Upload
leonunes19
View
231
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/18/2019 Nutrição Comportamental
1/30
1
• UNIVERSIDADE PAULISTA
NOME
NOME
NUTRIÇÃO COMPORTAMENTAL
São Paulo
2015
8/18/2019 Nutrição Comportamental
2/30
2
8/18/2019 Nutrição Comportamental
3/30
3
"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação,
seja animal ou vegetal, ninguém precisar ensin!lo a amar seu
semelhante#
$%l&ert Sch'eit(er)
8/18/2019 Nutrição Comportamental
4/30
4
RESUMO
% nutrição comportamental é uma a&ordagem cient*+ica e inovadora com o&jetivo de ampliar
a atuação do nutricionista e mudar alguns rumos da atual visão restrita e dicotmica do
-saudvel e não saudvel#, dos alimentos -&ons e ruins#, .ue permeia a prtica cl*nica e a
comunicação do nutricionista ! por meio de técnicas, estratégias e modelos validados para
mudança de comportamento e comunicação responsvel
Palavras /have utrição comportamental
8/18/2019 Nutrição Comportamental
5/30
5
LISTA DE FIGURAS
igura 1 3 4og*stica eversa $6rea de %tuação e 7tapas eversas)11
igura 2! 8istri&uição da Quantidade 9otal de S: /oletado no ;rasil $
8/18/2019 Nutrição Comportamental
6/30
6
LISTA DE TABELAS
9a&ela 13 Quantidade 9otal /oletada de S: por regi>es e ;rasil1?
9a&ela 2 ! /oleta de S: nas egi>es e ;rasil1=
9a&ela @! Andice 7volutivo da /oleta de S: por egião e no ;rasil $
8/18/2019 Nutrição Comportamental
7/30
7
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
%CP %nalDtic CierarchD Process
SUMÁRIO
1 E9F8:GHF11
2 7IESHF 4E976E%5
21 Sustenta&ilidade5
22 4og*stica eversaJJK %P4E/%GHF 8F 7%L79%4 7SP7/EE/FK?
K1 %plicação da 9écnica ;rainstormingK?K?
5 /FSE87%GM7S E%ES5=
?%7NF?K
8/18/2019 Nutrição Comportamental
8/30
1
1. INTRODUÇÃO
% nutrição comportamental é uma a&ordagem cient*+ica e inovadora com o&jetivo de ampliar
a atuação do nutricionista e mudar alguns rumos da atual visão restrita e dicotmica do
-saudvel e não saudvel#, dos alimentos -&ons e ruins#, .ue permeia a prtica cl*nica e a
comunicação do nutricionista ! por meio de técnicas, estratégias e modelos validados para
mudança de comportamento e comunicação responsvel
%tualmente os temas nutrição e alimentação estão em pauta de +orma onipresente, as
in+ormaç>es estão mais acess*veis e a ciOncia est em constante evolução o entanto, persiste
uma visão restrita e dicotmica do -saudvel# e -não saudvel#, dos alimentos -&ons e ruins#,
e o pra(er em comer é muitas ve(es associado culpa
8/18/2019 Nutrição Comportamental
9/30
2
2. REVISÃO LITERÁRIA
2.1 Do que se t!t!
Enclui os aspectos +isiolgicos, sociais e emocionais da alimentação e promove mudanças no
relacionamento do nutricionista com o seu paciente e da comunicação da m*dia e da indRstria
com seus consumidores
% nutrição comportamental est a* para +alar .ue não é preciso mudar tudo Sugere mudanças
simples é mais +cil andar mais do .ue ir academia, e comer devagar e menos do .ue deiar
de comer
:m eemplo de aplicação é o seguinte não adianta +alar .ue a pessoa tem .ue parar de comer
.uando "sentir .ue est satis+eita", sendo .ue h outros aspectos envolvidos, como o +ato de
sempre ter comida gostosa na +rente dela F mais e+ica( seria orientar para colocar uma
porção menor na mesa ou comprar em&alagens menores no supermercado7ssas pe.uenas mudanças no cotidiano não são muito limitadas para .uem precisa perder
muito pesoT
/laro .ue algumas pessoas vão precisar de um programa mais detalhado e, para o&esidade
mr&ida, h a cirurgia &aritrica, .uando os &ene+*cios se so&rep>em aos riscos
%través da igura 1 pode!se o&servar
8/18/2019 Nutrição Comportamental
10/30
3
F"#u! 1 $ P"%&"'e '! O(es"'!'e
onte
Las h um limite para as mudanças do corpo Uosto de di(er .ue é preciso pensar o peso
como tão di+*cil de mudar como a altura 7 não se preocupar tanto Preocupação +a( mal
saRde 8ietas preocupam
%credita .ue a nutrição tem colocado muita responsa&ilidade so&re os indiv*duosT
V mais +cil mudar o am&iente .ue as pessoas Envestir em transporte pR&lico, por eemplo,
leva as pessoas a andarem mais 9entamos mudar os indiv*duos por muito tempo e +alhamos
/omo se pode ter uma educação para a nutriçãoT
Precisamos entender .ue uma mesma su&stWncia pode apresentar riscos e &ene+*cios Coje, o
pensamento é &inrio en.uanto os +enmenos são compleos % ciOncia não é necessariamente
&oa ou m, mas precisamos entender como ela +unciona para energar suas poss*veis +alhas %
m*dia divulga algo so&re determinado alimento, e as pessoas j .uerem retir!lo da dieta
Quais seriam essas +alhasT
8/18/2019 Nutrição Comportamental
11/30
4
ão se trata de uma +alha propriamente dita, mas de entender, por eemplo, .ue o anti&itico
pode ser &om para muitas aplicaç>es, mas tem um risco em potencial, .ue é o de resistOncia
Fu .ue as in+ormaç>es de .ue é preciso eliminar o glRten se destinam .uela parcela de 1<
da população .ue tOm reação imune prote*na
:m conceito importante .ue precisa ser introdu(ido na alimentação é o de moderação, mas
ele parece ter sido es.uecido na modernidade
9am&ém est na nature(a do ser humano .uerer +a(er do mundo um lugar mais simples %s
pessoas não gostam da ideia de .ue algo .ue é muito &om possa ter pro&lemas 7ntão,
trans+ormam o .ue tem pro&lema numa coisa necessariamente ruim 7 algo .ue tem &ene+*cio
para um grupo espec*+ico Xcomo a dieta sem glRtenY em algo totalmente &om para elas
2.2 Pe)e*+,o 'os -ut")"o-"st!s so(e Nut"+,o Co&*ot!&e-t!
Para o lançamento do Lovimento utrição /omportamental, Uenta e 7.uili&rium +i(eram
uma pes.uisa para sa&er o .ue os nutricionistas pensam e sa&em so&re comportamento
alimentar Fs resultados &aseiam!se em 2@= respostas, $J=< seo +eminino), entre 21 e 5B
anos F .ue desco&rimos é .ue os nutricionistas tem muito interesse em sa&er e se capacitar
so&re como tra&alhar mudança de comportamento mas não conhecem as +erramentas
8esco&rimos .ue BB< dos nutricionistas acha importante tra&alhar o comportamento
alimentar de seu paciente ou cliente na prtica pro+issional e B0< tem L:E9F interesse emapro+undar o conhecimento so&re comportamento alimentar e estratégias para mudança de
comportamento
7 vocOT Sa&e o .ue é comportamentoT %cha importante tra&alhar a mudança de
comportamento com o seu pacienteZclienteT Sa&e como +a(O!loT /onhece as estratégiasT F
movimento utrição /omportamental vem justamente para preencher esta lacuna na
+ormação dos nutricionistas e ir apresentar e instrumentali(ar os pro+issionais com estratégias
8/18/2019 Nutrição Comportamental
12/30
5
como entrevista motivacional, comer intuitivo, comer consciente, terapia cognitivo
comportamental
/omo mostra a +igura 2
F"#u! 2 $ P"%&"'e '! O(es"'!'e
onte
2./ O *"! )0!&!'o )o&e "-tu"t"o
:m dos pilares da nutrição comportamental é o chamado /omer Entuitivo Esso signi+ica .ue
corpo, mente e alimento estão em harmonia % mente avisa .ue tem +ome, o corpo entende
.ue precisa se alimentar e a re+eição é algo .ue satis+aça tanto emocional .uanto +isicamente a
pessoa
%ssim, a mente é capa( de entender .ue eiste a saciedade, .ue o corpo j est alimentado
/omer com tran.uilidade, respeitando os limites da saciedade são +undamentais para evitar a
ansiedade e a impaciOncia
F pra(er em comer[ Emagine a.uele pedaço de &olo na comemoração do tra&alho, o
&rigadeiro .ue s a av +a( ou a.uela iguaria t*pica encontrada na viagem de +érias F .ue a
8/18/2019 Nutrição Comportamental
13/30
6
utrição /omportamental prega é .ue ninguém precisa sair correndo .uando d de cara com
esse tipo de del*cia em sentir culpa por sa&ore!las
os preocupa muito .ue a comida se tornou um pro&lema para as pessoas % gente vai ter de
comer até o Rltimo dos nossos dias, é preciso .ue se tenha uma relação ade.uada com isso \
di( Larle
8/18/2019 Nutrição Comportamental
14/30
7
. FERRAMENTAS PARA LIDAR COM DESAFIOS DA PRÁTICA
PROFISSIONAL
Por mais .ue o -&em estar# seja a palavra da ve(, muitos pacientes insistem na &usca de uma
-+rmula mgica# para solucionar todas as suas .uest>es nutricionais % +rmula
invariavelmente inclui a -dieta per+eita#, com&inaç>es e métodos -Rnicos# .ue prometem
dei!los com o peso e o corpo dos sonhos
%lém de desmiti+icar esta &usca irreal, muitos estudos apontam .ue a principal di+iculdade
relatada pelos pro+issionais de nutrição é a adesão dos pacientes
IocO j ouviu de seu paciente .ue ele sa&e tudo o .ue deve +a(er, mas não consegue colocar
em prticaT ou Que -tal dieta# +eita seis meses atrs -+uncionou# muito, mas ele agora não
consegue mais seguirT ou Que ele não consegue se organi(ar para seguir as dicas .ue ele
conhece para uma alimentação mais saudvelT
V provvel .ue vocO j tenha se deparado com situaç>es desa+iantes assim com seus
pacientes] 7 é por isso .ue o atendimento nutricional pode e deve ir muito além da prescrição
de dietas, para promover de +ato mudanças no comportamento alimentar %ssim, é preciso .ue
o nutricionista conheça di+erentes técnicas e estratégias
% utrição /omportamental é um movimento novo .ue ir ajudar pro+issionais a se
e.uiparem com as mais novas +erramentas para tra&alhar o comportamento alimentar dos seus
pacientes e clientes
o ;rasil, são sete as reas de atuação do nutricionista %limentação /oletiva, utrição
/l*nica, SaRde /oletiva, 8ocOncia, EndRstria de %limentos, utrição em 7sportes e Lar^eting
na rea de %limentação e utrição1 3 o Uenta e a 7.uili&rium /onsultoria acreditam .ue a
utrição /omportamental pode estar presente em cada uma delas promovendo e incentivando
a mudança do comportamento alimentar
8/18/2019 Nutrição Comportamental
15/30
8
K L:8%G%S 8FS C6;E9FS %4EL79%7S %s mudanças no estilo de vida são
di+*ceis de conseguir dada as interacç>es deste com diversos outros aspectos do .uotidiano e
da vida ur&ana como seja +alta de tempo, +alta de tran.uilidade e, portanto, ansiedade, e
di+*cil acesso a padr>es de comportamento e de consumo mais satis+atrios do ponto de vista
da saRde %s di+iculdades em alterar os h&itos de vida são mani+estas tam&ém no .ue se
re+ere alimentação %pesar de serem conhecidas as implicaç>es para a saR! de do consumo
eagerado de l*pidos e prote*nas animais, ou algumas dietas dese.uili&radas e de+icitrias em
nutrimentos, alterar os h&itos alimentares é tare+a di+*cil de conseguir Lais di+*! cil ainda
ser manter as mudanças entretanto reali(adas %d.uirir e manter um novo comportamento
re.uer mais es+orço do .ue continuar com os velhos h&itos arreigados e associados a outros
+actores de ordem social e cultural % histria pessoal e +amiliar e ainda o envolvimento
cultural, permitem compreender o por.uO do desenvolvimento dos h&itos alimentares F
paladar, o preço, o aspecto, a +acilidade em preparar, a pu&licidade etc, mais do .ue o
conhecimento dos &ene+*cios para a saRde, condicionam as escolhas alimentares .ue
reali(amos $Ulan( et al, 1JJB) uma investigação reali(ada recentemente nos pa*ses da
:nião 7uropeia, a propsito das escolhas alimentares, os autores $4ennernas et al, 1JJ=)
veri+icaram .ue os +actores .ue mais in+luenciavam os consumidores eram, por ordem
decrescente a _.ualidade e +rescura`, o _preço`, o _paladar`, o desejo de uma _alimentação
mais saudvel` e as _pre+erOncias +amiliares` 7studando as &arreiras a uma alimentaçãosaudvel, os autores conclu*ram .ue a +alta de tempo, o desejo de continuar a consumir os
alimentos pre+eridos, a +alta de vontade e o preço, eram os principais o&stculos :ma
alimentação saudvel não era vista como uma alternativa +! cil, ou atractiva, dieta praticada
$4appalainen et al, 1JJ=) % maioria das pessoas selecciona os alimentos tendo em conta
critérios .ue não estão relacionados com a saRde %ntes de mais ser o paladar, o custo, a
in+luOncia dos parceiros e amigos, a pu&licidade, a em&alagem e a disposição nas prateleiras
8/18/2019 Nutrição Comportamental
16/30
9
das lojas, .ue determinar as pre+erOncias alimentares $aDman, 1JBJ) 8iversos +actores de
ordem psicolgica e psicossocial, como +alta de motivação, in+luOncias sociais, crenças e
sentimentos de &aia auto!e+iccia, contri&uem para di+icultar as mudanças no estilo de vida e
nomeadamente dos h&itos alimentares $Cuon b Strong, 1JJB) Fs modelos de cognição
social tOm contri&u*! do para esclarecer alguns +actores associados mudança e manutenção
de novos h&itos $;ald'in b alciglia, 1JJ5) 4e'is et al $1JBJ), situando os seus
pressupostos neste conteto, a+irmam .ue a selecção de alimentos depende mais de +actores
psicossociais do .ue das necessidades +isiolgicas Segundo estes autores, o comportamento
alimentar resulta da interacção de +actores am&ientais com variveis psicolgicas e &iolgicas
%ssim, a intenção ou compromisso em alterar a dieta $deiar de consumir ou passar a pre+erir
um determinado alimento ou grupos de alimentos) poder ser in+luenciada por ! ocorrOncia
de doença ou sintoma inesperado no prprio, num +amiliar ou amigo[ ! in+ormação o&tida
através de um técnico de saRde, amigos, +amiliares ou meios de comunicação[ ! atitudes +ace
ao alimento[ ! re+orço social proporcionado pelo novo comportamento Fs autores atri&uem,
ainda, grande importWncia, a propsito da mudança, ao pra(er associado ao gosto do alimento
e ao compromisso para mudar 7m geral os modelos .ue relacionam saRde e comportamento,
para além dos aspectos j descritos, atri&uem importWncia s crenças e atitudes en.uanto
determinantes +undamentais do comportamento e tam&ém a outros +actores psicolgicos como
os sentimentos de auto!e+iccia e auto!estima %ssim acontece na aplicação ao contetonutricional do _modelo dos estdios de mudança` $Ureene et al, 1JJJ) ou do _modelo
processo!acção para a saRde` $Sch'ar(er b uchs, 1JJ?)
@ F 7S9E4F %4EL79% % investigação so&re o estilo alimentar, en.uanto +actor
determinante do padrão de ingestão, ad.uiriu ultimamente grande relevWncia 7ste conceito
remete para a categori(ação do comportamento alimentar, considerado como o resultado da
in+luOncia de +actores psicolgicos e sociais Emporta +a(er a distinção entre comportamento
8/18/2019 Nutrição Comportamental
17/30
10
alimentar e padrão de ingestão pois são conceitos +re.uentemente con+undidos %ssim
en.uanto o primeiro envolve o acto de ingestão e ainda aspectos .ualitativos associados
selecção e decisão de .uais alimentos consumir, o segundo re+ere!se aos aspectos
.uantitativos impl*citos na ingestão, como o valor calrico dos macronutrimentos, a energia
ingerida $e g Loreira, 2001) % selecção dos alimentos, particularmente em +unção da
composição energética de cada um, a .uantidade e a +re.uOncia com .ue são ingeridos
interagem com outros +actores como o peso e o modo como o corpo prprio é perce&ido
%lgumas pessoas insatis+eitas com o peso e com o aspecto do seu corpo travam uma luta
interna constante no sentido de controlar a ingestão, independentemente da +ome .ue sentem,
visando manter um determinado peso ou diminui! !lo 7stas pessoas mantOm, por isso, uma
preocupação permanente com o corpo e com o .ue comem e resistem a comer a.uilo .ue
desejam
F&servados os tra&alhos .ue pretenderam categori(ar os +atores determinantes de consumo,
podemos dividi!los de acordo com o Quadro 1 Quadro 1 ! /ategorias e seus +atores
determinantes do consumo alimentar /ategorias atores 8eterminantes ;iolgica ome,
%petite, Sa&or 7conmica /usto, enda, 8isponi&ilidade F+erta Z 8isponi&ilidade dos
%limentos %cesso, 7ducação, Ca&ilidades e 9empo Social /ultura, am*lia, %migos e
Padr>es de /onsumo de ;EF4UE/FS %s caracter*sticas sensoriais dos alimentos,
especialmente o sa&or, são apontadas como um dos principais +atores determinantes doconsumo alimentar F alimento provavelmente não ser consumido se não parecer sa&oroso
ou com odor agradvel e caracter*stico, com uma &oa aparOncia ou tetura11 F sa&or e as
outras propriedades sensoriais são os principais +atores preditores da escolha humana pelos
alimentos, independentemente de sua situação econmica ou da disponi&ilidade12, sendo
essas caracter*sticas menos negociveis no momento da escolha e da compra dos mesmos= F
sa&or do alimento é uma das caracter*sticas apontadas como primeiro +ator .ue determina a
8/18/2019 Nutrição Comportamental
18/30
11
escolha alimentar eumar^3S(tainer et al1@ avaliaram a correlação entre o consumo de
+rutas e vegetais e os +atores pessoais, comportamentais e scio!am&ientais % principal
varivel diretamente associada ao consumo de +rutas e vegetais +oi o sa&or ristjansdottir et
al1K avaliaram 12@5 adolescentes residentes na EslWndia com o mesmo o&jetivo e o&servaram
.ue as pre+erOncias tam&ém estavam relacionadas ao sa&or dos alimentos F estudo
.ualitativo de 8e Loura15 com 1= crianças inglesas encontrou tam&ém .ue as caracter*sticas
mais relatadas +oram o sa&or, a tetura, a crocWncia e a corZaparOncia SF/EF7/FLE/FS
Quando h restrição monetria, a dieta se torna montona e com pouca variedade de
alimentos Endiv*duos com &aia renda normalmente residem em reas desprovidas de
serviços e tOm acesso di+icultado a locais de compra, como mercados, +eiras, sacol>es, entre
outros 7m estudo reali(ado na /ali+rnia, Sloane et al1? o&servaram .ue os supermercados e
mercados menores locali(ados em regi>es de &aia renda vendiam menos alimentos +rescos e
com mais &aia caloria o mesmo local, +atores como a distWncia em relação a sua casa ou
tra&alho, preço, +amiliaridade com os alimentos vendidos e tipo de serviço +oram
determinantes para indiv*duos de uma comunidade latina 1= F acesso e a disponi&ilidade dos
alimentos na casa dependem da renda +amiliar e da escolaridade do che+e da +am*lia eZou dos
mem&ros dessa +am*lia 7studos reali(ados em di+erentes pa*ses mostram a in+luOncia da
renda so&re o consumo alimentar os 7:%, 8eshmu^h3 9as^ar et al1B o&servaram .ue
jovens com maior renda consumiam menos ham&urgeres e sandu*ches o /anad, o mesmo padrão socieconmico +oi o&servado por iediger et al1J, no .ual a renda +amiliar +oi
associada positivamente ao consumo de +rutas e vegetais 7n.uanto .ue, na 7spanha,
%ranceta et al 20 o&servaram .ue crianças com n*vel scioeconmico mais &aio tinham pior
.ualidade da alimentação, .ue normalmente era composta por doces e alimentos ricos em
gordura Quanto ao preço dos alimentos, LcLanus et al 21 avaliaram, na %ustrlia, os
+atores relacionados ao consumo de peie em crianças com idade entre K e ? anos oram
8/18/2019 Nutrição Comportamental
19/30
12
reali(ados grupos +ocais com as mães dessas crianças e a maioria in+ormou .ue o preço era o
+ator mais determinante para o consumo desse grupo de alimento % escolaridade in+luencia
na escolha dos alimentos, pois est relacionada ao maior acesso in+ormação, assim como a
renda, possi&ilitando escolhas variadas e mais saudveis am*lias .ue tOm menor n*vel
socioeconmico e as mães com menor n*vel de escolaridade consumem mais doces e produtos
ricos em gordura20 % escolaridade do che+e da +am*lia est relacionada ao acesso de
alimentos dentro da casa Quanto maior a escolaridade, entende!se .ue o che+e da +am*lia teve
maior acesso a in+ormaç>es, inclusive nutricionais, re+letindo em alimentação de melhor
.ualidade %lém do acesso a in+ormaç>es, os indiv*duos com maior escolaridade normalmente
apresentam renda maior, o .ue possi&ilita maior a.uisição de alimentos e proporciona maior
variedade aos mem&ros da +am*lia 20 % escolaridade do indiv*duo tam&ém est relacionada
ao conhecimento, o .ue inclui o nutricional, e proporciona melhores escolhas e,
conse.uentemente, melhor consumo o ;rasil, igueiredo et al22 e aime b Lonteiro2@
o&servaram .ue em adultos de am&os os gOneros o consumo de +rutas e vegetais aumenta
positivamente com a idade e o n*vel de escolaridade F mesmo +oi o&servado por 8evine et
al2K F79% Z 8ESPFE;E4E8%87 8FS %4EL79FS F acesso e a disponi&ilidade dos
alimentos no domic*lio tOm sido descritos como um +ator importante so&re a escolha de +rutas
e vegetais em crianças e adolescentes % ausOncia do alimento na casa diminui a eposição a
esse alimento e pode levar a uma não pre+erOncia pela criança1K % presença das +rutas evegetais na alimentação do &rasileiro est signi+icativamente e diretamente relacionada ao
aumento da renda, segundo os dados da PF de 1JJB!1JJJ %lém disso, +atores como a
redução do preço desses alimentos e o aumento preço dos outros alimentos contri&u*ram
positivamente para seu consumo entre os &rasileiros25 %tualmente, vive!se em uma
sociedade cuja o+erta de alimentos é a&undante e constante 8iariamente são veiculadas
mensagens e o+ertas de alimentos, dietas e comportamentos2? % variedade dos alimentos nos
8/18/2019 Nutrição Comportamental
20/30
13
mercados aumentou signi+icativamente ao longo do tempo, particularmente a respeito da
o+erta de alimentos de pior .ualidade nutricional, especialmente a.ueles com alta densidade
energética2= :ma das in+luOncias mais importantes dos nossos tempos é o consumo de
alimentos +ora do domic*lio, especialmente do tipo +ast +ood 7sse -estilo de alimentação# se
torna cada ve( mais presente % proporção dos gastos reali(ados com alimentação +ora do
domic*lio aumentou de @K< para KJes est relacionado a uma nutrição inade.uada e ao ecesso de
peso Fs alimentos consumidos +ora do domic*lio contOm mais energia, gorduras totais,
colesterol, açRcar e sdio, além do indiv*duo consumir maiores porç>es@1 Ff8onnel et al@1
avaliaram a .ualidade nutricional das preparaç>es destinadas ao pR&lico in+antil de 10
8/18/2019 Nutrição Comportamental
21/30
14
lanchonetes de +ast +ood locali(adas na cidade de Couston, nos 7stados :nidos oram
reali(ados clculos de todas as poss*veis com&inaç>es de preparaç>es .ue o cliente poderia
escolher e +oi gerada a in+ormação nutricional dessas preparaç>es $n11K?), .ue +oram
comparadas s recomendaç>es do programa nacional de merenda escolar Fs autores
o&servaram .ue apenas @< das com&inaç>es atingiam as recomendaç>es do programa
nacional, e eram as com&inaç>es .ue apresentavam +rutas e leite como acompanhamentos Fs
consumidores de restaurantes e lanchonetes do tipo +ast +ood eram homens, jovens,
assalariados, com elevado Andice de Lassa /orporal $EL/) e .ue residiam em grandes
domic*lios2B o mesmo estudo, Ddell at al2B avaliaram ?05 indiv*duos norte!americanos
com idade a partir de 1? anos, com o&jetivo de identi+icar os +atores .ue os levam a escolher e
consumir alimentos do tipo +ast +ood Quase a totalidade dos indiv*duos $J2es F consumo de porç>es maiores cresceu signi+icativamente nos Rltimos anos2=
%promoção do consumo de porç>es ade.uadas é uma oportunidade de redu(ir a ingestão
energética, melhorar a .ualidade da dieta e prevenir a o&esidade@2 o(in et al@@ o&servaram
o tamanho das porç>es comerciali(adas em restaurantes, em&alagens de produtos vendidos
em supermercados e receitas dispon*veis em livros de culinria na rança e nos 7stados:nidos %s porç>es de alimentos o+erecidas em restaurantes americanos eram 25< maiores do
.ue as o+erecidas em esta&elecimentos similares na rança 8e +orma semelhante, as porç>es
de alimentos individuais $e &arra de chocolate) vendidas em supermercados norte!
americanos eram maiores do .ue as vendidas para os +ranceses /om relação anlise das
receitas dispon*veis em livros de culinria, preparaç>es como carnes e sopas apresentavam
porç>es maiores, en.uanto .ue vegetais tinham porç>es menores % in+luOncia do tamanho
8/18/2019 Nutrição Comportamental
22/30
15
das porç>es na escolha alimentar +oi o&servada no estudo .ue /olapinto et al@2 reali(aram
com KJJ? crianças Fs indiv*duos deveriam escolher o tamanho das porç>es de &atata +rita,
carne, peie, +rango, vegetais co(idos e &atata do tipo chips .ue eles consumiam
normalmente oi o&servado .ue ?@,5< das crianças escolheram a maior porção de &atata
+rita e @?,5< escolheram a porção igual ou menor recomendação 7ntretanto, cerca de
metade dos indiv*duos $52,@es de vegetais este mesmo
tra&alho, algumas caracter*sticas +oram relacionadas escolha do tamanho das porç>es Fs
meninos consumiam 2,K? ve(es mais porç>es grandes de &atata +rita, vegetais e carne do .ue
as meninas %s crianças .ue jantavam em +rente televisão mais de uma ve( por semana
consumiam maiores porç>es de &atata +rita e chips e a.ueles .ue +re.uentavam um restaurante
do tipo +ast +ood mais .ue uma ve( na semana escolhiam maiores porç>es de &atata +rita e
chips e menores porç>es de vegetais Futros tipos de in+luOncia do meio am&iente tam&ém
são o&servados, como o h&ito de assistir televisão, con+orme comprovado nos tra&alhos de
;oDnton!arrett et al@K e /ullen et al@5, .ue o&servaram .ue acesso, disponi&ilidade,
televisão, in+luOncia dos pais e amigos +oram os +atores relacionados ao consumo de +rutas e
vegetais, pois medida .ue aumentavam as horas em .ue o adolescente passava assistindo
televisão, menor era o consumo desses alimentos F acesso e a disponi&ilidade dos alimentos
tOm sido descritos como um dos +atores mais importantes so&re o consumo alimentar de +rutas
e vegetais entre crianças e adolescentes1K a ausOncia do alimento em casa, a eposição aeles é redu(ida e pode levar a uma não pre+erOncia desse alimento pela criança Esto +oi visto
por eumar^3S(tainer et al1@, Canson et al@?, ;e+ort et al@= e ristjansdottir et al1K %
o+erta de re+rigerantes tam&ém tem sido sugerida como um dos +atores determinantes para o
seu consumo, especialmente nos adolescentes, .ue são uma população .ue +re.uentemente
consome essas &e&idas ;ere et al@B avaliaram os +atores determinantes de consumo de
re+rigerantes em 2B=0 adolescentes de am&os os gOneros .ue +re.uentavam escolas na
8/18/2019 Nutrição Comportamental
23/30
16
oruega Fs +atores mais citados +oram a prtica de dietas, o acesso, o modelo eercido pelos
pais, as atitudes e pre+erOncias %lém disso, a escola tem um papel importante no consumo de
re+rigerantes nesse grupo Esto +oi o&servado por ernandes@J, em 2@0@ escolas norte!
americanas, K0< das escolas o+ereciam re+rigerantes, comerciali(ados principalmente em
m.uinas de venda SF/E%ES % in+luOncia e a estrutura da +am*lia e o padrão de consumo de
re+eiç>es in+luenciam diretamente o consumo e a escolha alimentar de crianças e
adolescentes Fs pais tOm um papel +undamental na in+luOncia dos +ilhos, tanto no modelo .ue
representam, como tam&ém como a primeira re+erOncia .ue a criança tem no esta&elecimento
de seus h&itos, costumes e pre+erOncias alimentaresK0,K1 F comportamento alimentar dos
+ilhos pode ser aprendido por meio do modelo de comportamento alimentar dos pais, epresso
por prticas alimentares e mensagens ver&ais a respeito de alimentaçãoK1 Fs pais
in+luenciam seus +ilhos pela +orma como se alimentam, com mensagens ver&ais so&re
alimentação, na prtica ou não de atividade +*sica e no controle do acesso atores
determinantes de consumo alimentar por .ue os indiv*duos comem o .ue comemT 2?= ev
;ras utr /lin 200J[ 2K $K) 2?@!B aos alimentos na casa % mãe é a principal +igura na
dinWmica alimentar da +am*lia, pois ca&e a ela a escolha e compra dos alimentos, con+ecção e
+ornecimento das re+eiç>esK0,K2!KK ;outelle et alK5 avaliaram as mães dos adolescentes
com o&jetivo de analisar a preocupação materna em ter uma alimentação saudvel, o
comportamento dela e de seu +ilho e o am&iente alimentar +amiliar oram analisados J1= pares de mães e +ilhos e os autores o&servaram .ue as mães com maior preocupação so&re a
alimentação de seus +ilhos tinham mais +rutas e vegetais em casa, sempre serviam vegetais no
jantar e compravam menos salgadinhos e re+rigerantes 7ntretanto, a preocupação materna
não se re+letiu no consumo de +rutas, vegetais, leite e derivados e consumo regular de
re+eiç>es de seus +ilhos % dinWmica +amiliar, como a reali(ação de re+eiç>es e o envolvimento
dos adolescentes nas compras de alimentos, + +a( parte do am&iente +amiliar saudvel
8/18/2019 Nutrição Comportamental
24/30
17
associado alimentação, e est relacionada melhor .ualidade da alimentação e a escolhas
alimentares saudveisK? Uillman et alK=, ;e+ort et al@= e 4arson et alK? con+irmaram essa
a+irmativa Fs dois primeiros autores o&servaram .ue os adolescentes .ue reali(avam
re+eiç>es em +am*lia consumiam mais porç>es de +rutas e vegetais e menos alimentos +ritos e
re+rigerantes F terceiro autor o&servou .ue o preparo dos alimentos +oi inversamente
proporcional ao consumo de re+rigerantes entre as meninas e de alimentos +ritos entre os
meninos % estrutura da +am*lia tam&ém in+luencia as escolhas alimentares %tualmente, é
crescente o nRmero de divrcios e de novas +ormaç>es +amiliares a partir dessa condição F
estado civil dos pais parece contri&uir para um am&iente mais saudvel e melhores escolhas
alimentares 8omic*lios nos .uais os pais são casados atingem as recomendaç>es nutricionais,
en.uanto .ue .uando os pais são divorciados a .ualidade da dieta é mais po&re1B V poss*vel
o&servar di+erenças .uanto ao consumo alimentar de adolescentes, dependendo de seu gOnero
%s in+luOncias .ue os adolescentes apresentam so&re sua escolha alimentar tam&ém são
di+erenciadas pelo gOnero, como podemos o&servar em estudos reali(ados em di+erentes
locais no mundo o ;rasil, /arvalho et alKB o&servaram .ue os meninos consumiam
signi+icativamente mais alimentos de alto valor calrico do .ue as meninas, como
re+rigerantes, pi((a, lasanha, manteiga e sucos industriali(ados a EslWndia, ristjansdottir et
al1K tam&ém o&servaram di+erenças entre os gOneros, com consumo mais elevado de +rutas e
vegetais entre as meninas a oruega, o consumo de re+rigerantes se di+erenciou entre osgOneros Fs meninos consumiam com maior +re.uOncia e em maior .uantidade o re+rigerante
comum e as meninas o diet @B o ;rasil não +oram reali(ados estudos espec*+icos avaliando
os +atores determinantes da escolha e do consumo alimentar de nenhuma população etria,
regional ou econmica V importante conhecer esses +atores a +im de .ue possam ser
reali(adas intervenç>es para o planejamento e desenvolvimento de pol*ticas pR&licas para o
8/18/2019 Nutrição Comportamental
25/30
18
com&ate ao ecesso de peso e o&esidade a(!se necessria a reali(ação de estudos com
populaç>es &rasileiras para .ue se conheçam os +atores determinantes de consumo no pa*s
.1 Nut")"o-"st! -! &3'"!, SUB4ETIVIDADE E COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Fportunidade para promover a mudança de comportamento
% importWncia dos meios de comunicação nos dias atuais se estende para além da transmissão
de in+ormaç>es % m*dia de massa a+eta diretamente o comportamento e o pensamento da
sociedade moderna, com papel crucial na percepção de h&itos e interaç>es sociais %credita!
se .ue ela pode in+luenciar e re+orçar valores e padr>es estéticos conce&idos como o -corpo
ideal#
%ssim, modelos -per+eitos# de corpos ideali(ados pela sociedade, uma ve( disseminados pela
m*dia, tornam!se importante +ator de risco para a insatis+ação corporal e para o uso de prticas
inade.uadas de controle de peso
! estudos nacionais evidenciam .ue mais de 50< adolescentes estão
insatis+eitos com seu corpo[
! entre estudantes de nutrição estudos apontam .ue a insatis+ação
corporal chega a =5
8/18/2019 Nutrição Comportamental
26/30
19
das macroestruturas econmicas e sociais, outorgando relaç>es concorrenciais e desleais,
sendo, verdadeiramente, um espaço de eclus>es e invas>es a medida em .ue a mensagem
veiculada é unidirecionada para o interlocutor, não h via dialgica e sim impositiva
F autor ressalta, ainda, o "+ast!+ood cultural" no .ual vivemos, com as in+ormaç>es sendo
veiculadas so& a urgOncia do tempo, alertando .ue, nessa velocidade, não h tempo su+iciente
de assimilação pelo desdo&ramento do pensamento /om isso, a comunicação é instantWnea,
por.ue, em certo sentido, ela não eiste, pondo em pauta de anlise as +orças invis*veis e
coercitivas por trs da produção no imaginrio
ão vou entrar nos detalhes da anlise das estruturas invis*veis 3 .ue são um pouco, como a
+orça da gravidade, coisas .ue ninguém vO mas é preciso supor para compreender o .ue se
passa 3 s eperiOncias individuais, isto é, como relaç>es de +orças invis*veis vão se retradu(ir
em con+litos pessoais, em escolhas eistenciais $;ourdieu, 1JJ=, p=5)
:m +ragmento do pensamento de Platão é re+erenciado por ;ourdieu $1JJ=), .uando a+irma
.ue "somos marionetes da divindade", visandotradu(ir o poder da televisão, através de seus
agentes sociais, na criação de valores m*ticos como li&erdade, autonomia, +elicidade e &em!
estar, prescrevendo, simultaneamente, comportamentos ade.uados ao alcance de tais +ins
Para dimensionar essas re+le>es na realidade do ;rasil, podemos analisar nossa posição
consoante as re+le>es de ;ourdieu Segundo dados da Pes.uisa acional por %mostra de
8omic*lios $1JJ?), B?,2< da população &rasileira possui televisores em seus lares e J0,@<
possui rdio, &ens de consumo .ue assumem a liderança da pes.uisa, en.uanto o item
geladeira ocupa o 5o lugar, com B0,@es, podemos o&servar a
eistOncia de &rasileiros .ue dão pre+erOncia a.uisição de meios de comunicação nos seus
8/18/2019 Nutrição Comportamental
27/30
20
lares em detrimento de outros &ens de consumo, considerados como necessrios rotina e
manutenção &sica de uma +am*lia
9ransladando as re+le>es até a.ui apontadas para a discussão da in+luOncia da m*dia na
produção do ideal de &ele(a +eminina, o&servamos a disseminação de duas crenças +alsas
acompanhando a &usca do corpo ideal :ma delas é a de .ue o corpo é in+initamente
malevel, podendo alcançar o ideal estético com dietas e eerc*cios, negligenciando!se as
determinaç>es &iolgicas e genéticas, situação chamada por alguns autores, na literatura
especiali(ada, de setting point $/ords, 1JJB[ unes et al, 1JJB) Para este intento, é
necessria uma grande dose de es+orço pessoal, acompanhado de conotaç>es sim&licas de
sucesso, li&erdade, +elicidade, longevidade, li&eração seual, mo&ilidade social, e outras,
re+orçando a outra crença de .ue, ao conseguir este ideal, a pessoa ter alcançado o sucesso
não s na pro+issão como tam&ém nos relacionamentos sociais e amorosos $%(evedo, 1JJ?
%(evedo b Lorgan, 1JJBa[ Stras&urger, 1JJJ)
%(evedo b Lorgan $1JJB&) adverte!nos .ue, ao reali(armos anlises voltadas in+luOncia da
m*dia na produção das imagens +emininas, é preciso ter os devidos cuidados para não cairmos
em posiç>es reducionistas .uando a m*dia e a tecnologia das in+ormaç>es consolidam o
movimento da glo&ali(ação Para tanto, devemos considerar .ue a importação de modelos
+ragmenta e dilui as +ronteiras nacionais, despersoni+ica a cultura de um povo, in+iltrandosentimentos con+litivos em relação identidade cultural, pulveri(ando!a tanto no plano
individual .uanto no coletivo, neutrali(ando o sentimento de pertença a um grupo ou
comunidade, tão vital para a garantia da saRde
F re+Rgio ante tal epropriação se d através da instalação de comportamentos patolgicos
.ue, com o aumento das epectativas voltadas ao papel da mulher, produ(em demasiada
8/18/2019 Nutrição Comportamental
28/30
21
insegurança, vulnera&ili(ando sua identidade, levando!a, na tentativa de resgatar a integridade
de sua eistOncia, a &uscar, no prprio corpo, o controle perdido
7m semelhante anlise, Uuattari $1JJ0) denuncia o es+acelamento de su&jetividades
ancoradas pelas +ormas de produção da vida moderna, pelas rpidas trans+ormaç>es técnico!
cient*+icas e pelos avanços dos meios de comunicação, os .uais engendram no cotidiano
+ormas cada ve( mais epropriadas de si, através do ritmo +renético imposto pelo modo
imperialista do capitalismo mundiali(ado F&serva!se o a&andono progressivo de uma
economia voltada para a produção de &ens de consumo e serviços em +avor da produção de
imagens, s*m&olos e sintaes, por intermédio, especialmente, do controle .ue eerce so&re a
pu&licidade e as sondagens, alienando, massi+icando e normali(ando o modelo glo&al
8/18/2019 Nutrição Comportamental
29/30
22
5. CONSIDERAÇ6ES FINAIS
Portanto, tem como missão incentivar os pro+issionais de saRde, a m*dia e a indRstria, por
meio de di+erentes iniciativas, a discutir, entender e comunicar .ue F como se come as
crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos para com a comida ! são tão ou mais
importantes do .ue simplesmente o .ue se come Portanto, uma orientação nutricional
+undamentada em estratégias de aconselhamento nutricional, entrevista motivacional, técnicas
de terapia cognitivo!comportamental, coaching s^ills, técnicas do comer intuitivo e do comer
com atenção plena possi&ilitam a mudança real e consistente do comportamento alimentar
Lensagens consistentes, &aseadas em evidOncias cient*+icas .ue validem o pra(er de comer e
o e.uil*&rio são peças chave para uma comunicação responsvel, positiva e inclusiva na
promoção de um comportamento saudvel
8/18/2019 Nutrição Comportamental
30/30
23
REFER7NCIAS
%;7PF 3 %ssociação ;rasileira de 7ngenharia de Produção $Princ*pios desustenta&ilidade uma a&ordagem histrica, 2005)
%;7S ! %ssociação ;rasileira de 7ngenharia Sanitria e %m&iental $/ritérios de
dimensionamento para coleta e disposição +inal em aterro sanitrio ! uma revisão
&i&liogr+ica, 2@ /ongresso &rasileiro de engenharia sanitria e am&iental)
ESP% ! Enstituto :niversitrio /iOncias Psicolgicas e Scias e da Iida 8ispon*vel em
httpZZpu&licacoesispaptZpu&licacoesZindephpZapZarticleZvie'Z2KZpd+
;8PE ! ;i&lioteca 8igital da Produção Entelectual:niversidade de São Paulo evista
&rasileira de nutrição cl*nica 8ispon*vel em
httpZZ'''producaousp&rZ&itstreamZhandleZ;8PEZ1K11KZart7S9EL%atoresdeterminant
esdeconsumo200Jpd+Tse.uence1
L*dia e su&jetividade impacto no comportamento alimentar +eminino
httpZZ'''scielo&rZscielophpTscriptsciarttetbpidS1K15!52=@200@000100012
http://publicacoes.ispa.pt/publicacoes/index.php/ap/article/view/24/pdfhttp://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/14114/art_ESTIMA_Fatores_determinantes_de_consumo_2009.pdf?sequence=1http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/14114/art_ESTIMA_Fatores_determinantes_de_consumo_2009.pdf?sequence=1http://publicacoes.ispa.pt/publicacoes/index.php/ap/article/view/24/pdfhttp://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/14114/art_ESTIMA_Fatores_determinantes_de_consumo_2009.pdf?sequence=1http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/14114/art_ESTIMA_Fatores_determinantes_de_consumo_2009.pdf?sequence=1