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Notícias do Ténis - Julho 2008
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FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Notícias do Ténis
Federação Portuguesa de Ténis — Rua Actor Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 e-mail: [email protected] http://www.fptenis.pt
Julho 2008
NESTA EDIÇÃO:
Bimestral, N.º 5 Publicação Online
Play and Stay FPT e Nuno Marques estabelecem parceria em dia de celebração no Estádio Nacional
Nacionais 2008 Primeiros campeões já são conhecidos
Circuito FPT/CIMA Koehler e Machado lideram rankings
Europeus Individuais Miguel Almeida entre os oito melhores
CATEGÓRICO! A Selecção Nacional venceu o Chipre, por 5-0, na segunda eliminatória do Grupo II da Zona Europa/África - Taça Davis 2008, no Lawn Tennis Club da Foz (Porto). Em Setembro, Portugal vai à Ucrânia discutir a subida ao Grupo I
‘Embaixadores’ do Ténis Português nos grandes palcos mundiais
FREDERICO GIL Estreou-se em Grand Slams: Roland Garros e Wimbledon
SUBIDA PASSA PELA UCRÂNIA
MICHELLE BRITO Qualificou-se para duas provas do WTA Tour e bateu jogadoras do top 100
Entrevista com Maria J. Koehler
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EDITORIAL Foi num clima de grande entusiasmo e alegria que, no passado dia 21 de Junho, se assinalou, no Estádio Nacio-nal, o primeiro aniversário do lançamento mundial do programa “Play & Stay”, promovido pela International Tennis Federation (ITF) e ao qual a Federação Portuguesa de Ténis aderiu desde a primeira hora, tendo participado na iniciativa desportistas de reconhecido mérito interna-cional, nas modalidades de rugby, natação, judo, automo-bilismo, futebol, entre outras. No âmbito da parceria esta-belecida, nessa mesma data, entre a Federação Portuguesa de Ténis e a empresa “Nuno Marques & Sports Events”, teve lugar a referida iniciativa que contou pela primeira vez com Nuno Marques, uma das grandes referências do ténis nacional, como “embaixador” do programa “Play & Stay” em Portugal, e que certamente em muito contribuirá para, em sintonia com a Federação Portuguesa de Ténis, através do seu Departamento de Formação, divulgar e promover aquele projecto no nosso país. Efectivamente, ao longo deste último ano, a Federação Portuguesa de Ténis, no âmbito do programa “Play & Stay", levou a cabo uma série de iniciativas merecedoras de reconhecimento internacional por parte da ITF, facto esse que nos confere um acréscimo de responsabilidade na implementação e divulgação do projecto em Portugal. Nesse sentido, encontra-se a nossa Federação a desenvol-ver um processo pioneiro na certificação de clubes de ténis como entidades oficiais associadas ao programa “Play & Stay”, os quais para obterem esse reconhecimento, além do cumprimento da metodologia adoptada pela ITF e, consequentemente, pela Federação Portuguesa de Ténis, deverão, ainda, assegurar treinadores devidamente cre-denciados e munidos da respectiva caderneta profissional actualizada. Aproveitamos para recordar a importância conferida por esta Direcção à formação de treinadores, sendo de realçar as alterações introduzidas no Estatuto da Carreira de Trei-nador de Ténis, visando uma aposta clara na formação contínua dos treinadores, através de reciclagens obrigató-rias, ou, ainda, a organização, num passado recente, de dois cursos de Nível III destinados aos Treinadores de Ténis de Alta - Competição e que não se realizavam no nosso país há mais de uma década. Não poderemos terminar este Editorial sem assinalar os factos positivos que mais marcaram estes últimos dois meses, designadamente: a excelente prestação dos nossos árbitros internacionais no Torneio de Wimbledon; a hon-rosa participação de Frederico Gil no quadro principal da referida competição, após ter conseguido ultrapassar o sempre difícil qualifying; as várias hecatombes provoca-das por Michelle Brito no circuito WTA; a exemplar orga-nização da Taça Davis, a cargo do Lawn Clube Tennis da Foz, em que se registou uma vitória de Portugal sobre Chipre que permitirá a disputa pela subida de divisão para o Grupo 1 da Taça Davis. Em contraponto a toda uma panóplia de factos merecedo-res da satisfação de todos os amantes de ténis, fica uma palavra de profundo pesar pela partida do nosso querido amigo Luís Serra, Presidente do Conselho de Arbitragem da Federação. Até sempre.
Circuito FPT/CIMA - Open Cidade Póvoa de Varzim (Super-Série, 10 mil euros), de 30 de Julho a 3 de Agosto, Schoolkids - Schooleventos, Póvoa de Varzim Circuito FPT/CIMA - XIII Open das Laranjeiras (Ouro, 4 mil euros), de 4 a 9 de Agosto, Laranjeiras Ténis, Sete Rios - Lisboa Circuito FPT/CIMA - XI Open de Cor-roios (Super-Série, 6 mil euros), de 25 a 31 de Agosto, CRDB Rouxinol, Corroios Campeonato Nacional Individual de Sub 16, de 25 a 30 de Agosto, Carcavelos Ténis Campeonato Nacional Individual de Sub 18, de 1 a 6 de Setembro, Clube de Ténis Portimão e Rocha Circuito FPT/CIMA - 24.º Open Faro (Bronze, 2 mil euros), de 4 a 6 de Setem-bro, Centro de Ténis de Faro Campeonato Nacional Absoluto, de 9 a 13 de Setembro, Clube de Ténis do Estoril PNDT - Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Norte), 13 e 14 de Setembro, Clube Escola Ténis de Cantanhede PNDT - Circuito Nacional de Sub 10 (Zona Sul), 13 e 14 de Setembro, Clube de Ténis de Montemor-o-Novo Taça Davis - Ucrânia vs Portugal A Selecção Nacional defronta a Ucrânia, como visitante, entre 19 e 21 de Setem-bro, no play-off que dá acesso ao Grupo I da Zona Europa / África.
AGENDA
Ficha Técnica Direcção: José Corrêa de Sampaio
Coordenação e Revisão: José Santos Costa
Redacção, Paginação e Grafismo:
AnaLima Comunicação e Marketing Fotografias gentilmente cedidas por Diogo Lencastre
Patrícia Lopes Vice - Presidente
Federação Portuguesa de Ténis
Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África
Página 3 Federação Portuguesa de Ténis
Certificado de qualidade para cimeira decisiva na Ucrânia
Evidenciando uma superiorida-de enorme nos cinco embates, a Selecção Nacional fez o pleno e derrotou o Chipre por expres-sivos 5-0 (cedeu apenas um set), na segunda eliminatória do Grupo II da Zona Europa / África - Taça Davis 2008. No mítico Lawn Tennis Club da Foz, no Porto, os comandados de Pedro Cordeiro assegura-ram o apuramento para o play-off de subida ao Grupo I, a dis-cutir com a Ucrânia, na quali-dade de visitantes, entre 19 e 21 de Setembro. Partindo como claro favorito à pas-sagem na eliminatória, Portugal cedo mostrou ter argumentos mais do que suficientes para levar de ven-cida uma equipa do Chipre lesada pela ausência de Marcos Baghdatis, a sua grande figura. Frederico Gil (105.º ATP), o primeiro luso a entrar em court, venceu sem complacência o jovem cipriota George Kallis (sem ranking ATP), por 6/1, 6/1 e 6/0. Rui Machado (220.º ATP) seguiu-
lhe o exemplo e , também em três sets, desembaraçou-se do número um cipriota, Photos Kallias (623.º ATP), com os parciais de 6/4, 6/4 e 7/5, no segundo encontro de singu-lares, dando uma vantagem de 2-0 a Portugal, no fecho do primeiro dia de competição.
“Com pouca história”
“Foi bastante rápido, mas, sen-do à melhor de cinco sets, obri-ga sempre a uma certa concen-tração. Foi um jogo com pouca história. O adversário esteve muito nervoso e penso que acu-sou a pressão por ser a sua estreia na Taça Davis” , comen-tou Frederico Gil, no final do primei-ro singular.
“Sabia que era superior”
Precisou de mais tempo no court do que Frederico Gil, ainda assim a vitória de Machado foi incontestável.
“Sabia que no papel era supe-rior. Assim que o encontro começou, senti-me sempre a dominá-lo, por vezes até em demasia. Tentei ser constante na concentração, mas irritei-me por não me agarrar a cada ponto como deveria fazer”, disse Rui Machado.
Gil e ‘Léo’ arrumam questão
A dupla preferencial do ’capitão’, Frederico Gil / Leonardo Tavares, voltou a ter a missão de fechar a eli-minatória, como acontecera frente à Tunísia, em Abril, na ronda inaugu-ral. Gil e ‘Léo’ ainda cederam um set na vitória sobre o par Photos Kal-lias / Demetrios Leontis (6/2, 6/1, 5/7 e 6/3), no sábado. No último dia de prova, domingo, Frederico Gil venceu Photos Kallias (6/3 e 6/2), e o estreante João Sousa ganhou a Eleftherios Christou, por duplo 6/3.
PORTUGAL
Chipre
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Página 4 Federação Portuguesa de Ténis
Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África
Regresso ao Grupo I no horizonte de Pedro Cordeiro
“...Os nossos jogadores adap-tam-se bem aos diferentes pisos. Teremos tempo para preparar a próxima elimina-tória. Desejo-lhes o maior sucesso para os seus tor-neios...” Domingo, 20 de Julho
“...Jogar em casa ou jogar fora, é a lei do jogo. Neste momento, a nossa equipa está mais rodada do que quando fomos à Holanda, no ano passado...” Sábado, 19 de Julho
“...Podemos dizer que meia eliminatória já está ganha. Falta-nos um ponto e temos dois dias para fazê-lo, mas esperamos vencer o Chipre já amanhã, no par...” Sexta-feira, 18 de Julho
“...No papel, o favoritismo
está do nosso lado. No
entanto, temos de prová-lo
dentro do campo . O Gil e o
Rui são aqueles que estão
em melhor momento...” Quinta-feira, 17 de Julho
“Ambiente magnífico”
“O lugar da Selecção é no Grupo I” José Corrêa de Sampaio
José Santos Costa
Claramente satisfeito com o apura-mento da Selecção Nacional para o play-off de acesso ao Grupo I e com todo o ambiente que envolveu esta eliminatória, José Corrêa de Sam-paio destacou o trabalho do Lawn Tennis Club da Foz: “A Selecção esteve muito bem, num ambiente magnífico proporcio-nado pelo Lawn Tennis Club da Foz. Mesmo com entradas pagas, tivemos três dias de enchentes. Isto é sinal de que as pessoas dão cada vez mais cré-
dito ao ténis em Portugal”. Na opinião do Presidente da FPT, esta eliminatória da Taça Davis contri-buiu para “reforçar a visibilidade do ténis nacional”. Corrêa de Sampaio realçou ainda “a coragem do Presidente do Lawn Tennis Club da Foz ao optar pela venda de ingressos”. Uma opção que se revelou certeira, pois o ‘estádio’ improvisado para a eliminatória apa-receu bem composto ao longo dos três dias, não faltando apoio à Selec-ção Nacional.
O Lawn Tennis Club da Foz empenhou-se a 100 por cento, lançando-se com muita cora-gem para uma organização muito cuidada. Pelo público e pelo interesse que houve à volta da prova, foi realmente um sucesso”, referiu José Santos Costa, director de prova , que viu a venda de ingressos como uma decisão acer-tada. “Era uma situação que já vínhamos a discutir há algum tempo e havia sempre um certo receio por poder afastar as pes-soas, mas aqui teve um efeito contrário. Despertou mais inte-resse no público e atribuiu mais prestígio à prova e aos próprios patrocinadores”, explicou.
No plano competitivo, o secretário-geral da FPT não ficou surpreendido
com a nítida superioridade da Selec-ção Nacional. “Estava à espera que a Selecção fechasse a elimi-natória no par, e, a partir do momento que vi os dois primei-ros singulares, não fiquei com grandes dúvidas ”, disse Santos Costa, para quem “o lugar da Selecção é no Grupo I”.
A reforçar essa convicção está o potencial de uma equipa bastante jovem, com larga margem de pro-gressão. “Temos potencial para estar no Grupo I e ganhar a muitas das equipas que lá estão. Todos os nossos elemen-tos estão a evoluir, o nosso jogador mais velho tem apenas 24 anos. No entanto, os nossos jogadores já são muito cultos desportivamente”, afirmou.
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Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África
Apoio, beleza e calor no regresso à Foz Passavam 14 anos desde a última vez que o Lawn Tennis Club da Foz recebera uma eliminatória da Taça Davis. No regresso da Selecção à Foz, o centenário clube nortenho aperaltou-se para receber calorosamente a equipa comandada por Pedro Cordeiro. No final da ‘operação’, a pala-vra ‘sucesso’ foi a mais ouvida na Foz.
O anfitrião Miguel Pereira Leite, presidente do Lawn Tennis Club da Foz, não escondeu a felicidade pelo fan-tástico ambiente vivido : “Excedeu as expectativas,
graças ao entusiasmo da nossa magnífica equi-pa. O público e os sócios do clube corresponde-ram da melhor maneira neste grande espectácu-lo. Ficamos honrados pela confiança”.
Jogadores e ‘capitão’ não pouparam também elogios a toda a organização, ao apoio do público e à beleza do ‘complexo’. “Não estava à espera de encontrar um estádio tão bonito. Queria felicitar o público, como jogador dá-me imenso prazer jogar em campos grandes e bonitos”, comentou Gil.
Sousa vence na estreia
Caloiro com novo ‘look’
Aos 19 anos, o jovem João Sousa estreou-se em encontros da Taça Davis. O ‘capitão’ Pedro Cordeiro deu oportunidade ao vimaranense de defender as cores da Selecção Nacional no quinto e último duelo frente aos cipriotas. Sousa correspondeu da melhor maneira e venceu Eleftherios Christou (duplo 6/3). Neste embate, o jovem apareceu com um novo ‘look’ (cabeça rapada), fruto da praxe dos seus colegas de Selecção, que lhe ‘devastaram’ o cabelo.
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Miguel Leite, Presidente do Lawn Tennis Club da Foz, ...e o público que veio apoiar a Selecção Nacional
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Exposição ‘Era Open Portugal’ arranca na Foz Taça Davis 2008 — Grupo II Zona Europa/África
Factos, protagonistas e resultados que marca-ram os últimos 40 anos do ténis português com-põem a exposição ‘Era Open Portugal’, da auto-ria do jornalista Norberto Santos, com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis (FPT). A ‘Era Open Portugal’ esteve exposta no Lawn Tennis Club da Foz (Porto), por altura da eliminatória entre Portugal e Chipre - Taça Davis. De 1968 a 2008, são revisitados os momentos áureos da modalidade e os seus intervenientes: jogadores, treina-dores e dirigentes, sem descurar resultados e datas. A exposição resume as últimas cinco décadas do Ténis Nacional, que surgem separadamente, com o respectivo título. Década de 60 - ‘O fim do romantismo’; 70 - ‘ O aventureirismo’, 80 - ‘O profissionalismo assumido’; 90 - ‘Época de ouro’; e 2000 - ‘Uma nova geração’. Dedicado, há já algum tempo, à pesquisa sobre a histó-ria do ténis em Portugal, Norberto Santos tem vindo a construir uma base de dados cada vez mais alargada, que, agora, deu lugar a esta pioneira exposição. “Há dois anos fiz um livro sobre a história do Clube de Ténis do Estoril, que acabou por não ser publicado. Foi um ano e meio de trabalho que me permitiu criar uma boa base de dados, e como tal propus-me a fazer este trabalho de for-ma gratuita para a Federação e para a modali-dade. Nunca me conformei com o facto de se desconhecer muitos vice-campeões nacionais e os resultados das finais dos Campeonatos [Nacionais Absolutos]”, explica o jornalista do ‘Record’.
Dar continuidade à obra de Fonseca Vaz
Depois de um incessante trabalho de pesquisa docu-mental em hemerotecas, de várias conversas com figu-ras da modalidade das últimas décadas, e aproveitando as comemorações da ‘Era Open’, antes e durante o Roland Garros 2008, Norberto Santos partiu para a ideia da exposição. “Queria trazer algo de novo, que ainda não tivesse sido escrito, curiosidades que são sempre interessantes de conhecer. Por exemplo, o engenheiro David Cohen foi tantas vezes finalista em Nacionais Absolutos e quase ninguém da nova geração sabe. O João Lagos jogou uma final do Nacional Absoluto, em 1968, vencendo o segundo set por 12-10”, conta Norber-to Santos. “A história do ténis português está contada pelo Fonseca Vaz, mas vai só até à década de 80, para além de ter falta de muitos dados [resultados, datas]. Pensei então fazer algo dife-rente, que trouxesse um valor acrescentado àquilo que já existe”, refere o jornalista, que diz ter optado por uma exposição “por esta ser simples, de fácil leitura, e que permite conter um bom leque
de imagens, para além de ser mais acessível às pessoas do que um livro”.
Reviver a Foz do Douro
A exposição ‘Era Open Portugal’ será itinerante, mas o primeiro destino escolhido para a sua apresentação pública foi o Lawn Tennis Club da Foz. Nesta decisão pesou o factor emocional, como explica o autor da obra: “O primeiro torneio que fiz enquanto jornalista foi aqui, no Lawn Tennis Club da Foz. Trabalha-va para o jornal ‘O Dia’ e estive a cobrir o troféu Rica Lewis, um torneio promovido pela Escola de Ténis da João Lagos. Só tive oportunidade de vir ao torneio porque o João Lagos ofereceu-me o alojamento. Foi muito divertido, porque fiz a viagem com os jogadores (Manuel de Sousa, Luis de Sousa e Miguel Soares) e inclusive fiquei no mesmo quarto deles, na Casa do Des-porto, no Bessa. Tive direito a praxe e tudo [risos]”. Nesse mesmo torneio, Norberto Santos não esquece o gesto do ex-presidente da FPT, Manuel Cordeiro dos Santos, que fez questão de acompanhar o então jovem jornalista, de apenas 19 anos, à estação dos comboios. Uma figura marcante para a evolução da modalidade em Portugal. “O Cordeiro dos Santos democrati-zou o ténis. Foi a pessoa certa, na altura certa. Uma pessoa cheia de coragem, com muito amor pela modalidade”, refere.
O contributo dos quatro mosqueteiros
E haverá alguma das cinco décadas que fascine mais o autor? “Todas têm o seu fascínio”, responde, consi-derando, no entanto, que as décadas de 80 e 90 trouxe-ram uma viragem no ténis, no que respeita à crescente profissionalização. “Os quatro mosqueteiros [Nuno Marques, Cunha e Silva, Bernardo Mota e Emanuel Couto], em especial o Cunha e Silva e o Nuno Marques, fizeram aquilo que nunca tinha sido feito até aqui. Desbravaram caminho rumo à profissionalização dos jogadores”, diz.
‘Era Open Portugal’ será uma exposição itinerante
Federação Portuguesa de Ténis
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Grand Slam —Wimbledon 2008
FREDERICO GIL Sucessor de Marques na mítica relva
“...Acho que não há muitos limites para
ele. Vai entrar no top 100 e acredito que irá superar o meu recorde no ranking
ATP…”
Nuno Marques
Na ressaca da sua primeira presença no quando principal de um Grand Slam, que aconte-ceu em Roland Garros, Frederi-co Gil chegou ao qualifying de Wimbledon carregado de moti-vação, superando os três adver-sários que se atravessaram no caminho. Ainda no complexo de Roehampton, o campeão nacional carimbou a entrada para o mítico All England Club, onde Nuno Marques, em 1999, fora o último português a ‘pisar’ a relva. Gil ficou-se pela primeira ronda, mas a porta do Slam britânico reabriu-se para os lusos. Quis o sorteio que Frederico Gil vol-tasse a encontrar o seu carrasco de Roland Garros, o gaulês Jeremy Chardy, na primeira ronda do tor-neio de Wimbledon - terceiro Grand Slam da temporada. Na relva do All England Club, o número um portu-guês deu forte réplica ao francês, que fez do serviço a sua grande arma. Gil partiu para o quarto set em vantagem (2-1), mas Chardy aca-
bou por dar a volta aos acontecimen-tos (5/7, 7/6 (1), 6/4, 4/6 e 3/6). “Tentei jogar o meu melhor. Numa primeira fase, consegui jogar de forma agressiva, mas depois acusei um pouco a pres-são”, disse o melhor jogador portu-guês da actualidade, após a elimina-ção em singulares.
Vitória em pares
Frederico Gil ficaria mais alguns dias no All England Club, uma vez que na competição de pares chegou à segunda ronda. Em parceria com o ‘gigante’ belga Dick Norman, o pupi-lo de Cunha e Silva conseguiu a sua primeira vitória no quadro principal de Wimbledon. Gil e Norman, que já vinham do qualifying, venceram a dupla norte-americana Hugo Armando / Jesse Levine, por 7/6 (3), 7/6 (5) e 6/3, na ronda inicial, cedendo, depois, diante do par Petr Pala (R. Che) / Igor Zelenay (Esl), por 6/4, 6/2, 1/6, 6/7 (4) e 1/6.
Percurso até ‘All England Club’
Para chegar ao quadro principal de singulares de Wimbledon, Frederico Gil deixou para trás três adversários: o alemão Dominik Meffert (166.º ATP), por 6/4, 3/6 e 6/4, o israelita Noam Okun (288.º ATP), por 6/1 e 6/3, e o norte-americano Hugo Armando (248.º ATP), por 6/2, 7/6 (5), 4/6 e 7/6 (3), na primeira, segunda e terceira rondas do qualif-ying, respectivamente. “Não há muitos limites para ele” Detentor de quatro presenças no mítico Wimbledon, Nuno Marques viu com muita naturalidade o feito de Frederico Gil: “Não estou sur-preendido com os resultados do Gil. É um verdadeiro compe-tidor e tem feito um trabalho muito bom com o João [Cunha e Silva]. Acho que não há mui-tos limites para ele. Vai entrar no top 100 e acredito que, com todo o mérito, irá superar o meu recorde no ranking ATP. Não tenho grandes dúvidas”.
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Michelle Brito Estreia promissora
Grand Slam - Wimbledon 2008
Neuza Silva Segundo set deu esperança
Rui Machado Primeira experiência
Arbitragem Ramos na final das ‘manas’
Carlos Ramos arbitrou em Wimbledon a sua sexta final em torneios do Grand Slam. No court central do All England Club, o juiz portu-guês dirigiu o encontro decisivo da prova feminina do Slam britâni-co, que opôs as irmãs Williams. Venus levou a melhor sobre Serena, por 7/5 e 6/4, conquistando o quinto título em Wimbledon, ela que também ganhara no ano transacto. Depois de arbitrar as finais mas-culinas do Open da Austrália e de Roland Garros, na presente épo-ca, Ramos fez o pleno em Wimbledon - três finais em três Grand Slams. Mariana Alves, no quadro principal, e Carlos Meirinhos, no qualifying, também representaram a arbitragem portuguesa no his-tórico torneio de Wimbledon.
Aos 24 anos, Rui Machado fez a sua estreia em qualificações de pro-vas do Grand Slam. No qualifying de Wimbledon, o número dois português no ranking ATP ficou-se pela primeira ronda. Machado cedeu frente ao britânico Richard Bloomfield (386.º ATP), por 3/6 e 5/7, naquele que foi o seu primeiro encontro em relva natural. “Fui essencialmente pela experiência. Não tive tempo de preparar o torneio, para além de nunca ter jogado em rel-va natural”, referiu Rui Machado, que visa a participação na fase qualificativa do US Open’ 08. Uma época até ao momento de clara ascensão para o ex-campeão nacional, que se prepara para ‘atacar’ a entrada no top 200 ATP.
Neuza Silva cumpriu no qualifying de Wimbledon a sua terceira presença em fases qualificativas de torneios do Grand Slam. À semelhança do que sucedera no Open da Austrália, em Janeiro, e em Roland Garros, em Maio, a campeã nacional não foi além da primeira ronda. Diante da norte-americana Alexandra Stevenson (231.ª WTA), jogadora que já esteve no top 20 mundial, Neuza cedeu pelos parciais de 4/6, 6/4 e 4/6. Pela primeira vez, a actual número dois portuguesa na tabela WTA ganhou um set em qualif-yings de Slams. Com uma postura muito combativa, numa superfí-cie do seu agrado, a setubalense vendeu cara a derrota perante uma adversária com mais experiência no circuito mundial. Depois de vencer o segundo set, faltou uma ponta final mais forte.
Pelas épicas vitórias que já conseguiu em torneios do WTA Tour, Michelle Brito acalentava a esperança portuguesa de ter a primeira representante feminina do ténis lusitano a jogar o quadro principal de Wimbledon. Alguma inadaptação à relva e a experiência da gau-lesa Stephanie Foretz (101.ª WTA) findaram o sonho da menina-prodígio em entrar no All England Club para actuar no seu primeiro Grand Slam. Com os parciais de 0/6, 6/2 e 4/6, Michelle ficou pelo caminho na ronda inicial do qualifying (o seu primeiro em provas do Grand Slam), não sem antes ter assustado a francesa. Com uma desvantagem de 2/5 no derradeiro set, a ‘coqueluche’ quebrou o serviço da adversária (3/5) e, de seguida, reduziu para 4/5, salvan-do match-points pelo meio. Insuficiente, porém, para a reviravolta.
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Grand Slam - Roland Garros 2008
“É a concretização de um sonho de criança, jogar o Roland Gar-ros por mérito próprio”, disse Frederico Gil ao Site da Federa-ção Portuguesa de Ténis (FPT), instantes após consumar o apu-ramento para o Slam francês. Na terra batida de Paris, o cam-peão nacional estreou-se no quadro principal de um tor-neio do Grand Slam, tornando-se no terceiro português, depois de Cunha e Silva e Nuno Marques, a jogar a prova rainha do pó-de-tijolo.
Frederico Gil quebrou, no último Roland Garros, um jejum de nove anos no que respeita à presença de portugueses em quadros principais de provas do Grand Slam— Nuno Marques fora o último, em 1999, no torneio de Wimbledon. Quanto à catedral parisiense, desde 1991 que não recebia representantes do ténis nacional - Marques e Cunha e Silva. Gil foi afastado na primeira ronda da principal grelha, não conseguindo bater o feito de Nuno Marques - em 1990 alcançou a segunda ronda-, no entanto, ultrapassar três rondas de qualifying em Roland Garros é obra. Anfitrião interrompe sonho
Perante um adversário a servir a mais de 200 km/h, ‘empurrado’ pelo apoio do seu público, Frederico Gil não conseguiu dar continuidade à performance da fase de qualifica-ção, cedendo, diante do francês Jeremy Chardy, pelos parciais de 3/6, 2/6 e 6/7 (1), na primeira ronda do quadro principal. Assim chegou ao fim a caminhada de Frederico no pó-de-tijolo do Slam parisiense. Um percurso que começara na ronda inaugural do qualifying, com uma vitória frente ao gaulês Stéphane Piro (948.º ATP), por 6/1 e 6/0, e prosseguira com os triunfos sobre o alemão Simon Stadler (170.º ATP),
por 6/2 e 6/4, na segunda ronda, e o colombiano Santiago Giraldo (180.º ATP), por 3/6, 7/6 (5) e 6/2, na der-radeira ronda da qualificação. “Entrega-se de alma e coração”
Confirmada a presença de Gil na principal grelha de Roland Garros, Corrêa de Sampaio, presidente da FPT, enalteceu a proeza do jogador: “É com grande regozijo e enor-me satisfação que constatamos este feito. Este bom momento é fruto dos bons resultados que tem vindo a fazer de forma con-sistente. A consistência é uma arma muito importante, e o Gil entrega-se de arma e coração àquilo que faz”.
“Não é uma surpresa”
Profundo conhecedor das qualidades de Frederico Gil, o seleccionador nacional Pedro Cordeiro não se mos-
trou surpreendido com o feito do número um português. “O Gil tem nível para estar no quadro principal de Roland Garros. Não é uma surpresa, é fruto da boa época que está a fazer”, declarou o ‘capitão’, considerando que, com este feito, Gil “entra ain-da mais para o leque restrito dos melhores jogadores portu-gueses de sempre”.
Carlos Ramos arbitra final Em mais um marco para a arbitra-gem portuguesa, Carlos Ramos diri-giu a final de singulares masculinos de Roland Garros, que Rafael Nadal ganhou a Roger Federer (6/1, 6/3 e 6/0). A juíza Mariana Alves também marcou presença no torneio. Referência ainda para a participação de Neuza Silva no qualifying: cedeu na ronda inicial, frente à australiana Christina Wheeler, por duplo 6/3.
FREDERICO GIL Catedral parisiense no sonho de criança
Roland Garros marcou a estreia de Frederico Gil em Grand Slams
Federação Portuguesa de Ténis
Com força, coesão e atitude, a Selecção Nacional venceu, naturalmente, a Tunísia, por 4-1, na primeira eliminató-ria do Grupo II da Zona Europa / África - Taça Davis 2008. O Clube de Ténis do Estoril, que recebeu a prova entre 11 e 13 de Abril, voltou a ser palco talismã, tal como, em Setembro de 2005, quando Portugal bateu a Eslovénia (4-1), e assegurou a subida ao Grupo I. Os triunfos de Rui Machado, diante de Walid Jallali (6/1, 6/1 e 7/5), e Frederico Gil, frente a Malek Jaziri (6/3, 6/4 e 6/3), nos dois encontros de singu-lares, realizados no pri-meiro dia de competi-ção, deixaram, desde logo, transparecer a evi-dente superioridade dos comandados de Pedro Cordeiro relativamente aos dois melhores joga-d o r e s t u n i s i n o s . “Estava à espera de ganhar. Joguei bem nos dois primeiros sets, e, no terceiro, apesar de ter perdido um jogo de serviço, não foi assim tão gra-ve. O vento estava mais irregular e des-concentrei-me um pouco”, declarou Rui Machado, depois de ven-cer o número um tunisi-no - à data 725.º ATP.
Perante um adversário que já conhecia, Frederi-co Gil procurou “jogar sólido, concentrado e sem grandes loucu-ras” para levar a melhor sobre um “jogador
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Em provas pontuáveis para o WTA
Neuza vence na relva britânica e Magali domina no Norte de África
MICHELLE assusta indomável Serena Protagonizando mais uma prestação memorá-vel para o ténis nacional, Michelle Brito alcan-çou a sua quinta vitória em encontros de provas do WTA Tour, ao vencer a argentina Gisela Dul-ko, à altura número 34 do Mundo, na primeira ronda do Bank of the West Classic (600 mil dólares), torneio da categoria Tier II, em Stan-ford, na Califórnia (EUA), de 14 a 20 de Julho . A menina-prodígio ganhou assim direito a defrontar Serena Williams, cometendo a proe-za de ganhar o primeiro set à ‘poderosa’ norte-americana.
Com o primeiro parcial de 6/4 a seu favor, Michelle mexeu com a serenidade da mais nova das manas Wil-liams, número cinco WTA e primeira cabeça-de-série do torneio. Serena respondeu e levou de vencida a menina de 15 anos, ao cabo de três partidas (4/6, 6/3 e 6/2), em encontro da segunda ronda. “Se ela conti-nuar a jogar assim, será uma grande jogadora”, disse Serena Williams no final da contenda.
Para chegar ao encontro com a mediática Serena, a jovem portuguesa teve de ultrapassar quatro adversá-rias. Na primeira ronda do quadro principal, Michelle
derrubou a argentina Gisela Dulko (34.ª WTA), com os parciais de 7/5 e 7/6 (1). No qualifying, a ‘coqueluche’ do ténis português eliminara a polaca Marta Doma-chowska (57.ª WTA), por 6/0 e 6/1, a sul-africana Nata-lie Grandin (300.ª WTA), por 7/5 e 6/2, e a britânica Georgie Stoop (336.ª WTA), por 6/4 e 6/0. Com o sublime desempenho no torneio californiano, Michelle garantiu os pontos suficientes para aceder à liderança nacional no ranking WTA, superando Neuza Silva.
WTA Tier II - Bank of the West Classic (Sanford), 600.000 dólares
Michelle ganhou o primeiro set a Serena Williams
Apesar de ter cedido, 13 meses depois, a lide-rança nacional no ranking WTA, Neuza Silva ganhou, em Julho, o seu segundo torneio inter-nacional na presente época e o 10.º da sua car-reira. A campeã nacional conquistou o ITF Felixstowe (25 mil dólares), em relva, na Grã-Bretanha - em 2007 sagrara-se vice-campeã. Mais tarde, na semana de 21 a 26 de Julho, Neuza esteve perto de revalidar o título no ITF Corunha (25 mil dólares), cedendo apenas na
final. Também em destaque tem estado Magali de Lattre, que, em Julho, ganhou dois torneios consecutivos: em Damasco (Síria) e Casablanca (Marrocos), ambos de 10 mil dólares. Na sema-na seguinte, Magali tentou o ‘tri’, em Rabat (Marrocos), mas ficou-se pelas meias-finais. Referência ainda para Frederica Piedade, que foi vice-campeã no ITF Valladolid (25 mil dóla-res), também em Julho.
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Pos. ATP
103.º Frederico Gil
212.º Rui Machado
471.º Gastão Elias
591.º Leonardo Tavares
611.º João Sousa
1108º Pedro Sousa
1356.º Gonçalo Nicau
1622.º Miguel Almeida
1866.º José R. Nunes
Frederico Gil
Rankings Internacionais
28 de Julho
Pos. Juniores Masculinos
108.º Miguel Almeida
109.º Gastão Elias
170.º Martim Trueva
548.º Manuel Marcelo
794.º Francisco Dias
1441.º Alexandre Resende
1466.º Pedro Palha
1888.º Tomás Valle Costa
Pos. Juniores Femininos
87.ª Michelle Brito
396.ª Bárbara Luz
556.ª Demi Rodrigues
1059.ª Filipa Correia
1139.ª Charlotte Pires
1581.ª Verónica Seruca
1730.ª Cátia Rodrigues
1820.ª Marina Gallo
Michelle Brito
Pos. WTA
169.ª Michelle Brito
197.ª Neuza Silva
262.ª Frederica Piedade
471.ª Catarina Ferreira
559.ª Magali de Lattre
769.ª Ana Nogueira
869.ª Maria J. Koehler
1016.ª Demi Rodrigues
Michelle Brito Miguel Almeida
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Comemoração do primeiro aniversário do ‘Play and Stay’
O Estádio Nacional, no Jamor, acolheu, sábado, 21 de Junho, a celebração do primeiro ano de actividade do programa ‘Play and Stay’, metodologia de ensi-no do ténis criada pela ITF para aplicar em 35 países, onde se inclui Portugal. No âmbito das comemorações, José Cor-rêa de Sampaio e Nuno Mar-ques assinaram um protocolo de parceria entre a Federação Portuguesa de Ténis (FPT) e o ex-tenista, que passa a ser o embaixador do ‘Play and Stay’ em Portugal. A testemunhar o momento, não faltaram gran-des figuras do desporto nacio-nal, como Nuno Delgado, Vas-co Uva, Ricardo Sá Pinto, Nuno Laurentino ou Pedro Couceiro. Os seus pupilos, Maria João Koehler e Leonardo Tavares, também marcaram presença. “Temos de aproveitar da melhor forma o que há de bom no ténis português. O Nuno Marques tem carisma, foi um grande jogador de ténis e tem conseguido grandes resultados enquanto treinador”, declarou Corrêa de Sampaio, no momento da assinatura do protocolo com uma referência incontornável do ténis português. “Contar com o apoio do Nuno e da sua empresa é indicador de uma grande par-ceria”, acrescentou o Presidente da FPT. “Estou muito motivado para este projecto. Identificamo-nos completamente e acreditamos nele. Vamos tentar dar-lhe outra dimensão, fazê-lo chegar a mais gente”, referiu o detentor do melhor registo de sempre de um português no ranking ATP (o 86.º lugar), para quem “a parte técnica do programa está muito bem entregue ao PNDT [Programa Nacional de Detecção de Talen-tos] e aos treinadores da Fede-ração”. Caras bem conhecidas das mais variadas modalidades vieram ao
Estádio Nacional, para desejar os maiores sucessos a Nuno Marques e ao Play and Stay. “São figuras públicas, que, ao mesmo tem-po, são meus amigos. Alguns acabaram o treino e vieram directamente para aqui, como foi o caso do Vasco Uva, outros interromperam o trabalho, como o Nuno Laurentino, para virem prestar apoio. São pes-soas do desporto e é importan-te trazê-las para o ténis”, afir-mou Nuno Marques Dez acções até ao final de 2008 O grande impulsionador do ‘Play and Stay’ em Portugal, Vítor Cabral, director do Departamento de For-mação da FPT, descreveu, mais con-cretamente, as bases desta parceria: “O Departamento de Formação da FPT e a empresa do Nuno Marques vão realizar um pro-grama em conjunto, que inclui acções de formação nos clubes. Pretende-se que esta parceria seja cada vez mais autónoma. Inicialmente, serão os nossos técnicos [do Dep. Formação] a fazerem esse trabalho, mas queremos criar condições para ter treinadores a trabalhar nis-to a tempo inteiro. É altura de
apostar na qualidade dos pro-fissionais na modalidade”, sub-linhou Vitor Cabral, que, para o ano de arranque da colaboração FPT / Nuno Marques, prevê a realização de “dez acções [em outros tan-tos clubes] até ao final de 2008”.
“Talento não falta”
“É um grande empurrão para a modalidade. Temos de traba-lhar o aspecto físico e mental, porque talento não falta aos nossos jogadores”, declarou Ricardo Sá Pinto.
“Óptima iniciativa”
“É uma óptima iniciativa, na medida em que esta modalida-de procura ter grandes atletas e sem um investimento na for-mação é complicado”, referiu Nuno Delgado.
“Vai dar frutos no futuro”
“Este programa é muito bom, vai dar frutos no futuro. Ensi-nar qualquer desporto às crianças é sempre importante”, constatou Vasco Uva.
Federação e Nuno Marques oficializam parceria
Nuno Marques, Corrêa de Sampaio e Patrícia Lopes (Da esq. para a dta.)
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Departamento de Formação da FPT
Pouco mais de um ano após a imple-mentação do ‘Play and Stay’ - pro-grama que a ITF criou para aplicar em 35 países -, Portugal é reconheci-do internacionalmente como uma referência na implementação e divulgação desta metodologia de treino, que visa um ensinamento progressivo do ténis. Investimento e trabalho estão na base deste reco-nhecimento. “A Direcção da FPT fez um investimento grande, dando cada vez mais condições à Formação para que esta pos-sa trabalhar. O nosso Departa-mento tem correspondido ao máximo a nível de trabalho”, refere Vitor Cabral, director do Departamento de Formação da FPT. E quanto aos objectivos para este primeiro ano de ‘Play and Stay’, Vitor Cabral acredita que os mesmos foram alcançados, afirmando: “Neste primeiro ano, empenha-mo-nos em divulgar ao máximo o programa, tendo como alvo os treinadores. Actualmente, não há um técnico no país que não tenha ouvido falar deste conceito”.
Cursos de treinadores
Com prelectores de gabarito interna-cional nos cursos de treinadores, como o espanhol Miguel Crespo, responsável pelo Departamento de Formação da ITF, ou o polaco Piotr Unierzyski, reconhecido especialista na área técnica, o Departamento dirigido por Vitor Cabral tem incidi-do fortemente na qualificação dos técnicos portugueses. Nesses mesmo cursos, é passada aos formandos uma componente teórico-prática do ‘Play and Stay’. César Coutinho, João Maio, Bernardo Mota, Fernan-do Tocha ou Luis Flores Marques já foram também prelectores dos cur-sos promovidos pela Formação da FPT.
Associações e Clubes
Para continuar a implementação do ‘Play and Stay’ em Portugal, o Departamento de Formação tem de fazê-lo chegar, cada vez mais, aos clubes. É neste sentido que a recente parceria formada com Nuno Mar-ques pretende avançar. “A articu-lação com as Associações tem sido muito boa. No âmbito da
formação, tem havido uma coo-peração sem precedentes. Os treinadores pedem-nos para irmos aos clubes falar com os dirigentes sobre o ‘Play and Stay’”, diz Vitor Cabral, reconhe-cendo, no entanto, que nem todos os clubes terão a disponibilidade finan-ceira para adquirir o material neces-sário que o ‘Play and Stay’ exige. “Criar um acordo com uma marca que forneça o material, poderá ser uma das opções”, afirma. Formação de Árbitros e Dirigentes
Na mira de Vitor Cabral, para o futu-ro próximo, está também o trabalho de formação com árbitros e dirigen-tes. “O mundo da arbitragem é bastante complexo. Há necessi-dade de fazer estágios e avalia-ções nos torneios. Temos de estreitar a comunicação com o Conselho de Arbitragem e a Associação de Árbitros. Quanto aos dirigentes, vamos avançar este ano com formação na área de gestão desportiva e gestão de recursos humanos”, antecipa o director.
“Portugal Case Study of Tennis Play and Stay”, assim se refere a ITF ao primeiro ano de trabalho do Departamento de Formação da Federação Portuguesa de Ténis (FPT) com o ‘Play and Stay’. Cursos de treinadores, acções de formação com árbi-tros e dirigentes marcam também a agenda da estrutura dirigida por Vitor Cabral
Sob a bandeira do ‘Play and Stay’
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Director Técnico Adjunto
Secretário Técnico
Assessora Técnica
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PNDT - Circuito Nacional e Jornadas de Controlo em Imagem
Jornada de Controlo no Porto Jornada de Controlo em Vilamoura
Etapa em Braga Etapa na Qta. da Marinha
Etapa no CS Nun`Alvares, Porto Etapa em Castelo Branco
Etapa em São Miguel Etapa em Portimão
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Circuito FPT / CIMA 2008
Koehler e Machado lideram rankings Cantanhede Open (5.000 €), 22 a 25 - Maio Final Singulares Masculinos Nuno Matias - José R. Nunes, 6/4 e 6/4 Final Singulares Femininos Maria Koehler - Ana Nogueira, 7/6 (9), 6/7 (3) e 6/3
Open Cidade Águeda (6.000 €), 30 a 01 - Junho Final Singulares Masculinos Hugo Anão - Miguel Almeida, 6/4 e 7/5 Final Singulares Femininos Maria Koehler - Ana Nogueira, 6/4, 4/6 e 6/4
Open de Oeiras (6.000 €), 02 a 07 - Junho Final Singulares Masculinos João Ferreira - Gonçalo Falcão, 4/6, 6/4 e 6/2 Final Singulares Femininos Magali de Lattre - Charlotte Pires, 6/4 e 6/3
Torneio Têxteis do Minho (2.000 €), 07 a 10 - Junho Final Singulares Masculinos José R. Nunes - Ruan Lopes, 6/1 e 6/4 Final Singulares Femininos Ana Claro - Van den Biggelaar (Hol), 6/0 e 6/3
Open Cidade de Portimão (2.000 €), 13 a 15 - Junho Final Singulares Masculinos José R. Nunes - Nuno Almeida, 7/5 e 6/4 Não contempla prova feminina
Open Cidade de Barreiro (2.000 €), 27 a 29 - Junho Final Singulares Masculinos José R. Nunes - Vasco Pascoal, 3/6, 6/3 e 6/1 Final Singulares Femininos Maria Guerreiro - Diana Batista, 6/2, 0/6 e 6/4
Open Entent Limited (2.000€), 04 a 06 - Julho Final Singulares Masculinos Nuno Matias - José R. Nunes, 6/4 e 6/4 Não contempla prova feminina
Taça Geza Torok (2.000 €), 08 a 12 - Julho Final Singulares Masculinos Vasco Pascoal - José R. Nunes, 7/5, 2/6 e 7/5 Final Singulares Femininos Kátia Rodrigues - Inês Santos, 6/1 e 6/3
Open de Pombal (3.000 €), 17 a 20 - Julho Final Singulares Masculinos Hugo Anão - João Ferreira, 7/6 (5) e 6/2 Final Singulares Femininos Diana Batista - Maria Guerreiro, 6/3 e 6/3
Região Turismo do Oeste (2.000 €), 21 a 23 - Julho Final Singulares Masculinos Hugo Anão - Vasco Pascoal, 6/1 e 6/2 Final Singulares Femininos Kátia Rodrigues - Inês Santos, 6/2 e 6/0
Top 5 Masculino
1.º Rui Machado, 2878 pts 2.º Hugo Anão, 1264 3.º Frederico Gil, 1263 4.º José R. Nnues, 1216 5.º Gonçalo Falcão, 911
Top 5 Feminino
1.ª Maria J. Koehler, 1406 pts 2.ª Ana Nogueira, 1345 3.ª Neuza Silva, 1247 4.ª Joana Pangaio, 685 5.ª Magali de Lattre, 640
Legenda: a negrito (bold) os vencedores
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Campeonatos Nacionais
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Luís Serra, Presidente do Conselho de Arbitragem da FPT, faleceu no passado dia 21 de Julho
Nota de Pesar
Campeonato de Equipas de Sub 18 Clube Ténis Portimão e Rocha, 03 a 06 de Julho Organização: FPT / CT Portimão e Rocha Campeões Prova Masculina: CET Oeiras Prova Feminina: Tavira RC
Campeonato Individual de Sub 14 Clube de Ténis do Porto, 13 a 19 de Julho Organização: FPT / Smashevents Campeões Singulares Masculinos: Vasco Mensurado Singulares Femininos: Patrícia Martins Pares Masculinos: Vasco Mensurado e Frederico Silva Pares Femininos: Patrícia Martins e Sofia Araújo Pares Mistos: Rita Correia e Ricardo Jorge
Campeonato de Equipas de 14 Clube de Ténis de VRS António, 08 a 11 de Julho Organização: FPT / CT VRS António Campeões Prova Masculina: CIF Prova Feminina: CIF
Campeonato Individual de Sub 12 Vilamoura Ténis Center, 05 a 12 de Julho Organização: FPT / Premier Sports Campeões Singulares Masculinos: José Maria Moya Singulares Femininos: Daniella Silva Pares Masculinos: Sean Hadden e Ivo Rodrigues Pares Femininos: Teresa Lobo e Mariana Geraldes Pares Mistos: Ana Filipa Santos e Nuno Mesquita
Campeonato de Equipas de Sub 16 Carcavelos Ténis, 03 a 06 de Julho Organização: FPT / Carcavelos Ténis Campeões Prova Masculina: Clube Ténis Jamor Prova Feminina: Clube Ténis do Porto
Campeonato de Equipas de Sub 12 Vilamouraténis Center, 01 a 04 de Julho Organização: FPT / Premier Sports Campeão Prova Mista: Ginásio Clube Português
Vítima de doença prolongada , o Engenheiro Luís Santos Serra, presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Ténis (FPT), faleceu, no passado dia 21 de Julho. Tinha 55 anos. “Uma pessoa afável, bem disposta, companhei-ro excepcional, desportista cheio de fair-play”, em poucas palavras é assim que Pedro Costa Macedo, vice-presidente do Conselho de Arbi-tragem da FPT, caracteriza o “amigo” Luís Ser-ra. Como árbitro, dirigente e jogador, Luís Serra
deixou a sua marca no ténis nacional. Foi árbi-tro na década de 80, mesmo antes de adquirir o curso de arbitragem. Ocupou o cargo de vice-presidente da Direcção da FPT, foi presidente do Clube de Ténis do Estoril, entre 1992 e 1994, onde era também jogador. Pedro Costa Macedo recorda o título que conquistaram na variante de pares, em 2007, no Campeonato Regional de Veteranos. Ainda em 2007, Luís Serra sagrou-se campeão nacional de veteranos por equipas, representando o CT Estoril - o seu clube de sempre.
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‘Notícias do Ténis’: Depois da paragem forçada, apareceste em grande plano, com vitórias a nível nacional e internacional. A que é que se deve o bom momento? Maria J. Koehler: Após recuperar da cirurgia, comecei a treinar com uma força de vontade cada vez maior, con-tando com o forte apoio do meu treinador [Nuno Mar-ques]. Estive um mês parada e queria recuperar ao máxi-mo. NT: Com os recentes triunfos em encontros de torneios internacionais realizados em Portugal, passaste a estar cotada no ranking WTA. A que top achas que poderás chegar, até ao final da época? MJK: Estou a subir no ranking, mas não gosto muito de pensar nisso. Se pensarmos muito nos pontos, não con-seguiremos jogar ao melhor nível. Isso pressiona sempre os jogadores. Essencialmente tenho de ganhar cada jogo e não pensar muito em pontos, pois só estaria a criar stress e não conseguiria estar tranquila.
Nacional Absoluto e Masters FPT / CIMA
NT: Lideras o ranking do circuito FPT / CIMA. Pretendes segurar a liderança até ao Masters? MJK: Não tenho o objectivo de acabar o ano no primeiro lugar do circuito. Quero ir ao Masters, mas não é a minha maior preocupação. NT: Qual é então a tua maior preocupação? MJK: [Risos] Jogar bem, fazer bons resultados, incluin-do a nível internacional, e subir no ranking WTA, ainda que sem obsessão. NT: Consideras-te favorita a vencer o Campeona-to Nacional Absoluto ou o facto de se jogar em terra batida [Clube Ténis do Estoril] pode não ser muito benéfico para ti? MJK: Não sei se sou favorita...Quanto ao piso, treino o ano todo em terra batida e, há uns anos, era o meu piso preferido. Mas, reconheço que o meu jogo se enquadra melhor em piso rápido.
Bárbara e Patrícia...outras promessas
NT: Qual a tua opinião relativamente ao poten-cial tuas colegas de selecção - a Bárbara Luz e a Patrícia Martins? MJK: A Bárbara mudou um pouco o seu estilo de jogo. Tem vindo a jogar de forma mais agressiva, e é uma joga-dora com talento. A Patrícia é uma jogadora cheia de raça, imenso valor, atitude incrível, grande vontade. É um exemplo a seguir pelos miúdos mais novos.
Entrevista com Maria João Koehler
“Não gosto muito de pensar no ranking” Tem apenas 15 anos, mas a precocidade não a impede de fazer frente às mais ‘crescidas’. Maria João Koehler é já uma das grandes jogadoras portuguesas da actua-lidade, capaz de vencer figuras como Neuza Silva ou Ana Catarina Nogueira. A jovem portuense lidera o ranking do circuito FPT/CIMA e integra o top 900 da tabela WTA.
Maria João Koehler com um futuro promissor
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Mesmo não conseguindo a qualificação para as respecti-vas fases finais das European Summer Cups (Campeonatos da Europa por Equipas), as selecções nacionais de Sub 14 estiveram em bom plano. A selecção feminina, com Patrícia Martins, Joana V. Costa e Sofia Araújo, capita-neadas por Magda Leal, obte-ve o 5.º lugar na sua zona qualificativa, em Salerno (Itália), após vitórias sobre Áustria e Montenegro. A selecção masculina, capita-neada por Pedro Felner e com Vasco Mensurado, Fre-derico Silva e Diogo Rocha foi 4.ª classificada, depois de vencer Israel, em Valência.
Selecções de Sub 14 com vitórias na qualificação
A selecção masculina de Sub 12 esteve perto de se apurar para a fase final do Campeo-nato de Europa de Equipas de Sub 12, ao obter o terceiro lugar na respectiva zona de qualificação, que terminou a 27 de Julho, em Salo (Itália). Bernardo Lemos, Ivo Rodri-gues e Zé Maria Dória forma-ram a equipa capitaneada por José Mário Silva. Também em Salo, a selecção feminina, capitaneada por António Moreira, e com Matilde Fernandes, Daniella Silva e Maria Silva, ficou no oitavo posto da sua zona.
Selecção Masculina perto do apuramento
Europeu Sub 12 - Qualificação
European Summer Cups Campeonatos da Europa Individuais
Europeu de Sub 16 - Moscovo, Rússia
Miguel Almeida entre os oito melhores Singulares Masculinos Miguel Almeida: Quartos-de-final Francisco Dias: Segunda ronda; Meias-finais na consolação Singulares Femininos Bárbara Luz: Segunda ronda Maria João Koehler: Primeira ronda; Meias-finais na consolação ‘Capitães’: André Lopes e Gonçalo Portas
Europeu de Sub 14 - Pilzen, Rep. Checa
Patrícia Martins chega aos ‘oitavos’ Singulares Masculinos Frederico Silva: Segunda ronda; Segunda ronda na consolação Vasco Mensurado: Primeira ronda; Quartos-de-final na consolação Singulares Femininos Patrícia Martins: Oitavos-de-final Sofia Araújo: Segunda ronda; Oitavos-de-final na consolação ‘Capitães’: Pedro Felner e Pedro Bivar
Europeu de Sub 18 - Bad Hofgastein, Áustria
Prestação discreta Singulares Masculinos Manuel Marcelo: Segunda ronda Martim Trueva: Primeira ronda Singulares Femininos Demi Rodrigues: Primeira ronda Cátia Rodrigues: Primeira ronda ‘Capitães’: Jorge Gonçalves e Miguel Sousa
Miguel Almeida
Patrícia Martins
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European Summer Cups - Qualificação A fechar
Ténis nos VI Jogos CPLP
O ténis português está represen-tado nos VI Jogos Desportivos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), no Rio de Janeiro (Brasil), por duas selecções nacionais de sub 16 - uma feminina e uma masculina. O certame começou dia 26 de Julho e encerra a 2 de Agosto. A selecção feminina é composta por Ana Claro, Bárbara Ribeiro e Inês Xavier, tendo Ângela Car-doso como ‘capitã’, enquanto a equipa masculina é formada por Francisco Ramos, Francisco Jor-dão e João Magalhães, capita-neados por Paulo Santiago. O secretário-geral da FPT, José Santos Costa, e o Juiz-Árbitro, Jorge Cardoso, completam a delegação da FPT no Rio de Janeiro.
Michelle em grande
Michelle Brito alcançou os oita-vos-de-final da Rogers Cup - prova WTA Tier I, em Montreal (Canadá). A menina-prodígio só foi travada pela número quatro do ranking mundial, a russa Sve-tlana Kuznetsova (5/7, 6/2 e 4/6).
Selecção Feminina de Sub 16 em Livorno, Itália
Selecção Masculina de Sub 16 em Torrelavega, Espanha
Selecção Feminina de Sub 18 em Lleida, Espanha
Selecção Masculina de Sub 18 em La Rochelle, França
Helvetie Cup - Qualificação, de 30 de Julho a 01 de Agost0 Classificação final: 4.º lugar Jogadoras: Maria J. Koehler, Bárbara Luz, Rita Vilaça ‘Capitão’: Gonçalo Portas
Borotra Cup - Qualificação, de 30 de Julho a 01 de Agost0 Classificação final: 6.º lugar Jogadores: Miguel Almeida, Francisco Dias e Pedro Lopes ‘Capitão’: André Lopes
Reina / Soisbault Cup - Qualificação, de 30 de Julho a 01 de Agost0 Classificação final: 5.º lugar Jogadoras: Demi Rodrigues, Cátia Rodrigues, Marina Gallo ‘Capitão’: Miguel Sousa
Valerio / Galea Cup - Qualificação, de 30 de Julho a 01 de Agost0 Classificação final: 7.º lugar Jogadores: Martim Trueva, Manuel Marcelo e Pedro Palha ‘Capitão’: Jorge Gonçalves