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8/12/2019 O Desafio Do Conhecimento Pesquisa Qualitativa Em Sade Minayo
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Sade em Debate 46direo deGasto Wagner de Sousa CamposMaria Ceclia de Souza MinayoMarco AkermanMarcos Drumond Jnior
ara Maria de Car!al"o
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SA#D$ $M D$%A&$&'&()*S $M CA&+)*G*Epidemiologia da Desigualdade, C,sar G- .ictora/ 0ernando C- %arros 1 J- 2atrick .aug"anEducao Mdica e Capitalismo, )ilia %lima Sc"rai3erEpidemiologia da Sade Infantil (um Manual paa Diagn!sticos Comunit"ios#, 0- C- %arros 1 C- G- .ictoraMul$ees% &Sanitaistas de 's Descalos&,4elsinaMelo de *li!eira Dias*Desafio do Con$ecimento% 'esuisa )ualitati*a em Sade, Maria Ceclia de Souza Minayo+efoma da +efoma% +epensando a Sade, Gasto Wagner de Sousa CamposEpidemiologia paa Municpios, -. 2- .aug"an 1 5- 6- Morro7Distito Sanit"io% / 'ocesso Social de Mudana das '"ticas Sanit"ias do S0S, $ug8nio .ilaa Mendes 9org-:
)uest1es de 2ida% 3tica, Cincia e Sade, Gio!anni %erlinguer/ Mdico e Seu 5abal$o% imites da ibedade, )ilia %- Sc"rai3er+udo% +iscos e'e*eno, (3iratan 2aula Santos ei ai- ; ; ->?->Infoma1es em Sade% Da '"tica 7agmentada ao E8eccio da Cidadania, liara 6- S- de Moraes ->@ ? ; < - ;@ B);Sabe 'epaa uma 'esuisa, A- ma ?ist!ia da Sade 'blica, George 5osen5ecnologia e /gani@ao Social das '"ticas de Sade, 5icardo %runo MendesAndretta &anakaMem!ia da Sade 'blica. 7otogafia como 5estemun$a, Maria da 2en"a C- .asconcelios 9coord-:2el$os e o*os Males da Sade no 9asil% E*oluo do 'as e de Suas Doenas, C- A- Monteiro 9org-:Dilemas e Desafios das Cincias Sociais na Sade Coleti*a, Ana Maria Canesui 9org-:* &Mito& da ti*idade 5sica e Sade, ara Maria de Car!al"oSade Comunicao% 2isbilidades e Silncios, +urea M- da 5oc"a 2ittautio, 5abal$o e Sociedade, Solange .eloso .iana>ma genda paa a Sade, $ug8nio .ilaa Mendes3tica da Sade, Gio!anni %erlinguerSobe o +isco. 'aa Compeende e Epidemiologia, Jos, 5icardo de C- Mesuita Ayres
Cincias Sociais e Sade, Ana Maria Canesui 9org-:Conta a Ma : 9eia;Ma% E8peincia do S>S em Santos, $ C- %- Campos 1 C- M- 2- 6enriues 9orgs-: Ea do Saneamento. s 9ases da 'oltica de Sade 'blica no 9asil, Gil3erto 6oc"man*dulto 9asileio e as Doenas da Modenidade% Epidemiologia das Doenas CFnicas o;5ansmiss*eis, Hnes )essa 9org-: /gani@ao da Sade no *el ocal, $ug8nio .ilaa Mendes 9org-:Mudanas na Educao Mdica e +esidncia Mdica no 9asil )aura 0euer7erker Mul$e, a Se8ualidade e o 5abal$o, $leonora Menicucci de *li!eira Educao dos 'ofissionais de Sade da mica atina. 5eoia e '"tica de um Mo*imento de Mudana. G H >m /l$analtico, GG H s 2o@es dos 'otagonistas, MIrcio Almeida et ai 9orgs-: Sobe a Sociologia da Sade, $!erardo Duarte 4unesEducao 'opula e a teno : Sade da 7amlia, $ymard Mouro .asconcelos >m Mtodo 'aa n"lise e Co;esto de Coleti*os, Gasto Wagner de Sousa CamposCincia da Sade,4aomar de Almeida 0il"o 2o@ do Dono e o Dono da 2o@% Sade e Cidadania no Cotidiano 7abil, Jos, Carlos Cacau )opesDa te Dent"ia, Carlos %otazzoSade e ?umani@ao% a E8peincia de C$apec!, Aparecida )in"ares 2imenta 9org-: Sade nas 'ala*as e nos estos% +efle81es da +ede de Educao 'opula e Sade,$ymard .asconcelosMunicipali@ao da Sade e 'ode ocal% SuJeitos, toes e 'olticas, Sil!io 0ernandes da Sil!a Co;gem do 'S7,Maria 0Itima de Souzagentes Comunit"ios de Sade% C$oue de 'o*o, Maria 0Itima de Souza Sade% Catogafia do 5abal$o 2i*o, $merson $lias Mer"ylm do Discuso de Mudana na Educao Mdica% 'ocessos e +esultados, )aura 0euer7erker 5endncias de Mudanas na 7omao Mdica no 9asil% 5ipologia dasEscolas, Jadete %ar3osa )ampert *'laneJamento no abiinto% >ma 2iagem ?emenutKa,+osana *nockoCampos Sade 'aidia, Gasto Wagner de Sousa Campos9iomedicina, Sabe Cincia% >ma bodagem Ctica, ennet" 5oc"e de Camargo Jr-Epidemiologia nos Municpios% Muito lm das omas, Marcos Drumond Jnior'sicateapia Institucional e o Clube dos Sabees, Art"ur 6yppKiito de MouraEpidemiologia Social% Compeenso e Ctica, DEalma Agripino de Melo 0il"o * 5abal$o emSade% /l$ando e E8peienciando o S>S no Cotidiano, $merson $lias Mer"y et aiA 5$)AL* D*S D$MAHS )H.5*S DA C*)$L* SAND$ $M D$%A&$ AC6A
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MA5HA C$C')HA D$ S*(OA MH4A*
* D$SA0H* D* C*46$CHM$4&* 2esuisaPualitati!a em Sade*H&A.A $DHL*Sociedade Unificada Paulista de Ensino Renovado Objetivo - SUPEROOaa
\&\S!\O" a," 6% +o, JT'
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T Direitos autorais/ QRR/ de Maria Ceclia de Souza Minayo-T Direitos de pu3licao reser!ados porAderaldo 1 5ot"sc"ild $ditores )tda-/5ua Joo Moura/ UU < RVQ
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S(M+5H*Intoduo * D$SA0H* D* C*46$CHM$4&* [ Captulo GH4&5*D(L* ` M$&*D*)*GHA D$ =2$SP(HSA S*CHA) [Captulo L 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA Y[
Captulo 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* RV Captulo 4 0AS$ D$A4+)HS$ *( &5A&AM$4&* D*MA&$5HA) [ZConcluso Q[
9ibliogafia QVV
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J
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< & H4&5*D(L*
* D$SA0H* D* C*46$CHM$4&*->
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R * D$SA0H* D* C*46$CHM$4&*re^erenciar como a ati!idade ^undamental na produo do con"ecimento-
4a !erdade este estudo se constitui numa pro3lematizao de conceitos usualmente empregados para aconstruo do con"ecimento e numa teorizao so3re a prItica de pesuisa/ entendendo
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* D$SA0H* D* C*46$CHM$4&* sintetizados em dados estatsticos- 4o entanto/ o prKprio positi!ismo tenta tra3al"ar a ;ualidade dosocial; seEa 3uscando su3stanti!I
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Q * D$SA0H* D* C*46$CHM$4&*di!ersas correntes sociolKgicas- Com relao aos signi^icados/ a anIlise dial,tica os considera como parteintegrante da totalidade ue de!e ser estudada tanto ao n!el das representafes sociais como dasdeterminafes essenciais- So3 esse en^oue/ no se compreende a ao "umana independente dosigni^icado ue l"e , atri3udo pelo autor/ mas tam3,m no se identi^ica essa ao com a interpretaoue o ator social l"e atri3ui- 2ortanto/ em relao a3ordagem ualitati!a/ o m,todo dial,tico/ como diz
Sartre/ ;recusa
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* D$SA0H* D* C*46$CHM$4&* Uine!itI!el im3ricamento entre con"ecimento e interesse/ entre condifes "istKricas e a!ano das ci8ncias/entre identidade do pesuisador e seu o3Eeto/ e a necessidade indiscut!el da crtica interna e eXterna nao3Eeti!ao do sa3er- * prKprio termo ;Metodologias Pualitati!as; consagra uma impreciso/ umadi^iculdade "istKrica das teorias de se posicionar ^rente h especi^icidade do social- $le supfe umaa^irmao da ualidade contra a uantidade/ re^letindo uma luta teKrica entre o positi!ismo e as correntes
compreensi!istas em relao h apreenso dos signi^icados- Se entendermos a interdepend8ncia e ainsepara3ilidade entre os aspectos uanti^icI!eis e a !i!8ncia signi^icati!a da realidade o3Eeti!a nocotidiano/ !eremos a re^erida denominao como redundante e mesmo parcial- A noo de Metodologiade 2esuisa Social _ no ^ossem as conotafes "istoricamente mediadas do primeiro termo _ seriasu^iciente para uali^icar o campo de a3ordagem das relafes sociais/ a3rangente de seus aspectosestruturais e da !iso ue os atores sociais proEetam dessas relafes-&razendo o de3ate do ;ualitati!o; para o campo da Sade/ presencia
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* D$SA0H* D* C*46$CHM$4&* V&al como , pensado neste tra3al"o/ o conceito sociolKgico de Sade ret,m ao mesmo tempo suasdimensfes estruturais e polticas e cont,m os aspectos "istKrico
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1\ * D$SA0H* D* C*46$CHM$4&*clnicos e sociolKgicos !i!idos culturalmente/ porue as ^ormas como a sociedade os eXperimenta/
cristalizam e sim3olizam as maneiras pelas uais ela en^renta seu medo da morte e eXorciza seus^antasmas- 4este serttido sadeFdoena importam tanto por seus e^eitos no corpo como pelas suasrepercussfes no imaginIrio? am3os so reais em suas conse8ncias- 2ortanto/ incluindo os dadosoperaciona
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Y * D$SA0H* D* C*46$CHM$4&* H$m seguida/ no terceiro captulo/ a3orda
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CA2H&()*
H4&5*D(L* ` M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)PRIMEIRA PARTE
C*4C$H&*S %+SHC*S)S&$captulo tem um o3Eeti!o introdutKrio- .isa a conceituar alguns termos ue constituem o o3Eeti!o aser perseguido durante todo o tra3al"o- 2retende tam3,m pro3lematizar a a3ordagem da pesuisa social-
Di!ide
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QR M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)ideolKgica ue/ por sua !ez/ tem a !er com a luta poltica mais ampla na sociedade-A $S2$CH0HCHDAD$DAM$&*D*)*GHADA2$SP(HSAS*CHA)l$ntrar no campo da Metodologia da 2esuisa Social , penetrar num mundo pol8mico onde "I uestfesno resol!idas e onde o de3ate tem sido perene e no conclusi!oJ* primeiro tema mais pro3lemItico , o da di^erena ou no entre os m,todos espec^icos das ci8ncias
sociais e das ci8ncias ^sico
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) Qlimites dados pela realidade do desen!ol!imento social- 2ortanto/ tanto os indi!duos como os grupos etam3,m os pesuisadores so dialeticamente autores e ^rutos de seu tempo "istKrico-(ma terceira caracterstica das Ci8ncias Sociais , a identidade ente o suJeito e o obJeto da in!estigao-$las in!estigam seres "umanos ue/ em3ora seEamEnuito@di^erentes por razfes culturais/ de classe/ de^aiXa etIria oupor ualuer outro moti!o/ t8m um su3strato comum ueEaaJoE&iarn solidariainente
im3ricados e comprometidos/*utro aspecto distinti!o das Ci8ncias Sociais , o ^ato de ue ela , intnseca e e8tinsecammteideol!gica.4ingu,m "oEe ousaria negar a e!id8nciaEie ueEoda ci8ncia , comprometida- $la !eiculainteresses e !isfes de mundo "istoricamente construdas e se su3mete e resiste aosEimitesEdadps pelosesuemas de dominao !igentes- Mas as ci8ncias ^sicas e 3iolKgicas participam de ^orma di^erente docomprometimento social/ pois eXiste um distanciamento de natureza entre o ^sico e o 3iolKgico emrelao a seu o3Eeto/ em3ora as desco3ertas da c"amada ;no!a ^sica; re!elem o im3ricamento relacionaientre o pesuisador e a natureza? ;o real , a realidade ue ele con"ece;- 4a in!estigao social/ por,m/essa relao , muito mais crucial- A !iso de mundo do pesuisador e dos atores sociais esto implicadasem todo o processo de con"ecimento/ desde a concepo do o3Eeto at, o resultado do tra3al"o- umacondio da pesuisa/ ue uma !ez con"ecida e assumida pode ter como ^ruto a tentati!a de o3Eeti!aodo con"ecimento- Hsto ,/ usando
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QQ M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)"istKricacultural/ poltica e ideolKgica ue no podser contida apenas numa ^Krmula num,rici^ou numdado estatstica- Gur!itc" 9[VV:/ nos diz ue a realidade tem camadas e a grande tare^a do pesuisador ,de apreender al,m do !is!el/ do ;mor^olKgico/ e do ecolKgico; _ ue podem ser entendidosuantitati!amente _ os outros n!eis ue interagem e tornam o social to compleXo- 4este sentido/ ,uestionI!el porue redundante a denominao ;2esuisa ualitati!a; usada neste tra3al"o- uma
terminologia imprKpria ue sK tem sentido por oposio a ;2esuisa uantitati!a;- A rigor ualuerin!estigao social de!eria contemplar uma caracterstica 3Isica de seu o3Eeto? o aspecto ualitati!o- Hssoimplica considerar suEeito de estudo?gente, em deteminada condio social,pertencente- deteminadogupo social ou classe com suas cenas, *aloes e significados. Hmplica tam3,m considerar ue o o3Eetodas ci8ncias sociais , compleXo/ contraditKrio/ inaca3ado/ e em permanente trans^ormao-* C*4C$H&*D$M$&*D*)*GHAA compreenso da especi^icidade do m,todo das ci8ncias sociais nos conduz h pergunta espec^ica so3re oconceito deMetodologia.$ntendemos por metodologia o camin"o e o instrumental prKprios de a3ordagem da realidade- 4estesentido/ a metodologia ocupa lugar central no interior das teorias sociais/ pois ela ^az parte intrnseca da!iso social de mundo !eiculada na teoria- $m ^ace da dial,tica/ por eXemplo/ o m,todo , o prKprio
processo de desen!ol!imento das coisas- )8nin nos ensina ue o m,todo no , a ^orma eXterior/ , aprKpria alma do contedo porue ele ^az a relao entre o pensamento e a eXist8ncia e !ice
9[VV/Y:-6I autores por,m ue consideram a metodologia como tendo um papel seundIriodeEdi8ncias-AErazadeser dessa atitude , p ^atoEie ueEicompreendam como um conEunto de t,cnicas a serem usadas
parase@a3ordaro socialDa ^orma como a tratamos neste tra3al"o/ a metodologia inclui as concepfes teKricas de a3ordagem/ oconEunto de t,cnicas ue possi3ilitam aEipreens da realidade e tam3,m o potencial criati!o Uo
pesuisador- !
$nuanto a3rang8ncia de concepfes teKricas de a3ordagem/ a
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) QU
ci8ncia e a metodologia camin"am Euntas/ intrinca!elmente engaEadas- 2or sua !ez/ o conEunto de t,cnicasconstitui um instrumental secundIrio em relao h teoria/ mas importante enuanto cuidado metKdico detra3al"o- $las encamin"am para a prItica as uestfes ^ormuladas a3stratamente- Seu endeusamento e rei^icao conduzem ao empirismo to ^reente ainda nas ci8ncias sociais- Mas o contrIrio/ isto ,/ aeXcessi!a teorizao e a pouca disposio de instrumentos para a3ordar a realidade/ pro!enientes de uma
perspecti!a pouco "eurstica/ conduzem a di!agafes a3stratas ou pouco precisas em relao ao o3Eeto deestudo-Se a teoria/ se as t,cnicas so indispensI!eis para a in!estigao social/ a capacidade criadora e aeXperi8ncia do pesuisador Eogam tam3,m um papel importante- $las podem relati!izar o instrumentalt,cnico e superI
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Q M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)F ^lete tam3,m di^icul6ades e pro3lemas prKprios das Ci8ncias Soei ) a sua relati!a Eu!entude paradelimitar m,todos e leis espec^iDo ponto de !ista antropolKgico/pode
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) QVdos ^inanciadores como o relati!ismo cultural/ o pensamento lKgico dos primiti!os e a auto
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Q\ M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)campo de anIlise/ sem pretenderem reproduzir a realidade ou tornI
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) QZ^ormulao de polticas- 4o nosso caso/ os Censos e as 2esuisas do H%G$ seriam eXemplos clIssicos de
pesuisas de intelig8ncia- De> alguma ^orma simpli^icada/ as 2esuisas de *pinio 23lica preenc"eriamtam3,m essa ^uno sociolKgica 9%ulmer? [ZY/ Y
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QY M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)nossa produo/ ue podemos re^letir so3re 2esuisa e so3re Metodologia de 2esuisa Social como o^aremos neste tra3al"o-P(A4&H&A&H.*2E+S>SP(A)H&A&H.*/ S(%J$&H.*2E+S>S*%J$&H.*0reentemente/ de acordo com nosso ponto de !ista/ a discusso relati!a aos m,todos uantitati!os eualitati!os na a3ordagem do social tem se desen!ol!ido de ^orma inadeuada- A dicotomia ue se
esta3elece na prItica/ de um lado/ deiXa h margem rele!ncias e dados ue no podem ser contidos emnumeres/ e de outro lado/ hs !ezes contempla apenas os signi^icados su3Eeti!os/ omitindo a realidadeestruturada-Di!ersas !ezes !oltaremos a esse tema no presente tra3al"o/ repetindo autores ue tra3al"ameXausti!amente com a uesto- Gur!itc"/ por eXemplo/ denomina a regio mais !is!el dos ^enjmenossociais de ;mor^olKgica/ ecolKgica/ Irea concreta; 9[VV/Rss:- $ comenta ue esse n!el admite umaeXpresso adeuada atra!,s de euafes/ m,dias/ grI^icos e estatsticas/ * mesmo autor/ por,m/ c"amaateno para o ^ato de ue/ a partir da torna
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) Q[gil/ ao ;medirem; !ariI!eis cuEa operacionalizao em indicadores num,ricos estI al,m das
possi3ilidades das ci8ncias sociais 9[YU/\U:-$ste autor/ enuanto parte da presid8ncia do H%G$ e responsI!el pelo Departamento de HndicadoresSociais/ propjs a constituio de um grupo de estudo ;ualitati!o; ue tentasse apro^undar aspectos darealidade 3rasileira ue os indicadores num,ricos apontassem como cruciais- Seu argumento , de ue a
aglomerao dos dados apenas oculta e ^alseia a eXist8ncia de ^enjmenos de eXtrema rele!ncia para acompreenso da situao do pas- $m conse8ncia/ isso tem in^lu8ncia nas proposifes de polticassociais-
4os comentIrios so3re o tra3al"o/ 2arga 4ina recon"ece ue pesuisas ualitati!as podem ser deualidade muito superior hs ue ^azem anIlises uantitati!as e c"ama ateno para o ^ato de ue noeXiste um continuum entre ualitati!o
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UR M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)A grande uesto em relao h uanti^icao na anIlise sociolKgica , a sua possi3ilidade de esgotar o^enjmeno social- Corre
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) Udizer ue o m,todo positi!ista emprico ameaa ^etic"izar seus assuntos e tornar
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UQ M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)* positi!ismo sociolKgico clIssico 9Durk"eim? [ZY: atri3ui h imaturidade das ci8ncias sociais o ^ato deela no ser capaz de pre!er e de determinar a ao "umana- As outras teorias ue incorporam no seum3ito a intersu3Eeti!idade/ a^irmam ue a !ida "umana , essencialmente di^erente e ue essa di^erena^undamental em relao hs ci8ncias ^sicas e 3iolKgicas reuer um tratamento teKrico di!erso-2odemos dizer ue "oEe/ ao mesmo tempo em ue acontece in^ormatizao de todos os setores da
organizao social/ eXiste uma re!alorizao do ualitati!o nas ci8ncias sociais/ 6I um mo!imento emtorno dauele aspecto para o ual Granger c"ama ateno? ;o !i!ido;/ isto ,/ ;a eXperi8ncia ue , captadano como predicado de um o3Eeto/ mas como ^luXo de cuEa ess8ncia temos consci8ncia em ^orma derelem3ranas? atitudes/ moti!afes/ !alores e signi^icados su3Eeti!os; 9Granger? [\Z/RZ:-&rata
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) UUpoder trans^ormado em impot8ncia * pro3lema se reduziu h pergunta so3re a natureza do "omem/ uegan"ou um no!o signi^icado/ so3retudo prItico; 9[\Q/[
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U M$&*D*HJ*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)no signi^ica/ de modo algum/ ue se ^alsi^iuem os ^atos ou ue eles seEam !istosincorretamente- 2elo contrIrio/ a participao no conteXto !i!o da !ida social , umapressuposio da compreenso da natureza interna de seu contedo- / despe@o pelos elementosualitati*os e a completa estio da *ontade no constitui obJeti*idade e sim negao da ualidadeessencial do obJeto& 9gri^o nosso: 9[\Y/ZU:-
As pala!ras de Mann"eim eXpressam o pensamento de !Irias correntes teKricas das ci8nciassociais/ mas ao mesmo tempo uma luta no campo intelectual em relao ao positi!ismo clIssicoou ao psicologismo- * ^uncionalismo destaca a importncia do sentido social da conduta"umana/ em oposio hs atri3uifes indi!iduais dos moti!os das condutas- Hsto ,/ su3stitui aseXplicafes su3Eeti!istas das condutas pelos determinantes dos sistemas sociais e 3usca osentido da inter
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U\ M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)so da neutralidade/ mas nos diz ue , necessIrio 3uscar ^ormas de reduzir a incurso eXcessi!a dos Euzosde !alor na pesuisa- *s m,todos e t,cnicas de preparao do o3Eeto de estudo/ de coleta e tratamento dosdados aEudam o pesuisador/ de um lado a ter uma !iso crtica de seu tra3al"o e/ de outro/ de agir cominstrumentos ue l"e indicam ela3orafes mais o3Eeti!adas- Con^orme ad!erte Demo/ no la3or dein!estigao/ a prItica no su3stitui a teoria e !ice
Muitas so tam3,m as crticas ue podem ser ^eitas h a3ordagem ualitati!a- .8m dos mais di^erentespontos e atacando ^lancos !ariados- As mais ^reentes seriam? a# o empirismo de ue so acometidosmuitos pesuisadores ue passam a considerar ci8ncia a prKpria descrio dos ^atos ue l"es so^ornecidos pelos atores sociais- Dele esto im3udos aueles ue consideram a !erso das pessoas so3reos ^atos como a prKpria !erdade- JI Durk"eim c"ama!a ateno para es te pro3lema 9[ZY/QZss: b# a8n^ase na descrio dos ^enjmenos em detrimento da anIlise dos ^atos c# o en!ol!imento do pesuisadorcom seus !alores/ emofes e !iso de mundo na anIlise da realidade d# a di^iculdade em si de tra3al"arcom ;estados mentais;-As crticas em relao h a3ordagem ualitati!a na !erdade so constatafes das ^al"as e das di^iculdadesna construo do con"ecimento- Mas as ;ci8ncias sociais no podem deiXar de estar permanentementeengaEadas num discurso com seu prKprio o3Eeto de estudo? um discurso/ no ual tanto o in!estigadoruanto o assunto compartil"am dos mesmos recursos; 9Giddens? [ZY/ QU:-Cremos ue a pol8mica uantitati!o *esus ualitati!o/ o3Eeti!o *esus su3Eeti!o no pode ser assumida
simplistamente como uma opo pessoal do cientista ao a3ordar a realidade- A uesto/ a nosso !er/aponta para o pro3lema ^undamental ue , o prKprio carIter espec^ico do o3Eeto de con"ecimento? o ser"umano e a sociedade- $sse o3Eeto ue , suEeito se recusa peremptoriamente a se re!elar apenas nosnmeros ou a se igualar com sua prKpria apar8ncia- Desta ^orma coloca ao estudioso o dilema decontentar
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) UZS$G(4DA 2A5&$)H46AS D$ 2$4SAM$4&*.< ;$n!ol!er uma teoria com o manto da !erdade , atri3uir mas a de^inio e a distri3uio destes lugares e destas ^unfes-*s !erdadeiros >suEeitos> so pois estes definidoes e estes distibuidoes% as relafes de produo;9Alt"usser? [\\/VZ: 9gri^o do autor:-
A eleio das ;relafes t,cnicas; como suEeito traz em conse8ncia uma !iso por !ezes mecanicista e^etic"izada da realidade contra a ual MarX nos pre!ine no seu teXto ;* 0etic"ismo da Mercadoria;9MarX? / Capital, )i!ro H/ [Z/ Z[
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YQ M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)ue pri!ilegiam mudanas ao n!el dos arca3ouos polticos da dominao e da organizao eadministrao do setor- So pouco presentes os estudos ue/ a partir dos suEeitos sociais e de suasrepresentafes/ a!aliam e uestionam o sistema/ os ser!ios e as prIticas-A introduo mais recente do re^erencial gramsciano no con"ecimento do setor tem ^eito e!oluir umalin"a de pensamento ue com3ina mel"or a anIlise das estruturas com o dinamismo prKprio das relafes
e representafes sociais- * conceito de $egemoniapermite analisar as relafes entre as classes tam3,m^ora do terreno da produo econjmica e tra3al"ar com os aspectos da direo cultural e poltica- Al,mdisso/ o uadro teKrico de Gramsci re!aloriza o campo ideolKgico no apenas como ^orma de dominao/mas tam3,m de con"ecimento/ identi^icando o dinamismo/ a concreo e a "istoricidade das !isfesdi^erenciadas de mundo 9Gramsci? [Y:-
4a mesma lin"a de a3ertura do leue conceituai para o dinamismo da ao dos suEeitos na trans^ormaodas estruturas "I outros autores cuEa a3ordagem teKrica permite camin"ar em 3usca do ;ponto deAruimedes; 9Anderson? [Y/QU: marXista na Irea da sade/ superando
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) YUclasse/ de dominao e de resist8ncia- $ssa de^inio eXtrapola auela ue dI 8n^ase apenas aos aspectost,cnicos e econjmicos/ e a3range a totalidade das relafes antagjnicas entre capital e tra3al"o no interiordo processo produti!o/ (b# As condi1es geais de poduo na relao imediata entre o processo de
produo e a estrutura social e poltica onde se dI a organizao do espao/ a distri3uio da riueza/ doseuipamentos de !ida ur3ana e social/ isto ,/ as condifes de !ida e a inter!eno do $stado 9MarX? [Z/
Q
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Y M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)restrifes a esse desen!ol!imento/ ue a lKgica da acumulao impfe-2or sua !ez/ o $stado tem ue ser incorporado nas anIlises/ como um instrumento ue re^lete ascontradifes e as prKprias lutas de classes geradas pela segregao social- * $stado , uma ^ormaampliada de socializao das condifes gerais de produo- 5ealiza? (a# a regulao social ue atenua ose^eitos das desigualdades/ da eXcluso e da mutilao capitalista em relao hs classes tra3al"adoras (b# a
seleo/ a dissociao e a segregao dos recursos p3licos destinados aos meios de consumo coleti!o9euipamentos e ser!ios de sade/ educao/ transporte/ saneamento/ lazer etc-: para a reproduo da^ora de tra3al"o/ (c# / papel cental da luta de classes na tansfomao e no e*ento de no*asestutuas% ue signi^ica a considerao da ao "umana e o papel do suEeito "istKrico no processo demudanas- A ao tem o carIter no sK de trans^ormar a natureza ao criar a possi3ilidade de eXist8nciamas tam3,m sustem e reproduz o suEeito e modi^ica a realidade das suas relafes sociais? Z;4o sK as condifes o3Eeti!as se modi^icam no ato da reproduo 9---: mas tam3,m os reprodutoresmudam/ pois trazem h luz no!as ualidades ue neles eXistiam/ en!ol!em
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) YVmente a3rangente para perce3er? (a# o carIter de amplitude das !isfes dominantes e ao mesmo tempo arecproca aculturao ue se processa inter e intraclasses/ entre e intragrupos/ segmentos e categorias noue se concerne aos ^enjmenos sociais/ incluindo
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Y\ M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA)4esse ponto a re^leXo se dirige para a !ertente da tradio marXista ue atra!,s de )ukIcs/ de Gramsci/de Sartre e de &"ompson 9para mencionar apenas alguns grandes nomes: encamin"am as uestfes daconsci8ncia de classes e do suEeito "istKrico/ numa perspecti!a teKrico
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M$&*D*)*GHA D$ 2$SP(HSA S*CHA) YZ;2erguntar se as P8ncias Sociais de!em ser dial,ticas ou no/ , simplesmente perguntar se elas de!emcompreender ou de^ormar a realidade; 9[YR/ ZR:-Cardoso/ em / Mtodo Dialtico na n"lise Sociol!gica 9[ZU: recupera a contri3uio do^uncionalismo e do estruturalismo para a compreenso das totalidades sociais/ mas mostra ue apenas om,todo dial,tico consegue apreender? (a# o real ^enom8nico numa s,rie de mediafes pelas uais as
determinafes imediatas e simples alcanam inteligi3ilidade ao se cincunscre!erem em constelafesglo3ais (b# as representafes da realidade dos atores sociais e as coneXfes espec^icas 9no mecnicas eirre!ers!eis: ue a realidade emprica mant,m com os ^atores e e^eitos essenciais ue determinam adinmica e o sentido do processo social (c# a trans^ormao da natureza e da sociedade e/ ao mesmotempo/ as regularidades estruturais e os ^enjmenos ue se repetem/ como produto o3Eeti!ado da ati!idadesocial processo ue estI em permanente criao pela ao "umana 9[ZU?
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,fc-*
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CA2'&()* Q
0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA
A 3A4EE*loa&iadaPes+$isa2&aoio&a&e+$eela em si pode ser considerada uma2esuisa $XploratKria- Compreende a etapa de escol"a do tKpico de in!estigao/ de delimitao do
pro3lema/ de de^inio do o3Eeto e dos o3Eeti!os/ de construo do marco teKrico conceituai/ dosinstrumentos de coleta de dados e da eXplorao do campo-A partir da perspecti!a dial,tica ue deseEamos seguir/ gostaramos de apresentar as 3alizas dentro dasuais/ a nosso !er/ se processa o con"ecimento- A primeira delas , seu carIter aproXimado- Hsto ,/ ocon"ecimento , uma construo ue se ^az a partir de outros con"ecimentos so3re os uais se eXercita aapreenso/ a crtica e a d!ida- um processo de tentati!as ue )imoeiro Cardoso esclarece muito 3em/usando a imagem do ^eiXe de luz?;* con"ecimento se ^az a custo/ de muitas tentati!as e da incid8ncia de muitos ^eiXes de luz/multiplicando os pontos de !ista di^erentes- A incid8ncia de um nico ^eiXe de luz no , su^iciente parailuminar um o3Eeto- * resultado dessa eXperi8ncia sK pode ser incompleto e imper^eito/ dependendo da
perspecti!a em ue a luz , irradiada e da sua intensidade- A incid8ncia a partir de outros pontos de !ista ede outras intensidades luminosas !ai dando ^ormas mais de^inidas ao o3Eeto/ !ai construindo um o3Eetoue l"e , prKprio- A utilizao de outras ^ontes luminosas poderI ^ormar um o3Eeto inteiramente di!erso/ou indicar dimenso inteiramente no!as ao o3Eeto; 9)imoeiro Cardoso? [ZY/ QZs:-59
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[R 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA$sse carIter aproXimado do sa3er intelectual , rele!ante em toda a teoria marXista e )8nin comenta ue/ao re^letir a realidade/ o con"ecimento o^erece sempre uma imagem mais grosseira ue o real/ tanto no
plano do pensamento como dos sentimentos 9[VV/QY:-* segundo ponto diz respeito ao carIter de inacessi3ilidade do o3Eeto- A inatingi3ilidade do obJeto seeXplica pelo ^ato de ue as id,ias ue ^azemos so3re os ^atos so sempre mais imprecisas/ mais parciais/
mais imper^eitas ue ele- 2ortanto/ o processo de pesuisa consiste na de^inio e rede^inio do o3Eeto-De um lado/ porue seu con"ecimento , ^ruto de um eXerccio de cooperao onde tra3al"amos so3re asdesco3ertas uns dos outros depois/ porue cada teoria ^ormula o o3Eeto segundo seus pressupostos- 4estesentido/ como a^irma )imoeiro Cardoso/ ele , sempre uma ;representao; ^eita so3 determinado pontode !ista/ tentando/ a seu modo/ reproduzir o real 9[ZY/UR:-* terceiro ponto se re^ere h !inculao entre pensamento e ao- *u seEa/ nada pode ser intelectualmenteum pro3lema/ se no ti!er sido/ em primeira instncia/ um pro3lema da !ida prItica- Hsto uer dizer ue aescol"a de um tema no emerge espontaneamente/ da mesma ^orma ue o con"ecimento no ,espontneo- Surge de interesses e circunstncias socialmente condicionadas/ ^rutos de determinadainsero no real/ nele encontrando suas razfes e seus o3Eeti!os- $sse , um ponto de !ista ue rene tantoo racionalismo a3erto de %ac"elard 9[\Y: como a dial,tica marXista 9)ukIcs? [Z 6a3ermas?[YR/[YY: e o perspecti!ismo de Mann"eim 9[Z:-* uarto ponto en^atiza o carIter originariamente interessado do con"ecimento ao mesmo tempo ue sua
relati!a autonomia- * ol"ar so3re o *3Eeto estI condicionado "istoricamente pela posio social docientista e pelas correntes de pensamento em con^lito na sociedade 9)o7y? [YV/V:- 2or,m eXiste uma;autonomia relati!a; das ci8ncias sociais/ uma certa continuidade no interior dessa ci8ncia 9MarXcontinua/ critica e ultrapassa 5icardo na &eoria do .alor:/ uma l!gica intena da pesuisa cientfica, umaespecialidade da ci8ncia enuanto prItica/ !isando a desco3erta da !erdade 9)o7y? [YV/ [
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA [4o entanto/ diz ele/ , necessIrio admitir ue apKs uma classe ter desco3erto algum ^ato "istKrico ousociolKgico/ todos os grupos/ uaisuer seEam seus interesses/ no sK podem le!ar em considerao asdesco3ertas como as incorporam ao seu sistema de interpretao do mundo- As correntes intelectuaisdi!ersas no se desen!ol!em isoladamente mas se a^etam e se enriuecem mutuamente- $m3ora no se^undam num sistema comum/ consideram a totalidade dos ^atos desco3ertos/ partindo de di^erentes
aXiomas gerais 9Mann"eim? [Z/ QY
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[Q 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSAselecionados da realidade emprica- (ma teoria rene um conEunto de pressupostos e aXiomas 9umaa^irmao cuEa !erdade , e!idente e uni!ersalmente aceita em determinada disciplina:/ proposifeslogicamente inter
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[Q 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSAselecionados da realidade emprica- (ma teoria rene um conEunto de pressupostos e aXiomas 9umaa^irmao cuEa !erdade , e!idente e uni!ersalmente aceita em determinada disciplina:/ proposifeslogicamente inter
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA [Umetidos da construo dos conceitos/ c"amando ateno para a necessidade de apreend8
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[ 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA4a ;Hntroduo; h Ctica da Economia 'oltica 9[ZU/ Q
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA [V(d# De^inimos 6H2b&$S$Scomo a^irmafes pro!isKrias a respeito de determinado ^enjmeno em estudo-So a^irmafes para serem testadas empiricamente e depois con^irmadas ou reEeitadas- (ma "ipKtesecient^ica deri!a de um sistema teKrico e dos resultados de estudos anteriores e portanto ^azem parte ouso deduzidas das teorias/ mas tam3,m podem surgir da o3ser!ao e da eXperi8ncia nesse Eogo sempreimpreciso e inaca3ado ue relaciona teoria e prItica-
Goode 1 6att propfem algumas condifes para a ^ormulao de "ipKteses em ci8ncias sociais ueresumimos a seguir? (a# ue seEam conceitualmente claras/ parcimoniosas e com poder eXplicati!o/c"egando a de^inir sua operacionalidade (b# ue ten"am re^er8ncias empricas/ isto ,/ ue esteEamrelacionadas com os ^enjmenos concretos ue se pretende estudar (c# ue seEam relacionadas com ast,cnicas dispon!eis/ isto ,/ possi3ilitem a apreenso emprica dos aspectos ue se uer in!estigar 9Goode1 6att? [\[/ R
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[\ 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSAuesto da !eri^icao/ muitos analistas se !oltam para os dados uanti^icI!eis- necessIrio ultrapassar esse !i,s positi!ista das ci8ncias sociais e uando ^or poss!el uanti^icar/uanti^iuemos/ mas no colouemos a a cienti^icidade do tra3al"o- *s dados ;ualitati!os; soimportantes na construo do con"ecimento e/ tam3,m eles/ podem permitir o incio de uma teoria ou asua re^ormulao/ re^ocalizar ou clari^icar a3ordagens EI consolidadas/ sem ue seEa necessIria a
compro!ao ^ormal uantitati!a- * princpio geral , de ue todos os dados de!em ser articulados com ateoria- A o3ser!ao cient^ica/ seEa a partir de "ipKteses 3em delineadas/ seEa com pressupostos maisgerais/ , sempre pol8mica/ con^irma ou in^irma teses anteriores-A natureza mais a3erta e interati!a de um tra3al"o ualitati!o ue en!ol!e o3ser!ao participante/
permite ue o in!estigador com3ine o a^azer de con^irmar ou in^ irmar "ipKteses com as !antagens deuma a3ordagem nonca- 2or,m/ de!e conser!ar uma a3ertura e
^leXi3ilidade capazes de/ apesar da teoria/ desco3rir as particularidades da realidade emprica9Malino7ski? [YR/Z
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA [Zpo de prIticas/ onde as uestfes ue incitam nossa curiosidade teKrica se concentram/ como por eXemplo/Sade do &ra3al"ador/ 2olticas 23licas/ Sade e Cultura/ $ducao e Sade etc- 4o interior dessaeade Inteesse ue antecede e ultrapassa um proEeto espec^ico/ se situa a uesto da de^inio do /bJeto oua de^inio do'oblema. &rata
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[Y 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSAalgumas categorias analticas ^undamentais ue constituem pontos de re^er8ncia gerais numa anIlisedial,tica/ como Modo de 2roduo/ 0ormao Social/ Classes/ Consci8ncia Social 9de Classe e SanitIria:-2or,m/ essas categorias no necessitam estar presentes no discurso teKrico ue organiza o proEeto de
pesuisa- Dele de!em constar as de^inifes ue se ^azem necessIrias para ^azer surgir do ;caos inicial; oo3Eeto espec^ico com seus contornos gerais-
* segundo aspecto a ser o3ser!ado em relao h 3i3liogra^ia diz respeito h sua leitura- necessIrioa3ordI
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA [[todos os seus aspectos e sempre pro!isKria dentro da a3ordagem dial,tica ue adotamos: (b#Justi^icati!a? ue descre!e os moti!os !i!enciais e teKricos ue impulsionaram a escol"a do o3Eeto-Colocando
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RR 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA5oteiro , sempre um guia/ nunca um o3stIculo/ portanto no pode pre!er todas as situafes e condifesde tra3al"o de campo- dentro dessa !iso ue de!e ser ela3orado e usado- 4o processo de pesuisa
pode surgir a necessidade da ela3orao de um uestionIrio ^ec"ado para captar aspectos consideradosrele!antes para iluminar a compreenso do o3Eeto/ esta3elecer relafes e generalizafes- importante ouso de !Irias t,cnicas e no "I oposio entre elas- * princpio 3Isico para ela3orao do uestionIrio , o
mesmo ue adotamos em relao ao roteiro? cada uesto ten"a como pressuposto o marco teKricodesen"ado para a construo do o3Eeto-HH _ Com relao aos instrumentos para a *%S$5.AL*2A5&HCH2A4&$/ , importante ue o in!estigadortome algumas decisfes nesse momento preparatKrio- *u seEa/ serI uma o3ser!ao li!re ou realizadaatra!,s de roteiro espec^ico A3rangerI o conEunto do espao e do tempo pre!isto para o tra3al"o decampo ou se limitarI a instantes eF ou a aspectos da realidade/ dando 8n^ase a determinados elementos nainteraoDe acordo com os o3Eeti!os da pesuisa/ de!e
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA Rda realizao das entre!istas- *u pelo contrIrio/ o in!estigador decide esta3elecer de antemo o contedoe a ^orma de de3ate para ue os grupos ^ocais se processempai passu com as outras t,cnicas dea3ordagem- poss!el tam3,m ue se tomem as discussfes em grupo como o instrumento principal dea3ordagem da pesuisa- Da ue o contedo dos grupos de estudo !ai di!ersi^icar? (a#pode ter um papelcomplementar/ dando 8n^ase a alguns aspectos considerados rele!antes (b#pode repetir as uestfes do
roteiro para se perce3er a realizao da interao indi!idual e grupai (c#pode merecer umapro^undamento sucessi!o/ em !Irias sessfes/ tomando um carIter su3stanti!o na pesuisa-A in!estigao ualitati!a reuer como atitudes ^undamentais a a3ertura/ a ^leXi3ilidade/ a capacidade deo3ser!ao e de interao com o grupo de in!estigadores e com os atores sociais en!ol!idos- Seusinstrumentos costumam ser ^acilmente corrigidos e readaptados durante o processo de tra3al"o de campo/!isando hs ^inalidades da in!estigao- Mas no se pode ir para a ati!idade de campo sem se pre!er as^ormas de realizI
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RQ 0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA4uma a3ordagem uantitati!a/ de^inida a populao/ 3usca
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0AS$ $2)*5A&b5HA DA 2$SP(HSA RUa3ranger todos os atores ue compfem o programa/ com 8n^ase no grupo social mais rele!ante para ain!estigao/ isto ,/ ^amlias com crianas cuEa ^aiXa etIria se inclui nessa poltica de sade- Mas dentrodesse grupo seria interessante reco3rir mes ue rece3em os 3ene^cios do programa e outras ue norece3em/ permitindo contrastes e comparafes- necessIrio/ por outro lado/ incluir a instituio p3lica/os pro^issionais e agentes de sade responsI!eis pela aplicao da poltica- $ por ^im a3ordar outros
suEeitos sociais relacionados com a uesto como ^armac8uticos/ curandeiros/ reza
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*ili4&$4D$M*Spor Campo/ na pesuisa ualitati!a/ o recorte espacial ue corresponde h a3rang8ncia/ emtermos empricos/ do recorte teKrico correspondente ao o3Eeto da in!estigao- 2or eXemplo/ se se trata deentender as concepfes de sadeFdoena de determinado grupo social se se trata de entender a relao
pedagKgica entre m,dicoFpaciente se se 3usca compreender o impacto de determinada poltica p3lica
para a populao/ cada um desses temas corresponde a um campo emprico determinado- A pesuisasocial tra3al"a comgente, com atores sociais em relao/ com grupos espec^icos- $sses suEeitos dein!estigao/ primeiramente/ so construdos teoricamente enuanto componentes do obJeto de estudo.
4o campo/ ^azem parte de uma relao de intersu3Eeti!idade/ de interao social com o pesuisador/ daresultando um produto no!o e con^rontante tanto com a realidade concreta como com as "ipKteses e
pressupostos teKricos/ num processo mais amplo de construo de con"ecimentos-* tra3al"o de campo constitui
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*)J4&$4D$M*Spor Campo, na pesuisa ualitati!a/ o recorte espacial ue corresponde h a3rang8ncia/em termos empricos/ do recorte teKrico correspondente ao o3Eeto da in!estigao- 2or eXemplo/ se setrata de entender as concepfes de sadeFdoena de determinado grupo social se se trata de entender arelao pedagKgica entre m,dicoFpaciente se se 3usca compreender o impacto de determinada poltica
p3lica para a populao/ cada um desses temas corresponde a um campo emprico determinado- Apesuisa social tra3al"a comgente, com atores sociais em relao/ com grupos espec^icos- $sses suEeitosde in!estigao/ primeiramente/ so construdos teoricamente enuanto componentes do obJeto de estudo.
4o campo/ ^azem parte de uma relao de intersu3Eeti!idade/ de interao social com o pesuisador/ daresultando um produto no!o e con^rontante tanto com a realidade concreta como com as "ipKteses e
pressupostos teKricos/ num processo mais amplo de construo de con"ecimentos-* tra3al"o de campo constitui
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R\ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2** tra3al"o de campo , de tal ^orma !alorizado na pesuisa social ualitati!a ue ),!i
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* RZSo componentes do tra3al"o de campo duas categorias ^undamentais ue tentaremos a3ordar maiseXausti!amente? (a# Ente*ista, nome gen,rico no ual incluiremos di^erentes a3ordagens ue podemser decompostas em? entre!ista a3erta/ entre!ista estruturada/ entre!ista semi
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RY 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*;Con!ersa a dois/ ^eita por iniciati!a do entre!istador/ destinada a ^ornecer in^ormafes pertinentes paraum o3Eeto de pesuisa/ e entrada 9pelo entre!istador: em temas igualmente pertinentes com !istas a esteo3Eeti!o; 9[\Q/ VQ:-A re^erida conceituao poderia ser replicada com peuenas di^erenas/ pelos di^erentes autores uetratam do tema 9&"iollent? [ZY Sc"rader? [\Y Mic"elat? [ZV andel? [ZQ Goode 1 6att? [VQ
6yman? [V:-Mediante a entre!ista podem ser o3tidos dados de duas naturezas? (a# os ue se re^erem a ^atos ue opesuisador poderia conseguir atra!,s de outras ^ontes como censos/ estatsticas/ registros ci!is/ atestadosde K3itos etc- So dados a ue )und3erg c"ama ;o3Eeti!os; 9[\: 2arga 4ina denomina ;concretos;9[YU: e Gur!itc" 9[VV: os uali^ica como pertencentes ao n!el ;ecolKgico ou mor
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* R[con!ersa so3re determinado tema sem pr,!io roteiro (e# entre!ista proEeti!a/ isto ,/ centrada em t,cnicas!isuais 9uadros/ pinturas/ ^otos: usada uase sempre para apro^undar in^ormafes so3re determinadogrupo 96onnigmann? [V:-2odemos dizer ue as di^erentes ^ormas de entre!istas se resumem em ;estruturada; e ;no
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R 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*gia de transmitir/ atra!,s de um porta
e sens!el de relao social;- $ continua?;$Xiste uma parte muito importante da comunicao ideolKgica ue no pode ser !inculada a uma es^eraideolKgica particular? trata
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TM E64E78 TRAA;< D$ CAM2*gn de transmitir/ atra!,s de um porta
e sens!el de relao social;- $ continua?;$Xiste uma parte muito importante da comunicao ideolKgica ue no pode ser !inculada a uma es^eraideolKgica particular? trata
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* ;&odos os mem3ros do mesmo grupo ou da mesma classe so produtos de condifes o3Eeti!as id8nticas-Da a possi3ilidade de se eXercer na anIlise da prItica social/ o e^eito de uni*esali@ao e depaticulai@ao, na medida em ue eles se "omogeneizam/ distinguindo torna poss!el ocumprimento de tare^as in^initamente di^erenciais/ graas hs trans^er8ncias analKgicas de esuemas ue
permitem resol!er os pro3lemas/ da mesma ^orma/ graas hs correfes incessantes dos resultados o3tidose dialeticamente produzidos por estes resultados; 9%ourdieu? [ZU/ZY s:-* autor compara o ;"a3itus; com o inconsciente?
;* inconsciente da "istKria ue a "istKria produz/ incorporando as estruturas o3Eeti!as ue ele produznesta uase natureza ue , o >"a3itus>; 9[Z/Z[:-
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Q 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*Dir em todo o tempo e lugar/ ue marca a relao;9[ZU/Y:-Sapir concorda com %ourdieu uando a^irma ue ;o indi!duo , um portador passi!o de tradifes;- $ elemesmo se corrige ao de^inir em termos mais dinmicos ue;* indi!duo concretiza so3 mil ^ormas poss!eis id,ias e modos de comportamento implicitamenteinerentes hs estruturas ou hs tradifes de uma sociedade dada; 9[\Z/ Y[:-Acrescenta/ re^erindo
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* UAs citadas re^leXfes ue respondem h uesto da representati
re!elados numa entre!ista/ eles re^letem o carIter "istKrico e espec^ico das relafes sociais- Desta ^ormaos depoimentos t8m ue ser colocados num conteXto de classe/ mas tam3,m de pertin8ncia a umagerao/ a um seXo/ a ^iliafes di^erenciadas etc- $ porue cada ator social se caracteriza por sua
participao/ no seu tempo "istKrico/ num certo nmero de grupos sociais/ in^orma so3re uma;su3cultura; ue l"e , espec^ica e tem relafes di^erenciadas com a cultura dominante-Al,m disso/ como a^irma Sc"utz/ cada ator social e8peimenta e con$ece o ^ato social de ^orma peculiar- a constelao das di^erentes in^ormafes indi!iduais !i!enciadas em comum por um grupo/ ue permitecompor o uadro glo3al das estruturas e das relafes/ onde o mais importante no , a soma doselementos/ mas a compreenso dos modelos culturais e da particularidade das determinafes 9[V/ Q\\:-$ssa compreenso do indi!duo como representati!o tem portanto ue ser completada com as !ariI!eis
prKprias tanto da especi^icidade "istKrica como dos determinantes das relafes sociais- $/ tam3,m/ dentrodo prKprio grupo ou comunidade al!o da pesuisa/ com uma di!ersi^icao ue contemple as "ipKteses/
pressupostos e !ariI!eis estrat,gicas pre!istas para a compreenso do o3Eeto de estudo- -
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*ponto de !ista cultural/ a interao como algo intrinsecamente con^li
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\ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*cionistas sim3Klicos e ^enomenologistas: os proEetam agindo e reagindo durante todo o processo decontato com o pesuisador-$Xemplos desses estudiosos/ Go^^man e %erreman ela3oraram de ^orma plIstica e carregada de detal"essua re^leXo so3re o intercm3io pesuisadorFpesuisado- (sam a imagem do teatro/ para mostrar ueam3os so simultaneamente atores e p3lico na montagem de um espetIculo singular? sua inter
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Y 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*propcios h captao de n!eis mais pro^undos da realidade/ "I/ ao n!el dos indi!duos/ in^ormantesparticularmente ;estrat,gicos; para re!elar os segredos do grupo-Go^^man/ continuando com sua imagem do teatro/ comenta ue?;(m compan"eiro destitudo , sempre pass!el de tornar
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* [ass,dio do pesuisador a seu mundo particular/ seria outra e no os "omens de UV a VV anos- Mas o
princpio de preser!ao do ;risco do desempen"o; seria o mesmo?;$u sugeriria ser geralmente !erdadeiro;/ diz %erreman/ ;ue os in^ormantes mais relutantes acerca dosassuntos ue no seEam da lin"a o^icial/ ou do desempen"o da regio eXterior/ so aueles ue t8m amaior responsa3ilidade pela produo do desempen"o/ portanto/ o maior compromisso com seu sucesso;
9[ZV/ZQ:-Jo"n Dean c"egou a ^azer uma caracterizao ;estereotipada; de alguns atores sociais por eleconsiderados pri!ilegiados para re!elar os 3astidores da realidade?
_ o ;intruso;/ algu,m de ^ora ou de outra classe ue perce3e o grupo social em uesto a partir de outrore^erencial
_ o ;recruta; ou no!ato/ ue se surpreende com detal"es/ estran"ando coisas ue para outros seriamconsideradas 3anais
_ o ;status no!o;/ ue por estar numa etapa de transio de pap,is/ encontra
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QR 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*_ o ;su3ordinado;/ ue por se adaptar sempre aos superiores/ con"ece os segredos e as transgressfes9Dean? [V/ QQQ
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* Qatra!,s de roteiros ^ec"ados escritos (b# as entre!istas semi
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QQ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*costuma de^inir a entre!ista no
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* QUam3ientes tanto naturais como t,cnicos/ os o3Eeti!os/ os corpos e os comportamentos ue participam da!ida social e captI!eis pela percepo eXterior; 9---: em seguida/;as condutas preesta3elecidas ue soconduzidas/ "ieraruizadas/ centralizadas/ segundo certos modelos re^letidos e ^iXados pre!iamente emesuemas mais ou menos rgidos;- 9---: e por ^im ;pap,is sociais assumidos por indi!duos e por grupos/as atitudes coleti!as/ os sm3olos sociais; 9[VV/R
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Q 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*4o caso da pesuisa ualitati!a/ ao contrIrio/ o en!ol!imento do entre!istado com o entre!istador/ emlugar de ser tomado como uma ^al"a ou um risco comprometedor da o3Eeti!idade/ , pensado comocondio de apro^undamento de uma relao ntersu3Eeti!a- Assume
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* QVcomunidade/ seEa de ue grupo ou classe ^or (b# Meno do inteesse da pesuisa discorrendo so3re oue pode direta ou indiretamente contri3uir com as preocupafes dK entre!istado meno da instituio hual estI !inculada- 2re!8
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Q\ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*?ist!ia de 2idaSegundo Denzin?;A 6istKria de .ida apresenta as eXperi8ncias e as de^inifes !i!idas por uma pessoa/ um grupo/ umaorganizao/ como esta pessoa/ esta organizao ou este grupo interpretam sua eXperi8ncia; 9[ZU/ QQR:-Denzin , um entusiasta da $ist!ia de *ida como estrat,gia de compreenso da realidade- Seu teXto so3re
o tema em &"e+eseac$ ct trata da de^inio e dos pressupostos do m,todo/ das !Irias modalidades da"istKria de !ida/ da sua relao com a "istoriogra^ia clIssica/ das estrat,gias analticas e da rele!nciadessa t,cnica para as Ci8ncias Sociais 9[ZU/ Q[
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* QZna medida em ue se consideram as eXperi8ncias su3Eeti!as como dados importantes ue ^alamal,m e atra!,s delas-%ourdieu apresenta a "istKria do indi!duo como sendo sempre uma certa especi^icao da"istKria coleti!a de seu grupo e sua classe?;2odemos !er;/ diz ele/ ;nos sistemas de disposifes indi!iduais/ *aiantes estutuais de
$abitus de grupo e de classe/ sistematicamente organizados nas di^erenas ue os separam? oestilo pessoal/ isto ,/ esta marca particular ue trazem todos os produtos de um mesmo $abitus,, uma !ariao em relao ao estilo de uma ,poca ou de uma classe; 9[ZU/Y[:-.Irios cientistas sociais ue usam a t,cnica da "istKria de !ida a colocam num papelcomplementar ao das entre!istas/ dos uestionIrios e da o3ser!ao participante- %ecker ampliao m3ito de sua importncia- Sugere ue ela sir!a como pedra de toue/ atra!,s da ual teorias/"ipKteses e pressuposifes possam ser a!aliadas- 4a medida em ue acrescenta dados pessoais e!isfes su3Eeti!as a partir de determinado lugar social/ permite a3rir camin"os de in!estigaoem Ireas ue pareciam resol!idas/ tanto no campo das rotinas institucionais como dos processose relafes sociais- Al,m disso/ tem o potencial de conseguir dados di^ceis e uase inacess!eisatra!,s da eXperimentao ou ;sur!eys; retrospecti!os 9%ecker? [\\/
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QY 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*tKria/ portanto protagonistas dos ^atos sociais/ mas geralmente descartados na !iso o^icial dos setoresdominantes- ; Diz0raser?; a "istKria !ista pela poltica interna das classes;-$ acrescenta?;2or mais intang!el ue parea/ o am3iente , a3strato ou distante? , o ue a gente sente- $ o sentir
constitui a 3ase de seus atos; 9[Z[/ Q\:-$la no su3stitui a "istoriogra^ia clIssica- Complementa
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* Q[para a !alidade das pesuisas- 2ortanto/ em todos os sentidos/ os documentos pessoais entram no interiorde um conEunto a3rangente de estrat,gias de compreenso da realidade; 9[Q/Q:-Discusso de upo ^ classes
3aiXas>/ contra as prIticas m,dicas populares/ com o ^im de re^orar a autoridade do m,dico/ de l"econ^erir o monopKlio dos atos m,dicos e colocar so3 sua Eurisdio no!os campos a3andonados at, entoao ar3trio indi!idual/ tais como a criao dos r,cem
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YQ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*restrito ao 3iom,dico complementa
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* YU"omem so3re a natureza- $ssa representao prKpria do esuema dominante ue Eusti^ica osin!estimentos no in!estimento t,cnico/ , importante/ mas parcial- $la desconsidera os condicionantes"istKripartir dos interesses corporati!os/ elas so o espao pri!ilegiado de acirramento na guerra competiti!a dosgrupos pro^issionais/ la3oratKrios/ indstrias de euipamentos- $las medeiam a luta entre sa3er e podereconjmico organicamente relacionados com o sistema como um todo- Do ponto de !ista ideolKgico/ osentido da corporao m,dica e sua imagem sal!adora e ^ilantrKpica esto sempre em Eogo/ numa relaocontraditKria entre os a!anos conseguidos e o ue consideram ^racasso/ isto ,/ a impot8ncia ^rente h
morte-Do ponto de !ista sociolKgico poderiam ser consideradas 9a despeito da especi^icidade dos mitos/ dossintomas e de cada uma: doenas
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Y 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*um imaginIrio social mais amplo ue eXplica a desordem/ os des!ios morais e at, a pretensa ;de!assido;do ser "umano- So ^enjmenos pri!ilegiados de uestionamento da precariedade da organizao social-5enem a ameaa de morte da "umanidade/ anunciam sua decad8ncia/ perpetuam a perman8nciasim3Klica ou real da in^elicidade e c"amam ateno para os ;comportamentos recriminI!eis;/ !etores domal de "oEe e sempre- $m algumas delas/ a sndrome de medo da doena re^ora as crenas conser!adoras
da sociedade/ como , o caso da s^ilis e da aids- "p~in-Claudine 6erzlic"/ retomando a eXpresso de Susan Sontag/ ^ala a respeito das re^eridas doenas comometI^oras ue nos ^azem reencontrar a !iso arcaica e moderna do mal/ ue nos re!elam nossa relaocom o mundo de "oEe e ao mesmo tempo e!idenciam nossa ^ragilidade permanente de indi!duos 9[Y?ZZ
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* YV;As modernas metI^oras da doena especi^icam um 3em
eXpressfes correntes ;a sade , tudo/ , a maior riueza;/ ;sade , igual h ^ortuna/ , o maior tesouro; emoposio a ;doena como castigo/ in^elicidade/ mis,ria; etc- so representafes eloentes de umarealidade onde o corpo se tornou/ para a maioria/ o nico gerador de 3ens- A mis,ria/ a ^ome e odesespero ue ad!8m do ^ato de estar doente/ l"es dizem/ na prItica/ ue seu corpo , sua ^onte desu3sist8ncia e sua nica ^onte de reproduo- * assalariamento enuanto cerne do modo de produocapitalista ^az do corpo ;^ora de tra3al"o;/ criador de eXcedentes
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Y\ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*para as classes ue det8m os meios de produo e nica condio para a !ida dos tra3al"adores e suas^amlias- ;SadeFriueza;/ ;corpoFinstrumento de tra3al"o; representam uma realidade !i!ida/ ^ruto dascontradifes ue esto na 3ase material da sociedade-&am3,m a medicina/ como mediadora ue indi!idualiza o mal e a cura/ estI presente nas representafesdos tra3al"adores- 2ara eles/ a doena como responsa3ilidade pessoal e portanto como custo ^inanceiro/ e
a medicalizao de um conEunto de atos de sua !ida/ so ^ato real e imposto pelas relafes de produo- *;estar doente; al,m de signi^icar a espoliao de sua nica ^onte de su3sist8ncia/ o corpo/ indica tam3,mum ;status; ^undado em categorias anatjmico
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* YZa linguagem m,dica ue ,/ ao contrIrio/ coordenadora/ sint,tica e espec^ica-Claudine 6erzlic" comenta ue?;$ssa concepo localizadora ue tenta ^azer corresponder a cada sinal isolado um Krgo/ nos aparececomo a po3ieza de linguagem so3re o corpo? linguagem ue ignora a ^rase e a sintaXe e ue se reduz aonome- Da mesma ^orma ue a pala!ra
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YY 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*3lemas da !ida e da morte/ como um ^enjmeno ue escapa/ em ltima instncia/ ao controle do "omem/como algo ue/ no limite/ , produto de ^oras so3renaturais ou/ mais comumente/ de Deus; 9)oyola?[Y/\Q:-2ara esses grupos/ a doena se re^ere internamente a deseuil3rios ue a^etam de uma sK !ezespritoFalma e corpoFmat,ria- As doenas espirituais causadas por ;mau
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* Y[sentido de sua !ida e de sua morte- $nuanto procura e rei!indica um tratamento adeuado e ; digno; nosistema o^icial/ mas ao mesmo tempo/ atra!,s de outros sistemas/ encontram uma alternati!a para a suarepresentao de corpo e sua relao com o mundo/ os tra3al"adores rea^irmam sua identidade e um sa3erespec^ico ue se contrapfem e uestionam as interpretafes dominantes e legitimadas-Conclumos ue a ^orma como as classes tra3al"adoras representam o corpo no pode ser taXada de
ignorante/ mas como um sabe especfico ue tem efic"cia eal e consencia conceta sobe a *ida e amote de seus membos. Constitui uma estrat,gia de resist8ncia h Ktica dominante ue tenta passar aimagem do corpo apenas como instrumento de tra3al"o e para isso o disciplina- * em3rutecimentoresultante do ;"omem
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[R 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*A ttulo de eXemplo/ podemos perce3er ue a cur!a de mortalidade adulta no %rasil estI marcada
prioritariamente por causas agressi!as 9acidentes de tra3al"o/ acidentes de trnsito/ "omicdios:- *sindicadores de mortalidade in^antil denotam causas pro!enientes da mis,ria/ da ^ome e da ^alta desaneamento 3Isico/ itens particularmente importantes para atri3uio do padro de sade coleti!a- Adistri3uio das doenas e da morte/ segundo a epidemio
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* [c# s +epesenta1es da S0DEcomo campo de luta polticaDo ponto de !ista das representafes dominantes/ a SA#D$, o campo de ao do indi!duo- JI Descartesdizia ue nada eXiste ue o indi!duo no possa ^azer por si mesmo/ mel"or ue o mel"or dos m,dicos/ seele uiser ter o 3om senso de prolongar sua sade- $ssa a^irmao re!ela uma !iso "ipocrItica/ segundoa ual a doena pode ensinar o "omem e a se comportar ou!indo a natureza e perce3endo o ue , mel"or
para ele- $m nossa sociedade atual/ a SA#D$como !irtude indi!idual se eXpressa de !Irias ^ormas- A maissimples e generalizada pela !iso m,dicoF 3iolKgica , a aus8ncia de doena ue se mani^esta pelo;sil8ncio do corpo; ou pela sensao de 3em
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[Q 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*A uesto da sade/ no interior da luta das Classes &ra3al"adoras/ sai do campo estritamente m,dico e !ai
para a arena do conEunto das rei!indicafes por direitos sociais/ entre os uais se coloca o direito aoser!io e h assist8ncia m,dica-A representao da sade como direito coleti!o , uma 3andeira d trans^ormao das condifes de !ida ede tra3al"o e ue em ltima instncia aponta para trans^ormafes do modo de produo e das relafes
sociais de produo? mel"ores salIrios/ acesso h terra/ a empregos/ a saneamento 3Isico/ a transporte/ amoradia/ a educao/ a lazer e a condifes de tra3al"o seguras- Mas , tam3,m uma 3andeira derede^inio das prioridades do $stado- Des!enda o carIter de classe dos in!estimentos p3licos/c"amando ateno para a ^orma dominada e marginal com ue se de^inem as polticas sociais- 2ortanto oapelo h trans^ormao das condifes de !ida e de tra3al"o como condifes de Sade Coleti*a , ao mesmotempo apelo h luta/ no interior do aparel"o do $stado/ pelas prioridades sociais ue se colocam sempre emrelao de negati!idade com os interesses econjmicos- 2ortanto/ Sade Coleti*a , um tema da prItica
poltica da classe tra3al"adora-$ssa representao da Sade como 9em Coleti*o coincide com o ponto de !ista da $pidemiologia Social9%reil" e Granda/ [Y\ )aurell/ [YU &am3ellini/ [ZV: ue/ atra!,s de uma posio crtica do
positi!ismo na medicina/ re^ora as propostas de luta da classe tra3al"adora- Sendo ela prKpria ummo!imento social no interior das concepfes conser!adoras de sadeF doena/ a $pidemiologia Socialconstitui uma ue3ra nas representafes o^iciais- uma !iso por dentro do setor ue/ ao a3rir a
discusso da signi^icncia social da SA#D$comete tam3,m uma ^enda no sistema e politiza seu o3Eeto-Sua de^asagem em relao h concepo das classes tra3al"adoras estI no ^ato de ue seu paradigmacont,m ainda uma reduo da sade e da doena ao contorno do corpo/ ainda ue seEa C*52*S*CHA)/como a^irma &eiXeira 9[YV/ YY:-$sse limite ue a estrutura impfe/ rea^irma e reproduz !ai pouco a pouco tam3,m sendo colocado emuesto- 4o dI "oEe para reduzir o sentido trans^ormador do conceito de sade a sua simples ampliaoao ;coleti!o; enuanto grupo ou classe social/ pensada como ncleo econjmicoFpoltico de ao social- Ac"amada h mu
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* [Udana de paradigma inclui uma rede^inio mais totalizante do processo ue le!e em conta todos osaspectos ue concernem ao corpo/ h mente e ao meio am3iente-A !iso social de sade tam3,m !ai ao encontro das concepfes de resist8ncia das classes tra3al"adorasao n!el do senso comum- 2or,m ela inclui a imagem mais totalizante do "omem
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[ 0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2*tas 9doutores/ curandeiros/ rezadores/ mIgicos:/ mas tam3,m compfe o uadro da eXperi8ncia do dia
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0AS$ D$ &5A%A)6* D$ CAM2* [Vcontra as en^ermidades- As representafes dominantes so particularmente ela3oradas pelos pro^issionaism,dicos/ categoria "egemjnica/ intelectuais orgnicos na ela3orao tanto do con"ecimento como naimposio de normas e atitudes a respeito do corpo e da de^inio social do doente e da doena- 4oentanto suas id,ias so perpassadas dinmica e perenemente pelo senso comum ue ;contamina; oc"amado ;sa3er cient^ico;/ com suas prKprias categorias de interpretao/ esse mundo de signi^icados
so3re a !ida e a morte-$m contraposio/ apesar de assimilarem as concepfes dominantes e agirem tam3,m a partir das regrasesta3elecidas pelos especialistas do sistema/ as classes tra3al"adoras possuem um cKdigo de resist8nciaue as caracteriza- Seu esuema estI centrado numa !iso mais totalizante do ^enjmeno/ ue a3range aconcepo do "omem como corpoFalma/ mat,riaFesprito e inclui relafes a^eti!as e condifes de !ida ede tra3al"o 9sua situao de classes em si: na de^inio de sua situao de SA#D$F D*$4LA- Apesar derecon"ecer o poder m,dico e su3ordinar
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QQ\ 0AS$ D$ A4+)HS$, posta em ao apenas por uma no!a interpretao/ e sim antigos modelos de interpretao !8m a sertam3,m/ >de 3aiXo para cima> atingidos por uma no!a prIXis e re!olucionados; 9[Z[/ QQ:-A crtica da comunicao/ para eles/ de!e se ^azer em dois n!eis? 9: de um lado/ em relao hintranspar8ncia dos dados 9Q: de outro/ das prKprias categorias usadas para anIlise/ no sentido de ue noeXiste nen"uma re^er8ncia ^ora da "istKria 96a3ermas? [YZ/ Y\
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0AS$ D$ A4+)HS$ QQZdominao/ e ser dissol!ido na coero sem !iol8ncia da inteleco
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QQY 0AS$ D$ A4+)HS$uma realidade ue se mostra e se esconde na comunicao/ onde o autor e o int,rprete so parte de ummesmo conteXto ,tico
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0AS$ D$ A4+)HS$ QQ[A inter!eno de )azars^eld , altamente signi^icati!a e "onesta/ Desmisti^ica a ;caiXa preta; dos
procedimentos usados por cientistas sociais ue certamente teriam muito a narrar so3re os camin"os edescamin"os atra!,s dos uais conseguem os ;ass,pticos; resultados de suas pesuisas- 2or outro lado/ a^ala de )azars^eld re!ela no apenas o lado das di^iculdades reais/ das ^rauezas e das ^al"as de um
pesuisador/ mas insinua o ^ato de ue/ o ue escre!emos ou ^alamos so3re o tra3al"o de in!estigao/
geralmente , uma ;lKgica reconstruda; ue se distancia da ;lKgica em uso; no decorrer do tra3al"o- MarX^ala do mesmo tema na ;Hntroduo; h Contibuio : Ctica da Economia 'oltica distinguindo om,todo de in!estigao/ do m,todo de eXposio 9[ZU/ QR:-As o3ser!afes acima no nos eXimem/ por,m/ de um es^oro de re^leXo cuEo desa^io seria unir h crticateKrica uma proposta prItica de anIlise do material ualitati!o- $sse desa^io tem ue partir de uma re!isodas alternati!as at, aui apresentadas e de uma opo ue ao mesmo tempo se torne !iI!el teKrica e
praticamente- $stamos alerta para o ^ato de ue a pol8mica eXistente nessa Irea de con"ecimento , sinalao mesmo tempo da pouca re^leXo 9Andr,? [YU/ \U:/ mas tam3,m das di^iculdades concretas deultrapassar o n!el dos dados aparentes e alcanar a compreenso mais pro^unda dos signi^icados-A crtica 3Isica a respeito da AnIlise de Contedo tradicional 9nas suas mais di^erentes modalidades: , asua ^raca capacidade eXplicati!a- Sua 8n^ase uase a3soluta na ^ala como material de anIlise/ trans^orma auesto da desco3erta e da !alidade/ na "a3ilidade de manipulao de instrumentos t,cnicos/ h moda
positi!ista e cau
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QUR 0AS$ D$ A4+)HS$uantitati!o para a!aliar o rigor da a3ordagem/ pretende compreender as regras prKprias do processodiscursi!o e atingir as estruturas pro^undas na raiz da comunicao- 4o entanto/ o rigor ^ormal de ue sere!este costuma sacri^icar a riueza dos detal"es e a multidimensionalidade da pesuisa emprica _caractersticas ue constituem a aura e o m,rito da a3ordagem antropolKgica-*s re^inamentos t,cnicos tanto da anIlise de contedo como da anIlise do discurso se apoiam na crena
de ue a ;!erdade; dos signi^icados se situa nos meandros pro^undos da signi^icao dos teXtos- *ra/ aa3solutizao dessa crena deiXa em segundo plano os aspectos eXtradiscursi!os ue constituem o espaosKcio
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0AS$ D$ A4+)HS$ QUdades microssociais/ ora para uma a3ordagem mais poltica ue de cun"o cient^ico/ carente de re^leXoso3re os pro3lemas episte
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QUQ 0AS$ D$ A4+)HS$;$m um dado momento "istKrico/ em uma ^ormao social dada/ a situao sanitIria representa adinmica do ^enjmeno sadeF doena nas populafes/ determinada por um conEunto de relafes/ comoutros setores sociais 9econjmicos/ polticos/ ideolKgicos: cuEas necessidades so en^rentadas por umcampo agregado de instituifes ue t8m dispon!el um certo sa3er e uma certa tecnologia; 9Arouca?[YY/:-
* autor se re^ere h situao e hs condifes de sade/ mas suas pala!ras poderiam se adaptar em relao hsrepresentafes sociais de sadeFdoena-$sse primeiro n!el , o plano da totalidade enuanto realidade o3Eeti!a ue signi^ica/ segundo )ukIcs?;(m todo coerente em ue cada elemento estI/ de uma maneira ou de outra/ em relao com cadaelemento e de outro/ ue essas relafes ^ormam na prKpria realidade o3Eeti!a/ correlafes concretas/conEuntos/ unidades ligadas entre si de maneiras complemen
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0AS$ D$ A4A)HS$ QUUditKrio/ dinmico/ inaca3ado e em permanente proEeo/ a segunda condio do m,todo dial,tico em seuuadro de determinafes- &omando o caso de concepfes de SadeFDoena temos ue entend8
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id,ias e!identes- Assim ele constrKi uma no!a aproXimao do o3Eeto? o pensamento antigo ue , negadomas no eXcludo/ encontra outros limites e se ilumina na ela3orao presente- * no!o cont,m o antigoincluindo
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0AS$ D$ A4+)HS$ QUVetapa inclui? (a# transcrio de itas
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QU\ 0AS$ D$ A4+)HS$^ornece in^ormafes e representafes espec^icas/ constituindo conEuntos di^erenciados-
4esse momento ^azemos uma ;leitura trans!ersal; de cada corpo- 5ecorta
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0AS$ D$ A4+)HS$ QUZdominantes/ e mais ue isso/ de eXpresso da !iso social de mundo do segmento em relao h sociedadedominante-$ssa compreenso espec^ica de!e nos in^ormar ue a ^ala e o comportamento dos suEeitos relati!as hSadeFDoena trazem consigo uma signi^icao pro^unda ue a ,poca "istKrica e sua pertin8ncia a umaclasse l"es empresta- 2orue cada ser "umano/ indi!idualmente/ em grupo ou so3 a eXpresso "istKrica de
classe , um ser signi^icante- 4unca se pode compreender sua pala!ra ou seu gesto sem superar o presenteou sem proEetI
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0AS$ D$ A4+)HS$ QUZdominantes/ e mais ue isso/ de eXpresso da !iso social de mundo do segmento em relao h sociedadedominante-$ssa compreenso espec^ica de!e nos in^ormar ue a ^ala e o comportamento dos suEeitos relati!as hSadeFDoena trazem consigo uma signi^icao pro^unda ue a ,poca "istKrica e sua pertin8ncia a umaclasse l"es empresta- 2orue cada ser "umano/ indi!idualmente/ em grupo ou so3 a eXpresso "istKrica de
classe , um ser signi^icante- 4unca se pode compreender sua pala!ra ou seu gesto sem superar o presenteou sem proEetI
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QUY 0AS$ D$ A4+)HS$estrat,gica com a realidade- 4este sentido/ sugerimos ue/ dentro da id,ia de pesuzsa estrat,gicaen^atizada por %ulmer para a Irea de2*ltop#3l'CaS9[Z1/n
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QUY 0AS$ D$ A4+)HS$estrat,gica com a realidade- 4este sentido/ sugerimos ue/ dentro da id,ia de pesuisa estrat,gicaen^atizada por %ulmer para a Irea de polticas p3licas 9[ZY/
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0AS$ D$ A4+)HS$ QU[dade argumentati!a do discurso ue l"e permite aduirir um lugar no conEunto da produo cient^ica- *carIter de oiginalidade de uma in!estigao se mede pela sua real contri3uio ao a!ano docon"ecimento/ atra!,s da pesuisa e da desco3erta- 2or obJeti*ao se compreende a capacidade deempregar uma a3ordagem teKrico
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0AS$ D$ A4+)HS$ Qes^oros indi!iduais; 9[\Z/ QU:- A di^erena entre os marXistas/ 2opper e %ac"elard , ue/ para osltimos/ a crtica , o crit,rio central do m,todo/ enuanto para os primeiros/ a crtica , a alma tam3,m dateoria-A su3misso do produto do con"ecimento h inter^ace das discussfes no signi^ica ue a !erdade seEa oresultado dos pontos de !ista dos !Irios estudiosos- Hndica/ entretanto/ ue a pluralidade de perspecti!as
permite lanar di^erentes ^ocos de luz dos descon"ecimentos a respeito do o3Eeto em uesto- necessIrio tam3,m esclarecer/ como o ^az Demo/ ue aceitar o ;primado do erro; dentro da a3ordagem de%ac"elard/ no signi^ica a permissi!idade da de^ormao lKgico
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QQ 0AS$ D$ A4+)HS$e mltiplas t,cnicas de coleta de dados- A triangulao de certa ^orma consagra tanto a crticaintersu3Eeti!a como a comparao/ em3ora os analistas dessa corrente esteEam mais preocupados emmostrI
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0AS$ D$ A4+)HS$ QU;Con"ecer , con"ecer o3Eetos ue se integram na relao entre o "omem e o mundo/ ou entre o "omem ea natureza/ relao ue se esta3elece graas h ati!idade prItica do "omem; 9.Izuez? [\Y/ VU:-2ortanto/ dentro da id,ia eXpressa na tese n- / a prItica , o ^undamento e o limite do con"ecimento e do;o3Eeto "umanizado; 9porue mediado pelo "omem: ue como produto da ao , o3Eeto decon"ecimento-
` tese n- Q propfe a prItica como crit,rio de !erdade do con"ecimento- &rata
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Q 0AS$ D$ A4+)HS$tos do "omem se con!ertam em algo a3soluto; 9citado em %otto
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0AS$ D$ A4+)HS$ QVcriao "umana como realidade o3Eeti!a; 9[\[/ QR:- 2ortanto a ;prItica; no pode ser pensada apenascomo uma ati!idade eXterna do "omem/ como parecem ^az8
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Q\ 0AS$ D$ A4+)HS$dade/ isto ,/ da ^etic"ista e aparente o3Eeti!idade do ^enjmeno/ e o con"ecimento de sua aut8nticao3Eeti!idade (b# compreenso do carIter "istKrico do ^enjmeno ue mani^esta a dial,tica entre oindi!idual e o social (c# o des!endamento do contedo o3Eeti!o e do signi^icado do ^enjmeno/ de sua^uno o3Eeti!a e do lugar "istKrico na totalidade social 9osic? [\[/ VQ:-osic conclui sua crtica h !alidade do produto do con"ecimento dizendo ue seria uma ;mI totalidade;
auela ue entendesse a realidade social apenas so3 a ^orma de o3Eetos/ resultados e ^atos EI dados e nosu3Eeti!amente como prIXis "umana o3Eeti!ada 9[\[/ VQ:- 2ortanto/ para ele/ a pro3lemItica da prIticano , eXplicI!el pela sua oposio h teoria ou h contemplao- Mas/ compreendida dentro da realidade"umano
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mi< C cio- TH> a. eCX ' Za- >> ffi .. N o ZS S V
c. o oU 1 < "> D" 7. U 5$nu8te *u!rire;/utes de Classes en Italie e CapitalismedNuJoudN?ui. 2aris- 0ranois Maspero- [\Y 9R[
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%H%)H*G5A0HA Q\ZSC6A00/ A- / Ma8ismo e o Indi*duo. 5io de Janeiro- $d- Ci!ilizao %rasileira- [\Z-SC6A00/ A- et alii-Ideologia e Classes Sociais. So 2aulo- $d- Documentos- [\Y-SC65AD$5/ A-Intoduo : 'esuisa So"al Empica. 2orto Alegre- $d- Glo3o- [YZ-SC6(&O/ A-; $uality and t"e social Meaning Structure;- Collectcd 'apes II. 6ague- Martinus 4iE"o^^- [\-
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Q\Y %H%)H*G5A0HA&6H*))$4&/ M- Ctica Metodol!gica, In*estigao Social e Enuete /pe"ia. So 2aulo/ $d- 2olis-[YQ 9Ua- ed-:/
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