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Matão (SP), 29 de Agosto de 2014 — Ano 24 24 24 24 24 — nº 295 295 295 295 295
Cultura popular independente e evolucionária!Cultura popular independente e evolucionária!Cultura popular independente e evolucionária!Cultura popular independente e evolucionária!Cultura popular independente e evolucionária! jornal o boêmio
Se nos
tiram a
esperança,
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a vida!
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Assessoria Jurídica
Fone/Fax: 3382-2699 e 3384-1887Rua Prudente de Moraes, 646 — Centro
VERGONHA ALHEIAA humanidade alienou-se, e ao invés de procurar se encontrar, chafurda
no lodo moral imposto por ela mesma. As atitudes das pessoas são confusase desencontradas. Neste ritmo acelerado estamos perto do caos, da destruiçãoplanetária, do esgotamento dos recursos naturais. Será o fim da raça humana.Listamos a seguir dez itens preocupantes, corriqueiros, cotidianos, que seobservados, permitirão maior fôlego a este planeta ameaçado — nóspartiremos, mas a natureza em pouco tempo se recomporá, livre de ameaças.
3 Água — A cada manhã um exército de homens e mulheres com suasindefectíveis mangueiras lavam residências e estabelecimentos comerciais,iniciando no quintal, atravessando a casa e terminando na calçada. Devemosnos conscientizar de que a água está acabando. Lavar automóveis tambémassemelha-se a um disparate. Existem aqueles que lavam inclusive os muros.
3 Vias públicas — As ruas estão imundas, ninguém quer carregar seupróprio lixo para depositá-lo no lugar correto. Todos jogam de tudo nas viaspúbicas. Esta é a nossa identidade visual, o nível evolutivo que almejamos? Oque haverá de tão sujo que precisamos nos desfazer imediatamente, jogandofora, atirando dos automóveis, perdendo a noção da higiene coletiva?
3 Animais de estimação — Circulando pelas calçadas da cidade nosassustamos com a quantidade de fezes caninas que estão em todo local. Senão ficamos atentos pisamos e até escorregamos. Os proprietários soltamcães e gatos para fazer as necessidades na rua, e mesmo os levam passear,de coleira, para o costumeiro defecar em alguma calçada que não a sua.
3 Energia elétrica — O desperdício de eletricidade é geral. Luzesacesas diuturnamente, aparelhos ligados sem serem utilizados. Isto sobre-carrega as usinas hidrelétricas, aumenta a geração de energia, esgota osrecursos hídricos. Sem eletricidade, cessará também a captação de água.
3 Música — As melodias existem para distrair, mas certas pessoas nãotêm noção de solidariedade ou comportamento urbano. Ouvindo música em altovolume, demonstram a incoerência de seu mundinho. Incomodam doentes,idosos, mulheres grávidas. Julgam-se sozinhos numa ilha, atrapalham os vizinhos.Seres de visão estreita, não aprenderam o significado da palavra respeito.
3 Alimentos — As famílias jogam muita comida fora. Alimentos seperdem no preparo, sobram nas panelas e pratos que se enchem demais edepois são raspados no cesto de lixo. Safras inteiras perdidas por falta deprofissionalismo, da colheita ao transporte. Desperdício inconsequente, quepoderia amenizar a fome mundial, a começar em nossas cozinhas.
3 Trânsito — O trânsito brasileiro mata mais do que as guerras etragédias. Motoristas enlouquecidos dirigem como assassinos. A pressa osleva à barbárie, e entre buzinadas e aceleradas, é um salve-se quem poder.Desentendimentos se resolvem de forma violenta e medonha. Péssimos condu-tores, não respeitam leis e andam com veículos desregulados e poluidores.
3 Simpatia — Onde está a amizade, a coerência, a educação e ocivismo? Os cidadãos vivem de cara amarrada, sorrindo apenas para seuscelulares. Hordas de antipáticos em defesa de seus múltiplos direitos, semdesconfiar que os deveres também existem. Não dão um bom-dia, nãopraticam gentileza, não ajudam a ninguém, mas ai de quem os contrarie...
3 Ética — De que adianta tomar banhos de perfume e desodorante senão temos ética? Se queremos levar vantagem em tudo, passando por cima detodos para alcançar um objetivo? De que vale dinheiro se a alma está dilacerada,soterrada por toneladas de ganância, corrupção, infidelidade e mentira?
3 Sedentarismo — Somos uma sociedade doente, apática, cansada.As pessoas sentam em seus carros e vão ao serviço, e dali partem para ascompras. Não praticam uma simples caminhada ou alongamento matinal.Comem e bebem demais; afundados em poltronas assistem televisão ou estãoao computador, sem ânimo para apreciar a paisagem. Depois vão ao médico,desesperados, e gastam as últimas economias para tentar recuperar a saúde.
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POESIAS SÃO FERIDAS FALADASPoemas e ilustrações de Márcia Guimarães
A poesia de Márcia Guimarães é múltipla esingular, sagrada e profana, pessoal e universal.Ao soltar as amarras de seu coração ela zomba
das convenções pré-estabelecidas e cria seupróprio mundo, orgânico, ecológico, feminino e
maternal. Ela nos embala na cadência de versosque possuem vida & sentimento, cores &matizes, sentido e direção: luminosidade.
Com simplicidade exemplar ela cria seus temas,prenhe de sabedoria, e nos emociona sem serpiegas, instruindo sem elitismo, compartilhandoexperiências, momentos, dúvidas e certezas,
deixando um gostinho de "quero mais" noleitor-espectador que se deixa conduzir
por linhas amenas, alegres, tristes, saudosase normais. A sutileza é sua marca.
Márcia Guimarães possui dentro de si aelegância da natureza que se valoriza quando
preservada. Tímida, simpática, amorosa e fértil,ciente de seu lugar neste tempo e espaço.
INQUIETUDESCaminhei sobre cacos de cristaisFeito criança inocente.Passei fome em banquetes reais.Fiquei sem ar em vendavais.Dancei feito ancião de barbas longasCom as aves, nas asas de uma paixão.Nadei nua com as belugasNo profundo azul da imensidão.Sofri, amei, sorri.Cavalguei corcéis selvagensEm noite de lua.Colhi estrelas para serem só suas.Recebi cacos moídos de ingratidão.Cantei com o rouxinol do imperador.Fui descartada feito flor que murchou.Beijei sob a Aurora Boreal.Dancei a dança da chuva que não veio.Sorri, amei, sofri.E assim me vou,Em meus devaneios,Com minhas inquietudes.
FILHA DA LUAHoje tocarei as estrelas
E com elas escreverei um poema.Farei a noite brilhar.
Trocarei segredos com a luaCantarei com as ondas do mar.
No luar, serei sua. Não sentirei frioApenas arrepiosSou filha da lua
Trago o perfume da noiteO gosto da paixãoTenho a alma leve
Grita em êxtase meu coração.
SONHOÁs vezes tento tocar as estrelas
Me desequilibro e caio.Às vezes tento tocar você
Me desequilibro e saio.
SEU TOQUEPor favor, não me toque
Odeio quando me tocaOdeio não a você e sim, a mim.
Sofro quando me tocaMeu corpo inteiro arrepia.
Por favor, não me toquePosso não resistir...
EMBATEEnquanto você espanca as estrelas
Briga com a luaOfende a noite,
Me faço ostra na beira do marEsperando a tempestade passar.
ORAÇÃOLiberta-me SenhorDesta casca de concretoQue envolve meu corpo.Liberta-me SenhorDessa cama de gatoQue repousa meu corpo.Liberta minha almaDessa âncora que me puxaÀs profundezas......Preciso emergir...Respirar... Criar...Pintar...Amar...Viver.Liberta-me Senhor,Amém.
ESPERANÇASobre os escombrosProcuro esperanças.
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"Vida não é fácil, é difícil mesmo! Mas nãoé impossível! Quando sentir que não estáapenas difícil, mas sim impossível, precisafazer revisão. Precisa rever pensamentos,
sentimentos e hábitos físicos. Precisa pararpara refletir, fazer revisão, descobrir causas,
para assim então poder mudar consequênciase, então, tocar em frente. Vida não páranunca, está sempre dinamicamente se
transformando. Então precisa usar critériopara transformar para melhor,
principalmente." — Tomio Kikuchi
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Parabéns, Matão. 116 anos são
116 motivos para viver aqui!
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AMIGOS DE ONTEM, HOJE & AMANHÃ
Kuka PossariHumberto del Maestro Henry e Maria Jaepelt Maria Inês Moraes
Marli Fabro Younes Andrea e Glebão Paulinho Derâmio
Os povos
indígenas são
os guardiões
da floresta.
Devemos
tratá-los com
respeito, sem
preconceitos!
Seja includente!
Não exclua...
“A felicidade de umamigo deleita-nos.Enriquece-nos. Nãonos tira nada. Caso
a amizade sofra comisso, é porque não
existe.” Jean Cocteau
O ÚLO ÚLO ÚLO ÚLO ÚLTIMO CTIMO CTIMO CTIMO CTIMO CAAAAACIQUE COMANCHECIQUE COMANCHECIQUE COMANCHECIQUE COMANCHECIQUE COMANCHEO seu rosto aparecia nos pesadelos das
mulheres brancas de uma região que ia do Texas ao
Arizona. Elas eram duronas, mas, ver-se na
possibilidade de raptadas por aquele “selvagem”,
deixando para trás a Civilização Ocidental, a
Cristandade, gestos simples como arrumar o
travesseiro dos filhos, era o Terror. Vários grupos
militares saíram para pegá-lo, mas voltaram derrotados
— ele nunca perdeu uma batalha. Apenas citar o nome
do cacique Quanah (Per fume), da tribo dos
Comanches, marido de oito esposas e pai de vinte e
cinco filhos, causava tudo isto. Isto porque não lhes conheciam a sua
genealogia. Quanah (1845-1911), era filho e neto de chefes comanches
bem conhecidos pela bravura, porém, a sua mãe Nadua (Encontrada), trazia
no nome indígena a sua biografia. Ela fora Cinthia Ann Parker, filha de
pregadores batistas, neta dos Taliaferros (o povo ancestral da Glenn Close,
Jodie Foster e Muhammad Ali), tomada como despojo de guerra aos nove
anos e que se casara com o cacique Peta Nocona, e tivera três filhos, entre
eles, o Quanah. Ele terminou a vida como o companheiro de caçadas de
Theodore Roosevelt e fundador da Igreja Nativa Americana.
PAULO VALADARESHistoriador e genealogista residente em Campinas (SP).
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EDUARDO WAACK E SUAS CANÇÕES DO FRONT“Canções do Front” é meu primeiro livro
de poemas individual, lançado em 1986. Foipublicado pela Editora do Escritor , cujo editoré o competente Benedicto Luz e Silva. Antesdisso eu já havia participado, em livro, dacoletânea “Clube do Escritor”, pela mesma Casaeditora, além de contar com inúmeros textos epoemas impressos em jornais e revistasbrasileiras e sul-americanas. São 100 páginasrepletas de sentimentos juvenis, e apesar donome, este não é um livro de guerra, e sim deamor, com primorosas ilustrações de E. A. NatFragoso. O prefácio e a capa foram feitos peloescritor Luz e Silva. Com este livro, por quemtenho muito carinho, percorri grande parte do
território nacional, numa aventura de poeta estradeiro, conhecendo pessoas,lugares e novas idéias, declamando em praças públicas e teatros, vendendoexemplares na rua, em escolas e restaurantes. Dormindo na beira da praia...Está à espera de apoio cultural, para uma nova edição, revista e aumentada.
Ao lado, Vastidão, poemaque integra o livro
“Canções do Front”.
Esta é uma dasdez ilustrações originais
criadas pelo artista-plástico E. A. Nat Fragosoespecialmente para o livro
“Canções do Front”.Onde andará você, meuquerido amigo Natan?
Acima, o escritor e editor Benedicto Luz e Silva, fundador da Editorado Escritor, pela qual foi publicado “Canções do Front". Benedicto (Benefructo)é pessoa que considero meu mestre e padrinho na área literária. Um espíritoiluminado que possui um coração generoso e acolhedor. Aqui, ele está ao lado desua neta Beatriz, no Vale do Anhangabaú (São Paulo), em 2005. Na introdução,ele dizia: "Canções do Front não é apenas mais um livro de estréia, antes nosrevela o início de um poeta. Estes poemas têm origem na consciência que brotada memória e se cristaliza na concretude do cotidiano. Embora o tom de suapoética tenha por base os sentimentos, Eduardo não deixa nunca de lado umenfoque crítico das estruturas que esmagam o ser humano. Envolto por angústiasperceptíveis, vai, verso a verso, tentando entender o porquê das coisas."
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