Upload
internet
View
116
Download
4
Embed Size (px)
Citation preview
O Carnaval
Colégio Militar de Belo Horizonte – Sociologia – 2º ano – Maj
Edmundo - 02/2012
Objetivos
a. Explicar a origem do Carnaval
b. Caracterizar o Carnaval como uma festa
popular.
c. Caracterizar o “entrudo” como origem do
carnaval de rua no Brasil.
d. Explicar a reação do Estado com o Carnaval
nos desfiles durante a era “Vargas”.
O Carnaval• Carnaval é uma festa popular que se originou na Grécia
em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa
os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos
deuses pela fertilidade do solo e pela produção.
• Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja
Católica em 590 d.C..[1] É um período de festas regidas
pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período
do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim
"carne vale" dando origem ao termo "carnaval".
• O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é
produto da sociedade vitoriana do século XIX. A
cidade de Paris foi o principal modelo exportador da
festa carnavalesca para o mundo.
• Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio
de Janeiro se inspiraram no carnaval parisiense.
Carnaval de Veneza
Carnaval nos EUA de inspiração francesa
Pierrô, o Arlequim e Colombina
• São personagens de um estilo teatral conhecido como
Commedia dell’Arte, nascido na Itália do século XVI.
Integrantes de uma trama de sátira social, os três papéis
representam serviçais envolvidos em um triângulo
amoroso: Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que,
por sua vez, também deseja Colombina.
• O estilo surgiu como alternativa à chamada “Commedia
Erudita” que apresentava atores falando em latim, naquela
época uma língua já inacessível à maioria das pessoas.
• A história do trio enamorado sempre foi um autêntico
entretenimento popular, de origem influenciada pelas
brincadeiras de Carnaval. Apresentadas nas ruas e praças
das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a
vida e os costumes dos poderosos de então.
Origens do Carnaval no Brasil• O entrudo, importado dos Açores, foi o precursor das festas de
carnaval, trazido pelo colonizador português. Grosseiro, violento,
imundo, constituiu a forma mais generalizada de brincar no período
colonial e monárquico, mas também a mais popular. Consistia em
lançar, sobre os outros foliões, baldes de água, esguichos de bisnagas e
limões-de-cheiro (feitos ambos de cera), pó de cal, vinagre, groselha ou
vinho e até outros que estragavam roupas e sujavam ou tornavam mal-
cheirosas as vítimas. Era tolerada pelo imperador Pedro II e foi
praticada com entusiasmo, na Quinta da Boa Vista e em seus jardins,
pela chamada nobreza... E foi livre até o aparecimento do lança-
perfume, já no século XX, assim como do confete e da serpentina,
trazidos da Europa.
• O Zé-Pereira. Em todo o Brasil, mas sobretudo no Rio de
Janeiro, havia o costume de se prestar homenagem
galhofeira a notórios tipos populares de cada cidade ou vila
do país durante os festejos. O mais famoso tipo carioca foi
um sapateiro português, chamado José Nogueira de Azevedo
Paredes. Foi ele o introdutor, em 1846, do hábito de animar a
folia ao som de zabumbas e tambores, em passeatas pelas
ruas. O “Zé-Pereira” cresceu de fama no fim do século XIX.
O Zé-Pereira, na qual propagava os versos: E viva o Zé-
Pereira/Pois que a ninguém faz mal./Viva a pagodeira/dos
dias de Carnaval! O “Zé-Pereira” deu origem aos blocos
carnavalescos.
• Os Bailes. Na época imperial começou a tradição
de bailes de carnaval. Importado da Europa veio o
uso das máscaras e fantasias de luxo, a exemplo
da “commedia dell’ Arte”, como o Dominó, o
Pierrô, a Colombina e o Arlequim. As elites
podiam assim se afastar do povo.
• Os Desfiles. Os desfiles carnavalescos foram
institucionalizados na época republicana, durante o
governo de Getúlio Vargas. Para propiciar diversão
e ao mesmo tempo educação cívica, passou a ser
financiado o desfile carnavalesco no Rio de Janeiro,
sendo imitado em outras cidades.
• Surgem as “Escolas de Samba”, entidades “oficiais”
de organização do desfile e, que tinham como
“missão” produzir um enredo com um tema nacional
ou histórico.
• As vestimentas. Aos poucos foram desaparecendo as fantasias mais
famosos do tempo do império e início da república, como a caveira, o
velho, o burro, o doutor, o morcego, o pai João, a morte, o príncipe, o
mandarim, o rajá, o marajá, palhaço, tirolesa, havaiana, baiana. E
também fantasias clássicas da commedia dell’arte italiana, como
dominó, pierrô, arlequim e colombina. O clima quente sugeria roupas
mais leves entre foliões. Depois a polícia proibiu o uso de máscaras
nos salões e nas ruas. Aos poucos, os homens foram preferindo a calça
branca e a camisa-esporte, até chegar à bermuda e ao busto nu, mas
isso só depois da década de 1950; as mulheres passaram às fantasias
mais leves, alguns colares de enfeite, logo o biquíni, etc.
O trio elétrico. No nordeste outros ritmos, além do
samba, como o maracatu e o frevo passaram a
influenciar o carnaval. Surgiu também a ideia com
Dodô e Osmar de colocar instrumentos elétricos em
uma caminhão para acompanhar o bloco no desfile.
Estava feito o “trio elétrico” que passou a
acompanhar diferentes estilos musicais.
Era das Celebridades. Fato mais recente do
carnaval, seja em escolas de samba ou trio
elétricos, é a participação das celebridades.
Personagens como artistas, milionários, jogadores
de futebol, cantores entre outras, investem em
aparições no carnaval, muitas vezes pagos por
comerciais de empresas. O carnaval tornou-se
assim uma extensão dos comerciais através da
mídia.
O Entrudo
O “trio elétrico” de Dodô e Osmar
Mascaras do carnaval de Veneza
“Famosas” no Carnaval
Blocos carnavalescos
“O Galo da Madrugada” de Recife
Características do Carnaval• Extravasar tensões e conflitos (diversão).
• Inversão dos papeis sociais.
• Sensualidade e sedução.
• Reafirmação dos valores (quarta-feira de
cinzas).
Peça esta aula pelo e-mail [email protected]
Fontes de pesquisa e fotos:
www.miniweb.com.br
Wikipedia.com.br