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Nocoes Basicas de Doencas Suinas

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Nocoes Basicas de Doencas Suinas

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1 CADASTRO PARA RECEBIMENTO DE CERTIFICADO DE CONCLUSO Ateno: Campos marcados com * so de preenchimento obrigatrio. * Nome: * Instituio/Empresa: * CPF/CNPJ: Cargo: E-mail: * Pas: * Estado (UF): * Endereo: * Bairro: * Cidade: * CEP: Telefone: * Atividade: ()Consultoria/extenso()Empresrio ()Estudante ()Frigorficos ()Indstria de Insumos para a produo ()Indstria de insumos para frigorficos ()Indstria de insumos para laticnios ()Indstria de laticnios ()Instituies governamentais ()Mdia especializada ()Pesquisa/ensino ()Produo de Gado de Corte ()Produo de Leite ()Revenda/ distribuio de produtos para a produo ()Varejo ()Outra:*Como soube de nossos Cursos? 2 3 INTRODUO O manejo com a sanidade animal uma preocupao que deve iniciar desde cedo nas criaes dentro de qualquer sistema produo. Atualmente devido o aumento da comercializao de produtos de origem animal e o nvel de informaes que o mercado tem acesso, o consumidor tornou-se mais exigente quanto a origem do produto que esta comprando. Por este motivo que o assunto manejo sanitrio vem se tornando um assunto cada vez mais enfatizado dentro do setor agropecurio brasileiro. Sendo assim este curso ir apresentar as principais doenas que acometem os sunos, proporcionando aos participantes noes das enfermidades quanto ao diagnstico, preveno e tratamentos. No o propsito deste curso formar especialistas em patologia suna, sendo assim recomenda-se para diagnsticos e tratamentos das doenas a campo a consulta do mdico veterinrio. A ocorrncia de uma sintomatologia no necessariamente ir determinar a especificidade de uma doena. As doenas so multifatoriais, ou seja, vrios fatores podem desencadear o aparecimento da mesma, sendo: Fatores ambientais: Manejo, higiene, densidade, ventilao, clima. Fatores do agente: Virulncia, amostra, resistncia, disseminao. Fatores do animal: Imunidade, idade, gentica, nutrio. Por se tratar de um assunto complexo e detalhista separamos os temas por reas de ao. Sendo: Doenas reprodutivas, doenas entricas, doenas respiratrias, outras doenas e medidas de manejo. 4 LEGENDA Aula 1. - Doenas Reprodutivas. 1.Brucelose suna,2.Doena de Aujeszky,3.Leptospirose,4.Parvovirose suna,5.Problemas reprodutivos em matrizes,6.Sndrome de MMA. 7.Toxoplasmose, Aula 2. - Doenas Entricas 1.Coccidiose,2.Colibacilose,3.Diarria por rotavirus,4.Disenteria, 5.Doena do edema,6.Enterotoxemia,7.Gastroenterite transmisvel,8.Ilete. ,9.Micotoxicose, 10. Salmonelose 11. lceras, Aula 3. - Doenas Respiratrias 1.Pasteurelose,2.Pleuropneumonia suna,3.Pneumonia micoplasmtica,4.Rinite artrfica, Aula 4. - Doenas Sistmicas 1.Circovirus.2.Doena de Glasser,3.Erisipela suna,4.Febre aftosa, 5.Peste suna clssica, Aula 5. - Outras Doenas 1.Abcessos,2.Anemia,3.Artrite,4.Epidermite exudativa,5.Estufamento,6.Infeco umbilical,7.Micobacteriose,8.Parasitas externos,9.Parasitas internos,10. Sndrome do estresse em sunos,11. Splay-lag, 5 GLOSSRIO Acidose: Estado de acidez elevada do sangue e dos tecidos, causado por excesso de produo de cidos. Agente etiolgico: Agente que contribui para a ocorrncia de uma doena. Alopecia: Queda geral ou parcial dos plos. Casco fendido: Casco separado em duas partes por uma fenda. Cepa: Origem de qualquer linhagem. Choque anafiltico: Sensibilidade do organismo a introduo do antgeno de uma vacina (ou outros) e o anticorpo formado. Choque hipovolmico: Presso arterial baixa, devido falta de sangue circulante. Cianose: Colorao azulada da pele devido oxigenao insuficiente do sangue. Conjuntivite: Inflamao da membrana mucosa da parte anterior do globo ocular. Constipao:Inflamao aguda e catarro nas fossas nasais. Dispenia: Dificuldade de respirar. Doenas entricas: Doenas que atacam o sistema digestivo (intestinos) dos animais. Emaciao: Perda de peso, emagrecimento. Endocardite: Inflamao da membrana lisa que envolve o corao. Enterocolite: Inflamao da membrana mucosa do intestino delgado, principalmente do colo. Epitlio: Tecido que reveste as superfcies externas e internas. Esporular: Capacidade de um ser se reproduzir atravs de esporos. Extirpao: Extrao de um rgo ou membro enfermo. Exsudao: Transpirar ou suar. Fludos tisulares: Lquidos que compem os tecidos. Hematria: Urina com sangue. Hiperemia: rea de colorao avermelhada. Jarretes: Regio posterior do joelho. Letargia: Estado de sono profundo provocado por algumas doenas. Lobo apical: Parte do pulmo mais alta, pice. Lobo cardaco: Parte do pulmo prxima ao corao. Lobo diafragmtico: Parte do pulmo prxima ao diafragma. Medula ssea: Substncia encontrada no interior dos ossos. Meningite: Inflamao das meninges. Mesentrio: Membrana serosa que sustenta os intestinos. Microvilosidades: forma ciliar da parede intestinal. Necrose: Morte de um tecido ou rgo quando ainda faz parte de um organismo vivo. Oocisto: Estado estacionrio de vida das principais agentes de coccidiose. Palato: Cu da boca. Petquias: Hemorragias puntiformes com 1 a 2 mm de dimetro. Poliserosite: Inflamao dos tecidos que envolvem os pulmes, corao e intestinos. Prostrao: Deitar-se por debilidade causada por uma doena. Septicemia: Infeco na corrente sangunea. Soluo de eletrlitos: Liquido composto de microminerais que suplementam uma deficincia.Tecido linfide: Tecido que constitui os gnglios linfticos. Tonsilas: Amdalas. Zoonose: Doenas que atacam os animais e que podem infectar o homem. 6 Aula 1 -Doenas Reprodutivas 1. Brucelose suna A brucelose suna, tambm conhecida como doena de Bang, responsvel pela ocorrncia de abortos em sunos e alguns casos de infertilidade. A brucelose pode ser causada por trs bactrias: Brucella suis, Brucella abortus e Brucella melitensis. A doena pode ser transmitida para outras espcies de animais domsticos e tambm ao homem. A transmisso pode ocorrer por: 1.Cobertura de marrs e porcas com cachao infectado - A Brucella penetra no trato reprodutivo durante a cobertura e, aps instalar-se no tero penetra em outras partes do corpo. 2.Contato com animais infectados - A Brucella penetra por via oral, atravs da pele e das membranas mucosas. 3.Rao e pasto contaminados - Os sunos podem ser infectados atravs do contato com gua, rao e solo contaminados com urina ou secrees de animais infectados. Sintomas Devido variao dos sintomas de animal para animal, no h um guia prtico para se detectar a doena. Entretanto existem alguns sintomas importantes: Ciclo irregular - As matrizes retornam ao cio de quatro a oito semanas aps a cobertura. O aborto ocorre precocemente e passa despercebido. 7 Abortos, leites fracos - Os abortos podem ocorrer em qualquer fase da gestao, mas principalmente ocorrem entre dez e oitenta dias de gestao. A ocorrncia de natimortos ou leites fracos comum. As porcas que abortam podem ter uma leitegada normal na gestao seguinte, porm so transmissoras da doena. Manqueira e espessamento das junes sseas, determinando inchao, manqueira e posteriormente paralisia. Esterilidade - A brucelose pode causar infertilidade temporria ou definitiva, tanto em porcas quanto em cachaos. Preveno e tratamento No existe tratamento para a brucelose, o controle feito atravs de testes sorolgicos e eliminao dos positivos. A reposio do plantel deve ser feita com animais provenientes de granjas livres da doena. 2. Doena de Aujeszky (pseudo-raiva) A doena de Aujeszky, tambm conhecida como pseudo-raiva, causada por um herpevrus. Na forma aguda freqentemente fatal para a maioria das espcies animal domstico e selvagem. O suno, no entanto, o nico reservatrio natural e o transmissor primrio da doena. Nos sunos, o herpevrus afeta o sistema nervoso central e ocasionalmente o trato respiratrio; responsvel ainda pela alta mortalidade em leites lactentes e atinge eventualmente alguns animais adultos. 8 A transmisso ocorre por contato direto com animais infectados, rao e gua, equipamentos, roupas e botas, veculos, enfim, qualquer coisa que tenha sido exposta ao vrus. Sintomas O vrus de Aujeszky normalmente penetra pelas vias respiratrias, atingindo o sistema nervoso num perodo de 24 a 48 horas. Os sintomas da doena podem se manifestar 24 horas aps a exposio ao vrus. A doena pode ser reconhecida em leites com menos de trs semanas de vida por perda de apetite, falta de coordenao, depresso, vmitos, diarria e convulses, seguida freqentemente por morte de toda a leitegada. Em animais mais velhos, os sinais incluem perda de apetite, tosse, o animal procura esfregar o focinho nas superfcies da baia, espirros, convulses, problemas reprodutivos como o aborto, ocorrncia de natimortos e mumificao. Os cachaos mais velhos podem no aparentar sinais clnicos. Existe grande evidncia de que o vrus de Aujeszky possa permanecer latente. A fadiga e o estresse podem ajudar a ativar o vrus, mesmo aps perodo prolongado, durante o qual no se tenha observado qualquer sintoma caracterstico da doena. Preveno e tratamento Quando existe suspeita da doena, a granja deve ser mantida em quarentena. O suno infectado deve ser isolado e principalmente afastado dos leites e das fmeas em gestao. A doena pode ser transmitida por ces e gatos que tenha ingerido carcaa contaminada. No existe tratamento para a doena, entretanto os animais podem ser vacinados com vacina viva modificada ou inativada. Um programa de preveno consiste em vacinar matrizes em gestao, conferindo imunidade passiva aos leites e posteriormente vacinar leites jovens, para que desenvolvam a imunidade ativa. Quando da introduo de novos animais, antes de acrescent-los ao plantel, deve-se submet-los a exames sorolgicos e refazer o teste trinta dias aps o primeiro exame. 9 3. Leptospirose 10 A leptospirose uma doena de grande importncia, causada por varias espcies de bactrias do gnero leptospira. A principal caracterstica da doena o aborto. Sintomas Geralmente o aborto ocorre cerca de trs semanas antes do parto. Caso a fmea leve a gestao at o final, os leites podem nascer mortos ou muito debilitados. Os que nascem vivos no chegam a sobreviver por muito tempo. Em alguns casos, as fmeas apresentam hematria, perda de apetite, diminuio de peso, febre, leso intestinal e ocasionalmente meningite. A leptospirose pode ser confundida com outras doenas da reproduo, como o SMEDI e a brucelose, necessitando portanto de exames sorolgicos para seu diagnstico. Transmisso Ocorre geralmente por contato com a urina de animais infectados, principalmente roedores. A leptospira no possui uma viabilidade muito longa fora do hospedeiro. Entretanto, sob condies favorveis, pode sobreviver por at duas semanas na gua ou em piso muito mido. Os rios que cercam as diversas granjas podem transportar a leptospira para outras propriedades. Foram isolados quatro sorotipos principais de lepstospira, responsveis pela doena em sunos: Leptospira pomona, L. icterohemorrhagiae, L. canicola e L. grippotyphosa. Preveno e controle A preveno pode ser realizada atravs da vacinao, vacina liquida inativada que contem os quatro sorotipos principais da leptospirose. recomendvel examinar todos os animais e adquiri-los de granjas reconhecidamente livres do problema. Para granjas muito contaminadas, recomenda-se tratamento com antibiticos base de estreptomicina antes da vacinao. 11 4. Parvovirose suna Doena causada pelo parvovrus, cuja nica sintomatologia na matriz se manifesta por problemas de ordem reprodutiva. Caracteriza-se por abortos, morte embrionria e mumificao fetal, repetio de cio, reduo do nmero de leites na leitegada, ocorrncia de natimortos ou nascimento de leites muito debilitados que logo morrem. Os animais se infectam por via oral e eliminam o vrus nas fezes e secrees, na fase aguda da doena. Os cachaos podem transmitir a doena atravs do smen. Sintomas Durante o primeiro ms de gestao, o vrus se dirige ao tero, e de vinte a trinta dias aps a infeco, multiplica-se nos embries provocando-lhes a morte. Nesta fase podemos observar um retorno de cio antecipado ou tardio. Com a infeco ocorrendo entre o segundo ms de gestao e a primeira metade do terceiro, a maioria dos fetos morre, sofrendo processo de mumificao. Caso a mortalidade da leitegada seja total, o perodo de gestao tende a prolongar-se alm do tempo de parto normal. Preveno e controle A nica medida vlida a preveno, realizada atravs da vacinao. Todas as matrizes devem ser vacinadas antes do perodo de gestao, impedindo a instalao do vrus no trato reprodutivo. Cachaos tambm devem ser imunizados. Recomenda-se o uso de vacinas inativadas contra a parvovirose suna, para ser aplicada em marrs e porcas antes da cobertura e tambm nos cachaos. 12 5. Problemas reprodutivos em matrizes Os problemas reprodutivos em marrs e porcas podem resultar em srias perdas para a industria suna. Existem umas sries de varias causas para este problema, como as infecciosas, produzidas por bactrias, vrus e fungos, alm das causadas por deficincia nutricional, toxinas, anormalidades genticas e manejo incorreto. Os problemas reprodutivos de maior freqncia so: 1-Esterilidade - a incapacidade de concepo. Em sunos, cerca de 5% das fmeas so estreis, devido a alguma anormalidade desenvolvida ou prpria do sistema reprodutivo. As causas mais comuns so: ausncia dos cornos uterinos, tero ou crvix em fundo cego, hidro-salpinge (lquido no tero), infantilismo (rgos sexuais imaturos) e cistos ovarianos. Muitas formas de esterilidade so relatadas como hereditrias, portanto uma boa norma ser examinar cuidadosamente todas as fmeas que no emprenham aps a cobertura. 2-Aborto - a interrupo da gestao antes do perodo normal. Os fetos no se encontram totalmente desenvolvidos, nascem mortos ou morrem logo aps o nascimento (as duas ltimas formas so consideradas problemas de origem reprodutiva). 3-Natimortos - Condio em que o feto atinge a maturidade no tero, morrendo porem, logo ao nascimento. 4-Mumificao - Resulta da morte do feto aps a deposio de clcio nos tecidos sseos. Neste caso, os fetos morrem entre 35 e 70 dias de gestao. 5-Morte embrionria - a que ocorre antes do processo de calcificao do esqueleto, resultando na completa reabsoro embrionria. 13 Em problemas de origem infecciosa podem estar envolvidas bactrias como a Brucella suis, diversas leptospiras e estreptococcos. Alguns casos podem ser devidos a Escherichia coli, Pasteurella multocida, Staphylococcus aureus e Corynebacterium pyogenes. Entre as viroses, te,os os vrus de Aujeszky e o parvovirus suno. Quanto aos fungos, o Aspergillus fumigatus tem sido apontado como o responsvel por abortos. Em problemas reprodutivos de origem nutricional, a deficincia de vitamina A pode acarretar ocorrncia de natimortos, nascimento de leites fracos e at mesmo aborto. Outros elementos envolvidos so a riboflavina, cido pantotnico, vitamina B12, e minerais como ferro e mangans. 6. Sndrome MMA - mastite/metrite/agalaxia A sndrome MMA um problema freqente em matrizes recm-paridas, geralmente causada por infeco bacteriana nas glndulas mamrias e no tero. Sintomas As glndulas mamrias ficam inflamadas e endurecidas. Devido dor, as matrizes no permitem o aleitamento. Apresentam-se febris, recusando a rao. Pode haver um corrimento espesso e esbranquiado pela vulva, sugerindo uma infeco uterina. A agalaxia pode ser constatada quando a matriz permite o aleitamento, porm os leites podem ser indicativos do MMA. Pela falta de leite, eles apresentam-se enfraquecidos, morrendo aps dois ou trs dias. Os leites lactentes podem desenvolver tambm uma diarria conhecida como diarria branca ou diarria da cauda molhada. Tratamento e controle Vrios fatores podem estar envolvidos na sndrome MMA, entre outros: nutrio deficiente, toxidade causada por constipao ou por reteno do contedo uterino e fadiga devida ao parto. Aplicaes de ocitocina podem ser teis para a expulso de restos de placenta, sangue e membranas fetais do tero. Auxilia tambm na ejeo do leite. As matrizes necessitam de muita gua limpa e fresca para ajudar na desintoxicao do organismo. 14 Reduzir ao mximo o estresse no local da pario, introduzindo as matrizes alguns dias antes do parto provvel, aclimatando-as ao local. Os antibiticos de amplo espectro so teis no combate infeco, e a diarria produzida pela MMA pode ser tratada por via oral com medicamentos adequados. O manejo cuidadoso da matriz e uma boa higiene das instalaes so medidas preventivas de grande valor. 7. Toxoplasmose uma zoonose, ou seja, doena que pode acometer tanto os animais quanto o homem, nos animais os maiores problemas so relativos a prejuzos na reproduo, no homem, o maior problema na primeira infeco que pode cursar com diarria e em mulheres grvidas pode acontecer aborto ou nascimento de crianas com problemas dem formao. O principal disseminador da doena para os outros animais o gato; pois este elimina em suas fezes os oocistos deste parasita. Sintomas Os sintomas so basicamente com relao ao aparecimento de abortos, nascimento de natimortos e mumificados. Preveno e tratamento A preveno se d atravs da eliminao dos gatos dos arredores das granjas, limpeza e desinfeco adequada das instalaes. O tratamento feito atravs da administrao de sulfa aos animais infectados, porm muito prolongado o tratamento o que o torna caro e invivel. 15 Prova da aula 1. 1. Qual a principal fase da gestao das matrizes onde ocorrem os abortos por ocasio da brucelose suna? a) De 80 a 90 dias de gestao. b) De 10 a 80 dias de gestao. c) De 90 a 114 dias de gestao. d) Nenhuma das anteriores. 2. Qual a principal fase da gestao das matrizes onde ocorrem os abortos por ocasio da leptospirose? a) De 80 a 90 dias de gestao. b) De 10 a 80 dias de gestao. c) De 90 a 114 dias de gestao. d) Nenhuma das anteriores. 3. Qual a sintomatologia tpica da presena do parvovrus nem uma granja suna a) Fezes escuras. b) Fetos mortos mumificados. c) Vmitos e diarrias. d) Repetio de cios. 4. A sndrome MMA caracterizada por: a) Manqueira, Mastite e Agalaxia. b) Mastite, Metrite e Alergia. c) Mastite, Malria e Agalaxia. d) Mastite, Metrite e Agalaxia. 5. Em uma granja deve-se manter o isolamento total, principalmente a qual animal em relao a toxoplasmose? a) Ces. b) Urubus. c) Gatos. d) Gasos. 16 Aula 2. -Doenas Entricas 1. Coccidiose Com o incremento da produo de sunos no sistema de confinamento, coccidiose suna vem adquirindo um papel cada vez mais relevante no contexto das doenas entricas em leites. A coccidiose causada por um pequeno parasita que passa grande parte de seu ciclo de vida nos animais. As espcies que infectam os sunos pertencem a dois grupos: eimria e isospora. A coccidiose transmite-se atravs das fezes contaminadas por oocistos. O leito se infecta logo aps o nascimento. Uma vez no interior do leito, o oocisto muda de forma e penetra nas clulas intestinais. Dentro da clula, o coccdeo cresce e se multiplica at o rompimento da parede celular. Os novos oocistos passam s fezes, complementando o ciclo. O epitlio intestinal lesado pela ao do cecdeo torna-se incapaz de absorver nutrientes, impedindo desenvolvimento satisfatrio do leito. Sintomas Os leites se infectam com o oocisto e, entre sete e nove dias aps, manifestam-se os primeiros sintomas como uma diarria de colorao cinza esverdeada. Outro indicador a perda de peso e a desidratao 17 Preveno e tratamento O bom manejo essencial na preveno da coccidiose. Uma vez que os oocistos so transmitidos pelas fezes e se esporulam no piso da maternidade, especial ateno deve ser dirigida manuteno de uma boa higiene nessa rea. As matrizes devem ser banhadas antes de entrarem na maternidade, uma vez que animais adultos constituem fontes de infeco. Os suinocultores podem tratar tambm as matrizes e leites. O tratamento da matriz antes do parto contribui para diminuir a carga infectante. Os tratamentos incluem o uso de vrios coccidiostticos existentes no mercado. 2. Colibacilose Das doenas entricas de leites, a colibacilose constitui um dos maiores problemas enfrentados pelo suinocultor, devido s grandes perdas que acarreta. A colibacilose, tambm conhecida como curso branco, causada pela bactria Escherichia coli, um habitante normal no intestino grosso, mas no do intestino delgado de animais saudveis. Entretanto alguns sorotipos so classificados como enteropatognicos, no sentido de que produzem a doena por se desenvolverem no intestino, sem invadir outros tecidos do corpo. Os quatro sorotipos mais patognicos so K88, K99, 987P e F-41. Esses sorotipos de E. coli produzem toxinas capazes de provocar uma perda macia de fludo do organismo. O leito desidrata-se de desenvolve uma acidose. A bactria tem seu crescimento favorecido em instalaes sujas e midas. O leito contamina-se a partir da porca e do ambiente e, duas a trs horas aps a exposio bactria, manifesta os primeiros sinais da doena. O microorganismo transmite-se rapidamente, podendo infectar 100% dos leites com mortalidade podendo chegar a 60% sem tratamento. Sintomas Um sintoma da colibacilose a morte repentina. O leito morre rapidamente de desidratao sem evidncia de diarria, ou o sintoma inicial uma diarria suave sem evidncia da desidratao. Os leites classicamente apresentam-se deprimidos e 18 param de mamar, demonstram apatia e amontoam-se para se aquecerem. As fezes podem estar lquidas amareladas ou amarronzadas. A desidratao, por contingncia, intensifica-se devido ao fato do leito no mamar. O animal pode morrer dentro de poucas horas. Preveno e tratamento Em termos econmicos, sem dvida alguma deve prevenir em vez de tratar a diarria por E. coli. Uma medida de relativo sucesso a vacinao de matrizes antes da ocorrncia do parto. Dessa forma, a matriz ter em seu colostro, anticorpos que permitiro ao leito uma chance maior e sobrevivncia.Boas formas de manejo tambm auxiliam na preveno da diarria. Entre essas tcnicas inclumos a ventilao adequada, evitar o uso excessivo de gua na limpeza possibilitando instalaes menos midas, na tentativa de manter reduzido o nmero de E. coli. Boa nutrio e manuteno de uma temperatura adequada tambm so vitais, medida que evitam o estresse. Existem tratamentos para a diarria por E. coli, e certos antibiticos tem provado sua eficcia contra a bactria. No entanto, existem alguns problemas na adoo do tratamento. Em primeiro lugar, alguns leites morrem rapidamente sem que haja tempo para instituir o tratamento. Ele pode ser tambm dispendioso, no apenas pelo custo dos antibiticos, mas pelo fato de cada leito necessitar ser tratado individualmente. Outro problema significativo a resistncia que a E. coli apresenta frente a diversos antibiticos. Alguns produtos utilizados so base de gentamicina e sulfas, administrado oralmente tem ocasionado bons resultados. 3. Diarria por rotavrus 19 Diarria por rotavrus uma doena de distribuio mundial, muito comum em sunos, especialmente em leites. A doena tem sido observada em leites de uma a seis semanas de vida. A transmisso ocorre facilmente da matriz para os leites em lactao ou tambm atravs de outros leites infectados. O problema se intensifica, pois o vrus tende a destruir as microvilosidades intestinais, dificultando ou mesmo impedindo a absoro do leite ingerido. Sintomas O rotavrus transmitido atravs da ingesto de material contaminado e possivelmente atravs da inalao de partculas virais. Os primeiros sintomas clnicos da doena so a inapetncia e a presena de vmitos seguidos por diarria. A diarria caracterizada por uma dejeo amarelada ou branca, lquida de incio e que, aps algumas horas, torna-se cremosa ou pastosa, antes de retornar ao normal. A desidratao pode ocorrer 24 horas aps o incio da diarria, eventualmente seguida de morte. Normalmente os leites recuperam-se entre trs e quatro dias, mas em alguns casos a diarria pode persistir por at duas semanas. Os leites clinicamente recuperados podem transmitir o vrus por at trs semanas aps o fm dos sintomas clnicos. A morbidade elevada, porm a mortalidade situa-se ao redor de 10 a 20%. As perdas devidas morte geralmente ocorrem por infeces bacterianas secundrias, condies do meio ambiente ou por associao do rotavrus com a TGE ou E. coli. Preveno e tratamento A adoo do manejo "tudo dentro, tudo fora, ou seja, todos os animais do lote saem da sala para efetuar uma completa limpeza e desinfeco do ambiente. Como tratamento, recomenda-se manter os leites em local aquecido e seco e fornecer-lhes gua ou soluo de eletrlitos, para hidratao. Caso seja necessrio, os antibiticos podem ser usados para o controle de infeces bacterianas secundrias. 20 4. Disenteria suna A disenteria suna uma doena infecciosa, mundialmente distribuda, que afeta o intestino grosso do suno. conhecida tambm como disenteria vibrinica, disenteria hemorrgica e curso negro. A doena afeta somente sunos, normalmente com idade entre oito e catorze semanas. Pode ocorer tambm, embora com menos freqncia, em animais mais velhos. A doena causada por uma bactria espiroqueta, Treponema hyodysenteriae (T. hyo). Outros organismos normalmente encontrados no trato intestinal podem ter algum envolvimento na doena. A infeco de um rebanho pode ocorrer atravs da introduo de um suno infectado. Os roedores podem abrigar o microorganismo e transmiti-lo por mais duzentos dias. Alm disso, pssaros, botas sujas, veculos e equipamentos podem tambm introduzir a doena numa granja. A bactria pode sobreviver tambm no solo, em fossas e lagoas. Sintomas Os sintomas da doena incluem diarria com sangue e/ou muco, reduo no consumo de rao e enfraquecimento. Alguns sunos morrem repentinamente, porm a maioria adoece por alguns dias antes de morrer. Preveno e tratamento Manter a granja isolada, adquirir animais de boa procedncia e combater sistematicamente ratos e camundongos. 21 Instituir um programa satisfatrio de lavagem e desinfeco. A bactria no sobrevive em ambientes limpos, sendo destruda em altas temperaturas e ambientes sem umidade. O antibitico recomendado no combate doena a tiamulina ou a tilosina que possuem a capacidade de suprimir os sintomas clnicos e at a transmisso do agente. 5. Doena do edema A doena do edema causa um acmulo de fludo nos tecidos corporais. Os sintomas resultam do rpido crescimento de certas cepas de Escherichia coli no intestino delgado. Aps o desmame, o nmero de E. coli aumenta enormemente. Caso as cepas sejam patognicas, haver produo de toxinas, que sero absorvidas, indo circulao. Essas toxinas lesionam os vasos e afetam a presso sangnea; como conseqncia, h sada de fludos, que se acumulam nos tecidos. Sintomas A doena do edema ocorre geralmente de trs dias a duas semanas aps o desmame. observada tipicamente em leites de crescimento rpidos e aparentemente saudveis e ocorre freqentemente nos melhores leites. O primeiro sintoma a morte sbita que acomete um ou mais leites de um grupo suscetvel. Outros sintomas incluem andar vacilante, meneios de cabea, tropeos, quedas; o leito deita-se de lado e executa movimentos de pedalar. Alguns apresentam edemas nas plpebras. O curso da doena de dois a cinco dias, mas em alguns rebanhos pode reincidir entre dez dias e duas semanas aps. Preveno e tratamento A reduo do nmero de E. coli patognica do trato intestinal auxilia na preveno da doena. O tratamento inclui o uso de antibiticos e a restrio do consumo alimentar. Pela alterao da dieta, as condies de crescimento da bactria no intestino so alteradas, permitindo o crescimento de outros tipos de bactrias em substituio s cepas patognicas de E. coli. O fornecimento de uma dieta mais fibrosa tambm pode auxiliar. 22 6. Enterotoxemia (Clostridium sp) A enterite clostridial no uma doena comum, mas pode causar uma alta mortalidade quando infecta um rebanho. A doena causada por uma bactria gram-positiva, esporulada e que afeta leites do nascimento a um ms de idade. Os leites que se infectam raramente se recuperam. Sintomas Os animais adoecem normalmente dentro dos trs primeiros dias de vida, sendo rara a ocorrncia aps uma semana e excepcional nas quatro semanas de vida. A durao e as caractersticas do quadro clnico so muito variveis. Geralmente reconhecem-se quatro formas ou fases da doena: 1.Superagudo - Alguns leites morrem sem sintomatologia aparente. De dez a doze horas aps a infeco, ocorre uma diarria sanguinolenta; com freqncia o leito recm-nascido sofre um colapso e morre antes que aparea a diarria. Alguns leites so esmagados pela me, pois nascem muito fracos e no podem mover-se. 2.Aguda - Os leites adoecem nos dois primeiros dias de vida, debilitam-se pela diarria e geralmente morrem no terceiro dia. A diarria de colorao escura, possivelmente com partculas devido ao tecido morto desprendendo da parede intestinal. 3.Sub aguda - Ocorre uma diarria geralmente no sanguinolenta, de carter persistente. As fezes de incio so branco-amareladas, tornando-se lquidas posteriormente, com partculas necrosadas da mucosa. Esta fase da doena tem uma durao maior do que a fase aguda, entretanto o resultado o mesmo, j que a morte ocorre no espao de uma semana. 4.Crnica A diarria pode ser permanente ou intermitente; os leites sobrevivem por duas ou mais semanas, mantm-se ativos, porm com crescimento retardado e tendncia emancipao. A vida pode prolongar-se, porm o retardo no crescimento pode levar o criador a sacrific-los. 23 Preveno e tratamento O tratamento com antibiticos e quimioterpicos geralmente no eficaz. Recomenda-se a vacinao das fmeas, entre quatro e duas semanas antes de cada parto, visando a proteger os leites atravs do colostro. 7. Gasrtoenterite transmissvel - TGE A TGE uma doena por vrus altamente contagiosa nos sunos. A maior parte das perdas ocorre em leites com menos de duas semanas de idade, entretanto pode afetar sunos de todas as idades e se espalhar por todo o rebanho em poucos dias. A TGE causada por um cornavrus, que transmitido oralmente e, apesar disso, morre rapidamente temperatura ambiente. Ele apenas moderadamente resistente aos germicidas comuns. Pode sobreviver por vrios meses em carcaas congeladas ou em contedo gastrointestinal. O vrus parece ter uma afinidade especial do epitlio do tato intestinal. Persiste por oito semanas ou mais em sunos infectados experimentalmente. As matrizes podem disseminar o vrus at um ano aps a infeco. Sintomas Os problemas iniciam-se quando o vrus atinge o intestino delgado. O perodo de incubao pode ser curto, de doze a dezoito horas. O vrus causa uma inflamao no epitlio do estmago e do intestino delgado, resultando em vmitos e diarria severa. O vrus da TGE chega a destruir as vilosidades intestinais; o suno torna-se, portanto incapaz de absorver e at mesmo de reter fludos, acarretando desidratao e subnutrio, alm de desenvolver acidose. A doena ao atingirem as matrizes, pode ser inaparente ou acarretar inapetncia, diarria profusa, vmitos, reduo de produo lctea e reduo do peso corporal. A perda de peso, ao atingir leites em crescimento, resulta em considervel prejuzo econmico. Preveno e tratamento possvel apenas realizar um tratamento de suporte, procurando aliviar os sintomas de m nutrio, desidratao e acidose. Atualmente, a falta de vacinas contra a TGE nos faz controlar a doena atravs de medidas sanitrias, como a adoo "tudo dentro, tudo fora, adquirir animais cuja 24 procedncia seja conhecida, instituir a quarentena e procurar no misturar animais de diferentes idades. Devemos fornecer todas as condies de conforto, como temperatura e ventilao adequadas, procurando reduzir a possibilidade de estresse. 8. Ilete Ilete aguda uma doena caracterizada por distrbios intestinais, que ocorrem em fases de crescimento e terminao e reprodutores jovens. causada por um agente intracelular obrigatrio, Lawsonia intracellularis. Sintomas Os animais apresentam diarrias aquosas, escuras ou de cor vermelho vivo. Os animais apresentam-se plidos, anmicos, tm perda do apetite e geralmente cursam com a morte. Preveno e tratamento A preveno feita desinfetando a baia dos animais, trabalhando no sistema "todosdentro todos fora, manter a densidade populacional adequada, manter controle de qualidade de gua, temperatura. O tratamento feito atravs da administrao de Tilosina na rao dos animais ou atravs de administrao da injetvel. 25 Ilete crnica uma doena caracterizada por distrbios intestinais, que ocorrem em fases de crescimento e terminao e reprodutores jovens. causada por um agente intracelular obrigatrio, Lawsonia intracellularis. Sintomas Diminuio do apetite, fezes moles, de cor marrom (podendo conter sangue); animais magros, desidratados, plidos e com plos eriados. A mortalidade baixa. Preveno e tratamento A preveno feita desinfetando a baia dos animais, trabalhando no sistema "todosdentro todos fora, manter a densidade populacional adequada, manter controle de qualidade de gua, temperatura. O tratamento feito atravs da administrao de Tilosina na rao dos animais ou atravs de administrao injetvel. 9. Micotoxicose As micotoxinas so substancias produzidas por vrios tipos de fungos ou mofos e com efeitos lesivos a muitas espcies animais. Os sintomas so variveis, devendo ser diferenciados de outras patologias: -pele ressecada e escamosa e lentido na recuperao de leses (diferenciar de deficincia de vitamina A); -baixo desenvolvimento de sunos; -baixa imunidade conferida aps vacinao; -vulva inflamada - cisto ovarianos; -prolapso vaginal; -reduo do apetite e baixa eficincia alimentar. Prevenonecessrio separar amostras de rao para anlise e no fornecer rao mofada aos animais, principalmente aos destinados reproduo. O diagnstico deve ser acompanhado por anlise laboratorial. 26 10. Salmonelose A salmonelose uma doena entrica do suno, conhecida tambm por enterite necrtica. causada pela bactria Salmonela choleraesuis e afeta sunos de todas as idades. A infeco por salmonela causa dois tipos de perdas: morte e aumento da converso alimentar. Sintomas Os sintomas clnicos da salmonelose resultam da septicemia ou da enterocolite e podem ser confundidos com os da Peste Suna Clssica. A forma septicmica a que apresenta maior mortalidade, afetando principalmente os leites. A morte sbita, porem alguns animais podem apresentar debilidade e elevao da temperatura. freqente encontrarem-se petquias nas orelhas, embora isso no seja conclusivo para o diagnstico. O perodo de incubao vai de dois dias a vrias semanas, e a morte ocorre cerca de um a quatro dias aps o inicio dos sintomas. Na forma entrica os animais apresentam uma diarriaaquosa de odor ftido e colorao amarelada. Podem manifestar tambm sinais respiratrios e nervosos assim como febre elevada. Na necrpsia observa-se inflamao do trato digestivo, com contedo aquoso e com presena de material necrtico. A mucosa intestinal encontra-se espessada e hemorrgica. Observam-se ainda os ndulos linfticos do messentrio com aumento de volume e hemorrgicos, leses no fgado e pulmo e petquias nos rins. Preveno e controle 27 Existem diversas referncias quanto resistncia da salmonela aos tratamentos com antibiticos. Como medidas de preveno e controle destacam-se: bom manejo sanitrio, aquisio de alimentos de boa procedncia e animais de granjas isentas do problema, retirar e isolar o animal com sintomas. 11. lceras As lceras gstricas so muito comuns em sunos, afetando praticamente todas as idades. As causas da lcera gstrica podem ter origem em bactrias, fungos e parasitas, na ingesto de objetos metlicos, em animais de grande rapidez de crescimento, na superlotao de instalaes ou em qualquer condio estressante. Sintomas Pode ser inaparente, podem ocorrer vmitos ou pode haver indcios de hemorragia como uma anemia, fezes com sangue digerido (preto) e sinais intermitentes de dor abdominal. Em casos crnicos pode haver apenas uma vaga e inconsistente dor abdominal. Os animais em fase terminal aparentam sintomas de pneumonia devido respirao rpida e superficial. Preveno e tratamento As prticas de manejo constituem a melhor alternativa para a preveno das lceras gstricas. A reduo do estresse e a transio gradual de rao tm auxiliado na reduo do nmero de ocorrncias. Por vezes, aplicao de vitamina K reduzem ou mesmo interrompem a hemorragia. 28 Prova da aula 2. 1. A melhor medida de evitar a incidncia da coccidiose ? a) Boa limpeza e desinfeco das instalaes. b) Corte do rabo dos leites ao nascer. c) Fornecimento de raes pr-iniciais aos leites. d) Aquecimento dos leites ao nascer. 2. A morte rpida dos leites com leve sintoma de desidratao e diarria indica? a) Brucelose. b) Toxopalsmose. c) Colibacilose. d) Parvovirose. 3. A doena do edema geralmente tratada com? a) Desinfeco do umbigo. b) Higienizaao doa machos durante a monta. c) Uso de hormnios. d) Uso de antibiticos e restrio alimentar. 4. O agente causador da ilete denominado de? a) Brucella abortus. b) Leptospira canicola. c) Lawsonia intracellularis. d) Staphylococcus aureus. 5. Quais so os principais sintomas da ocorrncia de lceras em sunos? a) Vmitos, hemorragias, anemia, fezes escuras e dor abdominal. b) Abortos c) Retorno de cios. d) Artrite. 29 Aula 3. -Doenas Respiratrias 1. Pasteurelose Um agente importante e prevalente como causa de diferentes infeces respiratrias em sunos a Pasteurella (P.) multocida. As do tipo capsular D esto envolvidas na etiologia da rinite atrfica progressiva e as do tipo capsular A so consideradas agentes complicadores de processos pneumnicos, principalmente aqueles que resultam em pleurite.Os prejuzos acarretados pelas mesmas so decorrentes no somente da mortalidade de animais, mas repercutem tambm no retardo no desenvolvimento dos animais, desuniformidade dos lotes, condenao de carcaas no frigorfico e gastos com medicamentos. Na indstria, as perdas se relacionam com condenaes ou utilizao condicional das carcaas.A pneumonia por P. multocida em sunos freqentemente ocorre como estgio final de pneumonia enzotica, sendo essa sndrome uma das mais comuns e daquelas que maiores prejuzos causam em criaes de sunos mantidos em confinamento. A epidemiologia da infeco por P. multocida ainda no est completamente esclarecida, porm sabido que o agente est presente em quase todas as granjas de sunos e pode ser isolado da cavidade nasal de animais sadios. Ainda que a transmisso por aerossol possa ocasionalmente ocorrer dentro de uma granja, provavelmente a transmisso por contato seja a forma mais comum Sintomas A forma subaguda est associada com amostras que produzem pleurite. Nesse caso, tosse e respirao abdominal podem ser observadas em animais na fase de crescimento e terminao. Clinicamente, a doena pode ser confundida com a pleuropneumonia causada por Actinobacillus pleuropneumoniae, porm geralmente no ocorre morte sbita. A forma crnica a mais comum e se caracteriza por tosse ocasional, comumente entre 10 a 16 semanas de idade.Os sinais so indistinguveis daqueles causados pela infeco simples pelo Mycoplasma hyopneumoniae, sendo que a P. multocida representa uma continuao e exacerbao da micoplasmose primria. As leses ocorrem na cavidade torcica, com consolidao do pulmo.A poro afetada apresenta colorao de vermelho a cinza. Em casos severos pode ser observadas pleurite e a presena de abscessos, com aderncia da pleura parede torcica Controle e tratamento Tratamento - cefalosporinas, tetraciclinas, quinolonas emacroldeos. Vacinao- Vacinas que incluam amostras sorotipo A. Medidas de manejo- reduo de fatores de risco. 30 2. Pleuropneumonia suna A pleuropneumonia suna uma doena relativamente nova, porem os nmeros de casos confirmados tm aumentado durante os ltimos anos. A doena causada pelo Haemophilus pleuropneumoniae, e a melhor forma de propagao tem sido o contato direto entre os sunos. Sintomas A doena se manifesta sob trs formas: 1.Super aguda - Em rebanhos previamente no infectados, a sintomatologia se faz muito evidente: febre alta, dispenia e morte rpida. Logo aps a morte, a cianose de pele e extremidades se manifesta. Com grande freqncia h presena de sangue na boca e no nariz. A mortalidade pode chegar a 100% dos animais infectados. Aguda - Na fase aguda da doena, o suno perde apetite. Conseqentemente h perda de peso, a respirao2. entrecortada por tosse freqentes, manifesta-se tambm cianose nas orelhas. A mortalidade varivel. 3.Crnica -Os sunos podem manifestar algum sintoma da doena mas em geral tm aparncia sadia; pode ocorrer reduo do apetite e certa dificuldade de locomoo. Nesta fase, os animais podem espalhar a doena pela granja; freqentemente o animal apresenta pequenas leses pulmonares. Tratamento A utilizao de vacinas que combinem vrios sorotipos o melhor mtodo para controlar o Haemophilus pleuropneumoniae. O tratamento com antibiticos a base de florfenicol, tem obtido certo xito, reduzindo as perdas por morte em infeces crnicas ou agudas. O microorganismo pode sobreviver at sete dias no maio exterior. Portanto limpeza e desinfeco das instalaes so medidas preventivas extremamente vlidas, quando da introduo de um novo grupo de animais. 31 3. Pneumonia micoplsmica Denominada tambm de pneumonia suna, pneumonia infecciosa e pneumonia enzotica, uma doena mundialmente distribuda, ocasionando grandes perdas econmicas. Pode apresentar de forma aguda, porem na forma crnica que ocorre com maior freqncia, determinando um grande nmero de animais com baixo rendimento. A mortalidade baixa. O agente etiolgico da pneumonia o Mycolpasma hyponeumoniae, um dos menores micoplasmas existentes e que apresenta grande dificuldade para ser isolado. Entretanto existem grandes evidencias da natureza multi-etiolgica da doena, com o micoplasma atuando como agente primrio. De fato, as leses mais severas do pulmo foram encontradas quando em presena da Pasteurella multocida. A transmisso ocorre atravs de aerossis ou por contato com as secrees do trato respiratrio de um animal contaminado. As matrizes podem transmitir o agente para leites em lactao, perpetuando a infeco na granja. Fora do suno, o micoplasma no consegue sobreviver por muito tempo, sendo necessrio contato muito ntimo para que ocorra a transmisso. Sintomas O principal sintoma clnico uma tosse crnica e no-produtiva. Os movimentos respiratrios so normais, a no ser que haja uma complicao pulmonar, principalmente por infeco secundria. Nesses casos, os animais apresentam inapetncia, respirao ofegante, tosse exarcebada, elevao da temperatura e prostrao. Vrios animais apresentam crescimento retardado, apesar do apetite normal. Durante a necropsia, observamos o pulmo com reas de consolidao purpreo-arroxeadas. As leses geralmente localizam-se nas extremidades dos lobos apical, cardaco e diafragmtico. Essas reas de consolidao apresentam consistncia firme ao corte. Controle e tratamento O controle mais eficaz consiste em utilizar o esquema "tudo dentro, tudo fora e repovoar com animais de granjas livres de micoplasma. A manuteno de uma boa higiene imprescindvel. O tratamento com antibiticos em geral pouco eficaz e, na melhor das hipteses, evita o aumento das leses. Pelo fato das leses mais graves na pneumonia decorrerem de uma infeco secundria, principalmente pela Pasteurella multocida, a utilizao de vacinas pode constituir um poderoso meio auxiliar para o controle da pneumonia enzotica no rebanho. A utilizao de programas de vacinao disponvel no mercado tem ajudado muito no controle dos sintomas desta doena. 32 4. Rinite artrfica Apesar da rinite raramente ser fatal, ela provoca atraso no crescimento e reduoda eficincia alimentar, alm de diminuir a resistncia a outras doenas, particularmente a pneumonia. A doena inicia-se na membrana da cavidade nasal, tornando-a inflamada e afetando a integridade dos cornetos nasais. Os cornetos nasais so responsveis pelo aquecimento, umidificao e filtrao do ar respirado pelo suno. Pesquisas tm demonstrado que a bactria Bordetella bronchiseptica um dos principais responsveis pela rinite artrfica. A Pasteurella multocida, outra bactria envolvida no processo da doena, produz toxinas que interrompem o crescimento dos cornetos, reduzindo a proteo e permitindo dessa forma a instalao de infeces secundrias. Alguns estudos demonstram que algumas cepas de P. multocida, particularmente o sorotipo D, por si mesma, provocam danos aos cornetos nasais. Sintomas Os primeiros sinais de rinite artrfica incluem espirros, lacrimejamento e um corrimento nasal branco-amarelado. Em casos de danos nos cornetos, pode haver grumos de sangue no corrimento e, em alguns casos mais severos, os espirros rompem vrios vasos sangneos, resultando em sangramento do nariz. O desvio ou encurtamento do focinho tambm pode ocorrer, mas normalmente no se detecta antes de oito a dez semanas de idade. Em alguns casos o desvio to severo, que dificulta a mastigao. Os efeitos mais graves nesta fase so o atraso no crescimento e os refugos no rebanho, que no mais se desenvolvem. 33 Preveno e controle muito mais fcil prevenir a rinite artrfica do que trat-la. Existem vrios mtodos que podem ser utilizados na limitao da doena nos rebanhos: 1-Separar animais infectados. 2-Utilizar o sistema "tudo dentro, tudo fora nas salas de parto e creche. 3-Manter em reproduo porcas mais velhas e repor apenas o indispensvel. 4-Selecionar matrizes e cachaos de reposio de granjas livres dos sintomas clnicos da doena ou de granjas vacinadas. Para manter a granja livre dos agentes da rinite artrfica: 1-Instituir a quarentena para todo suno adquirido. 2-Adotar conceito de granja cercada e isolada, controlando o acesso. 3-Controlar populao de gatos e roedores, que transmitem a Bordetella. O tratamento envolve o uso de diversas drogas como a sulfametazina e a tilosina. Esses produtos podem ser administrados matriz antes do parto e aos leites aps o nascimento. A forma mais econmica e eficaz de preveno da rinite artrfica a vacinao efetiva do rebanho. 34 Prova da aula 3. 1. A Pasteurelose freqentemente ocorre como estagio final de qual outra doena? a) Pleuropneumoia. b) Pneumonia micoplasmtica. c) Rinite artrfica. d) Erisipela. 2. Qual o melhor mtodo para controlar a incidncia da pleuropneumonia suna? a) Utilizao de vacinas com vrios sorotipos combinados. b) Reduo da temperatura do ambiente. c) Alterao das fontes de energia na dieta. d) Adicionar cloro na gua de consumo. 3.O esquema "Tudo dentro, tudo fora" uma medida de manejo que apoio ao controle de varias doenas, inclusive a pneumonia micoplasmtica, este esquema significa que: a) Limpeza das instalaes diariamente. b) Uso adequado das cortinas controlando a temperatura ideal do ambiente. c) Embarque dos animais ao abate de vrios lotes. d) Todos os animais de um lote so transferidos de sala permitindo a limpeza, desinfeco e vazio sanitrio. 4. O maior prejuzo econmico causada pela pneumonia micoplasmtica ? a) Infertilidade das matrizes. b) Crescimento retardado dos animais. c) Reduo no nmero de leites nascidos vivos. d) Aumento da idade a puberdade das marrs. 5. Qual o melhor mtodo que limitam a proliferao da rinite artrfica? a) Separa animais infectados. b) Utilizar o sistema "Tudo dentro, tudo fora. c) Manter em reproduao matrizes velhas e repor apenas o indispensvel. d) Todas as alternativas descritas. 35 Aula 4. - Doenas Sistmicas 1. Circovirose 36 O circovrus suno tipo 2 (PCV2), um agente que est bastante difundido entre a populao suna mundial e o responsvel por uma enfermidade emergente em sunos, a sndrome Multisistmica do Definhamento do Leito Desmamado (SMDLD) ou Sndrome Multi-sistmica Caquetizante Ps-desmame.Dois circovrus sunos (PCV) j foram identificados, o circovrus suno tipo 1 ou PCV1, contaminante normal de clulas PK-15,e que no causa sintomatologia clnica em sunos e o circovrus suno tipo 2 ou PCV2, o qual tem sido associado com a ocorrncia de SMDLD e tremores congnitos de sunos. Esta sndrome foi diagnosticada inicialmente com maior freqencia em rebanhos de elevado padro sanitrio no Canad, os quais so livres das principais doenas entricas e respiratrias que afetam o suno como as pneumonias micoplsmicas e actinobacilares, rinite atrfica, salmoneloses, disenteria suna, doena de Aujeszky e PRRS.Os plantis atingidos podem ser ciclo completo, unidades produtoras de leites e de terminadores, de criaes de tamanhos variados, entre 50 a 1200 matrizes. Os sunos afetados esto na idade entre 5 a 12 semanas, a mortalidade e a morbidade variam de acordo com a fase em que o surto aparece e o manejo empregado na criao, porm a mortalidade pode chegar a 10%. Alguns fatores de risco causadores de estresse como densidade elevada, baixa qualidade do ar, ar seco, misturas de lotes com idades diferentes podem exacerbar os sintomas e gravidade da doena. Aproximadamente, 50% dos leites afetados morrem em 2 a 8 dias, o resto pode sobreviver, em mal estado corporal, por vrias semanas. A mortalidade pode alcanar 35%, a mdia de 18%. O contato com sunos infectados, instalaes, equipamentos, pessoal contaminado so fatores provveis na transmisso horizontal do vrus. A associao do PCV-1 e PCV-2 com abortos e natimortos indica que a transmisso transplacentria tambm pode ser um fator importante se matrizes soronegativas forem infectadas durante a prenhez. Sintomas A SMDLD causada pelo PCV2 caracterizada clinicamente por dispnia progressiva, emagrecimento, ictercia e aumento do volume dos linfonodos em leites de cinco a doze semanas de idade. As leses patolgicas envolvem vrios rgos e incluem inflamaes como linfadenite, pneumonia intersticial, hepatite, nefrite intersticial e pancreatite, podendo algumas vezes estar associada com diarria e lceras gstricas. Em vrios rgos como o pulmo, fgado, rins, bao, pncreas, intestinos, testculos, crebro, glndulas adrenais, tireide so encontradas leses granulomatosas. No corao tambm so observadas leses granulomatosas no miocrdio e hidropericrdio.Dentre os mtodos de deteco de anticorpos no soro de sunos, este pode ser realizado por imunofluorescncia indireta ou imunoperoxidase indireta, sendo que pode ocorrer reao cruzada entre os antgenos de PCV1 e PCV2. Preveno e controle Atualmente pouco se sabe sobre medidas de controle recomendadas para as infeces por PCV2. Os circovrus sunos so bastante resistentes inativao por desinfetantes e detergentes, dificultando a desinfeco das instalaes. Ainda no existem vacinas para PCV disponveis no mercado. Medidas de manejo para melhorar o fluxo de sunos mais rigorosamente como a realizao de all-in-all-out. Segregao ou sacrifcio dos sunos afetados. Reduo da densidade do lote. Evitar a mistura de animais de lotes diferentes. Melhoria da higiene. Melhoria das condies ambientais. 37 2. Doena de Glasser Inmeros microorganismos, alguns potencialmente patognicos, colonizam sunos j nas primeiras horas de vida. Um destes agentes o Haemophilus parasuis (HP), que tem sido associado doena de Glsser em sunos desde 1910. A doena de Glsser uma sndrome bem definida, caracterizada por poliserosites, envolvendo a pleura, pericrdio, peritnio e tambm est associada meningite, artrite purulenta e pneumonia serofibrinosa Os microorganismos pertencentes ao gnero Haemophilus apresentam-se como pequenos cocobacilos Gram negativos, pleomrficos, anaerbios facultativos, imveis e requerem fatores de crescimento. Haemophilus parasuis infecta exclusivamente sunos. Em granjas convencionais a primeira bactria isolada de suabes nasais de leites com uma semana de vida e a mais prevalente. Tem sido isolado com freqncia de secrees nasais de sunos sadios e de pulmes de sunos com pneumonia, mas geralmente no h isolamento de pulmes normais. Os animais infectados tornam-se portadores sadios, podendo ser fonte ativa de infeco para os suscetveis na creche. O HP coloniza inicialmente a mucosa da cavidade nasal e a seguir apresenta um tropismo para as membranas serosas, sinovial e meningeal e tambm para o parnquima pulmonar. Sintomas O HP tem sido associado a 3 principais quadros clnicos afetando, normalmente, os melhores leites:- O primeiro se caracteriza por uma poliserosite (forma clssica da Doena de 38 Glsser); - O segundo est associado a uma septicemia, sem poliserosite, podendo ocorrer mortes sbitas, sendo que alguns sunos podem apresentar a forma clssica da Doena de Glsser; - O terceiro quadro cursa com pneumonia (casos de broncopneumonia supurativa, onde o HP atua como agente primrio ou, mais freqentemente , secundrio).H tambm relatos de casos raros de HP causando rinite purulenta, miosite aguda, fasciite e paniculite auricular. Preveno e controle Em relao ao tratamento, altas doses de antimicrobianos tem sido indicadas, via parenteral em todos os animais do grupo afetado, o mais precoce possvel, quando do aparecimento dos sintomas. As drogas recomendadas incluem ampicilina, cefalosporinas, quinolonas, gentamicina, espectinomicina e sulfa/trimetoprima. Algumas amostras de HP so resistentes penicilina (que tem sido a droga mais usada), tetraciclina, alguns aminogliosdios e lincomicina. Algumas vacinas contm sorotipos especficos, outras utilizam amostras no sorotipadas. Alm das vacinas comerciais, bacterinas autgenas tambm tm sido usadas. Os programas de controle tambm devem incluir prticas adequadas de manejo, visando a reduzir ou eliminar outros patgenos respiratrios, uniformizao da idade do desmame, eliminao da mistura de sunos de diferentes idades e outros fatores de estresse. 3. Erisipela suna 39 A erisipela suna uma doena infecciosa, mundialmente distribuda e economicamente muito importante para o produtor de sunos. Causada pela bactria Erysipelothrix rhusiopatiae, a doena provoca perdas econmicas devido queda na converso alimentar, condenao da carcaa ao abate, devido artrite e prpria manifestao da doena, que prejudica a produo do animal. Pode provocar ainda abortos e mortes. Todas as idades podem ser afetadas. A bactria Erysipelothrixrhusiopatiae abriga-se nas tonsilas e em outros tecidos linfides. Pode ser transmitida atravs das fezes, urina, saliva e secrees nasais. O esterco pode constituir reservatrio da infeco, de onde a bactria retorna do animal. Roupas, botas, equipamentos, pssaros e animais em contato com as fezes servem para transportar a bactria at o suno. Sintomas A erisipela pode se manifestar sob trs formas: aguda, sub aguda e crnica. Na forma aguda, em um grupo de animais, alguns morrem repentinamente. Outros desenvolvem uma temperatura elevada, com reas prpuras aparecendo na pele das regies cervical, ventral e nos flancos. Os casos agudos caracterizam-se por leses em forma de losango, de colorao avermelhada a contornos elevados. O suno torna-se letrgico, interrompe a alimentao e separa-se do grupo. Ao locomover-se, demonstra sentir muita dor. Em alguns casos, as leses regridem, deixando apenas uma cicatriz. Na forma sub aguda, os sintomas so menos severos do que na forma aguda. Os sunos no aparentam estar doente, a temperatura permanece normal ou ocorre febre de curta durao. O apetite no se encontra afetado, e umas poucas leses podem aparecer. Neste caso a doena pode passar despercebida. A erisipela crnica manifesta-se sob duas formas: uma artrite ou uma endocardite. Na artrite, o suno apresenta aumento de volume na articulao e chega a mancar. A infeco nas junes da coluna vertebral chega a causar paralisia parcial ou at completa. A bactria pode instalar-se tambm nas vlvulas cardacas, originando uma endocardite bacteriana. A morte pode ocorrer por falha circulatria. H possibilidade de ocorrncia de aborto na erisipela crnica Preveno e tratamento A preveno, sem dvida alguma, constitui a melhor prtica a ser adotada. Isso inclui um bom programa de imunizao com vacinas e boas normas de higiene. A penicilina o antibitico indicado para o tratamento. 40 4. Febre aftosa A febre aftosa uma doena altamente contgios que afeta animais de casco fendido, inclusive o suno. O agente etiolgico da doena um vrus, o rinovrus pertencente ao grupo dos picornavrus. Nos animais vivos, o vrus pode ser encontra em fludos e tecidos corpreos, no sangue, na saliva, no leite e em fezes e urina. Em animais mortos, pode ser encontrado na carne, na medula ssea e nos linfonodos. A febre aftosa pode ser transmitida de vrias formas, incluindo o contato com os animais infectados e atravs dos pssaros e roedores. Sintomas O perodo de incubao da doena varia de dois a cinco dias, e as leses caracterizam-se pela formao de vesculas e eroses da mucosa da boca, lngua, lbios e palato, na pele entre os cascos e nas tetas das porcas. Outros sintomas incluem, salivao excessiva e manqueira bem evidente; o edema e a dor juntamente com as leses nos cascos podem chegar a impedir a locomoo dos animais. Infeces secundrias podem ocorrer e outras complicaes como aborto, mastite, pneumonia e septicemia. 41 A febre aftosa pode ser confundida com a estomatite vesicular e o exantema vesicular do suno, cujos sintomas clnicos assemelham-se. O diagnstico final deve ser feito por veterinrio Preveno e tratamento No h tratamento especfico para a doena. Em pases livres da doena, o trnsito de animais fiscalizado nas fronteiras. Em rebanhos infectados, deve-se abater os animais e queimar todas as carcaas e materiais utilizados. Porm, tal medida muito onerosa. A medida de controle e preveno manter a propriedade isolada, fiscalizando e protegendo fontes de gua, impedindo o acesso de possveis transmissores (animais selvagens) e adquirindo sempre animais de origem conhecida. A vacinao pode ser utilizada caso a propriedade se localize em reas de risco. 5. Peste suna clssica uma doena causada por vrus, altamente contagiosa. A infeco pode adquirir carter agudo, sub agudo, crnico, atpico e at inaparente. Na forma aguda, ocorre alta morbidade e mortalidade. O suno o hospedeiro natural do vrus, portanto no contato entre os animais a principal forma de infeco existente. Matrizes em gestao, quando expostas a cepas de baixa virulncia podem transmitir a doena aos fetos, resultando em natimortos ou parto de leites extremamente fracos, que logo morrem. Sintomas Inicialmente apenas alguns animais apresentam os sintomas da doena, como reduo da atividade e apetite. Decorridos seis dias aps a exposio ao vrus, a temperatura pode chegar a 42 C, com secrees oculares associadas a conjuntivite, constipao em alguns animais (ou diarria) e falta de coordenao do trem posterior. A pele apresenta hiperemia, progredindo at a cianose. Nos caos crnico, pode ocorrer descolorao 42 da pele das orelhas, alopecia, atraso no crescimento e maior predisposio para problemas respiratrios. Tratamento No h. A melhor medida a preveno, feita atravs da vacinao, vacina de vrus vivo modificado. Devem-se vacinar todo o plantel regularmente de acordo as normativas vigentes pela vigilncia sanitria de cada Estado da Federao. 43 Prova da aula 4. 1. Quais as medidas recomendadas para reduzir os efeitos da circovirose? a) Realizao rigorosa do esquema "Tudo dentro, tudo fora. b) Sacrifcio dos sunos afetados. c) Reduo da densidade do lote e evitar misturar animais de diferentes lotes. d) Todas as alternativas descritas. 2. O Haemophilus parasuis agente patognico de qual doena? a) Micobacteriose. b) Erisipela c) Doena de glasser. d) Ilete. 3. O sintoma clssico da erisipela suna caracterizado por: a) Leses na pele em forma de losango. b) Pelos arrepiados. c) Queda dos cascos e cartilagens. d) Muco purulento bucal. 4. Qual a melhor forma da preveno contra a febre aftosa? a) Uso de probiticos. b) Uso de antibiticos. c) Vacinao. d) Uso de prebiticos. 5. A peste suna clssica causa: a) Temperatura corporal ao redor de 42 C. b) Secrees oculares. c) Hiperemia, cianose e alopecia. d) Todas as alternativas descritas. 44 Aula 5. - Outras Doenas 1. Abscesso Os sunos podem apresentar abscesso ou bolsas de pus em todo o corpo. Essas inflamaes classificam-se freqentemente como abscessos cervicais. Este termo, entretanto, utilizado indevidamente, uma vez que "cervical refere-se regio do pescoo. A infeco ocasionada por uma bactria, geralmente um estreptococo, que penetra no organismo atravs de uma ferida ou de alguma leso qualquer na pele. Nem sempre encontramos os abscessos prximos aos locais da ferida ou leso. Sintomas Ao palpar o local, verificamos um inchao ou protuberncia, com consistncia diferente da musculatura comum. Essa consistncia pode variar de suave e esponjosa a dura. De maneira geral, pode-se notar uma sensao de calor no tato. Qual a diferena entre um abscesso em uma articulao e uma protuberncia de um osso, ocasionada geralmente por erisipela ou por infeco por micoplasma? Um abscesso, geralmente, pode ser movimentado ligeiramente com os dedos. A protuberncia ssea normalmente menos flexvel. 45 Algumas vezes os abscessos se formam to profundamente, que se torna impossvel senti-los por apalpao. O nico sintoma perceptvel seria uma maneira anormal do animal caminhar. Se na criao apresentam-se casos injustificados de animais mancando, deve-se suspeitar de abscessos na regio dos membros anteriores ou posteriores. Causa O organismo denominado estreptococo pode penetrar no corpo por qualquer lugar onde exista uma ferida ou mordedura, por rachaduras nos tetos causados pelos dentes dos leites lactentes, pelo umbigo de animais recm-nascidos e por ferimentos causados por bordas afiadas do material cirrgico ou por escoriaes ocasionadas pelos leites ao roar contra o concreto. Recomendaes e tratamento O melhor prevenir. Pode se usar produtos a base de penicilina e a enrofloxacina , por via injetvel. Uma vez formado o abscesso, o prprio organismo tratar de encapsul-lo e combat-lo. O tratamento com antibiticos nesta fase em geral pouco eficaz. Poder ser feita tambm a extirpao e a drenagem dos abscesso, observando as seguintes indicaes: a.Recomenda-se fazer a drenagem em local afastado, longe do restante do plantel, evitando-se assim que o material drenado seja disseminado e contamine os demais animais da criao; b.Desinfetar o local escolhido para a tarefa, queimar o material utilizado (gaze, algodo, etc.), desinfetar convenientemente o material cirrgico; c.Se possvel utilizar luvas de borracha. A drenagem do abscesso pode agravar o problema, propagando a infeco para os sunos que tenham contato com o animal infectado. Os animais infectados tambm podem propagar a infeco, aps o rompimento do abscesso, atravs de disseminao de seu contedo dentro das instalaes. Caso haja poucos animais com este problema, o mais recomendvel sacrific-los e inciner-los, a fim de evitar que a infeco se propague pela criao. Para ajudar na preveno dos abscesso, retire das baias dos leites a maior quantidade possvel de objetos cortantes e speros. As boas condies de higiene tambm so muito importantes na preveno do problema. 46 2. Anemia A anemia pode aparecer em sunos de qualquer idade. Os leites ao nascerem, esto sujeitos anemia. Se no for corrigida a falta de ferro, o leito no aumentar seu peso suficientemente. A falta de suplementao do ferro poder ocasionar a morte dos leites. Sintomas Leites: podem estar plidos e apticos (pouco ativos). A superfcie coberta por plo pode estar spera, e a pele enrugada. A respirao ruidosa e espasmdica evidente. As diarrias tambm podem indicar anemia. Observa-se tambm um crescimento lento e desigual. Em alguns casos j avanados, poder observar-se o acmulo de lquidos, especialmente ao redor da cabea e do pescoo. Sunos adultos: diarrias peridicas podero ser observadas e os animais no respondero satisfatoriamente ao tratamento, mostrando-se apticos e cansados. Em casos avanados de anemia, pode haver acmulo de lquido na regio da cabea e do pescoo (inchao). Ao necropsiar esses animais, notaro que seu sangue de cor rosa clara, de aparncia aquosa, e que seu corao em geral de tamanho superior ao de um animal normal. OBS: Lombrigas e piolhos podem tambm ocasionar anemias. Preveno Aos dois ou trs dias de vida, injetar em cada leito uma dose de 2ml de ferro dextrano. Deve-se inocular por via intramuscular, evitando-se a regio pernil, onde a musculatura nobre. Solues de ferro por via oral tambm podem ser utilizadas. 47 3. Artrite A artrite reconhecida entre os principais fatores que provocam a manqueira em sunos. A doena causada por infeco nas articulaes e tecidos adjacentes por bactrias ou micoplasmas. Trs agentes principais, envolvidos na artrite de sunos sero discutidos: Artrite por estreptococos - Os estreptococos causam uma artrite aguda e tambm crnica, em leites de uma a trs semanas de idade. Ela considerada como a principal causa da artrite em leites jovens. Entretanto, apenas uma pequena porcentagem de leites afetada. A morbidade geralmente situa-se ao redor de 5%. A mortalidade que ocorre geralmente devida a problemas secundrios. O leito, normalmente, se infecta devido a problemas de manejo e de meio ambiente. A bactria penetra no leito pelo umbigo, por leses nas patas e na pele ou tambm por abrases provocadas pelo piso spero. Sintomas A infeco por estreptococos caracterizada por temperatura corporal elevada, pele spera, depresso e manqueira. Com o progresso da doena, o leito perde peso e h aumento de volume das articulaes. Os leites afetados normalmente se apresentam com artrite e baixo desenvolvimento para o resto de sua vida. Preveno e tratamento A penicilina, assim como a enrofloxacina, tm dado bons resultados no tratamento de artrite por estreptococos, porm, apenas na fase inicial da doena. Em casos crnicos, o tratamento no d resultado. 48 Artrite por erisipela - A erisipela uma doena que pode se manifestar sob a forma aguda, sub-aguda ou crnica e que afeta sunos de todas as idades. Na forma aguda, a doena generalizada e envolve todos os sistemas do corpo. Na forma crnica a doena freqentemente caracterizada por artrite e endocardite. A erisipela causada pela bactria Erysipe-lothrix rhusiopathiae e se localiza nas tonsilas e no intestino de sunos convalescentes. Artrites por micoplasma- Existem duas espcies de micoplasmas envolvidos na artrite de sunos. O Mycoplasma hyosynoviae, que causa uma artrite de carter agudo em leites de dez semanas ou mais, e o Mycoplasma hyorhinis que causa poliserosite aguda e crnica, alm da artrite em leites de trs a dez semanas de idade. Algumas vezes esse quadro ocorre com animais adultos. Artrite por Mycoplasma hyosynoviae - Afeta os sunos a partir de dez semanas de idade, conhecida tambm como doena degenerativa das articulaes. O estresse pode apressar a evoluo da doena. Sintomas Nesses casos, a doena caracterizada por um aumento repentino de volume em um ou mais membros. Caso a dor seja muito intensa, o suno pode no utilizar o membro afetado. O arqueamento do dorso e a dificuldade de movimentao so sintomas freqentes da doena. Preveno e tratamento No h vacinas no mercado que previnam a ocorrncia da artrite por M. hysynoviae. Existem vrias drogas que podem ser utilizadas na fase inicial da doena. A tilosina , porm somente quando administrada na fase inicial da doena. Artrite por Mycoplasma hyorhinis - normalmente encontrado na cavidade nasal dos sunos, sendo um invasor secundrio nas pneumonias. Ocasionalmente produz uma inflamao das membranas serosas do suno e artrite. Esta forma ocorre freqentemente em sunos que sofrem de outras doenas como pneumonia ou enterites. Sintomas Os sintomas iniciais observados na doena so pele spera e depresso. Com o progresso da doena, o animal demonstra dores abdominais e torcicas. O animal apresenta-se com os membros distendidos e rgidos ao andar, principalmente ao despertar. Outros sinais observados so respirao laboriosa, perda do apetite e febre intermitente. Alguns sunos infectados desenvolvem aumento de volume e engrossamento das articulaes. Pode ocorrer inflamao das cavidades corpreas. Neste caso h interrupo do desenvolvimento do animal e reduo da mobilidade. Preveno e tratamento Combater doenas como pneumonia e diarria que predispe ao M. hyorhinis. No h tratamento efetivo ou vacina contra essa doena. 49 4. Epidermite exudativa A epidermite exudativa um problema que tem aumentado em rebanhos sunos. Normalmente apenas alguns animais so afetados, porm as perdas chegam a ser significativas. O agente etiolgico da epidermite a bactria Staphylococcus hyicus. Ela invade a pele do suno atravs de feridas provocadas por mordeduras, abrases, infestaes de piolhos, sarna ou mesmo por instrumentos cirrgicos. Geralmente a doena tem afetado leites com idade entre uma a seis semanas, sendo mais freqente nos de 10 a 21 dias de idade. Sintomas Os primeiros sintomas so apatia e rpido desenvolvimento de pele seca e spera, algumas vezes com presena de odor desagradvel. Com a evoluo da doena, reas avermelhadas surgem ao redor dos olhos, atrs das orelhas ou nas faces internas dos membros, com exudao de lquido tissular que d pele e ao plo uma consistncia endurecida. o acmulo de sujeira e fezes de outros animais nessas reas que d essa aparncia suja e gordurosa ao leito afetado. O agravamento da infeco torna maior a perda de lquidos, resultando em desidratao, letargia, reduo do apetite e eventualmente morte. Preveno e tratamento A melhor opo a preveno, com medidas de higiene das instalaes, manuteno de um bom ambiente para os leites e combate s infestaes por sarna e piolhos. 50 O diagnstico da infeco em seu incio pode determinar o sucesso do tratamento adotado. Nas fases iniciais da doena, o leito responde bem aos tratamentos com penicilinas trs ou quatro dias. Entretanto, quando as leses so externas, o tratamento pode no surtir efeito; nesses casos mais vantajoso banhar esses animais em uma soluo anti-sptica. 5. Estufamento (Toro de mesentrio) uma sndrome /doena que acomete os animais em fases mais avanadas de recria e terminao, um problema intestinal no qual ocorrem tores de mesentrio (intestino) com conseqente inchao abdominal por acmulo de lquidos e alimentos em digesto, levando o animal a choque hipovolmico e anafiltico. Sintomas Na maioria das vezes no detectado o problema antecipadamente e se observa apenas o animal j morto. O que pode ser visto nos animais antes da morte desconforto abdominal, em alguns casos o animal pode ter apresentado diarria antes do quadro. Preveno e tratamento O tratamento muito difcil, j que os animais so encontrados em sua maioria j mortos. Quando se observar animais com diarria deve-se fazer o tratamento desses para que estes no venham a apresentar o problema. A preveno paliativa, com o uso de choque medicamentos na tentativa de diminuir a incidncia de diarria nos animais j em fases mais avanadas de crescimento e terminao.51 6. Infeco umbilical A infeco umbilical um problema causado por bactrias que invadem a circulao, atravs do cordo umbilical no tratado de forma correta aps o nascimento. A principal bactria envolvida nesse tipo de infeco o estreptococo. Sintomas Os leites infectados se debilitam e morrem poucos dias aps o nascimento. Alguns sobrevivem, entretanto posteriormente voltam a apresentar sintomatologia. Na fase aguada, os leites apresentam inflamao dos jarretes, podendo ocorrer abscessos seguido de perda de apetite, diarria e perda de peso. A febre normal nesta fase. Na fase crnica, ocorre um atraso no crescimento, com o desenvolvimento de sintomatologia semelhante a uma verminose. Geralmente aparecem complicaes articulares, tais como inflamao e rigidez. Controle e tratamento Bons resultados foram obtidos com combinaes de penicilina e estreptomicina na fase inicial da doena. Recomendam-se antibiticos de amplo espectro. Quando a infeco se instala por completo, difcil combat-la.Na preveno, essencial a manuteno de uma boa higiene no local de pario, assistncia completa aos leites durante o parto e o correto tratamento do cordo umbilical, impedindo que as bactrias tenham acesso por esse local. Para desinfeco do cordo umbilical, pode ser utilizada soluo base de iodo. 52 7. Micobacteriose A micobacteriose, principalmente a causada pelo Mycobacterium avium, responsvel pela linfadenite granulomatosa nos animais, mesmo no tendo sintomatologia clnica, esta doena responsvel por condenaes de carcaas no abate. Sintomas uma doena que no apresenta sintomatologia, visualizada principalmente atravs do aparecimento de leses granulomatosas em linfonodos da cabea e do intestino. Preveno e tratamento Deve-se implantar um rigoroso programa de limpeza e desinfeco, com a limpeza diria das baias de maternidade, gestao e creche de no mnimo trs limpezas dirias; reduzir ao mximo alimentos e gua contaminada com matria orgnica presentes nas baias (fezes, urina, sujeiras, etc) 53 8. Parasitas externos 54 Vrias espcies de parasitas tm a capacidade de irritar os animais, interferir em seu crescimento, alm de possibilitar a transmisso de doenas. Os principais parasitas externos de sunos incluem piolhos, o carro da sarna, carrapatos, pulgas, mosquitos e pernilongos. Piolho de suno - Encontrado nas pragas da pele, no interior das orelhas, nos flancos e na face interna dos menbros. O piolho tem uma colorao marrom-acizentada e se alimenta freqentemente, perfurando a pele e succionando o sangue. Causa uma irritao considervel e, dependendo da infestao, at anemia. O contgio ocorre por contato direto com outro animal ou instalaes contaminadas. Os animais contaminados tornam-se inquietos e despendem muito tempo coando-se. Pode ocorrer uma alterao na colorao da pele. Devido irritao, os sunos no se desenvolvem satisfatoriamente. Preveno e controle O tratamento simples, base de solues inseticidas aplicadas sobre o suno, com ateno s dobras de pele e ouvidos. No se deve esquecer de aplicar nas instalaes. Sarna suna -A sarna suna uma doena de pele causada pelos caros. Esses caros passam toda a sua vida abaixo da pele do suno. So muito pequenos e difcil detecta-los a olho nu. O ciclo de vida, do ovo ao adulto, completa-se entre dez e quinze dias. O contgio ocorre por contato direto com outro animal. Sintomas Presena de crostras e aspecto de pele seca ao redor do focinho, das orelhas, dos olhos e na face interna das patas so indicativos da infestao. O caro espalha-se e se multiplica, causando irritao e edemas. O suno, ao se coar, provoca a exudao dos fluidos tissulares, originando as crostras. Preveno e controle Um programa de controle da sarna suna deve iniciar-se pelos animais em reproduo. Os animais com leses crnicas devem ser identificados, os que apresentarem leses mais srias devem ser descartados. Os demais devem ser rigorosamente tratados antes do parto. Os cachaos devem ser igualmente tratados. O tratamento deve ser repetido, pois os ovos existentes podem no ser atingido durante o primeiro tratamento. Deve-se aplicar um produto sarnicida inclusive nas instalaes. 55 9. Parasitas internos Existem vrias espcies de parasitas internos que afetam os sunos. Eles se localizam em sua maioria no trato digestivo, no fgado, nos rins, no pulmo e nos msculos.Geralmente os sunos so parasitados por vrias espcies simultaneamente. Ovos, larvas e formas imaturas sobrevivem melhor no meio externo quando as condies de higiene so precrias. Os animais livres de parasitas desenvolvem-se mais rapidamente, principalmente por no apresentarem diarria, fraqueza e emaciao, que so sintomas comuns em animais parasitados. Os sunos contaminam-se atravs da ingesto de ovos (eliminados juntamente com as fezes e urina de animais parasitados), atravs da ingesto de rao e gua contaminadas e tambm atravs de colepteros (besouros que funcionam como hospedeiros intermedirios). Algumas formas larvrias tm capacidade de penetrar ativamente atravs da pele do animal. Sintomas Os sintomas da infestao incluem diarria, fraqueza e perda de peso, alm da presena de refugos. Preveno e controle A manuteno de uma boa higiene associada aplicao de vermfugos (ivermectina), orais e injetveis, surte excelentes resultados. 56 10. Sndrome do estresse em sunos A sndrome do estresse uma reao semelhante ao choque, ocorrendo geralmente aps algum tipo de depresso. No est associada a qualquer doena infecciosa conhecida. Acredita-se ser resultante de uma deficincia enzimtica congnita. Sintomas Morte sbita pode ocorrer aps manejo brusco ou transporte dos animais. A temperatura aumenta, e os animais afetados tm dificuldade em respirar. A pele tanto pode apresentar a colorao arroxeada quanto empalidecer. Nas etapas finais os animais se recusam a mover-se. Aps a morte, o rigor mortis faz-se evidente quase que imediatamente. Preveno Para a preveno do problema, so muito teis algumas praticas como o manejo cuidadoso dos animais, especialmente durante o transporte, no misturar animais de diferentes tamanhos em uma mesma baia e selecionar matrizes 57 e cachaos que no apresentem sintomas de nervosismo. 11. Splay-Leg O splay-lag suspeita-se que seja um problema hereditrio de leites. Cerca de 50% dos animais afetados morrem, a maior parte por fome, ou esmagada pela me. De origem provavelmente gentica, existem outros fatores envolvidos como viroses, deficincias de colina na rao das matrizes em gestao e piso liso e escorregadio para os leites na maternidade. Sintomas O splay-lag ocorre logo aps o nascimento dos leites. caracterizado por fraqueza dos membros locomotores, que tendem a abrir para os lados. Dependendo da severidade, alguns leites conseguem locomover-se com dificuldade. Entretanto alguns no conseguem manter-se em p nem apoiar para mamar. A morte ocorre principalmente por inanio e esmagamento. Preveno e tratamento A seleo dos reprodutores, descartando os que apresentam maior freqncia de caos, bem como o fornecimento de colina na rao das matrizes, so tentativas vlidas para a limitao do problema. Para minimizar as perdas provocadas pelo splay-lag, uma fita adesiva colocada de modo a aproximar os dois membros, tem auxiliado os leites a se conservarem em p e a se alimentarem, permitindo sua recuperao. 58 Prova da aula 5. 1. O que so os abscessos? a) Diarrias de cor amarelada. b) Inchao de consistncia suave e esponjosa com sensao de calor ao tato. c) Secreo purulenta ocular. d) Nenhuma das alternativas descritas. 2. A anemia dos leites ao nascer pode ser prevenida por: a) Fornecimento de protena as matrizes em gestao. b) Utilizao de vermfugos a desmama. c) Aplicao de ferro dextrano de origem idnea. d) Vacinao dos leites contra colibacilose. 3. Qual a artrite principal dos leites jovens? a) Atrtite por erisipela. b) Artrite por micoplasma. c) Artrite por micoplasma. d) Artrite por estreptococos. 4. Quais as medidas para a preveno da infeco umbilical? a) Limpeza do local de pario. b) Assistncia aos leites durante o parto. c) Correto tratamento do cordo umbilical. d) Todas as alternativas descritas. 5. A presena de crostas e aspecto de pele seca ao redor do focinho, das orelhas, dos olhos e na face interna das patas um indicativo de: a) Vermes redondos. b) Sarna. c) Piolho. d) Bernes. 59 PROVA FINAL 1. Quais os fatores que podem desencadear as doenas? a) Fatores ambientais: Manejo, higiene, densidade, ventilao, clima. b) Fatores do agente: Virulncia, amostra, resistncia, disseminao. c) Fatores do animal: Imunidade, idade, gentica, nutrio. d) Todas as alternativas descritas acima. 2. Qual doena abaixo no considerada reprodutiva? a) Leptospirose. b) Toxoplasmose. c) Pasteurelose. d) Parvovirose. 3. No controle do MMA podemos utilizar as medidas: a) Aplicao de ocitocina para expulso de restos de placenta. b) Transferir a matriz a gaiola de pario dias antes do parto previsto. c) Higiene da matriz e limpeza da baia no dia do parto. d) Todas as alternativas descritas acima. 4. O sintoma da enterotoxemia aguda caracteriza-se por: a) Alguns leites morrem sem sintomatologia aparente. b) Os leites adoecem nos dois primeiros dias de vida, debilitam-se pela diarria e geralmente morrem no terceiro dia. c) Ocorre uma diarria geralmente no sanguinolenta, de carter persistente. d) Diarria permanente ou intermitente, os leites sobrevivem por duas ou mais semanas, porem com crescimento retardado. 5. A micotoxicose causa por: a) Fungos ou mofos nas matrias-primas das raes ou nas prprias raes. b) Bactrias gran negativas. c) Contagio por animais infectados. d) Excesso de ventilao na granja. 6. Quais as principais doenas respiratrias? a) Artrite, Diarria, Sndrome MMA e Spaly-lag. b) Febre aftosa, Peste suna, toxoplasmose e Erisipela. c) Pasteurelose, Pleuropneumonia, Pneumonia micoplasmtica e Rinite artrfica. d) Salmonelose, Circovirus, Estufamento e Coccidiose. 7. O nome da sndrome ocassionada pelo circovirus : a) Sndrome do Leito Carente. b) Sndrome Multisistmica do Definhamento do Leito Desmamado. c) Sndrome da Matriz com Leito Pequeno. d) Nenhuma das alternativas descritas acima. 60 8. O agente causador da erisipela suna : a) Haemophilus parasuis. b) Pasteurella multocida. c) Actinobacillus pleuropneumoniae. d) Erysipelothrix rhusiopatiae. 9. O principal sintoma da sndrome do Splay-leg : a) Fraqueza dos membros locomotores que tendem a abrir para os lados. b) Abscessos na regio do pescoo. c) Diarria sanguinolenta. d) Temperatura corporal elevada. 10. Qual definio abaixo esta errada? a) Cianose: Colorao azulada da pele. b) Exsudao: Transpirar ou suar. c) Meningites: Inflamao do globo ocular. d) Septicemia: Infeco na corrente sanguinea. 61 Fontes bibliogrficas e fotografias 1. "Atlas em Color de Patologia Porcina"W.J. Smith, D.J. Taylor, R.H.C. PennyFotos autorizadas pela editora Interamericana McGraw-HillISBN 84-7615-500-X 2. Doenas emergentes na suinocultura: circovirose sunaJanice Reis Ciacci Zanella* *Embrapa Sunos e Aves, Cx. Postal 21, CEP 89.700-000, Concrdia, SC. [email protected] 3. Infeco por por haemophilus parasuis em sunos Sandra Maria Borowski CPVDF - FEPAGRO - Lab. de Patologia Suna, Eldorado do Sul - RS 4. Pasteurelose pulmonar: uma atualizao Sandra Maria Borowski Centro de Pesquisa Veterinria "Desidrio Finamor, Laboratrio de Patologia Suna, Caixa Postal 2076, CEP 90001- 970, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil 5. "Manual Merk de Veterinria"Sexta edio - Editora Roca Ltda. ISBN 911910-53-0