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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE DIREITO DEPARTAMENTO DE DIREITO E PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL I O IV CONCÍLIO DE LATRÃO: FÉ, EXCLUSÃO E DISCIPLINA BELO HORIZONTE 2012

O IV Concílio de Latrão - fé exlusão e disciplina

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE DIREITO

DEPARTAMENTO DE DIREITO E PROCESSO PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL I

O IV CONCÍLIO DE

LATRÃO:

FÉ, EXCLUSÃO E DISCIPLINA

BELO HORIZONTE

2012

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O IV CONCÍLIO DE LATRÃO: FÉ, EXCLUSÃO E DISCIPLINA

PROFESSOR e ORIENTADOR: Sérgio Luiz Souza Araújo ALUNOS:

André Mussi

Douglas Alexander Batista

Eduardo José Rabello Falleiro

Henrique Vargas

Humberto Francisco Ferreira Campos Morato Filpi

Lorena Cristina Silva Ribeiro

Lucas Vaz de Mello Moura

Gil Vieira Vasconcelos

Manuela Campos

Júlia Soares Amaral

Paulino Junio Braga da Silva

Rízzia Nunes Costa

Trabalho de pesquisa da disciplina de Direito

Processual Penal I do Curso de Graduação em

Direito da Faculdade de Direito da Universidade

Federal de Minas Gerias.

BELO HORIZONTE 2012

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Sumário 1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................................... 4

2 CONTEXTO HISTÓRICO ....................................................................................................... 5

3 INOCÊNCIO III ......................................................................................................................... 8

4 IV CONCÍLIO DE LATRÃO ................................................................................................ 13

5- FÉ, EXCLUSÃO E DISCIPLINA ......................................................................................... 18

6 PROCESSO PENAL BRASILEIRO E OS RESQUÍCIOS DO SISTEMA

INQUISITORIAL ........................................................................................................................ 20

BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................... 26

ANEXO I ...................................................................................................................................... 28

ANEXO II ..................................................................................................................................... 60

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1 APRESENTAÇÃO

Nesse Seminário de Direito Processual Penal intitulado “O Direito de Punir versus O Direito de

Liberdade para os povos do Livro e de Allah” nos foi incumbido o seguinte tema “Fé, exclusão e

disciplina. O IV Concílio de Latrão.” E para realizar esse trabalho, nosso grupo, que possui treze

membros, realizou uma pesquisa científica e com base em tal pesquisa elaborou uma peça teatral cujo

roteiro está presente nos anexos ao final desse trabalho junto com os cânones do Concílio.

Tal seminário, promovido e organizado pelo professor Sérgio Araújo, ao mesmo tempo em que

nos agrega conhecimento também nos mostra que podemos adquirir experiência em outros tipos de

exercícios, que nos poderão ser úteis no nosso futuro, como o da arte de atuar. Tivemos que buscar e

aperfeiçoar nossos talentos que não sabíamos ter e por meio deles superar esse desafio que nos foi

proposto.

O IV Concílio de Latrão é um acontecimento histórico e não apenas religioso, e além disso

também pode ser considerado um acontecimento político, social e jurídico, pois é a primeira grande

assembleia geral no Ocidente ocorrida nos primeiros milênios depois de Cristo. E foi tão importante

assim porque não havia somente a participação do clero, mas também membros da política de vários

países da Europa, gerando resultados por todo o continente.

Com essa pesquisa científica objetivamos apresentar o contexto histórico, os objetivos, os efeitos

que gerou na época e as influências/comparações com o nosso mundo jurídico contemporâneo, mais

especificamente no Brasil. E então, convidamos a todos a conhecer melhor esse evento de extrema

importância na história da justiça ocidental e sobre Inocêncio III, o papa que convocou esse concílio.

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2 CONTEXTO HISTÓRICO

A Idade Média

A Idade Média, também conhecida como Idade Medieval, é um período histórico ocidental

correspondido entre os anos de 476 d.C. e 1452, intermediando as Idades Antiga e Moderna1. Porém, o

período de interesse para nosso trabalho é a Baixa Idade Média que corresponde aos séculos XI até XV

com a derrota dos muçulmanos em Granada pela Espanha cristã e, consequentemente, o fim da Idade

Média. Correspondendo a uma fase em que as principais características da Idade Média estavam em

transição com o sistema feudal entrando em crise e ocorrendo muitas mudanças econômicas, religiosas,

políticas e culturais.

A Idade Média se caracteriza pela economia ruralizada, enfraquecimento comercial, supremacia

da Igreja Católica, sistema de produção feudal e sociedade estamental. O poder político estava no

controle de quem tinha os feudos e prevalecia a relação de vassalagem e suserania. A sociedade era

estática e hierarquizada, existindo três classes: A Nobreza, o Clero e os Servos, sendo os 2 primeiros

exerciam grande poder político e social. A Nobreza feudal era a dona da maioria das terras e arrecadava

impostos dos camponeses. O Clero, composto por membros da Igreja, era isentos de impostos e

arrecadava o dízimo. A última camada, os servos, era ligada aos feudos e deviam pagar taxas e tributos

aos senhores feudais para que pudessem continuar a produzir2.

A educação era limitada a poucas pessoas, sendo que só os filhos de nobres estudavam fazendo

com que grande parte da população medieval fosse analfabeta e não tivesse acesso a qualquer tipo de

livro. Além disso, a educação era influenciada pela Igreja que ensinava o latim, doutrinas religiosas entre

outras coisas, o que também fez com que a cultura medieval fosse fortemente influenciada pela religião,

desde a arquitetura até os pensamentos filosóficos.

Porém, a partir do século X houve iniciou-se o declínio do feudalismo, o aumento populacional

provocado por essa fase de estabilidade levou à necessidade de mais terras, nas quais os trabalhadores

desenvolveram técnicas agrícolas que facilitavam o trabalho. Ao mesmo tempo foram surgindo os

primeiros indícios de comércio ao redor dos castelos, fazendo com que a população se aglomerasse em

tais locais e, consequentemente, se estabeleciam as primeiras cidades e também o surgimento de

1 LE GOFF, Jacques. Em busca da Idade Média. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

2 PAZZINATO, Alceu L. e SENISE, Maria Helena. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Ática, 2002.

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moedas locais. E ao mesmo tempo, a Igreja Católica procurava expandir a fé cristã para outros lugares e

com o apoio da nobreza, que pretendia ampliar suas áreas de exploração e comércio, iniciaram as

Cruzadas que pretendia reconquistar a “Terra Santa”3. Falaremos mais sobre a Igreja Católica e suas

ações na Idade Média no próximo item.

A Igreja Católica

Durante a Idade Média, a Igreja Católica teve a sua maior chance de poder e importância na

sociedade. O cotidiano era todo impregnado por pequenos rituais católicos, que mostravam o grande

poder da religião, sendo tudo que fosse ruim (doenças, catástrofes) era geralmente atribuído ao “Diabo”

podendo ser resolvido por meio de exorcismos, sinais da cruz e outros simbolismos católicos. O poder da

Igreja era diferente dos demais, já que além das terras sob sua jurisdição, ela ainda detinha o poder

espiritual sobre quase todo o território europeu4.

A vida civil da sociedade era toda regulada pela religião. Tal controle, construído por toda a

duração da Idade Média, consistia em estar presente na vida das diferentes camadas sociais. Era a Igreja

que representava, pela sua função religiosa, a segurança para a população medieval aterrorizada com a

morte e, sobretudo, com o que pudesse ocorrer depois da morte. Tal influência, de início só espiritual,

passa a estender-se para o político, na medida em que os papas que acabavam coroando os imperadores

nas cerimônias5.

Em relação aos nobres, a Igreja atuava como fornecedora de justificativas para as guerras contra

os infiéis – as Guerras Santas. Entre os movimentos mais destacados da Idade Média, guiados pela Igreja,

estão as Cruzadas, que tinham o apoio dos nobres dirigentes das monarquias feudais, para retomar a

Terra Santa que estavam nas mãos dos infiéis, como eram chamados os turcos pelos católicos. E com

isso, os interesses econômicos e sociais acabaram superando os religiosos que, teoricamente, foram a

verdadeira razão para iniciar tais guerras.

3 STIGAR, Robson. As Cruzadas e a Santa Igreja na idade media. Disponível em:

<http://www.webartigos.com/artigos/as-cruzadas-e-a-santa-igreja-na-idade-media/6170/#ixzz1wN4WkqZq>. Acesso em: 15 Mai. 2012. 4 LENZENWEGER, Josef et. al. História da Igreja Católica. 2ª Edição. São Paulo: Edições Loyola,1995.

5 LE GOFF, op. Cit;

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Em relação àqueles que tinham outras interpretações sobre os textos bíblicos e questionavam os

dogmas e práticas da Igreja, eram considerados hereges. Para a Igreja Católica, herege “é aquele que

depois de ter recebido o batismo, e conservando o nome de cristão, nega pertinazmente alguma das

verdades em que deve crer, por fé divina e católica”. Aos hereges, a igreja reservava o julgamento em

tribunais eclesiásticos, os tribunais da inquisição, e aplicava penas que variavam desde a necessidade de

confissão e retratação da heresia, até pena de prisão perpétua e de morte6.

Essa tentativa de purificação, a Igreja assume importância fundamental com a chamada reforma

gregoriana, simbolizada na figura do papa Gregório VII, realizada ao longo do século XII. A respeito dessa

reforma gregoriana, destacamos o que Le Goff cita em sua obra “Em Busca da Idade Média”:

“Gregório [...] pretende purificar a Igreja de seus compromissos com o dinheiro e de suas

diversas ‘impurezas’, especialmente resguardá-la mancha dos líquidos impuros: o esperma e o sangue –

o celibato freqüentemente violado pelos clérigos é-lhes imposto definitivamente e a atividade guerreira

lhes é firmemente proibida”

Nesse contexto que ocorre o IV Concílio de Latrão, sob o comando do Papa Inocêncio III, e dele

resulta uma série de novas obrigações, dentre as quais destacamos: prática anual da confissão auricular,

e não mais pública, para todos os maiores de 14 anos; imposição do consentimento mútuo para o

casamento; condenação da heresia, da usura e dos judeus; formação dos clérigos; ministério pastoral;

governo eclesiástico; fixação de hierarquia entre as sedes patriarcais, eleições eclesiais, justiça

eclesiástica, renda dos clérigos; regulamentação da excomunhão, dentre outras. De uma forma geral, os

cânones, deliberações do concílio, buscavam: a organização e centralização do corpo eclesiástico em

torno da figura do Papa; combate às heresias; diminuição da intromissão secular em questões

eclesiásticas; valorização e disseminação da moral cristã e catolização da sociedade7;

6 Ver definições interessantes acerca da Heresia em THOMÉ, Laura Maria Silva. Da ortodoxia à heresia: os valdenses

(1170-1215). 2004. 198 f. Dissertação (Mestrado em História) - Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. 2004.

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3 INOCÊNCIO III

Lottario dei Conti di Segni, ou Lotário de Segni, nasceu entre 1160 e 1161 no castelo de Gavignano,

na cidade de Anagni, na Itália, em uma família nobre de origem germânica e de grande influência na

Igreja. Seu pai, o Conde Trasimund de Segni, era membro da famosa casa Conti. Lotário é relatado como

um homem de estatura média, de bela aparência, culto e humilde. Era um soberano nato e “mestre em

lidar com as pessoas” 8, característica essa tratada no filme Fratello sole, sorella luna (ou Irmão Sol,

Irmão Lua) 9. Apesar da saúde fraca que apresentou em toda sua vida, era um homem que privilegiou a

sabedoria universal e que tinha um conceito muito próprio sobre a Igreja como um todo e o papado em

específico. Em todas as obras que o tratam, Lotário de Segni é delineado como uma figura autoritária,

mas coerente e extremamente defensor da ordem, que acreditava ter sido estabelecida por Deus.

Não obstante ser, na maioria das vezes, associado à disciplina e ao rigor, acredita-se hoje que ele era

profundamente religioso, devoto e ascético, o que o consolidou também como um importante

orientador espiritual. Diz-se que, devido a isso, ele próprio se considerava não Vigário de São Pedro, mas

sim de Cristo.

Contemporâneo de São Francisco de Assis, ainda novo, Lotário de Segni foi estudar em Roma e

completou sua formação nas duas maiores universidades de seu tempo, em Paris, ao realizar o curso de

Teologia e, posteriormente, em Bolonha, onde estudou Direito10.

Aos 25 anos, em 1185, finalizou sua requintada formação educacional e já se destacava por seu

afinco aos estudos e intuição política, tornando-se, indubitavelmente, um importante teólogo e jurista,

ainda que não tenha se destacado tanto nesta área como Alexandre III (Orlando Bandinelli, 1159-

1181) o papa que o antecedeu. Se dedicou à escrita de obras de menor valia, como o Desprezo do

Mundo e ingressou no colégio cardinalício durante o papado de Clemente III (1187-1191). Visto como um

grande canonista, Lotário somou à sua formação educacional e à experiência eclesiástica na Cúria

7 RUST, Leandro Duarte. O concílio, o papado e o tempo: ou algumas considerações críticas sobre a

institucionalização do papado medieval (1050-1270). In: História: questões & debates. Curitiba: Ufor. Nº 46, p. 163-187, 2007. 8 LENZENWEGER, JOSEF et. al. História da Igreja Católica. 2ª Edição. São Paulo: Edições Loyola, 1995. p. 135.

9 No filme em questão, o então papa Inocêncio III beija os pés de São Francisco de Assis ocasionando, assim,

espanto entre os presentes. Neste instante, um cardeal se aproxima do outro e diz: “Don't be alarmed, His Holiness knows what He's doing. This is the man who will talk to the poor and bring them back to us” (“Não se preocupe, Sua Santidade sabe o que está fazendo. Este é o homem que falará aos pobres e os trará de volta para nós” – Tradução livre).

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Romana - onde serviu por cinco vezes – a manutenção de importantes vínculos de amizade 11. Esta foi a

combinação que o tornaria Papa.

Em 1198, ainda sem ter sido ordenado sacerdote, foi eleito papa, posto que só deixaria após sua

morte em 1216.

Atuação e filosofia de Inocêncio III

A atuação pontifical do Papa Inocêncio III foi intensa, ele interveio energicamente nas eleições

episcopais e obrigou os soberanos da Europa a serem investidos pelo papa; caso contrário não seriam

legítimos perante a Cristandade. Assim, exerceu e estendeu a suserania papal a quase todos os reinos

cristãos da Europa, intervindo diretamente em muitos deles, como em Portugal, Castela e Aragão. Na

França, onde a suserania pontifícia jamais havia sido imposta, alavancou a Universidade de Paris ao

estatuto de maior da Cristandade. Inglaterra e Alemanha também estiveram sujeitas à sua determinação

político-religiosa.

A exemplo disto, tem-se a intervenção no casamento de Filipe Augusto, da França, obrigando-o a

voltar à sua esposa, uma vez que as novas núpcias, as quais já haviam sido anuladas pelo Papa Celestino

III, colocavam sob questionamento público toda a cristandade. A monogamia é, então, imposta e

consolidada na França. Há também a determinação, por João Sem Terra, da vassalagem da Inglaterra à

Santa Sé, por meio da imposição da Magna Carta.

Foi Inocêncio, sem dúvida, o árbitro máximo de toda a Cristandade, alcançando êxitos sobre o cisma

grego, como a tomada de Constantinopla em 1204 e dominou de forma incontestável todo o Ocidente12.

Isto, porém, como será tratado mais à frente, manchou a reputação de Roma.

Quanto à sua filosofia, Inocêncio III acreditava que o poder espiritual, bem como o poder temporal,

emanava de Deus sendo, porém, aquele detentor de maior dignidade que este. Assim, de maneira

contraditória, apesar de acreditar que não concentrava em si a autoridade temporal absoluta, uma vez

que a todos os leigos deveria caber uma parcela de competência sobre suas ações, acabava por

10

NETO, JÔNATAS BATISTA. História da Baixa Idade Média. Edição única. São Paulo: Editora Ática, 1989. p. 158. 11

ELLIOTT-BINNS, LEONARD ELLIOTT. Innocent III. 2ª Edição. Inglaterra: Editora Methuen&Co., 1931. p. 4.

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determinar que cabia a ele próprio a palavra final e aprovação na escolha dos imperadores, como

afirmado por Jônatas Batista Neto 13,

Grande exemplo de atuação do papa, que demonstra claramente a filosofia adotada, é a sucessão do

trono de Henrique VI, após a morte deste em 1197 (um ano antes de Inocêncio III ser eleito papa).

Relatando brevemente o ocorrido, com a morte de Henrique VI instaurou-se uma guerra civil na

Inglaterra a fim de definir se sucederia ao trono Felipe (dos Hohenstaufen), ou Oto (dos Welf). Apesar de

Felipe ser o mais forte candidato, Oto possuía o apoio de Inocêncio III em decorrência de um acordo

firmado entre eles que estabelecia a promessa de devolução de territórios à Igreja, os quais outrora lhe

pertenceram, e da garantia de independência da Sicília.

Com isto, inicialmente, o papa excomungou Felipe e seus partidários, porém, em 1206, Oto é

derrotado e, assim, em 1208, Inocêncio III reconhece a sucessão de Felipe. A história não termina aqui.

Posteriormente, Felipe é morto por um inimigo nobre e Oto alcança o trono sendo, novamente, apoiado

pelo papa. Os acordos anteriores são, então, reiterados, porém Oto não cumpre com a sua palavra. O

então rei une-se aos principados alemães e ao rei João-Sem-Terra, da Inglaterra, e invadem a Itália de

Frederico II. Com isto, obviamente, Inocêncio III retira seu apoio à Oto, deixa de reconhecê-lo como

Imperador e o excomunga. Tem-se, assim, configurado em 1214 o conflito que ficaria conhecido como A

Batalha de Bouvines

O autor mexicano Gerardo Laveaga descreve este episódio na obra O Sonho de Inocêncio, como

transcrito a seguir:

“Inocêncio concordou em suspender a excomunhão de Filipe da Suábia, sinal inequívoco de que o

nobre Hohenstaufen seria o novo imperador. Então, no auge de sua popularidade, no momento em que

se dispunha a tomar o Império como a herança que lhe era devida, cortaram-lhe o pescoço. A notícia

estremeceu quase toda a Europa. Quase toda, porque os príncipes alemães não se intimidaram. Nas

dietas de Halberstadt e Frankfurt, reconheceram Oto de Brunswick como imperador. Haviam descoberto

o estratagema do Papa para mantê-los divididos e, pela primeira vez, enfrentaram-no. Foi inútil

Inocêncio expressar sua indignação pela morte de Felipe, (...). Oto exibiu um capacete espetacular (...), a

12

GRINGS, Dom Dadeus. Dialética da Política: História Dialética do Cristianismo. Porto Alegre: Edipucrs, 1994. p. 120.

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seguir, reconheceu os direitos da Igreja: a liberdade nas eleições eclesiásticas e as fronteiras dos Estados

Pontifícios. Anunciou que só esperava que o pontífice lhe indicasse a data em que seria coroado14.”

Ao final, Oto foi derrotado e afastado da vida política. Frederico II, por outro lado, foi coroado

Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, aos 21 anos, no IV Concílio de Latrão.

Apogeu e deficiências do Papado

Inocêncio III instaurou uma verdadeira máquina de controle e manutenção da rentabilidade dos

Estados Pontifícios, como será demonstrado, e, por isso, foi delineado por diversos autores como Don

Dadeus Grings15 como provedor do apogeu dos Papados.

Os Estados Papais ou Estados Pontifícios foram formados por aglomerados de territórios do

centro da Itália e de regiões ao sul da França, como Venaissin e Avignon. Tais Estados estiveram sob

domínio temporal da Santa Sé, tendo como seu chefe máximo – tanto temporal quanto espiritual – o

Papa16, se mantendo como Estados independentes entre 765 e 1870, tendo Roma como capital.

Para administrar tal atividade, foram criadas as Cameras e a influência e controle de Inocêncio III

ficou conhecida como Patrimônio de Pedro. As Cameras possuíam um quadro de funcionários

encarregados de toda a inspeção.

O Papa se portou como um verdadeiro senhor feudal, cobrando o tradicional “dinheiro de

Pedro”, recolhendo tributos do senhorio, dos soberanos vassalos, dos mosteiros e das cidades, taxando

produtos comercializados em feiras e retendo multas em tribunais. Havia também a exigência de

tributos para apoiar as Cruzadas.

Apesar de grandioso, o Papado de Inocêncio III apresentou diversas deficiências, sendo

necessária uma verdadeira reforma17 para moralizar a Igreja e restabelecer a legislação do Papa sobre

assuntos civis.

13

NETO, Jonatas Batista. História da baixa idade Média. Edição única. São Paulo: Editora Ática, 1989. p. 161. 14 LAVEAGA, Geraldo. O Sonho de Inocêncio. Edição brasileira. São Paulo: Planeta do Brasil, 2006. p. 246. 15

GRINGS, Dom Dadeus. Dialética da Política: História Dialética do Cristianismo. Porto Alegre: Edipucrs, 1994. p. 122. 16

MCBRIEN, Richard P. Os Papas: os pontífices de São Pedro a João Paulo II. 2ª Edição. São Paulo: Loyola, 1997. p. 487. 17

SILVA, Andréia Cristina Lopes Frazão da. O IV Concílio de Latrão: Heresia, Disciplina e Exclusão. Publicado em Anais da III Semana de Estudos Medievais. Disponível em 05/10/2011 no Link http://www.pem.ifcs.ufrj.br/ AnaisIIISem.pdf. p. 95-96.

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Paralelamente ao crescimento das cidades, desenvolvimento do comércio, surgimento de

universidades e reaparecimento do direito romano, era desenvolvido um pensamento crítico das

monarquias em geral em relação aos outros poderes de caráter universal. Assim, era necessário

reafirmar os poderes do Papado sob os poderes temporais leigos, restabelecendo dessa maneira o

controle social tão abalado pelas críticas duras e contradições inerentes ao clero daquela conturbada

época e contendo as práticas simoníacas e nicolaístas, no meio clerical.

Outro ponto crucial para a manutenção da integridade da instituição era o controle sob o mal

uso das Cruzadas e sob os fenômenos culturais pagãos que haviam sido mascarados anteriormente para

dar-lhes um ar cristão. Foi devido a isto que Inocêncio III convocou o conhecido IV Concílio de Latrão

tratado neste trabalho.

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4 IV CONCÍLIO DE LATRÃO

O IV Concilio de Latrão pode ser conceituado como um dos maiores Concílios Ecumênicos

medievais. Apesar de não ser tão conhecido na historia do cristianismo Ocidental quanto o Concilio de

Trento, ele se destaca por sua magnitude, assinalando uma etapa decisiva, notadamente do ponto de

vista da pratica religiosa, que definiu mudanças que se demonstraram duradouras.

O Quarto Concílio Laterano, como também é chamado, foi convocado pelo Papa Inocêncio III,

pela bula "Vineam Domini Sabaoth" de 19 de abril de 1213, tendo o concílio se reunido em 15 de

novembro de 1215. A distância temporal entre a convocação do concilio e sua efetivação possibilitou a

participação de um grande numero de bispos. Contou com a presença de 71 patriarcas e bispos

metropolitanos, 412 bispos, 900 abades e priores, representando mais de oitenta províncias

eclesiásticas, não apenas da Europa Ocidental, mas também das Europa Central e Oriental. Além destes,

estiveram presentes autoridades laicas da Sicília, de Constantinopla, da França, da Inglaterra, da Hungria,

de Jerusalém, de Chipre e do Reino de Aragão.

O lugar escolhido para a realização do Concilio foi o palácio de Latrão, próximo a catedral de

Roma, a Igreja de São João de Latrão, que era até então a residência pontifícia18, refletindo o grande

poder recentemente adquirido pelo bispo de Roma.

A igreja já se encontrava organizada e centralizada sob domínio de Roma, exercendo grande

influência na sociedade. Apesar disso, sofria críticas de diversos setores, além de rivalizar com outros

poderes estabelecidos na Europa.

Em relação às divergências enfrentadas pela Igreja pode-se destacar o arraigamento dos

movimentos de contestação, principalmente no norte da Itália e no Languedoc ( valdenses e Cátaros),

aspirações manifestas de leigos cultos, a perda de possessões cristas no Oriente , o fracasso da IV

Cruzada, persistência das práticas simoníacas19 e do nicolaísmo20 em meio aos clérigos.

18

O Vaticano só vem a sê-lo a partir do século XIV. 19

Os Simonianos eram uma seita gnóstica do século II dC que considerava Simão Mago como seu fundador. 20

Nicolaísmo (ou Nicolacionismo ou Nicolaitismo) é uma heresia cristã cujos aderentes são chamados de Nicolaítas. A característica pela qual são mais lembrados é a sua posição em relação ao casamento. Segundo alguns autores,

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Nesse sentido, o Concilio é desenvolvido com o objetivo de retomar o controle da situação e

fortalecer os marcos da vida religiosa no espaço posto sob sua obediência, o qual abarca não apenas as

regiões anteriormente cristianizadas , como os países de “novas cristandades.”

O Concílio se desenvolveu em três sessões plenárias, contando ainda com cerimônias litúrgicas

de caráter popular. Resultaram deste Concílio 70 cânones, cujas atas originais não foram preservadas.

A respeito da matéria dos cânones pode-se destacar as heresias, o governo eclesiástico, a

correção dos costumes, a formação dos clérigos , o ministério pastoral, os sacramentos, o casamento, as

cruzadas, a situação dos Lugares Santos. Apesar da infinidade de temas, o governo eclesiástico foi o alvo

de um maior número de cânones.

Em síntese os cânones foram divididos em:

Cânon 1. Exposição da fé, do dogma da Trindade e da Transubstanciação.

Cânones 3-4. Estabelecidos procedimentos e penalidades contra os hereges e os seus

protectores.

Cânone 5. Primazia papal proclamado como estabelecida por vontade divina, e estabeleceu a

ordem de precedência das igrejas patriarcais: depois de Roma, segue-

se Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém.

Cânones 14-18. Regras de conduta do clero, proibindo e combatendo a vida não-

celibatária, embriaguez, frequência à tavernas,caça, ou participação em combates;

Cânon 21. Reafirmou a exigência de que todos os cristãos que tenham atingido a idade da razão

(7-8 anos) devem confessar os seus pecados e receber a Sagrada Comunhão, pelo menos uma vez

por ano.

Os cânones 41, 57, 58 e 60 dizem respeito a organização da Igreja.

Cânones 67-70. Regulamentado o relacionamento judaico-cristão, e estabelecidas restrições

sobre as comunidades judaicas.

eles defendiam a poligamia (ou ter esposas em comum). Também é conhecido como Nicolaíta aquele que defende o casamento do clero.

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Os cânones iniciais são relacionados à heresia. “Os hereges deviam ser combatidos por

possuírem doutrinas insensatas fruto de uma cegueira provocada pelo ‘‘pai da mentira”. São, ainda,

explicitados os pontos básicos da fé católica. O cânone três considera os hereges um perigo para a

unidade cristã, sendo vistos como um bloco único e coeso. Prevê que os condenados por heresia devem

ser castigados pelas autoridades seculares e, no caso de serem clérigos, serem desligados de suas

Ordens. Quanto aos bens, seriam confiscados.

Não era permitido qualquer espécie de auxilio aos hereges. Aqueles que lhe prestassem alguma

benevolência seriam excomungados, além de não poder exercer cargos públicos, receber sacramentos ,

heranças. Por outro lado os que:

"... armarem-se para dar caça aos hereges, gozarão da indulgência e do santo privilégio

concedidos aos que vão, em ajuda, à Terra Santa “ 21

Os cânones seguintes tratam da Igreja no Oriente, estas se encontravam novamente unidas.

Rechaçavam a submissão a Igreja Grega, pregando que "... como filhos obedientes devem imitar a Santa

Igreja romana, sua mãe...”22, estabelecendo ainda a hierarquização das sedes patriarcais.

Do cânone 14 ao 18, estão os problemas de caráter moral do clérigo, sendo ponto de grande

destaque do Concílio. Há grande preocupação na correção dos costumes. É lembrado que os

eclesiásticos devem adotar um modo de vida que, por suas renúncias, lhe separam cada vez mais dos

leigos: Sujeição ao celibato, modéstia do traje e da casa, dignidade dos costumes, longe dos lugares de

divertimento e indecência, não caçar, abster-se do uso de bebidas, não jogar, não exercer cargos

seculares nem administrar negócios temporais. O Concílio atribui aos bispos "... o dever de corrigir com

prudência e zelo os excessos de seus subordinados ... do contrário, terão de dar conta de seu sangue. "23

Atribui-se a esses cânones a necessidade do papado em zelar pelo comportamento moral do

clero em resposta aos anseios e críticas dos leigos e hereges, além de eliminar a influência secular junto

à hierarquia, ampliar a presença da igreja Romana no seio da sociedade e lutar pela preservação do

patrimônio eclesiástico.

21

Cânone 3. 22

Cânone 4 23

Cânone 7

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O Concílio ainda se mostra preocupado com a formação, a qual ainda não é dotada de

instituições próprias24, sendo feita em pequenas escolas paroquiais , as escolas catedralescas, de que

nascerão as vezes, uma universidade, como em Paris, ou ainda a reunião dos clérigos em torno do bispo

em assembléias sinódicas25, ocorridas duas vezes ao ano. Nessas ocasiões os cânones eram lidos, assim

como havia a pregação do bispo, dando aos párocos modelos a que se referir.

A ação pastoral era realizada junto aos fiéis, para responder as suas aspirações e absorver a

contestação. Esta se dá por meio da pregação constante: esse meio tradicional foi amplamente captado

pelas correntes contestatórias que a Igreja pretende combater situando-se no mesmo terreno. O

instrumento pastoral objeto de maior insistência é a paróquia, a menor das circunscrições eclesiásticas ,

pela qual se procede o enquadramento dos fiéis.

O cânone 21 é destinado a estabelecer as condições da pratica mínima requerida dos fiéis: cada

um deverá confessar e comungar pelo menos uma vez por ano, na Páscoa, na igreja da sua paróquia. São

esses os gestos que distinguem os fiéis respeitosos da Igreja daqueles que questionam a validade dos

sacramentos ministrados por clérigos que eles consideravam indignos ou dos que rejeitam totalmente o

valor da graça. O pároco tornava-se encarregado de levantar o nome dos que relutam em cumprir com o

seu dever.

O cânone 21 ligava assim os dois sacramentos maiores do grupo dos sete que acabava de ser

estabelecido. Trata-se daqueles cuja pratica é renovável, ao contrário dos outros cinco, que eram

recebidos somente uma vez: batismo, crisma, ordem ou casamento, extrema-unção. De fato, tanto a

confissão como a comunhão são dependentes um do outro: a comunhão só intervém se o fiel se

preparou pela confissão dos seus pecados ao padre de sua paróquia.

Os cânones 23 ao 41, 57, 58 e 60, dizem respeito aos capítulos gerais das ordens regulares, das

eleições eclesiais, da justiça e das rendas eclesiásticas. Buscava-se com estes cânones a organização

institucional da Igreja, visando à universalidade da jurisdição eclesiástica. O objetivo papal era submeter

e normatizar todo o clero ao seu governo.

Os cânones finais, do 67 ao 70, dizem respeito aos denominados excluídos, identificados como

judeus e muçulmanos. Criticou-se a usura praticada pelos judeus, instituíram-se vestes especiais tanto

24

Os seminários só aparecem depois do Concílio de Trento. 25

Assembléia eclesiástica convocada para tratar de assuntos da diocese

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para os judeus quanto para os muçulmanos, foi proibida a entrega de cargos públicos aos judeus e

condenou-se a manutenção dos ritos judaicos por parte dos judeus convertidos. Nesse sentido visa

manter a identidade e hegemonia cristã. Os muçulmanos receberam tratamento menos rigoroso que os

judeus, justificado pela "... blasfêmia contra aquele que foi crucificado por nossa salvação”26 por parte

destes.

Nas palavras de Andreia Cristina Lopes Frazão da Silva, o IV Concilio de Latrão tem como base:

“(...) a síntese do projeto papal de Reforma Eclesiástica que repousava nos seguintes pontos: organização e centralização de toda a hierarquia eclesiástica ao pontífice romano, a luta contra a intervenção laica na Igreja, a moralização do clero e a catolicalização da sociedade. “

27

Com o advento das reformas definidas no Concílio, a Igreja ampliava sua presença junto a

sociedade e se constituía como portadora da fé verdadeira e da vontade divina. O poder espiritual era

visto como superior e cabia a igreja zelar e prestar assistência aos fieis.

A afirmação de uma identidade cristã frente as demais religiões, notadamente os muçulmanos e

judeus, a perquirição por uma disciplina rigorosa e universal no seio da igreja e adentro da sociedade, a

luta contra a heresia, são objetivos centrais dessa assembléia, que visava , sobretudo, assegurar o espaço

da Igreja papal durante a Baixa Idade Média, em meio aos conflitos de poder na Europa.

26

Cânone 68 27

SILVA, Andréia Cristina Lopes Frazão da. O IV Concílio de Latrão: Heresia, Disciplina e Exclusão. Publicado em Anais da III Semana de Estudos Medievais.

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5- FÉ, EXCLUSÃO E DISCIPLINA

Fé, exclusão e disciplina são termos recorrentes em quaisquer estudos sobre o período do Papado de

Inocêncio III como um todo e sobre o IV Concílio de Latrão em específico.

O IV Concílio de Latrão tentou conter as diversas heresias que ameaçavam os preceitos cristãos

fundamentais, tratando, por exemplo, da questão dos sacramentos. Após o concílio ficaram

determinados dogmas como o da Transubstanciação e da Trindade, além da imposição da confissão dos

pecados anualmente. Foram estabelecidos, ainda, procedimentos e penalidades contra todos os hereges

e os seus protetores, com o intuito de reafirmar a primazia do poder papal e proibir a formação de novas

ordens religiosas.

O homem sem fé não era nada e a crença deveria ser sempre na Igreja Católica. Qualquer outra

doutrina pregava a palavra de Deus de maneira leviana, era herege28 e deveria ser combatida.

Desta maneira, aqueles que possuíam fé verdadeira – a fé na Igreja Católica – deveriam denunciar e

lutar contra leituras deturpadas das Sagradas Escrituras, como o movimento dos cátaros na França, que

acreditavam na existência de dois deuses, sendo um do Bem e outro do Mal e que Deus era um ser

puramente espiritual, sendo a criação uma obra maléfica. Segundo a Igreja Católica, tal movimento

apresentava uma visão maniqueísta e gnóstica. Era uma verdadeira heresia contra a interpretação

católica da bíblia, segundo a qual há apenas um Deus e Ele é o responsável pela criação.

A fim de combater as heresias e a “falsa fé” foram instauradas por Inocêncio III diversas

perseguições, sendo conhecida a brutal Cruzada Albigense, na qual hereges foram punidos com violência

e morte.

O IV Concilio estabeleceu também a condenação dos judeus e muçulmanos à exclusão, definindo

vários critérios de supressão, como o uso obrigatório de marcações especiais de identificação em suas

roupas. Além disso, as comunidades judaicas foram restringidas. Essas medidas revelam a crescente

28

Os cristãos foram os primeiros a fazer uso deste termo, tendo o intuito de designar ideias contrárias àquelas aceitas por eles. Assim, heresia era qualquer doutrina, linha de pensamento ou atitude que se distanciava do sistema doutrinal organizado pela Igreja Católica. (Trecho retirado do Trabalho de Processo Penal da turma de 2011)

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hostilidade sentida pelos cristãos contra os judeus e a necessidade daqueles de consolidarem uma

hegemonia sobre estes.

É importante tratar aqui sobre a criação do Tribunal da Santa Inquisição, tribunal religioso criado

para condenar todos aqueles que eram contra os dogmas organizados pela Igreja Católica e que foi

instaurado e que foi instalado tanto no Ocidente, quanto nas colônias da Igreja e garantiram o controle

desta por cerca de três séculos. Esta forma de inquisição estruturada por Inocêncio III foi posteriormente

consolidada pelo papa Bonifácio VIII. A Santa Inquisição destaca-se pelos bárbaros métodos inquisitoriais

adotados, determinando apurações feitas em segredo e o uso, no momento da condenação dos

supostos hereges, de informações imprecisas. Diversos procedimentos de tortura eram utilizados com o

objetivo de “arrancar-se” do investigado a confissão, prova máxima da Inquisição. Acreditava-se que os

inocentes seriam sempre amparados por Deus e em momento algum iriam ceder à tortura sendo,

portanto, inequívoca a culpabilidade daquele que confessava.

Essa série de medidas estabelecidas pelo papa Inocêncio III, sobretudo por ocasião do IV Concílio,

promoveu uma reorganização canônica e jurídica da igreja. Observou-se após isto que ocorreu uma

centralização do corpo eclesiástico sob a autoridade do pontífice romano, além de um aprimoramento

da luta contra as heresias.

A disciplina, instituto considerado de indubitável importância para a Igreja foi, então, reforçada. Vale

ressaltar que a disciplina não dizia respeito apenas aos cristãos, àqueles a quem o poder da Igreja

impunha-se, mas principalmente ao corpo clérigo. Inocêncio III, insatisfeito com a corrupção clerical e

preocupado com a reputação da instituição, emitiu procedimentos que determinavam regras de conduta

para os membros da igreja. Diversas proibições foram estabelecidas buscando a moralização do clero,

como a proibição de assistir apresentações teatrais, de ingerir bebidas alcoólicas e até mesmo de

praticar a caça. Foram também impostas regras de conduta, como o celibato, a continência e a formação

intelectual. Foi enfatizado, ainda, o papel relevante do clero contra o surgimento de novas heresias e no

combate das já existentes.

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6 PROCESSO PENAL BRASILEIRO E OS RESQUÍCIOS DO SISTEMA INQUISITORIAL

Primeiramente, faz-se necessário a diferenciação entre as três modalidades processuais

utilizadas durante a evolução histórica do direito: o sistema processual acusatório, inquisitorial e misto.

A partir daí será possível avaliar a adequação do processo penal brasileiro com a Constituição Federal de

1988.

O Sistema Inquisitivo tem suas raízes no Direito Romano, surgiu da necessidade do Estado de

operar na iniciativa do Processo Penal, quando o Estado encarregou os quaesitores de averiguar

quaisquer infrações penais que lhe fossem informadas. O que era para ser esporádico acabou por se

tornar freqüente, e o Estado passou cada vez mais a interferir no procedimento penal, expandindo por

quase toda a Europa Ocidental por cerca de um milênio. Em síntese o sistema inquisitório tem como

base :

(...) concentração de todas as funções processuais (acusar, defender e julgar) em apenas um órgão (judiciário), que em regra é agente representativo do poder dominante, não se exigindo a observação e atendimento ao contraditório, à ampla defesa, imperando sempre o segredo e o procedimento escrito como formas de apuração da infrações penais, conferindo-se amplos e irrestritos poderes de investigação aos órgãos incumbidos da função”

29

O sistema inquisitorial muda a fisionomia do processo penal. O que antes era um embate entre

acusado acusador, com igualdades de poderes e oportunidades, passa a ser uma disputa desigual entre

juiz inquisidor e acusado.

Com o IV Concilio de Latrão esse processo ganha mais força devido a busca de fortalecimento do

poder papal com o intuito de fazer valer o poder divino. O réu vira um pecador e passa a ser visto como

mero objeto do processo. A tortura passa a ser amplamente utilizada. A confissão era considerada prova

cabal para condenação.

Analisando o histórico desse sistema processual repleto de influências do Direito Canônico,

baseado nas regras do Santo Ofício, em que se cometeram as maiores barbaridades da humanidade,

29

LAGO, Cristiano Álvares Valladares. Sistemas processuais penais.

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percebemos que, claramente, não é esse o ideal de um Estado Democrático de Direito, que prima pelos

direitos e garantias individuais.

O período inquisitorial perdeu força a partir dos séculos XVII e XVIII, sendo influenciado pelo

iluminismo, modernizando a administração da justiça e amenizando características inquisitoriais dos

procedimentos penais.

O Sistema Acusatório tem início na Grécia e em Roma, fundamentado na acusação oficial,

embora permitisse, excepcionalmente, a iniciativa privada ou por qualquer do povo, instalando-se

verdadeiro processo de partes, que não pode existir sem a acusação, mantendo o julgador sempre na

posição passiva, imparcial. Características marcantes do sistema acusatório podem ser ressaltadas:

Este sistema aponta como traços fundamentais marcantes, os princípios penais tais como: a) o contraditório, como garantia político-jurídica do cidadão; b) as partes acusadora e acusada, em decorrência deste princípio, encontram-se em pé de igualdade; c) o processo é público, fiscalizável pelo povo, excepcionalmente permite-se uma publicidade restrita ou especial; d) as funções de acusar, defender e julgar são atribuídas a pessoas distintas e, logicamente, não permitindo ao juiz iniciar o processo; e) o processo pode ser oral ou escrito; f) existência de igualdade de direitos e obrigações entre as partes; g) a iniciativa do processo cabe à parte acusadora, que poderá ser o ofendido ou seu representante legal, qualquer do povo ou um órgão do Estado.

30

Sem dúvida, a característica mais marcante do processo acusatório é a figura imparcial do juiz,

não só por sua impossibilidade de acusar, mas pela consciência de manter-se a uma posição de

eqüidistância da defesa e da acusação.

Destarte, vale ressaltar que para configurar efetivamente o sistema acusatório em um

ordenamento jurídico, não basta manter as características supra citadas, faz-se necessário que este

esteja em consonância com os princípios democráticos que balizam o modelo acusatório, como

oralidade, publicidade e do contraditório.

Nesse sentido já podemos identificar em qual sistema estamos inseridos, apesar de ainda haver

resquícios do procedimento inquisitorial. A Constituição de 1988 traz em seu texto garantias processuais

30 BARRETO, Jovenita de Lima. O sistema acusatório e seus resquícios inquisitoriais.

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próprias de um sistema acusatório, o que esclarece o princípio que deverá nortear as leis

infraconstitucionais.

Já o Sistema misto, também conhecido como “ Sistema Acusatório formal” tem sua origem de

forma marcante com o término da Revolução Francesa, e decorreu da necessidade de erradicar do

ordenamento jurídico características da inquisição, sendo uma junção entre os procedimentos

inquisitoriais e acusatório. Tornaghi lhe define:“é a encruzilhada entre as necessidades da repressão e as

garantias individuais”.

É constituído de instrução inquisitiva( de investigação preliminar e instrução preparatório) e de

um posterior juízo contraditório de julgamento. Esse sistema contou com grave defeito de manter em

suas duas primeiras fases, características do modelo inquisitivo, como a parcialidade do juiz, o sigilo e a

ausência de garantias para o acusado. A ideologia liberal passa a fazer criticas a esses procedimentos, o

que leva a inclusão de garantias ao processo inquisitivo, principalmente relacionadas a ampla defesa.

Caracterização do sistema Penal Brasileiro

No Brasil torna-se difícil a tarefa de definir com precisão qual o sistema processual penal em

vigor atualmente. A dificuldade parte do princípio de que grande parte dos doutrinadores não acredita

na existência de um sistema puro, na forma clássica em que foram estruturados. Certo é que o sistema

acusatório e o inquisitorial estão presentes em nosso ordenamento, ainda que a presença deste

segundo não seja vista com bons olhos pela ótica democrática.

As divergências se evidenciam em contradições apresentadas pela Constituição, como cita

Viviane de Freitas Pereira e Ana Carolina Mezalira:

a Constituição Federal estabelece a separação dos sujeitos processuais no processo penal, o que se coaduna com o sistema acusatório, ao mesmo tempo em que o procedimento prevê a realização de uma investigação preliminar criminal, onde não há contraditório, nem ampla defesa, constituindo-se o investigado em mero objeto da investigação, o

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que representa um traço constitutivo do sistema inquisitorial.31

Entretanto, seria ao menos imprudente classificar o sistema processual penal brasileiro como

inquisitorial. Analisando os pressupostos do sistema acusatório, pode-se afirmar que este foi o escolhido

pelo ordenamento jurídico brasileiro. A Constituição Federal revela a eleição desse sistema que deve

orientar a interpretação e construção do processo penal, servindo como principio unificador e parâmetro

de coerência .

A Constituição Federal de 1988 e o Código de Processo Penal institui a repartição das funções

processuais, atribuindo a iniciativa da ação penal pública ao Ministério Publico e da ação penal privada

ao ofendido ou a quem tiver legitimidade para representá-lo ( art 129, I da CF e art. 30 do CPP), além de

assegurar ao réu o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa e o direito de ser processado

perante autoridade competente ( art. 5º, LIII, LIV e LV da CF).

Apesar de consagrados tais princípios, ainda se percebe influências do sistema inquisitorial em

atuação no processo penal. Critica o jurista:

que prevalece, no Brasil, a teoria da aparência acusatória, porque muitos dos princípios opostos ao acusatório são implementados todo o dia. O princípio e o sistema acusatório são, pelo menos por enquanto, meras promessas, que um novo Código de Processo Penal e um novo fundo cultural, consentâneo com os princípios democráticos, devem tornar realidade.

32

O Código de Processo Penal foi criado em 1941, inspirado na legislação processual penal italiana

produzida na década de 30 do século XX, de cunho político-ideológico fascista, que visualizava a

presunção de culpa do investigado/acusado e na ponderação entre tutela da segurança jurídica e a

tutela da liberdade individual. Entretanto, deve ser o Código interpretado à Luz da Constituição, sendo

esta baseada nas garantias individuais.

Nossa Carta Magna tem objetivo claro de afastar o órgão jurisdicional da persecutio criminis,

assegurando a exclusividade da ação penal publica ao Ministério Publico , e separando por definitivo o

31

Viviane de Freitas Pereira e Ana Carolina Mezzalira . Em busca de um princípio unificador para o processo 32

PRADO, 1999, p. 89

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juiz da função acusatória. Com isso visa que haja a perfeita eqüidistância , pureza de espírito e liberdade

do juiz na apreciação das assertivas da acusação , na apreciação das provas e dos argumentos da defesa.

Entretanto é possível notar que na fase da persecução penal, esta neutralidade inerente a

atividade jurisdicional encontra-se extremamente violada. No artigo 5º II, o legislador prevê a

possiibilidade de a fase policial ser instaurada mediante requisição da autoridade judiciária, o que ceifa a

neutralidade e imparcialidade do juiz, violando a separação de funções asseguradas pelo sistema

acusatório.

É possível ressaltar ainda diversas outras situações em que o julgador interfere no juss

accusationis (art. 28 do CPP; arts. 383 e 384 do CPP; art. 408, § 4º do CPP; art. 574, I do CPP; art. 574, II

e 411 do CPP, e, art. 746 do CPP), sendo estas responsáveis por enfraquecer o principio acusatório,

merecendo serem abolidas de nosso sistema processual penal, para resguardar a imparcialidade do

julgador e preservar a efetiva legitimidade dos titulares da ação penal.

As bases do sistema acusatório são reafirmadas pelo jurista:

O sistema acusatório adotado por nós distingue, nitidamente, as funções do órgão acusador o órgão julgador, deixando claro que a este é vedada qualquer intromissão na fase persecutória, salvo as referentes as medidas cautelares que podem ser requeridas.

33

Princípios de suma importância no ordenamento jurídico como o Contraditório e Ampla Defesa

são claramente violados no que tange as regras pertinentes ao inquérito policial ( artigo 4º e seguintes

do CPP). O próprio texto constitucional afirma a observância desses princípios também nos processos

administrativos.

A esse respeito alerta o jurista sobre a atual condição do inquérito policial:

aponta para três realidades, que juntas formam uma angustiante situação: uma é que deveras o inquérito policial age com uma discricionariedade e inquisição tão grande, que não permite qualquer interferência da defesa, seguindo, mesmo

33

RANGEL, Paulo 2005, p. 108.

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com falhas, para a apreciação judiciária; outra é que ele acaba por ser forte elemento probante na decisão judicial; e por fim, a terceira, é que esta realidade não tem dado indício de mudança, já que o último grau de recurso e decisão, o STF, não tem aberto possibilidade de rever a já consolidada posição de não admissibilidade do contraditório e da ampla defesa no inquérito policial, por este ser meramente procedimento administrativo e servir apenas como peça informativa. “

34

Com isso evidencia a necessidade de mudança nos pressupostos do inquérito policial. Este não

pode passar por cima das liberdades do individuo. O inquérito enfim, deve tomar caráter garantista e

constitucional, já que influi nas decisões judiciárias.

Diante do exposto fica claro a tentativa Constitucional em adotar o sistema processual penal

acusatório, apesar de , na prática, ainda haver influências do sistema inquisitorial. A idéia de existência

de um sistema puro é , de certo modo, fantasiosa, visto que sempre haverá a possibilidade de se

encontrar no sistema acusatório, características secundárias do processo inquisitorial. Entretanto, cabe

diferenciá-los e agir de tal forma a minimizar tais intromissões, adequando o Código de Processo Penal

a realidade Democrática de nosso pais.

Cristiano Álvares finda seu artigo de maneira otimista:

Enfim, adotamos em nosso país apenas um aparente sistema acusatório, manifestamente distante dos princípios acusatórios propriamente ditos, mas temos a esperança de que, com a implementação de nova legislação processual penal, notadamente, de um novo Código de Processo Penal mais afinado com as pretensões acusatórias prelecionadas por nossa Constituição Federal, haveremos de atingir algum dia os anseios de um processo penal realmente democrático, dotado de garantias essenciais aos direitos fundamentais dos seres humanos e de preservação da soberania do Estado em prol à tão desejada pacificação social.

35

A pretensão por mudanças sempre existirá, ao passo que, com a evolução da sociedade, surgem

novos anseios e necessidades. Cabe a nós a construção de uma legislação adequada às novas exigências

sociais, assim como o aprimoramento de sua aplicação.

34

ANDRADE, Marcus Tito Tapioca de . Os princípios da ampla defesa e do contraditório no inquérito policial. 35

LAGO, Cristiano Álvares Valladares. Sistemas processuais penais.

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ANEXO I Os Cânones do IV Concílio de Latrão, 1215 CANONE 1 “Acreditamos firmemente e abertamente confessamos que há um só Deus verdadeiro, eterno e imenso, onipotente, imutável, incompreensível e inefável, Pai, Filho e Espírito Santo, três pessoas, mas na verdade uma só essência, substância ou natureza absolutamente simples ; o Pai (procedendo) de ninguém, mas o Filho do Pai somente, e do Espírito Santo igualmente de ambos, sempre sem começo e fim. A geração Pai, o Filho unigênito, e o processo Espírito Santo; consubstancial e co-iguais, co-onipotente e co-eternas, o princípio único do universo, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, espirituais e corporais, que desde o início dos tempos e pelo Seu poder onipotente fez nada de criaturas espirituais e corporais, angelical, a saber, e mundano, e em seguida humanos, por assim dizer, comum, composto de corpo e espírito. O diabo e os outros demônios foram de fato criados por Deus bons por natureza, mas eles se tornaram maus por si mesmos, o homem, no entanto, pecou por sugestão do diabo. Esta Santíssima Trindade em sua essência comum indivisível e em propriedades pessoais dividido, através de Moisés, os santos profetas, e outros agentes deu à raça humana, com os intervalos de tempo mais oportuno a doutrina da salvação. E, finalmente, Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus feito carne por toda a Trindade, concebido com a cooperação do Espírito Santo de Maria sempre Virgem, fez verdadeiro homem, composto de uma alma racional e carne humana, uma pessoa em duas naturezas, apontou mais claramente o modo de vida. Que, segundo a Sua divindade é imortal e intransitáveis, de acordo com a Sua humanidade foi feita transitáveis e mortal, sofreu na cruz para a salvação da raça humana, e sendo morto desceu ao inferno, ressuscitou dos mortos, e subiu aos céus. Ele desceu, mas na alma, surgiu na carne, e subiu igualmente em ambos; Ele virá no fim do mundo para julgar os vivos e os mortos e tornarão para os réprobos e os eleitos de acordo com suas obras. Que todos ressuscitarão com seu próprio corpo que agora eles têm que eles possam receber de acordo com seus méritos, seja bom ou mau, o castigo último eterno com o diabo, a antiga glória eterna com Cristo. Há uma Igreja Universal dos fiéis, fora da qual não há absolutamente nenhuma salvação. Em que há o mesmo sacerdote e sacrifício, Jesus Cristo, cujo corpo e sangue são verdadeiramente contidos no sacramento do altar sob a forma do pão e do vinho, o pão sendo alterado (transsubstantiatio) pelo poder divino no corpo, e os vinho no sangue, de modo que para realizar o mistério de unidade que pode receber dEle o que Ele recebeu de nós. E este sacramento ninguém pode efeito, exceto o sacerdote que tem sido devidamente ordenados, de acordo com as chaves da Igreja, que Jesus Cristo deu aos Apóstolos e seus sucessores. Mas o sacramento do batismo, que pela invocação de cada Pessoa da Trindade, ou seja, do Pai, Filho e Espírito Santo, é feita em água, devidamente conferido em crianças e adultos na forma prescrita pela Igreja por qualquer pessoa que seja, conduz à salvação. E que alguém deveria, após a recepção do batismo ter caído no pecado, pelo verdadeiro arrependimento, ele pode sempre ser restaurado. Não só virgens e aqueles que praticam a castidade, mas também aqueles unidos em casamento, por meio da fé correta e através de obras agradáveis a Deus, pode merecer a salvação eterna.” CANONE 2 “Condenamos, portanto, e réprobos do livro ou do trato que Abott Joachim publicada contra mestre Peter Lombard sobre a unidade ou a essência da Trindade, chamando-o de herege e insano porque ele

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disse em sua Sentenças que o Pai, Filho e Espírito Santo são algumas entidade suprema em que não há nenhuma geração, não gerado, e não de prosseguir. Onde ele afirma que ele (Pedro Lombardo) atribuída a Deus, não tanto uma trindade como uma quaternidade, ou seja, três pessoas e que a essência comum, quarto, claramente protestando que não existe uma entidade que é Pai, Filho e Espírito Santo, tampouco é essência ou substância ou natureza, embora admita que o Pai, Filho e Espírito Santo são uma essência, uma substância, e uma natureza. Mas ele diz que tal unidade não é uma verdadeira e própria unidade (propriam), mas sim um coletivo um ou uma por meio de similitude, como muitos homens são chamados de um só povo e muitas Igreja fiel, de acordo com as palavras: "A multidão de crentes tinha um só coração e uma só alma "(At 4, 32), e:" Aquele que se une ao Senhor é um espírito "(I Coríntios 6:. I7), similarmente," Aquele que planta e o que rega, somos um "(I Coríntios-3: 8), e," Então nós, sendo muitos, formamos um só corpo em Cristo "(Rom. 12, 5). Mais uma vez no Livro Real (Ruth): "O meu povo e o teu povo somos um" (Ruth I: i6). Para fortalecer esse ensinamento, ele cita que a palavra mais importante que Cristo falou sobre os fiéis no Evangelho: a vontade, Pai, que eles sejam um, como nós também somos um, que eles sejam perfeitos em um "(João I7: 22 f.). Para os fiéis de Cristo, diz ele, não somos um no sentido de que são alguma coisa que é comum a todos, mas no sentido de que eles constituem uma Igreja em razão da unidade da fé católica e um reino em razão da união indissolúvel de caridade, como lemos na epístola canônica de S. João: "Há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um" . (I João 5: 7) E imediatamente ele é adicionado: "E há três que dão testemunho na terra, o espírito, a água e o sangue, e estes três são um" (I João 5: 8), com é encontrado em alguns códices. Mas nós, com a aprovação do santo e do conselho geral, crer e confessar com Peter (Lombard) que há uma entidade suprema, incompreensível e inefável, que é verdadeiramente Pai, Filho e Espírito Santo, em conjunto (simul) três pessoas e cada um deles isoladamente. E, portanto, em Deus só existe trindade, não quaternidade, porque cada uma das três pessoas é esta entidade, ou seja, substância, essência ou natureza divina, a única que é o princípio do universo e além de que não há outro. E essa entidade não é a geração de um ou aquele gerado ou um processo, mas é o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo procede, tendo em vista que pode haver distinções nas pessoas que a unidade na a natureza. Embora, portanto, o Pai é um (ser), e do Filho é outro eo Espírito Santo é outro, mas eles não são diferentes (não tamen Aliud), mas o que é o Pai, que é o Filho eo Espírito Santo , absolutamente o mesmo, já que segundo a fé ortodoxa e católica que se acredita ser consubstancial. Porque o Pai gerando o Filho desde a eternidade transmitiu-lhe a sua própria substância, como Ele mesmo atesta: "O que meu pai me deu, é maior do que todos" (João IO: 29). E isso não pode-se dizer que deu a ele uma parte da sua substância e reteve uma parte para si, já que a substância do Pai é indivisível, ou seja, absolutamente simples. Mas nem se pode dizer que o Pai na geração transferidos Sua substância para o Filho, como se deu ao Filho, sem retê-la para si mesmo, caso contrário, Ele deixaria de ser uma substância. É evidente, portanto, que o Filho recebeu em ser gerados sem nenhuma diminuição da substância do Pai e, assim, o Pai eo Filho, assim como o processo Espírito Santo de ambos são a mesma entidade. Quando, portanto, a Verdade reza ao Pai para os fiéis, dizendo: "eu quero que eles sejam um em nós, como nós somos um" (João 7: 22), este "um" é entendida primeiro para os fiéis, como o que implica uma união de caridade em graça, em seguida, para as pessoas divinas, como implicando uma unidade da identidade na natureza, como a Verdade diz em outro lugar: "Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5: 48) , como se Ele dizia de forma mais clara: ser perfeito pela perfeição da graça como o vosso Pai celeste é perfeito pela perfeição da natureza, ou seja, cada um à sua maneira, porque entre o Criador ea criatura não pode haver uma semelhança tão grande que a dessemelhança não é maior. Se, portanto, qualquer pretensão de defender ou aprovar o ensinamento dos Joachim referido sobre este ponto, deixá-lo ser reprimido por todos como um herege. Neste, no entanto, não queremos derrogar, em qualquer coisa, desde o mosteiro de Flora, que Joachim

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mesmo fundou, já que nela há tanto a vida regular e salutar observância, mas principalmente porque o Joachim mesmo ordenou que seus escritos ser submetido a nós ser aprovado ou corrigido pelo juízo da Sé Apostólica, ditando uma carta que ele subscrito com as próprias mãos, em que ele firmemente confessa que ele sustenta que a fé que a Igreja Romana mantém, que pela vontade de Deus é a mãe e amante de todos os fiéis. Reprovamos e condenamos também o ensino perverso de que ele ímpios Amaury (Almaricus, Amalricus) de Bene, cuja mente o pai da mentira escureceu tanto que o seu ensino deve ser considerado não tanto como herético insano.” CANONE 3 “Nós excomungamos e anatematizamos toda heresia que levanta contra a fé santa, ortodoxa e católica que temos explicado acima, condenando todos os hereges sob qualquer nome que pode ser conhecido, por enquanto eles têm rostos diferentes são, no entanto, ligadas umas às outras pelas caudas, pois em todos eles a vaidade é um elemento comum. Os condenados, sendo entregue aos governantes seculares de seus oficiais de justiça, deixá-los ser abandonado, ser punido com a justiça devido, os clérigos primeiro ser degradado de suas ordens. Quanto à propriedade do condenado, se eles são leigos, deixe-o ser confiscados, se os clérigos, que seja aplicada às igrejas a partir do qual eles receberam receitas. Mas aqueles que são apenas consideração, suspeita-se devidamente em conta a natureza da suspeita e do caráter da pessoa, a menos que provar sua inocência por uma defesa adequada, deixá-los ser anatematizado e evitado por todos os 1-intil que fizeram a satisfação adequada , mas se eles têm estado sob excomunhão por um ano, depois deixá-los ser condenados como hereges. Autoridades seculares, qualquer que seja escritório eles podem realizar, será advertido e induzidos e, se necessário compelido pela censura eclesiástica, que, como eles desejam ser estimado e contados entre os fiéis, assim, para a defesa da fé que deve publicamente prestar juramento que eles vão se esforçar em boa fé e com o melhor de sua capacidade de exterminar nos territórios sujeitos à sua jurisdição todos os hereges apontado pela Igreja, de modo que sempre que alguém deve ter assumido a autoridade, seja espiritual ou temporal, que ele seja obrigado a confirmar este decreto por juramento. Mas, se um governante temporal, depois de ter sido solicitada e advertiu que a Igreja, deve negligenciar a limpar seu território desta imundície herética, que ele seja excomungado pelo metropolitanas e os outros bispos da província. Se ele se recusa a fazer a satisfação dentro de um ano, deixar o assunto ser levadas ao conhecimento do Sumo Pontífice, que ele pode declarar vassalos do governante absolvido de sua fidelidade e pode oferecer o território a ser governado leigos católicos, que sobre o extermínio dos hereges pode possuí-la sem impedimentos e preservá-lo na pureza da fé, o direito, porém, de o príncipe deve ser respeitada, desde que ele não oferece nenhum obstáculo nesta matéria e permite liberdade de ação. A mesma lei é para ser observado em relação aos que não têm seus principais dirigentes (isto é, são independentes). Católicos que se cingiu-se com a cruz para o extermínio dos hereges, gozarão as indulgências e privilégios concedidos aos que ir em defesa da Terra Santa. Nós decreto que aqueles que dão crédito aos ensinamentos dos hereges, bem como aqueles que recebem, defender e amparara-los, são excomungados, e nós firmemente declarar que depois de qualquer uma delas tem sido a marca com a excomunhão, se ele tem deliberadamente não conseguiu fazer a satisfação dentro de um ano, que ele jure incursos o estigma da infâmia e que ele não se admitir a cargos públicos ou deliberações, e deixar que ele não poderá tomar parte na eleição dos outros para escritórios ou como usar o seu direito de dar testemunho em um tribunal de direito. Deixe-o ser também intestável, que ele não pode ter o livre exercício de fazer um testamento, e que ele seja privado do direito de herança. Que ninguém ser instados a prestar contas a ele em qualquer assunto, mas deixá-lo ser instados a prestar contas aos outros. Se por ventura ele ser um juiz, deixe suas decisões não têm

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força, nem deixe qualquer causa ser levada à sua atenção. Se ele ser um defensor, deixe a sua ajuda de modo algum ser procurado. Se um notário, deixe os instrumentos elaborados por ele ser considerado inútil, pois, o autor ser condenado, deixá-los desfrutar de um destino semelhante. Em todos os casos semelhantes comando que que o mesmo ser observado. Se, porém, ele ser um clérigo, que ele seja deposto de cada escritório e benefício, que a maior culpa a mais grave pode ser o castigo infligido. Se qualquer recusar-se a evitar tal depois de terem sido banidos pela Igreja, deixá-los ser excomungado até que eles fizeram a satisfação adequada. Clérigos não devem dar os sacramentos da Igreja para tais pessoas pestilento, nem se atreveria a dar-lhes sepultura cristã, ou para receber suas esmolas ou ofertas, caso contrário eles serão afastados das suas funções, a que não pode ser restaurada sem um indulto especial da Sé Apostólica. Da mesma forma, todos os frequentadores, a quem também esta punição pode ser imposta, deixe seus privilégios ser anulada na medida em que diocese em que eles têm presumido perpetrar tais excessos. Mas uma vez que alguns, em "aparência de piedade, mas negando a eficácia dela", como diz o Apóstolo (II Tim 3:. 5), se arrogam autoridade para pregar, como o mesmo Apóstolo diz: "Como é que pregam se não forem enviados? " (Rom. 10:15), todos aqueles proibidos ou não enviados, que, sem a autoridade da Sé Apostólica ou do bispo católico da localidade, tiver a presunção de usurpar o ofício da pregação em público ou privado, deve ser excomungado e a menos que alterar, e quanto mais cedo melhor, estas devem ser visitados com uma pena mais adequada. Acrescentamos nós, além disso, que cada arcebispo ou bispo deve a si mesmo ou através de seu arquidiácono ou algumas outras pessoas adequadas, duas vezes ou pelo menos uma vez por ano fazer as rondas de sua diocese em que relatório diz que os heréticos habitam, e não obrigar três ou mais homens de bom caráter ou, se ela deve ser considerada aconselhável, todo o bairro, a jurar que, se alguém sabe da presença ali de hereges ou outros que assembleias secretas, ou diferente da forma comum dos fiéis na fé e moral, que irá torná-los conhecidos ao bispo. Este último deve então chamar juntos antes de ele os acusados, que, se não eliminar-se da matéria de que são acusados, ou se após a rejeição de seu erro que cair em sua malícia anterior, deve ser punido canonicamente. Mas se algum deles pela obstinação condenável deve desaprovar o juramento e, por acaso não estar dispostos a jurar, a partir deste fato deixá-los ser considerados como hereges. Desejamos, portanto, e em virtude do comando de obediência estrita, que para levar a cabo estas instruções de forma eficaz o exercício bispos nas dioceses uma vigilância escrupulosa se quiserem escapar da punição canônica. Se a partir de provas suficientes, é evidente que um bispo é negligente ou omissa na limpeza de sua diocese o fermento da maldade herética, deixá-lo ser deposto do cargo episcopal e deixar outra, que podem confundir e depravação herética, ser substituído. CANONE4 “Embora queremos favor e honra os gregos que em nossos dias estão voltando à obediência da Sé Apostólica, permitindo-lhes manter seus costumes e ritos na medida em que os interesses de Deus permitem-nos, nestas coisas, no entanto, que são um perigo para as almas e depreciativos à propriedade eclesiástica, nós nem desejo nem deve submeter-se a eles. Depois que a Igreja dos gregos com alguns de seus cúmplices e apoiadores tinha cortando-se da obediência da Sé Apostólica, a tal ponto que os gregos começam odiando os latinos que entre outras coisas que impiedosamente comprometida depreciativa para os latinos era isso, que quando os sacerdotes latino celebraram sobre os seus altares, eles não oferecem o sacrifício sobre os altares até os altares haviam sido previamente lavada, como se fosse por isso, eles tinham sido contaminados. Além disso, os batizados pelos latinos, os gregos precipitadamente a presunção de rebatizar, e mesmo até agora, tal como a entendemos, há alguns que não hesitam em fazer isso. Desejoso, portanto, de retirar tais escândalo da Igreja de Deus, e aconselhado pelo conselho

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santo, que comando estritamente que não me atrevo a fazer tais coisas no futuro, mas conformar-se como filhos obedientes à Santa Igreja Romana, a sua mãe, que pode haver "um só rebanho e um só pastor." Se alguém tiver a presunção de agir de forma contrária a esta, que ele seja excomungado e deposto de cada escritório e benefício eclesiástico. CANONE5 “Renovar os antigos privilégios da patriarcal vê, nós decreto com a aprovação do conselho santo e ecumênico, que depois a Igreja Romana, que, pela vontade de Deus tem sobre todos os outros preeminência do poder ordinário como a mãe e mestra de todas as os fiéis, que de Constantinopla deve segurar o primeiro lugar, a de Alexandria, segundo, que de Antioquia em terceiro lugar, e que de Jerusalém em quarto lugar, a dignidade própria de cada ser observadas, de modo que após a sua bispos receberam do pontífice romano o pálio, que é a marca distintiva da plenitude do cargo pontifício, e tomaram o juramento de fidelidade e obediência a ele, eles também podem legalmente conceder o pálio nas suas sufragâneas, recebendo deles a profissão canônica de fé para si e para o Igreja Romana a promessa de obediência. Eles podem ter o padrão da cruz antes de ter em todos os lugares, exceto na cidade de Roma e onde o Sumo Pontífice ou seu legado vestindo a insígnia da dignidade apostólica está presente. Em todas as províncias sujeitas a sua jurisdição apelos podem ser tomadas a eles quando necessário, poupando os recursos dirigidos à Sé Apostólica, que deve ser humildemente respeitada.” CANONE 6 “Em conformidade com as disposições antigas dos santos Padres, a metropolitas não deve deixar de realizar com seus suffragans os sínodos provinciais anuais. Nestes devem ser acionados com um medo genuíno de Deus em corrigir abusos e reformar a moral, especialmente a moral do clero, familiarizando-se novamente com as regras canônicas, particularmente aquelas que são promulgadas neste conselho geral, para que possam cumprir a sua observância impondo punição devida sobre os transgressores. Que isso pode ser feito de forma mais eficaz, deixe-os nomear em cada diocese pessoas prudentes e reto, que durante todo o ano deve informalmente e sem qualquer jurisdição diligentemente investigar coisas como correção de necessidade ou de reforma e fielmente apresentá-los à metropolitanas, suffragans , e outros no sínodo seguinte, de modo que eles podem dar conta prudente essas e outras questões como a demanda circunstâncias, e em referência a essas coisas que eles decreto, deixe-os fazer respeitar, a publicação das decisões no sínodos episcopais a ser realizada anualmente em cada diocese. Quem deve deixar de dar cumprimento à presente estatuto salutar, que ele seja suspenso do seu cargo e os benefícios até que deve agradar ao seu superior para restaurá-lo.” CANONE7 “Por um decreto irrefragável nós ordenamos que prelados fazer um esforço prudente e sincero de corrigir os excessos e reformar a moral de seus súditos, especialmente do clero, para que seu sangue ser exigido em suas mãos. Mas que eles podem executar o dever irrestrito de correção e reforma, nós decreto que nenhum costume ou AREAL deve ficar no caminho de seus esforços, a menos que eles devem ter excedido o formulário a ser observado nesses casos. Os abusos, no entanto, dos cânones da igreja catedral, a correção dos quais tem por costume pertencia ao capítulo, deve, naquelas igrejas em

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que tal costume até agora tem prevalecido, pelo conselho ou o comando do bispo ser corrigido dentro de um prazo razoável especificado pelo bispo. Caso contrário, o bispo, tendo em conta os interesses de Deus, a oposição, não obstante, não se demora para corrigi-los através da censura eclesiástica conforme as exigências cura de almas. Nem ele deixar de corrigir os excessos também dos outros clérigos (aqueles que ajudam os cânones), de acordo como o animarumrequires cura, devida ordem, no entanto, sendo observado em todas as coisas. Se os cânones sem um manifesto e um motivo razoável, principalmente por meio de desprezo para o bispo, interromper os serviços divinos, o bispo pode, se desejar, celebrar na igreja catedral, e em sua denúncia o metropolitano, como delegada por nós nesta matéria, será assim puni-los com a censura eclesiástica que por medo de uma repetição do castigo não se atreveria a fazer tais coisas no futuro. Deixe-os prelados das igrejas, portanto, ser diligente em sua guarda que não converta esse decreto salutar em um meio de lucro pessoal ou conduta censurável outros, mas deixá-los aplicá-la seriamente e fielmente se quiserem escapar da punição canônica, para Nesta matéria, a Sé Apostólica, sob a autoridade do Senhor, será mais vigilante.” CANONE 8 “Como e quando um prelado deve proceder na investigação e punição dos excessos dos indivíduos (ou seja, de clérigos), é claramente deduzida a partir da autoridade do Novo e Antigo Testamento, do qual o canônico decretos foram depois desenhadas, como nós já há muito claramente referido e agora com a aprovação do conselho santa confirmar. Pois lemos no Evangelho que o mordomo que foi acusado ao seu mestre de perder seus bens, o ouvi dizer: "Como é que ouço dizer de ti Dê uma conta da tua administração, pois agora tu podes ser mordomo não mais? "(Lucas i6: 2). E em Gênesis o Senhor disse: "Vou descer e ver se eles têm feito de acordo com o grito que veio para mim" (Gen. i8: 2i). A partir dessas autoridades é claramente provado que não só quando um assunto (ou seja, um clérigo de uma classificação mais baixa), mas também quando um prelado é culpado de excessos e estes devem vir para os ouvidos dos superiores através de denúncia e relatório, na verdade não de pessoas rancorosas e insultuosa, mas daqueles que são pessoas prudentes e vertical, e não apenas uma, mas muitas vezes, ele deve, na presença dos idosos da igreja cuidadosamente investigar a veracidade de tais relatórios, a fim de que se eles se revelarem verdade, o culpado pode ser devidamente punido sem o superior sendo ambos acusador e juiz na matéria. Mas, enquanto este está a ser observado em relação a indivíduos, o respeito deve ser mais rigorosa em referência aos prelados, que são, por assim dizer, um alvo, para a seta. Porque eles não podem agradar a todos, já que por seu escritório muito eles são obrigados não só a repreensão, mas também às vezes para ligar e desligar, eles frequentemente incorrer no ódio de muitos e estão sujeitas a ataques insidiosos. Os Santos Padres, portanto, sabiamente decretou que as acusações contra prelados devem ser acolhidas com grande reserva para que, os pilares sendo quebrado, o edifício em si caem menos que a devida precaução ser exercido pelo qual o recurso não só para incriminação falsa, mas também maliciosos é impedida. Eles queriam isso para proteger prelados que por um lado, eles podem não ser injustamente acusado, e por outro lado que eles poderiam estar na sua guarda, para que não se deve tornar-se arrogantemente delinquente; encontrar um remédio adequado para cada doença na prestação de um acusação criminal que apela a uma capitis diminutio, ou seja, a degradação, não é de forma a ser aceite, nisei legitimação pra entrar Inscrito. Mas quando alguém deve ter sido acusado por conta de seus excessos, para que os relatórios e sussurros daí decorrentes não podem mais ser ignorados sem escândalo ou tolerada sem perigo, em seguida, passos, inspirados não por ódio, mas pela caridade, deve ser tomado sem escrúpulos para com uma investigação e punição de seus excessos. Se é uma questão de falta grave, embora não uma que apela para degradai-o ab ordine, o acusado deve ser privado absolutamente de toda a autoridade administrativa, que está de acordo com o

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ensinamento do Evangelho, ou seja, que o mordomo que não pode tornar uma conta adequada de seu escritório como steward ser privado da sua mordomia. Ele pergunta sobre quem está a ser feita deve estar presente, a não ser que se ausenta por teimosia; e assunto a ser investigado deve ser dado a conhecer a ele, para que possam ter oportunidade de se defender. Não apenas o testemunho das testemunhas, mas também seus nomes devem ser conhecidos por ele, que ele pode estar ciente que testemunhou contra ele e que era o seu testemunho e, finalmente, as exceções legítimas e repetições deve-se admitir, para não pela supressão de nomes e pela exclusão de exceções a ousadia do difamador e do falso testemunho ser incentivada. A diligência do prelado em corrigir os excessos de seus súditos deve ser proporcional ao grau de culpa da permitindo que o crime fique impune. Contra tais infratores, para não falar daqueles que são culpados de crimes notórios, pode haver um curso de três vezes do processo, ou seja, pela acusação, pela denúncia e pela investigação, em todos os quais, entretanto, a devida precaução deve ser exercido para que talvez pela pressa indevida em detrimento sepultura deve resultar. A acusação deve ser precedida pela Inscrito legitimação, a denúncia pelo Admoni tio caritativa, eo inquérito pela insinuatio clamosa (diffamatio); moderação tal para ser usado sempre que o sententiae forma regulada pela forma judicii. O precedente, entretanto, não se aplica aos clérigos regulares, que, quando existe uma razão, podem ser removidos de suas acusações com mais facilidade e rapidez.” CANONE9 “Uma vez que em muitos lugares dentro da mesma cidade e diocese, existem pessoas de diferentes línguas tendo uma só fé mas vários ritos e costumes, que comando estritamente que os bispos dessas cidades e dioceses fornecer homens adequado que irá, de acordo com os ritos diferentes e línguas, celebrar os ofícios divinos para eles, administrar os sacramentos da Igreja e instruí-los pela palavra e pelo exemplo. Mas uma proibição absoluta de que uma cidade e diocese o mesmo ou têm mais de um bispo, um só corpo, por assim dizer, com várias cabeças, que é uma monstruosidade. Mas se por causa das condições referidas uma necessidade urgente deve surgir, que o bispo da localidade, após a devida nomeação de um prelado aceitável para essas corridas, que atuará como vigário nos assuntos citados acima e estão sujeitos a ele todas as coisas. Se alguém deve agir de outra forma, deixá-lo se considerar excomungados, e se mesmo assim ele não vai alterar, deixá-lo ser deposto de cada ministério eclesiástico, e, se necessário, deixe o braço secular ser empregada, que insolência pode ser controlada.” CANONE 10 Entre outras coisas que dizem respeito à salvação do povo cristão, o alimento da Palavra de Deus está acima de tudo necessário, pois como o corpo é nutrido pelo alimento material, assim é a alma alimentada por alimento espiritual, pois "não empão viverá o homem mas de toda palavra que procede da boca de Deus "(Mt 4, 4). Acontece frequentemente que os bispos, por conta de seus múltiplos deveres ou enfermidades corporais, ou por causa de invasões hostis ou outras razões, para não falar da falta de aprendizagem, que deve ser absolutamente condenado neles e não deve ser tolerada no futuro, são incapazes de ministrar a palavra de Deus ao povo, especialmente em grandes dioceses e generalizada. Portanto, nós decreto que bispos fornecer homens adequados, poderoso em obras e palavras, para o exercício com um resultado frutífero o ofício da pregação; que no lugar dos bispos, pois estes não podem fazê-lo, de forma diligente visitar as pessoas comprometidas com eles, pode instruí-los por palavra e pelo exemplo. E quando eles estão em necessidade, deixá-los ser fornecido com as necessidades, para que por falta destes que pode ser obrigado a abandonar seu trabalho no

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início. Portanto mandamos que nas igrejas catedral, bem como nas igrejas conventuais homens adequado ser nomeado quem os bispos podem usar como coadjutores e auxiliares, não só no ofício da pregação, mas também em ouvir confissões, a imposição de penitências, e em outros assuntos que dizem respeito à a salvação das almas. Se a negligência ninguém para dar cumprimento à presente, ele estará sujeito à punição severa.” CANONE 11 “Desde há alguns que, por conta da falta de meios necessários, não são capazes de adquirir uma educação ou para atender as oportunidades de aperfeiçoar-se, o Terceiro Concílio de Latrão, em um decreto salutar, desde que em cada igreja catedral um benefício apropriado ser atribuído a um mestre que deverá instruir os clérigos gratisthe daquela igreja e outros estudantes pobres, por meio do qual benefício as necessidades materiais do mestre pode ser aliviado e aos alunos uma maneira aberta para o conhecimento. Mas, uma vez que em muitas igrejas isto não é observado, nós, confirmando o decreto supracitado, acrescentar que, não só em cada igreja catedral, mas também em outras igrejas onde os meios são suficientes, um mestre competente é nomeado pelo prelado com seu capítulo, ou eleitos pela parte maior e mais exigente do capítulo, que deverá instruir gratis e com o melhor de sua habilidade os clérigos desses e de outras igrejas na arte de gramática e em outros ramos do conhecimento. Além de um mestre, deixe a igreja metropolitana também um teólogo, que deverá instruir os sacerdotes e outros nas Sagradas Escrituras e em especial aquelas coisas que dizem respeito à cura de almas. Para cada mestre que haja atribuído pelo capítulo da receita de um benefício, e ao teólogo deixe tanto ser dada pelo metropolitana, não para que eles, assim, tornam-se cânones, mas gozam da receita somente contanto que mantenha o escritório de instrutor. Se a igreja metropolitana não podem apoiar a dois senhores, então ele deve prever o teólogo da maneira indicada, mas para ensinar a gramática um, deixe-o ver a ele que uma suficiência é fornecido por uma outra igreja de sua cidade ou diocese.” CANONE 12 RESUMO: capítulos Provincial dos frequentadores estão a ser realizadas a cada três anos. Nem tudo canonicamente impedidos precisa participar. Os capítulos a estar sob a orientação de dois cistercienses, e uma atenção especial deve ser dada à reforma da ordem e da observância regular. Visitação de mosteiros e conventos. Ordinários devem se esforçar para ref'orm mosteiros e afastar assédio deles por leigos funcionários. Texto: Em cada província eclesiástica não deve ser realizada a cada três anos, salvo o direito dos Ordinários diocesanos, um capítulo geral dos abades e priores de não ter abades, que não foram acostumados a celebrar tais capítulos. Esta deverá ser realizada em um monastério melhor adaptado para este fim e deve ser atendido por todos os que não estão canonicamente impedidos, com essa restrição, no entanto, que ninguém a trazer com ele mais de seis cavalos e oito pessoas. Ao inaugurar este novo arranjo, deixar dois abades vizinhos da ordem cisterciense ser convidados a dar-lhes conselhos e assistência oportuna, uma vez que entre eles a celebração de tais capítulos é de longa data. Estes dois Cistercienses são sem obstáculos escolher esses dois presentes que eles consideram o mais competente, e esses quatro presidirá o capítulo inteiro, para que ninguém desses quatro podem assumir a autoridade de liderança; caso seja conveniente, podem ser alteradas por deliberação prudente.Esse capítulo deve ser celebrada durante vários dias consecutivos de acordo com o costume da Ordem Cisterciense. Durante as suas deliberações atenção deve ser dada à reforma da ordem e da observância regular, e que foi promulgada com a aprovação dos quatro deve ser observada inviolavelmente por

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todos desculpas, contradições, e apela para o contrário. Em cada um desses capítulos o local para a realização do um a seguir deve ser determinada. Todos os presentes, mesmo se f ou falta de espaço deve ocupar muitas outras casas, deve viver o vita communis e suportar todas as despesas proporcionalmente comum. No mesmo capítulo pessoas religiosas e prudente deve ser designado que, em nosso nome, deve visitar cada abadia na província, não só dos monges, mas também de freiras, de acordo com uma forma prescrita para eles, corrigir e reformar as coisas que precisam de correção e reforma, de modo que, se eles devem saber que o reitor de uma localidade deve ser afastado do cargo, deixe-os torná-la conhecida ao seu bispo, que ele pode obter o seu afastamento, mas se ele deve deixar de fazê-lo, então ovisitantes designado submeterá a questão à atenção da Sé Apostólica. Nós desejamos e ordenamos que os cânones regulares observar este acordo com sua ordem. Mas, se neste novo arranjo uma dificuldade deve surgir, que não pode ser descartado pelas pessoas referidas, que seja designado sem escândalo ao juízo da Sé Apostólica e, entretanto deixar as outras coisas que têm sido realizados por deliberação amigável a . violably observados. Além disso, os Ordinários diocesanos devem se esforçar para que a reforma dos mosteiros sujeito a eles, que quando os visitantes vêm referidas para eles, vai encontrar nelas mais do que é digno de elogios do que de correção, tendo cuidado especial para que os mosteiros ser oprimidos por eles com encargos desnecessários. Pois, enquanto nós desejamos que os direitos dos superiores ser respeitado, não por isso desejo que a lesão ser sustentada por inferiores. Estamos rigorosamente comando bispos diocesanos e pessoas que frequentam os capítulos, que, com a censura eclesiástica, cada apelo negado, eles restringem advogados, patronos, vice-regentes, os governantes, os cônsules, nobres e soldados, e todos os outros, de molestar os mosteiros ou em pessoas ou propriedades e se por acaso essas pessoas assim o molestar, deixe os bispos e membros da referida capítulo não deixam de obrigar estes últimos para realizar a satisfação, que os mosteiros podem servir Todo-Poderoso Deus mais livremente e pacificamente. CANONE 13 “Fim de que não muito grande diversidade de ordens religiosas levar a confusão túmulo na Igreja de Deus, que proíbem estritamente alguém no futuro, para fundar uma nova ordem, mas quem quiser entrar uma ordem, deixá-lo escolher um já aprovado. Da mesma forma, aquele que gostaria de fundar um novo mosteiro, deve aceitar uma regra já provou. Nós proibimos também ninguém a pretensão de ser um monge em diferentes mosteiros (isto é, pertencem a diferentes mosteiros), ou que um abade presidir vários mosteiros.” CANONE 14 “Que a moral ea conduta geral dos clérigos pode ser melhor que todos se esforçam para viver a castidade e virtuosamente, particularmente aqueles em ordens sagradas, guardando contra todo vício do desejo, especialmente por conta de que a ira de Deus veio dos céus para os filhos de incredulidade, de modo que aos olhos de Deus Todo-Poderoso eles podem exercer as suas funções com um coração puro e corpo casto. Mas para que a facilidade de obter o perdão seja um incentivo para fazer o mal, nós decretamos que quem deve ser encontrada para satisfazer o vício da incontinência, deve, na proporção da gravidade de seu pecado, ser punidas de acordo com os estatutos canônicos, que que comando a ser estrita e rigorosamente observadas, para que aquele a quem o medo divina não impede do mal, pode, pelo menos, ser retido do pecado com uma pena temporal.Se, portanto, ninguém suspenso por esta

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razão devem presumir que para celebrar os divinos mistérios, deixe-o não só ser privado da sua benefícios eclesiásticos, mas por esse crime dupla que ele seja para sempre deposto. Prelados que se atrevem a esse apoio em suas iniqüidades, especialmente em vista do dinheiro ou outras vantagens temporais, estarão sujeitos a uma punição como. Mas se essas. que de acordo com a prática de seu país não renunciaram o vínculo conjugal, cair no vício da impureza, eles devem ser punidos mais severamente, já que eles podem usar o matrimônio legal.” CANONE 15 “Todos os clérigos devem cuidadosamente abster-se de embriaguez. Portanto, deixe-os acomodar o vinho para si mesmos, e eles próprios ao vinho. Nem ser encorajadas a beber, por embriaguez expulsa razão e incita à luxúria. Nós decretamos, portanto, que esse abuso seja absolutamente abolido por que em algumas localidades os bebedores vincular-se suo MoDo a uma parcela igual de beber e ele em seu julgamento é o herói do dia, que fora os outros drinks. Se alguém ser culpado nesta matéria, a menos que ele escuta a advertência do superior e torna a satisfação adequada, que ele seja suspenso do seu benefício ou do escritório. Nós proibimos a caça ea fowling a todos os clérigos, portanto, não deixes que se presume de manter os cães e os pássaros para esses fins.” CANONE 16 “Clérigos não devem ocupar cargos secular ou se envolver em secular e, acima de tudo, atividades desonestas. Eles não devem assistir as performances de palhaços e imita, ou representações teatrais. Eles não devem visitar tabernas, exceto em caso de necessidade, ou seja, quando em uma viagem. Eles são proibidos de jogar jogos de azar ou de estar presente para eles. Eles devem ter uma coroa e tornando-se tonsura e aplicar-se diligentemente para o estudo das ofícios divinos e outros assuntos úteis. Suas roupas devem ser usadas juntas no topo e nem muito curto nem muito longo. Eles não devem usar roupas vermelhas ou verdes ou curiosamente costurada luvas, ou bico em forma de sapatos ou rédeas douradas, selas, enfeites de peitoral (para cavalos), esporas, ou qualquer outra coisa indicativo de superfluidade. No ofício divino na igreja não estão a usar cappas com mangas compridas, e os sacerdotes e dignitários não pode usá-los em outros lugares, exceto em caso de perigo, quando as circunstâncias devem exigir uma mudança de vestuário exterior. Fivelas pode, sob nenhuma condição ser usado, nem sashes ter ornamentos de ouro ou prata, nem anéis, a não ser em harmonia com a dignidade do seu cargo. Todos os bispos devem usar em público e com as vestes da igreja exterior feito de linho, exceto aqueles que são monges, caso em que eles devem usar o hábito de sua ordem; em público que não deve aparecer com mantos aberta, mas estas devem ser postas tanto na parte de trás do pescoço ou no peito.” CANONE 17 “É uma questão de arrependimento que há alguns clérigos menores e até prelados que passam metade da noite em banquetes e em fofocas ilegal, para não mencionar outros abusos, e em dar o restante para dormir. Eles são mal despertado pelo concertos diurnos dos pássaros. Em seguida, eles se apressam através matinas de forma apressada e descuidada. Há outros que dizem que a massa quase quatro vezes

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por ano e, o que é pior, nem sequer vão à missa, e quando eles estão presentes, estão engajados em uma conversa fora com os leigos para escapar do silêncio do coro, de modo que, enquanto elesprontamente emprestam seus ouvidos para falar imprópria, que consideram as coisas com total indiferença, que são divinos.Estas e todas as coisas semelhantes, portanto, é absolutamente proibido, sob pena de suspensão, e estritamente de comando em virtude da obediência que se celebra de forma diligente e devotamente os escritórios diurno e noturno medida em que Deus lhes dá força.” CANONE 18 “Nenhum clérigo pode pronunciar uma sentença de morte, ou executar uma sentença, ou estar presente em sua execução.Se alguém em conseqüência desta proibição (ocasiões hujusmodi Statuti) deve presumir para infligir danos em igrejas ou ferimentos em pessoas eclesiásticas, que ele seja restringido pela censura eclesiástica. Nem pode qualquer clérigo escrever ou ditar cartas destinadas para a execução de tal sentença. Portanto, no chancelarias dos príncipes deixar este assunto estar comprometidos com os leigos e não clérigos. Nem pode um ato religioso como juiz no caso do Rotarrii, arqueiros, ou outros homens deste tipo dedicado ao derramamento de sangue. Não subdiácono, diácono ou sacerdote prática que parte da cirurgia envolvendo queima e corte. Nem a ninguém em testes ou provas judiciais por água quente ou fria ou ferro quente conceder uma bênção; as proibições anteriores em relação ao duelo permanecem em vigor.” CANONE 19 “Nós não queremos deixar não corrigida a prática de alguns clérigos que se convertem as igrejas em celeiros para os seus bens de casa própria e também para os dos outros "," de modo que as igrejas têm a aparência das casas dos leigos ao invés da casa de Deus, não considerando que o Senhor não permita o exercício de um vaso pelo templo. Há também outros que não apenas negligenciar a manter as igrejas limpas, mas também deixar os vasos, paramentos, palls, e cabos tão suja que às vezes eles são uma fonte de aversão. Portanto, uma vez que o zelo da casa de Deus tem comido-nos (João 2: I 7)., que proíbem estritamente que os bens domésticos ser colocado nas igrejas, a não ser por motivo de invasão hostil, súbita fogo ou outras razões urgentes que devem tornar-se necessário para armazená-los lá. Quando, porém, a necessidade não existe mais, deixá-los ser devolvido ao seu devido lugar. Nós comando também que as igrejas citadas, embarcações, cabos, e paramentos ser mantido limpo e brilhante. Pois é absurdo tolerar em coisas sagradas uma imundície que é imprópria, mesmo em coisas profanas.” CANONE 20 “Nós decreto que em todas as igrejas o crisma ea Eucaristia ser mantidos em lugares protegidos adequadamente equipados com fechaduras e chaves, que não pode ser alcançado por erupção cutânea e de pessoas indiscretas e utilizados para fins ímpio e blasfemo. Mas, se aquele a quem pertence a tutela deverá deixá-los desprotegidos, que ele seja suspenso do cargo por um período de três meses. E se através de sua negligência um ato execrável deve resultar, que ele seja punido mais severamente.” CANONE 21

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“Todos os fiéis de ambos os sexos devem, após terem atingido a idade da discrição fielmente confessar todos os seus pecados pelo menos uma vez por ano para seu sacerdote (paróquia) própria e realizar o melhor de sua capacidade a penitência imposta, recebendo com reverência pelo menos na Páscoa o sacramento da Eucaristia, a não ser talvez no conselho de seus próprio padre que pode, por um bom motivo para abster-se um momento de sua recepção; caso contrário, devem ser cortados da Igreja (excomungado) durante a vida e privados de enterro cristão em morte . Portanto, que este decreto será publicado salutar freqüência nas igrejas, que ninguém pode encontrar no fundamento de ignorância de uma sombra de desculpa. Mas, se alguém por um bom motivo deve querer confessar seus pecados a um sacerdote, seja o primeiro procurar e obter permissão de seu sacerdote (paróquia) própria, pois, caso contrário ele (o outro padre) não pode perder ou prendê-lo. Deixe que o padre seja discreto e cauteloso para que ele possa derramar vinho e óleo nas feridas de um ferido à maneira de um médico habilidoso, cuidado que investiga as circunstâncias do pecador e o pecado, da natureza da qual ele pode compreender o que tipo de conselho para dar e que remédio para aplicar, fazendo uso de diferentes experimentos para curar o enfermo. Mas deixá-lo manter a maior precaução que ele não, em qualquer grau por palavra, sinal, ou qualquer outra forma dar a conhecer o pecador, mas que ele deveria necessidade conselho mais prudente, deixar que ele buscá-la com cautela, sem qualquer menção à pessoa. Aquele que se atreve a revelar um pecado confidenciado a ele no tribunal da penitência, nós decreto que ele não seja apenas deposto do ofício sacerdotal, mas também relegada a um mosteiro de estrita observância a fazer penitência para o resto de sua vida.” CANONE 22 “Desde enfermidade do corpo às vezes é causada pelo pecado, o Senhor dizendo ao homem doente a quem ele havia curado: "Vai e não peques mais, para que alguns pior coisa acontecer a ti" (João 5: I4), nós declaramos no presente decreto e estritamente de comando que quando os médicos do corpo são chamados à cabeceira do doente, antes de tudo eles admoestá-los para chamar o médico das almas, para que depois a saúde espiritual foi restaurada a eles, a aplicação de medicamento pode corporais ser de maior benefício, para a causa que está sendo removido o efeito passará. Nós publicamos este decreto a razão para que alguns, quando estão doentes e são aconselhados pelo médico no curso da doença para atender a salvação de sua alma, desistir de toda a esperança e render mais facilmente ao perigo de morte. Se algum médico. Transgredir esse decreto depois de ter sido publicada pelos bispos, que ele seja cortado (arceatur) da Igreja até que ele tenha feito satisfação adequado para sua transgressão. E desde que o ID de alma muito mais precioso do que o corpo, nós proibimos sob pena de anátema que um médico aconselhar o paciente a recorrer a meios pecaminosos para a recuperação da saúde corporal.” CANONE 23 “Que o lobo voraz, não pode invadir o rebanho do Senhor que está sem um pastor, que uma igreja viúvas não podem sofrer grave perda em suas propriedades, que perigo para a alma pode ser evitado, e que pode ser previsto para a segurança das igrejas, nós decreto que uma catedral ou igreja regular, não deve ser um bispo sem por mais de três meses. Se dentro deste tempo uma eleição não foi realizada por aqueles a quem ele pertence, embora não houvesse nenhum impedimento, os eleitores perderão o direito de voto, eo direito de nomear recai sobre o superior imediato próxima. Deixe-o sobre quem este direito de nomear confia, ter Deus diante de seus olhos, e não demora mais de três meses para fornecer

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canonicamente e com o conselho do capítulo e outros homens prudentes a igreja viúva com um pastor adequado, se ele deseja escapar punição canônica. Esse pastor deve ser escolhido da igreja viúva em si, ou de outro caso e uma adequada não é que aqui se encontram." CANONE 24 “Uma vez que, por conta das diferentes formas de eleições que alguns esforços para empregar, muitos impedimentos surgem e grande perigo ameaça as igrejas viúva, nós decreto que, quando uma eleição se realizará e todos estão presentes que deveriam, desejo, e são capazes tobe presente, deixe três membros de confiança da assembléia que deve ser escolhido com cuidado coletar secretamente e um por um os votos de todos, e quando estes foram escritos para baixo, ele deve ser considerado eleito que tenha obtido todos ou a maioria dos votos do capítulo, absolutamente nenhum recurso a ser permitido. Ou a autoridade de fazer a escolha pode ser confiada a algumas pessoas confidenciais, que no lugar de todos pode proporcionar um pastor para a igreja viúva. Uma eleição em qualquer outra forma não é válida, a menos que por acaso há unanimidade absoluta entre os eleitores, como que por inspiração divina. Quem deve tentar realizar uma eleição contrária às formas citadas, para este tempo deve ser privado do seu voto. Nós absolutamente não permita que ninguém nomear um representante na questão de uma eleição (ou seja, votar por procuração), a menos que ele seja canonicamente impedido e não pode vir, nesse caso, se necessário, deixe-o declarar-se para o efeito no juramento, e então ele pode escolher um de seus colegas na assembléia para representá-lo. Nós também desaprovam eleições clandestinas, e decreto que assim que uma eleição tem, deve ser solenemente tornado público.” CANONE 25 “Quem tiver a presunção de consentimento para a eleição de si mesmo através da intervenção abusiva da autoridade secular contrária à liberdade canônico, deve perder a vantagem que ele ganhou e daí devem ser inelegíveis no futuro, nem poderá ser escolhido, ou levantadas em qualquer dignidade, sem a dispensa. Aqueles que a pretensão de realizar uma eleição deste tipo (isto é, aqueles que se permitem ser influenciadas por autoridades seculares), nós declaramos ser ipso jure inválido, deixe-os ser absolutamente suspensos a partir de escritórios e benefícios por um período de três anos, e durante este tempo deixá-los ser privado do direito de voto.” CANONE 26 “Nada é mais prejudicial para a Igreja de Deus do que a seleção dos prelados indigno para a direção das almas.Desejando, portanto, aplicar o remédio necessário para esse mal, por decreto uma lei irrefutável de que quando alguém foi eleito para a orientação das almas, aquele a quem a confirmação da eleição pertence deve investigar cuidadosamente o processo e as circunstâncias da eleição bem como a pessoa do eleito, e só quando tudo se mostra satisfatória que ele possa confirmar. Se por descuido Pelo contrário deve acontecer, então não apenas as que indignamente promovido é para ser removido, mas o que também favoreceu essa promoção (por confirmação) deve ser punido. Punição deste último, nós decreto, são constituídas por isso, que quando é acordado que por negligência, ele confirmou uma pessoa que não tem conhecimento suficiente ou está querendo na integridade moral ou não é de idade

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legítimo, não é só ele a perder o direito de confirmar o primeiro sucessor de tal pessoa, mas, que ele não pode, em alguma punição caso de fuga, ele também é ser privado da receita de seu benefício até que ele ser considerado digno de perdão. Se, no entanto, a evidência mostra que sua ação foi inspirada por maldade, uma punição mais severa deve ser imposta a ele. Bispos também, se quiserem escapar da punição canônica, devem tomar as precauções necessárias para promover a ordens sagradas e dignidades eclesiásticas só como são qualificados para desempenhar dignamente os deveres do cargo que lhes são cometidas. Aqueles que são imediatamente sujeitos ao pontífice romano, deve comparecer pessoalmente diante dele para confirmação se isso pode ser feito convenientemente, caso contrário, eles podem enviar pessoas adequadas de quem pode ser verificado as informações necessárias sobre o processo da eleição e da pessoa do um eleitos, de modo que somente após uma investigação minuciosa pelo papa será os eleitos obter a plenitude de suas funções, desde, é claro, não haja obstrução canônico. Aqueles que vivem a uma distância grande, que está fora da Itália, se tiverem sido eleitos por unanimidade, pode, entretanto, e por meio de exceção (dispensative), em conta as necessidades das igrejas, administrar os respectivos cargos em assuntos espirituais e temporal, assim, no entanto, que alienam absolutamente nada pertencentes às igrejas. A consagração ou bênção que eles recebem como até agora tem sido o costume. " CANONE 27 “Como a direção das almas é a arte das artes, temos comando estritamente que os bispos, por si ou através de outros homens qualificados, diligentemente preparar e instruir aqueles que devem ser elevados ao sacerdócio na ofícios divinos e na boa administração dos sacramentos do igreja. Se, no futuro, a pretensão de ordenar homens ignorantes e sem forma (um defeito que pode ser facilmente descoberto), decreto que aqueles que tanto a ordenação e os ordenados estar sujeito a punições severas. Na ordenação de sacerdotes, especialmente, é melhor ter alguns ministros bons do que muitos que não são boas, pois se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova (Mateus 15:14).” CANONE 28 “Há alguns que urgentemente pedir autorização para renunciar e após a obtenção de negligência tal permissão para fazer isso. Mas desde que em pedir a demissão que parecia ter em vista as necessidades das igrejas a que presidem, ou sua própria salvação, nenhuma das quais queremos ser impedida, quer pela sofisticação de egoísmo ou por mera instabilidade, nós decretoque ser obrigado a renunciar.” CANONE 29 “Com previsão quanto ele foi proibido no Concílio de Latrão que ninguém deveria, ao contrário dos sagrados cânones, aceitar várias dignidades eclesiásticas ou várias igrejas paroquiais, caso contrário, o recebimento deve-se perder o que ele recebeu, e quem conferiu ser privado do direito de agrupamento. Mas uma vez que, por conta da ousadia e da avareza de alguns, o estatuto citado, até agora, produziu pouco ou nenhum fruto, nós, que desejam conhecer a situação mais clara e enfaticamente, declarar no presente decreto que quem deve aceitar um benefício a que é anexada a animamm cura depois de ter obtido anteriormente como um benefício, ipso jure ser privado deste (o primeiro), e se por acaso ele deve tentar mantê-la, deixá-lo ser privado do outro também. Aquele a

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quem o agrupamento do primeiro pertence benefício pode conferi-la livremente, depois de o titular aceitou um segundo, em qualquer um a quem ele julgar digno, deve ele demora para fazê-lo além de um período de seis meses, em seguida, de acordo com o decreto do Concílio de Latrão, vamos não só a sua agrupamento passarão para outro, mas também que ele seja obrigado a indenizar a igreja em questão a partir de seus próprios recursos igual ao montante das receitas obtidas a partir dele durante a sua vaga. O decreto que mesmo deve ser observado em relação às dignidades (personatus), acrescentando que ninguém pode presumir que várias dignidades na mesma igreja, mesmo que eles não têm a cura animarum em anexo. Apenas no caso de pessoas eminentes e eruditos que estão a ser honrado com benefices principais, pode a Sé Apostólica, se necessário, conceder a dispensa.” CANONE 30 “É uma questão muito inconsistente e grave que alguns bispos, quando conseguem promover adequado para os homens benefícios eclesiásticos, não tenha medo de escolher os indignos, que não têm integridade moral e conhecimento suficiente, seguindo as afeições carnais e desordenada de seus parentes, em vez de o juízo da razão. O grande prejuízo que assim reverte para as igrejas que ninguém de mente sã é ignorante. Desejando, portanto, para curar esta doença, de comando que as pessoas indignas ser rejeitada e os adequados, que vai e pode render a Deus e as igrejas de um serviço aceitável, ser escolhido, e deixa uma investigação cuidadosa em relação a este assunto ser feita em o sínodo provincial anual. Qualquer um que foi encontrado culpado após a primeira e segunda admoestação, que ele seja suspenso pelo sínodo de benéfices conferir, e no mesmo Sínodo deixar uma pessoa prudente e justo ser nomeado, que pode tomar o lugar da uma suspensão. O mesmo deve ser observado em relação aos capítulos que provam delinqüentes nesta matéria. Uma ofensa deste tipo por parte de uma área metropolitana deve ser dado a conhecer pelo sínodo para uma maior superior. Que esta disposição salutar pode ser mais efetivamente observada, como uma sentença de suspensão pode por nenhum meio e removidos, exceto pela autoridade do pontífice romano ou pelo patriarca da uma suspensão, que nesta matéria também o patriarcal quatro vê pode ser especialmente honrado.” CANONE 31 “Para destruir a pior das corrupções que cresceram em muitas igrejas, que proíbem estritamente que os filhos de cânones, especialmente os cânones ilegítima ser feita nas mesmas igrejas seculares em que seus pais foram nomeados. Tais nomeações, nós decreto são inválidas; aqueles que a pretensão de fazê-los, deixá-los ser suspensos das suas benéfices.” CANONE 32 “Em algumas localidades um vício cresceu, ou seja, que patronos das igrejas paroquiais e algumas outras pessoas (incluindo bispos), arrogam-se as receitas das igrejas, deixando aos sacerdotes ligados a eles uma parcela tão parcos como privá-los de uma subsistência decente. Para nós aprendemos a partir de uma fonte, cuja autoridade é inquestionável que em alguns lugares o clero paroquial recebe para o sustento apenas um quartae Quarta, que é 1 / 16 dos dízimos. Onde é que nessas localidades não raramente se encontra um padre paroquial que possui mais de um conhecimento muito limitado de cartas.Desde que, portanto, a boca do boi do que debulha não deve ser amordaçados, e quem serve o

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altar deve viver do altar, nós decreto que nenhum personalizado no patrono parte, ou qualquer outra pessoa deve ficar no caminho dos sacerdotes receber um sufficiens portio. Aquele que tem uma igreja paroquial deve servir ele mesmo e não confiamos na sua administração a um vigário, a não ser por acaso haver uma igreja paroquial anexa à prebenda ou dignidade, caso em que nós concedemos que aquele que tem uma prebenda ou uma dignidade, uma vez que cabe a ele para servir na igreja principal, pode pedir para ter nomeado para a igreja paroquial um vigário adequado e inamovíveis, que, como foi dito antes, gozarão congruens aportio das receitas daquela igreja, senão pela autoridade deste decreto deixar ele pode ser privado dele e deixá-lo ser atribuídas à vontade e outro que pode cumprir os requisitos acima mencionados. Temos também uma proibição absoluta de que alguém presumir conferir de forma fraudulenta em outra pensão como um benefício a partir da receita de uma igreja que deveria ter seu próprio padre (proprius saceraos).” CANONE 33 “O procurationes [a hospitalidade ou procuração estendido para um bispo e seus assistentes no curso de sua vistation canônica] que, em razão de visitação são devidas aos bispos, archdeacons, e outros, também legados e núncios da Santa Sé, são, salvo em caso de manifesto e necessidade urgente, a ser exigida apenas quando conduzir pessoalmente a visita, e então eles devem observar as restrições feitas pelo Concílio de Latrão [III Lat, cânone 4] em relação ao número de cavalos e acompanhantes . Esta restrição a ser observado, se a legados e núncios da Sé Apostólica achar necessário fazer um atraso em qualquer lugar, para evitar ser um fardo muito grande sobre o lugar, deixe-os receber procurações moderada de outras igrejas ou pessoas que ainda não sido sobrecarregado na forma de suprir tal manutenção, de modo que o número de procurações não pode exceder o número de dias do atraso, e não deve alguns procuração por si só suficiente, deixe dois ou mais se unir em um só. Além disso, aqueles que realizam a visitação não devem procurar seus próprios interesses, mas os de Jesus Cristo, dedicando-se à pregação, exortação, correção e reforma, que eles podem trazer de volta fruto que não perece. Quem tiver a presunção de agir de forma contrária ao presente decreto, não só devolver o que recebeu, mas para a igreja que ele tanto op pressionado, ele deve também fazer uma compensação equivalente à sua injustiça. CANONE 34 “Uma vez que muitos prelados, que podem fornecer legados papais e outros com procurações e similares, extorquir seus súditos mais do que entregar a eles (aos legados), e, perseguindo ganho para sua própria condenação, buscar entre os seus súditos saque ao invés de ajudar, nós não permita que isso seja feito no futuro. Se por acaso ninguém se atreveria a agir de forma contrária a esta decisão, ele não só restaurar o que ele tem, portanto, extorquido, mas ele deve também ser obrigado a dar uma quantia igual aos pobres. Se o superior hierárquico com os quais uma queixa em relação a este assunto foi apresentado, prova negligente na execução deste decreto, que ele seja sujeito a punição canônica.” CANONE 35 “Que o respeito pode figurar os juízes e que os interesses dos litigantes em matéria de trabalho e despesas podem ser devidamente analisados, decreto que procede que, quando alguém contra um

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adversário antes de um juiz competente, ele não deve, sem apelar para uma boa razão juiz superior antes de sentença é pronunciada, mas deve continuar o seu caso perante o mesmo juiz (ou seja, da primeira instância), mesmo que dizer que ele enviou uma mensagem para o juiz superior ou recebeu cartas do mesmo, desde como as letras não foram dadas ao juiz delegada. Mas se ele acha que tem razão suficiente para um recurso, ele deve dar a conhecer esta terra para o mesmo juiz, e, se for encontrado legal, que seja dado a conhecer ao juiz superior; se o juiz superior encontra o terreno para uma apelo suficiente, ele deve retornar ao recorrente o juiz de primeira instância, que deve condená-lo a pagar as despesas também da outra parte. Caso contrário, deixá-lo prosseguir, salvar, é claro, os decretos que regem a majores causae, que devem ser encaminhados à Sé Apostólica.” CANONE 36 “Quando um juiz ordinário ou delegado pronunciou uma sentença interlocutória, cuja execução seria opressivo para a um dos litigantes, mas seguindo o conselho prudente de levar a efeito esta ameaça ou sentença interlocutória. Ele pode prosseguir com a causa principal, mesmo quando o recurso foi tirado de uma ameaça ou sentença interlocutória (desde que não se suspeitar de outra fonte legítima), de modo que o andamento do caso não pode ser adiado por circunstâncias insignificantes.” CANONE 37 “Alguns, abusando da boa vontade da Sé Apostólica, tentar obter a partir dele as letras em que as suas disputas podem ser encaminhadas aos juízes que residem a uma distância remota. Isto eles fazem a fadiga do acusado com o trabalho e despesas, para que assim ele pode ser obrigado a ceder na matéria em litígio ou por pagamento libertar-se do tormento do autor. Uma vez que no entanto um julgamento legal não deveria abrir a porta à injustiça, como é proibido pela lei, decreto que ninguém pode, por meio de cartas Apostólica ser convocado perante um juiz que está distante mais de dois dias de sua diocese, exceto com o consentimento de ambas as partes ou menção expressa é feita do presente decreto. Há também outros que, transformando-se a um novo tipo de mercantilismo, que pode reviver velhas queixas ou introduzir novas perguntas, fabricar causas, sobre a força de que eles buscam letras da Sé Apostólica, sem um mandato da pessoa para quem eles ato, que letras que oferecem para venda, quer para o partido acusado que, com sua ajuda ele não pode ser exposto à perda do trabalho e despesas, ou ao requerente que, com estes ele pode fadiga seu adversário por vexames desnecessários. Uma vez que, no entanto, as disputas devem ser restritos em número, em vez de multiplicar, nós decreto que se alguém deve no futuro presumir a procurar letras Apostólica sobre qualquer questão sem um mandato especial da pessoa para quem ele está agindo, tais cartas serão consideradas como inválida, e ele deve ser punido como um falsificador, a menos que por acaso seja uma questão das pessoas de quem um mandato não deve ser exigida por lei.” CANONE 38 “Uma vez que contra a afirmação falsa de um juiz injusto a parte inocente, às vezes não pode provar a verdade de uma negação, porque pela própria natureza das coisas não há nenhuma prova direta de uma negar um fato, que a falsidade não pode prejudicar a verdade, ea injustiça podem não prevalecer sobre a justiça, nós decreto que em um simples inquérito, bem como extraordinários (judicium) deixar o juiz

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sempre empregam tanto uma pessoa pública (se ele pode ser tido) ou dois homens competentes, que devem assumir fielmente por escrito todos os atos de o inquérito, ou seja, citações e atrasos, recusas e exceções, petições e respostas, interrogações e confissões, os depoimentos das testemunhas e preesentation de documentos, interlocuções, recursos, renúncias, decisões e outros atos que se realizam devem ser escritas em conveniente fim, o tempo, lugares e pessoas a serem designadas. A cópia de tudo, portanto, escrito deve ser entregue a cada uma das partes, os originais devem permanecer na posse dos autores, de modo a se uma disputa deve surgir em relação a qualquer ação do juiz, a verdade pode ser estabelecida por um referência a esses documentos. Esta disposição é feita para proteger a parte inocente contra juízes que areimprudent e desonesto. Um juiz que deixa de observar este decreto, se por conta dessa negligência alguma dificuldade deve surgir, que ele seja devidamente punido por um juiz superior; nem há qualquer presunção em favor de fazer as coisas à sua maneira a menos que seja evidente a partir de documentos legítimos em o caso.” CANONE 39 “Muitas vezes acontece que um ladrão transferências para outro o que ele tem tomado injustamente, eo roubado é desamparada de qualquer processo contra o possuidor a obter a restituição, porque a alegação de posse ter desaparecido por conta da dificuldade ou falta de provas, o direito de propriedade cessa. Portanto, não obstante o rigor da lei civil, nós decreto que, se alguém no futuro devem conscientemente aceitar tal artigo, tornando-se um participante no roubo para depois de tudo que existe pouca diferença, especialmente quando se trata de perigo para a a alma, quer se detém injustamente ou toma o que pertence a outro-o roubado deve ser assistida para obter a restituição de tal possuidor um.” CANONE 40 “Às vezes acontece que o autor a quem, em conseqüência do não comparecimento (contumacia, isto é, desobediência) da parte contrária, a posse do objeto em disputa é judicialmente concedida, não pode por causa da violência ou dolo do acusado obter a posse real para um ano inteiro, e assim, já que na opinião de muitos, ele não é, após o decurso de um ano para ser considerado como o proprietário, a malícia dos ganhos acusou a vantagem. Portanto, que a condição de os rebeldes não pode ser melhor do que o obediente, nós decretamos que, no caso citado, mesmo depois de decorrido o prazo de um ano, o autor é o verdadeiro dono. Em geral, proíbe que as decisões em assuntos eclesiásticos ser encaminhado para um leigo, porque não é tornar-se que um leigo deve arbitrar em matéria muito.” CANONE 41 "Uma vez que tudo o que não é de fé é pecado (Rm 14: 23), decreto que nenhuma receita, seja canônico ou civil, é válida a menos que repousa na boa-fé, porque de um modo geral uma receita que não pode ser mantida sem mortais o pecado está em conflito com todas as leis e costumes. Portanto, é essencial que aquele que detém uma prescrição deve, em nenhum momento estar ciente do fato de que o objeto pertence a outro.”

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CANONE 42 “Como desejosos como somos leigos que não usurpar os direitos dos clérigos, que não são menos desejosos de que os clérigos se abstenham de arrogando para si os direitos dos leigos. Por isso vamos proibir todos os clérigos de modo a alargar no futuro a sua jurisdição, sob o pretexto da liberdade eclesiástica como a revelar-se prejudicial à justiça secular, mas deixá-los se contentar com as leis e costumes, até agora aprovado, que as coisas que é de César podem ser processados a César, e aqueles que são de Deus pode por uma divisão apenas ser prestado a Deus." CANONE 43 “Alguns leigos (ou seja, príncipes) tentativa de usurpar muito do direito divino quando obrigar as pessoas eclesiásticas que estão sob nenhuma obrigação para eles em matéria temporal, a prestar juramento de fidelidade a eles. Portanto, uma vez que de acordo com o Apóstolo: "Ao Senhor, o servo está em pé ou cai" (Rom. 14: 4), que proíbem pela autoridade do conselho sagrado que tais clérigos ser forçado por pessoas seculares a prestar juramento deste tipo.” CANONE 44 “Uma vez que nenhum poder de dispor das propriedades eclesiásticas tem sido dada aos leigos, embora eles sejam piedosos, não sendo seu dever de obedecer, para comandar, lamentamos que em alguns deles a caridade tem crescido tanto frio que não temem em suas leis ou melhor, monstruosidades (confictionibus) para atacar a imunidade dos bens eclesiásticos, que não só os santos padres, mas também os príncipes seculares têm enriquecido com muitos privilégios; presumindo ilicitamente o poder não só na questão da alienação dos feudos e outros bens eclesiásticos e da usurpação de competências, mas também em matéria de necrotérios e outras coisas que parecem anexo ao direito espiritual. Desejando, portanto, nesta matéria para garantir as igrejas contra a perda e para fornecer contra tal injustiça, nós decreto com a aprovação do conselho sagrado que leis desse tipo e as dotações dos feudos e outras propriedades eclesiásticas feita sem o consentimento legítimos das pessoas eclesiásticas sob o pretexto de poder estava, não possuem, já que não pode ser chamado de leis, mas falta de lei ou de destruição e usurpação de competência, e aqueles que têm o recurso a tais presunções devem ser verificados censura eclesiástica.” CANONE 45 “Em alguns patronos províncias, vice-regentes, e os defensores das igrejas até agora avançados em insolência que não só criam dificuldades e mal quando as igrejas vagas devem ser fornecidos com os pastores competente, mas também a pretensão de administrar as posses e outros bens eclesiásticos em sua própria vontade, eo que é pior, eles não temem colocar os prelados à morte. Uma vez que, portanto, o que foi ordenado como um meio de defesa não deve br pervertido em um instrumento de destruição, que proíbem expressamente patronos, defensores e vice-regentes, no futuro, estender a sua jurisdição na matéria citada além do que é permitido por lei . e eles devem agir de forma contrária a esta, deixá-los ser contido por penas canônicas.Com a aprovação do conselho santa nós decreto que se patronos, os advogados, os inquilinos feudal, vice-regentes, ou outros beneficiários deve presumir

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intrinsecamente ou por alios para matar ou mutilar o reitor da igreja ou algum outro clérigo da igreja, os patronos devem perder absolutamente o seu direito de patrocínio, os defensores seu cargo de conselheiro, os inquilinos feudal suas feudo, o vice-regentes sua vice-gerência, e suas beneficiários benefício. Que as punições não pode ser impressa na memória menos profundamente do que os excessos, não só os seus herdeiros devem ser privados de todos os favores que resultem para os escritórios da citada, mas até a quarta geração a posteridade de tal deve ser absolutamente excluída do clericalEstado, nem podem exercer o ofício de prelado que, as casas religiosas, a não ser por um ato de misericórdia que receberam uma dispensa.” CANONE 46 “Contra magistrados e governantes de cidades e outros que se esforçam para oprimir igrejas e pessoas eclesiásticas com impostos e extorsões, o Concílio de Latrão, [III Lat, cânon 9] desejando proteger a imunidade eclesiástica, ações proibidas desse tipo, sob pena de anátema, comandando que transgressores e seus cúmplices punidos com a excomunhão, até que a satisfação adequada. Mas, se o bispo com seu presbitério deve perceber essa necessidade ou utilidade e sem compulsão decidir que a ajuda das igrejas deveriam ser convocados para atender às necessidades onde os recursos dos leigos não são suficientes, que o referido leigos aceitar tal assistência humildemente, devotamente, e com gratidão. No entanto, por conta da ousadia de alguns, deixá-los primeiro consultar o pontífice romano, a quem ele pertence para atender às necessidades comuns. Mas, se mesmo isso não aliviar a malícia de alguns em relação à Igreja de Deus, acrescentamos que as leis e decretos que tenham sido promulgados por pessoas excomungou nesta matéria ou por suas ordens, ser considerada nula e sem efeito e em nenhum momento qualquer ser considerado como válido. Mas, uma vez que a fraude eo engano não devem proteger ninguém, que ninguém se deixe enganar pela ilusão de que, apesar de um governante pode incorrer em um anátema durante o período de sua incumbência, ainda sobre a expiração do seu mandato não haverá compulsão para fazer a devida satisfação. Para tanto ele que se recusa a fazer satisfação e seu sucessor, se eles não fazem a satisfação dentro de um mês, nós decreto que ficam sujeitos a censura eclesiástica até que eles fizeram a satisfação adequada, uma vez que ele assume o fardo que é o sucessor na honra.” CANONE 47 “Com a aprovação do conselho santa que proibir a promulgação da sentença de excomunhão contra ninguém sem um aviso prévio e na presença de pessoas adequadas por quem, se necessário, advertência como pode ser provado. Se alguém agir ao contrário, mesmo que a sentença de excomunhão é um apenas um, deixá-lo saber que é proibido entrada da igreja por um período de um mês, que a punição, no entanto, deve ser alterado deveria ser considerada aconselhável. Deixe também a devida precaução ser tomadas contra excomungar ninguém sem uma causa justa e razoável; isso deve ter acontecido por acaso e ele que impôs a sentença não se preocupa em retirá-la sem reclamar, então a um ferido pode levar a sua reclamação de excomunhão injusta a um superior , que, se não há perigo na demora, deve enviá-lo de volta para o excommunicator com o comando que ele absolvê-lo dentro de um tempo especificado, caso contrário ele mesmo, caso pareça mais adequada, após a apresentação de uma razão suficiente, irá conceder-lhe a absolvição necessário, quer por si ou por alium. Quando é um caso evidente contra o excommunicator de excomunhão injusta, deixá-lo voltar a ser condenada a pagar todas as despesas e para reparar todos os danos sofridos por aquele injustamente excomungado, se, no

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entanto, a gravidade da sua culpa exige isso, deixe-o ser punido de acordo com a decisão do superior, uma vez que não é uma falha trivial "para impor tal punição em uma pessoa inocente, a não ser por acaso que ele errou de uma causa provável, especialmente se houvesse chão, aparentemente, bom para sua ação. Mas se contra a sentença de excomunhão nenhuma prova razoável foi oferecido pelo reclamante, em seguida, para o aborrecimento injusta de sua reclamação deixá-lo condenado a pagar as despesas e reparar os danos, ou então, que ele seja punido de acordo com a decisão do superior, salvo erro por acaso provável também desculpas dele, e em relação à questão para a qual ele foi excomungado, através de um compromisso adequado que ele seja obrigado a fazer a satisfação, ou deixar que a frase original ser restabelecida, mesmo com a finalidade de forçá-lo a fazer satisfação condigna. Mas se o juiz, reconhecendo seu erro, está preparado para revogar tal sentença, e aquele sobre quem ela foi imposta recursos contra tal revogação, a menos que a satisfação é feita, que ele não escutar o apelo a menos que seja um erro sobre o qual não pode ser uma dúvida apenas, e, em seguida, o recebimento de uma promessa suficiente de que ele vai obedecer à intimação daquele a quem o apelo tenha sido feito, ou de um delegado por ele, que ele absolve o excomungado e, assim, ele vai de forma alguma incorrer das sanções previstas; deixá-lo ter cuidado, no entanto, não para forjar um erro em detrimento de outro, se ele deseja escapar da punição canônica.” CANONE 48 “Por uma proibição especial tem sido desde que uma sentença de excomunhão ser promulgada contra ninguém sem um aviso prévio. Desejando evitar qualquer tentativa por parte do um, assim, avisados para evitar, sob o pretexto de recusa enganosa ou recurso, o inquérito do decreto que dá a admoestação, nós que, se ele afirmar que ele tem uma suspeita em relação ao juiz , deixe-o na presença do juiz indicar a causa de sua suspeita apenas, e deixá-lo com o seu adversário, ou se ele não tem adversário, com o juiz, conjuntamente escolher árbitros, ou se juntos eles não podem concordar, deixá-los escolher, semmá vontade dois, ele um eo juiz o outro, que pode investigar a causa da suspeita, e se não puderem chegar a um acordo, deixá-los pedir para um terceiro, de modo que o que dois deles decidem pode obter maior peso . Deixe-os saber também que, em virtude de um preceito rigoroso ordenado por nós em virtude de obediência sob testemunho do juiz divino, eles são obrigados a executar este fielmente. Se a verdadeira causa da suspeita não foi provado por eles dentro de um período razoável de tempo, deixe que o juiz use sua jurisdição, mas se tiver sido legitimamente provado, em seguida, deixar o juiz com o consentimento da pessoa que suspeita dele cometer o assunto para uma pessoa competente, ou deixá-lo apresentá-lo ao superior, a que este possa tomar as medidas a seu respeito como devem ser tomadas. Além disso, caso o advertiu deverá recorrer a um apelo, que nenhum ser dada atenção a uma provocação desse tipo, se a partir das evidências do caso ou de sua confissão ou de outra fonte a sua culpabilidade tenha sido claramente estabelecida, uma vez que o recurso de recurso não foi instituído para a defesa da iniqüidade, mas para a proteção dos inocentes. Se a culpa é duvidoso, que não podem impedir o processo do juiz mediante o recurso a um apelo frívola, que ele explique, na presença do juiz no chão provável do recurso, ou seja, como um terreno que, se provada, seria considerado como válido. Se ele tem um adversário, a causa do apelo é para ser continuada durante um determinado prazo pelo mesmo juiz, tendo devidamente em conta a distância, tempo e natureza do negócio, se h não se importa de continuar, então , não obstante o recurso, deixar que o juiz proceda com ele. Se não houver um adversário ea causa do apelo foi provada perante o juiz superior, deixe o último exercício de sua jurisdição. Mas, se o recorrente não em sua prova, então ele caso deve ser devolvido ao juiz de quem enganosamente "apelou.

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Estes dois decretos citados acima, no entanto, não queremos a aplicar aos freqüentadores, que têm suas próprias observâncias especiais.” CANONE 49 “Sob a ameaça do juiz divino que uma proibição absoluta de que ninguém, impelido unicamente pela ganância, ousar um bind com a cadeia de excomunhão ou absolver alguém tão ligado, especialmente nas regiões onde é costume, quando o excomungado é absolvido impor uma pena pecuniária sobre ele, e nós decretamos que, quando é acordado que a sentença de excomunhão era um um injusto. O excommunicator ser compelido pela censura eclesiástica para restaurar o dinheiro extorquido, assim, e, a menos que ele foi enganado por um erro provável, que ele faça a reparação integral do prejuízo sofrido. Se ele não conseguir fazer isso, deixe de outras sanções devem ser impostas.” CANONE 50 “Não deve ser considerado repreensível se estátuas humanas, por vezes, a mudança com a mudança de tempo, especialmente quando a necessidade de urgência ou interesse comum exige, pois o próprio Deus mudou no Novo Testamento, algumas coisas que Ele havia decretado no Velho. Uma vez que, portanto, a proibição contra a contratação de casamento em secundo et tercio genere affinitatis e que contra a união dos filhos de segundo casamento a um parente do primeiro marido, freqüentemente constituem uma fonte de dificuldades e às vezes são uma causa de perigo para a almas, que por uma cessação da proibition o efeito pode deixar também, nós, com a aprovação do conselho santa, revogando decretos anteriores sobre esta matéria decreto, no estatuto se ressentem de que tais pessoas podem, o casamento contrato futuro, sem entraves. A proibição também não é, no futuro, afetar casamentos além do quarto grau de consangüinidade e afinidade, já que em graus além do quarto uma proibição deste tipo não pode ser observada geralmente sem grave incômodo. Este número quaternário concorda bem com a proibição do casamento corporal de que o Apóstolo diz que "a mulher não tem poder sobre seu próprio corpo, mas o marido, e da mesma maneira o marido também não tem poder sobre seu próprio corpo, mas a esposa "(I Coríntios 7: 4.); porque há quatro humores do corpo, que consiste de quatro elementos. Desde que, portanto, a proibição da união conjugal é restrito ao quarto grau, desejamos que assim se mantenha em perpetuum, não obstante os decretos já emitidos em relação a este assunto, quer por outros ou por nós mesmos, e que alguém deveria presumir contrário o casamento contrato para esta proibição , nenhum número de anos deve desculpá-lo, já que a duração do tempo não paliar a gravidade do pecado, mas sim agrava-lo, e seus crimes são os mais graves quanto mais tempo ele segura sua alma infeliz em cativeiro. [cf. Eu Lat, canon 5].” CANONE 51 “Desde a proibição da união conjugal nos três últimos graus foi revogado, desejamos que seja estritamente observado em outros graus. Onde, seguindo os passos de nossos antecessores, nós absolutamente proibir casamentos clandestinos, e que proíbe também que um padre para presumir tal testemunho. Decreto, portanto estendendo-se para outras localidades, geralmente o costume particular que prevalece em alguns, que, quando os casamentos devem ser contratados devem ser anunciados publicamente nas igrejas pelos sacerdotes durante um tempo adequado e fixo, de modo que se

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impedimentos legítimos existem, eles pode ser conhecido. Chorem os sacerdotes, no entanto, investigar se existe qualquer impedimento. Mas quando há terreno para dúvida sobre a união contemplado, deixar o casamento ser expressamente proibido até que seja evidente a partir de fontes fidedignas que deveria ser feito em relação a ele. Mas, se alguém deve presumir a contrair um casamento clandestino ou proibido deste tipo dentro de um grau proibido, até mesmo por ignorância, as crianças de tal união deve ser considerado ilegítimo, nem a ignorância dos pais ser invocada como circunstância atenuante em sua nome, uma vez que através da contratação tais casamentos aparecem não como carente de conhecimento, mas sim como afetando ignorância.Da mesma maneira como as crianças devem ser consideradas ilegítimas se ambos os pais, sabendo que um impedimento legítimo existe, a presunção de contrato de tal casamento em conspectu ecclesiae (não clandestinamente) em desrespeito de cada proibição. O padre paroquial que, deliberadamente, deixa de proibir essas uniões, ou qualquer sacerdote regulares que presumir de testemunhá-los, deixá-los ser suspenso do cargo por um período de três anos e, se a natureza do seu crime exige isso, que sejam punidos mais severamente . Sobre aqueles também que a presunção de contrato de tais casamentos em um grau legal, um castigo merecido está a ser imposta. Se alguém maliciosamente apresenta um impedimento para o propósito de frustrar um casamento legítimo, que ele não escapar da punição eclesiástica.” CANONE 52 “Através de alguma necessidade o modo comum de procedimento no cálculo do grau de consanguinidade e afinidade tem sido re colocado por outro, a saber, o testemunho de ouvir dizer, já que por conta da brevidade da vida humana testemunhas oculares não pode ser tido em matéria de prestação de contas ao sétimo grau. Mas, uma vez que temos aprendido com muitos casos e por experiência própria que, em conseqüência disso, os casamentos legítimos são cercados de muitos perigos, nós decreto que nesta matéria testemunhas boatos não ser recebido no futuro, dado que a proibição agora não se estende além o quarto grau, a menos que eles sejam pessoas de boa reputação a quem retidão é um bem precioso e que antes do litígio obtida seu testemunho daqueles ido imediatamente antes, e não de um fato, já que ele não seria suficiente se ele estivesse vivo, mas de dois em pelo menos, que deve ter sido pessoas de confiança, além da suspeita e da boa-fé, pois seria absurdo admitir-los se seus informantes eram dignos apenas de rejeição. Nem mesmo se uma pessoa tiver obtido o seu testemunho de muitos, ou se uma pessoa não confiável obteve a sua de homens de boa fé, eles devem ser admitidos como testemunhas muitos e adequado, uma vez que mesmo nos processos judiciais comuns a declaração de uma testemunha não suficiente, apesar de ele brilhar em todo o esplendor da dignidade governador, e, ainda, atos legítimos são negados às pessoas de um personagem de má reputação. Testemunhas deste tipo deve declarar sob juramento que ao dar seu testemunho eles não são movidos pelo medo, ódio, amor, ou interesse pessoal; deixá-los designar pessoas pelos seus nomes ou por uma descrição satisfatória ou circunlóquio, e distinguir por um cálculo claro cada grau em ambos os lados, e deixe-os incluir no seu juramento que adquiriu as suas informações de seus antepassados e acredito que seja assim. Mas nem essas testemunhas são suficientes, a menos que declare sob juramento que viram pessoas que pertenciam a pelo menos um dos graus acima referido e que reconheceu-se parentes de sangue. Pois é mais tolerável que alguns que foram contrários unidos para as leis dos homens se separar do que aqueles que foram legitimamente unidos em separado, em violação das leis de Deus.”

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CANONE 53 “Em algumas localidades há pessoas que habitam de acordo com seus ritos não estão acostumados a pagar o dízimo, mas eles são considerados cristãos. Para esses alguns proprietários confiar o cultivo de suas propriedades, a fim de fraudar as igrejas dos dízimos e, assim, obter lucros maiores. Desejando, portanto, para salvaguardar as igrejas contra a perda nesta matéria, nós decreto que os proprietários podem confiar a tais pessoas, e de tal maneira o cultivo de suas propriedades, mas eles devem pagar sem argumento para as igrejas dos dízimos na íntegra, e a este deixá-los ser obrigado, se necessário, pela censura eclesiástica. Todos os dízimos devidos em virtude da lei divina ou em razão de um costume local aprovado deve ser pago.” CANONE 54 “Uma vez que não está no poder do homem que a semente um retorno ao semeador, porque de acordo com as palavras do Apóstolo: "Nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento" (I Cor 3:. 7), a semente da decomposição produzindo muitos frutos, alguns impelidos pela avareza muito se esforçam para fraudar na questão de dízimos, deduzindo-se os lucros e os impostos primeiro frutas e outras despesas em que às vezes eles assim escapar ao pagamento dedízimos. Mas desde que o Senhor, como um sinal de seu domínio universal, anteriormente reservado dízimos a Si mesmo por um título especial, nós, que desejam proteger as igrejas contra perda e almas contra o perigo, por decreto que a prerrogativa de domínio geral o pagamento de dízimos precede o pagamento de impostos e outras despesas, ou pelo menos aqueles a quem os impostos e outras despesas são pagas, mas a partir do qual os dízimos não ter sido deduzido, deve ser compelido pela censura eclesiástica para pagar os dízimos para as igrejas a que são legalmente devidos , uma vez que a obrigação que atribui a uma coisa com a coisa passa de um possuidor para outro.” CANONE 55 “Ultimamente os abades da ordem de Cister em geral capítulo montada sabiamente decidiu, em referência ao nosso aviso, que no futuro os irmãos da ordem de compra que nenhuma propriedade em que os dízimos são devidos às igrejas, a não ser com o propósito de estabelecer novos mosteiros . E se tais bens foram dadas a eles através da generosidade dos fiéis piedosos ou comprado para eles com o propósito de fundar novos mosteiros, eles podem comprometer o seu cultivo a outras pessoas por quem os dízimos será pago às igrejas, para que por motivo de seus privilégios as igrejas ser ainda mais oprimidos.Nós decretamos, portanto, que a partir de terras estranhas ou das terras que eles possam adquirir no futuro, apesar de cultivá-las com suas próprias mãos ou por sua própria conta, pagam o dízimo às igrejas a que foram anteriormente pagos, a menos quefazer algum outro acordo com as igrejas. Por isso, segurando este decreto aceitável e aceite, desejo que ela seja estendida também para outros regulares que gozam de privilégios semelhantes, e nós ordenamos que os prelados das igrejas estar mais disposto e energético em punir malfeitores e esforçar-se para observar melhor os seus privilégios e mais perfeitamente. CANONE 56

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“Muitos clérigos regulares e seculares, entendemos, quando eu às vezes eles arrendamento casas ou feudos conceder, fazer um contrato prejudicial às igrejas paroquiais, ou seja, que o administrador ou inquilinos feudal pagar os dízimos para eles e escolher o enterro entre eles. Mas, uma vez que este é solicitado pela avareza, estamos absolutamente condenar um contrato deste tipo e declarar que tudo o que foi recebido por meio de um contrato desse tipo devem ser devolvidos para a igreja paroquial.” CANONE 57 “Que os privilégios que a Igreja Romana tem concedido a alguns religiosos pode ser mantida na sua totalidade, nós tomamos a oportunidade de deixar claro algumas coisas em relação a eles, para não ser mal interpretado que conduzem ao abuso, em razão de que eles podem ser corretamente revogada, porque ele merece perder privilégios que abusa os benefícios que eles conferem. A Sé Apostólica concedeu permissão para alguns frequentadores que para aqueles que se tornaram membros de sua ordem, o sepultamento eclesiástico não pode ser negada se as igrejas a que pertencem devem estar sob interdito, desde que em si não são excomungados ou interditados nominalmente, e eles pode, portanto, levar seus irmãos, a quem os prelados das igrejas não têm permissão para enterrar de suas igrejas, para as suas próprias igrejas para o enterro, se eles (os confrades falecidos) não foram nominalmente sob excomunhão ou interdito. Por irmãos entendemos tanto aqueles que, tendo vivido no mundo, deu-se a sua ordem e aceitaram o seu hábito, e aqueles que deram suas posses para a ordem, mantendo a sua própria manutenção durante a vida apenas usufruto da, que, entretanto, pode ser enterrado de não igrejas interditadas regulares ou de outros em que pode escolher para ser enterrado, não é, no entanto, deve ser entendido de quem se juntar a sua fraternidade e contribuir anualmente não mais que dois ou três denários, para isso iria perturbar eclesiástica ordem e disciplina. No entanto, estes também obter uma remissão certos que lhes é concedido pela Sé Apostólica. Esse privilégio outros também que foi concedida a alguns frequentadores, a saber, que quando qualquer um de seus irmãos que foram enviados por eles para coletar (esmola), chegar em qualquer cidade, cidade fortificada, ou vila, se por acaso aquele lugar ser sob interdito , tendo em vista a sua chegada alegre das igrejas pode ser aberto uma vez por ano para a celebração dos ofícios divinos para aqueles que não estão sob excomunhão, queremos tt) ser entendida assim: que em cada cidade, vila fortificada, ou vila, apenas uma igreja da mesma ordem pode, como já foi dito, ser aberto aos irmãos uma vez por ano, pois embora a declaração, que em sua chegada alegre das igrejas pode ser aberto, é plural, mas não é para ser entendida como referindo-se ao igrejas do mesmo lugar em separado, mas para as igrejas dos locais referidos coletivamente caso contrário, se deve visitar cada igreja do mesmo lugar, o interdito seria demais desconsideradas. Quem tiver a presunção de agir contrariamente a estes decretos, que ele seja sujeito a penalidades severas. [Cf. III Lat, cânon 9]” CANONE 58 “O privilégio que foi concedido a alguns religiosos que concede também aos bispos, que, quando todo o território está sob interdito, os excomungados e interditos ficarem excluídos, eles podem, por vezes com as portas fechadas, em voz baixa e sem o toque dos sinos , celebrar os ofícios divinos, a menos que isso seja expressamente abrangidos pela interdição. Mas nós conceder isto para apenas os que de nenhuma

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maneira compartilhada na causa do interdito ou traição injetado ou fraude, extraindo um período tão breve a perda iníqua.” CANONE 59 “O que foi proibido pela Sé Apostólica a algumas ordens religiosas, que desejamos e comando a ser alargado a todas, ou seja, que não pode religiosa, sem a permissão do abade e da maior parte de seu capítulo, vá de segurança para qualquer pessoa ou pedir dinheiro emprestado a ninguém além de uma quantia fixa de comum acordo, caso contrário, o convento não é realizada em qualquer grau responsável por tais coisas, a menos que por acaso é evidente que sua ação poderia redundar em benefício do convento. Qualquer um que se atreve a agir contrariamente a esta, que ele seja sujeito a uma severa disciplina.” CANONE 60 “De diferentes partes do mundo as queixas dos bispos vêm até nós em relação aos excessos graves de alguns abades, que, não contente dentro das respectivas esferas, estender as mãos para aquelas coisas que dizem respeito ao múnus episcopal, decidindo casos matrimonial, imposição de penitências públicas, concessão cartas de indulgências, e coisas semelhantes, onde por vezes acontece que a autoridade episcopal é encarado por muitos como algo de importância insignificante. Desejando, portanto, nestas matérias a salvaguardar a dignidade dos bispos e do bem-estar dos abades, nós absolutamente proibido no presente decreto que abades a pretensão de ultrapassar-se em tais assuntos se eles desejam escapar penas canônicas, a menos que possam por um concessão especial ou outras razões legítimas defender-se em questões deste tipo.” CANONE 61 “No Concílio de Latrão regulares foram proibidos de receber igrejas e dízimos das mãos de leigos, sem o consentimento dos bispos, e sob nenhuma circunstância a admitir ad divina os excomungados ou nominalmente sob interdito. [Cf. III Lat, cânon 9] Desejando para conter este mal e fornecer de forma mais eficaz que os transgressores se reunir com o castigo merecido, nós decreto que nas igrejas que não Pleno jure pertence a eles, eles apresentam aos sacerdotes bispos a serem nomeados em conformidade com os estatutos desse conselho, que pode ser responsável para eles nas coisas que dizem respeito à cura de almas; nos assuntos temporais, no entanto, deixá-los tornar uma explicação satisfatória para os mosteiros. Aqueles que foram nomeados, deixá-los não se atrevem a remover sem a aprovação dos bispos. Acrescentamos nós, além disso, que o cuidado de apresentar os sacerdotes, como são conhecidos por sua retidão e capacidade ou a quem o testemunho provável dos bispos recomenda.” CANONE 62 “Do fato de que alguns expor para venda e exposição promiscuamente as relíquias dos santos, grande dano é sustentada pela religião cristã. Que isso não pode ocorrer daqui em diante, nós ordenamos no presente decreto que, no futuro relíquias antigas não poderão ser exibidas fora de um navio ou expostos

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à venda. E ninguém presuma a venerar os novos publicamente a menos que tenham sido aprovados pelo Romano Pontífice. No prelados futuro não deve permitir aqueles que vêm para suas igrejas Causa venerationis a ser enganados por mentiras sem valor ou documentos falsos como tem sido feito em muitos lugares por causa do ganho. Nós proibimos também que os requerentes (quaestores) de esmolas, alguns dos quais, deturpando-se, pregam certos abusos, ser admitido, a menos que eles exibem cartas genuínas tanto da Sé Apostólica ou do bispo diocesano, em cujo caso eles não podem pregar qualquer coisa para as pessoas, mas o que está contido nessas cartas. Damos em anexo uma forma que a Sé Apostólica comumente utiliza na concessão de tais cartas, que os bispos diocesanos podem modelar o seu próprio sobre ela. O seguinte é a forma: Forma Litterarum praedicatorum Quoniam, ut ait Apostolus, omnes stabimus ante tribunal Christi, recepturi prout in corpore gessimus, sive bonum malum fuerit sive, oportet nn diem messionis extremae misericordiae operibus praevenire, ac aeternorum intuitu seminare quod in terris reddente Domino cum multiplicato fructu colligere debeamus em Caelis; firmain spem, fiduciamque tenentes, quoniam "qui parce seminat, parce et metet, et qui seminat em benedictionibus, de benedictionibus et vitam metet em aeternam". Cum ad Igitur sustentationem fratrum et ad egenorum conto confluentium hospitais propriae não suppetant facultates, universitatem vestram monemus exhortamur et in Domino atque em remissionem vobis em 'jungimus peccatorum, quatenus De Bonis uma Deo vobis et collatis pias eleemosynas grata eis caritatis subsidia erogatis, ut per subventionem vestram ipsorum inopiae consulatur, et vos por AHCE et alia bona por, quae Domino inspirante feceritis, ad aeterna possitis Gaudia pervenire. Aqueles que são designados para recolher esmolas deve ser vertical e discreto, não deve procurar alojamento para a noite em bares ou em locais impróprios outros, nem fazer gastos inúteis e extravagantes, e devem evitar absolutamente o uso do hábito de um religioso falso. Uma vez que, através das indulgências indiscreta e supérfluo que alguns prelados das igrejas, não hesite em conceder, o desprezo é trazido as chaves da Igreja, ea disciplina penitencial é enfraquecida, nós decreto que, por ocasião da dedicação de uma igreja de uma indulgência não mais de um ano ser concedido, seja dedicado a um único bispo ou por muitos, e no aniversário da dedicação a remissão concedida por penitências prescritas não deve exceder 40 dias. Nós comando também que em cada caso esse número de dias ser a regra na emissão de cartas de indulgências que são concedidos ao longo do tempo, uma vez que o pontífice romano que possui a plenitude do poder habitualmente observa esta regra em tais assuntos.” CANONE 63 “Nós aprendemos com certeza que em muitos lugares e muitas pessoas por extorsões e extorsões de base são feitas para a consagração de bispos, a bênção de abades, ea ordenação de clérigos, e que um imposto é fixada a respeito de quanto este ou aquele uma é para receber e quanto este ou aquele é pagar, eo que é pior, alguns esforços para defender tal baixeza e depravação por um apelo a um costume de longa data. Portanto, querendo abolir tais abusos, estamos absolutamente condenar um costume desse tipo, que deveria sim ser chamado de corrupção, firmemente decretando que nem para as que conferem nem para as coisas serão conferidos qualquer pretensão de demanda ou para extorquir algo sob nenhum pretexto, . Caso contrário, tanto o que recebeu eo que tem dado um preço deste tipo, devem partilhar a condenação de Geazi e Simon. [Cf. IV Reis 5:20-27 e Atos 8:9-24].”

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CANONE 64 “Uma vez que a mancha de simonia foi tão infectado muitas freiras que quase não são recebidos na comunidade sem um preço, fazendo isso com o pretexto da pobreza para esconder que o mal, estamos rigorosamente não permita que isso seja feito no futuro, decretando que todo aquele que na futuro será culpado de tal irregularidade, ambos recebendo um e um recebeu, sujeitos ou superiora, devem, sem esperança de restauração, ser removido de seu mosteiro a uma das mais rigorosas observância a fazer penitência para o resto de sua vida. As freiras, no entanto, que foram tão recebida antes da publicação deste decreto, deverão ser retirados dos mosteiros que entraram de forma errada e colocados em outros da mesma ordem. Mas, se por conta da falta de espaço eles não podem por ventura ser convenientemente colocado em outro lugar, para que não a sua própria perda se tornam andarilhos do mundo, deixá-los ser recebido novamente por dispensationis modum no mesmo mosteiro, e da prioridade de lugares que realizada na comunidade de deixá-los ser atribuído a mais baixas. Este decreto que deve ser observado também com regar d aos monges e outros regulares. Mas, para que não se deve tentar desculpar-se por razões de simplicidade ou ignorância, os bispos de comando para ver a ele que este decreto é publicado a cada ano ao longo da sua diocese.” CANONE 65 “Temos ouvido dizer de alguns bispos que sobre a morte de reitores de igrejas que colocam as igrejas sob interdito e não permitirá que qualquer pessoa de ser nomeado para as vagas até uma certa quantia de dinheiro foi pago por elas. Além disso, quando um soldado ou clérigo entra para um mosteiro ou escolhe para ser enterrado entre os religiosos, embora ele tenha mais nada para a instituição religiosa, as dificuldades e vilania são forçados em serviço até que algo na natureza de um presente vem em suas mãos. Uma vez que, portanto, de acordo com o Apóstolo, devemos abster-se não só do mal, mas também de toda a aparência do mal, que uma proibição absoluta extorsões deste tipo. Se qualquer transgressor ser encontrado, deixá-lo restaurar o dobro da quantidade exigiu, esta é para ser colocado fielmente à disposição dessas localidades a cujas detrimento das exações foram feitas.” CANONE 66 “Tem freqüentemente vêm aos ouvidos da Sé Apostólica que alguns clérigos e demanda extorquir dinheiro para enterros, bênçãos nupciais, e coisas semelhantes, e, se por acaso a sua cupidez não é dado satisfação, que de forma fraudulenta interpor obstáculos fictícios. Por outro lado, alguns leigos, sob o pretexto de piedade, mas realmente por motivos heréticos, se esforçam para suprimir um louvável costume introduzido pela devoção dos fiéis em nome da igreja (ou seja, de dar livremente algo para os serviços prestados eclesiástica ). Portanto, nós não permita que tais exações o mal ser feito nesses assuntos, e no comando de outro lado que os costumes piedosos ser observado, decretando que os sacramentos da Igreja ser administrado livremente e que aqueles que se esforçam de forma maliciosa para mudar um louvável costume ser contido por os bispos da localidade quando uma vez a verdade seja conhecida.” CANONE 67 “Quanto mais os cristãos são impedidos de a prática da usura, mais eles são oprimidos nesta matéria

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pela traição dos judeus, de modo que em pouco tempo eles esgotar os recursos dos cristãos. Desejando, portanto, nesta questão para proteger os cristãos contra a opressão cruel pelos judeus, nós ordenamos no presente decreto que, se no futuro, sob qualquer pretexto judeus extorquir interesse opressivo e imoderado cristãos, a parceria dos cristãos deve ser-lhes negado até eles fizeram a satisfação adequada para seus excessos. Os cristãos também, cada recurso que está sendo reservado, deve, se necessário, ser compelido pela censura eclesiástica se abster de todas as relações comerciais com eles. Nós comandamos os príncipes não ser hostil aos cristãos sobre essa conta, mas sim se esforçar para impedir os judeus de praticar tais excessos. Por último, decreto que os judeus fossem obrigados por a mesma punição (para evitar relações comerciais) para realizar a satisfação para a dízimos e ofertas, devido às igrejas, que os cristãos estavam habituados a fornecer a partir de suas casas e outros bens antes dessas propriedades, sob qualquer título, caiu nas mãos dos judeus, que, assim, as igrejas podem ser protegidas contra perda.” CANONE 68 “Em algumas províncias a diferença no vestido distingue os judeus ou sarracenos dos cristãos, mas em alguns outros tal confusão cresceu de que não podem ser distinguidos por qualquer diferença. Assim acontece, por vezes, que, por meio de erro cristãos têm relações com as mulheres de judeus ou sarracenos e judeus e sarracenos com mulheres cristãs. Portanto, que não pode, sob pretexto de erro deste tipo, desculpam-se no futuro para os excessos de relações proibidas, tais, nós decreto que judeus e sarracenos como de ambos os sexos em todas as províncias cristãs e em todos os momentos devem ser marcados fora aos olhos do público de outros povos através do caráter de seu vestido. Particularmente, uma vez que pode ser lido nos escritos de Moisés [Números 15:37-41], que esta lei tem sido muito intimados sobre eles. Além disso, durante os últimos três dias antes da Páscoa e, especialmente, na sexta-feira, eles não sairão em público, pela simples razão de que alguns deles nestes dias muito, como ouvimos, não corar sair melhor vestida e não têm medo de zombar dos cristãos que mantêm a memória da Paixão santíssima através do uso de sinais de luto. Isso, no entanto, que proíbe mais severamente, que qualquer um deve presumir a todos a irromper no insulto ao Redentor. E uma vez que não devemos ignorar qualquer insulto para Aquele que apagou todos os nossos atos vergonhoso, nós comando que tais companheiros insolentes ser verificado pelos príncipes seculares, impondo-los a punição adequada para que eles não se presume em todos os a blasfemar Aquele que foi crucificado por nós.” CANONE 69 “Uma vez que é absurdo que um blasfemador de Cristo exercer autoridade sobre os cristãos, temos em conta a ousadia de transgressores renovar neste conselho geral que o Sínodo de Toledo (589) sabiamente promulgada nesta matéria, proibindo os judeus de ser dada preferência na matéria de cargos públicos, uma vez que nessa qualidade que são mais problemáticos para os cristãos. Mas se alguém cometer tal um escritório com eles, deixá-lo, depois de aviso prévio, ser retido por castigo, como parece adequado pelo sínodo provincial que comando a ser celebrado todos os anos. O oficial, no entanto, pode ser negado o intercâmbio comercial e outros dos cristãos, até que no julgamento do bispo tudo o que ele adquiriu dos cristãos a partir do momento que ele assumiu o cargo ser restaurado para as necessidades dos pobres cristã, e no escritório que ele assumiu irreverentemente deixá-lo perder com

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vergonha. O mesmo que estender também aos pagãos.” CANONE 70 “Alguns (os judeus), entendemos, que voluntariamente se aproximou das águas do santo batismo, não inteiramente elenco despistes do velho homem que pode mais perfeitamente colocar o novo, porque, mantendo resquícios do rito antigo, eles obscurecem por tal mistura a beleza da religião cristã. Mas uma vez que está escrito: "Maldito é o homem que anda sobre os dois caminhos" (Eclo 2,14) e "veste a que é tecido junto de lã e linho" (Dt 22: ii) não deve ser colocar, nós decreto que essas pessoas sejam em todos os sentidos contidos b os prelados da observância do rito antigo, que, havendo-se de sua própria vontade à religião cristã, a ação coercitiva salutar pode preservá-los em sua observância, uma vez não conhecer o caminho do Senhor é um mal menor do que refazer os passos um, depois ele é conhecido.” TERRA SANTA DECRETA “Desejando com um ardente desejo de libertar a Terra Santa das mãos dos ímpios, decreto que com o conselho dos homens prudentes, que está totalmente familiarizado com as circunstâncias dos tempos, e com a aprovação do conselho, que todos os que tomaram a cruz e decidiram atravessar o mar, mantenha-se assim preparados para que possam, em 01 de junho do ano seguinte, após (1217), se reúnem no Reino da Sicília, em alguns Brundusium e outros em Messana, onde, se Deus quiser, nós (o papa) vai estar presente pessoalmente a ordem e para outorgar no exército cristão a bênção divina e apostólica. Aqueles que decidem fazer a viagem por terra, deve se esforçar para manter-se preparados para a mesma hora, porque a sua ajuda e orientação que deve, entretanto, designar um legado competente um latere. Padres e outros clérigos que estão com o exército cristão, os indivíduos, bem como prelados, deve ser diligente na oração e exortação, ensinando-os (os cruzados) pela palavra e pelo exemplo que eles têm sempre diante dos olhos o medo e o amor de Deus, para que que dizer ou fazer algo que possa ofender a majestade do Rei eterno. E deve ter caído em algum pecado, deixe-os rapidamente subir novamente através do arrependimento verdadeiro, praticar a humildade tanto interiormente e exteriormente, observando moderação na comida, assim como na roupa, evitando dissensões e emulações, e despojar-se de toda a malícia e má vontade, que sendo assim fortificado com armas espirituais e materiais, eles podem lutar com maior sucesso contra os inimigos da fé, na verdade não confiar em sua própria força, mas colocando sua confiança no poder de Deus. Para os clérigos que conceder por um período de três anos como um completo gozo de seus benefices como se eles realmente residia neles, e eles podem, se necessário, até mesmo dar-lhes como promessas durante este tempo. Portanto, que esta empresa não pode ser impedido ou retardado, estamos rigorosamente comando todos os prelados que cada um em seu próprio território induzir aqueles que têm posto de lado cruzada do cruzado para retomá-lo e, cuidadosamente, para admoestá-los e outros que tomaram a cruz, bem como aqueles que acontecem ser contratados para o efeito, para renovar seus votos a Deus, e se necessário, para obrigá-los com a excomunhão e interdito a abandonar todos os atrasos. Além disso, que nada relacionado com os assuntos de nosso Senhor Jesus Cristo seja omitido, desejamos e ordenamos que os patriarcas, arcebispos, bispos, abades e outros que têm cura de almas, diligentemente explicar o significado da cruzada para aqueles comprometidos com os , adjurando através do Pai, Filho e Espírito Santo, um, único e verdadeiro e eterno Deus, reis, duques, príncipes, marqueses, condes, barões e outros homens de destaque, bem como cidades, vilas e cidades, que aqueles que não podem ir pessoalmente à Terra Santa, fornecerá um número adequado de soldados e, por um período de três anos, na proporção de seus recursos, arcará com as despesas necessárias com

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eles relacionados, para remissão dos seus pecados, como temos feito conhecido nas cartas geral já enviou todo o mundo e como será, exprcssed em maiores detalhes abaixo. Neste remissão queremos não apenas aqueles que participar para esta finalidade fornecer seus próprios navios, mas também aqueles que se comprometem a construir navios. Para aqueles recusando-se a prestar ajuda, se por acaso alguma deve ser encontrado para ser tão ingratos a Deus, a Sé Apostólica firmemente os protestos que no último dia que será realizada para prestar contas a nós na presença de um juiz terrível. Deixá-los em primeiro lugar considerar a segurança com o que eles podem aparecer na presença do Filho unigênito de Deus, Jesus Cristo, em cujas mãos o Pai tem dado todas as coisas, se nesta matéria eles se recusam a servi-Lo, que foi crucificado pelos pecadores, pela cujo favor em que vivem, por cujos benefícios são sustentados, e por cujo sangue foram redimidos. Mas, para não pormos parecem colocar fardos grave e insuportável sobre os ombros do povo, nós mesmos (o Papa) doar à causa que temos sido capazes de salvar uma economia rígida, 30.000 quilos, além de um navio para transportar os cruzados de Roma e arredores e 3.000 marcas de prata, o remanescente de esmolas recebidas dos fiéis. O restante nós temos dado a Albert patriarca de Jerusalém, e os mestres do Templo e do Hospital para as necessidades da Terra Santa. Com a aprovação do conselho que outro decreto que absolutamente todos os clérigos, os indivíduos, bem como os superiores, deverá, em auxílio da Terra Santa e por um período de três anos, pagar nas mãos de pessoas que foram designadas pela Sé Apostólica para esta finalidade , uma vigésima parte dos rendimentos eclesiásticos; algumas ordens religiosas apenas a ser isentos e daqueles (clérigos) também que tomam ou já tomaram a cruz cruzado e estão prestes a entrar pessoalmente. Nós e nossos irmãos, os Cardeais da Santa Igreja Romana, vai pagar um décimo de nossas receitas. Todos são obrigados a fiel observância deste, sob pena de excomunhão, de modo que aqueles que deliberadamente cometer fraude nesta matéria terão que pena. Desde pelo justo juízo do Rei celestial é justo que aqueles que estão associados a uma boa causa deve desfrutar de um privilégio especial, que isenta os cruzados a partir de coleções, impostos e outras avaliações. Suas pessoas e bens, depois de terem tomado a cruz, tomamos sob a proteção do bem-aventurado Pedro e nossa, decretando que eles estão sob a proteção dos arcebispos, bispos e todos os prelados da Igreja. Além disso, protetores especiais será nomeado, e, até o seu retorno ou até a sua morte deve ter sido certificada, estes permanecem sem serem molestados, e se alguém deve presumir o contrário, deixá-lo ser contido pela censura eclesiástica. No caso de cruzados que estão presos sob juramento de pagar juros, que comando que seus credores ser obrigado a cancelar o juramento dado e cessar o interesse exigente. Caso qualquer força credor o pagamento de juros, nós comando que ele seja também forçado a fazer a restituição. Nós comando também que os judeus sejam obrigados pelo poder secular para cancelar juros, e, até que eles tenham feito isso, a relação sexual com eles deve ser absolutamente negou-lhes por todos os cristãos, sob pena de excomunhão. Para aqueles que não podem ser a sua partida pagar as suas dívidas para os judeus, os príncipes seculares devem fornecer tal atraso que a partir do momento da partida até o seu retorno ou até que a morte é conhecida, não será envergonhado com o inconveniente de pagar juros . Se um judeu recebeu de segurança (por exemplo, um pedaço de chão) para dessa dívida, ele deverá, após a dedução de suas próprias despesas, pagar ao proprietário a renda de segurança, tais.Prelados que manifestam negligência na obtenção de justiça para os cruzados e seus servos, estará sujeito à pena de grave. Desde o corsários e piratas também veementemente impedir a assistência à Terra Santa, capturando e roubando aqueles que vão lá e aqueles que retornam, nós excomungar eles e seus cúmplices principais e protetores, proibindo sob a ameaça de um anátema que alguém conscientemente manter relações sexuais com eles em qualquer contrato de compra e venda, e recomenda aos governantes das cidades e suas localidades que verificar e desviá-los esta maldade. E uma vez que uma falta de vontade de perturbar o perverso é nada mais do que a favor deles, e é também uma indicação de associação secreta

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com eles por parte daqueles que não resistem crime manifesto, que desejamos e comando que a punição eclesiástica severa ser imposta pelaprelados sobre as suas pessoas e terras. Nós excomungar e anatematizamos, além disso, os falsos cristãos e ímpios, que fornecerá os inimigos de Cristo e do povo cristão com os braços, ferro e madeira para a construção de navios, como também os que vendem navios e que nos navios dos sarracenos segurar o cargo de piloto, ou de qualquer outra forma de auxílio ou dar-lhes conselhos, em detrimento da Terra Santa, e nós decreto que seus bens ser confiscados e eles tornam-se escravos de seus captores. Nós comando que esta frase ser anunciado publicamente em todas as cidades marítimas em todos os domingos e dias de festa, e que a tais pessoas, a igreja não deve ser aberta até que devolver todos os que tenham obtido em tão repreensível tráfego e dou a mesma quantidade de seus próprios em auxílio da Terra Santa. No caso de eles não são capazes de pagar, então deixá-los ser punidos de outras formas, que por outros seus castigos podem ser impedidas de empresa perseguições semelhantes. Além disso, sob pena de anátema, vamos proibir todos os cristãos, por um período de quatro anos para enviar seus navios para países Oriental, habitada pelos sarracenos, para que um maior número de navios podem estar disponíveis para aqueles que desejam ir para a ajuda da Terra Santa, e que para os sarracenos pode ser negado os benefícios que eles costumam colher de relações comerciais, tais. Embora os torneios foram, sob determinadas sanções, geralmente proibidas pelos conselhos diferentes, já que no entanto neste momento eles são um sério obstáculo para o sucesso da cruzada, que proíbem los sob pena de excomunhão por um período de três anos. Mas, uma vez que para o sucesso desta empresa é, acima de tudo necessário que príncipes e povo cristão manter a paz entre si, nós decreto com a assessoria do conselho santa que por quatro anos de paz ser observado em todo o mundo cristão, para que através os prelados elementos discordantes podem ser reunidos na plenitude da paz, ou pelo menos para a rigorosa observância da trégua. Aqueles que se recusam a concordar com isso, devem ser compelidos pela excomunhão e interdito, a menos que a malícia que inspirou seus erros era tal que eles não deveriam desfrutar essa paz. Mas, se por acaso eles desprezam censura eclesiástica, eles têm todas as razões para temer que a autoridade da Igreja o poder secular será invocado contra eles como perturbadores dos assuntos do Crucificado. Nós, portanto, pela misericórdia do Deus onipotente, confiando na autoridade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, em virtude de que o poder de ligar e desligar o que Deus tem que nos foi conferido, embora indigno, conceder a toda a ajuda que neste trabalho pessoal e às suas próprias custas, uma remissão completa de seus pecados que, sinceramente arrependido e confessado, e prometer-lhes, quando os justos receberão sua recompensa um aumento de felicidade eterna. Para aqueles que não ir pessoalmente à Terra Santa, mas à sua própria custa enviar lá como muitos homens como seus meios adequados permitirá, e também os que ir pessoalmente, mas à custa dos outros, conceder uma remissão completa de seu pecados.Participantes desta remissão são, além disso, todos os que na proporção de suas significa contribuir para o auxílio da Terra Santa, ou em relação ao que foi dito dar conselhos e assistência oportuna. Finalmente, a todos os que em um espírito de ajuda piedade para levar a uma questão de sucesso desta santa sob. tomando, este santo e conselho geral dá os benefícios de suas orações e bênçãos que eles podem avançar dignamente para a salvação. Amém.”

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ANEXO II ROTEIRO DA PEÇA TEATRAL

ATO 1 - CENA 1

{Inicia-se música instrumental para fundo de narração que fará a contextualização histórica. Narrador

falará, enquanto o Papa desce pelo corredor altivo e acenando com ar de superioridade ao público. Ao

chegar ao palco mostra-se atormentado, caminha pelo cenário reflexivo, olhando e levantando suas

mãos ao céu, tenta ascender o cigarro com uma caixa de fósforos, mas sem conseguir. Haverá uma luz

acompanhando o Santo Padre).

NARRADOR:

Eis que vem o homem que se tornou o Papa mais conhecido e poderoso da igreja católica e do

mundo em sua época. Papa Inocêncio III. Homem culto, prodígio, formou-se jurista aos 25 anos e Papa

com apenas 37!

A igreja católica enfraquecia-se, sofrendo criticas... Perdendo PODER. O comércio em expansão,

as monarquias se fortaleciam, autoridades religiosas e seculares tentavam, ao mesmo tempo, exercer o

controle social. Neste contexto este homem de aparência vulnerável fez a diferença.

Decidiu entrar em uma empreitada cujo objetivo era consolidar e assegurar o poder universal da

fé cristã. Neste sentido travou feroz luta contra todo tipo de heresia, buscou se afirmar frente aos

mulçumanos e judeus, implementou disciplina rigorosa no seio de sua Igreja. Evidente que tamanho

desafio não se fez sem ferir ninguém, dado a diversidade de culturas e povos.

Uma unidade Cristã, em nível mundial?

Tudo isso foi feito baseado em fé?

Ou teria aí uma parcela de vaidade?

Um ser humano não se questionaria sobre suas ações?

Não incorreria em dúvidas ou mesmo arrependimentos?

(música acaba)

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CENA 2 (Papa chega ao consultório, entra sem bater, começa a falar coisas de sua vida de forma desordenada;

analista, até então concentrado em sua leitura, dirige sua atenção ao Papa. No cenário do consultório

haverá um divã, livros, uma mesa, um quadro com Freud ou Jung)

PAPA:

O IV Concílio, as sucessões, a grande cruzada, os infiéis!!!( ofegante e confuso)

ANALISTA:

Calma, por favor, deite-se (aponta para o Divã e aguarda o Papa se deitar).

O que lhe aflige? Comece pelo começo (pega seu bloco de anotações e cruza as pernas).

PAPA :

Tudo bem, vamos lá... Minhas dores de cabeça começam bem no início do meu papado, com a

sucessão do Sacro-Império... (as luzes vão se enfraquecendo no consultório para que a primeira

lembrança de Inocêncio III venha à tona).

CENA 3 (A cena se inicia com o papa, em seu gabinete, andando de um lado para o outro, lendo a carta escrita ao

prefeito Acérbio e os nobres da Toscana, em 1198. Sua voz soa grave e poderosa, indiciando o poder e a

influência das palavras papais no contexto da época. No cenário haverá uma mesa com uma gaveta onde

ficará o computador notebook do Papa, cadeira e objetos de escritório).

PAPA:

“Assim como o Fundador do universo estabeleceu duas grandes luzes no firmamento do céu, a

luz maior para governar o dia e a luz menor para governar a noite, assim também Ele estabeleceu duas

grandes dignidades no firmamento da Igreja universal (…), a maior para governar o dia, isto é, as almas, e

a menor para governar a noite, isto é, os corpos. Estas dignidades são a autoridade papal e o poder real.

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Agora, assim como a lua retira sua luz [quando surge] o sol; e é certamente menor em quantidade e

qualidade, na posição e no poder, assim também o poder real deriva do esplendor da dignidade da

autoridade pontifícia (…)”.

PAPA:

Sou foda! Que poeta é esse papa! Isso ficou muito bom! Vou ter que postar no facebook! Todo

mundo vai curtir isso aqui!

(O papa se dirige até seu trono e de lá retira um Ipad, de onde entra no site e publica sua carta papal.

Após a publicação, Inocêncio percebe que existe uma notícia muito compartilhada em sua linha do

tempo: a morte de Henrique VI.)

PAPA:

(em tom ganancioso e zoador):- Ih! Olha lá! O Henrique VI morreu!Hmmm...Que que eu vou

fazer com esse Império, quem será que pode suceder o trono... Quem será que paga melhor o dízimo...

(Inocêncio III, terceiro, pensativo começa a lembrar dos parentes de Henrique VI e possíveis sucessores do

trono.)

PAPA:

(na dúvida)Ummm... Tem o tal do cara do cabelinho feio, o Filipe da Suábia, irmão do Henrique...

Tem o inimigozinho deles lá também, o tal de Otto lá de Brunswick...

(com voz de surpresa): Oh! Já curtiram minha publicação! Deixa eu ver quem foi... Otto? De Brunswick?

Esse cara é um puxa saco mesmo!O cadáver do outro nem esfriou ainda e já vem tentar ficar meu

amigão... Vou aproveitar pra ganhar uma comissãozinha! Pra caridade, é lógico... Por enquanto, deixa o

pau quebrar!

CENA 4 (Música B.Y.O.B. da banda System of a Down, começa com Filipe e Otto correndo e termina quando o

Papa diz “Parem!” http://www.youtube.com/watch?v=zUzd9KyIDrM&ob=av3n)

(Depois de um tempo, se escuta uma briga vinda do fundo do auditório, passando em meio ao público. Os

adversários são Filipe da Suábia e Otto de Brunswick, tentando chegar primeiro até o palco, para

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convencer o Papa de seu direito de sucessão. É uma briga com muito estardalhaço, com muitos

xingamentos e disputa. Após a chegada ao palco, o Papa repreende os reis.)

PAPA:

(bravo) Parem!

(Os reis se ajoelham perante Inocêncio, mostrando reverência. Neste momento, o Papa oferece

sua mão para que os dois a beijem.)

Que badernalha é essa aqui nos meus benditos aposentos sagrados abençoados por Deus e

bonitos por natureza?!

(mais calmo) Que é que os senhores estão fazendo aqui?

FILIPE DA SUÁBIA:

(Com um tom de voz altivo, e mexendo em seus cabelos) Eu, Filipe da Suábia, na condição de

irmão do falecido imperador, e detentor dos mais bonitos cabelos de todo mundo (joga os cabelos de

um lado para o outro), sou o legítimo sucessor do trono do Sacro Império Romano-Germânico! Vim em

busca da minha coroação...

OTTO DE BRUNSWICK:

É aí que o senhor se engana! EU, Otto de Brunswick,é que serei o imperador deste Sacro-

Império! EU tenho o apoio de Deus, EU tenho o apoio da Santíssima, da respeitável , da admirávelIgreja

Católica!

PAPA:

(com tom ganancioso) Me fale mais sobre esse apoio que Deus lhe concede...

OTTO DE BRUNSWICK:

É PRA JÁ! É PRA JÁ! Vossa Santidade, penso que a Santa Igrejamereceuma GRAAAANDE porção

de terra deste Império, para a continuidade da missão evangelizadora, se é que você me entende...

PAPA:

(em tom meio desdenhoso) É... Pode ser de grande serventia para nossa missão sagrada ter um

servo da Igreja tão temente a Deus como você...

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OTTO DE BRUNSWICK:

Além do mais, até as pedras sabem que esse Império não está pagando o devido dízimo para a

benevolente Igreja...

FILIPE DA SUÁBIA:

(indignado) Mas como assim? Ele nem é parente do Henrique!!E meus lindos cabelos loiros e

sedosos?? Muito melhores que uns pedacinhos de terra e um dizimozinho qualquer...

PAPA:

(enraivecido e ofendido) Dizimozinho qualquer?! Quem é você para colocar obstáculos à obra

divina? Você acha que é quem sem a caridade e o apoio de Deus?? Você e seus amiguinhos estão

excomungados!!! Quero nem saber!!! Podem sair daqui agora! Vossa Santidade já decidiu!

FILIPE DA SUÁBIA:

(surpreso) Mas... Mas... Mas...

OTTO DE BRUNSWICK:

(em tom de comédia)Hahahaha! PERDEU PLAYBOY! Você e seus cabelinhos de Bombril vão

perder o império todo pra mim!

FILIPE DA SUÁBIA:

(enraivecido) PERDER O IMPÉRIO?? PLAYBOY?? CABELINHO DE BOMBRIL????? O COURO VAI

COMER É AGORA!!!

(Toca o sino de luta de Boxe e se inicia a música Eye of a Tiger. Felipe lutará com Otto, lhe desferirá

alguns socos e pontapés e ambos sairão por trás da cortina.)

NARRADOR:

Após combates intensos, Filipe derrota Otto, tornando-se o imperador de fato. Mesmo com a

coroa e todo o poder do Sacro Império Romano-Germânico, Filipe não deu um jeito em seu “cabelinho”.

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CENA 5 (Na cena seguinte encontram-se o Imperador Felipe e o Papa Inocêncio)

PAPA:

Filipe? Mas você está ótimo, que belos cabelos!

FILIPE DA SUÁBIA:

(envaidecido) Pois é, agora estou usando um condicionador novo... (abruptamente muda de

humor para um tom mais repreensivo) Vossa Santidade já deve saber que o Oto não está no poder, mas

EU, que sou imperador por direito.

PAPA:

Pois bem Filipe, veja como são os planos de Deus...

FILIPE DA SUÁBIA:

Mas que planos?

PAPA:

Percebo que muito oportuna seria sua coroação, sua consagração definitiva neste Sacro

Império...

FILIPE DA SUÁBIA:

(ressentido) Mas... e a excomunhão que me impuseste?

PAPA:

(demonstrando camaradagem) Isso são águas passadas, além do mais, penso que és sim um

servo muito temente a Deus e não poupará esforços pra colaborar com os desígnios do altíssimo...

FILIPE DA SUÁBIA:

(curioso) Desígnios?

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PAPA:

Filipe, meu caro Filipe, já é hora de transferirmos terras deste Sacro Império para a Igreja, você

sabe como é... A obra de Deus te que prosseguir... (Inocêncio pega a Coroa e a sugere gestualmente para

Filipe)...

FILIPE DA SUÁBIA:

É terra o que vossa santidade quer? É terra que terá! Eu quero é a minha coroa! (Filipe ajoelha-se

para ser coroado pelo Papa)

PAPA:

(suspende a coroa para coroar Filipe - De repente, entra um louco no cenário, com uma espada

na mão, gritando e correndo em direção a Filipe: “NÃÃÃO!”.O louco dá apenas dois passos quando o

narrador congela a cena – interrompendo seu grito e sua corrida)

NARRADOR:

Os tempos de Filipe como imperador de fato do Sacro Império não foram só flores... Com todo

esse poder, levantaram-se, ainda mais inimigos e desafetos... Filipe, muito preocupado com seus

cabelos, não se preocupou em conter as forças rivais. E vai pagar por isso. Com seu próprio sangue!

LOUCO:

(Termina seu grito começado anteriormente (...ÃÃÃÃÃÃO!) e continua sua corrida em direção a

Filipe que estava ajoelhado e sai o arrastando abruptamente, o puxando pelos cabelos, até o canto do

auditório,fora do campo de visão

FELIPE DA SUÁBIA:

Meus cabelos nããããããããããããããããããããããão!

(Ouve-se um barulho de espada cortando alguma coisa. Volta o louco à cena segurando a cabeça

de Filipe pelos cabelos - representado por um boneco e o joga AO PÚBLICO e sai de cena.)

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CENA 6

OTTO DE BRUNSWICK:

Vossa santidade... as notícias correm rápido, parece que seu mais novo pupilo, aquele “Filipe da

Suábia”, já não mais está entre nós...

PAPA:

É... Foi tudo muito rápido... Mas...

OTTO DE BRUNSWICK:

Mas nada! (Pega a coroa e a coloca em si próprio) Agora sou eu, o imperador! E pode ir

esquecendo as suas terras... Quem manda aqui sou eu! (Bate na mesa.)

NARRADOR:

Otto, cego por expandir ainda mais seu poder, começa a invadir ainda mais territórios europeus

ganhando terras e inimigos. Determina, assim, a rivalidade com Frederico II, que, por sua vez, ganha o

apoio Papal.

PAPA:

Esse Otto tá me dando muito trabalho... O cara acha que pode negligenciar nossa benção assim?

Temos que dar um jeito nisso, não pode ficar assim não... Vou chamar o quebra-galho...

FREDERICOOOO!!!

( musica tarantella napoletana - http://www.youtube.com/watch?v=7WKq4c6ELhU e Frederico

vem rápido)

FREDERICO II:

Chamou vostra santitá? padrinho?

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PAPA:

Frederico, meu amigo... Tava precisando de um favor seu. Vamos unir o útil ao agradável? Sabe

aquele Otto? Aquele ingrato tá invadindo nossa península italiana, então....precisamos dar um corretivo

nele...

FREDERICO II:

Sim padrinho, io também to doido pra chutar o culo daquele maledetto qüele catsoottotário!

Vem achando que mio futuro reino é festa? É só entrar qüigiá domina? há, ma non vá ficar assim non!

PAPA:

Exatamente, Frederico! E pode contar com a força de Deus na sua empreitada! Otto deu as

costas à Igreja, vai ganhar é um pé na bunda!

FREDERICO II:

Padrinho, considere Il lavoro como feito, vabenne? Tiene um fratello mio aí que já tá de olho

nele, só tá esperando o Ottotário chegar na França prá acabar com a festa dele, iovou dar unapoio moral

pra ele lá.

PAPA:

Ótimo, Frederico! Aposto que você será um ótimo imperador! Temente a Deus e muuuuuito

caridoso!

FREDERICO II:

Er...

PAPA:

Excelente, pode contar conosco!

(Inocêncio empurra Frederico II para fora de cena, enquanto começa a narração)

NARRADOR:

(Marcha imperial)O Brother de Frederico II, Filipe Augusto travou com Otto uma das mais

importantes batalhas da história da Europa, a batalha de Bouvines. Com o apoio papal e de Frederico,

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Filipe pôde superar as tropas de Otto e Cia, tendo então Otto batido em retirada, nunca mais sendo visto

por estas regiões da Europa.A coroa do sacro-império agora seria colocada na cabeça de Frederico II.

Claro, a força de Deus exigiu algumas doações. E mais uma vez o dia foi decidido pela força de Inocêncio

III.

ATO 2 - CENA 7 (Retorna-se para o ambiente do consultório de psicanálise, com um Inocêncio ao mesmo tempo

nostálgico e pesaroso.)

PSICANALISTA:

Muito bem. Vejo que Vossa santidade gosta de apoiar alguns políticos... Isso acontece porque

acredita que tal apoio pode ajudar que sua Igreja Católica seja “universal”!

PAPA:

Evidente!!!!

PSICANALISTA:

Mas e os demais cultos? Judeus e mulçumanos também integram a Urbz, como os

desconsiderar?

PAPA:

Não devem ser desconsiderados! Muito antes pelo contrário. (luz começa a diminuir) Devem ser

objeto de nossa atenção! Eu propus algumas soluções à época...

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CENA 8 PAPA:

(Na lembrança, o Pontífice estará em meio a um homem e uma mulher, ambos usando capas

escuras) Primeiramente, os infiéis seriam divididos por suas roupas, os judeus usariam azul (aponta para

um homem que tira a capa e revela uniforme do cruzeiro), e os mulçumanos usariam preto (aponta para

uma mulher que tira a capa e revela uniforme do atlético).

Outra medida importante. Nossos cristãos jamais deverão se misturar com essa gentalha.

(cristão entra e a mulher judia se aproxima dele)

MUÇULMANA:

Meu bem! O que tivemos foi maravilhoso! Me tome como sua esposa e case-se comigo!

CRISTÃO:

(na malandragem) Casar?? Meu bem, seria um prazer, mas sabe como é... Minha igreja não

permite...Mas o problema não é com você, é com sua religião.

MUÇULMANA:

Ah é, como assim?! Quer saber! Vá queimar no mármore do inferno!

(As luzes se apagam e a peça é retomada no consultório)

PSICANALISTA:

Hmm, compreendo. Essa exclusão dos infiéis que foi promovida... Não foi fruto, também, de

algum tipo de interesse pessoal?

PAPA:

Mas é claro! Nosso interesse é a fé cristã! O povo mulçumano invadiu as terras santas e as

profanou! E não há que se falar em piedade do povo judeu, que crucificou Jesus Cristo! Esses parasitas

judeus nunca deveriam ter saído do Egito!

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PSICANALISTA:

Mas seriam somente esses os motivos para toda essa atenção especial aos judeus? Não haveria

outra razão como... Não sei.. Quem sabe.. De ordem econômica?

PAPA:

(um tom um pouco envergonhado) Bem...é tudo parte de um todo... Não é só isso... Mas é

evidente que essa escória judia tem notável prosperidade no que diz respeito ao comércio! E estão

sugando as riquezas dos nossos fiéis!

PSICANALISTA:

(esforço para lembrar-se) hmm, o Sr me lembra um outro paciente. Um germânico com um

bigodinho. Mas como os judeus sugam a riqueza?

PAPA:

Praticando usura! Mas serão devidamente punidos... Ninguém escapa a Justiça Divina!

PSICANALISTA:

Entendo... Então o Senhor achava que salvaria e engrandeceria sua Igreja se diminuísse a

influência e o número de pessoas que cultuavam outros dogmas?

PAPA:

Bem, pra falar a verdade, nossos problemas eram diversos! Foi por isso que recorri ao IV Concílio

de Latrão! Nossa Igreja estava completamente desorganizada e precisava de alguém que a colocasse no

eixo. Era esse nosso maior desafio! Era necessário que combatêssemos os males que atrapalhavam o

Catolicismo, sendo seu principal o despreparo, a imoralidade e a bagunça em que nos encontrávamos!

(luz vai diminuindo para sair da cena do consultório e iniciar mais uma memória do Santo Padre)

Comecei a perceber isso certa vez quando precisava nomear um novo bispo pra um condado...

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CENA 9 (o Pontífice estará em seu consultório andando de uma lado para o outro como se precisasse tomar

alguma decisão importante)

PAPA:

Oh Meu Deus! Dá uma luz ai vai?! Quem indicarei para bispo agora? Preciso de alguém que seja

esperto, inteligente e de confiança, mas ta difícil... Esse clero que o Senhor está mandando pra nossa

Igreja não vai bem!

Ahhhhhhhhhh... já sei... tem um melhorzinho, aquele tal de Padre Augusto!

Auguuuuuuuuuuuuuuuuuuusto venha aqui!

(Nesse momento entrará alguém vestido de Padre, andando cambaleando por estar bêbado e escorado

em uma mulher. O clérigo trará em suas vestes cartas de baralho, copo ou garrafa de bebida.)

AUGUSTO:

(voz e trejeitos de embriagado)AAAAAAAAoooooooooooooow seu Papa! Bão? Mandou me

chamar Vossa Santidade?

PAPA:

(em tom de surpresa)Augusto!!! Que diabos aconteceu? Isso é jeito de se apresentar, ainda mais

diante de alguém como o Santo Papa?!

AUGUSTO:

(soluçando)Ahhhhh Seu Papa, o senhor sabe com é neh?! Tive que dar uma passadinha ali no

Maletaneh?! Tomar umas doses, mas juro, metade delas foi pro santo!

PAPA:

(nervoso e com voz exaltada)Só me faltava essa! A pessoa que eu pretendia eleger como Bispo,

um cargo tão importante, vem ao meu escritório bêbado, acompanhado de mulher e ainda atrasado!

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AUGUSTO:

Mil perdões! Mas foi motivo de força maior meu atraso! Na verdade o poker foi demorado, mas

o importante é que eu ganhei um bom dinheiro pra nossa Igreja!

PAPA:

(gritando) Agora já chega! É muita imoralidade! Desse jeito você mancha o nome da nossa

grande Igreja! Um absurdo! Saia daqui e só volte quando estiver apresentável!

(Peça volta ao consultório de psicanálise)

PAPA:

(em tom pesaroso) Percebe? Como eu poderia deixar nossos pregadores e propagadores de fé

agirem de tal maneira?! Criei vários, muitos, a maioria dos cânones do nosso Concílio voltados a

reestruturação da Igreja Católica, com a melhor das intenções!

PSICANALISTA:

Explique melhor o que foram esses cânones e quais as medidas que foram tomadas com eles.

PAPA:

Ahhhh... usei dos meus excelentes conhecimentos jurídicos e criei umas leis que deveriam ser

respeitadas por todos que seguissem nossa religião e algumas sobre infiéis.... Mas maior parte foi pra

impor respeito na bagunça! Não queria mais que o clero praticasse atos da vida mundana! Deveriam

sempre tentar salvar suas almas! Proibi que os clérigos participassem de jogos, teatro, bebedeiras... e,

também se distanciassem do maior mal que pode afetar um homem... você sabe neh?! As mulheres

viram nossas cabeças... (suspiro apaixonado)Huuhmhuuurn... (arranhando a garganta e voltando a

postura rígida) Quer dizer, a cabeça daqueles que se permitem tais coisas, jamais uma Santidade como

eu!

PSICANALISTA:

Huuuum... Fiquei atento a tudo que o Senhor falou e percebi que em vários momentos Vossa

Santidade usava o sujeito Nós, ao invés do singular, há algum motivo pra isso!

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PAPA:

Como assim “há motivo”?! É mais do que óbvio porque falo NÓS! Sou um representante divino

na terra!

PSICANALISTA:

Ah sim! O senhor fala dessa maneira por ser representante de São Pedro junto aos fiéis de sua

Igreja!

PAPA:

(rindo ironicamente) Hahahaha! CLARO QUE NÃO! Sou MUITO mais que isso! Sou representante

de Deus na Terra e quando falo Nós me refiro a Ele e Eu!

PSICANALISTA:

(olhará no relógio) Entendo...Mas,bem Senhor Inocêncio, sem querer ser inconveniente, mas

nosso tempo se esgotou!

PAPA:

(tom de indignação)Como assim tempo esgotado?!

PSICANALISTA:

Oras, o Senhor sabe neh... trabalho com horário agendado, tenho outros clientes marcados e,

além disso, o Senhor me pagou apenas por uma consulta!

PAPA:

O QUE?! Quanta petulância! Mais parece um judeu! Mas tudo bem, já estou indo mesmo, sua

hora ta cara demais!

(O Papa se levantará do divã e sairá do consultório enquanto a luz do palco se apagará)

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ATO 3 -CENA 10

(Nesse momento, o Inocêncio será trocado, como se o Papa que tivesse saído do escritório fosse o de

todas as lembranças e não o que permaneceu junto ao analista – música de pesadelo Na saída do

consultório, na caminhada se deparará com Felipe da Suábia.)

PAPA:

Felipe?O que você faz aqui? Eu te vi ser assassinado!

FELIPE:

Sim. De fato estou morto. Mas estou de volta para ter uma conversinha com Vossa Santidade.

PAPA:

Do que se trata? (assustado)

FELIPE:

Acontece que nada disso é real.

PAPA:

O que??????

FELIPE:

Pois é... é tudo parte de um sonho do deus Brahma!

PAPA:

O que???? Sério ??????

FELIPE:

Não, estou brincando. Mas uma coisa é real (semblante sério) o senhor será julgado por seus

atos pela mão de Deus.

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PAPA:

Mas isso é absurdo !eu sou o representante de deus! Fiz tudo de acordo com a vontade dele.

NARRADOR (se revela como sendo o próprio Deus) :

Não, Inocêncio. Você não fez.

PAPA:

Deus???? É o senhor???

NARRADOR:

Não, é o Cid Moreira. Claro que sou Deus !

PAPA:

Oh senhor, piedade!

NARRADOR – DEUS:

Inocêncio, a minha justiça é absoluta. Eu tenho doutorado em filosofia do direito. Inocêncio,

veja, este era você: afortunado, bem educado e erudito. Você foi um homem que adquiriu poder, mas se

esqueceu da maior lição que deixei para meus filhos.

PAPA:

Que devemos ser humildes, Senhor?

NARRADOR – DEUS:

Não! Eis que vos digo: grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

NARRADOR – DEUS:

Inocêncio, você excluiu, condenou e julgou pessoas como essas (aparecem os demais

personagens antigos: judeu, cristão, muçulmana, padre, acompanhante, todos se unem ao Felipe.)

OTTO:

É santidade, a casa caiu (rindo ironicamente).

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MUÇULMANA:

Chegou sua vez de pagar!

PAPA:

Senhor, deixe-me ao menos explicar!

NARRADOR - DEUS:

Não ouvirei explicações. Se quiser pedir perdão, peça àqueles a quem você ofendeu.

(Inocêncio vai até os personagens antigos e clama) Por favor, me perdoem, tudo que eu fiz foi com a

melhor das intenções!

OTTO:

(caminha para a beira do palco aponta para a primeira fileira da plateia e diz) de boas intenções

ali ta cheio ó!

PAPA:

Tudo bem então, eu confesso ! Eu tinha raiva dos judeus ! Povinho ardiloso !medíocre ! E os

mulçumanos então? Malditos sejam todos aqueles infiéis ocupando a terra santa! (gritando) O concílio é

meu! A culpa é minha! E de mais ninguém! (Inocêncio estará com a respiração acelerada. Pausa

dramática).

Deus? O Senhor está aí?

NARRADOR – DEUS:

Acorde, Santidade.

PAPA:

Como assim? (confuso)

NARRADOR - DEUS:

Acorde, Vossa santidade !

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PSICANALISTA:

ACORDE, INOCÊNCIO (gritando muito alto)

(cena volta para os dois no consultório com o papa acordando)

PAPA:

O que ?? mas.. mas.. era um sonho?

PSICANALISTA:

Parece que o Senhor dormiu enquanto eu fazia minhas observações.

PAPA:

Mas não é possível isso... eu.. eu.. ah.. eu vou pra casa.

PSICANALISTA:

Tudo bem santidade. (Acompanha o Papa até a saída) pode acertar na secretaria.

NARRADOR:

No mesmo dia que o papa Inocêncio III morreu, sua alma apareceu para Santa Lutgarda em

sonhos no monastério em Aywieres, em Brabant. Envolto em chamas, Inocêncio III pedia para que

orassem em seu nome para que suas faltas fossem expurgadas. As palavras proferidas por ele são claras

ao dizer sobre seu martírio

PAPA:

“Ai de mim.. é terrível e vai durar por séculos, se vc não vier em meu auxílio. Em nome de Maria,

que obteve para mim o favor de apelar para você, ajude-me.

NARRADOR:

Naquele momento ele desapareceu e Santa Lutgarda informou suas irmãs do que ela tinha visto.

E assim que termina a história de um homem dividido entre o pecado e a santidade.