Upload
phamnguyet
View
290
Download
8
Embed Size (px)
Citation preview
1/13
NMERO: 063/2011
DATA: 30/12/2011
ATUALIZAO: 12/09/2013
ASSUNTO: Prescrio e determinao do hemograma
PALAVRAS-CHAVE: Hemograma
PARA: Mdicos do Sistema Nacional de Sade e Laboratrios Clnicos
CONTACTOS: Departamento da Qualidade na Sade ([email protected])
Nos termos da alnea a) do n 2 do artigo 2 do Decreto Regulamentar n 14/2012, de 26 de janeiro, por
proposta conjunta do Departamento da Qualidade na Sade e da Ordem dos Mdicos, emite a Norma
seguinte:
1. O Hemograma deve ser prescrito tendo em conta o contexto clnico em que ocorre no momento de
observao do doente, nomeadamente a patologia de base ou teraputica instituda, exceto nas
condies definidas no ponto 3.
2. As principais situaes clnicas para prescrio do hemograma so (Nvel de evidncia C, grau de
recomendao I):
a) Suspeita ou monitorizao de eritrocitopatia1,2,3
primria ou secundria;
b) Suspeita ou monitorizao de trombocitopatia1 primria ou secundria;
c) Suspeita ou monitorizao de leucopatia1,4,5
primria ou secundria;
d) Sndrome Febril Indeterminado;
e) Doente com comorbilidades mdicas;
f) Monitorizao teraputica das anemias carenciais;
g) Monitorizao teraputica ps-transfusional;
h) Monitorizao da neutropenia em doentes submetidos a quimioterapia (Nvel de evidncia A, grau de
recomendao I).
3. As indicaes para prescrio do hemograma independentemente da situao clnica, so:
a) Grvida6,7
(Nvel de evidncia A, grau de recomendao I);
b) Crianas dos 6-12 meses em condies socioeconmicas desfavorecidas8 (Nvel de evidncia A, grau
de recomendao I);
c) Admisso hospitalar: internamento ou urgncia (Nvel de evidncia C, grau de recomendao II a);
d) Idosos institucionalizados7,9,10
(Nvel de evidncia A, grau de recomendao I);
e) Pr-operatrio11,12,13
(Nvel de evidncia A, grau de recomendao IIa).
4. O Estudo Morfolgico do Sangue Perifrico (EMSP)14,15,16,17
dever ser efetuado sempre que a clnica ou
qualquer alterao inesperada nas contagens e ou respetivos ndices hematimtricos (Anexo IV) assim
o sugiram, devendo o mesmo ser objeto de relatrio detalhado com valor para o diagnstico (Nvel de
evidncia C, Grau de recomendao I).
mailto:[email protected]
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 2/13
5. Os valores crticos18,19
(Quadro 2 do Anexo II) devero ser comunicados no mais curto espao de tempo
ao mdico assistente do doente (Nvel de evidncia A, Grau de recomendao I).
6. A repetio do hemograma1,20
s se justifica se a condio clnica do doente se alterar, pelo que a
repetio do exame carece de uma justificao que suporte a sua necessidade (Nvel de evidncia C, grau
de recomendao IIa).
7. A prescrio do hemograma deve obrigatoriamente conter dados sobre diagnstico/informao clnica
(listagem de diagnsticos codificada se possvel), sexo dos doentes e data (Nvel de evidncia C, grau de
recomendao IIa).
8. O algoritmo clnico/rvore de deciso referente presente Norma encontra-se em Anexo.
9. As excees presente Norma devem ser fundamentadas clinicamente, com registo no processo
clnico.
10. A presente Norma, atualizada com os contributos cientficos recebidos durante a discusso pblica,
revoga a verso de 30/12/2011 e ser atualizada sempre que a evoluo da evidncia cientfica assim o
determine.
CRITRIOS DE SUPORTE APLICAO DA NORMA
A. A prescrio do hemograma21,22,23
deve ser adequada patologia subjacente do doente podendo ser
prescrito o EMSP sempre que clnica ou laboratorialmente se mostre til.
B. No recomendado o rastreio da populao em geral para a deficincia de ferro. Devem identificar-se
os doentes em risco de carncia marcial, com base na histria clnica e exame objectivo7. No pr-
operatrio os protocolos devem fornecer recomendaes e no requisitos absolutos. Estas
recomendaes devem basear-se na evidncia clnica individual de cada doente, de forma a garantir a
mxima qualidade aos atos cirrgico e anestsico, evitando exames laboratoriais consumidores de
recursos tcnicos e financeiros sem benefcio para o doente.
i. A gravidez um processo fisiolgico em que a anemia prevalente, com eventual repercusso na
oxigenao do feto6. A anemia ferropnica tem sido associada ao aumento do risco de partos de
recm-nascidos de baixo peso, prematuros e mortalidade perinatal. Estudos recentes sugerem
mesmo a associao da carncia marcial com a depresso ps-parto7;
ii. A anemia ferropnica est associada a alteraes psicomotoras e cognitivas em crianas que a
longo prazo podem ter perturbaes do seu desenvolvimento neurolgico8. A prevalncia da
ferropenia tem-se mantido estvel durante a ltima dcada na populao geral e contnua a ser
maior em crianas de minorias tnicas e ou de deficiente condio scio-econmica7;
iii. Anemia em idosos7 um achado clnico comum, frequentemente multifatorial e com impacto
significativo na qualidade de vida, declnio funcional e mortalidade. De acordo com a Organizao
Mundial da Sade, a prevalncia da anemia de 25,4% dos idosos estudados9. A falta de
correlao entre a ingesto de ferro na dieta e os nveis de ferro plasmticos sugerem que a
anemia por deficincia de ferro nos indivduos idosos no s devida falta de ingesto de ferro
admitindo-se como outras possveis causas a medicao e doenas colaterais10
.
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 3/13
C. Sendo o hemograma1,24
um dos mais comuns exames analticos solicitados os Laboratrios Clnicos
devem produzir resultados e relatrios com utilidade clnica (Quadro 1 do Anexo III).
D. Considera-se resposta adequada teraputica marcial de anemia ferropnica um aumento da Hb de 1
a 2 g/dL 2 a 4 semanas aps do incio da teraputica2 e anemia carencial de Vit. B12/Folatos quando a
normalizao do MCV 8 semana do incio da teraputica3. A resposta teraputica de ambas as
anemias carenciais pode ser monitorizada por uma subida dos reticulcitos ao fim de 1 semana.
E. A neutropenia induzida pela quimioterapia o efeito adverso mais comum da quimioterapia sistmica
e frequentemente complicada por neutropenia febril. Esta continua a ser uma das complicaes mais
temidas da quimioterapia sendo uma das principais causas de morbilidade sua morbilidade resultando
por vezes em atrasos e redues de dose na quimioterapia cuja eficcia pode ficar comprometida4,25,26
.
AVALIAO
A. A avaliao da implementao da presente Norma contnua, executada a nvel local, regional e
nacional, atravs de processos de auditoria interna e externa.
B. A parametrizao dos sistemas de informao para a monitorizao e avaliao da implementao e
impacte da presente Norma da responsabilidade das administraes regionais de sade e das
direes dos hospitais.
C. A efetividade da implementao da presente Norma nos cuidados de sade primrios e nos cuidados
hospitalares e a emisso de diretivas e instrues para o seu cumprimento da responsabilidade dos
conselhos clnicos dos agrupamentos de centros de sade e das direes clnicas dos hospitais.
D. A DireoGeral da Sade, atravs do Departamento da Qualidade na Sade, elabora e divulga
relatrios de progresso de monitorizao.
E. A implementao da presente Norma monitorizada e avaliada atravs dos seguintes indicadores:
i. % de inscritos com prescrio de hemograma e idade < 1 ano:
(i). Numerador: Nmero de crianas com idade < 1 ano, por ano, a quem foi realizado um
hemograma;
(ii). Denominador: Nmero de hemogramas realizados, nesse ano.
ii. % de hemogramas com patologia eritrocitria por ano, de entre os hemogramas realizados nesse
ano:
(i). Numerador: Nmero de hemogramas com patologia eritrocitria, por ano x 100;
(ii). Denominador: Nmero total de hemogramas realizados nesse ano.
iii. % de hemogramas com patologia leucocitria por ano, de entre os hemogramas realizados nesse
ano:
(i). Numerador: Nmero de hemogramas com patologia leucocitria, por ano x 100;
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 4/13
(ii). Denominador: Nmero total de hemogramas realizados nesse ano.
iv. % de hemogramas com patologia plaquetria por ano, de entre os hemogramas realizados nesse
ano:
(i). Nmero de hemogramas com patologia plaquetria, por ano x 100;
(ii). Denominador: Nmero total de hemogramas realizados nesse ano.
FUNDAMENTAO
A. No existem guidelines nacionais ou internacionais que recomendem as indicaes para a prescrio do
hemograma ou a sua periodicidade.
B. O hemograma, com ou sem contagem diferencial de leuccitos, no tm valor no rastreio da populao
em geral assintomtica. adequado quando se suspeita de doena hematolgica ou infeciosa, mas no
deve afetar a tomada de deciso quando o diagnstico clinicamente evidente. A diversidade de
informaes que o hemograma pode fornecer, embora em geral bastante inespecficas e com poder
diagnstico limitado, pode ser uma ferramenta importante para a avaliao de diversas situaes,
como no diagnstico e evoluo de doenas hematolgicas, deteo de quadros infeciosos e na
monitorizao teraputica desde que se conheam as funes celulares e as bases fisiopatolgicas das
doenas. A associao dos dados quantitativos, aspetos morfolgicos e conhecimento fisiopatolgico
das alteraes da hematopoiese importante para um diagnstico preciso da patologia que interessa o
sangue e ou a medula ssea 1. Prescries repetidas devem ser limitadas a situaes em que o curso
clnico no claro e espaadas o tempo necessrio para que a eventual modificao dos diversos
parmetros possa conduzir tomada de decises clnicas20
.
C. A carncia em ferro e a anemia ferropnica continuam a ser motivo de preocupao em todo o mundo.
Nos pases industrializados, apesar de um declnio na prevalncia, a deficincia de ferro continua a ser
uma causa comum de anemia em crianas com idade
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 5/13
E. Nos idosos residentes em lares o risco de anemia est aumentado, mas as maiores taxas de
prevalncia foram observadas em idosos hospitalizados. A anemia tambm muito prevalente nos
indivduos institucionalizados idosos ou no
12,22. Em grandes estudos de comunidades de idosos
residentes dos Estados Unidos e na Europa, as taxas de prevalncia de anemia variaram entre 8 a 25
por cento. No estudo NHANES III, 10,2% das mulheres e 11% dos homens 65 anos eram anmicos. O
mesmo estudo revelou que a prevalncia de anemia tambm aumenta com a idade (26% dos homens e
20% das mulheres com idade 85 anos). A importncia em sade pblica deste achado
particularmente relevante, tendo em conta o envelhecimento da populao global. Em 2008, a
populao mundial foi estimada em 6,7 bilies (98 milhes 80 anos de idade). At 2030 estima-se o
crescimento da populao global para 8,4 bilies, com 216 milhes 80 anos de idade, tendo como
corolrio um nmero estimado de 49 milhes de idosos anmicos. Este nmero suscetvel de ser
substancialmente aumentado, tivermos em conta as elevadas taxas de prevalncia encontradas nos
pases em vias de desenvolvimento.
F. Considera-se como indicao para a prescrio do hemograma no pr-operatrio a avaliao dos
parmetros basais do doente, embora alguns estudos29
nem sempre o recomendem.
G. Poder-se- proceder a uma anlise do histrico dos pedidos deste exame auxiliar de diagnstico, bem
como analisar, retrospetiva e prospetivamente, os grupos de doentes e, ou, de patologias que esto
associados maior frequncia de pedidos de hemograma.
APOIO CIENTFICO
A. A presente Norma foi elaborada pelo Departamento da Qualidade na Sade da Direo-Geral da
Sade e pelo Conselho para Auditoria e Qualidade da Ordem dos Mdicos, atravs dos seus Colgios
de Especialidade, ao abrigo do protocolo entre a Direo-Geral da Sade e a Ordem dos Mdicos, no
mbito da melhoria da Qualidade no Sistema de Sade.
B. A elaborao da presente Norma teve o apoio cientfico de Dalila Gis e Jos Eduardo Cortez
(coordenao cientfica) e Elisabete Melo Gomes (coordenao executiva).
C. A verso de teste da presente Norma vai ser submetida audio das sociedades cientficas.
D. Foram subscritas declaraes de interesse de todos os peritos envolvidos na elaborao da presente
Norma.
E. Durante o perodo de audio s sero aceites comentrios inscritos em formulrio prprio disponvel
no site desta Direo-Geral, acompanhados das respetivas declaraes de interesse.
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 6/13
SIGLAS/ACRNIMOS
Sigla/Acrnimo Designao
A Anos de idade
ASA Phisical Status Classification System of American Society of Anesthesiologists
BASO Basophils / Basfilos
EMSP Estudo Morfolgico do Sangue Perifrico
EOS Eosinophils / Eosinfilos
F Feminino
HDW Hemoglobin Distribution Width / Amplitude de Distribuio da Hemoglobina
HGB = Hb Haemoglobin / Concentrao de Hemoglobina
HTC = Ht Haematocrit / Hematcrito
LUC Large Unstained Cells / Leuccitos grandes sem atividade peroxidsica
LYM Lymphocytes / Linfcitos
M Masculino
MCH = HCM = HGM Cell Hemoglobin Concentration Mean / Hemoglobina Globular Mdia
MCHC = CMHG Concentrao Mdia de Hemoglobina Globular
MCV = VCM = VGM Mean Corpuscular Volume / Volume Globular Mdio
MONO Monocytes / Moncitos
MPV = VPM Mean Platelet Volume / Volume Plaquetar Mdio
NEU Neutrophils / Neutrfilos
NHANES National Health and Nutrition Examination Survey
NRBC Nucleated red blood cells / Eritroblastos
PCT Plateletcrit / Plaquetcrito
PDW Platelet volume Distribution Width / Disperso do Volume Plaquetar
PLT Platelet / Contagem de Plaquetas
RBC Red Blood Corpuscles (Cells) / Contagem de Eritrcitos
RDW Red cell Distribution Width / Disperso do Volume Eritrocitrio
WBC White Blood Corpuscles (Cells) / Contagem de Leuccitos
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
1. Centers for Medicare & Medicaid Services. National Coverage Determination (NCD) for Blood Counts (190.15). United States,
Baltimore. U.S. Department of Health & Human Services. 2003.
2. Susan FC. Iron deficiency anemia: diagnosis and management. Current Opinion in Gastroenterology 2009, 25:122128.
Department of Human Nutrition, Foods and Exercise, Virginia Polytechnic Institute and State University, Blacksburg, Virginia, USA .
2009 Wolters Kluwer Health | Lippincott Williams & Wilkins. 2009.
3. Ralph C.. How I treat cobalamin (vitamin B12) deficiency. BLOOD, 15 SEPTEMBER 2008 VOLUME 112, NUMBER 6: 2214-2221.
Washington DC. American Society of Hematology. 2008.
http://www.google.pt/url?q=http://www.cms.gov/&sa=U&ei=UfHyTsD6MYKHhQfMv-2uDQ&ved=0CBAQFjAA&usg=AFQjCNHeIa4AlPcR3Mt3JYpbYlHvp_Z83w
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 7/13
4. Schwarzbold, AV. Modelagem de um escore de mielotoxicidade quimioterpica na predio de neutropenia febril em tumores
hematolgicos. Dissertao de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. Faculdade de Medicina.
Programa de Ps-Graduao em Medicina: Cincias Mdicas. 2006.
5. Servicio Andaluz de Salud. Recomendaciones para el diagnstico en hematologa y bioqumica en Atencin Primaria. Protocolo de
Consensus. Andaluca. Sistema Sanitario Pblico Andaluz (SSPA). 2001.
6. Reveiz L, Gyte GML, Cuervo LG. Treatments for iron-deficiency anaemia in pregnancy. Cochrane Database of Systematic Reviews
2007, Issue 4. Art. No.: CD003094. DOI: 10.1002/14651858.CD003094.pub2. The Cochrane Library 2007, Issue 4. JohnWiley & Sons,
Ltd. 2007.
7. Guidelines and Protocols Advisory Committee. Iron Deficiency - Investigation and Management. This guideline was developed by
the Guidelines and Protocols Advisory Committee, approved by the British Columbia Medical Association and adopted by the
Medical Services Commission. Canad. British Columbia Guidelines (BCG) are developed by the Guidelines and Protocols Advisory
Committee (GPAC), a joint committee of the BCMA and the Ministry of Health. June 2010.
8. Baker RD, Greer FR, Committee on Nutrition American Academy of Pediatrics. Diagnosis and prevention of iron deficiency and
iron-deficiency anemia in infants and young children (0-3 years of age). Guideline Summary NGC-8261. Pediatrics 2010 Nov126.
Illinois. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS (APP). 2010.
9. Lopez-Contreras MJ, Zamora-Portero S, Lopez MA, Marin JF, Zamora S, Perez-Llamas F.. Dietary intake and iron status of
institutionalized elderly people: relationship with different factors. Murcia, Spain. J Nutr Health Aging. 2010 Dec;14(10):816-21
Abstract. . Department of Physiology, University of Murcia. 2010.
10. Chen LH, Cook-Newell ME. Anemia and iron status in the free-living and institutionalized elderly in Kentucky. Abstract. Int J Vitam
Nutr Res. 1989;59(2):207-13. Department of Nutrition and Food Science, University of Kentucky. 1989.
11. National Collaborating Centre for Acute Care (UK). Preoperative Tests. The Use of Routine Preoperative Tests for Elective Surgery.
2003. London. National Collaborating Centre for Acute Care (UK); June 2003. NICE (National Institute for Clinical Excellence) Clinical
Guidelines, No. 3. Reviso 2007.
12. ICSI (Institute for Clinical Systems Improvement) Health Care Guideline. Preoperative Evaluation. Ninth Edition/June 2010.
Minnesota and Wisconsin, Institute for Clinical Systems Improvement. 2010.
13. Paul Lee, M.D. and Miriam Rabkin, M.D., M.P.H. Medical assessment of the perioperative patient, CHAPTER 22, PREOPERATIVE
ASSESSMENT. Medical House Staff Training Program in Internal Medicine Department of Medicine - Columbia University Medical
Center. GENERAL MEDICINE CLINICS. Guide to Clinical Preventive Services, 2010-2011 / Recommendations of the U.S. Preventive
Services Task Force. Ambulatory Care Syllabus 4th Edition, Edited by Miriam Rabkin and Steven Shea. 2003.
14. NHS - Clinical Guideline 27. Referral guidelines for suspected cancer. National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE).
London. June 2005. Developed by the National Collaborating Centre for Primary Care. Abril 2011.
15. Bain BJ., F.R.A.C.P., F.R.C.Path. Diagnosis from the Blood Smear. N Eng J Med 2005;353:498-507. From the Department of
Haematology, St.Marys Hospital, London. The New England Journal of Medicine. 2005.
16. ISLH. Suggested criteria for action following automated CBC and WBC differential analysis. - Consensus Guidelines: Positive Smear
Findings. Lab Haematol 2005;11:8390. Illinois. The International Consensus Group for Haematology Review / International
Society of Laboratory Hematology (ISLH). INTERNATIONAL COUNCIL FOR STANDARDIZATION IN HAEMATOLOGY. 2005.
17. Galloway M J, Osgerby J C. An audit of the indications for the reporting of blood films: results from the National Pathology
Benchmarking Study. J Clin Pathol 2006;59:479481. Doi: 10.1136/jcp.2005.035006. London. Journal of Clinical Pathology BMJ
Journals, official journal of the Association of Clinical Pathologists. 2005.
18. Thomas L. Resultados de laboratorio crticos que deben comunicarse immediatemente al mdico asignado. eJIFCC vol 14 no 1.
Frankfurt. The Journal of International Federation of Clinical Chemistry. Arch Pathol Lab Med 2002; 126: 663-9. 3. Critical limits of
laboratory results for rgent clinician notification by Professor Dr Lothar. Thomas. 2002. The American Association for Clinical
Chemistry.1999.
19. Collection Guidelines, Legacy Laboratory Services. Critical Values and Reference Ranges. Portland. Legacy Laboratory Client
Services. 2011.
20. Shapiro MF, Greenfield S.. The Complete Blood Count and Leukocyte Differential Count. An Approach to Their Rational
Application. Abstract. Ann Intern Med 1987 Jan;106(1):65-74. New Orleans, LA. American College of Physicians (ACP). 1987.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Lopez-Contreras%20MJ%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Zamora-Portero%20S%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Lopez%20MA%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Marin%20JF%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Zamora%20S%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Perez-Llamas%20F%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21125198##http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Chen%20LH%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=%22Cook-Newell%20ME%22%5BAuthor%5Dhttp://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2789202##http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2789202##http://www.nice.org.uk/guidance/index.jsp?action=folder&r=true&o=30535http://www.google.pt/url?q=http://jcp.bmj.com/&sa=U&ei=exnzTpiSEMiDOofUnLkB&ved=0CBAQFjAA&usg=AFQjCNERsJ1zUwMMaGLQ4AolGvc-_i0kUQhttp://www.google.pt/url?q=http://jcp.bmj.com/&sa=U&ei=exnzTpiSEMiDOofUnLkB&ved=0CBAQFjAA&usg=AFQjCNERsJ1zUwMMaGLQ4AolGvc-_i0kUQhttp://www.legacyhealth.org/body_lab.cfm?id=479http://www.legacyhealth.org/body_lab.cfm?id=519http://maps.google.pt/maps?hl=pt-PT&q=new+orleans&gbv=2&gs_upl=718l2968l0l5781l6l6l0l0l0l0l532l1344l3-1.1.1l3l0&um=1&ie=UTF-8&hq=&hnear=0x8620a454b2118265:0xdb065be85e22d3b4,New+Orleans,+LA,+USA&gl=pt&ei=BQjzTpL7OMOUOtiG1boB&sa=X&oi=geocode_result&ct=title&resnum=3&ved=0CCsQ8gEwAg
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 8/13
21. Grotto HZW. Blood cell analysis: the importance for biopsy interpretation. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2009;31(3):178-182. Rio
de Janeiro. Associao Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2009.
22. Dirio da Repblica, 1. srie - N. 147 -31 de Julho de 2009. Portaria n. 839-A/2009 de 31 de Julho. Aprova as tabelas de preos a
praticar pelo Servio Nacional de Sade. MINISTRIO DA SADE. 2009.
23. ACSS. TABELA DA REA A - ANLISES CLNICAS. Nomenclatura comum OM/SNS/CONVENCIONADOS. Novembro2011. MINISTRIO
DA SADE. 2011.
24. TEFFERI A, HANSON CA, INWARDS DJ. How to Interpret and Pursue an Abnormal Complete Blood Cell Count in Adults. Mayo Clin
Proc. 2005;80(7):923-936. Rochester. Mayo Foundation for Medical Education and Research.2005.
25. F. Marti Marti1, M. H. Cullen1 & F. Roila. Management of febrile neutropenia. ESMO Clinical Recommendations. Department of
Medical Oncology, University Hospital Birmingham, NHS Foundation Trust, Birmingham, UK; 2Department of Medical Oncology, S.
Maria Hospital, Terni, Italy. Ann Oncol (2009) 20 (suppl 4): iv166-iv169. On behalf of the European Society for Medical Oncology
(ESMO) Guidelines Working Group. 2009.
26. Clinical Practice Guidelines in Oncology. Prevention and Treatment of Cancer-Related Infections. V.2.2009. Washington. National
Comprehensive Cancer Network (NCCN). 2009.
27. U.S. Preventive Services Task Force. Recommendation Statement. Screening for Iron Deficiency Anemia--Including Iron
Supplementation for Children and Pregnant Women. Rockville. USPSTF, Agency for Healthcare Research and Quality. Publication
No. AHRQ 06-0589. 2006.
28. Rodrigues LP, Jorge SRPF. Deficincia de ferro na gestao, parto e puerprio. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010;32(Supl. 2):53-
56. So Paulo.. Associao Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. 2010.
29. Garca-Miguel F J, Serrano-Aguilar P G, Lpez-Bastida J. Preoperative assessment. LANCET, Vol 362, November 22, 2003.
Department of Anaesthesiology and Reanimation, Hospital General de Segovia, Spain. 2003.
Francisco George
Diretor-Geral da Sade
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 9/13
ANEXOS
Anexo I: Algoritmo clnico/rvore de deciso
Prescrio do Hemograma
Em funo da situao clnica do doente:
eritrocitopatia; trombocitopatia; leucopatia;
sndrome febril indeterminado; comorbilidades
mdicas; monitorizao da teraputica das
anemias carenciais; monitorizao teraputica
ps-transfusional; monitorizao quimioterapia
transfusional
Independentemente da situao clnica do
doente:
grvida; crianas dos 6-12 meses;
admisso hospitalar; idosos institucionalizados;
pr-operatrio
Avaliar resultado
RBC
HGB
HTC
MCV
MCH
MCHC
RDW
Morfologia eritrocitria
WBC
NEU
LYM
MONO
EOS
BASO
Morfologia Leucocitria
PLT
PCT
PDW
Morfologia Plaquetria
Valor
Alterado?
Deciso clnica baseado no resultado
Sim
m
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 10/13
Anexo II: Quadros, tabelas e grficos
Quadro1 - Utilidade Clnica
Eritrograma
RBC Contagem de Eritrcitos
. Diminuio da contagem = eritrocitopenia
quando acompanhado de diminuio da Hb- anemia
. Aumento da contagem = eritrocitose
quando acompanhado do aumento do Ht e Hb- poliglobulia
HGB Concentrao de Hemoglobina
HTC Hematcrito - o volume de massa eritride de uma amostra de sangue. Correlaciona-se
com a viscosidade sangunea
. Aumento volemia- hemodiluio
. Diminuio da volemia - hemoconcentrao
MCV Volume Globular Mdio - determina o volume mdio de cada eritrcito
Avalia os tipos de anemias: macro, micro e normocticas
MCH Hemoglobina Globular Mdia - contedo mdio de hemoglobina por eritrcito
MCHC Concentrao Mdia de Hemoglobina Globular - ndice calculado a partir do valor da
hemoglobina e hematcrito, que significa quanto de hemoglobina mdia percentualmente
est contida em cada eritrocito.
MCH e MCHC classificam as anemias quanto concentrao de hemoglobina: Hiper, hipo e
normocrmicas
RDW Disperso do Volume Eritrocitrio - a expresso numrica da anisocitose. Inversamente
proporcional a homogeneidade da populao eritride.
Leucograma
WBC Contagem de Leuccitos
. Aumento da contagem = leucocitose
. Diminuio da contagem = leucopnia
Citopenias e citoses relativas nada significam se no acompanhadas de citopenias ou
citoses absolutas
NEU Neutrfilos
. Aumento do nmero absoluto de neutrfilos no sangue - neutrofilia
. Diminuio do nmero absoluto de neutrfilos - neutropnia
LYM Linfcitos
. Aumento no nmero absoluto de linfcitos - linfocitose
. Diminuio do nmero absoluto de linfcitos - linfopnia
MONO Moncitos
. Aumento do nmero absoluto de moncitos - monocitose
EOS Eosinfilos
. Aumento do nmero absoluto de eosinfilos eosinofilia
. Diminuio do nmero absoluto de eosinfilos - eosinopnia
BASO Basfilos
. Aumento do nmero absoluto de basfilos basofilia
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 11/13
Plaquetograma
PLT Contagem de Plaquetas
. Aumento na contagem de plaquetas - trombocitose
. Diminuio na contagem de plaquetas - trombocitopnia
MPV Volume Plaquetar Mdio - til na avaliao do tamanho e morfologia das plaquetas
PDW Dispreso do Volume Plaquetar - traduz o ndice de variao no tamanho das plaquetas
Quadro 2 - Valores Crticos
Parmetro (Unidades) Sexo Idade Valor Referncia Valores Crticos
Baixo Alto
RBC (x 1012
/L) M/F
M/F
M
F
0-6 Meses
6 Meses-11 Anos
> 11 Anos
> 11 Anos
3.90 5.90
3.80 5.40
4.31 6.40
3.85 5.20
No h No h
HGB (g/dL) M/F
M/F
M
F
0-6 Meses
6 Meses-11 Anos
> 11 Anos
> 11 Anos
14.0 18.0
11.0 14.0
13.6 18.0
11.5 16.0
61.0
MCV (fL) M/F
M/F
M/F
M/F
0-2 Semanas
2 sem. -6 Meses
6 Meses - 11 Anos
> 11 Anos
88.0- 114.0
85.0 97.0
72.0 86.6
80.0 97.0
No h No h
MCH (pg) M/F
M/F
M/F
M/F
0-2 Semanas
2 sem. -6 Meses
6 Meses - 5 Anos
> 5 Anos
34.0 37.0
31.0 36.0
25.0 31.0
26.0 34.0
No h No h
MCHC (g/dL) M/F
M/F
M/F
0-2 Semanas
2 sem. -6 Meses
> 6 Meses
31.0 35.0
32.0 35.0
32.0 36.0
No h No h
RDW (%) M/F
M/F
0-2 dias
> 2 dias
14.9 18.7
11.5 15.0
No h No h
PLT (x 109/L) M/F
M/F
0-2 Meses
> 2 Meses
140 - 440
140 - 440
< 100
< 25
> 1000
> 1000
MPV (fL) M/F Qualquer Idade 6.5 12.4 No h No h
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 12/13
WBC (x 109/L) M/F
M/F
M/F
M/F
0-2 Meses
2 Meses-5 Anos
5 - 11 Anos
> 11 Anos
5.0 20.0
4.5 17.0
4.5 13.0
4.0 10.0
< 1.0
< 1.0
< 1.0
< 1.0
> 30.0
> 30.0
> 30.0
> 30.0
NEU (x 109/L) M/F
M/F
M/F
M/F
M/F
M/F
0-6 dias
6 dias -2 Meses
2 Meses 1 Ano
1 5 Anos
5 - 11 Anos
> 11 Anos
1.5 16.0
0.8 9.0
0.7 7.6
1.5 11.0
1.5 8.5
1.5 8.0
< 0.50
< 0.50
< 0.50
< 0.50
< 0.50
< 0.50
No h
LYM (x 109/L) M/F
M/F
M/F
M/F
0-6 dias
6 dias -5 Anos
5 - 11 Anos
> 11 Anos
0.5 10.0
2.0 14.0
1.0 7.8
0.8 4.0
No h No h
MONO (x 109/L) M/F
M/F
M/F
M/F
0-2 Meses
2 Meses-5 Anos
5 - 11 Anos
> 11 Anos
0.0 2.4
0.0 2.0
0.0 1.6
0.0 1.2
No h No h
EOS (x 109/L) M/F
M/F
M/F
M/F
0-2 Meses
2 Meses-5 Anos
5 - 11 Anos
> 11 Anos
0.0 1.4
0.0 1.2
0.0 0.9
0.0 0.3
No h No h
BASO (x 109/L) M/F
M/F
M/F
M/F
0-2 Meses
2 Meses-5 Anos
5 - 11 Anos
> 11 Anos
0.0 0.6
0.0 0.5
0.0 0.4
0.0 0.3
No h No h
O achado de clulas blsticas, drepanocitos, parasitas, crise leucemoide ou aplstica deve ser considerado
como valor crtico.
Norma n 063/2011, atualizada a 12/09/2013 13/13
Anexo III: Razes para Prescrio de Estudo Morfolgico do Sangue Perifrico
Clnica
Clnica sugestiva de anemia, ictercia inexplicvel, drepanocitose, trombocitopenia, neutropenia, de doena
mielo ou linfoproliferativa, bem como presena de esplenomegalia, dor ssea ou sintomas sistmicos
inesperados como febre, sudorese, prurido emagrecimento e palidez.
Laboratorial
Valores Mnimos
de Consenso
Valores Mximos
de Consenso
HGB (g/dL; Mulher) < 7 2 g/dL acima VR
HGB (g/dL; Homem) < 7 2 g/dL acima VR
MCV (fL) < 75 > 105
PLT (x 109/L) < 100 > 1000
WBC (x 109/L) < 4 > 30
NEU (x 109/L) < 1 > 20
LYM (x 109/L) --- > 7
MONO (x 109/L) --- > 1.5
EOS (x 109/L) --- > 2.0
BASO (x 109/L) --- > 0.05
So considerados com alteraes patolgicas os estudos morfolgicos do sangue perifrico que
apresentem:
i. Morfologicamente: alteraes dos eritrcitos, das plaquetas, visualizao de corpos de Dohle, de
granulaes txicas ou de vacolos;
ii. Tipos celulares: clulas blsticas, metamielocitos, mielocitos, promielocitos, linfocitos atpicos,
eritroblastos e/ou plasmocitos.
2013-09-17T09:17:26+0100Francisco Henrique Moura George