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5/17/2018 NVEISDEESCRITA-CARACTERSTICASECOMOTRABALHARCOMALUNOS.doc-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/niveis-de-escrita-caracteristicas-e-como-trabalhar-com-alun ENVIADO PELA COLEGA: ALESSANDRA VAZ CARACTERÍSTICA DA ESCRITA E DA LEITURA Nível conceitual - Pré-silábico 1 As crianças não vislumbram que a escrita tem a ver com a pronúncia das partes de cada palavra. As crianças produzem riscos e/ou rabiscos típicos da escrita que tem como forma básica a letra de imprensa ou a cursiva, podendo então realizar rabiscos separados com linhas curvas ou retas ou rabiscos ondulados e emendados. As crianças fazem tentativas de correspondência figurativa entre a escrita e o objeto referido. Somente quem escreve pode interpretar o que está escrito. A escrita ainda não está constituída como objeto substituto. As crianças usam os mesmos sinais gráficos (letras convencionais ou símbolos, ou mesmo pseudoletras - letras inventadas pela criança) para escrever tudo o que deseja. As crianças acham que os nomes das pessoas e das coisas têm relação com o seu tamanho ou idade: as pessoas, animais ou objetos grandes devem ter nomes grandes; os objetos ou pessoas pequenas, nomes pequenos. Presença marcante do realismo nominal. As crianças não separam números de letras, já que ambos os caracteres envolvem linhas retas ou curvas. As crianças acreditam que se escreve apenas os nomes das coisas (substantivos). As crianças só entendem a leitura de desenhos, gravuras, não diferenciando texto de gravura. A leitura é global. A letra inicial é suficiente para identificar uma palavra ou nome.

NÍVEIS DE ESCRITA - CARACTERÍSTICAS E COMO TRABALHAR COM ALUNOS.doc

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ENVIADO PELA COLEGA: ALESSANDRA VAZCARACTERÍSTICA DA ESCRITA E DA LEITURA

Nível conceitual - Pré-silábico 1

⇒ As crianças não vislumbram que a escrita tem a ver com apronúncia das partes de cada palavra.

⇒ As crianças produzem riscos e/ou rabiscos típicos da escritaque tem como forma básica a letra de imprensa ou a cursiva,podendo então realizar rabiscos separados com linhas curvas ou

retas ou rabiscos ondulados e emendados.⇒ As crianças fazem tentativas de correspondência figurativaentre a escrita e o objeto referido.

⇒ Somente quem escreve pode interpretar o que está escrito.

⇒ A escrita ainda não está constituída como objeto substituto.

⇒ As crianças usam os mesmos sinais gráficos (letrasconvencionais ou símbolos, ou mesmo pseudoletras - letras

inventadas pela criança) para escrever tudo o que deseja.⇒ As crianças acham que os nomes das pessoas e das coisas têmrelação com o seu tamanho ou idade: as pessoas, animais ouobjetos grandes devem ter nomes grandes; os objetos ou pessoaspequenas, nomes pequenos. Presença marcante do realismonominal.

⇒ As crianças não separam números de letras, já que ambos os

caracteres envolvem linhas retas ou curvas.⇒ As crianças acreditam que se escreve apenas os nomes dascoisas (substantivos).

⇒ As crianças só entendem a leitura de desenhos, gravuras, nãodiferenciando texto de gravura.

⇒ A leitura é global.

⇒ A letra inicial é suficiente para identificar uma palavra ou nome.

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⇒ As categorias lingüísticas - letra, palavra, frase, texto - não sãoclaramente definidas pela criança.

⇒ As crianças acreditam que para poder ler não podem haver duas

letras iguais, uma ao lado da outra.⇒ Reconhecem que as letras desempenham um papel na escrita.Compreendem que somente com as letras é possível escrever.

⇒ Surge a compreensão ampla da vinculação do discurso oral como texto escrito.

⇒ Fazem distinções entre imagem, texto ou palavras, letras enúmeros - o signo gráfico é desvinculado do figurativo.

⇒ Estabelecem macrovinculações do que se pensa com o que seescreve.

⇒ A vinculação com a pronúncia ainda não é percebida.

⇒ A ordem e a qualidade das letras não são ainda fundamentaispara a distinção de uma palavra de outra. Duas palavras podem serpensadas como sendo a mesma, porque possuem certas letras

iguais.

⇒ As crianças já descobriram, quando lhes são apresentadosmateriais gráficos, que coisas diferentes têm nomes diferentes.Imprimem, então, diferenças nas grafias das palavras, muitasvezes mudando apenas a ordem das letras, principalmente quandopossuem poucos recursos gráficos (usam poucas letras ou

pseudoletras).⇒ Eixo qualitativo - para que seja possível ler ou escrever umapalavra, torna-se necessária uma variedade de caracteres gráfi-cos. Eixo quantitativo - as crianças, de modo geral, exigem ummínimo de três letras para ler ou escrever uma palavra.

⇒ Observação: Os critérios de variedade e quantidadepermanecerão durante bastante tempo e concorrerão para o

aparecimento de muitos conflitos para as crianças; entretanto,eles são benéficos por gerarem situações de incoerência e

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insatisfação, forçando a busca de novas formas de interpretação.

⇒ O rompimento da criança com um esquema anterior deinterpretação, face aos conflitos que surgem, constitui um

momento precioso de evolução dentro do processo de construção,ou seja, da reinvenção do sistema.

⇒ As crianças fazem sempre uma correspondência global quandolêem palavras ou orações; não percebem ainda as partes. Tambémnão fazem a correspondência, termo a termo, entre o que é faladoe o que está escrito.

⇒ A escrita das palavras não é estável.

⇒ A ordem das letras na palavra não é importante.⇒ Categorias lingüísticas (letra, palavra, frase, texto) não sãobem definidas.

PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS - SUGESTÕES DE

ATIVIDADES PARA O NÍVEL PRÉ-SILÁBICO

As atividades sugeridas abaixo irão preparar a criança paraum melhor desempenho nas atividades escritas e darão suportedurante todo o processo de alfabetização.

⇒ Trabalho intenso com os nomes das crianças, destacando as

letras iniciais - atividades variadas com fichas, crachás e alfa-beto móvel.

⇒ Contato com farto e variado material escrito - revistas, jornais,cartazes, livros, jogos, rótulos, embalagens, textos do profes-sor e dos alunos, músicas, poesias, parlendas, entre outros.

⇒ Observação de atos de leitura e escrita.

⇒ Audição de leitura com e sem imagem - notícias, propagandas,

histórias, cartas, bilhetes etc.

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⇒ Hora de leitura - livros, revistas e jornais à escolha da criança.

⇒ Atividades de escrita espontânea - listas, relatórios, auto-ditado.

⇒ Atividades para distinção de letras e numerais.⇒ Manipulação intensa do alfabeto móvel.

⇒ Desenho livre, pintura, modelagem, recorte, dobradura.

⇒ Caixa com palavras ou nomes significativos - de cada aluno ou daclasse.

⇒ Classificação de palavras ou nomes que se parecem - as que

começam com a mesma letra, as que possuem o mesmo número deletras, palavras grandes e pequenas etc.

⇒ Memorização de como se escrevem algumas palavras (fonte deconflito).

⇒ Jogos diversos

bingo de letras, de iniciais de nomes, de nomes e outros, memória de letras, nomes, desenhos; dominós associando nomes e iniciais, desenhos, letras; baralho de nomes, figuras; quebra-cabeças variados com gravuras, nomes, letras; pescaria de nomes, letras iniciais ou de letras do alfabeto.

⇒ Jogos com cartões:

parear cartões com nomes iguais; parear cartões com desenhos; parear cartões com letras.⇒ Jogos com o alfabeto móvel:

cobrir fichas ou crachás; formar o próprio nome e os dos colegas à vista do modelo; separar e agrupar letras iguais; classificar letras segundo número de aberturas e hastes,

partes fechadas e hastes, curvas ou retas.

⇒ Álbuns:

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de rótulos e embalagens; de nomes e retratos ou auto-retrato; da história de vida da criança.

⇒ Jogos e brincadeiras orais: com rimas; adivinhações; telefone sem fio; hora de surpresa; recados orais;  jornal falado.

⇒ Outras atividades e brincadeiras: leitura de poesias e quadrinhos, parlendas, músicas etc. planejamento da rotina do dia; avaliação dos trabalhos do dia; relatório oral de experiências; histórias mudas; produção de texto oral – coletivo;

conversa informal; correio; etiquetação de objetos; estudo e interpretação de gravuras;  jogos de atenção; análise e síntese de palavras; interpretação oral de textos; reescrita com representação através de desenhos do texto

trabalhado; reconto e reescrita de histórias; auto ditado e escritas espontâneas.

É necessário imaginação pedagógica para dar às criançasoportunidades ricas e variadas de interagir com a linguagemescrita.

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NÍVEL SILÁBICO

Quando a criança sai do nível pré-silábico e entra no nível

silábico, ela deixa de apoiar-se em idéias de “aspectos figurativos”do referente à palavra que o representa, ou seja, cada palavra ésempre escrita com as mesmas letras; começa a ver que tudo quese diz se escreve.

Neste nível, a criança encontra uma nova formula para entrarno mundo da escrita, descobrindo que pode escrever uma letrapara cada sílaba da palavra e uma letra por palavra na frase.

CARACTERÍSTICA DA ESCRITA E DA LEITURA

⇒ A vinculação entre escrita e pronúncia – parte do que se falacorresponde a parte da escrita. A criança trabalha com a hipótesede que a escrita representa partes sonoras da fala.

⇒ Correspondência quantitativa de sílabas orais – uma letra paracada sílaba na palavra, uma letra para cada palavra na frase ou uma

letra por sílaba oral também na frase. Há crianças que nãoescrevem nada para verbos.

⇒ Compreensão da estabilidade da escrita das palavras. Tudo quese diz se escreve (não só os substantivos).

⇒ Tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras quecompõem uma escrita.

⇒ Correspondência entre partes do texto (cada letra) e partes daexpressão oral (recorte silábico do nome).

⇒ Essa hipótese silábica pode parecer com grafias distantes dasformas das letras ou com grafias já bem diferenciadas – às vezespode parecer com sinais e não com letras.

⇒ A criança convive com as formas fixas fornecidas pelo mundo e

a hipótese silábica que ela constitui.

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⇒ Podem desaparecer momentaneamente as exigências devariedade e de quantidade mínima de caracteres.

⇒ Conflito cognitivo entre as exigências de quantidade mínima e a

escrita silábica de palavras dissílabas e monossílabas.⇒ A criança busca sempre as unidades menores que compõem atotalidade que tenta representar por escrito.

⇒ Leitura e escrita começam e ser vistas como duas ações comcerto tipo de interligação coerente.

⇒ As crianças podem estar num nível na escrita e em outro naleitura.

O TRABALHO COM PALAVRAS

As crianças já começam a vincular a fala à escrita, por issosão exploradas as vinculações sonoras – a divisão das palavras emtantas letras quantas forem suas sílabas orais.

Quando se tornam silábicas, associam uma letra para cadasílaba.

O TRABALHO COM TEXTOS

É muito importante o trabalho com leitura de históriasinfantis.

Histórias poderão surgir desenhos e dos desenhos possíveishistórias.

O trabalho com diferentes textos, parlendas, músicas,poesias, entre outros, propicia no nível silábico um trabalhofecundo com rimas, análises sonoras de palavras, remontagem detexto com frases fatiadas ou fatiadas em palavras.

O reconto e a reescrita também estarão entre as inúmerasatividades didáticas deste nível.

ATIVIDADES QUE ENVOLVAM FRASES E TEXTOS PARA

FACILITAR O DISCURSO ORAL E TEXTO ESCRITO

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⇒ Escrita e recebimento de cartas, recados, sugestões, avisos eoutros;

⇒ Elaboração de textos coletivos;

⇒ Transcrição de contos e brincadeiras, histórias inventadaspelas crianças, acontecimentos atuais, ocorrências;

⇒ Reconto e reescrita de histórias;

⇒ Leitura de poesias, músicas, parlendas, histórias e outrostextos significativos e previamente memorizados;

⇒ Identificação de frases pelo seu correspondente oral.

TRABALHO COM LETRAS, PALAVRAS E TEXTOS

⇒ Análise sonora sobre as iniciais dos nomes próprios e palavrassignificativas;

⇒ Desmembramento oral dos nomes e das palavras em sílabas(pedacinhos); pronúncia pausada das palavras, solicitando-se aos

alunos que contem os pedacinhos.⇒ Classificação de palavras com o mesmo número de sílabas

(pedacinhos) que iniciam com a mesma letra;

⇒ Completar lacunas em textos e palavras;

⇒ Jogos variados com gravuras e letras iniciais, com gravuras epalavras;

⇒ Dicionário ilustrado com desenhos ou gravuras e escrita dosrespectivos nomes do jeito de criança;

⇒ Auto-ditado, listas, escritas espontâneas diversas;

⇒ Atividades para trabalhar com rimas, sons iniciais, finais emedianos das palavras (meio das palavras);

⇒ Ditado de palavras e frases para diagnóstico do nível conceitualdos alunos;

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⇒ Ditado feito pelos próprios alunos, cada um falando umapalavra;

⇒ Ditado com gravuras para os alunos escreverem apenas a letra

inicial;⇒ Ditado para si mesmo; cada alunos pensa o seu próprio ditado e

após a atividade o professor ouve o que cada alunos quisescrever;

⇒ Ditado para o professor; os alunos ditam palavras ou frasespara o professor escrever no quadro negro e ainda ditam comodeve escrevê-las, depois de escrever nas versões dos alunos o

professor mostra como é escrito nos livros;⇒ Colocar letras em ordem alfabética;

⇒ Montar o alfabeto móvel nomes e palavras livremente;

⇒ Trabalhar com réguas de letras, carimbos, máquinas deescrever, jogos com letras e palavras;

⇒ Construir conjuntos de nomes e palavras para cada letra do

alfabeto; expor na sala;⇒ Comparar o conjunto de letras expostas na parede da sala com

folha mimeografada que receberam;

⇒ Completar palavras com a primeira letra (usar o alfabetomóvel);

⇒ Contar o número de palavras de cada frase;

NÍVEL SILÁBICO-ALFABÉTICO

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A criança silábica, a medida que vai verificando ainsuficiência de sua hipótese de associar uma letra para cadasílaba oral, amplia o seu campo de fonetização.

Em vez de fonetizar cada palavra, preocupando-se com assílabas orais como unidades lingüísticas, ela inicia a fonetização decada sílaba, percebendo normalmente que é constituída de mais deuma letra. A criança vislumbra assim o princípio alfabético daescrita e avança para o nível silábico-alfabético.

Para a criança silábica é impossível ler o que as pessoasescrevem convencionalmente. A criança acha que sempre sobramletras na escrita convencional, ou seja, tem mais letras nas

palavras do que os sons emitidos na fala.A criança silábica entras em conflito porque sabe que, noslivros e nas escritas de pessoas alfabetizadas, a grafia é correta,e que essas pessoas têm a autoridade de saber ler e escrever.

É muito importante para a criança que avança para o nívelsilábico-alfabético conhecer a grafia adequada de algumaspalavras através da autoridade do contexto cultural que a cerca -" a dos alfabetizados".

O confronto entre grafias corretas de palavras e o tipo deescrita silábica (em vias de ser abandonada) produzida pelacriança, é fonte de reflexão e ajuda na passagem para o nívelsilábico-alfabético, porque a criança percebe a necessidade decolocar mais letras do que as que põe no nível silábico.

As crianças neste nível aumentam o número de letras emsuas escritas de duas formas:

⇒ Ou voltam a escrever com muitas letras e com quaisquer letrasabandonando a hipótese silábica;

⇒ Ou continuam escrevendo silabicamente, acrescentando no finalda palavra que escrevem mais letras aleatoriamente, conservandoem parte a hipótese do nível silábico, podendo haver conflito entrea escrita silábica e a quantidade mínima de letras.

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Tais comportamentos confundem muitos osprofessores/alfabetizadores, que precisam estar atentos paraentender e analisar essas situações.

Este tipo de solução, de aumentar o número de letras é quecaracteriza o nível silábico-alfabético, apesar de ser uma soluçãoque resolve apenas uma parte do problema.

A criança escreve então, nas palavras, algumas sílabas só comuma letra e outras sílabas com duas letras. Mas ainda vai persistiro problema da decodificação, de como ler o que escreveu.

CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA E DA LEITURA

Nível conceitual – silábico-alfabético

⇒ Conflito entre a hipótese silábica e a exigência de quantidademínima de caracteres.

⇒ Dificuldades da criança em coordenar as hipóteses que foielaborando no curso dessa evolução, assim como as informações

que o meio ofereceu.⇒ A criança descobre que a sílaba não pode ser considerada comounidade, mas que ela é composta de elementos menores - as letras.Enfrenta novos problemas:

⇒no eixo quantitativo, percebe que uma letra apenas nãopode ser considerada sílaba porque existem sílabas com maisde uma letra. Assim, sem nenhum critério, vai aumentando o

número de letras por sílabas.⇒no eixo quantitativo, a criança percebe que a identidade dosom não garante a identidade das letras, nem a identidade dasletras, a do som. Existem letras com a mesma grafia e váriossons. Descobre que existem sons iguais com grafias diferentese que, na maioria das vezes, não se fala o que se escreve e nãose escreve o que se fala.

⇒ A criança enfrentará novos conflitos ao vivenciar os problemasortográficos que se iniciam no nível silábico-alfabético e se

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estenderão por todo o processo acadêmico.

⇒ A criança procura acrescentar letras à escrita da fase anterior

(silábica).⇒ Grafa algumas sílabas completas e outras incompletas (com umasó letra por sílaba). Usa as hipóteses dos níveis silábico e silábico-alfabético ao mesmo tempo.

⇒ A ausência de letras em sua escrita não pode ser consideradapelo professor como omissão ou retrocesso. Porque, na verdade, éuma progressão nos níveis conceituais.

⇒ A criança silábico-alfabética inicia a leitura independente detextos, palavras, dos livrinhos de literatura, entre outrosportadores de textos. Algumas crianças utilizam-se da soletraçãopara ler, unindo consoante e vogal. Outras já percebem as sílabassimples na sua totalidade.

⇒ A criança já pode iniciar o trabalho na escrita e na leitura comos diferentes tipos e modalidades de letras.

⇒ As dificuldades que as crianças apresentam, na escrita e naleitura, são quanto às sílabas complexas Neste nível, é importanteum trabalho de construção dessas sílabas para que as criançaspossam alcançar, gradativamente, a possibilidade de escrevê-las elê-las nos textos dos livros e em outros materiais.

⇒ Na leitura, a criança faz predições, antecipações do significadodas palavras. As predições e inferências são estratégias básicas 

de leitura.

⇒ As crianças esbarram na leitura e escrita de palavras que sãoiniciadas por vogais. Como saída, elas podem fazer a inversão das 

letras tanto na leitura como na escrita.

Exemplo:

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amora - lêem e escrevem maora.

então - lêem e escrevem netão.

esporte - lêem e escrevem seporte.

PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS

O TRABALHO COM LETRAS, PALAVRAS, SÍLABAS ETEXTOS

Em todo processo de alfabetização, deve-se cuidar para quetodas as atividades de leitura e escrita propostas aos alunosapareçam contextualizadas e associadas a uma significação, isto é,ligadas a aspectos da vida das crianças ou as atividades que 

realizam em sala de aula ou em casa.

Os jogos, as brincadeiras, as rodas de conversa, a troca deidéias entre os alunos, e mesmo um pouco de competição entreeles, tornam a aprendizagem um processo de construção doconhecimento por eles mesmos.

É muito importante que o professor/alfabetizador saiba quetipos de atividades ou situações pedagógicas deverão serdesenvolvidas para que as crianças avancem nos níveis conceituaisda escrita e da leitura e nos seus estágios de desenvolvimentocognitivo.

Sugestões de atividades

⇒  jogos e atividades variadas com alfabeto móvel e silabasmóveis;

⇒ caça-palavras;

⇒ cruzadinhas;

⇒ jogos de memória, bingo, dominós diversos;

⇒ leitura e interpretação oral de diferentes textos, poesias,

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músicas, parlendas, textos do aluno e do professor, notícias,reportagens, bulas de remédio etc.;

⇒ produção de textos coletivos;

⇒ montagem e escrita de pequenas estruturas lingüísticas;⇒ adivinhações, trava-línguas, quadrinhas, anedotas;

⇒  jornal falado;

⇒ hora de surpresa;

⇒ planejamento e avaliação do dia;

⇒ relatório oral e escrito de experiências vivenciadas;

⇒ histórias mudas;⇒ escrita de cartas, bilhetes, listas, anúncios, propagandas;

⇒ análise e síntese de palavras significativas;

⇒ escritas espontâneas, autoditado; e leitura de livrinhos deliteratura, jornais e revistas (em grupo ou individual);

⇒ classificação e seriação de palavras;

⇒ jogos e atividades orais que permitam à criança brincar erecriar com a linguagem (rimas, acrósticos, entre outros);trabalhos manuais - recortes, dobraduras, pinturas, encaixes -propiciam às crianças novas formas de expressão e o uso, em sualinguagem, de novas palavras;

⇒ oficina de histórias, reconto, reescrita;

⇒ construção de relatos e descrições;

⇒ diálogos, entrevistas e reportagens surgidos nas situaçõescotidianas; e transcrição de receitas, brincadeiras, piadas; erecorte de figuras ou palavras para montagem de álbuns oudicionários;

⇒ recontar vídeos, excursões, experiências; e reestruturar frasesde poesias, parlendas ou músicas que os alunos já sabem de cor; elocalizar palavras num texto, copiá-las separando suas sílabas numdiagrama.

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São inúmeras as possibilidades de trabalhar a linguagem orale escrita no nível silábico-alfabético, pois, nesse nível, as criançasapresentam um desenvolvimento acelerado, já iniciando a leitura e

a escrita de forma mais independente.A criatividade do professor na seleção e elaboração dasatividades fará com que as crianças assimilem, gradativamente, apalavra escrita e falada de forma prazerosa e natural.

O professor, durante as atividades propostas, observa,acompanha, avalia e registra o que as crianças dizem, explicam eperguntam entre si.Estas atividades devem ter prosseguimento no 1º ano do 1º ciclo

do Ensino Fundamental.

NÍVEL ALFABÉTICO

A hipótese silábico-alfabética também não satisfazcompletamente a criança, e ela prossegue sua pesquisa em buscade uma solução mais completa que só será alcançada, através dafonetização da sílaba, ou seja a constituição alfabética de sílabas.

O aluno começa a escrever alfabeticamente algumas sílabase, outras, permanece escrevendo na hipótese silábica. São escritassilábico-alfabéticas, mas já fazem parte do nível alfabético,mesmo se tratando do uso de dois tipos de concepção.

O nível alfabético se caracteriza pelo reconhecimento dosom da letra.

Entretanto, a criança ainda não consegue, nesse nível, a

solução de todos os problemas no que se refere à leitura e escrita,entre eles:

1.0- primeiro problema que a criança enfrenta se refere aostipos de sílabas. As crianças, de modo geral, generalizam quetodas as sílabas têm sempre duas letras (isso se dá pelafreqüência de sílaba com duas letras na nossa escrita) edificilmente concluem, automaticamente, que existem silabas de

uma, duas, três, quatro ou cinco letras. Devido à freqüência de

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sílabas constituídas de consoante e vogal, os alunos acreditam quetodas as sílabas são assim. Quando deparam com palavras ousílabas iniciadas por vogais, fazem a inversão na escrita e também

na leitura. Exemplo:ARMÁRIO > RAMÁRIO.

2.0 - segundo problema que as crianças vivenciam é a separaçãodas palavras na produção de textos. Durante a escrita de textosespontâneos, as crianças ora emendam palavras, ora dividempalavras em duas ou três partes. Isso acontece porque, quando a

criança escreve, concentra-se na sílaba; assim, as palavras tendema desaparecer como um todo. Aparecem as primeiras junturas(quando escreve a criança várias palavras emendadas) e seg-mentações (quando escreve separando, indevidamente, aspalavras), muito comuns nas escritas dos alunos ao ingressarem nonível alfabético, e que, nesse nível, serão trabalhadas visando,desde já, a construção da base ortográfica.

3.0 - terceiro problema refere-se à ênfase sobre a escritafonética. A criança, ao dar ênfase à escrita fonética, ou seja, aadequação fonética do escrito ao sonoro, enfrenta as questõesortográficas. Descobre que uma mesma letra pode ter som deoutras letras, como, por exemplo, X com som de CH, S com som dez etc., chegando a constatar que isso acontece em muitas palavras.Exemplo: chave, chaveiro, chácara, xícara, xale, Elisabete, roseiraetc.

4.0 - Por último, a criança enfrenta dificuldades na escrita e naleitura de sílabas complexas. A compreensão de gruposconsonantais é fruto de muito esforço lógico de raciocínio e nãode memorização ou fixação mecânica.

A aquisição da base ortográfica envolve a inter-relação de

componentes lógicos, perceptivos, motores, afetivos, sociais e cul-turais na aprendizagem. E preciso um trabalho constante com a

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construção das sílabas com dígrafos e encontros consonantais nes-se nível de conceitualização, o qual se estenderá às sériesposteriores do Ensino Fundamental.

O nível alfabético constitui o final da evoluçãoconstrutiva do aprendizado da leitura e da escrita. Umaaprendizagem marcada pela reelaboração pessoal do aluno e dareflexão lógica.

CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA E DA LEITURA

Nível conceitual - alfabético

⇒ Reconhecimento pela criança dos sons das letras.

⇒ A criança consegue estabelecer uma vinculação mais coerenteentre leitura e escrita.

⇒ A criança concentra-se na sílaba para escrever.

Surge a adequação do escrito ao sonoro.⇒ As unidades lingüísticas (palavras, letras, silabas) são tratadascomo categorias estáveis (antes não tinham para a criançanenhuma relação entre si).

⇒ A criança escreve do jeito que fala (presença da oralidade naescrita).

⇒ A criança compreende que cada um dos caracteres da escrita

(letras) corresponde a valores sonoros menores que a silaba.⇒ Leitura sem imagem e com imagem.

⇒ Surgem os problemas relativos à ortografia.

PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS

O TRABALHO DE LEITURA E DE PRODUÇÃO DE TEXTOS

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Algumas crianças chegam ao nível alfabético apresentandodificuldades, tais como:

⇒ alunos que lêem alfabeticamente e ainda produzem escritas

silábicas;⇒ alunos que já escrevem quase alfabeticamente e nãodecodificam um texto convencional.

Isso acontece porque a leitura e a escrita não foramdesenvolvidas, até então, de forma correlacionada durante oprocesso de aprendizagem.

O professor atento a essas dificuldades, que são normais no

nível alfabético, propiciará aos alunos oportunidades para vincularas ações de ler e de escrever. A possibilidade de exercê-las nummesmo contexto auxilia o domínio de ambas.

A prática de produção de textos é uma atividade essencialao longo de todo o processo de alfabetização. No nível alfabético,a criança já é capaz de escrever sozinha os seus próprios textos.A criança já possui um mínimo necessário de discriminação dosignificado de cada uma das unidades lingüísticas.

A sílaba escrita é a ponte de comunicação entre letra,palavra e frase, de modo a dar-lhes uma significação própriaporque diferenciada.

A produção de textos é uma atividade expressiva e criativaque envolve reflexão constante, uma reflexão lógica.

Essa reflexão é de suma importância em todas as açõesinteligentes para decidir como se escrevem palavras cuja escrita

não está memorizada.A leitura de textos, por sua vez, envolve a seleção peloprofessor dos tipos de textos que serão oferecidos aos alunos deprimeira série ou pré-escolar, já alfabéticos, tendo em vistaoferecer experiências múltiplas, concretas e reais com overdadeiro uso da coisa escrita na vida de alguém.

A produção de textos pode ser individual ou coletiva. Oimportante é que a criança de primeiro ano do primeiro ciclo do

Ensino Fundamental ou pré-escolar leia e escreva muito, e que

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todas as suas produções sejam muito valorizadas pelo professor eoutros.

Cada criança escreve do seu jeito e não há "certo" ou

"errado" neste momento. O texto produzido pelo aluno é como umdesenho ou qualquer outra forma de manifestação expressiva. Nãocabe, absolutamente, qualquer forma de correção ou demodificação.

Esses textos são um indicador valioso sobre o andamento doprocesso de aprendizagem dos alunos. Eles fornecem dados quepoderão ser utilizados em outras atividades de escrita.

É preciso que, em alguns momentos, o professor se torne o

escriba da turma, porque é indispensável para o aluno poder per-ceber atos de escrita de pessoas alfabetizadas, seja na escrita detextos, palavras ou letras. Isso possibilita ao aluno a análise deaspectos espaciais e motores envolvidos, bem como a direção quese segue ao escrever (da esquerda para a direita), os tipos desinais gráficos utilizados (letras, sinais de pontuação), tipos deletras e suas modalidades, a ortografia das palavras, como tam-bém observar que se escreve tudo (e não só os substantivos). Éimportante que o professor leia o texto escrito para as crianças,apontando, com um a régua, o que está lendo.

Os textos são trabalhados em sala de aula para seremanalisados nos dias subsequentes à sua produção. Nesse sentido,devem ser expostos na parede, para visualização dos alunos, emdois tipos de letras - cursiva e de imprensa. Poderão sertranscritos para os alunos, que os utilizarão em inúmeras ativi-

dades e explorações didáticas, assumindo característicasdiferentes para os alunos de acordo com seu nível psicogenético.

Sugestões de atividades para o trabalho com textos

As atividades devem ser elaboradas e/ou selecionadas peloprofessor visando aos alunos em situações desiguais dentro dapsicogênese. Dificilmente todos os alunos de uma classe estarão ao

mesmo tempo num mesmo nível conceitual.

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Uma mesma atividade pode ser trabalhada com crianças emvários níveis no processo de aquisição da escrita e da leitura,contanto que ela englobe um espaço amplo de problemas e que o

professor provoque, diferentemente, com questões e desafiosadaptados aos alunos em situações desiguais, reconhecendo evalorizando as suas respostas e comportamentos frente ao que foiproposto.

Assim, as atividades aqui sugeridas podem atender também aoutros níveis, que não apenas ao alfabético; o que muda é o foco deinteresse didático.

⇒ Produção de texto a partir do desenho do aluno.

⇒ Exploração dos textos individuais com toda a classe.

⇒ Sugerir a escrita de textos a partir de outros textos jáconhecidos pelos alunos: letras de música, poesias, históriasmemorizadas, descrição de brincadeiras, regras de jogos etc.

(também podem ser utilizados para leitura e análise).⇒ Produção de textos coletivos sobre acontecimentos ouinteresses dos alunos naquele momento.

⇒ Atividades a partir de um texto:

- leituras globais ou parciais;- reconhecimento de palavras, frases ou letras no texto;- análise de palavras do texto quanto ao número de sílabas e de

letras, quanto à letra inicial ou final etc.;- ditado de palavras e frases relativas ao texto trabalhado;- copiar palavras do texto com uma, duas, três sílabas etc.;- marcar, no texto mimeografado, nomes próprios e comuns,rimas, palavras no singular e no plural etc.;- remontagem do texto com fichas de frases ou palavras;- produção de um desenho para ilustrar o texto;

- separar frases em palavras;- cópia do texto estando marcados apenas os espaços

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(atividade mimeografada);- completar lacunas de palavras;- escolher palavras do texto e elaborar pequenas frases;

- ditar palavras do texto para um colega e vice-versa;- registrar, à frente das frases, o número de palavras que acompõem;- montar frases com fichas das palavras do texto;- produções de histórias em quadrinhos.

⇒ Análise de palavras numa frase ou texto (separação em palavrasa partir da análise oral). Contar número de palavras numa frase outexto a partir de suas palavras (texto ou frase fatiadas empalavras).⇒ Caderno de produções de textos individual (para registro dehistórias com ou sem desenho, relatos de acontecimentos,notícias, listas de palavras etc.). Esse caderno pode sertrabalhado em casa ou em sala de aula.

⇒ Leitura de diferentes textos: livros, revistas, partes de jornais, cartas, bilhetes, convites, propagandas, anúncios, músicas,poesias, parlendas, adivinhações, trava-línguas etc.⇒ Leitura e narração de histórias pelo professor (permite amacrovinculação do texto escrito com o discurso oral).

O TRABALHO COM SÍLABAS

A criança começa a construção da sílaba desde o nívelsilábico, quando percebe que não pode ler o que foi escrito por ela.Prossegue no nível silábico-alfabético quando acrescenta letrasnos seus escritos sem resolver o problema, que só vai ser superadocom a escrita alfabética no nível alfabético.

A introdução sistemática das famílias silábicas não é o modomais indicado para ajudar alunos alfabéticos a evoluir em suas con-cepções sobre a escrita. E muito mais indicado encorajá-los arefletir sobre a pronúncia para pensar a escrita. A percepção

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auditiva entra como matéria-prima em todo o trabalho deinteligência, e o fato de nossa língua não ser inteiramentefonética implica, subsidiariamente, uma elaboração mental dos

elementos ouvidos para chegar à escrita.Nesta proposta didática, sugere-se desenvolver um trabalhocom sílabas começando pela sua identificação parcial, pelodesmembramento das palavras em todas as suas sílabas e pelamontagem de palavras por meio de sílabas, só chegando às famíliassilábicas através das descobertas dos próprios alunos.

O professor deve permitir ao aluno explorar ao máximo o

mundo das palavras, das frases, dos textos e das letras,incentivando-o a extrair o máximo de conhecimentos por contaprópria, e só entrar com a sistematização clássica se fornecessário, e da forma mais construtiva possível, sem nenhumaordenação de dificuldades.

Sugestões de atividades para o trabalho com sílabas

No trabalho com sílabas é preciso levar em conta ascondições cognitivas das crianças, que concernem a:

⇒ distinção de uma só sílaba na palavra escrita;

⇒ distinção estável de todas as sílabas das palavras (classificarpalavras de acordo com o número de sílabas);

⇒ possibilidade de considerar sílabas independentemente da suainserção em palavras concretas;

⇒ condições para classificar sílabas de acordo com o número deletras que a constituem, letra inicial ou final da sílaba etc.

As atividades propostas devem envolver palavras de umuniverso semântico vinculado ao interesse dos alunos: nomes deanimais, partes do corpo, personagens de histórias, novelas e

outros, ou de palavras que surgem na sala de aula.

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⇒ Atividades para completar a primeira ou a última sílaba dosnomes ou palavras com material concreto (fichas, jogos).

⇒ Ligar nomes às sílabas iniciais.

⇒ Jogos: mico preto, bingo, memória, dominó (com palavras ounomes e silabas iniciais ou finais).

⇒ Fazer correspondências de todas as silabas de uma palavra coma palavra correspondente.

⇒ Completar fichas de palavras com as letras que faltam (usandoo alfabeto móvel).

⇒ Classificação de palavras com o mesmo número de sílabas.

⇒ Constituição de palavras com sílabas e alfabetos móveis.

⇒ Separação de palavras em sílabas (com fichas para recortar ecolar ou por escrito).

⇒ Separação e registro do número de silabas das palavras dafrase.

Exemplo:

PEDRO ESTÁ DOENTE( ) ( ) ( )

⇒ Escrita de palavras e nomes que iniciam ou terminam com umadeterminada sílaba.

⇒ Adivinhações de palavras através de pistas do professor.

O TRABALHO COM LETRAS

Desde o início da psicogênese, as crianças têm contato comletras, palavras, frases e textos e também de alguma forma comas sílabas (ao menos oralmente).

É de muita importância trabalhar simultaneamente as letras,

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sílabas, palavras e textos em todos os níveis psicogenéticos.Apenas para fins didáticos, separamos as sugestões de atividadespor unidades lingüísticas.

O trabalho com letras é feito desde o início da escolarizaçãoatravés dos níveis pelos quais a criança perpassa. Esse trabalho étambém indispensável no nível alfabético (mesmo com crianças jáalfabéticas, isto é, que lêem e escrevem alfabeticamente).

Sugestões de atividades para o trabalho com letras

⇒ Alfabetos variados (tamanho, forma de letra, material) para

montagem de palavras ou frases mediante desafios interessantesdo professor.

⇒ Num monte de letras, solicitar à criança que encontre todas asletras de seu nome. Separar as letras dos nomes dos colegas dogrupo.

⇒ Reescrever as palavras do álbum ou dicionário já montados nosníveis anteriores.

⇒ Construir dados de letras (4 dados com as 26 letras do nossoalfabeto).

⇒ Jogos industrializados ou criados pelos alunos e professor(inclusive de ordem ortográfica).

Extraído: Fonte escola ativa, Fundescola