que ele se efetive mediante escritura pblica, sob pena de invalidade, desde que inscrita em registro competente para dar-lhe publicidade e oponibilidade contra terceiro.Ocorre forma nica em que a lei exige a escritura pblica sob pena de invalidade. A exceo aos imveis de valor inferior a trinta vezes o salrio mnimo vigente no pas.

ART. 109. No negcio jurdico celebrado com a clusula de no valer sem instrumento pblico, esteda substncia do ato.

ComentrioTrata-se de forma contratual, isto , a convencionada pelas partes. A emisso da vontade dotada de poder criador; assim sendo, se houver clusula negocial estipulando a invalidade do negcio jurdico, se ele no se fizer por meio de escritura pblica, esta passar a ser de sua substncia. Logo, tal declarao de vontade somente ter eficcia jurdica se o ato negocial revestir a forma prescrita contratualmente. Com efeito, assevera Maria Helena Diniz que o Cdigo Civil estabelece que os contraentes num contrato podem determinar, mediante uma clusula, o instrumento pblico para a validade do negcio jurdico desde que no haja imposio legal quando forma daquele contrato.

ART. 110. A manifestao de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de no querer o que manifestou, salvo se dela o destinatrio tinha conhecimento.

ComentrioReserva mental lcita: A reserva mental a emisso de uma intencional declarao no querida em seu contedo, nem tampouco em seu resultado, pois o declarante tem por nico objetivo enganar o declaratrio. Logo, se conhecida da outra parte, no toma nula a declarao da vontade, pois esta inexiste, e, consequentemente, no se forma qualquer ato negocial, uma vez que no haviaintentiode criar direito, mas apenas de iludir o declaratrio. Se for desconhecida pelo destinatrio, subsiste o ato.Reserva mental ilcita conhecida do declaratrio: Se, alm de enganar, houver inteno de prejudicar, ter-se- vcio social similar simulao, ensejando nulidade do ato negocial. preciso esclarecer que o conhecimento da reserva mental que acarreta a invalidade do negcio somente pode ser admissvel at o momento da consumao do ato negocial, pois se o declaratrio comunicar ao reservante, antes da efetivao do negcio, que conhece a reserva, no haver esta figura, que tem por escopo enganar o declaratrio.

ART. 111. O silncio importa anuncia, quando as circunstncias ou os usos o autorizarem, e no for necessria a declarao de vontade expressa.

ComentrioSilncio como fato gerador de negcio jurdico: O silncio pode dar origem a um negcio jurdico,visto que indica consentimento, sendo hbil para produzir efeitos jurdicos, quando certas circunstncias ou os usos o autorizarem, no sendo necessria a manifestao expressa da vontade. Caso contrrio, o silncio no ter fora de declarao volitiva. Se assim , o rgo judicante dever averiguar se o silncio traduz, ou no, vontade. Logo, a parmia quem cala consente no tem juridicidade. O puro silncio apenas ter valor jurdico se a lei determinar, ou se acompanhado de certas circunstncias ou de usos e costumes do lugar, indicativos da possibilidade de manifestao da vontade, e desde que no seja imprescindvel a forma expressa para a efetivao negocial.

ART. 112. Nas declaraes de vontade se atender maisinteno nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

ComentrioInterpretao declaratria do negcio jurdico: A interpretao do ato negocial situa-se na seara do contedo da declarao volitiva, pois o intrprete do sentido negocial no deve ater-se, unicamente, exegese do negcio jurdico, ou seja, ao exame gramatical de seus termos, mas sim em fixar a vontade, procurando suas consequncias jurdicas, indagando sua inteno, sem se vincular, estritamente, ao teor lingustico do ato negocial. Caber, ento, ao intrprete investigar qual a real inteno dos contratantes, pois sua declarao apenas ter significao quando lhes traduzir a vontade realmente existente. O que importa a vontade real e no a declarada; da a importncia de desvendar a inteno consubstanciada na declarao.

Art. 113. Os negcios jurdicos devem ser interpretados conforme a boa-f e os usos do lugar de sua celebrao.Comentrio

Interpretao baseada na boa-f e nos usos do local de sua celebrao: O princpio da boa-f est intimamente ligado no s interpretao do negcio jurdico, pois segundo ele o sentido literal da linguagem no dever prevalecer sobre a inteno inferida da declarao da vontade das partes, mas tambm ao interesse social de segurana das relaes jurdicas, uma vez que as partes devem agir com lealdade e tambm de conformidade com os usos do local em que o ato negocial foi por elas celebrado.

ART. 114. Os negcios jurdicos benficos e a renncia interpretam-se estritamente.

ComentrioInterpretao restritiva de negcio jurdico beneficio e de renncia: Os negcios jurdicos benficos e a renncia devero ser interpretados restritivamente, isto , o juiz no poder dar a esses atos negociais interpretao ampliativa, devendo limitar-se, unicamente, aos contornos traados pelos contraentes, vedada a interpretao com dados alheios ao seu texto.

Da Representao

ART. 115. Os poderes de representao conferem-se por lei ou pelo interessado.

ComentrioConceito de representao:A representao a relao jurdica pela qual certa pessoa se obriga diretamente perante terceiro, por meio de ato praticado em seu nome por um representante, cujos poderes so conferidos por lei ou por mandato.Representante legal:O representante legal aquele a quem a norma jurdica confere poderes para administrar bens alheios, como o pai, ou me, em relao a filho menor (CC, arts. 115, P pane, 1.634, V, e 1.690), tutor, quanto ao pupilo (CC, art. 1.747,1) e curador, no que concerne ao curatelado (CC, art 1.774). A representao legal serve aos interesses do incapaz.Representante convencional ou voluntrio:O representante convencionado o munido de mandato expresso ou tcito, verbal ou escrito, do representante, como o procurador, no contrato de mandato (CC, arts. 115, 2 parte, 653 a 692 e 120, 2a parte).

Art. 116. A Manifestao de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes , produz efeitos em relao ao representado.

ComentrioEfeitos da representao;A manifestao da vontade pelo representante ao efetivar um negcio em nome do representado, nos limites dos poderes que lhe foram conferidos, produz efeitos jurdicos relativamente ao representado, que adquirir os direitos dele decorrentes ou assumir as obrigaes que dele advierem. Logo, uma vez realizado o negcio pelo representante, os direitos sero adquiridos pelo representado, incorporando-se em seu patrimnio ; igualmente os deveres contrados em nome do representado devem ser por ele cumpridos , e por eles responde o seu acervo patrimonial.

Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, anulvel o negcio que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.Pargrafo nico. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negcio realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

ComentrioAnulabilidade de negcio jurdico celebrado consigo mesmo:Se o representante vier a efetivar negcio jurdico consigo mesmo no seu interesse ou por conta de outrem anulvel ser tal ato, exceto se houver permisso legal ou autorizao do representado.Consequncia jurdica do substabelecimento:Se, em caso de representao voluntria, houve substabelecimento de poderes, o ato praticado pelo substabelecido reputar-se- como tendo sido celebrado pelo substabelecente, pois no houve transmisso do poder, mas mera outorga do poder de representao. preciso esclarecer que o poder de representao legal insuscetvel de substabelecimento. Os pais, os tutores ou os curadores no podem substabelecer os poderes que tm em virtude de lei.

Art. 118. O representante obrigado a provar s pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a extenso de seus poderes, sob pena de, no o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.

ComentrioNecessidade de comprovao da qualidade de representante e da extenso dos poderes outorgados:Como os negcios jurdicos realizados pelo representante so assumidos pelo representado, aquele ter o dever de provar queles, com quem vier a tratar em nome do representado, no s a sua qualidade, mas tambm a extenso dos poderes que lhe foram conferidos, sob pena de, no o fazendo, ser responsabilizado civilmente pelos atos que excederem queles poderes.

Art. 119. anulvel o negcio concludo pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.Pargrafo nico. de cento e oitenta dias, a contar da concluso do negcio ou da cessao da incapacidade, o prazo de decadncia para pleitear-se a anulao prevista neste artigo.

ComentrioConflito de interesses existente entre representante e representado:Se, porventura, o representante concluir negcio jurdico, havendo conflito de interesses com o representado, com pessoa que devia ter conhecimento desse fato, aquele ato negocia! dever ser declarado anulvel.Prazo decadencial para anulao de ato efetuado por representante em conflito de interesses com o representado:Pode-se pleitear anulao do negcio celebrado com terceiro, pelo representante em conflito de interesses com o representado, dentro de cento e oitenta dias, contados da concluso do negcio jurdico ou da cessao da incapacidade do representado.Papel do curador especial:Havendo conflito de interesses entre representado e representante, os atos negociais devero, para ser vlidos, ser celebrados por curador especial.

Art. 120. Os requisitas e os efeitos da representao legal so os estabelecidos nas narinas respectivas; os da representao voluntria so os da Parte Especial deste Cdigo.

ComentrioNormas disciplinadoras dos efeitos e dos requisitos da representao:Os requisitos e os efeitos da representao legal regem-se pelos arts. 1.634, V, 1.690, 1.747,1, e 1.774 do Cdigo Civil e os da representao voluntria pelos arts. 653 a 692 do Cdigo Civil, alusivos ao contrato de mandato.Fonte: http://www.civilize-se.com/2012/12/negocio-juridico-comentado-arts-104-120.html#.VOUhL_nF91Y