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Neste Informativo Nota de Abertura A Voz do Presidente Pág.2 O Sonho Comanda a Vida Pág. 3 Acontecimentos Pág. 4,5,8,9,10 Curiosidades Culinária Pág. 6 Bênçãos Poesia Pág. 7 Eça de Queiroz Pág. 11 NOTA DE ABERTURA A vida de uma Associação, além de ser vivida através da realização de “ um sem número “ de eventos de índole CULTURAL, RECREATIVA e DESPORTIVA, vive também (quer queiramos, ou não) de manifestações de reconhecimento e apreço pelo trabalho realizado e, consequentemente, dos êxitos por ele obtidos. Apesar do muito trabalho que possa ser desenvolvido, mesmo que ele seja através de pura “ CAROLICE “, o êxito nunca será alcançado se: não existir uma boa GESTÃO de Recursos Humanos, conjugada a uma sólida LIDERANÇA e a grande capacidade de ORGANIZAÇÃO. Esta TRILOGIA está presente nesta Associação. Por isso, o sucesso foi garantido... a bem da COMUNIDADE. Este preâmbulo, vem a propósito da atribuição de um CERTIFICADO a esta colectividade, pelo INATEL, outorgando a sua filiação como membro activo desta prestigiosa e prestigiada Instituição Nacional. Este, foi o FRUTO de uma boa... sementeira!... PARABÉNS. O DIRECTOR Boletim Nº 3 30 de Novembro de 2002 Coordenador: Armindo Pereira

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Neste Informativo Nota de Abertura A Voz do Presidente

Pág.2

O Sonho Comanda a Vida

Pág. 3

Acontecimentos

Pág. 4,5,8,9,10

Curiosidades Culinária

Pág. 6 Bênçãos Poesia

Pág. 7

Eça de Queiroz

Pág. 11

NOTA DE ABERTURA

A vida de uma Associação, além de ser vivida através da

realização de “ um sem número “ de eventos de índole CULTURAL, RECREATIVA e DESPORTIVA, vive também (quer queiramos, ou não) de manifestações de reconhecimento e apreço pelo trabalho realizado e, consequentemente, dos êxitos por ele obtidos.

Apesar do muito trabalho que possa ser desenvolvido, mesmo que ele seja através de pura “ CAROLICE “, o êxito nunca será alcançado se: não existir uma boa GESTÃO de Recursos Humanos, conjugada a uma sólida LIDERANÇA e a grande capacidade de ORGANIZAÇÃO. Esta TRILOGIA está presente nesta Associação. Por isso, o sucesso foi garantido... a bem da COMUNIDADE.

Este preâmbulo, vem a propósito da atribuição de um CERTIFICADO a esta colectividade, pelo INATEL, outorgando a sua filiação como membro activo desta prestigiosa e prestigiada Instituição Nacional.

Este, foi o FRUTO de uma boa... sementeira!... PARABÉNS.

O DIRECTOR

Boletim Nº 3 30 de Novembro de 2002

Director: JORSIL Coordenador: Armindo Pereira

Grupo Recreativo e Etnográfico “AS TRICANAS POVEIRAS”

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INFORMATIVO DAS TRICANAS 30 de Novembro de 2002

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A VOZ DO PRESIDENTE “A Póvoa Canta e Encanta” é o título de um

novo CD (edição em duplo), quase na sua totalidade de autores poveiros que, com as suas músicas cedidas gentilmente, dão mais vida a este Grupo. Destaco um amigo, FRANCISCO REGUFE, que ofereceu e vai oferecendo, os bonitos números que enriquecem o repertório musical, para exibirmos nas danças e cantares da nossa Terra, por tudo quanto é espaço.

Foi um desafio, que num esforço sem limites de trabalho, este grupo consegue apresentar este CD duplo.

“ E, quando a vontade é aliada ao esforço, o desafio torna –se vitorioso“

O Grupo Recreativo e Etnográfico “ AS TRICANAS POVEIRAS “ numa fascinante edição de som e voz, transmite as mais expressivas e autênticas tonalidades da alma Poveira.

O vira, corridinho, malhão, chula, marcha, canção e dança de roda, são temas inesquecíveis desta nova colectânea que oferecemos num panorama da música popular poveira e nas suas mais genuínas formas de expressão, interpretadas por vozes desta linda cidade que é a Póvoa de Varzim.

A nossa identidade: Em 4 de Julho de 1993, nasceu este grupo de danças e cantares para exibir em duas versões: “ RECREATIVO “ e “ ETNOGRÁFICO “

Duma simples brincadeira de antigos componentes de rusgas (num encontro festivo de Junho de 1993, pelas festas de S. Pedro) surge, no culminar da festa, uma voz: “ porque não formamos um grupo de danças e cantares ? “ Todos paramos de brincar!... e um grupo sério é formado para dignificar – com muito orgulho – o nome da Póvoa de Varzim, em todo o país e estrangeiro.

Os usos, costumes e tradições da nossa terra são o lema principal de actuação, para divulgar e exibir as danças e cantares da nossa gente. O recordar e reviver, a graciosidade e as melodias dos autores poveiros, cancioneiro poveiro e popular, são exibidas, com encanto, nos salões de festas, festivais de folclore, festas, romarias e teatro de revista.

A versão “ RECREATIVA “ realça a mulher da Póvoa, “A Tricana Poveira “ que apresenta o avental multicolor, blusa vistosa de seda ou renda com gola, saia preta travada, meia de vidro com risca, chinelo de tacão fino. No penteado, poderão apreciar o tradicional “ picho “ com travessa e ganchos no cabelo. Apresenta também o pandeiro com fitas de várias cores.

A versão “ ETNOGRÁFICA “, muito mais séria na sua representação, rica de beleza e de diversidade ímpar na mostra cultural de etnografia, onde podemos apreciar a autenticidade dos vários trajes: trabalho, festa, romaria, noivos, luxo, luto e representações oficiais, originais e cópias da recolha feita daqueles que são pertença do Museu Etnográfico da Póvoa de Varzim. António Pereira

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INFORMATIVO DAS TRICANAS 30 de Novembro de 2002

PÁG.3

O SONHO COMANDA A VIDA Mais uma noite CULTURAL foi levada a efeito no passado mês de Março, na

sede das nossas “ TRICANAS POVEIRAS “. Pelos vistos, os promotores deste espectáculo, lembraram-se de António Gedeão, para intitularem esta noite: “ O SONHO COMANDA A VIDA “. É normal nestas noites especiais, os responsáveis da Instituição convidarem pessoas que, de certa forma, estejam ligadas à CULTURA na nossa Cidade. Nesta noite, além de representantes das Autarquias locais, foi notada a presença da Dr.ª Leena Marques, Presidente da Cooperativa da Cultura “ A FILANTRÓPICA “ em companhia do seu ilustre marido, o Juiz Desembargador Dr. César Marques.

Com uma ementa variada e composta pelos mais belos petiscos regionais ( para abrir o apetite ), foi à luz de velas que começaram a ouvir-se os primeiros acordes de viola e guitarra “ dedilhadas “ pelos artistas António Reis e Joaquim Fernandes. As vozes de ambos, assentes em fundo musical por eles difundido, faziam-se ouvir por todo o salão. Aos fados de Coimbra e Lisboa, juntou-se o “ castiço “ interpretado por Anita Faria que, na nossa opinião, é uma fadista de “ corpo inteiro “.

Durante o repasto, notava-se no semblante dos presentes, o prazer com que

saboreavam os comestíveis postos à sua disposição, aliado à satisfação de poderem apreciar o espectáculo que lhes era proporcionado. Um dos momentos agradáveis que se viveu, foi quando João Nuno ( um dos apresentadores do programa ) anunciou a intervenção do poveiro RUI NOVA, para nos deliciar com as suas bonitas canções. Como se esperava, a sua actuação foi do agrado geral. Continua pág. 4

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INFORMATIVO DAS TRICANAS 30 de Novembro de 2002

PÁG.4

O SONHO COMANDA A VIDA (continuação) Nesta NOITE CULTURAL, onde o Fado foi a “ figura “ principal, não podia faltar

a Poesia. E assim aconteceu através de ALBINA DIAS. Aliás, somos de opinião que, FADO e POESIA são como um casamento entre dois seres: uma UNIÃO perfeita.

Nanda Caseiro, da dupla de apresentadores, anunciou o que viria a seguir: HUMOR. Foi do grupo teatral da “ casa “, que surgiram os momentos hilariantes da noite, ao apresentar pequenos excertos de teatro humorístico que “ arrancaram “ do público assistente ( casa cheia ) sonoras gargalhadas.

Já perto do final desta agradável NOITE, Nanda Caseiro convidou algumas das personalidades presentes, a fazerem um comentário ao que acabavam de assistir. Para o efeito, usaram da palavra o Sr. Tomás Pontes ( Vice-Presidente da Junta de Freguesia ) , Dr.ª Leena Marques (Presidente d’ “ A Filantrópica ) e Dr. Luís Diamantino ( Vereador da Cultura da Câmara Municipal ). Todos eles proferiram palavras de apreço e incentivo à Associação das Poveiras, sendo mesmo sugerido ( Dr.ª Leena Marques ) que, no futuro, deveria haver um intercâmbio com outras Instituições Culturais, no sentido de se conseguir uma maior actividade da Cultura Popular do e no nosso concelho. Por sua vez, o Presidente desta Instituição Poveira ( António Pereira ), agradeceu as palavras amáveis e de incentivo proferidas.

Como o SONHO “ é uma constante da vida ”, a Noite Cultural teve o seu fim, transformando esse sonho em REALIDADE.

6º ENCONTRO DE GRUPOS DE DANÇAS E CANTARES “COSTA VERDE 2002 “

Integrado nas comemorações

do 9º Aniversário do Grupo, realizou-se no passado dia 27 de Julho o encontro: “ GRUPOS DE DANÇAS E CANTARES DA COSTA VERDE - 2002 “

O programa iniciou-se com a chegada dos grupos à sede social de “ AS TRICANAS POVEIRAS “, para aí se realizar um jantar/convívio entre os membros dos grupos participantes.

À noite ( 21 horas ) houve uma concentração de todos eles na Praça do Almada ( junto ao coreto ) para, a partir dali, iniciar-se o desfile Etnográfico, percorrendo as ruas da Junqueira, dos Cafés e Passeio Alegre, com destino ao Auditótio da Lota continua na pág. 5

INATEL Com o fim de ser integrado na

programação promovida pelo INATEL: “ SAÚDE E TERMALISMO SÉNIOR – 2002 “ , o Grupo Recreativo e Etnográfico “ AS TRICANS POVEIRAS “ foi convidado a apresentar três espectáculos num dos seus Centros de Férias, mais concretamente em ENTRE-OS-RIOS ( Quinta da Torre ). Os espectáculos levados à cena, realizaram-se nos dias 27 de Setembro, 11 e 25 de Outubro.

Os responsáveis do grupo, sabendo que os utentes desse espaço turístico/termal eram provenientes dos mais diversos sítios do País, resolveram, numa atitude inteligente, divulgar os usos, costumes e cantares da nossa Terra. Para isso, apresentaram uma peça de Teatro / Revista à portuguesa mas... bem

continua na pág. 5

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PÁG.5

6º ENCONTRO DE GRUPOS DE DANÇAS E CANTARES “COSTA VERDE 2002 “ continuação

A anteceder a exibição das

representações convidadas, Junta de Freguesia na pessoa do Ex.mo Sr. Manuel Dourado e Câmara Municipal pelo Ex.mo Sr. Arq.º Mário Jorge Rodrigues, estas foram obsequiadas com lembranças, oferecidas pelos anfitriões e promotores do evento: GRE “ AS TRICANAS POVEIRAS “(que também fez parte do espectáculo), CÂMARA MUNICIPAL, JUNTA DE FREGUESIA e TURISMO.

Os Grupos convidados: RANCHO FOLCLÓRICO DE S. VICENTE DE SANDE – Caldas das Taipas/Guimarães; “ CATEL “ – Cunha/Braga; GRUPO REGIONAL DE MOREIRA DA MAIA e o nosso, tiveram prestações bastante positivas, reflectidas nos aplausos do público presente, manifestando dessa forma o seu agrado. Fazemos votos para que este tipo de ENCONTROS, tenham a sua continuidade anual.

INATEL continuação

Poveira, intitulada: “ O FOLGUÊDO DA GENTE POVEIRA “ da autoria de António Pereira.

Assistimos a todas as

representações e, a julgar pelos comentários de alguns dos assistentes, o resultado foi bastante positivo. A provar isso mesmo, foi o facto de surgirem convites de alguns utentes desse espaço de lazer, no sentido do Grupo encenar a mesma peça na Região de suas naturalidades. Na nossa opinião, o último dos três espectáculos ( todos eles foram diferentes ) pareceu ser aquele que mais êxito alcançou, talvez pelo facto de um maior número de elementos em cena. No entanto, por todo o colorido emprestado ao ambiente pelas nossas TRICANAS e pelo trabalho desenvolvido na sua forma global, poderemos concluir que o Grupo vai de “ VENTO EM POPA “.

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PÁG.6

CURIOSIDADES SE NÃO SABIA!... PASSA A SABER: • A Póvoa de Varzim é uma cidade milenária. A sua existência está

assinalada em documento de 26 de Março de 953; • O Concelho da Póvoa de Varzim, formado por 12 Freguesias, ocupa uma

área de 8.224 hectares ( 82,24 km2 ); • Em área, a maior Freguesia é a de Rates e a menor, a de Argivai. A da

Póvoa, é a sexta maior; • O Museu Municipal foi fundado em 1937 pelo etnógrafo Poveiro, António

dos Santos Graça; • O “ Castelo “ foi construído nos reinados de D. Pedro II e D. João V (

1701 a 1740 ); • O “ Cego do Maio “ nasceu em 1817 e morreu em 1884; • Antes de 1544, já existia a Capela de S. Tiago; • A Igreja Matriz começou a ser construída em 18 de Fevereiro de 1743 e

foi inaugurada em 6 de Janeiro de 1757 ( reinado de D. João V ); • A Capela de N. Sr.ª das Dores, foi construída em 1769; • A Igreja da Lapa, foi construída em 1772. J.S.

CULINÁRIA Para qualquer época, aí vai a minha receita: “ RABANADAS POVEIRAS À MINHA MANEIRA “ 1 litro de leite 250 gramas de açúcar 1 casca de laranja 1 pau de canela 7 pães ( bijou ) 6 ovos Açúcar e canela ( em pó ) ao gosto Ferver o leite com o açúcar, pau de canela e casca de laranja. Deixa-se arrefecer o leite e junta-se 4 ovos batidos e o pão ( cortado ao meio ), colocando no preparado até ficar bem molhado. Depois de bem molhado e em descanso ( durante 2 horas ), espreme-se o pão e passa-se por 2 ovos batidos, fritando-se de seguida em lume brando. Servem-se, passando as rabanadas por açúcar e canela.

Maria Antonieta Pereira

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BENÇÃOS – Nicho de N. Sr.ª das Dores e Estandarte Apresentando-se como um acto simples mas repleto de significado, assistiu-se

no passado dia 15 de Junho à inauguração e benção do “ NICHO “ em honra de N. Sr.ª das Dores, cuja imagem foi oferecida pelo pároco e um grupo de amigos do novel Município da Trofa. Para presidir à solenidade e proceder à respectiva benção da imagem, honrou-nos com a sua presença o Monsenhor Manuel Amorim. Incluída na cerimónia, esteve também a benção do novo ESTANDARTE, cujo símbolo, é sinónimo da maturidade e dignidade de todos aqueles, que ele representa.

Entre os convidados para o efeito, encontravam--se representantes da Autarquia, do Comando da P.S.P., do Círculo Católico de Operários de Vila do Conde e Albina Dias que, antes e depois das bençãos, declamou alguns poemas (de sua autoria) alusivos a N. Sr.ª das Dores, à Póvoa e à Associação.

Como é usual nestas cerimónias, usaram palavras de circunstância o próprio Monsenhor Manuel Amorim e o Vereador da Cultura Dr. Luís Diamantino, fazendo referência aos actos acabados de realizar e de incentivo ao Presidente do Grupo, cuja fotografia foi descerrada no Salão Nobre da sede social, pelos próprios oradores.

Após o discurso de António Pereira a agradecer a presenças de todos, Nanda Caseiro e João Nuno ( os apresentadores da cerimónia ) convidaram os presentes a um Porto de Honra que serviu para um salutar e alegre convívio juntamente com os componentes do Grupo que, de uma forma espontânea e simpática, os “ obrigaram “ a dançar e cantar algumas das nossas “ modinhas “, que tão enraizadas estão, no coração dos Poveiros. A ocasião foi aproveitada para se proceder à distribuição do Boletim Informativo nº 2.

MINHA TERRA MÃE

OH! MINHA PÓVOA, QUE BELA TU ÉS, ÉS FILHA QUERIDA DESTE NOBRE MAR E MÃE DESTE POVO, QUE VIVE DAS MARÉS, E DA ESPERANÇA DE IR E VOLTAR! QUE LINDO RECANTO, MINHA PÓVOA AMADA, BERÇO DE HERÓIS, POETAS, ESCRITORES, DA LINDA TRICANA SEMPRE APRECIADA, DE HOMENS ARROJADOS, OS TEUS PESCADORES! MINHA PÓVOA MÃE, MEU BERÇO ADORADO, EU QUERIA E NÃO SEI ESCREVER PARA TI O MAIS BELO POEMA, PARA SER CANTADO. MAS, TERRA QUERIDA, EU NÃO CONSEGUI! POR MAIS QUE EU ESCREVA SOBRE TI, TERRA MÃE, MINHA PÓVOA QUERIDA, MEU LINDO RINCÃO, É SEMPRE TÃO POUCO... MAS EU SEI TAMBÉM QUE É O AMOR QUE BROTA DO MEU CORAÇÃO! Albina Dias

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PÁG.8

NOITE DO MAR

Uma “ Noite do Mar “ sem uma bela CALDEIRADA DE PEIXE à pescador, é o mesmo que dizer “ vou ali e já venho “. Nesta Noite, as pessoas vieram e só saíram no fim!... Houve mesmo caldeirada e... da boa. Isto aconteceu no dia 5 de Outubro como habitualmente na sede social, repleta de bons apreciadores do famoso peixe do nosso mar.

A animação não podia faltar, assente num recheado programa de variedades bem delineado e melhor executado “ pela prata da casa “ (orquestra e elementos do grupo).

Nesta reunião de amigos da gastronomia, onde também surgiram petiscos para os mais variados gostos, não poderia faltar a Música Popular no sentido de proporcionar aos amantes do “ pèzinho de dança “,

uma digestão rápida... mas suave. Um novo tipo de canção ( Karaoke ), foi ensaiado na voz do André Pereira, elemento do Grupo “ TRICANAS POVEIRAS “.

Em jeito de balanço final, poderemos dizer que este “ Serão Poveiro “ foi bem “ saboreado “ com a animação própria para proporcionar momentos de alegria!... “RECORDAR É VIVER “. ARRAIAL DO MARISCO “ verão 2002 “

Como habitualmente na “

parada “ do antigo quartel militar, ocorreu esta “ mariscada “ nos dias 16 e 17 de Agosto. Apesar das condições climatéricas não se terem apresentado como as mais propícias para o acontecimento, os apreciadores do bom marisco e da boa música popular estiveram presentes em número bastante aceitável.

Para animar a Festa, vieram até nós como convidados, vários artistas para interpretarem o Fado ( Zé Carvalho e Anita Faria ), a canção ( Filipe e Marlene ),

Continua na pág. 9

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PÁG.9

ARRAIAL DO MARISCO “ verão 2002 ” continuação a música popular pelo nosso conterrâneo

Manuel Moura e naturalmente, a música para dançar pela orquestra da “casa” e as vozes do grupo nas “modinhas de roda”. A apresentação dos dois espectáculos esteve a cargo, como já vai sendo habitual, pelo casal amigo: Nanda Caseiro e João Nuno.

Perante tão grande variedade de petiscos, não houve ninguém que tivesse deixado de saborear o que mais apreciasse. Tudo isto, em franco e alegre convívio, envolto num ambiente musical para todos os gostos. FESTA DO PORCO “ 2002 “

Apesar de as condições climatéricas não terem sido as mais convidativas para a

realização do evento, pois que, a aparição da chuva era uma ameaça constante ( embora a organização estivesse devidamente precavida, para essa eventualidade ), a Associação resolveu “ andar para a frente “, com o que há muito estava programado.

Uma iniciativa deste género, a nosso ver “ inédita “, motiva sempre a curiosidade das pessoas. E essas, foram muitas: cerca de duas centenas, que não se privaram de, com a sua presença, integrarem nesta festa ( tradicional nalguns locais do País ) e, com isso darem “ largas “ à sua alegria.

A entrada do animal no recinto e a sua posterior amarração ao espeto ( depois de devidamente preparado ), foram o ponto alto da festa mas, o mais importante, foi o saborear a sua carne bem assada e melhor condimentada, principalmente pelos apreciadores de “ coisas picantes “.

Embora, sendo o PORCO a atracção principal da festa, a desfolhada, a vindima e os cantares ao desafio, contribuíram em grande parte para o êxito do evento, onde não faltou uma grande variedade de petiscos.

Já perto da meia noite, a chuva resolveu aparecer. “Como homem prevenido, vale por dois”, foi num ápice que toda a “ tralha “ de apoio ao repasto e à música ambiente, se transferiu para o interior das instalações da colectividade. Desta forma, a festa teve a sua continuidade com o agrado manifestado no semblante dos presentes, e a alegria de se poder dizer... VIV’ O PORCO.

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2º TORNEIO DE SUECA 2002 Durante os meses de Março e Abril, realizou-se mais um torneio de jogo de

cartas ( sueca ). Os jogos foram realizados aos sábados às 15 e 21 horas, na sede social da

Associação. Com um regulamento devidamente equacionado para este tipo de torneio,

poder-se-á dizer que, conforme o previsto, ele decorreu dentro do maior civismo e camaradagem, originando dessa forma, uma vitória para todos os pares. Por isso, houve prémios de presença para todos, como também houve pontuação e uma classificação final onde foram premiados os 3 primeiros classificados com os respectivos trofeus.

FUTEBOL NA TELEVISÃO Numa iniciativa da “ RÁDIO MAR e PÓVOA SEMANÁRIO “, o futebol esteve

presente no interior da Sede deste Grupo Etnográfico. Foi montado um ECRÃ PANORÂMICO no sentido de proporcionar o visionamento do jogo BOAVISTA x VARZIM. (transmitido, em directo, pela sport tv cabo) a quantos o desejassem (até, a lotação da sala).

A adesão a esta iniciativa foi bastante positiva, tanto pelo número de presenças como no apoio manifestado à equipa Poveira.

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PESQUISANDO EÇA DE QUEIROZ ... Continuação do n.º anterior... Após ter concluído o ensino secundário, matricula-se ( 1861 ) no primeiro ano da

Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra onde veio a conhecer Teófilo Braga em 1864. No ano seguinte, representa no Teatro Académico e conhece Antero de Quental, com quem mais tarde veio a conviver.

Já quase no final do seu curso, estreia-se como Escritor, na elaboração de alguns escritos ( “ NOTAS MARGINAIS “ ) mais tarde publicados ( 1866 ) em forma de folhetins dominicais, na GAZETA DE PORTUGAL. Pelo seu estilo literário ( que na época era uma novidade ) e também pela falta de preparação cultural de muitos dos seus leitores, para entenderem este novo tipo de literatura, estes folhetins não foram muito do agrado público. Só mais tarde, já depois da sua morte, foram seleccionados e reunidos dez desses folhetins, que deram origem a “ PROSAS BÁRBARAS “.

Após a sua licenciatura em Direito ( 1866 ), instala o seu escritório de advocacia em casa de seus pais, situada no Rossio, 26 – 4º ( por cima do café Nicola em Lisboa ) e inscreve-se como advogado no Supremo Tribunal de Justiça. Aí, repartiu a sua actividade de advocacia com a do jornalismo. Entretanto, no final desse mesmo ano ( 1866 ), resolve partir para Évora no sentido de, no ano seguinte, iniciar a “ sério “ a sua actividade de advogado.

Sendo sobejamente conhecidos os seus trabalhos literários através da “ GAZETA DE PORTUGAL “ , surge-lhe o convite para fundar e dirigir o jornal da oposição “ DISTRICTO DE ÉVORA “. Após a fundação do jornal e saído o seu primeiro número ( suponho que o único durante a sua direcção, visto a ter abandonado em Julho desse mesmo ano ), regressa a Lisboa e retoma a sua colaboração na “ GAZETA DE PORTUGAL “ , de Outubro a Dezembro de 1867.

Em 1869 faz uma visita ao Oriente na companhia do seu amigo Conde de Resende ( que mais tarde viria a ser seu familiar ), com o objectivo de assistir à inauguração do Canal de Suez no Egipto, e fazer uma pequena viagem até à Palestina. Os muitos apontamentos que tomara no seu caderno de notas do que então presenciara, haviam de servir-lhe mais tarde para escrever uma das suas grandes obras: A RELÍQUIA ( publicada em 1887 ).

Refira-se que, após o seu regresso a Lisboa, os relatos dessa viagem foram publicados ( 1870 ) no jornal “alfacinha“ DIÁRIO DE NOTÍCIAS, para postumamente, dar origem a uma outra publicação em livro: “ O EGIPTO “.

O ano de 1870, havia de apresentar-se como profícuo para o Escritor. De Julho a Setembro, é publicado ( em folhetins ) nesse mesmo periódico ( Diário de Notícias ), “ O MISTÉRIO DA ESTRADA DE SINTRA “ em colaboração com Ramalho Ortigão. Este título é refeito em 1883, para dar origem a uma segunda edição no ano seguinte.

Com o mesmo autor e amigo de sempre, dá início a um trabalho intitulado “ AS FARPAS “, cujo primeiro número havia de ser publicado em 1871. A sua vocação como Escritor REALISTA, ia-se manifestando com o decorrer do tempo.

Por haver concorrido a uma carreira diplomática, é nomeado para o cargo de administrador do Concelho de Leiria, para aí fazer um pequeno estágio. Foi nesta cidade do rio Liz, que começou a arquitectar a feitura de uma outra grande obra literária: “ O CRIME DO PADRE AMARO “. Este trabalho começou por ser publicado em 1875 na “ Revista Ocidental “ e mais tarde em livro ( 1876 ), com a saída da primeira edição. A segunda, verificar-se-ia em 1880. Do seu conteúdo, consta uma análise à sociedade Portuguesa dessa época, focando principalmente o Clero e a pequena burguesia dos mais provincianos.

Foi ainda neste ano, mais concretamente em Setembro de 1870, que prestou provas para cônsul de 1ª classe, ficando classificado em 1º lugar.

Jorge Silva continua... no próximo número

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APOIO DA CÂMARA MUNICIPAL E JUNTA DE FREGUESIA DA PÓVOA DE VARZIM

GRUPO RECREATIVO E ETNOGRÁFICO AS TRICANAS POVEIRAS

Rua Rocha Peixoto (Antigo Quartel Militar) Apartado 136 4494-909 Póvoa de Varzim Telefone: 252 615 713 Fax: 252 615 173 Telemóvel: 963 588 313 / 962 936 523 Email: [email protected] http://setemares.terravista.pt/tricanaspoveira/index.html