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Escola de Civismo e Cidadania Seção de Recursos Didáticos /Mecanografia Página 1 R$ Observações: Essa lista deverá ser totalemnte copiada. Tanto as perguntas como as respostas, somente à lápis, no caderno de desenho. As imagens deverão ser coladas no caderno de desenho. DADAÍSMO Dada termo em francês que significa “cavalinho de pau” ou “brinquedo de criança”. Esse foi o nome escolhido aleatoriamente pelos criadores do movimento ao folhear um dicionário. Esse termo marca a falta de sentido que pode ter a linguagem assim como a fala de um bebê, salientando o caráter antirracional e de causalidade desse movimento de vanguarda europeia. O acaso e o nonsense - que quer dizer sem sentido - foram fundamentais nos conceitos dadaístas. Além disso, o movimento mostrou-se radicalmente avesso a Primeira Guerra Mundial, ao nacionalismo e ao materialismo que desencadeou o combate, bem como os conceitos de arte vigentes na época.O Dadaísmo, também conhecido como Movimento Dadá nasce após o início da Primeira Guerra Mundial em 1916 em Zurique e tem como seus principais expoentes Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Hans (ou Jean) Arp, Julius Evola, Francis Picabia, Kurt Schwitters, Max Ernst e Man Ray.Esses integrantes e outros propunham uma arte de protesto que chocasse e provocasse a sociedade burguesa da época. Suas obras visuais e literárias baseavam-se no acaso, no caos, na desordem e em objetos e elementos de pouco valor, desconstruindo conceitos da arte tradicional. Kurt Schwitters compôs telas fazendo colagens aleatórias de recortes e papeis que encontrava no cotidiano, como bilhetes de trem, fotografias, selos e embrulhos. Assim o artista expressava a intensão de criar um método de fazer arte que não lembrasse os métodos artísticos tradicionais. Duchamp com seus ready-mades utilizou objetos industrializados e do cotidiano, assinando-os como se fossem de sua autoria, não os trabalhava artisticamente, os considerava prontos assim como os encontrava e exibia como obra de arte. Dessa maneira, objetos sem valor artístico aparente alcançam a condição de obra de arte ao serem retirados de seu contexto e expostos num espaço expositivo como um museu ou galeria. Foi assim que Duchamp criou Roda de Bicicleta, de 1913, uma roda de bicicleta encaixada num banco. Seu mais famoso ready-made, o Urinol, foi assinado pelo artista como “R Mutt”. Assim como Kurt Schwitters, Duchamp também expressou sua rejeição e renúncia aos tradicionais meios de se fazer arte da época, forçando o público apreciador a refletir sobre essas questões. SURREALISMO Sonhos, fantasias, devaneios, inconsciência, ausência de lógica, formaram as bases das criações do movimento surrealista. Fundado em Paris em 1924 o Surrealismo engrossou os movimentos de vanguardas do início do século XX. André Breton foi seu principal porta-voz e lançou, naquele mesmo ano, o primeiro e principal manifesto - o Manifesto Surrealista. Entre seus mais marcantes expoentes nas Artes Plásticas estão: Salvador Dali (1904-1986), Max Ernst (1891- 1976), René Magritte (1898-1967), André Masson (1896-1987), Joan Miró (1893- 1983). Alguns críticos e autores da arte associam o nome de Frida Kahlo (1907- 1954) ao movimento Surrealista, no entanto a própria artista não se considerava uma surrealista, pois estava interessada em retratar suas dores e tragédias pessoais. Pintura de Vladimir Kush Os artistas ligados a esse movimento rejeitavam os valores e os padrões impostos pela sociedade burguesa, seguindo a exploração dadaísta de tudo o que fosse subversivo na arte. Fortemente influenciados pelas teorias psicanalíticas 2º BIMESTRE Visto do Professor Nota Série Turma (s) Turno A,B,C,D,E,F,G,H MATUTINO Disciplina: ARTE Professora: GUILHERME SIQUEIRA Data: / / 2017 Aluno (a): O MODERNISMO EUROPEU- MOVIMENTOS DE VANGUARDAS

Nota 2º BIMESTRE Série Turma (s) 3º MATUTINO · Como parte do seu processo artístico, os artistas desse movimento também exploravam o imaginário dos sonhos como um atributo

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Observações: Essa lista deverá ser totalemnte copiada. Tanto as perguntas como as respostas, somente à lápis, no

caderno de desenho.

As imagens deverão ser coladas no caderno de desenho.

DADAÍSMO

Dada termo em francês que significa “cavalinho de pau” ou “brinquedo de criança”. Esse foi o nome escolhido

aleatoriamente pelos criadores do movimento ao folhear um dicionário. Esse termo marca a falta de sentido que pode ter a

linguagem assim como a fala de um bebê, salientando o caráter antirracional e de causalidade desse movimento

de vanguarda europeia. O acaso e o nonsense - que quer dizer sem sentido - foram fundamentais nos conceitos dadaístas.

Além disso, o movimento mostrou-se radicalmente avesso a Primeira Guerra Mundial, ao nacionalismo e ao materialismo

que desencadeou o combate, bem como os conceitos de arte vigentes na época.O Dadaísmo, também conhecido

como Movimento Dadá nasce após o início da Primeira Guerra Mundial em 1916 em Zurique e tem como seus principais

expoentes Tristan Tzara, Marcel Duchamp, Hans (ou Jean) Arp, Julius Evola, Francis Picabia, Kurt Schwitters, Max Ernst

e Man Ray.Esses integrantes e outros propunham uma arte de protesto que chocasse e provocasse a sociedade burguesa da

época. Suas obras visuais e literárias baseavam-se no acaso, no caos, na desordem e em objetos e elementos de pouco valor,

desconstruindo conceitos da arte tradicional. Kurt Schwitters compôs telas fazendo colagens aleatórias de recortes e papeis

que encontrava no cotidiano, como bilhetes de trem, fotografias, selos e embrulhos. Assim o artista expressava a intensão

de criar um método de fazer arte que não lembrasse os métodos artísticos tradicionais.

Duchamp com seus ready-mades utilizou objetos industrializados e do cotidiano, assinando-os como se fossem de sua

autoria, não os trabalhava artisticamente, os considerava prontos assim como os encontrava e

exibia como obra de arte. Dessa maneira, objetos sem valor artístico aparente alcançam a condição

de obra de arte ao serem retirados de seu contexto e expostos num espaço expositivo como um

museu ou galeria. Foi assim que Duchamp criou Roda de Bicicleta, de 1913, uma roda de bicicleta

encaixada num banco. Seu mais famoso ready-made, o Urinol, foi assinado pelo artista como “R

Mutt”. Assim como Kurt Schwitters, Duchamp também expressou sua rejeição e renúncia aos

tradicionais meios de se fazer arte da época, forçando o público apreciador a refletir sobre essas

questões.

SURREALISMO

Sonhos, fantasias, devaneios, inconsciência, ausência de lógica, formaram as bases

das criações do movimento surrealista. Fundado em Paris em 1924

o Surrealismo engrossou os movimentos de vanguardas do início do século XX.

André Breton foi seu principal porta-voz e lançou, naquele mesmo ano, o primeiro

e principal manifesto - o Manifesto Surrealista. Entre seus mais marcantes

expoentes nas Artes Plásticas estão: Salvador Dali (1904-1986), Max Ernst (1891-

1976), René Magritte (1898-1967), André Masson (1896-1987), Joan Miró (1893-

1983). Alguns críticos e autores da arte associam o nome de Frida Kahlo (1907-

1954) ao movimento Surrealista, no entanto a própria artista não se considerava uma

surrealista, pois estava interessada em retratar suas dores e tragédias pessoais.

Pintura de Vladimir Kush

Os artistas ligados a esse movimento rejeitavam os valores e os padrões impostos

pela sociedade burguesa, seguindo a exploração dadaísta de tudo o que fosse

subversivo na arte. Fortemente influenciados pelas teorias psicanalíticas

2º BIMESTRE Visto do Professor Nota

Série Turma (s) Turno

3º A,B,C,D,E,F,G,H MATUTINO

Disciplina: ARTE Professora: GUILHERME SIQUEIRA Data: / / 2017

Aluno (a): Nº

O MODERNISMO EUROPEU- MOVIMENTOS DE VANGUARDAS

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de Sigmund Freud, os surrealistas seguiram alguns métodos para impedir o controle do consciente na ação artística,

desprendendo o inconsciente.

Como parte do seu processo artístico, os artistas desse movimento também exploravam o imaginário dos sonhos como um

atributo inquietante e bizarro da vida diária, chegando pedir que pessoas comuns descrevessem suas experiências oníricas

como uma forma de montarem arquivos para suas produções. Assim os surrealistas concebiam o inconsciente como um

meio de imaginação, as formas e imagens não poderiam prover da razão, mas de impulsos e sentimentos irracionais e

surreais.

Os artistas desse movimento se diferenciavam quanto ao estilo

adotado. Enquanto as formas e linhas de Masson provinham de

pincelados livres, Magrite e Dalí tinham imagens realistas criando

cenas oníricas.A obra “A persistência da memória” de Salvador

Dalí é uma das mais representativas desse movimento. Os três

relógios derretidos juntamente a uma espécie de autorretrato do

artista representam o Surrealismo de Dalí diante da irrelevância da

passagem do tempo que dizia não perceber e que não tinha nenhum

significado para ele. Uma curiosidade sobre esta obra conta que

numa tarde quente em seu ateliê, Dalí teve um delírio ao ver um

queijo derretendo em função do forte calor. Nascia aí à ideia para

de pintar os relógios derretidos e associá-los a passagem do tempo.

A persistência da Memória (Salvador Dali - 1931

Não há uma data que determine o fim do Surrealismo, pois

influencia até o presente, artistas de todo mundo. No Brasil é

possível encontrar características do Surrealismo nas obras de Tarsila do Amaral e Ismael Nery.

SURREALISMO MEXICANO (FRIDA KAHLO)

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon foi uma das personagens mais

marcantes da história do México. Patriota declarada, comunista e revolucionária Frida

Kahlo, como ficou conhecida, teve uma vida de superações e sofrimentos que

refletidos em sua obra a tornaram uma das maiores pintoras do século.

Nascida em 6 de julho de 1907 em Coyoacan, México, filha do famoso fotógrafo

judeu-alemão Guillermo Kahlo e de Matilde Calderon y Gonzales, mestiça, Frida

sempre foi apaixonada pela cultura de seu país e adorava tudo que remetesse às

tradições mexicanas. Fato que ela sempre fazia questão de demonstrar em sua maneira

de se vestir e em seu trabalho ao incluir elementos da cultura popular.

Em seu diário, publicado em 1995 e traduzido para diversas línguas, e em sua

autobiografia publicada em 1953, Frida deixou registradas suas dores e sobretudo suas

frustrações pela infidelidade do marido, por quem era extremamente apaixonada, e

pela impossibilidade de ter filhos. Toda sua obra, constituída majoritariamente por

auto-retratos reflete essa condição.

Sua primeira tragédia acontece quando ela tinha seis anos e uma poliomelite a deixou

de cama por vários dias. Como seqüela, Frida fica com um dos pés atrofiado e uma perna mais fina que a outra. Mas o fato

trágico que mudaria sua vida para sempre aconteceu quando ela tinha dezoito anos.

Frida na época estudava medicina na primeira turma feminina da escola Preparatória Nacional. Então, no dia 17 de setembro

de 1925, na volta para casa, ela e seu noivo Alejandro Goméz Arias, sofreram um grave acidente de ônibus que a deixou a

beira da morte. Transpassada por uma barra de ferro pelo abdômen e sofrendo múltiplas fraturas, inclusive na coluna

vertebral Frida levou vários meses para se recuperar. Ao todo foram necessárias 35 cirurgias e mesmo depois da recuperação

ela teria complicações por causa do acidente pelo resto de sua vida chegando a relatar : “E a sensação nunca mais me deixou,

de que meu corpo carrega em si todas as chagas do mundo.”

Foi durante o período em que esteve se recuperando que surgiu a pintora. Sua mãe colocou um espelho sobre sua cama e

um cavalete adaptado para que ela pudesse pintar deitada e Frida fez seu primeiro auto-retrato dedicado a Alejandro que a

havia abandonado: “Auto-retrato com vestido de Terciopelo”. Sobre sua obstinação em pintar auto-retratos, 55 ao todo, que

representam um terço de toda sua obra ela justificava dizendo: “Pinto a mim mesma porque sou sozinha e porque sou o

assunto que conheço melhor”.

Dois anos depois do acidente Frida leva três de seus quadros a Diego Rivera, um famoso pintor da época que ela conhecera

quando freqüentava a Escola Preparatória Nacional em 1922, para que os analisasse. Esse encontro resultou no amor de

ambos e na revelação de uma grande artista.

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Em 21 de agosto de 1929 eles se casam, Frida então com 22 anos e Rivera com 43, dando início a um relacionamento dos

mais extravagantes da história da arte. Em 1930 Frida engravida e sofre seu primeiro aborto ficando muito abalada pela

impossibilidade de levar adiante uma gravidez devido a seu estado de saúde delicado. Sobre essa dor ela confessou: “Pintar

completou minha vida. Perdi três filhos e uma série de outras coisas que teriam preenchido minha vida pavorosa”.

No mesmo ano, já tendo recuperado sua mobilidade, porém com limitações e tendo que usar freqüentemente um colete de

gesso, Frida acompanha Diego em suas viagens aos EUA revelando seu talento para o resto do mundo e encantando a todos

com seu jeito irreverente e único.

Em 1932 ela sofre seu segundo aborto sendo hospitalizada em Detroit (EUA), e sua mãe morre de câncer no dia 15 de

setembro do mesmo ano. Em 1934 o casal está de volta ao México, mas Frida sofre novo aborto e tem os dedos do pé direito

amputados. O relacionamento com Rivera piora e ele começa a traí-la com sua irmã mais nova Cristina. No ano seguinte

Frida e Rivera se separam e Frida conhece o escultor Isamu Noguchi com tem um caso, mas logo ela e Rivera se reconciliam

e voltam a morar juntos no México.

Em 1936 novas cirurgias no pé além de persistentes dores de coluna, um problema de úlcera, anorexia e ansiedade. Apesar

de tudo, em 1937, Frida conhece Leon Trotski que se refugia em sua casa em Coyoacan junto com a esposa Natalia Sedova.

Trotski foi seu mais famoso caso de amor.

Em 1938, Fria Kahlo conhece André Breton, escritor, poeta e famoso teórico do surrealismo, que se encanta por sua obra e

lhe apresenta Julian Levy, colecionador e dono de uma galeria em Nova York, responsável por organizar a primeira

exposição individual de Frida, realizada em 1939.

A exposição foi sucesso absoluto e ela logo estava realizando exposições em Paris onde conheceu grandes artistas

como Pablo Picasso, Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Eluard e Max Ernst. Frida foi a primeira pintora mexicana a ter

um de seus quadros expostos no Museu do Louvre, mas foi apenas em 1953, um ano antes de sua morte, que ela consegue

realizar uma exposição de suas obras na Cidade do México.

Ainda em 1939 Frida e Diego se separam novamente, desta vez oficialmente, mas voltam a se casar em 8 de dezembro do

ano seguinte.

Em 1941 morre Guillermo Kahlo e ela e Diego mudam-se para a “Casa Azul”, hoje um museu em sua homenagem. Em

1942 ela começa a escrever seu famoso diário onde escreve sobre todas as suas dores e pensamentos em um emaranhado de

textos propositadamente sobrepostos, cheio de ilustrações e cores.

De 1942 a 1950 Frida é eleita membro do Seminário de Cultura do México, passa a dar aulas na escola de arte “La

Esmeralda”, mas sua saúde cada vez pior a obriga a lecionar em casa. Com o quadro “Moisés”, Frida ganha o Prêmio

Nacional de Pintura concedido pelo Ministério da Cultura do México. Nesse período ela também é obrigada a fazer mais de

seis cirurgias e usar um colete de ferro que quase a impede de respirar permanecendo longos períodos no hospital e tendo

de usar uma cadeira de rodas.

Em agosto de 1953 ela tem sua perna amputada na altura do joelho devido a uma gangrena. Sobre mais esse duro golpe

Frida escreve em seu diário:

''Amputaram-me a perna há 6 meses, deram-me séculos de tortura e há momentos em que quase perco a razão. Continuo a

querer me matar. O Diego é que me impede de o fazer, pois a minha vaidade faz-me pensar que sentiria a minha falta. Ele

disse-me isso e eu acreditei. Mas nunca sofri tanto em toda a minha vida. Vou esperar mais um pouco...''.

No mesmo diário ela também desenhara uma coluna cercada por espinhos com a legenda: “Pés, para que os quero se tenho

asas para voar.” Revelando a ambiguidade de seus sentimentos com relação a todo seu sofrimento.

A idéia da morte parecia algo tranqüilizador para Frida que tivera uma vida tão conturbada e freqüentemente ela se refere a

isso em seu diário e em sua autobiografia, porém mais do que nunca ela tenta se agarrar a vida, pois como ela dizia: “...a

tragédia é o mais ridículo que há...” e “...nada vale mais do que a risada...” .

Mas sua condição delicada não a impediu de participar, mesmo em uma cadeira de rodas de uma manifestação contra a

intervenção norte-americana na Guatemala em 1954.

Na noite de 13 de julho daquele mesmo ano Frida Kahlo é encontrada morte em seu leito. A versão oficial divulgou que ela

teve morte por embolia pulmonar, mas suas últimas palavras em seu diário foram: “Espero a partida com alegria...e espero

nunca mais voltar...Frida.”.

FUTURISMO

Em 20 de Fevereiro de 1909 foi lançado pelo poeta italiano Felippo Tommaso Marinetti, no jornal francês Le Figaro,

o Manifesto Futurista. Este foi o ponta pé inicial para dar início a criação de um movimento de cunho artístico e literário

denominado Futurismo. O Futurismo caracterizou-se principalmente pelo rompimento com a arte e a cultura do passado,

celebrando o progresso e a tecnologia moderna, a vida urbana, a velocidade e a energia ao ponto de, os mais extremos,

exaltarem as armas e a violência. Os integrantes desse estilo foram os grandes divulgadores do movimento, recorrendo a

palestras e a publicidade para dar visibilidade a este estilo.

O Manifesto Futurista deixou clara a rejeição dos futuristas ao passado e a destruição de tudo o que era velho e venerado,

ascendendo espaço para o novo e o vital. Giacomo Balla (1871 – 1958), Carlo Carrà (1881 – 1966) e Umberto Boccioni

(1882 – 916) estão entre os principais expoentes desse movimento, além de Gino Severini (1883 – 1966) e Luigi Russolo

(1885 -1647).

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Com frequência nas pinturas Futuristas aparecem cores vibrantes e

contrastantes, formas geométricas, sobreposição de imagens além do

uso do que os futuristas chamavam de linhas de força. O uso desses

recursos pretendia dar ideia de uma cena dinâmica, ou seja, o objeto em

ação. A ideia de movimento vigoroso e velocidade eram centrais na

poética do Futurismo. Os futuristas não estavam interessados em

representar um automóvel em suas pinturas, porém representar o

movimento do automóvel e a experiência de sua aceleração. Isso era

mais importante que detalhar sua forma ou o veículo parado.

Uma das mais impressionantes obras desse movimento artístico é

Dinamismo de um cão na coleira de autoria (1912) de Giacomo Balla.

Nela, Balla representa uma senhora passeando com seu cachorro onde é

possível perceber uma espécie de close-up dos movimentos dos

personagens. No quadro de formas simples e precisas, podem-se

apreender as diversas pinceladas que dão a sensação de movimento das figuras. O cão assim como à senhora tem inúmeros

traços, uns transparente e outros opacos, que compõem as patas, o rabo, a coleira e os pés criando uma magnífica expressão

dinâmica do movimento.

O Futurismo influenciou diversos artistas que mais tarde vieram a fundar outros estilos artísticos como o Cubismo,

o Surrealismo e o Dadaísmo. O movimento Futurista

durou até aproximadamente a década de 1930, quando foi se esvaziando com a Segunda Guerra Mundial.

CUBISMO

O Cubismo foi um movimento artístico que teve como seus principais expoentes e pioneiros Pablo Picasso e

Georges Braque por volta de 1907, muito embora Cézanne tenha usado, já em 1901, múltiplos pontos de vista

numa única pintura. Fundado no início do século XX, o Cubismo é considerado um dos movimentos mais

influentes desse período. Suas obras tratavam de maneira geométrica as formas da natureza, assim a representação

do universo visual passou a não ter nenhuma obrigação com suas reais formas, no entanto não chegavam à

abstração, pois as imagens representadas ainda permaneciam figurativas, ou seja, ainda eram reconhecíveis.Além

de seus percursores Pablo Picasso e Georges Braque, outros artistas se destacaram nesse movimento que

influenciou o mundo das artes visuais significativamente, são eles: Albert Gleizes, Fernand Léger, Francis

Picabia, Marcel Duchamp, Robert Delaunay, Roger de La Fresnaye, e Juan Gris.

Embora os temas das pinturas Cubistas tenham sido temas convencionais como autos-retratos e natureza morta,

o modo como os artistas desse movimento representavam sua visão dos objetos era considerado muito ousado,

pois rompia como a perspectiva tradicional e a linha de contorno.

Os cubistas utilizavam pontos de vistas diversos e cambiantes. Desse modo, ao olharem para uma cadeira, por

exemplo, a representavam na pintura, por diferentes ângulos: de cima, de baixo, de lado ou de cabeça para baixo.

Assim, esses artistas tentavam capturar todos esses pontos de vistas num mesmo plano. Essa é a principal

característica das pinturas cubistas.

Para tanto se apropriaram do uso das formas geométricas, das linhas retas, da colagem e da perspectiva confusa.

É possível dividir o movimento cubista em duas linhas:

CUBISMO ANALÍTICO que se baseou na observação, fragmentação e representação de um determinado tema

e o CUBISMO SINTÉTICO que se baseou em técnicas voltadas a colagem.

Cubismo analítico Cubismo sintético

Não há como falar de Cubismo sem citar o nome do seu grande expoente Pablo Picasso.

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A obra Les Demoiselles d''Avignon (As Senhoritas de Avignon) de 1907

foi o marco zero do Cubismo, rompendo com o clássico e influenciado

pelas esculturas de origem africanas. Nessa tela o autor tratou a nudez

feminina, geralmente marcada por curvas, com linhas retas, planos e

formas geométricas. Um escândalo para os padrões de arte daquele

período. Picasso estudava e observava a forma dos objetos com afinco

captando todas as suas possibilidades. A exploração de novos temas,

cores, formas e movimento marcaram os objetivos dos integrantes desse

movimento, transformando a arte para sempre.

EXPRESSIONISMO

Podemos dizer que o Expressionismo foi o termo aplicado as diferentes

linguagens da arte no início de século XX. Pode-se classificar o

Expressionismo como um movimento heterogêneo, pois abarcou artistas de

diferentes nacionalidades, épocas e formação. Teve seu auge no período

correspondente a 1905 a 1920 aproximadamente, e se compôs a partir de

diferentes círculos artísticos ao mesmo tempo. Muitos historiadores empregam

esse termo para se referir as obras de outros artistas que compunham a história

da arte. Assim, é possível encontrar as raízes do Expressionismo em obras de

outras épocas como Francis Bacon (1561 – 1626), Goya (1746 – 1828), Edvard

Munch (1863 – 1944) e Van Gogh (1853 - 1890), por exemplo, essas podem

ser descritas como expressionistas tantos pelos traços como pela profundidade

psicológica.

Os expressionistas usavam cores fortes e vibrantes, figuras destorcidas e por

vezes se utilizava da abstração para tratar temas como a alienação, bem como,

faziam uso emocional e simbólico da cor e da linha. O Expressionismo é a arte dos extremos emocionais, da

inquietação e da espiritualidade. Podemos diferenciar o Expressionismo do Impressionismo, pois em lugar de

reproduzir uma impressão do mundo que o cercava os expressionistas colocavam em suas obras suas próprias

conclusões e temperamentos sobre suas visões do mundo. Assim o Expressionismo passou a se referir a um tipo

de arte produzido na Alemanha no início do século XX e disseminado para outros países abrangendo diferentes

artistas de diferentes tendências. Dois grupos, Die Brücke “A Ponte” (Fundado em 1905) e Der Blaue Reiter “O

Cavaleiro Azul” (fundado em 1911) constituíram as principais manifestações do Expressionismo na Alemanha.

Com a pretensão de estabelecer uma ponte com as bases para uma arte de futuro o primeiro grupo recebeu este

nome de uma de seus integrantes que eram compostos por: Ernst Ludwig Kirchner, Fritz Bleyl, Erich

Heckel e Karl Schmidt-Rottluff. Ao longo dos anos foi recebendo outros artistas alemães e de outras

nacionalidades. O grupo A Ponte foi influenciado por artistas como Van Gogh, Gauguin e Munch, além de se

inspirarem no gótico alemão e na arte africana. Também sofreram forte influência do Fauvismo, após visitarem

uma exposição de Matisse em Berlim em 1908.

O segundo grupo denominado O Cavaleiro Azul voltou o tema de suas pinturas para uma área mais subjetiva e

mística, buscando revelações espirituais. Tiveram influência de Kandinsky e Jawlensky e usava uma paleta

diversa, com cores mais sutis que o primeiro grupo.

No Brasil um dos nomes mais fortes quando falamos de Expressionismo é de Anita Malfatti. Anita introduziu

as vanguardas europeias no Brasil após um período de estudos na Alemanha. As cores fortes e vivas de suas

pinturas remontam retratos e paisagens. Após críticas a seu estilo de pintura, abandona o Expressionismo

dedicando-se a pintura tradicional.

Com a chegada da Primeira Guerra Mundial, o movimento perde forças, mas ganha motivos para retratar os

horrores da guerra.

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ABSTRACIONISMO

O abstracionismo refere-se às formas de arte não administradas pela

figuração e pela imitação do mundo, ou seja, não representam objetos

próprios da realidade concreta. Ao contrário, se utiliza das relações formais

entre cores, linhas e superfícies para produzir a realidade da obra. Seu

surgimento deve-se às experiências das vanguardas européias, que

rejeitaram a herança renascentista das academias de arte. A arte abstrata

existiu desde o princípio da civilização, passando por algumas fases de

maior ou menor aceitação. Hoje a expressão é mais usada para nomear a

produção artística do século XX, produzida por determinados movimentos

e escolas inseridos na arte moderna. Grande parte dos movimentos desse

século concedia valor à subjetividade na arte, admitindo distorções de

forma que se defrontava com a idéia do renascentista Giorgio Vasari e sua

opinião a respeito do valor do artista. Ele acreditava que este valor devia-se a capacidade de representar a natureza com

rigor. No começo do século XX, antes que os artistas atingissem a abstração absoluta, o termo foi utilizado para se referir a

escolas como o cubismo e o futurismo. O abstracionismo divide-se em duas tendências: abstracionismo lírico;

abstracionismo geométrico. O abstracionismo lírico aparece como uma reação a Primeira Guerra Mundial. Para compor

uma arte imaginária, inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição. As características da arte não figurativa são: o

jogo de formas orgânicas, as cores vibrantes e a linha de contorno. A pretensão do abstracionismo lírico é transformar

manchas de cor e linhas em ideais e simbolismos subjetivos. O abstracionismo geométrico recebeu influência do cubismo

e do futurismo. Ao contrário do abstracionismo lírico, foca a racionalização que depende da análise intelectual e científica.

No Brasil, o abstracionismo teve suas primeiras representações na década de 40.

FAUVISMO

Fauvismo é uma tendência estética da pintura, surgida no final do século

XIX e desenvolvida no início do século XX, que tinha por características

principais o uso exacerbado de cores fortes e o teor dramático nas obras.

O movimento foi tipicamente francês, iniciou-se por parte dos artistas da

época que se opunham a seguir a regra da estética impressionista, em vigor

na época. A tendência foi considerada movimento artístico apenas em

1905.

O Fauvismo, ou Fovismo, tinha temática leve, baseada na alegria de viver

e nas emoções, e não tinha fundamentação ou intenção crítica nem política.

A gradiente de cores é consideravelmente reduzida nestas obras, mas o

papel das cores é extremamente importante nelas, pois eram responsáveis

pela noção de limites, volume, relevo e perspectiva. Além disso, as cores não tinham relação direta com a realidade, não

correspondiam à cor real do objeto representado.

O início do movimento, no final do século XIX, teve como representantes precursores Paul Gauguin e Vincent Van Gogh.

Os estilos destes dois renomados artistas exerceram forte influência sobre os adeptos do Movimento Fauvista. O Fauvismo

influenciou muito a ruptura da arte moderna com a antiga estética vigente, além disso, modificou a idéia de utilização das

cores nas artes plásticas.

O termo surgiu de uma expressão pejorativa, utilizada pelo crítico de arte Louis Vauxcelles ao ver uma obra de Henry

Matisse, em 1905, no Salão de Outono, em Paris. A expressão utilizada pelo crítico, “Les Fauves”, significa “os selvagens”.

Apesar dos artistas seguidores e dos adeptos do movimento renegarem a nomenclatura, esta acabou ficando na história da

arte.

Para o movimento Fauvista, as criações artísticas não possuem relação com intelecto ou sentimentos, ou seja, a criação

artística deve ser livre e espontânea, baseada no instinto, nos impulsos primários. Também as cores, era levada amplamente

em consideração a larga preferência por cores puras, elas são exaltadas no Fauvismo, e linhas e cores não possuem uma

ordem predeterminada, são empregadas nas obras da mesma forma primária e instintiva que fazem crianças e selvagens,

como diziam os próprios artistas.

Algumas das características físicas da pintura fauvista são o colorido brutal, as pinceladas violentas e definitivas, irrealidade

na correspondência das cores da realidade com a representação e a pintura por manchas largas, na formação de grandes

planos.

Os principais nomes do Fauvismo foram Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Georges Braque, Andre Derain, Jean Puy, Paul

Cézanne, Henri Matisse, Kees van Dongen, Raoul Dufy e Georges Roualt.

O MODERNISMO NO ESTADO DE GOIÁS - FREI CONFALONI

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Giuseppe Confaloni (Viterbo Itália 1917 - Goiânia GO 1977). Pintor, muralista,

desenhista e professor. Estuda com Felice Carena Baccio, Maria Bacci e Primo Conti,

quando entra para o apostolado, ordenando-se frei dominicano em Florença (Itália). Em

1950, a convite do bispo Cândido Penzo, vai à cidade de Vila Boa (atual Goiás) para

pintar 15 afrescos na Igreja do Rosário, denominados Mistérios de Rosário. Permanece

na cidade como pároco e introduz a técnica do afresco. Muda-se para Goiânia em 1952,

onde paralelamente à atividade religiosa, dedica-se à pintura de temática religiosa

utilizando-se da figura humana. Nomeado primeiro vigário da paróquia de São Judas

Tadeu, na Vila Coimbra, em Goiânia, projeta e trabalha na construção da igreja São

Judas Tadeu, que dirige entre 1959 e 1965. Para cada fiel que contribui com donativos,

doa um de seus quadros. É o idealizador, juntamente com Luiz Curado, da Escola

Goiana de Belas Artes, EGBA, em Goiânia, onde leciona pintura e desenho. Professor

fundador da Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Goiás (UCG),

leciona desenho e plástica. Ajuda a construir o convento e o santuário de São Judas Tadeu. Conhece Siron Franco, e passa

a emprestar-lhe um estúdio para pintar, além de todo o material necessário. Pinta madonas, com o artista, no atelier do

convento São Judas de Goiânia, em 1977, ano em que falece inesperadamente de enfisema pulmonar. Diversos artistas

reinvindicam a construção de um museu com suas obras. No 10º aniversário de sua morte, há várias homenagens, como

uma exposição retrospectiva na Galeria Frei Nazareno Confaloni e mesa redonda com artistas e críticos de arte, na UCG.

Em 1991 ocorre a Semana Frei Nazareno Confaloni, onde é assinado o decreto para a construção do Museu Frei Nazareno

Confaloni. Nesse ano começa o processo de restauração dos painéis Bandeirantes: Antigos e Modernos, realizados em 1953

e que retratam a construção das estradas de ferro em Goiás. É lançado o livro Conhecer Confaloni de PX Silveira no Instituto

Histórico e Geográfico de Goiás. Há também a exibição do vídeo de Antonio Segatti e PX Silveira, O Bandeirante da Arte

Moderna. É considerado um dos pioneiros da arte moderna em Goiás.

Outras tendências que surgiram no início do século XX

ART NOUVEAU

Art nouveau (Pronúncia francesa: [aʁ nu'vo]) ou arte nova é um estilo internacional

de arquitetura e de artes decorativas – especialmente o início da arte aplicada à indústria – que

foi muito apreciado de 1890 até os anos 1920.[1] Antes da Primeira Guerra Mundial (1914-

1918), o estilo mudou para um estilo mais geométrico, uma característica do movimento

artístico art déco (1910-1939)[2].

A expressão art nouveau é a expressão francesa para "arte nova", e é também conhecida

como Jugendstil [ˈjuːɡn̩tʃtiːl ], termo alemão para "estilo da juventude", que recebeu o nome

devido à revista Jugend. O art nouveau é uma reacção à arte académica do século XIX. É

inspirado principalmente por formas e estruturas naturais, não somente de flores e plantas, mas

também de linhas curvas.

O art nouveau foi mais popular na Europa, mas a sua influência foi global. O período em que

esteve muito em voga foi chamado de Belle Époque. O estilo art nouveau conheceu várias

formas com tendências localizadas. Na França, as entradas do metropolitano de Paris feitas

por Hector Guimard eram do estilo art nouveau. Emile Gallé praticou o estilo "Escola de

Nancy". Victor Horta teve um efeito decisivo na arquitectura na Bélgica. Revistas como a Jugend ajudaram a divulgar o

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estilo na Alemanha, especialmente como uma forma de arte gráfica, enquanto os secessionistas de Viena influenciaram a

arte e a arquitectura de toda a Áustria-Hungria. Art Nouveau também era o estilo de indivíduos distintos como Gustav

Klimt, Charles Rennie Mackintosh, Alfons Mucha, René Lalique, Antoni Gaudí e Louis Comfort Tiffany, cada um dos

quais interpretou o art nouveau de sua própria maneira.

Apesar de o art nouveau ter sido substituído pelos estilos modernistas do século XX, ele é, actualmente, considerado uma

importante transição entre o historicismo e o modernismo. Além disso, os monumentos art nouveau são, atualmente,

reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura na sua lista de patrimónios

mundiais como contribuições significativas para o património cultural. O Centro Histórico de Riga, na Letônia, é

considerado como "a melhor coleção de construções art nouveau na Europa"[3], tendo sido incluso na lista em 1997, junto

com quatro casas (chamadas em francês: Hôtel de maître): Casa Tassel, Casa Solvay, Casa van Eetvelde e Casa-Museu

Horta em Bruxelas[4] feitas por Victor Horta (1861-1947). O art nouveau ilustra a transição do século XIX para o XX na

arte, pensamento e sociedade.

ART DECÒ

Art déco é um movimento artístico internacional que começou na Europa em 1910, conheceu o seu apogeu nos

anos 1920 e 1930 e declinou entre 1935 e 1939.[1] O Art déco afetou as artes decorativas, a arquitectura, o design de

interiores e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e o cinema[2].

O pico da popularidade na Europa foi durante os "loucos anos 1920" e continuou fortemente nos Estados Unidos através

da década de 1930. Embora, na época, muitos movimentos de design tivessem raízes em intenções filosóficas ou políticas,

o Art déco, ao contrário, foi meramente decorativo. Na altura, este foi visto como estilo elegante, funcional e ultramoderno.

Representou a adaptação pela sociedade em geral dos princípios do cubismo, do exotismo e do princípio da obra de arte

total herdado do Art nouveau. Sem abrir mão do requinte, os objetos têm decoração geometrizada nas arquiteturas,

esculturas, joias, luminárias e móveis, mesmo quando são feitos com bases simples; o betão armado (concreto) pode ser

paramentado de madeira e outros ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim etc. Diferentemente do art nouveau, o Art

déco tem mais simplicidade de estilo.

A expressão Art déco provém da Exposição internacional de Artes decorativas e industriais

modernas (em francês: Exposition internationale des Arts décoratifs et industriels modernes), que foi organizada em Paris de

Abril a Outubro de 1925[3]. Na mostra, nus femininos, animais e folhagens são apresentados em cores discretas, traços

sintéticos e formas estilizadas ou geométricas. Muitas peças exibem marcas de civilizações antigas. É o caso de

uma escrivaninha de madeira laqueada, marfim e metal que reproduz um templo asteca.

Também em 1925, o arquitecto francês Le Corbusier escreveu a série de artigos Expo 1925: Arts déco sobre as artes

decorativas na sua revista L'Esprit Nouveau. Charlotte e Tim Benton consideram que o nome do artigo foi certamente uma

maneira de desconsiderar este estilo por parte de Le Corbusier. O nome Art déco foi adoptado definitivamente em 1966

após a exposição Les années '25: Art déco/ Bauhaus/ De Stijl/ Esprit Nouveau organizada no Museu das Artes decorativas

de Paris. A arquitetura art déco está espalhada por todo o país, mas os principais acervos art déco brasileiro concentram-se

em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia. Há, ainda, importantes exemplos como Campo Grande (com a obra do

arquiteto Frederico Urlass), Belo Horizonte ou Juiz de Fora (MG) (nos projetos do arquiteto Raphael Arcuri), Porto Alegre,

na Avenida Farrapos, entre vários outros.São Paulo tem grandes exemplos de prédios art déco, como o edifício do Banco

do Brasil, o Edifício Altino Arantes e diversas obras realizadas pelo arquiteto Rino Levi. O edifício-sede da Biblioteca

Mário de Andrade e o Estádio do Pacaembu, ambos também em São Paulo, são dois grandes marcos arquitetônicos do estilo

na cidade. Outro belo exemplar da art déco na capital paulista situa-se na rua Domingos de Morais.

Goiânia também reúne grande número de exemplares de edifícios art déco, a começar pelo traçado da cidade, realizado pelo

arquiteto Attílio Correa Lima. Foi o art déco que inspirou os primeiros prédios de Goiânia, nova capital de Goiás, projetada

em 1933 por Atílio Correa Lima, cujo acervo arquitetônico é considerado um dos mais significativos do país.[5] Ainda no

estado de Goiás, no interior, Ipameri tem um grande patrimônio da arquitetura art déco preservado, todo localizado no

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centro da cidade. Alguns exemplares que mais se destacam são o antigo prédio do Cine Teatro Estrela, prédio da antiga sede

do Banco do Brasil, prédio-sede da Câmara Municipal, prédio das antigas Chevrolet e Ford (Edifícios Firmo Ribeiro e

Miguel David Cosac respectivamente), para citar alguns.

Alguns dos exemplos mais significativo da art déco no Rio de Janeiro são a Torre do Relógio da Central do Brasil e o Cristo

Redentor. Menos conhecidos, mais igualmente art déco são a Igreja de Santa Terezinha em Botafogo e a Igreja da Santíssima

Trindade, no bairro do Flamengo, do arquiteto Henri Paul Sajous.