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Federação Portuguesa de Ténis 1925-2015
Decisão no Minho
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EDIÇÃO ONLINE JULHO 2015
Notícias do ténis
Pela primeira vez, a maior
competição do mundo
de ténis entre nações visita
Viana do Castelo. Pela primeira vez em mais de
uma centena de eliminató-rias de Portu-gal na Taça
Davis, o melhor ténis
luso visita Viana do Castelo
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Federação Portuguesa de Ténis
Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha | Tel.: 214 151 356 | Fax: 214 141 520 | [email protected]
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa | Coordenação: José Santos Costa
P ortugal joga com a Finlân-
dia a presença na terceira eliminatória da Zona Euro-pa/África do Grupo II da
Taça Davis. O confronto com os nórdicos é a norte. Pela primeira vez, a maior competição do mun-do de ténis entre nações visita Viana do Castelo. Pela primeira vez em mais de uma centena de eliminatórias de Portugal na Taça Davis, o melhor ténis luso visita Viana do Castelo, com intérpre-tes finlandeses como convida-dos.
Quero ressalvar aqui a impor-tância de a Taça Davis visitar Viana do Castelo. Muitos minho-tos (e não só!) terão a oportuni-dade de ver o ténis português de mais alto nível, durante três dias. João Sousa – a comemorar um ano que atingiu o 35.º lugar no «ranking» mundial, a posição mais alta de um tenista luso des-de sempre -, Gastão Elias, Rui Machado e Frederico Silva for-mam a «armada» portuguesa, capitaneada por Nuno Marques, que espalhou classe nos «courts» de todo o mundo até não muitos anos atrás. Estou certo que todos eles, verdadeiros exemplos de virtuosismo e abne-gação, constituem um exemplo perfeito para os jovens, que, como é natural, trazem as cabe-
Receção a norte
aos «vikings» Editorial
VASCO COSTA
Presidente da Federação Portuguesa de Ténis
ças repletas de sonhos. A seleção portuguesa é também exemplo para todos aqueles de maior idade que procuram uma modalidade para a prática ocasional, assimi-lando o enorme entusiasmo que o ténis proporciona.
É, pois, importante que outras regiões do país tenham contacto com o melhor ténis português do presente. Que os jovens, em parti-cular, se identifiquem com os tenistas mais cotados, que exul-tem com as vitórias da seleção, que respirem ténis. Em poucas palavras, que sonhem, porque «é o sonho que comanda a vida», como escreveu o poeta António Gedeão.
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As seleções de Portugal e Finlândia encontram-se em Viana do Castelo, para decidir qual a nação que estará presente
na terceira e derradeira eliminatória da Zona Europa/África do Grupo II da Taça Davis, de 18 a 20 de setembro.
O coletivo que vencer no Clube de Ténis de Viana terá de jogar com
a Turquia ou a Bielorrússia, na decisão da seleção que será promovida ao Grupo I, em 2016.
Portugal — que se apresenta no Minho com João Sousa, Gastão Elias,
Rui Machado e Frederico Silva — venceu Marrocos na primeira eliminatória, por 4-1, enquanto os finlandeses — Jarkko Nieminen,
finalista vencido no Estoril Open 2002, é o cabeça de cartaz — supe-
raram o Mónaco, por 3-2.
A decisão
no Minho
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As seleções de Portugal e da Finlândia discutem em Viana do Castelo a presença na terceira e última ronda da zona euro-africana do Grupo II da Taça Davis
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4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
A história de Portugal na Taça Davis prossegue em Viana do Castelo. De 17 a
19 de julho, no Clube de Ténis de Viana, a seleção portuguesa rece-be a congénere da Finlândia, em confronto da segunda eliminatória da Zona Europa/África da Taça Davis. Desde 2004 que Portugal não conhece o sabor do desaire em receções da Taça Davis. São onze triunfos, dez com Pedro Cor-deiro como «capitão». O último resultado negativo do coletivo luso na competição em confrontos realizados em solo por-tuguês reporta-se ao embate com a Bósnia e Montenegro, no Com-plexo Municipal de Ténis da Maia. O atual selecionador português, Nuno Marques, desempenhava as funções de treinador, enquanto João Maio era o «capitão». Este ano, em março, a formação de Nuno Marques, coadjuvado por Emanuel Couto, aumentou para onze os embates vitoriosos de Portugal em casa. No CAR (Centro de Alto Rendimento) do Jamor, João Sousa, Rui Machado, Frederico Silva e João Domingues superiorizaram-se ao selecionado de Marrocos, por 4-1. A Finlândia também jogou perante o mais fiel público e, com 3-2, remeteu Mónaco para o «play
«play-off» de manutenção no Gru-po II, tendo como opositor Marro-cos. Na primeira visita da Taça Davis a Viana do Castelo, Portu-gal e Finlândia discutem a presen-ça na terceira eliminatória, com quatro equipas. Apenas duas
Na Taça Davis,
Portugal não cede em casa
desde 2004. O triunfo
frente a Marrocos,
em março último, elevou
para onze o registo de
êxitos
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serão promovidas ao Grupo I, em 2016. Se vencer a Finlândia, a equipa portuguesa tem uma certeza: jogará como visitante na Turquia ou em casa com a Bielorrússia. O objetivo de Portugal no regresso ao Grupo I só será concretizado
com uma vitória frente a Turquia ou na Bielorrússia (cabeça de série, tal como a seleção lusa). Para este compromisso no Minho, Nuno Marques já conta com o concurso de Gastão Elias, que, na ronda com Marrocos, pediu dispensa, para que pudesse
Viana do Castelo
recebe a Taça Davis pela primeira
vez e Portugal
joga com a Finlândia
pela segunda ocasião na
competição. A primeira
foi em 1968, em Helsínquia.
Venceram os finlande-
ses, por 4-1
Frederico Silva, Rui Machado, Gastão Elias e João Sousa ladeiam Nuno Marques
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6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
disputar o «qualifying» do Masters 1.000 Miami. Gastão Elias (171.º mundial, «ranking» a 13 de julho) junta-se a João Sousa (53.º), que terá de se adaptar à terra batida, depois da relva natural de Wimbledon (voltou a defrontar o suíço Stan Wawrinka na primeira ronda do quadro prin-cipal de singulares, sem sucesso) e de Nottingham, torneio 250 do ATP World Tour. Rui Machado (220.º) terá tam-bém de se adaptar à terra batida, uma vez que o último torneio que disputou foi Wimbledon. O bicam-
Gastão Elias
regressa à seleção
portuguesa, juntando-se a João Sousa,
Rui Machado e Frederico Silva. João Domingues,
que se estreou na Taça Davis
frente a Marrocos, não integra
convocatória
peão nacional absoluto jogou a fase de qualificação do «major» britânico, não tendo conseguido ir além da primeira ronda. Com um percurso recente na superfície ocre, Frederico Silva (269.º) voltou a merecer a confian-ça de Nuno Marques, depois de ter alcançado a segunda ronda do «Challenger» italiano de Todi. O tenista de Caldas da Rainha supe-rou o «qualifying» e foi travado na segunda eliminatória do quadro principal. Relativamente à convocatória para a receção a Marrocos, para
João Sousa
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entrar Gastão Elias teve de sair João Domingues, a competir na semana da Taça Davis nos Inter-nacionais de Ténis de Castelo Branco, prova da série «Future». A Finlândia, que tem como «capitão» Kim Tiilikainen desde 2010, apresenta-se na cidade minhota com Jarkko Nieminen como a «estrela» da companhia. Com 33 anos, Nieminen, finalis-ta vencido do Estoril Open em 2002, não joga em terra batida desde Roland Garros e os últimos três torneios em que participou foram de relva natural.
O 91.º no «ranking» ATP atuou em ‘s-Hertogenbosch, na Holanda, em Halle, na Alemanha, e em Wimbledon. No All England Club, depois de se ter desembaraçado do antigo número um Lleyton Hewitt, Nieminen enfrentou o sér-vio Novak Djokovic, o líder da classificação mundial, que viria a sagrar-se campeão. Tiilikainen convocou também Micke Kontinen (379.º mundial), Henrik Sillanpaa (505.º) e Henri Kontinen, especialista em pares, que ocupa presentemente a 33.ª posição na tabela da variante.
Se vencer a
Finlândia, Portugal
visita a Turquia ou a Bielorrússia,
na última ronda, prevista
de 18 a 20 de setembro
João Sousa
Gastão Elias
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8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
A eliminatória, com entrada livre, começa na sexta-feira 17 de julho, a partir das 11.30 horas. O primei-ro encontro em singulares — que opõe João Sousa a Henrik Sillan-paa — tem início marcado para as 12 horas. Logo após o termo deste emba-te, Rui Machado e Jarkko Niemi-nen jogam no «court» do Clube de Ténis de Viana, no qual foi instala-da uma bancada com capacidade superior a 500 espetadores. No sábado, a partir das 15 horas, Gastão Elias e João Sousa jogam o encontro de pares, tendo como opositores Kenrik Kontinen e Jarkko Nieminen. Para domingo — se a eliminató-ria estiver já decidida, os encon-tros poderão ser disputados à melhor de três partidas —, o sor-teio, realizado na quinta-feira, no salão nobre da Câmara Municipal de Viana do Castelo, determinou os confrontos entre João Sousa e Jarkko Nieminen e, a fechar a ron-
A ronda começa a ser disputada na sexta-feira e prolonga-se até domingo,
no Clube de Ténis
de Viana. O programa
consagra cin-co encontros, quatro em sin-gulares e um
em pares, todos à
melhor de cin-co partidas, embora se
possa alterar
no domingo
da, o que opõe Rui Machado a Henrik Sillanpaa. O juiz árbitro da ronda entre Portugal e Finlândia é o letão Konstantins Zasjadko. Miguel Leal e Caros Fortunato, que estive-ram na receção a Marrocos, serão novamente os árbitros de cadeira e Paulo Cardoso exerce-rá as funções de chefe dos árbi-tros.
47 anos depois. Portugal e
Finlândia defrontam-se pela segunda vez na Taça Davis. A primeira foi em inícios de maio de 1968, em Helsínquia, capital finlandesa, com os finlandeses a triunfarem no confronto com a seleção portuguesa, por 4-1, na primeira ronda da Zona Europa da Taça Davis. A seleção portuguesa que viajou para a Finlândia foi constituída por Alfredo Vaz Pinto, João Roquette e João Lagos.
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Rui Machado
Frederico Silva
1.ª ronda/round
6-8 março/March
(s) cabeça de série | seed (c) escolha de piso | choise of ground * escolha de piso feita por sorteio | choice of ground if decide by lot
Irlanda (c) 0
Marrocos 1
Mónaco (c) 2
2.ª ronda/round
17-19 julho/July
3.ª ronda/round
18-20 setembro/
/September
Play-offs
17-19 julho/July
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África do Sul (s) (c)
Irlanda
Marrocos
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Nações vencedoras
promovidas
ao Grupo I em 2016
Winning nations
promoted
to Group I in 2016
Nações derrotadas
despromovidas
ao Grupo III em 2016
Losing nations
relegated to Group III
in 2016
Portugal *
Luxemburgo (s)(c)
Bósnia/Herz. (s)
Bósnia Herz. *
Turquia (c) *
Bielorrússia (s)
Portugal *
Finlândia
Bulgária Letónia (s) (c)
Madagáscar
Zimbabué (c) *
Moldávia (s)
Mónaco (c)
Bósnia/Herz. (s) 4
África do Sul (s) 2
Turquia (c) * 3
Portugal (s) (c)
Bielorrússia (s) 5
Portugal (s) (c) 4
Finlândia (s) 3
Zimbabué (c) * 1
Hungria (c) 4
Moldávia (s) 1
Hungria (c) *
Madagáscar 2
Luxemburgo (s)(c) 3
Bulgária 4
Letónia (s) (c) 1
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 9
Quadro da Zona Europa/África do Grupo II
P aulo de Andrade assumiu a presidência da Federação Portuguesa de Ténis em
1997. «A situação mais complexa era a económica, verdadeiramente asfixiante», recorda, sublinhando que «os primeiros tempos» do mandato «foram muito difíceis». — O que fez abraçar o desafio de presidir à Federação Portu-guesa de Ténis? Paixão pelo ténis e vontade de contribuir para a afirmação da modalida-
de? — A paixão pelo ténis e o acre-ditar que, por estar bem inserido na realidade da modalidade, tinha condições para contribuir para a criação de uma estratégia de mudança, que colocasse o ténis português num outro patamar de desenvolvimento. Mas tudo começou com a leitura de um artigo que saiu no jornal A Bola, com o título “Paulo de Andrade para Presidente da Fede-ração Portuguesa de Ténis”, escri-to pelo Moura Diniz. Vinha no avião, de Atenas para Lisboa, e sou surpreendido pela notícia. Dis-putava-se o Campeonato Nacional Absoluto, no Clube de Ténis do Estoril, a que presidia, e, mal che-guei, a minha secretária geral informou-me que se estava a gerar um movimento para essa minha candidatura e que os jorna-listas queriam falar comigo. Na conferência de imprensa que se seguiu, manifestei a minha total surpresa e expliquei-lhes que nun-ca tinha pensado nessa possibili-dade. Falei então com o presiden-te em exercício [Manuel Marques
Em 1996, Paulo de Andrade era um nome apontado para a presidência da Federação Portuguesa de Ténis.
Na altura, presidia ao Clube de Ténis do Estoril e, em conferência de
imprensa, afirmou que nunca tinha
pensado na possibilidade. O movimento de apoio à eleição
cresceu nos meses seguintes e Paulo de Andrade correspondeu à
insistência. Em 1997, foi empossado presidente
da Federação Portuguesa de Ténis, num mandato que não chegou a
completar três anos. Em novembro de 1999, a direção liderada por Paulo de Andrade demitiu-se e, até à elei-ção de Pedro Coelho para a presi-
dência da Federação Portuguesa de
Ténis, em 2001, a estrutura federativa foi gerida por uma
comissão de gestão. Nesta série de entrevistas
a presidentes da Federação Portuguesa de Ténis, por ocasião do 90.º aniversário da fundação
da instituição, Paulo de Andrade recorda o trabalho que realizou, em
particular na recuperação financeira, os projetos que tinha e não conse-
guiu concretizar e os que conseguiu levar a bom porto. Orgulha-se
de ter recuperado economicamente e de construir um projeto de desenvolvimento do ténis.
«Considero que deixámos obra feita», sublinha Paulo de Andrade.
Testemunhos de presidentes
10 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
«A situação mais complexa era a económica»
da Silva], explicando-lhe o sucedi-do e clarificando que não tinha intenções de me candidatar. As manifestações, insistindo para me candidatasse, mantive-ram-se nos meses seguintes. E, a partir de determinada altura, assu-mi que tinha de responder positi-vamente ao apelo que me vinha do seio do ténis e apresentar uma candidatura para disputar a lide-rança da Federação Portuguesa de Ténis com o meu antecessor. — Que desígnios tinha para o
seu mandato? — Construir um projecto global visando o reforço da Federação Portuguesa de Ténis e o desen-
volvimento do ténis português a todos os níveis. Depois de ter feito um levanta-mento aprofundado da situação, tanto a nível nacional como inter-nacional, apresentei um trabalho com as linhas de ação que enten-dia que deviam ser assumidas, para, de uma forma global, conse-guirmos desenvolver a modalida-de. — Como encontrou a Federação
Portuguesa de Ténis? — A situação mais complexa era a económica, verdadeiramente asfixiante. Recebíamos diariamen-te inúmeros telefonemas de forne-cedores com dividas em atraso, as
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«Depois de levantamento aprofundado da situação, tanto a nível
nacional como internacional, apresentei um trabalho com as linhas de
ação que entendia que deviam ser
assumidas»
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«A situação mais complexa era a económica»
associações regionais de ténis tinham vários meses de atraso nas comparticipações mensais, tenistas com verbas por receber.
— Foi uma gestão difícil? — Os primeiros tempos foram muito difíceis. Tivemos de encon-trar respostas no curto prazo para as enormes dificuldades de tesou-raria, nomeadamente avançar com dinheiro nosso para pagar salários. A direcção era totalmente consti-tuída por pessoas ligadas desde sempre ao ténis, um grupo muito unido que se dedicou à Federação Portuguesa de Ténis com um enorme empenho. A minha activi-dade profissional permitia-me pas-sar grande parte da semana, dias inteiros, a trabalhar de manhã à noite na Federação Portuguesa de Ténis e só assim foi possível não só recuperar rapidamente a situa-ção económica como construir um projecto de desenvolvimento do ténis de que me orgulho bastante. Procurámos estar muito próximo dos clubes e dos agentes da modalidade, poucos foram os con-vites a que não respondemos positivamente. Só eu percorri cer-ca de 100.000 kms, em menos de três anos. — Havia também outro tipo de problemas? Por exemplo, na organização dos campeonatos nacionais e nas retribuições
«Procurámos estar muito
próximo dos clubes e dos agentes da
modalidade, poucos foram os convites a
que não respondemos positivamente. Só eu percorri cerca de cem mil quilóme-
tros, em menos de três
anos»
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dos tenistas das seleções
nacionais? — O reforço da Federação pas-sava desde logo, e nomeadamen-te, por darmos aos Campeonatos Nacionais a importância que tinham. Os prémios do Nacional Absoluto tinham de ser condizen-tes com a importância da prova e foram substancialmente aumenta-dos, permitindo assim que os melhores jogadores se sentissem motivados para lutarem pelo título.
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«A Federação
Portuguesa de Ténis
assumiu, ela própria, a captação
de patrocina-
dores»
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Para que tal acontecesse, a Federação Portuguesa de Ténis assumiu, ela própria, a captação de patrocinadores, não renovando o acordo que existia com a Soté-nis. Idêntico raciocínio em relação às representações nacionais em competições internacionais, como a Taça Davis e a Fed Cup. Diri-gentes, tenistas e corpo técnico mantinham uma união fantástica, perpassava por todos um espírito
de conquista em prol da defesa da nossa bandeira, que, em algumas alturas, foi verdadeiramente heroi-co. Há encontros que nos vão ficar para sempre na memória. E o espírito de confiança que reinava entre todos passava também natu-ralmente por saberem que os pré-mios acordados com tenistas e corpo técnico eram pagos dentro dos prazos estabelecidos. — Obviamente, isso só seria possível com capacidade finan-
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ceira equilibrada. Foi árdua a
tarefa de a criar? — Nos primeiros tempos, tínha-mos de resolver essa situação. Nenhum projecto de desenvolvi-mento poderia ter sucesso sem que existisse uma estrutura eco-nómica sólida. Conseguimos o apoio de vários patrocinadores. Não posso deixar de mencionar, em particular, a forte ligação que mantivemos com a Câmara Muni-cipal da Maia. Nunca me esqueço de, numa altura em que já tínha-mos praticamente acordado uma parceria para a abertura do Centro Nacional de Treino na Maia, ter recebido um telefonema, avisando-me que João Lagos estava na Câmara, com a intenção de ficar a explorar as instalações da Maia. Telefonema para casa, agarrei no carro e aí fui eu, de imediato, direi-to à Maia. Apresentei ao presiden-te da Câmara da Maia, Bragança Fernandes, o nosso projecto e, no mesmo dia, voltei para Lisboa, com o acordo garantido. Mas a parceria com a Maia não se limitou ao Centro, era mais ampla e incluía a Taça Davis e o Campeonato Nacional Absoluto. — Esse acordo baseava-se na
formação? — Pensar em desenvolvimento sem uma aposta forte na forma-ção seria absurdo. Chamámos a atenção para a importância vital que a formação tinha no desenvol-vimento da modalidade. Apresen-támos ao Governo projectos con-cretos nesse sentido, realizaram-se muitas acções visando todos os agentes da modalidade.
«Chamámos a atenção para a importância
vital que a formação
tinha no desenvolvi-mento da
modalidade. Apresentámos
ao Governo projetos con-cretos nesse sentido, reali-zaram-se mui-
tas ações visando todos os agentes da
modalidade»
A partir de determinada altura conseguimos contar com a cola-boração do professor Vítor Cabral. — Uma das críticas que lhe dirigiram foi não ter um treina-dor estrangeiro. Como viu esta
questão? — Não diria que era uma crítica, havia quem considerasse impor-tante que tal acontecesse, mesmo dentro da minha direcção. Recordo que nem três anos esti-vemos na Federação Portuguesa de Ténis. Era uma questão que estava a ser estudada com ponde-ração, que traria custos avultados. — O que não conseguiu fazer no seu mandato e lamenta não
ter podido fazer? — Sem qualquer dúvida, levar à prática na totalidade o projecto de desenvolvimento que elaborei. Sublinho apenas alguns aspectos desse projecto que não foram con-cretizados. Reorganização do movimento associativo: os clubes tinham de assumir um papel preponderante. O número de associações regio-nais e ténis existentes em Portu-gal era completamente absurdo. Hoje, a situação ainda é mais ridí-cula. Gastam-se fortunas com despesas administrativas que seriam muito melhor despendidas para apoiar os nossos jovens tenistas nas competições interna-cionais. Lembro-me que, na altura, pre-conizava a existência de apenas cinco associações no Continente. Pretendia, também, promover acções de formação para dirigen-tes, algo que considerava da
maior importância, mas que não conseguimos concretizar. Apoio à elite: os apoios financei-ros que conseguimos angariar não eram suficientes para que se apoiasse a elite como pretendía-mos. Conseguimos abrir um Centro Nacional de Treino no Norte, mas necessitávamos de angariar mais patrocínios, com o objectivo espe-cífico de investir nas deslocações ao estrangeiro dos jovens tenistas. Os pais desempenhavam um papel fundamental na compartici-pação das enormes despesas que a alta competição acarreta. Tínhamos também a ambição de realizar competições internacio-nais em Portugal. Considero que a Federação Portuguesa de Ténis
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tem todas as condições para assumir um papel de relevo neste domínio. Instalações próprias que permi-tissem apoiar o projecto global: o desafio que lançamos, na altura, ao Governo, para nos deixar explorar as instalações do Estádio Nacional, não teve, até à nossa saída, luz verde governamental. Promoção da modalidade: a Campanha Nacional de Mini-Ténis, que desenvolvemos por todo o país, teve sucesso. Mas tínhamos consciência que havia uma enorme carência de campos de ténis. Estávamos a efectuar contactos com as autarquias para os sensibilizar para esses investi-mentos. Do estudo que fiz, concluí que existiam muito poucos cam-
«Consegui-
mos abrir
um Centro
Nacional de Treino no Norte, mas
necessitáva-
mos de angariar
mais patrocí-nios, com o
objetivo específico de investir
nas desloca-ções ao
estrangeiro dos jovens
tenistas»
anos
90 Paulo de Andrade com Vítor Cabral, na Gala 90 Anos da Federação Portuguesa de Ténis
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custos para a Federação. De qual-quer forma sai sem ter o assunto completamente resolvido, o que não me agradava, pois uma futura direcção poderia vir a ser conven-cida a aceitar uma dívida que, na minha óptica, por motivos óbvios, nunca poderia ser aceite.
pos de ténis face ao número de habitantes: na Europa, só a Grécia tinha menos campos de ténis por habitante. Finalmente, nunca me esqueço de não ter deixado resolvida a divergência que mantivemos com a Direcção-Geral dos Desportos, responsável pelo Estádio Nacio-nal, em relação a despesas com os Campeonatos Nacionais dos jovens tenistas. Nunca até à nossa chegada tinha sido exigido qualquer paga-mento. Realizámos as competi-ções sem que nunca nos tivessem dito que a situação mudava, pas-sando a haver necessidade de pagar fosse o que fosse. E, numa atitude inqualificável, resolveram apresentar-nos uma factura refe-rente a campeonatos que já se tinham realizado! Claro que me recusei a efectuar o pagamento, deixando bem claro que, tivésse-mos de pagar essas despesas no futuro, teríamos de equacionar a escolha de outros centros de ténis para a realização das provas. O Estado e quem o representa tem de manter um comportamento exemplar e a atitude que connos-co tiveram era completamente ina-ceitável. Denunciei a situação ao secretário de Estado e foi com naturalidade que assumiu a necessidade de encontrar uma forma de resolver a situação sem
«Nunca me esqueço
de não ter deixado
resolvida a divergência
que mantive-
mos com a Direcção-
Geral dos Desportos,
responsável pelo Estádio
Nacional, em relação a despesas
com os Cam-peonatos
Nacionais dos jovens
tenistas»
Paulo de Andrade com Pedro Frazão
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— Viria a demitir-se em Novembro de 1999, não cum-prindo o mandato de quatro anos. Como classifica a atuação
da sua direção? — A ligação que todos os mem-bros da Direcção tinham com o ténis levou a que existisse um
enorme empenho num trabalho que se pretendia que deixasse alicerces fortes para o desenvolvi-mento do ténis em Portugal. Con-sidero que deixamos obra feita mas entendo que não nos cabe a nós analisar o trabalho desenvolvi-do.
anos
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«Do estudo
que fiz, Concluí
que existiam muito poucos
campos de ténis face ao número de
habitantes: na Europa, só a Grécia tinha menos cam-pos de ténis
por habitante»
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guês do Desporto e Juventude e pela Federação Portuguesa de Ténis, por ter, pela primeira vez, uma dimensão nacional e envol-ver um maior número de alunos da Academis doa Champs. Com a disponibilização de alguns ‘courts’ no Jamor, considerámos que esta poderia ser uma exce-lente ocasião para aproveitar-mos também as instalações, com vista ao reforçar do desporto enquanto ferramenta para o ter-ceiro sector. São cada vez mais os projectos que surgem nes-te âmbito e isso comprovou-se pela adesão à conferência e pelo número de instituições que conseguimos envolver», afir-mou António Champalimaud, mentor da Academia dos Champs. Lançado o repto, foram mais de 30 o número de instituições presentes, que se propuseram debater as «Práticas na utilização
Mais de 30 instituições juntaram-se para falar de integração
social através do desporto, numa ação promovida
pela Academia dos Champs, Associação Salvador e
Pressley Ridge
O desporto é uma ferramen-ta primordial para a inte-gração social. Mais de 30
instituições reuniram-se no Jamor, a 10 de julho, para falar nas transformações de percur-sos de vida através da prática desportiva. A iniciativa, com o apoio da Federação Portuguesa de Ténis, foi promovida pela Academia dos Champs, a Asso-ciação Salvador e Pressley Rid-ge. No auditório da Tribuna de Honra, a conferência, intitulada «O Desporto como Ferramenta de Integração Social, juntou várias entidades relacionadas com o desporto e o terceiro sec-tor, com mesas redondas e momentos inspiradores, protago-nizados por diferentes atletas e personalidades desta área. «O habitual Torneio de Ténis da Academia dos Champs foi este ano apoiado pelo Instituto
18 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
A ferramenta
primordial
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do desporto como ferramenta de integração social», os «Valores e benefícios do desporto para quem pratica» e a importância do des-porto - «Inverter a pirâmide! Como tornar o desporto uma prioridade para o caminho na auto-realização?». Nos momentos inspiradores,
que intercalaram os diferentes debates, foram apresentados tes-temunhos pessoais e experiências enriquecedoras que demonstra-ram como o desporto tem o poder de transformar percursos de vida. Reforçou-se ainda a importân-cia da prática desportiva no dia-dia de todas as crianças e jovens,
A iniciativa
teve o apoio da
Federação
Portuguesa de Ténis
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 19
A ferramenta
primordial
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O desporto
juntou autarquias,
universidades, instituições,
atletas, alunos
e diferentes perspetivas
numa só sala
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mas especialmente para o acom-panhamento de situações de vul-nerabilidade social. Desde a superação do John-son, da Academia do Johnson, ao trabalho feito pela Vela Solidá-ria no Algarve, até aos desafios vencidos por Noel Delgado, não se olhou a modalidades nem a títulos conseguidos. O desporto juntou autarquias, universidades, instituições, atletas, alunos e dife-rentes perspectivas numa só sala, fazendo-se ouvir. A iniciativa da Academia dos Champs teve a presença de João Paulo Santos, vice-presidente da Federação Portuguesa de Ténis, e a participação de entidades como Academia do Futuro, Aldeias de Crianças SOS, Asso-ciação Jorge Pina, Entrecul ESG — Programa Escolhas, Associa-ção de Solidariedade Social (Assomada), CDI Portugal, câma-ras municipais de Maia, Cascais e Oeiras, Fundação Aga Khan –K’Cidade, Surfart, Turma do Bem, Escolinha de Rugby da Galiza, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto — Faculdade de Psicologia, Rugby na Alta de Lisboa, Cascais Fight Center — Duba e Escola de Boxe da Outurela, além de individuali-dades, como o atleta olímpico Diogo Granchinho, Noel Delga-
do (judo), Luís Brito (vela solidá-ria) e Johnson (Academia do Johnson). A Academia dos Champs é uma IPSS (Instituição Particular de Segurança Social) que foi criada em 2009, com o intuito de demonstrar que são muitos os
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os benefícios de encarar o des-porto como filosofia de vida. Em 2013, a Academia dos Champs foi distinguida com o prémio ATP Aces for Charity e, neste ano, com o Prémio Institui-ção, por ocasião das comemora-ções do aniversário dos 90 anos
fundação da Federação Portugue-sa de Ténis. A Academia dos Champs tem seis núcleos em todo o país e já conta com 150 crianças, a quem se pretende fazer chegar novas oportunidades e perspetivas de vida.
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 21
Há dois anos, a Academia dos Champs
foi distinguida com o galar-
dão ATP Aces for Charity,
prémio recebi-do durante o
Estoril Open
AC
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OS
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SA
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O Mundial de Padel já tem local e data: em Málaga (Espanha), no Palácio de
Deporte José Maria Martín Car-pena, de 9 a 15 de novembro. Os melhores pares do mundo, entre os quais duplas represen-tantes do padel português, vão evoluir na competição mundial, que se realiza de dois em anos. Na última edição, em 2014, em Palma de Maiorca, Portugal con-quistou o terceiro lugar em femi-ninos, a melhor posição de sem-pre da seleção nacional no Cam-peonato do Mundo. No apuramento do terceiro lugar, a equipa lusa — formada por Ana Catarina Nogueira, Tânia Couto, Kátia Rodrigues, Filipa Mendonça, Helena Medei-ros, Bárbara Côrte-Real, Filipa Caldeira e Ana Sofia Gonçalves, venceu Itália, por 3-0. Em masculinos, o coletivo por-tuguês, constituído por João Roque, Ricardo Cortes, Ricardo Soares, Eduardo Carona, Marco Perestrelo e Pedro Mendes, ter-minou o Mundial de Palma de Maiorca em 13.º na classificação geral. Em 2012, no Campeonato do Mundo de Cancun, no México, Portugal alcançou a quarta posi-ção na classificação geral em femininos, depois de a seleção portuguesa ter cedido, por 2-1, frente à França, no apuramento do terceiro lugar. Tal como no ano passado, a seleção portuguesa, em masculi-nos e femininos, que vai partic-par no Mundial de Málaga será selecionada após estágio de observação previsto para setem-bro, em data e local a divulgar oportunamente pela Federação Portuguesa de Ténis
Igualmente em setembro, em local e data a divulgar, vai decor-rer o Campeonato Nacional de Padel, nos dois últimos anos inserido na Semana do Ténis & do Padel, uma organização da Federação Portuguesa de Ténis, que junta o ténis — com o Cam-peonato Nacional Absoluto como prova rainha — ao padel e ao ténis em cadeira de rodas. No ano passado, a Semana do Ténis & Padel, que integra ainda ações de índole social e outras iniciativas várias, desenvolveu-se no CIF, a segunda edição. Em 2013, decorreu no Clube de Ténis do Estoril a primeira edição da Semana do Ténis & Padel, uma iniciativa ímpar no nosso país.
22 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Málaga recebe o Mundial
D.R
.
No ano passado, em Palma
de Maiorca, também em
Espanha, a seleção foi terceira
em femininos, a melhor
posição de sempre de Portugal no
Mundial
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 23
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Entretanto, a prova do Padel Campo Grande, do Circuito Padel Portugal, vai realizar-se no início de setembro.
A competição no Campo Gran-de, em Lisboa, estava prevista para o primeiro fim de semana deste mês.
Málaga recebe o Mundial
A equipa lusa, terceira no Mundial de Palma de Maiorca
Pela primeira vez, Maria
Palhoto, que se encontra
numa academia na
província
espanholas de Tarragona,
foi campeã no circuito
profissional da ITF.
Em abril deste ano, a tenista
portuguesa e a
equatoriana Roemer
assinaram o primeiro título
de pares no Azores Open
Womens. Logo na semana
seguinte, as duas voltaram
a festejar a
vitória
24 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
«Detesto perder quando dou o máximo»
Até ao momento, a minha maior alegria no ténis foi… quando ganhei a uma jogadora 300 WTA.
E a maior tristeza no ténis foi… quando tive de desistir por lesão.
Se eu mandasse no ténis… algumas regras.
A tualmente no Club Sports Tennis Cunit, academia espanhola, Maria Palhoto
conquistou os primeiros títulos no circuito profissional feminino em abril. Dois triunfos averbados em solo português, ambos em pares. No Clube de Ténis de São Miguel, em Ponta Delgada, em abril último, a tenista portuguesa fez dupla com a tenista equato-riana Charlotte Roemer e venceu no torneio da primeira semana do Azores Open. Na semana seguinte, Palhoto e Roemer ergueram novamente os troféus destinados às vencedoras da prova na variante de pares. Na academia espanhola, na pro-víncia de Tarragona, na região autónoma da Catalunha, com Fábio Maggi como responsável, Maria Palhoto tem como treina-dores Josuel, Luís Manuel e Rafael.
O ténis é... a minha vida.
Jogo ténis porque… gosto.
O que mais gosto no ténis… é ganhar.
O que mais detesto no ténis é… perder quando dou o meu máximo.
Treinar é… importante..
O sucesso significa… atingir os meus objetivos.
No ténis, quero atingir… o meu melhor.
Depois de vencer um encon-
tro… sinto-me feliz.
AZ
OR
ES
OP
EN
WO
ME
NS
No presente, o meu ídolo no
ténis é... o suíço Roger Federer. O meu torneio preferido é… Roland Garros.
A minha superfície preferida
é… piso rápido. No meu saco, não dispenso… uma toalha.
Maria
Palhoto
20 anos
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 25
No circuito ITF Junior, Maria Palhoto tem igualmente
dois títulos em pares, ambos obtidos em
2012. Em março, no Luxemburgo, a dupla formada
por Maria Palhoto e pela
espanhola Olaya Garrido Rivas venceu
em Esch/
Alzette. Em Inglaterra,
em abril, no Aegon
Junior International Nottingham,
Palhoto e Joana
Valle Costa inscreveram o nome na galeria das
campeãs.
«Detesto perder quando dou o máximo»
Em Portugal, o ténis precisa de… planificação, apoio para os atletas que querem seguir compe-tição e mais visibilidade na comu-nicação social, para se conseguir mais patrocínios e apoios.
Mais um ou uma tenista de Portugal no "top" 100 mundial seria… muito bom para o ténis português..
Associações Regionais
AÇORES ALGARVE ALENTEJO
AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA
LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO
SETÚBAL VILA REAL VISEU