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12 6 NOSSAS CIDADES Sardoá, a pequena cidade conhecida como Terra da Laranja NOSSOS TALENTOS Aniel Dutra, um diplomata da nossa região O que o Leste de Minas tem de melhor Impresso Especial 9912282322/2011-DR/MG CM&D Editora Mkt Ltda CORREIOS Devolução Garantida CORREIOS ANO 2 - EDIÇÃO 9 - MARÇO 2012 9 4 8 5 Cuide-se! O que comer neste clima quente? PANORAMA POLÍTICO Sebrae homenageia prefeito de Ituêta Ao invés de direcionar o seu lucro para grandes investidores, você já pensou em ser dono de um negócio de forma solidária? Conheça a história do cooperativismo na nossa região, uma modalidade de negócio [e relação social] nem tão nova assim, que está fazendo um sucesso danado, enchendo de orgulho os cooperados que já descobriram: cooperar é melhor que explorar. NOSSOS REPRESENTANTES Você conhece o presidente da Assoleste e prefeito de São João do Manteninha, Fernando Alencar? O COOPERATIVISMO cresce no Leste de Minas

Nossa Notícia 09 - março de 2012

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A edição 09 da Nossa Notícia traz um diagnóstico do cooperativismo na região Leste, acompanhada da experiência bem-sucedida de várias cooperativas de sucesso. Tem também a história de Sardoá, Terra da Laranja, o Prefeito de Ituêta, homenageado pelo Sebrae-MG como prefeito empreendedor e muito mais. Confira!

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6Nossas CidadesSardoá, a pequena cidade conhecida como Terra da Laranja

Nossos TaleNTosAniel Dutra, um diplomata da nossa região

O que o Leste de Minas tem de melhor

ImpressoEspecial

9912282322/2011-DR/MGCM&D Editora Mkt Ltda

CORREIOS

Devolução Garantida

CORREIOSANO 2 - EDIÇÃO 9 - MARÇO 2012

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5Cuide-se!O que comer nesteclima quente?

PaNorama PolíTiCoSebrae homenageia prefeito de Ituêta

Ao invés de direcionar o seu lucro para grandes investidores, você já

pensou em ser dono de um negócio de forma solidária? Conheça a história do cooperativismo na nossa região, uma

modalidade de negócio [e relação social] nem tão nova assim, que está fazendo um

sucesso danado, enchendo de orgulho os cooperados que já descobriram:

cooperar é melhor que explorar.

Nossos rePreseNTaNTesVocê conhece o presidente da Assoleste e prefeito de São João do Manteninha, Fernando Alencar?

O COOPERATIVISMOcresce no

Leste de Minas

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2editor e diretor executivo Daniel Carvalho CostaComunicólogoRegistro MTB 1.747 e 15.764

diretora administrativaMediane Silva Ribeiro

diretor ComercialCézar Ribeiro

redatoresDaniel CarvalhoFábio Monteiro Walter Andrade

Design GráficoEdson [email protected]@gmail.com(33) 9135.3054 / 3084.4201

revisorasJuliana VilelaAmélia Ronqueti

Colaboradores:

religiosidade Pr. Eliabe Souza SoaresVinícius Freire CabralJosé Luciano Gabriel

daniel marinho Sessão Pipoca@daniel_marinho

mário Vilella A gula sem [email protected]

Júlio CézarCharges [email protected]

Circulação Açucena, Aimorés, Alpercata, Belo Oriente, Campanário, Capitão Andrade, Central de Minas, Conselheiro Pena, Cuparaque, Divino das Laranjeiras, Divinolândia de Minas, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Galileia, Goiabeira, Gonzaga, Governador Valadares, Itabirinha, Itambacuri, Itanhomi, Ituêta, Jampruca, Mantena, Mathias Lobato, Mendes Pimentel, Naque, Nova Belém, Nova Módica, Periquito, Pescador, Resplendor, Santa Efigênia de Minas, São Félix de Minas, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São João do Manteninha, São José do Divino, Sardoá, Sobrália, Tarumirim, Tumiritinga, Virginópolis e mais: Coroaci, Virgolândia e Santa Rita do Ituêto.

Para anunciar com a gente... Wallison Cândido(33) [email protected] Revista Nossa Notícia é uma publicação independente, com circulação em 46 municípios da região Leste de Minas Gerais. Seu objetivo é contribuir para o desenvolvimento regional, veiculando notícias relevantes para o nosso leitor. Os artigos e colunas editoriais que emitem opiniões, pontos de vistas e idéias são de inteira responsabilida-de de seus autores, não representan-do necessariamente o ponto de vista da revista. A publicação se reserva no direito de resumir cartas, artigos e ensaios para garantir a clareza e os padrões gráfico, ortográfico e editorial da revista.

Tiragem Até 12.000 exemplaresCNPJ: 13.537.044/0001-05Insc. Est.: 001.762.432.00-29Rua José Veríssimo, 179 - AltinópolisGov. Valadares/MG - CEP [email protected]

Estimado leitor, você não tem ideia de como é trabalhoso fazer com que a Nossa Notícia chegue até as suas mãos. Algumas ações consomem todos os dias de um mês, como a busca constante por patrocinadores, a definição de pautas e apuração de notícias relevantes. Por fim, a logís-tica de distribuição demanda um es-forço grande que envolve mais de 20 pessoas, ramificando-se por nove rotas e 46 cidades.

O trabalho é grande, mas praze-roso. Em nosso dia-a-dia, conhece-mos pessoas cativantes, visitamos as belezas naturais da nossa região, reencontramos velhos amigos nas estradas de Minas e temos um con-tato mais próximo com aquilo que a nossa região tem de mais importante: a nossa gente. Tudo isso compõe o combustível que nos trouxe até aqui.

Experiências bem-sucedidas como o crescimento da Capel e de outras cooperativas da nossa região, tra-

balhos sociais como o do Proerd de Mantena, pessoas como o Aniel, diplomata que nos motiva a buscar o novo; além de gestores como o Nego Baldon, Prefeito de Ituêta, ho-menageado pelo Sebrae-MG como ‘’Prefeito Empreendedor’.

Estamos cada dia mais certos da nossa missão enquanto veículo de comunicação e esperamos estar no caminho certo, com nosso trabalho reconhecido. Se realmente estiver-mos, por favor, privilegiem nossos patrocinadores, pois é o retorno do investimento deles que garante a edição futura.

E se você é um empresário com-prometido com o que é bom e quer vender para as cidades do Leste de Minas, contate-nos. E seja bem-vindo à família!

Editorial

O que o Leste de Minas tem de melhor

Cartas

Bom dia,Fiquei surpreso ao começar folhear a “NOSSA NOTÍCIA” do mês de fevereiro (primeira vez que

li esta revista). O conteúdo

é muito bom, com informação sem agressão,

assuntos diversos e, incrivelmente, o veículo é gratuito. Parabéns a todosAtenciosamente,

Wesley Castro Santos

Governador Valadares

[email protected] 8851 1810

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O calor intenso de Governador Valadares, em praticamente todo o ano, faz dos passeios pelas cachoeiras um refrescante atrativo. São quedas de vários tamanhos, formas e inclinações, algumas das quais ainda pouco exploradas e freqüentadas. Uma das mais conhecidas pelos moradores e

visitantes que aqui chegam é a Cachoeira Véu da Noiva. ]Com uma queda de 32m, a cachoeira apresenta condições ideais para a prática do rappel. Localiza-se a 36 km de Valadares, no distrito de Pontal (acesso pela BR 259). Aberta à visitação 24 horas.

Cachoeira Véu de Noiva

Governador Valadares mG

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Recebidas ao mesmo tempo com desconfiança e esperança, duas notícias anunciadas nos últimos trinta dias prometem direcionar o debate político

durante a campanha eleitoral 2012. Dois grandes investimentos, sendo um na área da saúde e outro na educação, vão polarizar o debate pelo Poder Executivo local.

Articulado com o Governo de Minas, o PSDB municipal ‘movimentou alguns pauzinhos’ e anun-ciou estrategicamente a construção de um hos-pital regional em Valadares, atendendo a mais de cem municípios da região. O investimento promete descentralizar a saúde da capital do estado e desafogar o Hospital Municipal da ci-dade, que funciona como regional. Em menos de quinze dias o PT reagiu, trazendo até a ci-dade o reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora, o qual garantiu a vinda de um campus daquela instituição para Valadares, com vesti-bular agendado já para este ano e em áreas de ponta, como medicina. A notícia foi recebida como uma das melhores da história da cidade, já que se trata de um embrião de uma univer-sidade regional.

Os dois temas não estão em evidência por acaso. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) em 2011 identificou que, entre os principais problemas do Brasil, na visão dos brasileiros, tais assuntos

estão entre os cinco mais citados. Saúde ficou em 2º lugar (atrás apenas de segurança) e a educa-ção em 5º (atrás de corrupção e desemprego).

Comentados em toda roda de discussão po-lítica e até na internet, os dois assuntos foram repercutidos com desconfiança e, ao mesmo tempo, com esperança de melhoria da qualidade de vida da cidade, que exerce influência regio-nal no Leste de Minas. Isso porque às vésperas das eleições 2008, o anúncio da vinda de uma indústria de celulose frustrou os valadarenses ao não se concretizar. Desta vez, parece que os investimentos realmente estão garantidos, com dotações orçamentárias e previsão do iní-cio das obras de construção e de realização de vestibular antes mesmo do processo eleitoral.

A movimentação demonstrou que a dispu-ta política provavelmente se polarizará entre os dois temas. Sorte dos valadarenses que, in-dependentemente do mérito pelas conquistas, só têm a ganhar... Isso se os investimentos se concretizarem, é claro!

Especial Eleições 2012

educação e saúde polarizam pré-campanha em Valadares

Minas Gerais tem hoje 852 municípios, dos quais 102 estão situadas na região Leste do estado. Imagine, então, nesta imensidão de montanhas e vales, ter seu trabalho reconhecido em primeiro lugar como Prefeito Empreendedor. Esta é a história de Ituêta, que teve a honra de ser a cidade mais bem colocada na edição de 2012 do Prêmio do SEBRAE.

“Para mim foi uma grande surpresa! Fomos convidados para sermos home-nageados entre trinta (ficou estranho). Agora, como primeiro colocado do leste de Minas, a gente fica até emocionado!”, comemorou Orestes Baldon (DEM), pre-feito que recebeu a premiação em Belo Horizonte, acompanhado por uma co-mitiva de 52 moradores de Ituêta.

Dois projetos da cidade foram finalis-tas do concurso, realizado anualmente pelo Sebrae Minas. O primeiro deles foi a construção de uma fábrica de linge-ries, que a prefeitura está montando e já está 90% concluída. Quarenta famí-lias estão sendo beneficiadas pelo pro-

jeto. “Fui ao Banco do Brasil em busca de ajuda e relatei a realidade da nossa cidade. O gerente me disse que tinha uma verba de R$ 380 mil para investir em pequenas empresas. Então, solicitei o recurso e comprei vinte máquinas para começarmos a produzir, através de um convênio com a Rede Vida e do auxílio da Cinthia Boechat (quem é?)”.

O outro projeto, de incentivo à apicul-tura, já beneficiou centenas de famílias e extrapola as fronteiras de Ituêta. “Somos a sede, mas o projeto está sendo executado em nove cidades, como São Geraldo do Baixio, Resplendor, Aimorés, Conselheiro Pena, Pocrane e outras”, conta.

Para Baldon, o prêmio representa, além do reconhecimento do trabalho, uma importante ferramenta de valori-zação da autoestima da população. “É uma satisfação para mim, para o nosso povo, pois fomos reconhecidos no Leste de Minas. Tinham muitas prefeituras com capacidade e, em vista delas, somos pe-quenos, mas, mesmo assim, vencemos”.

SEBRAE homenageia trabalho de Ituêta

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O que comer quando o clima esquenta? Esta é uma pergunta bastante apropriada, já que a área de abrangência da Nossa Notícia apresenta altas temperaturas e um clima seco durante boa parte do ano. Aimorés, inclusive, recebe o título de cidade mais quente de Minas Gerais (e você pensava que era impossível ganhar de Valadares, né?).

Para promover uma boa digestão e viver com qualidade de vida, preparamos algu-mas dicas de alimentação e hábitos que vão te ajudar a se alimentar melhor neste ‘verão eterno’ da nossa região.

alimentos indicadosFrutas, verduras, legumes, folhas verdes,

cereais integrais, pães integrais, carnes ma-gras, queijos menos gordurosos, sobremesas à base de frutas e muito líquido.

alimentos a serem evitados

Gordurosos (carnes gordas, queijos, mo-lhos à base de creme de leite, maionese). Maneire nas bebidas alcoólicas e evite tam-bém frituras, pois no verão nosso organismo fica mais sensível aos condimentos fortes e às gorduras, podendo causar desconfor-to e mal-estar.

Cuide-se!

O que comer neste clima quente?

No calor, a alimentação leve, saudável e nutritiva é regra básica para você se sentir bem

Super Dicas!• Faça refeições mais leves, fracionadas:

é melhor comer pouco, várias vezes ao dia, do que fazer poucas [e grandes!] refeições;

• Se for comer sanduíche, escolha os que são feitos com carnes magras, como peito de peru, frango e queijos magros (ricota, cottage). As carnes magras possibilitam uma melhor digestão, evitando o des-conforto intestinal;

• Ingestão de líquidos deve ser frequente (água, sucos naturais, chás e água de coco);

• Prefira os sorvetes ou picolés à base de água e polpa de frutas, pois são os me-nos calóricos;

• Cuidado com os alimentos que possuem leite, gordura e ovos na sua preparação. Eles necessitam de refrigeração adequa-da, pois o calor aumenta a proliferação de bactérias que podem causar intoxi-cação alimentar;

• Evite alimentar-se em locais que não apresentam boas condições de higiene;

• Seja criterioso ao escolher locais para con-sumir frutos do mar e pescados. Procure saber a procedência dos alimentos;

• Nunca consuma alimentos perecíveis que estejam expostos à temperatura ambiente.

Banco de Imagens

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6 NossasCidades

Sardoá se parece com outros mu-nicípios pequenos de nossa região. Da mesma forma, a cidade é tão aconchegante e agradável quanto as várias outras que encontramos por Minas afora. O município é novo, tem apenas 49 anos, mas sua história tem origem há cerca de 100 anos.

No início do século XX havia ape-nas uma porção de terra ocupada na margem esquerda do Rio Doce, que era a fazenda de propriedade de Demétrios Martinho de Moura. A grande incidência de tropeiros que passavam pela região come-çou a formar um povoado, com a ajuda dos pequenos produtores rurais. A vila de Santo Antônio de Sardoá foi criada a três quilômetros da fazenda e passou a pertencer a Virginópolis. Em 1940, o senhor José Ramos doou o terreno onde seria construída a primeira capela do santo padroeiro, chamada Santo

Antônio de Sardoá. Em fevereiro de 1949, foi instalado o distrito de Sardoá.

HisTÓriaA origem do nome vem de uma

espécie de mineral de aspecto ma-cio, popularmente conhecido como “pedra mole” ou “Sardoá”. Os indí-genas a chamavam de “toa” e ela foi utilizada para construir o alicerce das primeiras casas do município. Os primeiros habitantes vinham de cidades como Peçanha e Itabira e também de outros países, como Líbano e Portugal.

A construção da praça marcou a evolução do município. Com ela, foi aberta uma extensa rua que cor-ta toda cidade. Nos primórdios, os habitantes da vila exerciam ativi-dades agrícolas, cultivando a terra e plantando arroz, feijão, milho, café e produtos hortigranjeiros. A pecuária e a fabricação de cacha-

ça também ajudavam a aquecer a economia da cidade.

Cidade de uNiVersiTários

Uma das características atuais de Sardoá é a grande quantidade de estudantes universitários re-sidentes no município. Todos os dias, dois ônibus lotados saem para Governador Valadares e Virginópolis levando universitários. A nutricio-nista Cristiane Leite fez o trajeto por um bom tempo e hoje está de volta à cidade, exercendo a profissão.

Segundo ela, assim como acon-teceu com Governador Valadares, a cidade cresceu com os dólares americanos enviados pelos imigran-tes. Mas, hoje, as pessoas estão preocupadas em se qualificar e até voltar para a cidade. Cristiane se lembra de uma conhecida que saiu, estudou e voltou para montar uma farmácia. Ela também fez o trajeto.

Estudou em Governador Valadares, se especializou em Belo Horizonte e agora trabalha como nutricionis-ta na prefeitura de Sardoá. “Aqui tem sido assim. As pessoas estão preocupadas em crescer, em se qualificar. E isso está ajudando a cidade a crescer”, disse ela.

ex-PrefeiTo que ‘esPalHou laraNJa’

Pela Cidade

Amantino Pinto Carreiro foi ve-reador de 1968 a 1972 em Sardoá e chegou à prefeitura em 1989, fi-cando até 1993. Nascido e criado no município, ele jamais saiu da região e ainda ajudou bastante a impulsionar o crescimento do local.

Um dos criadores do Festival da Laranja, ele chegou a doar cerca de 10 mil mudas de laranjeiras para incentivar o cultivo da fruta. Mesmo antes da doação, ele sempre desta-

sardoá, a cidade da laranjaArquivo Prefeitura

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O cultivo da laranja também é uma das características marcan-tes da região, tanto que Sardoá realiza anualmente o Festival da Laranja. A festa começou em 1989, quando o então prefeito da cida-de, Amantino Pinto Carreiro, se preocupou em criar um evento capaz de proporcionar à população um sentimento de identificação entre si, além de dar visibilidade a Sardoá diante dos municípios vizinhos.

A decisão de criar a festa acon-teceu depois de uma conversa com o pároco da cidade, o Padre Bernardo Odenkirchen, que, por

sua vez, já havia ajudado a fun-dar o Festival da Jabuticaba de Virginópolis, em 1971.

A servidora pública Romilda Soares de Oliveira lembra que a festa começou com objetivo de arrecadar dinheiro para trabalhos sociais e a população participava de maneira mais ativa em sua organização. Segundo ela, um dos destaques do festival era a escolha da Rainha da Laranja. Por muito tempo, esta eleição foi es-quecida, mas, de 2011 para cá, o Festival voltou a eleger a sua rainha. Além disso, a atração da festa, é claro, sempre foram os

produtos feitos a base de laranja. Bombons, cachaça, doces em ge-ral, entre outros, são degustados pelos participantes.

Romilda também contou que a festa já chegou a se estender por 10 dias, mas hoje dura somente três e é toda organizada pela pre-feitura. O evento, que acontece nos meses de junho ou julho, já se tornou patrimônio cultural do município e este ano deve aconte-cer na primeira semana de julho.

Para entrar no clima do Festival da Laranja, a servidora ensinou uma receita de um delicioso pu-dim de laranja. Confiram:

a tradição do festival da laranja

Modo de fazer: 1 – misture os ovos com açúcar e manteiga. Junte o amido

de milho e depois o caldo de laranja;2 – Ponha açúcar na forma e leve ao fogo até que este

tome um pouco de cor e depois deixe esfriar;3 – Despeje na forma, cozinhe em banho maria por 1h

ou leve ao forno com a forma untada com manteiga.

cou que, dificilmente, alguém en-contra em Sardoá uma casa que não possua um pé de laranja.

Antigamente, segundo Amantino, o local era mato puro e foi evoluin-do aos poucos. Ele conta que ao assumir a prefeitura colocou água, telefone e hospital. “Era tudo um sonho e a gente não pagava esse absurdo que pagamos hoje”, afir-mou. O ex-prefeito também lembrou que o atual governante, Edivaldo Carvalhais de Souza, foi servidor em sua gestão.

Uma curiosidade lembrada pelo ex-prefeito é que em 1963, o en-tão governador Magalhães Pinto, emancipou diversas cidades na re-gião, fazendo com que elas come-morassem aniversário no mesmo dia. Sardoá, por exemplo, que em 1º de março comemorou 49 anos, aniversariou juntamente com Santa Efigênia de Minas, Gonzaga, São Geraldo da Piedade, entre outras. “Ele fez isso e acabou agraciando Sardoá que hoje é essa cidade bo-nita que você está vendo. Já passa-mos dificuldades aqui sem asfalto, sem dinheiro. Mas, aos poucos, conseguimos fazer daqui um lugar agradável pra se viver”, salientou.

Pudim de laranjaIngredientes: 6 ovos; 6 colheres de sopa de açúcar; 2 colheres de sopa ami-do de milho (Maizena ou qual-quer outra marca); 1 copo de caldo de laranja.

s a r d o á Adjetivo Pátrio: SardoenseDistância até Governador Valadares: 65 kmBelo Horizonte: 309 kmPopulação em 2010: 5.594Homens: 2.814Mulheres: 2.780

Prefeitura Municipal de SardoáRua Padre Sady Rabelo, 121, Centro – Sardoá MG – CEP: 39.728-000Tel: (33) 3296 1181Prefeito: Edivaldo Carvalhais de Souza (PSDB)Vice-prefeito: Wilton Soares de Oliveira (PSDB) - Eleitos com 1.519 votos

Câmara Municipal de VereadoresRua Padre Sady Rabelo, s/n, Centro – Sardoá MG – CEP: 39.728-000Tel: (33) 3296 1117

Almiro da Bastiana – PPCarlinho do Lontra – PTEdivaldo Junior – PPEmilson Ribeiro – PDT

Assis – PTBGeanderson do Depósito – PSDBZé do Djalma – PDTLélio de Assis – PSDBLino – PSDB Fonte: http://www.tre-mg.gov.br/ aplicativos/html/ele2008

http://www.ibge.gov.br/cidadesat/ em: Sardoá MG

Foto: Fábio Monteiro

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8 Nossos Representantes Nossos Representantes

Fernando Alencar A história de São João do Manteninha, cidade cortada pela BR 381 e terra de um povo acolhedor, tem muita ligação com a de Fernando Alencar, que já teve a honra de governar a cidade por dois mandatos como prefeito e um como vice-prefeito, desde a emancipação da cidade. Fernando também assumiu este ano a presidência da Associação dos Municípios da Microrregião do Leste de Minas (Assoleste) e conta um pouco da sua história.

Prefeito de São João do Manteninha Foto: Daniel Carvalho

Nossa Notícia: Prefeito, fale pra gente um pouquinho da sua história de vida e como entrou pra carreira política...

Prefeito Fernando Alencar: Na verdade, en-tramos na política sem ver. Eu nunca havia tido pensamentos de ser um político antes, mas, em 1986, me mudei de Central de Minas para São João do Manteninha e contribui para a emancipação da cidade. Assim que a cidade foi emancipada, tivvemos nosso nome esco-lhido como primeiro vice-prefeito da cidade. Já em 1993, tomei posse como vice-prefeito e em 1996 fui candidato a prefeito, assumin-do o mandato de 1997 a 2000. Voltei a go-vernar de 2004 a 2008 e atualmente estou completando três mandatos de prefeito e um de vice-prefeito.

Costumo dizer que o povo de São João do Manteninha é um povo hospitaleiro, um povo acolhedor, pois disputei o mesmo cargo com pessoas que moravam ali há cinquenta anos e tive o orgulho de ter sido escolhido. Para as pessoas que ainda não escolheram um lugar pra viver, São João do Manteninha está à disposição.

Não só pra se viver, né prefeito? eu tenho acompanhado um pouco da evolução da história de são João do manteninha com as lingeries. É um lugar para se investir também?

Com certeza. Mais precisamente Vargem Grande, está gerando mais de mil empregos diretos. Falta mão de obra. O desemprego é zero e nossa cidade apresenta um desem-penho muito avançado. Hoje mesmo recebi um telefonema de um rapaz que quer abrir um posto de gasolina em Vargem Grande. Esta é uma pequena cidade que já tem três

postos de gasolina e agora o distrito também vai ganhar um.

Eu costumo dizer que o desempenho está melhorando a cada hora. Acho que ainda este ano vamos inaugurar um grande laticínio e es-tamos fazendo um ofício ao Governador para que faça a inauguração da sede da Assoleste e, nesta oportunidade, iremos inaugurar também o Hospital São José, de São João do Manteninha.

Com todo respeito aos demais hospitais existentes num raio de 100 quilômetros, mas eu acredito que São João do Manteninha te-nha uma das melhores construções e que, se Deus quiser, o governador estará na sua inauguração.

Prefeito, mudando de assunto, o senhor tamb[em é presidente da assoleste. quais são as principais demandas para o crescimento regional?

Não tenho dúvida de que o associativis-mo é a grande alavanca para este desenvol-vimento. Nós, prefeitos, acreditamos que jun-tos somamos forças e conseguiremos trazer desenvolvimento para a nossa região. Isso, nós, prefeitos da Assoleste, temos feito com muita maestria. Cito como exemplo Vargem Grande como pólo de lingerie. Lembro que nosso vice-prefeito Gentil começou a primei-ra fábrica. E aí, todas as pessoas que foram querendo montar seu próprio negócio con-taram com o apoio dele. Hoje, a indústria do lingerie se tornou essa grandiosidade devido a união, esta parceria que ele começou na primeira fase.

e quais são os caminhos para promover mais qualidade de vida para a população?

Sem dúvida, trazendo melhor educação, saú-

de, infraestrutura para a sua cidade, para que a população possa viver dias melhores. E eu te dou o exemplo de São João do Manteninha. No ano retrasado, tiramos o primeiro lugar do Estado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Este ano, tivemos também o primeiro lugar da região pela ter-ceira vez. Isto prova a dedicação com que viemos administrando, contando com os nos-sos profissionais, dando poder para que eles possam desempenhar um grande trabalho, com infraestrutura, capacitação...

uma das grandes demandas de Vargem Grande é o asfaltamento da estrada, propiciando mais logística. Como está esta questão?

Nós já garantimos junto ao Governo de Minas, através de Anastasia, a ligação asfáltica da BR 381 até Barra do Itabira. São 18 quilômetros que já estão garantidos pelo governador e eu acredito muito naquilo que o governador fala. Vargem Grande está neste trecho, a 6 quilô-metros de distância de São João.

o senhor pode falar em prazos para iniciar a obra?

Ainda não. Estamos aguardando o nosso governador.

Para finalizar, como estão as articulações políticas para a sucessão na prefeitura? algo já está definido?

Sem dúvida, eu tenho um candidato nato, que é meu vice-prefeito. De três mandatos que estamos juntos, este é mais um exemplo da união e da parceria que temos, falando sempre a mesma língua. O meu candidato, sem dúvida, será o meu vice.

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9Capa

Hoje, esta modalidade de ne-gócio e relação social se ramificou pelo mundo, com força e organi-zação similares às grandes cor-porações privadas. Após séculos de capitalismo, o cooperativismo se consolidou como uma opção e, até mesmo, uma solução para satisfazer necessidades econômi-cas, sociais e culturais.

NasCimeNToO nascimento do cooperati-

vismo se deu após a Revolução Industrial, no século XVIII, quando começaram a surgir os problemas sociais modernos. Operários, in-clusive mulheres e crianças, tra-balhavam até 18 horas por dia, moravam em casas sem o menor conforto e ainda pagavam muito caro pelo que comiam e vestiam. Em 1844, um grupo de 28 ope-

rários da cidade de Rochdale, na região de Manchester, Inglaterra, se uniu para descobrir uma for-ma de fugir da ameaça iminente da miséria. Nascia aí a primeira cooperativa da história.

No Brasil, a cultura do coo-perativismo começou a ser ob-servada desde a época da colo-nização portuguesa. Porém, a primeira cooperativa de consu-mo da qual se tem registro é a Sociedade Cooperativa Econômica dos Funcionários Públicos de Ouro Preto, criada em 1889. De lá pra cá, o cooperativismo se espalhou Brasil afora e, na região Leste de Minas, não foi diferente. Conheça agora alguns exemplos de coope-rativismo que deram certo e estão transformando as relações sociais e econômicas em diversos setores da nossa sociedade.

CiaaT assessora Na Criação de CooPeraTiVas

O coordenador geral do Centro de Informação e Assessoria Técnica (CIAAT), Antônio Carlos Linhares Borges, afirma que o modelo de cooperativismo implantado pelo órgão é o chamado ‘cooperativis-mo solidário’. Segundo ele, apesar de redundante, o termo é usado para se diferenciar do cooperati-vismo econômico, o mais prati-cado hoje no Brasil.

Ele explica que o ‘cooperativis-mo solidário’ considera a parte so-cial tão forte quanto a econômica. “Hoje em dia, o foco principal é a economia, mas o nosso lema é o desenvolvimento humano, que é a ideologia do cooperativismo. Queremos criar um sistema que produza riqueza com economici-

dade, distribuição de renda justa e igualitária. Aqui nós temos uma ideologia própria e nosso trabalho é mais voltado à população de baixa e média renda. É conhecido por cooperativismo popular, sendo reconhecido até pelo Ministério do Trabalho”, disse o coordena-dor. Ele também destacou que o CIAAT está implantando a incu-badora de cooperativas populares do Rio Doce.

A primeira cooperativa criada com a assessoria do CIAAT foi a CP Transleste, que hoje cuida de 80% do transporte escolar de Governador Valadares. Segundo Antônio Carlos, a cooperativa pos-sui atualmente 50 veículos rodando e 30 cooperados atuantes.

Outras três cooperativas estão em processo de criação. Uma de-las é a Rio Limpo, que produz

De repente, um grupo de pessoas resolve se unir e, de forma democrática, participativa e autônoma, consegue promover desenvolvimento, gerando renda e valorizando igualmente cada um dos membros “cooperados”, termo usado para definir aqueles que se reúnem em torno de uma causa comum. A modalidade é oposta ao capitalismo, sistema social que visa o lucro unilateral e a exploração da classe trabalhadora para atingir tal objetivo.

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sabão e materiais de limpeza a partir de óleo de cozinha, evitan-do que este produto seja jogado no meio ambiente. Também está prestes a ser criada uma coopera-tiva para atender aos produtores familiares na comercialização de seus produtos. Segundo o coorde-nador do CIAAT, ela já começará grande, pois vai atender a cerca de 20 associações de produtores da região.

O CIAAT também está assesso-rando a implementação de uma cooperativa de costureiras, criada a partir do projeto de Geração de Renda Autossustentável Ipê (Grasi), desenvolvido na Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Jardim Ipê, em Governador Valadares. A enfermeira Maria Augusta Pereira Pires desenvolveu o projeto “ESF Ipê: estimulando cidadania e pro-movendo saúde através da geração de renda” e chegou a apresentá-lo em um congresso internacional de medicina familiar em Cuba, no mês de março deste ano.

Segundo a enfermeira, a partir da criação do Grasi, em 2008, houve um aumento da partici-pação da comunidade nos tra-balhos desenvolvidos na ESF e uma diminuição no atendimento às famílias. “Este trabalho me-lhorou a autoestima e reduziu o uso de antidepressivos nas famí-lias. Elas tiveram um ‘upgrade’ e passaram realmente a se sentir importantes”, disse ela. A criação da cooperativa de costureiras foi um dos grandes resultados do projeto. “Agora, nós já vamos co-meçar a trabalhar o projeto com novas famílias e esperamos que dê frutos tão bons quanto o pri-meiro”, salientou.

Maria Augusta foi a Cuba acom-panhada pela psicóloga e coor-denadora do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Cristiane Esteves e da dentista Gleicilaine Rodrigues. “Foi uma experiência incrível! Eles nos mostraram como criar oportunidades a partir das dificuldades”, afirmou Cristiane.

Elas apresentaram a experiência de Valadares em um Congresso, em Cuba.

Em Vargem Grande, distrito de São João do Manteninha, num conhecido polo de con-fecções da região, os empresá-rios sentiram a necessidade de se organizar, mesmo informal-mente. O proprietário de uma fábrica de lingeries, Emerson da Silva Xavier, explicou que no distrito a classe é bastante unida e já pratica uma espé-cie de cooperativismo infor-mal. “Aqui a gente é bastante unido. Não nos vemos como concorrentes, emprestamos e trocamos matéria-prima, nos ajudamos de várias formas”, disse ele.

Mesmo assim, os empresá-rios sentiram a necessidade de formalizar todo o processo e estão fundando uma associação.

A Assecom - Associação dos Empreendedores da Indústria e Comércio de São João do Manteninha e Região - possui cerca de 25 associados e, mes-mo em processo de criação, vem sendo útil desde 2005, quando conseguiu cursos e diversas parcerias específicas para os empresários do ramo de confecções. “Nós precisamos disso porque aqui está faltando mão-de-obra. É necessário ca-pacitar nossos funcionários e é nos organizando que vamos conseguir atingir nossos obje-tivos. Até para dar destinação ao nosso lixo essa associação pode ser útil. Hoje em dia, a gente joga tudo fora ou doa para outras pessoas. Precisamos aprender a aproveitar tudo”.

O proprietário da maior fábrica da cidade é cotado para ser presidente da futura cooperativa

Cooperativismo de produção

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Arquivo pessoal

Foto: Fábio Monteiro

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CooPeraTiVa de CrÉdiToAs cooperativas de crédito

também têm crescido bastan-te no Brasil. Segundo o diretor financeiro da Sicoob, Silas Dias Costa Junior, a cooperativa é mui-to mais vantajosa para o asso-ciado do que o banco. Segundo ele, ao acessar o serviço bancá-rio, o cliente paga o valor que a instituição coloca e este dinheiro não retorna para ele. Em uma cooperativa de crédito, o recurso pertence ao próprio associado e a ele retorna. “As nossas ta-xas e tarifas são as mais baratas do mercado. Nossa preocupação é oferecer um atendimento de qualidade e mais justo ao nosso associado, pois todo o investi-mento retorna para ele”.

Ainda de acordo com Silas, qualquer pessoa física ou jurídica pode se associar à cooperativa de crédito. Na Sicoob, o capital mínimo para ingressar é de R$ 20,00. A única exigência é pas-sar pela verificação para saber se há alguma restrição financei-ra. “Somos uma cooperativa de ‘livre entrada’. Não temos restri-ções, mas precisamos atender a essa exigência de não haver nenhuma restrição financeira”.

Ao contrário do que vem acontecendo com cooperativas de laticínio no Leste de Minas, a Cooperativa Agropecuária de Resplendor (Capel) está em franca expansão, ao atingir maturidade no auge de seus 52 anos de tradição. Nos últi-mos cinco anos, o número de cooperados saltou de 2.373 para 3.124 e a produção anual de lei-te cresceu 35%. Já a captação do leite, que em 2006 era de 55 milhões de litros, fechou 2011 com 84 milhões.

Em 2009, a cooperativa se fundiu com um lati-cínio de Mantena e, em 2010, aproveitou o recuo de outra concorrente sediada em Governador Valadares para entrar de vez no mercado. Atualmente, os produtos com o selo da Capel estão em 18 municípios mineiros e dez cidades capixabas, incluindo grandes centros como Belo Horizonte e Vitória.

A fórmula para tanto sucesso, segundo o presi-dente Marcos Campos Dell”Orto, se resume em uma palavra: qualidade. Engenheiro agrônomo por formação, Marcos ocupa cargo executivo na cooperativa desde 2006, quando assumiu a direção comercial. Em 2011, ele assumiu a pre-sidência para um mandato que se encerra em 2014, e a sequência de bons resultados é notável.

Ele lembra que as palestras técnicas, sorteio de brindes durante eventos regulares, concurso leiteiro com premiação em dinheiro ou orde-nhadeiras mecânicas, além de outros benefícios (como plano de saúde), são algumas das vanta-gens de ser cooperado. Outra delas é o preço do leite que, em março, foi comprado do produtor cooperado por R$ 0,87 centavos o litro, valor

acima da média de mercado. Paralelo a isso, a atual administração está in-

vestindo em tecnologia. Tanques de resfriamento e ordenhadeiras são repassados aos cooperados em até 24 meses sem juros. A proposta é tão vantajosa que mais de 10% dos cooperados já adotaram a ordenha mecânica.

Marcos Campos afirma, porém, que nada seria possível sem a mudança de comportamento do produtor associado. O sistema de cooperativa, na opinião do presidente, permite a realização de um trabalho recíproco e foi pensando assim que ele, com anuência da diretoria, resolveu as-sumir uma postura para promover o desenvolvi-mento regional. “Acreditamos que,investindo no produtor, o nosso parceiro, nosso companheiro, todos ganham”.

Além do cooperado, ganha também o consu-midor: o leite longa vida em embalagem tetra pak e a manteiga se tornaram vedetes no sul da Bahia, Espírito Santo e no Rio de Janeiro. O requeijão cremoso e o queijo prato também es-tão conquistando cada vez mais o consumidor. E você, já conhece os produtos Capel?

52 anos de tradição consolidada nos mercados de Minas e Espírito Santo

Capel, a cooperativa

agropecuária que cresce em

qualidade

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Aniel é daqueles que enchem de orgulho os pais, as professoras que o orientaram e a nossa região. Sua carreira de sucesso e o bom de-sempenho nos estudos o fazem um exemplo para milhares de jovens das pequenas cidades de Minas, que sonham um dia conquistar um em-prego como o dele, viajando o mun-do representando o nosso país e, ainda, conhecendo novas culturas, costumes e povos. O sonho de muita gente por aí...

Só para se ter uma ideia de sua rotina, Aniel já visitou mais de se-tenta países e morou em cinco de-les; trabalhou com dois Presidentes da República; almoçou com a Rainha Beatrix, na Holanda, e com Yasser Arafat, na Palestina. Além disso, testemunhou de perto conver-sas entre Fidel Castro e o Príncipe de Astúrias, de acompanhar uma delegação de sheiks kuwaitianos em Brasília. Achou muito? E o que você acha da ideia de conhecer o Brasil, até os cantos mais remo-tos da Amazônia, assim como a África, a Ásia e o Oriente Médio, até o pólo norte, e de visitar patri-mônios culturais da humanidade onde a presença de turistas não é permitida? Com apenas 37 anos, ele já viveu tudo isto e define como “inestimável” a oportunidade de conhecer culturas diferentes.

Mas se você pensa que a vida de diplomata é fácil, há controvérsias. Cada missão dura, em média, de 2 a 3 anos e o Itamaraty (órgão do Governo Federal responsável pela diplomacia nacional) só o comuni-ca da mudança de cidades de dois a três meses antes da data de mu-dança para o novo destino. “Posso ir desde um frio país escandinavo, com apenas 4 horas de luz do sol por dia no inverno, até o calor do deser-to árabe, que chega a 60 graus no ve-rão. Parece vida de cigano”, brinca.

“Apesar de ter algumas opções,

apenas fico sabendo 2 meses antes de me mudar para o novo destino. A cada país, novas oportunidades e desafios: construir novas amizades, montar nova casa, criar nova rotina, adaptar-me à nova rotina de traba-lho e às novas temperaturas e con-dições climáticas, ao novo idioma, à nova cultura”. Atualmente, Aniel mora em Haia, na Holanda, onde é o Chefe do Setor de Promoção Comercial da Embaixada do Brasil.

E apesar de parecer férias, o trabalho é sério e extremamente importante para a nação. Aniel é frequentemente enviado para re-presentações brasileiras no exte-rior, seja em embaixadas, consu-lados, missões ou delegações. “Já trabalhei com temas diversos, como Cerimonial, Administração, Cultural, Político, Econômico, Ambiental e outros”, conta.

Aniel trabalhou muito para con-seguir o emprego dos seus sonhos. “O meu interesse pela carreira foi apenas o passo inicial de um pro-jeto que começou aos 14 anos, numa conversa com a bibliotecá-ria do Colégio Presbiteriano, em Governador Valadares, onde estu-dei. Foi lá que a senhora Genelhu me emprestou um livro sobre pro-fissões”, lembra. Depois disso, ele se graduou em direito e cursou MBA em Relações Internacionais. Por fim, passou em segundo lu-gar no disputadíssimo concurso para diplomatas, no Instituto Rio Branco.

“Meu conselho a todos os pais é que invistam o máxi-mo possível na formação de seus filhos. Porque, sim, a educação é um investi-mento. Ouvi de mais de uma pessoa que eu deve-ria abandonar meu sonho de me tornar um diplo-mata, mas nunca ouvi isso de meus pais, que sem-

pre acreditaram no meu potencial. Entretanto, desde o início fiz o meu melhor para merecer essa confian-ça, chegando a estudar 15 horas por dia, de segunda a segunda, durante quase dois anos”.

Nossos

Aniel Dutrade nossa região para o mundo

Ele nasceu em Caratinga, morou em Tarumirim e em Valadares, estudou em Belo Horizonte e hoje é um cidadão do mundo. Sua profissão? Diplomata!

meu CoNselHo a Todos os Pais É que iNVisTam o

máximo PossíVel Na formação de seus filHos. Porque, sim, a

eduCação É um iNVesTimeNTo.

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Música ao vivo toda 2ª segunda-feira de cada mês.

Especialmente nesse mês, não haverá um homenageado ou uma homenageada.Haverá sim “HOMENAGEADAS”! Na figura de algumas mulheres: lindas, simples, bem sucedidas, trabalhadoras, mães dedicadas e guerreiras, quero homenagear todas as mulheres, pelo seu mês. Não teremos também FLASH’s DE OURO, nem SEM FLASH’s. Toda a coluna é dedicada a essas MULHERES VALOROSAS que merecem todos os nossos FLASH’s !!!!

Glenda Costa: mãe amorosa, zelosa e dedicada!!!

Rosely Oliveira: mulher guerreira!!!

Márcia, prefeita de Virginópolis: exemplo de gestora!!!

Alexandra Coelho: mulher moderna!!!!

Nelma Lúcia: amiga, companheira, leal, amiga/irmã!!!

Neide Cardoso: mulher de sucesso!!!

“Se você quer que algo seja dito, peça a um homem. Se você quer que algo seja feito, peça a uma mulher”.

(Margaret Thatcher)

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Nada se cria, tudo se copia

(por Daniel Marinho)

PIADAS

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

www.coquetel.com.br © Revistas COQUETEL 2012

BANCO 13

PVBORLANDOSILVA

EIOEAARSANTACRUZ

NIVEAUIVARDELMALAMUUDALIABEM

BODEGREENSUCROATISOVEBATOM

TORNOZELOPLOTANHMO

RICARDOGOMESDOAAINTOILALENTO

ESPECIARIAS

Forma de avaliaçãousada no

Enem

EliakimAraújo,locutor da TV

Radiação ultraviole-ta (sigla)

Bebidausada nodrinque

cuba-libre

Tecla queelimina aseleçãona tela

O chatosem "des-confiôme-tro" (pop.)

O primei-ro do Bra-sil foi FreiGalvão

(?) expia-tório:falso

culpado

Planta or-namentalde discoamarelo

"Há malesque vêmpara o

(?)" (dito)

IPTU,IPVA e

ITR (Fin.)

"Açúcar",em

"sucroal-cooleiro"

Chapéu e(?): aces-sórios deCarlitos

Local deaparelho eletrônicode presos

Sabor dedropes elicores

Sofreuum AVC

no campode futebol

Acidentegeográfi-co como

Bikini

Mac (?), computa-

dor daApple

InternetProtocol(sigla)

Introduz surpresasna histó-ria oral

Intran-sitivo

(abrev.)

Pimenta,canela e noz-

moscada

Carênciada pessoa desani-mada

(?) Refaeli, modelo(?) de documentos:o objetivo do site

WikiLeaksLaico

Malha (?): conjuntode estradas e ruasde um municípioPesar

Ex-minis-tro do Es-porte deDilma

"Disc",em CD

Óleo, eminglês

Hiato de"piolho"Pinguimou kiwi

Dar gritosde lobo

Seguidor,no Twitter

Verde, eminglês

A fuga depássaros

Eternida-de (poét.)Embelezaos lábios

Gaivota,em tupiTemperodo feijão

Siemens(símbolo)Penedo;rochedo

Pasta de configu-ração do Windows

São fonte industrialde poluição

(?) Maria,atriz de"AqueleBeijo"

Time defutebol

deRecife

B E M

3/bar — evo — oil. 4/mini. 5/amigo — beato — green. 7/secular. 12/ricardo gomes.

em Valadares

visite a

A gula sem pecado

ingredientes500 gramas de Penne Vilma02 potes de molho de tomate com manjericão03 calabresas moídas01 copo de requeijão cremoso04 dentes de alho picado04 colheres de azeiteManjericão fresco a gostoQueijo parmesão para gratinar (evite o parmesão embalado), Sal à gosto

Com o avanço tecnológico e a rapidez na divulgação e produção dos filmes, era de se esperar que uma hora as ideias real-mente originais se esgotariam. É aí que en-tramos no ciclo dos remakes.

Antes de qualquer coisa, essa palavri-nha em inglês - remake (lê-se “remeique”) - significa nada mais que a refilmagem de um filme antigo. É quando se produz uma nova versão de uma história já contada.

E não se engane. A produção de re-makes não é algo novo, sempre existiu. Acontece, que do final da década de 90 para cá, ela tem se tornado mais comum, pelos motivos já citados (que, aliás, não passam de despretensiosas observações da minha parte). Também é importante no-tar que, com a prática, temos a certeza de um negócio lucrativo. Afinal, é mais seguro apostar em uma fórmula que já deu certo do que arriscar algo novo.

E, assim, vamos assistindo aos mesmos filmes que a vovó já gostava! Para citar os clássicos: “Sexta feira 13”, “Psicose”, “Pla-neta dos Macacos”, “King Kong”, “A Pantera

Cor de Rosa”, além de adaptações da literatu-ra como “Sherlock Holmes”, “Hobin Hood”, “Alice no País das Maravilhas”, e por aí vai.

Nesse meio existem também aqueles que quase ninguém desconfia que sejam remakes, como “O chamado”, “Onze ho-mens e um segredo”, “A Guerra dos Mun-dos” e “Os infiltrados”.

Acredito que a tentativa de melhorar, re-vitalizar, modernizar (ou seja lá o que for) é válida, mas o problema é que nem sempre funciona. Sejamos francos, em geral, o ori-ginal é bem melhor, não é mesmo?

Por isso, sempre vale dar aquela garim-pada na prateleira da locadora atrás de al-guns filmes antigos, ou até mesmo, apostar no remake recém-lançado. É interessante ver as transformações e a forma como es-tes novos-velhos-filmes são adaptados. Po-demos nos surpreender.

Para fechar, utilizo de uma frase, nem sempre verdadeira, mas bem per-tinente neste momento: “Nada se cria, tudo se copia.”.

Se assim for, COPIEM DIREITO!

Assim como em setores da cultura, economia, tecnologia, etc., sempre vivemos

em ciclos. No cinema não é diferente.

Preparo1 - Refogue o alho no azeite e acrescente a calabresa para fritar;2 - Acrescente o molho; espere ferver para apurar;3 - Acrescente o manjericão fresco e o requeijão e mexa até o

molho ficar homogêneo. Deixe-o cozinhar por 1 minuto;4 - Misture o macarrão e salpique o parmesão sobre a massa.

Leve ao forno para gratinar.

33 [email protected]

Mário Vilella

Dica do chefA calabresa pode ser

substituída por camarão

PeNNe ao molHo de Calabresa e requeiJão A notícia ruim e a péssimaO cumpadi chega para o outro e diz, cabisbaixo:Cumpadi, eu tenho duas notícias pra te dá, uma notícia ruim e otra péssima...- Então fala a ruim primeiro, ué.- A ruim é que vc só tem 24h de vida.- Uai, se essa é a ruim, qual é a pés-sima?- A péssima é que eu devia te avisar ontem, mas esqueci.

Indo pro aeroporto

Com esse negócio de classe C po-dendo andar de avião, o minerim se preparou para voar a primeira vez e, duas horas antes do embarque, liga prum taxi:- Alô, quanto você cobra pra me bus-car aqui no Grã Duquesa e me levar até o aeroporto? - Cinquenta reais, responde o taxista.- Nossa, isso tudo! exclama o mine-rim. E quanto é pra levar as malas?- Ah, as malas eu levo de graça, res-ponde o taxista.Esperto, o minerim vai logo dizendo:- Então pode vir buscar, mas eu vou andando pra economizar.

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Informe Publicitário

açucena não para

Mesmo após perder quase R$ 160 mil por mês do Governo Federal, a Prefeitura de Açucena não para de trabalhar e buscar

melhorias para a sua população.

Transporte digno e de qualidade Apesar de todas as dificuldades financeiras, devido à perda de recur-

sos com o rebaixamento do coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) de 0.8 para 0.6%, a atual administração municipal entregou 11 veículos, sendo três caminhões, uma caçamba, um coletor de lixo, um gol, um fiat uno, uma moto, duas kombis e uma ambulância.

No último dia 08 de março também houve inauguração para a alegria dos moradores do Pompeu e dos córregos vizi-nhos. Uma grande festa agitou a população, que comemorou a entrega desta obra aguardada há tanto tempo. A Unidade Básica de Saúde (UBS) de Pompéu foi construída graças à doação de um terreno pelo Sr. Zé Dianinha e, em homenagem a ele, a UBS leva o nome de seu pai: José Diana de Araújo.

O evento foi prestigiado pelo Deputado Federal e Ex-Secretário Estadual de Saúde, Marcus Pestana; pelo Prefeito de Açucena, Ademir

Syman; pela Secretária Municipal de Saúde, Darcira Pereira e pelo Diretor da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Dr. Anchieta Pogialli que, na ocasião, representou o atual Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais.

Mais SAÚDE para a população

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