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agosto 2012 – Nº 4 UMA PUBLICAÇÃO DA UBRABIO UNIÃO BRASILEIRA DO BIODIESEL E BIOQUEROSENE BIOQUEROSENE O Brasil voando mais limpo Plataforma Brasileira do Bioquerosene é lançada pela Ubrabio

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agosto 2012 – Nº 4

UMA PUBLICAÇÃO DA UBRABIOUNIÃO BRASILEIRA DO BIODIESEL E BIOQUEROSENE

BIOQUEROSENEO Brasil voando mais limpo

Plataforma Brasileira do Bioquerosene é lançada pela Ubrabio

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A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) é uma entidade privada, sem � ns econômicos, que atua como interlocutora entre sociedade e governo para mobilizar e unir esforços, recursos e conhecimentos na busca pelo desenvolvimento do setor de biocombustíveis.

Criada em 2007, a entidade lidera o segmento. Representa toda a cadeia produtiva, coopera com a execução de políticas socioeconômicas e contribui diretamente para a substituição gradual dos combustíveis fósseis; incentiva a agricultura familiar e estimula o valor agregado às matérias-primas produzidas no País.

Para consolidar o biodiesel e o bioquerosene na matriz energética brasileira, a Ubrabio de� ne como principais objetivos o estímulo à produção, comercialização, realização de pesquisas, e a elaboração de projetos e propostas, em especial do novo Marco Regulatório para o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), que irá contribuir para o aperfeiçoamento e regulamentação de toda a cadeia produtiva.

A representação da Ubrabio compreende produtores do biocombustível e das matérias-primas necessárias à produção. Fornecedores de equipamentos, tecnologias e serviços relacionados ao setor do biodiesel e bioquerosene também fazem parte do quadro da entidade.

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ANP publica nova especificação do biodiesel

Biodiesel de Algas

Energia Natural

Ubrabio lança a Plataforma Brasileira do Bioquerosene

Biodiesel do Brasil para o mundo

Agricultura familiar & Biodiesel

Biodiesel em pauta no Congresso

Biodiesel - combustível limpo na Copa do Mundo 2014

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Em seu quinto aniversário a Ubrabio lança mais uma edição da revista “Biodiesel em foco” e comemora a consolidação do setor na matriz energética brasileira. O primeiro avanço que podemos destacar é a proximidade da aprovação do novo Marco Regulatório, que pretende consolidar ainda mais o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), estabelecendo novos percentuais da mistura e maximizando os benefícios do uso deste biocombustível sustentável.

A demanda global por energias cada vez mais limpas e com-prometidas com o meio ambiente tem sido crescente. Diante disso, iniciativas como a produção e o uso de energia eólica e de bioquerosene ganham cada vez mais espaço. Neste sentido, caminham lado a lado com este movimento as medi-das que pretendem dar visibilidade e celeridade a utilização dos biocombustíveis - biodiesel e bioquerosene, uma pro-posta da Ubrabio para a Copa do Mundo Fifa 2014.

A qualidade do biodiesel é outro ponto que merece destaque. A preocupação com a constante melhoria e evolução deste biocombustível contribui para a solidifi cação do setor e os avanços nos percentuais de adição de biodiesel ao diesel fóssil. Nesta edição, você poderá entender mais sobre a im-portância do fator qualidade e as recentes alterações na es-pecificação do biodiesel, publicadas em maio, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os avanços na agricultura familiar, com um número cada vez maior de famílias contempladas, e o aumento na renda des-tas famílias também devem ser destacados. A experiência de sucesso dos agricultores familiares com a produção do biodiesel é um fator que confirma a sustentabilidade e os benefícios sociais agregados à esta cadeia produtiva.

A diversificação de matérias-primas é outro fator relevante para o desenvolvimento do setor. De olho em um novo po-tencial para o mercado de biocombustíveis, a utilização de algas para produção de biodiesel, a Ubrabio promoveu, em maio, um workshop que abriu a discussão sobre o panora-ma internacional da tecnologia de algas para a produção de biodiesel e os desafios para a produção de microalgas em escala comercial.

Estas são algumas das boas notícias para o setor. É a partir delas que temos o reconhecimento de que cada uma destas vitórias teve papel fundamental de nossa entidade.

Parabéns Ubrabio. Parabéns setor de biodiesel. E, principal-mente, parabéns aos grandes beneficiados com este cresci-mento, todos nós.

Boa leitura!

EDITORIAL

ExpedientePresidente do Conselho Superior: Juan Diego FerrésVice-Presidente Financeiro: Irineu BoffPresidente: Odacir Klein

Diretor-Superintendente: Donizete TokarskiDiretor-Executivo: Sergio Beltrão

Comunicação SocialCoordenação: Maria Carolina SantanaTexto e Revisão: Kariane CostaProjeto Gráfico: Michael Danglen MonteiroTiragem: 3.500 - Agosto/2012

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ANP publica novaespecificação do biodieselPadrões sugeridos pela Ubrabio são contemplados

Foi publicada em maio, a resolução da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que altera a especifi-cação do biodiesel. A principal modificação veio no teor de água máximo permitido no biodiesel. Até a publicação, esse patamar era de 500 partes por milhão (ppm). Pela nova especificação será admitido o limite de 380 ppm. A partir de 1° de janeiro de 2013, esse patamar cai para 350 mg/kge, e em ja-neiro de 2014, para 200 ppm.

A nova norma atende pontos importantes su-geridos pela União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene - Ubrabio e outras entidades do setor, tornando mais rigorosa a questão da qualidade. “A Ubrabio prima pela qua-lidade do biodiesel, por isso nós apoiamos a nova especifi cação, que é mais exigente neste aspecto e deve aprimorar a qualidade em todos os elos da cadeia”, afirma o pre-sidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.

A presença de água tem sido apontada como um dos principais fatores para a formação de borra em tanques e fi ltros. Quanto maior o teor de água, maior a chance de proliferação de microorganismos, responsáveis pela for-mação de resíduos.

Outro ponto sugerido é a questão da estabi-lidade à oxidação. A especificação anterior,

estabelecida em seis horas, era medida ape-nas no produtor. Com a nova especificação, a aferição passará a ser executada ao longo de toda a cadeia, garantindo mais qualidade ao produto até chegar ao consumidor final.

Dentre os aspectos mais relevantes está ainda o ponto de entupimento de filtro a frio. Antes estipulado em 19ºC, agora passa a variar de acordo com uma tabela regional e sazonal, fundamental em um país de dimensões con-tinentais como o Brasil. A diferenciação das temperaturas de acordo com as necessida-des de cada região e época do ano vai evitar o “congelamento” do biodiesel e o consequente entupimento dos filtros.

“Essas alterações na regulamentação vão exigir mudanças nas fábricas, mas os produ-tores associados da Ubrabio estão dispostos a pagar esse preço em nome da qualidade e confiabilidade cada vez maior do biodiesel”, afirma o consultor técnico da entidade, PhD em qualidade, professor Donato Aranda.

Essas alterações na regulamentação vão exigir mudanças nas fábricas, mas os produtores associados da Ubrabio estão dispostos a pagar esse preço em nome da qualidade e confiabilidade cada vez maior do biodiesel”

Prof. Donato Aranda

Qualidade totalEm médio prazo, a entidade defende ainda um programa de qualidade a partir da certifi-cação de toda a cadeia de comercialização e o desenvolvimento de uma especificação de biodiesel destilado (de alto grau de pureza), o Biodiesel Premium, para usos específicos e em frotas cativas com B100 (100% de biodiesel), e a adoção de parâmetros mais objetivos acerca da coloração do biocombustível, proveniente das diversas matérias-primas utilizadas.

De qualquer forma, a qualidade do biodiesel já é bastante confiável. Segundo o professor Donato, estudos desenvolvidos pela Petro-brás, em São Paulo, e pelo Instituto Nacional de Tecnologia, no Rio Grande do Sul e Pa-raná - que monitorou centenas de amostras de biodiesel em todos os elos da cadeia, não encontraram problema algum com o biocom-bustível, especialmente no que diz respeito às borras.

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Biodiesel de AlgasNovo potencial como matéria-prima para a produção do biodiesel, as microalgas estão conquistando espaço no mercado brasileiro

Para fomentar o crescimento do setor do biodiesel brasileiro, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) apos-ta na diversificação de matérias-primas. A União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene - Ubrabio acredita no potencial deste campo de trabalho. Prova disso são os esforços mo-vidos juntamente com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para que as microalgas entrem definitivamente na cadeia produtiva do biodiesel.

No mês de maio, a Ubrabio realizou o workshop “Produção Industrial de Microal-gas para Biodiesel”, em comemoração ao 5º aniversário da entidade e o 6º ano de funda-ção da Embrapa Agroenergia, que ofereceu apoio técnico e institucional ao evento. O workshop reuniu instituições, empresários e pesquisadores para fazer um diagnóstico do cenário atual do setor, além de alavancar os trabalhos e pesquisas.

“A Ubrabio foi criada para representar a ca-deia produtiva do biodiesel, pela necessida-de de se ter uma instituição que fosse o elo do setor. E o sucesso tem sido alcançado graças aos empresários, que arriscaram nesta área. A entidade tem incentivado a diversificação de matérias-primas para fortalecimento do PNPB”, afirmou o presidente do Conselho Su-perior da entidade, Juan Diego Ferrés.

Para Cristina Machado, engenheira química e pesquisadora da Embrapa Agroenergia, as algas têm grande vantagem, pois podem pro-duzir vários tipos de biocombustíveis. “Apesar de o biodiesel ser o mais falado e com maior potencial, o custo de oportunidade e a susten-tabilidade é o que deve ser levado em consi-deração para se produzir biocombustível com essa matéria-prima” explica a engenheira.

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e consultor técnico da Ubrabio, Donato Aranda, afirma que o interes-se pela produção de microalgas é crescente em todo o mundo. “Há pouco tempo participei de um evento na Itália e pude perceber que já existem grupos de estudo em universidades e outras instituições de pesquisa investindo nesta matéria-prima”, comentou.

Vantagens como o menor gasto de água, se comparado ao cultivo de plantas terres-tres; maior eficiência fotossintética; colheita ao longo de todo ano e cultivo realizado em condições insalubres (como água de esgo-to e salinas) foram destacadas pelos pales-trantes. Donato salientou a importância dos coprodutos gerados a partir das algas, como óleo, ração animal e cosméticos.

Manoel Souza, chefe-geral da Embrapa Agroenergia, destaca que a instituição busca

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dinamizar o diálogo e a aproximação com ou-tras instituições públicas e a iniciativa privada. “O objetivo é contribuir para identificar gar-galos e propor soluções para o avanço dos resultados. Nossos próximos desafios nesta parceria com a Ubrabio são projetos que tra-gam ainda mais resultados”, conclui Manoel.

Segundo o Instituto de Biologia da Universida-de Federal Fluminense (UFF), as microalgas são encontradas facilmente no litoral brasilei-ro e têm um grande potencial energético. Os pesquisadores da UFF afirmam que a porcen-tagem de lipídios (óleos e gorduras) de cada alga não é alta, chega a 20% de concentra-ção. Porém, a soja, atual campeã no forneci-mento de óleo para a produção de biodiesel, possui cerca de 18% dessa concentração.

Há diversos fatores positivos para que o cultivo de algas seja viabilizado. Entre elas, as condi-ções de trato com o vegetal. É comprovado que essas plantas podem ser produzidas em regiões desérticas, por exemplo, não toman-do espaço de terras destinadas ao plantio de alimentos. Um ponto forte também é o habitat natural das algas. Um desses locais são as estações de tratamento de água, o que confir-ma a hipótese de que não é necessária água potável para o cultivo. Esses vegetais podem se desenvolver a custa de água salgada ou de resíduos sanitários tranquilamente.

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Energia Natural

Brasil apresentou a maior taxa de expansão da fonte eólica no mundo no último ano, o que deve colocá-lo entre os dez maiores produtores globais em 2013

Limpa, renovável e sem queima de combustível, a energia eólica é hoje considerada uma das mais

promissoras fontes de energia natu-ral do mundo. No Brasil, o primeiro gerador foi instalado ainda na dé-cada de 90, em Fernando de Noro-nha, arquipélago que pertence ao estado de Pernambuco. Passados mais de 10 anos, o País desponta como o maior em capacidade de produção deste tipo de energia no Caribe e América Latina, e sinaliza os bons ventos para o mercado na-cional de energias renováveis.

A energia eólica brasileira teve um grande impulso com o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de

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Energia Elétrica (Proinfa), criado em 2002 pelo Governo Federal. Com o Proinfa foi pos-sível a instalação de geradores em diversas localidades, principalmente no litoral nordes-tino e no litoral sul do Brasil.

Os cataventos gigantes já transformaram a paisagem de regiões brasileiras. De acordo com informações do relatório anual do Conse-lho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) o Brasil está entre as quatro nações do mundo que mais crescem no setor eólico, ficando atrás somente de China, Estados Uni-dos e Índia. “Em 2015 seremos o 10° maior produtor de energia eólica do mundo. Temos um futuro promissor e ainda há muito espaço para crescimento”, informou à produção do relatório, Lauro Fiúza Junior, vice-presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). As projeções do GWEC apon-tam uma expectativa de 40% de crescimento ao ano até 2016, enquanto a taxa média de crescimento anual do mercado em geral está estimada em 8% para os próximos cinco anos.

Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o rápi-

do crescimento que a energia eólica apresen-ta no mercado brasileiro desde 2009 é fruto de uma ação conjunta entre Governo e agentes do setor. “Essas ações propiciam a criação das condições necessárias para a viabilização dos projetos. Desde então, o que vemos é a queda contínua dos preços da fonte eólica nos leilões públicos anuais, novos players investin-do no setor com projetos eficientes e sustentá-veis, e grandes fabricantes de equipamentos se instalando no país”, afirma Maurício.

O Brasil possui 44 parques eólicos em ope-ração. Até 31 de dezembro do ano passa-do, estes parques somavam um total de 119 empreendimentos, constituído por 41 usinas eólicas, 59 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e 19 térmicas movidas à biomassa. A energia elétrica gerada anualmente por essas usinas é suficiente para abastecer o equivalente a cerca de 4,5 milhões de brasi-leiros ou três cidades do porte de Recife.

Tolmasquim afirma que em um espaço de dez anos, entre 2006 e 2016, a geração de energia eólica em todo o Brasil deve saltar de 237 MW para 8.088 MW.

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UBRABIO lança a Plataforma Brasileira do BioqueroseneA PBB é o primeiro passo para a criação de políticas públicas para a produção do bioquerosene no país

Em uma iniciativa pioneira, a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene - Ubrabio lançou a Plataforma Brasileira do Bioquerosene (PBB). O evento aconteceu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Susten-tável, a Rio+20, realizada no Brasil, no último mês de junho. O lançamento da PBB foi marca-do pelo primeiro voo abastecido com bioquero-sene operado pela Gol Linhas Aéreas, que con-tou com autoridades brasileiras e internacionais do setor e de parceiros e associados à entidade a bordo. O voo partiu de SP (Congonhas) para o Rio (Santos Dumont).

O objetivo da iniciativa é diminuir as emissões de gases efeito estufa. Em comparação ao querosene fóssil, o uso de bioquerosene pode reduzir em até 80% esses poluentes. “Foi o pri-meiro passo para uma Copa do Mundo Verde. A Ubrabio quer promover o uso do bioquero-sene nos voos comerciais durante a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016”, explica o presidente do Conselho Superior da entidade, Juan Diego Ferrés. “A meta da Inter-national Air Transport Association é cortar pela metade as emissões globais de gases poluen-

tes na atmosfera do setor de aviação até 2050. Segundo estimativas da Ubrabio, com base em números de eventos anteriores, a aviação deve gerar entre 3 e 3,5 milhões de toneladas de CO2, que atualmente é de 650 milhões de to-neladas de dióxido de carbono, por ano. Esse corte representaria uma diminuição de 2% das emissões globais de CO2”, afirma Ferrés.

Segundo presidente do Conselho, a Ubrabio quer focar a utilização de bioquerosene na aviação, lado a lado com a utilização de com-bustíveis renováveis de uma forma geral. “Que-remos repetir o sucesso do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB). O uso do Bioquerosene é agora uma realidade, não existe mais nenhum entrave tecnológico e nem social”, destacou.

O lançamento da PBB foi possível graças à parceria entre a Boeing, Petrobrás Distribuido-ra, AirBP (distribuidora da British Petroleum), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Curcas Diesel, associada Ubrabio, especializada no desenvolvimento de projetos de energia renovável.

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Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), lem-brou que o país tem condições de ofertar, de forma regular e estável, preços competitivos do biocombustível para aviação. “Este é o encontro da aviação com o meio ambiente, um momento simbólico junto à Rio+20 e que representa nos-sos objetivos para um futuro mais sustentável”, disse o ministro. Pimentel destacou a presença do presidente da Ubrabio e ex-ministro, Odacir Klein, do presidente do Conselho Superior da entidade Juan Diego Ferrés, e falou sobre as ações da Ubrabio à frente da cadeia produti-va brasileira do biodiesel e da representação nacional da PBB: “Um trabalho dirigente e am-bientalmente compromissado”, reforçou.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), presente no even-to, apoiou a ação e, segundo o diretor Hel-der Queiroz, vai trabalhar para acelerar os processos necessários para a regulamenta-ção. “A ANP apoia iniciativas como esta, tan-to para acelerar os processos de revisão das regulamentações e especificações, quanto na melhoria da qualidade e na direção de novos combustíveis. O Brasil está no caminho para consolidar a busca pelo processo de inovação no setor”, ressaltou.

Para Ferrés, começa agora uma nova etapa, a de estruturar a cadeia de produção e comer-cialização no país. “Esperamos que nas próxi-

mas agendas ambientais tenhamos resultados com o bioquerosene, e que a discussão de uma política de incentivo ao uso do biocom-bustível na aviação ganhe força no governo”.

O vice-presidente técnico da Gol, Adalberto Bigsan, afirmou que a empresa pretende con-tribuir com a participação do bioquerosene no setor. “Nosso objetivo é colaborar, apoiar e incentivar o crescimento da aviação com um serviço de menor impacto ao planeta”, afirmou Adalberto.

Existe hoje uma grande expectativa do merca-do pela oferta dos biocombustíveis. Para Fer-rés, o mercado espera estruturas compatíveis para substituir os combustíveis fósseis e polui-dores da aviação comercial por combustíveis limpos e renováveis.

O presidente do Conselho da Ubrabio reafir-mou o papel da entidade na produção e co-mercialização das energias renováveis produ-zidas no país: “A Ubrabio representa toda a cadeia produtiva do biodiesel brasileiro. Neste momento, estamos abraçando o universo de agentes, toda a cadeia – produtores, fabri-cantes de equipamentos, de tecnologia, for-necedores de insumos, pesquisa tecnológica – para fazer o elo das instituições, Governo, academia e entidades, como também a indús-tria da aviação e os transportes aéreos de pas-sageiros e cargas”, concluiu.

Dirigentes da Ubrabio, representantes da ONU e autoridades do setor, reunidos durante o lançamento da Plataforma Brasileira do Bioquerosene, na Conferência Rio+20.

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O Brasil é hoje um dos principais produto-res de biodiesel do mundo. Segundo infor-mações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os estados do Mato Grosso, Goiás, Rio Gran-de do Sul e São Paulo produzem juntos 82% do biocombustível do País, somando 5,86 bilhões de litros entre 2008 e 2011.

Biodiesel do Brasil para o mundo

Os gargalos que o setorenfrenta para exportar o

biocombustível produzidono País

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Hoje o país tem uma capacidade ociosa 2,5 vezes

maior do que a necessária para atender ao B5”

Odacir Klein

“Na produção nacional do biodiesel, a soja ainda lidera a lista das principais matérias-primas utilizadas, com mais de 80% de uso, de acordo com o último bo-letim mensal do biodiesel, emitido pela ANP. Com este número, o grão deixa o restante do percentual para o sebo bo-vino (14%), óleo de algodão (3%), e em percentual menor o dendê, a canola, a mamona, além de gordura de frango, de porco e óleo de frituras. Em termos de política pública, o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) é um exemplo de sucesso em sustentabi-lidade gerada a partir da inclusão social produtiva. O número de agricultores que participam do Programa passou de 15 mil em 2005, quando foi lançado, para mais de 104 mil em 2011.

O fato é que a indústria brasileira opera com grande capacidade ociosa e a alta carga tributária aliada à falta de incenti-vos dificulta a competitividade brasileira do Biodiesel no mercado internacional. Para o presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene - Ubrabio, Oda-cir Klein, o governo precisa estabelecer uma nova linha de sistema tributário para a exportação do biodiesel e aumento da mistura obrigatória vigente, que hoje no País é de 5% de biodiesel adicionado ao diesel fóssil (B5).

“Hoje o país tem uma capacidade ociosa 2,5 vezes maior do que a necessária para atender ao B5. Um grupo interministerial já trabalha nessas duas propostas”, afir-ma Odacir. “O Brasil não tem condições de exportar este biocombustível, princi-palmente em função do sistema tributá-rio”, complementa. O representante da Ubrabio foi eleito presidente do Conselho de Competitividade Setorial de Energias Renováveis do Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior, que discute estratégias para aumentar a com-petitividade do biodiesel brasileiro no âm-bito do Programa Brasil Maior.

Segundo Odacir, a Argentina seria um exemplo de estímulo à agregação de valor ao produto. “O sistema tributário brasileiro não estimula as exportações com agrega-ção de valor. Exportar soja tem tributação zero. No processo da produção de óleo ou de biodiesel ocorrem operações tributa-das, tanto pelos estados como pela União, que aparentemente geram direitos a crédi-tos, mas, por questões burocráticas, não são aproveitados. Sem uma alteração sig-nificativa deste modelo, o Brasil fica com dificuldades para competir, principalmen-te com a Argentina, que tem uma sistemá-tica inversa, penalizando as exportações com menor valor agregado e facilitando as com agregação de valor”.

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Agricultura familiar & BiodieselMais de 100 mil famílias de agricultores são beneficiadas pelo PNPB

Desde dezembro de 2004, quando foi lança-do o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), a agricultura familiar do País ganhou um novo impulso. Dados do Mi-nistério de Minas e Energia (MME) compro-vam que as aquisições de matérias-primas produzidas pela agricultura familiar aumen-taram de R$ 68,6 milhões em 2006 para R$ 1,05 bi em 2010. Em 2011, os números foram ainda maiores, com registros de compras no valor de R$ 1,5 bi.

A inclusão da agricultura familiar na ca-deia produtiva do biodiesel é realizada por meio do Selo Combustível Social, concedido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). “O Biodiesel tem papel fundamental no incremento à Agricultura Familiar, uma vez que este é um dos objetivos traçados desde o início pelo PNPB. Um indicador de que é preciso consolidar ainda, cada vez mais, o programa brasileiro de biodiesel”, afirma presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés.

O Selo é um certificado concedido aos pro-dutores de biodiesel que adquiram percen-tuais mínimos de matéria-prima e celebrem contratos com os agricultores familiares, es-tabelecendo prazos e condições de entre-ga da matéria-prima; e prestem assistência técnica aos agricultores. Segundo o MDA, já são mais de 100 mil famílias de agricultores inseridos no PNPB. O governo reconhece o potencial do Programa e afirma que uma de suas prioridades é o fortalecimento da Agri-cultura Familiar, buscando erradicar a po-breza extrema do meio rural.

Para o secretário de política agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antônio Rovaris, o PNPB foi um passo importante para inclusão produtiva e a geração de renda no campo. “O Programa por conta de sua diversificação, através do aproveitamento da soja, deu um impulso muito grande e significativo na vida dos agricultores familiares, que tem conse-guido melhorar sua renda”, explica. Porém, Antônio afirma que o Programa ainda preci-

BIODIESELCOMBUSTÍVEL SOCIAL

A AG

RICU

LTURA FAMILIAR PARTICIPA

sa de alguns ajustes para que as famílias do Nordeste também sejam contempladas. “É preocupante a situação das famílias do norte do Brasil, que estão bem distantes em con-seguir alcançar as metas estabelecidas no Programa”, lamenta.

De acordo com o MDA, incentivos como os aprimoramentos nas linhas de crédito com juros reduzidos, assistência técnica, merca-dos institucionais, cooperativismo e acesso à tecnologia são fundamentais e têm impul-sionado a produção de oleaginosas de for-ma sustentável em diferentes fronteiras agrí-colas. “84% dos estabelecimentos rurais no País são dedicados à agricultura familiar, sendo que 74% da mão-de-obra do campo está empregada neste tipo de atividade. A produção das pequenas propriedades aten-de a 70% do consumo interno e representa 28% das exportações.”, explicou o ministro Pepe Vargas.

A partir da produção de biodiesel no Brasil, uma nova cadeia produtiva vem se fortale-cendo, gerando e multiplicando emprego e renda. O PNPB e o Selo Combustível Social, ainda que repletos de desafios representam um passo importante no sentido de elabora-ção de políticas públicas que beneficiem e aqueçam também o mercado rural.

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BiodieselBiodiesel em pauta no CongressoFrente Parlamentar do Biodiesel pretende dar celeridade à consolidação do novo Marco Regulatório do setor

Com o intuito de viabilizar mecanismos que contribuam com a continuidade da trajetória evolutiva do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) foi lançada, em outubro do ano passado, a Frente Parlamen-tar do Biodiesel. Com a adesão expressiva de 280 parlamentares, entre deputados e se-nadores, os principais desafios da Frente são o estabelecimento de um novo Marco Regu-latório para o setor e as melhorias das ques-tões relacionadas à logística e tributação.

“Nós temos um potencial muito grande de expansão do biodiesel, tanto em indústria, quanto em consumo. Porém, o importante é que tenhamos uma legislação que garanta a consolidação de avanços, para que não te-nhamos instabilidade de estoques em rela-ção à demanda, garantindo renda ao produ-tor. E é isso o que vamos buscar com a Frente Parlamentar nas tratativas com o governo e com o setor”, explicou o deputado federal Je-rônimo Goergen, presidente da Frente Parla-mentar do Biodiesel.

Para o presidente do Conselho Superior da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Juan Diego Ferrés, a Frente veio para somar esforços e potencializar os bene-fícios que o setor oferece ao país. “O Biodie-sel possui muitas externalidades positivas e a Frente Parlamentar será importante nisso, ou seja, mostrar a sociedade o quanto este bicombustível é sustentável”, explica Ferrés.

Este mês, em reunião no Senado, a Ubrabio pediu apoio ao relator do Projeto de Lei nº 219 de 2010, que dispõe sobre a Política Nacio-nal para os Biocombustíveis, o senador Sér-gio Souza. O objetivo é contar com o senador

De acordo com o senador, a ideia é promover reuniões entre os atores governamentais, em especial da Casa Civil, e o setor para avanço no PNPB. “Vamos tocar o projeto e discuti-lo em audiência pública”, afirmou Sérgio Souza.

Irineu Boff, vice-presidente financeiro da Ubrabio; Juan Diego Ferrés, presidente do Conselho Superior da Ubrabio; Deputado Jerônimo Goergen, presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel; e o Senador Delcídio Amaral, vice-presidente da Frente Parlamentar do Biodiesel.

Nós temos um potencial muito grande de expansão do

Biodiesel, tanto quanto indústria, como quanto consumo”

Odacir Klein

“no sentido de auxiliar a evolução do PNPB e contribuir com o diálogo junto ao Congres-so Nacional. “Queremos dar celeridade ao processo. O PNPB tem benefícios sociais inegáveis: geração de emprego e renda, fo-mento à agricultura familiar, inclusão social produtiva e melhoria na qualidade do ar são alguns deles”, afirmou Ferrés.

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Biodiesel – Combustível limpo na Copa do Mundo 2014

Em seminário realizado pela Global Bio-energy Partnership (GBEP), fórum que apoia a elaboração de políticas públicas

para a bioenergia, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimen-to Sustentável, a Rio+20, a União Brasilei-ra do Biodiesel e Bioquerosene – Ubrabio lançou campanha para estimular a utiliza-ção do B20 (mistura de 20% de biodiesel adicionado ao diesel) no transporte coleti-vo urbano. A iniciativa recebeu o apoio da Mercedes Benz que, no mesmo evento, anunciou a garantia da utilização do B20 para motores da marca.

A mobilidade urbana é um dos principais de-safios do Brasil rumo à Copa do Mundo de 2014. Recentemente a presidente Dilma Rous-seff anunciou investimentos de 32,7 bilhões de reais em obras do PAC Mobilidade, isto é, na melhoria do transporte público das gran-des cidades brasileiras. Segundo o Ministério das Cidades, entre os principais objetivos do PAC está o de apoiar o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias que valori-zem a mobilidade urbana sustentável.

Dando continuidade à discussão, a Ubrabio se reuniu recentemente com o ministro do Es-

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porte, Aldo Rebelo, para debater a oportuni-dade que a Copa 2014 oferece para ampliar o uso de biodiesel no transporte metropolitano e de bioquerosene na aviação. Para o minis-tro, a utilização destes biocombustíveis traz benefícios sociais e tem potencial para estar na agenda da Copa do Mundo. “É um ganho social importante. O estímulo à agricultura familiar contribui para a geração de trabalho e renda. O aumento da qualidade do ar traz melhorias à saúde e isso reduz o gasto com internações hospitalares”, afirmou Rebelo.

O presidente do Conselho Superior da Ubra-bio, Juan Diego Ferrés, e Odacir Klein, presi-dente da entidade, lembraram o sucesso da Ecofrota da Viação Itaim Paulista (VIP), projeto realizado em parceria com a empresa B100, associada à entidade, e a prefeitura de São Paulo. A Ecofrota já utiliza o B20 Metropolitano em 1.800 ônibus na capital, e o combustível é

fornecido pela também associada à Ubrabio, Camera Agroalimentos. “É um exemplo de su-cesso que pode ser ampliado e serve como modelo para implementar o uso do B20 em outras capitais”, argumenta Odacir.

De acordo com informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os ônibus movidos com 20% de biodiesel redu-zem em mais de 80% a emissão de gases poluentes na atmosfera. Alguns dos princi-pais benefícios adquiridos com a utilização deste biocombustível contribuem para colo-car o Brasil de vez na lista dos países mais sustentáveis do mundo, como a melhoria na qualidade do ar e na saúde da população, consequentemente a melhoria na qualidade de vida, a inclusão social produtiva, e a ge-ração de emprego e renda, fortalecidos pelo Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).

É um exemplo de sucesso que pode ser

ampliado e serve como modelo para implementar o uso do B20 em outras

capitais”Odacir Klein

Cidades-Sedes se preparam para receber a Copa.Maquete digital do corredor exclusivo para ônibus.

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