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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 N° 44/15 SEMANA: 30/11/15 a 04/12/15 ASSUNTOS: COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA CUSTOS DE ENTRADA NA BANDA LARGA NOVOS CABOS SUBMARINOS COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015 IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO DO SETOR A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO MUDAR O TRADICIONAL NÃO É SIMPLES – O CASO DA TELEFONIA BANDA LARGA MÓVEL ULTRAPASSA A BANDA LARGA FIXA EM TERMOS MUNDIAIS COMO REDUZIR A CONTA DA INTERNET E DO TELEFONE TERAPIA DA CORUJA NOTA: OS ITENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Abrint pede o adiamento do Leilão das Sobras TCU avalia leilão da Anatel para oferta de banda larga móvel e fixa MC solicita ao GIRED dados da TV Digital em Rio Verde TAC da Oi é “Retirado de Pauta” Planos da Vivendi na Telecom Italia são questionados As Redes de Acesso de Fios de Cobre e sua complicada situação Sem fibras nas cidades do interior, Brasil não terá 5G, nem 4G Telesites avança no mercado mexicano Facebook planeja a construção de um Data Center em Taiwan Finalmente, a Neutralidade de Rede vai a julgamento...nos USA Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.

NOTA: OS ITENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU … · Facebook planeja a construção de um Data Center em Taiwan ... partindo de qualquer Empresa, dispensando-se uma Licitação

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

1

N° 44/15

SEMANA: 30/11/15 a 04/12/15

ASSUNTOS:

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

PLANO NACIONAL DE BANDA LARGA

CUSTOS DE ENTRADA NA BANDA LARGA

NOVOS CABOS SUBMARINOS

COMPARTILHAMENTO DE POSTES – RESOLUÇÃO CONJUNTA ANATEL ANEEL

OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

IMPLANTAÇÃO DA FAIXA DE 700 MHz E DIGITALIZAÇÃO DA TV

MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E CONSOLIDAÇÃO

DO SETOR

A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO

MUDAR O TRADICIONAL NÃO É SIMPLES – O CASO DA TELEFONIA

BANDA LARGA MÓVEL ULTRAPASSA A BANDA LARGA FIXA EM TERMOS MUNDIAIS

COMO REDUZIR A CONTA DA INTERNET E DO TELEFONE

TERAPIA DA CORUJA

NOTA: OS ITENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Abrint pede o adiamento do Leilão das Sobras

TCU avalia leilão da Anatel para oferta de banda larga móvel e fixa

MC solicita ao GIRED dados da TV Digital em Rio Verde

TAC da Oi é “Retirado de Pauta”

Planos da Vivendi na Telecom Italia são questionados

As Redes de Acesso de Fios de Cobre e sua complicada situação

Sem fibras nas cidades do interior, Brasil não terá 5G, nem 4G

Telesites avança no mercado mexicano

Facebook planeja a construção de um Data Center em Taiwan

Finalmente, a Neutralidade de Rede vai a julgamento...nos USA

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo.

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Abrint pede o adiamento do Leilão das Sobras

A Abrint – Associação Brasileira de Internet e Telecomunicações – que congrega os Prestadores

Regionais, pediu o adiamento da Licitação das Sobras (Edital Nº 2/15 – ANATEL).

A Anatel ainda não se posicionou formalmente, mas tudo leva a crer que a data do Leilão será

mantida. Mesmo porque parece não haver maiores problemas para os Lotes A e B que são em

número muito menor, mas movimentam valores financeiros bem mais expressivos do que os dos

Lotes Tipo C.

Talvez a posição da Agência seja o de abrir uma nova Licitação o mais rapidamente possível caso

haja um grande número de Lotes que não sejam vendidos. Ou, então, admitir a simples

manifestação de interesse por determinado Lote, partindo de qualquer Empresa, dispensando-se

uma Licitação formal. Neste caso, continuariam valendo os preços mínimos estabelecidos no Edital

em curso.

TCU avalia leilão da Anatel para oferta de banda larga móvel e fixa

O BS reproduz abaixo um texto publicado no Portal do TCU fazendo referência à aprovação por

parte daquele Tribunal da Licitação das Sobras, particularmente, no que se refere às questões

econômicas.

Ainda que o Certame esteja em franco andamento e as propostas devam ser abertas no dia 17/12,

o BS julga oportuno transcrever o referido texto, pois ele traz algumas considerações que podem

contribuir para uma melhor avaliação geral do processo que está em andamento, do ponto de vista

das formalidades nele envolvidas.

Chama a atenção, o posicionamento do Tribunal no sentido de corroborar a iniciativa da Anatel

colocando em licitação lotes de frequências para atendimentos com abrangência Municipal a custos

sensivelmente reduzidos em relação a práticas anteriormente adotadas pela própria Agência.

Portal do TCU

20/11/15

O Tribunal de Contas da União (TCU) analisou os estudos de viabilidade de licitação a ser realizada pela

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para expansão da oferta de serviços de telecomunicações de

banda larga fixa, o denominado Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), e de banda larga móvel, o Serviço

Móvel Pessoal (SMP). O certame visa estimular a atuação de pequenas prestadoras e movimenta recursos

de aproximadamente R$ 1,6 bilhão, calculados a partir da soma do preço mínimo obtido pela Anatel para

cada um dos lotes de frequências.

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A análise do TCU constatou regularidade dos estudos de viabilidade da concessão, considerado o primeiro

estágio. O estudo apresentado pela Anatel privilegia a expansão dos serviços de banda larga fixa e móvel

em todo o país por meio de estímulo à atuação de pequenas e médias prestadoras. O trabalho do tribunal

destacou o enfoque municipal do estudo, utilizado pela primeira vez em um certame realizado pela agência.

Todos os municípios brasileiros utilizarão pelo menos dois dos 21.258 direitos de exploração (lotes) a serem

licitados.

O preço mínimo de outorga, a partir do qual os licitantes darão seus lances no leilão, foi calculado pela

metodologia tradicional do fluxo de caixa descontado (FCD). O valor presente líquido (VPL) obtido para a

maioria dos lotes a serem licitados, no entanto, foi negativo, evidenciando a inviabilidade econômica do

empreendimento para empresas entrantes. Diante disso, também foi calculado o Preço Público pelo Direito

de Uso de Radiofrequências (PPDUR), regulamentado pela Anatel, o qual servirá como referência para a

maior parte dos lotes.

Para projetar a demanda de usuários que serviu como parâmetro na estimativa das receitas potenciais e dos

investimentos necessários, a Anatel contratou estudo para colaborar na modelagem de custos do setor. O

TCU verificou a estimativa de demanda por município, a segregação das localidades em perfis de usuários e

a existência de um plano de entrada em operação em cada município. Além disso, foi estimada a participação

de mercado (market share) em cada localidade e considerada a disponibilidade dos serviços na região.

A análise feita pelo tribunal, além de verificar a regularidade da condução desta fase do processo de licitação

da outorga, constatou aprimoramentos na metodologia utilizada pela Anatel.

O primeiro deles diz respeito à consideração dos diversos cenários possíveis a serem enfrentados por uma

empresa estreante no setor de telecomunicações. O TCU observou que a Anatel utilizou não somente dados

históricos do setor, mas também projeções socioeconômicas do país, como crescimento populacional,

domicílios e produto interno bruto (PIB).

O tribunal também verificou, como melhoramento dos trabalhos da Anatel, a regionalização das premissas

utilizadas, de modo a permitir que a metodologia apresentada contemplasse, na medida do possível, as

diferenças regionais de demanda de serviços, custos, investimentos e potencial de receita.

Além disso, o estudo incorporou aprimoramentos decorrentes de recomendações do TCU no exame de editais

anteriores, como correção de cálculo de impostos e depreciação, observância da legislação em relação à

compensação tributária e crescimento do custo de operação coerente com o aumento do número de usuários

ao longo dos anos.

Apesar, disso, o relator do processo, ministro Bruno Dantas, ressaltou que “há espaço para o

aperfeiçoamento do modelo utilizado pela Anatel”. Dessa forma, O TCU recomendou à agência que avalie a

pertinência, nas próximas licitações, de inserir outras premissas. Como exemplo, para a estimativa das

receitas a serem auferidas durante a autorização, podem ser utilizadas receitas acessórias ao serviço, como

aluguel de torres, compartilhamento de fibras óticas e outras infraestruturas de rede.

Segundo o tribunal, a Anatel também poderá considerar, na estimativa de investimentos para o SMP, a

possibilidade de um cenário de aumento gradual de cobertura na área urbana dos municípios, com foco

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inicial em regiões mais atrativas, em oposição à premissa do estudo de que haveria 80% de cobertura da área

urbana do município desde o início da operação.

MC solicita ao GIRED dados da TV Digital em Rio Verde

O Ministério das Comunicações publicou no DOU, de 04/12/2015, a Portaria Nº 6580, onde solicita

que o GIRED - Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV

e RTV apresente, no prazo de 15 dias, relatório sobre a evolução do processo de transição naquele

Município.

O Relatório deve conter, entre outros elementos de avaliação: (i) uma análise das ações realizadas

até o presente momento; (ii) dados estatísticos coletados que incluam pesquisa realizada após a

data prevista para o desligamento do sinal analógico em Rio Verde; (iii) recomendações para o

aperfeiçoamento do processo de transição da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão

de sons e imagens e de retransmissão de televisão para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital

(SBTVD).

Vale registrar que no último dia 29 de novembro, estava programado o início do Projeto Piloto em Rio Verde (GO), ocasião em que ocorreria o desligamento das transmissões analógicas. Isto não ocorreu pelo não atingimento da meta de 93% de domicílios aptos a receber o sinal de TV Digital Aberto.

O Ministério das Comunicações é responsável por estabelecer as premissas e o cronograma de

desligamento da TV Analógica, previsto para ocorrer entre 2016 e 2018. Desta forma, tomou para

si as decisões a serem adotadas em relação ao assunto. No caso, o GIRED passa a ter um papel de

apoio à decisão Ministerial.

Certamente, o Ministro André Figueiredo somente decidirá a nova data do início do Projeto Piloto

após o recebimento do Relatório solicitado e, eventualmente, estabelecerá um novo cronograma.

Cabe também ressaltar a possibilidade aberta pelo Ministério ao colocar em aberto a possibilidade

da emissora interessada antecipar o desligamento da TV Analógica antes da data prevista no

cronograma.

Os leitores do BS que se interessem pelos detalhes da Portaria poderão consulta-la no texto abaixo

reproduzido do DOU mencionado ressaltando alguns aspectos importantes da mesma.

DOU 04/12/2015

GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA Nº 6.580, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2015

O MINISTRO DE ESTADO DAS COMUNICAÇÕES, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87,

parágrafo único, inciso II, da Constituição,

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CONSIDERANDO o Decreto nº 5.820, de 29 de junho de 2006, alterado pelo Decreto nº 8.061, de 29

de julho de 2013, segundo o qual o Ministério das Comunicações estabelecerá cronograma de

transição da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão

de televisão para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital - SBTVD, com início em 1º de janeiro de

2015 e encerramento até 31 de dezembro de 2018;

CONSIDERANDO cronograma de transição da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de

sons e imagens e de retransmissão de televisão para o SBTVD-T, estabelecido pela Portaria MC nº

477, de 20 de junho de 2014;

CONSIDERANDO que o município de Rio Verde/GO não satisfez a condição para o desligamento da

transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de

televisão, estabelecida no Art. 1º da Portaria MC nº 481, de 9 de julho de 2014,

resolve:

Art. 1º Requerer ao Grupo de Implantação do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais

de TV e RTV - GIRED, que apresente, em quinze dias, relatório consubstanciado sobre a evolução do

processo de transição da transmissão analógica dos serviços de radiodifusão de sons e imagens e

de retransmissão de televisão para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital-SBTVD, contendo:

I - análise das ações realizadas até o presente momento;

II - dados estatísticos coletados que incluam pesquisa realizada após a data prevista para o

desligamento do sinal analógico na cidade de Rio Verde/GO; e

III - recomendações para o aperfeiçoamento do processo de transição da transmissão analógica dos

serviços de radiodifusão de sons e imagens e de retransmissão de televisão para o Sistema Brasileiro

de Televisão Digital-SBTVD.

Paragrafo único. O relatório descrito no art. 1º deverá ser encaminhado ao Ministério das

Comunicações.

Art. 2º O art. 14, §1º, da Portaria MC nº 4.287, de 22 de setembro de 2015, passa a vigorar com a

seguinte redação:

"Art. 14 (...)

§ 1º Caso o canal a ser utilizado para o funcionamento em tecnologia digital seja o mesmo do serviço

prestado pela EDA em tecnologia analógica, o ato de autorização preverá que a execução do serviço

se inicie na data do desligamento do sinal analógico na localidade, ressalvada a hipótese de a EDA

manifestar interesse na antecipação do desligamento do sinal analógico, nos termos do art. 2º da

Portaria nº 477, de 20 de junho de 2014. (...)" (NR)

Art. 3º O art. 68, parágrafo único, da Portaria MC nº 925, de 22 de agosto de 2014, passa a vigorar

com a seguinte redação:

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"Art. 68 (...) Parágrafo único. A entidade poderá efetuar o desligamento do sinal analógico antes da

data prevista nos cronogramas constantes das Portarias MC nº 477, de 20 de junho de 2014, e nº

481, de 09 de julho de 2014, observando o disposto no art. 2º da Portaria nº 477, de 20 de junho de

2014." (NR)

Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ANDRÉ FIGUEIREDO

TAC da Oi é “Retirado de Pauta”

Foi “Retirado de Pauta” a “Proposta de celebração de Termo de Compromisso de Ajustamento de

Conduta – TAC, formulado pelas empresas do Grupo Oi, relativamente aos temas qualidade,

universalização e ampliação do acesso”, que constava do item 2.3. da 790ª Reunião do Conselho

Diretora da Anatel, realizada em 03/12/2015. O Relator da matéria é o Conselheiro Rodrigo

Zerbone.

Com isto, é provável que o processo não se conclua ainda este ano restando uma “lacuna” sobre o

equacionamento desta questão de relevante importância para a Companhia. Fica também a dúvida

sobre a forma como ela se posicionará se não houver a perspectiva de uma data firme para a tomada

de decisão.

O Portal da Anatel e a imprensa especializada não repercutiram ainda as razões da “retirada de

pauta”. Certamente é para uma melhor avaliação por parte do Relator, pois se assim não fosse ele

teria apresentado a matéria e, eventualmente, um outro Conselheiro pediria vista. Fica a dúvida se

a motivação é interna ou decorre de alguma razão externa à Agência como, por exemplo, a

manifestação de algum Órgão de controle.

O fato chama a atenção do BS por, reiterando, se tratar de tema de grande importância para a Oi.

A celebração do TAC, por tudo o que foi divulgado publicamente, é fundamental para os planos

futuros da Companhia e a expectativa era grande para o assunto ser aprovado ainda este ano. Resta

aguardar maiores informações sobre os desdobramentos do assunto.

Planos da Vivendi na Telecom Italia são questionados

O ISS – Institutional Shareholder Service – uma entidade especializada em assessoria e governança

de investimentos, emitiu parecer para os acionistas da Telecom Italia, contrário à designação de

quatro novos Membros do Conselho de Administração da Companhia, pela Vivendi.

Conforme o BS comentou em sua edição anterior, a Vivendi controla, atualmente, 20,1% do capital

social da Telecom Italia; o que é bastante para os padrões europeus de participação em Empresas.

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Nestas condições, está propondo o aumento de 13 para 17 do número de Conselheiros, sendo os

quatro novos por ela designados. A Assembleia Geral que apreciará a proposta ocorrerá em

15/12/2015. Já estão, inclusive, indicados os nomes: Arnaud de Puyfontaine (CEO da Vivendi);

Stephane Roussel (COO da Vivendi); Hervé Philippe (CFO da Vivendi) e Felicité Herzog (Consultor).

Conforme se pode observar, a alta administração da Vivendi estará no CA da Telecom Italia.

Chama a atenção que em outras circunstâncias, mas com características idênticas, o processo que

se vislumbra é similar ao ocorrido há cerca de 8 anos atrás quando a Telefônica, em associação com

Bancos italianos, adquiriu parte significativa do controle da Telecom Italia. Naquela ocasião, a

operação foi questionada em razão de vinculações acionárias cruzadas entre Companhias nas quais

a Telefónica e a TI tinham participação comum. Inclusive, a TIM e a Vivo, no Brasil. Houveram

algumas divergências sérias entre as Partes manifestadas nas reuniões do CA e em AGE e em

pronunciamentos públicos.

Este fato acabou por gerar conflito de interesses entre os acionistas além de aspectos “emocionais”

– não explicitados publicamente – associados à condição da Companhia espanhola assumir o

controle da italiana, e, sendo elas, de certa forma, competidoras em alguns mercados,

principalmente, da América Latina além de terem forte presença na Europa; principalmente, a

primeira.

No momento, os cruzamentos acionários não são tão evidentes – ou, até, inexistem – mas, os

aspectos “nacionalistas” parecem continuar presentes, ainda que, da mesma forma, não sejam

colocados publicamente. No caso, os espanhóis foram substituídos pelos franceses. Não se tem uma

avaliação mais definida, até o presente, sobre a eventual influência destes aspectos na decisão da

AG.

No presente, um fator que parece ter relevância é o fato de a Vivendi ser, fundamentalmente, uma

empresa de mídia que, ao mesmo tempo, passa a ter interesses profundos em uma tradicional

Operadora de serviços de telecomunicações. E, o mercado italiano, neste particular, tem

características potenciais para criar problemas pois há interesses comuns e similares em jogo, na

França e na Itália.

As eventuais “divergências” entre os sócios da Telecom Italia no que diz respeito aos aspectos

estratégicos envolvendo o futuro da Companhia, podem ter reflexos importantes na TIM Brasil.

Como consequência, no “status” vigente da prestação dos serviços no País, principalmente, em

razão dos rumores recorrentes sobre eventuail consolidação envolvendo a subsidiária brasileira;

seja comprando a Oi ou sendo por esta comprada, conforme comentários de BS anteriores.

Um aspecto ressalta de imediato: a Vivendi, antiga proprietária da GVT, passa a ter interesses

significativos na TIM que tem na Telefônica Vivo GVT sua maior competidora no mercado brasileiro.

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Não se sabe se: pelo “destino”, por circunstâncias fortuitas, ou, por estratégia, a Vivendi acaba

tendo na sua antiga Controlada a maior competidora no mercado brasileiro.

Da mesma forma, na Itália, onde antes dominava a Telefónica agora domina a Vivendi. Não é um

“enredo” convencional. No mínimo, tem o potencial de gerar algumas especulações ou inferências

como, de certa forma, o BS está agora fazendo. Se for coincidência, as melhores expectativas são

no sentido de que tudo transcorra normalmente dentro de circunstância próprias normais em

ações que envolvam consolidações entre Empresas.

De qualquer forma, continuam pairando no mercado indagações genéricas sobre o futuro da TIM

Brasil. As especulações, por certo, continuarão e o “fator Vivendi” será um elemento adicional de

peso que lhes dará força e sustentará.

As Redes de Acesso de Fios de Cobre e sua complicada situação

O BS volta à questão da situação física das Redes de Acesso de Fios de Cobre. Uma leitora passeando

pelas ruas do Recife, próximo à Praia de Boa Viagem, teve sua atenção despertada olhando para os

postes de energia elétrica. Tirou algumas fotos das quais duas delas estão abaixo reproduzidas.

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Fotos de rede externa em Recife – Leitora do BS

Como se pode observar, o cenário não é nada diferente daquele que o BS já colocou em edições

anteriores, refletindo casos de alguns pontos das cidades do Rio de Janeiro e S. Paulo.

O tema é recorrente diante da precária situação física destas redes que deve refletir-se no seu

desempenho operacional. E fica a cada dia mais oportuno, na medida em que se discute o futuro da

rede brasileira de telecomunicações e a possibilidade de implantação de um novo Modelo de

prestação de serviços no País.

Fotos como estas, de modo geral, refletem a situação destas redes de acesso na maioria das grandes

regiões metropolitanas do País. Elas estão associadas ao Serviço mais regulado e prestado no

Regime Público: o STFC! Elas fazem parte dos chamados “Bens Reversíveis”. Pelos contratos de

Concessão vigentes este Serviço deve continuar sendo prestado, no mínimo, até 2025. Isto significa

que o cenário mostrado deve se manter até lá, com perspectivas de degradação ao longo do

período. Por outro lado, considera-se o “compartilhamento de infraestrutura” – entre elas a de

postes – como um dos pontos essenciais da expansão das redes nos próximos anos. De forma

bastante pragmática deve assumir-sea que as “coisas não fecham” diante deste cenário.

A solução, obviamente, exige um aprofundamento dos critérios atualmente empregados. A

“correção” da situação destas redes de acesso exige recursos altíssimos. Mas, é reconhecido que se

trata de uma tecnologia obsoleta. Portanto, é altamente questionável e, mesmo, injustificável,

gastar tais recursos em algo que tende a desaparecer em curto espaço de tempo. A solução está em

se implantarem as redes de nova geração que, por sua vez, também exigem recursos elevadíssimos.

E, neste caso, o modelo regulatório vigente não é “amigável” para atrair os investimentos

necessários. Fica evidente que se está diante de um impasse a ser equacionado e resolvido o mais

breve possível.

Dentro desta equação a questão “física” da instalação das redes deve ser enfrentada. Não se

imagina utilizar os “meios” (postes) na forma em que se encontram para neles fazer a

“superposição” dos cabos ópticos que fazem parte dessa nova geração das redes. A “limpeza” da

situação atual é uma das alternativas. Mas ela envolve custos que, talvez, devam ser comparados

com alternativas mais desejáveis: a utilização de dutos subterrâneos! Porém, isto significa que,

muito provavelmente, eles devem ser construídos com custos elevados devido à situação urbana

da maioria das cidades brasileiras. Economicamente, isto pode se justificar imaginando-se o

compartilhamento entre diversos “utilizadores” tanto do setor de telecomunicações como de

outros segmentos de atividade que atuam em áreas urbanas.

É evidente que alternativas deste tipo envolvem os Agentes Locais (Municipalidades) mas é

altamente desejável o envolvimento de uma Entidade que estabeleça critérios uniformes a nível

nacional. Talvez deva ser considerada a participação do Ministério das Cidades em um movimento

amplo desta natureza. Cabe lembrar que as cidades cada vez mais serão automatizadas e boa parte

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desta atividade utiliza cabos. Uma outra parte, sem dúvida, pode considerar o emprego de sistemas

sem fio. Mas que, por sua vez, também dependem de alguma forma de interligação por cabo a

centros de gerência ou de supervisão (Data Centers, por exemplo).

No ensejo o BS considera relevante a consideração deste caso nos estudos em andamento sobre o

novo modelo das telecomunicações do País e sobre a questão dos Contratos de Concessão.

Sem fibras nas cidades do interior, Brasil não terá 5G, nem 4G

Com o título acima, a jornalista Lia Ribeiro, publicou um texto no TeleSíntese Online, de 1/12/2015,

repercutindo declarações de técnicos da indústria emitidos no transcurso de um evento realizado

em Brasília sobre “A gestão do espectro”.

Segundo um dos participantes – Wilson Cardoso, da Nokia Networks – “Sem fibra não dá para ter

5G. Na verdade, não dá nem para ter 4G”. E, o volume de investimentos “é da ordem de dois dígitos

de bilhões de Reais” considerando-se as necessidades em todo o território nacional.

O BS não tem ideia dos critérios estabelecidos pela Nokia Networks para definir a ordem de

grandeza dos “dois dígitos” de bilhões de Reais. Em comentários feitos anteriormente, o BS

considera que estes investimentos estão na casa dos “dois dígitos”, porém, de bilhões d US$ dólares;

e, tais dígitos, são elevados!

De qualquer forma, o BS ao chamar a atenção para o fato ressalta a importância de o assunto

continuar sendo discutido em um contexto mais amplo. A cada dia se consolida mais o consenso de

que as Redes do Futuro devem evoluir de forma harmônica entre o “wireless” o o “wireline”.

Telesites avança no mercado mexicano

Conforme comentado em BS anterior, o Grupo Slim criou uma Empresa no México para absorver a

infraestrutura de suas redes móveis: a Telesites. Com esta medida, atendeu a uma decisão do

Regulador mexicano que impôs condicionamentos visando a redução da participação do Grupo no

mercado mexicano. A alternativa, era ficar submetido a rígido controle de preços e tarifas e a ceder

sua rede de acesso aos competidores.

A criação da Telesites mereceu algumas restrições para não se constituir numa simples forma de

“burlar” a decisão do Regulador. Assim, por exemplo, ela está obrigada a ceder um mínimo de 90%

da infraestrutura de torres aos competidores em condições isonômicas às proporcionadas às

Empresas do próprio Grupo. Também, deve ser uma empresa de capital aberto sujeita a práticas de

governança típicas das empresas de mercado.

Neste sentido, o processo evoluiu e acaba de ser anunciado que a Comissão Nacional Bancária e de

Valores do México, concedeu autorização para a operação separada da Empresa permitindo que ela

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passe a ser listada individualmente na Bolsa de Valores do México. Isto deverá ocorrer a partir de

21/12/2015.

A expectativa é se a Telesites terá suas operações restritas ao mercado mexicano, ou, se ela

estenderá sua atuação em outros mercados nos quais o Grupo Slim (América Móvil) atua com a

marca Claro, inclusive, no Brasil.

Facebook planeja a construção de um Data Center em Taiwan

A Reuters distribuiu Nota informando que o Facebook está planejando a instalação do seu primeiro

Data Center na Ásia, especificamente, em Taiwan. Os investimentos são da ordem de $300 milhões.

A informação partiu do Governo de Taiwan, que se compromete a suprir as necessidades de

infraestrutura básica, como água, energia elétrica, e acessos, demandadas pelo empreendimento.

A construção inicial demandará um terreno de aproximadamente 25.000 m², mas que poderá

chegar a 200.000 m² com as expansões futuras. O Facebook já dispõe de 5 Data Centers em

operação, sendo 4 nos EUA e 1 na Suécia. Cabe registrar que o Google já opera um Data Center em

Taiwan.

O BS registra o fato a título de informação para seus leitores já que a questão dos Data Centers – de

vital importância para as OTTs – via de regra não recebe a devida atenção nas publicações

especializadas, principalmente do setor de telecomunicações.

Como se pode observar, ainda que se trate de um investimento relativamente pequeno em relação

aos que são feitos pelas Operadoras de Telcom, não é um valor desprezível para uma instalação

isolada.

Finalmente, a Neutralidade de Rede vai a julgamento...nos USA

No dia 11/12 (próxima sexta-feira), a regulamentação da Internet aprovada pela FCC nos USA estará

sendo julgada em um Tribunal Federal americano, em função de recursos jurídicos colocados por

diversas Empresas e Associações ligadas às Operadoras tradicionais de serviços de

telecomunicações (Commom Carriers). Estará em jogo a validade das mais fortes e rígidas regras já

estabelecidas sobre a Internet naquele País, no caso determinadas pela FCC.

Conforme comentado em edições anteriores do BS, a FCC considerou a Internet como sendo passível

de regulação de forma similar à dos serviços usuais de telecomunicações. No caso dos USA, os

mesmos serviços regulados por uma Lei de 1934, época em que, praticamente, só havia a Telefonia

como um Serviço Público de Telecomunicações.

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Esta regulamentação, por paradoxal que pareça, atende aos anseios das chamadas Empresas da

Internet porque, através da regulamentação, as “Commom Carriers” são submetidas a regras

similares às da Telefonia, o que as obriga a trafegar de forma “neutra” (Neutralidade de Rede)

quaisquer dados referentes a conteúdos ou Aplicativos proporcionados por tais Empresas

especializadas (OTTs), como ocorre na Telefonia.

Vale lembrar que o princípio da “Neutralidade de Rede” sempre existiu no sentido de obrigar a

interconexão das redes e dos diferentes tipos de terminais que a elas podem ser interligados. Mas,

anteriormente o “conteúdo” era fixo: basicamente a voz, que demandava uma canal de 4 KHz

quando transmitida em forma analógica ou 64 Kbps quando transmitida sob forma digital.

Na configuração atual das Redes as Operadoras são forçadas a prover meios para a transmissão de

sinais com taxas de transmissão variáveis em funçãode seu tipo e características de geração e

apresentação nos terminais dessas Redes, refletindo, as diferentes formas de “conteúdo” que

trafegam por elas. Isto leva ao crescimento exponencial do tráfego de dados conforme registram as

inúmeras pesquisas e estudos feitas pelos mais isentos institutos, pela indústria, ou, pelas próprias

Operadoras.

Tal crescimento deve-se, principalmente, aos Aplicativos de vídeo cada vez mais elaborados o que

obriga as Operadoras a investirem de forma massiva na infraestrutura de suas Redes sem que

tenham as correspondentes compensações financeiras. Pior do que isto é o fato de alguns dos

Aplicativos “canibalizarem” os serviços que, historicamente, sustentavam as receitas dessas

Operadoras; principalmente, nos Serviços de Voz (WhatsApp, Skype, Viber, e outros).

A equação aumento de investimentos x queda de receitas, obviamente, pode provocar a

inviabilização a médio prazo das Empresas de Telecom pelo que estes aspectos regulatórios acabam

se transformando em uma questão de “vida ou morte” para elas. Por outro lado, os Reguladores

não podem ficar insensíveis às questões latentes que se apresentam em função da dinâmica

acelerada dos mercados. Os conflitos tornam-se inevitáveis levando a questão aos Tribunais. Estes

podem se posicionar pontualmente, mas, não conseguirão estabelecer definitivamente regras que

o mercado soberanamente vai acabar por impor.

O caso dos USA é particularmente notável, pois um dos pontos que pode resultar da decisão é a

retirada do Poder da FCC de, praticamente, “legislar” sobre o assunto. Tal Poder havia sido dado à

FCC pelo Judiciário anteriormente, quando no julgamento de um processo a Corte Federal

“derrubou” uma decisão tomada pela própria Agência, mas reconheceu a legitimidade de ela

estabelecer novas regras. Isto aconteceu, mas de uma forma que está sendo contestada e é objeto

da decisão da Corte a ser proferida na próxima semana.

BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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Uma alternativa defendida por muitos é de que a FCC não deveria ter tal Poder e, portanto, o

Congresso dos USA deve elaborar uma Lei específica para a Internet derrubando o entendimento

de que está válida a legislação de 1934.

Dentro deste contexto, de certa forma, passa-se por uma situação similar no Brasil. Questiona-se

que a LGT (promulgada em 1997, portanto, bem mais nova do que o Communications Act americano

de 1934) deve ser reformulada, ou, uma nova legislação deve ser promulgada para atender às

necessidades ditadas pelas evoluções tecnológicas do Setor de Telecomunicações. Neste sentido, o

acompanhamento da decisão judicial nos USA pode trazer subsídios interessantes para o caso

brasileiro em função das discussões que estão em andamento no Ministério das Comunicações

sobre o Modelo de Telecomunicações brasileiro.

É possível que o caso acabe na Suprema Corte americana. Mas, dependendo da decisão, o Congresso

pode passar a ter uma atitude mais ativa que, aliás, é a linha defendida pelos Republicanos. Os

Democratas – partido atualmente no Governo – defendem a posição da FCC, pois isto atende aos

seus interesses de ter uma situação mais conservadora e, de certa forma, com características sociais

em detrimento da realidade econômica do mercado, na qual estariam mais presentes as Empresas

de Telecom.

Como se sabe, a sustentação mais forte para a decisão da FCC é que ela constitui um ganho para os

consumidores uma vez que impede que os ISPs estabeleçam alguma forma de bloqueio, de redução

de velocidade, ou de impor preços diferenciados para o tráfego de dados em “faixas rápidas” de

determinados segmentos da Internet.

E, finalmente, uma outra questão polêmica é sobre a aplicabilidade da regulamentação às

telecomunicações móveis. Obviamente, em 1934 não havia sistemas móveis em operação;

portanto, o legislador não levou em consideração tal fator.

Assim, como se pode defender que em pleno Século XXI se aplique uma Lei de 1934 a algo que não

existia à época e cujas características de infraestrutura são substancialmente diferentes, mas os

serviços resultantes são similares aos proporcionados pelas redes de cabos, mesmo que, hoje em

dia, sejam estruturalmente diferentes das daqueles tempos?

02. PROGRAMA NACIONAL DE BANDA LARGA – BLPT

Não houve comentários específicos sobre este tema que chamassem a atenção durante a semana.

Indiretamente, pode se considerar que a Comissão criada pelo Minicom para rever o Modelo de

prestação dos serviços de telecomunicações no País, pode sugerir aspectos que influenciem

decididamente o equacionamento desta questão.

O BLPT – Banda Larga para Todos – foi um projeto que fez parte da Plataforma política da Presidente

nas eleições em que foi reeleita. O atual Ministro já fez declarações no sentido de levar adiante o

BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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projeto a partir de 2016. Muito provavelmen;te, não conseguirão ser alcançados os objetivos

inicialmente previstos, mesmo porque mais de 1 ano já se passou. Além do mais, transparece claro

que os parâmetros previstos dificilmente serão alcançados, pelo menos em grande parte dos

atendimentos: pelas dificuldades técnicas; pelos investimentos elevados; pela capacidade

financeiras de os usuários assumirem custos mais elevados; e, pelas próprias necessidades dos

usuáriso que, pelo menos no início, podem tem um serviço mais simplificado.

Sugere-sea leitura do item 09 do BS 30/15 “O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE

TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS“ que trata

indiretamente do assunto. É um texto no qual se procura situar os investimentos na Rede brasileira

de telecomunicações e justificar o valor de $200 bilhões (200 bilhões de dólares americanos), uma

cifra estimada pelo BOLETIM SEMANAL com base em dados genéricos e algumas premissas que são

indicadas no referido texto.

03. NOVOS CABOS SUBMARINOS

Não houve alterações substanciais em relação ao RS 23/15. Conforme comentado no RS 21/15 o

Ministério da Fazenda aprovou a participação da Telebras na formação da joint venture que lançará

e operará o Cabo Submario Brasil – Europa, com terminações em Fortaleza e Lisboa. A Empresa está

em fase de criação e deverá ter sua Sede Social em S. Paulo. Ainda não foi anunciado o nome do

Executivo que irá Presidir a referida Empresa, e, tão pouco, a conclusão de as constituição formal..

04. COMPARTILHAMENTO DE POSTES – DIFICULDADES PARA NEGOCIAR O ALUGUEL

Este item é de importância relevante para as Concessionárias de Energia Elétrica e para as

Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, em particular, as que oferecem Serviço Fixo. Assim

mantém-se atual o texto do RS N° 18/15 com os comentários feitos nos RS 22/15 e RS 23/15.

Chama-se, no entanto, a atenção dos leitores para a leitura atenta do item 11 do BS 33/15

“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013”. E, também, se sugere a leitura

do item 11. “FIOS & POSTES – UMA SITUAÇÃO QUE INCOMODA”do BS 34/15.

05. OBRIGATORIEDADE DE COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA

A Anatel deverá se posicionar sobre o assunto agora que a Lei das Antenas foi aprovada. O

compartilhamento no rais de 500 m só é obrigatório, ressalvadas condições técnicas, para os sites

implantados de maio de 2009 em diante.

Espera-se a aprovação da regulamentação em que serão estabelecidas as situações dispensadas do

compartilhamento obrigatório previsto na Lei No. 11.934/2015, conforme abordado no RELATÓRIO

SEMANA No. 13/15.

Ver item “Compartilhamento de Infraestrutura” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 32/15 e sugere-

se fortemente a leitura do item 11 do BS 33/15 “COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº

6.789/2013” bem como o item 11 do BS 34/5, já identificado no item 04 acima.

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06. LEI DAS ANTENAS – PROMULGADA – LEI N° 13.116/2015

Não houve alterações em relação a este ítem durante a semana. Permanecem os comentários do

RELATÓRIO SEMANAL N° 13/15. Aguarda-se uma manifestação da Anatel (regulamentação da Lei

aprovada com os vetos da Presidente de República) que deverá colocar proposta de

regulamentação em Consulta Pública.

A expectativa é que o assunto evolua na medida em que se tenta envolver algumas Prefeituras que

já aprovaram legislação municipal aderente aos princípios desta legislação e outras que ainda têm

dificuldades em fazê-lo.

No entanto, sugere-se aos leitores atentarem para o texto do item 11 do BS 33/15

“COMPARTILHAMENTO DE INFRAESTRUTURA E O PL Nº 6.789/2013” no qual são feitas referências

relacionadas com a Lei das Antenas. Também se aconselha ler o item “Lei das Antenas - Mantido o

Veto Presidencial” no COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do BS 34/15.

07. IMPLANTAÇÃO DO LTE NA FAIXA DE 700 MHz E DA TV DIGITAL

Foi transferida para data ainda não definida a migração da TVA para a TVD no Projeto Piloto de Rio

Verde. Sugere-se ler o item “MC solicita ao GIRED dados da TV Digital em Rio Verde” no

COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS 44/15.

08. MODELO REGULATÓRIO DO SETOR DE TELECOM 2025 – DECISÕES DE INVESTIMENTOS E

CONSOLIDAÇÃO DO SETOR

Este item continua vivo nas discussões que permeiam o futuro do Setor de telecomunicações no

nosso País. Criam raízes as visões de que se faz necessária uma rápida mudança do Modelo de modo

a incentivar a entrada de recursos para investimentos essenciais à expansão e modernização das

Redes e a tornar mais racional o processo de competição; e, ainda, proporcionar condições para

melhorar significativamente a prestação dos serviços aos usuários.

Iniciativas práticas estão surgindo como é o caso dos movimentos no Legislativo (Câmara dos

Deputados principalmente) e no Executivo. O ex-Ministro das Comunicações criou um Grupo de

Trabalho para estudar alterações nas Concessões atuais do STFC (Telefonia).

O BS considera que a manutenção do texto integral deste item não se faz mais necessária de forma

que a partir da edição 34/15 ele foi retirado. Fica, no entanto, considerado o item na forma do BS

33/15, como referência para aqueles leitores que, eventualmente, desejarem a qualquer momento

revisitá-lo.

Mantém-se a expectativa em relação à eventual manifestação dos Ministérios do Planejamento de

da Fazenda que, conforme foi mostrado, tomaram algumas iniciativas neste sentido. Contudo,

houve um certo recrudescimento nestas ações e é possível que o Ministério das Comunicações

retome as iniciativas.

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09. O FUTURO DA REDE BRASILEIRA DE TELECOMUNICAÇÕES E A TEORIA DOS $200 BILHÕES DE

INVESTIMENTOS, EM 10 ANOS

Conforme anunciado anteriormente o texto deste item foi retirado a partir da edição 33/15 do BS.

Para os leitores que se interessem a sua integra pode ser obtida no BS 32/15.

10. VoWiFI e VoLTE - UMA ABORDAGEM TECNOLÓGICA COM REPERCUSSÕES REGULATÓRIAS

Observação: o título deste item será mantido com a sugestão de os leitores que desejarem revisitá-

lo tomar como referência o texto da edição Nº 39/15 e Nº 40/15.

11. A UNIVERSALIZAÇÃO E CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS EXPLORADOS EM REGIME PÚBLICO

Observação: o título deste ítem será mantio com a sugestão de os leitores que desejarem revisitá-

lo tomarem como referênia o texto da edição Nº 43/15.

12. MUDAR O TRADICIONAL NÃO É SIMPLES – O CASO DA TELEFONIA

A situação não deixa de ter aspectos curiosos; e, demonstra claramente as dificuldades de se

implantarem determinadas mudanças que aparentemente parecem óbvias para todos. Este é o caso

da Telefonia tradicional.

O BS tem defendido a necessidade de se estabelecerem rápidas medidas para a transição da

tradicional rede telefônica para redes mais avançadas, dentro dos padrões de evolução tecnológica

dominantes. Sempre deixando claro que não é adepto de “modismos”. Mas, não há dúvida que

determinados aspecto das redes atuais estão plenamente consolidados de modo que se torna um

peso para as Empresas manterem os sistemas antigos diante do acelerado desenvolvimento

daqueles que os substituirão. Este é o caso das Redes de Comutação de Pacotes com Protocolos

TCP/IP que estão sendo instaladas em lugar das antigas redes digitais de Comutação de Circuitos.

Ocorre que determinados serviços aos quais os usuários estão acostumados ou a forma de eles

serem prestados também mudam. E isto impacta diretamente aqueles usuários mais conservadores

que se julgam satisfeitos com o que têm e não vêm necessidade e, mesmo, sentido nas mudanças

em andamento.

Então, o que deveria ser algo admirado pela sociedade acaba por se constituir em um motivo de

divergências e movimentos comunitários como pode ser constatado na reportagem abaixo, de um

jornal da cidade de New Jersey, nos Estados Unidos. Ainda que o movimento reportado não se

constitua em algo generalizado naquele País, pode se afirmar que há outros casos idênticos com os

quais o Poder Público deve se deparar.

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Deve-se registrar que nos USA as Comunidades têm uma força muito grande; ao ponto de

enfrentarem uma Companhia poderosa como a Verizon. Mas, isto faz parte da cultura americana.

Algo que, infelizmente, não se tem no Brasil onde os movimentos comunitários de qualquer ordem

não merecem por parte da Comunidade a devida atenção e participação. E, a legislação permite que

atuem sobre temas que em outros países, usualmente, são tratados na esfera federal.

No caso, alguns “Condados” do Estado de New Jersey insistem em que a Verizon mantenha as redes

e os serviços proporcionados pelas redes terrestres, não os substituindo por Redes Sem Fio, por

exemplo. Segundo eles o wireless “não é uma alternativa viável nas áreas rurais do Sul de Jersey”.

E, ainda: “os cidadãos mais idosos estão genuinamente temerosos sobre possíveis falhas do serviço

telefônico durante uma emergência médica; ou, serviços de comunicação de emergência durante

situações severas e adversas do clima; ou, em casos de acidente nos quais não seja possível

comunicar os responsáveis por uma pessoa que tenha sofrido um acidente de carro, por exemplo;

ou, que não seja possível comunicar rapidamente um princípio de incêndio em uma casa ou prédio.

O BS não se estenderá sobre o assunto. Mas, como a questão do STFC está sendo seriamente

examinado no Brasil, por meio de uma Comissão instalada no Minicom, e tendo em vista as

particularidades deste caso nos USA, o BS resolveu reproduzir a mencionada reportagem para a

qual se recomenda o acesso por parte daqueles leitores mais interessados no tema.

Aqui no Brasil a situação seria replicada se, por exemplo, algumas cidades da área de atendimento

da Oi acionassem seus Departamentos que cuidam do assunto para juntamente pleitearem e

adotarem as medidas adequadas para que ela não retirasse de serviço os telefones tradicionais

suportados pelos acessos de fio de cobre e por centrais telefônicas de uma geração ultrapassada.

N.J. Officials unite to insist Verizon maintain landline service

By Spencer Kent | For NJ.com

on December 01, 2015 at 3:47 PM, updated December 01, 2015 at 11:57 PM

A group of 16 municipalities from four counties in South Jersey has filed a petition with the New

Jersey Board of Public Utilities (BPU) in a final effort to ensure Verizon New Jersey does not

abandon its basic landline telephone service.

South Jersey officials and Verizon New Jersey have sparred over the issue of broadband service

improvements for about two years, often reaching levels of contention. The matter reached a

pinnacle in May when the BPU approved an accord allowing Verizon to be exempt from certain

state regulations for basic landline telephone services.

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Officials in South Jersey — particularly Cumberland County — have called on the BPU numerous

times to provide oversight ensuring Verizon maintains the copper landline infrastructure in their

municipalities.

South Jersey officials argued that the wireless telephone service Verizon has continued to push for

is not sufficient and that unless the telecommunications company vowed to implement its superior

fiber-optic network (FiOS), officials prefer to keep their copper systems — which is considered

more reliable than wireless broadband. The petition filed last week includes municipalities from

Cumberland, Gloucester, Atlantic and Salem counties.

The petition — which was jointly filed by Cumberland County on behalf of the all supporting

municipalities — requests that the BPU take several measures so that municipalities' "telephone

communications, data, and Internet services are equally available to the residents" in the South

Jersey communities as they are in the rest of the state.

Specifically, the petition asks the BPU to consider potential funding sources that could improve

broadband service in South Jersey, which Hopewell Township Committeeman Greg Facemyer

said is much worse that the affluent areas in the state.

One such funding source that was suggested by officials was the federal Connect America Fund —

a $9 billion program that the Federal Communication Commission authorized over the next six years

to 10 telecommunication carriers "for rural broadband deployment," according to the FCC's website.

The FCC plans to "expand broadband to nearly 7.3 million rural consumers in 45 states nationwide

and one U.S. territory over the next few years."

The petition also demands that the BPU direct Verizon to "respond to the allegations" brought by

the municipalities and initiate an investigation into the allegations that Verizon has continued to

neglect copper landline infrastructure in South Jersey.

"If the BPU does not hear this coalition's plea, there will be residents and business in three to five

years that will not have any recourse with their (landline) phones and wireless," Facemyer

said, noting that wireless is "not a viable alternative in rural South Jersey."

Facemyer and other officials have repeatedly said that the agreement in May will cause significant

rate increases on customers in three to five years and remove the BPU's oversight authority of service

quality standards.

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Officials have also said that the agreement — which was approved by the BPU with a unanimous

vote — removed pricing regulations for residential basic telephone service, single-line business

telephone service, nonrecurring charges for residential service connection and installation, and

residential directory assistance services. "In three to five years we will no longer have any leverage

against Verizon if (the BPU's) recent decision stands," Facemyer said.

Cumberland County Freeholder Director Joe Derella said in the filing that the telecommunication

issues in South Jersey have had real-life consequences for residents. He wrote that "senior citizens

genuinely afraid of telephone service failure during a medical emergency; state police unable

to call the parents of a young man involved in a tragic car accident; and emergency

communication services compromised during severe weather events," to name a few.

Derella continued, "Additionally, we believe that Verizon has manipulated the complaint process so

that its customer complaint reports do not represent the true seriousness of the issue ... Verizon has

manipulated its customer complaint records to such an extent that underreporting has occurred, and

moreover that reported incidents of service problems have not been appropriately maintained or

compiled."

Facemyer said on Tuesday that the coalition of municipalities pledging support for the petition

should indicate to the BPU that the matter in South Jersey is serious and in need of a concrete

resolution. He added that the BPU should not allow Verizon to "cherry pick" the areas in the state

to cover. In a response by email, Verizon said it is "in the process of reviewing the towns' filing."

"Verizon is committed to providing quality service to all of our customers, regardless of where they

are ... This commitment extends to the more rural parts of the state, where Verizon is investing to

maintain reliable service on its network in those areas.

Verizon it has continues to "dedicate substantial resources to the maintenance of its copper

infrastructure" and that since January 2014, "Verizon New Jersey has spent multi -millions of capital

and expense dollars in the Southern New Jersey counties of Atlantic, Burlington, Camden, Cape

May, Cumberland, Gloucester and Salem, focusing on new plant investment and maintaining the

existing plant in South Jersey."

13. BANDA LARGA MÓVEL ULTRAPASSA A BANDA LARGA FIXA EM TERMOS MUNDIAIS

Relatório recentemente divulgado pela UIT – União Internacional de Telecomunicações – informa

que pela primeira vez é constatado que o número de usuários de Banda Larga Móvel ultrapassa os

de Banda Larga Fixa, instalados em domicílios.

BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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Uma síntese do Relatório da UIT é apresentada abaixo por meio de artigo de Tim Skinner, de um

Site Internacional especializado. A situação do Brasil, como se sabe, já se enquadra neste caso há

algum tempo.

Também é apresentada a situação do IDI – ICT Developmente Index – apresentando uma tabela

com os resultados de 2010 e 2015 dos 20 melhores países ranqueados. Infelizmente, o Brasil está

situado bem distante neste indicador.

Mobile overtakes home broadband uptake globally – ITU

Written by Tim Skinner

Reports published by ITU have given an update on global connectivity. Results indicate that worldwide

mobile broadband subscriptions have overtaken the number of households connected to internet for the

first time.

The report from the ITU claims that on a global scale, 47.2 per 100 inhabitants or households worldwide

now utilise mobile broadband, with particularly steep growth occurring in the past two years. Mobile,

it is said, has now overtaken the number of households with internet with 46.4 per 100.

In addition, 96.8 of every 100 inhabitants around the world now subscribe to mobile-cellular telephony

services, with 2G cellular networks as a minimum covering 95.3% of the global population. Although,

BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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it must be noted, the growth of both subscribers and coverage has plateaued over the past three to four

years.

Elsewhere in its report, the ITU has laid out its vision and objectives for the next five years. The Connect

2020 Goals and Targets element of the report states that 55% of households around the world should

be connected to the internet by 2020, with 60% of individuals benefitting from internet access. In

addition, it specifically wants to see 50% of households in emerging markets connected. Among many

other objectives, it wants to see ICT/telecommunications becoming 40% more affordable.

Europe appears to be leading the way in terms of ICT development, with 7 of the top 10 ranked countries

coming from the continent. The ICT Development Index (IDI) is an algorithm used by the ITU to

calculate the quality of ICT and telecoms connectivity uptake, quality and availability. According to

the ITU, South Korea ranks top as expected, with Denmark, Iceland, UK and Sweden making up the

rest of the top five. The top 20 countries, with their existing rank and that of 2010, are shown in the

following table.

14. COMO REDUZIR A CONTA DA INTERNET E DO TELEFONE

Na linha de “curiosidades” sobre as tecnologías e os serviços e aplicativos disponíveis no mercado, o BS traz

nesta edição uma reportagem do El País sobre a redução das contas dos serviços de telecomunicações.

É uma reportagem leiga e relativamente simplista. Mas o BS decidiu trazê-la aos seus leitores mais

esclarecidos com o propósito de mostrar como a imprensa “leiga” trata do assunto. O qual, de fato, é de

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interesse tanto para os usuarios dos serviços – todos querem reduzir o valor de suas contas de

telecomunicações – quanto para as Prestadoras dos Serviços que tentam manter os “tickets médios” (ARPU)

de seus clientes o mais alto possível, dentro do processo competitivo.

Cabe observar que o texto claramente prega o “desligamento” do telefone fixo e do ADSL econvencionaIS e

sugere a ampliação do uso da Internet e dos aplicativos por ela suportados, principalmente os de voz.

Cómo reducir de golpe la factura de teléfono e Internet

Tres sencillos consejos para limitar los gastos sin privarse de la mayoría e prestaciones

EL PAÍS, JOSÉ MENDIOLA 5 DIC 2015

Siguiendo varios consejos sencillos

es fácil reducir la factura de telefonía. / getty

Cuota de línea, atención telefónica preferente, servicio de contestador… Las facturas de telefonía, tanto

fija como móvil, engordan sin que el usuario sea consciente de ello. Son pequeñas tasas y servicios

adicionales que el operador va incorporando para incrementar los ingresos en un mercado en el que la

competencia no para de azuzar con nuevas ofertas. Sin embargo, con una serie de trucos o medidas al

alcance de casi todos, se puede reducir notablemente el gasto anual en telefonía sin renunciar al grueso

de las prestaciones que los operadores incluyen en sus tarifas. Vamos con ellas:

1. Adiós al fijo y al ADSL: hola, 4G

Cuota de línea y teléfono fijo: la asumimos como normal sin plantearnos seriamente si es necesaria. Es

posible que el usuario no sea abiertamente consciente de ello, pero para disponer de Internet en casa,

ya sea en forma de ADSL o fibra óptica, los operadores le obligan a dar de alta una línea de teléfono

fija, que acarrea gastos fijos al mes por un servicio que no tiene por qué necesitar. El argumento de los

operadores tiene su lógica: la red de cobre o fibra genera unos gastos que hay que mantener y parece

de sentido común que quien la use, pague por ella. Pero ¿podemos vivir sin el fijo? En lo que

respecta a las llamadas, la mayoría de los contratos móviles ofrecen bonos de minutos incluidos o hasta

BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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tarifas ilimitadas, y en lo que respecta a recibir llamadas, el móvil se ha convertido en el rey, y ha

relegado a las líneas fijas. Pero ¿y qué se puede hacer con el acceso a Internet en casa? Lo

cierto es que hoy, gracias al despliegue del 4G, algunos hogares pueden decir adiós por

fin al fijo y las cuotas que genera.

¿Podemos vivir sin el fijo? Gracias al despliegue del 4G, algunos hogares pueden decir adiós por fin al

fijo y las cuotas que genera

La idea es sencilla: el operador envía al domicilio un router con una SIM con conexión 4G. Por menos

de 30 euros al mes, ofrece conexión a Internet en el hogar. Sin embargo, hay una pequeña trampa: a

diferencia de las conexiones a Internet a través del fijo, en los contratos mediante 4G los operadores

se ven obligados a establecer una limitación en el consumo de datos.

Así, Orange ofrece 35 GB al mes por poco más de 30 euros, mientras que Amena eleva la apuesta hasta

los 100 GB por menos de 30 euros ¿Es suficiente? Orange asegura que la mitad de los usuarios no llega

a los 10 GB de consumo al mes pero, si el usuario tiene la costumbre de descargar mucho contenido de

la red, es posible que esta propuesta se quede corta. Otra de las ventajas de este formato es que el

abonado podrá llevarse el routerde viaje y disfrutar de Internet allá donde vaya. Huelga decir que la

viabilidad de esta opción dependerá de la calidad de la conexión y la cobertura.

2. Revisa bien las fusiones y las tarifas planas

Seamos sinceros, ¿realmente compensa pagar por las tarifas planas o las fusiones que incluyen en un

paquete todo lo que el usuario necesita? Los operadores ofrecen unas tarifas planas mediante las que

el usuario se olvida de tener que mirar con cuidado el uso que hace del móvil y el fijo, pero, en buena

lógica, no es un privilegio otorgado de forma altruista, sino que el usuario paga por ello, y buena parte

de los casos, lo hará excesivamente. Lo ideal es contratar aquella tarifa que se acerque lo más posible

a las necesidades reales de cada usuario y, por fortuna, la oferta existente en el mercado lo permite. En

este sentido, conviene contratar la línea con un operador que permita hacer cambios sin penalizaciones

e ir probando las diferentes opciones hasta dar con la combinación que más se aproxime a sus

necesidades. Un bono reducido de llamadas, pagando puntualmente los excesos y una generosa tarifa

de datos, serán en muchas ocasiones una opción mucho más interesante que unas tarifas planas que

en pocas ocasiones se llegan a aprovechar del todo.

3. Las llamadas, mejor por Skype o WhatsApp

Sí, resulta muy tentador devolver una llamada perdida mediante un toque o bien llamar a un conocido

desde nuestra agenda de contactos. Pero si lo que queremos realmente es reducir nuestra factura a

final de mes, lo más inteligente será efectuar llamadas gratuitas siempre que sea posible, utilizando

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para ello el sistema VoIP (Voice over IP) que emplean servicios como Skype, FaceTime o WhatsApp.

Estas llamadas emplean la conexión de datos de la línea con las ventajas e inconvenientes que ello

conlleva. Las primeras, lógicamente que la llamada será completamente gratuita y con independencia

de la ubicación del destinatario, que podrá estar en el extranjero, y además, las llamadas serán en audio

HD, por lo que se escuchará al interlocutor como si estuviera pegado a la oreja. Entre los

inconvenientes, está principalmente la dependencia de la cobertura de datos, siempre más fluctuante

que la de la línea móvil y, por otro lado, la preocupación por parte de algunos usuarios sobre el consumo

de datos de este tipo de llamadas. Para que cada uno haga sus cálculos: el minuto de llamada mediante

VoIP consume menos de 1 MB (740,6 kilobits por segundo con WhatsApp y 875 con Skype) y hay que

tener en cuenta que una parte de estas llamadas se harán estando conectados al wifi de casa o el trabajo,

sin consumir datos.

15. TERAPIA DA CORUJA

O BS concorda que a sua leitura pode ser cansativa. Em certos aspectos é pesada e entra em detalhes

que não torna o seu acompanhamento muito amigável.

Assim, depois de mais uma cansativa edição, os leitores são convidados a acessar um vídeo do

YouTube que se imagina pode baixar o nível de stress decorrente da leitura e de outras atividades

do dia a dia estafante. Ele é particularmente adorável para aquele(a)s que gostam de... corujas; sim,

corujas...

Antes que os leitores imaginem que o BS está perdendo o rumo, vale registrar que a ideia não é

própria: foi retirada de uma “respeitado” noticiário diário americano que, não se sabe se pelas

mesmas razões, propôs assistir ao vídeo em questão como sugestão de relax para seus leitores. O

link para o acesso é: https://www.youtube.com/watch?v=kRnk3vEEMqs

_________________________________________________________________________________

NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade

de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O

eventual uso das informações na tomada de decisões deve ser feita sob exclusiva responsabilidade de quem o

fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos

o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma

informação do BOLETIM SEMANAL.