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OCIMF Diretrizes para Manipulação, Armazenagem, Inspeção e Teste de Mangueiras no Campo (Segunda Edição – 1995) Tradução Traduções Comerciais, Técnicas & Juramentadas Editoração Eletrônica Dicionários de Termos de Petróleo Al. Manoel P. C. da Silva, 223 - Macaé, RJ Fone.: (22) 2773-4099 / Fax: (22) 2773-4108 E-mail: [email protected] / [email protected] Informações Técnicas R. Martiniano de Carvalho, 960 / 102 01321-904 São Paulo Fone / Fax: 11.3266.3491 / 3141.9032 e-mail: [email protected] Fórum Marítimo Internacional de Companhias de Petróleo

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OCIMF

Diretrizes para Manipulação, Armazenagem, Inspeção e Teste de Mangueiras no Campo

(Segunda Edição – 1995)

Tradução

Fórum Marít

Traduções Comerciais, Técnicas & Juramentadas Editoração Eletrônica

Dicionários de Termos de Petróleo

Al. Manoel P. C. da Silva, 223 - Macaé, RJ Fone.: (22) 2773-4099 / Fax: (22) 2773-4108

E-mail: [email protected] / [email protected]

Informações Técnicas R. Martiniano de Carvalho, 960 / 102

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Índice

Seção Página 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................1 2. MANIPULAÇÃO DE MANGUEIRAS.....................................................................1

2.1 Içamento......................................................................................................1 2.2 Reboque ......................................................................................................2

3. ARMAZENAGEM DAS MANGUEIRAS ..........................................................2 4. Inspeção e Teste ......................................................................................................3

4.1 Inspeção Periódica de Mangueiras Submersas ................................................4 4.2 Inspeções Periódicas de Mangueiras Flutuantes ..............................................4 4.3 Teste de Mangueiras In Loco.........................................................................5 4.4 Inspeção de Mangueiras em Terra .......................................................................5 4.5 Teste de Mangueiras em Terra ............................................................................6 4.6 Teste de Mangueira Retiradas de Serviço .......................................................7

5. REGISTROS E FORMULÁRIOS .........................................................................7 5.1 Sistema de Cartões para Desempenho de Mangueira .......................................8 5.2 Arquivo de Disposição de Mangueiras em Cartões (HCDF) ............................8 5.3 Exemplos de Aplicação dos Registros de Mangueira Propostos .............11

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1. INTRODUÇÃO

Em instalações de amarração no mar as composições de mangueira constituem elos críticos entre o terminal e o petroleiro. São constantemente sujeitas às forças dinâmicas do mar, que podem resultar em cargas e tensões severas na mangueira. Para imprimir maior confiabilidade e vida mais longa, é imperativo que a mangueira seja manuseada e armazenada de maneira correta, inspecionada e testada de forma consistente em intervalos apropriados.

O propósito destas diretrizes consiste em minimizar o dano às mangueiras resultantes da manipulação e armazenagem, para não afetar adversamente as operações devido a falha das mesmas. O cumprimento da inspeção e dos procedimentos de teste apropriados também aumentará a probabilidade de detecção tempestiva das áreas de falha potencial.

Assim, estas recomendações foram elaboradas para orientar o usuário quanto ao manuseio e o armazenamento corretos e proporcionar um meio de determinar o estado das mangueiras em serviço.

2. MANIPULAÇÃO DE MANGUEIRAS

Embora as mangueiras de óleo sejam confeccionadas com robustez para o ambiente marinho, elas podem ser danificadas pelo manuseio incorreto na terra ou no mar. Em geral, ao manusear mangueiras, a sustentação adequada é a chave para evitar flexão excessiva (coca), que pode levar ao sucateamento precoce da mangueira.

Deve-se cuidar particularmente ao lançar uma composição de mangueiras da praia.

2.1 Içamento

O método recomendado para içar uma única mangueira de grande porte consiste do uso de espaçador. Um ou mais conjuntos de espaçadores e cintas com dimensionamento correto para novas instalações devem ser entregues juntamente com a mangueira. O espaçador deve proporcionar pelo menos três pontos de sustentação de içamento em mangueiras de até 10,7 m de comprimento, utilizando uma cinta sobre a área do niple em cada extremidade e cintas adicionais conforme apropriado, espaçadas igualmente entre as cintas nos extremos.

De preferência as cintas devem ser chatas e de náilon ou faixas de tecido reforçado equivalente, com pelo menos 150 mm de largura, para evitar qualquer esfolamento na cobertura da mangueira. É sempre importantíssimo empregar tais cintas ao manusear mangueira flutuante inteiriça. Neste caso a cinta não somente elimina o esfolamento, mas também reduz a carga localizada, e portanto a deformação do flutuador.

FIGURA 1. MOSTRA ARRANJO TÍPICO DE ESPAÇADOR

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Se não houver cintas de náilon ou equivalente disponíveis, o melhor substituto é uma corda de náilon ou polipropileno de grande diâmetro. Não deve ser usado cabo de aço.

FIGURA 2. MOSTRA ESLINGAS DE CORDA EM SUBSTITUIÇÃO

Uma mangueira nunca deve ser içada por uma única eslinga no meio ou por duas eslingas posicionadas em cada extremidade. Ao movimentar uma mangueira, a mesma deve ser içada apropriadamente e assentada com cuidado sobre suportes adequados.

Nunca se deve arrastar uma mangueira pelo chão.

2.2 Reboque

Mangueiras flutuantes podem ser rebocadas cheias de água ou ar. É de suma importância proporcionar sustentação a uma composição de mangueiras inteiriças em qualquer ponto onde não possua flutuação integrada. Isto ocorre freqüentemente com mangueira parcialmente flutuante, tal como a primeira mangueira vinda da bóia e a mangueira na balaustrada do petroleiro em monobóia.

A fim de evitar avarias no flange da mangueira, recomenda-se rebocar com o uso de um flange cego com olhal de reboque. Este método de reboque é preferível, de forma a proteger a face do flange e prevenir que corpos estranhos passem pela mangueira e danifiquem o tubo.

As mangueiras não devem ser rebocadas a velocidades superiores a 5 nós.

Mangueiras submarinas devem ser rebocadas cheias de ar e equipadas com flanges cegos. Válvulas de sangria nos flanges cegos podem ser usadas para ajudar a proporcionar o afundamento controlado na locação.

3. ARMAZENAGEM DAS MANGUEIRAS

A vida útil das mangueiras armazenadas pode ser afetada por temperatura, umidade, ozônio, luz solar, óleos solventes, líquidos e vapores corrosivos, insetos e roedores. As mangueiras devem ficar armazenadas em paletes de estrutura de aço, de acordo com a publicação da OCIMF, intitulada “Guide to Purchasing, Manufacturing and Testing of Loading and Discharge Hoses for Offshore Moorings” (Guia para Compra, Fabricação e Teste de Mangueiras de Carga e Descarga para Fundeadouros Marítimos). Estas paletes permitem que as mangueiras sejam empilhadas de três em três, que, além de reduzir a área necessária para a estivagem, elimina qualquer avaria ou distorção que possa resultar caso fossem armazenadas diretamente sobre o piso. As paletes facilitam o exame e o acesso às marcações

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para verificação. Também ajudam a proteger contra ataques de insetos e roedores, já que ficam fora do chão.

As mangueiras devem ser estivadas em área ou edificação fresca e escura, com circulação de ar livre. Onde não for possível armazená-las em local fechado, as mangueiras devem ser cobertas para protegê-las da luz do sol. Em lugares de altas temperaturas, medidas adicionais podem ser necessárias, tais como estivar as mangueiras em armazém climatizado. Isto tem importância especial em locações extremamente frias.

As extremidades das mangueiras devem ser cobertas com tampas cegas de madeira com furos de15 mm de diâmetro para permitir a circulação do ar e evitar ataque interno de roedores.

Seções de mangueira não devem ser estivadas junto a equipamentos em operação que possam gerar ozônio ou calor.

As seções de mangueira devem ser sempre assentadas esticadas, com suportes largos, sobre piso uniforme. Tais suportes devem também permitir a fácil inserção de cintas por baixo e ao redor da mangueira para içamento ou transporte.

FIGURA 3. MOSTRA MANGUEIRA ESTICADA SOBRE SUPORTES TÍPICOS

As seções de mangueira devem ser identificadas com número de série, mês e ano de fabricação ou data codificada (consultar a publicação intitulada “Guide to Purchasing, Manufacturing and Testing of Loading and Discharge Hoses for Offshore Moorings” (Guia para Compra, Fabricação e Teste de Mangueiras de Carga e Descarga para Fundeadouros Marítimos). Estes detalhes devem ser cuidadosamente registrados para assegurar que as mangueiras mais velhas sejam colocadas em serviço primeiro e um sistema de rodízio empregado.

Após o uso e antes armazenar uma mangueira novamente, a mesma deve ser totalmente drenada e lavada por completo com água para remover quaisquer vapores tóxicos ou combustíveis.

4. Inspeção e Teste

Mangueiras novas e usadas que tenham estado armazenadas deverão passar por teste com sua pressão nominal antes de serem colocadas em serviço.

Para mangueiras retiradas de serviço seu estado deverá ser determinado por inspeções internas e externas, juntamente com testes de pressão hidrostática, continuidade elétrica e vácuo.

Testes e inspeções deverão ser realizados regularmente, conforme descrito neste capítulo. A análise dos resultados de testes de inspeções deverá levar em consideração os tipos de produto que passaram pela mangueira, idade da mangueira, equipamentos de manipulação empregados, severidade das condições de serviço e freqüência de testes e inspeções. Uma

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decisão, dependendo do resultado do regime de testes e inspeções, pode então ser tomada quanto a sucatear ou manter uma mangueira em serviço.

Inspecionar a mangueira do petroleiro deverá ser prática normal, quando estiver conectada ao manifold do navio (consultar a publicação OCIMF intitulada “Single Point Mooring Maintenance and Operations Guide” (Guia de Manutenção e Operações de Monobóias).

4.1 Inspeção Periódica de Mangueiras Submersas

A inspeção visual rotineira da mangueira em serviço deve ser realizada com freqüência. Para mangueiras submersas, isto só pode ser executado apropriadamente por uma equipe de mergulhadores. A mangueira deverá ser examinada em sua superfície externa, conexões terminais e juntas quanto a dano e quaisquer outros traços de exsudação de óleo.

Mangueiras submarinas com carcaça dupla possuem vários métodos de alertar o operador sobre falha primária de sua estrutura. Os métodos utilizados devem ser confiáveis, monitorados com freqüência e as recomendações do fabricante quanto a inspeções observadas rigidamente.

Os mergulhadores deverão procurar por seções com cocas ou avarias (que podem ser causadas por contato com correntes de âncora, correntes de bóias de sinalização e dutos cruzados), exsudação de óleo nas áreas dos flanges da mangueira, craca excessiva e escoriação no leito marinho devido ao assentamento incorreto ou ajuste de flutuadores principais ou tanques de flutuação. A configuração das mangueiras submarinas e medidas de profundidade em pontos diversos deverão ser tomadas com regularidade para possibilitar a comparação com as inspeções anteriores. Se a configuração tiver alterado, deverá ser reajustada, pois do contrário pode eventualmente resultar em coca ou avaria do sistema de mangueiras.

Onde os dutos de mangueira descerem e subirem do leito marinho, como em Sistemas Multibóias (MBM), deve-se tomar cuidado em cada operação porque as correntes e placas de elevação podem causar avarias. Se houver cautela ao descer tais mangueiras, isto é, esticando-as durante a operação de descida, normalmente é possível evitar danos. Em sistemas MBM, a pressurização das composições de mangueira antes de içá-las e descê-las pode reduzir problemas com cocas e emaranhados no leito marinho.

Em hipótese alguma deve-se deixar que as mangueiras caiam no fundo do mar.

4.2 Inspeções Periódicas de Mangueiras Flutuantes As mangueiras flutuantes podem ser melhor examinadas por um veículo de manutenção juntamente com uma equipe de mergulhadores. Esta inspeção rotineira pode ser efetuada somente na superfície externa da mangueira. Deve-se prestar especial atenção à primeira mangueira vinda da bóia e à mangueira da balaustrada do petroleiro.

Cada composição de mangueira deverá passar por inspeção visual antes de ser conectada no manifold do petroleiro, para verificar a ocorrência de avaria por contato com outras embarcações, dutos cruzados, coca, exsudação de óleo, etc. As seções danificadas deverão ser substituídas antes de empreender qualquer operação do serviço, se a avaria for considerada crítica para o trabalho.

Recomenda-se a rotação periódica da composição de mangueiras flutuantes em torno de seu eixo longitudinal para minimizar os efeitos nocivos da luz solar.

Mangueiras flutuantes com carcaça dupla possuem métodos diferentes de alertar o operador quanto a falha estrutural primária. Cada fabricante desenvolveu sua própria metodologia de

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detecção e as recomendações de tais fabricantes deverão portanto ser consultadas ao inspecionar as mangueiras.

4.3 Teste de Mangueiras In Loco O teste de pressão de mangueiras in loco deverá ser realizado aproximadamente a cada seis meses, dependendo das condições ambientais no local da bóia. O teste rotineiro após um período muito severo de mau tempo também deverá ser ponderado. Este teste deverá consistir do aumento da pressão interna na mangueira até sua pressão nominal, ou pressão operacional mais 50%, a que for menor, e depois mantê-la por três horas. A inspeção visual de toda a mangueira deverá começar somente quando a pressão tiver estabilizado.

Os testes de mangueiras com carcaça dupla mencionados nos itens 4.1 e 4.2 talvez tenham que ser realizados com a mangueira sob pressão.

4.4 Inspeção de Mangueiras em Terra 4.4.1 Revestimento

O revestimento da mangueira serve para proteger o reforço e o material de flutuação contra avarias. O revestimento deverá ser limpo e examinado cuidadosamente para detectar áreas onde possa ter ocorrido dano do reforço ou flutuação, tais como cortes, entalhes, rasgos e abrasões. Se o reforço ou material de flutuação estiver exposto, a extensão da avaria deverá ser determinada por inspeção visual em repouso e durante o teste de pressão. Se o dano for de pequenas proporções, deverá ser reparado e a mangueira recolocada em serviço. Os fabricantes de mangueira disponibilizam kits de reparo e instruções, que deverão ser fornecidos com todas as novas instalações. Se o dano for abrangente, recomenda-se o sucateamento da mangueira.

O revestimento pode apresentar rachaduras ou fendas devido à exposição prolongada a ozônio ou luz solar. Tal deterioração, que não expõe o reforço ou o material de flutuação, normalmente não constitui motivo para sucateamento.

4.4.2 Carcaça

A mangueira deverá ser examinada quanto a áreas esmagadas ou retorcidas e reforço rompido conforme evidenciados por quaisquer distorções permanentes, depressões longitudinais ou protuberâncias. Mangueiras que apresentam tais defeitos deverão ser retiradas de serviço para inspeção adicional. Áreas protuberantes deverão ser marcadas e examinadas novamente durante o teste de pressão. Se estas áreas aumentarem, endurecerem ou demonstrarem outras alterações prejudiciais indicando vazamento do tubo ou ruptura do reforço, a mangueira deve ser sucateada.

A carcaça secundária em mangueiras com carcaça dupla deverá ser examinada conforme acima. Se a integridade da segunda carcaça for questionável, a mangueira deve ser retirada de serviço.

4.4.3 Acessórios

As superfícies internas e externas expostas de flange e niples deverão ser limpas e examinadas quanto a rachaduras ou corrosão excessiva. Qualquer um dos problemas deverá dar causa ao sucateamento da mangueira.

Acessórios de sistema de detecção de vazamento de mangueira com carcaça dupla deverão ser inspecionados similarmente e substituídos conforme necessário.

4.4.4 Camisa

O interior deverá ser inspecionado visualmente quanto a bolhas, protuberâncias ou separação entre o tubo e a carcaça. Defeitos graves deverão resultar em sucateamento da mangueira.

Defeitos de pequenas proporções deverão ser reexaminados durante o teste de vácuo.

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Para mangueiras de diâmetro interno suficiente, recomenda-se que uma pessoa realize o exame físico ao longo do comprimento interno quanto a defeitos. As precauções de salvaguarda adequadas para garantir a segurança do pessoal deverão ser tomadas durante a realização desta inspeção.

4.5 Teste de Mangueiras em Terra Recomenda-se que as locações individuais montem um banco de dados estatísticos sobre desgaste, avaria e taxas de freqüência de falhas através de testes abrangentes, incluindo teste de ruptura, a fim de estabelecer critérios apropriados para sucateamento e um ciclo de teste em terra. Até que tais critérios sejam estabelecidos, recomenda-se que as mangueiras sejam testadas periodicamente no início, de acordo com o seguinte cronograma:

Tipo de Mangueira Intervalo Inicial de Testes

Flutuante 1 a 3 anos Submarina 1 a 3 anos Balaustrada de Petroleiro 6 meses a 1 ano Primeira Saindo da Bóia 6 meses a 1 ano

4.5.1 Teste Hidrostático

Cada mangueira deverá ser testada com pressão com água na pressão nominal declarada. Deve-se adotar o seguinte procedimento:

• Assentar a mangueira o mais reta possível sobre suportes que permitam seu alongamento livre.

• Encher com água, ventilando para retirar todo o ar, e aplicar pressão de 0.7 bar.

• Medir o comprimento total do conjunto da mangueira.

• Aumentar a pressão durante o período de 5 minutos, de 0.7 bar a 1,5 vez a pressão nominal. Manter a pressão por 30 minutos e depois reduzir a pressão ao longo de 5 minutos até zerar.

• Aumentar a pressão ao longo de 5 minutos até a pressão nominal e manter.

• Antes de aliviar a pressão total do teste, medir o comprimento total do conjunto da mangueira para verificar a alongamento temporário e registrar o aumento como percentual do comprimento original medido a 0.7 bar.

• Reduzir a pressão durante o período de 5 minutos até zerar.

• Após um intervalo de 15 minutos, aumentar novamente a pressão até 0.7 bar.

• Medir o comprimento total do conjunto da mangueira para verificar o alongamento permanente. Registrar o aumento como percentual do comprimento original medido a 0.7 bar.

• Aliviar a pressão e drenar a mangueira.

Deverão ser mantidos registros dos testes para cada mangueira, de forma que o alongamento temporário sob pressão possa ser comparado com o teste original e os testes rotineiros subseqüentes. Quando o alongamento temporário ou permanente de uma mangueira de arame helicoidal exceder o teste de fábrica em 2% respectivamente no alongamento temporário e permanente, conforme evidenciado pelo teste de campo, a mangueira deverá ser retirada de serviço. Para outros tipos de mangueira, como não helicoidal, o alongamento temporário ou permanente aceitável deverá ser estabelecido por análise estatística dos dados de teste específicos do local.

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A carcaça secundária de alguns tipos de mangueira com carcaça dupla pode ser testada neste momento com pressão de ar. As recomendações do fabricante deverão ser consultadas.

4.5.2 Teste de Continuidade Elétrica

Este teste deverá ser realizado em todas as mangueiras retiradas de serviço para testes de pressão hidrostática. Para mangueiras ligadas eletricamente , a continuidade deverá existir durante e depois do teste hidráulico. (Consultar a publicação OCIMF intitulada “Guide to Purchasing, Manufacturing and Testing of Loading and Discharge Hoses for Offshore Moorings” (Guia para Compra, Fabricação e Teste de Mangueiras de Carga e Descarga para Fundeadouros Marítimos). Para mangueiras eletricamente descontínuas a resistência entre os niples terminais de cada seção de mangueira não deverá ser inferior a 25000 Ohms.

4.5.3 Teste de Vácuo

Este teste deverá ser realizado em mangueiras retiradas de serviço para testes de pressão hidrostática. Vedar ambas as extremidades com chapas de acrílico transparente de resistência suficiente, usando mastique como selador ou aparafusar usando uma gaxeta de borracha macia. Uma chapa deverá ser fixada para conexão a fonte de vácuo. Colocar uma lanterna nesta extremidade, com o facho direcionado para a extremidade oposta. Também pode-se manipular um espelho de inspeção da parte externa das chapas usando luz solar para proporcionar uma fonte de luz alternativa. Aplicar vácuo de pelo menos 510 milibar no manômetro, preferencialmente 680 milibar, por um período de 10 minutos. Inspecionar o interior da mangueira quanto a bolhas ou protuberâncias. Bolhas irreparáveis, protuberâncias ou separação do tubo da carcaça ou qualquer rasgo, corte ou entalhe através do tubo constituem causa para retirar a mangueira de serviço.

Reparos em mangueiras deverão ser realizados somente de acordo com as instruções do Fabricante original ou após consultá-lo.

4.6 Teste de Mangueira Retiradas de Serviço O ensaio destrutivo de mangueiras retiradas de serviço deverá ser ponderado, através de ruptura por pressão ou secionamento (corte). Os dados obtidos podem ser empregados para estabelecer a adequabilidade para o propósito, medir a abrangência da avaria e podem fornecer informações úteis para determinar a vida útil da mangueira e os critérios de sucateamento.

Mangueiras com carcaça dupla podem ser rompidas a fim de testar a contenção da carcaça secundária e a eficácia dos métodos de detecção de vazamento da carcaça primária.

Todos os dados obtidos deverão ser anotados no sistema de registro de mangueiras.

5. REGISTROS E FORMULÁRIOS

A manutenção de registros adequados sobre o histórico e o desempenho dos componentes individuais de uma mangueira constitui pré-requisito para a operação e manutenção eficientes de instalações de fundeadouros marítimos. Os registros e inventários apropriados são necessários pelas seguintes razões:

• Fornecer ao pessoal de operações um registro imediato das mangueiras pedidas, disponíveis na locação como sobressalentes, instaladas e operando no local ou avariadas e retiradas de serviço.

• Permitir que os operadores avaliem a qualidade do desempenho da mangueira, proporcionando assim uma base para escolhas e compras futuras.

• Determinar inadequações de design através do enfoque de mangueiras no sistema propensas a falha, avaria ou desgaste excessivo.

• Fornecer uma base racional para estabelecer a vida útil prevista e o inventário de mangueiras sobressalentes.

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• Pôr em prática quaisquer garantias do fabricante aplicáveis.

• Atender as exigências dos regulamentos governamentais locais.

Há vários tipos diferentes de sistemas de registro mangueira em uso. O sistema de cartões manuais é claro, resumido e fácil de manter. Entretanto, deverá ser considerado como exigência mínima. Usuários de computador podem considerar a utilização do software “HOSETRAC” da OCIMF.

O “HOSETRAC” consiste de um guia e sistema de administração eletrônico para manipulação, armazenagem, inspeção e teste de mangueiras no campo. O “HOSETRAC” é empregado para auxiliar no planejamento, monitoramento, análise e administração de mangueiras em terminais marítimos.

Muitos usuários consideraram os dados de vazão de óleo e água menos relevantes para a vida útil da mangueira do que os dados do tempo de serviço. Registrar as quantidades de vazão em papel é muito trabalhoso e por este motivo o sistema de cartões não computa estes dados.

Quando for considerado desejável registrar a vazão, sugere-se a elaboração de uma planilha simples para realizar as adições repetitivas, ou o uso alternativo do “HOSETRAC”.

5.1 Sistema de Cartões para Desempenho de Mangueira O sistema de cartões sugerido é ora descrito como padrão mínimo. O sistema consiste dos seguintes componentes:

• “Hose Card Disposition File” (HCDF)

• “Hose Performance Card” (frente e verso)

5.2 Arquivo de Disposição de Mangueiras em Cartões (HCDF)

ALMOXARIFADO

PARQUE DE MATERIAL MARÍTIMO

ATRACADOURO ALFA

ATRACADOURO BRAVO

ATRACADOURO CHARLIE

ATRACADOURO DELTA

ATRACADOURO ECO

ETC.

PÁTIO DE SUCATA 1

PÁTIO DE SUCATA 2

COMENTÁRIOS:

• O “Arquivo de Disposição de Mangueiras em Cartões” consiste de um sistema de gavetas de arquivo “Cardex” ou similar, onde os “Cartões de Desempenho de Mangueira” podem ser arquivados separadamente, em ordem e nas categorias relacionadas acima, isto é, Galpão, Parque de Material Marítimo, Atracadouros, Sucata e qualquer outra disposição geral empregada neste local em particular.

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• O sistema de arquivo “Cardex” é recomendado como o mais conveniente e gerenciável.

• O sistema de arquivo deve corresponder à configuração do sistema de mangueiras atual em um atracadouro particular. Por exemplo, uma monobóia com dois sistemas de mangueira, flutuante e abaixo da bóia, o número de seções (gavetas ou envelopes) no arquivo de cada categoria de atracadouro deve ser pelo menos igual à soma das mangueiras flutuantes e abaixo da bóia no conjunto de cada atracadouro (aproximadamente 40 por conjunto para monobóia).

• Quando a localização de uma seção de mangueira é alterada in loco, o “Cartão de Desempenho de Mangueira” deve mudar para a posição apropriada no “Arquivo de Disposição de Mangueiras em Cartão”. Quando a seção de mangueira estiver em serviço no atracadouro, além do “Cartão de Desempenho de Mangueira” arquivado na pasta apropriada do atracadouro, deve também ser arquivado na mesma seqüência em que ocorre no conjunto de mangueiras.

• O “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão” deve sempre refletir a localização real de cada mangueira entregue no terminal. Quaisquer mudanças de localização devem ser registradas imediatamente.

C

2 3

4

CARTÃO DE DESEMPENHO DE MANGUEIRA (Frente)

FABRICANTE

TIPO DIÂMETRO/COMPRIMENTO DATA DE ENTREGA

SERVIÇO DA MANGUEIRA

Posição Data de Instalação

Data de Remoção

Tempo de Serviço

Tempo de Serviço Total

Motivo da Remoção

NÚMERO DE SÉRIE

1

2

OMENTÁRIOS (Somente para a frente)

• Elaborar um “Cartão de Desempenho de Mangueira” para cada mangueira individual. • Preencher as Linhas 1 e 2 deste lado quando a seção de mangueira for recebida na

locação. • Preencher a Linha 3 quando a seção de mangueira entrar em serviço. • Preencher a Linha 4 quando a mangueira for deslocada ou subseqüentemente

sucateada.

9

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• Guardar sempre o “Cartão de Desempenho de Mangueira” no “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão” na categoria que represente a localização real daquela mangueira. Mudar a posição do “Cartão de Desempenho de Mangueira” para corresponder a qualquer alteração na disposição geral ou localização dentro de um conjunto de mangueiras. Quando a seção de mangueira estiver em serviço no atracadouro, os “Cartões de Desempenho de Mangueira” deverão ser mantidos na mesma seqüência do arquivo que sua seqüência real no atracadouro. Isto permite consulta rápida, minimiza as chances de erro no registro e torna a seqüência de manutenção de registros ordenada e eficiente.

• Relacionar as mangueiras flutuantes separadas das mangueiras sob a bóia. Numerar as seções de mangueira flutuante em ordem a partir da bóia (seção 1) até a mangueira da balaustrada do petroleiro. Relacionar as mangueiras sob a bóia em ordem a partir do manifold no leito marinho (seção 1) até a conexão na parte inferior da bóia.

• Quando não houver mais espaço, anexar um segundo cartão.

CO

1

2

DADOS DE TESTE (Verso)

Data Comprimento Inicial (L1)

Comprimento na Pressão de

Teste (L2)

Comprimento Final (L3)

Alongamento Temporário

(%)

Alongamento Permanente

(%)

Teste de

Vácuo

Teste Elétrico(Ohms)

Alongamento Temporário = {(L2 – L1) * 100] / L1 Alongamento Permanente = [(L3-L1)*100 / L1] INSPEÇÃO VISUAL / COMENTÁRIOS

MENTÁRIOS (Somente para o Verso) • Preencher a linha 1 com os “dados de teste de fábrica” para cada mangueira ao

chegar na locação. Os “dados de teste de fábrica” estão resumidos no certificado de teste da mangueira que é fornecido com cada unidade.

• Preencher a linha 2, etc. Ao preencher as inspeções anuais ou periódicas, as seções “Dados de Teste” e “Inspeção Visual/Comentários” deverão ser completadas onde apropriado.

• Quando a seção de mangueira é retirada definitivamente, a coluna “Inspeção Visual / Comentários” indicará tal fato e o cartão deverá ser colocado no arquivo do pátio de sucata.

• Quando não houver mais espaço, anexar um segundo cartão.

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5.3 Exemplos de Aplicação dos Registros de Mangueira Propostos

Seqüência da Vida Útil da Mangueira

Seqüência do Registro da Mangueira

1. A mangueira é pedida, fabricada e entregue no local, onde é mantida no estoque do almoxarifado.

Ao receber, abre-se um “Cartão de Desempenho de Mangueira” para cada unidade, arquivando-o na seção do Almoxarifado do “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão”.

2. Mais tarde a mangueira é deslocada para o parque de material marítimo para fornecimento imediato como sobressalente.

O “Cartão de Desempenho de Mangueira” é transportado no “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão” do Almoxarifado para o Parque de Material Marítimo.

3. No curso dos reparos emergenciais a mangueira é instalada na posição de número 8 da linha esquerda do Atracadouro Charlie com 25 seções (Posição C L 8/25).

O “Cartão de Desempenho de Mangueira” é transportado no “Arquivo de Disposição de Mangueira” do Parque de Material Marítimo para o Atracadouro Charlie e colocado no envelope relativo à posição ocupada pela mangueira no conjunto flutuante.

4. Após falha da mangueira em C-L 4/25, a linha de carga é recolocada em operação, deslocando-se todas as mangueiras para vante.

O “Cartão de Desempenho de Mangueira” é transportado para a nova posição relativa no Cardex do Atracadouro Charlie do “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão”.

5. Todo o conjunto C-L é retirado de serviço para teste anual. A mangueira de amostra retorna ao Parque de Material Marítimo para uso como sobressalente.

O “Cartão de Desempenho de Mangueira” é transportado no “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão” do Atracadouro Charlie para o Parque de Material Marítimo. Os resultados das inspeções são anotados na linha 2 do “Cartão de Desempenho de Mangueira” (dados de teste – verso).

6. A mangueira de amostra é retirada do Parque de Material Marítimo e inserida como seção componente na 14a. posição na linha direita do Atracadouro Alfa (posição A-R 14/25).

O “Cartão de Desempenho de Mangueira” é transportado no “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão” do Parque de Material Marítimo para o Atracadouro Alfa e colocado no envelope relativo à posição ocupada pela mangueira no conjunto flutuante.

7. Observa-se uma protuberância na mangueira de amostra durante a manutenção rotineira do Atracadouro. O mangueira é retirada, inspecionada e removida para o Pátio de Sucata a1.

Os resultados das inspeções e os motivos do sucateamento são anotados no “Cartão de Desempenho de Mangueira”, que é transportado no “Arquivo de Disposição de Mangueira em Cartão” do Atracadouro Alfa para o Pátio de Sucata 1.