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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado Banerj Fundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXVII - No. 04 - Abril de 2017 O invento brasileiro que acompanhou gerações Página 3

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Associação dos Antigos Funcionários do Sistema Integrado BanerjFundada em 14 de julho de 1983 - Ano XXVII - No. 04 - Abril de 2017

O invento brasileiro que acompanhou gerações

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Canto dos Exi lados – III Neste número estamos dando continuidade à publicação resumida das atividades de refugia-dos que vieram para o Brasil, perseguidos pelo nazismo e fascismo, quando da eclosão da Se-gunda Guerra Mundial.

Gianfrancesco Guarnieri Foi ator, diretor, dramatur-go e poeta italiano naturaliza-do brasileiro. Foi um destaca-do artista no teatro de Arena de São Paulo e sua obra mais importante foi “Eles Não Usam Black-Tie”. Guarnieri nasceu em Milão, Itália, em 6 de agosto de 1934, filho de músicos antifascistas. Seu pai era o maestro Eduardo Guarnieri. Chegaram ao Brasil em 1936 e se es-tabeleceram no Rio de Janeiro. Em 1950 a fa-mília mudou-se para São Paulo, onde Guarnieri começou a fazer teatro amador com Oduvaldo Vianna Filho (Vianinha). Criaram o Teatro Pau-lista do Estudante, unindo-se, depois, ao Teatro da Arena. A estreia de “Eles Não Usam Black-tie”, em 1958 contou com elenco de grandes talentos como Lelia Abianco, Flavio Migliaccio, Eugênio Kusnet e Milton Gonçalves, entre outros. A peça foi um dos marcos da renovação de teatro brasi-leiro da época e seu autor e o elenco foram pre-miados pelo então governador de São Paulo, Jâ-nio Quadros. Paralelamente, o Diretor Roberto Santos dava o pontapé inicial no Cinema Novo com o filme “O Grande Momento”, protagoniza-do por Guarnieri e Miriam Pérsia. Guarnieri deixou várias peças além de ter atuado como ator em diversas novelas de tele-visão, protagonizando inúmeros outros papéis no cinema. Faleceu em 22 de julho de 2006 em São Paulo.

Nydia Licia – Nasceu em Trieste (Itália) em 30.4.1926 e faleceu em São Paulo em 12.12.2015. Foi atriz, diretora e produ-tora nascida numa família ju-daica, que se estabeleceu no Brasil quando Nydia tinha 13 anos, em 1939. Nydia Licia trabalhou com Pietro Maria Bandi, colaborou para criar o Museu de Arte de São Paulo. Como atriz partici-pou como grande destaque do começo do tea-tro moderno no Brasil. No teatro Brasileiro de Comédia (TBC) esteve ao lado de nomes como Cailda Becker, Walmor Chagas, Adolfo Celi, en-tro outros. Casou-se com um dos maiores nomes do tea-tro brasileiro, o ator Sergio Cardoso, com quem montou uma companhia de Teatro. Fez telenovelas nas extintas TV Paulista, Rede Tupi e na Bandeirante, com papéis de destaque nas telenovelas Éramos Seis e o Ninho da Ser-pente. Para a série de Livros Aplauso, a atriz escre-veu várias biogra-fias sobre Leonardo Viltar, Sergio Car-doso, Rubens de Falco e Raul Cortez, quando recebeu o Prêmio Jabuti.

Palestra Sobre Cardiologia Por motivos de ordem técnica transfe-rimos a palestra sobre cardiologia para o dia 13 de junho de 2017às 15:00h. Não deixe de comparecer. Você terá muito a apren-der sobre esse músculo que nos mantém vivos. VENHA! PARTICIPE!

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Máquina de Escrever Por Antonio Carlos Bordin

O nome Francisco João de Azevedo tal-vez não seja conhecido do grande público no Brasil. Mas muitos já usaram sua invenção: a máquina de escrever. Francisco foi um padre e criou o equipamento em 1861. Consta que seu invento foi exibido em uma exposição de Pernambuco, quando João ganhou uma me-dalha de ouro na presença do então Impera-dor Pedro II. O “Padre Máquina”, como era conheci-do, construiu uma máquina usando madeira, usando apenas canivete e lixa. Mais de uma década depois, três americanos obtiveram au-torização para fabricar uma máquina de es-crever semelhante a do padre. Uns dizem que isso teria ocorrido com autorização do próprio Francisco. Outros lamentam o fato de que tal-vez o padre tenha sido enganado. Não precisa dizer que a máquina de escre-ver passou a fazer parte da vida das pessoas, nas empresas. Surgiram escolas oferecendo cursos de datilografia, que eram essenciais para se conseguir um emprego. Com o tempo as máquinas foram aperfeiçoadas e ganharam novo design e recursos. Mas o tempo delas es-tava no fim com a propagação dos computa-dores pessoais.“Nós, ex funcionários do sistema integrado BANERJ, bem sabemos da ligação umbilical que tínhamos com essa ferramenta. SAUDADES!

É assim que podemos considerar o livro escrito e editado por nosso colega mineiro Airton Guimarães, “Minas é uma Festa“. Além das belas fotos das Festas tradicio-nais realizadas em diversos Municípios de Minas Gerais contempla os leitores com um texto descritivo e explicativo das mesmas. Uma impressão primorosa que contém, além do que já mencionamos, uma relação completa, por cidade mineira e um calendá-rio das festas com as respectivas datas.

Recadastramento de AssociadosAAFBanerj

Lembramos aos associados da importân-cia de atenderem a esse RECADASTRA-MENTO. Somos 3.570 associados e até o momento poucos nos enviaram a ficha preenchida. O principal interessado em atualizar os dados é você. A Associação investiu recursos nesse projeto e seria lamentável que não tivésse-mos a participação de todos. Mande a sua ficha. Basta colocá-la no envelope branco que seguiu no kit e depo-sitá-lo em uma agência dos correios ou em uma caixa dos mesmos.

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CABERJ A CRISE SE AGRAVA!

Em maio de 2014, face aos resul-tados altamente negativos do Balanço da CABERJ, encerrado em 2013, pu-blicamos matéria em nossa revista mensal sob o título: “CABERJ, A NOSSA GRANDE PRE-OCUPAÇÃO”. De lá para cá, a situação só se agravou, conforme se vê das Contas do exer-cício findo em 2016. Saindo de um prejuízo, em 2013, de R$ 45,9 milhões, a CABERJ está nos apresentando agora um rombo de R$ 54 milhões, comprometendo enormemente as re-servas técnicas e colocando em risco o futuro da Entidade, e, o que é pior, a saúde de seus associados! Em contrapartida, não vemos nenhuma ati-tude da Diretoria e nem tampouco do Conse-lho Deliberativo da nossa Caixa de Assistência para reverter este quadro deveras preocupan-te. Ao revés, o que vemos são despesas extra-vagantes se perpetuarem num cres-cimento vertiginoso e sem qualquer razão para tal (sede suntuosa na área mais nobre do Rio, criação e manu-tenção dos NUPRES e colossal prejuízo com o contrato da Prefeitura, entre outros) ao lado dos brutais aumentos nas mensalidades sem qualquer efeito prático e saneador vez que o quadro não se modifica. Registramos ainda os recentes descreden-ciamentos de clínicas, laboratórios e médicos – insatisfeitos com a Administração da CABERJ - empobrecendo o rol dos profissionais que, antes, honravam os quadros da Caixa. Vale consignar também, por oportuno e relevante, os atrasos nos pagamentos feitos a esses pres-tadores de serviços e as glosas praticadas pela Entidade numa evidente procrastinação dos pagamentos devidos, mostrando com isso a sua precária situação financeira. Ante esta situação de desequilíbrio total das contas da Entidade, que, como dissemos no início, só vem se deteriorando ano a ano, e tendo em vista a omissão da Administração da CABERJ, a AAFBANERJ, através de suas três instâncias estatutárias (Diretoria Executiva, Conselhos Deliberativo e Fiscal), e no dever de

defender os legítimo interes-ses de seus associados, e an-tes que um mal maior acon-teça!, peticionou à Agência Nacional de Saúde – ANS, demonstrando a sua real preocupação com a situação da CABERJ e pedindo uma

rigorosa averiguação na gestão da Caixa. Na aludida correspondência, solicitamos um pro-fundo exame do balanço patrimonial, cuja cui-dadosa análise nos levou a verificar não só um comportamento patrimonial inteiramente des-favorável com perda na capacidade de paga-mentos dos compromissos, forte desequilíbrio no resultado operacional além de detrimento do fluxo de caixa, com uma variação negativa de 86%. Merecem esclarecimentos ainda alguns itens, a saber: o número de funcionários da CABERJ passou de 210, em 2015, para atu-ais 360, representando um aumento de 71%!; verificamos também o pagamento, no exercício

anterior, de comissões em valor acima de R$ 20 milhões. Esta iniciativa que tomamos, depois de muito pensar e pesar sobre os prós e contras, foi em razão direta do divórcio

e do abismo existentes entre a realidade e a ficção criada e fantasiada pela alta cúpula da nossa Caixa de Assistência. Da leitura, a propósito, das publicações ofi-ciais da CABERJ, em especial o “De Fatos”, vis-lumbramos um mundo artificial do lado de lá que não retrata a realidade dos fatos (sem tro-cadilho!), que estão a beirar as trevas!“Que fique bem claro - repetindo o que dis-semos há 3 anos na nossa Revista - não es-tamos pintando o painel com tintas negras, mas tão-somente dando um grito de alerta de forma transparente e preocupada, ati-tude que o CODEL, a DIREX e o COFIS (da CABERJ) não conseguem ter! Não podemos silenciar diante disso!”

Obs. – Este texto foi enviado por e mail aos nossos associados e incluído no site e no Facebook desta Associação.

AAFBANERJ Diretoria

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Cartas Do Leitor

Da associada Elida Escaciota em resposta ao e mail da AAFBanerj “A CABERJ PRECI-SA DAR URGENTES EXPLICAÇÕES AO CORPO SOCIAL”: “Tá legal, AAFBANERJ. E aí?Vocês não vão lá conversar com eles e optam por ficar envenenando ainda mais o nosso fíga-do? Afinal vocês nos representam. Ou não? Resposta da AAFBanerj: Boa tarde Elida,Você tem noção do que escreveu, da forma como escreveu e a quem se dirigiu? Você pensa que nós somos seus empregados? Todos aqui são voluntários e não percebem qualquer remune-ração pelo que fazem. Dentro do limite de nos-sas atribuições estamos fazendo até mais do que deveríamos. Ao invés de ficar deitada em berço esplêndido e criticando nossa atuação, VENHA TRABALHAR! Gerson Barg - Vice PresidenteRéplica da associada:Boa tarde, Sr. Gerson Barg, velho conhecido dos banerjianos.Tenho exata noção do que escrevi e de que não fal-tei com respeito a ninguém dessa associação, ao contrário da sua resposta autoritária e grosseira. O senhor hoje é um aposentado como eu e não mais um gerente falando com seus comandados. Apenas emiti minha opinião diante do email que me enviaram, porque enganosamente, acreditei que essa associação me representava e que estava aberta a opiniões divergentes. Claro que me en-ganei e é claro que diante de sua arrogância vou reconsiderar se ainda quero fazer parte dela.Continuo achando que a AAFBANERJ deve sim cobrar da Caberj suas (nossas) preocupações. Diante das acusações que fazem à Caberj aconse-lho a vocês que se juntem às demais entidades e busquem respostas e saídas para salvar o quase nada que restou do Banerj.Agradeço imensamente o convite, mas não gosta-ria nem um pouco de trabalhar com pessoas como o senhor. Continuarei no meu berço esplendido, sim. E aproveito pra comunicar que paro por aqui.Elida.

Do associado Paulo Fernando Tenório Wan-derley: “À AAFBANERJ – Obrigado por mandar mensagens importantes e que acalmam os as-sociados. Faz lembrar um lema, sempre repeti-do, pelo antigo DIVIP, um noticiário gerado no saudoso BANERJ para manter acesa a chama do otimismo. O lema em questão era o seguinte: -Não esmorecer, para não desmerecer- Atencio-samente”.

Da associada Ivonete Pereira: “Elza, bom dia, estive pensando qual a melhor maneira de agradecer a você e toda turma da AAFBanerj pelo que tem feito pra gente. As reuniões de congraçamento”festas” que promovem nossos reencontros. A tomada de posição procuran-do preservar nossos direitos, constantemente ameaçados. Essas atitudes fazem com que não nos sentimos abandonados. Isto sem contar a alegria que compartilhamos nos reencontros. Obrigada. Todas as festas que fui, valeram a pena. Como sentimos que tem alguém lutando pela gente, nos dando força para lutar contra as adversidades que vão se apresentando. Mais uma vez OBRIGADA a você e toda turma. Bjs”

NOTAS SOCIAIS Neste mês de abril quatro de nossos Diretores comemoraram idade nova. Além do Presidente Angelo Conte também aniversariaram Carmem Lauria, João Maria e Paulo Mario. Este último não está na foto porque estava gozando as de-licias do nosso Portugal. A todos a AAFBanerj deseja muitos anos de vida com saúde. PARABÉNS!

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Aniversariantes do 1º Semestre de 2017 Comeram bolo, beberam vinho, espumante, cerveja, refrigerantes e comemoraram em grande estilo seus aniversários. A festa, além do sempre apetitoso bufê, contou com a participação do cantor Marcos Vivan e seu conjunto. E a decoração, esplendorosa. Uma noite agradável de confraternização, diversão e prazer para os aniversarian-tes e seus convidados que foram brindados, também, com uma canja do Diretor Edson Leal interpretando uma canção de Roberto Carlos. Mais um evento vitorioso sob a batuta de nossa Diretora Social Elza Linhares. A todos a AAFBanerj deseja que estejam presentes nos próximos anos com muita saúde.

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Aniversariantes do 1º Semestre de 2017

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Esta coluna pretende rememorar fatos que, de alguma maneira, marcaram época, rele-vantes ou nem tanto. Conhecer o passado sempre melhora nossa visão crítica.

A primeira Copa do MundoEm 30 de julho de 1930, o Estádio Cen-tenário, em Montevi-déu, estava lotado por 90.000 espectadores para o confronto entre Argentina e Uruguai (bicampeão olímpico), primeira decisão de uma Copa do Mundo. Os argentinos grita-vam “victoria ou muerte” e o primeiro tem-po terminou 2 a 1 para sua seleção. Mas, aos 44 minutos da segunda etapa, “Manco” Castro estaria fazendo o quarto gol, que da-ria contornos definitivos à virada uruguaia.Ao Brasil, derrotado e eliminado no primei-ro jogo, contra a Iugoslávia, restou a alegria de ver Fausto, a Maravilha Negra, incluí-do na seleção da Copa. Fausto, do Vasco, logo em seguida foi vendido para o Barce-lona e gastou em joias todo o dinheiro que ganhou. Morreu em 1939, de tuberculose. Preguinho, do Fluminense, foi outro des-taque, marcando o primeiro gol brasileiro numa Copa. O Brasil acabou em 6º lugar entre os 13 participantes.Havia uma explicação para o fracasso: a Associação Paulista de Esportes Atléticos (Apea) queria um representante na comissão técnica. Como a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) não concordou, recusou--se a ceder jogadores, desfalcando o Brasil de craque como Friedenreich. Só cariocas

e fluminenses foram à Copa, com o reforço de apenas um paulista, Aken Patuska, que brigava com o Santos. O téc-nico era Pínda-ro de Carvalho. O presidente da FIFA Jules Rimet, teve tra-balho para conseguir a participação de al-guns (apenas quatro) países europeus: a viagem, de navio, demorava 15 dias. Tam-bém não foi fácil aprontar o Estádio Cen-tenário, construído em cinco meses e só inaugurado cinco dias depois de iniciada a Copa. Na final, Uruguai e Argentina que-riam usar bolas de sua fabricação e encon-trou-se uma solução salomônica: em cada tempo, uma bola diferente.

P a l a v r a s e s e u R e i n a l d o P i m e n t a –

BABACA:Do latim, balbu significava gago e originou o ver-bo balbutiare (gaguejar, falar obscuramente). Em português, balbutiare deu balbuciar e bal-bu virou bobo, porque uma das gracinhas que os bobos da corte faziam era imitar gago. Antigamente os bobos da corte se destacavam por sua indumentária. Atualmente muitos se tra-jam de terno e gravata e não gaguejam, o que dificulta sua identificação imediata.De bobo veio boboca, com a terminação pejorativa oca (como em engenhoca, fan-zoca).Babaca é uma forma variante de boboca.

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S i g n i f i c a d o“ A C a s a d a M ã e J o a n a ”

BACANAL: Do latim bachanalis, as festas em home-nagem a Baco, deus do vinho e do delírio místi-co. As festas aconteciam à noite, ao som de flautas, tambores e címbalos. No inicio, só as mulheres participavam, depois vieram tam-bém os homens. Elas corriam pelas ruas e campos, seminuas, algumas carregando fachos e gritando “Ehoe!” (evoé em português), invocando Euan, um dos apelidos de Baco. A orgia era tanta que o Senado romano baixou um decreto proibindo as bacanais e prescre-vendo pena de morte para os transgressores. Em vão: a libido foi mais forte que o legislativo, a pena de morte excitou ainda mais os roma-nos e as bacanais prosseguiram. Mais um le-gado da civilização romana: lei que não pega, você ainda vai ter uma.

Ilha FiscalO Passeio

A Ilha Fiscal localiza-se no interior da Baia de Guanabara, ao lado do centro histórico da cidade. A ilha celebrizou-se por ter sido palco do famoso baile da Ilha Fiscal, no início de novembro de 1889, poucos dias antes do golpe militar que instaurou a República. Atualmente abriga um museu histórico e cultural, mantido pela Marinha. Anteriormente denominada pelos europeus como a Ilha dos Ratos, seu nome atual provem do fato de ali ter sido o posto da Guarda Fiscal, que atendia o porto da capital do Império, no século XIX. Isto porque a localização da ilha era bastante cômoda para os inspetores da alfândega, devido à proximidade dos portos de atracação das embarca-ções, e o translado das mercadorias a serem fisca-lizadas poderia ser feito sem maiores dificuldades. A decisão de sua construção, assim como seu estilo arquitetônico, foi do próprio Imperador Dom Pedro II, tendo em vista não conflitar, e mais ain-da, ajudando a compor um cenário que tem como desdobramento o restante da baia, e ao fundo, o

belo contorno da Serra dos Órgãos. Optou-se assim, por um programa “chateau” em estilo gótico-provençal inspirado nas concepções do arquiteto Frances Viollet-le-Duc, com projeto de autoria de Adolpho José Del Vecchio, então Enge-nheiro-Diretor de Obras do Ministério da Fazenda. Tal projeto, posteriormente seria contemplado com a Medalha de Ouro na exposição da Academia Im-perial de Belas Artes. Assim, em abril de 1889 o edifício foi inaugurado com a presença do Impera-dor, acompanhado de Gastão de Orléans, o Conde D’Eu e seleta comitiva. Conforme mencionado, a ilha tem sua impor-tância histórica muito ligada ao seu famoso baile - Baile da Ilha Fiscal – ocorrido em 9 de novembro de 1889, um sábado, em homenagem ao navio chileno “Almirante Cochrane”. O evento anteriormente fora programado para 19 de outubro, tendo sido, porém adiado por ocasião da morte do rei Luís I, sobrinho de Dom Pedro II. O baile, embora oficialmente ti-vesse sido uma homenagem à oficialidade do navio chileno, na verdade, foi uma comemoração as bo-das de prata da princesa Isabel e do conde D’Eu. Além disso, a intenção do Visconde de Ouro Preto, presidente do conselho de ministros era promover um evento, considerado de grande magnitude polí-tica, a fim de desviar atenções das já visíveis cons-pirações republicanas. O dinheiro gasto no baile, cerca de 250 contos de réis, foi retirado do Ministério da Viação e Obras Públicas, valor esse que correspondia a 10% do or-çamento previsto da Província do Rio de Janeiro para o ano seguinte. O evento foi alvo de muitas críticas devido aos elevados gastos, com o dinheiro público desviado para tamanha ostentação. Seis dias depois, uma sexta feira 15 de novem-bro caia o Império, sendo proclamada a República pelo Marechal Deodoro da Fonseca, dando início a uma nova fase de nossa história. A Diretoria Cultural está programando uma visita guiada a Ilha Fiscal, sendo 22 de junho data provável. Os ingressos 25 reais (inteiro) e 12 (meio) poderão ser adquiridos no próprio dia. Posteriormente daremos novos detalhes.Informações: Tel. – 2220-2566E-mail – [email protected] – www.aafbanerj.org.br

Diretoria Cultural

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EXPEDIENTEPublicação da AAFBanerjDiretoria Executiva:Presidente: Angelo ConteVice-Presidente: Gerson BargDiretores:Administrativo: João Maria Pereira de CarvalhoAdministrativo Adjunto: José Carlos Ribeiro de CastroSocial: Elza Soares LinharesPatrimônio: Paulo Mario Correa CardozoFinanceiro: Edson da Costa LealFinanceiro Adjunto: Décio de Oliveira GomesCultural: Rui Antônio Duarte de MagalhãesApoio ao Idoso: Carmem Lauria de Carvalho e SilvaApoio ao Idoso Adjunto: Leda dos Santos M. BastosApoio ao Idoso Adjunto: Zuleiko do AmaralPlanejamento: José Renato Baptista JourdanDiretor: Roberto PercinotoConselho Deliberativo:Presidente: Paulo Gustavo Medeiros LeitãoConselho Fiscal: Presidente: Paulo Lober Ferreira de SouzaPRODUÇÃO: AAFBanerjSede Própria: Av. Nilo Peçanha, 50/Gr.309/CentroRio de Janeiro/RJ - 20020-100Site: www.aafbanerj.org.br CNPJ: 28.009.538/0001-86E-mails: [email protected] / [email protected] FAX: 0xx (21) 2220-2566/2220-2319/2220-2843 /2240-4115.Tiragem: 3.600 exemplaresOs artigos de colaboradores não expressam, necessáriamente, a opinião da AAFBanerj Os artigos e serviços anunciados são de responsabilidade dos anunciantes.

Capa: A invenção da Máquina de Escrever

Agenda Dia 18/05/2017 - 15 hs - Sede Festa em Homenagem ao Dia das Mães

Dia 25/05/2017 - 12 hs Almoço de Confraternização da AAFBanerj Restaurante Da Silva (Ginástico Português) Dia 08/06/2017 - 15 hs - Sede Momento Musical - Johannes Brahms

Dia 13/06/2017 - 15 hs - Sede Palestra sobre Cardiologia

Dia 29/06/2017 - 12 hs Almoço de Confraternização da AAFBanerj Restaurante Da Silva (Ginástico Português)

Dias 07 a 09/07/2017 Festa Julina - Hotel Mira Serra(Passa quatro)

Dia 18/07/2017 - 15 hs - Sede Festa de Aniversário da AAFBanerj - 34 anos

Dia 27/07/2017 - 15 hs - Sede Chá das Vovós

Dia 17/08/2017 - 15 hs - Sede Festa em Homenagem aos Pais

Máximas do MillorConfiança – Não confie em ninguém com mais de trinta anos. Aliás, como medida de segurança, não confie também em ninguém com menos de trinta anos.

Congresso – O congresso é uma instituição meio entre-posto, meio bordel, meio con-fessionário.

Conhecedor – Uma vida passada entre qua-dros não faz um conhecedor de arte (vide vi-gias de museu).

Cônjuge – No dia em que morre um dos côn-juges, aí começa a felicidade conjugal.

Consciência – É o receio de que alguém viu.

Conservação – Para inveja de minhas amigas mantenho a mesma silhueta há vinte anos. Vestida, é claro.

Constituição Brasileira – Todo ser humano tem direito à morte, à prisão e à busca da infelicidade.

Consulta – Jamais consulte um médico sem saber antes o tipo de doença que ele prefere.

Contestador – Nasceu com 10 meses, Depois de alguma relutância, cresceu. Esperneando, foi para um colégio onde, a contragosto, se formou. Começou a trabalhar, mais faltando que compare-cendo. Recusou-se a prestar serviço militar, foi processado como insubmisso. Fundou um grupo político próprio e protes-tou em toda a parte contra o sistema estabe-lecido. Não casou para não aceitar as formas consagradas de relações homem-mulher: a família nuclear. Teve filhos, que não edu-cou formalmente pra não inseri-los no con-texto. Aos 30 anos cansou e aderiu!

Contrato – Quando você for comprar uma casa financiada pelo Sistema de Habitação Popular leia bem o contrato para se certificar de que a cláusula I do item acima se refere realmente ao artigo III do parágrafo seguinte e está devidamente ratificada pela 2ª. alínea da cláusula 3ª. inserida abaixo.